Estatuto Dos Servidores - Lei 6.123 - TJPE2

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ESTATUTO DOS FUNCIONRIOS PBLICOS CIVIS DE PERNAMBUCO

LEI N 6.123, DE 20 DE JULHO DE 1968.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO: Fao saber que a Assemblia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei: TITULO I DISPOSIES PRELIMINARES Art. 1 - A presente Lei institui o regime jurdico dos funcionrios pblicos civis do Estado. Art. 2 - Para os efeitos deste Estatuto: I - funcionrio pblico a pessoa legalmente investida em cargo pblico; Reza o 1 da Lei Complementar n 03/1990: 1 - Servidor pblico civil o ocupante de cargo pblico, criado por lei, em nmero certo e pago pelos cofres do Estado. II - cargo pblico o conjunto de atribuies e responsabilidades cometidas a um funcionrio, com as caractersticas de criao por lei, denominao prpria, nmero certo e pagamento pelos cofres do Estado; III - classe o conjunto de cargos iguais quanto natureza, grau de responsabilidade e complexidade de atribuies; IV - srie de classes o conjunto de classes semelhantes, quanto natureza, grau de complexidade e responsabilidade das atribuies, constituindo a linha natural de promoo do funcionrio; V - grupo ocupacional o conjunto de srie de classes e classes nicas, de atividades profissionais correlatas ou afins quanto natureza dos respectivos trabalhos ou ao ramo de conhecimento aplicado em seu desempenho; VI - servio a justaposio de grupos ocupacionais, tendo em vista a identidade, a similitude ou a conexo das respectivas atividades profissionais; VII - especificao de classe o conjunto de atribuies, responsabilidades e demais caractersticas pertinentes a cada classe, compreendendo ainda, alm de outros, os seguintes elementos. denominao, cdigo, exemplos tpicos de tarefas, qualificaes exigidas, forma de recrutamento e linha de promoo; VIII - reclassificao a transformao de cargo efetivo em outro, ou a justaposio de cargo em outra classe, ou srie de classes, tendo em vista a convenincia do servio. Art. 3 - Os cargos podem ser de provimento efetivo ou de provimento em comisso. 1 - Os cargos de provimento efetivo se dispe em classes que podem se agrupar em sries de classes, ou formar classe nica. 2 - Os cargos de provimento em comisso compreendem: I - Cargo de direo e de chefia das reparties pblicas: II - Cargos de assessoramento, de Chefe de Gabinete e de Oficial de Gabinete; III - Outros cargos, cujo provimento, em virtude da Lei, depende da confiana pessoal. Art. 4 - Cargo de natureza tcnico-cientfica aquele para cujo provimento exigido habilitao profissional em curso legalmente classificado e regulamentado como nvel superior de ensino. Pargrafo nico - Considera-se habilitado o profissional portador de diploma universitrio respectivo ou legalmente inscrito para o exerccio da profisso, no rgo competente na forma da legislao vigente. Art. 5 - Cargo tcnico assim considerado aquele para cujo provimento exigido habilitao profissional em curso legalmente classificado e regulamentado como de nvel mdio de ensino - 2 grau. Art. 6 - Nos casos dos artigos 4 e 5, deste Estatuto, ser sempre exigida correlao entre as atribuies dos cargos e os conhecimentos especficos da habilitao profissional. Art. 7 - Alm dos cargos de provimento efetivo e em comisso, haver funes gratificadas que atendero a encargos de chefia, de assessoramento, de secretariado e de apoio, cometidos transitoriamente a servidores ativos. Pargrafo nico - A lei fixar o valor da retribuio das funes gratificadas dos rgos de administrao direta, das autarquias e das fundaes pblicas; e o quantitativo das mesmas ser estabelecido em decreto, observando os limites das disponibilidades oramentarias e as normas de organizao administrativa do Estado. Art. 8 - Somente poder ocorrer desvio de funo no interesse do servio e com estrita observncia do disposto em regulamento.1

Pargrafo nico - O desvio de funo no acarretar aumento de estipndio do servidor nem na sua reclassificao ou readaptao. Art. 9 - vedada a prestao de Servio gratuito.

TTULO II Do provimento CAPTULO I Disposies preliminares Art. 10 - Os cargos pblicos sero providos por: I - nomeao; II - promoo; III - reintegrao; IV aproveitamento; V - reverso; VI transferncia.

CAPITULO II Da Nomeao SEO I Disposies Preliminares Art. 11 - A nomeao ser feita: I - Em carter vitalcio, para Cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas; II - Em carter efetivo, quando se tratar de cargos de classe nica ou de srie de classes; III - Em comisso, nos cargos previstos no pargrafo 2 do Art. 3 deste Estatuto. Art. 12 - A nomeao para cargos de provimento vitalcio obedecer ao disposto em legislao especial. Art. 13 - A nomeao para cargos de provimento efetivo exige aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos. 1 - A nomeao obedecer a ordem de classificao dos candidatos habilitados em concurso. 2 - Em igualdade de classificao em concurso dar-se preferncia para nomeao, sucessivamente, ao funcionrio que j pertena ao Quadro Permanente e ao servidor contratado do Estado sob o regime da legislao trabalhista. (INCONSTITUCIONAL) 3 - proibida a nomeao em carter interino. 4 - Mediante seleo e concurso adequados podero ser admitidos funcionrios de capacidade fsica reduzida, para cargos especificados em lei e regulamento. Art. 14 - Os cargos em comisso sero providos por livre escolha do Governador, respeitados os requisitos e as qualidades estabelecidas por lei em cada caso.

SEO II Do Concurso Art. 15 - O concurso para o provimento efetivo do cargo especificado como classe nica ou inicial de srie de classes ser pblico, constando de provas ou de provas e ttulos. Art. 16 - A realizao do concurso ser centralizada em rgo prprio, salvo as excees estabelecidas em lei. Art. 17 - O edital de concurso disciplinar os requisitos para a inscrio, processo de realizao, o prazo de validade, os critrios de classificao, os recursos e a homologao. Art. 18 - Independer de limite de idade a inscrio em concurso de funcionrio pblico, inclusive o de servios autrquicos.

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Art. 19 - A classificao dos concorrentes ser feita mediante a atribuio de pontos s provas e nos ttulos, de acordo com os critrios estabelecidos no edital do concurso. Art. 20 - Alm dos requisitos especificamente exigidos para o concurso, o candidato dever comprovar, no ato da inscrio: I - Ser brasileiro; II - Estar em gozo dos direitos polticos; III - Estar quite com as obrigaes militares e eleitorais; IV - Ter boa conduta; V - Haver completado a idade mnima fixada por lei em razo da natureza do cargo; VI - Contar, no mximo, quarenta anos de idade, ressalvadas as excees legais. (INCONSTITUCIONAL) 1 - fixada em cinqenta (50) anos a idade mxima para a nomeao em concurso pblico destinado ao ingresso no servio estadual e suas autarquias, mantidos os limites de idade fixados em lei especifica para os cargos devidamente indicados. (INCONSTITUCIONAL) 2 - Sendo exigido exame psicotcnico, s submeter-se s provas do concurso o candidato que houver sido julgado apto naquele exame, para o exerccio do cargo. Art. 21 - No ser aberto concurso para o preenchimento de cargo pblico, enquanto houver em disponibilidade funcionrio de igual categoria do cargo a ser provido.

SEO III Da Posse Art. 22 - Posse o ato que completa a investidura em cargo pblico e rgo colegiado. Pargrafo nico - No haver posse nos casos de promoo e reintegrao. Art. 23 - S poder tomar posse em cargo pblico quem satisfazer os seguintes requisitos: I - Ser brasileiro; II - estar em gozo dos direitos polticos; III - estar quite com as obrigaes militares, IV - estar quite com as obrigaes eleitorais; V - gozar de boa sade, comprovada em inspeo mdica; VI - ter atendido s prescries de lei especial para o exerccio de determinados cargos; VII - ser declarado apto em exame psicotcnico procedido por entidade especializada, quando exigido em lei ou regulamento. Pargrafo nico - Sero dispensados os seguintes quesitos para a posse: I - nos cargos de provimento efetivo, os constantes do item I deste artigo; II - nos cargos de provimento em comisso: a) se o nomeado for servidor pblico os mencionados nos incisos I, II, III, IV, V e VII deste artigo; b) se o nomeado no for servidor pblico, o constante dos incisos V e VII deste artigo; III - nos rgos colegiados: a) se o nomeado for servidor pblico, os mencionados nos incisos I, II, III, V, e VII deste artigo: b) se o nomeado no for servidor pblico, o constante dos incisos V e VII deste artigo; IV - nos casos de transferncia, os citados nos itens I, II, III, V e VI deste artigo; V - nos casos de aproveitamento, os constantes dos itens I, III e VII deste artigo; VI - nos casos de reverso, os mencionados nos itens I, III e VI deste artigo. Art. 24 - So competentes para dar posse: I - a autoridade de hierarquia imediatamente superior no cargo de provimento em comisso; II - os rgos colegiados, aos respectivos membros; III - o Diretor do Departamento de Administrao de Pessoal da Secretaria de Administrao, ao nomeado para o exerccio de cargo de provimento efetivo.3

Art. 25 - Do termo de posse, assinado pela autoridade competente e pelo funcionrio, constar o compromisso de fiel cumprimento dos deveres e atribuies. Pargrafo nico - O funcionrio declarar, para que figurem no termo de posse, os bens e valores que constituem seu patrimnio e que no exerce funo pblica de cumulao proibida. Art. 26 - facultada a posse por procurao, quando o nomeado estiver ausente do Estado e, em condies especiais, a juzo da autoridade competente: Art. 27 - A autoridade que der posse, verificar sob de responsabilidade, se forem satisfeitas as condies legais para a investidura. Art. 28 - A posse verificar-se- no prazo de trinta dias, a contar da data de publicao do ato de provimento, no rgo oficial. Pargrafo nico - A requerimento do interessado, o prazo poder ser prorrogado, por justa causa, at 180 dias. Art. 29 - O decurso do prazo para a posse sem que esta se realize, importa em no aceitao do provimento e em renncia ao direito de nomeado decorrente do concurso, salvo motivo de fora maior devidamente comprovado.

SEO IV Das Garantias Art. 30 - O nomeado para o cargo cujo desempenho exija prestao de garantia no poder entrar em exerccio sem a prvia satisfao dessa exigncia. 1 - No se exigir fiana quando o total anual do dinheiro, bens ou valores do Estado, sob a responsabilidade do funcionrio, no exceder trinta vezes o maior salrio mnimo mensal. 2 - A fiana poder ser prestada: I - em dinheiro; II - em ttulos da Dvida Pblica; III - em aplices de seguro de fidelidade funcional emitidas por instituio oficial ou empresa legalmente habilitada. 3 - No se admitir o levantamento de fiana antes da tomada de contas do funcionrio. Art. 31 - O responsvel por alcance ou desvio de material no ficar isento da ao administrativa ou criminal que couber, ainda que o valor da garantia seja superior ao prejuzo verificado. Art. 32 - Sero periodicamente discriminadas, por decreto, as classes sujeitas prestao de garantia e determinadas as importncias para cada caso, revistos e atualizados os valores existentes.

