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o * An no VilRio de Janeiro, Quarta-feira, 23 de Outubro de 1912N. 368 * ESTE JORNAL PUBLICA OS RETRATOS DE TODOS 1SSIGNANTE VINGANÇA JUSTA 3) Como ella não gosta de musica... 4.-..correu com os artisias. ú vassourada... Juraram elles viu- Soda0m0 pedia ° procedH fE como alugava com- ' „&*- . modos... r>)...foi o musico mais pe- queno. que ella não conhecia, alugar um 7) Depois os músicos fora-n locar á janella- an- cho Jc Contas a^sma___ REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: RUA DO OUVIDOR 164-RIO DE JANEIRO Publicação MALHOlumm ,v„U„, «o» rei*; .*—•*- 5°° réi"

ESTE JORNAL PUBLICA OS RETRATOS DE TODOS 1SSIGNANTE ...memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00368.pdf · 1 v^mÊm^Ljp^^^ li™ activar ou ac- mento inverso, isto é, que a dobra

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o * An no Vil Rio de Janeiro, Quarta-feira, 23 de Outubro de 1912 N. 368*

ESTE JORNAL PUBLICA OS RETRATOS DE TODOS 1SSIGNANTE

VINGANÇA JUSTA

3) Como ella não gosta demusica...

4.-..correu com os artisias. úvassourada... Juraram elles viu-Soda0m0 pedia ° procedH

fE como alugava com- ' „&*-. modos...

r>)...foi o musico mais pe-queno. que ella não conhecia,alugar um

7) Depois os músicosfora-n locar á janella- an-cho Jc Contas a^sma___

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: RUA DO OUVIDOR 164-RIO DE JANEIROPublicação d© MALHO lumm ,v„U„, «o» rei*; .*—•*- 5°° réi"

BURRO INFERNAL Io tico-tiI:

£,. ^NMNfci. **rym

Ia ü r PsV^'

1) Cabeçudo, um burro como nãojhavia outro, era tao bravo e resabiado...

2).. .que Aíacíjcão.seu dono, para omontar se servia de uma escadinha demão. Mas, logo que elle montava..

's).. .Cabeçudo abaixava-se, mett>;Ifocinho no chão e depois...

i—y—-.V ;ÍÉi:i:».iiÍs(siV•4)...de repente,em pinava-se. Acam

balhota era sempre certa e tantasvezes Macacão esmurrou o nariz..

5)...que resolveu arranjar umacarrocinha para ir nella,puxado peloburro. Mas o maldito...

6).. .apenas se viu entre varaes.Çpiou o freio nos dentes e partiu á oifilada...

C^-O "**»v - «***#* /**», »» , ^ WWjtt

7).. .despedaçando tudo que encontrava á sua passagem. Causou tanto damno que toda a gentedo logar o perseguiu á paulada e á pedrada. Mas Cabeçudo não parou e...

~* __--^8] .continuaria na desesperada carreira se ura

camponez lhe não arremessasse certeira setta, fa-zendo com que..

9)...Cabeçudo ficasse preso a dous postes docamin110'as enormes orelhas atravessadas pela setta.

s O TICO-TICO

EXPEDIECondições da assignatura:

interior: 1 anno 11$000 —6 mezes 6$000xterior: 1 anno 20$000 —6 mezes li$000

Numero avulso, 200 réis. Numero atrazado, 500 réis

As assignaturas começam em qualquer tempo,mas terminam cm Junho c Dezembro de cada anno.Uno serão acccilas por menos de seis mezes,

A importância das assignaturas deve ser remet-tida em caria registrada, ou em vale postal, para arua do Ouvidor, IC-I. — A Sociedade Anonyma OMalho.

Edição ; 24 paginas

^Sr^Q-vra /£. /—^/T^&n1 7n\x\

JSkSwSí

^\j®\jê

engenheirossiçao). Ha, p,1íoi ha mãí &

Meus netinhos:Para certos trabalhos, planos,

traçados de mecânica, levanta-mehto de plantas de terrenos, etc,ha muitas vezes necessidade dese traçar no papel,arcos ou cordasde um numero exacto de graus.Servem para isso os reportadoresou tabellas (os arehitectos e os

Ita-os muito completos á sua dispo-m, um processo muito simples, queiçado por um professor, director de

uma Escola^í* Reinaria, se a memória não mefalha. N ,,. £

Traça-se J mente sobre uma folha depapel una cn '.

jr. \t que tenha 300 millimetros,ou 720 mi.llimetros se o \- -»el comportar.

O raio d'essa circumierencia será pois de57milli-metros,2.958ou U4millimetros, 5.916 ou em números; edondos 57 millimetros, 30 ou 114 millimetros 60.

Se se servirem do circulo de300 millimetros, cadamillimetro é correspondente aum grau. Se se fizer umcirculo de 720 millimetros cada dous millimetros cor-

*v

graú°nde a um grau e cacla millimetro a um meio

que^AIÜandoas medidas em millimetros de um arcose-hn,víei\traÇar.com auxilio de um compasso, ter-

Dpvf ertura dc um angulo com muito fraco erro.sobre\ ^ 'C0TV afeito, observar que,se por exemplo6&raus n,?mr -nciade 360 millimetros se tomaremrv„_,ub> OUSeiam A m;n: a „ „„«..-!., a r,5n p-rnrta-mente^T^3™ 6 millimetros, é a corda e não exacta-masadiíTpr^,rnmento do arco, que assim se obtém :crença e certamente muito menor que o erro

de apreciação,que resultaria do uso do reportador paratraçar, pequenas porções de arco.' Conhecem-se eíTectivãmente, asresultam entre o arco medido emcomprimento da corda.

differenças quemillimetros e o

^rcos Areosem Comprim. Differença Differensas médiasem mihi-- „™ c2r<2?in'entre o arco em fracções de

Para O I tx\\)jraus metros de 57 mill. e a corda millimetro,

mil!:1- 1 mill. 0,99998 0,00002 i/100000 de md\.2- 2 » 1,999S9 0,0001 1/ 10000 » »4- 4 » 3,999 0,0001 1/ 1000 » »6- 6 » 5,997 0,003 1/ 400 » >8- 8 » 7,994 0,006 1/ 150 » »

10- 10 9,987 0,013 1/ 80 » »12- 12 » 11,978 0,022 1/ 50 » »14- 14 » 13,965 0,035 1/ 30 » »16- 16 » 15,948 0,052 1/ 20 » »18- 18 » 17,910 0,084 1/ 12 » »20' 20 » 19,899 0,101 1/ 10 • >

Como se vê pela tabeliã acima, até 20 graus paraumacircumferencia de 360 millimetros a differença éapenas da décima parte de um millimetro ! Seria daquarta parte de um millimetro com uma circumfe-renciaduas vezes maior.

Quando ha a traçar grandes ângulos pó-le-se operar por addição ou 'differença

[sommando ou diminuindo] Pódem-se traçar sem medida especial angu-los de 90, 30 ou 45 graus.Se se tiver necessidade de se traçar um angulo de90 graus se accrescentcm 6 graus tomados sobre acircumferencia.

Se se tivemos de traçar 120 graus, tomam-se 90X90[noventa mais noventa) e depois 4 graus na circumfe-rència.

Se se quizerem ter 37 graus, tomam-se ou 30 eacerescentam-se 7 ou 45 e diminuem-se 8 graus, sem-pre tomados a compasso sobre a circumterencia.

Assim, pois, por este meio, excessivamente sim-plificado podem traçar os ângulos seja qual fôr o seutamanho.

Vovô

WF7±> Vv iaCmfS&iSR *-

Angelina, Palmyra, José e Julia, filhos ao ¦do Brandão, commerciante em b. rau

O TICO-TICO 4

I |8w£PDm| i||í/xis« Pode-se para desdobra-se depois proceciendo-se ao dobra-1 v^mÊm^Ljp^^^ li™ activar ou ac- mento inverso, isto é, que a dobra o' rs seja

Pode-se paraaclivar ou ac-cender o fogo,fazer-se um foi-le de papel, queprestará reaesserviços, nocaso, quemuitas vezes sedá, de não seterá mão esseutensílio.

Serve paraisso uma fo-

lha de papel bastante resistente mas não muitoencorpado. Faz-se d'c*le, cortand» á tesoura,um quadrado perfeito e dobra-se esse qua-drado pelas diagonaes a e, b d (fig. 1) quesão as linhas que alli se vêm, pontilhadas,sendo as dobras pelas linhas n ri e m m\íormando-se bem as dobras.

Fig. 5 Fig. c

«i? p—Tf

N '*.' //

X—L—jJ6 2

ebatida sobre a parte o' s o e a linha o' r s1sobre a parte o' s' o desdobra-se de novo.

Calcando fortemente as duas partes, se-guindo a linha r f faz se uma dobra e reba-tem-se, ao mesmo tempo que essa dobra, asduas dobras oro' ti, o r" o u sobre as parteso u o\o iC o' e obtem-se a figura G, que mos-tra em perspectiva as duas partes r f servin-do de pegas para os dedos fazerem lunc-cionar o folie.

SFig. 7 Fig. 8

Fig. 1 Fig. 2Dobra-se o quadrado em seguida de ma-

neira que todos os pontos n tC\ m em' se to-quem no centro (fig. )3 apoia-se sobre o todoÍjara

bem marcar as dobras, como mostra aigura 2.

Procede-se depois da mesma forma parao outro lado e obtem-se as figuras 7 e 8 (in-char e desinchar) do folie; as partes X sobrea fig. 7 mostram as ligaduras que se forma-ram por meio de dobras da figura 5.

Como geralmente acontece com estas es-pecies de trabalhos é mais difíicil explicar doque executar.

3

PARQUE FLUMINENSECompanhia Cinematographica Brazileira

Fig, 3 Fig. 4Rebate -se em seguida a dobra g contra a

parte f'ea dobra h contra a parte W (fig. 4)Obtem-se a figura 5. Abatem-se as dobras

triangulares o 1 p e o' r" p1 contra as partesop o' e o p o\ as dobras bem accentuadas :

O presente coupon dáENTRADA GRATUITA

de primeira classe, noCINEMA PARQUE FLUMINENSE,

a um leitor d «O Tico-Tico», até10 annos de edade

O TICO-TICO

\1 ; ^ipirA natureza offerece aos meninos e meninas mui-

tos de seus pioductos com que podem fazer brinque-dos. Enadadespendem.Vejamos entre muitas cousasque se podem fazer com castanhas, as seguintes, deque damos desenhos ao lado :

Fies. 1 e 2—A Sra. Guignol e o palhaço—Pega-senuma castanha, tirando-lhe a casca. Com um cani-vete e sobre uma das faces da castanha, afunda-se,bem ao meio e de um e de outro lado, deixando quefique dos dous lados afundados uma parte saliente.Essa parte saliente é o nariz. Desenham-se os olhosa tinta paeta e a bocea com um lápis vermelho.

Os cabellos da Sra. Guignol fazem-se com lã emfio, preta, que se collocam como se vé na fig. 1 e porcima d'elle3 colloca-se um chapéu feito de um pedaçode renda e fitas.

Os cabellos do palhaço, como se vêem na fig. 2,são de lã vermelha. Pintam-se de vermelho, a lápis,o queixo, as faces e o nariz. Fica prompto pondo-lhe.um collarinho de papel.

Fig. 3 —Cauapeta—Corta-se ao meio a castanha.Faz-se um buraco bem ao meio na metade da casta-nha que se aproveita. Passa-se por esse buraco umphosphoro de cera a que se tira a cabeça e ligeira-mente aguçado na extremidade inferior A castanhaescolhida deve ser o mais redonda possível.

Fig. 4 —Cestinho — E' somente da casca da cas^tanha. Tira-se pelas duas partes da castanha, que épreciso cortar de um e outro lado, todo o miolo dacastanha. Para se fazer ,bem, basta olhar para afigura.

Fig. 5—A tartaruga—Escolhe-se uma castanhasobre o comprido, corta-se em duas, no sentido docomprimento e colla-se uma das metades em papel-cartão que, previamente, se terá cortado em formade tartaruga. Depois fingem-se os olhos, as patas, apequena cauda e a cabeça com iinta levemente ama-rellada. . _

Fig. 6 —O berço — Faz-se pelo mesmo systemaempregado para confeccionar o cestinho. .,

Fig. 7 — Pequena pregadeira — Faz-se da cai0ceda castanha, isto é, corta-se a castanha ao " tratira-se-lhes toda a sua polpa. Fazendo numa *}'"asmetade dous pequenos furos, unem-se as^ co1Io_metades por meio de um laço de &}*•."%.alfinetes,ca-se um estofo, que serve de pregaaeirau^dos dous lados.

