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estruturas de mercado
Um mercado é o ponto de encontro entre os produtores e os vendedores de um dado
produto, isto é, entre a oferta e a procura desse bem. Correntemente, o termo é
também utilizado para analisar a formação dos preços dos vários produtos objeto de
troca.
Consideram-se habitualmente, partindo do critério da atomicidade (respeitante ao
número de vendedores e de compradores presentes no mercado), nove possíveis
formas (ou estruturas) de mercado: concorrência, oligopólio, monopólio, oligopsónio,
oligopólio bilateral, monopólio condicionado, monopsónio, monopsónio condicionado e
monopólio bilateral.
Focaremos de seguida, resumidamente, as quatro estruturas mais importantes.
1. Concorrência perfeita é, acima de tudo, uma estrutura caracterizada pela existência
de inúmeros compradores e vendedores, de tal forma que nenhuma empresa consiga,
por si só, ter influência sobre o preço de mercado (são aquilo a que se chama price-
takers). Outras características importantes são a inexistência da possibilidade de se
diferenciar (real ou ficticiamente) o produto (que é, portanto, homogéneo), a livre
entrada e saída de empresas do mercado (indispensável aos ajustamentos de longo
prazo conducentes ao lucro nulo), a perfeita mobilidade dos fatores de produção a
longo prazo, a ausência de influências governamentais e o perfeito conhecimento, por
parte de todos os intervenientes, das condições do mercado. O mercado de
concorrência é, na sua essência, totalmente aberto.
2. Num mercado monopolista, por seu lado, existem muitos compradores, mas apenas
um vendedor do produto (que não apresenta sucedâneos próximos). É um mercado
fechado, em que existem barreiras à entrada de novas empresas. Há várias causas
conducentes ao aparecimento de um monopólio: a posse exclusiva de matérias-primas,
autorizações governamentais para produzir, exclusividade da tecnologia de produção
(que será ainda mais restritiva se estiver protegida por patentes), imposições
governamentais quanto à dimensão do mercado (condicionamentos da dimensão da
indústria) ou questões relacionadas com economias de escala (que geralmente levam à
existência de monopólios naturais).
3. No oligopólio, existem poucas empresas e poucos consumidores. Há interação entre
as empresas: as ações de umas são afetadas pelas (re)ações de outras, que por sua vez
são afetadas pelas ações das primeiras. De facto, a característica central do oligopólio é
a de que cada empresa toma em consideração o comportamento de todas as outras, ao
tomar as suas decisões quanto ao preço a praticar e ao volume da produção. Logo, na
determinação do equilíbrio tem um interesse fulcral a estabilidade da atuação das
empresas, isto é, o estado verificado quando terminam as reações de todas elas.
No estudo do oligopólio, considera-se em muitos casos a situação particular de duopólio
(oferta formada por duas empresas). É neste contexto que surgem variadíssimos
modelos, de entre os quais citaremos, a título de exemplo, os mais importantes, como
os clássicos modelos de Cournot (duas empresas seguidoras na quantidade produzida),
de Bertrand (duas empresas seguidoras nos preços), de Stackelberg (uma empresa líder
e outra seguidora na quantidade), aos quais se juntam o de liderança de preço (uma
empresa líder e outra seguidora nos preços), a solução de conluio ou o modelo
generalizante da variação conjetural.
4. Num mercado de concorrência monopolística, existe (tal como em concorrência pura)
um elevado número de empresas, cada uma das quais a produzir um produto que é um
substituto imperfeito dos das outras empresas. Esta estrutura está situada entre a
concorrência perfeita e o monopólio, mas introduz dados novos, como a possibilidade
de diferenciação do produto e a alteração dos gostos pela publicidade. É um mercado
em que também existe a possibilidade de entrada e saída de empresas. Os modelos de
concorrência monopolística mais importantes são o de Chamberlin e os modelos
espaciais.
ver definição de monopolística...
Como referenciar este artigo:
estruturas de mercado. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. [Consult. 2012-11-02].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$estruturas-de-mercado>.
(Outro Site)
Forma de mercado
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa
Na economia as estruturas de mercado ou formas de mercado descrevem os mercados e seus componentes, definindo a capacidade e a possibilidade de se operar tais em concorrência ou não no mercado. O estudo das formas de mercado avalia o tamanho e a capacidade que tem uma empresa para deter poder de mercado e definir o preço de um produto homogêneo. As vezes as condições para a deter poder de mercado são restritas, existindo muito poucos mercados com o pleno poder. Portanto algumas estruturas podem servir somente como ponto de referência para avaliar outros mercados no mundo real.