SEO V Do Exerccio Art. 33 - O exerccio do cargo ter incio no prazo de trinta dias a contar: I - da data da publicao oficial do ato, no caso de reintegrao: II - da data de posse, nos demais casos. Pargrafo nico - A requerimento do interessado e a juzo do titular da Secretaria em que for lotado o funcionrio, o prazo previsto neste artigo poder ser prorrogado por trinta dias. Art. 34 - O incio, a interrupo e o reinicio do exerccio sero registrados no assentamento individual do funcionrio. Art. 35 - A promoo no interrompe o exerccio. Art. 36 - O responsvel pelo servio onde deva servir o funcionrio, competente para dar-lhe o exerccio. Art. 37 - O funcionrio preso preventivamente, pronunciado por crime comum ou denunciado por crime funcional, ou ainda, condenado por crime inafianvel em processo no qual haja pronncia ser afastado do exerccio at a deciso final passada em julgado. Art. 38 - O funcionrio poder ser posto disposio de rgos da administrao direta ou indireta, federal, estadual e municipal a critrio do Governador para fim determinado e a prazo certo. 1 - O funcionrio posto disposio nos termos deste artigo, continuar vinculado ao rgo administrativo a que servia. 2 - Findo o prazo ou cessados os motivos determinantes do afastamento, o funcionrio dever apresentar-se Secretaria de Administrao onde aguardar nova lotao.4

3 - O afastamento de que trata este artigo poder ser cancelado a qualquer tempo se no for comunicada, mensalmente, a freqncia do funcionrio. Art. 39 - O funcionrio que no entrar em exerccio, no prazo legal, perder o cargo, salvo motivo de fora motor, devidamente comprovado.

SEO IV Da Remoo e da Permuta Art. 40 - A remoo far-se-: I - de um para outro rgo da administrao; II - de uma para outra localidade. Art. 41 - A remoo pode ser a pedido ou de oficio, atendida sempre a convenincia do servio. 1 - Quando o pedido de remoo tiver por fundamento motivo de sade, dever este ser comprovado pela Junta Mdica Estadual. 2 - Do pedido de remoo do funcionrio formulado por rgo administrativo, dever constar expressamente se o funcionrio desnecessrio ou inadaptado ao servio. 3 - Quando qualquer rgo da administrao solicitar a remoo de um seu funcionrio, este somente ser desligado do servio aps a nova lotao. Art. 42 - Observado o disposto nos artigos 40 e 41, a remoo por permuta ser processada a pedido escrito dos interessados.

SEO VII Do Estgio Probatrio Art. 43 - Estgio probatrio o perodo inicial, de 03 (trs) anos de efetivo exerccio, do servidor pblico nomeado para provimento de cargo efetivo em virtude de aprovao em concurso pblico e, tem por objeto, alm da obteno da estabilidade, aferir a aptido para ao exerccio do cargo, mediante a apurao dos seguintes requisitos: (nova redao dada pela Lei Complementar n 131, de 11.12.2008) I - idoneidade moral; II - assiduidade; III - disciplina; IV - eficincia. 1 - Se no curso do estgio probatrio, for apurada, em processo regular, a inaptido do funcionrio para o exerccio do cargo, ele ser exonerado. 2 - No curso do processo a que se refere o pargrafo anterior, e desde a sua instaurao, ser assegurada ao funcionrio ampla defesa que poder ser exercitada pessoalmente ou por intermdio de procurador habilitado, conferindo-se-lhe ainda, o prazo de dez dias para juntada de documentos e apresentao de defesa escrita. 3 - O trmino do prazo do estgio probatrio sem exonerao do funcionrio importa em declarao automtica de sua estabilidade no servio pblico. (Este dispositivo INCONSTITUCIONAL, pois a Constituio Federal exige a avaliao especial de desempenho como condio para aquisio da estabilidade) 4 - Fica dispensado do estgio probatrio de que trata o presente artigo, o funcionrio nomeado por concurso, desde que conte, poca, dois (2) anos de efetivo exerccio como contratado no Estado, em funes idnticas quelas para as quais prestou concurso. Art. 44 - O funcionrio estvel fica dispensado de novo estgio probatrio, quando nomeado para outro cargo.

CAPITULO III Da Promoo Art. 45 - Promoo a elevao do funcionrio, em carter efetivo, classe imediatamente superior que pertence na respectiva srie. Pargrafo nico - No haver promoo de funcionrios em disponibilidade ou em estgio probatrio. Art. 46 - A promoo obedecer alternadamente, aos critrios de merecimento e antigidade na classe. Pargrafo nico - O critrio adotado constar, obrigatoriamente, do ato de promoo.5

Art. 47 - No se far promoo se houver disponibilidade de funcionrio aproveitvel na vaga. Art. 48 - O interstcio para promoo ser de trezentos e sessenta e cinco dias de efetivo exerccio na classe. Pargrafo nico - O interstcio ser apurado de acordo com as normas que regulam a contagem de tempo para efeito de antigidade na classe. Art. 49 - O interstcio e a antigidade na classe sero apurados no ltimo dia de cada trimestre. Pargrafo nico - No havendo na data indicada neste artigo, funcionrio qualificado para promoo, as vagas existentes sero preenchidas com base na apurao realizada no trimestre seguinte. Art. 50 - As promoes sero realizadas no trimestre posterior quele em que ocorrer a vaga. Pargrafo nico - Inobservado o prazo previsto neste artigo, os efeitos do ato de promoo retroagiro ao ltimo dia do trimestre em que deveria ter sido realizada. Art. 51 - Ocorrendo vaga em uma classe, sero consideradas abertas todas as decorrentes do seu preenchimento, dentro da respectiva srie de classes. Art. 52 - Para todos os efeitos, ser considerado promovido por antigidade o funcionrio que vier a se aposentar ou falecer, sem que tenha sido realizada, no prazo legal, a promoo que lhe cabia. Art. 53 - Ser declarado nulo o ato que promover indevidamente o funcionrio. 1 - O funcionrio promovido indevidamente no ficar obrigado a restituir o que a mais tiver r recebido. 2 - O funcionrio a quem cabia a promoo ser indenizado da diferena de vencimentos a que tiver direito. 3 - A autoridade ou o servidor a quem couber por culpa ou dolo, a responsabilidade da promoo indevida, responder perante a Fazenda pela quantia recebida mais pelo funcionrio indevidamente promovido. Art. 54 - O funcionrio suspenso poder ser promovido mas os efeitos da promoo ficaro condicionados: I - no caso de suspenso disciplinar, declarao da improcedncia da penalidade aplicada na esfera administrativa; II - No caso de suspenso preventiva, ao resultado do correspondente processo administrativo. 1 - Nas hipteses deste artigo, o funcionrio s percebera o vencimento correspondente nova classe, quando resultar sem efeito a penalidade, ou quando no processo a que se vinculou a suspenso preventiva no for imposta pena mais grave que a de repreenso. 2 - Nos casos previstos no pargrafo anterior o funcionrio perceber o vencimento correspondente nova classe, a partir da vigncia de sua promoo. 3 - Mantida a penalidade de suspenso ou resultando, do grave processo a que se vinculou a suspenso preventiva, pena mais grave que a de repreenso, a promoo ser tornada sem efeito a partir de sua vigncia. Art. 55 - promoo por merecimento concorrero os funcionrios da classe imediatamente inferior, obedecidas as normas estatutrias e as definidas em regulamento prprio. Pargrafo nico - Obedecido o ndice de merecimento, o rgo competente organizar relao contendo nomes de funcionrios em nmero correspondente ao triplo das vagas a serem preenchidas dentre as quais o Chefe do Poder Executivo ter livre escolha para promoo. Art. 56 - O merecimento do funcionrio ser apurado em pontos positivos e negativos, determinados em razo da natureza do cargo, segundo o preenchimento respectivamente, das condies essenciais e complementares. 1 - Constituem condies essenciais a qualidade e a quantidade de trabalho, a auto-suficincia, a iniciativa, o tirocnio, a colaborao, a tica profissional, o conhecimento do trabalho, o aperfeioamento funcional e a compreenso dos deveres. 2 - As condies complementares se referem aos aspectos negativos do merecimento funcional e se constituem da falta de assiduidade, da impontualidade horria e da indisciplina. Art. 57 - O ndice de merecimento do funcionrio em cada semestre, ser representado pela soma algbrica dos pontos positivos referentes s condies essenciais, e dos pontos negativos, relativos s condies complementares. Art. 58 - Nos casos de afastamento do exerccio do cargo efetivo, inclusive em virtude de licena, ou para o exerccio de cargo em comisso fora do mbito da administrao direta ou Indireta do Poder Executivo, o ndice de merecimento do funcionrio ser calculado com as seguintes normas: I - quando o afastamento perdurar, durante o semestre por um perodo igual ou inferior a quarenta e cinco dias, ser feita normalmente a apurao do merecimento mediante a expedio do respectivo boletim. II - quando o afastamento perdurar, durante o semestre por um perodo superior a quarenta e cinco dias, o ndice de merecimento ser igual ao obtido no ltimo semestre de exerccio nos casos de afastamento considerado de efetivo exerccio ou correspondente a dois teros do obtido no ltimo semestre de exerccio nos demais casos.

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Art. 59 - No poder ser promovido por merecimento: I - o funcionrio em exerccio de mandato efetivo federal, estadual ou municipal; II - O funcionrio que, para tratar de interesse particular, esteja licenciado na poca da promoo ou tenha estado nos dois semestres anteriores; III - a funcionria que esteja na poca da promoo, ou tenha estado nos dois semestres anteriores, licenciada para acompanhar o marido, funcionrio civil ou militar, mandado servir em outro ponto do territrio nacional ou estrangeiro; IV - o funcionrio que esteja na poca da promoo, ou tenha sido nos dois semestres anteriores, posto disposio de qualquer entidade, salvo para exercer cargo de chefia na administrao direta ou indireta do Estado; V - o funcionrio que esteja na poca da promoo, ou tenha sido nos dois trimestres anteriores, afastado do exerccio do cargo, para participao em congresso ou curso do especializao, salvo os relacionados com as atribuies do cargo que ocupa, comprovada a freqncia ou aproveitamento; VI - o funcionrio que esteja na poca da promoo, ou tenha sido nos dois trimestres anteriores, afastado do exerccio do cargo para a realizao de pesquisa cientfica ou com referncia cultural, salvo as relacionados com as atribuies do cargo que ocupa, mediante a apresentao dos resultados dos respectivos trabalhos; VII - o funcionrio que no obtiver, como grau de merecimento, pelo menos, a metade do mximo atribuvel; VIII - o funcionrio que esteja na poca da promoo, ou tenha sido nos dois trimestres anteriores, afastado do cargo para exercer, como contratado, funo tcnica ou especializada nos termos do art. 177 deste Estatuto. Art. 60 - O merecimento adquirido na classe: promovido o funcionrio comear a adquirir merecimento, a contar do ingresso na nova classe. Art. 61 - A Promoo por antigidade ser atribuda ao funcionrio que tiver maior tempo de efetivo exerccio na classe. 1 - A antigidade ser determinada pelo tempo liquido de exerccio do funcionrio na classe a que pertence. 2 - No caso de fuso de classe, o funcionrio contar na nova classe a antigidade j adquirida data da fuso. 3 - O disposto no Pargrafo anterior aplicvel aos casos de reclassificao de cargo de uma srie de classes. 4 - No caso de elevao de nvel ou padro de uma srie de classes sucessivas a antigidade do funcionrio, na classe resultante da fuso ser contada do seguinte modo: I - o funcionrio da classe inicial contar a antigidade que tiver nessa classe, data da fuso; II - o funcionrio de classe superior inicial contar a soma das seguintes parcelas: a) a antigidade na classe a que tenha pertencido; b) a antigidade que tenha tido nas classes inferiores, da srie de classes, nas datas em que houver sido promovido. 5 - quando houver empate na classificao por antigidade na classe, ter preferncia, sucessivamente: I - O funcionrio de maior tempo de servio pblico prestado ao Estado e respectivas autarquias; II - O que houver exercido substituio no remunerada prevista na presente Lei; III - O de maior tempo de servio pblico; IV - O de maior prole; V - O mais idoso. 6 - Quando se tratar de classe inicial, o primeiro desempate ser feito pela classificao, expresso na nota obtida no respectivo concurso. Art. 62 - A antigidade na classe ser contada: I - nos casos de nomeao, reverso ou aproveitamento, a partir da data em que o funcionrio entrar no exerccio do cargo; II - no caso de promoo, a partir da sua vigncia; III - no caso de transferncia, considerando-se o perodo de exerccio que o funcionrio possua na classe, ao ser transferido. Art. 63 - A prova de haver o funcionrio prestado servios eleitorais, na qualidade de mesrio ou membro da junta Apuradora ser considerado para efeito de desempate nos casos de promoo depois de observados os critrios fixados neste captulo. Persistindo o empate, ter preferncia o funcionrio que tenha servido maior nmero de vezes. Art. 64 - No se contar tempo de servio concorrente ou simultaneamente prestado, em dois ou mais cargos ou funes. Art. 65 - Enquanto durar o mandato federal, estadual ou municipal, o funcionrio s poder ser promovido por antigidade salvo o disposto no 2 do Art. 173, da Constituio de Pernambuco.7

