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Ministério do Meio Ambiente Brasil Biodiversidade Estratégias Nacionais de Biodiversidade na América do Sul Perspectivas para Cooperação Regional Resultados da Reunião para Identificação de Temas em Biodiversidade para Cooperação e Intercâmbio entre os Países da América do Sul Resultados da Reunião para Identificação de Temas em Biodiversidade para Cooperação e Intercâmbio entre os Países da América do Sul 11

Estratégias Nacionais de Biodiversidade na América do Sul · documento, composto por cinco capítulos, traz em seu primeiro capítulo as informações técnicas so-bre a reunião;

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Ministério do Meio AmbienteBrasil

Biodiversidade

Estratégias Nacionais

de Biodiversidade

na América do SulPerspectivas para Cooperação Regional

Resultados da Reunião para Identificação de Temas em

Biodiversidade para Cooperação e Intercâmbio entre

os Países da América do Sul

Resultados da Reunião para Identificação de Temas em

Biodiversidade para Cooperação e Intercâmbio entre

os Países da América do Sul

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Estratégias Nacionais de Biodiversidadena América do Sul

Perspectivas para Cooperação Regional

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República Federativa do Brasil

Presidente: Luiz Inácio Lula da Silva

Vice-Presidente: José Alencar Gomes da Silva

Ministério do Meio Ambiente

Ministra: Marina Silva

Secretário-Executivo: Cláudio Roberto Bertoldo Langone

Secretário de Biodiversidade e Florestas: João Paulo Ribeiro Capobianco

Diretor do Programa Nacional de Conservação da Biodiversidade: Paulo Yoshio Kageyama

Gerente de Conservação da Biodiversidade: Braulio Ferreira de Souza Dias

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BRASÍLIA – BRASIL2004

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTESecretaria de Biodiversidade e Florestas

Diretoria de Conservação da BiodiversidadeProjeto Estratégia Nacional da Diversidade Biológica e Relatório Nacional

Estratégias Nacionais de Biodiversidade naAmérica do Sul

Perspectivas para Cooperação Regional

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Estratégias Nacionais de Biodiversidade na América do Sul: Perspectivas para Cooperação Regional

Equipe do Projeto Estratégia Nacional de Diversidade Biológica e Relatório Nacional: Braulio Ferreira Souza Dias(Gerente de Conservação da Biodiversidade), Fátima Almeida Pires (Gerente do Projeto), Núbia Cristina Bezerra da Silva(Coordenadora), Ana Lúcia Leite Prates, Gabriela Tunes da Silva, Luciana Aparecida Zago de Andrade, Mariana OteroCariello, Marília Guimarães Araújo Oliveira, Pedro Davison e Saulo Marques de Abreu Andrade

Consolidação das informações: Luciana Aparecida Zago de Andrade

Tradução de textos para o português: Luciana Aparecida Zago de Andrade e Pedro Davison

Revisão técnica: Gabriela Tunes da Silva, Luciana Aparecida Zago de Andrade, Mariana Otero Cariello, Núbia CristinaBezerra da Silva e Pedro Davison

Revisão do texto em português: Gisela Viana Avancini Rojas e Sarah Pontes

Projeto gráfico e capa: Ana Lúcia Leite Prates

Editoração e impressão: Laser Gráfica

Ficha Catalográfica: Alderleia Marinho Milhomens Coelho

Fotos gentilmente cedidas por: José Sabino e Magno Botelho Castelo Branco

Apoio: Projeto Estratégia Nacional de Diversidade Biológica e Relatório Nacional – BRA 97/G31, Fundo Mundial para oMeio Ambiente – GEF, Agência Brasileira de Cooperação – ABC, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento– PNUD, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA.

O Ministério do Meio Ambiente do Brasil não se responsabiliza pelas informações fornecidas pelos outros países.

