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ESTRESSE OCUPACIONAL DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM SUBDIMENSIONAMENTO DE PESSOAL

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ESTRESSE OCUPACIONAL DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM SUBDIMENSIONAMENTO DE PESSOAL

A Regulação do Exercício Profissional da

Enfermagem no Brasil

LEI No 5.905, DE 12 DE JULHO DE 1973.

• Dispõe sobre a criação dos Conselhos Federal e Regionais de

Enfermagem e dá outras providências

• O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e os Conselhos Regionais

de Enfermagem (COREN), constituem, em seu conjunto, uma autarquia

vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência Social.

• Art 2º O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos

disciplinadores do exercício da profissão de enfermeiro e das demais

profissões compreendidas nos serviços de enfermagem.

Lei 7498 de 25 de junho de 1986 Dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem, e dá

outras providências.

Art. 7º São Técnicos de Enfermagem:

I - o titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem,

expedido de acordo com a legislação e registrado pelo órgão

competente;

II - o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola

ou curso estrangeiro, registrado em virtude de acordo de intercâmbio

cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Técnico de

Enfermagem.

I - o titular de certificado de Auxiliar de Enfermagem conferido por instituição de ensino,

nos termos da lei e registrado no órgão competente;

II - o titular de diploma a que se refere a Lei nº 2.822, de 14 de junho de 1956;

III - o titular do diploma ou certificado a que se refere o inciso III do art. 2º da Lei nº

2.604, de 17 de setembro de 1955, expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de 20 de

dezembro de 1961;

IV - o titular de certificado de Enfermeiro Prático ou Prático de Enfermagem, expedido

até 1964 pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério da

Saúde, ou por órgão congênere da Secretaria de Saúde nas Unidades da Federação,

nos termos do Decreto-lei nº 23.774, de 22 de janeiro de 1934, do Decreto-lei nº 8.778,

de 22 de janeiro de 1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;

V - o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, nos termos do Decreto-lei nº

299, de 28 de fevereiro de 1967;

VI - o titular do diploma ou certificado conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo

as leis do país, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no

Brasil como certificado de Auxiliar de Enfermagem.

Art. 8º São Auxiliares de Enfermagem:

Resolução COFEN 311/2007

Código de Ética dos Profissionais

de Enfermagem

Art. 7º - Comunicar ao COREN e aos órgãos

competentes, fatos que infrinjam dispositivos

legais e que possam prejudicar o exercício

profissional.

Art. 10 - Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica,

científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa,

família e coletividade.

Art. 61 - Suspender suas atividades, individual ou coletivamente, quando a instituição

pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições dignas para o exercício

profissional ou que desrespeite a legislação do setor saúde, ressalvadas as situações de

urgência e emergência, devendo comunicar imediatamente por escrito sua decisão ao

Conselho Regional de Enfermagem.

Art. 7º – Deve ser garantida a autonomia

do enfermeiro nas unidades

assistenciais, para dimensionar e

gerenciar o quadro de profissionais

de enfermagem. (...)

Art. 8º – O responsável técnico de enfermagem deve dispor de 3 a 5% do quadro geral de

profissionais de enfermagem para cobertura de situações relacionadas à rotatividade de

pessoal e participação de programas de educação continuada.

Parágrafo único – O quantitativo de Enfermeiros para o exercício de atividades gerenciais,

educação continuada e comissões permanentes, deverá ser dimensionado de acordo com

a estrutura da organização/empresa.

Resolução COFEN 293/2004 Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem

Profissionais Inscritos no Sistema Cofen/Conselhos

Regionais. Brasil. Junho de 2014.

Enfermeiros 418.631 17,94%

Técnico em enfermagem 1 166 598 50%

Aux. de enfermagem 747.815 32,05%

Obstetrizes 152 0,01%

TOTAL 2.333.196 100% Fonte: Conselho

Federal de

EnfermageDRC/Cofen.

Profissionais Inscritos no Coren-BA, 2014

Enfermeiras 27.103 26.1%

Técnico em Enfermagem 59.488 57.4%

Aux. de Enfermagem 17.154 16.5%

TOTAL 103.745 100%

Obs.: Média de 1000 novos inscritos/mês

Fonte: URC/Coren-BA.

Amplitude Campo de trabalho

com significativo

contingente de

profissionais atuando

em diversos lugares e

desenvolvendo as

mais variadas

funções dentro da

área da saúde.

(BARBOSA, Maria Alves; et al - Reflexões sobre o trabalho do enfermeiro em saúde coletiva. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 06, n. 01, p.09-15, 2004. Disponível em www.fen.ufg.br)

O TRABALHO EM ENFERMAGEM

Magnitude A Enfermagem é o

eixo principal para

suportar qualquer

política de saúde que

tenha como objetivo

uma assistência de

qualidade.

(BARBOSA, Maria Alves; et al - Reflexões sobre o trabalho do enfermeiro em saúde coletiva. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 06, n. 01, p.09-15, 2004. Disponível em www.fen.ufg.br)

O TRABALHO EM ENFERMAGEM

Invisibilidade A atuação da

Enfermagem no

contexto brasileiro

acontece na maioria das

vezes sem que as

pessoas percebam o

que realmente esses

profissionais

desenvolvem. (BARBOSA, Maria Alves; et al - Reflexões sobre o trabalho do enfermeiro em saúde coletiva. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 06, n. 01, p.09-15, 2004. Disponível em www.fen.ufg.br)

O TRABALHO EM ENFERMAGEM

Subdimensionamento de pessoal Uma das principais evidências da precarização do trabalho

Fonte: Departamento de Fiscalização DEFIS – Coren-BA

Déficit de Pessoal de Enfermagem na Bahia. Coren BA, 2014.