CAPITULO IV Da Reintegrao Art. 66 - Reintegrao o ato pelo qual o funcionrio demitido ou exonerado ilegalmente, reingressa no servio com o ressarcimento das vantagens ligadas ao Cargo. 1 - A reintegrao decorrer de deciso administrativa ou judiciria. 2 - A deciso administrativa de reintegrao s poder ser proferida em pedido de reconsiderao, recurso ou reviso de processo. Art. 67 - A reintegrao ser feita, no cargo anteriormente ocupado: se este houver sido transformado, do cargo resultante da transformao; e se extinto, em cargo equivalente atendidos especialmente a habilitao profissional do funcionrio e o vencimento do cargo. Pargrafo nico - No sendo possvel a reintegrao pela forma prevista neste artigo, o funcionrio ser posto em disponibilidade no cargo que exercia. Art. 68 - No caso de reintegrao do funcionrio quem lhe houver ocupado o cargo ser exonerado ou reconduzido ao cargo anterior, sem direito a indenizao, ou ainda, se estvel, posto em disponibilidade, se o cargo anterior houver sido extinto. Pargrafo nico - O funcionrio reintegrado ser submetido a inspeo mdica e aposentado, se julgado incapaz.

CAPTULO V Do Aproveitamento Art. 69 - Aproveitamento o retorno atividade do funcionrio em disponibilidade, em cargo igual ou equivalente, pela sua natureza e vencimento, ao anteriormente ocupado. Art. 70 - O aproveitamento far-se- obrigatoriamente na primeira oportunidade que se oferecer. Art. 71 - Ser tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade do funcionrio que, aproveitado no tomar posse no prazo legal, salvo no caso de invalidez, em que o funcionrio ser aposentado. Pargrafo nico - A cassao da disponibilidade na hiptese deste Artigo, ser precedida de inqurito administrativo. Art. 72 - Havendo mais de um concorrente mesma vaga, ter preferncia o de maior tempo de disponibilidade, e no caso de empate o de maior tempo de servio pblico.

CAPTULO VI Da Reverso Art. 73 - Reverso o reingresso no servio pblico do servidor aposentado quando insubsistentes os motivos da aposentadoria ou por interesse e requisio da Administrao, respeitada a opo do servidor. (Nova redao dada pela Lei Complementar n 16/96) 1 - A reverso, quando por interesse da Administrao, por motivo de necessidades e convenincias de natureza financeira, ocorrer, atravs de ato de designao, cabendo ao servidor, pelos encargos do exerccio ativo, a percepo de adicional de remunerao no valor de cinqenta por cento dos proventos integrais referentes retribuio normal do cargo em que se aposentou, acrescida do adicional por tempo de servio. 2 - O tempo de designao do servidor revertido ser considerado para fins de clculo do adicional por tempo de servio, a ser futuramente incorporado aos proventos. 3 - vedada a designao de servidor revertido para o exerccio de cargo em comisso. Art. 74 - A reverso far-se- no mesmo cargo, ou se extinto, em cargo equivalente, respeitada a habilitao profissional e considerada a existncia de vaga. (Nova redao dada pela Lei Complementar n 16/96) Pargrafo nico - A reverso ter prioridade sobre novas nomeaes. Art. 75 - Determinada a reverso, ser cassada, mediante processo regular, a aposentadoria do funcionrio que no tomar posse no prazo legal.

CAPTULO VII Da Transferncia Art. 76 - A transferncia ser feita no caso de readaptao do funcionrio para cargo mais compatvel com a sua capacidade fsica ou intelectual, atendida a convenincia do servio.8

Pargrafo nico - A transferncia de que cogita este artigo, ser, necessariamente, precedida de avaliao de desempenho funcional, treinamento ou prova de capacidade intelectual, na forma estabelecida em regulamento, satisfeito o requisito de habilitao profissional. Art. 77 - Em nenhuma hiptese a readaptao poder se processar para cargo intermedirio ou final de srie, dependendo de requerimento do interessado quando se tratar de cargo de srie de classes para cargos de classe nica.

CAPITULO VIII Da Substituio Art. 78 - Haver substituio no caso de impedimento legal ou afastamento eventual do titular do Cargo, em comisso, de direo ou chefia e do servidor designado para exercer funo gratificada. Art. 79 - A substituio ser automtica quando prevista em Lei ou regulamento, ou depender de ato da Administrao. Art. 80 - Nas substituies sero obedecidas as seguintes normas: I - No caso de cargo em comisso de direo ou chefia, a autoridade Competente designar substituto para responder pelo expediente da repartio, sem que tal designao resulte qualquer vantagem financeira para o substituto. (dispositivo alterado pela Lei Complementar n 049/2003 vide nota abaixo) II - No caso de funo gratificada, o substituto perceber o vencimento do seu cargo, cumulativamente com a gratificao respectiva, quando a substituio for no perodo superior a trinta dias. NOTA: A Lei Complementar Estadual n 049, de 31.01.2003, passou a prever a substituio remunerada para os ocupantes de cargo em comisso como para os exercentes de funes gratificadas nos seguintes termos: Art. 74. Em caso de impedimento ou afastamento do titular de cargo em comisso, por prazo superior a trinta dias, ser designado substituto remunerado pelo prazo que durar o afastamento.

TTULO III Da Vacncia Art. 81 - A vacncia do cargo depender de: I - exonerao; II - demisso; III - promoo; IV - transferncia; V - aposentadoria; VI - falecimento; VII - posse em outro cargo, ressalvadas as excees legais. Art. 82 - Dar-se- a exonerao: I - a pedido; II - de ofcio a) de cargo em comisso; b) quando no satisfeitas as condies do estgio probatrio. Art. 83 - No caso de funo gratificada, dar-se- a vacncia por dispensa, a pedido, ou de ofcio. Art. 84 - Ocorre a vaga na data: I - do falecimento do titular do cargo; II - da publicao do ato que transferir, aps a posse, promover, aposentar, exonerar ou demitir o ocupante do cargo; III - da posse ou, se esta for dispensada, do incio do exerccio, em outro cargo; IV - da vigncia da lei que criar o cargo e conceder dotao para seu provimento o que for determinada, apenas, esta ltima medida, se o cargo estiva criado; V - da comunicao pela autoridade competente, no caso de falecimento do funcionrio em qualquer ato de guerra ou agresso soberania nacional; VI - da republicao do ato do Presidente da Repblica que decretar a perda dos direitos polticos, nas hipteses definidas na Constituio do Brasil; VII - em que se tornar executvel a sentena que declarar nulo o provimento e da que impuser ou acarretar a pena acessria de perda do cargo.9

TTULO IV Dos Direitos e Vantagens CAPTULO I Da Durao do Trabalho Art. 85 - A durao normal do trabalho ser de seis horas por dia ou trinta horas por semana, podendo, extraordinariamente, ser prorrogada ou antecipada, na forma que dispuser o regulamento. Pargrafo nico - Excetuam-se do disposto neste artigo o trabalho executado por funcionrio em servio externo que, pela prpria natureza no pode ser aferido por unidade de tempo. Art. 86 - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, a durao normal do trabalho noturno ser de seis horas por dia, podendo, extraordinariamente, ser prorrogada ou antecipada, na forma que dispuser o regulamento. Pargrafo nico - Considera-se noturno o trabalho executado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte. Art. 87 - A durao normal do trabalho do funcionrio que ocupar cargo do Servio Tcnico Cientfico ser de seis horas por dia, ou trinta horas semanais, podendo excepcionalmente ser aumentada mediante a antecipao ou prorrogao do expediente pela autoridade competente. Pargrafo nico - Excepcionalmente e atendida a convenincia do servio, a jornada de trabalho de que trata este artigo poder ser reduzida para quatro horas por dia, ou vinte horas semanais, hiptese em que a remunerao corresponder a 80% do valor do respectivo nvel de vencimento. Art. 88 - Nos servios que exijam trabalho aos domingos e feriados, ser estabelecida escala mensal de revezamento. Art. 89 - Podero ser estabelecidos os regimes de tempo complementar e integral com dedicao exclusiva, no interesse do servio e a juzo da administrao.

