212
A A G G E E N N D D A A 2 2 1 1 R R E E G G I I O O N N A A L L Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo E E S S T T R R A A T T É É G G I I A A D D E E D D E E S S E E N N V V O O L L V V I I M M E E N N T T O O

ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO - cm-cartaxo.pt · - Centro Distrital de Segurança ... que a compõem o factor crítico do seu sucesso. ... 2007-2013, o Fundo Europeu de Desenvolvimento

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

2.

FICHA TÉCNICA Coordenação Elisabete Quintas Coordenação Executiva José de Bettencourt Consultores José Luís Avelino Joana Chorincas e Transitec Lda – no Domínio Transportes e Acessibilidades

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

3.

INDICE

1. PARTICIPAÇÃO................................................................................................4

2. NOTA INTRODUTÓRIA .....................................................................................9

3. CICLO DE INTERVENÇÕES ESTRUTURAIS 2007-2013..................................... 11

4. A LEZÍRIA DO TEJO NO CONJUNTO DAS NUTS III NACIONAIS ...................... 24

4.1. A EVOLUÇÃO DA LEZÍRIA DO TEJO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO ............... 28

5. ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO............................................................. 35

5.1 AMBIÇÃO.................................................................................................... 39

6. EIXOS DE DESENVOLVIMENTO/LINHAS DE INTERVENÇÃO............................ 41

EIXO 1 REGIÃO COM UM MODELO TERRITORIAL MAIS COESO E COMPETITIVO ........ 41

REGENERAÇÃO, REVITALIZAÇÃO E COMPETITIVIDADE URBANA .......................................58

ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE MULTIMODAIS............................................................70

EIXO 2 REGIÃO COM RECURSOS HUMANOS MAIS QUALIFICADOS E COMPETÊNCIAS

ACRESCIDAS .................................................................................................... 81

VALORIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS..............................................85

REDE DE EQUIPAMENTOS DE ENSINO E FORMAÇÃO ESTRUTURANTES ...............................95

REDE DE EQUIPAMENTOS LOCAIS E CONCELHIOS DE ENSINO........................................ 105

EIXO 3 REGIÃO MAIS COMPETITIVA E INOVADORA..............................................116

DENSIFICAÇÃO DE FILEIRAS ECONÓMICAS E INCORPORAÇÃO DE FACTORES DINÂMICOS DE

COMPETITIVIDADE NAS EMPRESAS........................................................................... 121

INOVAÇÃO E RENOVAÇÃO DO MODELO EMPRESARIAL E DO PADRÃO DE ESPECIALIZAÇÃO.. 132

REDES E INFRA-ESTRUTURAS DE SUPORTE À COMPETITIVIDADE ................................... 141

REDUÇÃO DOS CUSTOS PÚBLICO DE CONTEXTO ......................................................... 151

EIXO 4 REGIÃO COM MELHOR QUALIDADE AMBIENTAL ........................................160

DESENVOLVIMENTO DISSOCIADO DO CONSUMO DE RECURSOS NATURAIS E DE IMPACTES

AMBIENTAIS NOCIVOS ........................................................................................... 165

RECURSOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS, CORREDORES FLUVIAIS, PREVENÇÃO DE RISCOS

NATURAIS E PATRIMÓNIO NATURAL ......................................................................... 174

SISTEMAS PÚBLICOS DE ABASTECIMENTO DOMICILIÁRIO DE ÁGUA E REDES DE DRENAGEM DE

ÁGUAS RESIDUAIS................................................................................................. 184

POLÍTICA DE RESÍDUOS BASEADA NA REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM............. 195

MOBILIDADE SUSTENTÁVEL .................................................................................... 203

7. PROGRAMA DE AVALIAÇÃO E DE MONITORIZAÇÃO 170 8. ANEXOS ..................................................................................................... 2091

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4.

1. PARTICIPAÇÃO

Os processos de desenvolvimento económico, ambiental e social destinam-se

necessariamente à produção de efeitos - dirigidos ao progresso e à partilha dos benefícios

que deles decorrem - em três domínios fundamentais: nas pessoas, nas organizações e

nos territórios.

A complexidade inerente à preparação de instrumentos de planeamento envolve e implica

tomada de decisões e formulação de escolhas que exigem o envolvimento empenhado de

todos aqueles que se encontram implicados nas intervenções que venham a ser

identificadas como prioritárias ou que sejam afectados pelos resultados e pelos efeitos a

que essas conduzem. A opção por um modelo de planeamento “Agenda 21” para a

elaboração da Estratégia de Desenvolvimento da Lezíria do Tejo resulta da convicção da

Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo e das onze Câmaras que a compõem em

assegurar um processo de planeamento participado – condição essencial para o sucesso

na implementação da Estratégia.

As autoridades regionais e locais têm um papel insubstituível na transição para uma

sociedade sustentável. Como refere a própria Agenda 21, “os poderes locais criam,

dirigem e mantêm infra-estruturas económicas, sociais e ambientais, supervisionam

processos de planeamento, estabelecem políticas e normas de ambiente locais e

participam na implementação nacional e subnacional de políticas ecológicas. Como nível

de governação mais próximo das pessoas, eles desempenham um papel vital na

educação, mobilizando e respondendo ao público para promover o desenvolvimento

sustentável.”

No âmbito da Agenda 21 da Lezíria do Tejo foi elaborado um primeiro documento que

consubstanciava a caracterização e o diagnóstico da região nos domínios económico,

social, ambiental e dos transportes e acessibilidades. Para a elaboração do referido

documento de diagnóstico e da presente Estratégia, contou a equipa de trabalho com o

apoio e as informações disponibilizados pela CULT e pelas Câmaras Municipais de

Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio

Maior, Salvaterra de Magos e de Santarém.

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5.

Para além do empenho pessoal revelado pelos Senhores Presidentes de Câmara neste

processo, os Vereadores dos respectivos executivos mais directamente envolvidos com os

principais temas aqui tratados forneceram à equipa contributos valiosos para este

trabalho. Ambos os documentos, apresentados pela Equipa da Ecosphere, Consultores em

Ambiente e Desenvolvimento, foram também desenvolvidos tendo por base informação

disponibilizada por organismos da Administração Central do Estado – directa e indirecta –,

dos quais aqui destacamos:

- Instituto Nacional de Estatística;

- IDC Portugal/ANACOM - Autoridade Nacional para as Comunicações;

- Direcção Geral de Saúde;

- Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas;

- Instituto Regulador de Águas e Resíduos;

- Instituto Nacional de Resíduos;

- Instituto Português de Acreditação;

- Direcção Geral de Geologia e Energia;

- Direcção-Geral de Estudos, Estatística e Planeamento do Ministério do Trabalho e da

Solidariedade Social;

- Delegação Distrital do Instituto de Desporto;

- Administração Regional de Saúde de Santarém;

- Centro Distrital de Segurança Social de Santarém.

Foi igualmente muito importante neste trabalho a informação e opiniões recolhidas num

primeiro conjunto de reuniões com actores – sobretudo institucionais – muito relevantes

na paisagem económica, social e ambiental da Lezíria, nomeadamente:

- NERSANT;

- Companhia das Lezírias;

- Região de Turismo do Ribatejo;

- DET - Desenvolvimento Empresarial e Tecnológico, SA.

Para a aferição dos principais elementos apresentados em sede de diagnóstico e a

realização de uma primeira troca de pontos de vista relativamente a áreas prioritárias de

intervenção no futuro da Lezíria do Tejo, foram promovidos pela CULT sete seminários

dedicados a domínios muito relevantes do desenvolvimento, designadamente:

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6.

"Agricultura e Desenvolvimento Rural"; "Desporto, Saúde e Acção Social"; "Turismo";

"Ensino e Qualificação"; "Acessibilidades, Transporte e Logística"; "Empresas, Inovação e

Competitividade"; "Ambiente e Património Natural". Aos participantes nos referidos

seminários, deixamos o testemunho público do nosso agradecimento pela relevância dos

contributos que nos ofereceram. Gostaríamos assim de destacar que nos acompanharam

numa fase decisiva de todo o processo, para além da participação activa das Câmaras

Municipais da Lezíria do Tejo, os actores que de seguida designamos:

- CCDR Alentejo

- CCDR Lisboa e Vale do Tejo

- Junta de Freguesia Pontével

- Assembleia Intermunicipal da CULT

- Escola Superior Agrária Santarém

- Estação Zootécnica Nacional

- DRAPLVT

- CONFAGRI

- Agrotejo

- O Mirante

- O Ribatejo

- Correio do Ribatejo

- Jornal Terra Viva

- FUNDEUROPA

- Turismo de Portugal

- Santarém Hotel

- Casa "O primo Basílio" – TER

- Ollem turismo - Viagens de Barco no Tejo

- Quinta da Marchanta - TER e passeios a cavalo

- Caminhos do Ribatejo

- Instituto de Desporto de Santarém

- Grupo Parlamentar do PS

- Grupo Parlamentar de "Os Verdes"

- ONGATEJO

- RESIURB

- YDREAMS

- API

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7.

- IEFP

- Instituto Politécnico de Santarém

- GLOBNESS CONSULTING

- Nersant

- Direcção Geral de Transportes Terrestres (DGTT)/Delegação de Transportes de Lisboa

(DTL

- Direcção de Estradas de Santarém

- Escola Secundária Sá da Bandeira

- Estradas de Portugal

- CP

- CNEMA

- TRAGEO

- Barraqueiro

- Rodoviária do Tejo

- Governo Civil de Santarém

- Observatório da Imprensa Portuguesa

- Escola Superior de Educação de Torres Novas

- CAE Lezíria do Tejo

- Escola Superior de Gestão de Santarém

- Escola Profissional Salvaterra de Magos

- Escola Profissional Vale do Tejo

- Escola Profissional de Rio Maior

- ISLA - Instituto Superior de Línguas e Administração

O presente documento incorpora um conjunto vasto de contributos. Mas o processo de

participação da Agenda 21 da Lezíria do Tejo não se esgotou com a realização dos sete

seminários. Após consideração e aprovação do presente documento, a equipa propõe a

realização de onze seminários concelhios para apresentação e discussão da Estratégia

aqui proposta.

Salienta-se que a elaboração dos documentos apresentados no âmbito da Agenda 21

Regional da Lezíria do Tejo esteve dependente da disponibilidade de dados ao nível

concelhio e/ou ao nível NUTIII Lezíria do Tejo.

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8.

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9.

2. NOTA INTRODUTÓRIA

Os anos mais recentes foram acompanhados pela crescente convicção de que o modelo

de desenvolvimento prosseguido por Portugal e pela generalidade das suas células

territoriais está próximo do esgotamento. A Lezíria do Tejo enfrenta actualmente um

enorme desafio: a urgência em reorientar, de forma equilibrada, o paradigma do seu

modelo de desenvolvimento para o novo paradigma do crescimento, promovendo

simultaneamente a coesão social.

Mas este enorme desafio tem duas faces: a natureza incontornável de implementar um

modelo de desenvolvimento que, independentemente do paradigma em que assenta,

prossiga como principal desígnio o desenvolvimento sustentável.

A Estratégia de Desenvolvimento da Lezíria do Tejo, cujo presente documento

consubstancia, define eixos de desenvolvimento, linhas de intervenção e medidas

(acompanhadas pela identificação de projectos estruturantes ou de natureza supra-

municipal) que a equipa defende enquanto prioritárias. Tratando-se de uma Estratégia de

Desenvolvimento salienta-se que o conteúdo da mesma extravasa o campo de

intervenção público. Há condições fundamentais aos processos de desenvolvimento que

não são susceptíveis de intervenção pública. A escolha de um formato “Agenda 21”

pretendeu exactamente contribuir para que a presente Estratégia não constituísse apenas

um processo “top-down” assente em metodologias de escassa participação pública e de

vocação essencialmente determinista e, por isso mesmo, parcialmente condenada ao

insucesso.

Os desafios que inevitavelmente se colocarão à implementação da Agenda 21 Regional da

Lezíria do Tejo encontram na maturidade de cooperação intermunicipal que caracteriza a

Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo e os Municípios que a compõem o factor crítico do

seu sucesso.

A elaboração da presente Estratégia enquadra-se igualmente num exercício de

planeamento mais vasto, realizado a escalas distintas, de preparação do ciclo de

intervenções estruturais comunitárias 2007-2013.

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10.

Com a presente Estratégia está traçado o grande desígnio que a Lezíria do Tejo deverá

prosseguir: Fazer da Lezíria do Tejo, no horizonte de 2015, uma das regiões mais

desenvolvidas do país, com níveis de crescimento elevados e recursos humanos

altamente qualificados, com um sistema territorial e urbano coeso, moderno e

competitivo, num quadro de acrescida qualidade ambiental e protecção social.

Num contexto nacional em que a doutrina da intervenção pública tem sido marcada por

crescentes apelos ao reforço das actuações em benefício da competitividade, pretende a

equipa manifestar as suas convicções de que o paradigma do desenvolvimento

sustentável, que defende, tem subjacente que as suas três dimensões se colocam

reciprocamente limites.

A obtenção de níveis mais elevados de competitividade na Lezíria do Tejo exige a

manutenção e, em alguns casos específicos como revelado pelo diagnóstico, a melhoria

dos níveis de coesão e dos padrões ambientais. Por seu lado, os objectivos desejáveis no

que respeita aos padrões ambientais e à coesão social requerem um limiar adequado de

competitividade.

A exigência de reforço mútuo das três dimensões não prejudica a devida ponderação das

intervenções – que decorreu do diagnóstico da região e dos objectivos estabelecidos -

mas define desde já os limiares mínimos dessa ponderação. A Lezíria do Tejo fez, nos

últimos vinte anos, um caminho notável no domínio da promoção da coesão. Este

caminho não será interrompido. As pessoas continuarão a estar no centro da intervenção

das políticas públicas de iniciativa municipal e supra-municipal nesta região. Esta

centralidade é confirmada pelo modelo de planeamento escolhido – a Agenda 21.

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11.

3. CICLO DE INTERVENÇÕES ESTRUTURAIS 2007-2013

A implementação da Estratégia que se propõe para a Lezíria do Tejo, não se esgotando

em medidas que exigem financiamento, requer um esforço de investimento significativo,

quer em matéria de recursos públicos – nacionais e comunitários – quer de recursos

privados. Num quadro de fortes restrições orçamentais, os recursos financeiros

disponibilizados pelos Fundos Estruturais e de Coesão no período 2007-2013 constituem

uma fonte privilegiada de investimento público.

Salienta-se que a disponibilidade de financiamento comunitário não se restringe às

dotações estruturais (que incluem, no período 2007-2013, o Fundo Europeu de

Desenvolvimento Regional (FEDER), o Fundo Social Europeu (FSE) e o Fundo de Coesão).

Numa região como a Lezíria do Tejo com uma vocação expressiva ao nível da agricultura

e do desenvolvimento rural, o Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural

(FEADER) constituirá igualmente uma potencial fonte de financiamento muito relevante.

Ao nível comunitário serão ainda disponibilizados, no período 2007-2013, apoios muitos

significativos no âmbito das políticas internas da União Europeia, que abrangem áreas

como o ambiente, a investigação e o desenvolvimento.

No que respeita ao ciclo de intervenções estruturais 2007-2013, o processo de

programação não se encontra ainda concluído. Os Programas Operacionais que

estabelecem os eixos prioritários, tipologias de intervenção e correspondentes afectações

financeiras estão numa fase de negociação com a Comissão Europeia.

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12.

Contudo, e não se prevendo alterações substanciais ao conteúdo dos documentos de

programação apresentados pelas autoridades de programação nacionais à Comissão

Europeia, considera-se pertinente incluir no presente documento uma descrição sintética

dos conteúdos dos Programas Operacionais que constituem potenciais fontes de

financiamento para a implementação da Estratégia de Desenvolvimento da Lezíria do

Tejo, designadamente os Programas Operacionais Temáticos (Valorização do Território,

Factores de Competitividade e Potencial Humano) e Programa Operacional Regional do

Alentejo1. Como tal, apresentam-se de seguida os objectivos de natureza estratégica

destes documentos programáticos, os Eixos Prioritários e as respectivas dotações

financeiras e tipologias de intervenção que os operacionalizam.

Programa Operacional Temático Valorização do Território 2007-2013

O PO Valorização do Território assume, no quadro da Agenda Operacional Valorização do

Território, seis grandes objectivos estratégicos, os quais consubstanciam as opções

estratégicas, delineadas no âmbito do PNPOT, para que Portugal seja: um espaço

sustentável e bem ordenado; uma economia competitiva, integrada e aberta; um

território equitativo em termos de desenvolvimento e bem-estar. Estes grandes

objectivos são:

■ Conservar e valorizar a biodiversidade, os recursos e o património natural,

paisagístico e cultural, utilizar de modo sustentável os recursos energéticos e

geológicos, e prevenir e minimizar os riscos;

■ Reforçar a competitividade territorial de Portugal e a sua integração nos espaços

ibérico, europeu, atlântico e global;

■ Promover o desenvolvimento policêntrico dos territórios e reforçar as

infraestruturas de suporte à integração e à coesão territoriais;

1 No âmbito do QREN a transição da Lezíria do Tejo da actual NUTS II de Lisboa e Vale do Tejo para o Alentejo no período 2007-2013 permite que esta região seja plenamente elegível ao Objectivo Convergência. A NUTIII da Lezíria do Tejo no que respeita ao acesso a Fundos Estruturais poderá, decorrente desta alteração de elegibilidade territorial, beneficiar de apoios em diferentes “sedes" de Programas Operacionais. Integrando o Alentejo – Região Convergência – a Lezíria do Tejo poderá aceder aos três Programas Operacionais Temáticos e ainda ao Programa Operacional Regional do Alentejo.

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13.

■ Assegurar a equidade territorial no provimento de infra-estruturas e de

equipamentos colectivos e a universalidade no acesso aos serviços de interesse

geral, promovendo a coesão social;

■ Expandir as redes e infra-estruturas avançadas de informação e comunicação e

incentivar a sua crescente utilização pelos cidadãos, empresas e administração

pública;

■ Reforçar a qualidade e a eficiência da gestão territorial, promovendo a

participação informada, activa e responsável dos cidadãos e das instituições.

Em termos de estrutura operacional, são identificados os seguintes Eixos Prioritários:

■ Eixo Prioritário I – Redes e Equipamentos Estruturantes Nacionais

■ Eixo Prioritário II – Prevenção, Gestão e Monitorização de Riscos Naturais e

Tecnológicos

■ Eixo Prioritário III – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma

dos Açores

■ Eixo Prioritário IV – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma da

Madeira

■ Eixo Prioritário V – Infra-estruturas para a Conectividade e a Qualificação

Territorial

■ Eixo Prioritário VI – Equipamentos e Acções Inovadoras para o Desenvolvimento

Urbano

■ Eixo Prioritário VII – Assistência Técnica ao PO

No Quadro seguinte apresentam-se as tipologias de intervenção consideradas em cada

Eixo Prioritário, e respectiva dotação financeira.

Tipologias de Intervenção e Financiamento Comunitário por Eixo Prioritário (PO

Valorização do Território)

Eixo Prioritário Tipologias de Intervenção Financiamento Comunitário

(Euros)

I – Redes e Equipamentos Estruturantes Nacionais

No domínio dos transportes: construção de novas infra-estruturas de âmbito nacional e internacional (Rede Ferroviária de Alta Velocidade e Novo Aeroporto Internacional de Lisboa); Modernização das linhas e troços da rede ferroviária principal; Construção das principais

2 374 965 525

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plataformas logísticas multimodais; Construção de elementos viários (designadamente, IC17 CRIL Buraca – Pontinha e IC32 CRIPS Funchalinho – Coina).

No quadro dos serviços urbanos de água e saneamento de águas residuais: Infra-estruturas em “alta” de abastecimento de água; Infra-estruturas de “alta e baixa integradas” de abastecimento de água; Infra-estruturas em “alta” de drenagem e tratamento de águas residuais; Infra-estruturas de “alta e baixa integradas” de drenagem e tratamento de águas residuais.

II. Prevenção, Gestão e

Monitorização de Riscos Naturais e Tecnológicos

Identificar e corrigir as vulnerabilidades do território; Construir o Sistema Nacional de Gestão de Emergência; Valorizar as organizações e os agentes de protecção e socorro; Estruturar a Rede de Protecção Civil; Combate à erosão e defesa costeira; Reabilitação de locais contaminados e reabilitação de zonas mineiras.

515 000 000

III. Redes e Equipamentos

Estruturantes na R.A. Açores

Consolidação e modernização do sistema de transportes marítimos; Realização de infra-estruturas de gestão de resíduos e de recuperação e correcção de situações de eutrofização das lagoas; Intervenção de minimização dos efeitos derivados da queima de combustíveis derivados do petróleo em centrais de produção de energia eléctrica.

70 000 000

IV. Redes e Equipamentos

Estruturantes na R.A. Madeira

No domínio da energia: investimentos relativos à introdução de gás natural; investimentos para a maximização da produção de energias renováveis. No domínio dos transportes marítimos: modernização e ampliação das actuais infra-estruturas portuárias do Porto Santo; desenvolvimento da gestão integrada do sector. No domínio dos transportes terrestres: investimentos relativos à compatibilização dos principais eixos viários regionais, à adequação de rede viária complementar, à procura de transporte no médio e longo prazo, à melhoria das Condições de Operacionalidade e de Segurança da Rede Viária Principal e Complementar, à uniformização dos níveis de serviço e de segurança da circulação rodoviária, à implementação da hierarquização das carreiras, à implementação de um sistema de bilhética integrada. No domínio do ambiente: projectos no âmbito da estratégia regional para o ambiente no domínio da gestão dos resíduos. No domínio do saneamento básico: investimentos ao nível da construção e instalação de colectores principais e/ou ETAR, redes de distribuição de águas residuais tratadas e interceptores principais com ligações às ETAR. No domínio da água potável: investimentos que visam atenuar os condicionalismos das acessibilidades e da dimensão reduzida e os impactes ambientais, investimentos relativos à ampliação das redes de distribuição de água ao domiciliário e ordenamento das ocupações do domínio hídrico, investimentos que compreendam actuações no domínio das normas e regulamentos de protecção dos recursos hídricos e sua valorização económica e da identificação e caracterização das actividades poluidores com incidência no meio hídrico e sua posterior requalificação.

100 000 000

V. Infra-estruturas para a Conectividade e a

Qualificação Territorial

No âmbito das infra-estruturas e sistemas de transporte: requalificação dos elementos ferroviários e rodoviários através da construção de itinerários principais da rede rodoviária nacional e da construção e modernização de linhas e troços da rede ferroviária convencional, interfaces e ligações a portos incluídos.

700 000 000

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15.

No âmbito da qualificação das infra-estruturas de gestão de RSU: reforço da capacidade de TMB e de unidades de valorização orgânica de RUB recolhidos selectivamente, bem como de valorização de subprodutos dessas unidades; acções de âmbito nacional de promoção da prevenção da produção de resíduos e de mobilização dos cidadãos para melhoria do seu comportamento ambiental

VI. Equipamentos e Acções

Inovadoras para o Desenvolvimento

Urbano

Projectos-piloto, desejavelmente com componente maioritariamente não material, que traduzam a aplicação de soluções inovadoras susceptíveis de dar resposta aos problemas urbanos e às novas procuras urbanas, contribuindo para o desenvolvimento de comunidades urbanas sustentáveis, nomeadamente nos seguintes domínios: prestação de serviços de proximidade, com relevo para os facilitadores de conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional; acessibilidade e mobilidade urbana; segurança, prevenção de riscos e combate à criminalidade; gestão do espaço público e do edificado; eco-inovações nos domínios da construção da habitação; gestão eficiente de energia; gestão da qualidade do ar; tratamento e valorização de resíduos; modelos de governação urbana.

Construção de equipamentos colectivos destinados a completar as redes nacionais em domínios considerados fundamentais: Rede de escolas com Ensino Secundário; Rede nacional de infra-estruturas desportivas.

799 000 000

VII. Assistência Técnica ao Programa

Operacional

Criação e funcionamento de estruturas de apoio técnico e respectivo apoio logístico; Informação, divulgação e publicitação do Programa e seus instrumentos; Auditorias e acções de controlo; Acompanhamento da execução do Programa e dos projectos aprovados; Desenvolvimento, actualização e manutenção de um sistema de informação; Estudos de avaliação globais e específicos; Estudos de análise da implementação do Programa.

99 578 698

Programa Operacional Temático Factores de Competitividade 2007-2013

O Programa Operacional Factores de Competitividade encontra-se vinculado aos seguintes

objectivos de natureza estratégica:

■ Desenvolver uma Economia baseada no Conhecimento e na Inovação;

■ Incrementar a Produção Transaccionável e o seu Peso Relativo no Conjunto da

Economia;

■ Alterar o Perfil de Especialização Produtiva;

■ Renovar e Qualificar o Modelo Empresarial, em particular, nas PME;

■ Incrementar a Eficiência e a Qualidade da Administração Pública;

■ Melhorar a regulação e funcionamento dos Mercados.

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

16.

No âmbito deste Programa Operacional, e por forma a contribuir para a concretização dos

objectivos de natureza estratégica enunciados, são identificados seis Eixos operacionais

de intervenção:

■ Eixo Prioritário I – Conhecimento e Desenvolvimento Tecnológico;

■ Eixo Prioritário II – Inovação e Renovação do Modelo Empresarial e do Padrão de

Especialização;

■ Eixo Prioritário III – Financiamento e Partilha do Risco da Inovação

■ Eixo Prioritário IV – Administração Pública Eficiente e de Qualidade

■ Eixo Prioritário V – Rede e Acções Colectivas de Desenvolvimento Empresarial

■ Eixo Prioritário VI – Acções Inovadoras e Assistência Técnica

A operacionalização destes Eixos envolve o apoio às tipologias de intervenção

apresentadas no Quadro seguinte.

Tipologias de Intervenção e Financiamento Comunitário por Eixo Prioritário (PO

Factores de Competitividade)

Eixo Prioritário Tipologias de Intervenção Financiamento Comunitário

(Euros)

I – Conhecimento e

Desenvolvimento Tecnológico

Sistemas de Incentivos a Empresas: Desenvolvimento de projectos de I&DT por empresas de forma individual, colectiva ou consórcio com outras entidades do SCTN; Criação de núcleos de I&DT; Projectos e actividades de demonstração tecnológica; Participação em programas europeus de I&DT.

Linhas de Apoio às Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional: Desenvolvimento de projectos de I&DT por entidades do Ensino Superior, Estado e IPSFL no domínio da ciência e tecnologia, de forma individual ou em cooperação, em domínios prioritários para o desenvolvimento económico e competitivo do país; Participação em programas europeus de I&DT; Projectos e actividades de disseminação e difusão de novos conhecimentos; Projectos e actividades de promoção da cultura científica e tecnológica.

500 000 000

II. Inovação e Renovação do

Modelo Empresarial e do

Padrão de Especialização

Ao abrigo da primeira tipologia de prioridades (prioridades horizontais relacionadas com os factores críticos de competitividade num contexto de uma economia baseada no conhecimento e na inovação, incluindo as seguintes prioridades: incentivos ao investimento de inovação; um enfoque privilegiado no incentivo a projectos de investimento com forte intensidade inovadora e de natureza estruturante; fomento do empreendedorismo qualificado; favorecimento da utilização por PME de factores de competitividade de natureza mais imaterial) apenas serão apoiáveis as tipologias de projectos de investimento que delas decorram – investimento produtivo de inovação (incluindo o investimento estruturante), empreendedorismo qualificado e utilização de factores imateriais da competitividade.

Ao abrigo da segunda categoria de prioridades sustentadas em estratégias de

1 220 000 000

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

17.

eficiência colectiva (promoção do desenvolvimento a nível nacional ou territorial de Pólos de Competitividade e Tecnologia; desenvolvimento de outras lógicas sectoriais ou de actividades relacionadas e organizadas em clusters ou de estratégias que permitam potenciar economias de aglomeração; criação de dinâmicas regionais de novos pólos de desenvolvimento; dinamização da renovação económica urbana através da relocalização/reordenamento de actividades económicas e revitalização da actividade económica em centros urbanos), poderão ser apoiados, eventualmente com incentivos majorados, as tipologias de projectos correspondentes às prioridades horizontais.

III. Financiamento e Partilha do Risco

da Inovação

As intervenções serão centralizadas num instrumento público – Fundo de Apoio ao Financiamento à Inovação – que assegurará a coordenação de todas as iniciativas neste domínio, sendo os instrumentos públicos existentes alvo de racionalização e concentração.

No âmbito da intervenção na vertente de capital de risco, o enfoque principal visará propiciar uma cada vez maior disponibilidade do capital de risco para o investimento em projectos inovadores, e para o apoio às fases iniciais do ciclo de vida das pequenas e médias empresas. As lógicas de apoio ao reforço de clusters estratégicos e do desenvolvimento regional, serão igualmente objecto de intervenção, articulada com outros instrumentos do Programa, no domínio do capital de risco.

No domínio da facilitação do acesso ao crédito por parte das PME’s, pretende-se reforçar o sistema de garantia mútua, promovendo o alargamento da sua intervenção às empresas e projectos que, pelo seu cariz emergente ou inovador, maiores dificuldades têm em obter financiamento bancário. Esta linha de actuação, que tem sido desenvolvida com recurso à capitalização do Fundo de Contragarantia Mútua, deverá ser complementada com a contratualização, junto do sistema financeiro, de linhas de crédito garantidas, com vista a aumentar significativamente a escala de utilização deste instrumento de apoio ao financiamento, por parte das PME.

No âmbito deste Eixo promover-se-á a realização de operações de garantia de programas de titularização de créditos a PME, realizadas pelas instituições financeiras, com vista a incentivar o aumento do peso daquele segmento de crédito, nas carteiras das instituições de crédito.

Pretende-se ainda apoiar veículos de investimento imobiliário com o objectivo de promover a disponibilização de activos fixos essenciais ao desenvolvimento de projectos produtivos por PME.

Tendo em conta as especificidades dos projectos de inovação, o presente eixo privilegiará, junto dos operadores do mercado, uma abordagem integrada de financiamento que combine capital e dívida de forma adequada ao seu ciclo de desenvolvimento.

Com vista a assegurar as iniciativas de sustentação da promoção da igualdade de género procurar-se-á estabelecer soluções inovadoras nos incentivos e no incremento do acesso aos instrumentos de apoio financeiro e à actividade das empresas que prossigam aquele objectivo.

360 000 000

IV. Administração Pública Eficiente e de Qualidade

Podem candidatar-se a este Eixo os projectos que visem a concretização dos seus objectivos, designadamente: simplificação processual/organizacional, nomeadamente os projectos que visem a reformulação de processos de interacção entre a Administração e os respectivos utentes (cidadãos e empresas),

685 000 000

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

18.

sempre que se mostre adequado com integração transversal de serviços; Reformulação e avaliação do modelo de distribuição de serviços públicos no sentido da sua racionalização e da melhoria da qualidade do serviço prestado; Expansão de balcões integrados e especializados de atendimento aos cidadãos e empresas, abrangendo todo o território nacional, designadamente com articulação com os sistemas de atendimento em voz e rede; Aplicações de tecnologia que visem a criação de sistemas de informação integrados, com disponibilização de serviços partilhados, recorrendo para tal a ferramentas Web e modelos ASP. Nesta componente, incluem-se ainda sistemas partilhados de Disaster/Recover, bem como sistemas de suporte à decisão, que permitam uma mais rápida, eficiente e eficaz gestão de recursos (humanos, financeiros, materiais e de informação); Aplicações inovadoras de tecnologia na Administração Pública, que visem, nomeadamente, disponibilizar serviços ou produtos da Administração aos respectivos utentes (cidadãos e empresas) por meios não presenciais, em particular com recurso à Internet; Instrumentos de gestão e monitorização do território, das infra-estruturas e dos equipamentos colectivos.

V. Redes e Acções Colectivas

de Desenvolvimento

Empresarial

Numa óptica de redução das falhas de mercado e de governação as Acções colectivas visam obter ganhos sociais e externalidades positivas nos seguintes domínios: A nível da divulgação de conhecimentos (reduzindo o défice existente entre desenvolvimento tecnológico e organizativo e de gestão nas empresas, potenciando o espírito empresarial e uma maior articulação entre “universidades”, “infra-estruturas de suporte às empresas” e “PME”); A nível de redução da informação imperfeita (potenciando o acesso à informação e ao conhecimento de mercados por parte das PME); A nível da coordenação (estimulando a cooperação e fomentando o funcionamento em rede a nível empresarial).

260 000 000

VI. Acções Inovadoras e Assistência Técnica

Ao nível da Assistência Técnica destacam-se as seguintes acções: Criação e funcionamento de estruturas de apoio técnico e respectivo apoio logístico; Informação, divulgação e publicitação do Programa e seus instrumentos; Auditorias e acções de controlo; Acompanhamento da execução do Programa e dos projectos aprovados; Desenvolvimento actualização e manutenção de um sistema de informação; Estudos de avaliação globais e específicos; Estudos de análise da implementação do Programa.

Ao nível das Acções Inovadoras constituem linhas de acções: Actividades de benchmarking; Projectos-piloto de experimentação de novas metodologias de implementação em áreas críticas do Programa.

78 789 011

Programa Operacional Temático Potencial Humano 2007-2013

No quadro da Agenda Operacional para o Potencial Humano são assumidos quatro

objectivos principais:

■ Superar o défice estrutural de qualificações da população portuguesa

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19.

■ Promover o conhecimento científico, a inovação e a modernização do tecido

produtivo e da Administração Pública, alinhados com a prioridade de

transformação do modelo produtivo português assente no reforço das actividades

de maior valor acrescentado

■ Estímulo à criação e à qualidade do emprego, destacando-se a promoção do

empreendedorismo – nomeadamente de desempregados – e os mecanismos de

apoio à transição que privilegiem o contacto dos jovens com o mercado de

trabalho

■ Promoção da igualdade de oportunidades, distinguindo o desenvolvimento de

estratégias integradas e de base territorial para a promoção da inserção social de

pessoas vulneráveis a trajectórias de exclusão social

Tendo em vista a concretização destes objectivos de natureza estratégica, são

identificados os seguintes Eixos Prioritários:

■ Eixo Prioritário 1 – Qualificação Inicial

■ Eixo Prioritário 2 – Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida

■ Eixo Prioritário 3 – Gestão e Aperfeiçoamento Profissional

■ Eixo Prioritário 4 – Formação Avançada

■ Eixo Prioritário 5 – Apoio ao Empreendedorismo e à Transição para a Vida Activa

■ Eixo Prioritário 6 – Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento Social

■ Eixo Prioritário 7 – Igualdade de Género

■ Eixo Prioritário 8 – Algarve

■ Eixo Prioritário 9 – Lisboa

■ Eixo Prioritário 10 – Assistência Técnica

Explicitam-se, no Quadro seguinte, as tipologias de intervenção e dotação financeira dos

dez Eixos Prioritários deste Programa Operacional.

Tipologias de Intervenção e Financiamento Comunitário por Eixo Prioritário (PO

Potencial Humano)

Eixo Prioritário Tipologias de Intervenção Financiamento Comunitário

(Euros)

1. Qualificação Formação profissional inicial em alternância; Cursos Profissionais; Cursos de 1 846 000 000

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20.

Inicial Educação e Formação; Cursos de Especialização Tecnológica; Apoio ao reequipamento dos estabelecimentos de ensino e formação.

2. Adaptabilidade e Aprendizagem ao

Longo da Vida

Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências; Formações modulares certificados; Cursos de Educação e Formação de Adultos; Apoio ao reequipamento e consolidação da rede de centros de formação.

2 250 000 000

3. Gestão e Aperfeiçoamento

Profissional

Formação para a inovação e gestão; Modelo de formação-consultoria PME; Modelo de formação-consultoria micro e pequenas empresas; Formações estratégicas para a gestão e inovação na Administração Pública.

382 800 000

4. Formação Avançada

Programas e Bolsas de mestrado, de doutoramento e de pós-doutoramento e de integração na investigação; Promoção do emprego científico; Programas de apoio ao alargamento da base social do ensino superior e à mobilidade internacional.

