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Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado de Santa Catarina | Filiado à CUT e à Condsef Ano 12 | Edição 134 Dezembro - 2011 Pacientes do SUS têm 4 vezes menos médicos que a rede privada Sintrafesc em defesa de um Plano de Carreira LEIA NESTA EDIÇÃO Governo vai pagar R$ 600 milhões aos aposentados Poder econômico é quem mais corrompe no país Governo adia para 2012 discussão sobre reajuste Sintrafesc leva Sindicato Itinerante ao Litoral Norte Usamos papel reciclado. Respeitamos a natureza p.2 p.3 p.5 p.6 p.8 p.11 unto com esta edi- ção você está rece- bendo o Calendário Sintrafesc 2012. O tema deste ano é a ação ambiental. A devastação das florestas e toda a ação humana que polui o solo, o ar e a água põem em risco a biodiversidade planetária e o próprio futuro da nossa espécie. Por isso, elabora- mos algumas entre muitas ações – pesquise mais na internet e em livros – que você pode fazer para ajudar a melhorar a qualidade de vida e, sobretudo, garantir o futuro das próximas ge- rações. J Calendário Sintrafesc 2012 IVAN PROLE O Sintrafesc deseja a todos os filiados e filiadas, ativos, aposentados e pensionistas, um Feliz Natal e um ótimo ano de 2012

Estampa Dezembro

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Jornal Estampa de dezembro

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Page 1: Estampa Dezembro

Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado de Santa Catarina | Filiado à CUT e à Condsef Ano 12 | Edição 134Dezembro - 2011

Pacientes do SUS têm4 vezes menos médicosque a rede privada

Sintrafesc emdefesa de umPlano de Carreira

Leia nesta edição

Governo vai pagarR$ 600 milhõesaos aposentados

Poder econômicoé quem maiscorrompe no país

Governo adia para2012 discussãosobre reajuste

Sintrafesc levaSindicato Itineranteao Litoral Norte

Usamos papel

reciclado.

Respeitamos

a natureza

p.2

p.3

p.5

p.6

p.8

p.11

unto com esta edi-

ção você está rece-

bendo o Calendário

Sintrafesc 2012. O

tema deste ano é a ação

ambiental. A devastação

das florestas e toda a ação

humana que polui o solo, o

ar e a água põem em risco

a biodiversidade planetária

e o próprio futuro da nossa

espécie. Por isso, elabora-

mos algumas entre muitas

ações – pesquise mais na

internet e em livros – que

você pode fazer para ajudar

a melhorar a qualidade de

vida e, sobretudo, garantir

o futuro das próximas ge-

rações.

J

Calendário sintrafesc 2012

IvA

N P

RoLE

O Sintrafesc

deseja a todos

os filiados e

filiadas, ativos,

aposentados e

pensionistas,

um Feliz Natal

e um ótimo

ano de 2012

Page 2: Estampa Dezembro

2 Estampa | Dezembro | 2011

o jornal Estampa é uma publicação mensal do Sintrafesc.

Cartas, textos, críticas e sugestões podem ser enviados paraa Sede, rua Nereu Ramos, 19, s.609, 88015-010 - Florianópolis - SC Fone/fax (48) 3223-6452.

Núcleo Regional de Base do oesteRua Benjamin Constant, 363 E, Centro - 89801-070 - Chapecó - SCFone: (49) 3322-2639

Núcleo Regional de Base do PlanaltoAv. 2º Batalhão Ferroviário, 483 - sala 1, Bairro Conta Dinheiro 88520-100 - Lages - SC Fone: (49) 3224-4537

Jornalista: Celso vicenzi (MTE/SC 274 JP) Editoração: Cristiane Cardoso (MTE/SC 634 JP) Tiragem: 4.200 exemplaresImpressão: Gráfica AgnusFechamento da Edição: 15/12/2011

www.sintrafesc.org.br • E-mail: [email protected]

Sede Florianópolis

Presidente: Maria das Graças Gomes Albert vice-presidente: Hercílio da Silva Secretário Geral: Sebastião Ferreira Nunes 1º Secretário: Lírio José Téo Secretário de Finanças: Francisco Carlos Nolasco Pereira Secretário de Finanças Adjunto: vitoriano de Souza Secretária de organização Sindical: Marlete Conceição Pinto de oliveira Secretário de organização Sindical Adjunto: valdecir Dal Puppo Secretária de Políticas de Comunicação: Elizabeth Adorno Araújo Coimbra Secretário de Políticas de Comunicação Adjunto: Walterdes Bento da Silva Secretário de Assuntos Jurídicos: valdocir Noé ZanardiSecretário de Assuntos Jurídicos Adjunto: Júlio Werner Peres Secretária de Formação Sindical: Ester Bertoncini Secretário de Formação Sindical Adjunto: Nereu Gomes da Silva Secretário de Assuntos de Aposentadorias e Pensões: Dérmio Antônio FilippiSecretário de Assuntos de Aposentadorias e Pensões Adjunto: Clair Bez Secretário de Saúde do Trabalhador: Mário Sérgio dos Santos Secretária de Saúde do Trabalhador Adjunta: Nádia Maria Elias Secretário de Raça, Gênero e Etnia: Flávio Roberto Pilar Secretária de Raça, Gênero e Etnia Adjunta: vera Maiorka Sassi

Núcleo Regional de Base do Planalto Serrano

Pedro Edegar Foragato, valdomiro Milesi de Souza, Geraldo Iran da Rosa e Manoel Gama de oliveira

