55
 1 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS PROFESSOR ORIENTADOR: DANIEL DE CARVALHO RELATÓRIO DE ESTÁGIO JONATHAN GIANAZZI ASSIS-SP

Estagio Lucro Real

Embed Size (px)

Citation preview

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 1/55

1

UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIPCURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

PROFESSOR ORIENTADOR: DANIEL DE CARVALHO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

JONATHAN GIANAZZI

ASSIS-SP

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 2/55

2

OUTUBRO-2011UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIPCURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

LUCRO REAL – CONCEITO E APLICAÇÃO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULARAPRESENTADO PARA A OBTENÇÃO DO

CERTIFICADO DE CONCLUSÃO DO CURSODE CIÊNCIAS CONTÁBEIS.

ASSIS - SP

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 3/55

3

OUTUBRO 2011SUMÁRIO:

1-INTRODUÇÃO.......................................................................................................................82-HISTÓRICO DA EMPRESA..................................................................................................93-CONCEITO...........................................................................................................................103.1-PRINCIPAIS CARACTERISTICAS.................................................................................103.2-PRINCIPAIS VANTAGENS.............................................................................................103.3-PRINCIPAIS DESVANTAGENS......................................................................................114-PESSOAS JURIDICAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL................................................115-APURAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA COM BASE NO LUCRO REAL.....................126-DETERMINAÇÃO DA BASE DE CALCULO ESTIMADO.............................................126.1-APLICAÇÕES DOS PERCENTUAIS..............................................................................136.2-EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS...............................................................13

6.3-RECEITA DE ALUGUEIS................................................................................................146.4-ADIÇÃO DOS GANHOS E DEMAIS RESULTADOS POSITIVOS..............................146.5-GANHOS NA ALIENAÇÃO DE BENS...........................................................................156.6-DEFINIÇÃO DE RECEITA BRUTA................................................................................156.6.1-EXCLUSÕES DE RECEITA BRUTA...........................................................................156.7-ACRESCIMOS A BASE DE CALCULO.........................................................................166.8-VALORES NÃO INTEGRANTES DA BASE DE CALCULO.......................................176.9-DETERMINAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA DEVIDO – ALIQUOTAS....................177-SUSPENSÃO OU REDUÇÃO DO PAGAMENTO DO IMPOSTO DE RENDOMENSAL..................................................................................................................................197.1-SUSPENSÃO OU REDUÇÃO EM JANEIRO..................................................................197.2-DIARIO..............................................................................................................................197.3-ESTOQUES........................................................................................................................197.4-LALUR...............................................................................................................................208-DEDUÇÃO DO IMPOSTO DEVIDO..................................................................................209-COMPENSAÇÕES DO IMPOSTO DE RENDA DEVIDO.................................................2010-CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LIQUIDO..............................................2210.1-ALIQUOTAS...................................................................................................................2210.2-APURAÇÃO TRIMESTRAL DA CSLL........................................................................2210.3-APURAÇÃO ANUAL DA CSLL, COM RECOLHIMENTOS MENSAIS SOBRE ABASE DE CALCULO ESTIMADO........................................................................................22

10.4-BASE DE CALCULO......................................................................................................2310.5-EFEITO DOS BALANÇOS DE SUSPENSÃO OU REDUÇÃO NO PAGAMENTO DACSLL.........................................................................................................................................2310.6-COMPENSAÇÃO DA BASE DE CALCULO NEGATIVA..........................................2410.6.1-ATIVIDADE RURAL-COMPENSAÇÃO DA BASE DE CALCULO NEGATIVA.2410.7-APURADA MENSALMENTE POR ESTIMATIVA......................................................2411-OPÇÃO PARA APLICAÇÃO EM INVESTIMENTOS REGIONAIS..............................2512-OPÇÕES PARA APLICAÇÃO EM INCENTIVOS FISCAIS...........................................2512.1-CARATER CULTURAL E ARTISTICO........................................................................2512.2-PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO AO TRABALHADOR-PAT................................2612.3-ATIVIDADE AUDIOVISUAL.......................................................................................27

12.4-FUNDOS DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE............................2712.5-DESENVOLVIMENTO TECNOLOGICO INDUSTRIAL/AGROPECUARIAPDTI/PDTA..............................................................................................................................28

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 4/55

4

13-PESSOAS JURIDICAS QUE EXPLORAM ATIVIDADE RURAL................................2813.1-CONTABILIDADE..........................................................................................................2913.2-PREJUIZO FISCAL.........................................................................................................2914-COMPENSAÇÃO DE PREJUIZOS...................................................................................29

14.1-PESSOA JURIDICA EXCLUIDA DA LIMITAÇÃO.....................................................2914.2-PREJUIZOS NÃO OPERACIONAIS..............................................................................3014.3-MUDANÇA DE CONTROLE SOCIETÁRIO E DE RAMO DE ATIVIDADE............3114.4-INCORPORAÇÃO, FUSÃO E CISÃO...........................................................................3114.5-SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO (SCP)...............................................3115-PAGAMENTO DO IMPOSTO...........................................................................................3115.1-IMPOSTO DE RENDA DETERMINADO COM BASE NO LUCRO REALTRIMESTRAL..........................................................................................................................3115.2-IMPOSTO DE RENDA DETERMINADO SOBRE BASE DE CÁLCULO ESTIMADAMENSALMENTE OU COM BASE EM BALANÇO OU BALANCETE DE SUSPENSÃO

OU REDUÇÃO........................................................................................................................3116-AJUSTES DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL........................................................3217-ÁGIO/DESÁGIO NA AQUISIÇÃO DE INVESTIMENTOS.........................................3317.1-PREJUÍZO NA ALIENAÇÃO DE AÇÕES, TÍTULOS OU QUOTAS DECAPITAL .................................................................................................................................3418-ALIMENTAÇÃO ...............................................................................................................34 

18.1-BENEFÍCIO INDIRETO ................................................................................................3419-APLICAÇÕES FINANCEIRAS ........................................................................................3420-BENEFICIÁRIOS NÃO IDENTIFICADOS .....................................................................35 

21-DESPESAS COM BENS NÃO RELACIONADOS COM A PRODUÇÃO OUCOMERCIALIZAÇÃO ..........................................................................................................3521.1-CONCEITO DE BENS RELACIONADOS COM A PRODUÇÃO OUCOMERCIALIZAÇÃO..........................................................................................................3622-BRINDES ..........................................................................................................................3623-CONTRIBUIÇÕES NÃO COMPULSÓRIAS .................................................................3624-CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO .............................................................3725-CONTRATOS A LONGO PRAZO ...................................................................................3726-CRÉDITOS NÃO RECEBIDOS .......................................................................................3726.1-PARCELAS INDEDUTÍVEIS ......................................................................................38

27-DEPRECIAÇÃO ACELERADA INCENTIVADA ........................................................3927.1-ATIVIDADE RURAL ....................................................................................................3928-DEVOLUÇÃO DO CAPITAL ...........................................................................................39 

28.1-DEVOLUÇÃO DE PATRIMÔNIO DE ENTIDADE ISENTA ....................................4029-DOAÇÕES..........................................................................................................................40 

30-MÚTUOS SUJEITOS A PREÇO DE TRANSFERÊNCIA .............................................4131-GANHO DE CAPITAL NAS VENDAS A PRAZO ........................................................4132-GRATIFICAÇÕES .............................................................................................................4233-INVESTIMENTOS EM ATIVIDADES AUDIOVISUAIS .............................................4234-JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO ..........................................................................4234.1-JUROS CAPITALIZADOS OU MANTIDOS EM CONTA DE RESERVA.................43 

35-LUCRO INFLACIONÁRIO .............................................................................................4336-LUCRO DA EXPLORAÇÃO ...........................................................................................43

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 5/55

5

37-LUCROS DE INVESTIMENTOS AVALIADOS PELO CUSTO DE AQUISIÇÃO ......4438-LUCROS, GANHOS E RENDIMENTOS NO EXTERIOR ...........................................4438.1-LUCROS ..........................................................................................................................4438.2-GANHOS E RENDIMENTOS .......................................................................................4438.3-PERDAS NO EXTERIOR ..............................................................................................4539-LUCROS DISTRIBUÍDOS DISFARÇADAMENTE ......................................................4540-MULTAS ............................................................................................................................4541-NOTAS DO TESOURO NACIONAL .............................................................................4642-PROVISÕES INDEDUTIVEIS ........................................................................................4643-PARTICIPAÇÕES NOS LUCROS ....................................................................................47 

44-PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA .....................................................................................4744.1-PESSOAS VINCULADAS..............................................................................................4744.2-AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO .................................................................................48 

45-RESERVA DE REAVALIAÇÃO .....................................................................................4945.1-REALlZAÇÃO DA RESERVA ......................................................................................4946-TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES ....................................................................................50 

47-SOCIEDADES COOPERATIVAS ...................................................................................5048-PAGAMENTOS A SOCIEDADES CIVIS ........................................................................5149-CORREÇÃO MONETÁRIA IPC/90 .................................................................................5150-CORREÇÃO MONETÁRIA ESPECIAL – LEI 8.200/91 ................................................5151-COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS E BASE NEGATIVA DA CSLL ...........................5152-ASSISTÊNCIA TÉCNICA ................................................................................................5253-PESSOA JURIDICA IMUNE.............................................................................................5354-PESSOA JURIDICA ISENTA............................................................................................54

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 6/55

6

1- INTRODUÇÃO

Uma empresa de prestação e terceirização de serviços de construção civil em geral funcionanormalmente das segundas às sextas-feiras, das 8 horas às 18 horas e aos sábados das 8 horasàs 12 horas. Ele deve ter organização e administração direcionadas para a atividade exercidapela empresa. A principal fonte de renda de uma empresa dessa característica é a construção ereforma de prédios públicos e privados. O responsável pelo serviço tanto pode ser umengenheiro ou um arquiteto, engenheiro é diretamente ligado à fundação e construção total de

prédio, e o arquiteto é mais voltado para a área de reforma de ambientes em geral. Representatecnicamente um diversificado grupo de clientes, em áreas como indústria, comércio, postosde gasolina, e pessoas físicas..A empresa de prestação de serviços pode ser dividida em vários setores. Os principais são aárea braçal relacionando ajudantes gerais entre outros, financeiro, jurídico, departamentopessoal, e o departamento de licitações que se encarrega de firma contratos com órgãospúblicos através de licitações publicas.A relação entre empresa e clientes tem de ser regida por contrato para assegurar conforto ecomodidade entra as partes relacionadas, alem de garantir os deveres, obrigações e direitos deambas as partes. Existe atualmente grande concorrência no mercado, ocasionada pela intensaterceirização que esta ocorrendo em órgãos públicos, visando serviços de maior velocidade,

eficaz e qualidade.

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 7/55

7

2-HISTÓRICO DA EMPRESA

A empresa Negrão-Construção Civil Ltda foi fundada em de Fevereiro de 2004, resultado dasociedade firmada entre os irmãos Airton Manoel Negrão e Orgesse José Alves, queinicialmente se chamava Alves & Negrão Ltda, a mencionada empresa atua no ramo daprestação de serviços de construção civil e engenharia civil em geral, e a partir da data supramencionada, começou a ingressar no mercado de construção imobiliária, com o objetivo

inicial de executar serviços de construção e reformas residencial, e assim foi se incorporandono mercado, mas os sócios sentiram necessidade de ampliar seus horizontes visando aprestação de serviços para órgãos públicos através de licitações, e assim foi se construindo oseu nome no mercado da construção civil.Atualmente a empresa se encontra com exatamente (83) oitenta e três colaboradores, entreajudante geral, pedreiro, carpinteiro, encanador, eletricista, encarregado de obras, mestre deobras, auxiliar de escritório, secretaria, gerente e administrador.Na presente data a empresa se encontra localizada na Rua Nelson Rosa, n°231 na VilaClaudia, e os seus sócios atualmente são: Airton Manoel Negrão com 99% das quotas da

sociedade; e Johny Silva da Rocha com 1% das quotas da sociedade.A empresa é tributada pelo Lucro Real, tema abordado por mim no mencionado estagio, unsdos principais objetivos da opção pelo regime de apuração, são os benefícios gerados por taltributação, que gera créditos com Pis, Cofins e ICMS sobre substituição tributaria, e pelo fatode que o Lucro Real faz com que a empresa tributada por ele tenha a obrigatoriedade de quequalquer movimentação física e monetária seja comprovada através de notas fiscais.Hoje a empresa Negrão-Construção Civil Ltda, exige de seus colaboradores um padrão deexcelência para que desta forma possa fornecer serviços de primeira qualidade.

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 8/55

8

LUCRO REAL

3 - CONCEITOÉ a base de cálculo do imposto sobre a renda apurada segundo registros contábeis e fiscaisefetuados sistematicamente de acordo com as leis comerciais e fiscais.Data de ApuraçãoPara efeito da incidência do imposto sobre a renda, o lucro real das pessoas jurídicas deveser apurado na data de encerramento do período de apuração que encerra-se:a)  nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, no caso de

apuração trimestral do imposto de renda;b)  no dia 31 de dezembro de cada ano-calendário, no caso de apuração anual do impostode renda;c)  na data da extinção da pessoa jurídica, assim entendida a destinação total de seu acervolíquido;d)  na data do evento, nos casos de incorporação, fusão ou cisão da pessoa jurídica.

3.1 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICASSão características especiais da tributação com base no lucro:Balanço PatrimonialO regime de tributação com base no lucro real exige o levantamento de BalançosPatrimoniais, fundamentados nas normas das legislações comerciais e fiscais e de acordocom os Princípios Fundamentais de Contabilidade.Os Balanços são levantados ao final de cada trimestre ou de cada ano, de acordo com operíodo de apuração escolhido pela pessoa jurídica.Apuração do Lucro RealO Lucro Real é apurado a partir do lucro efetivo da pessoa jurídica, ou seja, do resultadodas receitas, ganhos e rendimentos auferidos, deduzidos dos custos, das despesas e dasperdas, demonstrados através da escrita contábil.

O lucro real corresponde ao resultado contábil ajustado pelas adições e exclusões oucompensações estabelecidas em lei, que são feitas extra contabilmente através do Livro deApuração do Lucro Real - LALUR.Pagamento do Imposto de RendaO Imposto de Renda é pago:a)  trimestralmente, em quota única ou em até 3 parcelas mensais, iguais e consecutivas, sea empresa optar pela apuração trimestral do imposto;b)  mensalmente, pelo regime de estimativa, se a empresa optar pela apuração anual doimposto.

Nesse caso, se apurada diferença positiva entre o imposto estimado pago e o devidoanualmente, esta deverá ser recolhido até o último dia útil de março do ano-calendárioseguinte.

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 9/55

9

3.2 - PRINCIPAIS VANTAGENSA forma de tributação com base no lucro real implica as principais vantagens:Cálculo do Imposto com Base no Lucro EfetivoComo o imposto incide sobre o lucro efetivo da pessoa jurídica, não existe possibilidade depagamento a maior ou a menor do que o devido.Compensação de PrejuízosO imposto somente é devido se o resultado for positivo. Ocorrendo prejuízos fiscais, apessoa jurídica fica dispensada do pagamento do imposto. Além disso, é permitida acompensação total dos prejuízos contábeis nos períodos de apuração sub sequentes deforma a não prejudicar a situação patrimonial da pessoa jurídica.Entretanto, os prejuízos fiscais possuem limite de compensação equivalente a 30% dolucro real apuração no período.

Diferimentos de Lucros e Ganhos e Apropriação de Despesas IncorridasO lucro real consagra o Regime de Competência para tributação das receitas, rendimentos,lucros e ganhos e para dedução de despesas, custos e perdas.Em função disso, as receitas apenas devem ser incluídas na apuração do resultado doperíodo em que forem auferidas e as despesas no período em que incorrerem, sendoirrelevante o recebimento ou pagamento das mesmas.Opção por Incentivos FiscaisO lucro real é o único regime de tributação que permite o gozo dos diversos incentivosfiscais estabelecidos pela legislação do Imposto de Renda, tais como:

a)  Isenção ou Redução do Imposto;b)  Depreciação ou Amortização Acelerada Incentivada;c)  Aplicação no FINOR, FINAM, FUNRES e em Depósitos para Reinvestimentos;d)  Benefícios decorrentes das doações ao Fundo de Apoio à Criança e ao Adolescente, àCultura e ao Cinema, ao Programa de Alimentação do Trabalhador, etc.Distribuição aos Sócios do Lucro EfetivoComo é obrigatória a determinação do lucro através da escrituração contábil, a pessoa

 jurídica não corre o risco de distribuir lucros além do valor efetivo e os sócios, acionistas etitular da pessoa jurídica podem conferir a apuração desses lucros.