452 000 000

5. Apoio ao Empreendedorismo e à Transição para

a Vida Activa

Apoio a iniciativas empresariais de base local; Apoios à transição para a vida activa que visem criar condições adequadas à promoção da empregabilidade de desempregados e jovens à procura do primeiro emprego; Apoios ao emprego que contribuam para melhorar o acesso por parte daqueles que encontram maiores dificuldades de inserção sócioprofissional, no retorno ao mercado de trabalho e que promovam a estabilidade do emprego

397 500 000

6. Cidadania, Inclusão e

Desenvolvimento Social

Combate à Pobreza e Inclusão Social: Contratos de Desenvolvimento Social; Programas específicos de formação dirigidos à integração social dos públicos desfavorecidos; Equipamentos sociais dirigidos a crianças e jovens, à população idosa e às pessoas com deficiência, contemplando a necessidade de apoiar as pessoas e famílias mais carenciadas e de promover condições que facilitem a compatibilização entre a vida profissional e familiar (integra-se neste domínio, ainda, o desenvolvimento da rede de cuidados continuados); Contratos Territoriais para o Sucesso Educativo (que concentrem a adopção de medidas de natureza extraordinária para os territórios/comunidades com significativos problemas de abandono e saída precoce do sistema de ensino).

Educação para a Cidadania: Acções de sensibilização e informação e outras acções complementares que visem apetrechar as pessoas em maior risco de exclusão com as competências necessárias ao exercício de uma cidadania activa; Outras acções de educação e formação dirigidas à promoção de valores e desenvolvimento de competências essenciais para o pleno exercício dos direitos e deveres cívicos.

Empregabilidade e Igualdade de Oportunidades dos Imigrantes: Acções de formação em cidadania, língua portuguesa e língua portuguesa técnica dirigida a cidadãos imigrantes, em todo o país; Apoio a consórcios locais que promovam a inclusão social de crianças e jovens provenientes de contextos sócio-económicos mais vulneráveis, particularmente dos descendentes de imigrantes e minorias étnicas, tendo em vista a igualdade de oportunidades e o reforço da coesão social; Actividades de acolhimento e integração dos imigrantes, provendo o diálogo intercultural e o envolvimento de toda a sociedade, através da capacitação de entidades locais e da criação de eventos à escala nacional que celebrem a diversidade cultural; Acções de formação e iniciativas de sensibilização de agentes públicos e privados em mediação sócio-cultural, igualdade de oportunidades, gestão da diversidade cultural e diálogo intercultural; Campanhas de sensibilização da opinião pública para a diversidade cultural, o diálogo intercultural e a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho; Campanhas de informação sobre direitos e deveres dos imigrantes que vêm ou estão a trabalhar em Portugal.

422 816 414

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21.

6. Cidadania, Inclusão e

Desenvolvimento Social

(cont.)

Qualidade de Vida das Pessoas com Deficiência ou Incapacidade: Apoio ao desenvolvimento pessoal e qualificação profissional das pessoas com deficiências visando a aquisição de aptidões sociais e profissionais relevantes para facilitar a sua plena integração; Apoios à integração das pessoas com deficiências no mercado de trabalho contemplando a atribuição de incentivos à contratação, o apoio à criação de postos de trabalho em regime protegido, a criação do próprio emprego, o incentivo ao teletrabalho, entre outras medidas activas de emprego adaptadas às especificidades das pessoas com deficiência; Acções de carácter complementar e estruturante que visam a capacitação dos organismos que intervêm na área da reabilitação profissional, de informação e sensibilização e informação das entidades empregadores e de informação e aconselhamento das pessoas com deficiências, bem como a concessão de ajudas técnicas indispensáveis à frequência da formação profissional e/ou ao acesso, manutenção e progressão no emprego.

7. Igualdade de Género

Apoio à Mudança Organizacional contemplando a necessidade de adaptação das organizações às exigências da sociedade actual e dos cidadãos/ãs, nomeadamente para a promoção da igualdade de género, fomentando a reorganizando das respectivas estruturas e o aprofundamento do conhecimento; Formação que tem por base a necessidade de reforçar uma cultura social assente na Igualdade de Género, combatendo os estereótipos que ainda persistem, relativamente aos papéis sociais dos homens e das mulheres; Acções de Informação e Divulgação orientadas para a necessidade de reforçar estratégias de comunicação e transmissão de informação à população em geral, nos vários âmbitos da Igualdade de Género, bem como a divulgação de boas práticas no sentido de que sejam integradas no quotidiano das pessoas; Medidas de Combate à Discriminação que têm por objectivo diminuir as discriminações entre mulheres e homens nos vários domínios da sociedade.

47 811 835

8. Algarve

Qualificação Inicial; Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida; Gestão e Aperfeiçoamento Profissional; Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento Social; Intervenções Específicas para a Promoção da Igualdade de Género; Intervenções no âmbito da Assistência Técnica ao Programa Operacional relativas à Região Algarve.

102 749 597

9. Lisboa

Qualificação Inicial; Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida; Gestão e Aperfeiçoamento Profissional; Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento Social; Intervenções Específicas para a Promoção da Igualdade de Género; Intervenções no âmbito da Assistência Técnica ao Programa Operacional relativas à Região de Lisboa.

180 119 036

10. Assistência Técnica

Apoio à instalação e funcionamento das estruturas de apoio técnico à gestão e acompanhamento do Programa; Apoio ao desenvolvimento de acções de formação, divulgação e promoção do Programa e das medidas que o corporizam; Apoio ao desenvolvimento de estudos de avaliação do Programa Operacional; Apoio ao desenvolvimento/adaptação e manutenção dos módulos do Sistema Integrado de Informação do FSE.

Ao nível da promoção da Inovação, Cooperação e Parceria: Apoio à instalação e funcionamento do núcleo de apoio técnico à inovação; Apoio à produção de metodologias e ferramentas de apoio ao processo de inovação; Apoio a actividades de benchmarking; Apoio à dinamização de redes de cooperação para a inovação; Partilha e experiências, resultados e identificação de boas práticas.

65 031 400

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22.

Programa Operacional Regional do Alentejo 2007-2013

O Programa Operacional Regional do Alentejo apresenta-se como o “motor da

operacionalização da estratégia «Alentejo 2015»”, assumindo, como tal, os desafios de

desenvolvimento que decorrem dos eixos estratégicos que suportam a visão formulada, a

saber:

■ Desenvolvimento empresarial, criação de riqueza e emprego

■ Abertura da economia, sociedade e território ao exterior

■ Melhoria global da qualidade urbana, rural e ambiental

De acordo com estes eixos estratégicos, subjacentes à estratégia regional “Alentejo 2015”

(com a qual o documento programático se articula), o Programa Operacional Alentejo

estrutura-se em cinco Eixos de intervenção:

■ Eixo Prioritário 1 – Competitividade, Inovação e Conhecimento

■ Eixo Prioritário 2 – Desenvolvimento Urbano

■ Eixo Prioritário 3 – Conectividade e Articulação Territorial

■ Eixo Prioritário 4 – Qualificação Ambiental e Valorização do Espaço Rural

■ Eixo Prioritário 5 – Governação e Capacitação Institucional

O Quadro seguinte sintetiza as áreas de intervenção que corporizam estes Eixos,

apresentando ainda a respectiva dotação financeira.

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23.

Áreas de Intervenção e Financiamento Comunitário por Eixo Prioritário (PO

Alentejo)

Eixo Prioritário Áreas de Intervenção Financiamento Comunitário

(Euros)

1. Competitividade,

inovação e conhecimento

Criação de micro e pequenas empresas inovadoras; Projectos de I&D (projectos de cooperação entre micro e pequenas empresas e entidades do sistema científico e tecnológico); Projectos de investimento produtivo para inovação em micro e pequenas empresas; Qualificação de micro e pequenas empresas; Desenvolvimento da sociedade do conhecimento; Rede de ciência e tecnologia (instalações e equipamentos científicos e tecnológicos); Áreas de acolhimento para a inovação empresarial (ALE, parques tecnológicos, incubadoras e parques de ciência e tecnologia); Áreas colectivas de desenvolvimento empresarial; Intervenções complementares em redes de energia (unidades autónomas de gás e ligações à rede eléctrica de locais de produção de electricidade com base em energias renováveis).

293.555.861

2. Desenvolvimento

urbano

Parcerias para a regeneração urbana; Redes urbanas para a competitividade e inovação; Mobilidade urbana. 139.911.758

3. Conectividade e articulação territorial

Infra-estruturas e redes de mobilidade; Redes de equipamentos e infra-estruturas para a coesão social e territorial. 200.873.309

4. Qualificação ambiental e

valorização do espaço rural

Gestão de recursos hídricos; Prevenção e gestão de riscos naturais e tecnológicos; Estímulo à reciclagem e reutilização de resíduos e valorização de áreas extractivas; Conservação da natureza e promoção da biodiversidade; Valorização e ordenamento da orla costeira; Valorização económica do espaço rural.

131.413.521

5. Governação e capacitação institucional

Assistência técnica; Governo electrónico regional e local; Facilitar a relação das empresas e dos cidadãos com a administração desconcentrada e local; Promoção institucional da região.

103.179.529

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24.

4. A LEZÍRIA DO TEJO NO CONJUNTO DAS NUTS III NACIONAIS

O desempenho relativo das regiões NUTS III nacionais é apresentado na figura seguinte

recorrendo-se a um exercício de associação entre a taxa de variação média anual do PIB

e a taxa de variação média anual da população no período 1991-2003.

Evolução da população e do PIB das regiões NUTS II e NUTS III no período 1991-2003

Pinhal Interior Sul

Cávado

Ave

Grande Porto

Tâmega

Entre Douro e Vouga

Douro

Alto Trás-os-Montes

Baixo VougaBaixo Mondego

Pinhal Litoral

Pinhal Interior Norte

Dão-Lafões

Serra da Estrela

Beira Interior Norte

Beira Interior Sul

Cova da Beira

Oeste

Médio Tejo

Grande Lisboa

Península de Setúbal

Alentejo Litoral

Alto Alentejo

Alentejo Central

Baixo Alentejo

Lezíria do Tejo

ALGARVE

AÇORES

MADEIRA

Minho-Lima

NORTE

CENTROLISBOA

ALENTEJO

5,0%

5,5%

6,0%

6,5%

7,0%

7,5%

8,0%

8,5%

9,0%

9,5%

10,0%

-1,5% -1,0% -0,5% 0,0% 0,5% 1,0% 1,5%

Taxa de variação média anual da população 1991-2003 (%)

Taxa de

variação méd

ia anu

al do PIB 1991-2003 (%)

Média PT

Média PT

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25.

Tal ilustração permite constatar que no que respeita às NUTIII do Alentejo, com excepção

da NUT Alentejo Central, o desempenho das várias regiões é bastante similar, situando-se

no quadrante abaixo da média nacional em ambas as variáveis e revelando uma

combinação de decréscimo populacional e crescimento do PIB abaixo da média nacional.

Com um desempenho mais favorável no que toca ao crescimento do PIB, mas

apresentando também uma redução em termos populacionais, encontramos a NUT

Alentejo Central.

Assinale-se ainda o facto de o efeito “dimensão da população” ser determinante para a

posição relativa da NUT II Alentejo na sua globalidade: como seria expectável, a Lezíria

do Tejo influencia significativamente o comportamento da NUT II, superando mesmo esta

em ambas as variáveis.

No contexto da aferição da convergência inter-regional são vulgarmente utilizados dois

indicadores que têm por base uma análise econométrica do PIB per capita das regiões

consideradas:

• A convergência sigma, que procura avaliar a dispersão do rendimento entre

regiões, aferindo se tende a aumentar ou diminuir ao longo do tempo; esta avaliação

utiliza normalmente a representação gráfica do coeficiente de variação do rendimento por

habitante nas várias regiões;

• A convergência beta, que testa a correlação entre o nível de rendimento per capita

no ano base e a taxa média anual de crescimento da mesma variável no período em

análise; afere-se, deste modo, se as regiões menos desenvolvidas tendem a crescer mais

rapidamente do que as mais avançadas, aproximando-se consequentemente dos níveis de

rendimento destas.

O exercício que o gráfico seguinte ilustra foi efectuado para as regiões do Alentejo, ao

nível de NUTS III no período 1991-2003. Constata-se que o indicador de convergência

sigma calculado denota alguma redução da disparidade entre regiões na primeira parte do

período, em particular a partir de 1997. A convergência beta indicia, por seu lado, a

existência de uma modesta correlação negativa entre os valores de 1991 e o ritmo de

crescimento do PIB per capita ao longo do período em análise. Conclui-se nestas

circunstâncias que, tendencialmente, as regiões com mais baixos níveis de PIB per capita

no ano base experimentaram um crescimento mais forte ao longo do período. Não

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26.

obstante, esta conclusão deverá ser assumida com reservas, uma vez que o valor do

Rquadrado da regressão efectuada é bastante reduzido.

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

27.

CONVERGÊNCIA SIGMA - Dispersão dos níveis do PIB per capita 1991-2003

ao nível de regiões NUTS III do Alentejo

0,10

0,15

0,20

0,25

1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Fonte: INE - Contas Regionais 1991-2003

CONVERGÊNCIA BETA - PIB per capita 1991 versus Taxa média de crescimento anual 1991-2003 ao nível de regiões NUTS III do Alentejo

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28.

y = -7E-05x + 0,0756

R2 = 0,0571

5,0%

6,0%

7,0%

8,0%

80 90 100 110 120 130 140

PIB per capita 1991 - Alentejo =100

Tax

a méd

ia crescim

ento anu

al do PIB pe

r capita (19

91-200

3)

Fonte: INE - Contas Regionais 1991-2003 As considerações mais imediatas, decorrentes dos exercícios apresentados, vão no

sentido de que a situação regional do Alentejo em matéria de correcção de disparidades –

medidas através do PIB per capita das várias regiões - parece não estar estabilizada, na

medida em que não se evidencia uma tendência clara no sentido de que a convergência

inter-regional esteja a concretizar-se. A insuficiência de um processo consolidado de

convergência inter-regional reclama, portanto, a continuidade da orientação política para

a superação das disparidades inter-regionais.

4.1. A EVOLUÇÃO DA LEZÍRIA DO TEJO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO

Introdução: o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD/ONU) publica anualmente

um Relatório sobre o Desenvolvimento Humano (RDH), no qual sintetiza a situação de

cerca de duas centenas de países da comunidade internacional e a posição relativa destes

face à problemática das condições de vida e de bem-estar dos povos. Este Relatório foi

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

29.

lançado pela primeira vez em 1990, sob a liderança de Mahbub ul Haq (economista e ex-

Ministro das finanças do Paquistão).

Um dos elementos fundamentais do RDH é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),

índice compósito que, de acordo com o PNUD, representa o processo tendente ao

acréscimo de oportunidades que se oferecem às pessoas e a possibilidade dos indivíduos

poderem ter uma vida longa, com um bom nível de saúde, níveis de conforto e de

saneamento básicos, aquisição de conhecimentos, acesso a bens essenciais e a um nível

de rendimentos necessário para um nível de vida aceitável.

O IDH sintetiza um conjunto de indicadores de crescimento económico, de melhoria das

condições de vida das populações, de acesso a bens essenciais, à saúde e educação, de

forma a «quantificar» a qualidade de vida das populações, numa perspectiva dinâmica e

numa base estatística.

Nasceu da insuficiência e das limitações decorrentes de uma abordagem meramente

economicista da questão do desenvolvimento, no seu conceito mais amplo e global, e da

sua quantificação.

Consequentemente, o IDH procura responder à necessidade de sistematização e de

ordenação do nível de desenvolvimento, baseado numa perspectiva de abordagem deste

processo num plano que ultrapasse a mera quantificação do crescimento económico.

O IDH é, assim, um índice compósito (que varia entre 0 e 1), sendo as suas componentes

básicas as relacionadas com a esperança de vida, a alfabetização, as condições de vida e

o rendimento.

Os três indicadores de base que entram na construção do IDH procuram traduzir em

termos objectivos e quantificáveis a longevidade dos indivíduos (medida através da

esperança média de vida), o nível de conhecimentos adquiridos (avaliado através da

alfabetização dos adultos e da duração em anos da escolaridade) e o nível de vida da

população (quantificado através do Produto Interno Bruto per capita).

A Evolução do IDH na Lezíria do Tejo

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

30.

Em 1999 o Departamento de Prospectiva e Planeamento (DPP) publicou o estudo

“População e Desenvolvimento Humano – Uma Perspectiva de Quantificação”, que

representou o primeiro ensaio de aplicação da metodologia associada à determinação do

IDH do PNUD às regiões portuguesas, tendo estendido esta aplicação ao nível de

concelho, para além de NUT II e III e do Distrito.

A versão portuguesa do IDH reporta-se ao índice original estruturado pelo PNUD,

conjugando a esperança de vida média, a taxa de alfabetização da população com 15 e

mais anos de idade e o índice do rendimento (medido através do PIB per capita em

Paridades de Poder de Compra - PPC).

Todavia, introduziu-se uma alteração metodológica considerada mais adequada à

realidade nacional: foi incluída uma quarta variável, relacionada com o “conforto da

população”, medido através de existência de electricidade, água canalizada e instalações

sanitárias.

O IDH na versão portuguesa resulta portanto da média aritmética simples de quatro

índices parcelares relativos às seguintes dimensões:

- Educação (IEDU);

- Longevidade (IEV);

- Conforto (IC);

- Rendimento Ajustado (IRA).

Onde:

IEDU = Índice de Educação, que representa a relação entre a população com 15 e mais anos de idade que sabe

ler e escrever e a população total do mesmo grupo etário (em ambos os sexos, expressa em percentagem);

IEV = Índice da Longevidade, medido pela esperança de vida à nascença;

IC = Índice de Conforto, medido pela percentagem da população em alojamentos com electricidade, água

canalizada e saneamento básico;

IRA = Índice do Rendimento Ajustado, medido pelo PIB per capita, em PPC.

Todos os índices utilizados têm subjacente a definição teórica de valores máximos e

mínimos, que caracterizam o grau de desenvolvimento ou de défice:

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

31.

- Esperança de vida à nascença em ambos os sexos (25 e 85 anos);

- Taxa de alfabetização dos adultos (0 e 100%);

- Taxas de escolaridade conjunta do ensino primário, secundário e superior (0 e 100%);

- Nível de rendimento (100 e 40.000 dólares);

- Nível de conforto (0 e 100%).

A Lezíria do Tejo tem registado ao longo das últimas três décadas uma evolução positiva

dos quatro índices parcelares do IDH. Entre 1971 e 1991 a região beneficiou de uma

melhoria significativa dos níveis de educação e de conforto da população residente. Se o

rendimento observou uma evolução positiva em todo o período considerado, foi entre

1991 e 2001 que o crescimento dos níveis de rendimento da população foi mais evidente.

Como seria de esperar, a longevidade apresentou um forte aumento na primeira década

considerada mas estabilizou nos períodos seguintes.

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

32.

EVOLUÇÃO DOS ÍNDICES PARCELARES DO IDH – LEZÍRIA DO TEJO

IEV - LONGEVIDADE IEDU - EDUCAÇÃO

0,768

0,828

0,8580,856

0,824

0,72

0,74

0,76

0,78

0,8

0,82

0,84

0,86

0,88

1970 1981 1991 2001 2003

0,624

0,823 0,857

0,8540,717

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1970 1981 1991 2001 2003

IC - CONFORTO IRA/IPIB - RENDIMENTO

0,414

0,936

0,987

0,986

0,766

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1970 1981 1991 2001 2003

Fonte: DPP; Cálculos próprios.

0,172

0,303

0,5200,518

0,233

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

1970 1981 1991 2001 2003

O IDH na Lezíria do Tejo registou uma evolução positiva ao longo de todo o período

considerado, com um crescimento mais elevado entre 1970 e 1991 e uma relativa

estabilização a partir deste ano. Entre 2001 e 2003 foi muito ténue o crescimento do IDH

nesta região.

EVOLUÇÃO DO IDH NA LEZÍRIA DO TEJO (1970-2003) E IDH POR CONCELHO (2003)

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

33.

IDH – DESENVOLVIMENTO HUMANO

0,651

0,860

0,8660,8640,784

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1970 1981 1991 2001 2003

IDH NOS CONCELHOS DA LEZÍRIA DO TEJO - 2003

Fonte: DPP; Cálculos próprios.

Foram as melhorias registadas ao nível da educação, do conforto e do rendimento que

mais contribuíram para a evolução positiva do IDH regional.

Em termos intra-regionais, observam-se diferenças de valor do IDH muito pouco

significativas entre os vários concelhos da Lezíria do Tejo, concluindo-se pelo bom nível

de convergência de todos os territórios concelhios nos domínios da educação, conforto,

saúde e rendimento.

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

34.

É possível destacar um grupo de concelhos com valores de IDH mais baixos, que

corresponde aos territórios marcadamente rurais (Coruche, Salvaterra de Magos, Alpiarça

e Golegã). Num grupo intermédio de IDH posicionam-se os concelhos da Chamusca,

Azambuja, Almeirim e Rio Maior. Tratando-se de um concelho também com

características muito rurais, é curiosa a presença da Chamusca neste grupo.

Os concelhos de Santarém, Cartaxo e Benavente apresentam os mais elevados valores de

desenvolvimento humano da região, o que se explica pelo melhor desempenho destes

concelhos nos domínios da saúde, conforto, educação e, sobretudo, rendimento.

Numa comparação inter-regional do IDH em 2003, verifica-se que a Lezíria do Tejo ocupa

a 11ª posição do ranking nacional deste indicador, registando um valor claramente acima

do nível de IDH nacional.

IDH DA LEZÍRIA DO TEJO NO CONTEXTO DAS NUT III - 2003

Fonte: DPP; Cálculos próprios.

0,844R. A A¨ores16

0,815Portugal0,846C‡vado15

0,800Alto Tr‡s-os-Montes300,850Oeste14

0,803T‰mega290,853Alentejo Litoral13

0,805Pinhal Interior sul280,857Ave12

0,808Baixo Alentejo270,866Lez’ria do Tejo11

0,810Douro260,867Algarve10

0,811Serra da Estrela250,868Entre Douro e Vouga9

0,811Pinhal Interior Norte240,869Pen’nsula de Set�bal8

0,814Beira Interior Norte230,873Baixo Mondego7

0,817D‹ o Laf› es220,874Mˇ dio Tejo6

0,821Minho -Lima210,876Baixo Vouga5

0,823Alto Alentejo200,879R. A Madeira4

0,829Cova da Beira190,882Pinhal Litoral3

0,840Beira Interior Sul180,903Grande Porto2

0,840Alentejo Central170,992Grande Lisboa1

IDHNUT IIIRankingIDHNUT IIIRanking

0,844R. A A¨ores16

0,815Portugal0,846C‡vado15

0,800Alto Tr‡s-os-Montes300,850Oeste14

0,803T‰mega290,853Alentejo Litoral13

0,805Pinhal Interior sul280,857Ave12

0,808Baixo Alentejo270,866Lez’ria do Tejo11

0,810Douro260,867Algarve10

0,811Serra da Estrela250,868Entre Douro e Vouga9

0,811Pinhal Interior Norte240,869Pen’nsula de Set�bal8

0,814Beira Interior Norte230,873Baixo Mondego7

0,817D‹ o Laf› es220,874Mˇ dio Tejo6

0,821Minho -Lima210,876Baixo Vouga5

0,823Alto Alentejo200,879R. A Madeira4

0,829Cova da Beira190,882Pinhal Litoral3

0,840Beira Interior Sul180,903Grande Porto2

0,840Alentejo Central170,992Grande Lisboa1

IDHNUT IIIRankingIDHNUT IIIRanking

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35.

5. ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

A definição de uma Estratégia de Desenvolvimento, em que os elementos do crescimento

económico, da coesão social e da protecção ambiental se reforcem mutuamente, tem que

partir de uma cuidadosa avaliação dos pontos fortes, pontos fracos, ameaças e

oportunidades com que a economia e a sociedade da Lezíria do Tejo se irão deparar. Este

exercício foi desenvolvido e apresentado num documento de diagnóstico da Região e

aprofundado posteriormente através de seminários temáticos com actores relevantes da

Região.

A Estratégia de Desenvolvimento da Lezíria do Tejo que se propõe toma em devida

consideração as orientações definidas pelo Programa Nacional de Política de Ordenamento

do Território, o qual preconiza um conjunto de “recomendações” para o Desenvolvimento

do Território no Ribatejo e no Oeste, que atendendo aos seus impactes mais ou menos

directos na estratégia de desenvolvimento da Lezíria do Tejo, merecem aqui destaque,

designadamente:

• “Clarificar os cenários de organização do território decorrentes da localização do

novo aeroporto na Ota, tomar medidas que minimizem os efeitos perversos da

eventual especulação fundiária e implementar os programas estruturantes que

optimizem o seu impacte territorial;

• Desenvolver as aptidões para as actividades logísticas, principalmente no eixo Vila

Franca/Cartaxo/Santarém, definindo os espaços, apoiando iniciativas e

promovendo as infra-estruturas;

• Valorizar o papel de charneira inter-regional, e o potencial de localização de

actividades logísticas, do polígono urbano Tomar – Torres Novas - Entroncamento

- Abrantes, articulando com o litoral, com a Beira Interior e o Alto Alentejo;

• Estruturar o sistema urbano sub-regional, articulando e dando coerência a quatro

subsistemas: o eixo Torres Vedras - Caldas da Rainha - Alcobaça, o eixo Vila

Franca - Carregado/Azambuja - Cartaxo - Santarém, o eixo Almeirim/Santarém –

Rio Maior - Caldas da Rainha e o polígono Tomar – Torres Novas - Entroncamento

- Abrantes;

• Reforçar o protagonismo de Santarém, com particular atenção às infra-estruturas

para acolhimento de actividades intensivas em conhecimento (PCT);

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

36.

• Apoiar a dinâmica emergente de afirmação de um pólo industrial Abrantes - Ponte

de Sôr em torno das indústrias de fundição, automóvel e aeronáutica;

• Preservar a competitividade da agricultura e das explorações agrícolas,

nomeadamente protegendo os respectivos solos das pressões de urbanização e de

valorizações especulativas.”

O PNPOT identifica também, relativamente à NUTIII da Lezíria do Tejo, alguns aspectos

particularmente caracterizadores desta região, destacando a presença relevante de

agricultura competitiva nas zonas de aluvião da Lezíria do Tejo (com bons resultados e

perspectivas de desenvolvimento competitivo agro comercial, mesmo no quadro da

progressiva eliminação das políticas de suporte aos preços e rendimentos agrícolas) e

também de agricultura extensiva com potencial agro-ambiental numa parcela substancial

do Ribatejo, revelando as seguintes características: baixa densidade e envelhecimento

populacional; largo predomínio de grandes e médias explorações agrícolas com sistemas

de produção extensiva (agrícola, pecuária e florestal), nem sempre competitivos num

contexto agro comercial mais concorrencial, mas em regra com boas condições de

desenvolvimento de serviços agro-ambientais e rurais que se baseiem na abundância e

qualidade do ambiente natural e da paisagem (por exemplo, conservação da natureza e

da biodiversidade, actividade cinegética, turismo de natureza e outras actividades de

lazer e educativas).

Para além das recomendações traçadas para a Região do Ribatejo e do Oeste em sede de

PNPOT, salienta-se ainda que o sucesso da Estratégia de Desenvolvimento da Lezíria do

Tejo não será insensível à evolução nacional. Por outro lado, se as tendências de evolução

nacionais, influenciadas igualmente pelas vagas de fundo europeias e internacionais, têm

efeitos no desenvolvimento das várias células que compõem o território nacional, não é

menos verdade que o comportamento daquelas, de forma mais ou menos determinante,

influencia o sentido e o ritmo de evolução do país.

Neste sentido, a concretização da Estratégia de Desenvolvimento da Lezíria do Tejo não

pode ser desligada dos ritmos de crescimento da economia portuguesa e da evolução da

sociedade portuguesa no seu conjunto. Tal como alguns dos aspectos mais preocupantes

em termos territoriais, desde o desemprego estrutural à sensibilidade acrescida aos

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37.

efeitos da deslocalização, fruto da intensificação da globalização, não podem ser

dissociados das debilidades do modelo de crescimento nacional.

Num contexto de crise das finanças públicas e efectivo ou eminente esgotamento do

modelo de crescimento português, o pano de fundo da economia nacional é preocupante

e exige um esforço substancial, que se colocaria quase no plano da criatividade, para

concretização de ganhos em posição competitiva A alteração do modelo de crescimento

económico não é concretizável através de uma decisão de “comando” da governação

central. Esta alteração é crucial mas depende do comportamento dos vários mosaicos que

compõem o território nacional e depende também do comportamento dos agentes

privados.

Os limites das intervenções públicas e especificamente da intervenção da Administração

Pública de natureza local (e regional) não são neste contexto desprezáveis. Os progressos

verificados em coesão bem como os progressos menos expressivos em competitividade

devem ser compreendidos e ponderados no quadro das competências da Administração

Local. As dotações em equipamentos constituem matéria passível de tipologias de

investimentos públicos locais. Pelo contrário, em matéria de investimentos para a

competitividade, as tipologias de intervenção das Câmaras Municipais encontram-se

substancialmente limitadas.

Não obstante a tendência dominante, salienta-se que a Lezíria sofreu um crescimento

significativo no que respeita à produção de riqueza durante os anos 90, tendo convergido

claramente para a média nacional, e que evidencia níveis de produtividade acima da

média nacional. No entanto, nos últimos anos o ritmo de crescimento registado diminuiu.

Reconhece-se que se verificou no conjunto das regiões portuguesas, na programação do

investimento público uma excessiva valorização do investimento em infra-estruturas.

Reconhece-se, contudo, que esse foi o espírito dominante dos últimos vinte anos de

programação do investimento público, nacional e comunitário.

A tendência referida, na opinião da equipa, não indicia qualquer fragilidade relativamente

ao futuro. Verificou-se nos mais recentes anos uma transição gradual das tipologias de

investimento protagonizadas pelo conjunto dos decisores nacionais, ao nível central e

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38.

local: a política de infraestruturação para o acolhimento empresarial (zonas industriais,

loteamentos industriais e parques empresariais entre outras experiências) veio revelar

uma nova linha de preocupações, indiscutivelmente mais próxima da dimensão da

competitividade.

Por último, e porque a Estratégia de Desenvolvimento que se propõe no presente

documento exige uma reorientação significativa do objecto das intervenções e do

correspondente esforço de investimento, considera-se fundamental que as orientações do

futuro Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo – que terá

inquestionavelmente um impacte territorial significativo nos territórios-alvo a que se

dirige - , actualmente em fase de elaboração, tenham em conta a presente Estratégia

desenvolvida especificamente para a região da Lezíria do Tejo.

Um factor que se destaca desde já e que irá inevitavelmente reflectir-se na estruturação

interna da Lezíria do Tejo é a prevista localização do aeroporto na Ota, encontrando-se

em fase de elaboração um conjunto de estudos que irão clarificar os cenários de

organização do território decorrentes da localização do novo aeroporto e que visam

igualmente contribuir para a definição de medidas que minimizem os efeitos perversos da

eventual especulação fundiária e para a implementação de intervenções que optimizem o

seu impacte territorial. A Lezíria do Tejo encontra-se na área de influência sub-regional

da OTA e os concelhos da Azambuja, Benavente, Cartaxo e Rio Maior na sua área de

influência concelhia mais próxima, ou seja, serão estes os concelhos que, na Lezíria do

Tejo, de forma mais directa sofrerão impactes da localização do aeroporto na OTA. Os

possíveis impactes, traduzindo-se em efeitos negativos ou positivos, estendem-se desde

a expansão metropolitana, residencial e empresarial às dotações em acessibilidades. Do

resultado dos estudos actualmente em elaboração poderá surgir a necessidade de

adaptação da presente Estratégia de Desenvolvimento.

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39.

5.1 AMBIÇÃO

A caracterização da Lezíria do Tejo relativamente aos seus pontos fortes, pontos fracos,

ameaças e oportunidades aponta para a necessidade de uma mudança significativa do

seu modelo de desenvolvimento. É neste pressuposto que se elaborou a presente

Estratégia de Desenvolvimento.

A Grande Ambição que enforma a Estratégia de Desenvolvimento da Lezíria do

Tejo é a seguinte:

Fazer da Lezíria do Tejo, no horizonte de 2015, uma das regiões mais

desenvolvidas do país, com níveis de crescimento elevados e recursos humanos

altamente qualificados, com um sistema territorial e urbano coeso, moderno e

competitivo, num quadro de acrescida qualidade ambiental e protecção social.

Para que esta Ambição seja atingida deverão ser prosseguidos os seguintes quatros

objectivos:

• Região com um Modelo Territorial Mais Coeso e Competitivo, cujo objectivo

central é o reforço e a consolidação de um sistema territorial e urbano coeso,

moderno e competitivo, capaz de gerar novas configurações territoriais e de

promover a melhoria da qualidade de vida das populações, assumindo os

princípios e dimensões do processo de desenvolvimento integrado e sustentado.

• Região com Recursos Humanos mais Qualificados e Competências

acrescidas, que tem como objectivo central a melhoria da qualificação dos

recursos humanos da Lezíria do Tejo, contribuindo para o desenvolvimento de

competências acrescidas e, por conseguinte, para o fortalecimento dos factores

estratégicos de competitividade regional.

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40.

• Região Mais Competitiva e Inovadora dirigido ao reforço da competitividade da

região, apostando na inovação em actividades económicas com maior potencial de

desenvolvimento competitivo e na penetração dos novos factores de

competitividade no tecido empresarial e institucional.

• Região com Melhor Qualidade Ambiental que prossegue a melhoria da

qualidade ambiental do conjunto dos onze concelhos que formam a Lezíria do

Tejo, através da prossecução de um modelo de desenvolvimento que integre a

protecção do ambiente numa região dotada de equipamentos e infra-estruturas

que assegurem uma adequada disponibilidade de serviços ambientais, numa

sociedade que assegura cabalmente o desempenho das tarefas de defesa e

promoção do ambiente, e em que a preservação e valorização dos recursos

naturais e do património natural sejam assumidas como vectores essenciais da

qualidade de vida das populações e da promoção do crescimento, quer ao nível da

actividade agrícola quer ao nível do sector do turismo.

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41.

6. EIXOS DE DESENVOLVIMENTO/LINHAS DE INTERVENÇÃO

EIXO 1 REGIÃO COM UM MODELO TERRITORIAL MAIS COESO E

COMPETITIVO

O Eixo 1 da Agenda XXI da Lezíria do Tejo tem por objectivo central o reforço e a

consolidação de um sistema territorial e urbano coeso, moderno e competitivo,

capaz de gerar novas configurações territoriais e de promover a melhoria da

qualidade de vida das populações, assumindo os princípios e dimensões do

processo de desenvolvimento integrado e sustentado.

Este Eixo procura assumir os grandes quatro principais objectivos definidos para a Política

de Cidades em Portugal.

Primeiramente, pretende-se qualificar e revitalizar as diversas áreas funcionais que

compõem a cidade (centros históricos, áreas comerciais, espaços suburbanos e

periurbanos e bairros críticos), visando o funcionamento coeso e sustentável da urbe.

Em segundo lugar, procura-se fortalecer e diferenciar o capital humano, institucional,

cultural e económico de cada cidade, de modo a reforçar o protagonismo territorial das

cidades a diversas escalas, privilegiando a integração das cidades em redes urbanas

nacionais e internacionais.

Concomitantemente, visa-se fomentar a articulação entre as cidades e as áreas

envolventes, promovendo sinergias e complementaridades, reforçando as economias

urbanas e regionais, numa lógica de racionalização e eficácia dos serviços públicos

prestados.

Finalmente, pretende-se inovar nas soluções para os problemas urbanos, promovendo as

que se orientem, em termos físicos, para a eficiência e reutilização dos equipamentos, em

termos técnicos, para a exploração das oportunidades que as novas tecnologias oferecem

e, em termos organizativos, para o fomento das parcerias público-privadas.

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

42.

Deste modo, procura-se qualificar e valorizar o território da região da Lezíria do Tejo,

através da consolidação de algumas tendências que têm vindo a ser verificadas,

designadamente as que passam pela crescente importância que os centros urbanos de

pequena e média dimensão têm vindo a desempenhar na modelação do território

regional.

O Eixo Região com um Modelo Territorial mais Coeso e Competitivo encontra-se

organizado em três Linhas de Intervenção: uma dirigida à equipamentação territorial,

outra à componente da regeneração/ qualificação urbana e uma terceira essencialmente

dirigida para a vertente das acessibilidades e mobilidade.

A Linha de Intervenção Rede Polinucleada de Equipamentos Colectivos visa

desenvolver acções que procurem consolidar e concluir a rede de equipamentos sociais e

culturais de apoio à população, privilegiando projectos que possuam preferencialmente,

uma escala de intervenção supra-local (inter-municipais ou que contemplem diversas

freguesias de um dado concelho). Contemplam-se diversos sectores e valências, tais

como as da saúde, acção social, desporto e cultura2.

A Linha de Intervenção Regeneração, Revitalização e Competitividade Urbana

apresenta uma escala de intervenção essencialmente intra-urbana. De facto, esta Linha

de Intervenção enquadra acções que procurem fomentar a revitalização, reabilitação,

requalificação e renovação dos principais espaços dos centros urbanos (centros históricos

e cívicos, áreas periféricas e bairros críticos), procurando melhorar, ao mesmo tempo, a

competitividade urbana e territorial.