O TICO-TICO 6"SR. X" E SUA PAGINACURIOSIDADES

UM INSECTO EXQUISITODe entre os insectos de fôrma exquisita é dienode notar-se o conhecido pelo nome de «Cavallo doDiabo», assim chamado pelos negros das Antilhaspor causa de sua fôrma phantastica. 'inglezes denominaram-o Walking stick, ou«Bastão andante»Esse insecto é de côr verde carregado muito se-

melhante á côr cia folhagem ou dos o-alhos de certasarvores e é devido a esta particularidade e também If.m J nSf* COm° Se Yô na fi&ura.queas aves passamjunto d'elle, sem o notarem e sem receio algum

UM LEITO CURIOSO

rjon^n0 CUrã S^avura aQui se vê, data da épocha daRenascença, fins do século XIV e princípios do séculoÒ^H^eSpec!,ede,tamPa disfarçada no docel doleito descia, na devida opportunidade, accionada poruma mola occulta e ia, a mesma tampa, imprensarentre ella e o leito propriamente dito a pessoa que

hendidaem í^^ni0'^0^^ m0d° SurPre"sôa morria fatalmente 'n^T^ada'- esmaSada- a Pes-fez assim numerosiSs1rnHeit? Cuja &ravura da™sum museu de^ma^cSe^TlSfa3. * PCrtenCe h°je a

JOGO DE EQUILÍBRIO

fórnSTSífm Sl&^ntffi^4 qUal fÔr a Suadous lápis bastante^mSí^cnr^^6^'^1111111que aqui damos, com aquellef ™, ",d'Car?desenho£arte _e cada umdos lapifq^ficT&&,'loquem, em cada um um copo, como egua°mente estáindicado na figura. O copo que está na mesa com osdous lápis conserva-se na mesma posição pois que nãoha forças deseguaes que o façam tirar d'ella e os dSusoutros que se introduzem nos lápis, operando-se comum certo cuidado e habilidade, sem grande esforço seda não cabe nesse espaço, é muito maior. No entan-

*

mantêm em equilíbrio, cousa que, á primeira vista <u»diria impossível fazer-se. pumeira, vista, seCURIOSA GEMMA DE OVO

^£,Mrfan}esJ---.' de Grenoble encontrou ha tem-pos, partindo um ôvo crú, de gal linha a mmm,lmesmo cia côr natural mas de fôrma' mufto curiosae completamente differente das outras. cunosaEssa gemma, como se vê da figura que damos,

i,

m^fiSrcomoZ^ràePmdee,nd°fdesdobra^ de fór-tros de comprimento a ' metr0 e ^ centime-

ILLUSÃO DE ÓPTICAtadaVpetesTmn^sTB C D1^

'" Uma CaÍXa represen"Colloquem em cima d'ella na gravura no »«-.«~.branco comprehendido entre essas linhas A RPrÇn

rPmarm°ed,a bcm P^uena- P°r exemplo um nicke^decem réis, dos pequenos e então hão de ver que a moe

l_-_-__-3

^J 1,

£ãc fitfayiassss-fe Sanasuma .Ilusão de óptica, illusão da9vista, effeito de <£"

i

52 B/BLTOTHECA DO "TITO-TICO" AVENTURAS EXTRAORDINÁRIAS DE TON BALIKAN 40

A única cousa que nos primeiros in-stantes pude constatar foi o ter reparadona posição exquisita em que ficou o rio.

Este, de facto, desusava mansamente so-bre a minha cabeça e as rodas do auto-movei estavam sobre mim rodando verti-gulosamente, talvez porque, pelo choque, omotor começara a funccionar.

O caso era dos mais sérios. Como veri-fiquei mais tarde, era eu que estava porbaixo do auto e o rio reflectia-se na tam-pa do motor, luzida como um espelho.

Eis porque o rio não cahiu sobre mim,livrando-me de uma bôa, e de um banhode chuva pouco saudável.

Mas vamos ao caso serio. Para me li-vrar, devia descarregar-me do auto, quedescansava todo sobre o meu arcabouço,mas não havia espaço. Devia atirar o ve-hiculo no rio.

Isso não, antes me atiraria eu ao rioque perder um tão precioso meio de trans-porte.

Pelas clareiras das rodas pude consta-tar que a poucos metros mais acima es-tava a borda do barranco, e para me verlivre, devia attingir aquelle logar.

Quem suspenderia o vehiculo até lá?As formigas?Só a pensar nellas sinto meus cabellos

arrepiados.Apalpei-me e dei-me por muito feliz en-

contrando em minhas algibciras quatrobombas de foguetes.

Era o que justamente fazia ao caso.Parece a primeira vista que os fogue-

tes nada têm que vêr com a minha si-tuação, entretanto, foram o imico meioque me rendeu a liberdade e tirou-me deum sarcophago novo modelo.

Amarrei as bombas com um estopime col!oquei-as em baixo de mim, ondecostuma-se receber os ponta-pés, logarcouraçado por uma série de callos, duroscomo aço.

Collocada a bomba, cheguei o estopimá scentelha do motor.

Quando ouvi a explosão, eu já estavano logar desejado, lançado como uma ba-Ia, e d'esta vez, bem direitinho, em pé,como um correcto ajudante de ordens.

Avarias, nenhumas, a não ser o fundode minhas calças, bastante chamuscado, euma meia choradeira, provocda por umdos foguetes, que era um rojão de la-grimas.

Em todo caso, melhor não podia sahir

e dei por muito bem empregados os fo-guetes do pranteado Theodoro Fulanoff.

Durante toda a viagem nunca me uti-lizara das lanternas, e do carbureto queas alimentava, cousas desnecessárias, de-vido á falta de fiscaes de vehiculos nasparagens australianas.

As lanternas só até então serviram-mede caçarolas, com resultados tão inespe-rados, que aos poucos fui perdendo a no-ção do verdadeiro destino d'ellas.

O carbureto, salvo algumas pedras que.eu ia roendo pelo caminho, para entreteros dentes, conservava-se intacto.

Porém, no intuito de evitar que algumagente deletério o estragasse e porque aslatas se achassem machucadas, com tan-tos choques, troquei as latas e passei emcada pedra de carbureto uma bôa camadade mellado, o qual é excellente para aconservação de inflammaveis que temem ahu mi dade.

Se eu tivesse coberto as formigas comuma camada de mellado, não teriam ex-plodido, causando a perda da almofada.

Mas é bom não pensar nestas cousasafflictivas, senão acabo por morrer detristeza no meio do carbureto, como ummicróbio pathogeno.

Concertados uns pequenos gastos no au-tomovel e tomada uma ligeira refeição detatu, sem mesmo tirar-lhe a casca, queservia de sopeira, dei marcha ao motor ealegremente continuei meu caminho.

O resto do dia passou-se sem inciden-tes, tão calmo, que tive ensejo de dormir,dirigir o auto e escrever minhas memóriasao mesmo tempo.

Ao limiar de uma floresta de serin-gueiras me vi obrigado a parar. Haviaalguma cousa entre duas seringueiras eque atravessava o caminho.

Por pouco que eu continuasse a avan-çar iria bater com o nariz no obstáculo,mas as minhas memórias já haviam che-gado ao fim da pagina e não haveria maisespaço pra relatar mais um desastre.

Ao approximar-me do obstáculo, fiqueiconvencido de que não se tratava de ou-tra cousa senão de uma enorme cobra, deuma giboia, prompta a cahir e enlaçar aprimeira victima que tivesse a má sortede passar por baixo d'aquelle arco detriumpho... da morte.

Ia sendo eu essa victima, mas fui pre-cavido, signal de qre o azougue que meserve de miolo está cm optimas condições,

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mento, que pôde ser plantada em qualquerposição, conseguindo sempre seguir a di-recção que lhe fôr dada.

Já por diversas vezes me aconteceu umestranho caso.

Parando com o automóvel por cima deuma pequena planta de Boato, apenas bro-tada, d'alli a poucas horas via-me obriga-do a descer do auto por uma corda, pois ovehiculo fora suspenso pela planta a con-sideravel altura, como um ninho de ce-gonha.

Ora, aconteceu que, enthusiasmado pelaoriginalidade d'esta planta phenomenal,

íffil/¦1

...um gigantesco cogumelo serviu-mede paraque"dasjuntei um bom punhado de sementes deboato, com o fim de presenteal-os a algumjornalista, e não havia outro objecto como qual eu tivesse mais cuidado.

Aconteceu também chegar á beira de umrio immenso, mas incompleto, por estardesprovido de pontes, caso em parte jus-tificavel por se ignorar que Tom Balikan,cedo ou tarde devia passar por lá.

Quando se tem necessidade de passarpor uma ponte e que esta não existe, con-vém deitar uma no logar por onde se querpassar.

Meu pensamento, entretanto, já estavado outro lado, mas eu e o automóvel nãosomos tão leves como o pensamento e aquestão é que até lá não vou sem ponte.

O tempo que esperei sentado á beirado rio, num redomoinho de idéas absur-

das, podia bem tel-o passado estudando en-genharia e uma dúzia de tratados, que en-sinam a construir uma ponte.

Tive um instante trágico, no desesperoarranquei da cabeça um punhado de ca-bellos, e entre os cabellos que se destor-ciam em minhas mãos crispadas, appare-ceu uma idéa.

Corri ao auto, tomei do embrulho ondeestavam guardadas as sementes de boato,e, escolhendo um logar próprio no pare-dão do rio, enterrei as sementes em sen-tido horizontal.

Não tive tempo de pôr terra por cimada semente, pois a planta já estava bro-tando.

Fiquei a vel-a crescer com extraordina-ria rapidez e fiz um calculo.

O boato crescia de um metro e meiopor hora, cada minuto deitava um galho,cada segundo, uma folha.

Ora, como o rio tinha a largura de unscento e cincoenta metros, em ioo horas,ou melhor, em quatro dias e quatro horas,a arvore teria alcançado a beira opposta.

Meu programma cumpriu-se á risca eno tempo marcado estava eu do outro la-do do rio, encostado ao meu automóvel,em pose para um retrato.

Duas vezes já as arvores têm contri-buido para atravessar um rio e de hojeem diante, para não estar muito a matutar,vou recorrer a este systema para vencerobstáculos de tal natureza.

Somente notei que o rio ha pouco atra-vessado não era novo para mim.

De facto, ainda existia perto de mimum certo cactus elástico que eu já haviaempregado para ser projectado á outrabeira.

Trabalho perdido, quatro mezes de via-gem e ainda no mesmo logar!

Tudo isso devido á falta de uma dire-cção fixa e determinada.

Estaria talvez escripto no livro do Des-tino que eu nunca chegaria ao mar, se-não atirando-me ao rio, como único re-curso.

Mas eu preso minha vida, que aindanão acabei de escrever, e seria pena queficasse a paginas tantas, interrompida, poruma morte estúpida e sem testemunhas.

Durante estas considerações atravesseio rio quatorze vezes e na deema quinta,fiquei parado no meio da ponte, esperan-do que a próxima semana me trouxesse,bons conselhos.

50 BIBLIOTHECA DO "TICO-TICO

CAPITULO XllUm excedente rebocador - Um barranco -Elevador explosivo - Como crescem as cobras

Esperei tanto, que a ponte apodreceu com excellente appetite, não desprezam umameaçava partir-se de am momento a ou- automóvel, com o relativo chauffcurtro, deixando-me cahir ao rio, sem pieda- Arrepiaram-se-me até as botas pelo mo-de pelos meus infortúnios. do de ser feito bolo de bacalhau para osimagine-se um coitado, admittamos, um monstros,pobre diabo como eu, encolhido num au- Confesso, tremi tanto, que sacudindotomovel, que por milagre equilibra-se so- com violência a ponte já apodrecida, apósbre uma ponte podre, ontre o ceu e um patatac da pragmática, o automóvelauysmo, em que criticas condições não se desprendeu-se, agarrado a mim, eu a elle,acflara> volteamos pelo ar, descrevendo curvas gra-

\{^^Á£^: gC- ¦

.os antropopnagos viram-se envolvidos em chammas

Era justamente esta a minha situaçãoafflictiva. O abysmo, o rio profundo, cujaságuas turvas e inquietas passavam porbaixo de mim, attrahindo-me irresistivel-mente.