CAPTULO II Do Tempo de Servio Art. 90 - A apurao do tempo de servio ser feita em dias. Pargrafo nico - O nmero de dias ser convertido em anos, considerado o ano de trezentos e sessenta e cinco dias. Art. 91 - Ser considerado de efetivo exerccio o afastamento decorrente de: I - frias; II - casamento; III - luto; IV - exerccio de outro cargo, funo de Governo, ou direo nos servios da administrao direta ou indireta do Estado; V - exerccio em cargo ou funo de direo, chefia ou assessoramento quando posto disposio de entidades da administrao direta ou indireta, da Unio dos Estados e Municpios; VI - convocao para o servio militar; VII - jri e outros servios obrigatrios por lei; VIII - licena prmio; IX - licena funcionria gestante e ao funcionrio acidentado em servio ou atacado de doena profissional; X - licena, at o limite de dois anos, ao funcionrio acometido de molstia consignada no Pargrafo nico do Art. 97, ou de outras indicadas em lei; XI - misso oficial no pas ou no estrangeiro, com nus para o Estado mediante ato de autorizao do Governador; XII - participao em congressos ou cursos de especializao, realizao de pesquisas cientficas, estgios ou conferncias culturais, com a autorizao do Governador e a competente prova de freqncia e aproveitamento; XIII - desempenho de comisses ou funes previstas em lei ou regulamento; XIV - trnsito, na forma prevista nos regulamentos; XV - desempenho de funo eletiva da Unio, dos Estados e dos Municpios; XVI - expressa determinao legal, em outros casos. 1 - Para os efeitos deste Estatuto, entende-se por acidente no trabalho o evento que cause dano fsico ou mental ao funcionrio, por efeito ou na ocasio do servio.10

2 - Equipara-se ao acidente no trabalho a agresso quando no provocada, sofrida pelo funcionrio no servio ou em razo dele. 3 - Por doena profissional, para os efeitos deste Estatuto, entende-se aquela peculiar ou inerente ao trabalho exercido, comprovada em qualquer hiptese a relao de causa e efeito. 4 - Nos casos previstos nos pargrafos 1, 2, 3 deste artigo, o laudo resultante da inspeo mdica dever estabelecer rigorosamente a caracterizao do acidente no trabalho e da doena profissional. Art. 92 - Para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade, ser computado: I - o tempo de servio pblico federal, estadual ou municipal, inclusive o de desempenho de mandato eletivo anterior investidura; II - o perodo de servio ativo, nas Foras Armadas, prestado durante a paz, computado pelo dobro o tempo em operaes de guerra; III - o tempo de servio prestado em autarquia federal, estadual ou municipal; IV - o perodo de trabalho prestado a instituio de carter privado que tiver sido transformada em rgo da administrao direta ou em autarquia; V - o tempo de durao de licena prmio no gozada, contada em dobro; (INCONSTITUCIONAL A CF/88 veda a contagem de tempo fictcio) VI - o tempo de durao de licena para tratamento de sade; VII - o tempo de licena funcionria casada para acompanhar o marido at o mximo de dois anos; VIII - o tempo em que o funcionrio esteve em disponibilidade ou aposentado, desde que ocorra o aproveitamento ou a reverso, respectivamente. Art. 93 - vedada a contagem de tempo de servio prestado concorrentemente em cargos ou funes diversas da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, Territrios, Municpios, autarquias e instituies privadas que hajam sido convertidas em rgos de administrao direta ou em autarquia. Pargrafo nico - O tempo de servio anterior ao perodo concorrente ser contado: I - exclusivamente para o cargo em que foi prestado, se o funcionrio continuar a exerc-lo em regime de acumulao; II - para um s dos cargos exercidos concorrentemente, se houver sido prestado em outro cargo. Art. 94 - O titular do cargo de provimento efetivo adquire estabilidade depois de dois anos de efetivo exerccio. (INCONSTITUCIONAL) 1 - A estabilidade diz respeito ao servio pblico e no ao cargo; 2 - O funcionrio que houver adquirido estabilidade s poder ser demitido, mediante inqurito administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. (VIDE EC 19/98 e item 1.5 da apostila)

CAPTULO III Da Disponibilidade Art. 95 - O funcionrio estvel, no caso de extino ou declarao de desnecessidade do cargo pelo Poder Executivo, ser posto em disponibilidade remunerada, com os proventos proporcionais ao tempo de servio. 1 - A extino do cargo far-se-, na administrao direta, mediante lei, e na administrao indireta por ato do Poder Executivo. 2 - A declarao da desnecessidade do cargo far-se- por ato do Poder Executivo. 3 - Os valores dos proventos a serem auferidos pelo funcionrio em disponibilidade ser proporcional ao tempo de servio, na razo de um trinta e cinco avos por ano de servio, se do sexo masculino, ou de um trinta avos, se do sexo feminino, acrescido da gratificao adicional por tempo de servio percebida data da disponibilidade e do salrio famlia. 4 - Ao funcionrio posto em disponibilidade, vedado, sob pena de cassao da disponibilidade, exercer qualquer cargo, funo ou emprego, ou prestar servio retribudo, mediante recibo, em rgo ou entidade da administrao direta ou indireta da Unio, dos Estado, ou dos Municpios, ressalvadas as hipteses da acumulao legal, ou expressa determinao em lei. 5 - O funcionrio em disponibilidade poder ser aposentado, na forma prevista neste Estatuto.

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CAPTULO IV Da Aposentadoria (Artigos 96 a 102 revogados, VIDE texto da CF/88 abaixo transcrito): Art. 40, 1 - Os servidores abrangidos pelo regime de previdncia de que trata este artigo sero aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos 3 e 17: I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuio, exceto se decorrente de acidente em servio, molstia profissional ou doena grave, contagiosa ou incurvel, na forma da lei; II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio; III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mnimo de dez anos de efetivo exerccio no servio pblico e cinco anos no cargo efetivo em que se dar a aposentadoria, observadas as seguintes condies: a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuio, se homem, e cinqenta e cinco anos de idade e trinta de contribuio, se mulher; b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio. CAPTULO V Das Frias Art. 103 - O funcionrio gozar de trinta dias consecutivos de frias por ano, de acordo com a escala organizada pela autoridade competente, devendo constar o ano a que correspondam. 1 - vedado levar conta de frias qualquer falta ao trabalho. 2 - Somente e depois do primeiro ano de exerccio o funcionrio adquirir direito a frias. 3 - A escala de frias poder ser alterada, de acordo com as necessidades do servio. 4 - vedado o fracionamento do perodo de frias, salvo por necessidade do servio. Art. 104 - As frias dos membros do magistrio correspondero s frias escolares, obedecidas as restries legais e regulamentares. Art. 105 - proibida a acumulao de frias, salvo imperiosa necessidade do servio de at o mximo de dois perodos, justificada em cada caso. Pargrafo nico - Haver presuno de necessidade do servio, quando o funcionrio deixar de gozar as frias e no houver sido comunicado o fato pelo chefe imediato ao rgo competente de pessoal. Art. 106 - Ao entrar em frias, o funcionrio comunicar ao chefe imediato o seu endereo eventual. Art. 107 - Por motivo de promoo ou remoo, o funcionrio em gozo de frias no ser obrigado a interromp-las. Art. 108 - Durante as frias, o funcionrio ter direito a todas as vantagens do seu cargo e funo. Art. 108-A O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comisso, nos termos do art. 82, perceber indenizao relativa ao perodo das frias a que tiver direito e ao incompleto, na proporo de 1/12 (um doze avos) por ms de efetivo exerccio, ou frao superior a 14 (quatorze) dias. (Artigo e pargrafo acrescentado pela Lei Complementar n 78/2005). Pargrafo nico A indenizao ser calculada com base na remunerao do ms em que for publicado o ato de exonerao. CAPTULO VI DAS LICENAS SECO I DISPOSIES PRELIMINARES Art.109 - Conceder-se- licena: I - como prmio, II - para tratamento de sade; III - por motivo de doena em pessoa da famlia; IV - por motivo de gestao; V - para servio militar obrigatrio; VI - para trato de interesse particular; VII - funcionria casada para acompanhar o marido.12

Art.110 - A licena concedida, dentro de sessenta dias contados do trmino da anterior, ser considerada como prorrogao. Art.111 - Ao entrar em gozo de licena, o funcionrio comunicar ao chefe imediato, o local onde poder ser encontrado.

SEO II Da Licena Prmio Art. 112 - Sero concedidos ao funcionrio, aps cada decnio de servio efetivo prestado ao Estado, seis meses de licena-prmio, com todos os direito vantagens do cargo efetivo. Pargrafo nico - A pedido do funcionrio, a licena-prmio poder ser gozada em parcelas no inferiores a um ms. Art. 113 - No ser concedida licena-prmio, se houver o funcionrio no decnio correspondente: I - Cometido falta disciplinar grave; II - Faltando ao servio, sem justificao, por mais de trinta dias; III - Gozado licena; a) por mais de cento e vinte dias, consecutivos ou no, por motivo de doena em pessoa da famlia; b) para trato de interesse particular; c) por mais de noventa dias, consecutivos ou no, por motivo de afastamento do cnjuge, funcionrio civil ou militar, ou servidor da administrao pblica direta ou indireta. Art. 114 - Ser assegurada a percepo da importncia correspondente ao tempo de durao da licena-prmio deixada de gozar pelo funcionrio, em caso de falecimento, ou quando a contagem do aludido tempo no se torne necessria para efeito de aposentadoria. (Vide NOTA abaixo) Pargrafo nico - O valor da licena prmio corresponder a seis meses do vencimento atribudo ao funcionrio no ms em que houver completado o respectivo decnio, exceto o ltimo, que ser correspondente ao vencimento percebido pelo funcionrio no ms em que passar inatividade ou falecer. NOTA: A Constituio do Estado de Pernambuco de 1989 veda o pagamento ao servidor e aos empregados das entidades da administrao indireta que recebam transferncia do tesouro: a) de qualquer adicional relativo a tempo de servio; b) de adicional de inatividade que possibilite proventos superiores aos valores percebidos em atividade; c) de frias e licena-prmio no gozadas, salvo, quanto a esta ltima, por motivo de falecimento do servidor em atividade.

SEO III Da licena para Tratamento de Sade Art. 115 - A licena para tratamento de sade poder ser concedida a pedido ou de ofcio. 1 - Para concesso de licena prevista neste artigo, indispensvel inspeo mdica, que ser realizada, quando necessrio, no local onde se encontrar o funcionrio. 2 - A licena para tratamento de sade dever ser requerida no prazo de dez dias, a contar da primeira falta ao servio. 3 - Findo o prazo da licena, o funcionrio dever reassumir, imediatamente, o exerccio. Art. 116 - A inspeo ser realizada por junta mdica estadual. Pargrafo nico - No caso de licena at noventa dias, a inspeo poder ser realizada por um dos membros da junta mdica estadual. Art. 117 - Nas localidades em que no houver junta mdica, a inspeo poder, a juzo da Administrao, ser realizada por mdico da Secretaria de Sade, e, na falta deste, com a declarao do fato, por outro mdico do servio pblico. Art. 118 - Na licena requerida por funcionrio que estiver em outro Estado, a inspeo ser realizada pelo rgo mdico oficial, que remeter o laudo respectivo repartio competente. Art. 119 - O funcionrio no poder permanecer em licena para tratamento de sade por perodo superior a vinte e quatro meses, exceto nos casos considerados recuperveis nos quais, a critrio da junta mdica, a licena poder ser prorrogada. Art. 120 - No processamento das licenas para tratamento de sade, ser observado o devido sigilo sobre os laudos e atestados mdicos.13

Art. 121 - Se o funcionrio licenciado para tratamento de sade vier a exercer atividade remunerada, ser a licena interrompida, com perda total do vencimento, at que reassuma o exerccio do cargo. Pargrafo nico - Os dias correspondentes perda de vencimento, de que trata este artigo, sero considerados como de licena, na forma do item VI do Art. 109. Art. 122 - Ser sempre integral o vencimento do funcionrio licenciado para tratamento de sade. Art. 123 - Julgado apto pela inspeo mdica o funcionrio reassumir imediatamente o exerccio, sob pena de se considerar como falta o perodo de ausncia. Art. 124 - No caso de licena, poder o funcionrio requerer inspeo mdica, caso se julgue apto a reassumir o exerccio.