Finalmente, a Linha de Intervenção Acessibilidade e Mobilidade Multimodais

procura reforçar, a um tempo, a mobilidade intra-regional, através da melhoria da

acessibilidades e transportes inter e intra-concelhios e, a outro, qualificar a mobilidade

urbana, valorizando a intermodalidade e a mobilidade sustentável em contexto urbano.

O Eixo 1 da Agenda XXI da Lezíria do Tejo apresenta uma elevada articulação com

duas das cinco prioridades estratégicas definidas pelo QREN: Assegurar a

2 Os equipamentos de Ensino e Formação estão integrados no Eixo 2 da Agenda XXI.

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

43.

Qualificação do Território e das Cidades, nomeadamente no que se refere à conectividade

territorial e à consolidação do sistema urbano regional, e Garantir a Coesão Social, tendo

em atenção o conjunto de acções no âmbito dos equipamentos de apoio à população.

O Programa Operacional Temático Valorização do Território encontra uma boa

resposta no Eixo 1 da Agenda XXI da Lezíria do Tejo, nomeadamente no que

respeita ao seu Eixo 6 – Desenvolvimento do Sistema Urbano Nacional, que tem por

objectivo a consolidação de um sistema urbano policêntrico, no qual os centros urbanos

de pequena e média dimensão deverão desempenhar um papel fulcral.

O Eixo 1 da Agenda 21 da Lezíria do Tejo articula-se com dois dos cinco eixos

prioritários definidos pelo Programa Operacional do Alentejo: Desenvolvimento

Urbano, sobretudo em duas áreas de intervenção (Regeneração Urbana e Mobilidade

Urbana) e Conectividade e Articulação Territorial, nas duas áreas de intervenção previstas

(Infra-estruturas e Redes de Mobilidade e Equipamentos para a Coesão Social e

Territorial).

Sendo o Programa Operacional Temático Valorização do Território e o Programa

Operacional da Região do Alentejo instrumentos para a operacionalização de algumas das

prioridades definidas pelo Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território

facilmente se conclui constituir a Agenda XXI uma excelente resposta a diversos

objectivos e opções estratégicas de âmbito territorial definidas por aquele instrumento de

ordenamento de âmbito nacional.

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

44.

LINHA DE INTERVENÇÃO 1

REDE POLINUCLEADA DE EQUIPAMENTOS COLECTIVOS

EIXO 1 Região com um Modelo Territorial mais Coeso e Competitivo

Linha de Intervenção 3

Acessibilidade e Mobilidade Multimodais

Linha de Intervenção 1

Rede Polinucleada de Equipamentos Colectivos

Linha de Intervenção 2

Regeneração, Revitalização e Competitividade Urbana

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

45.

OBJECTIVO CENTRAL

A Linha de Intervenção 1 do Eixo 1 da Agenda XXI

procura promover uma melhoria da quantidade,

qualidade e acessibilidade dos equipamentos colectivos e

dos serviços sociais e culturais prestados à população.

Para a prossecução daquele objectivo devem levar-se

em consideração não só os critérios de programação e

dimensionamento de equipamentos previstos na lei, mas

também a necessidade de privilegiar intervenções

intermunicipais e de operacionalização de políticas de

discriminação positiva à escala concelhia.

Por conseguinte, esta Linha de Intervenção constitui um

instrumento essencial para a prossecução de uma

política regional e urbana que visa a consolidação de um

sistema territorial e urbano multipolar e policêntrico.

MEDIDA 1.1 Equipamentos de Saúde

MEDIDA 1.2 Equipamentos de Integração e de Acção Social

MEDIDA 1.3 Equipamentos de Desporto e Lazer

MEDIDA 1.4 Equipamentos Culturais e Patrimoniais

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

46.

Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção

Esta Linha de Intervenção assume o princípio de que os equipamentos colectivos são

parte fundamental do processo de desenvolvimento de qualquer território, com

implicações directas na estruturação da sociedade e na valorização dos recursos

humanos, no crescimento e fortalecimento da economia, na gestão e preservação do

ambiente, na protecção e valorização do património natural e cultural, assim como na

gestão, organização e afectação dos espaços aos usos.

Neste contexto, os equipamentos colectivos de âmbito social e cultural devem ser

perspectivados quer na óptica da equidade e da qualidade de vida das populações quer

como instrumentos de qualificação e valorização dos centros urbanos e,

consequentemente, como factores de atracção e retenção populacional.

A concretização desta Linha de Intervenção deve ser efectuada num quadro de respeito e

articulação com as propostas de hierarquia e modelação da rede urbana e de

cumprimento das regras de programação de equipamentos colectivos, numa lógica de

prevenção e antecipação de carências, contribuindo, deste modo, para o desenvolvimento

integrado e sustentado da Lezíria do Tejo nas suas diversas dimensões.

A Linha de Intervenção Rede Polinucleada de Equipamentos Colectivos procura ir ao

encontro das novas tendências de estruturação e modelação dos territórios, que

valorizam as sedes de concelho e os principais centros urbanos, em detrimento de

abordagens extensivas que configuram a dispersão excessiva dos equipamentos.

Simultaneamente, deverá privilegiar-se a reutilização e a eficiência dos equipamentos

existentes, em detrimento da construção nova.

Por outro lado, deve levar-se em consideração o facto de a região da Lezíria do Tejo

possuir actualmente uma rede bastante satisfatória de equipamentos colectivos,

consequência do esforço desencadeado pela administração central e, sobretudo, local.

Ainda assim, subsistem carências e estrangulamentos que importa ultrapassar, através

da conclusão das redes de equipamentos colectivos que promovam a coesão social e

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

47.

territorial, nomeadamente nos domínios da saúde, protecção e acção social, desporto,

cultura e património.

Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal

Concelho Projecto

Rede Regional de Unidades de Cuidados Continuados de Saúde

Rede Regional / Concelhias de Unidades de Saúde Familiares

Consolidação da Rede de Creches nas Sedes de Concelho

Rede de Complexos Desportivos / Tanques de Aprendizagem dos Núcleos Urbanos sedes de Agrupamentos Escolares Rede de Centros Culturais Polivalentes dos C. Urbanos Complementares

Carta de Equipamentos de Saúde e de Acção Social dos municípios da L. do Tejo

Carta de Equipamentos Desportivos e de Lazer dos municípios da L. do Tejo

Diversos

Carta de Equipamentos Culturais dos municípios da Lezíria do Tejo

Almeirim Requalificação do Campo de Jogos e Pista de Atletismo

Valorização Cultural da Casa Museu dos Patudos Alpiarça

Recuperação do Cine-Teatro e do Centro de Cultura

Conclusão da Rede de Pavilhões Desportivos Escolares

Centro Cultural de Manique do Intendente

Azambuja

Estrutura e Valorização Museológica do Castro de Vila Nova de S. Pedro

CAT do Sul da Lezíria do Tejo

Lar / Centro Actividades para Pessoas com Deficiência

Creches de Samora Correia e Porto Alto

Remodelação do Museu Municipal

Benavente

Núcleo Museulógico Agrícola em Samora Correia

Ampliação do Centro de Saúde do Cartaxo

Centro Social da Cidade do Cartaxo

Pavilhão Desportivo Municipal

Cartaxo

Biblioteca Municipal do Cartaxo

Centro de Acolhimento e Lar da Zona Norte e da Zona Sul do concelho

Requalificação das Piscinas e área lúdico-desportiva envolvente

Requalificação do Anfi-Tetaro do Parque Municipal e área envolvente

Espaço Intergeracional de Animação de Tempos Livres

Chamusca

Parque Ecoteca

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48.

Pavilhão da Escola Secundária

Biblioteca e Arquivo Municipal de Coruche

Pavilhão Multiusos / Centro de Convenções

Coruche

Museu da Cortiça / Observatório do Sobreiro

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

49.

Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal (continuação)

Concelho Projecto

Centro de Saúde da Golegã

Requalificação dos Estádios (Ademas e Assunção Coimbra)

Golegã

Reabilitação do Cine-Teatro da Golegã

Complexo Desportivo e de Lazer do Sul do Concelho

Arquivo Municipal de Rio Maior

Rio Maior

Centro Cultural Polivalente do Sul do Concelho

Eco-Museu de Salvaterra de Magos

Arquivo Municipal de Salvaterra de Magos

Complexo Desportivo de Marinhais

Salv. Magos

Biblioteca de Marinhais

Centro de Saúde de Santarém

Complexo Desportivo Municipal / Centro de Excelência Desportiva

Pavilhão Multiusos do Campo Emílio Infante da Câmara

Pavilhão Desportivo das EB 2,3 de Alcanede e de Pernes

Parque Urbano Radical

Museu Nacional de Gastronomia

Museu da Liberdade

Biblioteca e Arquivo Municipal de Santarém

Centro Ciência Viva de Santarém

Santarém

Centros de Artes e Espectáculos de S. Domingos

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50.

MEDIDA 1.1 – Equipamentos de Saúde

Justificação / Descrição da Medida

A presente Medida procura intervir fundamentalmente na vertente dos cuidados

de saúde primários; destacam-se três tipologias de intervenções.

No que diz respeito aos centros de saúde, a principal prioridade prende-se com a

construção do Centro de Saúde de Santarém, que deverá contemplar instalações

para cuidados de saúde, Centro de Diagnóstico Pneumológico e o Laboratório de

Saúde Pública. Ainda neste domínio poderão justificar-se intervenções noutros

concelhos como são os casos da Golegã e do Cartaxo.

Por outro lado, deve ser implementada a rede de Unidades de Saúde Familiares,

que procuram desenvolver um serviço de proximidade através de equipas

integradas de médicos, enfermeiros, auxiliares e administrativos. As unidades a

criar deverão procurar servir agrupamentos territoriais que agreguem diversas

freguesias dos onze municípios da Lezíria do Tejo.

Finalmente, importa criar uma rede regional adequada de unidades de cuidados

continuados e paliativos de saúde, numa lógica de parceria entre os centros de

saúde, as instituições particulares de solidariedade social e o Hospital Distrital de

Santarém. Dada a dimensão da Lezíria do Tejo, numa primeira fase justificam-se

cerca de uma dezena de unidades, procurando cada unidade servir uma

população de aproximadamente 20/30 habitantes.

Objectivos Específicos da Medida

- Qualificar os serviços de saúde diferenciados e os serviços de urgência.

- Melhorar a rede de prestação de cuidados de saúde primários.

- Promover a implementação de unidades de saúde familiares.

- Criar uma rede regional adequada de Unidades de Cuidados Continuados de

Saúde e de Cuidados Paliativos.

- Desenvolver parcerias entre o Hospital Distrital, Centros de Saúde e rede

solidária de instituições de acção social.

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51.

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52.

MEDIDA 1.2 – Equipamentos de Integração e Acção Social

Justificação / Descrição da Medida

O exercício da função de integração e de acção social deverá continuar a ser da

responsabilidade do Estado (incluindo das autarquias), mas onde as parcerias e a

cooperação com entidades públicas e privadas sem fins lucrativos deverão

continuar a assumir um papel fundamental na acção social.

No que diz respeito aos equipamentos de apoio à infância, a principal prioridade

prende-se com a construção de creches nos principais centros urbanos,

privilegiando os bairros de expansão urbana, numa lógica de proximidade.

Relativamente aos equipamentos de apoio a idosos, importa dar prossecução à

política de construção de Lares e Centros de Dia nas sedes de concelho e

nalgumas das principais sedes de freguesia; simultaneamente, devem aumentar-

se as taxas de cobertura concelhia em serviços de apoio domiciliário.

Importa ainda desenvolver acções destinadas a grupos sociais específicos, caso

de crianças e jovens em risco, toxicodependentes e populações portadoras de

deficiência. Neste contexto, poderá justificar-se a construção de equipamentos

com estas valências no sul da região, dada a sua proximidade com a AML e a

elevada dinâmica demográfica.

Objectivos Específicos da Medida

- Melhorar a cobertura dos equipamentos de apoio à infância, privilegiando a

valência de creche nos principais centros e bairros de expansão urbana.

- Consolidar a rede de equipamentos de apoio a idosos.

- Dar prossecução à política de incremento da cobertura do apoio domiciliário, de

modo a permitir ao idoso manter uma melhor qualidade de vida.

- Desenvolver uma adequada rede de equipamentos de apoio a grupos sociais e

populações com necessidades especiais.

- Criar uma metodologia de monitorização ao funcionamento dos equipamentos

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53.

de acção social.

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54.

MEDIDA 1.3 – Equipamentos de Desporto e Lazer

Justificação / Descrição da Medida

Esta Medida deverá possuir uma forte dimensão intermunicipal, com o propósito

de obter ganhos de escala e maior eficácia na gestão dos equipamentos.

Pretende-se contemplar quatro dimensões fundamentais.

Primeiramente, importa consolidar o papel de Rio Maior enquanto cidade de

desporto no contexto regional e nacional, promovendo também a sua

internacionalização e o desenvolvimento de fileiras, que contemplem também os

sectores da educação e da saúde.

Por outro lado, existem ainda alguns investimentos complementares a efectuar

nalguns centros urbanos com um protagonismo territorial relevante no contexto

regional (casos dos municípios de Santarém, do Cartaxo e da Azambuja).

Em terceiro lugar, deverá ser desenvolvido/ consolidado uma rede de

equipamentos desportivos associados aos núcleos urbanos fora das sedes de

concelho onde se localizam sedes de agrupamentos escolares (pavilhões e

tanques de aprendizagem).

Finalmente, deverão ser construídos equipamentos multifuncionais de

proximidade associados, por um lado a processos de qualificação urbana e, por

outro, a áreas de lazer com enquadramento paisagístico e ambiental favorável.

Objectivos Específicos da Medida

- Consolidar a oferta de equipamentos desportivos multifuncionais.

- Valorizar as acções de âmbito intermunicipal, com o propósito de obter ganhos

de escala e uma maior eficácia na gestão e manutenção destes equipamentos.

- Promover a utilização dos equipamentos desportivos pelas populações, por

forma a melhorar a sua qualidade de vida, saúde e bem-estar.

- Promover a internacionalização de Rio Maior enquanto cidade do desporto,

valorizando outros domínios como a educação e a saúde.

- Desenvolver uma rede secundária de equipamentos desportivos nos centros

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55.

urbanos que constituem sedes de agrupamentos escolares.

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56.

MEDIDA 1.4 – Equipamentos Culturais e Patrimoniais

Justificação / Descrição da Medida

As actuações nesta Medida deverão, por um lado, procurar melhorar o

apetrechamento da rede de equipamentos, de modo a permitir às populações

uma melhor fruição dos espaços e, por outro, contribuir para gerar um quadro

diversificado e sustentado de acções culturais de qualidade.

Neste contexto, importa referir que a cidade de Santarém deverá consolidar o

seu papel regional na oferta cultural e patrimonial, criando novos equipamentos

e valências que possuam um largo espectro territorial (a criação do Museu da

Liberdade, do Museu Nacional de Gastronomia e de um Centro de Artes e

Espectáculos são alguns exemplos).

Dando continuidade a intervenções desencadeadas pelas autarquias nos últimos

anos, esta Medida deverá também enquadrar acções que visem completar a rede

de equipamentos culturais de proximidade, tais como museus, bibliotecas, cine-

teatros e centros culturais. Relativamente a estes últimos, e tendo por base o

contexto territorial das freguesias rurais importa promover a construção /

requalificação de edifícios que venham a configurar-se como Centros Culturais

Polivalentes, disponibilizando as seguintes valências: Auditório/ Sala de

Espectáculos, Espaço de Exposições, Espaço Internet e Sala de Leitura ou

biblioteca; estes Centros Culturais deverão servir agrupamentos de freguesias.

Objectivos Específicos da Medida

- Diversificar e consolidar a oferta de equipamentos culturais.

- Promover a multifuncionalidade dos equipamentos e as abordagens territoriais

integradas (intermunicipalidade, agrupamentos de freguesias, entre outros).

- Desenvolver um quadro sustentado de eventos culturais de qualidade.

- Promover uma rede de equipamentos culturais polinucleada, adoptando uma

política territorial de discriminação positiva.

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57.

- Melhorar a qualidade de vida das populações através da qualificação e fruição

dos espaços e património intervencionado.

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58.

LINHA DE INTERVENÇÃO 2

REGENERAÇÃO, REVITALIZAÇÃO E COMPETITIVIDADE URBANA

OBJECTIVO CENTRAL

Esta Linha de Intervenção procura operacionalizar as

linhas de orientação definidas para a Política de Cidades

POLIS XXI, procurando contribuir para uma maior

qualidade de vida urbana dos cidadãos da Lezíria do

Tejo, valorizando a dimensão ambiental e qualitativa do

processo de desenvolvimento.

Esta Linha de Intervenção visa qualificar e revitalizar os

espaços urbanos da região, promovendo a realização de

intervenções urbanísticas e ambientais de qualidade.

Estas intervenções pretendem responder às

preocupações com a qualidade de vida urbana e com o

incremento da dimensão relacional, recreativa e cultural

dos cidadãos.

Por conseguinte, pretende-se que os centros urbanos da

Lezíria do Tejo se afirmem como configurações

territoriais de sucesso, numa perspectiva intra-urbana

(espaços urbanos e ambientais qualificados) e numa

perspectiva mais ampla (área envolvente e em redes de

cidades competitivas).

MEDIDA 2.1 Qualificação e Regeneração dos Espaços Públicos

MEDIDA 2.2 Reabilitação e Valorização do Património Edificado

MEDIDA 2.3 Redes para a Competitividade e Inovação

MEDIDA 2.4 Parques Urbanos e Espaços Verdes

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59.

Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção

A Linha de Intervenção Regeneração, Revitalização e Competitividade Urbana procura

assumir as quatro ambições definidas pela Política de Cidades POLIS XXI, afigurando-se

as nossas cidades como configurações territoriais de sucesso, tornando-as territórios de

inovação e de competitividade, de cidadania e coesão social, de qualidade de vida e de

ambiente e de governância e planeamento eficaz e adequado.

Embora esta Linha de Intervenção privilegie uma dimensão intra-urbana, procura

também contribuir para a modernização do perfil funcional dos centros urbanos e, por

conseguinte, contribuir para a sua crescente articulação com os territórios envolventes

bem como para a sua integração em redes urbanas competitivas, nacionais e

internacionais.

As dimensões de intervenção, regeneração e revitalização urbanas destinam-se, pois,

essencialmente aos espaços internos da cidade. Neste âmbito, serão privilegiadas

operações integradas de qualificação e revitalização de áreas urbanas e projectos-piloto

de soluções inovadoras para problemas urbanos. Neste contexto, serão valorizadas as

operações integradas de qualificação e valorização urbana e ambiental, que permitam a

modernização funcional dos centros urbanos da Lezíria do Tejo. Estas operações poderão

privilegiar áreas de excelência urbana (centros históricos e cívicos ou frentes ribeirinhas),

mas também devem procurar intervir noutros espaços das cidades (bairros críticos e/ou

degradados, áreas abandonadas, bairros de expansão urbana, entre outros).

A dimensão da competitividade urbana inclui programas estratégicos de cooperação que

visem o reforço da competitividade e da projecção nacional e internacional dos centros

urbanos da Lezíria do Tejo, procurando traduzir as orientações estratégicas definidas pelo

Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território e pelo Plano Regional de

Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo.

A concretização desta Linha de Intervenção pressupõe um novo quadro de cooperação

institucional, englobando a mobilização e envolvimento dos diversos protagonistas,

públicos (com ênfase nas autarquias) e privados envolvidos na gestão e transformação do

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60.

espaço urbano. Daí que se torne essencial criar parcerias público-privadas para a

regeneração e revitalização urbana e para as redes de competitividade urbana.

Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal

Concelho Projecto

Requalificação / Dinamização Urbana dos Principais Centros Urbanos Complementares dos Concelhos da Lezíria do Tejo Rede de Habitação Social dos Municípios da Lezíria do Tejo

Planos de Urbanização e de Pormenor dos principais C. Urbanos

Diversos

Planos de Pormenor e de Salvaguarda dos C. Históricos e Cívicos

Centro Cívico de Fazendas de Almeirim Almeirim

Parque Urbano da Vala de Alpiarça

Parque Urbano da Vala de Alpiarça Alpiarça

Requalificação Urbana da Vila de Alpiarça

Requalificação Urbana da Azambuja

Reabilitação do Palácio Obras Novas / Requlif. Complexo Fluvial

Azambuja

Reabilitação do Palácio de Manique do Intendente

Conclusão da Requalificação do Parque 25 de Abril

Requalificação do Centro Cívico de Benavente

Requalificação do Centro Cívico de Samora Correia

Ampliação do Parque Ribeirinho de Benavente

Benavente

Ampliação do Parque Ribeirinho de Samora Correia

Parque Urbano Central Cartaxo

Requalificação do Campo da Feira

Requalificação Urbana e Ambiental da Chamusca

Parque Urbano e Ambiental da Chamusca

Chamusca

Rede de Frentes Ribeirinhas e Espaços de Lazer

Coruche Requalificação Urbana do Centro Histórico

Reabilitação Urbana / Recuperação do Edificado Golegã

Espaços de Lazer da Lagoa de Alverca do Campo

Requalificação Urbana do Núcleo Antigo de Rio Maior Rio Maior

Parque Urbano da Área dos Areeiros

Reabilitação do Edifício dos Paços do Concelho Salv. Magos

Reabilitação do Edifício da Falcoaria

Requalificação do Campo Emílio Infante da Câmara Santarém

Requalificação do Campo Sá Bandeira / Passeio Liberdade

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61.

Reabilitação dos Jardins das Portas do Sol e da República

Novo Edifício da Câmara Municipal

Reabilitação de Espaços do Centro Histórico e da Ribeira Santar.

Parque Urbano e Ribeirinho da Cidade (CNE/Caneiras)

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

62.

MEDIDA 2.1 – Qualificação e Regeneração de Espaços Públicos

Justificação / Descrição da Medida

A Medida 2.1 do Eixo 1 da Agenda XXI da Lezíria do Tejo procura intervir na

qualificação e regeneração dos diversos espaços públicos e funcionais dos

centros urbanos, tais como: os centros históricos e cívicos (onde geralmente se

localizam a maioria das actividades terciárias dos núcleos urbanos), os espaços

ribeirinhos (áreas com uma forte aptidão para o turismo e os lazeres), bairros

urbanos críticos (núcleos degradados, abandonados) e áreas urbanas

desintegradas e mal concebidas (bairros suburbanos, periurbanos, áreas urbano-

rurais ou urbano-industriais). Esta Medida integra ainda a construção de Bairros

de Habitação Social, incluindo pois uma dimensão de coesão social.

Esta Medida envolve a articulação de diferentes componentes dos espaços

urbanos (habitação, espaço público, reabilitação, requalificação e renovação

urbanas), no quadro de operações integradas de qualificação e regeneração

urbana, incluindo também uma dimensão mais alargada, numa perspectiva de

modernização funcional. Procura-se, pois, inverter os modelos de crescimento

urbano baseados em espaços urbanos esquálidos, áreas verdes ou de desafogo

diminutas e com mobiliário urbano sem unidade e qualidade – modelos estes que

têm contribuído para uma vivência urbana pobre, carente de harmonia e

insustentável a médio e longo prazos.

Objectivos Específicos da Medida

- Qualificar os diferentes espaços urbanos e funcionais das cidades (quer áreas

de excelência urbana quer áreas e bairros críticos).

- Desenvolver operações integradas de melhoria do ambiente urbano.

- Criar áreas de habitação social, contribuindo para a coesão social e territorial.

- Consolidar uma vivência urbana rica, de fruição dos diferentes espaços da

cidade, numa perspectiva de harmonia e de sustentabilidade.

- Desenvolver metodologias de regeneração urbana baseadas em parcerias,

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63.

envolvendo agentes públicos e privados, locais e sectoriais.

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64.

MEDIDA 2.2 – Reabilitação e Valorização do Património Edificado

Justificação / Descrição da Medida

Esta Medida apresenta uma estreita articulação com a anterior; contudo

apresenta uma abrangência territorial e sectorial mais circunscrita, na medida

em que contempla, fundamentalmente, edifícios e áreas com um elevado valor

patrimonial.

Trata-se de uma dimensão importante na Lezíria do Tejo, uma vez que a longa

ocupação humana e a tradição urbana deram origem a um rico conjunto de

elementos de valor patrimonial, entre cidades e vilas, castelos, conventos e

igrejas.

Neste contexto, a Medida 2.2 procura, no essencial, recuperar e valorizar o

património edificado, através da recuperação de elementos e de conjuntos com

reconhecido valor arquitectónico e histórico.

Complementarmente, a elaboração e implementação de Planos de Pormenor e de

Salvaguarda dos Centros Históricos e Cívicos da região deve constituir uma acção

imaterial prioritária, atendendo à sua importância enquanto princípio orientador

das intervenções integradas a levar a cabo.

Objectivos Específicos da Medida

- Promover a reabilitação do património edificado da Lezíria do Tejo.

- Contribuir para a valorização e potencialização do património regional.

- Desenvolver operações de revitalização, de modernização e de diversificação

funcional dos centros históricos e cívicos dos centros urbanos.

- Criar oportunidades para o desenvolvimento de parcerias, nomeadamente

através da criação de sociedades de reabilitação urbana.

- Elaborar instrumentos que permitam definir os princípios orientadores a

desenvolver nas intervenções a levar a cabo nos centros históricos e cívicos.

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66.

MEDIDA 2.3 – Redes para a Competitividade e Inovação

Justificação / Descrição da Medida

A presente medida incorpora uma das três dimensões da Política de Cidades

POLIS XXI. Com efeito, pretende-se fazer dos centros urbanos nós de redes de

inovação e de competitividade de âmbito nacional ou internacional, visando o

reforço do seu papel e da sua capacidade competitiva e a valorização dos

factores de diferenciação.

Envolve o apoio a estratégias de afirmação internacional, a cooperação entre

centros urbanos da Lezíria do Tejo para a valorização partilhada de recursos,

potencialidades e conhecimentos e, ainda, a cooperação entre estes centros e

outros nacionais e internacionais3.

As acções a desencadear nesta Linha de Intervenção devem consolidar uma

perspectiva alargada de territórios e de cidades, valorizando os eixos e sistemas

urbanos locais existentes da região (casos de Santarém/ Cartaxo/ Almeirim/

Alpiarça e Benavente/ S. Magos/ Coruche). Do mesmo modo, devem promover-

se sinergias e complementaridades entre os dois eixos territoriais definidos pelo

PNPOT: Almeirim/ Santarém/ Rio Maior e Santarém/ Cartaxo/ Azambuja.

Objectivos Específicos da Medida

- Promover a competitividade e a afirmação dos núcleos urbanos da Lezíria Tejo.

- Aumentar o protagonismo territorial (nacional e internacional) dos centros

urbanos da Lezíria do Tejo.

- Desenvolver acções de cooperação entre os centros urbanos da Lezíria do Tejo

e entre estes e cidades competitivas nacionais e internacionais.

- Consolidar eixos e sistemas urbanos locais no território regional.

- Criar estruturas de cooperação, que fomentem a partilha de meios e inovações.

3 Uma vertente da criação de redes de cidades e territórios para a competitividade e inovação poderá consistir

na construção de equipamentos e infra-estruturas diferenciadoras; contudo, esta vertente está já contemplada noutras Linhas de Intervenção da Agenda XXI, nomeadamente na Linha de Intervenção Rede Polinucleada de Equipamentos Colectivos deste Eixo.

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68.

MEDIDA 2.4 – Parques Urbanos e Espaços Verdes

Justificação / Descrição da Medida

A presente medida pretende concretizar os seguintes princípios:

- Integração das áreas naturais em meio urbano nos sistemas naturais regionais

em continuidade com o seu desempenho ecológico; Ao nível regional, os futuros

planos municipais devem definir (PNPOT) um elemento de “fileira verde” ou

“estrutura ecológica e paisagística”, onde os sistemas naturais – aquíferos e

margens, maciços florestais, parques – formem um continuum naturale no

território. Deve-se pois promover o potencial de ligação entre as diversas áreas

existentes na região com “Estatuto Especial de Protecção”; nas estratégias de

ordenamento do solo urbano e rural, dever-se-á apostar nos corredores

ecológicos intra-municipais como estruturas de controlo da dispersão/expansão

construída.

- Reforço e regeneração da Paisagem cultural considerando não apenas a

recuperação paisagística nas principais cidades mas em todos os aglomerados;

regenerar elementos paisagísticos entre ou internos aos pequenos aglomerados

ligando-a ao ordenamento do espaço rural e recuperação do património

arquitectónico/arqueológico;

- Des–monofuncionalizar a ideia de parques urbanos considerando também os

espaços associados à agricultura urbana, tipologias singulares dentro dos tecidos

urbanos tradicionais e áreas expectantes como alvos da valorização do ambiente

urbano.

Objectivos Específicos da Medida

- Desenhar princípios comuns interconcelhios na revisão dos seus PDMs quanto a

uma estrutura ecológica regional (a incluir em PO’s Regionais Tipologias de

Valorização Territorial)

- Contrariar ao nível local a descontinuidade da estrutura ecológica através do

planeamento intramunicipal das estruturas verdes primárias e secundárias

- Promover intervenções físicas com valor cultural na ocupação dos espaços

urbanos não construídos

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69.

- Apoiar tipologias habitacionais que incentivem a agricultura urbana concentrada

(detrimento de segundas residências e espaços abertos desqualificados).

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70.

LINHA DE INTERVENÇÃO 3

ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE MULTIMODAIS

OBJECTIVO CENTRAL

A linha de intervenção 3 do Eixo 1 da Agenda XXI tem

como objectivo primordial promover o carácter

multimodal das acessibilidades e da mobilidade,

reforçando o sistema urbano e dotando-o de uma rede

de infra-estruturas "multimodais".

A presente Linha de Intervenção constitui um

instrumento essencial na promoção da coesão territorial

e está directamente relacionada com a Linha de

Intervenção 2 Regeneração, Revitalização e

Competitividade Urbana e com a Linha de Intervenção 7

Mobilidade Sustentável do Eixo 4.

MEDIDA 3.1 Acessibilidade Rodoviária Estruturante

MEDIDA 3.2 Acessibilidade Rodoviária aos Centros Urbanos

MEDIDA 3.3 Reforço do Papel do Transporte Público e dos Modos

Suaves e Intermodalidade

MEDIDA 3.4 Instrumentos de Organização e Gestão das

Acessibilidades e da Mobilidade

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71.

Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção

A Linha de Intervenção Acessibilidade e Mobilidade Multimodais procura traduzir as

orientações estratégicas definidas pelo Plano Regional de Ordenamento do Território do

Oeste e Vale do Tejo e pelo Plano Nacional da Politica de Ordenamento do Território,

sendo orientada para a necessidade de caminhar na direcção do desenvolvimento

sustentável do território que deverá alicerçar-se num sistema de transportes integrado.

A presente Linha de Intervenção engloba diferentes escalas de actuação, desde a

dimensão estruturante, ao nível supra-municipal, às dimensões intra-concelhia e urbana.

A vertente rodoviária do sistema de transportes necessita actualmente de uma utilização

eficiente e racional das infra-estruturas existentes nos diferentes níveis hierárquicos,

sendo igualmente necessária a definição do papel das novas infra-estruturas.

De um modo geral e em particular no território da Lezíria do Tejo, o transporte público

tem perdido protagonismo face ao transporte individual. Este facto deve-se à aposta na

construção de novas infra-estruturas rodoviárias em detrimento do investimento no

transporte público, que potencie a sua utilização, e sobretudo à ausência de medidas

concretas que promovam a redução da utilização do veículo privado.

A presente Linha de Intervenção tem por base a promoção da utilização do transporte

público (rodo e ferroviário) estabelecendo a criação de uma rede integrada entre os

principais pólos urbanos e turísticos, com um forte carácter de inclusão territorial.

Associada a esta aposta está a necessidade de fomentar a intermodalidade, isto é, de

induzir alterações aos hábitos instituídos e promover a transferência modal. Estes

pressupostos assentam num conceito estratégico de deslocações desenhado para a

Lezíria do Tejo, tanto para o transporte individual como para o transporte colectivo

sintetizado nas figuras apresentadas em anexo.

Importa igualmente valorizar outros meios de deslocação como os modos suaves, que

correspondem à deslocação a pé e em bicicleta, e constituem meios de transporte

sustentáveis, para os quais o território da Lezíria apresenta condições favoráveis.

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72.

A Linha de Intervenção em causa, tem em consideração o "Estudo Integrado da

Mobilidade e Sistema de Transportes nos Concelhos da Lezíria do Tejo" que apresenta

propostas de actuação que visam melhorar e adaptar a oferta de transporte público e

promover as deslocações em modos suaves.

A concretização desta Linha de Intervenção pressupõe a necessidade de formalização de

instrumentos de organização e gestão das acessibilidades e da mobilidade, que deverão

incluir reflexões globais relativas aos diferentes meios de transporte e respectivas

interacções e enquadrar as acções concretas no território.

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73.

Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal

Apresentam-se os projectos considerados como estruturantes e de natureza supra-

municipal, de entre os projectos apresentados pelos municípios.

Os projectos estruturantes e de natureza supra-municipal associados a cada município

aqui apresentados, incluem ainda as orientações e propostas relativas ao transporte

público e aos modos suaves (apresentadas no "Estudo Integrado da Mobilidade e

Sistemas de Transportes nos Concelhos da Lezíria do Tejo) que deverão, se necessário,

ser alvo de estudos específicos para a sua adequada implementação no território.

Concelho Projecto

Troço da circular Urbana de Almeirim Almeirim Circular Urbana de Fazendas de Almeirim

Circular Sul de Alpiarça Alpiarça

Acesso Sul ao futuro IC3

Projecto de Alargamento e segurança da EN3 Variante Urbana à EN 366 em Aveiras de Cima (R. Almeida Grandella)

Variante urbana à EN 366 entre Guarita (EN3) e Aveiras de Cima

Alargamento da EN 366 entre Aveiras de Cima e Alcoentre

Valorização do parques de estacionamento da CP

Azambuja

Rede de Transportes Escolares

Circular Urbana em Benavente Benavente Circular Urbana em Samora Correia

Variante à EN 3

Variante Urbana da Azambuja Variante à EN3 entre Vila Nova da Barquinha e o Novo Nó de Acesso da A1 ao NAL

Beneficiação da EN 3

Ligação à Ota (Alargamento da Variante à EN 365.2)

Ligação pela EN 114-2 ao nó do Malaqueijo (Rio Maior) Desclassificação das Estradas Nacionais EN 3-3, EN 114-2, EN 3-2, EN 365-2

Viaduto de Santana

Cartaxo

Reforço da Mobilidade Ferroviária Regional (ligação Coruche-Lisboa) – Projecto Intermunicipal (Cartaxo, Coruche e Salv. Magos)

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74.

Potencialização da Estação do Setil

Transportes Urbanos do Cartaxo (TUC)

Concelho Projecto

IC 3 – Execução do troço Vale de Cavalos/ Chamusca

IC 3 - Execução do Troço Chamusca / Ulme – EN 243 – Chamusca IC 3 – Ligação entre o IC 3 e a Ponte da Chamusca

Acesso aos Nós IC 3 - Chamusca

Chamusca

Centro de Apoio à Mobilidade (rede de transportes de apoio à população mais desfavorecida)

Construção do IC 10 e EC 13

Circular externa à Vila de Coruche Coruche

Reforço da Mobilidade Ferroviária Regional (ligação Coruche-Lisboa) – Projecto Intermunicipal (Cartaxo, Coruche e Salv. Magos)

Variante à EN 243 – Requalificação Golegã TRANSFER – Projecto que visa a melhoria da rede de transportes

entres freguesias, com aquisição de viaturas e abrigos

Rio Maior Alargamento da EN 114 Construção de estradas para melhorar o acesso ao nó da A13 (Estrada da Barragem, Estrada Militar à EN 367, EN 367 à EM 581)

Construção de Variante à EN114-3 Criação de uma rede de transportes municipais híbridos, servindo a população, com particular incidência para o transporte escolar

Sal. Magos

Reforço da Mobilidade Ferroviária Regional (ligação Coruche-Lisboa) – Projecto Intermunicipal (Cartaxo, Coruche e Salv. Magos)

Variante à EN 3 (Santarém/Cartaxo/ Azambuja) Via transversal pela zona interior do concelho norte, com ligação aos concelhos limítrofes

Variante Sul a Amiais de Baixo

Via transversal do concelho

Novas acessibilidades à nova estação de Caminhos de Ferro

Centro Coordenador de Transportes

Rede de ciclovias

Santarém

Projecto Integrado de Mobilidade e Eliminação de Barreiras Arquitectónicas

11 Concelhos Rede de transporte público rodoviário inter-concelhia

11 Concelhos Rede de transporte rodoviário urbano

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75.