Núcleo Regional de Base do Oeste

Pedro vilmar Padilha dos Anjos, João Claudir Marchioro, Aberrioni Dal Piaz Moreira e valdecir Cezar Marcon

Conselho Fiscal

osni Francisco Tavares, Tânia Lindner, vlander Luiz Pacheco, Edson Gonçalves e Plácido Simas

Diretoria - Gestão 2010-2013

Umas e Outras |

Com o crescimento da taxa de divórcio no país, que atingiu em 2010 o maior valor desde 1984 (1,8 caso por mil habitantes), também au-mentou na última década o número de recasamentos (casamentos em que pelo menos um dos cônjuges era divorciado ou viúvo). Em 2000, eles representavam 11,7% das uniões civis. Dez anos depois, eram 18,3% do total. Ao todo, em 2010, foram registrados 977.620 casamentos no Brasil, 4,5% a mais do que no ano anterior. os da-dos fazem parte das Estatísticas do Registro Civil 2010, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

o Sistema Único de Saúde (SUS) tem quatro vezes me-nos médicos que a rede privada. Para cada mil usuários de planos de saúde, existem 7,6 postos de trabalho ocu-pados por médicos, enquanto no SUS a taxa cai para 1,95 posto preenchido para cada mil pacientes da rede pública. No Brasil, os usuários de planos de saúde dis-põem de 3,9 vezes mais médicos que os pacientes da rede pública, considerando a população atendida pelo SUS de quase 145 milhões de brasileiros e a atendida pelas operadoras, superior a 46 milhões de clientes.

PaCiente do sUs tem qUatro vezes menos médiCos qUe UsUários da rede Privada

BrasiL faz 19 novos miLionários Por dia, diz revistaDesde 2007, o Brasil ganha 19 novos milionários por dia, estatística que deve se repetir nos próxi-mos três anos se os níveis de consumo na América Latina se mantiverem nos mesmos patamares. A informação é da revista americana “Forbes”, que esclarece o conceito usado para milionário: aque-le que já acumulou R$ 1 milhão em investimen-tos, propriedades, poupança e outros patrimônios, somados ao dinheiro em espécie. Fontes do setor financeiro ouvidas pela “Forbes” afirmam que o Brasil tem, atualmente, 137 mil milionários e cerca de 30 bilionários, sendo que 70% dessas pessoas residem em São Paulo e no Rio de Janeiro.

divórCios aUmentam e reCasamentos

tamBém

Fontes: Agência Brasil; Valor Econômico.

oLLy BENNETT

HAMZI HASHISHo

Page 3: Estampa Dezembro

3 2011 | Dezembro | Estampa

Editorial |

demonstrativo do pagamento de ações judiciais em novemBro e dezemBro

o valor da maior ação paga individualmente foi de R$ 29.257,39.Total de 44 servidores que, juntos, receberam R$ 466.111,16. Média de R$ 10.593,43 por servidor.

a direção do sintrafesC em defesa de Um PLano de Carreira Para os servidores PÚBLiCos federais

Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal – Condsef –,no último dia 29 de novembro, emitiu uma orienta-ção para os Estados discutirem a minuta do Plano de Carreira e Cargos da AGU. A proposta, encaminhada pelo governo, estava

em vias de discussão em uma reunião com a Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, orçamento e Gestão, ini-cialmente agendada para o dia 14 de dezembro, em Brasília. A Direção do Sintrafesc, imediatamente reuniu-se com sua Assessoria Jurídica e elencou várias questões a serem debatidas com a base da AGU em Santa Catarina. Este Encontro Setorial ocorreu no dia 12 de dezembro, reunindo cerca de 20 pessoas, não obstante a Direção do Sindicato já ter tomado conhecimento que a reunião com o governo havia sido adiada. A Direção do Sintrafesc decidiu que era importante manter o encontro com os servidores da AGU, principalmente por tratar-se de um tema mobilizador da categoria.

No debate ficou evidente que houve um retrocesso quanto às reivin-dicações já feitas anteriormente nas negociações entre a Condsef e o governo, inclusive ferindo as diretrizes de carreira aprovadas pela própria Confederação há alguns anos. Porém, a Direção do Sintrafesc não abandonou este que é um dos princípios máximos da atual gestão, e com o qual vem dialogando com todos os setores da sua base em Santa Catarina, mesmo que as negociações ocorram de forma frag-mentada, revelando uma política adotada pelo governo de dividir a categoria.

No entanto, a Direção do Sintrafesc não tem visto o mesmo empe-nho por parte da Condsef, que este ano, foi refém de uma agenda do governo que a todo momento era desmarcada em cima da hora. os acordos firmados pela Confederação com o governo foram pífios, sem a devida participação da base tanto na sua formulação quanto na avaliação das estratégias adotadas. outro desdém da atual direção da Condsef com os Sindicatos estaduais foi demonstrado nas frequentes

aA direção do Sintrafesc espera que a Condsef coordene a unidade das ações sindicais

convocações feitas semanalmente, gerando despesas de viagens à Brasília que se revelaram inúteis.

Rendendo-se à estratégia do governo, a Condsef só gerou falsas e ilu-sórias expectativas junto à categoria, porque o modelo de sindicalismo na atual gestão da Confederação considera que a única forma de “fazer sindicalismo” é “viajar para Brasília” e obter “resultados” nas “nego-ciações” com o governo. É um jogo de aparências em que o governo ilude a Condsef que, por sua vez, ilude os Sindicatos e os servidores com promessas que nunca se concretizam. ou ficam muito aquém do que foi reivindicado.