Região No de Unidades Fiscalizadas

Realizaram o Calculo

Unidades com déficit

No total de vagas

Salvador e Região Metropolitana

163 93 46 911

Interior (12 Seções) 142 73 56 812

TOTAL 305 166 102 1723

Subdimensionamento de pessoal Enfermeiros/as e técnicos/as

Fonte: Departamento de Fiscalização DEFIS – Coren-BA

Déficit de Pessoal de Enfermagem por categoria profissional na Bahia. Coren BA, 2014.

Categoria Salvador Interior Bahia

Enfermeiras 553 438 991

Técnicos em Enfermagem

358 374 722

TOTAL 911 812 1713

Processos Administrativos após denúncias Coren-BA, 2012/2014

Técnicos e aux. de enfermagem 16 25 %

Enfermeiras (os) 16 25 %

Institucional 32 50 %

TOTAL 64 100%

Fonte: COREN-BA. Julho, 2014.

Ações Civis Públicas

Ações Civis ajuizadas 131

Méritos com sentença favorável 652

Processos no Tribunal Regional Federal

43

Fonte: COREN-BA. Julho, 2014.

Tipo de denúncias contra TE/AE com abertura de Processo Administrativos/Éticos no Coren-BA. 2011 a agosto de 2014.

• Demora no atendimento com óbito do paciente;

• Maus tratos/Agressividade com paciente em Atenção Domiciliar;

• Acolhimento inadequado/ Realização de procedimento em local inapropriado;

• Exercício ilegal/Administração de medicamento sem prescrição médica/Falta de inscrição no Coren;

• Erro na medicação (via errada, troca de paciente , prazo vencido);

• Problemas de relacionamento interpessoal/desacato a superior hierárquico/abandono de plantão.

Obs.: De um total de 342 denúncias, 27 (7,9%) foram referentes a erros na administração de medicamentos.

Fonte: Tribunal Ético Coren-BA. Julho, 2014.

Denúncias decorrentes de problemas institucionais com abertura de Processo Administrativos/Éticos no Coren BA.

2011 a agosto de 2014.

• Desvio de função/sobrecarga/subdimensionamento de pessoal;

• Ausência de enfermeiro e médico/obstetra;

• Sobrecarga com dobra em Atenção Domiciliar;

• Falta de avaliação médica e prescrição diária;

• Não conformidades estruturais (higiêncio/sanitárias, materiais, manutenção de equipamentos);

• Estagiários atuando sem supervisão.

Fonte: Tribunal Ético Coren-BA. Julho, 2014.

Condições de trabalho verificadas

pelo Depto. de Fiscalização

1. Déficit de pessoal;

2. Inexistência de protocolos e de Sistematização da

Assistência - SAE;

3. Estrutura-física deficitária e inadequada, locais insalubres e

impróprios para determinadas atividades;

4. Profissional realizando duas ou mais atividades (ex.:

dispensação na farmácia, aplicação de vacinas e curativos);

5. Falta de cumprimento de carga horária por outros

profissionais, sobrecarregando a enfermeira;

6. Ausência de capacitação profissional, principalmente nas

salas de imunização;

Fonte: Departamento de Fiscalização DEFIS – Coren-BA

Condições de trabalho verificadas

pelo Depto. de Fiscalização

7. Equipes de ESF incompleta - sem enfermeiro, com quadro reduzido de auxiliares e técnicos e em geral, sem profissional médico;

8. Mobiliários e equipamentos em precárias condições;

9. Inadequações sanitárias (ex.: sala de vacina com fossa de esgoto aberta);

10. Zona rural sem profissional de enfermagem de nível médio, sendo assumida toda atividade pela enfermeira;

11. Falta de insumos, equipamentos e medicamentos para atender a demanda dos programas (ex.: luvas, ambu, oxigênio, adrenalina, carro de emergência, etc);

12. Deficiência da rede de referência e contra-referência do município;

Fonte: Departamento de Fiscalização DEFIS – Coren-BA

Condições de trabalho verificadas

pelo Depto. de Fiscalização

13. Atendimento de demanda de outros serviços;

14. Falta de segurança nas Unidades de Saúde;

15. Inexistência de consultórios de enfermagem;

16.Desvio de função – (auxiliares e técnicos de

enfermagem realizando dispensação de medicamentos

nas farmácias).

Fonte: Departamento de Fiscalização DEFIS – Coren-BA

A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO

(Escola Anna Nery Revista de Enfermagem ISSN (Versión impresa): 1414-8145 Universidade Federal do Rio de Janeiro)

• Um fenômeno que acomete a maioria dos

trabalhadores pela desregulamentação e a perda

dos direitos trabalhistas e sociais,

•A gravidade deste problema aumentou após a

reforma do Estado;

•Redução de despesas, principalmente do

quantitativo de funcionários públicos

(responsabilidade fiscal);

•Efeito imediato na política de recursos humanos em

saúde, que trouxe dificuldades assistenciais e

gerenciais, afetando diretamente o quantitativo de

pessoal nas instituições.

Precarização dos vínculos de trabalho

Terceirização da gestão no setor público.

Cooperativas;

REDA;

Trainee;

Voluntariado.

www.coren-ba.gov.br