3.3 - PRINCIPAL DESVANTAGEMA principal desvantagem do lucro real decorre da obrigatoriedade de escrituraçõescomercial e fiscal.A apuração do lucro real demanda uma estrutura administrativa mais complexa, poismuitos são os documentos e livros exigidos pela fiscalização, obrigando a empresa a tercontrole de todo movimento financeiro, administrativo, de estoques, de produção, decomercialização, etc.

4 - PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL

Estão obrigadas ao regime de tributação com base no lucro real, em cada ano-calendário,as pessoas jurídicas:

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 10/55

10

a)  cuja receita total, ou seja, o somatório da receita bruta mensal, das demais receitas eganhos de capital, dos ganhos líquidos obtidos em operações realizadas nos mercados derenda variável e dos rendimentos nominais produzidos por aplicações financeiras de rendafixa, da parcela das receitas auferidas nas exportações às pessoas vinculadas ou aos paísescom tributação favorecida que exceder ao valor já apropriado na escrituração da empresa,na forma da IN SRF n.º 38, de 2008, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite deR$24.000.000,00 (vinte e quatro milhões de reais), ou de R$2.000.000,00 (dois milhões dereais) multiplicado pelo número de meses do período, quando inferior a doze meses;b)  cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos dedesenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento,sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários ecâmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamentomercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e

entidades de previdência privada aberta;c)  que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;d)  que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos àisenção ou redução do imposto;e)  que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal do imposto derenda, determinado sobre a base de cálculo estimada, na forma do art. 2º da Lei n.º 9.430,de 1996;f)  que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços deassessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de

contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantisa prazo ou de prestação de serviços.

As pessoas jurídicas, que se encontram nas situações descritas nas alíneas "a" e "c" e "e"acima, poderão optar, durante o período em que submetidas ao Programa de RecuperaçãoFiscal (Refis), pelo regime de tributação com base no lucro presumido.

5 - APURAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA COM BASE NO LUCRO REALAs pessoas jurídicas deverão apurar trimestralmente o imposto de renda com base no lucroreal. Opcionalmente, as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, podem efetuar,mensalmente, o pagamento do imposto de renda devido no curso do ano-calendáriocalculado sobre base de cálculo estimada, realizando a apuração definitiva apenas ao finaldo ano-calendário ou na data do evento, caso ocorra fusão, cisão, incorporação ou extinçãoda pessoa jurídica.Esta opção alcança, inclusive, as pessoas jurídicas que em qualquer trimestre do ano-calendário tenham arbitrado o lucro ou tenham se utilizado da faculdade de suspender oureduzir o valor dos pagamentos mensais, mediante a elaboração de balanços ou balancetesmensais.Incide multa de ofício de 75% (setenta e cinco por cento) sobre os valores do imposto

devidos e não pagos, calculados sobre a base de cálculo estimada, ainda que apuradoprejuízo fiscal no encerramento do período de apuração (ajuste anual), salvo se

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 11/55

11

comprovado que a insuficiência de pagamento decorreu do levantamento do balanço oubalancete de suspensão ou redução.6 - DETERMINAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO ESTIMADA

PERCENTUAIS DE ESTIMATIVAATIVIDADE  %Revenda para consumo de combustíveis derivados de petróleo, álcool etílicocarburante e gás natural

1,6

-  Venda de mercadorias-  Serviços hospitalares-  Venda de produtos de fabricação própria ou industrialização por encomenda-  Atividade imobiliária

-  Transporte de cargas-  Atividade rural-  Representação Comercial conta própria-  Outras atividades não caracterizadas como de prestação de serviços

8

-  Serviços de transporte, exceto de cargas-  Instituições financeira e equiparadas

16

Serviços de:-  Sociedades civis, relativos a profissão legalmente regulamentada-  Intermediação de negócios

-  Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos dequalquer natureza-  Construção por administração ou empreitada unicamente de mão-de-obra-  Representação comercial por conta de terceiros-  Factoring-  Prestação de qualquer outra espécie de serviços

32

6.1 - Aplicação dos PercentuaisOs percentuais de estimativa são aplicados sobre a receita bruta da(s) atividade(s)

integrante(s) dos objetivos sociais da empresa, conforme expresso no Contrato Social.Exemplo:Receita Bruta no mês de Janeiro/2011 do Transporte de Passageiros: R$ 120.000,00Percentual Estimado de Lucro: 16%Lucro Estimado sobre Receita Bruta: 16% de R$ 120.000,00 = R$ 19.200,00Atividades DiversificadasQuando constar dos objetivos sociais da empresa mais de uma atividade, será necessárioseparar as receitas das atividades e aplicar o percentual relativo a cada uma delas. .

6.2 - Empresas Prestadoras de ServiçosA empresa pode aplicar sobre a receita bruta, para cálculo do Lucro Estimado, o percentualreduzido de 32% para 16%, no caso dos seguintes serviços:

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 12/55

12

a)  intermediação de negócios (inclui a corretagem de seguros, de imóveis, etc., e arepresentação comercial por conta de terceiros);b)  administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquernatureza;c)  construção por administração ou empreitada unicamente de mão-de-obra;d)  prestação de qualquer outra espécie de serviços, exceto serviços de sociedades deprofissão legalmente regulamentada;e)  Factoring.Condições para Redução do PercentualPara reduzir o percentual de estimativa do lucro de 32% para 16%, é necessário observarque:1)  a atividade exercida deve ser exclusivamente a prestação de serviços; e2)  a receita bruta anual não pode superar R$ 120.000,00.

Se a receita acumulada até determinado mês exceder o valor de R$ 120.000,00, a empresadeve pagar a diferença do imposto, pelo percentual de 32%, em relação a cada mêstranscorrido.O recolhimento da diferença será efetuado até o último dia útil do mês subsequente àqueleem que ocorreu o excesso, sem quaisquer acréscimos legais. Se o prazo não for cumprido,serão devidos os acréscimos legais devidos pela mora.

6.3 - Receita de AluguéisO Lucro Estimado sobre a receita bruta da administração e locação de imóveis próprios ou

de terceiros é calculado com base nos percentuais de 32% ou 16% (com redução de 50%).Se essas atividades não constarem dos objetivos sociais, a receita de aluguéis será tratadacomo outros resultados positivos.

6.4 - Adição dos Ganhos e demais Resultados PositivosA base de cálculo do Imposto de Renda é a soma do resultado dos percentuais deestimativa sobre a receita bruta da atividade com os demais ganhos, receitas e rendimentosauferidos durante o mês, tais como:a)  o ganho de capital na alienação de bens ou direitos do Ativo Permanente;b)  o ganho auferido na alienação de ouro não ativo financeiro;c)  o ganho de capital obtido na alienação de participação societária permanente emsociedade coligada ou controlada ou que permanecer no ativo da pessoa jurídica até otérmino do ano-calendário seguinte ao de sua aquisição;d)  o ganho na devolução em bens ou direitos sobre o capital social de outra pessoa

 jurídica;e)  os rendimentos em operações de mútuo, inclusive as realizadas entre pessoas jurídicascontroladoras, controladas, coligadas ou interligadas, exceto se a mutuária for instituiçãoautorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil;f)  os ganhos obtidos em operações de cobertura (hedge) em bolsas de valores, de

mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;g)  1/120 do saldo do lucro inflacionário acumulado em 31-12-06, corrigidomonetariamente até aquela data;

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 13/55

13

h)  as demais receitas não abrangidas pelas letras anteriores, tais como:-  receitas de locação de imóveis, quando este não for o objeto da empresa, deduzidas dosencargos necessários à sua percepção;-  os juros ativos, inclusive os equivalentes à taxa SELIC para títulos federais incidentessobre impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados;-  as variações monetárias ativas;-  as multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica, ainda quea título de indenização, em virtude de rescisão de contrato, salvo se tiverem por finalidadea reparação de danos patrimoniais;-  bonificações por volumes veiculados pelas agências de publicidade e propaganda;-  descontos financeiros obtidos.

6.5 - Ganhos na Alienação de Bens

Nas alienações de bens do Ativo Permanente é necessário apurar o ganho de capital paraadicioná-lo à base de cálculo do imposto devido com base no Regime de Estimativa.O ganho de capital é a diferença entre o preço da alienação e o valor contábil do bem oudireito.

6.6 - Definição de Receita BrutaA receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nasoperações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nasoperações de conta alheia, observando-se que:

a)  as pessoas jurídicas que explorem atividades imobiliárias relativas a loteamentos deterrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda, bem como avenda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda, deverão considerar como receitabruta o montante efetivamente recebido, relativo às unidades imobiliárias vendidas;b)  nos casos de contratos com prazo de execução superior a um ano, de construção porempreitada ou de fornecimento a preço predeterminado de bens ou serviços a seremproduzidos, será computada na receita bruta parte do preço total da empreitada, ou dosbens ou serviços a serem fornecidos, determinada mediante a aplicação, sobre esse preçototal, da percentagem do contrato ou da produção executada em cada mês, observado odisposto na alínea "d";c)  no caso de construções ou fornecimentos contratados com base em preço unitário dequantidades de bens ou serviços produzidos em prazo inferior a um ano, a receita deveráser incluída no mês em que for completada cada unidade;d)  a receita decorrente de fornecimento de bens e serviços para pessoa jurídica de direitopúblico ou empresa sob seu controle, empresas públicas, sociedades de economia mista ousua subsidiária, nos casos de empreitada ou fornecimento contratado nas condições do art.10 e § 2º do Decreto-lei n.º 1.598, de 1977, será reconhecida no mês do recebimento;e)  as receitas obtidas pelas empresas de "factoring", representada pela diferença entre aquantia expressa no título de crédito adquirido e o valor pago, deverá ser reconhecida na

data da operação.

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 14/55

14

6.6.1 - Exclusões da Receita BrutaNa receita bruta não se incluem as vendas canceladas, os descontos incondicionaisconcedidos e os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador oucontratante dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja merodepositário - IPI.As receitas provenientes de atividade incentivada não comporão a base de cálculo doimposto na proporção do benefício a que a pessoa jurídica, submetida ao regime detributação com base no lucro real, fizer jus.

6.7 - Acréscimos à Base de CálculoSerão acrescidos à base de cálculo, no mês em que forem auferidos, os ganhos de capital,as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não compreendidas na

atividade, inclusive:a)  os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicascontroladoras, controladas, coligadas ou interligadas;b)  os ganhos auferidos na alienação de participações societárias permanentes emsociedades coligadas e controladas, e de participações societárias que permaneceram noativo da pessoa jurídica até o término do ano-calendário seguinte ao de suas aquisições;c) a realização de 1/120 do saldo do lucro inflacionário existente em 31/12/2006;c)  os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsas devalores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;

d)  a receita de locação de imóvel, quando este não for o objeto social da pessoa jurídica,deduzida dos encargos necessários à sua percepção;e)  os juros equivalentes à taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), paratítulos federais, acumulada mensalmente, relativos a impostos e contribuições a seremrestituídos ou compensados;f)  as variações monetárias ativas;g)  a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos deinstituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dosbens e direitos que tenha sido entregue para a formação do referido patrimônio;h)  os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens e direitos

Atenção:1)  Quanto ao cálculo dos ganhos de capital, consultar o disposto no art. 4º, §§ 1° a 5º, daIN SRF n.º 93, de 1997.2)  Nas atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis,as variações monetárias ativas a que se refere o art. 9° da Lei n° 9.718, de 1998, serãoreconhecidas segundo as normas constantes da IN SRF n° 84, de 1979, da IN SRF n° 23,de 1983, e da IN SRF n° 067, de 1988.3)  Quanto à alínea "g", a partir de 1º de janeiro de 2000, as variações monetárias dos

direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio, serãoconsideradas, para efeito de determinação da base de cálculo quando da liquidação dacorrespondente operação. À opção da pessoa jurídica, as variações monetárias poderão ser

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 15/55

15

consideradas na determinação da base de cálculo pelo regime de competência, sendo que aopção aplica-se a todo ano-calendário;4)  Quanto à alínea "h", deverão ser aplicadas as normas do inciso I do art. 17 da Lei n°9.249, de 1995 aos valores entregues até o final de 1995.

6.8 - Valores Não Integrantes da Base de CálculoNão integram a base de cálculo do imposto de renda mensal:a)  os rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicação financeira de renda fixa evariável. Os rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicações financeiras de rendafixa e variável serão considerados na determinação da base de cálculo do imposto de rendamensal quando não houverem sido submetidos à incidência na fonte ou ao recolhimentomensal previstos nas regras específicas de tributação a que estão sujeitos;b)  as recuperações de créditos que não representem ingressos de novas receitas;

c)  a reversão de saldo de provisões anteriormente constituídas;d)  os lucros e dividendos decorrentes de participações societárias avaliadas pelo custo deaquisição e a contrapartida do ajuste por aumento do valor de investimentos avaliados pelométodo da equivalência patrimonial;e)  os juros sobre o capital próprio auferidos.

6.9 - Determinação do Imposto de Renda Devido - AlíquotasAs alíquotas do imposto de renda em vigor no ano-calendário de 2011 são as seguintes:a)  15% (quinze por cento) sobre o lucro real apurado pelas pessoas jurídicas em geral,

seja comercial ou civil o seu objeto;b)  6% (seis por cento) sobre o lucro inflacionário acumulado até 31 de dezembro de 1987,das empresas concessionárias de serviços públicos de energia elétrica e telecomunicações,das empresas de saneamento básico e das empresas que exploram a atividade de transportecoletivo de passageiros, concedida ou autorizada pelo poder público e com tarifa por elefixada, realizado no período de apuração (trimestral ou anual) do imposto.

6.9.1 - AdicionalA parcela do lucro real que exceder ao resultado da multiplicação de R$20.000,00 (vintemil reais) pelo número dos meses do respectivo período de apuração sujeita-se à incidênciado adicional, à alíquota de 10% (dez por cento). Também se encontra sujeita ao adicional aparcela da base de cálculo estimada mensal, no caso das pessoas jurídicas que optaram pelaapuração anual do imposto de renda, que exceder a R$ 20.000,00 (vinte mil reais).A alíquota do adicional é única para todas as pessoas jurídicas, inclusive instituiçõesfinanceiras, sociedades seguradoras e assemelhadas.O adicional incide, inclusive, sobre os resultados tributáveis de pessoa jurídica que exploreatividade rural. No caso de atividades mistas, a base de cálculo do adicional será a soma dolucro real apurado nas atividades em geral com o lucro real apurado na atividade rural.