SEO IV Da Licena por motivo de doena em pessoa da famlia. Art. 125 - O funcionrio poder obter licena por motivo de doena na pessoa de ascendente, descendente, colateral, consangneo, ou afim, at o 2 grau, de cnjuge do qual no seja legalmente separado ou de pessoa que viva s suas expensas e conste do seu assentamento individual, desde que prove ser indispensvel a sua assistncia pessoal e esta no possa ser prestada simultaneamente como exerccio do cargo. 1 - A doena ser comprovada em inspeo mdica realizada com obedincia ao disposto neste Estatuto quanto licena para tratamento de sade. 2 - A licena de que trata este artigo no exceder vinte e quatro meses e ser concedida: I - com vencimento integral, at trs meses; II - com metade do vencimento, at um ano; III - sem vencimento, a partir do dcimo terceiro ate o vigsimo quarto ms.

SEO V Da Licena a gestante (Nova redao dada pela Lei Complementar n 091, de 21/06/2007) Art. 126. A servidora gestante tem direito licena-maternidade de 180 (cento e oitenta) dias, com vencimento integral. 1 A licena-maternidade ser deferida gestante mediante avaliao mdica oficial, pelo rgo estadual competente, preferencialmente a partir do oitavo ms de gestao. 2 No caso de nascimento prematuro, a licena ter incio a partir do parto. 3 No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora ser submetida a exame mdico, e se julgada apta, reassumir o exerccio. 4 No caso de aborto atestado por mdico oficial, a servidora ter direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado. Art. 126A. A servidora estadual que adotar ou obtiver a guarda judicial para fins de adoo de criana tem direito a licena-maternidade, com vencimento integral, nas seguintes hipteses: I adoo ou guarda judicial de criana at 1 (um) ano de idade, pelo perodo de 180 (cento e oitenta) dias; II adoo ou guarda judicial de criana a partir de 1 (um) at 4 (quatro) anos de idade, pelo perodo de 90 (noventa) dias; e III adoo ou guarda judicial de criana a partir de 4 (quatro) at 8 (oito) anos de idade, pelo perodo de 60 (sessenta) dias. 1 A licena-maternidade somente ser deferida mediante a apresentao do termo judicial de guarda adotante ou guardi. 2 A licena-maternidade concedida servidora nos termos deste artigo possui a mesma natureza da licena concedida gestante, produzindo os mesmos efeitos, inclusive sendo considerado de efetivo exerccio o afastamento, para os fins de apurao do tempo de servio.

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SEO VI Da Licena para o Servio Militar Obrigatrio Art. 127 - Ao funcionrio convocado para o servio militar e outros encargos de segurana Nacional, ser concedida licena com vencimento integral. 1 - A licena ser concedida vista de documento oficial que prove a incorporao. 2 - Do vencimento descontar-se- a importncia que o funcionrio perceber na qualidade de incorporado. 3 - facultado ao funcionrio incorporado optar pelo estipndio como militar. Art. 128 - Ao funcionrio desincorporado conceder-se- o prazo no excedente de trinta dias para reassumir o exerccio, sem perda de vencimento. Art. 129 - Ao funcionrio oficial, ou aspirante a oficial da reserva das Foras Armadas ser concedida licena com vencimento integral, durante os estgios no remunerados previstos pelos Regulamentos militares. Pargrafo nico - No caso de estgio remunerado, facultada a opo pelo estipndio, como militar. SEO VII Da Licena para trato de interesse particular Art. 130 - Depois de dois anos de efetivo exerccio, o servidor poder obter licena sem vencimentos, para trato de interesse particular, por prazo no superior a quatro anos, renovvel por igual perodo. (Deve-se ser entendido como tempo de 03 anos de efetivo exerccio, isto , mesmo perodo do estgio probatrio) Pargrafo nico - O requerente dever aguardar em exerccio a concesso da licena, que poder ser negada, quando no convier ao interesse do servio. Art. 131 - No ser concedida licena para trato de interesse particular a funcionrio removido, antes de assumir o exerccio. Art. 132 - O funcionrio, em qualquer tempo, poder desistir da licena para trato de interesse particular. SEO VIII Da Licena a Funcionria casada para acompanhar o marido Art. 133 - A funcionria casada ter direito a licena sem vencimento para acompanhar o marido, funcionrio civil, ou militar ou servidor da administrao direta ou indireta do Poder pblico, mandado servir de oficio fora do Pais, em outro ponto do territrio nacional ou do Estado. 1 - A concesso da licena depender de requerimento devidamente instrudo e ter a mesma durao da comisso ou nova funo do marido. 2 - A persistncia dos motivos determinantes da licena dever ser, obrigatoriamente, comprovada a cada dois anos, a partir da concesso. 3 - A inobservncia do disposto no pargrafo anterior acarretar o cancelamento automtico da licena. Art. 134 - Licena idntica de que trata o artigo anterior ser assegurada a qualquer dos cnjuges quando o outro aceitar mandato eletivo fora do Estado. CAPTULO VII Do Vencimento Art. 135 - Vencimento a retribuio pelo exerccio do cargo, correspondente a valor fixado em lei para o smbolo, padro ou nvel do respectivo cargo. 1 - O clculo de qualquer percentual ou equivalente ao vencimento, ser feito sempre sobre o valor fixado em lei para o smbolo, padro ou nvel do respectivo cargo acrescido da gratificao adicional por tempo de servio. 2 - Somente perceber vencimento o funcionrio legalmente nomeado e investido em cargo pblico, no gerando direito a qualquer provimento ou investidura realizados em desacordo com a legislao vigente. Art. 136 - Perder o vencimento do cargo efetivo o funcionrio: I - Nomeado para o cargo em comisso, salvo o direito de opo e o de acumulao legal; II - em exerccio de mandato efetivo remunerado, federal, estadual ou municipal. salvo o direito de opo, previsto no Art. 263 e seu pargrafo; III - nos casos dos itens XI e XII do Art. 91, quando exceder o perodo de um ano.15

Art. 137 - O funcionrio perder: (Nova redao dada pela Lei Complementar n 55/2003). I a remunerao do dia, quando no comparecer ao servio, salvo motivo legal ou molstia comprovada; (Nova redao dada pela Lei Complementar n 55/2003). II - o vencimento-base do dia, salvo motivo legal ou molstia comprovada, quando: (Nova redao dada pela Lei Complementar n 55/2003). a) comparecer ao servio com atraso de mais de 01 (uma) hora; (Nova redao dada pela Lei Complementar n 55/2003). b) retirar-se do servio com antecedncia de mais de 01 (uma) hora, antes de findo o expediente de trabalho; (Nova redao dada pela Lei Complementar n 55/2003). III um tero do vencimento-base do dia, quando comparecer ao servio com atraso mximo de 01 (uma) hora, bem como quando se retirar do servio com antecedncia de at 01 (uma) hora, antes de findo o expediente de trabalho; (Nova redao dada pela Lei Complementar n 55/2003). III - um tero do vencimento-base, durante o afastamento por motivo de priso civil, priso preventiva, denncia por crime comum ou denncia por crime funcional ou ainda, condenao por crime inafianvel em processo no qual no haja pronncia, com direito a diferena, se absolvido; (Nova redao dada pela Lei Complementar n 55/2003). IV - dois teros do vencimento-base, durante o afastamento decorrente de condenao por sentena definitiva a pena que no determine ou acarrete a perda do cargo. (Nova redao dada pela Lei Complementar n 55/2003). Art. 138 - Nenhum funcionrio poder perceber vencimento inferior ao maior salrio mnimo vigente em Pernambuco. Art. 139 - Podero ser abonadas at 03 (trs) faltas durante o ms, por motivo de doena comprovada, mediante atestado de mdico ou dentista, ou em decorrncia de circunstncia excepcional, a critrio da chefia. (Nova redao dada pela Lei Complementar n 55/2003). Pargrafo nico - Para os efeitos deste artigo, o funcionrio dever apresentar o atestado ao chefe imediato, no prazo de 10 (dez) dias, a contar da primeira falta ao servio. (Nova redao dada pela Lei Complementar n 55/2003). Art. 140 - As reposies e indenizaes ao errio sero descontadas em parcelas mensais correspondentes a dez por cento (10%) da remunerao, provento ou penso. (Nova redao dada pela Lei Complementar n 47/2003). 1 - Ocorrendo o pagamento indevido no ms anterior ao do processamento da folha, a reposio ser feita de imediato, em uma nica parcela. (Pargrafo acrescentado pela Lei Complementar n 47/2003). 2 - O servidor em dbito com o errio, que for demitido, exonerado ou tiver sua aposentadoria cassada, ter o prazo de sessenta dias para quitar o dbito. (Pargrafo acrescentado pela Lei Complementar n 47/2003). 3 - A falta de quitao do dbito no prazo anotado implicar na sua inscrio na dvida ativa. acrescentado pela Lei Complementar n 47/2003). (Pargrafo

4 - Os dbitos resultantes de cumprimento a deciso judicial que venha a ser suspensa ou modificada, com trnsito em julgado, sero atualizados at a data de reposio. (Pargrafo acrescentado pela Lei Complementar n 47/2003). Art. 141 - O desconto realizado por motivo de no comparecimento ao servio ou reposio e indenizao Fazenda Estadual, incidir sobre o vencimento e as gratificaes percebidas pelo funcionrio. Art. 142 - A lei no admitir vinculao ou equiparao de qualquer natureza, para efeito de vencimento do pessoal do servio pblico.

CAPTULO VIII Das Vantagens SEO I Disposies Preliminares Art. 143 - Alm do vencimento, podero ser conferidas ao funcionrio as seguintes vantagens: I - ajuda de custo; II - dirias; III - auxlio para diferena do caixa; IV - salrio-famlia; V gratificaes.

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SEO II Da ajuda de custo Art. 144 - Ser concedida a ajuda de custo ao funcionrio que for designado de oficio, para servir em nova sede. 1 - Destina-se a ajuda de custo ao ressarcimento das despesas de viagens e de nova instalao, relativas ao funcionrio e no poder exceder de um ms de vencimento; 2 - A ajuda de custo ser paga adiantadamente ao funcionrio, ou se este preferir na nova sede. Art. 145 - O funcionrio obrigado a permanecer fora da sede por mais de trinta dias em objeto de servio, perceber a ajuda de custo de um ms de vencimento, sem prejuzo das dirias a que fizer jus. Art. 146 - O funcionrio restituir a ajuda de custo: I - quando no se transportar para a nova sede no prazo determinado; II - quando, antes de realizar a incumbncia que lhe foi atribuda, regressar abandonar o servio ou pedir exonerao. 1 - A obrigao de restituir de responsabilidade pessoal e dever ser cumprida dentro do prazo de trinta dias. 2 - No haver obrigao de restituir, se o regresso do funcionrio decorrer de determinao de autoridade competente, de doena comprovada ou de exonerao a pedido, aps noventa dias de exerccio na nova sede. Art. 147 - Ser calculada a ajuda de custo: I - sobre o vencimento do cargo; II - sobre o vencimento do cargo em comisso, que passar a exercer na nova sede; III - sobre o vencimento do cargo efetivo, acrescido da gratificao, quando se tratar de funo assim retribuda.

SEO III Das Dirias Art. 148 - Ao funcionrio que se deslocar de sua sede em objeto de servio ou misso oficial, sero concedidas dirias correspondentes ao perodo de ausncia a ttulo de compensao das despesas de alimentao e pousada. Pargrafo nico - As importncias correspondentes s dirias sero fornecidas antecipadamente, ao respectivo funcionrio. Art. 149 - No arbitramento das dirias, sero considerados o local, a natureza e as condies de servio. Art. 150 - O funcionrio que se deslocar de sua sede, em objeto do servio ou misso oficial, far jus, alm das dirias, a pagamento das despesas correspondentes ao transporte, na forma determinada em regulamento.