De quando em vez as águas agitavam-se,espumavam, e revolvidas, deixavam appa-recer á superficie o medonho focinho deum hyppopotamo, um d'aquelles bichos quecernem por atacado c que, quando estão

ciosas e parábolas atrevidas.A circumvolução fielmente, descripta

conforme o programma cumpriu-se á ris-ca e acabou com um puff -magestoso naágua, levantando duas columnas d'agua,que foram molhar a ponte, alli ficando umjacaré dependurado, não sei como.

Julguei-me defunto e custou para queeu acreditasse que ainda continuava a des-frutar as vantagens da vida.

AVENTURAS EXTRAORDINÁRIAS DE TOM BALIKAN 51

O automóvel não foi ter ao fundo, de-vido aos pneumaticos que, cheios de ar,funecionavam magnificamente como sal-va-vidas.

O que porém, pouco me satisfazia eraa direcção que o automóvel ia tomando.

A correnteza arrastava-o, isso eu nãoqueria, não por me julgar offendido, aosaber que ia me utilizar de uma forçaalheia ao excellente motor, mas porqueesta viagem não estava marcada no meuitinerário.

Subir o rio: era isto que eu queria. Equando eu quero, a natureza, submissa,ajoelha-se a meus pés.Investiguei pela redondeza, lançando emroda üm olhar fulminante, á procura deum meio extremo para subir o rio, treparpelo paredão do primeiro barranco acces-sivel que encontrar e pôr-me a secco (semmetaphora).

Ora, isso não se obtém com a mesmafacilidade com que se formula um desejo.

O automóvel achava-se bem no meio dorio e faltava-me um leme para attingiruma das margens ou pelo menos um va-rejâo, para reprimir a impetuosidade dacorrenteza.

Tomei de uma corda, dei-lhe um nó cor-rediço, á gaúcha, e esperei o momentopropicio para laçar uma montanha ou ai-guma cousa, á qual pudesse me segurar,até chegarem os primeiros soecorros daEuropa.

De repente avistei á superficie das águasuma espécie de po ita de chifre, que iasubindo o rio.Estranhei o caso, podia ser uma mira-

gem, um effeito de contrastes, mas tiveque me render á realidade.

Era mesmo um chifre que subia o rio.Fiz voltear o laço e lancei-o com o acer-to de um gaúcho. O chifre estava la-çado.

O automóvel, puchedo pelo estranho re-bocador, começou a subir o rio, deixandoatraz de si um caminho de espumas sujas,como a consciência de meu avô.

Não posso precisar Quanto tempo durouesta viagem, a subir c rio, rebocado porum chifre, que mal < mal emergia daságuas.

Comecei a acreditar em submarinos, arummar mil historias estranhas, quai/do,de súbito, o chifre surgiu e com elle ap-pareceu á tona o seu dono, um rhinoce-ronte.

Quando o bruto deu pelo caso, ficou tãoenvergonhado por se ver ludibriado, ser-vindo de rebocador a um desconhecido,que sacudiu, com violência a corda, fa-zendo de mim e do auto o que eu fizerado laço.

Vti^...tive que me p»r de pernas p'ro ai

para evitar as verliyens

Volteamos em redor d'elle como um tor-velinho e com certeza iamos ter um fimantipathico se eu não resolvesse em tempocortar a corda.

Puchei pela faca e zaz... cortei a cor-da tão opportunamente que o automóvel,levado pela força centrifuga, foi atiradoao paredão, onde permaneceu sobre umbarranco.

E' difficil descrever a posição em quefiquei; não sabia se era o automóvel queestava virado ou se era eu que estava depernas para o ar.

O TICO-TICO

O LOBO DA FLORESTAT f

nin.iJ—H ^ '* muito tempo — era no tempo em que, comotodos sabem os animaes fallavam e as fadas se

^ disfarçavam, tomando a fôrma de diversos ani-mães para, no mundo, verem o que os homens

¦^ faziam e como elles procediam, afim de punirem oslílaus c recompensarem os bons. Nesse tempo vivia numa mi-seravel cabana, perdida no meio da floresta um pobre taman-queiro chefe de numerosa familia. Trabalhava desde pelamanhã até á noite a preparar o pau para os tamancos, quetambém fazia e ia semanalmente vender no mercado na ei-dade vizinha. Nessa epocha ainda a região que habitava eramuito pobre, porque os ricos não tinham o habito de ire-quentar suas praias e muitas vezes o pai Bernardo (era assimque o chamavam)) voltava do mercado para sua cabana,carregando de novo seus tamncos que não conseguira vendere que muito pesavam em seus doridos hombros. Acabrunhadopela mizeria, lançou-se sobre seu catre, desanimado, deixandosangrar seu coração trespassado pela dôr.emquanto Marianna,sua mulher e seus filhos, Julia, Graça, Luiza, Antônio, Ger-mano e tantos outros que sem duvida não lembram — eram

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...e com mel silvestre de abelhas...tantos os filhos !— o rodeavam pedindo : Pão ! Era de en-ternecer a alma mais endurecida, tão infeliz era aquellafamilia. Felizmente, tanta desgraça era um pouco attenuadapor Branquinha, uma bôa cabrinha que fornecia o leite, como qual, á falta de pão e com mel silvestre colhido na fio-resta, a pobre familia se alimentava. Durante esse inverno ri-goroso, a mizeria foi tão grande em casa da familia dotamanqueiro, que se viram obrigados a alimentarem-se combolotas. (frueto dos carvalhos, que se dá aos porcos), queiam colher debaixo das arvores que as produzem. Debaixo

e tal regimen de alimentação, todos ficaram tão magros,que parecia iam morrer de fome.— O leite de Branquinha — disse Bernardo — seccoulesde que ella não teve mais que comer, as bolotas quí'¦ agora eram nosso sustento vão acabar, porque os pro-> animaes, tão esfaimados como nós outros, as têmtambém comido, e eu pergunto a mim mesmo como pode-remos chegar ao dia de amanhã. Emfim! resignemo-nos,vamos dormir e talvez nós acordemos no Paraizo.

E depois d'estas palavras, cheias de tristeza c impre-gnadas de ternura, o pobre pai Bernardo abraçou seus ti-lhos, estendeu sobre suas cabeças suas mãos, como numaultima benção, e cada um se foi deitar no seu misero lei-to de folhas seccas. "Quem dorme, come, diz o provérbio".A noite fez com que os infelizes esquecessem as penas davéspera e as crianças sonharam com o Paraizo, em queestavam, rodeados de anjos, que lhes offereciam bons ace-pipes.

Amanheceu c o sol levantou-se do oriente, illuminandouma immensa toalha de neve, que cobria o campo. A brisasoprou fortemente e o frio era tão duro que mesmo aofogo se estava gelado. Já a claridade do sol entrava pelacabana dentro e o pai Bernardo, de ordinário tão madru-gador, não se mexia em seu catre de folhas seccas. Os filhos,inquietos, remexiam-se em suas camas, transidos de frio ctorturados pela fome. O caso era tão extraordinário queas pobres crianças volviam os olhos, inquietos e achavam-se possuidos de um vago receio.Ve], Quando a bôa mai Marianna foi chamar os filhos maistodosS nara ^Ue se levantassem e vestir os mais mocinhos,Que de V'rm os omos avermelhados da pobre mulher,olhos s'a

tCr cnoral^0 muito. F.lles a interrogaram com osKrande V

ousarem pronunciar palavra, presentindo haverdesgraça na pobre e misera choupana.-,.< =*!uancl0 todos já estavam a pé, Marianna, fazendo umsiorço para fallar, disse-lhes, com voz entrecortada de so-luços:

Meus filhos, o pai não pôde levantar-se, está doen-te, muito doente. E' preciso ter coragem. Antônio e Ger-

mano vão já á cidade chamar o medico e Julia e Graçavão á freguezia, á casa do reitor, pedir-lhe que venha aquio mais breve que lhe seja possível, pois o pai deseja fallar-lhe, não sei o que elle quer dizer-lhe. Vão todos e de-pressa!

As crianças partiram corajosamente atravez da nevee quando chegaram á pequena aldeia, indo pelos caminhosinais curtos, que tão bem conheciam, algumas mulheres do>'ogar, que conversavam, ao verem passar os míseros, olha-ram-os com certo ar de desprezo, não pensando sequerque muita seria a necessidade para elles se exporem aocaminho, por esse frio mortífero. Se o soubessem as mu-lheres, porque a gente do campo não é má, teriam com-paixão dos pobres meninos e tel-os-hiam soecorrido.

Felizmente o medico se encontrava em casa, tendo na-quelle instante entrado de ter ido fazer a visita a seusdoentes. Vendo os pobres portadores levantar o batenteuc sua porta, julgou fossem dous pequenos mendigos quefossem solicitar esmola e foi ter com elles para lhes daralgum dinheiro miúdo. Mas Antônio, com a fronte enru-gada, recusou, com um gesto, a esmola, agradecendo, com-tudo, e na sua linguagem pittoresca, de rude camponez,sem convívio nenhum, e disse-lhe qual o motivo que alli olevava e a seu pequeno irmão.Pobre homemsinho! — disse o medico, por entredentes. — Para a sua edade é bastante orgulhoso e cora-joso.

Depois, dirigindo-lhe-a^palavra:Já vou com vocês. Mas digam-me, já almoçaram?

Respondam sem hesitar e saibam que mentir é vergonhoso.Ainda não, senhor — responderam os dous irmãos,curvando as cabeças, como que envergonhados.Ora, é para já — disse o doutor. — Entrem nacozinha emquanto em vou preparar minha pharmacia por-tatil. Joanna — acerescentou elle com voz forte, dirigindo-se para a cozinha — depressa, uma bôa sopa e bem quentea esses pequenos. E, depois, a caminho!

As duas irmãs não tinham sido tão felizes, porque nãoencontraram o bom reitor, que tinha ido ouvir um mori-

— O /e//e de Branquinha* já seccou, porque ellanão tem que comer...

¦bundo. Mas, como a casa do reitor era uma verdadeira

casa de caridade, a velha criado scrviu bôa sopa ás duasmeninas e o mais que ellas quizeram e depois de as verbem reconfortadas, disse-lhes: c, rei-— Vão, minhas filhas, que logo que chegue o »r. r<=tor, lhe direi para ir visitar seu pai. { -0 cor.As duas irmãs partiram sob a acção de umtante. ,,

Iam por uma ruasinha estreita, coberta de palha, quan-

O TICO-TICO 10do gritos agudos chamaram sua attenção e lhes fizeramvoltar a cabeça na direcção de onde esses gritos partiam.

Perto da escola publica uma rapaziada infrene faziamaklades a um gato esfaimado, que tinha presa á caudauma enorme lata. Elles soltavam estrondosos clamores.

Naquelle momento o pobre animal escapava-se áquellahorda de perseguidores, trepando, como podia, pelo troncorugoso de um carvalho.

Alli mesmo os rapazes fizeram ao mísero animal toda asorte de torturas. A mais velha das duas irmãs era muitobondosa e não podia ver soffrer, mesmo um animal, e aoutra menina, não menos bondosa, também mostrava seupezar pelo que faziam os rapazes.

Querem deixar tranquillo esse pobre animal? — dis-se Julia, dirigindo-se com o punho cerrado para os endiabra-dos pequenos, quasi todos mais pequenos do que ella.

Ora, que mal faz isso ? Um gato vagabundo! Nãoé gente, podemos divertir-nos com elle — foi a respostade alguns d'elles.

Mas já a pequena distribuía soecos para a direita epara a esquerda, de modo que, em pouco tempo se viu só-sinha com a irmã, junto do tronco de carvalho. Chamou ogato. Este, desconfiado, conservava-se na arvore, não que-rendo descer. Vendo isto, a menina mais moça começoua chamar o gato, com voz muito meiga e para o decidira descer, mostrou-lhe um pedaço de presunto que lhe tinhadado a criada do abbade.