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 16/55

16

EXEMPLORECEITA JANEIRORevenda de Mercadorias 175.000,00

Representação Comercial 80.000,00Rendimentos de Aplicação Financeiras 12.344,00Ganho de Capital Alienação Bens 11.235,001/120 do lucro inflacionário 32.523,00IR/Fonte s/Representação 1.200,00IR s/Aplicação Financeiras 1.345,00Doação ao Fundo da Criança e do Adolescente 1.000,00Aplicação no Finor 18%

IMPOSTO DE RENDA R$Lucro s/Venda de Mercadorias (8% de R$ 175.000,00) 14.000,00Lucro s/Prestação de serviços (32% de R$ 8.000,00) 25.600,00LUCRO ESTIMADO S/RECEITA BRUTA 32.523,001/120 do Lucro Inflacionário 11.235,00Ganho na alienação de bens 11.235,00BASE DE CÁLCULO DO IRPJ 83.358,00IMPOSTO DEVIDO (15% de 83.358,00) 12.503,70ADICIONAL DO IMPOSTO (10% de 83.358,00 - 20.000,00) 6.335,80

TOTAL DEVIDO 18.839,50Deduções do ImpostoIR/Fonte s/Serviços 1.200,00Doação ao Fundo da Criança (1.000,00, limitado a 1% IR devido) 125,03IMPOSTO LíQUIDO 17.514,47

APLICAÇÃO NO FINORImposto devido 12.503,70Fundo da Criança e do Adolescente 125,03

Base de cálculo do Incentivo 12.378,6718% de 12.378,67 2.228,16

IMPOSTO A RECOLHERImposto Líquido 17.514,47Aplicação no FINOR – DARF código 6677 2.228,16Imposto a Recolher – DARF código 2362 15.286,31

CONTRIBUIÇÃO SOCIALLucro s/venda de mercadorias (12% de R$ 175.000,00) 21.000,00

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 17/55

17

Lucro s/Prestação de serviços (12% de R$ 80.000,00) 9.600,00Aplicações Financeiras 12.344,00Ganho na alienação de bens 11.235,00

Base de Calculo 54.179,00Contribuição Social (9% de 54.179,00) 4.876,11

Saldo de Incentivo Fiscal para o mês seguinte:Valor da Doação ao Fundo da Criança e do Adolescente ............... 1.000,00Dedução no Mês .............................................................................. 125,03Saldo a Deduzir ............................................................................... 874 97

7 - SUSPENSÃO OU REDUÇÃO DO PAGAMENTO DO IMPOSTO DE RENDAMENSALA pessoa jurídica poderá suspender o pagamento do imposto, desde que demonstre que ovalor do imposto devido, calculado com base no lucro real do período em curso, é igual ouinferior à soma do imposto de renda devido por estimativa, correspondente aos meses domesmo ano-calendário, anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado.A diferença verificada, correspondente ao imposto de renda apurado a maior, no períodoabrangido pelo balanço de suspensão, não poderá ser utilizada para reduzir o montante doimposto devido em meses subseqüentes do mesmo ano-calendário, calculado com base nareceita bruta e acréscimos.Caso a pessoa jurídica pretenda suspender ou reduzir o valor do imposto devido, em

qualquer outro mês do ano-calendário, deverá levantar novo balanço ou balancete doperíodo em curso.

7.1 - Suspensão ou Redução em JaneiroO pagamento do imposto de renda relativo ao mês de janeiro de 2011 poderá ser efetuadocom base em balanço ou balancete de suspensão ou redução, se ficar demonstrado que oimposto devido no período é inferior ao calculado sobre a base de cálculo estimada.

7.2 - Diário 

Os balanços ou balancetes de suspensão ou redução deverão ser levantados comobservância das leis comerciais e fiscais e transcritos no livro Diário até a data fixada parapagamento do imposto do respectivo mês. Esses balanços ou balancetes somenteproduzirão efeitos para fins de determinação do imposto de renda e da contribuição socialsobre o lucro líquido do período em curso.Para os efeitos deste, considera-se período em curso aquele compreendido a partir de 1º de

 janeiro ou o do início de atividade até o último dia do mês a que se referir o balanço oubalancete. O imposto devido no período em curso é o resultado da aplicação da alíquota doimposto sobre o lucro real, acrescido do adicional, e deduzido, quando for o caso, dosincentivos fiscais de dedução e de isenção ou redução.

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 18/55

18

7.3 - EstoquesPara fins de determinação do resultado contábil, a pessoa jurídica deverá promover, aofinal de cada período de apuração, levantamento e avaliação de seus estoques, segundo alegislação específica, dispensada a escrituração do livro “Registro de Inventário”. A pessoa

 jurídica que possuir registro permanente de estoques, integrado e coordenado com acontabilidade, somente estará obrigada a ajustar os saldos contábeis, pelo confronto com acontagem física, ao final do ano-calendário ou do encerramento do período de apuração,nos casos de incorporação, fusão, cisão ou extinção da pessoa jurídica.

7.4 - LALURO resultado do período em curso deverá ser ajustado por todas as adições determinadas,exclusões e compensações de prejuízos fiscais admitidas pela legislação do imposto de

renda. A demonstração do lucro real relativa ao período abrangido pelos balanços oubalancetes de suspensão ou redução deverá ser transcrita no Livro de Apuração do LucroReal (Lalur). A cada balanço ou balancete levantado para fins de suspensão ou redução doimposto, o contribuinte deverá determinar um novo lucro real para o período em curso,desconsiderando aqueles apurados em meses anteriores do mesmo ano-calendário. Asadições, exclusões e compensações de prejuízos fiscais computadas na apuração do lucroreal, correspondentes aos balanços ou balancetes, deverão constar, discriminadamente, naparte A do Lalur, para fins de elaboração da demonstração do lucro real do período emcurso, não cabendo nenhum registro na parte B do referido livro.

Ocorrendo apuração de prejuízo fiscal, a pessoa jurídica estará dispensada do pagamentodo imposto correspondente ao mês em que foi levantado o balanço ou balancete desuspensão ou redução.

8 - DEDUÇÃO DO IMPOSTO DEVIDOA pessoa jurídica sujeita ao Lucro Real poderá deduzir do imposto devido os seguintesincentivos fiscais: Caráter Cultural e Artístico, Programa de Alimentação ao Trabalhador,Desenvolvimento Tecnológico Industrial/Agropecuário, Atividade Audiovisual, Fundos doDireito da Criança e do Adolescente, Regionais de Redução e/ou Isenção do Imposto, e deRedução por Reinvestimento;Os incentivos fiscais citados acima, à exceção dos relativos a DesenvolvimentoTecnológico Industrial/Agropecuário, dos Regionais de Redução e/ou Isenção do Imposto,e dos de Redução por Reinvestimento, podem ser deduzidos do imposto devido calculadosobre base de cálculo estimada mensalmente. Podem ser deduzidos ainda:-  o imposto de renda pago ou retido na fonte sobre as receitas que integraram a base decálculo do imposto devido;-  o pago no exterior sobre lucros disponibilizados, rendimentos e ganhos de capital.

9 - COMPENSAÇÕES DO IMPOSTO DE RENDA DEVIDO

A pessoa jurídica poderá efetuar as seguintes compensações:-  pagamentos indevidos ou a maior de imposto de renda;-  saldo negativo de imposto de renda de períodos anteriores;

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 19/55

19

-  outras compensações efetuadas em conformidade com a IN SRF n° 21, de 1997, e INSRF n° 73, de 1997.As compensações efetuadas deverão ser demonstradas na DCTF.

DADOS DO EXEMPLOpagamentos por estimativa no curso do período

MÊS IRPJDEVIDO

IR/FONTECOMPENSADO 

DEDUÇÃOPORINCENTIVO 

IRPJLíQUIDORECOLHIDO 

JANEIRO 18.839,50 1.200,00 125,03 17.514,47FEVEREIRO 29.259,25 800,00 173,90 28.285,35

MARCO 42.388,87 2.700,00 214,14 39.474,73TOTALDEVIDO

90.487,62 4.700,00 513,07 85.274,55

IMPOSTO PAGOMÊS IRPJ RECOLHIDO NO

DARFIR/FONTE TOTAL

PAGO 

JANEIRO 17.514,47 1.200,00 18.714,47

FEVEREIRO 28.285,35 800,00 29.085,35MARCO 39.474,73 2.700,00 42.174,73TOTALDEVIDO

85.274,55 4.700,00 89.974,55

CSLL PAGAMÊS CSLL PAGA 

JANEIRO 4.876,11FEVEREIRO 7.314,16MARCO 10.971,36TOTAL DEVIDO 23.161,63

RESULTADO DO BALANÇO DE SUSPENSÃO

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 20/55

20

PERíODO EM CURSO: 1° DE JANEIRO A 30 DE ABRILCÁLCULO DO IRPJ R$Lucro Contábil de 1° de Janeiro a 30 de Abril, após a CSLL 284.857,40Adições 187.450,00Exclusões 199.450,00LUCRO REAL 272.857,40IMPOSTO DEVIDO15% de R$ 272.857 ,40 40.928,6110% de (272.857,40 - 80.000,00) 19.285,74Incentivos ao Fundo da Criança e Adolescência* 409,28IMPOSTO DEVIDO 59.805,07

VALOR PAGO 89.974,55VALOR RECOLHIDO A MAIOR ( 30.169,48)(*) A dedução do incentivo fiscal é menor do que na estimativa (513,07), porque foicalculado sobre o imposto efetivamente devido, enquanto que no pagamento mensal écalculado sobre o imposto estimado.Até o mês anterior ao balanço de suspensão, a empresa pagou (89.974,55) mais Imposto deRenda do que devia (59.805,07) no período de 1° de janeiro a 30 de abril.Nesse caso, pode suspender o pagamento do Imposto de Renda e da Contribuição Socialsobre o Lucro no mês de abril, com base no balanço efetuado em 30 de abril.O balanço suspendeu o pagamento por estimativa no mês de abril.No mês de maio, a empresa deve continuar recolhendo por estimativa ou, se desejar,levantar outro balanço ou balancete para reduzir ou suspender o pagamento do Imposto deRenda e da Contribuição.CÁLCULO DA CSLL R$Lucro Contábil de 1° de Janeiro a 30 de Abril, após a CSLL 303.457,00Adições 107.983,00Exclusões 178.945,00BASE DE CÁLCULO DA CSLL 232.495,00CSLL DEVIDA (9%) 20.965,05

VALOR PAGO 23.161,63VALOR RECOLHIDO A MAIOR (2.196,58)

10 - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO (CSLL) 10.1 - AlíquotasA partir do ano-calendário 2001A alíquota da CSLL é de:9% (nove por cento) para os fatos geradores ocorridos a partir de 1° de fevereiro de 2011até 31 de dezembro de 2013.

10.2 - Apuração Trimestral da CSLL

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 21/55

21

As pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real trimestral deverão apurar trimestralmente aCSLL.A base de cálculo da CSLL corresponde ao lucro líquido contábil ajustado pelas adiçõesdeterminadas, pelas exclusões admitidas e pelas compensações de base de cálculo negativaaté o limite definido em legislação específica vigente à época da ocorrência dos fatosgeradores. O valor da CSLL não poderá ser deduzido para efeito de determinação do lucroreal e própria base de cálculo.

10.3 - Apuração Anual da CSLL, com recolhimentos mensais sobre a base de cálculoestimada As pessoas jurídicas tributadas na forma do lucro real anual deverão pagar a CSLL,mensalmente, determinada sobre a base de cálculo estimada.

Os valores de CSLL efetivamente pagos calculados sobre a base de cálculo estimadamensalmente, no transcorrer do ano-calendário, poderão ser deduzidos do valor de CSLLapurado anualmente (ajuste).O valor da CSLL não poderá ser deduzido para efeito de determinação do lucro real e daprópria base de cálculo (Lei n° 9.316, de 1996, art. 1°).

10.4 - Base de CálculoNas atividades desenvolvidas por pessoas jurídicas de natureza comercial, industrial ou deprestação de serviços, a base de CSLL apurada por estimativa será a soma dos seguintes

valores:I.  o valor correspondente a 12% (doze por cento) da receita bruta mensal, excluídas asvendas canceladas, as devoluções de vendas, os descontos incondicionais concedidos e osimpostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador dos quais o vendedordos bens ou prestador de serviços seja mero depositário;II.  os ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes dereceitas não compreendidas na atividade, inclusive:f)  os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicascontroladoras, controladas, coligadas ou interligadas;g)  os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias permanentesem sociedades coligadas e controladas, e de participações societárias que permaneceram noativo da pessoa jurídica até o término do ano-calendário seguinte ao de suas aquisições;h)  os ganhos auferidos em operações de cobertura ("hedge") realizadas em bolsas devalores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;i)  a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica,deduzida dos encargos necessários à percepção da mesma;

 j)  os juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia(Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, relativos a impostos e contribuiçõesa serem restituídos ou compensados;

k)  as variações monetárias ativas;l)  os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens e direitos;

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 22/55

22

m) a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos deinstituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dosbens e direitos que tenha sido entregue para a formação do referido patrimônio.III. os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa erenda variável.

10.5 - Efeito dos Balanços de Suspensão ou Redução no Pagamento da CSLLA mesma forma de tributação adotada, pela pessoa jurídica, para fins de apuração doimposto de renda, deverá ser adotada para fins de apuração da CSLL.Assim, a pessoa jurídica que levantou balanço ou balancete para suspender ou reduzir opagamento do imposto de renda, em determinado mês do ano-calendário, deverá apurar abase de cálculo da CSLL sobre o lucro líquido apurado nesse mesmo balanço, ajustadopelas adições determinadas, pelas exclusões permitidas e pelas compensações de base de

cálculo negativa da CSLL, observados os limites definidos na legislação pertinente, aindaque a base de cálculo apurada seja superior ao valor da base de cálculo estimada.A pessoa jurídica que levantar balanço ou balancete de suspensão ou redução dopagamento do IRPJ e da CSLL em 31 de dezembro deverá computar os lucros, oriundos doexterior, disponibilizados nos termos do art. 1° da Lei n° 9.532, de 1997. A pessoa jurídicadeverá computar também os rendimentos e ganhos de capital, auferidos no exterior, nessebalanço ou balancete, para fins de incidência da CSLL

10.6 - Compensação de Base de Cálculo Negativa

A pessoa jurídica poderá compensar a base de cálculo negativa, desde que mantenha oslivros e documentos, exigidos pela legislação fiscal, comprobatórios do montante dessabase utilizado para a compensação.A base de cálculo negativa das atividades em geral poderá ser compensada com basepositiva da atividade rural apurada no próprio período de apuração, ou vice-versa.A base de cálculo negativa, das atividades em geral e rural, apurada a partir doencerramento do ano-calendário de 2006, poderá ser compensada, cumulativamente com abase de cálculo negativa apurada até 31 de dezembro de 2005, com o resultado do períodode apuração ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação, determinado emanos-calendário subseqüentes, observado o limite máximo de redução de trinta por cento,no caso da base de cálculo negativa das atividades em geral.A pessoa jurídica não poderá compensar sua própria base de cálculo negativa se entre adata da apuração e a da compensação houver ocorrido, cumulativamente, modificação deseu controle societário e do ramo de atividade. A pessoa jurídica sucessora porincorporação, fusão ou cisão não poderá compensar base de cálculo negativa da sucedida.No caso de cisão parcial, a pessoa jurídica cindida poderá compensar sua própria base decálculo negativa, proporcionalmente à parcela remanescente do patrimônio líquido.

10.6.1 - Atividade Rural  – Compensação de Base de Cálculo Negativa

A base de cálculo da CSLL da atividade rural, quando negativa, poderá ser compensadacom o resultado dessa mesma atividade, apurado em períodos de apuração subseqüentes,

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 23/55

23

ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação, sem o limite máximo de reduçãode trinta por cento.A base de cálculo da CSLL da atividade rural, quando negativa poderá ser compensadacom o resultado das atividades em geral , apurado no mesmo período de apuração, sem olimite máximo de redução de trinta por cento.A base de cálculo da CSLL da atividade rural quando negativa, poderá ser compensadacom o resultado das atividades em geral, apurado em períodos de apuração subseqüentes,observado o limite máximo de redução de trinta por cento.

10.7 - Apurada Mensalmente por EstimativaI - Pagamentos MensaisA CSLL determinada mensalmente com base na receita bruta e acréscimos ou em balançoou balancete de suspensão ou redução, será paga até o último dia útil do mês subseqüente

àquele a que se referir a apuração.II - Saldo da CSLL Apurado em 31 de Dezembro (ajuste anual): O saldo da CSLL apurado em 31 de dezembro do ano-calendário será:a)  pago em quota única até o último dia útil do mês de março do ano subseqüente. O saldoda CSLL será acrescido de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial deLiquidação e Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir de 1ºde fevereiro ano subseqüente até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1%(um por cento) no mês do pagamento;b)  compensado com a CSLL devida a partir do mês de janeiro do ano-calendário

subsequente ao do encerramento do período de apuração, se negativo, assegurada aalternativa de requerer a restituição.