SEO IV Do Auxlio para diferena de caixa (Artigos 152 a 159 revogados por fora da Lei n 8.131 de 28/05/1980) SEO V Do salrio-famlia (Artigos 152 a 159 revogados por fora da Lei Complementar n 28/00) SEO VI Das gratificaes Art. 160 - Ser concedida gratificao: I - de funo; II - pela prestao de servios extraordinrios; III - pela representao de Gabinete; IV - pelo exerccio em determinadas zonas ou locais; V - pela execuo de trabalhos de natureza especial com risco de vida ou de sade; VI - pela realizao de trabalho relevante, tcnico ou cientfico; VII - pela participao em rgo de deliberao coletiva; VIII - adicional por tempo de servio (EXTINTO pela EC 16/99 Constituio Estadual)17

IX - pela participao, como auxiliar ou membro de comisso examinadora de concurso; X - pela prestao de servio em regime de tempo complementar ou integral com dedicao exclusiva; XI - de produtividade; XII - pela participao em comisso ou grupo de trabalho; XIII - por servio ou estudo fora do pais; XIV - pela participao em grupo especial de assessoramento tcnico; XV - pelo exerccio do magistrio, inclusive em cursos especiais de treinamento de funcionrios; XVI - por outros encargos previstos em lei ou regulamento. Art. 161 - Exceto nos casos expressamente previstos em Lei, o afastamento eventual ou temporrio do exerccio do seu cargo, a lotao ou designao do funcionrio para servir em outro rgo, acarreta o cancelamento automtico das gratificaes atribudas ao mesmo e no incorporadas ao vencimento. Art. 162 - Gratificao de Funo a que corresponde a encargos de gerncia, chefia ou superviso de rgos e outros definidos em regulamento, no podendo ser atribuda a ocupante de cargo em comisso. Pargrafo nico - A ausncia por motivo de frias, luto, casamento, doena, licena-prmio, licena para tratamento de sade, licena gestante, licena por motivo de doena em pessoa da famlia ou servio obrigatrio por lei, no acarretar perda da gratificao da funo. Art. 163 - O exerccio de cargo em comisso exclui a gratificao pela prestao de servio extraordinrio; Art. 164 - A gratificao pela prestao de servio extraordinrio, corresponder a 50% (cinqenta por cento) a mais do valor da hora normal. 1 - Os valores pagos a ttulo de gratificao pela prestao de servio extraordinrio no podero exceder, no ms, a mais de 40 (quarenta) horas extras de trabalho. 2 - O Poder Executivo regulamentar a forma e os procedimentos para concesso e pagamento da gratificao pela prestao de servio extraordinrio. 3 - A gratificao de que trata este artigo ser incorporada aos proventos quando o servidor, ao aposentar-se, a venha percebendo h mais de 12(doze) meses, ininterruptamente. 4 - A gratificao de que trata este artigo ser incorporada aos proventos quando servidor, ao aposentar- se, a venha percebendo h 01(um) ano, ininterruptamente, ou 05(cinco) anos, com interrupo . 5 - O disposto no Pargrafo nico do Art. 162 aplica-se gratificao pela prestao de servio extraordinrio quando o servidor a venha recebendo h mais de 2 (dois) anos. Art. 165 - A gratificao prevista no item III do Art. 160, ser atribuda ao servidor com exerccio no Gabinete e na Assessoria Tcnica do Governador, de Vice-Governador e do Secretario de Estado. 1 - A gratificao pela representao de Gabinete exclui as outras espcie de gratificao, salvo as Constantes dos itens I, II, VII, VIII, IX, X, XII, XV e XVI, do Art. 160. 2 - Aplica-se gratificao pela representao de gabinete, o disposto no pargrafo nico do Art. 162 e no Pargrafo 4 do Art. 164. Art. 166 - A gratificao adicional por tempo de servio ser calculada sobre o vencimento do cargo efetivo e para todos os efeitos a ele incorporada, correspondente a cinco por cento, por qinqnio, de efetivo exerccio prestado Unio, aos Estados, aos Municpios de Pernambuco e s respectivas autarquias. (REVOGADO pela EC 16/99 Constituio Estadual) Pargrafo nico - A gratificao adicional por tempo de servio concedida automaticamente, a partir do dia imediato aquele em que o funcionrio completar o qinqnio. (REVOGADO pela EC 16/99 Constituio Estadual) Art. 167 - A gratificao pela prestao de servio em regime de tempo complementar, de tempo integral ou tempo integral com dedicao exclusiva, ser fixada em regulamento e destina-se a incrementar o funcionamento dos rgos da administrao. 1 - O regime de tempo complementar ou de tempo integral aplica-se a cargos e funes que, por sua natureza, exijam do funcionrio o desempenho de atividades tcnicas, cientficas ou de pesquisa, e aos de direo, chefia e assessoramento. 2 - O funcionrio sujeito ao regime de tempo integral com dedicao exclusiva dever dedicar-se plenamente aos trabalhos de seu cargo ou funo, sendo-lhe vedado o exerccio cumulativo de outro cargo, funo ou atividade pblica, de qualquer natureza, ou atividade particular, de carter empregatcio ou profissional. 3 - Excetuam-se da proibio constante do pargrafo anterior: I - o exerccio em rgo de deliberao coletiva, desde que relacionado com a funo desempenhada em regime de tempo integral;18

II - As atividades que, sem carter de emprego, se destinem a difuso e aplicao de idias e conhecimentos, salvo as que impossibilitem ou prejudiquem a execuo das tarefas inerentes ao regime de tempo integral; III - A prestao de assistncia no remunerada a outros servios, visando a aplicao de conhecimentos tcnicos ou cientficos, quando solicitada atravs da repartio a que pertence o funcionrio; IV - O exerccio, no interior do Estado, de profisso regulamentada, de nvel superior, por funcionrio residente e lotado no interior do Estado, desde que seja observado o respectivo horrio de trabalho e no haja prejuzo para o desempenho das tarefas realizadas em regime de tempo integral. V - Exerccio de atividade docente, desde que, observado o disposto no item anterior ao horrio de trabalho e ao desempenho das tarefas, haja correlao de matrias atribuies e a natureza do cargo exercido em regime de tempo integral. Art. 168 - A gratificao de produtividade no poder exceder a um ms de vencimento e ser atribuda ao funcionrio pela realizao de trabalhos alm do expediente, em obedincia ao que dispuser o regulamento. Art. 169 - A gratificao prevista no item V do Art. 160 deste Estatuto ser incorporada aos proventos da aposentadoria do funcionrio, quando percebida, ininterruptamente, durante os dois (2) anos imediatamente anteriores aposentadoria. Pargrafo nico - O clculo da quantia a ser incorporada ser feito com base na mdia aritmtica da gratificao percebida pelo funcionrio nos ltimos vinte e quatro (24) meses.

CAPTULO IX Das concesses Art. 170 - Sem prejuzo de vencimento, ou de qualquer direito ou vantagem, o funcionrio poder faltar ao servio at oito dias consecutivos, por motivo de: I - casamento; II - falecimento do cnjuge, pais, filhos ou irmos. Art. 171 - Ser concedido transporte famlia do funcionrio falecido no desempenho do servio fora da sede do seu trabalho. Art. 172 - famlia do funcionrio falecido ser concedido o auxilio funeral correspondente a um ms de vencimento ou provento. 1 - Em caso de acumulao, o pagamento do auxilio funeral corresponder ao vencimento do cargo de maior padro ou nvel exercido pelo funcionrio. 2 - A despesa com o auxlio funeral correr a conta de dotao oramentria prpria 3 - O pagamento do auxilio funeral obedecer a processo sumrio, que dever ser concludo no prazo de quarenta e oito horas da apresentao do atestado de bito, incorrendo em pena de suspenso o responsvel pelo retardamento. Art. 173 - O vencimento e o provento no sofrero descontos, alm dos autorizados em lei ou regulamento. Art. 174 - Ao funcionrio matriculado em estabelecimento de ensino mdio ou superior, ser concedido, sem prejuzo da durao semanal do trabalho, um horrio que lhe permite a freqncia s aulas, bem como ausentar-se do servio sem prejuzo dos vencimento e demais vantagens, para submeter-se a prova ou exame, mediante apresentao de atestado fornecido pelo respectivo estabelecimento. Art. 175 - Ao funcionrio matriculado em qualquer unidade escolar que necessite mudar de domicilio para exercer cargo ou funo pblica, ser assegurada matricula em estabelecimento estadual de ensino na nova sede, independentemente de poca ou da existncia de vaga. Pargrafo nico - A concesso de que trata este artigo extensiva ao cnjuge e filhos consangneos, afins ou adotivos do funcionrio. Art. 176 - O Governo poder conferir prmios ao funcionrio autor de trabalho considerado de interesse pblico ou de utilidade para a administrao. Art. 177 - O funcionrio poder ser contratado, no interesse do servio, para funo tcnica especializada. 1 - Enquanto durar o contrato ficar suspensa a relao estatutria, executada a aplicao das normas contidas nos ttulos V e VI deste Estatuto. 2 - Fica assegurado ao funcionrio o direito de reassumir, a qualquer tempo, o seu cargo efetivo, contando-se para todos os efeitos legais, o respectivo tempo de servio. Art. 178 - Art. 178 O servidor poder afastar-se de suas funes, para estudo ou para servir em organismo internacional com o qual o Brasil mantenha vnculo de cooperao, desde que previamente autorizado pelo Governador do Estado, ou Secretrio de Estado por ele delegado. (Nova redao dada pela Lei Complementar n 140/2009).19

1 - O afastamento para estudo dar-se- sem prejuzo da remunerao, excludas as vantagens inerentes ao efetivo exerccio do cargo, desde que o servidor tenha sido aprovado em processo de seleo junto a instituio de ensino e mediante assinatura de termo de compromisso. (Nova redao dada pela Lei Complementar n 17/1996). 2 - O afastamento referido no pargrafo anterior, sem prejuzo das hipteses de curso de menor durao, dar-se- nos seguintes prazos: (Nova redao dada pela Lei Complementar n 17/1996). I para curso de especializao, por 18 (dezoito) meses, prorrogveis por mais de 3 (trs) meses; II para curso de mestrado, por 30 (trinta) meses, prorrogveis por mais 6 (seis) meses; III para curso de doutorado, por 48 (quarenta e oito) meses, prorrogveis por mais 6 (seis) meses. 3 - Constar do termo de compromisso referido no 1 deste artigo a obrigatoriedade de permanncia do servidor pblico no Estado de Pernambuco, no rgo de origem ou em lotao conforme sua especializao, por perodo igual ou superior ao do afastamento, sob pena de ressarcimento ao Estado dos vencimentos pagos durante o perodo. (Nova redao dada pela Lei Complementar n 17/1996). 4 - Em nenhuma hiptese ser permitido o afastamento se no for demonstrada a correlao dos estudos com as atribuies do cargo exercido pelo servidor. (Pargrafo acrescentado pela Lei Complementar n 17/1996). 5 O afastamento dar-se- sem vencimentos quando se tratar de servio em organismo internacional. (Pargrafo acrescentado pela Lei Complementar n 17/1996 e alterado pela Lei Complementar n 140/2009). 6 O deferimento do pedido de afastamento condiciona-se, ainda, convenincia do servio e ao interesse da Administrao Pblica. (Pargrafo acrescentado pela Lei Complementar n 140/2009). 7 O servidor poder afastar-se do Estado para misso oficial, quando previamente autorizado pelo Governador do Estado. (Pargrafo acrescentado pela Lei Complementar n 140/2009).