A Direção do Sintrafesc espera que a Condsef coordene a UNIDADE das ações sindicais rumo à efetividade de suas reivindicações contidas nas Campanhas Salariais, como por exemplo, a de um Plano de Carreira Único para a categoria.

Foi frustrante observar no Encontro Setorial ocorrido na AGU-SC, no último dia 12 de dezembro, que uma “liderança” de Santa Catarina da base da AGU, e que pertence à corrente majoritária da Condsef, estava completa-mente despreparada na defesa e proposição de um Plano de Carreira. Não houve, aliás, nenhuma orientação da Condsef para essa discussão, seja através da sua assessoria jurídica ou do acúmulo das reuniões do Grupo de Trabalho nacional do setor. Porém, a Direção do Sintrafesc, através da sua competente Assessoria Jurídica, debateu os principais pontos da minuta apresentada pelo governo com os servidores da AGU-SC e irá sistematizar uma proposta num documento a ser encaminhado para a Condsef. Esta é a forma do Sindicato trabalhar, com ações e propostas efetivas.

E desde já, a Direção do Sintrafesc convida todos os setores da sua ba-se para um Ciclo de Debates que irá promover em 2012 sobre o Plano de Carreira e Cargos para os servidores públicos federais.

DIREÇÃO DO SINTRAFESC | GESTÃO 2010-2013

servidores ação órGão vaLores - r$

1 Gratificações Capitania dos Portos 26.270,31

1 3,17% Receita Federal 2.434,64

1 3,17% Funai 1.121,59

23 Gratificações Funasa 261.258,95

6 Gdata SAMF 49.543,97

1 28,86% IFSC 25.347,60

11 Anuênio; Gratificações SFA/MAPA 100.134,10

44 466.111,16

Page 4: Estampa Dezembro

4 Estampa | Dezembro | 2011

Lei de acesso a informações públicas |

servidores defendem transParênCia, mas se PreoCUPam Com Uso de dados

Diagnóstico divulgado

pela Controladoria-Ge-

ral da União (CGU) no

dia 9 de dezembro re-

vela uma atitude pró-ativa dos

servidores públicos federais

quanto ao acesso à informação

pública. De acordo com a pu-

blicação, “há um movimento

em curso de abertura e cons-

cientização sobre a importân-

cia da transparência. Todos os

órgãos e entidades participan-

tes da pesquisa desenvolvem

algum tipo de prática na área

de transparência”.

A boa vontade dos servi-

dores e algum histórico de

iniciativa dos órgãos públicos

em favor da transparência não

afastam, no entanto, a preocu-

pação com o mau uso das in-

formações. A avaliação é que

a Lei de Acesso a Informações

Públicas sancionada pela pre-

sidenta Dilma Rousseff no mês

passado tem como desafio su-

perar a “cultura do segredo”,

verificado “principalmente na

oCGU divulgou Diagnóstico sobre valores, Conhecimentos e Cultura de Acesso à Informação no Poder Executivo Federal

constante preocupação com o

mau uso das informações pelo

público, com a má interpre-

tação ou descontextualização

das informações”.

Diagnóstico

A publicação Diagnóstico so-

bre Valores, Conhecimentos e

Cultura de Acesso à Informa-

ção no Poder Executivo Fede-

ral Brasileiro, coordenada pelo

antropólogo Roberto DaMat-

ta, envolve duas pesquisas.

A primeira (de caráter qua-

litativo) foi feita por meio de

entrevista com 73 autoridades

públicas; e a segunda (mais

quantitativo), com aplicação

de questionário por meio ele-

trônico a 986 servidores fede-

rais de diversos órgãos.

De acordo com os dados

apurados, 23,7% dos servido-

res desconfiam de “má utiliza-

ção das informações”, 14,3%

temem “vantagens para grupos

de interesse bem situados”, e

11,7% acreditam que possa ha-

ver uso político das informa-

ções. Além dessas ressalvas, os

servidores apontam que poderá

haver “solicitações excessivas e

descabidas”, “uso indevido das

informações pela imprensa”,

“maior burocratização” e “até

“mais conflito entre cidadão e

a administração pública”, entre

outras preocupações.

Apesar dessas pondera-

ções, há a avaliação de que a

informação acessível atende à

“transparência da administra-

ção pública” (38,3%), serve à

“redução, ao combate e à pre-

venção da corrupção” (20,6%)

e favorece o “fortalecimento

da credibilidade da adminis-

tração pública” (13%), além de

aproximar o cidadão (8,6%) e

aumentar sua confiança na

administração (7,8%). Oito de

cada 10 servidores entrevista-

dos acreditam que “o benefí-

cio de uma política de amplo

acesso à informação pública

seria superior a qualquer ônus

envolvido na sua implementa- Fonte: Gilberto Costa - Agência Brasil

ção (tempo, trabalho, recur-

sos, riscos)”.

Informação para quem

A percepção dos servidores é

que os jornalistas são os prin-

cipais demandantes de infor-

mações (35,3% das respostas);

mais do que o cidadão (24,6%),

a própria administração pú-

blica (12%), organizações não

governamentais (9,5%) e pes-

quisadores (9,3%).

A maioria dos servidores en-

trevistados (66,5%) trabalha

em órgãos onde já estão im-

plantados sistemas eletrônicos

de protocolos e tramitação de

documentos. Quando pergun-

tados quem responde às de-

mandas de solicitações, 53,19%

responderam que é a própria

unidade. O diagnóstico aponta,

porém, que 32,9% disseram que

não existe no órgão a que estão

vinculados uma unidade para

atendimento de solicitações de

acesso à informação pública.