ISBN 85-87166-70-0

Ministério do Meio Ambiente – MMACentro de Informação e Documentação Luís Eduardo Magalhães – CID AmbientalEsplanada dos Ministérios – Bloco B – TérreoCep: 70068-900 Brasília – DFTel: 55 61 317-1235Fax: 55 61 224-5222e-mail: [email protected]

Projeto Estratégia Nacional de Diversidade Biológica e Relatório NacionalSCEN Trecho 2 Ed. Sede do IBAMA Bloco HCep: 70818-900 Brasília – DFTel: 55 61 325-5761Fax: 55 61 325-5755www.mma.gov.br/estrategia

Estratégias Nacionais de Biodiversidade na América do Sul : Perspectivas para Cooperação Regional / Ministério do MeioAmbiente. Diretoria do Programa Nacional de Conservação da Biodiversidade – DCBio. — Brasília : Ministério do MeioAmbiente, 2004.285p.: il. ; 28cm. — (Biodiversidade, 11)

1. Biodiversidade – América do Sul. I. Brasil. Ministério do Meio Ambiente. Diretoria do Programa Nacional de Conservaçãoda Biodiversidade.

CDU 574(8)

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A Convenção sobre Diversidade Biológica(CDB) foi um dos principais acordos adotados naConferência das Nações Unidas sobre Meio Ambi-ente e Desenvolvimento (CNUMAD), realizada emjunho de 1992, na cidade do Rio de Janeiro. ACDB conta atualmente com 188 países-membrosou Partes. De acordo com seu artigo 5, as Partesdevem cooperar entre si em prol da conservação edo uso sustentável da biodiversidade. A coopera-ção internacional vem, com efeito, mostrando-seuma importante ferramenta de auxílio aos gover-nos e às sociedades dos países-membros em di-versas áreas.

Nesse contexto, vale destacar a importân-cia da cooperação em temas ligados à biodiversi-dade entre os países da América do Sul. Primeira-mente, estão localizados na região seis dos 15países do Grupo dos Países Megadiversos Afins(Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Vene-zuela), o que a coloca na posição de epicentro dabiodiversidade do planeta. Paralelamente, a gran-de diversidade cultural encontrada na América doSul representa um importante patrimônio a serconservado. A existência de ecossistemas com-partilhados pelos países sul-americanos, como porexemplo a floresta amazônica, os ecossistemasandinos, as planícies inundáveis, os ecossistemascosteiros e marinhos e as bacias hidrográficas,incrementam ainda mais a importância da coope-ração na região. Por fim, o histórico de ocupação,também compartilhado pelos países sul-america-nos, foi preponderante na determinação da condi-ção de uso dos recursos biológicos que caracteri-za todos os países da região. Diante da seme-lhança dos contextos geográfico, climático, histó-rico, econômico e político desses países, é natu-ral que exista semelhança também nos problemaspor eles enfrentados. Compartilhar problemas con-duz sempre à possibilidade de compartilhar tam-bém soluções.

Por tal razão, é urgente e fundamental o for-talecimento dos laços entre os países sul-america-nos, bem como entre eles e organismos e agênci-as de financiamento, principalmente em relação àgestão da biodiversidade. Esse patrimônio naturalexistente nos territórios desses países representaum gigantesco potencial de geração de divisas epromoção do desenvolvimento, mas, em contrapar-tida, representa também um risco e uma respon-sabilidade. O risco refere-se à possibilidade da perdadessa riqueza, caso a exploração desenfreada edesregulada prevaleça. Evidencia-se, então, a res-ponsabilidade que os governos e as sociedadesdesses países possuem com a geração atual e comas gerações futuras, gerindo sua biodiversidade afim de promover o desenvolvimento sem, contudo,destruir o incalculável patrimônio natural que essariqueza representa. As dificuldades inerentes a taltarefa poderão ser minimizadas com a cooperaçãoentre os países sul-americanos. O fortalecimentoda cooperação entre eles amplia o poder de nego-ciação e defesa dos interesses nacionais na arenada política ambiental internacional. Da mesma for-ma, fortalece a capacidade individual dos países,na medida em que fomenta o aumento das condi-ções nacionais de gestão da biodiversidade.