11 - OPÇÃO PARA APLICAÇÃO EM INVESTIMENTOS REGIONAISA pessoa jurídica tributada com base no lucro real poderá manifestar a opção pelaaplicação de parte do imposto de renda em investimentos regionais, na declaração ou nocurso do ano-calendário, nas datas de pagamento do imposto apurado trimestralmente.O valor a ser aplicado, relativamente ao ano-calendário de 2011, poderá ser equivalente aaté 18% para Finor e Finam e 25% para o Funres.A pessoa jurídica que efetuar pagamentos mensais deverá recolher o valor correspondenteà aplicação em investimentos regionais, em Darf específico com os códigos: 6677 (Finor),6692 (Finam) ou 6704 (Funres). A pessoa jurídica sujeita à apuração trimestral do impostodeverá recolher o valor correspondente à aplicação em investimentos regionais, em Darf específico com os seguintes códigos: 1800 (Finor), 1825 (Finam) e 1838 (Funres). A opçãomanifestada é irretratável e os Darf utilizados para recolhimento com os códigosanteriormente mencionados não poderão sofrer retificação relativa ao código ou ao valorda receita.A parcela excedente destinada aos fundos verificada no ajuste anual pelas pessoas jurídicasserá considerada:

-  como recurso próprio aplicado no respectivo projeto, quando o recolhimento forefetuado pelas pessoas jurídicas de que trata o art. 9° da Lei n° 8.167, de 1991;

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 24/55

24

-  como subscrição voluntária para o fundo destinatário da opção manifestada no Darf,quando o recolhimento for efetuado pelas demais pessoas jurídicas.O valor referente à aplicação em incentivos fiscais correspondente aos valores apurados noajuste anual deverá ser recolhido nos seguintes códigos: 7920 (Finor), 7933 (Finam) ou7946 (Funres).

12 - OPÇÕES PARA APLICAÇÃO EM INCENTIVOS FISCAIS12.1 – Caráter Cultural e ArtísticoA pessoa jurídica que efetuar doações ou patrocínios em favor de projetos culturais, desdeque atendidas as condições do Decreto n° 1.494, de 1995, e da IN SE-MINC/SRF n° 1, de1995, poderá deduzir do imposto devido o valor calculado deste incentivo, observando-se abase legal de concessão dos projetos e os limites legais estabelecidos, conforme a seguir:a)  Projetos aprovados nos termos dos arts. 25 e 26 da Lei n.º 8.313, de 1991:

-  40% do somatório das doações;-  30% do somatório dos patrocínios.b)  Projetos aprovados nos termos do art. 18 da Lei n° 8.313, de 1991, alterado pela Lei n°9.874, de 23 de novembro de 1999:-  100% do somatório das doações;-  100% do somatório dos patrocínios.Limite de DeduçãoA dedução do imposto de renda a este título não poderá exceder, isoladamente, a 4% doimposto de renda devido. Para o cálculo do limite desta dedução deverá ser excluída, do

imposto de renda devido, a parcela do imposto correspondente a lucros, rendimentos ouganhos de capital auferidos no exterior .Além de observar o limite específico de cada incentivo, o total das deduções relativas aosincentivos em operações de caráter cultural e atividade audiovisual não poderá exceder a4% do imposto devido.A pessoa jurídica que tiver projeto aprovado nos termos dos arts. 25 e 26 da Lei n° 8.313,de 1991, além de efetuar as deduções do imposto devido, conforme o item “a”, não terá

prejudicado o direito de deduzir o valor relativo às doações e/ou aos patrocínios comodespesa operacional.A pessoa jurídica que tiver projeto aprovado nos termos do art. 18 da Lei n° 8.313, de1991, alterado pela Lei n° 9.874, de 1999, que fizer jus à dedução do imposto de renda, nãopoderá efetuar qualquer dedução do valor correspondente às doações ou patrocínios comodespesa operacional.

12.2 – Programa de Alimentação ao Trabalhador  – PATA pessoa jurídica que tiver Programas de Alimentação ao Trabalhador aprovados peloMinistério do Trabalho nos termos do Decreto n° 5, de 1991, com as alteraçõesintroduzidas pelo Decreto n° 349, de 1991, respeitado o limite estabelecido, poderá deduzirdo imposto de renda o valor equivalente a 15% do total das despesas de custeio efetuadas

no período de apuração.Para a utilização do benefício, o custo máximo da refeição será de R$2,49 (dois reais equarenta e nove centavos), no caso de o custo efetivo ter sido superior a esse valor. O valor

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 25/55

25

mensal do benefício será calculado mediante a aplicação da alíquota do imposto sobre oresultado da multiplicação do número de refeições fornecidas em cada período deapuração, correspondente a 80% do custo efetivo de cada refeição. No caso de o custoefetivo ser igual ou superior a R$2,49 o valor mensal do benefício será calculado mediantea aplicação da alíquota do imposto sobre o resultado da multiplicação do número derefeições fornecidas, no período de apuração, pelo valor de $1,99 (um real e noventa enove centavos). A pessoa jurídica que estiver apurando lucro real anual considerará comovalor do benefício o resultado da soma dos valores correspondentes aos meses do ano-calendário, observados os limites em relação ao imposto devido.Limite de DeduçãoA dedução do imposto de renda a este título não poderá exceder, isoladamente, a 4% doimposto de renda devido. Para o cálculo do limite desta dedução deverá ser excluída, doimposto de renda devido, a parcela do imposto correspondente a lucros, rendimentos ou

ganhos de capital auferidos no exterior. Eventuais excessos podem ser transferidos paradedução nos dois anos-calendário subseqüentes.Observados o limite específico de cada incentivo, o total das deduções do imposto,apurado no encerramento do período trimestral, anual (ajuste), ou no períodocorrespondente ao balanço ou balancete de suspensão ou redução, relativas ao PAT  –  Programa de Alimentação ao Trabalhador e aos Programas de DesenvolvimentoTecnológico Industrial  –  PDTI e Programa de Desenvolvimento TecnológicoAgropecuário – PDTA, aprovados a partir de 3 de junho de 1993, não poderá exceder a 4%do imposto devido.

12.3 – Atividade AudiovisualA pessoa jurídica que atender as condições do Decreto n° 974, de 1993, e da IN SRF n° 54,de 1994, poderá deduzir do imposto devido as quantias referentes a investimentos feitos naprodução de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras de produção independente eem projetos específicos na área audiovisual, cinematográfica de exibição, distribuição einfra-estrutura técnica, apresentados por empresa brasileira, mediante a aquisição de quotasrepresentativas de direitos de comercialização, caracterizadas por Certificados deInvestimentos.Limite de DeduçãoA dedução está limitada a 3% do imposto devido, e só se aplica aos investimentosrealizados no mercado de capitais em favor de projetos de produção independente,previamente aprovados pelo Ministério da Cultura. Para o cálculo do limite desta deduçãodeverá ser excluída, do imposto de renda devido, a parcela do imposto correspondente alucros, rendimentos ou ganhos de capital auferidos no exterior.Observados o limite específico de cada incentivo, o total das deduções do imposto relativoaos incentivos Atividade Audiovisual e Atividade Cultural não poderá exceder a 4% doimposto devido.Nos recolhimentos mensais por estimativa, a parcela do incentivo excedente ao limite

individual, verificada em cada mês, poderá ser deduzida nos meses subseqüentes, atédezembro do mesmo ano ou na apuração do imposto devido no ajuste anual; sendo que o

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 26/55

26

valor que ultrapassar o limite, apurado no ajuste anual, não poderá ser deduzido do impostodevido em períodos posteriores.Se o valor do incentivo deduzido nos recolhimentos mensais por estimativa for superior aocalculado com base no imposto devido no ajuste anual, a diferença deverá ser recolhida nomesmo prazo fixado para o pagamento da quota única do imposto de renda, observada alegislação tributária pertinente.

12.4 – Fundos dos Direitos da Criança e do AdolescenteA pessoa jurídica poderá deduzir, do imposto de renda devido em cada período deapuração, o total das doações efetuadas aos Fundos dos Direitos da Criança e doAdolescente – nacional, estaduais ou municipais, devidamente comprovados.Limite de DeduçãoO limite máximo de dedução permitida é de 1% do imposto devido. Para o cálculo do

limite desta dedução deverá ser excluída, do imposto de renda devido, a parcela do impostocorrespondente a lucros, rendimentos ou ganhos de capital auferidos no exterior.A dedução do imposto relativa às doações efetuadas aos Fundos dos Direitos da Criança edo Adolescente não está submetida a limite global.Indetutibilidade da DespesaO valor correspondente às doações efetuadas não será dedutível como despesa operacionalna determinação do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucrolíquido.

12.5 - Desenvolvimento Tecnológico Industrial/Agropecuário PDTI/PDTAA pessoa jurídica titular de Programa de Desenvolvimento Tecnológico Industrial  – PDTIou Programa de Desenvolvimento Tecnológico Agropecuário  –  PDTA, nos termos doDecreto n° 96.760, de 1988, alterado pelo Decreto n° 99.073, de 1990; ou no Decreto n°949, de 1993, poderá deduzir do imposto devido o valor equivalente ao resultado daaplicação da alíquota de 15% sobre o total dos dispêndios realizados em atividades dedesenvolvimento tecnológico no período de apuração, observados os limites permitidos.Limite de DeduçãoA dedução do imposto de renda a este título não poderá exceder, isoladamente, a 4% doimposto de renda devido. Para efeito do cálculo da dedução deste incentivo, deverá serexcluída, do imposto de renda devido, a parcela do imposto correspondente a lucros,rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior.Observados o limite específico de cada incentivo, o total das deduções do imposto devidorelativas ao PAT  –  Programa de Alimentação ao Trabalhador e aos Programas deDesenvolvimento Tecnológico Industrial  –  PDTI e Programa de DesenvolvimentoTecnológico Agropecuário – PDTA não poderá exceder a 4% do imposto devido.Para os projetos aprovados até 03/06/1993, o limite individual de dedução é de 8%.

13 - PESSOAS JURÍDICAS QUE EXPLORAM ATIVIDADE RURAL

Considera-se atividade rural:-  a agricultura,-  a pecuária;

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 27/55

27

-  a extração e a exploração vegetal e animal;-  a exploração da apicultura, avicultura, cunicultura, suinocultura, sericicultura,piscicultura e de outras culturas animais;-  cultivo de florestas que se destinem ao corte para comercialização, consumo ouindustrialização;-  a transformação de produtos decorrentes da atividade rural, sem que sejam alteradas acomposição e as características do produto in natura, feita pelo próprio agricultor oucriador, com equipamentos e utensílios usualmente empregados nas atividades rurais,utilizando exclusivamente matéria-prima produzida na área rural explorada, tais como apasteurização e o acondicionamento do leite, assim como o mel e o suco de laranja,acondicionados em embalagem de apresentação.13.1 - ContabilidadeA pessoa jurídica que explorar outras atividades, além da atividade rural, deverá segregar,

contabilmente, as receitas, os custos e as despesas referentes à atividade rural, das demaisatividades, bem como demonstrar, no Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur),separadamente, o lucro ou prejuízo contábil e o lucro ou prejuízo fiscal dessas atividades.A pessoa jurídica deverá ratear, proporcionalmente à percentagem que a receita líquida decada atividade representar em relação à receita líquida total:-  os custos e as despesas comuns a todas atividades;-  os custos e despesas não dedutíveis, comuns a todas atividades, a serem adicionados aolucro líquido na determinação do lucro real;-  os demais valores, comuns a todas as atividades, que devam ser computados no lucro

real.Na hipótese da pessoa jurídica não possuir receita líquida no ano-calendário, adeterminação da percentagem prevista no parágrafo anterior será efetuada com base noscustos ou despesas de cada atividade explorada.

13.2 - Prejuízo FiscalNa compensação dos prejuízos fiscais decorrentes da atividade rural, com lucro real damesma atividade, não se aplica o limite de 30% (trinta por cento.O prejuízo fiscal da atividade rural apurado no período, desde que demonstrado no Lalur,poderá ser compensado com o lucro real das demais atividades apurado no mesmo período,sem limite.

14 - COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOSA pessoa jurídica poderá compensar o prejuízo fiscal apurado na demonstração do lucroreal e registrado no Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur), desde que mantenha oslivros e documentos, exigidos pela legislação fiscal, comprobatórios do montante doprejuízo fiscal utilizado para a compensação.O prejuízo fiscal apurado a partir do encerramento do ano-calendário de 1995 poderá sercompensado, cumulativamente com os prejuízos fiscais apurados até 31 de dezembro de

1994, com o lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação doimposto de renda, observado o limite máximo, para compensação, de 30% (trinta porcento) do referido lucro líquido ajustado.

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 28/55

28

A pessoa jurídica poderá, ainda, compensar os prejuízos fiscais apurados até 31 dedezembro de 1994, independentemente do prazo previsto na legislação vigente à época, senaquela data os mesmos fossem passíveis de compensação, na forma da legislação entãoaplicável.

14.1 - Pessoa Jurídica Excluída da LimitaçãoO limite de 30% (trinta por cento) não se aplica aos prejuízos fiscais, apurados pela pessoa

 jurídica, decorrentes da exploração de atividade rural e compensados com o lucro real damesma atividade, bem como aos apurados pela empresa industrial titular de ProgramasEspeciais de Exportação aprovados até 03 de junho de 1993 pela Befiex.14.2 - Prejuízos Não OperacionaisOs prejuízos não operacionais, apurados pela pessoa jurídica a partir de 1° de janeiro de1996, somente poderão ser compensados, nos períodos de apuração subseqüentes ao de sua

apuração, com lucros da mesma natureza, observado o limite de 30% (trinta por cento).Consideram-se “não operacionais” os resultados decorrentes da alienação de bens oudireitos do ativo permanente. O “resultado não operacional” é igual à diferença, positiva ou

negativa, entre o valor pelo qual o bem ou direito houver sido alienado e o seu valorcontábil.Os resultados não operacionais de todas as alienações ocorridas durante o período deapuração deverão ser apurados englobadamente entre si e, no período de apuração deocorrência, estes resultados, positivos ou negativos, integrarão o lucro real.Obrigatoriedade de Separação

A separação em prejuízos não operacionais e em prejuízos das demais atividades somenteserá exigida se, no período de apuração, forem verificados cumulativamente, resultadosnão operacionais negativos e lucro real negativo (prejuízo fiscal). Nesse caso, a pessoa

 jurídica deverá comparar o prejuízo não operacional com o prejuízo fiscal apurado nademonstração do lucro real, observado o seguinte:-  se o prejuízo fiscal for maior, todo o resultado não operacional negativo seráconsiderado prejuízo fiscal não operacional e a parcela excedente será considerada prejuízofiscal das demais atividades;-  se todo o resultado não operacional negativo for maior ou igual ao prejuízo fiscal, todoo prejuízo fiscal será considerado não operacional.LALUR – Controle e CompensaçãoOs prejuízos não operacionais e os decorrentes das atividades operacionais da pessoa

 jurídica devem ser controlados em folhas específicas, individualizadas por espécie, na parte “B” do Lalur, para compensação com lucros da mesma natureza apurados nos

períodos subseqüentes.O valor do prejuízo fiscal não operacional a ser compensado em cada período de apuraçãosubseqüente não poderá exceder o total dos resultados não operacionais positivos apuradosno período da compensação.A soma dos prejuízos fiscais não operacionais com os prejuízos decorrentes de outras

atividades da pessoa jurídica, a ser compensada, não poderá exceder o limite de 30% (trintapor cento) do lucro líquido do período de apuração da compensação, ajustado pelas adiçõese exclusões previstas autorizadas pela legislação do imposto de renda.

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 29/55

29

No período de apuração em que for apurado resultado não operacional positivo, todo o seuvalor será utilizado para compensar os prejuízos fiscais não operacionais de períodosanteriores, ainda que a parcela do lucro real admitida para compensação não seja suficienteou que tenha sido apurado prejuízo fiscal. Nessa hipótese, a parcela dos prejuízos fiscaisnão operacionais compensados com os lucros não operacionais que não puder sercompensada com o lucro real, seja em virtude do limite de 30% (trinta por cento) ou de terocorrido prejuízo fiscal no período de apuração, será considerada prejuízo das demaisatividades, devendo ser promovido os devidos ajustes na parte B do Lalur.

14.3 - Mudança de Controle Societário e de Ramo de AtividadeA pessoa jurídica não poderá compensar seus próprios prejuízos fiscais, se entre a data daapuração e da compensação houver ocorrido, cumulativamente, modificação de seucontrole societário e do ramo de atividade.

14.4 - Incorporação, Fusão e CisãoA pessoa jurídica sucessora por incorporação, fusão ou cisão não poderá compensarprejuízos fiscais da sucedida.No caso de cisão parcial, a pessoa jurídica cindida poderá compensar os seus própriosprejuízos, proporcionalmente à parcela remanescente do patrimônio líquido.