38,3% - atende à transparência da administração pública ,

20,6% - serve à redução, ao combate e à prevenção da corrupção

13% - favorece o fortalecimento da credibilidade da administração pública

8,6% - aproxima o cidadão

7,8% - aumenta a confiança na administração

23,7% - desconfiam de má utilização das informações

14,3% - temem vantagens para grupos de interesse bem situados

11,7% - acreditam que possa haver uso político das informações.

Servidores apontam ainda que poderá haver “solicitações excessivas e descabidas”, “uso indevido das informações pela imprensa”, “maior burocratização” e “até “mais conflito entre cidadão e a administração pública”.

o que dizem os que são a favor

o que dizem os que são contra

SvILE

N MILE

v

Page 5: Estampa Dezembro

5 2011 | Dezembro | Estampa

o

Governo adia Para 2012 disCUssões soBre reaJUstes do fUnCionaLismo federaL

Serviço Público |

Previsão é que o primeiro encontro entre Condsef e governo ocorra em 25 de janeiro

Ministério do Planeja-

mento adiou para 2012

as reuniões sobre o re-

ajuste salarial e a rees-

truturação de carreiras com

representantes de classes. A

previsão é que o primeiro en-

contro entre as partes ocorra

em 25 de janeiro. A pasta ex-

plicou à Condsef (Confedera-

ção dos Trabalhadores no Ser-

viço Público Federal) que era

necessário aprimorar diálogos

internos com integrantes do

governo.

Segundo a entidade, se re-

únem em janeiro lideranças

da Secretaria do Patrimônio

da União (SPU), da Impren-

sa Nacional, do Dnit (Depar-

tamento Nacional de Infra-

estrutura de Transportes) e

da AGU (Advocacia-Geral da

União).

Em nota, a Condsef infor-

mou que a atitude é “mais um

motivo para que todos refor-

cem a unidade e mobilização

em seus locais de trabalho”.

“A categoria deve estar pron-

ta para pressionar o governo a

atender às principais reivindi-

cações e demandas ainda pen-

dentes”, completou.

Os representantes também

esperam que o governo ante-

cipe o mês de pagamento dos

reajustes que estão em estudo

na Câmara dos Deputados.

Querem adiantar de julho

para abril o mês de aumento

nas categorias que já recebe-

ram comunicado que foram

contempladas. Contudo, é di-

fícil que o governo ceda, pois

alega que os reajustes apre-

sentados já foram elaborados

respeitando os gastos previs-

tos para 2012 com o quadro

de pessoal.

Fonte: Alessandra Horto - O Dia (RJ) –

Título do Sintrafesc.

2012

SATE

ND

RA M

HA

TRE

mais de 10 miL anistiados voLtaram ao traBaLho

d os 15.232 mil processos que deram entrada na Comissão Espe-cial Interministerial (CEI) criada para analisar a situação de ex-funcionários demitidos no governo Collor com violação de direitos, restam apenas 576 aguardando julgamento. Dos restantes, foram

deferidos 12.414 e outros 2.242 processos foram indeferidos. Mais de 10,3 mil pessoas voltaram a trabalhar.

os números foram apresentados pela presidente da Comissão, Érida Maria Feliz, na 8ª reunião ordinária de prestação de contas, realizada no auditório da sede do Ministério do Planejamento, orçamento e Gestão (bloco K da Esplanada).

Ao abrir formalmente o encontro, o secretário de Recursos Humanos do MP, Duvanier Paiva Ferreira, avaliou que, mais do que um trabalho, o que a CEI está fazendo é resgatar a dignidade das pessoas. “A reintegração desses ex-funcionários é um ato de justiça e de reparação de direitos”, disse.

os integrantes da CEI puderam também debater, durante mais de três horas, os problemas que ainda afligem os ex-funcionários e seus representantes. A reunião permitiu tirar diversas dúvidas sobre instrução e análise dos proces-sos, pendências de decisão, pedidos de reconsideração, decisões judiciais, veto ao PL 372, servidores falecidos antes do retorno, entre outros temas.

De acordo com o balanço apresentado pela presidente da CEI, Érida Maria Feliz, dos processos deferidos, já retornaram ao trabalho 10.348 pessoas, por meio de portarias da Comissão. Estão em processo de preparação para o retorno 1.262 processos.

Entre os 2.242 processos indeferidos, a CEI recebeu 1.471 pedidos de re-consideração. Esses passarão por nova análise, e todos os interessados terão ampla oportunidade de defesa, inclusive com o recurso jurídico da sustentação oral, e da comprovação de direitos por meio de testemunhas ouvidas em oitivas. A próxima oitiva de testemunhas para instrução des-se tipo de processo está marcada para o período de 6 a 9 próximos, em Salvador, na Bahia.

A presidente da CEI informou, ainda, a situação dos requerimentos intempes-tivos (apresentados fora do prazo). De um total de 6.594, foram notificados 6.587 e há 520 processos que ainda serão analisados, por estarem, provavel-mente, pendentes de decisão das comissões anteriores à criação da CEI.

A CEI é composta por sete representantes (e suplentes). Dois são do Minis-tério do Planejamento (que a preside); um da Casa Civil; um do Ministério da Fazenda; um da Advocacia-Geral da União; e dois dos anistiados.

Fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Page 6: Estampa Dezembro

6 Estampa | Dezembro | 2011

Ação e Mobilização |

ais de 60 filiados e

filiadas do Sintra-

fesc participaram no

dia 8 de dezembro,

no Hotel Tannenhof, em Join-

ville, de mais uma edição do

projeto Sindicato Itinerante.

Houve palestra jurídica, apre-

sentação teatral e um café de

confraternização com todos

os participantes que vieram de

vários municípios da região.

Estiveram presentes servi-

dores da Funasa, Ministério

da Saúde, AGU, Ibama, Mi-

nistério dos Transportes, Dnit

e Ministério da Defesa - entre

outros, entre ativos, aposen-

tados e pensionistas.

O advogado Luís Fernando

Silva apresentou uma palestra

sobre as principais questões

de interesse dos servidores e

servidoras presentes, princi-

palmente sobre aposentado-

rias, gratificações e a paridade

entre ativos e aposentados.

m

sintrafesC Leva ao LitoraL norte o ProJeto sindiCato itinerante

Durante toda a tarde, das 13

às 19 horas houve atendimen-

to jurídico individual com o

advogado José Augusto e a as-

sistente Jurídica Ana. Devido

à demanda, após a palestra, o

próprio Luís Fernando Silva

prestou atendimento.

O grupo de teatro do Sintra-

fesc, composto por integran-

tes da direção, funcionários e

servidores públicos federais,

apresentou uma peça de teatro

sobre a Campanha Salarial. De

maneira cômica, mas fazendo

pensar, o grupo demonstrou

o quanto é importante haver

união e mobilização para al-

cançar os objetivos.

Desde o dia 5 e até o dia 8,

vários dirigentes do Sintrafesc

percorreram diversos municí-

pios da região convocando os

servidores e servidoras a par-

ticiparem das atividades do

projeto Sindicato Itinerante,

etapa Litoral Norte.

Anisia Felser, 66 anos, pen-

sionista da Funasa, em Join-

ville, disse que o encontro “foi

ótimo” e a palestra esclarece-

dora. “Tirei muitas dúvidas

sobre vários assuntos”, afir-

mou.

Ernesto Leandro, aposen-

tado da Funasa de Joinville,

também gostou muito das

atividades, pois “serviu para

a gente se informar correta-

mente”. Para ele, participar

dessas ações é importante

porque “a situação dos servi-

dores vai piorando e é preciso

buscar alternativas, se mobili-

zar”, disse.

Segundo a presidenta Ma-

ria das Graças Gomes Albert,

foram seis etapas do projeto

no primeiro ano de gestão,

que cumpriu com o objetivo

de “estar mais perto dos fi-

liados e filiadas, conhecer a

realidade do local de traba-

lho, ter contato direto com os

servidores, ouvir sugestões,

oferecer atendimento jurídico

individual e permitir a troca

de informações entre todos os

participantes”.

Fonte: Sintrafesc

olho

De 5 a 8 de dezembro, dirigentes do Sintrafesc percorreram vários municípios da região

Luís Alves

Araquari

São Francisco do Sul - MAPA

Barra Velha

Joinville

Joinville

Page 7: Estampa Dezembro

7 2011 | Dezembro | Estampa

reivindiCações dos servidores da área amBientaL seGUem Pendentes no PLaneJamento

e m reunião no dia 6 de

dezembro, o Ministé-

rio do Planejamento

respondeu a uma lis-

ta de reivindicações dos ser-

vidores da área ambiental. A

Condsef cobrou solução para

seis itens contidos na lista de

demandas, mas todos ainda

seguem pendentes. Sobre si-

tuação funcional e assenta-

mentos de greves para evitar

prejuízos a servidores que

participaram de paralisações

do setor, o Planejamento in-

formou que ainda não foi

apontada solução. Com rela-

ção à transposição dos ser-

vidores do PGPE para o Pec-

ma, segundo a Secretaria de

Relações do Trabalho, ainda

estão sendo solicitadas mais

informações ao Ministério do

Meio Ambiente (MMA) para

dar andamento à demanda.

Outro assunto que está sen-

do analisado pelo setor de

normas de avaliação diz res-

peito à reivindicação dos ser-

vidores para suspender nota

técnica que prevê redução de

jornada de trabalho com re-

dução salarial.

Ainda entre os itens deba-

tidos está o problema do cál-

culo feito para recebimento

do valor da gratificação de

desempenho dos aposenta-

dos da área ambiental. O Pla-

nejamento vem discutindo

com a Condsef a possibilida-

de de encaminhar um projeto

de lei que padronize as grati-

Negociações serão retomadas em 2012 e servidores devem se manter alertas e mobilizados para alcançar objetivos

Meio Ambiente |

ficações para aposentadorias

utilizando para isso a média

dos valores recebidos pelo

servidor nos últimos cinco

anos na ativa. Já sobre uma

gratificação especial para ser-

vidores que atuam em áreas

de difícil acesso a informação

é de que ainda estão sendo

promovidas discussões den-

tro do governo.

Só em 2012

A Condsef cobrou a retomada

das discussões sobre critério

de recebimento de Gratifica-

ção de Qualificação (GQ). O

Planejamento disse que vai

voltar a conversar com ges-

tores da área ambiental e na

próxima reunião, que deve

acontecer somente em 2012,

os debates serão retomados

neste ponto. O Planejamen-

to acrescentou que busca

envolver nessa discussão os

ministérios da Saúde e Meio

Ambiente. Hoje a comissão

instalada conta com repre-

sentantes do Planejamento,

Justiça e Fazenda. Também

na reunião do dia 6/12 foi

protocolada no Planejamen-

to a proposta de tabela re-

muneratória aprovada pelos

trabalhadores na plenária re-

alizada pela Condsef e Asiba-

ma-Nacional.