CAPTULO X Da assistncia e da previdncia Art. 179 - O Estado prestar assistncia ao funcionrio e sua famlia. Art. 180 - Entre as normas da assistncia incluem-se: I - Assistncia mdica, dentria, hospitalar e alimentar, alm de outras julgadas necessrias, inclusive em sanatrios e creches; II - Providenciar, seguro e assistncia judiciria; III - Financiamento para aquisio de imvel destinado a residncia; IV - Cursos de aperfeioamento e especializao profissional; V - Centros de aperfeioamento moral, social e cultural do funcionrio e famlia, fora das horas de trabalho. Art. 181 - Leis especiais estabelecero os planos e as condies de organizao e funcionamento dos servios assistenciais, assegurando aos funcionrios o direito de representao nos conselhos deliberativo e fiscal do respectivo rgo de previdncia. Pargrafo nico - A representao de que trata este artigo ser atribuda a um funcionrio, contribuinte do IPSEP, para cada colegiado, escolhido pelo Governador em lista trinmine, apresentada pela Federao das Associaes de Servidores Pblicos em Pernambuco - FASPEPE.

CAPTULO XI Do direito de petio Art. 182 - assegurado ao funcionrio o direito de requerer ou representar. Art. 183 - O requerimento ou representao ser dirigido, por intermdio da autoridade a que o funcionrio estiver diretamente subordinado, competente para decidi-lo. 1 - Quando a autoridade a quem for apresentado o requerimento ou a representao no tiver competncia para a deciso, encaminha-lo-, no prazo de dez dias, devidamente informado a quem detiver a competncia. 2 - A autoridade competente dever decidir o requerimento ou a representao no prazo de trinta dias, a contar do recebimento, ressalvada a necessidade de diligncia quando o prazo se iniciar do conhecimento da concluso da diligncia. Art. 184 - Da deciso caber, no prazo de trinta dias, pedido de reconsiderao, que no pode ser renovado.20

Art. 185 - Caber recurso: I - do indeferimento do pedido de reconsiderao; II - da deciso que julgar recurso interposto; 1 - O recurso ser interposto no prazo de trinta dias, perante a autoridade que tiver de proferir a deciso e julgado pela autoridade imediatamente superior. 2 - No encaminhamento do recurso, a autoridade recorrida observar o prazo estabelecido no 1 do Art. 183. Art. 186 - Ser considerado tacitamente indeferido o requerimento, a representao, pedido de reconsiderao ou o recurso que no for decidido dentro do prazo de quarenta e cinco dias a contar da data de seu recebimento pela autoridade competente para deciso, salvo em caso que exija a realizao de diligncia ou parecer especial. Pargrafo nico - No caso de diligncia ou parecer especial, o prazo previsto neste artigo ser acrescido de mais quinze dias improrrogveis. Art. 187 - O funcionrio decai do direito de pleitear na esfera administrativa: I - em cinco anos, quanto aos atos de que decorra perda do cargo, de vencimento ou vantagens pecunirias ou cassao de aposentadoria ou disponibilidade; II - em cento e vinte dias, nos demais casos. Art. 188 - Os prazos para pleitear na esfera administrativa, pedir reconsiderao e interpor recurso sero contados a partir da publicao, no rgo oficial, do ato ou deciso impugnados ou, quando de natureza reservada, da data da cincia do interessado: Art. 189 - Contar-se-o por dias corridos os prazos previstos neste Estatuto. Pargrafo nico - No se computar no prazo o dia inicial, prorrogando-se vencimento que incidir em sbado, domingo ou feriado para o primeiro dia subseqente.

TTULO V Do regime disciplinar CAPTULO I Da acumulao Art. 190 - vedada a acumulao remunerada exceto: I - a de Juiz e um cargo de professor; II - a de dois cargos de professor; III - a de um cargo de professor com outra tcnico ou cientfico; IV - a de dois cargos privativos de mdico. (VIDE CF/88 dois cargos ou empregos de profissionais de sade e no apenas de mdico) 1 - Em qualquer dos casos, a acumulao somente permitida quando haja correlao de matrias e compatibilidade de horrios. (VIDE CF/88 no h mais necessidade de correlao de matrias) 2 - A proibio de acumular se estende a cargos, funes ou empregos em autarquias, empresas pblicas e sociedades de economia mista. 3 - A proibio de acumular proventos no se aplica aos aposentados, quanto ao exerccio de mandato efetivo, cargo em comisso ou contrato para prestao de servios tcnicos ou especializados. Art. 191 - O funcionrio no poder exercer mais de uma funo gratificada nem perceber estipndio pela participao de mais de um rgo de deliberao coletiva salvo, neste ltimo caso, quando tiver a condio de membro nato ou quando o exercido em um deles seja em decorrncia do outro. Art. 192 - Verificada em processo administrativo acumulao proibida e comprovada a boa f, o funcionrio optar por um dos cargos. Pargrafo nico - Provada a m f, o funcionrio perder todos os cargos.

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CAPTULO II Dos Deveres Art. 193 - So deveres do funcionrio, alm do desempenho das tarefas cometidas em razo do cargo ou funo. I - assiduidade; II - pontualidade; III - discrio; IV - urbanidade; V - lealdade s instituies constitucionais; VI - obedincia s ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; VII - observncia s normas legais e regulamentares; VIII - levar ao conhecimento da autoridade superior irregularidade de que tiver cincia em razo do cargo ou funo; IX - zelar pela economia e conservao do material que lhe for confiado; X - providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento individual a sua declarao de famlia; XI - atender prontamente s requisies para defesa da Fazenda publica e expedio de certides requeridas para defesa de direitos e esclarecimentos de situaes; XII - guardar sigilo sobre documentos e fatos de que tenha conhecimento em razo do cargo ou funo.

CAPTULO III Das proibies Art. 194 - Ao funcionrio proibido: I - exercer, cumulativamente, dois ou mais cargos ou funes pblicas, salvo as excees previstas em lei; II - referir-se de modo depreciativo, em informao, parecer ou despacho s autoridades ou atos da administrao pblica, podendo porm, em trabalho assinado critic-los do ponto de vista doutrinrio ou da organizao do servio; III - retirar, sem previa autorizao da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartio; IV - promover manifestao de apreo ou desapreo e fazer circular ou subscrever lista de donativos no recinto da repartio; V - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal em detrimento da dignidade da funo; VI - coagir ou aliciar subordinados com objetivo de natureza politico-partidria; VII - participar de gerncia ou administrao de empresa comercial ou industrial, salvo rgo da administrao pblica indireta; VIII - exercer comrcio ou participar de sociedade comercial, exceto como acionista cotista ou comanditrio; IX - pleitear, como procurador ou intermedirio, junto s reparties pblicas, salvo quando se tratar de percepo de vencimento ou vantagem de parente consangneo ou afim at o segundo grau; X - praticar usura em qualquer de suas formas; XI - receber propinas, comisses, presentes ou vantagens de qualquer espcie, em razo do cargo ou funo; XII - cometer a pessoa estranha repartio, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de encargos que lhe competir ou a seus subordinados; XIII - promover direta ou indiretamente a paralisao de servios pblicos ou dela participar; XIV - aceitar comisso, emprego ou penso de governo estrangeiro, sem prvia autorizao do Presidente da Repblica; XV - celebrar contrato com a administrao estadual quando no autorizado em lei ou regulamento; XVI - receber, direta ou indiretamente, remunerao de empresas que prestem servios Repartio onde lotado.

CAPTULO IV Da responsabilidade Art. 195 - Pelo exerccio irregular de suas atribuies, o funcionrio responde civil, penal e administrativamente.

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Art. 196 - A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo que importe prejuzo Fazenda Estadual ou a terceiros. 1 - O ressarcimento do prejuzo causado Fazenda Estadual no que exceder os limites do seguro fidelidade, quando houver, e, falta de outros bens que respondam pela indenizao, poder ser liquidado mediante desconto em prestaes mensais no excedentes da dcima parte do vencimento do funcionrio; 2 - Tratando-se de dano causado a terceiro, responder o funcionrio perante a Fazenda Estadual em ao regressiva proposta aps transitar em julgado a deciso que houver condenado a indenizar o terceiro. Art. 197 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenes imputados ao funcionrio como tal. Art. 198 - A responsabilidade administrativa resulta de ao ou omisso do desempenho do cargo ou funo e no ser elidida pelo ressarcimento do dano.

CAPTULO V Das penalidades Art. 199 - So penas disciplinares: I - repreenso; II - multa; III - suspenso; IV - destituio de funo; V - demisso; VI - cassao da aposentadoria ou disponibilidade. Pargrafo nico - A enumerao constante deste artigo no exclui a advertncia verbal por negligncia ou falta funcional outra a que se tiver de impor penalidade mais grave. Art. 200 - Na aplicao das penas disciplinares, sero consideradas a natureza e a gravidade da infrao, os danos que dela provierem para o servio pblico e os antecedentes do funcionrio. Art. 201 - A repreenso ser aplicada por escrito, nos casos de desobedincia ou falta do cumprimento do dever. Art. 202 - A suspenso, que no exceder de trinta dias, ser aplicada em casos de: I - falta grave; II - reincidncia em falta punvel com a pena de repreenso; III - transgresso do disposto nos itens II, III, IX e XII do Art. 194. Pargrafo nico - Quando houver convenincia para o servio, a pena de suspenso poder ser convertida em multa, na base de cinqenta por cento por dia de vencimento, obrigado o funcionrio a permanecer no servio. Art. 203 - A destituio de funo ter por fundamento a falta de exao do cumprimento do dever. Art. 204 - A demisso ser aplicada nos casos de: I - crime contra a administrao pblica; II - abandono de cargo; III - insubordinao grave em servio; IV - incontinncia pblica e escandalosa, vcio de jogos proibidos e embriaguez habitual; V - ofensa fsica a pessoa, quando em servio, salvo em legtima defesa; VI - aplicao irregular do dinheiro pblico; VII - revelao de segredo conhecido em razo do cargo ou funo; VIII - leso aos cofres pblicos e dilapidao do patrimnio estadual; IX - corrupo passiva nos termos da lei penal; X - reincidncia em falta que deu origem aplicao da pena de suspenso por trinta dias; XI - transgresso ao disposto no item I do Art. 194, combinado como Pargrafo nico do Art. 192 deste Estatuto; XII - transgresso ao disposto nos itens V, VI, VII, VIII, X, Xl, XIII, XIV, XV e XVI do Art. 194; XIII - perda da nacionalidade brasileira;23