11 Concelhos Sistema de transporte escolar

11 Concelhos Sistemas mistos especiais de mobilidade

11 Concelhos Sistemas urbanos especiais de mobilidade

A natureza da presente Linha de intervenção contempla igualmente, além dos projectos

de natureza supra-municipal e estruturantes, projectos de natureza local. Estes projectos,

associados entre si e enquadrados por um instrumento de organização e gestão das

acessibilidades e da mobilidade, justificam a sua implementação.

Desta forma importa ter em consideração diversas tipologias de acções que, enquadradas

pelos instrumentos referidos anteriormente, podem desempenhar um papel relevante na

melhoria da acessibilidade e mobilidade urbana. Os municípios de Santarém, Rio Maior,

Cartaxo e Azambuja apresentam alguns projectos que se inserem nas referidas tipologias.

Tipologia de Acções a Privilegiar na Linha de Intervenção 3:

Requalificação urbana, que engloba as componentes da circulação rodoviária dos modos suaves

Requalificação da circulação rodoviária

Formalização de parques ou zonas de estacionamento

Introdução de meios mecânicos de deslocação

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76.

MEDIDA 3.1 – Acessibilidade Rodoviária Estruturante

Justificação / Descrição da Medida

A presente medida engloba a dimensão estruturante do sistema rodoviário, isto

é, os grandes eixos nacionais e regionais que estão contemplados no Plano

Rodoviário Nacional (PRN 2000).

No território da Lezíria do Tejo faltam ainda concluir alguns eixos estruturantes,

nomeadamente, o eixo longitudinal correspondente ao IC 3, que não se encontra

concluído no troço entre Almeirim e Tomar, o IC 10, do qual apenas está

concluído o troço Santarém-Almeirim e o eixo constituído pelo IC 11 (A10, entre

o IC 2 e o IC 3 , A13 entre o IC 2 e a Marateca no IP1, do qual está concluído o

troço Benavente – Marateca) e o IC 13 (entre o Montijo-IP1 e Portalegre) .

Além das intervenções referentes aos Itinerários Complementares, existem ainda

intervenções relevantes a empreender ao nível das Estradas Nacionais, tendo em

vista a melhoria da acessibilidade entre os núcleos urbanos.

Objectivos Específicos da Medida

- Consolidar e reforçar a rede rodoviária estruturante.

- Melhorar as conexões rodoviárias entre os núcleos urbanos

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77.

MEDIDA 3.2 – Acessibilidade Rodoviária aos Centros Urbanos

Justificação / Descrição da Medida

Um dos problemas constatados em muitos centros urbanos na Lezíria do Tejo,

corresponde ao seu atravessamento por tráfego indesejado, que não tem como

origem ou destino os referidos aglomerados.

Muitos destes núcleos são atravessados por estradas nacionais com elevados

volumes de tráfego de veículos pesados, o que potencia situações de insegurança

para as populações.

A presente medida visa promover a redução do tráfego de atravessamento

através da construção de infra-estruturas rodoviárias alternativas, que deverá

ser acompanhada por intervenções ao nível da reorganização da circulação no

interior dos centros urbanos, que promovam a utilização das referidas infra-

estruturas.

Objectivos Específicos da Medida

- Criar infra-estruturas rodoviárias alternativas ao atravessamento dos núcleos

urbanos.

- Promover a reorganização da circulação no seio dos núcleos urbanos, tendo em

vista a dissuasão do atravessamento.

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78.

MEDIDA 3.3 – Reforço do Papel do Transporte Público e dos Modos Suaves e

Intermodalidade

Justificação / Descrição da Medida

A presente medida visa potenciar uma maior utilização do transporte público e

dos modos suaves (deslocação a pé e de bicicleta), promovendo a criação de

uma rede de transportes integrada.

Uma das acções primordiais diz respeito ao aumento da atractividade do

transporte ferroviário, reforçando a oferta das conexões intra-regionais na Linha

do Norte e repondo e melhorando o serviço na Linha de Vendas Novas, no Ramal

do Setil.

O transporte ferroviário deverá estar articulado com uma rede de transporte

público rodoviário, que potencie a sua utilização de forma mas eficiente e que

deverá ter em atenção a necessidade de inclusão dos territórios mais dispersos

da Lezíria do Tejo. Esta característica obriga à reformulação da oferta de

transporte público rodoviário, que deverá ser alternativa e adaptada às

especificidades da procura.

Esta articulação pressupõe a valorização dos interfaces, que deverão responder

igualmente à necessidade de transferência de fluxos da rodovia para o transporte

colectivo, pressupondo a existência de infra-estruturas específicas que

promovam esta transferência, como parques de estacionamento e uma boa

acessibilidade aos interfaces/estações.

Finalmente, a medida em causa privilegia igualmente os modos suaves, tendo

sido identificada a rede ciclável proposta pelo Município de Santarém que,

embora não sendo de cariz supra-municipal, constitui um projecto estruturante e

sobretudo catalizador para intervenções semelhantes.

Objectivos Específicos da Medida

- Aumentar a atractividade do transporte ferroviário, melhorando a oferta e

valorizando os interfaces/estações.

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79.

- Melhorar e adaptar a oferta em transporte público rodoviário aos diferentes

segmentos de procura.

- Promover a articulação entre o transporte ferroviário e o sistema rodoviário,

quer em transporte público, como em transporte individual.

- Promover as deslocações em modos suaves.

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80.

MEDIDA 3.4 – Instrumentos de Organização e Gestão das Acessibilidades e da

Mobilidade

Justificação / Descrição da Medida

Esta Medida visa promover a elaboração de instrumentos de planeamento e

operacionais, que garantam uma reflexão global e integrada relativa à temática

das acessibilidades e da mobilidade, enquadrando todos os modos de transporte

e as interacções entre si e com o ordenamento do território.

Estes instrumentos deverão ser elaborados para as diferentes escalas de

planeamento a definir uma visão estratégica que promova a transferência modal

do transporte individual para os modos de transporte sustentáveis.

Esta reflexão deverá forçosamente englobar todos os modos de transporte, e

deverá passar por um processo de definição de objectivos e constrangimentos

que, associados a um conceito de deslocações, permitam enquadrar as acções a

empreender no território.

Nesta medida, incluem-se inúmeros projectos de índole local apresentados pelos

municípios que, enquadrados por instrumentos de planeamento e gestão,

correspondem a acções específicas de um projecto estruturante de mobilidade

sustentável.

Objectivos Específicos da Medida

- Promover a elaboração de instrumentos de planeamento e gestão das

acessibilidades e da mobilidade.

- Fomentar acções que visem a melhoria da qualidade de vida urbana.

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81.

EIXO 2 REGIÃO COM RECURSOS HUMANOS MAIS QUALIFICADOS

E COMPETÊNCIAS ACRESCIDAS

O presente eixo de intervenção tem como objectivo central a melhoria da

qualificação dos recursos humanos da Lezíria do Tejo, contribuindo para o

desenvolvimento de competências acrescidas e, por conseguinte, para o

fortalecimento dos factores estratégicos de competitividade regional.

Desta forma, procuram ultrapassar-se as principais carências detectadas na região no

domínio dos recursos humanos aquando da fase de diagnóstico. Destacam-se quatro

carências fundamentais.

Em primeiro lugar, constatou-se que os níveis de instrução e qualificação dos recursos

humanos da Lezíria do Tejo se encontram aquém dos desejáveis, existindo algumas

manchas territoriais mais rurais bastante carenciadas.

Por outro lado, o sistema de ensino e de formação profissional nem sempre tem

respondido convenientemente às necessidades do tecido produtivo e, por sua vez, este

não tem sabido potenciar as oportunidades decorrentes das instituições de ensino e

formação existentes na região.

Em terceiro lugar, não parece existir uma lógica de complementaridade entre instituições

de ensino e de formação profissional, verificando-se também algumas duplicações

desnecessárias de ofertas de formação.

Finalmente, subsistem problemas de equipamentação e de apetrechamento dos

estabelecimentos de ensino, particularmente nos que se destinam aos primeiros níveis do

ensino básico.

Neste contexto, o Eixo Região Com Recursos Humanos Mais Qualificados e com

Competências Acrescidas visa enquadrar acções que suportem a aposta decisiva que se

pretende fazer na inovação e no desenvolvimento tecnológico e, em paralelo, na melhoria

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82.

do sistema de ensino e formação da região, na dupla componente organizacional/

imaterial e infraestrutural/ material.

O Eixo 2 da Agenda XXI da Lezíria do Tejo encontra-se estruturado em três Linhas de

Intervenção: uma vocacionada para a componente imaterial/ organizacional e duas

vocacionadas para a componente material/ infraestrutural.

A Linha de Intervenção Valorização e Qualificação de Recursos Humanos procura

enquadrar intervenções na componente de formação, em diversas vertentes que vão

desde a formação inicial, à formação avançada, passando pela formação de activos e pelo

apoio ao empreendorismo; pretende-se também contribuir para a consolidação de um

sistema de formação mais eficiente e pertinente, promovendo uma maior articulação

entre instituições de ensino e formação e destas com o tecido empresarial.

A Linha de Intervenção Rede de Equipamentos de Ensino e Formação

Estruturantes tem como finalidade intervir nos equipamentos de ensino e formação de

maior fôlego e com um largo espectro territorial, designadamente no que se refere aos

estabelecimentos do ensino superior, do ensino secundário e profissional e, em menor

grau, nos estabelecimentos do 2º e 3º ciclos do ensino básico. Trata-se de equipamentos

que estão sob alçada da administração central e de entidades privadas.

Finalmente, a Linha de Intervenção Rede de Equipamentos Locais e Concelhios de

Ensino procura operacionalizar as principais acções preconizadas pelas Cartas Educativas

já homologadas dos onze municípios da Lezíria do Tejo. São intervenções que privilegiam

os estabelecimentos da educação pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico e que são da

competência directa das autarquias. Constituem intervenções fundamentais no alicerçar

de todo o processo de qualificação dos recursos humanos, numa perspectiva de

sustentabilidade a médio e longo prazo.

O Eixo Região Com Recursos Humanos Mais Qualificados e com Competências Acrescidas

da Agenda XXI da Lezíria do Tejo apresenta, assim, uma forte articulação com uma

das cinco prioridades estratégicas definidas pelo QREN: Promover a Qualificação

dos Portugueses, desenvolvendo e estimulando o conhecimento, a ciência, a tecnologia, a

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83.

inovação, a educação e a cultura como principal garantia do desenvolvimento do país e

do aumento da sua competitividade.

Concomitantemente o Eixo 2 da Agenda XXI da Lezíria do Tejo apresenta uma forte

articulação com dois dos objectivos definidos pelo Programa Operacional para o

Potencial Humano:

- superar o défice estrutural de qualificações da população portuguesa, consagrando o

ensino secundário como referencial mínimo em termos de qualificação, apostando

também na diversificação das vias profissionalizantes e na oferta de percursos de

formação flexíveis;

- estimular a criação e a qualidade do emprego, com ênfase na promoção do

empreendorismo e nos mecanismos de entrada dos jovens no mercado de trabalho.

Finalmente, este eixo articula-se com um dos cinco eixos prioritários definidos

pelo Programa Operacional do Alentejo: Conectividade e Articulação Territorial,

nomeadamente com a área de intervenção da rede de equipamentos e infra-estruturas

para a coesão social e territorial, onde se incluem os investimentos previstos pelas Cartas

Educativas, para o domínio da educação pré-escolar e para o 1º ciclo do ensino básico.

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84.

EIXO 2 Região com Recursos Humanos mais Qualificados e com Competências

Acrescidas

Linha de Intervenção 1

Valorização e Qualificação dos Recursos Humanos

Linha de Intervenção 2

Valorização e Qualificação de Ensino e Formação Estruturantes

Linha de Intervenção 3

Rede de Equipamentos Locais e Concelhios de Ensino

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85.

LINHA DE INTERVENÇÃO 1

VALORIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

OBJECTIVO CENTRAL

A Linha de Intervenção 1 do Eixo 1 da Agenda XXI

procura contribuir para o aumento dos níveis de

qualificação dos recursos humanos da Lezíria do Tejo,

através de um conjunto de acções imateriais

desenvolvidas, essencialmente, pela rede de

equipamentos de ensino e formação profissional da

região.

Procura-se, a um tempo, aumentar o número de

indivíduos com acesso à formação (quer inicial quer

contínua) e, a outro, assegurar a qualidade, relevância e

eficácia das acções de formação a desenvolver.

Para a concretização desta Linha de Intervenção torna-

se fundamental desenvolver um conjunto de parcerias

alargadas, envolvendo estabelecimentos de ensino e

formação, centros tecnológicos, autarquias, associações

empresariais e sectoriais, entre outras.

MEDIDA 1.1 Formação Avançada

MEDIDA 1.2 Qualificação de Activos

MEDIDA 1.3 Apoio ao Empreendorismo e à Transição para a Vida Activa

MEDIDA 1.4 Qualificação Inicial

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86.

Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção

A primeira Linha de Intervenção do Eixo 2 da Agenda XXI da Lezíria do Tejo procura

apoiar um conjunto de intervenções imateriais que visam a melhoraria dos níveis de

qualificação dos recursos humanos da região.

Esta Linha de Intervenção possui duas finalidades fundamentais. Por um lado, pretende-

se reforçar a coesão social na Lezíria do Tejo, na medida em que o acesso à educação e

formação constitui um elemento fulcral na formação do indivíduo e, por conseguinte, na

sua integração social e territorial. Por outro lado, procura-se fortalecer os factores

estratégicos de competitividade regional, uma vez que se assume que a qualificação dos

recursos humanos é nos nossos dias um dos factores de sucesso das economias

regionais.

Dada a natureza transversal que o Programa Operacional Temático Potencial Humano

possui para todo o país, estruturou-se esta Linha de Intervenção em moldes semelhantes

aos desse programa operacional nacional, que pretende atingir quatro objectivos

principais:

- superar o défice estrutural de qualificações da população portuguesa, consagrando o

nível secundário como referencial mínimo de qualificação;

- promover o conhecimento científico, a inovação e a modernização do tecido produtivo e

da Administração Pública;

- valorizar o estimulo à criação e à qualidade do emprego, destacando-se a promoção do

empreendedorismo e o contacto dos jovens com o mercado de trabalho;

- promover a igualdade de oportunidades, distinguindo o desenvolvimento de estratégias

integradas e de base territorial para a promoção da inserção social de grupos vulneráveis

à exclusão social.

As acções de formação a desenvolver deverão pressupor uma forte cultura de parceria

entre agentes locais (instituições de ensino e formação, autarquias, associações

empresariais, empresas, entre outras), sendo essencial a componente territorial. Deste

modo, importa também proceder à monitorização das diversas acções de formação,

validando a sua pertinência e aferindo os seus impactes na base económica e territorial.

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88.

Tipologia de Acções a Privilegiar

Dada a natureza desta Linha de Intervenção – acções de natureza imaterial – não se

contemplam projectos de natureza supra-municipal e estruturante, na medida em que os

projectos a desenvolver terão necessariamente uma abrangência territorial mais

circunscrita.

Ainda assim, importa ter em consideração diversas tipologias de acções que, pelo seu

carácter inovador e demonstrativo, podem desempenhar um papel relevante na

qualificação dos recursos humanos da Lezíria do Tejo.

Tipologia de Acções a Privilegiar na Linha de Acção:

“Valorização e Qualificação dos Recursos Humanos”

Programas e Bolsas de Pós-Graduações e Mestrados

Contratos-Programa para inserção de Recursos Humanos Qualificados no Mercado de Trabalho (empresas, instituições, autarquias, …) Rede de Centros Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências

Cursos de Educação e Formação de Adultos

Cursos de Especialização Tecnológica de Nível IV

Cursos Profissionais de Nível III

Acções de Formação em E-Learning

Módulos de Formação Profissional em Alternância

Módulos de Formação Certificados e Pertinentes

Módulos de Formação para Gestão e Inovação na Administração Pública

Módulos de Formação para Gestão e Inovação Empresarial

Apoio a Iniciativas de Formação Territorialmente Especializadas

Rede de Centros de Formação de Gestão Participada

Apoios a Iniciativas Empresariais de Base Local

Apoio à Empregabilidade de Desempregados e Jovens à procura do 1º Emprego

Observatório Regional das Necessidades de Formação e Emprego

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89.

MEDIDA 1.1 – Formação Avançada

Justificação / Descrição da Medida

A Medida 1.1 procura privilegiar a componente de formação de quadros

altamente qualificados, favorecendo, deste modo, o tecido empresarial e

institucional da Lezíria do Tejo, nomeadamente ao nível da inovação,

investigação científica e desenvolvimento técnico e tecnológico. Para o efeito

importa também valorizar os métodos de produção e gestão flexível e as novas

tecnologias da informação e da comunicação.

Pretende-se, assim, que as fileiras produtivas existentes e potenciais da região

passem a dispor de elevada modernização tecnológica, sustentada numa forte

articulação entre o tecido empresarial e as instituições de ensino, investigação e

formação existentes.

No fundo, esta Medida procura promover a convergência das qualificações

científicas e dos níveis de desempenho dos quadros superiores e dirigentes da

região com os níveis que se observam na generalidade dos países da União

Europeia.

Objectivos Específicos da Medida

- Melhorar a qualificação científica, técnica e tecnológica na região.

- Promover a qualificação avançada dos quadros superiores e dirigentes dos

recursos humanos da região.

- Aumentar o número de cursos de pós-graduações e de mestrados.

- Promover o emprego científico, com base em contratos-programa entre

instituições de ensino e de formação e empresas e instituições.

- Aumentar as actividades e recursos de I & D na Lezíria do Tejo, de acordo com

as necessidades das fileiras produtivas regionais.

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90.

MEDIDA 1.2 – Qualificação de Activos

Justificação / Descrição da Medida

A presente Medida procura intervir ao nível da qualificação da população activa

da região, quer na população empregada quer na população desempregada. A

concretização desta Medida revela-se fulcral para a melhoria dos níveis de

qualificação da maioria da população activa da região por duas ordens de razões.

Por um lado, porque existe um número significativo de activos com níveis de

qualificação aquém do desejável e, por outro, porque os modelos empresariais e

de produção actualmente vigentes apelam a uma grande capacidade de

flexibilidade e de adaptação de trabalhadores e empresários.

Por conseguinte, importa definir patamares mínimos de instrução e qualificação

dos recursos humanos (preferencialmente não inferiores ao 12º ano de

escolaridade ou a um curso profissionalizante de nível III). Para o efeito importa

apostar no reconhecimento, validação e certificação de competências adquiridas,

na oferta de formação profissionalizante, modular e certificada e em cursos de

educação-formação de adultos.

Objectivos Específicos da Medida

- Promover a qualificação dos recursos humanos, empregados e desempregados,

da região.

- Alargar as possibilidades de acesso à formação por parte da população activa.

- Expandir e consolidar o sistema de reconhecimento, validação e certificação de

competências.

- Diversificar as oportunidades de aprendizagem, de metodologias de trabalho e

de utilização das TIC para a população em idade activa.

- Promover a consolidação de um sistema produtivo competitivo, através de um

quadro qualificado de recursos humanos de nível intermédio.

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92.

MEDIDA 1.3 – Apoio ao Empreendedorismo e à Transição para a Vida Activa

Justificação / Descrição da Medida

A presente Medida procura intervir na vertente de transição para a vida activa,

privilegiando duas tipologias de acções fundamentais. Em primeiro lugar, procura

fomentar-se as iniciativas empresariais de base local que permitam reduzir a

dependência face ao emprego público e as situações de sub-emprego. Por outro

lado, pretende-se valorizar iniciativas que procurem apoiar os grupos que

possuem maiores dificuldades de inserção profissional (incluindo jovens à

procura do primeiro emprego), assim como iniciativas de apoio à reinserção

profissional de desempregados.

Esta Medida procura assumir os pressupostos de um dos eixos de intervenção do

Programa Operacional Temático Potencial Humano, distinguindo o

empreendedorismo como recurso fundamental das políticas activas,

contemplando-se o apoio a iniciativas empresariais de base local, que

privilegiarão pessoas desempregadas, jovens à procura do primeiro emprego e

activos em risco de desemprego e iniciativas de empreendedorismo feminino.

Objectivos Específicos da Medida

- Criar condições para o desenvolvimento de um espírito de empreendorismo, de

inovação e de modernização na Lezíria do Tejo.

- Apoiar iniciativas empresariais locais, que permitam a valorização dos recursos

endógenos e a criação de emprego.

- Promover a consolidação e diversificação da base económica local e regional.

- Desenvolver o microcrédito como factor de integração sócio-profissional e de

promoção da auto-estima de grupos sociais desfavorecidos.

- Apoiar a transição dos activos para o mercado de trabalho, dando ênfase aos

grupos sócio-profissionais em risco de desemprego de longa duração.

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93.

MEDIDA 1.4 – Qualificação Inicial

Justificação / Descrição da Medida

A Medida 1.3 tem como objectivo fundamental promover os níveis de qualificação

iniciais dos jovens da Lezíria do Tejo, de forma a prepará-los para os desafios da

sua inserção profissional num tecido empresarial que se pretende sólido,

inovador e competitivo.

Tal como é assumido no Programa Operacional Temático Potencial Humano

pretende-se fazer do 12º ano o referencial mínimo de escolaridade para todos e

assegurar que as ofertas profissionalizantes de dupla certificação passem a

representar metade das vagas em cursos que permitam a conclusão do ensino

secundário. Trata-se, pois, de uma estratégia que visa também fazer face aos

níveis elevados de retenção e abandono escolar no ensino secundário dos

diversos municípios da Lezíria do Tejo.

Concomitantemente, esta Medida procura fomentar as formações pós-

secundárias não superiores (designadamente os Cursos de Especialização

Tecnológica de nível IV), de forma a consolidar um quadro sustentado e

diversificado de recursos humanos com níveis de qualificação intermédios.

Objectivos Específicos da Medida

- Consolidar na Lezíria do Tejo um quadro diversificado de recursos humanos

com níveis de qualificação intermédios.

- Promover o nível secundário como patamar mínimo de qualificação para os

jovens.

- Aumentar e diversificar a oferta profissionalizante da região.

- Contribuir para a diminuição dos níveis de retenção e abandono do ensino

secundário na região.

- Promover a inserção profissional dos jovens, diminuindo as taxas de

desemprego à entrada na vida activa, em particular das mulheres.

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95.

LINHA DE INTERVENÇÃO 2

REDE DE EQUIPAMENTOS DE ENSINO E FORMAÇÃO ESTRUTURANTES

OBJECTIVO CENTRAL

Esta Linha de Intervenção contempla a construção,

ampliação e requalificação de equipamentos de ensino e

de investigação estruturantes, com um largo espectro

territorial. Trata-se, essencialmente, de equipamentos

do ensino superior, do ensino secundário e profissional

e, ainda dos 2º e 3º ciclos do ensino básico

(equipamentos que estão sob a responsabilidade da

administração central).

A consolidação de uma boa rede de equipamentos de

ensino e de investigação na Lezíria do Tejo possibilitará

melhorar os níveis de qualificação superiores e

intermédios dos recursos humanos, contribuindo assim

para modernização da base económica regional. Por

conseguinte, contribui-se para o fortalecimento dos

factores estratégicos de competitividade da região.

MEDIDA 2.1 Rede de Centros de I & D

MEDIDA 2.2 Equipamentos do Ensino Superior

MEDIDA 2.3 Equipamentos do Ensino e Formação Profissional

MEDIDA 2.4 Equipamentos dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico

e do Ensino Secundário

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97.

Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção

As intervenções previstas para a segunda Linha de Intervenção estratégica do Eixo 2 da

Agenda XXI desenvolvem-se, fundamentalmente, ao nível do ensino superior e

profissional, prevendo-se ainda algumas intervenções para o ensino secundário e para os

2º e 3º ciclos do ensino básico (da competência da administração central).

Embora o ensino superior tenha vindo a registar um crescente dinamismo na Lezíria do

Tejo, sobretudo através do Instituto Politécnico de Santarém (que possui quatro

estabelecimentos na cidade de Santarém e um na cidade de Rio Maior) continuam a

subsistir carências e estrangulamentos, quer na reduzida oferta de cursos de âmbito

tecnológico (mais vocacionados para interagirem com o tecido produtivo local) quer na

insuficiente articulação entre estas instituições e as empresas regionais.

Tendo também em consideração as orientações do PNPOT e do PROT da Região do Oeste

e Vale do Tejo que procura reforçar o protagonismo de Santarém e da região em

actividades intensivas em conhecimento identificam-se quatro prioridades fundamentais:

- construção do Parque Tecnológico em Santarém, que acolheria a nova Escola Superior

de Tecnologias, bem como as instalações do Instituto Superior de Agronomia e da

Estação Agronómica Nacional, devendo ser dada ênfase à componente da Enologia;

- ampliação/ reconversão da Escola Superior de Enfermagem em Escola Superior de

Tecnologias da Saúde, de forma a diversificar a sua oferta de formação;

- construção das instalações definitivas da Escola Superior de Desporto de Rio Maior;

- concretização dos projectos da Universidade do Vinho em Alpiarça e da Escola de

Negócios no Cartaxo, privilegiando a formação avançada de recursos humanos.

Uma das apostas fundamentais para este eixo prende-se com a consolidação de uma rede

de equipamentos que permitam a formação de quadros de nível intermédio,

designadamente de cursos de Nível IV (Cursos de Especialização Tecnológica) e Cursos de

Nível III (sobretudo de Cursos Profissionais). Neste contexto uma boa rede de escolas

profissionais constitui o elemento fundamental para este processo. Contudo, importa

referir que a aposta em cursos profissionais poderá ser também efectuada através da

rede de escolas secundárias, de forma a potencializar os recursos materiais e humanos

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98.

nela existentes. Neste contexto, a oferta de cursos profissionais deve ser efectuada de

um modo racional, privilegiando a complementaridade da oferta.

O diagnóstico efectuado pelas cartas educativas permitiu identificar dois territórios

carenciados em termos de oferta de cursos profissionais. Por um lado, no eixo urbano-

industrial-logístico Cartaxo/ Azambuja e, por outro, no eixo Almeirim/ Alpiarça/

Chamusca, com fortes potencialidades no domínio agro-alimentar.

Finalmente, esta Linha de Intervenção contempla ainda o investimento na construção e

ampliação/ requalificação de estabelecimentos dos 2º e 3º ciclos do ensino básico, por

forma a resolver as situações de sobre-ocupação e de carência existentes nas áreas

urbanas de maior dinamismo demográfico e económico.

Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal

Concelho Projecto

Almeirim Escola Profissional de Almeirim (a)

Alpiarça Universidade do Vinho do Vale do Tejo

Azambuja Escola Profissional da Azambuja (a)

Universidade Lusófona

Ampliação / Requalificação da Escola Secundária Benavente

Ampliação da EB 2,3 de S. Correia para EB 2,3/S

Escola de Negócios do Vale do Tejo Cartaxo

Novo Edifício da EB 2,3 José Tagarro

Centro de Formação e Gestão Ambiental Chamusca

Centro de Formação e Educação Social

Golegã Pólo da Escola Nacional de Equitação

Instalações da Escola Superior de Desporto – IPS Rio Maior

Centro Escolar Integrado de Rio Maior – Sul

Parque Tecnológico e de Ensino Superior - Santarém

Escola Superior de Tecnologias da Saúde - IPS Santarém

Novas Instalações da Escola Profissional do Vale Tejo

(a) Pode ser efectuada através de uma nova Escola Profissional ou através da ampliação/ adaptação de instalações da Escola Secundária

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99.

MEDIDA 2.1 – Rede de Centros de I & D

Justificação / Descrição da Medida

Esta Medida procura ultrapassar uma das principais carências da região:

insuficiência de instituições de investigação e desenvolvimento. Com efeito,

trata-se de uma componente primordial em termos de competitividade regional.

Por conseguinte, pretende-se valorizar e reforçar a interacção entre instituições

de ensino superior e as instituições de I&D (públicas ou privadas) e o sector

empresarial (cooperação, redes, mobilidade de investigadores, entre outras).

Neste contexto, a mobilização das instituições públicas e privadas de ensino

superior existentes na região (Instituto Politécnico de Santarém e ISLA), bem

como de outras instituições de investigação existentes na região (com destaque

para a Estação Zootécnica Nacional) e ainda de associações empresariais (com

destaque para o NERSANT) pode constituir um elemento de alavancagem fulcral

neste processo.

As parcerias público-privadas revestem-se também como uma metodologia de

actuação fundamental para a operacionalização da Medida Rede de Centros de

I&D da Lezíria do Tejo.

Objectivos Específicos da Medida

- Valorizar e reforçar a interacção entre instituições de ensino superior e as

instituições de I&D e o sector empresarial.

- Promover o desenvolvimento de dinâmicas institucionais e de parcerias público-

privadas, geradores de territórios inovadores e competitivos.

- Estimular o desenvolvimento de actividades de I&D por parte do sector

empresarial.

- Melhorar a qualificação científica, técnica e tecnológica na região.

- Criar condições para o desenvolvimento de um espírito de empreendorismo, de

inovação e de modernização na Lezíria do Tejo.

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100.

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101.

MEDIDA 2.2 – Equipamentos do Ensino Superior

Justificação / Descrição da Medida

A Medida 2.2 procura intervir na rede de equipamentos do ensino superior da

Lezíria do Tejo, procurando consolidar e diversificar a oferta actualmente

existente. Pretende-se dar prossecução às orientações do PNPOT, que procura

reforçar o protagonismo de Santarém e da região em actividades intensivas em

conhecimento.

Neste contexto importa proceder à construção do Parque Tecnológico e de Ensino

Superior de Santarém, que deverá incluir diversas valências, tais como a Escola

Superior de Tecnologias e as novas instalações do Instituto Superior de

Agronomia, bem como da Estação Agronómica Nacional.

Simultaneamente, há que apostar, fundamentalmente, na consolidação do ensino

politécnico, através da construção das instalações da Escola Superior de

Desporto em Rio Maior, bem como da ampliação e reconversão da Escola

Superior de Enfermagem de Santarém em Escola Superior de Tecnologias da

Saúde, de forma a diversificar a oferta de formação em domínios nos quais a

região está carenciada, tal como o de técnicos de saúde.

Objectivos Específicos da Medida

- Consolidar e diversificar a oferta do ensino superior politécnico da região.

- Criar ofertas de formação superior em áreas tecnológicas, indo ao encontro das

necessidades do tecido produtivo regional.

- Permitir a formação de recursos humanos em áreas em que a região está

carenciada.

- Reforçar o protagonismo de Santarém em actividades intensivas em

conhecimento.

- Promover a qualificação avançada dos recursos humanos.

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

102.

MEDIDA 2.3 – Equipamentos do Ensino e Formação Profissional

Justificação / Descrição da Medida

Esta Medida pretende consolidar a oferta do ensino profissional na região da

Lezíria do Tejo. Com efeito, o ensino profissional tem vindo a revelar um forte

dinamismo, sendo elevada a taxa de empregabilidade dos seus alunos. Se numa

primeira fase a oferta de cursos profissionais se restringia essencialmente às

escolas profissionais, actualmente essa oferta foi alargada às escolas

secundárias. Por conseguinte, esta Medida pode contemplar intervenções em

Escolas Profissionais, Centros de Formação Profissional (de gestão directa ou de

gestão participada) e ainda em Escolas Secundárias (na componente de

infraestruturação e equipamentação especificamente destinada a cursos

profissionais).

Embora esta medida contemple essencialmente estabelecimentos que ofereçam

cursos de nível III, não deve ser descurado o desenvolvimento de novos modelos

instituicionais de formação, como são os casos dos projectos da Universidade do

Vinho em Alpiarça e da Escola de Negócios do Cartaxo (projectos de carácter

supra-municipal) e que deverão privilegiar os CET (Cursos de Especialização

Tecnológica) e os Cursos de Pós-Graduação.

Objectivos Específicos da Medida

- Consolidar e diversificar a oferta do ensino profissional da região.

- Melhorar a cobertura territorial do ensino profissional da região.

- Criar ofertas de formação intermédias em áreas tecnológicas, indo ao encontro

das necessidades do tecido produtivo regional.

- Permitir a formação de recursos humanos em áreas em que a região está

carenciada.

- Criar novos modelos institucionais e formativos.

- Promover a qualificação dos recursos humanos.

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

103.

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

104.

MEDIDA 2.4 – Equipamentos dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e do Ensino

Secundário

Justificação / Descrição da Medida

Embora a rede de equipamentos dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino

secundário (essencialmente constituída por EB 2,3 e por E. Secundárias) se

apresente globalmente adequada e em bom estado na região da Lezíria do Tejo,

existem alguns problemas e carências que importa resolver, dando prossecução

aos investimentos contemplados nas cartas educativas

Em primeiro lugar, nalguns municípios de maior dinâmica demográfica (casos da

Azambuja, Benavente, Cartaxo e Rio Maior) importa proceder à construção e/ou

ampliação de estabelecimentos que permitam acabar com situações de sobre-

ocupação de equipamentos. Por outro lado, há que melhorar a equipamentação,

climatização e apetrechamento técnico-pedagógico de alguns estabelecimentos

(sobretudo dos que possuem uma idade mais avançada), em estreita articulação

com os programas de modernização do parque escolar do próprio Ministério da

Educação. Neste domínio, uma das vertentes fundamentais consiste na conclusão

da construção de pavilhões polidesportivos nos diversos estabelecimentos destes

níveis de ensino.

Objectivos Específicos da Medida

- Melhorar a infraestruturação, equipamentação e climatização dos

estabelecimentos dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário.

- Melhorar o apetrechamento técnico-pedagógico dos estabelecimentos dos 2º e

3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário.

- Resolver as situações de sobre-ocupação de estabelecimentos existentes.

- Contribuir para a melhoria da prática da educação física nos estabelecimentos

de ensino.

- Possibilitar a melhoria da prática pedagógica nas escolas, contribuindo para a

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

105.

diminuição das taxas de retenção e abandono (sobretudo no ensino secundário).

LINHA DE INTERVENÇÃO 3

REDE DE EQUIPAMENTOS LOCAIS E CONCELHIOS DE ENSINO

OBJECTIVO CENTRAL

Esta Linha de Intervenção tem por objectivo

operacionalizar as intervenções previstas pelas Cartas

Educativas já homologadas dos municípios da Lezíria do

Tejo. As Cartas Educativas são, a nível municipal, o

instrumento de planeamento e ordenamento de edifícios

e equipamentos educativos a localizar nos diversos

concelhos.

Estes instrumentos procuram dar uma visão

territorializada às políticas educativas, favorecendo um

ensino de qualidade e pedagogicamente enriquecedor e,

ao mesmo tempo, promovendo a equipamentação do

território, numa lógica de consolidação de um sistema

territorial mais equilibrado, coeso e eficiente.

MEDIDA 3.1 Rede Fundamental de Centros Escolares

MEDIDA 3.2 Centros e Núcleos Escolares Complementares

MEDIDA 3.3 Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico

MEDIDA 3.4 Jardins de Infância

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106.

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

107.

Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção

A rede de equipamentos locais e concelhios de ensino corresponde, no essencial aos

estabelecimentos que são da competência das autarquias locais – jardins de infância e

escolas do 1º ciclo do ensino básico.

A rede de equipamentos actualmente existente da educação pré-escolar e do 1º ciclo do

ensino básico revela-se obsoleta, sobretudo tendo em consideração que muitos

estabelecimentos foram edificados segundo tipologias desajustadas face às necessidades

actuais (sobretudo os que foram edificados ao abrigo dos Planos Centenários).

As Cartas Educativas elaboradas e já homologadas permitiram detectar dois tipos de

carências fundamentais. Por um lado, nas sedes de concelho e nos principais centros

urbanos existem insuficiências na oferta pública da educação pré-escolar e do 1º ciclo do

ensino básico, onde, não raras vezes as situações de sobre-ocupação são resolvidas

através do recurso ao regime duplo. Por outro lado, nas freguesias rurais com maiores

índices de envelhecimento, a rede de oferta de equipamentos (sobretudo do 1º ciclo)

releva-se muito extensa, dispersa e através de equipamentos de pequena dimensão mal

apetrechados.