A análise do cenário atual evidencia que onível de cooperação existente entre os países sul-americanos em temas ligados à biodiversidade estáaquém do desejado. A partir desse contexto, reali-zou-se a Reunião para Identificação de Temas emBiodiversidade para Cooperação e Intercâmbio en-tre os Países da América do Sul, cujos resultadosconstam deste volume. Essa reunião foi a primeirade uma série de iniciativas que deverão ser realiza-das visando ao fortalecimento dos laços que unemos países da América do Sul.

Marina SilvaMinistra do Meio Ambiente – Brasil

Prefácio

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Ao ratificarem a Convenção sobre Diversi-dade Biológica (CDB), as Partes assumiram o com-promisso de desenvolver e implementar estratégi-as nacionais de diversidade biológica, além de es-tabelecerem entre si planos de cooperação e inter-câmbio para a conservação, o uso sustentável e arepartição de benefícios da biodiversidade.

Com o propósito de cumprir os objetivosassumidos, o governo do Brasil, por meio do Minis-tério do Meio Ambiente, organizou a Reunião paraIdentificação de Temas em Biodiversidade paraCooperação e Intercâmbio entre os Países da Amé-rica do Sul, realizada no Rio de Janeiro, de 14 a 17de dezembro de 2003. O evento envolveu atoresresponsáveis pelas Estratégias Nacionais de Bio-diversidade (ENBs) da Argentina, Bolívia, Brasil,Chile, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Para-guai, Peru, Uruguai e Suriname, além de represen-tantes de instituições nacionais e internacionais defomento a projetos relacionados à conservação eao uso sustentável da biodiversidade. A meta dareunião foi identificar os principais avanços no pro-cesso de implementação das ENBs desde 1998 eapresentar os temas de interesse comum e açõesprioritárias em biodiversidade, visando orientar ini-ciativas de cooperação para a implementação doscompro-missos da CDB na América do Sul.

Os resultados dessa reunião estão agorasendo colocados à disposição do público nas ver-sões em português, espanhol e inglês. Odocumento, composto por cinco capítulos, traz emseu primeiro capítulo as informações técnicas so-bre a reunião; nos capítulos 2 e 3, informações indi-viduais e comparativas sobre as ENBs e os avan-ços de sua implementação em cada país; e nosdois capítulos finais, subsídios para o estabeleci-mento de iniciativas de cooperação entre os paísesno tocante aos temas de interesse comum e àsações prioritárias identificados no âmbito da reu-nião.

O capítulo 1 apresenta o relatório da reunião,com sua contextualização, seus objetivos principais,a metodologia utilizada e seus principais resulta-

dos: a Indicação dos Temas Prioritários em Biodi-versidade para Cooperação e Intercâmbio entre osPaíses da América do Sul; a Identificação das AçõesPrioritárias em escala regional e sub–regional aserem realizadas em cooperação pelos países par-ticipantes da reunião; e a Carta da Reunião de Co-operação Sul-Americana em Biodiversidade – Rio2003 (“Carta do Rio”).

O capítulo 2 traz os Sumários Executivosdas ENBs ou, em alguns casos, as propostas deEstratégia dos países sul-americanos. De maneirageral, são resumidos os processos de elaboraçãoda ENB de cada país, assim como os princípios, avisão, os objetivos gerais e específicos, além daslinhas estratégicas a serem empreendidas para oalcance dos objetivos estabelecidos.

No capítulo 3 tem-se o resumo do EstudoComparativo feito pela UICN (União Mundial para aNatureza) sobre Estratégias Nacionais de Biodiver-sidade na América do Sul – Estado Atual e Pers-pectivas. O estudo baseou-se em análises dos do-cumentos das Estratégias Nacionais, Planos deAção e/ou Políticas Nacionais de Biodiversidade,assim como em entrevistas e consultas com re-presentantes das agências que atuam como pon-tos focais da CDB e de organizações governamen-tais e não-governamentais que participaram do de-senvolvimento das ENBs nos distintos países.