14.5 - Sociedade em Conta de Participação (SCP)O prejuízo fiscal apurado por Sociedade em Conta de Participação (SCP) somente poderá

ser compensado com o lucro real decorrente da mesma Sociedade em Conta deParticipação (SCP).É vedada a compensação de prejuízos fiscais e lucros entre duas oumais SCP ou entre estas e o sócio ostensivo.

15 - PAGAMENTO DO IMPOSTO15.1 - Imposto de Renda Determinado com Base no Lucro Real TrimestralO imposto de renda devido, apurado trimestralmente, será pago em quota única, até oúltimo dia útil do mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração.À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três quotas mensais,iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses subseqüentes ao deencerramento do período de apuração a que corresponder.Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$1.000,00 (um mil reais) e o imposto de valorinferior a R$2.000,00 (dois mil reais) será pago em quota única.As quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do SistemaEspecial de Liquidação e Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, apartir do primeiro dia do segundo mês subseqüente ao do encerramento do período deapuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mêsdo pagamento.

15.2 - Imposto de Renda Determinado sobre Base de Cálculo Estimada Mensalmenteou com Base em Balanço ou Balancete de Suspensão ou ReduçãoI – Pagamentos Mensais

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 30/55

30

O imposto de renda devido, determinado mensalmente sobre a base de cálculo estimada,ou apurado em balanço ou balancete de suspensão ou redução, será pago até o último diaútil do mês subseqüente àquele a que se referir.II – Saldo do Imposto Apurado em 31 de Dezembro de 2000 (ajuste anual)O saldo do imposto de renda apurado em 31 de dezembro de 2000:-  será pago em quota única até o último dia útil do mês de março do ano subseqüente. Osaldo do imposto será acrescido de juros equivalentes à taxa referencial do SistemaEspecial de Liquidação e Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, apartir de 1º de fevereiro de 2001 até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1%(um por cento) no mês do pagamento;-  poderá ser compensado com o imposto de renda devido a partir do mês de janeiro doano-calendário subseqüente ao do encerramento do período de apuração, assegurada aalternativa de requerer a restituição.

Os valores pagos, nos vencimentos estipulados na legislação específica, com base nareceita bruta e acréscimos ou em balanço ou balancete de suspensão ou redução nos mesesde janeiro a novembro, que excederem ao valor devido anualmente, serão atualizados pelos

 juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic)para Títulos Federais, acumulada mensalmente, a partir de 1° janeiro do ano-calendáriosubseqüente àquele que se referir o ajuste anual até o mês anterior ao da compensação e de1% relativamente ao mês da compensação que estiver sendo efetuada; e o relativo ao mêsde dezembro, que exceder ao valor devido anualmente, será acrescido dos juros

equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) paraTítulos Federais, acumulada mensalmente, a partir 1° de fevereiro até o mês anterior ao dacompensação e de 1% relativamente ao mês em que a compensação estiver sendo efetuada;

AJUSTES AO LUCRO LIQUIDO PARA APURAÇÃO DO IRPJ E DA CSLL

As empresas tributadas pelo lucro real devem realizar ajustes ao lucro líquido, a fim dedeterminar as bases de cálculo do IRPJ e da CSLL.Apesar da fórmula semelhante, os ajustes ao lucro líquido para cálculo do IRPJ nemsempre são iguais aos efetuados no cálculo da CSLL.Nos itens a seguir, relacionamos os principais ajustes ao lucro líquido, mencionandoquando devem ser feitos ora para cálculo do IRPJ, ora para cálculo da CSLL, ou paracálculo de ambos.

16. AJUSTES DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIALO resultado da Equivalência Patrimonial em investimentos deve ser ajustado ao lucrolíquido, para determinação do Lucro Real e da Base de Cálculo da Contribuição Socialsobre o Lucro.A Equivalência Patrimonial é calculada pela empresa investidora e corresponde ao valor do

investimento determinado mediante a aplicação do percentual de participação no capitalsocial sobre o Patrimônio Líquido de cada coligada ou controlada.

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 31/55

31

O valor obtido é comparado com o valor do investimento registrado no Ativo Permanenteda investidora, que deve fazer os ajustes necessários para que o valor registrado representea sua efetiva participação no capital da coligada ou controlada.Exemplo:

  Participação no capital de outra empresa.................................... 50%  Patrimônio Líquido da investida................................................... R$ 6.930.950,00

  Valor do Investimento Registrado no AP da Investidora ............ R$ 2.938.314,00  Equivalência Patrimonial (50% de R$ 6.930.950,00).................. R$ 3.465.475,00  Valor do Investimento ................................................................ (-) R$ 2.938.314,00

  Ajuste Positivo da Equivalência Patrimonial (R$ 3.465.475,00 –    R$ 2.938.314,00) ........................................................................ R$ 517.161,00A avaliação pela Equivalência Patrimonial é obrigatória para os investimentos relevantesda pessoa jurídica em:a)  sociedades controladas;b)  sociedades coligadas sobre cuja administração tenha influência; ec)  sociedade coligada de que participe com 20% ou mais do capital social.O investimento é relevante quando:-  em cada sociedade coligada ou controlada, o valor contábil do investimento for igualou superior a 10%do Patrimônio Líquido da investidora;-  no conjunto das sociedades coligadas e controladas, o valor contábil do investimentofor igual ou superior a 15% do Patrimônio Líquido da investidora.ADIÇÃO DA PERDA

O resultado negativo do ajuste do valor do investimento não é dedutível e deve seradicionado ao Lucro Líquido para cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro e doImposto de Renda.EXCLUSÃO DO GANHOO resultado positivo do ajuste pela Equivalência Patrimonial não é tributado pelo IRPJ oupela CSLL, devendo ser excluído do lucro líquido para efeito de determinação do lucroreal e da base de cálculo da contribuição.

17. ÁGIO/DESÁGIO NA AQUISIÇÃO DE INVESTIMENTOS

A empresa que avaliar investimento em sociedade coligada ou controlada pelo valor dePatrimônio Líquido deve, na época da compra da participação, desdobrar o custo deaquisição e registrá-Io em contas próprias do Ativo Permanente, que indiquem o:a)  valor de Patrimônio Líquido na época da aquisição;b)  ágio ou deságio na aquisição, que corresponde à diferença entre o custo de aquisição doinvestimento e o valor patrimonial do investimento na coligada ou controlada na época daaquisição.O ágio ou deságio obtido na aquisição do investimento é amortizado de acordo com asnormas legais e as contrapartidas da amortização têm o seguinte tratamento:a)  não são computadas na determinação do lucro real, devendo a amortização do ágio seradicionada ao lucro líquido e a amortização do deságio ser excluída do lucro líquido;

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 32/55

32

b)  são computadas na base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro, não havendoajuste a ser feito, uma vez que integram o resultado contábil.Os ajustes ao lucro líquido decorrentes da amortização do ágio ou do deságio devem sercontrolados na Parte B do LALUR, porque, por ocasião da baixa, integram o custo deaquisição do investimento para efeito de apuração do ganho ou da perda de capital,ocasião em que:a)  devem ser adicionadas ao lucro líquido as parcelas da amortização do deságio,controladas na Parte B do LALUR, que tenham sido excluídas do lucro líquido de períodosanteriores à baixa do investimento;b)  devem ser excluídas do lucro líquido as parcelas da amortização do ágio, controladasna Parte B do LALUR, que tenham sido adicionadas ao lucro líquido de períodosanteriores;c)  não influenciam o cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro..

17.1. PREJUÍZO NA ALIENAÇÃO DE AÇÕES, TÍTULOS OU QUOTAS DECAPITALNão são dedutíveis os prejuízos obtidos na alienação de ações, títulos ou quotas de capital,com deságio superior a 10% dos respectivos valores de aquisição, exceto se a vendahouver sido realizada em bolsa de valores ou, se esta não existir, tiver sido efetuada atravésde leilão público, com divulgação do respectivo edital, na forma da lei, durante 3 dias, noperíodo de um mês.Os respectivos prejuízos devem ser adicionados ao lucro líquido para efeito de cálculo do

Imposto de Renda, mas não interfere no cálculo da CSLL.

18. ALIMENTAÇÃOAs despesas com alimentação são, regra geral, dedutíveis na apuração do lucro real. Noentanto, é vedada a dedução das despesas com alimentação:a)  de sócios, acionistas e administradores;b)  quando não fornecida indistintamente a todos os empregados, independentemente daexistência ou não do Programa de Alimentação do Trabalhador;c)  correspondentes a cestas básicas que não forem fornecidas indistintamente a todos osempregados.Essas despesas devem ser adicionadas ao lucro líquido para cálculo do IRPJ e da CSLL.

18.1. BENEFÍCIO INDIRETOIntegram a remuneração dos administradores, diretores, gerentes ou seus assessores asdespesas com a aquisição de alimentos para utilização pelo beneficiário fora doestabelecimento da empresa.Nesse caso, a remuneração é considerada benefício indireto e integra a base de cálculo doIR/Fonte, motivo pelo qual é admitida a sua dedução como despesa, tanto para cálculo doIRPJ como da CSLL.

19. APLICAÇÕES FINANCEIRAS

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 33/55

33

As perdas nas operações de renda variável são dedutíveis na determinação do lucro real atéo limite dos ganhos em operações de bolsa de valores, de mercadorias, de futuros eassemelhadas, auferidos no mesmo período trimestral ou anual de apuração.O valor da perda que exceder aos ganhos auferidos no mesmo período de apuração nãopode ser deduzido, devendo ser adicionado ao lucro líquido para determinação do lucroreal.Nos períodos de apuração subseqüentes, a pessoa jurídica poderá excluir a respectiva perdana determinação do lucro real, até o limite correspondente à diferença positiva apurada emcada ano, entre os ganhos e perdas decorrentes das operações realizadas em qualquermodalidade operacional.Exemplo:Ganhos em Bolsa de Valores no 1° Trimestre .................................. 92.395,00Perdas em Bolsa de Valores no 1° Trimestre ................................... 115.348,00

Perdas não dedutíveis no 1° Trimestre (Adição ao Lucro Líquido).... (22.953,00)

Ganhos em Bolsa de Valores no 2° Trimestre .................................. 108.934,00Perdas em Bolsa de Valores no 2° Trimestre ................................... 106.358,00Ganho no 2° Trimestre ..................................................................... 2.576,00Dedução de Perdas no 1° Trimestre até o limite do ganho no2° Trimestre (Exclusão do Lucro Líquido) ........................................ (2.576,00)Perdas do 1° Trimestre para dedução nos trimestres seguintes(R$ 22.953,00- R$ 2.576,00) ........................................................... 20.377,00

As perdas incorridas nas operações iniciadas e encerradas no mesmo dia (day frade),realizadas no mercado de renda fixa ou de renda variável, somente podem ser compensadascom os ganhos auferidos nas operações da mesma espécie. Dessa forma, se as perdasforem registradas diretamente como despesas, deve ser adicionado ao lucro líquido, paradeterminação do lucro real, o valor não compensado com o ganho.As perdas com aplicações financeiras de renda variável são dedutíveis na determinação dabase de cálculo da Contribuição Social, não havendo ajustes a fazer ao lucro líquido, umavez que são registradas contabilmente.

20. BENEFICIÁRIOS NÃO IDENTIFICADOSOs valores pagos a beneficiários não identificados ou identificados e não individualizadosnão são dedutíveis na base de cálculo do Imposto de Renda, motivo pelo qual devem seradicionados ao lucro líquido na determinação do lucro real.A indedutibilidade alcança as importâncias declaradas como pagas ou creditadas a título decomissões, bonificações, gratificações ou semelhantes, quando não for indicada a operaçãoou a causa que deu origem ao rendimento e quando o comprovante do pagamento nãoindividualizar e/ou identificar o beneficiário do rendimento.A legislação que regulamenta o cálculo da Contribuição Social não faz restrições quanto àdedutibilidade desses pagamentos e, por esse motivo, entendemos que não devem ser

efetuados ajustes ao lucro líquido para cálculo da CSLL.

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 34/55

34

21.  DESPESAS COM BENS NÃO RELACIONADOS COM A  PRODUÇÃO OUCOMERCIALIZAÇÃONão podem ser deduzidas e, por conseqüência, devem ser adicionadas ao lucro líquido parafins de apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro:a)  as despesas ou custos correspondentes às _contraprestações de arrendamento mercantile do aluguel de bens moveis ou imóveis quando não relacionados Intrinsecamente com aprodução ou comercialização dos bens e serviços;b)  as despesas de depreciação, amortização, manutenção, reparo, conservação, impostos,taxas, seguros e quaisquer outros gastos com bens móveis ou imóveis quando nãorelacionados intrinsecamente com a produção ou comercialização dos bens ou serviços.

21.1. CONCEITO DE BENS RELACIONADOS COM A PRODUÇÃO OU

COMERCIALIZAÇÃOConsideram-se intrinsecamente relacionados com a produção ou a comercialização:a)  os bens móveis e imóveis utilizados no desempenho das atividades de contabilidadeb)  os bens imóveis utilizados como estabelecimento da administração;c)  os bens móveis utilizados nas atividades operacionais, instalados em estabelecimentoda empresa;d)  os veículos tipo caminhão, caminhonete de cabine simples ou utilitário, utilizados notransporte de mercadorias e produtos adquiridos para revenda, de matéria-prima, produtosintermediários e de embalagem aplicados na produção;

e)  os veículos do tipo caminhão, caminhonete de cabine simples ou utilitário, as bicicletase motocicletas utilizadas pelos cobradores, compradores e vendedores nas atividades decobrança, compra e venda;f)  os veículos do tipo caminhão, caminhonete de cabine, simples ou utilitário, asbicicletas e motocicletas utilizadas nas entregas de mercadorias e produtos vendidos;g)  os veículos utilizados no transporte coletivo de empregados;h)  os bens móveis e imóveis utilizados em pesquisa e desenvolvimento de produtos ouprocessos;i)  os bens móveis e imóveis próprios, locados pela pessoa jurídica que tenha a locaçãocomo objeto de sua atividade;

 j)  os bens móveis e imóveis objeto de arrendamento mercantil, utilizados pela pessoa jurídica arrendadora;k)  os veículos utilizados na prestação de serviços de vigilância móvel, pela pessoa jurídicaque tenha por objeto essa espécie de atividade.

22. BRINDESAs despesas com aquisição de brindes são indedutíveis e devem ser adicionadas à base decálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social.As empresas patrocinadoras de projetos culturais aprovados pelo Ministério da Cultura,

sob a regras da Lei 8.313/91, podem receber até 25% dos bens e direitos produzidos peloprojeto patrocinado, para distribuição gratuita a seus clientes e fornecedores. Nesse caso,

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 35/55

35

os brindes não são despesas para a empresa, porque se originaram do patrocínio ao projetocultural.

23. CONTRIBUIÇÕES NÃO COMPULSÓRIASAs contribuições não compulsórias não são dedutíveis na determinação do lucro real e dabase de cálculo da CSLL.No entanto, é admitida a dedução das contribuições destinadas a custear seguros, planos desaúde e benefícios complementares e assemelhados aos da Previdência Social, inclusivepara o Fundo de Aposentadoria Programada Individual (FAPI), instituídos a favor deempregados e dirigentes, limitada a 20% do total dos salários dos empregados e daremuneração dos dirigentes da empresa, vinculados ao referido plano.O valor que exceder a esse limite deve ser adicionado ao lucro líquido para apuração dolucro real e da base de cálculo da CSLL.

Exemplo:Salários de Empregados.............................................................................. 200.000,00Remuneração de dirigentes ....................................................................... 40.000,00Total ........................................................................................................... 240.000,00

Despesas com Seguro-Saúde ................................................................... 120.000,00Limite dedução despesas (20% de R$ 240.000,00) .................................. 48.000,00Despesas em excesso – Parcela não dedutível ........................................ 72.000,00

24. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCROO valor da Contribuição Social sobre o Lucro não pode ser deduzido para efeito dedeterminação do lucro real, nem de sua própria base de cálculo. Assim, os valoresregistrados como despesas devem ser adicionados ao lucro líquido do respectivo períodode apuração para efeito de determinação do lucro real e da base da própria contribuição.