Por conseguinte, pretende-se criar uma rede de equipamentos de âmbito local e concelhio

que permitam uma aprendizagem qualificada e qualificante. Procura-se,

fundamentalmente, privilegiar a construção e/ou adaptação de edifícios para centros

escolares integrados, que contemplem espaços para a educação pré-escolar e salas de

aula para o 1º ciclo do ensino básico, mas também salas polivalentes para o

prolongamento de horário e para as actividades de complemento curricular (permitindo

assim a escola a tempo inteiro), centros de recursos bem apetrechados, salas para a

Expressão Físico-Motora, Campos de Jogos Exteriores, Cozinha e Refeitório e Espaços

Exteriores Cobertos e Descobertos adequados.

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

108.

Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal

Dada a natureza desta Linha de Intervenção – acções que abrangem equipamentos de

âmbito local e concelhio – não se contemplam projectos de natureza supra-municipal, na

medida em que os estabelecimentos existentes ou a construir têm uma irradiação

territorial circunscrita (geralmente ao nível da freguesia ou do concelho). Ainda assim,

poderão existir intervenções pontuais que possam servir franjas territoriais de mais do

que um concelho.

Tendo em consideração a tipologia de projectos a desenvolver na Linha de Acção Rede de

Equipamentos Locais e Concelhios de Ensino, considera-se que os novos centros escolares

a edificar nas sedes de concelho e nos principais centros urbanos constituem projectos

estruturantes para a Lezíria do Tejo, até pelo seu carácter inovador e demonstrativo no

que se refere à oferta educativa.

Projectos Estruturantes da Linha de Acção :

“Rede de Equipamentos Locais e Concelhios de Ensino”

Concelho Projecto

Centro Escolar de Almeirim Almeirim

Centro Escolar de Fazendas de Almeirim

Alpiarça Centro Escolar de Alpiarça

Centro Escolar nº 1 da Azambuja Azambuja

Centro Escolar de Aveiras de Cima

Construção da EB1 (nº3) de Benavente Benavente

Construção da EB 1 nº3 de Samora Correia

Requalificação da Escola José Tagarro para EB 1/JI Cartaxo

Ampliação da EB2,3 de Pontével para EBI

Coruche Centro Escolar de Coruche

Golegã Centro Escolar da Golegã

Centro Escolar de Alcobertas Rio Maior

Centro Escolar de Rio Maior

S. Magos Centro Escolar de Salvaterra de Magos

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

109.

Centro Escolar de Marinhais

Centro Escolar do Jardim de Baixo - Santarém

Centro Escolar do Sacapeito - Santarém

Centro Escolar de Santarém – Norte

Santarém

Centro Escolar de Alcanede

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110.

MEDIDA 3.1 – Rede Fundamental de Centros Escolares

Justificação / Descrição da Medida

Esta Medida contempla a construção de Centros Escolares, que agregam

simultaneamente a educação pré-escolar e o 1º ciclo do ensino. Estes centros

contemplam também salas polivalentes para o prolongamento de horário na

educação pré-escolar e para o desenvolvimento de actividades de complemento

e enriquecimento curricular no 1º ciclo do ensino básico. Os centros escolares

devem ainda possuir centros de recursos bem apetrechados, salas para a

Expressão Físico-Motora, Campos de Jogos Exteriores, Cozinha e Refeitório e

Espaços Exteriores Cobertos e Descobertos adequados.

Os centros escolares devem possuir, no mínimo, quatro salas para o 1º ciclo do

ensino básico, duas salas para a educação pré-escolar e duas salas polivalentes.

Dada a dimensão destes estabelecimentos, os territórios a privilegiar serão as

sedes de concelho e os principais centros urbanos da região. As intervenções a

desenvolver poderão contemplar novas edificações ou adaptações de

equipamentos existentes, através da sua reabilitação e/ou ampliação.

Objectivos Específicos da Medida

- Promover uma nova lógica integrada de oferta educativa.

- Potenciar as complementaridades entre as diversas valências de ensino.

- Melhorar a qualidade da oferta educativa na educação pré-escolar e no 1º ciclo

do ensino básico.

- Facilitar o desenvolvimento de processos de ensino-aprendizagem inovadores e

pedagogicamente enriquecedores.

- Permitir o prolongamento de horário e a oferta de actividades de complemento

curricular e, por conseguinte, o funcionamento da escola a tempo inteiro.

- Desenvolver uma rede de equipamentos de ensino de proximidade, que

permitam responder às necessidades dos bairros de maior expansão urbana.

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111.

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

112.

MEDIDA 3.2 – Centros e Núcleos Escolares Complementares

Justificação / Descrição da Medida

Tal como na Medida 3.1, esta Medida visa a construção de Centros Escolares,

que agregam simultaneamente a educação pré-escolar e o 1º ciclo do ensino.

Estes centros contemplam também salas polivalentes, centros de recursos,

Cozinha e Refeitório e Espaços Exteriores Cobertos e Descobertos adequados.

A principal diferença relativamente à medida anterior, é que esta medida

contempla centros e núcleos escolares de menor dimensão, geralmente

constituído por duas ou três salas para o 1º ciclo do ensino básico, uma ou duas

salas para a educação pré-escolar e, pelo menos, uma sala polivalente para o

desenvolvimento das actividades de complemento curricular.

Por conseguinte, esta medida procura privilegiar territórios com uma menor

ocupação populacional, designadamente as freguesias rurais em que a rede de

equipamentos actual é bastante dispersa. Sempre que possível, procura-se

manter a oferta da educação pré-escolar e do 1º ciclo em cada uma das

freguesias da região.

Objectivos Específicos da Medida

- Promover uma nova lógica integrada de oferta educativa.

- Potenciar as complementaridades entre as diversas valências de ensino.

- Melhorar a qualidade da oferta educativa na educação pré-escolar e no 1º ciclo

do ensino básico.

- Facilitar o desenvolvimento de processos de ensino-aprendizagem inovadores e

pedagogicamente enriquecedores.

- Permitir o prolongamento de horário e a oferta de actividades de complemento

curricular e, por conseguinte, o funcionamento da escola a tempo inteiro.

- Promover o reordenamento da oferta de ensino actualmente existente,

valorizando a concentração da oferta (privilegiando as sedes de freguesia).

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113.

MEDIDA 3.3 – Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico

Justificação / Descrição da Medida

A presente medida procura intervir em equipamentos especificamente destinados

ao 1º ciclo do ensino básico. Pretende-se desenvolver uma tipologia de projectos

que permita, por um lado, apetrechar convenientemente estabelecimentos já

existentes e, por outro, proceder à construção de novos equipamentos em

territórios educativos em que não se justifique e/ou não seja possível proceder à

construção de centros escolares integrados.

Neste contexto, esta medida deverá privilegiar a construção e reabilitação de

escolas do 1º ciclo do ensino básico em centros urbanos de maior dimensão,

sobretudo em bairros de expansão urbana, devendo ter uma lógica de

complementaridade relativamente a outros equipamentos do agrupamentos de

escolas em que está integrado (designadamente de centros escolares).

Não obstante, estes equipamentos deverão também ser convenientemente

apetrechados em termos técnico-pedagógicos, incluindo salas polivalentes para

actividades de complemento curricular, centro de recursos, bem como espaços

exteriores adequados.

Objectivos Específicos da Medida

- Melhorar a qualidade da oferta educativa no 1º ciclo do ensino básico.

- Facilitar o desenvolvimento de processos de ensino-aprendizagem inovadores e

pedagogicamente enriquecedores.

- Permitir a oferta de actividades de complemento curricular e, por conseguinte,

o funcionamento da escola a tempo inteiro.

- Desenvolver uma rede de equipamentos de ensino de proximidade, que

permita responder às necessidades dos bairros de maior expansão urbana.

- Resolver carências específicas na oferta do 1º ciclo, permitindo que todos os

estabelecimentos disponibilizem o horário normal de funcionamento.

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115.

MEDIDA 3.4 – Jardins de Infância

Justificação / Descrição da Medida

A presente medida procura intervir em equipamentos especificamente destinados

à educação pré-escolar. Pretende-se desenvolver uma tipologia de projectos que

permita, por um lado, apetrechar convenientemente estabelecimentos já

existentes e, por outro, proceder à construção de novos equipamentos em

territórios educativos em que não se justifique e/ou não seja possível proceder à

construção de centros escolares integrados.

Neste contexto, esta medida deverá privilegiar a construção e reabilitação de

Jardins de Infância em centros urbanos de maior dimensão, sobretudo em

bairros de expansão urbana, devendo ter uma lógica de complementaridade

relativamente a outros equipamentos do agrupamentos de escolas em que está

integrado (designadamente de centros escolares).

Não obstante, estes equipamentos deverão também ser convenientemente

apetrechados em termos técnico-pedagógicos, incluindo salas polivalentes para o

prolongamento de horário, centro de recursos, bem como espaços exteriores

adequados.

Objectivos Específicos da Medida

- Aumentar a taxa de cobertura da educação pré-escolar na Lezíria do Tejo para

valores próximos da média europeia.

- Melhorar a qualidade da oferta educativa na educação pré-escolar.

- Melhorar o apetrechamento técnico-pedagógico dos Jardins de Infância.

- Permitir a oferta de actividades de complemento curricular e, por conseguinte,

o prolongamento de horário.

- Desenvolver uma rede de equipamentos de ensino de proximidade, que

permita responder às necessidades dos bairros de maior expansão urbana.

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116.

EIXO 3

REGIÃO MAIS COMPETITIVA E INOVADORA

O terceiro Eixo de Intervenção da Agenda 21 Regional da Lezíria do Tejo tem como

objectivo central o reforço da competitividade desta região, apostando na

inovação em actividades económicas com maior potencial de desenvolvimento

competitivo e na penetração dos novos factores de competitividade no tecido

empresarial e institucional.

Pretende assim criar as condições propícias à dinamização da capacidade concorrencial da

Lezíria do Tejo num mercado cada vez mais alargado e exigente.

Os territórios deparam-se actualmente com novos e importantes desafios competitivos,

motivados, em grande parte, pela crescente integração internacional de tecnologias e

mercados, indutora de um brutal recrudescimento da concorrência (em termos de

competitividade-valor e de competitividade-custo) nos vários sectores de actividade

económica.

O elemento condutor da competitividade regional é portanto a capacidade em criar uma

envolvente que estimule a inovação contínua, o up-grading das actividades mais

importantes no perfil de especialização produtiva, o desenvolvimento de sectores

emergentes e com uma procura muito dinâmica no mercado e o envolvimento de todos

os actores regionais nestes processos.

A Lezíria do Tejo enfrenta grandes desafios ao nível da inovação e competitividade.

Algumas actividades desempenham um papel importante no perfil de especialização e

podem ser encaradas numa óptica de fileira produtiva, mas existem ainda debilidades ao

nível da articulação de todos os segmentos de negócio e de todos os actores cruciais

nestas fileiras, sendo portanto fundamental a densificação e agilização das mesmas. Por

outro lado, surgem fortes oportunidades de negócio em novas actividades, algumas delas

complementares às fileiras já existentes.

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117.

Factores como a inovação, a transferência tecnológica, a cooperação empresarial e

institucional, a modernização dos modelos de gestão organizacional e o desenvolvimento

de mecanismos e infra-estruturas de apoio à actividade económica merecem uma atenção

especial no quadro da definição de uma estratégia concertada de competitividade para a

Lezíria do Tejo.

É neste contexto que se justifica a pertinência do Eixo Região Mais Competitiva e

Inovadora na estratégia de desenvolvimento proposta na Agenda 21 Regional Lezíria do

Tejo.

Este Eixo está estruturado em quatro Linhas de Intervenção. Como grande parte da

competitividade regional depende de iniciativas de natureza imaterial (ligadas aos

factores dinâmicos de competitividade, intangíveis, como o conhecimento, a inovação ou

a cooperação), três das quatro linhas de intervenção são vincadamente imateriais.

Apenas uma linha de intervenção (a Linha de Intervenção 3) está orientada para

iniciativas materiais de infra-estruturação do território regional na óptica de suporte à

competitividade da sua estrutura económica.

A Linha de Intervenção 1 – Densificação de Fileiras Económicas e Incorporação

de Factores Dinâmicos de Competitividade nas Empresas pretende aprofundar e

tornar mais competitivas as fileiras produtivas existentes na região e dinamizar as fileiras

potenciais ou emergentes, incrementando a cooperação empresarial e institucional e

articulando o sistemas empresarial e educacional.

A Linha de Intervenção 2 – Inovação e Renovação do Modelo Empresarial e do

Padrão de Especialização visa promover a inovação no tecido produtivo regional,

incentivar e apoiar actividades em áreas de negócio emergentes e de base tecnológica,

além de incentivar a modernização do modelo de gestão empresarial e organizacional,

reforçando desta forma a capacidade concorrencial de empresas e organizações.

A Linha de Intervenção 3 – Redes e Infra-Estruturas de Suporte à

Competitividade procura dotar a região de infra-estruturas indispensáveis ao

acolhimento de empresas e de instituições de I&D, à incubação empresarial e ao acesso e

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118.

utilização de informação, através do recurso às modernas Tecnologias de Informação e

Comunicação (TIC).

Finalmente, a Linha de Intervenção 4 – Redução dos Custos Públicos de Contexto

pretende ultrapassar factores constrangedores da competitividade ligados à ineficiência

de determinados serviços públicos importantes no apoio à actividade económico, à

excessiva burocratização e à insuficiente e ineficaz disponibilização de informação crucial

para os empresários e potenciais investidores.

Considerando as Linhas de Intervenção supracitadas, conclui-se pela elevada

articulação deste Eixo com uma das cinco prioridades estratégicas definidas no

Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN): Promover o Crescimento

Sustentado, que se pretende concretizar através “do aumento da competitividade dos

territórios e das empresas, da redução dos custos públicos de contexto (…), da

qualificação do emprego e da melhoria da produtividade e da atracção e estímulo ao

investimento empresarial qualificante” (QREN, página 93).

Por outro lado, refira-se que este Eixo converge em larga medida com os vários

objectivos definidos no Programa Operacional Factores de Competitividade:

� Qualificação do tecido produtivo, por via do upgrading do perfil de especialização e

dos modelos empresariais;

� Maior orientação para os mercados internacionais do conjunto da economia

portuguesa, por via do incremento da produção transaccionável ou internacionável;

� Qualificação da Administração Pública e da eficiência da acção do Estado, por via

da modernização da Administração Pública e da promoção de uma cultura de serviço

público centrado no cidadão e nas empresas;

� Promoção de uma economia baseada no conhecimento e na inovação, por via do

estímulo ao desenvolvimento científico e tecnológico e do fomento do empreendedorismo.

Concomitantemente, as Medidas previstas neste Eixo, e as linhas de acção e projectos

estruturantes que as consubstanciam, apresentam uma forte articulação com os

seguintes Eixos Prioritários daquele Programa Operacional Temático: Eixo

Prioritário I – Conhecimento e Desenvolvimento Tecnológico; Eixo Prioritário II –

Inovação e Renovação do Modelo Empresarial e do Padrão de Especialização; Eixo

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119.

Prioritário III – Financiamento e Partilha de Risco da Inovação; Eixo Prioritário IV – Uma

Administração Pública Eficiente e de Qualidade; Eixo Prioritário V – Redes e Acções

Colectivas de Desenvolvimento Empresarial.

Merece também referência a forte articulação deste terceiro Eixo da Estratégia da

Agenda 21 Regional Lezíria do Tejo com dois Eixos Prioritários do Programa

Operacional do Alentejo: Competitividade, Inovação e Conhecimento e Governação e

Capacitação Institucional.

EIXO 3

REGIÃO MAIS COMPETITIVA E INOVADORA

Linha de Intervenção 1 Densificação de Fileiras Económicas e Incorporação de Factores Dinâmicos

de Competitividade nas Empresas

Linha de Intervenção 2 Inovação e Renovação do Modelo Empresarial e do Padrão de

Especialização

Linha de Intervenção 3 Redes e Infra-Estruturas de Suporte à Competitividade

Linha de Intervenção 4 Redução dos Custos Públicos de Contexto

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120.

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121.

LINHA DE INTERVENÇÃO 1

DENSIFICAÇÃO DE FILEIRAS ECONÓMICAS E INCORPORAÇÃO DE FACTORES

DINÂMICOS DE COMPETITIVIDADE NAS EMPRESAS

OBJECTIVO CENTRAL

Esta Linha de Intervenção tem como principal intuito criar as

condições necessárias ao reforço da competitividade das

actividades económicas da Lezíria do Tejo, encaradas numa

óptica de fileira produtiva ou de um amplo e consistente

sistema de articulação (sistema input-output) de actividades

e actores complementares ao longo da cadeia de valor.

Visa, por um lado, densificar ou consolidar as fileiras

produtivas já existentes na região mas que apresentam

ainda debilidades ao nível dos novos factores competitividade

e, por outro, apoiar fileiras produtivas que denotam fortes

potencialidades de desenvolvimento (em articulação ou não

com as fileiras produtivas existentes).

Como a ligação entre os vários actores é um factor-chave da

competitividade e da própria densificação de fileiras, esta

Linha de Intervenção visa também a promoção da

cooperação empresarial e institucional e a

complementaridade/adequação entre o sistema de

educação/formação e o sistema produtivo.

MEDIDA 1.1 Apoio à ascensão de valor nas fileiras produtivas existentes

MEDIDA 1.2 Apoio a fileiras produtivas emergentes

MEDIDA 1.3 Incentivos à cooperação empresarial e institucional

MEDIDA 1.4 Articulação entre sistemas de educação/formação e sistema

empresarial

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

122.

A primeira Linha de Intervenção do Eixo 3 da Agenda 21 Regional da Lezíria do Tejo visa

apoiar um conjunto de intervenções imateriais, destinadas a reforçar as fileiras produtivas

existentes na região e, ao mesmo tempo, criar as condições de desenvolvimento de

fileiras que apresentam forte potencial de crescimento e competitividade no mercado

globalizado.

Entende-se por fileira um agrupamento de empresas e instituições de apoio à actividade

económica que, na maioria dos casos, partilham um mesmo território e que se

especializam em actividades que integram a mesma cadeia de valor (sistema

input/output), desenvolvendo vínculos de cooperação e aprendizagem comuns.

O principal objectivo desta Linha de Intervenção é a densificação de fileiras produtivas na

estrutura económica da Lezíria do Tejo. Esta densificação não significa apenas criar mais

e melhores empresas nas fileiras produtivas já existentes (com maior ou menor nível de

aprofundamento) mas passa, também, por uma diversificação e desdobramentos no seu

interior e pelo aparecimento de novas actividades industrias e de serviços, numa rede de

complementaridades do padrão de especialização regional.

A consolidação das várias fileiras deve estar associada a uma lógica de intensificação do

relacionamento entre empresas e instituições e de articulação entre o sistema de

educação/formação e o sistema empresarial.

Atendendo a que factores como o “isolamento” dos actores empresariais e institucionais e

o desajustamento entre as qualificações proporcionadas pelo sistema educativo e as

necessidades das empresas são problemas amplamente referidos e presentes na maioria

dos territórios de Portugal, incluindo a Lezíria do Tejo, esta Linha de Intervenção

pretende incentivar a cooperação empresarial e institucional e promover a articulação

entre aqueles sistemas regionais.

Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção 1

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

123.

Projectos Estruturantes e de Natureza Supranicipal

Dada a natureza desta Linha de Intervenção – acções de natureza imaterial – não são

contemplados projectos de natureza supra-municipal e estruturante, na medida em que

estes projectos terão necessariamente uma abrangência territorial mais circunscrita.

Tipologia de Acções a Privilegiar na Linha de Intervenção 1:

Apoio a todas as actividades integrantes nas fileiras produtivas da região, nomeadamente a agricultura, a pecuária, a agro-indústria, o cavalo/touro e a indústria automóvel Certificação de todas as empresas e instituições das várias fileiras

Contratos-Programa para inserção de activos altamente qualificados nas actividades das várias fileiras produtivas Apoio à articulação entre actores e actividades das várias fileiras Incentivo à exploração das economias de aglomeração/vizinhança Programa de partilha de informações sobre empresas, sectores de actividade e instituições com potencial de articulação e cooperação Apoio financeiro à cooperação empresarial e institucional

Articulação entre currículos do ensino profissional e superior e necessidades das empresas em termos de competências dos recursos humanos Participação dos empresários nos cursos profissionais e superiores da região Projectos-piloto de integração de jovens técnicos e investigadores nas empresas da região Iniciativa “Dia Empresa de Portas Abertas” Patrocínio empresarial de actividades escolares Apoio à ascensão na cadeia de valor de todas as fileiras produtivas, através de acções que permitam a introdução de novos factores de competitividade (inovação e conhecimento) Desenvolvimento de novas actividades ligadas à indústria automóvel e apoio à reinserção profissional dos trabalhadores da Opel/General Motors da Azambuja Apoio à integração de todas as empresas da região fornecedoras de componentes para a indústria automóvel no parque de fornecedoras de outras unidades de montagem Projectos de cooperação entre empresas e instituições de ensino e I&D localizadas na região ou em regiões e países com perfil de especialização semelhante ao da Lezíria do Tejo Fortalecimento e inter-ligação das várias associações profissionais e sectoriais

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

124.

Apoio à agricultura (em consonância com várias Políticas – Política Agrícola Comum, Política Europeia de Ambiente –, Programas e Medidas Nacionais e Comunitárias de apoio à agricultura e ao mundo rural e acompanhamento dos respectivos processos de candidatura), tendo como objectivo a viabilização do Desenvolvimento Rural Criar e melhorar infra-estruturas necessárias ao desenvolvimento das zonas rurais e actividades agrícolas (electrificação rural, melhoria dos caminhos rurais, acesso a comunicações e melhoria de vias rodoviárias). Apoio à agricultura biológica Certificação dos produtos regionais Criação de viveiros e banco de sementes de espécies regionais Criação de Zonas de Frio Industrial, de apoio às pequenas e médias empresas agrícolas (em particular no concelho de Coruche) Apoio à silvo-pastorícia e pecuária de elevada qualidade Consolidação da fileira do cavalo e do touro, com a aposta na I&D em todas as actividades (centrada na Zootécnica Avançada) Captação de investidores e desenvolvimento de actividades de I&D no domínio da biotecnologia alimentar, ciências da vida (nutrição-saúde, zootécnica avançada, farmacêutica e biomedicamentos, desporto-saúde e ambiente-saúde pública), automóvel (prototipagem, design, ensaios e segurança automóvel), aeronáutica, ambiente/energia e floresta (cortiça) Taskforce para cada uma das fileiras produtivas, que integre representantes dos vários actores seleccionados como fundamentais à dinamização das mesmas Levantamento/estudo de políticas conduzidas noutros países destinadas ao desenvolvimento de fileiras produtivas e actividades estratégicas para a região Apoio à qualificação da oferta turística, em consonância com os produtos turísticos definidos no Plano Estratégico Nacional para o Turismo (PENT) que apresentam maior potencial na região, com especial ênfase nos produtos touring cultural e paisagístico, turismo de natureza e gastronomia e vinhos. Qualificação da oferta de alojamento turístico em toda a região

Projectos inter-municipais de promoção turística integrada, em articulação com privados. Exemplos: - Dinamização de rotas turísticas temáticas, algumas já existentes (exemplos: rota do património arqueológico; rota do património religioso; rota do gótico; rota do vinho; rota do cavalo e do touro; rota dos habitats e aves); - Sinalização turística; - Continuação da aposta na valorização turística e ambiental das margens do rio Tejo e seus afluentes; - Promoção da ligação do desporto ao lazer e turismo (turismo desportivo relacionado com pesca desportiva, a caça, as actividades equestres e desportos náuticos – turismo fluvial); - Promoção de cruzeiros no rio Tejo; - Dinamização do CNEMA como pólo de turismo de eventos e de negócios; - Construção de percursos pedestres, equestres e ciclovias; - Requalificação dos caminhos de Fátima e de Santiago.

MEDIDA 1.1 – Apoio à ascensão de valor nas fileiras produtivas existentes

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

125.

Justificação / Descrição da Medida 1.1

Na Lezíria do Tejo existem fileiras produtivas que têm desempenhado um papel

importante na dinamização da actividade económica da região, como sejam a

agro-pecuária/agro-indústria, o cavalo/touro e a indústria automóvel.

Estas fileiras dispõem de uma estrutura empresarial (e, em alguns casos,

institucional) que cobre grande parte das actividades que contribuem para a

“construção” e funcionamento de um sistema input-output.

Todavia, verificam-se ainda algumas debilidades e falhas de articulação em

certas actividades que compõem as várias fileiras. É assim primordial conseguir

efectivar e aprofundar as sinergias entre todas as actividades integradoras da

fileira produtiva, de forma a reforçar a competitividade do sistema produtivo da

Lezíria do Tejo e a sua eficiência na criação de emprego. Daí a pertinência desta

Medida.

No caso particular da fileira automóvel, o encerramento da unidade de

montagem, durante décadas localizada no concelho da Azambuja, colocou em

risco a sustentabilidade e manutenção das actividades ligadas ao sector

automóvel. Existem na região algumas empresas produtoras de componentes

para a indústria automóvel, mas os riscos de encerramento ou deslocalização são

evidentes. A criação de condições para a manutenção desta fileira na região

assume um papel fundamental na minimização dos riscos de continuidade na

destruição de emprego neste tipo de actividades.

Por seu turno, a fileira agro-industrial tem registado nos últimos anos uma

evolução muito favorável na região, marcada pela presença de importantes

empresas nacionais e estrangeiras (algumas delas exemplos no domínio da

inovação e internacionalização empresarial), pela integração e transformação de

produtos agrícolas de elevada qualidade (como sejam o vinho, as frutas e os

hortícolas) e pela crescente relevância da região na produção de determinados

produtos agro-industriais (como os sumos de frutas, os hortícolas preparados e

as carnes).

Também a fileira do cavalo/touro tem evidenciado uma evolução favorável, com

a crescente articulação de actividades complementares e com o seu maior relevo

na especialização produtiva dos concelhos da Golegã e, embora em menor

escala, dos concelhos do Cartaxo, Santarém e Alpiarça.

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

126.

Objectivos Específicos da Medida 1.1

- Reforçar a competitividade das fileiras produtivas existentes na Lezíria do Tejo,

nomeadamente as fileiras da agro-pecuária/agro-indústria, do cavalo/touro e da

indústria automóvel;

- Alongar e fortalecer estas fileiras económicas territorialmente mais relevantes;

- Melhorar a eficiência e viabilidade das empresas das fileiras já existentes,

diversificar actividades, acrescentar valor, reduzir custos e qualificar as

actividades;

- Fortalecer a promoção da Lezíria do Tejo enquanto região-líder a nível nacional

em algumas actividades ligadas às referidas fileiras produtivas;

- Minimizar os riscos de destruição de emprego nas várias actividades que

integram cada uma das fileiras (os riscos de continuidade na perda de emprego

na fileira automóvel são, em particular, muito elevados);

- Desenvolver actividades de maior valor acrescentado nas várias fileiras,

apostando em actividades intensivas em inovação e I&D;

- Fomentar o potencial de comunicabilidade, complementaridade e articulação

entre fileiras económicas distintas;

- Criar emprego altamente qualificado e especializado nestas actividades.

MEDIDA 1.2 – Apoio a fileiras produtivas emergentes

Justificação / Descrição da Medida 1.2

É relevante a definição de novas fileiras produtivas estratégicas, que permitam a

abertura da região a mercados de oferta e procura diversificados e de grandes

dimensões, nacionais e internacionais.

São de salientar: a fileira do Ambiente/Energia (com forte potencial de

crescimento ancorado no concelho da Chamusca); a fileira da Mobilidade

(Automóvel-Logística-Aeronáutica, que poderá tornar-se uma alternativa à crise

da fileira automóvel, viabilizando o desenvolvimento de nichos de mercado como

a prototipagem, os ensaios e segurança automóvel, a expansão da logística e da

indústria aeronáutica (esta com uma base de competências e actividades muito

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

127.

similar à indústria automóvel); a fileira da Saúde/Ciências da Vida (centrada nas

articulações tecnologia alimentar-nutrição-saúde humana, cavalo/touro-

zootécnica avançada-saúde animal, desporto-saúde e mesmo ambiente-saúde

pública). Estas fileiras denotam capacidade de I&D, dinamismo económico e

potencial de desenvolvimento à escala global (procura dinâmica no mercado

global).

O perfil de especialização produtiva da Lezíria do Tejo possibilita ainda o

desenvolvimento da fileira florestal, ancorado na valorização de um importante

produto regional (a cortiça) e na possibilidade de articulação com outras fileiras

emergentes (como sejam a fileira aeronáutica, através da utilização da cortiça

como isolante térmico, acústico e vibrático, ou a fileira ambiente/energia).

A riqueza ambiental, paisagística, patrimonial e cultural da Lezíria do Tejo

permite o desenvolvimento de uma importante fileira – a do turismo -, num

contexto em que esta actividade económica é considerada estratégica para o

desenvolvimento competitivo dos territórios, em virtude da sua transversalidade

e, por conseguinte, dos seus elevados efeitos multiplicadores na economia. É

assim fundamental converter a diversidade e multiplicidade de recursos

existentes na região em produtos turísticos específicos, em estreita articulação

com o Plano Estratégico Nacional para o Turismo (PENT), ultrapassando o

problema da falta de organização da oferta (que não tem conseguido responder à

exigência de transformar recursos em produtos turísticos estruturados, tornando-

se um factor de bloqueio ao desenvolvimento turístico da Lezíria do Tejo).

Objectivos Específicos da Medida 1.2

- Promover o desenvolvimento de novas fileiras produtivas na Lezíria do Tejo;

- Aumentar a eficácia e eficiência do sistema económico, a competitividade e a

produtividade do tecido empresarial;

- Criar condições de localização de novos investidores, tendo em vista a

diversificação e a qualificação da actividade económica regional;

- Articular o perfil de especialização produtiva da região com actividades

emergentes, isto é, potenciar novas fileiras produtivas, algumas delas derivadas

do reforço de competitividade e da ascensão de valor das fileiras produtivas

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128.

existentes;

- Criar emprego em actividades dinâmicas e com crescente procura internacional,

como sejam o ambiente/energia, a valorização da floresta, a aeronáutica, a

Saúde/Ciências da Vida ou o Turismo;

- Promover a Lezíria do Tejo enquanto região dinâmica em novas actividades.

MEDIDA 1.3 – Incentivos à cooperação empresarial e institucional

Justificação / Descrição da Medida 1.3

A cooperação constitui um fulcral elemento de competitividade empresarial.

Todavia, a esmagadora maioria das empresas continua isolada na sua actividade,

encarando os restantes actores empresariais como concorrentes e adversários e

não como parceiros importantes e incontornáveis na competitividade. Numa

região como a Lezíria do Tejo, com uma estrutura empresarial fortemente dual

(predominância de PME - Pequenas e Médias Empresas -, a par de grandes

grupos económicos que dominam em determinadas actividades), a cooperação

empresarial reveste-se de extrema importância.

Também a cooperação entre as empresas e as instituições públicas de

administração, de ensino e de inovação/I&D (de nível local, regional ou nacional)

assume uma relevância crescente na competitividade das actividades económicas

sediadas nos territórios – potencia ganhos de competitividade, poder negocial no

mercado, internacionalização e partilha de riscos.

De referir a importância das relações de parceria com as associações

empresariais de âmbito regional e nacional e com outras organizações

directamente envolvidas na realização de projectos.

Por todos estes factores, os incentivos à cooperação empresarial e institucional

devem fazer parte da estratégia de reforço da competitividade e inovação da

Lezíria do Tejo, ao nível das várias fileiras produtivas referidas em Medidas

anteriores (e mesmo entre fileiras).

Esta terceira Medida da presente Linha de Intervenção permite apoiar as

empresas e instituições que valorizam a cooperação e lhe atribuem lugar de

destaque nas suas estratégias de actuação. As PME são actores relevantes nesta

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129.

Medida.

Na selecção de actores empresariais e institucionais integrantes da estratégia de

competitividade a desenvolver no âmbito da Agenda 21 Regional Lezíria do Tejo,

um factor a destacar e a considerar como parâmetro orientador da selecção de

projectos propostos por empresas e instituições é a participação destes actores

em acções de cooperação (ao nível da inovação, internacionalização, formação,

etc). Deverão ser privilegiadas as empresas e instituições que já desenvolvem

iniciativas conjuntas ou que propõem projectos em cooperação.

A concretização desta Medida passará pelo apoio financeiro à cooperação

empresarial (através de mecanismos já existentes ou a criar), além da

disponibilização de informações úteis sobre oportunidades de negócio e possíveis

parceiros (o que permite a articulação desta Medida com a Medida 4.4 – Agência

de Apoio ao Empresário e ao Investimento, da Linha de Intervenção 4 – Redução

dos Custos Públicos de Contexto).

Objectivos Específicos da Medida 1.3

- Promover a competitividade das empresas, por via de processos de cooperação

empresarial e institucional através dos quais determinados recursos são

partilhados com vista à optimização dos resultados e com retorno para todos os

intervenientes;

- Estimular a propensão para cooperar por parte das PME da região;

- Potenciar processos de cooperação, associados à gestão da cadeia de

fornecimentos em actividades a montante e a jusante da cadeia de valor de cada

uma das fileiras produtivas da Lezíria do Tejo (existentes e potenciais);

- Desenvolver oportunidades de negócio, para as quais as empresas e

instituições, isoladamente, não teriam capacidade de iniciativa;

- Induzir a identificação de oportunidades de cooperação e o seu

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130.

desenvolvimento, através dos modelos mais adequados às necessidades

detectadas nos potenciais cooperantes;

- Facilitar a articulação com instrumentos de apoio financeiro à cooperação

empresarial e institucional (sistemas de incentivos e outros);

- Realizar acções de divulgação e disseminação de oportunidades de cooperação

empresarial.

MEDIDA 1.4 – Articulação entre sistemas de educação/formação e sistema

empresarial

Justificação / Descrição da Medida 1.4

Além da cooperação entre empresas e entre estas e as instituições com

competências ao nível da administração ou da I&D, é muito importante para a

competitividade da Lezíria do Tejo a promoção da cooperação entre o sistema

empresarial e o sistema de educação/formação. Estes “sistemas”, totalmente

interdependentes, percorrem por vezes caminhos separados, não existindo uma

efectiva adequação entre as necessidades do tecido produtivo local (a procura) e

as valências dos recursos humanos que saem do sistema de ensino (a oferta).

Neste contexto, o sistema de ensino da Lezíria do Tejo (ao nível profissional e

superior) deverá acompanhar as tendências do mercado de trabalho e responder

às reais necessidades do perfil de especialização produtiva da região (indo ao

encontro das exigências das fileiras produtivas existentes e antecipando as

necessidades futuras das fileiras emergentes ou potenciais). A própria

capacidade de transferibilidade de profissionais de actividades em declínio (como

é o caso da indústria automóvel) para actividades emergentes é fundamental e

deve estar contemplada nesta Medida.

Todavia, esta Medida não se deverá restringir às “fronteiras” da região, em

virtude da crescente mobilidade de profissionais e globalização da actividade

económica e do mercado de trabalho - não poderá descurar a necessidade de

articulação com as exigências do mercado de trabalho nacional e mesmo

internacional.

Através desta Medida, o empresário deverá tomar contacto com a realidade do

ensino profissional e superior da região, ao mesmo tempo que os indivíduos da

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131.

comunidade escolar (professores, alunos, directores dos estabelecimentos de

ensino) tomam conhecimento da realidade empresarial/produtiva do território em

que se inserem. Esta Medida deverá portanto apoiar projectos e programas de

educação e formação que fomentem a inserção dos jovens na vida activa, que

promovam a readaptação dos trabalhadores ameaçados de desemprego e que

fomentem o espírito empresarial em áreas cruciais para a especialização

produtiva da região. Serão assim desenvolvidos diversos projectos em dimensões

como novas qualificações, novas competências e novas metodologias de

formação e aprendizagem, programas de criação de empresas ou formação

avançada para empresários e gestores. Será portanto fundamental a forte

articulação desta Medida com a Medida 2.1 – Valorização e Qualificação de

Recursos Humanos do Eixo 2 – Região com Recursos Humanos mais Qualificados

e Competências Acrescidas.

Refira-se que a articulação entre o sistema de ensino/formação e o sistema

empresarial é também fundamental ao nível da investigação que se desenvolve

na “academia” e na “empresa”. Isto significa que a articulação entre ambos os

sistemas não se limita à formação/adequação de perfis profissionais, mas deverá

incluir também acções conjuntas de I&D e transferência de tecnologia.