Cedendo á gula, ou talvez com um movei menos in-teresseiro, o que vamos ver no decorrer d'esta narrativa,o gato desceu de ramo em ramo, em passo cauteloso, masarrastando com ruido a lata ainda presa á cauda, que tantoo amedrontava.

Chegando junto das duas meninas, apoderou-se avi-damente de um pedaço de carne que ellas lhe chegaram•ao alcance do focinho.

Quiz de novo trepar á arvore, mas impedido pelo peso

' 3&" ____; ri (ím Ah*

• ..no Paraíso, onde lindos anjos...

da lata, suas garrasinhas de felino largaram a casca da ar-vore e elle foi cahir em terra, dando um miau de desespero.

De um pulo as duas irmãs foram para elle e com todasas precauções desataram o barbante que prendia a lata ácauda; e, tendo praticado esta bôa acção, livrando o pobreanimal d'aquelle Instrumento de tortura, o deixaram ir.

O gato, meio espantado, ficou um instante immovel edepois, olhando para as duas meninas com seus olhos re-dondos e phosphorecentes, embaulando o dorso, foi esfre-gar-se a seus pobres vestidos, com miaus de queixume.Se não fossemos tão pobres — disse a mais velhadas irmãs — levaríamos comnosco este gatinho.Sim, elle não me parece mau e certamente vai pas-sar ainda maiores misérias quando tivermos partido._- Certamente — disse a outra irmã.

Tenho uma idéa — acerescentou Julia — como osgatos se sustentam de ratos, toupeiras... não ha necessi-dade de lhe dar alimento...

_- Oh! então levemol-o e depressa — propoz a maisnova das irmãs — elle brincará comnosco, quando estiver-mos aborrecidas.

jTstá bem — consentiu a outra.-E, dito isto, o envolveu em seu avental, onde o gato

«e accommodou o melhor que poude, rosnando de prazertodo o caminho, por sentir um suave calor

Quando chegaram a sua cabana ja alli encontraram o

bom doutor, installado á cabeceira do doente. O infeliz iamorrer de fraqueza, que era o que mais o affectava.

O medico prodigalizava-lhe os cuidados que seu estadoexigia e graças a um pouco de vinho generoso, que semprelevava em sua pharmacia e que deu ao doente, este seachou muito melhor.

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Algumas mulheres do logar, q e conversavam...Isso não é nada, bom homem — disse o doutor. —

Com cuidado e bons remédios, dentro em pouco está forad'ahi.

O tamanqueiro olhou o medico tristemente, como quemqueria dizer:"Oh! sim! Então nunca me restabeleço! Onde hei deir buscar os remédios, com que dinheiro?"

O homem de sciencia, comprehendendo toda a angus-tia d'aquelle olhar, para não ferir o amor próprio do in-fatigavel trabalhador, acerescentou:

E' preciso que o meu amigo se ponha a pé quantoantes, porque tenho uma encommenda de tamancos de cer-ta importância, para os pobres do hospício, e como é decerta pressa, vou pagar adiantado; d'este modo obrigo-o acurar-se mais brevemente.

E alinhou sobre a tosca mesa desconjuntada uma por-ção de moedas de prata, que brilharam na sombra d'aquel-Ia miserável mansarda. Depois de ter feito suas recommen-dações quanto ao tratamento a seguir, o medico retirou-se.

O pai Bernardo olhava com espanto para aquelle di-nheiro e... parecia-lhe que só a vista d'elle lhe produziaum bem estar que, por assim dizer, o galvanizava.

Ah! sim, agora elle se curaria e depressa, estava cer-to d'isso.

Quando o velho reitor da freguezia entrou na crjanaficou admirado por encontrar o bom homem de boin as-pecto, se não curado physicamente, pelo menos, o moral re-confortado, cheio de confiança e de coragem.

Emquanto o reitor c o pai Bernardo estiveram em con-ferencia, Julia e Graça dirigiram-se para a lareira da co-zinha, onde sabiam se encontravam seus outros irmãos eirmãs. Era aquelle recanto o logar predilecto d'aquellascreanças, onde brincavam, onde passavam seus dias maus.

A' vista do gato que a rapariga tirou do avental, seusirmãos e irmãs estremeceram de alegria e aquellas creançasdisputaram entre si qual a que devia fazer-lhe mais afa-gos, mais amáveis caricias! E tanto fizeram, taes demonstra-ções foram de tal fôrma excessivas, que o gato, mostrandoseu enfado, distribuiu algumas arranhaduras, mas com cer-to geito, para que o deixassem cm paz.

;*<__^.i&_is_sDeitado sobre o dorso...

Tinham passado os dias maus. O pi' Bernardo resta-belecera-se, levantara-se, graças aos assíduos cuidados dobom e caritativo medico e ás visitas do di^no reitor.

Mas entre o padre e o medico, se o coração é grandea bolsa é muitas vezes pequena, e agora que o pobre ho-mem se achava bom, mais necessidades ia ter. De resto, otamanqueiro tinha-se entregado de novo ao trabalho e comona sua região se usavam tamancos durante o anno, pareciaque, com o trabalho, iam chegar melhores dias.

{Continua na pagina 15)

O TICO-TICO11

AVENTURAS DE KAXIMBOWNNA PANDEGOLANDIA

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reduzidos a farofa. Pippe comer. Porém Sabbado. que não estava pelos autos

Kaximbown não contava com o muque de S. M. <Pdu d' Água e recebeu tamanho cumprimento que os oss os se.lhe "oeram,oco», que era um mollusco, teve tanto receio que perdeu todos os sete sentidos, mais a falia e a vontade

mnin-. a™0/,0.!? x'mgar~se- F como andava sempre com os bolsos cheios de historias, puxou Por^aíírado pela careta quemuito amável, loi cumprimentar Sua Magestade Pau d'Água, que não gostou, manifestando o desapr .^..^e,

fez.

12 A LEGENDA DO MÁGICO O TICO-TICCo TICO-TICO A LEGENDA DO MÁGICO conclusão) 18

l) Numvirtuosade seus tquanto..

velho castello vivia uma nobre esenhora, entregue á educaçãorez filhinhos que adorava, em-

2)... seu marido devasso e jogador,passava a vida nas orgias, levandodo castello todo o dinheiro que haviae vendendo 'mesmo,

para satisfazeruas paixões, o que tinha de valor,

3) A pobre senhora muitas vezes choraiseus infortúnios, pois via que d'aquelmodo chegava a miséria e até a fome paseus filhinhos.

13} Ja desistiam de procurar mais.quando,emhm, o castellao poz a mão no sacco.Apoderou-se d'elle e. como sua mulherestava retirada nos seus aposentos...

... 14] mandou pelo criado chamaralguns amigos, jogadores como elle,aos quaes offereceu uma grande par-tida de jogo, nos baixos do castello.

15.J Perdendo logo grande quantia, recor-reu ao saquinho, nas soffreu grande dece-pção, pois, tendo-o visto cheio de moedasde ouro...

- «^ *- ,":, ' ^—^~ w " ..;¦ $[' :jl? Áa r"0 .( \ <S***J5ee£!r*\, ____• r-—-*** "

4) uma tarde' teqdo seu mando partidocom o ultimo dinheiro que havia, estavaella emballando seu filho de collo, foram-he dizer que um velho pedia agazalho nocastello

5).. .pois tinha sido "atacado na es-trada pelos ladrões, que o tinham mal-tratado. A bóa senhora, cedendo aosimpulsos de seu coração generoso,foi

t>).. .e depois tratou-o com o maior c*rinho, 'ficando elle em pouco tempo etíestado de seguir sua viagem.

16) ... quando o despejou sobre a mesa 17) ... e que parecendo terem sahido 18) Aos gritos que o castelão deu, pelasdojogod'elle apenas sahiram moedas de de um infernal brazeiro, quando o cas- dores das queimaduras correu sua mulher,cobre de Intimo valor. tellão-iogador lhes tocou, lhe queima-

ram asque.sabedora do que se passara e compre-hendendo tudo.

f/77%" ~™1 IPfl^M' í'í 7É1 ~77M K V/x |' 7a\ —~j/i flMjj :SàS? ~~~~i r-^v ^/^\í//%l 1^**^^^Tri-¦¦'¦'¦¦¦ ^\

7) Quando o velho ia partir, a nobresenhora foi a um esconderijo, dissimu-lado na parede e d'elle tirou um saquinhoem que juntara algum...

8).. dinheiro rara obras de caridade efoi oflerecel-o ao velho. Este,*que era'umfeiticeiro, recusou, sorrindo e pondo amão no saquinho, disse á sua bemfei-tora:

0 — Guarde seu dinheiro, nobre sen e*que o saquinho de ora avante, sempre Utara cheio de dinheiro em ouro.sua viagem.

E se

l9l. ¦.. em vez de reprovar a má acção domando, cuidou d'elle com a dedicação deuoa esposa que era.

20) Quando a virtuosa senhora contavaao marido a historia do sacco e do fei-ticeiro, elle cahindo em si compre-hendeu...

21)...seus deverese dear.tede um de seus antepassadosmento solemne de nunca ma

da armadura, fez o jura-is jogar...

10) A partir dcastello a abundcastellao, sem sanheiro, nada lhe

'aquelle dia reinou noanciã e bem-estar. E ober de onde vinha o di-revelando sua mulher...

71.. .interrogou um criado que. sob pro-messa de bôa recompensa lhe disse que asenhora, apparecia ás vezes com um saccosempre cheio de ouro,mas não sabia onde

aãaaaaaaaMaãaaaaaaaVella o .cuqiyHvT<aaaaaa—r

12) Durante muitas noites o castelãocriado percorreram todos os suMCIeSc0pes'do castello, exploraram todos osderijos, mas rada encontravam- ^

(Continua na .*>

.**) ...e elle mcioso sacopara o futuro u

smo foi coüocar o pre-no esconderijo, onde somentesua mulher23) E assim foi sempre. O saquinho

segundo o poder do feiticeiro, estavasempre cheio de ouro e á bóa senhoranunca faltou dinheiro não somente para-mil"

llkfii2''-"rS^vaUrdros

gidos da fortuna em

iam implo[J!. ,„caridade

ue e

os desprote-que, sabedo-da castellã,

Ha lhes dava,

^^^^^m^j^i hjMr^^^i^^iy^^m, ^^^a^aaí aaaaaaaal aaaãããããVaããl

14 MANDUCA, LOURO E PERRO O TICO-TICO

È--M

E SI

Rirhn^iHnT11 qm dÍa G seSur0LKSe ao «M»- ¦¦• abriu a portinhola e pôz-se a mexer no miuicno curioso... chinismo.T

O relógio perdeu o juizo e começou a dar horas como um doido. A família fi cou apavorada...

gnre<voEsdomivoCtl

I vafoiatéga;

... :. .:

Mas ha sempre um eustigo para os buliçosos. A corda desenrolou-s" e «n.Hin « ~o~ »j ^mpvin':nHa Ojri|do^|ndi^|mh^

;oís O TICO-TICO

t„mP,r agora íazia parte da família. Era, como se cos-Í«U T7,í;er' a alegria das creanças e a tranquillidade dos;"sJ„a' que gostava de bôa ordem em tudo, tinha postomancha e ?Te àz^ninho, porque a sua pelle, sem umaencontrar JrErta de neve como estava no dia era ^e oencontraram, fazia lembrar a de um arminho.rprt, Ímos confessar que Arminho usava esse nome comcerta nobreza e dignidade. Para não ser pesado á família

O galo, trepava pelo tronco rugoso de um carvalho

SfmP0ntaCn0Hnecra' IcVava Uma vida de Bentil-homem caçador,

provimos a C3Ça mÍUda qUC Caçava nos carnpo^„;-,»^

a°S àom'\nSos< mesmo para suavisar um pouco o re-gimen severo de alimentação que a família seguia, offe-™

aA aT ,para ? as,^ado do iantar> 1ue caçava nas ar-

ÍwmíT ar -d° dla' ia a esPera- como bom caçador.íí™' "° mais esPess? d° matto e deitado sobre o<iorso, patas ao ar, como se fosse, não o gato gentil-cacador'""por

dm/^ ^"í^' CSp«rava °* Pássaros qTíamctTrno E âuandn Z

^^ Para Pararem o abrigo no-cturno. fc quando c les passavam a seu alcance os aoanha-va com as garras, ia-os pondo de lado, escondidos neafo hagem secca, cah.da no chão, e continuava suas manobrasate ter certa porção Então voltava para a cabanacarrSgando a caça que, altivamente, escrupulosamente collocavana grande e desconjuntada mesa. stini ?n,^