[editar] Formas de mercado
Concorrência monopolística , também chamado mercado competitivo, onde há um grande número de empresas, cada uma com uma pequena proporção da participação de mercado e produtos ligeiramente diferenciados.
Oligopólio , em que um mercado é dominado por um pequeno número de empresas que, juntas, controlam a maioria da quota de mercado.
Duopólio , um caso especial de um oligopólio com duas empresas. Oligopsônio , um mercado, onde muitos vendedores podem estar presentes, mas
encontram poucos compradores. Monopólio , onde existe apenas um fornecedor de um produto ou serviço. Monopólio natural , um monopólio em que economias de escala para aumentar a
eficiência causar continuamente com o tamanho da empresa. Uma empresa é um monopólio natural se ele é capaz de servir toda a demanda do mercado a um custo menor do que qualquer combinação de duas ou mais empresas menores e mais especializadas.
Monopsônio , quando há apenas um comprador no mercado. Concorrência perfeita é uma estrutura de mercado teórica descreve mercados em que
nenhum participante tem tamanho suficiente para ter o poder de mercado para definir o preço de um produto homogêneo.
A estrutura de concorrência imperfeita é bastante idêntica às condições de mercado realistas, onde alguns concorrentes monopolistas, monopólios, oligopólios, e duopolistas existem e dominam as condições de mercado. Os elementos da estrutura do mercado incluem o número, a distribuição, o tamanho das empresas, condições de entrada, e a extensão da diferenciação de seus produtos.
Estas preocupações um tanto quanto abstratas tendem a determinar alguns, mas não todos os detalhes de um concreto e específico sistema de mercado onde compradores e vendedores realmente conhecem e comprometer-se ao comércio. A competição é útil, pois revela a demanda real do cliente e induz o vendedor (operador) para fornecer níveis de serviço de qualidade e níveis de preço que os compradores (clientes) querem, tipicamente sujeitos à necessidade financeira do vendedor para cobrir seus custos. Em outras palavras, a concorrência pode alinhar os interesses do vendedor com os interesses do comprador e pode causar ou revelar seu verdadeiro custo e outras informações privadas do vendedor. Na ausência de concorrência perfeita, três abordagens básicas podem ser adotadas para lidar com problemas relacionados ao
controle do poder de mercado e a assimetria entre o governo e o operador em relação aos objetivos e informações: (a) sujeitando o operador às pressões da concorrência, (b) coleta de informações sobre o operador e do mercado, e (c) aplicação de regulação por incentivos.[1]
Quick Reference to Basic Market Structures
Estruturas de Mercado
Barreiras de entrada á
vendedores
Número de vendedores
Barreiras de entrada á compradores
Número de compradores
Concorrência perfeita
Não Muitos Não Muitos
Concorrência monopolística
Não Muitos Não Muitos
Oligopólio Sim Poucos Não MuitosOligopsônio Não Muitos Sim PoucosMonopolio Sim Um Não MuitosMonopsônio Não Muitos Sim Um
A seqüência correta da estrutura de mercado do maior até a de menor concorrência é a que segue concorrência perfeita, concorrência imperfeita, oligopólio e monopólio puro.
Os principais critérios pelos quais se pode distinguir entre diferentes estruturas de mercado são: o número eo tamanho dos produtores e consumidores no mercado, o tipo de bens e serviços comercializados, e o grau em que a informação possa fluir livremente.