O capítulo 4 contém uma compilação dosprincipais acordos formais (bilaterais e regionais),no campo da biodiversidade e do meio ambiente,vigentes entre os países da América do Sul. Sãoapresentados, em forma de tabela, o nome do acor-do, o local e a data em que foi assinado, data deentrada em vigor, países envolvidos, documentoslegais de promulgação em cada país e o endereçoeletrônico com mais informações sobre eles. Alémdisso, o conteúdo de cada acordo foi avaliado e re-lacionado a um ou mais dos seis componentes daPolítica Nacional da Biodiversidade do Brasil, a sa-ber: 1) Conhecimento da Biodiversidade; 2) Con-servação da Biodiversidade; 3) Utilização Susten-tável dos Componentes da Biodiversidade; 4) Mo-

Apresentação

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nitoramento, avaliação, prevenção e atenuação deimpactos sobre a Biodiversidade; 5) Acesso aosRecursos Genéticos e aos Conhecimentos Tradi-cionais Associados e Repartição de Benefícios; e6) Educação, Sensibilização Pública, Informação eDivulgação sobre Biodiversidade. A listagem dosmecanismos legais e políticos no campo da biodi-versidade e áreas afins já existentes entre os paí-ses visou facilitar a implementação das ações pro-postas no âmbito da reunião.

O capítulo apresenta ainda informações so-bre mecanismos de financiamento e as principaislinhas de ação de algumas das instituições multila-terais e regionais mencionadas pelo Secretariadoda CDB como fontes de financiamento para açõesrelativas à biodiversidade.

O capítulo 5 lista áreas geográficas identifi-cadas como prioritárias para a conservação e o usosustentável da biodiversidade na fronteira do Brasilcom os demais países sul-americanos e recomen-dações para o manejo destas. Relaciona ainda áreasfronteiriças oficialmente protegidas em outros paí-ses sul-americanos. Iniciativas transfronteiriças paraa conservação da biodiversidade de ecossistemascompartilhados pelos países, como a Amazônia, o

Chaco, os ecossistemas andinos e as bacias hi-drográficas, entre outros, são também descritasnesse capítulo, no âmbito de tratados e programasregionais.

Crê-se que, uma vez avaliado o estado doavanço da implementação das ENBs na Américado Sul e identificadas as ações prioritárias para acooperação bilateral e regional, no que se refere àconservação, ao uso sustentável e à repartição debenefícios da biodiversidade, as demais informa-ções aqui contidas sirvam como subsídios parasoluções conjuntas para os problemas comuns aospaíses sul-americanos. Espera-se que seja possí-vel identificar e implementar projetos de integraçãocom maior abrangência em relação àquela que ospaíses poderiam alcançar individualmente em suasrespectivas fronteiras. Esse é o primeiro passorumo à maior cooperação regional voltada à con-servação do incalculável patrimônio que é a biodi-versidade sul-americana.

João Paulo Ribeiro CapobiancoSecretário de Biodiversidade e Florestas

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CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1Relatório da Reunião para Identificação de Temas em Biodiversidade para Cooperaçãoe Intercâmbio entre os Países da América do Sul Signatários da Convenção sobreDiversidade Biológica

CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2Sumários Executivos das Estratégias Nacionais de Biodiversidade dos Países Sul-Americanos

CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3Estratégias Nacionais de Biodiversidade na América do Sul: Estado Atual e Perspectivas– Sumário Executivo

CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4Acordos Formais em Biodiversidade entre os Países da América do Sul e Mecanismos deFinanciamento

CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5Iniciativas para a Indicação de Áreas Geográficas Prioritárias para Conservação e UsoSustentável da Biodiversidade nas Fronteiras entre os Países Sul-Americanos

ANEXOSANEXOSANEXOSANEXOSANEXOS

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117

153

225

Sumário

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