XIV - sessenta dias de falta ao servio, em perodo de doze meses, sem causa justificada, desde que no configure abandono de cargo. Pargrafo nico - Considera-se abandono de cargo a ausncia ao servio sem justa causa, por mais de trinta dias consecutivos. Art. 205 - O ato da demisso mencionar a causa da penalidade. Art. 206 - Atendida a gravidade da falta, a demisso quando fundamentada nos itens, I, VI, VII, VIII e IX do Art. 204, ser aplicada com a nota "a bem do servio pblico", que constar do respectivo ato. Pargrafo nico. A demisso com a nota a bem do servio pblico impede a participao do ex-servidor em concurso pblico para provimento de cargo, emprego ou funo na administrao direta e indireta estadual ou sua nomeao ou designao para cargos comissionados e funes de confiana. (Pargrafo acrescentado pela Lei Complementar n 47/2003). Art. 207 - Ser cassada a aposentadoria ou a disponibilidade nos seguintes casos; I - falta punvel com a pena de demisso, quando praticada ainda no exerccio do cargo ou funo; II - aceitao ilegal de cargo ou funo pblica, provada a m f; III - celebrao de contrato com a administrao estadual quando no autorizada em lei ou regulamento; IV - prtica de usura em qualquer de suas formas; V - aceitao, sem prvia autorizao do presidente da Repblica, de comisso, emprego ou penso de governo estrangeiro; VI - perda da nacionalidade brasileira. Art. 208 - So competentes para aplicao das penalidades disciplinares: I - O Governador, em qualquer caso e privativamente, nos casos de demisso e cassao de aposentadorias ou disponibilidade; II - os Secretrios de Estado e chefes de rgos diretamente subordinados ao Governador, em todos os casos, salvo nos de demisso e cassao de aposentadoria ou disponibilidade; III - os diretores de repartio, nos casos de repreenso e suspenso at oito dias. 1 - As autoridades competentes para a imposio de penalidade e os chefes de servio tero competncia para aplicar a advertncia verbal de que trata o Pargrafo nico do Art. 199. 2 - Da aplicao de penalidades caber pedido de reconsiderao e recurso na forma prevista no Captulo XI do Ttulo IV. 3 - A aplicao da pena de destituio de funo caber autoridade que houver feito a designao do funcionrio. Art. 209 - Prescrevero: I - em um ano, as faltas sujeitas pena de repreenso; II - em dois anos, as faltas sujeitas pena de suspenso; III - em quatro anos, as faltas sujeitas s penas de destituio de funo, demisso cassao de aposentadoria ou disponibilidade. 1 - A falta tambm prevista como crime prescrever juntamente com este. 2 - O curso da prescrio comea a fluir da data do fato punvel disciplinarmente e se interrompe pelo ato que determinar a instaurao do inqurito administrativo. Art. 210 - A aplicao da pena de suspenso por mais de quinze dias e das definidas nos itens IV, V e VI do Art. 199, ser precedida de inqurito administrativo, mesmo quando suspenso o vinculo estatutrio por motivo de contratao do funcionrio sob regime da legislao trabalhista.

CAPTULO VI Da Suspenso Preventiva e da Priso Administrativa Art. 211 - A suspenso preventiva at trinta dias poder ser imposta por qualquer das autoridades mencionadas nos itens I a III do Art. 208, desde que a presena do funcionrio possa influir na apurao da falta cometida. Pargrafo nico - A suspenso de que trata este Art. poder ser prorrogada por qualquer das autoridades mencionadas nos itens I e II do Art. 208, at noventa dias, aps o que cessaro os respectivos efeitos ainda que o processo no esteja concludo.

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Art. 212 - Cabe s autoridades mencionadas nos itens I a III do Art. 208 ordenar, fundamentadamente por escrito, a priso administrativa do responsvel por dinheiro e valores pertencentes Fazenda Estadual ou que se acharem sob a guarda desta, nos casos de alcance ou omisso em efetuar as entradas nos devidos prazos. (A priso administrativa p/ o servidor civil INCONSTITUCIONAL) 1 - A autoridade que ordenar a priso administrativa comunicar, imediatamente o fato autoridade judiciria competente e providenciar no sentido de ser realizado, com urgncia, o processo de tomada de contas. (A priso administrativa p/ o servidor civil INCONSTITUCIONAL) 2 - A priso administrativa no exceder de noventa dias. (A priso administrativa p/ o servidor civil INCONSTITUCIONAL) Art. 213 - O funcionrio ter direito contagem do tempo de servio correspondente ao perodo da priso administrativa ou suspenso preventiva: I - quando reconhecida a sua inocncia, hiptese em que ter direito ainda ao vencimento e vantagem do exerccio; II - quando o processo no houver resultado pena disciplinar ou esta se limitar repreenso; III - quando a suspenso preventiva ou priso administrativa exceder ao prazo de suspenso disciplinar aplicada.

TTULO VI Do processo administrativo e sua reviso CAPTULO I No Processo Administrativo Art. 214 - A autoridade que tiver cincia de irregularidade no servio pblico promover-lhe- a apurao mediante processo administrativo. Pargrafo nico - O processo administrativo compreende a sindicncia e o inqurito administrativo. Art. 215 - So competentes para instaurar o processo administrativo o Governador, Secretrios de Estados e os diretores de repartio. Art. 216 - A sindicncia ser instaurada quando a falta funcional no se revele evidente ou quando for incerta a autoria. Art. 217 - A sindicncia ser procedida por dois funcionrios designados mediante despacho da autoridade que determinar a sua instaurao, devendo ser concluda no prazo de vinte dias. Art. 218 - Da sindicncia poder resultar: I - o seu arquivamento, quando comprovada a inexistncia de irregularidade imputvel a funcionrio pblico; II - a aplicao da pena de repreenso, quando comprovada a desobedincia ou falta de cumprimento do dever; III - a abertura de inqurito administrativo, nos demais casos. Art. 219 - O inqurito administrativo ser promovido por uma comisso composta de trs funcionrios, designada pela autoridade competente. 1 - Ao designar a comisso, a autoridade indicar dentre os seus membros o presidente. 2 - Mediante portaria, o presidente da comisso designar um servidor pblico, de preferncia seu subordinado, para exercer as a funes de Secretrio. Art. 220 - O inqurito dever estar concludo, e decidido, no prazo de noventa dias, a contar da data da publicao do ato ou portaria de designao da comisso, prorrogvel por quinze dias, nos casos de fora maior. (Nova redao dada pela Lei Complementar n 47/2003). Pargrafo nico - A prorrogao do prazo previsto neste artigo ser autorizada pela mesma autoridade que houver determinado a instaurao do inqurito e por solicitao fundamentada do presidente da respectiva comisso. Art. 221 - Se, nos prazos estabelecidos no Art. anterior, no for concludo o inqurito, considerar-se- automaticamente, dissolvida a comisso, devendo a autoridade proceder a nova designao na forma do Art. 219. Art. 222 - Os membros da comisso, se necessrio ao andamento do inqurito, ficaro dispensados do desempenho das atividades normais dos cargos ou funes. Art. 223 - Se o funcionrio designado para constituir a comisso tiver motivo para dar-se por suspeito, declara-lo-, em oficio, autoridade que o tiver designado dentro de quarenta e oito horas, contadas da publicao do ato ou portaria de designao. 1 - Considerar-se- procedente a argio, quando o funcionrio designado demonstrar ser parente, consangneo ou afim at o 3 grau, ou alegar ser amigo ntimo ou inimigo capital de qualquer dos indiciados. 2 - Procedente a suspeio, a autoridade designar nova comisso substituindo o funcionrio suspeito.25

3 - A improcedncia da suspeio ser imediatamente comunicada ao funcionrio e o obrigar a participar da comisso. Art. 224 - Caber ao indiciado argir, de imediato, a suspeio de qualquer membro da comisso, desde que se configure com relao ao argente uma das hipteses previstas no pargrafo 1 do Art. anterior. 1 - A argio ser dirigida por escrito ao presidente da comisso, que dela dar conhecimento imediato ao argido, para confirm-la ou neg-la por escrito. 2 - Julgada procedente a suspeio, o presidente da comisso solicitar da autoridade que houver determinado a abertura do inqurito a substituio do funcionrio suspeito. 3 - Julgada improcedente a suspeio, o presidente da comisso dar conhecimento do incidente autoridade referida no pargrafo anterior, para deciso final. 4 - Se o argido de suspeio for o presidente, as atribuies definidas nos anteriores deste Artigo sero exercidas pelo membro da comisso de maior hierarquia funcional, ou quando de igual nvel, pelo mais idoso. 5 - O incidente, que no suspender o curso do processo, ser autuado em separado e, aps deciso final, apensado nos autos do inqurito. Art. 225 - Compete ao Secretrio organizar os autos do processo, lavrar nos termos e atas, bem como executar as determinaes do presidente da comisso. Art. 226 - A comisso dever proceder a todas as diligncias, convenientes, inclusive inquiries, recorrendo a tcnicos e peritos, quando necessrio. Art. 227 - Antes de encerrar a instruo e a fim de permitir ao indiciado ampla defesa, a comisso indicar as irregularidades ou infraes a ele atribudas, fazendo remisso aos documentos e depoimentos e s correspondentes folhas dos autos. Art. 228 - As testemunhas sero convidadas a depor, mediante ofcio em que se mencionaro dia, hora e local do comparecimento. 1 - Quando a testemunha for servidor pblico, o ofcio ser dirigido ao chefe da repartio. 2 - Se o servidor, regularmente notificado, deixar de comparecer sem motivo justo, o presidente comunicar o fato ao chefe da repatriao onde aquele tiver exerccio, para as providncias cabveis. Art. 229 - As percias sero realizadas, sempre que possvel por perito oficial ou funcionrio pblico estadual que tiver habilitao tcnica. 1 - Inexistindo perito oficial ou funcionrio pblico nas condies de que trata este artigo, o exame ser realizado por pessoa idnea escolhida, de preferncia entre as que tiverem habilitao tcnica. 2 - Ressalvada a hiptese de perito oficial, os demais prestaro perante o presidente da comisso, o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo, sob pena de responsabilidade. 3 - Desde que acarrete despesa, a realizao de percia por perito no oficial, depende de autorizao prvia de autoridade competente. Art. 230 - Nenhum documento ser anexado aos autos, sem despacho do presidente, ordenando a juntada. Pargrafo nico - S poder ser recusada a anexao de documento por deciso fundamentada. Art. 231 - Identificado o responsvel e apuradas a natureza e a extenso das irregularidades, a comisso relacionar as infraes a ele atribudas, fazendo remisso aos documentos e depoimentos e s correspondentes folhas dos autos. Art. 232 - Cumprido o disposto no artigo anterior, o presidente da comisso determinar a citao do indiciado, para no prazo de dez dias, apresentar defesa, sendo-lhe facultada vista do processo na repartio. 1 - No caso de dois ou mais indiciados, o prazo ser comum e de vinte dias. 2 - Achando-se o indiciado em lugar incerto, ser chamado por edital, com prazo de quinze dias. 3 - O edital a que se refere o pargrafo anterior, alm de publicado no rgo oficial, ser afixado em lugar acessvel ao pblico, no edifcio onde a comisso habitualmente se reunir. 4 - Mediante requerimento do indiciado, o prazo de defesa poder ser prorrogado pelo dobro, para diligncias reputadas imprescindveis. Art. 233 - No caso de indiciado revel, ser designado para defend-lo um funcionrio, sempre que possvel da mesma classe e categoria. Art. 234 - Com a defesa, o indiciado oferecer as provas que tiver, podendo, ainda, requerer as diligncias necessrias comprovao de suas alegaes. Art. 235 - Recebida a defesa de todos os indiciados e realizadas as diligncias, a comisso elab