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Estruturas de Mercado
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Fabio Renato Rossi do Nascimento | 10 comentários
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ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Fabio Renato Rossi do Nascimento
Organização Industrial:
Estruturas de Mercado:
- Monopólio - Oligopólio
- Concorrência Monopolística
- Concorrência Perfeita
São Carlos, Dezembro de 2009
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Fabio Renato Rossi do Nascimento
Organização Industrial:
Estruturas de Mercado:
- Monopólio - Oligopólio
- Concorrência Monopolística
- Concorrência Perfeita
disciplina de Organização Industrial
Trabalho acadêmico apresentado à Centro Universitário Central Paulista. Unidade São Carlos
São Carlos, Dezembro de 2009
LISTA DE TABELAS 04
LISTA DE FIGURAS 04
RESUMO 05
ABSTRACT 06
1. INTRODUÇÃO 07
2. MONOPÓLIO 08
2.1 Definição e Causas do monopólio 08
2.2 Vantagens e desvantagens do monopólio08
2.3 Controle sobre o monopólio 09
2.4 Discriminação de preços no monopólio 09
2.5 Exemplos de empresas monopolistas 10
3. OLIGOPÓLIO 1
3.1 Definição e causas do Oligopólio 1
3.2 Tipos de Oligopólio 1
3.3 Formas de Oligopólio 1
3.4 Exemplos de oligopólio 12
4. CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA 13
4.1 Definição e causas da Concorrência Monopolística13
4.2 Exemplos de Concorrências Monopolísticas13
5. CONCORRÊNCIA PERFEITA 14
5.1 Definição e causas da Concorrência Perfeita14
5.2 Características da Concorrência Perfeita15
6. CONCLUSÃO 16
SUMÁRIO REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................................................17
Tabela 1. Comparação das Estruturas de Mercado07
Figura 1. Monopólio preço único e discriminação10
Estruturas de mercado são modelos que captam aspectos inerentes à organização dos mercados, realçando
características tais como: o tamanho das empresas, a diferenciação dos produtos, a transparência do mercado, os
objetivos dos participantes, o acesso de novas empresas. No mercado de bens e serviços, as formas e mercado,
segundo essas cinco características, são as seguintes: concorrência perfeita, monopólio, concorrência
monopolística (ou imperfeita) e oligopólio. Existe uma série de modelos sobre o comportamento das empresas na
formação de preços de seus produtos. A diferença maior entre esses modelos está condicionada ao objetivo ao qual
a firma se propõe: maximizar lucros, maximizar participação no mercado, maximizar margem de rentabilidade sobre
os cursos, etc. Quanto aos seus objetivos, as empresas defrontam-se com duas possibilidades principais: maximizar
lucro e maximizar mark-up (margem sobre os custos diretos). Dentro da teoria neoclássica ou marginalista, o
objetivo da empresa é sempre maximizar o lucro total. Este trabalho acadêmico visou apresentar de uma forma
sistêmica estas quatro estruturas de mercado dando definições e exemplos reais de empresas atuais.
Palavras-Chave: Estrutura de Mercado, Empresas, Produto, Mercado, Serviços, Preços, Lucros.
Market structures are models that capture aspects of organizing markets, enhancing features such as the size of
companies, product differentiation, market transparency, the goals of participants, access to new businesses. In the
market for properties and services, forms and market, according to these five characteristics are: perfect competition,
monopoly, monopolistic competition (or imperfect) and oligopoly. A number of models on the behavior of companies
in pricing their products. The major difference between these models is subject to the objective which the firm are: to
maximize profits, maximize market share, maximize profitability margin on the courses, etc.. As for its goals,
companies are faced with two main possibilities: maximizing profit and maximizing mark-up (margin on direct costs).
Within the neoclassical or marginalist, the company's goal is to maximize its total profit. This academic work was to
present a systemic form of these four market structures giving definitions and examples of companies today.
Key words: Market Structure, Company, Product, Market, Services, Prices, Profits.
1. INTRODUÇÃO
A partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o preço e quantidade de equilíbrio de um dado bem
ou serviço. O preço e a quantidade, entretanto, dependerão da particular forma ou estrutura desse mercado, ou
seja, se ele é competitivo, com muitas empresas produzindo um dado produto, ou concentrado em poucas ou uma
única empresa. (WAGNER, 2007).
Na análise das estruturas de mercado avaliam-se os efeitos da oferta e da demanda, tanto no mercado de bens e
serviços quanto no mercado de fatores de produção. As estruturas do mercado de bens e serviços são as
relacionadas na tabela 1 disposta abaixo: (WAGNER, 2007).
Estruturas de Mercado Número de Empresas
Diferenciação do Produto
Condições de
Entrada e Saída
Controle sobre o Preço Exemplo
Monopólio Só há uma empresa Produto Único Bloqueada Forte Petrobrás
Oligopólio Poucas
Diferenciado ou
Padronizado
Difícil Considerável
Ford, Fiat, Chevrolet, Volkswagen
Concorrência
Monopolística
Considerável Produto
Diferenciado
Relativamente
Fácil Leve Restaurantes
Concorrência
Perfeita
Muitas Produtos
Padronizados
Fácil Nenhum Não existe na prática
Tabela 1. Comparação das Estruturas de Mercado – Fonte Prof. Roberto Machado Wagner
Há de se destacar que no estudo microeconômico é analisado as imperfeições observadas no mercado, onde é
possível observar algumas situações em que os preços são determinados através de distorções provocadas em
mercados distintos, tais como: monopólios, oligopólios, concorrência monopolista e concorrência perfeita. (KUPFER,
2002).