Objectivos Específicos da Medida 1.4

- Dinamizar a interligação entre o sistema de ensino (nomeadamente o ensino

profissional e o ensino superior) e o sistema empresarial da Lezíria do Tejo;

- Promover no sistema de ensino uma visão estratégica das necessidades do

mercado de trabalho;

- Facilitar a transferibilidade profissional, particularmente em sectores em

reestruturação/declínio;

- Desenvolver e valorizar resultados e transferência de inovação e tecnologias

das instituições de ensino e I&D para o sector produtivo;

- Incentivar a criação de empresas e spin-offs universitários como um meio

eficaz de transferência de conhecimento para as empresas;

- Apoiar a participação das empresas e instituições de ensino da região em

programas ou projectos nacionais, de iniciativa comunitária e internacionais de

experimentação de metodologias activas de cooperação empresa-escola-

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132.

universidade;

- Apoiar a participação dos empresários na leccionação de matérias lectivas nas

instituições de ensino da região (por exemplo ao nível de cursos de

empreendedorismo ou de gestão empresarial);

- Expandir na região pós-graduações e especializações universitárias orientadas

para o mercado de trabalho, de forma a criar “mestres e doutores de fábrica”.

LINHA DE INTERVENÇÃO 2

INOVAÇÃO E RENOVAÇÃO DO MODELO EMPRESARIAL E DO PADRÃO DE

ESPECIALIZAÇÃO

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133.

OBJECTIVO CENTRAL

Esta Linha de Intervenção tem como principal objectivo

promover a inovação tecnológica e organizacional no

tecido produtivo da Lezíria do Tejo, de forma a permitir

a modernização do modelo empresarial e do perfil de

especialização da região.

Visa portanto incentivar a inovação (ao nível dos

produtos e processos), apoiar o desenvolvimento de

negócios emergentes com elevado conteúdo tecnológico

(apoiar o empreeendedorismo e empresas de base

tecnológica, sobretudo PME) e facilitar o acesso ao

capital e ao crédito.

Por outro lado, pretende reforçar as capacidades dos

empresários se adaptarem às exigências de um novo

modelo empresarial e organizacional, centrado na

inovação, no risco e na “gestão profissionalizada”.

MEDIDA 2.1 Incentivos à inovação nas empresas da região

MEDIDA 2.2 Apoio a negócios emergentes de base tecnológica

MEDIDA 2.3 Incentivos à modernização do modelo empresarial e

organizacional

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134.

A aposta na inovação tecnológica (ao nível dos processos e dos produtos) e o apoio a

empresas que demonstram fortes capacidades de adaptação e incorporação dos factores

competitivos dinâmicos são elementos-chave numa estratégia de competitividade

regional.

À semelhança do que se observa na maioria das regiões portuguesas, no perfil de

especialização da Lezíria do Tejo predominam sectores de actividades baseados na

exploração dos recursos endógenos, na intensidade de trabalho e nas economias de

escala, pelo que urge incentivar a inovação e renovação do padrão produtivo e do modelo

empresarial da região, apoiando o desenvolvimento de actividades intensivas em

tecnologia e conhecimento.

As acções propostas no âmbito desta Linha de Intervenção da Agenda 21 Regional Lezíria

do Tejo pretendem alcançar estes objectivos.

Além do estímulo à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico, visam apoiar

a modernização dos modelos de gestão organizacional, através da melhoria do acesso ao

financiamento por parte das empresas da região (em particular as PME de base

tecnológica) e da capacidade gestora dos empresários (em virtude da presença de não

raros exemplos de gestão não profissionalizada das empresas).

Todas as acções propostas apresentam forte articulação com as prioridades estratégicas

do Programa Operacional Factores de Competitividade, destinadas a modernizar e

reestruturar a capacidade de produção das regiões.

Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção 2

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135.

Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal

Dada a natureza desta Linha de Intervenção – acções de natureza imaterial – não são

contemplados projectos de natureza supra-municipal e estruturante, na medida em que

estes projectos terão necessariamente uma abrangência territorial mais circunscrita.

Tipologia de Acções a Privilegiar na Linha de Intervenção 2:

Apoio ao acesso a financiamentos à inovação

Linhas de crédito de apoio à inovação Acesso ao crédito por parte das PME através do instrumento das garantias Majoração de incentivos à inovação e modernização do modelo empresarial e organizacional Dinamização do Programa FINICIA

Apoio a projectos e negócios de forte conteúdo inovador Mecanismos de capital semente e capital de risco

Afectação de 1% dos orçamentos municipais a projectos e iniciativas inovadoras, a seleccionar mediante o lançamento de concurso público (regra corrente de incentivo à inovação por parte dos executivos municipais dos países escandinavos) Projectos de dinamização do empreendedorismo, sobretudo entre os jovens Concursos de ideias nas instituições de ensino da região Apoio a empresas de base tecnológica, em particular as que se enquadram nas actividades prioritárias para a região Candidaturas a financiamentos de apoio à inovação por parte das empresas pertencentes aos sectores de actividade económica considerados prioritários Apoio a start-ups e spin-offs Redução da derrama para empresas de base tecnológica Redução ou isenção das taxas de publicidade cobradas pelas Autarquias em acções de divulgação das empresas de base tecnológica (com utilização de espaço público) Apoio à formação dos empresários no domínio da gestão, planeamento estratégico e desenvolvimento organizacional Apoio à modernização do modelo organizacional do comércio tradicional Isenção de taxas de licenciamento das obras realizadas pelos comerciantes destinadas à modernização do seu negócio. Estudos de benchmarking

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136.

MEDIDA 2.1 – Incentivos à inovação nas empresas da região

Justificação / Descrição da Medida 2.1

A capacidade de inovação nos territórios está associada à existência de massa

crítica de empresas qualificadas, recursos humanos especializados e serviços

especializados de apoio às actividades económicas. Todavia, a atitude das

empresas perante o desenvolvimento tecnológico é o “motor” da inovação.

Para a competitividade da Lezíria do Tejo assume relevância o incremento do

nível de intensidade tecnológica das fileiras produtivas estratégicas para a

região, o que passa pelo desenvolvimento da capacidade das empresas locais

absorverem novos conhecimentos e conceberem novos produtos e serviços de

base tecnológica.

É assim importante o incentivo à inovação das empresas da região, através da

facilitação ao acesso a apoios financeiros à inovação e do desenvolvimento de

contactos entre a estrutura empresarial e o sistema regional e nacional de

inovação.

Esta Medida pretende promover o apoio aos projectos privados com maior

potencial inovativo e que melhor se integrem no objectivo final de promoção das

fileiras produtivas que sustentam a competitividade da região. Assim, deverá

privilegiar as empresas que incorporam inovação (ao nível do produto e/ou do

processo) e que criam emprego baseado no conhecimento, criando mecanismos

de majoração de incentivos no âmbito dos sistemas de incentivos à inovação

enquadrados pelo QREN e facilitando o acesso a capital e ao crédito.

Existem já na região alguns projectos desenvolvidos no âmbito do Programa

FINICIA vocacionado, entre outros domínios, para o apoio a projectos de forte

conteúdo inovador. Este Programa deverá ser incrementado em todos os

concelhos da região, privilegiando o acesso a apoios à inovação.

Esta Medida deverá enquadrar a abertura de candidaturas a financiamento de

apoio à inovação nas empresas das fileiras de actividade económica

anteriormente identificadas ou a empresas de outros sectores que demonstrem

capacidade de desenvolvimento de projectos de carácter inovador.

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137.

Objectivos Específicos da Medida 2.1

- Intensificar os esforços de inovação e de desenvolvimento tecnológico na

Lezíria do Tejo;

- Apoiar o desenvolvimento da capacidade de absorção de novos conhecimentos

por parte das empresas da região, estimulando a capacidade de conceber novos

produtos e serviços de base tecnológica;

- Apoiar a inovação nas empresas integrantes das fileiras produtivas estratégicas

para a região;

- Beneficiar no acesso aos incentivos à inovação as empresas que investem na

inovação do produto e/ou de processo;

- Dinamizar o Programa FINICIA, na sua componente de apoio a projectos de

forte conteúdo inovador;

- Apoiar a abertura de candidaturas a financiamento de apoio à inovação nas

empresas pertencentes aos sectores de actividade económica considerados

prioritários.

MEDIDA 2.2 – Apoio a negócios emergentes de base tecnológica

Justificação / Descrição da Medida 2.2

O papel das novas empresas de base tecnológica tem sido considerado crítico

para a inovação em vários contextos nacionais e internacionais, salientando-se a

necessidade de promover e reforçar “ideias” e projectos empresariais associados

aos mais avançados conhecimentos científicos e tecnológicos. O apoio ao

“empreendedorismo tecnológico” é portanto fundamental nesta Medida,

vocacionada para o desenvolvimento de estratégias e acções incentivadoras do

espírito empresarial em actividades de procura dinâmica e que permitam a

inovação no perfil de especialização regional.

A Lezíria do Tejo deverá promover mecanismos específicos de apoio a negócios

emergentes de base tecnológica, como o capital de semente, o capital de risco e

os mercados de capitais associados às start-ups. Através destes mecanismos, é

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138.

possível mobilizar o capital privado para investimento na tecnologia e inovação.

Também nesta Medida assume um papel importante o Programa FINICIA,

nomeadamente o Eixo 2, de apoio a negócios emergentes de pequena escala.

As parcerias entre instituições públicas e instituições privadas, que serão objecto

da Medida 4.2 – Parcerias Público-Privadas da Linha de Intervenção 4 – Redução

dos Custos Públicos de Contexto, são fundamentais na definição de mecanismos

de apoio a negócios de base tecnológica no âmbito da presente Medida.

O apoio a spin-offs de empresas nacionais já existentes na região merece

destaque no âmbito desta Medida. Trata-se do apoio à formação de novas

empresas envolvendo movimentos de diversificação, por parte de empresas já

estabelecidas na região, tendo em vista a penetração em novas

actividades/áreas de negócio mais intensivas em termos tecnológicos e

cognitivos e/ou em novos segmentos de cadeia produtiva com maior valor

acrescentado.

Esta Medida permite ainda enquadrar incentivos fiscais às empresas (ao nível da

derrama), definidos em função de despesas com I&D interna ou desenvolvida em

instituições nacionais, bem como da aquisição de novas tecnologias

desenvolvidas no sistema nacional de inovação.

Por outro lado, esta Medida deverá facilitar a promoção/divulgação da imagem

das PME de base tecnológica, através do apoio a acções de publicidade. A

isenção e/ou redução de taxas de publicidade, concedida mediante deliberação

das Autarquias, é uma importante acção de apoio à promoção e imagem das

empresas de base tecnológica da região.

Objectivos Específicos da Medida 2.2

- Facilitar o desenvolvimento de novas empresas de base tecnológica, potenciais

promotoras da inovação na Lezíria do Tejo;

- Garantir meios de financiamento para projectos inovadores;

- Incrementar o empreendedorismo em actividades inovadoras (sobretudo de

jovens qualificados);

- Apoiar start ups de projectos de jovens empreendedores;

- Inserir a região nos programas de financiamento público a projectos focados

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139.

em novos negócios e no “empreendedorismo de oportunidade”;

- Apoiar spin-offs de empresas já existentes na região;

- Difundir o capital de risco;

- Dinamizar o Programa FINICIA, na sua componente de apoio a negócios

emergentes de pequena escala;

- Apoiar a divulgação de empresas inovadoras;

MEDIDA 2.3 – Incentivos à modernização do modelo empresarial e

organizacional

Justificação / Descrição da Medida 2.3

O desenvolvimento empresarial depende da capacidade dos seus dirigentes e

colaboradores se adaptarem à mudança e, em especial, a novos modelos

organizacionais, centrados na flexibilidade e automação da produção, na

especialização em segmentos com alto valor acrescentado e na incessante

inovação de processos e produtos que permite ocupar nichos de mercado

privilegiados.

Esta Medida procura viabilizar um vasto conjunto de ajustamentos de natureza

estrutural nas empresas e organizações, nos quais a qualificação, a

diferenciação, a diversificação e inovação da produção de bens e serviços

transaccionáveis, no quadro de fileiras produtivas e de cadeias de valor mais

alargadas e geradoras de maior valor acrescentado, se assumem como vectores

estratégicos.

Através desta Medida, pretende-se alcançar novos modelos de negócio,

orientados para a gestão da mudança e para o desenvolvimento de estratégias

abertas à cooperação inter-organizacional, à inovação e ao risco.

Estas estratégias de modernização do modelo empresarial e organizacional criam

empresários e gestores detentores de uma visão estratégica e de uma

capacidade de actuação mais pró-activa face às exigências do mercado.

Pretende-se desenvolver no tecido empresarial da região capacidades

organizacionais nas actividades internas à empresa (planeamento estratégico,

planeamento e controlo dos processos produtivos, concepção da estrutura

organizacional, qualidade,…), bem como nas actividades de articulação da

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140.

empresa com o sistema envolvente (sobretudo ao nível do sistema input-output,

da fileira produtiva em que a empresa se insere ou poderá vir a inserir-se, mas

também com o mercado).

Ainda que esta Medida esteja orientada sobretudo para as actividades

produtivas, industriais, contempla também o apoio à modernização do comércio,

em particular do comércio internacional, que tem enfrentado sérios problemas de

sobrevivência, em parte devido à falta de estratégia organizacional ou à sua

desadequação com as exigências do mercado.

Objectivos Específicos da Medida 2.3

- Estimular o incremento de uma nova cultura empresarial e organizacional,

baseada no conhecimento e na inovação, introduzindo em simultâneo uma

cultura de risco e vontade empreendedora;

- Incentivar a inovação e “adaptabilidade” a nível empresarial e organizacional;

- Apoiar o desenvolvimento das capacidades de gestão nas empresas locais, em

particular nas PME;

- Capacitar as empresas para a inovação, a diferenciação e flexibilidade dos

modelos de negócio;

- Melhorar a capacidade de as empresas e organizações desenvolverem o seu

modelo de negócio, baseado no planeamento e estratégia a médio e longo prazo;

- Melhorar a capacidade de as empresas se integrarem no sistema envolvente

(articulação com outras empresas e organizações no quadro da fileira produtiva,

com instituições de I&D, com o mercado);

- Estimular a adopção generalizada de mecanismos de gestão de qualidade,

nomeadamente normas de qualidade de acordo com os standards internacionais;

- Promover a modernização do comércio tradicional.

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141.

LINHA DE INTERVENÇÃO 3

REDES E INFRA-ESTRUTURAS DE SUPORTE À COMPETITIVIDADE

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142.

OBJECTIVO CENTRAL

Esta Linha de Intervenção pretende ultrapassar as

insuficiências de modernas e eficientes infra-estruturas

de acolhimento à actividade produtiva ainda observadas

na Lezíria do Tejo. Um dos seus objectivos é o

desenvolvimento de uma rede de Parques de Negócios

na região, que permita criar condições físicas ou

materiais à competitividade das fileiras produtivas

existentes ou emergentes, complementada por serviços

avançados às empresas e actividades de incubação.

Por outro lado, esta Linha de Intervenção visa apoiar o

desenvolvimento de redes formais de cooperação entre

empresas, instituições de ensino e de I&D.

Pretende ainda desenvolver as infra-estruturas de banda

larga e fibra óptica em todos os territórios da Lezíria do

Tejo, incrementando o acesso e utilização destas

tecnologias por parte das empresas, instituições e

população em geral, tendo como preocupação

ultrapassar as assimetrias intra-regionais de infra-

estruturação e de acesso às mesmas.

MEDIDA 3.1 Parques de Negócio

MEDIDA 3.2 Incubadoras de empresas

MEDIDA 3.3 Redes de cooperação

universidades-instituições de I&D-empresas

MEDIDA 3.4 Infra-estruturas de banda larga e fibra óptica

Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção 3

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143.

Esta Linha de Intervenção visa dotar a Lezíria do Tejo de um conjunto de infra-estruturas

indispensáveis à reestruturação e modernização do tecido produtivo regional, ao

competitivo acolhimento às actividades económicas e serviços avançados, ao mesmo

tempo que procura catalizar a inovação e desenvolvimento tecnológico e melhorar a

capacidade de aceder e utilizar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).

Propõe a constituição de uma rede de Parques de Negócios, destinada a albergar

empresas e instituições que desenvolvem a sua actividade produtiva e de I&D no domínio

das fileiras produtivas prioritárias para a competitividade da Lezíria do Tejo.

Com a presente Linha de Intervenção pretende-se apoiar e desenvolver os Parques de

Negócios existentes ou já previstos para a região e propor novas infra-estrututuras de

acolhimento empresarial e institucional deste tipo (ainda que em número reduzido, em

virtude da não exequibilidade de construção de um Parque de Negócios em cada um dos

concelhos da região, dadas as exigências de selectividade dos projectos,

supramunicipalidade dos mesmos e riscos de atomização da estratégia de competitividade

assente no apoio a fileiras produtivas que, por natureza, dependem da capacidade de

articulação não só entre actividades e actores mas também entre territórios).

A proposta de novas localizações para Parques de Negócios segue critérios ligados à

presença no território de importantes unidades produtivas e de I&D que têm permitido

ancorar actividades cruciais nas fileiras produtivas (existentes ou emergentes) e que

poderão ajudar a captar novos investimentos.

Para cada um dos Parques de Negócios deverão ser estabelecidas as “vocações

estratégicas”, isto é, as actividades consideradas prioritárias para essa infra-estrutura, de

forma a incentivar-se a densificação daquelas fileiras produtivas.

Em cada um dos Parques de Negócios pretende-se a criação de uma incubadora de

empresas, destinada a criar as condições de desenvolvimento de empresas de base

tecnológica e de incentivo à cooperação empresarial e institucional.

Ainda que os vários Parques de Negócios integrem actividades de serviços avançados às

empresas e de I&D (interna à empresa), pretende-se com esta Linha de Intervenção

apoiar a criação de um Centro Tecnológico capaz de centralizar as principais actividades

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144.

de I&D e de formação pós-graduada nos domínios prioritários para a região e incentivar a

cooperação empresarial e institucional entre os vários Parques de Negócios.

Por último, esta Linha de Intervenção pretende dotar toda a região de eficazes infra-

estruturas de banda larga e fibra óptica.

Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal

Projectos Estruturantes da Linha de Intervenção 3:

Concelho Projecto

Parque de Negócios com vocação estratégica na área das Ciências da Vida Almeirim Incubadora de empresas

Parque de Negócios com vocação estratégica na área da logística, automóvel e aeronáutica (a desenvolver em Benavente e Samora Correia/Murteira) Benavente

Incubadora de empresas Parque de Negócios com vocação estratégica na área da tecnologia alimentar, enologia e agro-indústria Centro Tecnológico com vocação estratégica nas actividades consideradas prioritárias para a região

Cartaxo

Incubadora de empresas Parque de Negócios com vocação estratégica na área do Ambiente/Energia (Eco-Parque do Relvão) Chamusca Incubadora de empresas Parque de Negócios com vocação estratégica na área da Floresta, que permita complementar/expandir as Zonas Industriais existentes Incubadora de empresas Observatório do Sobreiro e da Cortiça

Coruche

Campo Experimental do Instituto Nacional de Investigação Agrária (INIA) Parque de Negócios com vocação estratégica na área do Desporto-Saúde e Nutrição-Saúde Rio Maior Incubadora de empresas Parque de Negócios com vocação estratégica na área das Ciências da Vida e Zootécnica Avançada Santarém Incubadora de empresas Área de Localização de Empresas (ALE), em Foros de Salvaterra Salvaterra de

Magos Zona Industrial de Muge

Golegã

Área de Localização de Empresas (ALE)

Requalificação e valorização das ALE já existentes Infra-estruturas de fibra óptica

Todos os concelhos

Infra-estruturas de banda larga

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145.

MEDIDA 3.1 – Infra-Estruturas de Acolhimento e Apoio à Actividade Económica: Parques de Negócio e Áreas de Localização Empresarial

Justificação / Descrição da Medida 3.1

Todos os territórios regionais procuram reforçar a sua competitividade através da

criação de eficientes infra-estruturas de acolhimento à actividade empresarial.

Esta Medida visa a criação na Lezíria do Tejo de uma competitiva rede de

Parques de Negócios que possibilite economias de aglomeração em actividades

de produção, experimentação e inovação centrais no perfil produtivo da região.

Permite apoiar os Parques de Negócios já existentes ou previstos (Santarém,

Chamusca, Rio Maior e Cartaxo) e potenciar novos Parques de Negócios em

concelhos que poderão ancorar o desenvolvimento de determinados nichos de

actividade. Os sectores a privilegiar nesta rede de Parques de Negócios deverão

estar enquadrados nas fileiras produtivas existentes e/ou emergentes na região.

É importante que no âmbito desta Medida se proponham quais as actividades

“prioritárias” (de vocação estratégica) e “secundárias” a captar para os vários

Parques de Negócios. Por conseguinte, a decisão de atribuição de lotes deverá

ter em consideração o nível de relevância das actividades, de acordo com os

sectores privilegiados para cada Parque de Negócios.

Por outro lado, deverá ser fomentada a complementaridade de toda a rede,

conseguida através do carácter complementar das várias actividades a atrair.

Do sucesso desta rede de Parques de Negócios depende o sucesso da estratégia

de competitividade para a Lezíria do Tejo.

Entre as suas condições de sucesso encontra-se a selecção dos

sectores/empresas a captar (atracção de empresas de referência, nacionais e

estrangeira, ou empresas de elevado conteúdo tecnológico), a articulação com

instituições regionais e nacionais de ensino (profissional e superior) e de I&D,

com incubadoras de empresas de base tecnológica e com agências de

desenvolvimento, numa rede integrada por sistemas de comunicação e de

difusão tecnológica.

Os Parques de Negócio deverão dispor de um conjunto de lotes e edifícios para

instalação de empresas de base tecnológica (incubadoras de empresas),

promovendo um ambiente propício à investigação, partilha de experiências e

concretização de parcerias ou redes de negócio. Deverão ainda criar condições à

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146.

instalação de unidades de I&D e de formação pós-graduada, num Centro

Tecnológico a criar no Cartaxo (em estreita ligação com a Escola de Negócios do

Vale do Tejo).

Esta Medida deverá contemplar incentivos a atribuir pelas Autarquias aos actores

que se pretendem instalar nos Parques de Negócios, de acordo com um conjunto

amplo de critérios de avaliação da sua relevância (em domínios como o

ambiente, emprego, valorização dos recursos humanos e valorização da

estrutura económica da região).

Além dos Parques de Negócio, concebidos como estruturas de acolhimento e

apoio à actividade económica, onde se articulam e integram, no mesmo espaço,

empresas, actividades de investigação e formação e unidades de apoio e de

serviços às empresas, propõe-se o desenvolvimento de Áreas de Localização

Empresarial (ALE), aglomerações planeadas, ordenadas e integradas de

actividades empresariais em espaços infra-estruturados e promovidas/geridas

por uma sociedade gestora. Também a requalificação/valorização e, em alguns

casos, a ampliação de ALE já existentes deverão ser contempladas nesta medida.

Objectivos Específicos da Medida 3.1

- Valorizar a estrutura económica e empresarial da região;

- Criar condições para o acolhimento e fixação de empresas e instituições de

formação e I&D que possam funcionar como alavanca da inovação e

competitividade da região;

- Dinamizar as infra-estruturas de acolhimento à actividade empresarial já

existentes ou em fase de desenvolvimento;

- Desenvolver uma rede regional de Parques de Negócios, associada às

actividades das fileiras produtivas existentes e/ou emergentes na Lezíria do Tejo;

- Incentivar a complementaridade entre Parques de Negócios e criar condições

para o desenvolvimento de um Centro Tecnológico que contemple actividades de

formação pós-graduada e I&D nas áreas prioritárias para a região (cobertas

pelos vários Parques de Negócios).

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147.

MEDIDA 3.2 – Incubadoras de empresas

Justificação / Descrição da Medida 3.2

Entre as infra-estruturas físicas mais relevantes para a inovação e

competitividade de um território, salientam-se as incubadoras de empresas.

Neste domínio, a Lezíria do Tejo evidencia fortes insuficiências, factor revelador

de algumas debilidades do tecido produtivo regional ao nível da competitividade,

num contexto em que a inovação e o conhecimento são factores-chave de

sucesso. Esta Medida visa portanto a criação de incubadoras de empresas nos

Parques de Negócios existentes, previstos ou a potenciar na Lezíria do Tejo. Será

assim possível apetrechar a região de infra-estruturas de acolhimento e apoio a

projectos de alto valor acrescentado.

Além da incubação empresarial, esta Medida pretende apoiar a incubação de

ideias de onde podem resultar empresas, a prestação de serviços de apoio à

actividade empresarial, a consultoria e assistência técnica, além da dinamização

de redes envolvendo empresas e instituições de formação e I&D. De referir a

importância da disponibilização nas incubadoras de serviços avançados de apoio

às empresas, ligados ao plano de negócios, estratégia, organização empresarial,

qualidade, I&D, novas tecnologias, marketing, comercialização e

internacionalização.

É fundamental estabelecer sinergias entre as incubadoras a criar com esta

Medida e as restantes incubadoras e instituições de formação e I&D sedeadas na

região ou noutros territórios com um perfil de especialização existente e/ou

emergente similar ao da Lezíria do Tejo.

À semelhança do que se pretende ao nível dos Parques de Negócios, também nas

incubadoras de empresas deverá proceder-se à selecção dos projectos

“prioritários” e “secundários”, em consonância com o perfil de especialização

produtiva desejável para a região. Áreas como o ambiente/energia, a floresta, as

ciências da vida, a biotecnologia, a zootécnica avançada, o automóvel, a

aeronáutica e as telecomunicações deverão ser as áreas de excelência ou

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148.

prioritárias.

A estratégia de desenvolvimento da rede de incubadoras da Lezíria do Tejo, a

apoiar por esta Medida, deverá passar pelo estabelecimento de protocolos de

cooperação com incubadoras de especializações semelhantes, com

departamentos de investigação de centros tecnológicos, universidades e

empresas tanto ao nível nacional como internacional.

Objectivos Específicos da Medida 3.2

- Criar condições para o desenvolvimento de projectos de alto valor acrescentado

nos Parques de Negócio da Lezíria do Tejo;

- Promover “ninhos” de empresas que permitam acolher projectos por um

período até 3 anos e disponibilizar serviços avançados às actividades instaladas;

- Dinamizar na região nichos de negócio emergentes, em articulação com as

fileiras produtivas de elevado potencial de desenvolvimento e competitividade;

- Encorajar a formação e crescimento de empresas baseadas em conhecimento

avançado, incluindo serviços de alto valor acrescentado;

- Criar espaços de interface entre os sistemas empresarial e científico.

MEDIDA 3.3 – Redes de cooperação universidades-instituições de I&D-empresas

Justificação / Descrição da Medida 3.3

Várias experiências de cooperação entre instituições diversas sugerem que as

redes constituem um importante factor na partilha de recursos e riscos, na

descoberta, aplicação e transferência de tecnologia e, portanto, na inovação,

aprendizagem e competitividade empresarial e institucional.

Esta Medida tem como principal objectivo apoiar a criação de redes formais de

cooperação entre o sistema empresarial e o sistema de ensino e inovação da

Lezíria do Tejo, através de contratos de transferência de tecnologia e de

programas de I&D.

É muito forte a interdependência entre esta Medida e a Medida 1.4 – Articulação

entre Sistema de Educação/Formação e Sistema Empresarial da Linha de

Intervenção 1 – Densificação de Fileiras e Incorporação e Factores Dinâmicos de

Competitividade nas Empresas. A diferença fundamental entre ambas as Medidas

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149.

é que a presente permite a efectiva formalização dos relacionamentos que

poderão ser desencadeados no âmbito daquela Medida.

Em consequência, um dos aspectos essenciais da presente Medida é a definição

dos objectivos da rede, bem como da sua arquitectura/estrutura, modo de

funcionamento e liderança.

No âmbito da estratégia de competitividade para a Lezíria do Tejo, deverão ser

incentivados os projectos propostos por redes entre empresas e instituições de

ensino e I&D da região (que poderão integrar empresas e instituições de outras

regiões ou países). Na avaliação dos projectos a apoiar financeiramente deverão

estar incluídos critérios relacionados com a sua relevância na valorização e

qualificação da estrutura produtiva da Lezíria do Tejo, com a inovação e

transferência de tecnologia nas actividades “prioritárias” e com os objectivos de

longo prazo da rede, consubstanciados num obrigatório “plano de rede”.

Objectivos Específicos da Medida 3.3

- Fomentar o aprofundamento da articulação universidade-empresas,

designadamente para a transferência de conhecimento científico e técnico;

- Criar efectivas condições de colaboração entre empresas e instituições de I&D e

de ensino avançado;

- Incentivar projectos que envolvam um número considerável de empresas (em

particular PME), ligadas a instituições tecnológico-científicas e de ensino;

- Formalizar os relacionamentos inter-organizacionais;

- Promover a confiança entre os actores regionais;

- Valorizar os processos horizontais de diálogo, auscultação e trabalho em rede.

MEDIDA 3.4 – Infra-estruturas de banda larga e fibra óptica

Justificação / Descrição da Medida 3.4

Várias iniciativas de desenvolvimento das Tecnologias de Informação e

Comunicação (TIC) na Lezíria do Tejo têm assumido um papel relevante na

criação de condições de reforço da competitividade regional. As TIC permitem

reduzir o atrito da distância nos contactos entre indivíduos, empresas e

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150.

instituições e diminuir a complexidade do tratamento, troca de informação e

inovação.

A boa conectividade digital apresenta-se como uma condição imprescindível ao

desenvolvimento competitivo dos sectores de especialização regional, bem como

das várias actividades económicas que poderão vir a ser potenciadas. Por outro

lado, incrementa a atractividade dos territórios, mesmo os mais remotos, para o

investimento privado.

Esta Medida visa o desenvolvimento das infra-estruturas de banda larga e fibra

óptica em todos os concelhos da Lezíria do Tejo, incluindo aqueles onde a sua

disponibilidade é reduzida ou inexistente ou onde as condições do mercado, por

si só, não permitem suprir as necessidades de infra-estrutura adequada à

prestação e serviços avançados de interesse geral.

Além da redução das assimetrias intraregionais em termos de acesso à banda

larga, é objectivo desta Medida apoiar o acesso das empresas, das instituições

públicas, de ensino e de I&D e dos cidadãos em geral a esta tecnologia,

melhorando a qualidade dos seus serviços e reduzindo os custos de acesso.

Esta Medida visa também dotar de banda larga e fibra óptica a rede de Parques

de Negócios da região.

A infra-estruturação de todo o território regional a este nível (aproveitando infra-

estruturas, em especial cabodutos, já existentes e que se estão a degradar por

falta de utilização) permite reforçar a competitividade das fileiras produtivas

existentes ou emergentes na região.

As infra-estruturas a construir/desenvolver deverão ser propriedade de uma

entidade pública, mas as Parcerias Público-Privadas (PPP) são fundamentais

neste tipo de iniciativas.

Objectivos Específicos da Medida 3.4

- Expandir e massificar a utilização da banda larga e fibra óptica;

- Promover a utilização crescente das TIC, em particular da banda larga, pelo

tecido empresarial e institucional da Lezíria do Tejo;

- Incentivar a iniciativa privada e pública em termos de criação e

desenvolvimento de infra-estruturas de banda larga e fibra óptica;

- Apoiar as empresas, as instituições de ensino e de I&D, o sector público e a

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151.

população em geral no de acesso à banda larga, com serviços de qualidade e a

bom preço;

- Incentivar o upgrade dos débitos da banda larga e incentivar a diminuição dos

seus custos;

- Garantir que todos os territórios da região têm fácil acesso à banda larga, quer

fisicamente, quer em termos de tarifário;

- Dinamizar novas vantagens competitivas nas actividades económicas existentes

e potenciais, através da utilização das TIC e em particular da banda larga;

- Incentivar projectos que utilizem a banda larga e fibra óptica.

LINHA DE INTERVENÇÃO 4

REDUÇÃO DOS CUSTOS PÚBLICO DE CONTEXTO

OBJECTIVO CENTRAL

Esta Linha de Intervenção visa ultrapassar os bloqueios

à actividade empresarial que derivam da burocracia,

desarticulação e ineficiência de alguns serviços públicos.

Pretende facilitar o acesso dos empresários e potenciais

investidores na Lezíria do Tejo a toda a informação

indispensável à sua actividade, criar uma estrutura de

apoio técnico e especializado aos mesmos, incentivar as

parcerias entre actores públicos e privados e apoiar a

internacionalização das empresas e instituições da

região, ao mesmo tempo que procura captar de forma

selectiva investimentos estrangeiros.

Pretende ainda simplificar e agilizar o relacionamento

das Autarquias com os cidadãos e munícipes.

MEDIDA 4.1 Sistema de Informação às Empresas e Instituições

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MEDIDA 4.2 Parcerias Público-Privadas

MEDIDA 4.3 Incentivos à internacionalização das empresas e

instituições de I&D

MEDIDA 4.4 Agência de Apoio ao Empresário e ao Investimento

Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção

Esta Linha de Intervenção visa minimizar os “custos públicos de contexto”, área que

constitui actualmente uma das principais prioridades em matéria de opções estratégicas a

nível nacional (PNACE e Plano Tecnológico, SIMPLEX) na medida em que é um forte

elemento constrangedor à criação de uma envolvente favorável à competitividade.

Pretende reforçar a modernização e eficiência da Administração Pública, apoiar o e-

government, de forma a simplificar e melhorar todos os procedimentos ligados à

actividade económica e investimento. Considera fundamental apoiar o acesso electrónico

das instituições, dos empresários e potenciais investidores a toda a informação relevante

ao desenvolvimento das suas actividades, pelo que prevê o desenvolvimento de um

Sistema de Informação às Empresas e Instituições.

Outra intervenção central é a criação de uma entidade de apoio ao empresário e

investidor, importante na prestação de apoio técnico e especializado.

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153.

Grande parte das acções previstas no âmbito desta Linha de Intervenção passa pelo

estabelecimento de Parcerias Público-Privadas (PPP), que constituem aliás uma Medida

específica da mesma.

A modernização empresarial e a competitividade territorial dependem, em larga medida,

do crescente envolvimento das empresas, instituições e territórios nos mercados

internacionais. Este envolvimento é, aliás, inevitável face ao aprofundamento da inter-

penetração dos mercados.

Por conseguinte, esta Linha de Intervenção pretende apoiar a internacionalização das

empresas e instituições de I&D da Lezíria do Tejo, ao mesmo tempo que procura captar

investidores estrangeiros sobretudo nas áreas prioritárias para a região.

Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal

Dada a natureza desta Linha de Intervenção – acções de natureza imaterial – não são

contemplados projectos de natureza supra-municipal e estruturante, na medida em que

estes projectos terão necessariamente uma abrangência territorial mais circunscrita.

Tipologia de Acções a Privilegiar na Linha de Intervenção 4:

Informatização de toda a informação com interesse para a actividade económica e investimento (como sejam zonamentos industriais, terrenos, loteamentos, instrumentos financeiros, nacionais e comunitários de apoio à actividade económica, normas e procedimentos, entre outras) Construção de bases de dados de apoio ao investidor

Apoio ao desenvolvimento de um Sistema de Informação às Empresas e Instituições Portal de acesso ao Sistema de Informação às Empresas e Instituições, que contenha bases de dados, serviços de apoio e orientação, informação criada e actualizada directamente pelos parceiros Desburocratização de serviços públicos relevantes para a actividade económica

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154.

e investimento Apoio à cooperação entre actores públicos e privados e à criação de Parcerias Público-Privadas (PPP) Acções de Project Finance Bolsa de Oportunidades de Negócio, a divulgar por todas as empresas Bolsa de Consultores, a serem destacados para apoio às empresas na implementação de projectos de cooperação e internacionalização Apoio à internacionalização das empresas e instituições da região Planos de Internacionalização das empresas e instituições Captação de Investimento Directo Estrangeiro (IDE), em particular de empresas de sectores tecnológicos e estratégicos para a região Captação focalizada de IDE – selecção criteriosa de investimentos na região Apoio à cooperação entre os negócios emergentes (empresas de base tecnológicas) e empresas estrangeiras Divulgação internacional do tecido empresarial e institucional da Lezíria do Tejo Missões empresariais a mercados importantes para a região Protocolo de cooperação com a Agência Portuguesa de Investimentos (API) Acções de benchmarking a boas práticas de internacionalização Criação da Agência de Apoio ao Empresário e Investidor Modernização dos edifícios e serviços das Câmaras Municipais e reforço da capacidade institucional - criação de balcões de atendimento multi-serviços; sistema informático de apoio (serviços de broadcasting, serviços online); instalação de sistemas intranet entre os sistemas municipais e as Juntas de Freguesia Reforço e consolidação do processo de Marketing Relacional - Marca Santarém Projecto PT/Unisis: solução de gestão do relacionamento com o munícipe e modernização dos processos administrativos (Santarém) Lojas do Cidadão e Munícipe (municipais)

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155.