B/rnardo e Marianna, sua mulher, supersticiososora pouco, ficavam maravilhados com as proezas d'aquelle:3fvei animal e olhavam para elle com uma espécie deouvir' V m,stura com alSum terror. Sabiam, por o teremvam a fTer a Sente que lia nos livros, que as fadas toma-soas e Pvnma e certos animaes para viverem entre as pes-

__ "Perimentarem-as. Aquelle gato dava-lhes que pensarvezes > -Z

notaste a maneira como elle olha para nós, ásestremprimPe.rglmtava Marianna ao marido, com um certod« S de terron ~ Dir-se-hia que seus olhos são«amentos. S occasioes e 1ue eI1e B claro os nossos pen-

mem^-_.MrU',her ~ respondia sentenciosamente o bom ho-j"rar a.„ f essa bocca- Eu se» tanto como tu, mas vouque Arminho nao passa de um animal!Maiores j"™3"10- ° tempo ia correndo, os dias já eramÇuiam de riA

"Se ,na estação em que as arvores se en-de Pai Bern^ iS e c?b"am de folhagem. O filho mais velho

a vida rnard0 e de Mananna estava em edade de ganhariam

mento doTanT^" °S trabalhos agrícolas e chegara o mo-fazenda ErX Se entresaa a elles, indo empregar-se numa2essem "suDoõr f SUa estatura e toda a sua compleição fi-

annos. v ter menos edade, elle ia completar dezoito

Pa> Bernardo t|'„^and?. os filhos Já todos accommodados,, Sentados i, ,„» mull?er conversavam.cn^ào ao que diriam ei?' Armi«>"> Parecia prestar at-Como ^ comprei'a,m seus donos e movia com as orelhas,p nendesse a conversa do marido e mulher.

•a- Estlverarn por muito tempo debaixo da chaminé e aidea da separação cruel de seu filho que, entretatno, se im-punha, fazia com que lagrimas, aliás silenciosas, cahissempelas faces dos desolados pais. Mas, emfim, não havia quehesitar; assim era preciso para allivio d'elles e também parao futuro do rapaz. Tomaram essa decisão irrevogável; nodia seguinte a cabana contaria a menos um morador. Ma-rianna preparou o farnel de seu filho, com algumas pro-visões, um queijo e um rolo de corda.a o dia seguinte, logo ao romper da manhã, pai Ber-nardo foi accordar seu filho Antônio e disse-lhe :

• ?mo Ja estas em edade de ganhar a vida, e comoaqui nada fazes, bem a nosso pezar eu e tua mãi, como jásabes, resolvemos que partas a empregar-te nos trabalhosagrícolas ou naquelles para que tiveres mais vocação,vais partir hoje mesmo, meu filho. Assim é preciso parafuturo"68

HaS despezas do sustento da família e para teuMananna que tinha chegado, chorando, apresentou o

llnlln? a arranjado para Antônio. E este, fazendo uma, w^ Ia de sua roupa, despediu-se de seus pais, que otrnam^"1 íí10™11,?0 e de seus irmãos, que abraçou e beijou™a"f„; «aquelle dia e nos seguintes, enquanto a dôr dabom taÇmanq0ÚeimoaiS mtenSa' SÓ h0UVe lagrimaS "a Cabana d°

menina1!:'0' ap,ezar da sua P°uca edade, que ainda parecia

em dfrecrU J 6 -COrpo franzino, era muito corajoso. Partiutudo era K,<..Pr!meira cidade «ne se encontrava, que, com-halhn p„bastantue distante, com a esperança de alli achar tra-Si™°m° " -muií° pensar e bom senso, já architectavarficnAr «L °,pr!meiro dinheiro que ganhasse e de que podessetrmU, ?ena applicado em comprar roupa para se ves-nais E alTCníemente e a outra metade mandava a seus bonspais. ü, assim faria sempre, auxiliando os seus.nho absn^T0 Pda extensa floresta fora, julgando-se sózi-rrurilhaHa ?CUS Pensamentos, quando na primeira en-"

lhe rff • • caminho,s appareceu á sua frente Arminho, que„„„f7ra'

roçando-lhe nas pernas e miando. Antôniollt n n

a acredltar no que via e julgou que o pobreSÍÍL i;,q Íes5e ac°mpanhar, provando sua gratidão por oterem livrado das diabruras dos garotos.Nem pensou em mandar o gato para a cabana, pois jáestavam muito distantes d'ella. '

Arminho muito contente, cabriolava de vez em quandodiante de Antônio, para o distrahir e assim o foi acompanhan-do. Como era ex.mio caçador, Arminho apanhou um lindopássaro vivo, que levou a Antônio, que o conservou, dando-lhe do pao que levava, que também partilhou com ArminhoAssim foram caminhando, o rapaz e o gato, levandoaquelle o pássaro, que se mostrava muito dócil, até que ca-hindo a noite, ainda se encontravam na mesma floresta '

^Uíspunha-se Antônio a passar alli a noite, deitado juntodo tronco de uma arvore, quando Arminho tomou por um es-trato carreiro olhando para elle e miando de uma maneiraCXCJUlSllâ.

Isto despertou a attenção do rapaz, que resolveu seguiro gato e foram andando até que elle parou á porta de umvelho castello, ainda na floresta

„a fb^sTa"^;11!^11116 ^ PaSSar alH a n0Íte melhor ««*Jortão0"fcaSSteellohe

C°nCedesSem ^ar'da' ° ™P- bateu aoVem abrir um gigante que conduziu o rapaz, seu gato eo pássaro, por extensos corredores, até que os deixou, sem

í^2— Ostar reconheces-me

proferir palavra, num grande quarto onde se encontrava umleito e uma mesa muito bem servida de bellos acepipes. Ogigante retirou-se.

Ia Antônio servir-se dos suceulentos pratos e dar decomer ao gato e ao pássaro, quando o gato saltou sobre amesa, muito de repente e cobriu com o corpo o prato de queo rapaz ja ia servir-se. Ao-mesmo tempo ouviu-se uma voz

O TICO-TICO 16

que dizia : "Não comas nada e não te deites sobre a cama,deita-te debaixo d'ella".

O rapaz, attonito, sem saber de onde partia aquella voz,obedeceu e, ao mesmo tempo, apezar de ser corajoso ficouaterrorisado.

Pela noite adiante Antônio que mal podia conciliar osomno mettido debaixo da cama, percebeu que se abria aporta do quarto. Alguém se dirigiu á cama. Effectivamenteera o dono do castello, que era o mesmo que fora abrir oportão, que sendo muito mau matava todas as pessoas quefossem pernoitar em seu castello. Era um gigante que sóestava satisfeito quando matava e que, dirigindo-se á cama,deu muitas espadeiradas. Julgando morto o rapaz, retirou-se.

Logo ao romper do dia o rapaz sahiu de debaixo da camae logo viu Arminho na sua frente e junto d'elle o pássaro.Arminho olhava-o ternamente e seus olhares pareciam termuito de humano, tal a bondade que reflectiam. Ao mesmotempo a mesma voz que á noite ouvira, voz que ao rapazparecia vir do logar onde estava o gato, disse : "Toma teuíarnel e tua trouxa e vai ter com o gigante, que é o Lobo daFloresta, muito conhecido pelas suas crueldades, mas nada teacontecerá de mal."

Antônio assim fez e o gigante ficou espantado quandoviu vivo o rapaz que julgava ter morto.

Arminho que não sahia de junto do rapaz, fallou-lhe eentão não mais elle duvidou que a voz amiga partia de seugato, voz que tinha o condão de ser ouvida somente poraquella pessoa a quem era dirigida. Essa voz dizia : "Pedeao gigante para ficares ao seu serviço e deixa correr ascousas."

Quando Antônio formulou seu pedido, o Lobo da Fio-resta, disse-lhe ;

Pois bem, vamos ver isso. Vou submetter-te a trezprovas e se te sahires bem d'ellas, ficarás a meu serviço e atéfaremos um contracto.

O rapaz, obedecendo a secreta inspiração acceitou.Temos de sahir, — disse o Lobo, — porque não é a

britar nozes que eu te provoco.Quando chegaram á clareira da floresta o Lobo^agarrando

num immenso penedo o levantou no ar, como se nada fosse edeixou-o cahir no solo, onde se fez em mil pedaços.

Faz o mesmo que eu fiz, rapazelho — disse o gigantecom despreso.

Ora ! — respondeu o rapaz, sem se desconcertar — issonão é nada 1

Ah ! — roquejou o gigante — vejamos o que fazes !...Antônio fez menção de procurar uma grande pedra, a

seu geito; depois tirando de sua jaqueta o queijo que aindalevava, lançou-o com tal vigor contra a poeira, que elledesappareceu completamente, sem deixar vestígios, como sese tivesse fundido.

O Lobo, ficando estupefacto com tal proeza, disse :Isso não é mal feito, vale bem pelo que eu fiz, mas

vamos ao melhor.E empunhando um enorme calhau, o arremessou com tal

violência, que elle descreveu uma parábola por cima das gran-des arvores da floresta, indo cahir a grande distancia.

— Faz o mesmo, ou cousa que tenha o mesmo valor —ordenou o lobo.

Na minha terra, os rapazes fazem melhor que isso —respondeu o rapaz com admirável sangue-frio. Espere um pou-co. Olhe, agora, corra atraz d'aquelle, se tem boas pernas j

E ao mesmo tempo soltou o pássaro. Este restituido aliberdade, tomou o vôo com vertiginosa velocidade para sedirigir a seu ninho, já muito longe, para além dos altos pi-cos... Por muito tempo o viram próximo das nuvens, ateque o perderam de vista sem poderem calcular onde iria pou-sar.

Diabo I — rouquejou o Lobo—Se os rapazes da tuaterra são d'essa força, pergunto a mim mesmo como serão oshomens. O que fizes-te vale mais do que o que eu fiz. Masvamos á outra prova.

E então o Lobo deu alguns passos e agarrando um enor-me carvalho, com desespero, arrancou essa velha arvore,como se nada fosse.

Eis ahi lenha para fazer ferver as panellas na cozinha— disse o Lobo rindo com ironia.—Se adivinhaes o melhormeio de se levar para casa, está feita a terceira prova, e não teincommodo mais. Mas olha que a arvore é grande...D'essa vez pareceu a Antônio não haver meio de sahir-sebem e desanimado olhou para o gato que, sentado um poucoalem seguia com interesse as peripécias da luta. O gato fixouseus olhos nos do rapaz, como para transmittir-lhe seu pen-mento e immediatamente elle puxou do rolo de corda que le-vava e atando uma das extremidades a uma grande arvorefez menção de querer dar uma volta com a corda pela fio-resta e a corda parecia não ter fim.

r-Que vais fazer _? —perguntou o Lobo, inquieto.

Ah ! uma cousa muito simples! A floresta é muitomaior do que a arvore derrubada e como eu não gosto dedeixar para o dia seguinte aquillo que posso fazer na vésperae como a floresta é que fornece lenha para a cozinha, voacom esta corda, que, como vê nunca acaba, fazer umfeixe de toda a floresta, para depois ser levada para caso)de uma vez só.

Oh ! isso não — rouquejou o Lobo — Deixa a florestaem paz. Onde iria eu depois caçar ? Está bem, está bem JTi veste resposta para tudo e sahiste-te bem das provas. Iss»basta. Vamos para casa.

O Lobo tinha na testa um enorme vinco em resultado deter-se sahido mal de suas experiências e porque pensava quíemfim lhe apparecera uma pessoa que podia vir a mandar,nelle. Ia ruminando no meio de desembaraçar-se de Antônio»ainda que fosse por um crime, sem o encontrar. "Só me restaOstar — pensava elle —Se elle não me livrar d'este rapazelho»estou perdido 1"

Quando entraram o gigante esboçou um sorriso, que maiíparecia uma careta e dirigindo-se ao rapaz, disse-lhe ;

—Já que preencheste todas as condições precisas paraseres admittido ao meu serviço, estamos de accordo. Toca l

E estendeu-lhe sua mão monstruosa. Era mais um pre-texto para experimentar a força do rapaz. Este estendei»também sua pequena mão, mas no momento em que o Lobojulgava apertal-a entre a sua, já a não encontrou, porque Ofrapaz a tirou de repente.

