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Estados de Tensão e Critérios de ruptura
GEOTECNIA II
SLIDES 09 / AULAS 17 e 18
Prof. MSc. Douglas M. A. [email protected]
SLIDES 09 / AULAS 17 e 18 – Estados de Tensão e Critérios de Ruptura
GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2
Tópicos abordados
Coeficiente de empuxo em repouso
Tensões num plano genérico
A resistência dos solos
Critérios de ruptura
Ensaios para determinação da resistência ao
cisalhamento dos solos
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Coeficiente de Empuxo em repouso
Tensões Verticais
Tensões Geostáticas peso próprio do solo
Sobrecargas Teoria da Elasticidade
Superfícies inclinadas Teoria da Elasticidade
Tensões Horizontais
Coeficiente de empuxo
em repouso (K0):
10
wv
wh
u
uK
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Coeficiente de Empuxo em repouso
K0
Geralmente é menor que 1,0
Função da plasticidade, atrito entre partículas, histórico de
tensões
É constante mesmo com a variação do carregamento
Areias: 0,4 < K0 < 0,5
Argilas: 0,5 < K0 < 0,7
Pode ser determinado a partir de fórmulas empíricas
(solos sedimentares)
'10 senK '
0 '1
sen
RSAsenK
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Tensões em um plano genérico
A análise de tensões totais em uma massa de solo
não difere daquela feita em outros materiais contínuos
Decomposição da tensão em
um plano genérico
Análise de tensões:
Definição da tensão atuante
Decomposição em tensões
normais e cisalhantes
Tensor de tensões
Tensões em um plano genérico
Tensões principais
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wyxy
xywx
yxy
xyx
wzyzxz
yzwyxy
xzxywx
zyzxz
yzyxy
xzxyx
u
u
u
u
u
:2D efetivas, Tensões
:2D totais,Tensões
:3D efetivas, tensõesdeTensor
:3D totais, tensõesdeTensor
z
y
x
dx
dy
dz
O
x x
y
z
y
xy xz
yz
yx
zy
zx
xz
xy
yx yz
Observar convenção de sinais adotada:
Tensão normal compressão é positiva
Tensão cisalhante se causar rotação anti-
horária do elemento, ela é positiva
Fonte
: G
itirana J
r. (
2010)
Tensões em um plano genérico
Estado de tensão
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wy
wx
y
x
wz
wy
wx
z
y
x
u
u
u
u
u
0
0 :2D efetivas, Tensões
0
0 :2D totais,Tensões
00
00
00
:3D efetivas, tensõesdeTensor
00
00
00
:3D totais, tensõesdeTensor 1 tensão principal maior
2 tensão principal intermediária
3 tensão principal menor
z
y
x
dx
dy
dz
O
x x
y
z
y
Fonte
: G
itirana J
r. (
2010)
Tensões em um plano genérico
Tensões principais
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Tensões em um plano genérico
Conhecendo-se as tensões principais e o ângulo
α que o plano considerado determina com o
plano principal menor:
2cos22
3131
2sin2
31
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Tensões em um plano genérico
Demonstração (Pinto, 2006)
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Demonstração (Pinto, 2006)
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Tensões em um plano genérico
Círculo de Mohr
Representação gráfica (σ x τ) dos estados de tensão de
um ponto do solo
Tensões atuantes em todos os planos que passam pelo
ponto
Definido pelas equações anteriores
Construído quando se sabem as tensões principais ou as
tensões (σ,τ) em dois planos quaisquer
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Tensões em um plano genérico
Círculo de Mohr
Representação do estado de tensões por meio do círculo de Mohr
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Tensões em um plano genérico
Círculo de Mohr –
conclusões
τmax (em módulo) ocorre em
planos que formam 45º
com os planos principais;
A máxima tensão de
cisalhamento é igual a
semidiferença das tensões
principais (σ1 – σ3)/2;
As tensões de
cisalhamento em planos
ortogonais são
numericamente iguais, mas
de sinal contrário.
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,
,
Tensões em um plano genérico
PÓLO: permite a determinação das tensões em qualquer
plano de forma gráfica
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Exemplo:
Dado o estado de tensões a
seguir, determinar as tensões
principais e as tensões no
plano DE
50 kPa
150 kPa
50 kPa
50 kPa
10º50
- 50
50
150
, kPa
, kPa
P
29,3 170,7
164,0 -29,9
Fonte: Gitirana Jr. (2010)
D
E
Tensões em um plano genérico
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xy
x
xy
y
xy
xy
’y = y – uw
Estado de
tensões totais
Estado de
tensões efetivas
1'133'
wu
wu
’x =
x – uw
Estado de tensões
efetivas O círculo de tensões
efetivas é deslocado
para a esquerda:
A tensão de
cisalhamento permanece
inalterada, pois a água
não transmite esforços
de cisalhamento
Fig
ura
s e
xtr
as:
Gitiran
a J
r. (
20
10
)
wnn u '
Tensões em um plano genérico
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Resistência dos solos
A resistência ao cisalhamento de um
solo é definida como a máxima tensão
de cisalhamento que o solo pode
suportar sem sofrer ruptura, ou a tensão
de cisalhamento do solo no plano em
que a ruptura ocorrer.