Como não vão ocorrer no-

vas reuniões este ano, os ser-

vidores da área ambiental

devem permanecer em esta-

do de alerta e mobilizados. A

categoria precisa estar prepa-

rada para lutar pelo atendi-

mento de suas reivindicações

em 2012. Unidade e pressão

serão fundamentais neste

processo.

Fonte: Condsef

MA

RJA

N Z

AJD

oW

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Page 8: Estampa Dezembro

8 Estampa | Dezembro | 2011

Dinheiro à vista |

o ProBLema é qUando o Governo federaL vai PaGar r$ 600 miLhões em GratifiCações Para aPosentados

o

Governo admite a dívida, que pode chegar a R$ 5 bilhões

governo federal terá

uma despesa extra de

pelo menos R$ 600

milhões para ressar-

cir servidores e aposentados

e pensionistas que cobram

na Justiça a gratificação da-

das a funcionários da ativa.

Segundo a Advocacia-Geral

da União (AGU), essa fatura

envolve 200 mil processos em

que o pagamento é considera-

do líquido e certo.

A conta, já sacramentada

por meio da conciliação con-

duzida pela AGU, preocupa

a equipe econômica, que

vem alardeando para os ris-

cos do aumento das despe-

sas públicas em meio à crise

que assola a Europa e amea-

ça a estabilidade do mundo,

inclusive a do Brasil. No Mi-

nistério do Planejamento,

estima-se que a fatura total

cobrada pelos inativos re-

ferentes às gratificações de

desempenho — criadas para

aumentar os salários e pre-

miar quem produz — pode

chegar a R$ 5 bilhões.

Abrir os cofres

“Uma vez que o advogado-

geral da União, Luís Inácio

Lucena Adams, reconheceu o

direito dos inativos em nor-

mativos internos, já é certo

que o governo abrirá os co-

fres para atender a esses 200

mil processos, ainda sem data

para serem concluídos”, disse

um técnico do Planejamento.

José Roberto da Cunha

Peixoto, diretor do Departa-

mento de Estudos Jurídicos

e Contencioso Eleitoral da

PGU, afirmou que, do total

de ações, 120 mil dizem res-

peito à gratificação de de-

sempenho de atividade téc-

nico-administrativa. “São

processos tanto individuais

quanto coletivos. Em alguns

casos, por exemplo, há 2 mil

servidores envolvidos. Não

é fácil mensurar o total de

pessoas beneficiadas”, afir-

mou o advogado. A deman-

da é tamanha que, ao longo

de uma semana, a análise

dos pedidos chegou a in-

tegrar a Semana Nacional

de Conciliação, organizada

pelo Conselho Nacional de

Justiça (CNJ).

Lentidão

A corrida à Justiça deve-se

à lentidão do Ministério do

Planejamento e do Palácio do

Planalto, que deixaram esse

tipo de benefício sem regula-

mentação por até 12 anos. A

brecha criou uma série de pro-

blemas e inundou o Judiciário

de processos. Ao todo, entre

1998 e 2008, foram criadas

64 gratificações no Executivo,

todas dando direito ao recebi-

mento da eventual diferença.

Os trabalhadores que podem

receber a parcela estão espa-

lhados por 92 órgãos da admi-

nistração direta, de fundações

e autarquias — são 570 mil

ativos e 565 mil aposentados

e pensionistas.

r$ 5 bilhões

MARCELo MoURA

Page 9: Estampa Dezembro

9 2011 | Dezembro | Estampa

Ponto pacífico

o direito dos aposentados e pensionistas está paci-ficado em todas as ins-tâncias. Tanto o Superior Tribunal de Justiça quanto o Supremo Tribunal Fede-ral já reconheceram que eles têm o direito ao valor recebido pelo pessoal da ativa até que, efetivamen-te, haja a avaliação por desempenho. Em abril de 2010, a Advocacia-Geral da União emitiu súmula no mesmo sentido e orientou sua equipe a não recorrer das sentenças.

Dinheiro à vista

o governo quer encerrar logo processos que pedem diferenças de gratificações por desempenho.

Quem está na

lista da AGU?

Servidores públicos aposentados ou pensionistas que moveram ações indi-viduais ou coletivas exigindo o recebi-mento dos valores pagos aos servido-res ativos da mesma carreira, a título de gratificação por desempenho, já com ganho de causa pelo menos na primeira instância.

Qual o motivo

das demandas?

Desde 1998, o governo federal vem criando gratificação por desempenho que atingem 90% dos servidores ativos. Aos inativos, as medidas provisórias e leis que criaram a remuneração variável estabeleceram o repasse de um índice entre 30% e 50% do pago aos ativos. os aposentados e pensionistas foram então à Justiça pleitear a totalidade pa-ga aos que estão na atividade.

O que o

Judiciário

decidiu?

Por falta de regula-mentação da ava-liação individual dos funcionários que tra-balham, o Judiciário estendeu a gratifica-ção integral para os inativos, alegando ser de caráter genérico, portanto, extensível também aos inativos na mesma proporção. Somente em 2009, o governo começou a regulamentar a ava-liação dos servidores ativos.

entenda o casoConforme as leis que instituíram a remunera-ção variável por produtividade, os aposentados e pensionistas tinham direito a receber entre 30% e 50% do valor da gratificação, enquan-to os ativos faziam jus a 80%, pelo menos até a regulamentação. Sem uma decisão, os inati-vos buscam essa diferença na Justiça. “o erro da União foi não ter feito uma regulamentação mais precisa para que, de fato, apenas quem produzisse mais fosse beneficiado”, criticou o economista Raul velloso, especialista em con-tas públicas. Procurado, o Ministério do Plane-jamento informou que o responsável pelo tema estava em viagem ao exterior.