O Lobo viu que, decidimente, com elle nada faria.Emfim, já que tudo estava regulado entre elles, restava

aguardar os acontecimentos.Tu vais — ordenou o Lobo — ao estabulo e d'alli levas

o meu rebanho ao pasto. Serás acompanhado de meu' cãoOstar. Durante esse tempo eu prepararei o teu almoço.

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C 1 ê

odos os animaes da floresta corriam...

Ostar era um gênio do mal, ao serviço do Lobo da F»*jresta, na figura de um cão de raça "bul-dog" e tão feroz, <lue|devorava tudo o que lhe cahia ao alcance do focinho.

— D'esta vez — disse o mau homem comsigo— não es-Icapa. r

Antônio obedeceu, dirigindo-se ao estabulo. Mas &'minho, que segundo seu costume o seguiu, logo que o gigantabriu a porta para que o cão se lançasse ao rapaz, começo^a miar tão fortemente, apparcccndo diante do cão e sra»1'Jando uma fuga, para que o cão, inimigo como é do gato.

17 O TICOTICO

preferisse ao rapaz e, não fazendo caso d'este fosse atrazd'elle gato.

Assim foi e 'Arminho foi correndo, sempre seguido deQstar. furioso. 'Arminho ia correndo, correndo sempre, trans-pondo toda a sorte de obstáculos até que Ostar, já cansadose dirigiu para um regato afim de matar a sede.

Arminho aproveitou-se d'essa paragem para se approxi-mar do cão e, levantando sua pata, disse-lhe :Ostar, reconheces-me ?

O molosso olhou para Arminho com seus olhos injectados«3e sangue _e reconhecendo sem duvida sob aquelle disfarcefelino, a bòa fada d'aquellas florestas, abaixou a cauda e res-pondeu affirmativamente.' —Tu sabes o meu poder — accrescentou Arminho — e en-tão acautela-te ! Tomei sob a miha protecção o pequeno pastordo gigante Lobo, teu amo, não lhe farás mal e antes lheobedecerás como se fosses seu servo fiel.

Ostar deu um latido em signal de que tinha entendido epbedeceria e foi immediatamente collocar-se por detraz deAntônio, prompto a receber suas ordens. Arminho de um pulosaltou aos hombros do rapaz, segredando-lhe qualquer pala-vra ao ouvido.

Depois d'isto Antônio poz-se a caminho á frente do re-banho. O Lobo, ouvindo o chocalhar do rebanho, sahiu áporta e qual não foi o seu espanto, vendo o feroz Ostarseguir humilde e documente o pequeno pastor !

Subiu-lhe o sangue á cabeça e nem soube como aindapoude dar ao pastor o almoço que lhe tinha preparado paraelle levar.

Quando Antônio já ia seguindo, o Lobo recommendou":Toma cuidado com o meu rebanho, porque se á volta

faltar alguma cabeça, ai de ti !E dizendo isto, deu-lhe um ovo cosido e um pequeno

pedaço de pão.Que é isso ? — perguntou o pastor.E' o teu almoço — respondeu o Lobo.Não, patrão, tenho a dizer-lhe que sahiu do que com-binámos.

Então nós não combinámos que terias para os almoçosum ovo e o equivalente em pão.?.Sim, patrão.—Então, que queres mais ?

Reclamo só o que é razoável, como vou provar-lhe,Dê-me o pão inteiro.

Sem adivinhar onde o pastor queria chegar, o Lobo en-tregou-lhe um grande pão inteiro.

Então Antônio, descascando o ovo o metteu inteiro dentrodo pão.

Arminho que via de longe o que se passava, fez um miaude motejo, emquanto o gigante fez uma ameaça ao pastor.Este disse em seguida :Não é isto o equivalente ao ovo em pão, ou o pão quepode cobrir um ovo, como disse ?

O Lobo vencido por esta lógica curvou a cabeça e entrouem casa. Começava a sentir que a força bruta não é tudo navida e que acima d'ella ha uma força superior. Iria curvar-seaos caprichos d'aquelle rapazelho, á lógica de sua intelligencia,que para tudo encontrava bôa sahida ? Não. Longe de se emen-dar, procurava um meio de triumphar.

Para se livrar d'elle, seria preciso pedir-lhe fizesse umacousa fora de alcance do homem, mas que devia ser ?

Reflectindo por muito tempo, julgou, finalmente ter en-contrado. Uma noite quando o pastor já tinha recolhido ogado e ia se deitar o Lobo o interpellou nestes termos :

Esta noite eu vou caçar na floresta.segundo meu costu-roe. Eu quero, quando regressar, depois da meia-noite, que aclareira tenha luz como se fosse dia, para me receber umgrande tapete, branco como a neve, mas que não se derretacom o calor. Vais fazer isso tudo, comprehendes ?. — Sim, patrão—respondeu o pastor, que franziu a testa cominquietação.

D'esta vez, estás apanhado, meu rapazelho !—pensavao Lobo.

O pastor não se inquietou por muito tempo, porque Armi-ttho saltando-lhe ao hombro, segredou-lhe ao ouvido. Immedia-tamente o rapaz ouviu triumphante e poz logo mão á obra.Indo ao lugar onde o Lobo guardava a farinha moida, Anto-nio tirou d'alli uns poucos de saccos um a um e espalhou-os efoi espalhar a farinha d'elles na clareira.

Ao fim de duas horas d'este trabalho a clareira e os cami-unos que iam dar á casa do Lobo estavam cobertos de um ta-Pete ainda mais bFanco do que a neve e que o calor não podiaderreter.

Penetrou depois no grande armazém da lenha, onde esta-va porção d'ella, considerável e lançou-lhe o fogo. O incêndiopropagou-se com uma rapidez phantastica tal, que pela meianoite era tal a claridade do brazeiro, que 0 ceu parecia illumi-nado por uma aurora boreal

Surprehendido por claridade tão extranha, o Lobo levao,-?tou a cabeça e viu que ella partia do lado de sua casa,

— Ah ! Ah ! que é isto ? O dia já nasceria ?E olhou para o firmamento, como para observar as horas.

E' meia hora, depois da meia noite !E lembrando-se de qualquer cousa, bateu com o punho na

cabeça, acerescentando :Ah! forte animal que eu sou ! Já sei o que aquillo é !

E' o meu pastor que fez brilhar a aurora em plena noite tDecididamente elle é feiticeiro 1

E em largas pernadas, alcançou sua casa.Miserável regougou elle, levantando para o pastor os

punhos fechados—que fizeste ?O que o patrão mandou—respondeu o pastor tranquil-

lamente. Se não está satisfeito, volte as costas, que eu executoo que combinámos, pois é do nosso contracto applicar-lheumas pauladas sempre que se não mostre satisfeito tendo eucumprido suas ordens.

Mas o colosso nada respondeu. Vencido, aniquilado, cahiuno solo como uma massa, pondo-se a chorar como uma cri-anca !

Naquelle momento, da enorme algibeira do gibão do gi-gante sahiu uma menina, como uma boneca, bem pequenina,toda vestida de setim. Era uma creatura humana, formosacomo o sol e de lindos cabellos louros. Era a filha única doLobo e de sua defunta mulher, á qual uma fada, sua madrinha,a pedido do Lobo tinha dado o condão de conservar-se sempreminiscula e sem fallar, até á edade de quinze annos, para que oLobo, que a adorava e também era o único affecto que tinha,a guardasse aos olhos de todos, trazendo-a sempre comsigona algibeira. Somente quando ninguém via é que o Lobo atirava da algibeira e a acariciava, beijando-a. A creatura-boneca completava naquellle instante os quinze annos e sahindodo bolso de seu pai, Jota, assim se chamava ella, foi crescendocrescendo, até tomar as proporções de uma moça de sua idade.Jota dirigiu-se sorrindo a Antônio e disse-lhe, com sua vozde anjo :

Devo-te tudo, porque te devo a alma de meu pai, quechorando, mostra seu arrependimento de todo o mal que fiz,como vaticinaram as fadas. Queres ser meu marido ? Eis aquia minha mão. Todos os meus thesouros não valem uma só detuas virtudes.Triumphante Arminho que assistia sempre a tudo fez umacabriola demonstrando sua alegria.Um castello brilhando como o sol levantou-se de repente,na frente de todos. Muitos criados rodearam logo Antônio eJota que celebraram seus espousaes, ao som de uma musicaharmoniosa.Ouviu-se, porem, um ronco espantoso.Era o Lobo que, emfim, cheio de remorsos e arrependi-mento fugia para a floresta, dando um grito terrível de ani-mal feroz, ferido de morte.

Deixem-o ir—disse Jóia contristada—E' meu pai quevai expiar uma vida de penitencia, todo o mal que fez. O Lobofez-se cordeiro.Passados poucos dias uma grande carruagem dourada pas-sava á porta da cabana de pai Bernardo e d'ella desciam An-tomo e Jota, que iam com Arminho, já então transformadonuma bella e joven senhora, vestida de seda, pois tinha acaba-do seu encantamento, de visita áquella bôa familia, que d'ahiem diante viveu muito feliz.sempre na abundância. Os faisões,

patos, emfim todas as aves lindas que havia por aquelles sitios,naquelle dia, em carreira louca, foram enfi!eirar-se á pas-sagem para verem passar Antônio, Jóia e a bôa fada Arminho.

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19 O TICO-TICO

OS ílOSSOS GOfiGÜflSOSRESULTADO DO CONCURSO N. 695

Foi com o successo de sempre que encerrámos oconcurso n. 695.

Feito o sorteio, ficou verificado o resultado se-guinte :

1- prêmio—10$Sazinha Nobre

13 annos de edade, moradora em Aracaju— Sergipe—a rua da Estância n. 95.2- prêmio—10$João Leal de Meirelles Júnior

de 14 annos—Florianópolis—E. de Santa Catharina.

ÁU \w ^V Bi MM mm*ftlfi ~^M TMTIff -| I

Solução do concurso n. 6g5Ao sorteio concorreram os seguintes leitores:Alberto Mendes, Deolinda Rodrigues, João Fer-nandes Braga, Laura Sylvia Mendes Pereira, Antôniode Lima e Silva, Pedro Fernandes da Costa Mattos,isaltina Pereira Villar, Aida de Souza Lima, IvanhoèMartins, Emilia Vieira Cardoso, Gilvandro Pessoa,Rosa Vieira,Zelino Condeixa de Oliveira, Jandyra Ro-cna Pinto. Fernando Pinheiro, Helvécio Pires de