25. CONTRATOS A LONGO PRAZONo caso de empreitada ou fornecimento contratado a longo prazo com pessoa jurídica dedireito público, ou empresa sob seu controle, empresa pública, sociedade de economiamista ou sua subsidiária, a pessoa jurídica tributada pelo lucro real pode diferir a tributaçãodo lucro até a sua realização.Assim, na apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre oLucro devem ser feitos os seguintes ajustes:Exclusão do Lucro LíquidoPode ser excluída do lucro líquido do período a parcela do lucro da empreitada oufornecimento computado no resultado, proporcional à receita considerada no resultado enão recebida até a data de encerramento do período de apuração.Adição ao Lucro LíquidoA parcela excluída em período de apuração anterior deve ser adicionada à base de cálculo

do IRPJ e da CSLL no período em que a receita for recebida.

26. CRÉDITOS NÃO RECEBIDOS

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 36/55

36

Podem ser registrados como perda dedutível na determinação do lucro real e da base decálculo da CSLLos créditos:a)  em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor, em sentençaemanada do Poder Judiciário;b)  sem garantia de valor:  até R$ 5.000,00, por operação, vencidos há mais de seis meses, independentemente deiniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento;  acima de R$ 5.000.00 até R$ 30.000,00, por operação, vencidos há mais de um ano,independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, porémmantida a cobrança administrativa;  superior a R$ 30.000,00, vencidos há mais de um ano, desde que iniciados e mantidosos procedi mentos judiciais para o seu recebimento.

c)  com garantia, vencidos há mais de 2 anos, desde que iniciados e mantidos osprocedimentos judiciais para o seu recebimento ou arresto das garantias;d)  contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica declarada concordatária,relativamente à parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar,observado que a dedução da perda somente é admitida a partir da decretação da falência ouda concessão da concordata e desde que a credora tenha adotado os procedimentos

 judiciais necessários para o recebimento do crédito.

26.1. PARCELAS INDEDUTÍVEISOs registros das perdas no recebimento de créditos são feitos na contabilidade e interferemna apuração da base de cálculo do IRPJ e da CSLL. No entanto, algumas parcelas devemser ajustadas extracontabilmente, conforme veremos a seguir:Adição ao Lucro Líquido para Cálculo do IRPJ e da CSLLa)  das perdas registradas no resultado, verificadas no recebimento de créditos comcontrolada, coligada, controladora ou interligada, ou com acionista controlador, sócio,titular ou administrador da pessoa jurídica credora ou parente até o 3° grau;

b) 

dos valores de créditos de difícil recuperação por instituição financeira incorporada até31/12/96, registrados como perda, e o valor da amortização do ágio registrado após aincorporação;c)  dos demais ajustes correspondentes a créditos não recebidos, do seguinte modo:1.  Na Devedora:  dos encargos financeiros incidentes sobre o débito vencido e não pago que tenham sidodeduzidos como despesa ou custo, incorridos a partir da citação inicial.2. Na Credora:  da perda no recebimento de crédito contabilizada em período anterior, se a desistênciada cobrança judicial se der antes de decorridos 5 anos do vencimento do crédito;  dos encargos financeiros excluídos em período anterior, quando os créditos se tornaremdisponíveis ou em que a respectiva perda for reconhecida;

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 37/55

37

  das perdas relativas a créditos deduzidas em período anterior que tenham sidorecuperadas, em qualquer época ou a qualquer título, inclusive nos casos de novação dadívida ou do arresto dos bens recebidos em garantia real.Exclusão do Lucro Líquido para Cálculo do IRPJ e da CSLL1.  Na Devedora:  dos encargos financeiros adicionados em período anterior, quando houver a quitação dodébito vencido por qualquer forma.2. Na Credora:  dos encargos financeiros incidentes sobre crédito vencido há mais de dois meses,contabilizados como receita, auferidos a partir de 2 meses do vencimento.

27. DEPRECIAÇÃO ACELERADA INCENTIVADACom o fim de incentivar a implantação, renovação ou modernização de instalações e

equipamentos, o Governo Federal concede o benefício da depreciação acelerada de bensadquiridos para a indústria, o comércio ou a agropecuária.Assim, além de registrar a depreciação normal na contabilidade, é facultado às empresasabrangidas pelo benefício excluir do lucro líquido, para determinação do lucro real, valorcorrespondente à depreciação acelerada.A depreciação contábil é feita de acordo com o prazo de vida útil do bem e a depreciaçãoacelerada segue as normas da lei que concedeu o benefício.Portanto, com a aceleração, o bem pode ser depreciado antes do prazo de vida útil.A partir do período em que o total da depreciação (a contábil e a acelerada) atingir o custo

de aquisição do bem, a empresa pode continuar registrando a depreciação contábil até otérmino de vida útil do bem.No entanto, a partir desse momento, é obrigada a adicionar ao lucro líquido, nadeterminação do lucro real, o valor correspondente à depreciação normal que vier a serregistrada na escrituração. A esse processo denominamos Reversão da Depreciação.A depreciação acelerada não interfere no cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro,não havendo, portanto, ajustes a fazer ao lucro líquido para esse efeito.

27.1. ATIVIDADE RURAL

As empresas dedicadas à atividade rural podem depreciar integralmente, no próprio ano daaquisição, os bens adquiridos para o do Ativo Permanente, exceto a terra nua, utilizado nasatividades rurais.A depreciação integral deve ser feita mediante exclusão do lucro líquido do valor do bemadquirido ou do valor excedente à depreciação normal registrada na contabilidade.A exclusão também deve ser feita para apuração da Contribuição Social sobre o Lucro.

28. DEVOLUÇÃO DO CAPITALOs bens e direitos do Ativo da pessoa jurídica que forem entregues ao titular ou ao sócio,ou acionista, a título de devolução de sua participação no capital social, podem ser

avaliados pelo valor contábil ou de mercado.No caso de a devolução realizar-se pelo valor de mercado, a diferença entre este e o valorcontábil dos bens ou direitos é considerada:

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 38/55

38

a)  receita de avaliação de bens na empresa investida;b)  ganho de capital na empresa investidora.A pessoa jurídica que receber bens ou direitos avaliados a preço de mercado pode excluirdo lucro líquido, para cálculo do lucro real e da CSLL, a diferença entre o valor demercado e o valor contábil da participação extinta.Exemplo:Valor de Mercado do Bem ....................................................................... 200.000,00Valor Contábil do Bem ............................................................................. 180.000,00Ganho de Capital .................................................................................... 20.000,00Tratamento na Investida (Empresa que Reduzir seu Capital)Receita Avaliação Preço de Mercado obrigatoriamente contabilizada ... 20.000,00Tributação pelo IRPJ e pela CSLL da Receita da Avaliação ................... 20.000,00Tratamento na Investidora (Empresa que Receber os Bens ou Direitos)

Ganho Capital na extinção participação computado no lucro líquido ...... 20.000,00Exclusão do ganho de capital no cálculo do IRPJ e da CSLL ................ 20.000,00

28.1. DEVOLUÇÃO DE PATRIMÔNIO DE ENTIDADE ISENTAA empresa que receber devolução de patrimônio de participação societária em entidadeisenta do Imposto de Renda deve adicionar à base de cálculo do imposto a diferençapositiva entre o valor em dinheiro, bens ou direito recebido e o valor em dinheiro, bens oudireito investido na entidade.

29. DOAÇÕESA legislação tributária admite a dedução de algumas doações, mas, de um modo geral,esses gastos não são dedutíveis na determinação do lucro real ou da base de cálculo daContribuição Social. Apenas são dedutíveis as doações destinadas a:Programa Nacional de Apoio à Cultura:São admitidas como dedutíveis as doações feitas ao Fundo Nacional de Cultura ou aosprojetos culturais previamente aprovados pelo Ministério da Cultura, exceto as que seconstituírem dedução integral do imposto devido.Não são dedutíveis do lucro líquido, quando 100% deduzidas diretamente do imposto asdoações a Projetos culturais de:  artes cênicas;

  livros de valor artístico, literário ou humanístico;  música erudita ou instrumental;

  circulação de exposições de artes plásticas;  doação de acervos para bibliotecas públicas e para museus.Instituição de Ensino e PesquisaSão dedutíveis as doações a instituições de ensino e pesquisa cuja criação tenha sidoautorizada por lei federal e que:-  comprovem a finalidade não lucrativa;-  apliquem seus excedentes financeiros em educação;

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 39/55

39

-  assegurem destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ouconfessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de atividades.A dedução está limitada a 1,5% do lucro operacional do período de apuração, antes decomputada essa doação e a doação a entidades civis.

Exemplo:Lucro Operacional deduzido das doações .............................................. 300.000,00Doação à Instituição de Ensino ............................................................... (+) 24.500,00Lucro Operacional antes da dedução das doações ................................ 324.500,00Limite de dedução – Parcela dedutível (1,5% de R$ 324.500,00) ........... 4.867,50Doação Excedente – Parcela não dedutível ............................................ 19.632,50Entidades CivisSão dedutíveis as doações feitas a entidades civis legalmente constituídas no Brasil, sem

fins lucrativos, que prestem serviços gratuitos em benefícios de empregados da pessoa jurídica doadora e respectivos dependentes ou em benefício da comunidade onde atuem,observadas as seguintes condições:-  a entidade civil deve ser reconhecida como de utilidade pública por ato formal de órgãocompetente da União, exceto quando se tratar de entidade que preste exclusivamenteserviços gratuitos em benefícios de empregados da pessoa jurídica doadora;-  as doações em dinheiro devem ser feitas mediante crédito em conta corrente bancáriadiretamente em nome da entidade beneficiária;-  a doadora deve manter em arquivo, à disposição do Fisco, declarações segundo modelo

próprio de que esta se compromete a aplicar integralmente os recursos recebidos narealização de seus objetivos sociais, com identificação da pessoa física responsável peloseu cumprimento e a não distribuir lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes,mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretexto.A doação está limitada a 2% do lucro operacional da pessoa jurídica doadora, antes decomputada a sua dedução.

30. MÚTUOS SUJEITOS A PREÇO DE TRANSFERÊNCIAOs juros pagos ou creditados à empresa vinculada, domiciliada no exterior, decorrentes decontratos de mútuo não registrados no BACEN, somente são dedutíveis, pela empresamutuária no Brasil, até o valor calculado com base na taxa Libor para depósito em Dólaresdos Estados Unidos da América, pelo prazo de seis meses, acrescida de 3% ao ano eproporcionalizados em função do período a que se referirem os juros.O valor que exceder a esse montante deve ser adicionado ao lucro líquido para cálculo doIRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro. Por sua vez, no caso de empréstimoconcedido à empresa vinculada, domiciliada no exterior, a empresa mutuante brasileiratambém está obrigada a reconhecer receita dos juros calculada de acordo com os critériosmencionados. A diferença a menor entre a receita financeira mínima apurada segundoesses critérios e o valor registrado na contabilidade deve ser computada na determinação

do lucro real e da base de cálculo da CSLL.

31. GANHO DE CAPITAL NAS VENDAS A PRAZO 

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 40/55

40

Nas vendas de bens do Ativo Permanente para recebimento do preço, no todo ou em parte,após o término do ano-calendário seguinte ao da contratação, a pessoa jurídica tributadapelo lucro real pode reconhecer o lucro na proporção da parcela do preço recebida em cadaperíodo de apuração. Nesse caso, devem ser efetuados os seguintes ajustes ao lucro líquidopara cálculo do IRPJ:a)  Exclusão: Pode ser excluído do lucro líquido o ganho reconhecido na contabilidade noperíodo da venda, em valor proporcional à parcela do preço não recebida.b)  Adição: Nos períodos seguintes à exclusão, deve ser adicionado ao lucro líquido ovalor do ganho proporcional, à parcela do preço recebida.Esses ajustes são feitos exclusivamente para efeito de cálculo do lucro real, pois não épermitido o diferimento do lucro no cálculo da CSLL.Exemplo:Preço da Venda do Imóvel ............................................................... 300.000,00

Valor Contábil do Imóvel .................................................................. (-) 196.000,00Ganho de Capital ............................................................................. 104.000,00Prazo de Pagamento do Preço da Venda ....................................... 60 mesesDiferimento do GanhoParcelas recebidas no 1° ano ......................................................... 8 parcelas% Recebido (8 x 100) : 60 ............................................................. 13,33%Ganho Tributado no 1° ano = 13,33% de 104.000,00 ..................... 13.863,20Ajustes ao Lucro Líquido:No primeiro ano da venda: Excluir R$ 90.136,80 (R$ 104.000,00- R$ 13.863,20)

A partir do ano seguinte à venda: Adicionar valor do ganho proporcional às parcelasrecebidas.

32. GRATIFICAÇÕESNão são dedutíveis na apuração do lucro real as gratificações, inclusive o 13° e o 14°salários, pagas a administradores ou dirigentes da pessoa jurídica.Os valores registrados como despesas na contabilidade devem ser adicionados ao lucrolíquido apenas para cálculo do IRPJ, pois não consistem em ajustes para cálculo da CSLL.

33. INVESTIMENTOS EM ATIVIDADES AUDIOVISUAISOs valores investidos na produção de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras deprodução independente, mediante aquisição de quotas representativas de direitos decomercialização sobre as referidas obras, realizados no mercado de capitais a favor deprojetos previamente aprovados pelo Ministério da Cultura, gozam de incentivo fiscal até oexercício financeiro de 2003.Os valores investidos são integralmente deduzidos do Imposto de Renda da pessoa

 jurídica, até o limite de 3%, e devem ser contabilizados no Ativo da empresa investidora.Além da dedução direta do imposto, as pessoas jurídicas investidoras também podemexcluir do lucro líquido, na determinação do lucro real, o valor investido nas atividades

audiovisuais. A exclusão é feita apenas para cálculo do IRPJ e não interfere no cálculo daCSLL.

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 41/55

41

34. JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIOAs pessoas jurídicas podem deduzir como despesa o valor dos juros pagos ou creditadosaos sócios ou acionistas, exceto quando forem incorporados ao capital social ou mantidosem conta de reserva destinada ao aumento de capital.A dedutibilidade está limitada ao maior dos seguintes valores:a)  50% do lucro líquido do exercício anterior, antes da dedução desses juros;b)  50% do somatório dos lucros acumulados e reservas.Além desse limite, o valor dos juros não pode ultrapassar o valor calculado com base navariação pro rata dia da Taxa de Juros de Longo Prazo (T JLP).Devido a essas condições, devem ser adicionados ao lucro líquido, para determinação dolucro real e da base de cálculo da CSLL:a)  a parcela dos juros sobre o capital próprio pagos ou creditados acima dos limitesadmitidos;

b)  o IR s/juros capitalizados ou registrados em conta de reserva, cujo ônus foi assumidopela pessoa jurídica devedora;c)  os juros capitalizados ou mantidos em reserva de capital.

34.1. JUROS CAPITALIZADOS OU MANTIDOS EM CONTA DE RESERVAÀ opção da pessoa jurídica, os juros sobre o capital próprio podem ser incorporados aocapital ou mantidos em conta de reserva destinada ao aumento de capital.Nesse caso, a pessoa jurídica que incorporar os juros assume o ônus do Imposto de Rendaincidente na fonte sobre os referidos juros.

Assim como o valor capitalizado, o imposto assumido pela pessoa jurídica não é dedutívelno cálculo da CSLL e do IRPJ, devendo ser adicionado ao lucro líquido.A empresa investidora beneficiária das ações ou quotas, ou da valorização decorrente doaumento de capital com juros, deve considerar o Imposto de Renda, assumido pela pessoa

 jurídica investida, como receita financeira.O valor dessa receita, no entanto, não é tributado pelo IRPJ, podendo, portanto, serexcluído do lucro líquido. No cálculo da CSLL, essa receita é normalmente tributada.

35. LUCRO INFLACIONÁRIOAté 31-12-95 era permitido corrigir monetariamente as contas do Ativo Permanente e doPatrimônio Líquido das pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real.Quando o valor do Ativo Permanente fosse maior do que o do Patrimônio Líquido, acorreção monetária gerava resultado positivo, denominado Lucro Inflacionário.As pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real tinham a opção de não tributar integralmenteo lucro inflacionário no período em que fosse gerado. Nesse caso, o valor do lucroinflacionário era excluído do, lucro líquido, para efeito de determinação do lucro real, eadicionado nos períodos futuros em função:a)  da realização efetiva – adição proporcional à realização dos bens ou direitos do AtivoPermanente sujeitos à correção monetária, tendo em vista a depreciação, amortização,

exaustão ou baixa;b)  da realização mínima – adição de, no mínimo, 10% ao ano ou 1/120 ao mês, do saldodo lucro inflacionário acumulado.