A enxurrada de demandas começou porque o governo demorou para definir o modelo de ava-liação dos funcionários. Somente em março do ano passado, o Executivo publicou decreto com as regras para a avaliação individual dos ser-vidores de 48 gratificações. Antes disso, nove delas tiveram as normas definidas entre 2007 e 2009. outras oito estão na fila. os valores variam de R$ 80 a R$ 400 por mês, de acordo com o nível e o padrão do servidor. Todos que se apo-sentaram nas mesmas funções que hoje têm o diferencial podem recorrer à Justiça. Contudo, só é possível obter as parcelas não repassadas nos cinco anos anteriores ao ajuizamento da ação.

565 mil

aposentados e pensionistas

570 mil ativos

Fonte: Cristiane Bonfanti - Correio Braziliense (colaborou Ana d’Angelo).

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Page 10: Estampa Dezembro

10 Estampa | Dezembro | 2011

avanço do combate

à corrupção exige

enfrentar o poder

econômico, com o fim

de doações privadas a cam-

panhas eleitorais e a efetiva

punição judicial de crimes do

colarinho branco. As primeiras

produzem laços não-republi-

canos entre agentes públicos

e empresários que, não raro,

terminam em fraudes. Já a

impunidade dos ricos, em si

mesma uma injustiça, cria um

ambiente que fertiliza condu-

tas corruptas.

A avaliação é do ministro-

chefe da Controladoria Geral

da União (CGU), Jorge Hage,

uma espécie de vigia ético da

República. Em discurso no

dia 9 de dezembro, em evento

pelo Dia Internacional contra

a Corrupção, Hage fez um ba-

lanço das ações federais nesta

área desde o governo Lula e

aproveitou para apontar o que

considera causas da corrupção

e como neutralizá-las.

o

Fonte: André Barrocal – Carta Maior (com título e intertítulos do Sintrafesc)

Corrupção |

Poder eConômiCo é qUem CorromPe maisMinistro-chefe da CGU fez um balanço das ações federais para combater a corrupção

financiamento privado“Ninguém desconhece que as causas mais profundas da corrupção têm raízes em questões mais amplas, co-mo o financiamento privado de campanhas e de partidos, o sistema eleitoral, os meandros da elaboração do orçamento público”, disse Hage. Para o ministro, há uma “urgente necessidade de reforma das leis processuais penais, que são, hoje, a principal garantia de impunidade”.

A eliminação das doações privadas para campanhas, que seriam substituídas pelo financiamento com di-nheiro do orçamento público, numa espécie de investimento do Estado na democracia, foi uma decisão recentemente empurrada para o ano que vem, por uma comissão especial de deputados que debartia o tema há nove meses. Motivo: a maioria dos partidos não assimila bem a ideia, numa demonstração da força do poder econômico que a proposta busca combater.

Sabendo que é difícil que o próprio sistema enfrente a si mesma, a ordem dos Advogados do Brasil (oAB) entrou neste ano com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que seja excluída da lei dos partidos o trecho que permite as doações privadas. A entidade tem a mesma avaliação de que este proce-dimento pavimenta a corrupção.

impunidadePara Hage, também seria importante acabar com o que ele considera excesso de recursos contra decisões judiciais, que na prática servem para adiar quase infinitamente a aplicação de penas, sobretudo quando o réu em questão é rico, com dinheiro para gastar também eternamente com bons advogados.

o ministro defendeu proposta em discussão no Senado, de autoria do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que extingue a possibilidades de se apresentarem recursos extraordinário e especial contra decisões de tribunal colegiado de segunda instância – a corte julga depois de uma sentença individual de um juiz.

o relator do projeto, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), deu parecer favorável, embora com uma mudança: ele preserva os recursos, mas diz que o andamento deles não impede mais a execução da pena.

diferençasPara Jorge Hage, essa é uma das principais diferenças entre o Brasil e o mundo e que, às vezes, dá a ideia de que aqui tem mais bandalheira. “A corrupção não é um problema brasileiro, afeta todos os países do mundo, incluindo o setor público e as instituições privadas”, disse o ministro. “Mas há uma diferença extremamente importante entre os países: a sua capacidade de punir os crimes do chamado ‘colarinho branco’, ou seja, o crime de quem tem poder ou tem dinheiro.”

No discurso, o ministro citou como exemplo a prisão do milionário George Madoff nos Estados Unidos apenas poucos meses depois da des-coberta das fraudes que praticava à frente de fundos de investimentos). “E ninguém disse que aquele país não é um estado democrático de direito, onde não são respeitadas as garantias individuais; ninguém disse que temos ali um ‘estado policialesco’”, afirmou Hage, em clara alusão à condenação do banqueiro Daniel Dantas e sua posterior soltura pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.

Hage também voltou a defender a aprovação do projeto de lei, preparado pela CGU, que cria punições civis e administrativas contras em-presas corruptoras. A propostas está tramitando numa comissão especial da Câmara e já passou por diversas audiências públicas, mas ainda não há um parecer final.