MEDIDA 4.1 – Sistema de informação às empresas e instituições

Justificação / Descrição da Medida 4.1

A informação é um recurso vital para as empresas e instituições, ao mesmo nível

que os recursos humanos ou os recursos financeiros. A necessidade de dispor de

informação precisa, fidedigna, atempada e estruturada revela-se imprescindível

para o sucesso de qualquer organização.

É portanto imperativo para as empresas e instituições aceder a soluções ao nível

dos sistemas de informação, que permitam rentabilizá-las, económica e

funcionalmente.

Todavia, persistem problemas ligados à insuficiência (ou mesmo ausência) e à

pulverização de informação indispensável às actividades das empresas e

instituições.

Esta Medida visa a criação de um Sistema de Informação às Empresas e

Instituições da Lezíria do Tejo, o desenvolvimento de uma base de dados que

organize toda a informação relevante à actividade dos actores empresariais e

institucionais da região.

Este sistema de informação deverá funcionar como uma plataforma informativa

interactiva que disponibiliza conteúdos em permanente actualização, em

domínios como identificação e caracterização de todas as empresas e instituições

da região, recursos humanos disponíveis no mercado de trabalho regional,

oportunidades de negócio, inovação, projectos e instrumentos de política

(nacionais, comunitários e internacionais) que possam constituir elementos

relevantes para a actividade empresarial e institucional (sistemas de incentivos,

fundos comunitários, programas de financiamento, legislação, normas e

procedimentos, etc).

Objectivos Específicos da Medida 4.1

- Facilitar o acesso a informação por parte das empresas e instituições da Lezíria

do Tejo, em domínios fundamentais para a sua actividade;

- Criar uma base de dados permanente e actualizada;

- Divulgar a estrutura empresarial e institucional da região;

- Facilitar a troca de informação e o diálogo entre todos os actores regionais;

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156.

- Criar um sistema de informação abrangente e integrador, capaz de funcionar

como indutor de um relacionamento interactivo entre os diversos agentes

empresariais e institucionais – desenvolver a actividade de “lobby” regional.

MEDIDA 4.2 – Parcerias Público-Privadas (PPP)

Justificação / Descrição da Medida 4.2

O conceito e o regime das Parcerias Público-Privadas (PPP) marcaram um ponto

de viragem no que respeita ao relacionamento entre as entidades públicas e

privadas. O imperativo da contenção orçamental e a ineficiência de determinados

serviços público conduziu ao recurso à iniciativa privada, considerada eficiente e

com maior capacidade de prover os capitais necessários aos indispensáveis

investimentos.

As PPP vão muito além do mero contrato administrativo pois têm como base o

bem comum, a cooperação para o desenvolvimento entre dois sectores

aparentemente opostos (o privado e o público) e a partilha de riscos.

Esta Medida tem como objectivo central dinamizar PPP em áreas-chave para a

competitividade da Lezíria do Tejo, como sejam o desenvolvimento de

actividades, de infra-estruturas ou de outros investimentos de interesse regional

(refira-se por exemplo a importância das PPP na criação e gestão dos Parques de

Negócios e incubadoras de empresas, no incremento do acesso à banda larga ou

no apoio à inovação e acesso a finanaciamentos).

Visa a promoção do “project finance” na realização de grandes projectos,

enquanto modelo de financiamento mais equilibrado e com menor risco, sendo

que, em alternativa, as empresas enquanto promotoras isoladas teriam que

suportar taxas de juro mais elevadas. Considera-se que, de certo modo, o

próprio modelo de “project finance” assegura por ele próprio a viabilidade dos

projectos, através dos seus cash-flows activos e valor agregado.

Objectivos Específicos da Medida 4.2

- Promover a cooperação e parcerias entre actores público e privados da Lezíria

do Tejo;

- Criar PPP para o desenvolvimento de actividades, de infra-estruturas e

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157.

investimentos de interesse regional;

- Partilhar riscos de investimento;

- Promover o “project finance”.

MEDIDA 4.3 – Incentivos à internacionalização das empresas e instituições de

ensino e I&D

Justificação / Descrição da Medida 4.3

Num contexto de crescente e incessante abertura das economias, a

internacionalização das empresas e das várias instituições com relevância para a

actividade económica (ao nível do ensino, inovação e transferência tecnológica)

deixou de ser uma opção e tornou-se um factor de sobrevivência e

competitividade.

Esta Medida pretende apoiar a internacionalização do tecido empresarial e

institucional da Lezíria do Tejo, através do fomento de contactos e do incentivo

ao estabelecimento de negócios e de actividades de I&D nos mercados

internacionais e nas redes internacionais de ensino e inovação.

Integram esta Medida a organização de missões empresariais e institucionais a

países que se mostrem interessantes para as empresas e instituições da região,

a realização de acções de benchmarking associado a boas práticas internacionais

e o desenvolvimento de programas de apoio à internacionalização, dando

prioridade a iniciativas que visem o estabelecimento de parcerias de médio e

longo prazo para a promoção e comercialização de produtos regionais e para a

transferência de sistemas de aprendizagem e de tecnologia.

Por outro lado, esta Medida procurará captar investidores estrangeiros para a

Lezíria do Tejo, privilegiando o Investimento Directo Estrangeiro (IDE)

tecnológico, através de parcerias entre empresas locais e estrangeiras de base

tecnológica.

Objectivos Específicos da Medida 4.3

- Promover a internacionalização do tecido empresarial e institucional (ensino e

I&D) da Lezíria do Tejo;

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- Tornar a internacionalização uma das preocupações estratégicas das empresas

e instituições da região;

- Desenvolver programas de apoio à internacionalização;

- Promover redes internacionais de produção, ensino e investigação/inovação.

MEDIDA 4.4 – Agência de Apoio ao Empresário e ao Investimento

Justificação / Descrição da Medida 4.4

Um dos constrangimentos à dinamização da actividade económica e do

investimento é a ausência de uma estrutura de apoio aos empresários que

investem ou pretendem vir a investir num determinado território. Não raras

vezes, os empresários enfrentam sérias dificuldades na obtenção de informações

indispensáveis ao desenvolvimento do seu negócio, que se encontram

pulverizadas por vários organismos da Administração Local e Central.

Por este motivo, é fundamental a centralização de informações cruciais ao

investimento empresarial numa instituição única, moderna, acessível e eficaz.

Esta Medida pretende apoiar a criação na Lezíria do Tejo de uma Agência de

Apoio ao Empresário e ao Investimento, que permita veicular toda a informação

técnica e especializada aos investidores ou potenciais investidores na região

(nacionais e estrangeiros) e, por outro lado, prestar apoio à internacionalização

das empresas locais.

Em estreita articulação com os serviços da Administração Local e Regional, esta

Agência permitirá apoiar e acompanhar de forma personalizada os empresários

nas suas pretensões/resolução de processos inerentes à sua actividade,

fornecerá apoio técnico na instrução de processos e pedidos de licenciamento de

actividade e instalação, dará acompanhamento processual e jurídico aos

projectos empresariais e divulgará todas as necessidades e oportunidades de

investimento na região. Por outro lado, prestará apoio técnico e especializado à

construção da estratégia de internacionalização das empresas (na definição das

grandes opções da empresa no plano internacional, das prioridades em termos

de produtos e de actividades, dos objectivos qualitativos e quantitativos a atingir

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159.

no horizonte temporal da estratégia de internacionalização e na selecção das

localizações mais adequadas à empresa).

Esta Medida permite ainda criar uma entidade responsável pela construção,

gestão e actualização do Sistema de Informação às Empresas e Instituições

(previsto na Medida 4.1.).

Objectivos Específicos da Medida 4.4

- Centralizar e veicular toda a informação necessária ao desenvolvimento da

actividade empresarial e investimento na Lezíria do Tejo (zonamentos industriais,

terrenos, loteamentos e instalações com aptidões, instrumentos financeiros,

nacionais e comunitários de apoio à actividade económica, …);

- Melhorar a eficácia de resposta aos processos de investimento;

- Prestar apoio técnico e especializado sobre requisitos legais para a instalação e

exercício da actividade;

- Apoiar e acompanhar a instalação de empresas na região;

- Divulgar e partilhar casos de melhores políticas e práticas de iniciativa

empresarial;

- Gerir o cadastro das actividades económicas de todos os concelhos da região;

- Construir, gerir e actualizar de forma permanente a base de dados que

constitui o Sistema de Informação às Empresas e Instituições.

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160.

EIXO 4 REGIÃO COM MELHOR QUALIDADE AMBIENTAL

O eixo de intervenção Região com Melhor Qualidade Ambiental tem como objectivo

central a melhoria da qualidade ambiental do conjunto dos onze concelhos que

formam a Lezíria do Tejo, através da prossecução de um modelo de

desenvolvimento que integre a protecção do ambiente numa região dotada de

equipamentos e infra-estruturas que assegurem uma adequada disponibilidade

de serviços ambientais, numa sociedade que assegura cabalmente o

desempenho das tarefas de defesa e promoção do ambiente, e em que a

preservação e valorização dos recursos naturais e do património natural sejam

assumidas como vectores essenciais da qualidade de vida das populações e da

promoção do crescimento, quer ao nível da actividade agrícola quer ao nível do

sector do turismo.

Com a concretização dos objectivos específicos e respectivas tipologias de intervenção

inerentes à formulação deste eixo, pretende ultrapassar-se as debilidades mais

significativas e promover a prossecução das oportunidades identificadas em sede de

diagnóstico no que respeita à dimensão ambiental da Lezíria do Tejo. Das principais

debilidades e oportunidades identificadas destacam-se:

Enquanto debilidade salienta-se que a má qualidade da água de alguns rios que

atravessam a Lezíria coloca a gestão dos recursos hídricos no centro das questões

ambientais nesta região As consequências da não inversão desta situação podem ser

muito diversificadas, mas serão certamente graves. Numa região com forte vocação

agrícola, sendo reconhecido o seu potencial competitivo nesta área, e com condições

extremamente favoráveis para desenvolvimento de turismo de qualidade, associado ao

património natural e cultural, a recuperação dos meios hídricos degradados é

indispensável. A riqueza em património natural, constituindo indiscutivelmente uma mais-

valia, encontra-se igualmente ameaçada pela má qualidade de alguns dos seus recursos

hídricos superficiais.

Por outro lado, persistem necessidades de recuperação e valorização de corredores

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161.

fluviais e dos espaços envolventes.

Não obstante a região ter conhecido um progresso assinalável em alguns dos principais

componentes ambientais com uma expansão muito significativa das infra-estruturas

ambientais, no domínio do saneamento básico, sem prejuízo das diferenças de

posicionamento entre os municípios, constata-se um insuficiente nível de cobertura das

populações em drenagem e tratamento de águas residuais. Constituindo um domínio

crucial para a qualidade de vida das populações, a elevação dos níveis de atendimento

em drenagem e tratamento de águas residuais contribuirá igualmente para melhorar a

qualidade das águas superficiais da região.

No domínio dos resíduos urbanos e industriais, são actualmente notórias algumas falhas

no destino final dado à esmagadora parte dos RSU produzidos: a deposição em aterro

continua a ter um peso excessivo e significantemente abaixo dos valores preconizados no

PERSU. No entanto, a região apresenta boas perspectivas para a resolução dos problemas

existentes, sendo inclusivamente a única região do país que irá dispor, a médio prazo, de

tratamento/ destino final para todos os tipos de resíduos sólidos produzidos – urbanos,

industriais banais e industriais perigosos. A instalação dos CIRVER colocará

inevitavelmente desafios em matéria de acessibilidades, que terão de ser reforçadas de

forma a responder à elevação do tráfego a eles direccionado.

Um domínio particularmente frágil constatado pelo diagnóstico reside na adesão das

empresas da região às certificações ambientais. O número de empresas certificadas é

muito reduzido.

O diagnóstico da situação de referência no domínio da energia na Lezíria do Tejo permitiu

concluir, através da análise do perfil de consumos energéticos, que a utilização de fontes

de energia derivadas de combustíveis fósseis representa ainda um papel de destaque no

consumo total de energia na região. Por outro lado, a utilização de energia eléctrica

produzida através de formas convencionais tem vindo a aumentar a um ritmo muito

elevado na última década. Paralelamente o insuficiente aproveitamento de fontes

energéticas renováveis muito expressivas na região, tais como a solar, contribui para o

padrão energético referido. A Lezíria do Tejo apresenta condições muito favoráveis para o

desenvolvimento da fileira energética não só em termos de disponibilidade de recursos

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como também em termos de disponibilidade de infra-estruturas para o desenvolvimento

de uma fileira energética, designadamente o EcoParque da Chamusca.

Neste contexto, o Eixo Melhor Qualidade Ambiental enquadra acções que inscrevam a

Lezíria do Tejo no novo paradigma de desenvolvimento assumido ao nível europeu e

internacional: o desenvolvimento sustentável. A aposta num modelo de desenvolvimento

baseado na sustentabilidade é determinante para assegurar o aumento do bem-estar

social e económico e da qualidade de vida das pessoas. Um imperativo consensual para o

sucesso da concretização deste eixo reside na atribuição à Educação para a

Sustentabilidade, que visa a defesa de valores comuns, de um papel fulcral: o Ambiente

em particular deixa de ser encarado como um recurso e passa a ser assumido enquanto

uma peça fulcral da sociedade e do seu desenvolvimento.

O Eixo 4 da Agenda XXI da Lezíria do Tejo encontra-se estruturado em cinco Linhas de

Intervenção vocacionadas para um conjunto vasto de componentes ambientais e acções

determinantes para a melhoria da qualidade ambiental, contendo intervenções de

natureza material e imaterial.

A Linha de Intervenção Desenvolvimento dissociado do Consumo de Recursos

Naturais e de Impactes Ambientais Nocivos tem como finalidades assegurar a

alteração para padrões de comportamento individual e colectivo mais amigos do

ambiente, promovendo padrões de produção e de consumo sustentáveis e assegurar uma

produção de electricidade menos poluente, menos dependente de combustíveis fósseis e

um consumo com maiores índices de eficiência energética.

A Linha de Intervenção Recursos Hídricos Superficiais, Corredores Fluviais,

Prevenção de Riscos Naturais e Património Natural enquadra acções que se

destinam essencialmente a recuperar a qualidade dos recursos hídricos superficiais, a

requalificar os corredores fluviais, a prevenir os riscos naturais associados a cheias e

inundações e a valorizar o património natural.

A Linha de Intervenção relativa aos Sistemas Públicos de Abastecimento

Domiciliário de Água e às Redes de Drenagem de Águas Residuais configura um

conjunto de acções destinado a suprir a carência de sistemas públicos de abastecimento

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163.

domiciliário de água e a superar a insuficiente taxa de atendimento em redes de

drenagem de águas residuais bem como a deficiente qualidade e o envelhecimento das

estruturas de adução e distribuição da água com elevadas perdas.

A Linha de Intervenção relativa a uma Política de Resíduos baseada na Redução,

Reutilização e Reciclagem tem como objectivos a dissociação do crescimento

económico da pressão sobre os recursos naturais, a implementação da hierarquia de

gestão de resíduos através do reforço da prevenção, da promoção da reutilização e da

valorização, diminuindo o recurso a operações de eliminação e o aumento da coerência e

articulação nas intervenções dirigidas para os diferentes tipos de resíduos.

Finalmente, a Linha de Intervenção Mobilidade Sustentável pretende promover a

inversão do perfil de mobilidade, actualmente baseado na utilização do transporte

individual, fomentando a utilização de meios de transporte sustentáveis e assegurando

ganhos de produtividade e redução das externalidades sociais e ambientais. Esta Linha de

Intervenção está directamente relacionada com a Linha de Intervenção 3 Acessibilidade e

Mobilidade Multimodais do Eixo 1.

Com as acções preconizadas por esta linha de intervenção pretende-se igualmente

contribuir para o cumprimento das metas assumidas por Portugal de redução das

emissões de gases com efeito de estufa e para a melhoria da qualidade do ar em geral.

O Eixo Melhor Qualidade Ambiental da Agenda XXI da Lezíria do Tejo apresenta, assim,

uma forte articulação com uma das cinco prioridades estratégicas definidas pelo QREN:

Assegurar a qualificação do território e das cidades traduzida, em especial, nos

objectivos de assegurar ganhos ambientais, promover um melhor ordenamento do

território, estimular a descentralização regional da actividade científica e tecnológica,

prevenir riscos naturais e tecnológicos e, ainda, melhorar a conectividade do território e

consolidar o reforço do sistema urbano, tendo presente a redução das assimetrias

regionais de desenvolvimento.

Acresce ainda que o Eixo 4 da Agenda XXI da Lezíria do Tejo apresenta uma forte

articulação com dois dos objectivos definidos pelo Programa Operacional para a

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164.

Valorização Territorial igualmente assumidos enquanto centrais no âmbito do Programa

Nacional da Política de Ordenamento do Território:

- a salvaguarda, protecção e valorização do ambiente e do património natural;

- o reforço da prevenção, gestão e monitorização de riscos naturais e tecnológicos.

Finalmente, este eixo articula-se com um dos cinco eixos prioritários definidos pelo

Programa Operacional do Alentejo: Qualificação ambiental e valorização do espaço rural,

nomeadamente no que respeita aos seguintes objectivos específicos: Gerir eficientemente

os recursos hídricos; Prevenir e mitigar os riscos naturais e Tecnológicos; Valorizar e gerir

as áreas de maior valia ambiental.

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165.

LINHA DE INTERVENÇÃO 1

DESENVOLVIMENTO DISSOCIADO DO CONSUMO DE RECURSOS NATURAIS E DE

IMPACTES AMBIENTAIS NOCIVOS

OBJECTIVO CENTRAL

A construção de uma sociedade sustentável constitui um

processo de aprendizagem permanente. A Linha de

Intervenção 1 do Eixo 4 da Agenda XXI procura

assegurar a alteração para padrões de comportamento

individual e colectivos mais amigos do ambiente,

promovendo padrões de produção e de consumo

sustentáveis e assegurar uma produção e consumo de

electricidade menos poluente e com maiores índices de

eficiência na utilização de combustíveis fósseis.

Constituindo a qualificação dos recursos humanos uma

questão crucial que se coloca à economia e sociedade da

Lezíria do Tejo, para assegurarem no futuro um

crescimento sustentado e uma melhoria das condições

de vida da população activa, a adequada consideração

neste âmbito de um módulo de educação para a

sustentabilidade não o é menos.

Pretende-se, como tal, aumentar a consciencialização e

disponibilidade da população para um comportamento

mais amigo do ambiente e mais solidário do ponto de

vista social, bem como promover uma utilização mais

racional dos recursos naturais, aproveitando o potencial

endógeno da Região.

Para a concretização desta Linha de Intervenção torna-

se essencial desenvolver um conjunto de parcerias

alargadas, envolvendo autarquias, organismos da

administração central, estabelecimentos de ensino,

associações empresariais e sectoriais e a população em

geral.

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166.

MEDIDA 1.1 Educação para a Sustentabilidade

MEDIDA 1.2 Padrões de Produção e de Consumo Sustentáveis

MEDIDA 1.3 Electricidade menos Poluente e maior Eficiência

Energética

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167.

Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção

A primeira Linha de Intervenção do Eixo 4 da Agenda XXI da Lezíria do Tejo abrange três

medidas que visam consubstanciar um conjunto de intervenções, sobretudo de carácter

imaterial, que visam promover na Região um desenvolvimento dissociado do consumo de

recursos naturais e de impactes ambientais nocivos. A promoção deste objectivo não se

esgota na presente Linha de Intervenção na medida em que constitui igualmente um

objectivo muito relevante das linhas de Intervenção relativas a uma Política de Resíduos

baseada na Redução, Reutilização e Reciclagem e ao Padrão de Mobilidade menos

Intensivo em Consumo de Combustíveis.

Esta Linha de Intervenção possui três finalidades fundamentais. Pretende-se promover

alterações nos comportamento individuais e colectivos, criando uma motivação subjectiva

e decisiva de comportamento para a prossecução do desenvolvimento sustentável,

promover a transição para padrões de produção e de consumo sustentáveis e assegurar

uma produção e um consumo de electricidade menos poluente e com maiores índices de

eficiência na utilização de combustíveis fósseis.

A prossecução do desenvolvimento sustentável só é viável se for entendida como um

desafio mobilizador da sociedade, cuja concretização depende fortemente da alteração

dos estilos de vida e dos padrões de consumo e de produção.

A participação dos cidadãos na concretização do desenvolvimento sustentável constitui,

em primeiro lugar, uma exigência da sustentabilidade, traduzindo-se igualmente num

momento fundamental de reforço das parcerias entre as administrações públicas e a

sociedade civil.

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168.

Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal

Concelho Projecto

11 Concelhos Estratégia de Educação para a Sustentabilidade

11 Concelhos Certificação Ambiental dos Municípios

11 Concelhos Certificação Ambiental das Grandes Empresas da Região

11 Concelhos Plano de Contratação Verde

Cidade Solar

11 Concelhos Unidades Hoteleiras Verdes

11 Concelhos Programa de Reconversão para FER de Equipamentos Públicos

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169.

MEDIDA 1.1 – Educação para a Sustentabilidade

Justificação / Descrição da Medida

A Comunidade Educativa é a sede privilegiada para promover a educação para

uma cidadania sustentável; como tal, a escola constitui um actor privilegiado

para apelar à aplicação dos princípios da Agenda 21.

Os onze Municípios que compõem a Lezíria do Tejo revelam um dinamismo muito

significativo ao nível da promoção de iniciativas relacionadas com a educação

ambiental. Constituindo estas iniciativas um manancial de experiência muito

relevante, considera-se importante definir uma estratégia que garanta uma

maior eficiência das mesmas. Com a elaboração e implementação de uma

estratégia sub-regional de educação para a sustentabilidade dirigida e adaptada

a todos os graus de ensino considera-se que a coerência e eficiência das

iniciativas serão asseguradas.

A implementação de uma estratégia de educação para a sustentabilidade é um

factor crucial para assegurar que a demanda por um desenvolvimento mais

sustentável se concretize.

O sucesso da Estratégia exige que os educadores4 sejam dotados das

competências necessárias à integração do desenvolvimento sustentável nas suas

actividades pedagógicas. A Educação para a Sustentabilidade, como já referido,

constitui um processo permanente - da primeira infância ao ensino superior -,

que extravasa o quadro da educação formal. As actividades não formais e

informais da Educação para o Desenvolvimento Sustentável são um

complemento indispensável da educação formal.

Neste contexto, a mobilização das autarquias e das instituições públicas e

privadas de ensino existentes na região constitui um elemento de sucesso fulcral

neste processo. Considera-se igualmente fundamental promover o

estabelecimento de parcerias entre a comunidade educativa e outros

intervenientes (sobretudo da região); sendo extremamente recomendável

envolver nestas parcerias o sector privado e as organizações não

governamentais.

4 Professores, formadores e outros profissionais que têm uma missão educativa, bem como os animadores educativos e culturais voluntários e as associações de pais.

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170.

Objectivos Específicos da Medida

- Aprofundar a consciencialização e a sensibilidade para os desafios inerentes à

prossecução do desenvolvimento sustentável;

- Assegurar conhecimentos e elevar a compreensão relativamente aos desafios

inerentes à prossecução do desenvolvimento sustentável;

- Transformar os valores, as atitudes e as motivações no sentido de assegurar a

concretização do desenvolvimento sustentável;

- Elevar a capacidade de actuar e agir de forma a privilegiar opções compatíveis

com o desenvolvimento sustentável.

MEDIDA 1.2 – Padrões de Produção e de Consumo Sustentáveis

Justificação / Descrição da Medida

A mudança gradual dos actuais padrões insustentáveis de consumo e de

produção constitui um dos principais desafios dos nossos dias. A melhoria do

comportamento e da consciência ambiental dos organismos públicos e privados

traduz a principal ambição da presente medida. Um domínio particularmente

frágil constatado pelo diagnóstico efectuado no que respeita à dimensão

ambiental reside na adesão das empresas da região às certificações ambientais.

O número de empresas certificadas é muito reduzido.

Constatou-se igualmente que, no que se refere aos padrões de produção, em

termos gerais são adoptadas sobretudo abordagens curativas/tratamento de fim

de linha. Esta tendência dominante revela que não há suficiente

consciencialização dos benefícios (económicos, ambientais e sociais) associados à

produtividade dos recursos de input da fabricação.

Para a alteração desta tendência, que requer um empenho muito particular

sobretudo das empresas, considera-se imprescindível que os organismos públicos

assumam o papel de catalisadores da eco-eficiência. A certificação ambiental –

através do EMAS ou da ISO 14001 – dos municípios e a promoção da aquisição

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171.

de bens e serviços, pela Administração Pública, que integrem critérios

ambientais. Os projectos assumidos enquanto estruturantes no seio desta

medida não esgotam as intervenções a realizar, constituem, contudo,

intervenções fulcrais para inverter a tendência dominante. A criação de uma

Rede de Empresas Promotoras de Sustentabilidade é o principal objectivo

instrumental que se pretende alcançar com a certificação das grandes empresas

da região.

É urgente e necessário que as organizações apostem numa gestão ambiental que

lhes permita um conhecimento claro dos impactes provocados, de forma a

disponibilizarem os meios necessários para a sua minimização e controlo e assim

criarem riqueza e contribuírem para a melhoria da qualidade ambiental da

região. Esta perspectiva de gestão, proporcionará uma vantagem competitiva às

empresas, pois implicará uma visão estratégica onde as questões ambientais são

vistas como um meio de inovação e crescimento económico.

A concretização desta medida e em particular dos projectos que lhe estão

associados exigirá um forte empenho das autarquias e do mundo empresarial,

considerando-se igualmente importante a intervenção (que poderá ser

protocolada) da Agência do Ambiente.

Objectivos Específicos da Medida

- Certificar as autarquias da Lezíria do Tejo com a ISO 14001 ou EMAS

- Certificar as grandes empresas da Lezíria do Tejo com a ISO 14001 ou EMAS

- Promover a aquisição de bens e serviços, pela Administração Pública, que

integrem critérios ambientais.

MEDIDA 1.3 – Electricidade menos Poluente e maior Eficiência Energética

Justificação / Descrição da Medida

Com esta medida pretende-se reduzir a dependência dos combustíveis fósseis

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172.

existente na região, incentivando localmente as energias alternativas de acordo

com as potencialidades endógenas próprias e promovendo em particular a

difusão de tecnologias emergentes relativas à produção e armazenamento de

energia e calor com origem solar, com especial incidência em ambiente urbano.

O diagnóstico da Lezíria do Tejo no domínio da energia, traçado através do perfil

de consumos energéticos, reflecte a tendência nacional, i.e, a utilização de fontes

de energia derivadas de combustíveis fósseis representa um papel muito

expressivo no consumo total de energia na região e o crescimento de consumo

de electricidade tem vindo a aumentar significativamente.

O recurso crescente às FER sobretudo atendendo ao potencial em energias

renováveis da região, é, como tal, premente. Não potenciar o aproveitamento

das excelentes condições naturais da Lezíria no domínio da energia solar traduz-

se no desperdício de uma oportunidade. A insolação média anual da Lezíria do

Tejo é de 3000 horas, o que oferece à região vantagens inequívocas na aposta

nesta FER.

Consagrados no âmbito desta medida encontram-se três projectos destinados a

aproveitar claramente a oportunidade inerente à vantagem referida,

designadamente: Cidade Solar; Unidades Hoteleiras Verdes; Programa de

Reconversão para FER de Equipamentos Públicos.

Para além dos projectos referidos e tendo presente as potencialidades da região

noutras FER, nomeadamente nas culturas energéticas - biocombustíveis e

energia eléctrica e térmica produzida a partir de biomassa, considera-se

importante consagrar no âmbito desta medida tipologias de intervenção

destinadas a outras FER. A Lezíria do Tejo apresenta importantes vantagens no

desenvolvimento de actividades ligadas às culturas energéticas, em virtude da

forte presença, tradição e competência no sector agrícola e florestal. A produção

de biogás, proveniente sobretudo do tratamento de efluentes agro-pecuários, em

especial de suiniculturas, contribuirá igualmente para os problemas de poluição

dos efluentes

As autarquias têm, no âmbito desta medida, um papel fundamental a

desempenhar, colocando-se especiais exigências também ao sector empresarial.

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173.

Objectivos Específicos da Medida

- Tornar até 2015 uma cidade da Lezíria do Tejo, com uma dimensão de

habitantes (até 8.000 habitantes), como uma “cidade solar” com um consumo de

energia solar equivalente a, pelo menos, 33% do total da energia consumida;

- Até 2015, assegurar que todas as unidades hoteleiras dedicadas à actividade

turística disponham, em bom estado de funcionamento, de unidades de

aproveitamento da energia térmica solar;

- Reconverter para FER a fonte energética de todos os equipamentos públicos

com consumo energético elevado.

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174.

LINHA DE INTERVENÇÃO 2

RECURSOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS, CORREDORES FLUVIAIS, PREVENÇÃO DE

RISCOS NATURAIS E PATRIMÓNIO NATURAL

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175.

OBJECTIVO CENTRAL

Esta linha de intervenção enquadra acções que se

destinam essencialmente a recuperar a qualidade dos

recursos hídricos superficiais, a requalificar os

corredores fluviais, a prevenir os riscos naturais

associados a cheias e inundações e a valorizar o

património natural.

Determinados meios hídricos na Lezíria do Tejo revelam

uma qualidade da água muito degradada, com destaque

para os rios Almonda, Alviela e Maior. A má qualidade

destes meios hídricos, para além de ser inadequada para

a maioria dos usos, pode afectar a vida de espécies ou

ecossistemas de interesse para a Conservação da

Natureza. Quase todas as áreas que merecem estatuto

de protecção especial de conservação da natureza na

Lezíria apresentam um valor conservacionista que

advém principalmente da existência de ecossistemas

aquáticos e ribeirinhos.

A riqueza em recursos hídricos da região da Lezíria

impõe igualmente intervenções relativas à valorização e

protecção destes mesmos recursos e igualmente

intervenções dirigidas à prevenção de riscos no domínio

das cheias e inundações. A planície aluvial do rio Tejo é

um dos locais que merece maior atenção relativamente

à possibilidade de ocorrência de cheias e de inundações.

As áreas de elevado valor patrimonial, ao nível da flora e

da fauna, existentes na região colocam exigências

acrescidas em termos de protecção e igualmente de

esforço de investimento.

Para a implementação da presente linha de intervenção

os esforços do sector privado são tão relevantes como

os do sector público.

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176.

MEDIDA 2.1 Proteger e Recuperar a Qualidade das Massas de Água

MEDIDA 2.2 Valorização dos Recursos Hídricos Superficiais

MEDIDA 2.3 Prevenção de Riscos Naturais – Cheias e Inundações

MEDIDA 2.4

Conferir Maior Visibilidade ao Património Natural das

Áreas Classificadas

MEDIDA 2.5 Travar a Perda da Biodiversidade

Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção

A Lezíria do Tejo integra-se na Área Especial de Planeamento do Estuário do Tejo

(AEPET), sendo abrangida territorialmente e de forma mais expressiva por três das treze

unidades homogéneas de planeamento (UHP) que compõem a referida área,

designadamente Almonda/Alviela/Maior, Baixo Tejo e Baixo Sorraia. Embora o conjunto

das três UHP mencionadas revele problemas no que respeita à qualidade da água, a

primeira destas áreas - Almonda/Alviela/Maior - merece, uma chamada de atenção

especial. A referida UHP é constituída predominantemente pelas sub–bacias Almonda,

Alviela e Maior (abrangendo, a norte, parte do Médio Tejo) e apresenta níveis de

tratamento de águas residuais ainda incipientes, com poluição industrial importante

(alimentar, óleos e álcool no Almonda, curtumes no Alviela e suiniculturas e alimentar no

Maior). O solo é constituído por rochas calcárias fracturadas, que contribuem para uma

escorrência dominantemente subterrânea, e por rochas arenosas recentes, formações

com elevada vulnerabilidade à poluição das áreas subterrâneas. Esta UHP abrange,

fundamentalmente, a região agro–ecológica Lezíria do Tejo e, em parte, o Médio Tejo.

A qualidade de água nos Rios Almonda, Alviela e Maior é classificada de acordo com um conjunto de parâmetros estabelecidos pela legislação nacional como Extremamente poluída (inadequada para a maioria dos usos) nos casos dos Rios Alviela e Maior e Muito Poluída (apenas potencialmente apta para irrigação, arrefecimento e navegação) no caso

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177.

do Rio Almonda. A Reserva Natural do Paul do Boquilobo, como exemplo, localiza-se na bacia hidrográfica do Rio Almonda. Muitas das carências e disfunções ambientais atrás referidas não sofreram, contudo, ainda melhorias. A resolução deste quadro preocupante, com destaque para as questões que possam estar associadas a riscos para a saúde pública ou à presença excessiva de substâncias perigosas e às exigências de protecção de recursos hídricos de interesse estratégico para utilizações actuais ou futuras, exige o pleno cumprimento da legislação em vigor relativa à protecção dos meios hídricos e ao controlo da poluição. A riqueza em recursos hídricos da região da Lezíria coloca exigências no que respeita a um segundo vector de intervenção, o qual se encontra directamente relacionado com a necessidade de valorização e de protecção destes mesmos recursos. A estratégia preconizada pelo Programa Operacional de Lisboa e Vale do Tejo, no actual Quadro Comunitário de Apoio, atenta à referidas exigências consagrou no âmbito do Eixo Prioritário 2 – Acções Integradas de Base Territorial – uma medida dirigida especificamente à Valorização do Tejo (VALTEJO). Contudo, apesar do esforço de valorização realizado durante o período de referência do actual QCA, as necessidades não foram ainda na sua plenitude supridas. A caracterização da região invoca ainda intervenções adicionais de regularização do Tejo, de desassoreamento, despoluição e preservação de ecossistemas, de forma a minimizar as cheias e a garantir uma qualidade mínima das águas necessária ao desenvolvimento das práticas balneares, bem como à protecção e à valorização das espécies da fauna e da flora. Revelam-se ainda pertinentes esforços suplementares no que respeita à melhoria das condições de atravessamento do Tejo, a intervenções dirigidas à reparação, defesa das margens e reforço dos diques de protecção, bem como ao ordenamento e arranjo paisagístico das margens do rio.

A Lezíria do Tejo apresenta um património natural bastante rico. As áreas classificadas referidas possuem, na generalidade, um elevado valor para a conservação da vegetação e da flora, designadamente um número elevado de endemismos e algumas espécies raras e/ou ameaçadas. No entanto, estas áreas e os valores naturais que elas acolhem, se por um lado representam um património valiosíssimo que distingue a região, por outro enfrentam desafios consideráveis, desde a proximidade a zonas urbanas e industriais em expansão, à poluição química resultante de efluentes domésticos e também de actividade agrícola e industrial, caça furtiva, drenagem das áreas adjacentes para aproveitamento de terreno para agricultura, derrube do montado envolvente para plantação de eucaliptos e outras culturas, exploração de inertes, colheita de espécies vegetais ameaçadas, perturbação das grutas, implantação de infra-estruturas, incêndios, erosão (associada ao fogo ou ao pastoreio em áreas declivosas). No âmbito da presente linha de intervenção e no que respeita ao domínio ambiental, a recuperação da qualidade das massas de água e dos ecossistemas associados constitui uma área de intervenção prioritária.

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178.

Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal

A presente linha de intervenção deverá ser prosseguida através de um conjunto de

tipologias de intervenção que, embora possam adquirir uma abrangência territorial

superior à do município, se perspectivam nesta fase sobretudo com uma incidência

municipal. Destaca-se ainda que a adequada prossecução dos objectivos da presente

linha de intervenção exige um esforço de sensibilização do sector empresarial.

Tipologia de Acções a Privilegiar na Linha de Acção:

“Recursos Hídricos Superficiais, Corredores Fluviais, Prevenção de Riscos

Naturais e Património Natural”

Valorização dos cursos de água

Criação de Parques Ambientais

Requalificação das Áreas Ribeirinhas e Qualificação e Ampliação de Parques Ribeirinhos Reabilitação e Valorização de Linhas de Água

Centros de Formação e Gestão Ambiental

Centros de Observação da Natureza

Intervenções em diques, regularização de margens, desassoreamento dos leitos, remoção de sedimentos e de matéria orgânica, reabilitação de valas, Centros de Apoio Logístico à Protecção Civil

Construção de canais para reaproveitamento de efluentes provenientes de ETAR’s do Conselho para uso agrícola Eco-turismo /Percursos Pedestres

Marketing e Comunicação nas Áreas Classificadas

Conclusão da infraestruturação das áreas classificadas

Acções de gestão de espécies, habitats e ecossistemas

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179.