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 42/55

42

Apesar dos muitos incentivos dados pelo Governo Federal para realização integral eantecipada desse lucro, ainda existem empresas com saldo a realizar.Nesse caso, deve ser adicionado ao lucro líquido, para cálculo do IRPJ, o valor darealização efetiva ou da realização mínima, em cada período de apuração do imposto.O ajuste é feito apenas para cálculo do IRPJ, não interferindo no cálculo da CSLL.

36. LUCRO DA EXPLORAÇÃOAs pessoas jurídicas titulares de Programa Especial de Exportação (BEFIEX), aprovado até31/12/87, que gozam de benefícios fiscais de isenção ou redução do Imposto de Renda,podem excluir do lucro líquido contábil, para determinação do lucro real, a parcela que forbase de cálculo do benefício fiscal.A essa parcela denominamos Lucro da Exploração, que corresponde ao lucro líquidoajustado pela exclusão dos seguintes valores:

a)  a parte das receitas financeiras que exceder as despesas financeiras;b)  os rendimentos e prejuízos das participações societárias; ec)  c) os resultados não operacionais.O Lucro da Exploração é excluído do lucro líquido para cálculo do lucro real, nãointerferindo no cálculo da CSLL.

37. LUCROS DE INVESTIMENTOS AVALIADOS PELO CUSTO DE AQUISIÇÃOOs lucros ou dividendos recebidos de investimentos avaliados pelo custo de aquisição sãoregistrados na contabilidade:

a)  como receita;b)  como diminuição do investimento adquirido até seis meses antes da data da respectivadistribuição.Quando forem registrados como receita, esses lucros podem ser excluídos do lucro líquidona determinação do lucro real se forem isentos do imposto ou sofrerem tributaçãoexclusiva na fonte. Não há ajustes afazer no cálculo da CSLL.

38. LUCROS, GANHOS E RENDIMENTOS NO EXTERIOROs lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior por intermédio de filiais,sucursais, controladas ou coligadas, disponibilizados durante o ano, devem ser computadosna determinação do lucro real das pessoas jurídicas.

38.1. LUCROSOs lucros auferidos no exterior, disponibilizados durante o ano-calendário, devem seradicionados ao lucro líquido no balanço:a)  Anual levantado em 31 de dezembro, se a empresa optar pelo regime de estimativa,inclusive, se durante o ano, suspender ou reduzir o pagamento do imposto;b)  Trimestral levantado no 4° trimestre de cada ano, se a apuração do imposto fortrimestral;

c)  De encerramento das atividades ou de fusão, cisão ou incorporação da empresabrasileira;

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 43/55

43

d)  Anual levantado em 31 de dezembro do ano-calendário do evento, no caso de fusão,cisão ou incorporação da empresa estrangeira.Desde 1° de outubro/99, os lucros auferidos no exterior passaram a ser tributados pelaCSLL, devendo ser adicionados ao lucro líquido no cálculo dessa contribuição.

38.2. GANHOS E RENDIMENTOSOs ganhos e rendimentos de capital auferidos no exterior são registrados na contabilidadeno balanço levantado no dia 31 de dezembro do ano-calendário.As pessoas jurídicas optantes pela apuração trimestral, que registrarem os ganhos erendimentos antes dessa data, podem excluí-los na apuração do lucro real dos 1°, 2° e 3°trimestres.No entanto, a exclusão obriga a adição desses rendimentos e ganhos ao lucro líquido dobalanço do 4° trimestre.

Esses rendimentos e ganhos, obtidos a partir de 1° de outubro de 1999, também devemcompor a base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro.

38.3. PERDAS NO EXTERIORAs perdas ou prejuízos de operações no exterior, computados no resultado da pessoa

 jurídica domiciliada no Brasil, devem ser adicionados ao lucro líquido, para fim dedeterminação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, pois não podem ser deduzidosnem compensados com lucros produzidos no Brasil.

39. LUCROS DISTRIBUÍDOS DISFARÇADAMENTEOs lucros distribuídos disfarçadamente devem ser adicionados à base de cálculo do IRPJ eda CSLL. Presume-se distribuição disfarçada de lucros no negócio pelo qual a pessoa

 jurídica:a)  aliena, por valor notoriamente inferior ao de mercado, bem do seu ativo à pessoaligada, hipótese em que deve ser adicionada ao lucro líquido a diferença entre o valor demercado e o de alienação;b)  adquire, por valor notoriamente superior ao de mercado, bem da pessoa ligada,hipótese em que a diferença entre o custo de aquisição e o valor de mercado não constituirácusto ou prejuízo dedutível na posterior alienação ou baixa, inclusive por depreciação,amortização ou exaustão;c)  perde, em decorrência do não exercício de direito à aquisição de bem e em benefício depessoa ligada, sinal, depósito em garantia ou importância paga para obter opção deaquisição, devendo a importância perdida ser adicionada ao lucro líquido;d)  transfere a pessoa ligada, sem pagamento ou por valor inferior ao de mercado, direitode preferência à subscrição de valores mobiliários de emissão de companhia, devendo adiferença entre o valor de mercado e o de alienação ser adicionada ao lucro líquido;e)  paga a pessoa ligada aluguéis, royalties ou assistência técnica em montante que excedenotoriamente o valor de mercado, devendo ser adicionado ao lucro líquido o montante dos

rendimentos que exceder o valor de mercado;f)  realiza com pessoa ligada qualquer negócio em condições de favorecimento, assimentendidas condições mais vantajosas para a pessoa ligada do que as que prevaleçam no

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 44/55

44

mercado ou em que a pessoa jurídica contrataria com terceiros, devendo ser adicionadas aolucro líquido as importâncias que caracterizem as condições de favorecimento.Considera-se pessoa ligada à pessoa jurídica:-  o sócio ou acionista desta, mesmo quando outra pessoa jurídica;-  o administrador ou titular da pessoa jurídica;-  o cônjuge e os parentes até o 3° grau, inclusive os afins, do sócio ou acionista pessoafísica, bem como do administrador ou do titular.

40. MULTASComo regra, as multas pagas por infração à norma legal ou contratual não são dedutíveiscomo custo ou despesa operacional, sendo obrigatória a sua adição ao lucro líquido.No entanto, a legislação do Imposto de Renda admite a dedução para alguns tipos demulta, como examinamos a seguir.

MULTAS INDEDUTívEISSão indedutíveis:a)  Multas Punitivas: impostas por ocasião do lançamento de ofício ou auto de infração,visando punir o contribuinte por infração que tenha resultado falta ou insuficiência depagamento de tributos, como por exemplo:-  multa de ofício pela falta da Declaração;-  multa lançada em virtude de evidente intuito de fraude;-  multa de ofício pela falta de recolhimento de impostos.b)  Multas relativas à infração a normas de natureza não tributária, tais como:

-  multa de trânsito;-  multas do Código de Defesa do Consumidor;-  multas relativas ao FGTS e ao INSS;-  multas contratuais.

MULTAS DEDUTÍVEISSão dedutíveis:a)  as multas impostas por infrações que não resultem em falta ou insuficiência depagamento de tributos, como a multa pela apresentação espontânea fora do prazo dasdeclarações;b)  multas fiscais de natureza compensatória, como a multa pelo recolhimento espontâneofora do prazo de tributos.

41. NOTAS DO TESOURO NACIONALPodem ser excluídos do lucro líquido para fins de determinação do lucro real e da base decálculo da CSLL os juros reais incorridos e não recebidos, produzidos por Notas doTesouro Nacional (NTN), emitidas para troca compulsória no âmbito do ProgramaNacional de Privatização (PND).O valor excluído deve ser adicionado ao lucro líquido, para cálculo do IRPJ e da CSLL, no

período de apuração em que forem recebidos.Também podem ser excluídos os juros produzidos pelos Bônus do Tesouro Nacional epelas Notas do Tesouro Nacional, emitidos para troca voluntária por Bônus da Dívida

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 45/55

45

Externa Brasileira, objeto de permuta por dívida externa do setor público, registrado peloBACEN, bem como os referentes a Bônus emitidos pelo BACEN.

42. PROVISÕES INDEDUTívEISSomente são dedutíveis as seguintes provisões expressamente autorizadas por lei:a)  Provisões para Pagamento de Férias;b)  Provisões para Pagamento do 13° Salário de empregados, constituídas nos 1°, 2° e 3°trimestres do ano-calendarlo;c)  Provisões Técnicas das companhias de seguro e de capitalização;d)  Provisões Técnicas das Entidades de Previdência Privada.As demais provisões constituídas pelas pessoas jurídicas, exceto a Provisão para oPagamento do IRPJ, que não interferem no lucro líquido, devem ser adicionadas à base decálculo do IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro.

43. PARTICIPAÇÕES NOS LUCROSNão são dedutíveis as participações nos lucros da pessoa jurídica, atribuídas a:-  Administradores e Partes Beneficiárias de emissão da pessoa jurídica;-  Técnicos Estrangeiros, domiciliados ou residentes no exterior, para execução deserviços especializados, de caráter provisório.Essas participações devem ser adicionadas ao lucro líquido para cálculo do IRPJ, mas nãointerferem no cálculo da CSLL.

44. PREÇOS DE TRANSFERÊNCIAEstão sujeitas à sistemática do Preço de Transferência as pessoas jurídicas que realizemoperações de natureza mercantil ou civil com:-  pessoa física ou jurídica vinculada, domiciliada ou residente no exterior;-  pessoa física ou jurídica, ainda que não vinculada, residente ou domiciliada em paisque não tribute a renda ou que a tribute à alíquota máxima inferior a 20%;A sistemática de Preços de Transferência será aplicada:a)  aos custos dos bens, serviços e direitos adquiridos no exterior;b)  às receitas oriundas de exportações para o exterior;-  aos juros decorrentes de contratos não registrados no Banco Central do Brasil.44.1. PESSOAS VINCULADASSão vinculadas à pessoa jurídica domiciliada no Brasil:a)  a matriz desta, quando domiciliada no exterior;b)  a sua filial ou sucursal, domiciliada no exterior;c)  a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior, cuja participaçãosocietária no seu capital social a caracterize como sua controladora ou coligada;d)  a pessoa jurídica domiciliada no exterior que seja caracterizada como sua controlada oucoligada;e)  a pessoa jurídica domiciliada no exterior, quando esta e a empresa domiciliada no

Brasil estiverem sob controle societário ou administrativo comum ou quando pelo menos10% do capital social de cada uma pertencer a uma mesma pessoa física ou jurídica;

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 46/55

46

f)  a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior, que, em conjunto coma pessoa jurídica domiciliada no Brasil, tiverem participação societária no capital social deuma terceira pessoa jurídica, cuja soma as caracterize como controladoras ou coligadasdesta;g)  a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior, que seja sua associada,na forma de consórcio ou condomínio, conforme definido na legislação brasileira, emqualquer empreendimento;h)  a pessoa física residente no exterior que for parente ou afim até o terceiro grau, cônjugeou companheira de qualquer de seus diretores ou de seu sócio ou acionista controlador emparticipação direta ou indireta;i)  a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior, que goze deexclusividade, com seu agente, distribuidor ou concessionário, para a compra e venda debens, serviços ou direitos;

 j)  a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior, em relação à qual apessoa jurídica domiciliada no Brasil goze de exclusividade, como agente ouconcessionária, para compra e venda de bens, serviços ou direitos.44.2. AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDOPara cálculo do IRPJ e da CSLL, devem ser feitos os seguintes ajustes ao lucro líquido:Custos de Bens, Serviços ou Direitos no ExteriorDeve ser adicionado ao lucro líquido o valor dos custos, despesas e encargos relativos abens, serviços e direitos importados, registrados na contabilidade, que exceder ao calculadode acordo com o Método dos Preços Independentes Comparados (PIC), Método do Preço

de Revenda Menos Lucro (PRL) ou Método do Custo de Produção Mais Lucro (CPL).Receitas da ExportaçãoAs receitas auferidas nas operações sujeitas ao preço de transferência são arbitradasquando o preço médio de venda dos bens, serviços ou direitos, nas exportações efetuadasdurante o período de apuração, for inferior a 90% do preço médio praticado na venda dosmesmos bens, serviços ou direitos no mercado brasileiro no mesmo período e emcondições de pagamento semelhantes.A parcela da receita arbitrada de exportação que exceder o valor apropriado nacontabilidade deve ser adicionada ao lucro líquido para cálculo do IRPJ e da CSLL.Juros de Contratos Não Registrados no BACENOs juros pagos ou creditados relativos a contratos de empréstimos não registrados noBACEN somente são dedutíveis como despesas pela mutuária no Brasil até o montante quenão exceder ao valor calculado com base na taxa Libor, para depósitos em Dólares doEstados Unidos da América, pelo prazo de 6 meses, acrescida de 3% ao ano a título despread, proporcionalizados em função do período a que se referirem os juros.No caso da mutuante no Brasil, a receita de juros recebidos de contratos com pessoavinculada no exterior deve ser, no mínimo, o valor apurado segundo a referida taxa.Em virtude dessas condições, deve ser adicionada ao lucro líquido, para cálculo do IRPJ eda CSLL:

a)  a parcela dos juros pagos, registrados na contabilidade, que exceder o valor admitidocomo dedutível;

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 47/55

47

b)  a diferença a menor entre a receita financeira mínima e a receita registrada nacontabilidade.Época dos AjustesOs ajustes decorrentes da aplicação da sistemática dos Preços de Transferência devem serefetuados:a)  no encerramento do 4° trimestre do ano-calendário, para as empresas que optarem pelaapuração trimestral do imposto e da CSLL;b)  no encerramento do ano-calendário, em 31 de dezembro, para as empresas que optarempelo regi me de estimativa, inclusive se reduzirem ou suspenderem o pagamento doimposto e da contribuição;c)  no balanço de encerramento das atividades;d)  na ocasião em que for constatada a suspeita de fraudes.

45. RESERVA DE REAVALIAÇÃOSão classificadas como Reserva de Reavaliação as contrapartidas de aumentos de valoratribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo oficial,emitido de acordo com as exigências da lei.O valor das novas avaliações de bens do Ativo Permanente não é computado nadeterminação do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucroenquanto mantido em conta de Reserva de Reavaliação.No caso de empresa com investimentos avaliados pelo Patrimônio Líquido, o valor dareavaliação desses investimentos deve ser adicionado ao lucro real e à base de cálculo da

CSLL, ainda que registrado em conta de Reserva-

45.1. REALlZAÇÃO DA RESERVAA partir de 1-1-2000, a Reserva de Reavaliação somente será tributada pelo IRPJ e pelaCSLL quando ocorrer a efetiva realização do bem reavaliado. O bem é consideradorealizado nas hipóteses de:a)  alienação, a qualquer título;b)  depreciação, amortização, exaustão;c)  baixa por perecimento.A nova regra refere-se a quaisquer bens da pessoa jurídica e não apenas aos integrantes doAtivo Permanente, como até então era estabelecido pela legislação em vigor até 31/12/99.Reavaliação na Coligada ou ControladaQuando a coligada ou controlada reavalia os seus bens, a investidora deve ajustar o valorde sua participação na mesma proporção.A empresa investidora deve compensar a contrapartida do ajuste que teve origem nareavaliação de bens da controlada ou coligada com o ágio ou o deságio na aquisição doinvestimento. Nesse caso, não há ajustes a serem feitos ao lucro líquido.A contrapartida do ajuste que teve origem na reavaliação de bens da controlada oucoligada, diferentes daqueles que originaram o ágio ou deságio, deve ser adicionada ao

lucro líquido para cálculo do IRPJ e da CSLL, exceto se mantida em conta de Reserva deReavaliação. Nesse caso, a empresa investidora deve computar o valor da reserva na

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 48/55

48

apuração do lucro real e da contribuição social quando alienar ou liquidar o investimentoou em que utilizar a Reserva de Reavaliação para aumento do seu capital social.Compensação com o Ajuste do InvestimentoNão há ajustes a fazer no lucro líquido da investidora, devendo o valor da Reserva deReavaliação ser compensado com o ajuste pela Equivalência Patrimonial, quando acoligada ou controlada computar sua reserva de reavaliação na determinação do lucro reale da base de cálculo da CSLL.Reavaliação de Participações SocietáriasAs reavaliações de participações societárias, sujeitas à avaliação pela equivalênciapatrimonial, são integralmente tributadas, ainda que seja constituída a respectiva reserva.Assim, se o aumento do valor dessas participações não for registrado em conta deresultado, a empresa deve providenciar a adição do respectivo valor ao lucro líquido doperíodo em que for realizada, para efeito de cálculo do IRPJ e da CSLL.

46. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕESOs tributos e contribuições são dedutíveis no período de apuração em que forem devidos,segundo o Regime de Competência.Não são dedutíveis e, portanto, devem ser adicionados ao lucro líquido para apuração dolucro real e da base de cálculo da Contribuição Social:a)  o IRPJ devido sobre os lucros da pessoa jurídica, que integrar os resultados;b)  a Contribuição Social sobre o Lucro da pessoa jurídica, que integrar os resultados;c)  os impostos e taxas não intrinsecamente relacionados com a produção de bens ou

serviços.TRIBUTOS COM EXIGIBILIDADE SUSPENSAAs despesas com tributos não são dedutíveis na apuração do lucro real, enquanto tiverem asua exigibilidade suspensa, com ou sem depósito judicial.Têm a sua exigibilidade suspensa os tributos ou contribuições objeto de:a)  depósito integral, ainda que judicial;b)  impugnação, reclamação ou recurso nos termos do Processo Tributário Administrativo;c)  concessão de medida liminar em mandado de segurança.Os valores adicionados no período de apuração em que os tributos foram consideradosindedutíveis podem ser excluídos do lucro líquido do período de apuração em que setornarem exigíveis.Esses ajustes são efetuados apenas para cálculo do IRPJ, não interferindo na base decálculo da Contribuição Social.

47. SOCIEDADES COOPERATIVASAs sociedades cooperativas pagam o Imposto de Renda apenas sobre os resultadospositivos das operações e atividades estranhas à sua finalidade, quais sejam:a)  a comercialização ou industrialização, pelas cooperativas agropecuárias ou de pesca, deprodutos adquiridos de não associados, agricultores, pecuaristas ou pescadores, para

completar lotes destinados ao cumprimento de contratos ou para suprir capacidade ociosade suas instalações industriais;

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 49/55

49

b)  o fornecimento de bens ou serviços a não associados, para atender aos objetivossociais;c)  a participação em sociedades não cooperativas, públicas ou privadas, para atendimentode objetivos acessórios ou complementares.As receitas decorrentes das atividades e operações que se caracterizem por atoscooperativos são isentas do Imposto de Renda, podendo ser excluídas do lucro líquido paradeterminação do Lucro Real.No entanto, no cálculo da CSLL, esses valores, isto é, as receitas derivadas dos atoscooperativos ou não cooperativos, não devem ser excluídos, pois são tributáveis por essacontribuição.

48. PAGAMENTOS A SOCIEDADES CIVISOs pagamentos efetuados a sociedades civis, de profissão legalmente regulamentada,

controladas direta ou indiretamente por pessoas físicas que sejam diretores, gerentes,controladores da pessoa jurídica que pagar ou creditar os rendimentos ou pelo cônjuge ouparente do 1° grau das referidas pessoas, devem ser adicionados ao lucro líquido paradeterminação do lucro real. Nesse caso, não há ajustes no cálculo da CSLL.

49. CORREÇÃO MONETÁRIA IPC/90As pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real em 1990 ficaram obrigadas a registrar acorreção monetária complementar pela diferença entre as variações do índice de Preços aoConsumidor (IPC) e do Bônus do Tesouro Nacional (BTNF), do ano de 1990, cujos efeitos

foram produzidos entre 1993 e 1998.Apesar de a maioria dos efeitos já ter sido reconhecida na apuração do lucro real e da basede cálculo da CSLL, alguns ajustes ainda se fazem necessários, conforme examinamos aseguir:Depreciação, Amortização, Exaustão ou Baixa de Bens ou DireitosA parcela da correção monetária complementar, integrante dos bens do Ativo sujeitos àcorreção monetária complementar, que for depreciada, amortizada, exaurida ou baixada naconta de resultado, não pode interferir na base de cálculo da CSLL, sendo necessário,portanto, adicioná-Ia ao lucro líquido no cálculo dessa contribuição.Valores Controlados no LALURA correção complementar dos valores controlados no Livro de Apuração do Lucro Real éadicionada ou excluída na apuração do lucro real, não interferindo no cálculo daContribuição Social.Saldo Credor da CM ComplementarAs empresas puderam diferir a tributação do saldo credor da correção especial, sendo que,em muitos casos, há ainda saldo a diferir.O diferimento é realizado segundo as regras do Lucro Inflacionário e não pode interferir nocálculo da CSLL.

50. CORREÇÃO MONETÁRIA ESPECIAL  –  LEI 8.200/91

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 50/55

50

No ano de 1991, foi permitido às empresas tributadas pelo lucro real realizar,opcionalmente, a correção monetária especial das contas do Ativo Permanente, integrantesdo balancete especialmente levantado em 31-1-91.O resultado dessa correção foi registrado em conta de Reserva Especial, para tributação namedida em que os bens ou direitos que Ihes deram origem fossem realizados mediantealienação, depreciação, amortização, exaustão ou baixa.Os efeitos dessa correção especial devem ser reconhecidos, tanto no cálculo do IRPJ, comono cálculo da CSLL, até que todos os bens ou direitos que Ihes tenham dado origemtenham sido realizados.

51. COMPENSAÇÃO DE PREJUíZOS E BASE NEGATIVA DA CSLLAs empresas tributadas pelo lucro real podem compensar os prejuízos fiscais e a base decálculo negativa da CSLL, apurados em determinado período, com o lucro de períodos

futuros, desde que observadas as condições estabelecidas pela legislação tributária.

52. ASSISTÊNCIA TÉCNICAConstituem adição ao lucro líquido, no cálculo do IRPJ e da CSLL, as despesas deassistência técnica, científica ou administrativa, pagas ou creditadas:a)  pela filial de empresa com sede no exterior, em benefício da sua matriz;b)  pela sociedade com sede no Brasil a pessoa domiciliada no exterior que mantenha,direta ou indiretamente, o controle de seu capital com direito a voto.

EXEMPLOA seguir, demonstramos os ajustes no lucro líquido:

DEMONSTRACÃO DA BASE DE CÁLCULO DA CSLL R$Natureza dos AjustesLucro Líquido 21.345.678,00Mais: Adições1. Despesas com Brindes 15.000,002. Perda na Equivalência Patrimonial 1.456.987 ,00

3. Alimentação de Sócios 45.340,004. Depreciação de Bens Não Utilizados na Produção 23.124,00Menos: Exclusões 678.900,001. Lucros de Contratos a Longo Prazo2. Juros s/Créditos Vencidos Há Mais de 2 Meses 8.234,00Base de Cálculo da Contribuição 22.198.995,00

Registro de apuração do lucro real parte A  –  registro dos ajustes do lucro líquido dotrimestre

DATA HISTÓRICO ADIÇÕE EXCLUSÕE

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 51/55

51

S S31-3-2000

DEMONSTRAÇÃO DO LUCRO REAL

Natureza dos Ajustes1. Lucro Líquido após a CSLL 19.569.758,402. Mais: Adições

2.1. Despesas com Brindes 15.000,002.2.Contribuição Social do Trimestre 1.775.919

,602.3. Lucro Inflacionário Realizado 123.450,0

02.4. Perda na Equivalência Patrimonial 1.456.987

,002.5. Alimentação de Sócios 45.340,002.6. Depreciação de Bens Não Utilizados naProdução

23.124,00

2.7. Gratificações a Dirigentes 300.000,00

2.8. Multas Fiscais 24.780,00 3.764.600,603. Menos: Exclusões

3.1. Lucros Recebidos de Outras Empresas 4.450.000,00

3.2. Perdas em Bolsa Adicionadas no AnoAnterior Deduzidas até o Limite dosGanhos n/ Trimestre

5.680,00.

3.3. Lucros de Contratos a Longo Prazo 678.900,00

3.4. Juros s/Créditos Vencidos Há Mais de2 Meses

8.234,00

3.5. Depreciação Acelerada Incentivada 28.120,00 5.170.934,00Lucro Real 18.163.425,00

53.PESSOA JURIDICA IMUNE

São imunes do imposto sobre a renda:a) os templos de qualquer culto;b) os partidos políticos, inclusive suas fundações, e as entidades sindicais de trabalhadores,sem fins lucrativos;

c) as instituições de educação e as de assistência social, sem fins lucrativos.Para efeito do disposto no art. 150, inciso VI, alínea "c", da Constituição Federal,considera-se imune a instituição de educação ou de assistência social que preste os serviços

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 52/55

52

para os quais houver sido instituída e os coloque à disposição da população em geral, emcaráter complementar às atividades do Estado, sem fins lucrativos.As entidades enquadradas no inciso I do art. 12 do Decreto n° 3.048, de 06 de maio de1999, que não se enquadrem na imunidade da Lei n° 9.532, de 1997, e da Lei n° 9.732, de1998; e que apuram lucro nos termos da legislação comercial, estão sujeitas à contribuiçãosocial sobre o lucro líquido.Considera-se entidade sem fins lucrativos, a instituição de educação e de assistência socialque não apresente superávit em suas contas ou, caso o apresente em determinado exercício,destine referido resultado integralmente à manutenção e ao desenvolvimento dos seusobjetivos sociais (Lei n° 9.718; de 1998, art. 10).Para o gozo da imunidade, as instituições citadas no parágrafo anterior estão obrigadas aatender aos seguintes requisitos:a)  não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados;

b)  aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos seusobjetivos sociais;c)  manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos dasformalidades que assegurem a respectiva exatidão;d)  conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da emissão, osdocumentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas,bem assim a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar suasituação patrimonial;e)  apresentar, anualmente, a DIPJ, em conformidade com o disposto em ato da Secretaria

da Receita Federal;f)  recolher os tributos retidos sobre os rendimentos por elas pagos ou creditados e acontribuição para a seguridade social relativa aos empregados, bem assim cumprir asobrigações acessórias daí decorrentes;g)  assegurar a destinação de seu patrimônio a outra instituição que atenda às condiçõespara gozo da imunidade, no caso de incorporação, fusão, cisão ou de extinção da pessoa

 jurídica, ou a órgão público.h)  outros requisitos, estabelecidos em lei específica, relacionados com o funcionamentodas entidades citadas.

54. PESSOA JURIDICA ISENTA

Consideram-se isentas do imposto sobre a renda as instituições de caráter filantrópico,recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quaishouverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que sedestinam, sem fins lucrativos.A isenção aplica-se, exclusivamente, em relação ao imposto sobre a renda da pessoa

 jurídica e à contribuição social sobre o lucro líquido, observado o disposto no parágrafosubseqüente.Atenção:

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 53/55

53

1) As entidades enquadradas no inciso I do art. 12 do Decreto n° 3.048, de 06 de maio de1999, que não se enquadrem na isenção da Lei n° 9.532, de 1997, e da Lei n° 9.732, de1998, e que apuram lucro nos termos da legislação comercial, estão sujeitas à contribuiçãosocial sobre o lucro líquido.2) As associações de poupança e empréstimo, as entidades de previdência privada fechadae as bolsas de mercadorias e de valores estão isentas do imposto sobre a renda, mas sãocontribuintes da contribuição social sobre o lucro líquido.Não estão abrangidos pela isenção do imposto sobre a renda os rendimentos e ganhos decapital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável, bem comoos juros de capital distribuídos.Para o gozo da isenção, as instituições citadas estão obrigadas a atender aos seguintesrequisitos:a)  não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados;

b)  aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos seusobjetivos sociais;c)  manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos dasformalidades que assegurem a respectiva exatidão;d)  conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da emissão, osdocumentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas,bem assim a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar suasituação patrimonial;e)  apresentar, anualmente, DIPJ, em conformidade com o disposto em ato da Secretaria

da Receita Federal;f)  as instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico deverão assegurara destinação de seu patrimônio a outra instituição que atenda às condições para gozo daisenção, no caso de incorporação, fusão, cisão ou de encerramento de suas atividades, ou aórgão público.

Desenquadramento da Imunidade ou da IsençãoSem prejuízo das demais penalidades previstas na lei, a Secretaria da Receita Federalsuspenderá o gozo da imunidade ou da isenção relativamente aos anos-calendário em que apessoa jurídica houver praticado ou, por qualquer forma, houver contribuído para a práticade ato que constitua infração a dispositivo da legislação tributária, especialmente no casode informar ou declarar falsamente, omitir ou simular o recebimento de doações em bensou em dinheiro, ou de qualquer forma cooperar para que terceiro sonegue tributos oupratique ilícitos fiscais.Considera-se, também, infração a dispositivo da legislação tributária o pagamento, pelainstituição imune, em favor de seus associados ou dirigentes, ou, ainda, em favor de sócios,acionistas ou dirigentes de pessoa jurídica a ela associada por qualquer forma, de despesasconsideradas indedutíveis na determinação da base de cálculo do imposto sobre a renda ouda contribuição social sobre o lucro líquido.

À suspensão do gozo da imunidade ou da isenção aplica-se o disposto no art. 32 da Lei n.º9.430, de 1996.

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 54/55

54

ConclusãoAtravés de vários cálculos é nítido que existe uma diferença bastante expressiva nosvalores achados para recolhimento de Imposto de renda e Contribuição Social. Estetrabalho alcançou o seu objetivo de demonstrar que existe diferença entre os regimes detributação a ser adotado pela empresa. Fazendo uma breve regra de três chegamos aconclusão que o valor de Imposto de Renda pelo Lucro Presumido é 1.357 %,aproximadamente, do valor encontrado por Lucro Real e a Contribuição Social do LucroPresumido é 1.237 %, aproximadamente, maior que a Contribuição Social do Lucro Real.Enfim, toda empresa tem que fazer uma breve análise de qual é a melhor opção dosregimes de tributação federais existentes, essa idéia tem que ser anexada a culturaorganizacional para que a empresas possa reduzir custos com Imposto de Renda eContribuição Social sem burlar a lei.

É facilmente identificado que no caso desta empresa a melhor opção foi o regime de LucroReal, devido as grandes diferenças encontradas através de análise e provisões no anocalendário, o valor da diferença é suficiente para a empresa pagar um escritório contábilpara controlar a escrita fiscal bem como um contador, ainda sim economizaria um valorexpressivo sem se preocupar em burlar as leis existentes para a elaboração do imposto derenda. É importante ressaltar que cada empresa é um caso diferente a ser estudado, nãopodendo tomar este estudo de caso como regra para todas as outras empresas. 

Referencias Bibliográficas

ANDRADE FILHO, Edmar Oliveira. Manual do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas:Lucro Real: Atualizado com o decreto n 3.000/99. São Paulo: Atlas, 2000.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Cientifica. 5ª ed. SãoPaulo: Prentice hall, 2002.

CORRÊA, Danielle. Tributação nas micros e pequenas empresas. Engenheiro Coelho:2003.

FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária. 8ª ed. São Paulo: Atlas, 2003.

FACHIN, Odília. Fundamentos de Metodologia. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

HIGUCHI, Hiromi; HIGUCHI, Fábio Hiroshi; HIGUCHI, Celso Hiroyuki. Imposto derenda das empresas: interpretação e prática. 25ª ed. São Paulo: Atlas, 2000.

MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 1998.

MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1989.

NEVES, Silvério das; VICECONTI, Paulo Eduardo V. Contabilidade Avançada: e analisedas demonstrações financeiras. 11ª ed. São Paulo: Frase Editora, 2002.

5/11/2018 Estagio Lucro Real - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/estagio-lucro-real 55/55

55

OLIVEIRA, Antonio Benedito Silva. et al. Métodos e Técnicas de Pesquisa emContabilidade. São Paulo: Saraiva, 2003.

SÁ, Antônio Lopes de; SÁ, Ana Maria Lopes de. Dicionário de contabilidade. 8ª ed. SãoPaulo: Atlas, 1990.

SILVA, Antonio Carlos Ribeiro. Metodologia da Pesquisa Aplicada à Contabilidade:Orientações de Estudos, Projetos, Artigos, Relatórios, Monografias, Dissertações, Teses.São Paulo: Atlas, 2003.51

YOUNG, Lúcia Helena Briski. Lucro Presumido. 2ª ed. Curitiba: Juruá. 2001.