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VI Fórum Regional de Educação Permanente em Saúde
Condições crônicas na rede de atenção em saúde: estratégias para o acompanhamento
e autocuidado apoiado
Enfa. Carla Daiane Silva Rodrigues
Coordenação Estadual da Atenção Básica Departamento de Ações em Saúde - SES/RS
Magnitude das doenças crônicas
As DCNT foram responsáveis por 68% do total de mortes ocorridas no mundo em 2012 demandando um grande desafio aos sistemas de saúde.
No Brasil, em 2016, as doenças do aparelho circulatório ocuparam a primeira posição entre as causas de mortalidade, seguidas pelas causas externas.
O DM tipo II ocupa a 2ª posição no ranking do indicador de anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (DALY) dentre as DCNT.
Aumento da prevalência de fatores de risco como obesidade e sedentarismo.
WHO (2014); BRASIL (2016); COSTA et al. (2017).
A carga do diabetes para a Saúde Pública
Maior utilização dos serviços de saúde e hospitalizações
Perda de produtividade
Cuidados prolongados para tratamento de complicações crônicas
Cegueira
Insuficiência renal
Doença cardiovascular
Pé diabético e amputações
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES (2017); COSTA et al. (2017).
IRC - 25%
retinopatia - 20%cegueira - 7%
amputações de extremidade inferior - 50%
DM tipo
II
Panorama de procedimentos vasculares (todas as causas), RS, 2017.
46,9% (13.443)
20,4% (5.842)
39,1% (11.217) angioplastias coronarianas
6,7% (1.935) amputações ou desarticulações
de MMII
5,7% (1.652) angioplastia ou
revascularização MMII
28.624
Fonte: Painel PRI do BI (2019).
Panorama de procedimentos vasculares (DM e HAS), RS, 2017.
79,7% (11.122) angioplastias coronarianas
9% (1.263) amputações ou
desarticulações de MMII
11,1% (1.561) angioplastia ou
revascularização MMII
13.946
Fonte: Painel PRI do BI (2019).
704 ang. coronarianas (6,3%)42 revascularização MMII (2,6%)105 amputações MMII (8,3%)
48 ang. coronarianas (6,8%)06 revascularização MMII (14,2%)07 amputações MMII (6,6%)
Condição crônica? Doença crônica?
Afinal, qual a diferença de “condição” e de “doença”?
O que difere uma condição aguda de uma condição crônica?
Condição de saúde é um conceito mais amplo que doença porque implica em uma resposta social mais adequada dos sistemas de saúde e incorpora certos estados fisiológicos como a gravidez e os ciclos de vida (como o acompanhamento de crianças e idosos).
A doença apresenta uma perspectiva etiológica, com agente causal definido e certas características como transmissibilidade, sendo um conceito muito útil à epidemiologia (divisão em DC transmissíveis e não transmissíveis).
MENDES (2012).
Componentes do MACC - Chronic Care Model
MENDES (2012).
Componentes do MACC - Determinação Social da Saúde
MENDES (2012).
Componentes do MACC - Modelo da Pirâmide de Riscos
MENDES (2012).
O Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC)
MENDES (2012).
Notas Técnicas SES RS
Link de acesso - site da AB RS:
https://atencaobasica.saude.rs.gov.br/notas-tecnicas-assistenciais
Resolução CIB 302/18 - DM na AB (https://www.youtube.com/watch?v=cezJbsOAAY4&feature=youtu.be)
Resolução CIB 303/18 - HAS na AB (https://www.youtube.com/watch?v=wgnMF0fLYyo&feature=youtu.be)
Autocuidado Apoiado
O autocuidado apoiado significa uma colaboração estreita entre a equipe
de saúde e os usuários, que trabalham em conjunto para definir o problema,
estabelecer as metas, monitorá‐las, instituir os planos de cuidado e resolver
os problemas que apareçam ao longo do processo.
Não é equivalente à atividade prescritora do profissional de saúde, significa
reconhecer o papel central do usuário em relação a sua saúde,
desenvolvendo um sentido de autorresponsabilidade e transformando o
profissional de saúde em um parceiro do usuário.
MENDES (2012).
PREVENÇÃO E TRATAMENTO
“Não podemos ser parte dos problemas, temos que ser parte da solução”
Elementos para o Autocuidado Apoiado
Conhecimento da condição de saúde: para usuários e seus familiares a fim
de entenderem sua participação no tratamento.
Motivação para a mudança de comportamento: considerar o estágio para
a mudança de comportamento no qual a pessoa se encontra.
Outros fatores a serem considerados: escolaridade, tempo de diagnóstico,
crenças relacionadas à saúde e à doença, apoio familiar, facilidade de acesso
aos serviços de saúde, dentre outras dimensões.
SILVA (2016).
Estágios motivacionais
Estágios e ações do profissional
Entrevista motivacional e plano de cuidados1 - Avaliar em qual estágio motivacional a pessoa se encontra para cada mudança de comportamento recomendada;
2 - Solicitar que a pessoa elenque os comportamentos que entende que precisa mudar e que mensure seu interesse em modificá-lo;
3 - Escolher 02 ou 03 comportamentos que tenham recebido pontuação entre 8 e 10 no nível de interesse;
4 - Auxiliar na definição do plano de cuidados compartilhado.
BRASIL (2014); MENDES (2012).
COMPORTAMENTOS NECESSÁRIOS
Marque um X ou escreva, nas linhas em branco, os comportamentos necessários.
Qual (X)
Interesse (0 a 10)
Manter/ adotar uma alimentação saudávelManter/aumentar a prática de atividade física semanalLidar melhor com o estresseParar de fumarTomar medicamentos conforme orientação da equipe de saúdeEvitar o consumo nocivo de bebidas alcoólicas
BRASIL (2014); SILVA (2016).
Plano de cuidados compartilhado
Pactuação
Data:
O que você fará?
Quantas vezes por semana?
Por quanto tempo?
Onde?
Como?
Grau de confiança (de 0 a 10) se menor que 7, dividir em tarefas menores
Terapia de Mudança de Estilo de Vida
SBC (2016): 7ª Diretriz Brasileira de HAS.
Redução da PA e consumo alimentar
SBC (2016): 7ª Diretriz Brasileira de HAS.
Redução da PA e atividade física
Em seu município, qual a rede de apoio para a equipe mínima de saúde da família? Com quem podem contar para matriciamento ou ações intersetoriais?
Mudar não é fácil
Por que é tão difícil mudar? • PEDRO CALABREZ
https://www.youtube.com/watch?v=OwPHCtsZ5Tw
Obrigada!https://atencaobasica.saude.rs.gov.br/inicial