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11 2011 | Dezembro | Estampa

Saúde |

PoLítiCas PÚBLiCas Podem ComBater desiGUaLdade no atendimento médiCo

a desenfreado de faculdades de

medicina. “Desde o ano pas-

sado, governo federal fala que

o problema na Saúde é a falta

de médicos. Queríamos mos-

trar que não é essa a realida-

de”, observou.

Os estados com maior con-

centração de médicos por mil

habitantes são o Distrito Fe-

deral (4,02 ) e o Rio de Janei-

ro (3,57), enquanto o Amapá

(0,96), Pará (0,83) e o Mara-

nhão (0,68) têm menos de 1.

O estudo não associa a quan-

tidade de médicos à qualidade

do atendimento. O sistema

também é influenciado pelas

condições geográficas, epi-

demiológicas e de estrutura

dos serviços de saúde. Esses

dados podem contribuir para

combater a desigualdade de

oferta dos profissionais.

As desigualdades em rela-

ção às capitais e os outros mu-

nicípios dos estados são ainda

maiores. Um dos motivos seria

a concentração de serviços de

saúde - hospitais, clínicas, la-

boratórios - e, portanto, maior

oportunidade de trabalho. A

cidade de São Paulo tem 4,44

médicos registrados por mil

habitantes enquanto o estado

tem 2,58. A capital do Espírito

Santo, Vitória, tem 10,41, en-

quanto o estado tem somente

2,11. No Amapá, a diferença é

menor, mas ainda assim, a ca-

pital Macapá tem 1,06 enquan-

to o estado tem 0,96.

Profissionais jovens

O censo médico também

constatou que a maioria dos

médicos no mercado é jovem

(até 39 anos representam

42,% dos profissionais) e que

desde 2009 há mais mulhe-

res (50,23%) formadas do que

homens (49,77%).

No levantamento dos con-

selhos regionais de medicina

um novo critério foi adiciona-

do: o posto de trabalho médi-

co ocupado. Ele mostra não só

o profissional registrado, mas

quantos médicos estão dis-

poníveis para o atendimento

da população. As informa-

ções vêm da base de dados da

pesquisa Assistência Médico-

Sanitária (AMS) do Instituto

Brasileiro de Geografia e Es-

tatística (IBGE).

“Quem determina a distri-

buição dos médicos é o mer-

cado, ele que toma conta da

saúde. O trabalho do es-

tado é regular essa área

e levar o serviço para a

população. O merca-

do não pode regu-

lar uma coisa que

afeta a saúde e a

vida das pesso-

as”, aponta Re-

nato Azevedo.

Os números

mostram que muitos

profissionais ocupam

mais de um posto de

trabalho.Nas capi-

tais há 5,89 postos

por mil habitantes enquanto

no país são 3,33. Se conside-

rarmos a saúde privada e a

pública os números são bem

díspares. Comparando o SUS

e o setor privado percebemos

que há mais ofertas de postos

de trabalho no setor privado,

sendo que a população aten-

dida pelo SUS é maior. Para

cada mil usuários de planos

de saúde há 7,6 postos de tra-

balho ocupados, já no SUS es-

se índice cai para 1,95.

s melhorias na saúde

no Brasil dependem

de políticas públicas

que estimulem os mé-

dicos a se fixar nos locais de

difícil acesso, afirma o médico

e presidente do Conselho Re-

gional de Medicina do Estado

de São Paulo (Cremesp), Rena-

to Azevedo Junior. Ele reivin-

dica a criação de uma carreira

de estado para os médicos do

serviço público nos moldes da

existente no setor judiciário.

Uma carreira com dedicação

exclusiva, tempo integral e o

ingresso a partir de concurso

público e com remuneração

compatível. “Só assim será

possível implementar um mo-

delo para o SUS (Sistema Úni-

co de Saúde) que, em termos

de atendimento médico, se

adeque às exigências da Cons-

tituição e as necessidades do

povo brasileiro”, disse.

Não faltam médicos

Com base nos dados da pes-

quisa Demografia Médica no

Brasil, divulgada recentemen-

te, revelando que a proporção

do número de médicos no país

em 2011 é de 1,95 por mil ha-

bitantes e que a cada ano esse

número aumenta, ele declarou:

“Não faltam médicos no Brasil.

O que existe é uma má distri-

buição dos profissionais”.

Segundo o médico, a pes-

quisa foi feita para compro-

var e combater o crescimento

Fonte: Jéssica Santos de Souza –

Rede Brasil Atual.

Não faltam médicos no Brasil. o que existe é uma má distribuição dos profissionais

Page 12: Estampa Dezembro

Mensagem |

mUde Para meLhorERIk JOHANSON

LÉIA

MEN

DES

Co

oK

Faça seu próprio caminho na vida.

Não seja tão severo consigo mesmo.

Não se preocupe tanto por coisas sem importância.

Sinta-se livre, sem perder o rumo.

Peça ajuda quando precisar.

Tenha coragem de dizer BASTA!, quando for demais.

Ajude a colorir o mundo com uma cor melhor.

Vez por outra, deixe-se levar pelos seus sonhos.

Divirta-se com seus amigos.

Não fique caminhando em círculo.

Eleja ser, não parecer.

Aceite ver-se tal como você é.

Evite ficar preso a coisas materiais.

Dê-se o tempo que você merece.

Observe bem para não construir com base na ilusão.

Aceite que o caminho, às vezes, é difícil.

Que a luz o guie, porém, que não o encante. Seja realista.

Não desanime.

Seja feliz!

Fonte: Internet