MEDIDA 2.1 – Proteger e Recuperar a Qualidade das Massas de Água

Justificação / Descrição da Medida

Os múltiplos impactes decorrentes da poluição dos meios hídricos constituem

razão suficiente para que o objectivo de recuperação do seu bom estado

ecológico seja uma das intervenções prioritárias na presente Agenda 21 Regional

da Lezíria do Tejo.

As sub–bacias Almonda, Alviela e Maior apresentam níveis de tratamento de

águas residuais ainda incipientes, com poluição industrial importante (alimentar,

óleos e álcool no Almonda, curtumes no Alviela e suiniculturas e alimentar no

Maior). O solo é constituído por rochas calcárias fracturadas, que contribuem

para uma escorrência dominantemente subterrânea, e por rochas arenosas

recentes, formações com elevada vulnerabilidade à poluição das áreas

subterrâneas. A qualidade de água nos Rios Almonda, Alviela e Maior é

classificada de acordo com um conjunto de parâmetros estabelecidos pela

legislação nacional como Extremamente poluída (inadequada para a maioria dos

usos) nos casos dos Rios Alviela e Maior e Muito Poluída (apenas potencialmente

apta para irrigação, arrefecimento e navegação) no caso do Rio Almonda.

Concorrem para esta gravosa situação múltiplas razões, muitas das quais

configuram o incumprimento da legislação ambiental nacional.

Situando-se a origem dos problemas de qualidade da água das referidas massas

de água sobretudo a montante é indispensável que se proceda à construção,

recuperação e melhoramento das infra-estruturas e equipamentos de drenagem

e tratamento de águas residuais urbanas e industriais na fonte.

Revela-se, assim, imprescindível para assegurar o bom estado ecológico dos

meios hídricos da Lezíria do Tejo atingir as metas subjacentes à medida 3.1 da

linha de intervenção relativa aos sistemas públicos de abastecimento de água e

redes de drenagem de águas residuais, designadamente no que diz respeito à

drenagem e tratamento de águas residuais.

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180.

Objectivos Específicos da Medida

- Manter e atingir o bom estado ecológico das massas de água

MEDIDA 2.2 – Valorização dos Recursos Hídricos Superficiais

Justificação / Descrição da Medida

O atravessamento da região por diversos cursos de água e a forte relação destes

com duas das principais actividades desenvolvidas na região coloca – agricultura

e turismo – traduz-se num imperativo em termos de reforço dos investimentos

em requalificação por exemplo dos corredores fluviais e dos espaços envolventes.

Considera-se, como tal, prioritário dar continuidade às intervenções dirigidas a

melhorar as condições de atravessamento daqueles cursos de água, com

destaque para o rio Tejo, designadamente de reparação, defesa das margens e

reforço dos diques de protecção, bem como ao ordenamento e arranjo

paisagístico das margens.

Objectivos Específicos da Medida

- Estabelecimento e manutenção das condições adequadas à utilização dos rios e suas margens para recreio e lazer

MEDIDA 2.3 – Prevenção de Riscos Naturais – Cheias e Inundações

Justificação / Descrição da Medida

À insuficiente consideração dos riscos nas acções de ocupação e transformação

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181.

do território, soma-se uma contínua artificialização do mesmo, ambos

contribuindo para elevar o eventual risco de cheias e inundações.

A prevenção e gestão de riscos constituem domínios prioritários de intervenção

assumidos no PNPOT, destacando-se os seguintes objectivos específicos

consagrados naquele Programa:

- Avaliar e prevenir os factores e as situações de risco, e desenvolver dispositivos

e medidas de minimização dos respectivos efeitos.

- Modernizar os organismos, infra-estruturas, equipamentos e melhorar a

qualificação profissional dos agentes de protecção civil.

A prevenção e mitigação de cheias e inundações exigem o reforço das infra-

estruturas e equipamentos de prevenção e resposta, o reforço de cotas de zonas

baixas ameaçadas pelas águas, o reforço de margens e execução de diques e

comportas.

Objectivos Específicos da Medida

- Redução da susceptibilidade da região às cheias e às inundações e minimização

dos danos materiais e humanos daí decorrentes

MEDIDA 2.4 – Conferir Maior Visibilidade ao Património Natural das Áreas Classificadas

Justificação / Descrição da Medida

A riqueza significativa em património natural da Lezíria do Tejo encontra

expressão nas áreas do seu território que mereceram estatuto especial de

protecção.

Considera-se prioritário conferir maior visibilidade ao seu património,

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182.

destacando-se a necessidade de (i) fomentar o turismo de natureza, infra-

estruturando as áreas protegidas para o acolhimento de actividades económicas

e sociais, (ii) dar a conhecer ao público e aos agentes do turismo as áreas

classificadas, identificando as suas potencialidades e especificidades, nas áreas

ambiental, cultural e patrimonial, promovendo o marketing e a comunicação, e

(iii) promover a educação ambiental e cultural in situ, alargando o

reconhecimento social da política de conservação.

A presente medida enquadra intervenções de conclusão da infraestruturação das

áreas classificadas (nomeadamente com infra-estruturas de visitação e

interpretação) e de marketing e comunicação.

Objectivos Específicos da Medida

- Redução da susceptibilidade da região às cheias e às inundações e minimização

dos danos materiais e humanos daí decorrentes

MEDIDA 2.5 – Travar a Perda da Biodiversidade

Justificação / Descrição da Medida

Com a perda de biodiversidade e a disrupção das funções dos ecossistemas,

estes tornam-se mais vulneráveis a perturbações, menos resilientes e menos

capazes de garantir o aprovisionamento dos bens e serviços essenciais ao bem-

estar humano.

A Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável identifica como objectivo

prioritário a promoção de uma política de conservação da natureza que vise

suster a redução e fragmentação dos habitats, a protecção das espécies

ameaçadas e a valorização das paisagens, articulada com as políticas agrícola,

florestal, de desenvolvimento urbano e económico e de obras públicas.

A presente medida reflecte o referido objectivo e enquadra intervenções de

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

183.

gestão dos valores naturais, designadamente:

- Gestão activa directa - Acções de gestão de espécies, habitats e

ecossistemas (em particular dos não dependentes de sistemas agro-

florestais), bem como projectos de recuperação das espécies e habitats

especialmente ameaçados

- Gestão activa indirecta – Acções de actividade produtiva que geram

serviços - decorrentes do FEADER (em particular, para os valores

dependentes dos sistemas agro-florestais) e do FEP.

- Projectos pontuais de demonstração

Objectivos Específicos da Medida

- Contribuir para o objectivo global (Nações Unidas) e Europeu (Conselho de

Gotemburgo) de parar a perda de biodiversidade até 2010, reduzindo o

número de espécies prioritárias ameaçadas e a manutenção da

representatividade actual das espécies prioritárias

- Assegurar a gestão integrada dos territórios objecto de intervenções de

gestão directa dirigida ao maneio de espécies, habitats e ecossistemas,

tendo em vista a sua manutenção num estado favorável de conservação

- Colmatar os passivos persistentes nas zonas da Rede Natura e recuperar

valores naturais (não dependentes de sistemas agro-florestais)

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184.

LINHA DE INTERVENÇÃO 3

SISTEMAS PÚBLICOS DE ABASTECIMENTO DOMICILIÁRIO DE ÁGUA E REDES DE

DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS

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Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém

185.

OBJECTIVO CENTRAL

A Linha de Intervenção relativa aos Sistemas Públicos de

Abastecimento Domiciliário de Água e às Redes de

Drenagem de Águas Residuais configura um conjunto de

acções destinado a suprir a carência de sistemas

públicos de abastecimento domiciliário de água e a

superar a insuficiente taxa de atendimento em redes de

drenagem de águas residuais bem como a deficiente

qualidade e o envelhecimento das estruturas de adução

e distribuição da água com elevadas perdas.

O abastecimento de água e a recolha, tratamento e

rejeição de águas residuais constituem serviços básicos

de importância vital para a qualidade de vida das

populações, sendo notória a sua importância na

sociedade e no sector económico e produtivo do país.

O Ciclo Urbano da Água constitui uma componente

extremamente importante de um dos principais

instrumentos de planeamento dos recursos hídricos,

designadamente, o Plano Nacional da Água. Partindo do

diagnóstico da situação actual, da análise dos

constrangimentos verificados na execução do “Plano

Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de

Águas Residuais” (PEAASAR I) e das orientações

governamentais para o sector do abastecimento de água

e do saneamento (que no seu conjunto constituem o

Ciclo Urbano da Água) encontram-se definidos no

PEAASAR II (2007-2013) os seguintes objectivos

estratégicos: a universalidade, continuidade e qualidade

do serviço; a sustentabilidade do sector; a protecção dos

valores ambientais. No âmbito da presente linha de

intervenção encontram-se contempladas a construção de

Infra-estruturas em “Alta” e em “Baixa”, bem como a

remodelação de infra-estruturas já existentes.

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186.

MEDIDA 3.1 Cumprimento das metas definidas no PEAASAR II

MEDIDA 3.2 Melhoria da qualidade da água para abastecimento

humano

MEDIDA 3.3 Promoção da Sustentabilidade dos Sistemas pela aplicação de tarifas ajustadas ao nível de serviço

MEDIDA 3.4 Renovação das infra-estruturas dos sistemas de

distribuição e drenagem

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187.

Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção

A presente linha de intervenção tem como âmbito natural de aplicação os “sistemas de

distribuição pública de água” e “os sistemas de drenagem pública de águas residuais”,

conforme definidos no Decreto-Lei nº 207/94, de 6 de Agosto e cuja responsabilidade

recai em primeira instância sobre os municípios. Consideram-se incluídos no referido

âmbito de aplicação, as intervenções a que as entidades gestoras daqueles sistemas

públicos estão obrigadas por força da legislação nacional e comunitária ou de objectivos

de política, como será o caso, a mero título de exemplo, do adequado destino final das

lamas de depuração, do ênfase na valorização das lamas, da eficiência energética ou da

minimização de perdas de água nas redes de distribuição.

Os concelhos que formam a Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo apresentam diferentes

estádios de desenvolvimento ao nível dos equipamentos de saneamento

básico de que dispõem. Apesar de uma evolução significativa nos últimos anos,

decorrente de um substancial esforço de investimento, persistem na Lezíria do Tejo

alguns problemas neste domínio, designadamente:

• Insuficiente taxa de atendimento em redes de drenagem e de tratamento de

águas residuais;

• Deficiente qualidade e envelhecimento das estruturas de adução e distribuição

da água com elevadas perdas.

A crescente consciencialização das populações para as questões ambientais e de

qualidade de vida obriga a uma necessidade de melhoria da gestão dos sistemas de

distribuição de água e de saneamento e, consequentemente, à obtenção de níveis

superiores de serviço.

Somam-se aos desafios inerentes à adequada cobertura da população da Lezíria do Tejo

por redes de abastecimento de água e de drenagem e tratamento de águas residuais o

necessário cumprimento da legislação ambiental cujas exigências têm vindo a aumentar

significativamente, designadamente no que respeita à qualidade de água para consumo

humano.

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188.

Com a implementação da presente medida pretende-se criar as condições para a

resolução dos problemas que limitaram o cumprimento das metas fixadas no PEAASAR I e

para a conclusão das várias redes de infra-estruturas básicas essenciais para promover

e/ou manter níveis adequados em termos de indicadores ambientais e de saúde pública.

Acresce ainda que a conclusão dessas redes de infra-estruturas básicas constituirá um

contributo muito importante para a prevenção e controlo da poluição provocada pela

actividade humana e pelos sectores produtivos. As intervenções previstas em matéria de

renovação das infra-estruturas dos sistemas de distribuição e drenagem traduzir-se-ão

numa mais-valia relevante para o cumprimento dos objectivos do Plano Nacional para o

Uso Eficiente da Água. No mesmo sentido concorre também a introdução de preços que

penalizem o desperdício e que incentivem medidas correctivas das disfunções

actualmente verificadas.

Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal

Os municípios da Lezíria do Tejo encontram-se organizados em soluções diferentes, que

incluem sistemas multimunicipais, intermunicipais e municipais. Não obstante estarem

previstas quatro medidas na presente linha de intervenção, os projectos estruturantes

que são identificados cobrem o ciclo completo da água.

Projectos Estruturantes da Linha de Acção:

“Sistemas Públicos de Abastecimento Domiciliário de Água e Redes de

Drenagem de Águas Residuais”

Concelho Projecto

Alpiarça, Almeirim,

Benavente, Coruche,

Chamusca, Golegã,

Salvaterra de Magos

Águas do Ribatejo

Azambuja e Rio Maior

Águas do Oeste

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189.

Santarém Águas de Santarém

Cartaxo Águas do Cartaxo

Azambuja Intervenções nos Sistemas em Baixa

Rio Maior Intervenções nos Sistemas em Baixa

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190.

MEDIDA 3.1 – Cumprimento das metas definidas no PEAASAR II

Justificação / Descrição da Medida

Esta Medida contempla intervenções em infra-estruturas em alta e em baixa de

abastecimento de água e de saneamento e tratamento de águas residuais.

A média de cobertura para os municípios da Lezíria do Tejo é de 98,5% no

abastecimento de água e de 62,5% na drenagem e tratamento de águas

residuais. Relativamente às metas estabelecidas no “Plano Estratégico de

Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais” (PEAASARII), que se

situam nos 95% de cobertura dos sistemas de abastecimento de água e nos 90%

para o saneamento de águas residuais, os municípios da Lezíria do Tejo

cumprem os objectivos traçados para os sistemas de abastecimento de água,

mas evidenciam algum afastamento em relação aos valores de cobertura em

saneamento de águas residuais.

A presente medida contempla assim a construção de novos Sistemas em “alta” e

continuação da infra-estruturação da vertente em “baixa”, com especial enfoque

nos investimentos que visam a articulação entre ambas as vertentes, a expansão

das redes e a concretização dos objectivos ambientais fixados.

Objectivos Específicos da Medida

- Implementação efectiva das disposições da Lei da Água e da demais legislação

ambiental directamente relacionadas com o abastecimento de água e

saneamento de águas residuais e incentivo ao uso

- Servir a população da Lezíria do Tejo com sistemas públicos de abastecimento

de água, com fiabilidade, quantidade e qualidade, no cumprimento integral do

normativo nacional e comunitário aplicável

- Servir a população da Lezíria do Tejo com sistemas públicos de drenagem e

tratamento de águas residuais urbanas, promovendo os valores ambientais e a

saúde pública, no cumprimento integral do normativo nacional e comunitário

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191.

aplicável

- Obter níveis adequados de qualidade do serviço, mensuráveis pela

conformidade dos indicadores de qualidade do serviço definidos

- Remodelação de redes, nomeadamente para corrigir disfunções relevantes para

o cumprimento da Directiva Quadro da Água

As metas estabelecidas no “Plano Estratégico de Abastecimento de Água e

Saneamento de Águas Residuais” (PEAASARII), situam-se nos 95% de cobertura

dos sistemas de abastecimento de água e nos 90% para o saneamento de águas

residuais (a atingir em 2015). Contudo, salienta-se que o PEAASAR igualmente

estabelece que em cada sistema integrado o nível de atendimento deve atingir

pelo menos 90% da população abrangida relativamente à cobertura dos sistemas

de abastecimento de água e 85% no que se refere aos sistemas de drenagem e

tratamento de águas residuais urbanas5.

MEDIDA 3.2 – Melhoria da qualidade da água para abastecimento humano

Justificação / Descrição da Medida

Intrinsecamente relacionada com o cumprimento dos objectivos específicos da

medida 3.1, a presente medida visa a garantia de uma qualidade da água de

abastecimento conducente com o disposto na legislação vigente.

A água é um bem essencial de consumo público e como tal deve ser objecto de

um controlo de qualidade rigoroso. Pretende-se um fornecimento de um produto

com qualidade que corresponda às expectativas do consumidor final,

salvaguardando sempre a saúde pública.

5 Para os casos de aglomerações de pequena dimensão, sempre que fique demonstrado que a instalação de um sistema de drenagem não se justifica por não trazer qualquer vantagem ambiental ou por ser excessivamente oneroso, devem ser implementadas soluções individuais, que serão contabilizadas para a taxa de atendimento.

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192.

Objectivos Específicos da Medida

- Cumprir o definido na legislação, respeitando os critérios e normas de

qualidade regulamentados pelo Decreto-Lei n.º 243/2001, de 5 de Setembro;

- Implementar um sistema de monitorização da qualidade da água distribuída às

populações, que verifique não só a sua conformidade em relação aos parâmetros

definidos na legislação mas também permita um controlo eficaz e imediato, de

preferência on-line, de parâmetros e indicadores da qualidade da água captada,

tratada, armazenada e distribuída pelos sistemas.

MEDIDA 3.3 – Promoção da Sustentabilidade dos Sistemas pela aplicação de

tarifas ajustadas ao nível de serviço

Justificação / Descrição da Medida

A sustentabilidade dos sistemas, independentemente dos formatos escolhidos,

visa a fixação de tarifas ao consumidor que progressivamente caminhem para

um intervalo compatível com a capacidade económica das populações

corporizando o princípio da recuperação de custos.

Em sede de diagnóstico verificou-se que a factura média cobrada na esmagadora

maioria dos municípios da Lezíria do Tejo não reflecte o nível de cobertura

existente proporcionado pelo nível de equipamentos presentes em cada

concelho. Os municípios da Lezíria do Tejo apresentam igualmente oscilações

tarifárias significativas.

A sustentabilidade dos sistemas requer a existência de tarifas que garantam a

cobertura das despesas de exploração e a amortização da parte do investimento

total não suportada por incentivos comunitários a fundo perdido, sem prejuízo

obviamente de exercer um controlo sobre as tarifas que assegure que o impacte

das mesmas é mantido dentro de limites socialmente aceitáveis.

Objectivos Específicos da Medida

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193.

- Praticar tarifas junto do consumidor final que equilibrem o objectivo da

recuperação dos custos com a garantia de acesso universal aos serviços de

abastecimento de água e saneamento, através de intervalos de tarifas

compatíveis com a capacidade económica das populações.

- Garantir tendencialmente a recuperação integral dos custos incorridos na

prestação dos serviços, excluindo a amortização dos investimentos financiados a

fundo perdido.

MEDIDA 3.4 – Renovação das infra-estruturas dos sistemas de distribuição e

drenagem

Justificação / Descrição da Medida

Esta medida permitirá obter ganhos ambientais significativos que se afiguram

decisivos para o cumprimento das exigências em matéria de uso eficiente da

água. A eliminação de custos inerentes à ineficiência dos sistemas repercutir-se-

á igualmente numa melhor qualidade de serviço e em benefícios económicos

para a população.

Com a presente medida pretende-se intervir nas infra-estruturas que se

encontram na fase final da sua vida útil (ex: sistemas com baixos níveis de

desempenho, elevadas percentagens de perdas de água) ou que revelam

ineficiências sistémicas. A renovação dos sistemas permitirá optimizar e melhorar

o desempenho e a eficiência desses mesmos sistemas. A melhoria do nível de

serviço quer em qualidade quer em quantidade também contribuirá para reduzir

a perigosidade para o ambiente decorrente de descargas de instalações com

desempenhos insuficientes ou deficientes.

Objectivos Específicos da Medida

- Servir a população da Lezíria do Tejo com sistemas públicos de abastecimento

de água, com fiabilidade, quantidade e qualidade, no cumprimento integral do

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194.

normativo nacional e comunitário aplicável

- Servir a população da Lezíria do Tejo com sistemas públicos de drenagem e

tratamento de águas residuais urbanas, promovendo os valores ambientais e a

saúde pública, no cumprimento integral do normativo nacional e comunitário

aplicável

- Aumentar os níveis de eficiência dos sistemas;

- Adaptar os sistemas às novas exigências que decorrem da legislação em vigor

- Oferecer uma melhor qualidade de serviço ao consumidor final.

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195.

LINHA DE INTERVENÇÃO 4

POLÍTICA DE RESÍDUOS BASEADA NA REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM

OBJECTIVO CENTRAL

Esta linha de intervenção tem como objectivos a

dissociação do crescimento económico da pressão sobre

os recursos naturais, a implementação da hierarquia de

gestão de resíduos através do reforço da prevenção, da

promoção da reutilização e da valorização, diminuindo o

recurso a operações de eliminação e o aumento da

coerência e articulação nas intervenções dirigidas para

os diferentes tipos de resíduos.

Assistiu-se na Lezíria do Tejo, nos últimos anos, a uma

expansão enorme das chamadas infra-estruturas

ambientais no domínio dos resíduos. Contudo em

simultâneo com a referida expansão verificou-se

igualmente um incremento significativo da capitação de

RSU, em paralelo com o aumento da capacidade

aquisitiva da população. No que respeita à produção de

RSU por unidade de PIB constata-se que continua a não

haver uma dissociação, sendo que o principal desafio

que se coloca ao conjunto dos Concelhos consiste na

adequada implementação de uma estratégia preventiva

baseada na trilogia da redução - reutilização –

reciclagem.

A adequada concretização da presente linha de

intervenção requer um empenho significativo dos três

vértices do triângulo da cadeia de gestão inerentes à

implementação da referida estratégia preventiva:

sistemas de gestão de RSU; câmaras municipais pela

sua ligação mais directa ao cidadão; cidadãos em geral.

MEDIDA 4.1

Prevenção - Redução progressiva da produção de resíduos

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196.

MEDIDA 4.2 Reciclagem e valorização multimaterial

MEDIDA 4.3 Desvio de matéria orgânica de aterro

Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção

A Lezíria do Tejo apresenta uma excelente cobertura ao nível de infra-estruturas de

resíduos urbanos e industriais - sendo inclusivamente a única região do país que irá

dispor, a médio prazo, de tratamento/ destino final para todos os tipos de resíduos

sólidos produzidos (urbanos, industriais banais e industriais perigosos). No entanto, e

apesar da referida dotação elevada em infra-estruturas de gestão de resíduos, persistem

insuficiências no que respeita ao destino final dado à esmagadora parte dos RSU

produzidos. A deposição em aterro continua a ter um peso excessivo e os valores de

reciclagem situam-se em patamares significativamente inferiores aos estabelecidos no

PERSU I.

Com a presente linha de intervenção pretende-se apoiar a implementação de uma política

integrada que incremente a redução de resíduos na fonte e estimule a sua transformação

em matérias-primas secundárias através da prioridade à reutilização e reciclagem,

reduzindo os riscos para a saúde pública, para a qualidade do ambiente, assim como o

desperdício de recursos públicos na edificação de soluções não sustentáveis para o

tratamento de resíduos. A sustentabilidade da política de resíduos dependerá

essencialmente da capacidade de diminuição progressiva da capitação de todos os tipos

de resíduos tendo como horizonte de referência a legislação nacional e europeia,

contribuindo, por outro lado para inverter a actual situação verificada na Lezíria do Tejo

em que as quantidades de resíduos destinados à eliminação continua a suplantar as

quantidades destinadas a diferentes modos de valorização.

Os municípios da Lezíria do Tejo encontram-se organizados no que respeita à gestão

integrada dos RSU em três sistemas gestores supramunicipais - Resioeste; Resitejo e

Resiurb. A recolha dos RSU manteve-se sob gestão municipal. O diagnóstico da situação

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197.

de referência da Lezíria do Tejo ao nível dos resíduos evidencia, assim, para além da

elevada dotação infraestrutural, que o sector se encontra razoavelmente consolidado, que

o “mercado” está numa curva ascendente de amadurecimento mas que, por outro lado, a

produção de resíduos continua a aumentar e que os níveis de recolha selectiva e de

reciclagem são ainda baixos.

Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal

Dada o estádio de desenvolvimento infraestrutural do sector e dos objectivos que

permanecem por alcançar, considera-se que a presente linha de intervenção deverá ser

prosseguida através de um conjunto de tipologias de intervenção que, embora possam

adquirir uma abrangência territorial superior à do município, se perspectivam nesta fase

sobretudo com uma incidência municipal. Destaca-se ainda que a adequada prossecução

dos objectivos da presente linha de intervenção exige um esforço de sensibilização dos

produtores e da população em geral muito significativo e que nesse esforço de

sensibilização deve ser atribuída uma relevância acrescida em matéria de informação

clara aos cidadãos sobre o destino dos resíduos, sobretudo dos RSU.

Tipologia de Acções a Privilegiar na Linha de Acção:

“Política de Resíduos baseada na Redução, Reutilização e Reciclagem”

Mobilização dos cidadãos para melhoria do comportamento ambiental

Reforço dos sistemas de recolha selectiva

Melhoria da eficiência de triagem dos fluxos da recolha selectiva

Reforço da capacidade de TMB e de unidades de valorização orgânica de RUB recolhidos selectivamente, bem como de valorização de sub-produtos dessas unidades Requalificação de Infra-estruturas e equipamentos em fase de esgotamento ou com desempenhos insuficientes Estabelecimento de acordos voluntários com sectores económicos

Adopção das Melhores Tecnologias Disponíveis

Compostagem Doméstica

Certificação dos Centros de Triagem de Materiais

Maximização de sub-produtos gerados: composto, recicláveis e combustíveis

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198.

derivados dos resíduos

Criação de Ilhas Ecológicas

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199.

MEDIDA 4.1 – Prevenção - Redução progressiva da produção de residuos

Justificação / Descrição da Medida

Face ao incremento diagnosticado da capitação de resíduos, considera-se que um

dos objectivos centrais a ser prosseguido no âmbito da Agenda 21 da Lezíria do

Tejo deverá ser o de prevenir a geração de resíduos e a sua perigosidade.

Um esforço de investimento na sensibilização é crucial para inverter a tendência

de crescimento da produção de RSU e, simultaneamente, promover o aumento

da valorização.

Considera-se igualmente relevante em sede da presente medida estabelecer

acordos voluntários com sectores económicos que visem a implementação de

sistemas de controlo integrado da prevenção e da poluição, coordenadas,

preferencialmente, pelas suas Associações Industriais, com incentivos financeiros

da Administração Pública.

Um instrumento que merece adequada ponderação no âmbito desta medida e

que constitui um factor igualmente muito relevante na óptica da sustentabilidade

dos sistemas de gestão de RSU e da correcta aplicação do princípio do poluidor-

pagador é a aplicação de tarifação doméstica aos produtores domésticos de

resíduos.

Objectivos Específicos da Medida

- Redução progressiva da produção de RSU

- Contribuir para as metas definidas para os RI e RIP:

• atingir em 2015 uma redução de 12,1% em peso na produção de RI (vs

2001) e uma redução de 20,7% em peso na produção de RIP (vs 2001)

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200.

MEDIDA 4.2 – Reciclagem e valorização multimaterial

Justificação / Descrição da Medida

Com a presente medida pretende-se assegurar a prossecução de uma

abordagem por material, complementando a abordagem por fluxo em curso,

garantindo um elevado desempenho ambiental das soluções adoptadas.

Os resíduos de embalagens (RE) constituem um fluxo específico com grande

interface com o fluxo de resíduos urbanos, para o qual são estabelecidas metas

de reciclagem e valorização (globalmente e por material) a nível comunitário e

nacional. Assim, face ao diagnóstico realizado, e numa perspectiva de promoção

da reciclagem e valorização de resíduos, considera-se fundamental que os

Sistemas orientem a sua gestão para o cumprimento dos objectivos nacionais de

reciclagem e valorização, decorrentes da Directiva Embalagens.

Concomitantemente, e com vista ao incremento da reciclagem de resíduos de

papel/cartão não embalagem, com as inerentes vantagens para o desvio de

matéria orgânica de aterro, considera-se também importante o cumprimento de

objectivos nacionais de reciclagem deste tipo de material.

É imprescindível para o sucesso da presente medida adequar o sistema de

gestão de resíduos na Lezíria do Tejo com as infra-estruturas necessárias e

adequadas ao seu tratamento e eliminação e minimização do seu

encaminhamento para soluções de eliminação. Neste sentido considera-se muito

relevante a futura instalação na Região de uma das 13 novas unidades de

valorização orgânica previstas para Portugal Continental. Similarmente, as duas

futuras infra-estruturas de RIP – Centros Integrados de Recuperação, Valorização

e Eliminação de Resíduos Perigosos (CIRVER) – constituem uma mais-valia para

a região. Para além das infra-estruturas identificadas, considera-se relevante

prever a qualificação de infra-estruturas e equipamentos com níveis de

desempenho inferiores ao desejável.

A optimização da rede (designadamente ao nível da localização dos meios de

deposição e da frequência de recolha) é uma questão prioritária no seio desta

medida.

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201.

Verifica-se ainda a necessidade da optimização da operação de triagem, ao nível

da automatização e da formação de operadores bem como dos aspectos que se

cruzam com a sensibilização e a educação para a eficiente separação dos

materiais na fonte e sua correcta deposição. A certificação dos Centros de

Triagem de materiais no EMAS ou no ISO 14001 (ambiente), mas também no

OSHAS 18001 (higiene e segurança no trabalho) e no ISO 9001 (qualidade)

configura uma tipologia de intervenção pertinente atendendo aos objectivos da

presente medida.

Objectivos Específicos da Medida

Cumprimento das metas nacionais e comunitárias de reciclagem e valorização de

resíduos de embalagens definidas para 2011:

Valorização total de RE ≥ 60%;

Reciclagem total de RE » 55-80%;

Reciclagem de RE de vidro: ≥ 60%;

Reciclagem de RE de papel e cartão: ≥ 60%;

Reciclagem de RE de plástico: ≥ 22,5%;

Reciclagem de RE de metais: ≥ 50%;

Reciclagem de RE de madeira: ≥ 15%.

MEDIDA 4.3 – Desvio de matéria orgânica de aterro

Justificação / Descrição da Medida

Uma parte significativa dos RSU produzidos na Lezíria do Tejo é ainda depositada

em aterro, considerando-se enquanto objectivo prioritário da presente medida

promover soluções que permitam desviar de aterro os resíduos urbanos

biodegradáveis (RUB), à luz do disposto na Directiva Aterros, bem como outros

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202.

resíduos valorizáveis. Nesta perspectiva será necessário um esforço de

investimento significativo nos próximos anos ao nível da capacidade instalada de

tratamento mecânico e biológico (TMB), bem como unidades de digestão

anaeróbia / compostagem de RUB recolhidos selectivamente e que deverá ser

complementado por investimentos no âmbito da valorização de subprodutos,

designadamente, materiais recicláveis, composto e combustíveis sólidos

recuperados.

Esta medida pressupõe uma aposta forte em soluções ambientalmente

adequadas que constituam alternativas à deposição em aterro e que permitam

incrementar os níveis de reciclagem orgânica. A estratégia relativa à reciclagem

orgânica dos RUB encontra-se enquadrada pelo compromisso de se atingirem os

objectivos nacionais e comunitários (para 2009 e 2016) relativos à redução de

deposição de RUB em aterro e consequente diminuição da emissão de gases com

efeito de estufa. Assim, preconiza-se um aumento da capacidade instalada de

digestão anaeróbia, compostagem e TMB.

Objectivos Específicos da Medida

- Desvio de matéria orgânica de aterro por via do encaminhamento para

Tratamento Mecânico e Biológico, Digestão Anaeróbia ou Compostagem

- Cumprimento das metas nacionais e comunitárias de desvio de resíduos

urbanos biodegradáveis de aterro (definidas para 2009 e 2016):

• Redução de RUB destinados a aterros com base na quantidade total de

RUB, em peso, produzidos em 1995

- Janeiro/2009: para 50%;

- Janeiro/2016: para 35%.

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203.

LINHA DE INTERVENÇÃO 5

MOBILIDADE SUSTENTÁVEL

OBJECTIVO CENTRAL

A linha de intervenção 5 do Eixo 4 da Agenda 21 tem

como objectivo primordial promover a utilização dos

modos de transporte sustentáveis, como o transporte

público e os modos suaves (deslocação a pé e de

bicicleta).

Esta linha de intervenção constitui um instrumento

fundamental na promoção da uma melhor qualidade

urbana e ambiental.

A presente Linha de Intervenção está directamente

relacionada com a Linha de Intervenção 3 Acessibilidade

e Mobilidade Multimodais do Eixo 1, sendo as medidas

idênticas.

MEDIDA 5.1

Acessibilidade Rodoviária Estruturante

(Medida 3.1 da Linha de Intervenção 3 Acessibilidade e Mobilidades Multimodais do Eixo 1)

MEDIDA 5.2

Acessibilidade aos Centros Urbanos

(Medida 3.2 da Linha de Intervenção 3 Acessibilidade e Mobilidades Multimodais do Eixo 1)

MEDIDA 5.3

Reforço do Papel do Transporte Público e dos Modos Suaves e Intermodalidade

(Medida 3.3 da Linha de Intervenção 3 Acessibilidade e Mobilidades Multimodais do Eixo 1)

MEDIDA 5.4

Instrumentos de Organização e Gestão das Acessibilidades e da Mobilidade

(Medida 3.4 da Linha de Intervenção 3 Acessibilidade e Mobilidades Multimodais do Eixo 1)

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204.

Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção

A Lezíria do Tejo assistiu ao forte incremento da utilização do transporte individual e ao

decréscimo da utilização do transporte colectivo e dos modos suaves, situação observada

igualmente de forma generalizada em Portugal. Este facto tem um impacto directo na

deterioração da qualidade ambiental e na degradação da qualidade de vida nos centros

urbanos.

A presente Linha de Intervenção visa promover a inversão do perfil actual da mobilidade

da Lezíria e sobretudo a sua tendência para o contínuo acréscimo da utilização do

transporte individual.

Esta inversão assenta na promoção da utilização dos meios de transporte sustentáveis,

como o transporte colectivo e os modos suaves, induzindo a transferência modal do

transporte individual para estes meios de transporte. Num primeiro momento, será

importante travar a tendência para a crescente utilização do transporte individual e criar

uma consciência colectiva para a necessidade de utilização de outros meios de transporte.

Para tal, será necessário agir de forma concertada, aumentando o investimento no

transporte público e melhorando as características da oferta apresentada aos utentes e

em simultâneo, desenvolver acções que dêem prioridade ao transporte público sobre o

privado e que incitem à utilização dos meios de transporte sustentáveis.

O sistema global de transportes está sujeito a fortes interdependências entres os

diferentes os actores (transporte individual, transporte público e modos suaves). Apenas

uma abordagem verdadeiramente multimodal permitirá gerir e influenciar o

comportamento individual face à mobilidade. Desta forma, é necessário actuar a todos os

níveis, em termos geográficos e modais, para assim construir um sistema de transportes

sustentável.

Assim, esta Linha de Intervenção encontra-se concretizada na Linha de Intervenção 3

Acessibilidade e Mobilidade Multimodais do Eixo 1 da Agenda 21, em todas as suas

medidas.

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205.

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206.

Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal

Os projectos da presente Linha de Intervenção são os mesmos apresentados para a Linha

de Intervenção 3 Acessibilidade e Mobilidade Multimodais do Eixo 1 da Agenda 21.

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207.

7.Programa de Avaliação e de Monitorização

A implementação da Agenda 21 Regional da Lezíria do Tejo será acompanhada pela

CULT, através de um aprofundado acompanhamento do progresso na concretização

dos objectivos e de uma adequada coordenação da intervenção das políticas públicas

que lhe são dirigidas. A CULT deverá promover o desenvolvimento de parcerias com

actores relevantes da sociedade civil em torno das Linhas de Actuação e dos Objectivos

Operacionais da Estratégia.

Enquanto responsável pela implementação dos objectivos da Estratégia, a CULT deverá

igualmente promover de forma permanente a reflexão prospectiva sobre as questões

de desenvolvimento, sustentabilidade e inserção da Lezíria do Tejo no espaço nacional

e realizar a monitorização da Estratégia, com base num conjunto de indicadores

previamente definidos. Deverá igualmente a CULT proceder à avaliação periódica da

referida Estratégia e decidir sobre o calendário da sua revisão. Deverá igualmente a

CULT estabelecer os mecanismos necessários à adequada recolha e organização de

informação para fins de acompanhamento e monitorização e providenciar uma análise

anual das fontes financeiras disponíveis para concretização dos objectivos da

Estratégia.

A CULT providenciará ainda e numa base anual uma análise de compatibilidades dos

objectivos da recente Estratégia com os objectivos enunciados nos documentos

estratégicos aprovados pelo Governo. À CULT é ainda atribuída uma responsabilidade

particular na difusão na região da Lezíria do Tejo, nomeadamente através da

comunicação social, da natureza, significado e objectivos da Agenda 21 Regional da

Lezíria do Tejo.

Até ao final de 2009, deverá a CULT apresentar um Relatório de Progressos da

Estratégia que deverá ser submetido à apreciação dos Presidentes de Câmara da

Lezíria do Tejo.

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208.

7. ANEXOS

7.1 ANEXO 1 -

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209.

7.2 ANEXO 2

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210.

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211.

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212.