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Mecanismo de ruptura Cisalhamento
Peso próprio (taludes)
Ações externas
Analogia deslizamento T: força necessária para que o
bloco deslize superando o atrito
φ: ângulo que F pode fazer com
a Normal (N) para que não haja
deslizamento – Figura (b), ou
φ: ângulo máximo de inclinação
do plano de contato – Figura (c)
φ: independe da área de contato
e da normal aplicada – Figura
(d)
Figura 12.8: Atrito entre dois corpos
tgNT
Resistência dos solos
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Atrito no solo
Diferente da analogia
As forças são transmitidas
através dos inúmeros
contatos dos grãos
Pode ocorrer deslizamento,
rolamento e/ou variação de
volume
Areias
Contato grão a grão
Argilas
Presença de água
adsorvida
F(veloc. carregamento)
Figura 12.9: Transmissão de forças entre
partículas de areia e de argila
Coesão no solo
Parcela de resistência
independente da tensão
normal
Provém da atração química
das partículas
Resistência dos solos
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Critérios de ruptura
Resistência dos solos
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Figura 12.10a: Representação do critério de
ruptura de Coulomb
Critério de Coulomb
Não há ruptura se a tensão de cisalhamento não
ultrapassar um valor dado pela expressão c + f.σ,
sendo c e f constantes do material e σ a tensão
normal atuante no plano de cisalhamento
Resistência dos solos
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Figura 12.10b: Representação do critério de
ruptura de Mohr
Critério de Mohr
Não há ruptura enquanto o círculo representativo do
estado de tensões se encontrar no interior de uma
curva, que é a envoltória dos círculos relativos a
estados de ruptura
Resistência dos solos
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Critério de Mohr-Coulomb
Se a envoltória de Mohr é linear, o critério se torna
similar ao de Coulomb, passando a denominar de
Critério de Mohr-Coulomb.
''
tguc
tgc
fwfff
ffff
2'45 o
Intercepto
coesivo
Resistência dos solos
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Ensaios de Resistência de Solos
Ensaios de Laboratório
Cisalhamento de um corpo de prova representativo
As tensões no CP são conhecidas:
Tensões no plano de ruptura estabelecido
Aplicação de tensões principais
Ensaios principais
Cisalhamento Direto
Compressão Triaxial (convencional)
Compressão Simples
Compressão Diametral (Lobo Carneiro)
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Ensaios de Resistência de Solos
Ensaio de Cisalhamento Direto
Baseado no critério de Coulomb
Aplica-se uma tensão normal em um plano e verifica-se a
tensão cisalhante que causa a ruptura
Medem-se os deslocamentos horizontais e verticais ao
longo do ensaio
Rezende (2010)
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Ensaios de Resistência de Solos
Ensaio de Cisalhamento Direto
Rezende (2010)
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Ensaios de Resistência de Solos
Ensaio de Cisalhamento Direto
Rezende (2010)
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Ensaios de Resistência de Solos
Ensaio de Cisalhamento Direto
Vantagens
Simples, prático, baixo custo
Permite determinar a resistência
residual
Desvantagens
Plano de ruptura pré-determinado
Não permite controle poropressões
Estado de tensões completo não é
conhecido
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Ensaios de Resistência de Solos
Ensaio de compressão
triaxial
Aplica-se uma tensão
confinante seguida
acréscimos de tensão
desviadora
Ensaio é feito para várias
tensões confinantes
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Ensaios de Resistência de Solos
Ensaio de compressão
triaxial
Rezende (2010)
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Ensaios de Resistência de Solos
Ensaio de compressão triaxial
Rezende (2010)
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Ensaios de Resistência de Solos
Ensaio de compressão triaxial
Intercepto
coesivo
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Ensaios de Resistência de Solos
Ensaio de compressão triaxial
Ensaio Lento ou Consolidado Drenado (CD)
Tensões σ1 e σ3 são aplicados lentamente e a válvula é
aberta, permitindo a saída de água (uw = 0)
Ensaio Adensado Rápido ou Consolidado não-drenado
(CU)
σ3 é aplicado lentamente e σ1 rapidamente, não permitindo
saída de água (uw ≠ 0)
Ensaio Rápido ou Não-adensado e não-drenado (UU)
Tensões σ1 e σ3 são aplicados rapidamente e com as válvula
fechadas, não permitindo a saída de água (uw ≠ 0)
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Ensaios de Resistência de Solos
Ensaio de compressão triaxial
Vantagens:
Estado de tensões conhecido
Permite controle de poropressões
Versátil
Desvantagens
Complexo
Custo mais alto
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Exercícios
1. Explique por que a resistência ao cisalhamento dos solos argilosos
depende da velocidade de carregamento.
2. Explique a diferença entre a coesão do solo e o intercepto coesivo obtido
em ensaios de cisalhamento.
3. Explique as principais diferenças entre o ensaio de cisalhamento direto e
o ensaio de compressão triaxial.
4. Resolver o exercício 12.2 (p. 270). Resolver graficamente e utilizando o
conceito de pólo.
5. De um ensaio de cisalhamento direto foram obtidos os seguintes
resultados de tensão normal e de tensão cisalhante na ruptura. Determine
os parâmetros de resistência (c, Ø).
EnsaioTensão Normal
(kPa)
Tensão
Cisalhante (kPa)
1 19,108 20,064
2 31,847 25,465
3 44,586 32,815
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Exercício 12.2 (Pinto, 2006)
38
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Envoltória de ruptura
y = 0.5005x + 10.176
R2 = 0.9923
0
5
10
15
20
25
30
35
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tensão Normal (kPa)
Te
ns
ão
Cis
alh
an
te (
kP
a)