Carvalho, Carlos Dias Lima, José Maria Pinto Ri-oeiro, Alfredo Ribeiro, Marina de Souza Fialho, Pay-?,?ouza, Lourenço Zuhanki, Reinholdo Alves^cnhchting, João Lucas, Renato Werneck, Proser-R'!*a Lima, Anna Gouvêa, Maria de Lourdes, Moacyrt^eixoto, Cantilha Felis, Lúcia Pimentel, Lindolphooarroso, Lúcia Werneck, Nelson Oliveira Carvalho,Alcides Victorio, Isabel da Costa Dias, Letizia Tei-xeira de Mattos, Paulo de Carvalho Fontes, Zildayomes de Paiva. José Sabino Moreira, Hugo SiegeJun"or, Helena de Castilho Lisboa, Maria Magdalena^¦. A. Ferrazr Yolanda O Ferraz, José Baptista Pe-reira, Alice Baptista Pereira. Gezualdo de Faria Al-

vim. Henriqueta Wormes, Walkyria Fragoso Lopes,Antônio Bernardo Diniz, Alena Pires, Giudice Ro-meiro, Hüdebrando Macedo Araújo. João Carlos Pe-reira Aguiar, Maria Izabel Duarte, Edith Clara AlvesCortes, Álvaro da Costa Pires, Jayme Paranhos Bas-tos, Edgard do Valle Pereira, Gipapá Barreto, Anto-nio d'Almeida, Jayme Gonçalves Melgaço, Inah Gon-çalves, Clarimundo Dahl, Walter Ramos Maia, SaulMassa Pinto, Ed. Luiz Motta, Joaquim de Oliveira,Lamartine S. Marinho, João Baptista Leite de Souza,Guiomar Sampaio, Stella Machado Alvim, João deOliveira Lemos, Francisco Tura, José Carlos deChermont, Jachs Blomeby, João Baptista de SouzaBastos, Gildodina de Abreu Pires, Palmyra P. deAraújo Machado, Euclydes Reis, Anayde Coutinhode Oliveira, Tete Xavier, Georgina White, JoaquimVieira Bueno Penteado, Antônio Bento Chiassi, Joãoda Cruz Ratto, José Duarte da Costa, Luiz Carpes deCarvalho, Fernanda Rossi, Djanyra Silveira, AbigalSerpa Mattos, Joaquina de Figueiredo Lobo, MariaAmélia de Oliveira, Joaquim Oliveira, Joaquim Ro-senburgo, Annita Finger, Adriano Pereira Dias, JoséAugusto de Araújo Jorge, Carlito de Leal, FredericoBranco, Abelardo Duarte, Yolanda Rache, AgenorBelmonti, Belin Sona Ernisto, Aide Giudice, Os-waldo França de Almeida, Antônio de Freitas So-brinho, Judith Pralon de Souza, Eurico de SiqueiraCouto, João Vianna-Brigido, José Evaristo de Souza,Albertino José Bernardes, Lavinia Bruno, João JoséFerreira, Maria da Gloria Jardim, Maria MagdalenaCardoso de Almeida, Horacio da Silva Pereira, JoséEmilio Campello, José Joaquim de SantAnna, LuizImnocencio da Cunha Rodrigues, Antonia de Souza,Francisco de Paula Villar, Ubyratan Guimarães, Isi-cloro dos Santos Liberato, Olavo Leite, MarioWright de Miranda Pacheco, Adelia d'OHveira, JoãoBarreiros. Wilton Corrêa Barbosa, Attilio A. S. Ogui-bene, Orminda Andrade, Alfredo de Carvalho Dias,Maurício Duarte Nunes. Zelia Gomes Almeida, For-tunato Martins Guimarães, Affrouxina Macedo Pon-tes Gorrêa, Deborah Portilho Bentes, Alcides Vallimde Carvalho Aranha, Braz Florenzano Netto, AdeliaAbrantes, Alfredo dos Santos Rosa, Celestino Baratada Silveira, Eulalia dAlmeida, Marietta de FreitasOberlaender, Joáo Rodrigues, Antônio de Souza Pin-to, Noemia Alves Barbosa, Augusta Soares de Souza,Fernando Augusto Soares de Souza, Eduardo CarlosTavares, Eduardo Asssis Bandeira, Cincinato ChavesP., José Augusto da Silva, Ary-kerner B. Santos, An-nibal Heckesher, Castellar José Freire, Antônio Hen-riques Mattoso Leal, José Paschoal, Jacob Vidal Fa-raj, Adamastor S.Corrêa, Rosa Rodrigues Fernandes,Alberto Gomes, Victoria Nardou, Alberto Lima. The-reza Supplicy, Luiz Amarante Cruz, Renato PratesCastanho, Borja de Almeida, Jayme Costa, EmygdioCampi, llára Garcia, Vividiana Galart, VespasianoGallart, Rosalia Gallart, Carlos Valladares, Julia Fer-reira, Odette Peckolt, José Marques de Oliveira, Josàde Oliveira Quites,Renato de Oliveira, Jeanne Simões,Osmar Monteiro, Marcos Lindemberg, Rosa AlvesPenna, Olga Henna, Olavo Ferreira, Maria Luiza daCâmara, Maria Jacintha das Dores, Stella Uchôa daLyra, Jorge Alves, Maria e Cecília Castro, Rosa Paes.Alcyr Pimentel, Dora Kluve, Yolanda Gomes, AlléiLeite Muller, Manuel de Souza Graça, Aracy RibeiraVidal, Arnaldo Rocha, Haydèe P. Giglionl, SezinhaNobre, Felix da Cunha Vasconcellos, Jacyr Geolás,João do Nascimento Santos,ElisaDias Pereira.AffonsoCelso Dias, Eliza Holz, Marietta Sampaio, FranciscoLobo de Freitas, Elza Bittencourt, Eunice Machado,Irene Nogueira da Gama, Cyniro de Macedo Coelho,Mana Dulce Soares, Maria José Guimarães Lobo,Lecnidia Nery de Carvalho, Elly E. de Abreu. Gus-tavoE.de Abreu,Thereza Viede, Gertrudes Pereirade Queiroz, Glacy de Oliveira, Alzira Machado, RosaMachado, LimaCastello Branco, Aureliano NogueiraLisboa, Maria da Candelária S. Diniz, Jayme França,Rosa Freire d'Avila, Alcindo França, Francisco dePaula, Zenith Neiva Magalhães.Tbomaz Aquino Bom-fim, Luiz Alberto da Cunha, Jovino Francisco, Mu-nllo Haddad, Celina Barreto Monteiro, José PlácidoFilho, Ophelia Travassos Montebello, Anna Lidia dePaula, Augusta Henriqueta Curado Fleury, José oaSilva Reis, Victoria Armond, Juracy MaurelI, Mar-tha dos Santos Abeu, João Teixeira da Silva. ArinurSanta Catharina, Vasco Borges de Araújo, Mçrc^'*Christo, Armando Bacellar, Armando Capozzoh.jos-Cândido Pimentel Duarte, Keite Kumabe, Ary t>orB=*

O TICO-TICO 20

Fortes, Edmundo Francisco Pereira, Cyro SoaresNeiva, Antônio Velasquez, Marietta Agnelo Brazil,America Telles, Maria Isabel de Pontes, MariasinhaPinheiro, Denizart Adatt Pereira de Mello, AbelardoAndré da Costa, Adahyl Elly Cony, Sotero AntônioZacca, Edison Nobre Ventura, Clarissa von Sohsten,Nilda Mascarenhas, Austregesilla Freitas Barbosa,Hermantina de_Lima, Sylvia Frota, Alie Teixeira daFonseca, Gastão Gomes de Oliveira, Abilio Pinto,Aricio Guimarães Fortes, Paulo T. da Gama, HaroldoGama, Agustin Planella, Guttemberg Moraes, NiciaB. da Silva,HenriquetaG.da Silva, DurvalB.daSilva,Carmelita Luiza Montini, Olympio Baptista M. No-gueira da Gama, Yolanda Gaudie, LydaFonssca, AndréLeterre, Nair L. Caldeira, Frederico Von Doellinger,Wladimiro dos Santos,Odette Tousaint Braga, EmilioPeckton, José Pereira de Araújo, Minervina da Silva,Ayston de Ynhata. Vaner Junqueira, Jacy Junqueira,Joaquim Junqueira, Ernesto Netto Júnior, NathaliaFerreira da Silva, Maria Gonçalves de Lima, CarlotaReupke, Milton Santos da Fonseca, Waldomiro deMagalhães, Rita Guimarães, MilitinoThomaz da Silva,João Lopes Almeida, José de Oliveira, Rosina deFreitas, Odila Camargo, Alberto Felicio dos Santos,Francisco Xavier de Paiva Andrade, Virgínia Ferreirados Santos, Marietta Eiras, Othon de Oliveira, DéboraMunhós Moreira, Doralice de Castro, Alberto AlvesBarreto, Ruy Saraiva, Rosa Lepesteur Coelho, JenyÁvila Machado, Ernestino de Oliveira, Oswaldo Sil-veira, Jacques Tupinambá.EmmaWitt, Álvaro Tolen-tino Júnior, Teimo S. Pereira. Pedro Ayres, José Joa-quim da Silva, Leonor Teixeira, José J. da Silva,CarlindaTinquitella, Celio Baptista, Iria P. Barbosa,Marietta Piquet, José Diniz Garcia, José Cortéz, Ro-mulo Longo, Eugenia Féraudy, José Cavalcanti doMonte, Conceição Maury, Adauto de Assis, OrestesHestennites, Martinha Borja, Severino Thomaz, Miguelde Campos, Ary Duarte, José Guimarães, Lúcia Pires,Helena Bandeira, Maria Pernambuco, Georges Leo-nardes, Maria Cardoso, Ordalia Ferreira, Dora Costa,Annes Gualberto, Henriqueta Clasen, Frida Kessner,Marianna Ferreira de Almeida, Isolina Soares da Silva,Dacio de N. Moura, Beatriz Alves Botelho, Mario deAvellar, Drummond, Maria de Lourdes Rocha, ZildaPalhares, Orlando Assumpção, Maino Bastos, JoséGomes da Silva, Marciliano Diogo Filho, José NelsonPeckolt, Olçgario Corrêa, Leopoldo Jorge Plank, JoséRamos Teixeira de Andrade, Jayme Xavier da Motta,Joaquim Prado Pinto, Maria da Gloria Machado, Joa-quim Alves, Raul Malagoli,Nilda Rangel, José Augustodos Santos, Carlito Barreto Aurelia de Paraíso Motta,Cláudio Silva, Felix Pereira da Silveira, Ruy da CostaHélio Brandão, Guilherme Eiras Pinheiro, AlexandreHerculano da Costa, Antônio Rodrigues de Amorim,Celestina dos Santos Abranches, Mario Aghina, Car-los Lima Afflalo, Aroldo Mathias, Ilka SchieflerJIum-berto Mathias Costa, Rubem Romano Madeira,Octa-vio Falcão, Maria do Carmo Dias Leal, DonguinhaDias Leal, Homero Dias Leal, Filhote Dias Leal, Ma-ria Chrístina Weinmann, Breno Moreira.Aracy FróesGeraldo da Camino, Mario S. da Silva. Eurico Bran-co Ribeiro, Carlos dos Santos, Euridio Simas, LuizDe Rossi. Sancha de Mello, Nelson Pinto, IracemaRosa, Mario Raposo, Waldemar Méa Barroso, Joãode Mattos, Waldemar Barbosa Braga, Eurico NevesMoura Maia, Francisco da Costa Lopes,Cláudio Mar-unho, Adelaide Witte, Isaura Marques dos Santos,Avelino Rabello de Vasconcellos, Amphiloquio Frei-víi Jta Mendes da Costa, Abigail Nicomedes dov alie, Laurínda Ferreira de Macedo, Novis Nogueiraoe Carvalho, Ludovina Moreira, Dionysio Brazil dosi A'ríílíaFerreirados Santos, ítala Silva Oliveira,José Rodrigues de Lima Duarte, Laurinda Furtado,™,£a^, Putíte' Raymundo CapiVote da Motta, Clari-mundo do Nascimento Mesquita, Alba Ferreira daK?2,r r3' Francisco Xavier Soares Pereira, Aroldozany, i-rancisco Gomes Marinho, Pedro Ramos No-êU^r^Jvaquim E^y,Waldemar Moreira. Nair Pinto?« rnmXT^D ?ati ,Pereira da SHva,Maria de Lour-des Gomes de Paiva Justino Cordeiro, ZinhaGonçal-ves Coelho, Jayme R junot, Alcida Medeiros de Sei-xas, José A. Pavei, José S. R. de Castro, Pedro Mo-reira Padrão, Mana Isabel Saturnino da Silva Pinto,Silvestre de Marco, Isolino Pacom Ulka, Noemia Pe-reira de Souza, Alzira Gama, Antônio Tolom.RobertoCaldas, Oscar Lourenço Braga. Veríssimo Moitre),Concita de Carvalho Oliveira, Antônio Fernandes eJBelisario Teixeira,

RESULTADO DO CONCURSO N. 708respostas;

i' — Panella-ianella2- — A lettra a3- — Carpa-Harpa4- — Opala

A sorte contemplou :i* prêmio — 10$ k

Lina Césarcom 10 annos de edade, moradora á rua Payssandún. 139—Capital.

2* prêmio —10$José Joaquim da Silva

13 annos de edade, morador á rua do Capenha n. 365,antigo 3, Jacarépaguá—Rio.

Além de muitos outros cujos nomes não podemospublicar devido á falta de espaço, concorreram aosortj

Alvfiríle, Ifafiq/fi

iobrcsVãTttufífcctel FiCenina Lobatovier, Du/ce dOdette EbstiCésar, CAruJkiçiMoutinhaAraadMiranda, Vlarido Carmo VJiasTLeaDias Leal, l\lhite DiPereira, Syllüo topesde Souza, Hafonio VaSylvana, Sylkrães, Paulino Fema..,Carvalho.Carmem deIlka Machado GuimAntunes Baptista, Mquês de Oliveira, Alfrtos, Francisco J. TeixCâmara, Aristóteles LimLima Câmara, José de Paü\Santos Laranja. Guilherminawaldo Gomes, Arthur BarretoSilva, José Joaquim da SilvIberê Maria das Dores, Ores

13. Feelso,ele,

i\ho.Cá

Jos\Gorro, Eitrico

íotta, C"VuinoCata

ngui' aioX^ou

stíranda.Errvan

s, ArthurH. Rodr

reira, José M. M.lymsio de Souza,

ristiana Nogel, Júliorr&to.Celía yuimarães.da Silvai Tete Xa-Fernandes\la Motta,ria Bittencoart, Lima

Leite Mnrter, Carlosrgel furtado, Yara

ardes, Mariaeal, Homero

vier Soaresoão BãSíista Leite

dèttePeckoio feitasar\Josévreirej

a Leite, Oigamara,"io

orta, José Viins, CorinaMaria D

s Hoatexareite

Mariauima-urora

_KgirakPorto,rbosa, Estheres, Joséwlar-a Çostajdat-piraeLimaária \uiza de

Martrtjho dosai, Os-

Souza Filho, Ed. Jansen Ta/aresXElzJvNoGama, Militino Thomaz dá Silv&. MariâfinlOdila de Arroxeilas Medeiifcs.lDene Nogue\ra dGuiomar Nogueira da ÇjanVa, Jair NbguGama, Cynllo Samico C irrigai, Anton\aSantos, Zaida Martins San os.Kaida de As\"isrenhas, Pery Goytacaz C; mpès, HenriqH!ho, Deolinda Rodrigues, )idiFausto, IracíCarlos Arieirajdaty Gonfalvei Maria "

sa daocha,ardo

a daaraiva,Gama,ra daartinsasca-

uittonRoza,

ibeiro.CONCURSO Ni 713

PARA OS LEITpWJS" 1>ÕS riWAÜflp E D'í»«fA CA|lTAL

OQAPSfl RFormar com essas lettras o nome de cidade deMinas Geraes, cujo nome ultimamente foi muito jal-lado, celebrisando-se quasi.Haverá dois prêmios de 10$ cada um.As soluções, acompanhadas da residência e edadedo concorrente e mais o vale n. 713 serão recebidas

até o 17 de Dezembro do corrente anno.CONCURSO N. 714

PERGUNTASi •—Qtíal é a quantidade de água que não vive ?(De Fernando Pinheiro).2—Qual é o rio affluente do Danúbio cujo nome énome de mulher se lhe tirarmos a primeira lettra ?(Por José de Oliveira Duarte.)3—No corpo, a vogai e a fructa formam um

homem celebre do Brazil.Quem é?iPor Helvécio Pires de Carvalho.]

21 O TICO-TICO- -4 ¦ —A favor d'esta medida, ha em todos os cinemas.

Queé?(Remettida por America C. F. Fontes.)Daremos dous prêmios de 10$ cada um.Só entrarão no sorteio as soluções que vierem

assignadas pelo próprio concurrente e acompanha-das, além do vale n. 714, de sua edade e residência.

Encerra-se este concurso no dia 5 de Novembro._»».*s,_»tM_^ww>M«__»_-^_^^^

O *flfllVERS*RIO PO "TKO-TKO"O Tico-Tico previne aos leitores que tiveram a

gentileza de lhe enviar felicitações, por occasião deseu anniversario, que por absoluta falta de espaço sono próximo numero poderá agradecer-lhes, a cadaum separadamente.

Desde já, porém, aqui fica. a todos, a nossa grati-dão.

A MARGARITA DE LOECHESE' a melhor água mineral natural PURGATIVA

rios pai_.es tropicaes.E' inalterável e anti-parasitaria. E' enérgica e suave.' E cura de verdade todas as moléstias de

FÍGADO, BINS e ESTÔMAGOE' infallivel nas moléstias da PELLE.

Depositários: Granado &¦ C, —Vende-se em to»das as pbarmacias e drogarias.

—Ora, graças ; temosagora um medicamentoverdadeiramente raila-

groso — O ELIXIR DENOGUEIRA, depurativo

por excellencia.

— Esse meu retrato,amiguinhos, loi tiradoainda por occasião doCarnaval, quando sahipela primeira vez depoisde curado de uma imper-tinente tosse, pelo xaropeBROMIL. Portanto, nãose admirem de minha fi-gura.

tf l^W àSi\__Jrf

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Senlwrita que pensava estar tísicaTinha tosse, suores e flores brancas — Recobrou asaúde e o peso em pouco tempo

Pensei estar tisica, taes eram os meus incom-modos e a minha fraqueza, suava muito nas costasdurante a noite, tossia, tinha flores brancas e in-yencivel horror á comida, só alimentando-me deleite e ovos. Vendo que os remédios que tomavanao me davam resultado, resolvi experimentar oIODOLINO DE ORH e posso hoje, depois de ra-dicalmente curada em menos de 2 mezes, tendo re-cobrado as cores e vontade de comer, desappare-cido a tosse, flores brancas, e outros incommodos,certificar que desde os primeiros dias comecei amelhorar com o IODOLINO DE ORH, e que só-mente a esse grande fortificante devo ter ficadoboa e ter augmentado de peso em tão pouco tempo.Flavia Gomes Carneiro, professora publicaRio de Janeiro, 22 de Abril de 1911.

Vende-se em todas as drogarias e pharmacias—Garrafa, 5$800. Agentes geraes : Silva Gomes «%•Comp.—Rio de Janeiro.

O CABELLO E O SABÃOE' uma opinião largamente diffundida, mas

muito errônea, considerar-se nociva a lavagemdocabello. E' mister que nos convençamos umavez para sempre que a pelleda nossa cabeça nãoe nem mais nem menos como a de nosso corpo ;tem caracteres, estructura anatômica e funcçõesidênticas á pelle do rosto e das mãos, por conse-guinte, o próprio bom senso não permitte que sedesprese a hygíene do pericraneo. Primeiro a ca-beca, protegida pelos cabellos, torna-se um guar-da-pó, prendendo todas as impurezas; segundo,a secreção das glândulas sebaceas e sudorificasnglomcra-se sob os cabellos, onde raramente élavado, formando assim uma crosta secca. E' in-comprehensivel que com o nosso actual grau de

civilísação muita genterelaxe a hygiene cressaparte tão importante docorpo. E'bem freqüentever-se gente que, du-rante o banho, evitamcautelosamente molharocabello.

Com a íormação dascrostas acima referidas,sobre a cabeça, a activi-dade natural que a pelleexerce esmorece progressivamente, chegando ao

ponto de não dar mais nutrimento sufficiente aoscabellos ; resulta d'ahi que estes começam a ficarcada vez mais fracose raros, particularmente que-nradiços, a raiz perde toda a energia e em lugarde dar vida aos cabellos, provoca-lhe a queda,isso origina a lenta devastação dos cabellos, queuma vez perdidos não se adqurem mais, a nãoier que se tome providencias edil antecedência.

submettendo-os á uma cura racional. Este traça-mento consiste em asseio, como principio funda-mental, o qual instiga as funcções da pelle ex-pelle as secreções cutâneas, exterminando com osmicróbios orgânicos, que se aninham tão fre-quentemente nestas crostas e que podem causara queda dos cabellos.

O componente mais apropriado para obtereste resultado é, como se tem verificado já hamuito tempo, o alcatrão;o seu emprego tornou-sepreferido por pessoassensíveis de pelle fina, e,devido a esta preferencia,resolveu-se beneficiaresta substancia subtra-hindo-se-lhe, pormeio deum processo chimico eprivilegiado, o mau chei-ro e a acção irritante.Obteve-se assim o nosso

produeto novo que foi associado immediatamentea um sabão suave e liquido alcalizado, formandoassim um segundo preparado, muito espumosona occasião do uso, denominado Pixavon (Pix ssalcatrão, savon t= sabão). Com esta creação ficourosolyido o problema do tratamento do cabello,constituindo assim um preparado ideal.

. E'digno de referir que o Pixavon vem consti-tuir um preparado de superioridade incontesta-\n\ a rio um n*-~ _..-_ _._. _.„...-.<_ Vende-se

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vel e de um preço ao alcance de todos. »w«~nas drogarias, pharmacias e perfumanas. O con-teudo dum frasco dura alguns mezes. Depoisde algumas lavagens com o Pixavon çomega-selogo a sentir a acção benéfica por elle produ-zida.

Sm

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Lymphatísmo, Rachítismo, Escrophulose,Anemia

O Juglandino daGiffoni é um excel-lente reconstituintegeral dos organis-mos enfraquecidosdas creanças pode-roso tônico depura-tivo eanti-escrophu-loso.quenuncafalhano tratamento dasmoléstias consum-ptivas acima aponta-das.

E' superior ao óleode íigado de baca-lhau e suas emul-soes, porque contémem muito maior pro-porção o iodo vege-talizado.intimamen-te combinado ao tan-nino danogueiraüu-glans regia)eo phos-phoro physiologico.medicamento emi-nentemente vilaliza-dor, sob uma fôrma

agradável e inteiramente assimilável. E' um xarope saboroso.quenão perturba o estômago e os intestinos, como freqüentementesuecede ao óleo e ás emulsões; d'ahi a preferencia dada ao Ju-glandino pelos mais distinetos clínicos, que o receitam diária-mente aos seus próprios filhos.

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tico Samuel de Macedo Soares.A.vrAIMÍE'A é amaisactiva, a mais agradável e a mais completa das prepa-rações até hoje conhecidas para combater as aíTecçõesbrònchiaes das creanças: COQUELUCHE e BRON-CH1TES. Para os adultos preparamos a GAIACO-til.f A, soberana nas bronchites, tosses rebeldes e in-substituivel na fraqueza pulmonar. Encontra-se nasprincipaes pharmacias e drogarias e na PHARMA-CIA AURORA

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P< TICO-TICO TOTÓ É PAU PARA TODA A COLHER 23—n ,— , ,-,,,

I) Tolo come do bom e domelhor e bem 2) Quando todos se vão deitar, 3) Abana com um leque a sua dona quando"nerece, porque faz todo o serviço,como elle apaga a luz da cozinha, com um ella está lendo o jornalmos ver. apagador preso á cauda.

?>¦ ~' '• "¦ V!i. iii.i.hiii "i , l"-^- li ._ ___

i T i .... 1H Limpa a poeira dos tapetes das salasjasiart0S' quando de manhã se varre a

5] Como seu dono é empregado 6] ... e dá os signaes ao comboio harada Estrada de Ferro, e Tolo quem avançar, apresentando a bandeira Pserve de guarda barreira... "ucira-

„.'J.Como aSíaU de bor hôwi? x-TeIha de seu dono 8I Limpa a poeira de todos os oi a. *boletas, Tolo vai caçal-as para moveis da casa, quando a creada ,,J arde vai Pescar, afim de levar paraestá doente do rheumatismo peixe Para a fritada do almoço.

Bs^TdT^rrrr^ 1. r?°}er menos traL,hSas e Para seuI vedação do jardim °' P" 'a as taboas

111 Brincando com a menina mais 121 Ouando o menino de berço chora, Totótaboas nova, nao deixa de ser útil, porque o faz calar com a rolha de assucar e em-lhe apresenta o livro de primeiras balando o berço.-Eis um perfeito creado!lettras. T ^

24 AVENTURAS DE CHIQUINHOO TICO-TICq

5;—disse o tio Joaquim entregando o estojo a sua so-brinha. Nesse momento, Lald, o macaco, salta de dentro dacaixa...

6).. e. agarrando-a.salta sobre os assistentes!..Gritos, tropelias!.:. A prima Stella corre espavorida..

"¦"" —¦— ¦ ¦¦¦¦ i. i ¦¦— ..-¦ -..,¦¦¦,——11 i ¦¦——¦ ¦ » ¦ ¦¦-¦- '

7).. .emquanto Lata continua a devastar cabel-leiras postiças e gravatas mal atadas

sr T(5 Blffr—n-SlfC myjí_,_PARA O < o\Cl It so W. 713

V-

o—Otttelnas lithographieas d'o jsaAUHO

. co>»"'na Que terrível confusão! JK Chiquiaho? Chiquinho...

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