As várias formas ou estruturas de mercado dependem fundamentalmente de três características: (KUPFER, 2002).
• O número de empresas que compõem esse mercado.
• O tipo do produto (se as firmas fabricam produtos idênticos ou diferenciados).
• Se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado.
2. MONOPÓLIO
2.1 Definição e Causas do monopólio
Monopólio é uma condição de mercado caracterizada pelo controle, por um só produtor, dos preços e das
quantidades de bens ou serviços oferecidos aos usuários e consumidores. Estes usuários e consumidores não
possuem alternativas senão comprar do monopolista. Isso faz com que o monopolista opere sempre com lucros
extraordinários. O preço cobrado pelo monopolista será sempre maior do que em competição perfeita e a
quantidade vendida sempre menor. (KUPFER, 2002).
As causas da existência do monopólio são várias, algumas políticas, outras econômicas e outras técnicas. As
principais causas apontadas pela teoria econômica neoclássica são: (KUPFER, 2002).
• Propriedade exclusiva de matérias-primas ou de técnicas de produção;
• Patentes sobre produtos ou processos de produção;
• Licença governamental ou imposição de barreiras comerciais para excluir competidores, especialmente
estrangeiros;
• O caso do monopólio natural quando o mercado não suporta mais do que uma única empresa, pois a tecnologia
de produção impõe que a operação eficiente tenha economias de escala substanciais.
2.2 Vantagens e desvantagens do monopólio
Os argumentos favoráveis aos monopólios concentram-se principalmente nas vantagens da produção em grande
escala, como a elevação de rendimento propiciado pelas inovações tecnológicas e a redução dos custos. Também
se afirma que os monopólios podem racionalizar as atividades econômicas, eliminar os excessos de capacidade e
evitar a concorrência desleal. Outra das vantagens que lhes são atribuídas é a garantia de um determinado grau de
segurança no futuro, o que torna possível o planejamento a longo prazo e introduz maior racionalidade nas decisões
sobre investimentos. (VASCONCELLOS, 2004)
Os argumentos contrários estão centrados no fato de que o monopólio, graças a seu poder sobre o mercado,
prejudica o consumidor ao restringir a produção e a variedade, e ao obrigá-lo a pagar preços arbitrariamente fixados
pelo monopolista. Também se assinala que a ausência de concorrência pode incidir negativamente sobre a redução
dos custos e levar à subutilização dos recursos produtivos. (VASCONCELLOS, 2004).
2.3 Controle sobre o monopólio
A economia de livre empresa afirma, como norma geral, a inconveniência dos monopólios e a necessidade de
estrito controle sobre eles. Embora acentue as vantagens do fornecimento monopolizado em determinadas áreas
específicas, exige que os monopólios se restrinjam aos setores nos quais sejam absolutamente necessários e que,
além disso, se adotem medidas de proteção ao consumidor. (KUPFER, 2002).
Um exemplo da utilidade dos monopólios é o fornecimento de gás canalizado a um centro urbano. O fornecimento
de gás aos consumidores por companhias concorrentes, por meio de gasodutos e sistemas de distribuição
paralelos, representaria um esbanjamento de recursos em infra-estrutura. (KUPFER, 2002).
2.4 Discriminação de preços no monopólio
O poder monopolista permite que ele tenha uma política de discriminação de preços voltada para extrair o máximo
possível de excedente do consumidor e para aumentar a sua receita total. (MANKIW, 2005).
Para que haja discriminação de preços de preços o mesmo produto tem que ser vendido a diferentes preços para
diferentes compradores. O custo de produção é o do monopolista, isto é, o mesmo para todos os produtos vendidos.
(MANKIW, 2005).
A discriminação de preços vai depender da renda dos consumidores, das suas preferências, da localização e da
facilidade de encontrar substitutos para o produto. O monopolista vai procurar segmentar a sua curva de demanda
em diferentes elasticidades, para criar mercados distintos para o seu produto. (MANKIW, 2005). Existem três tipos
para discriminação dos preços:
• O monopolista vende cada unidade do produto a preços diferentes. É a discriminação perfeita de preços. Cada
unidade é vendida ao consumidor, pelo preço máximo que ele está disposto a pagar. Não há excedente do
consumidor neste mercado. O monopolista extrai todo o excedente do consumidor;
• O monopolista vende diferentes unidades do produto a preços diferentes, mas todos os compradores que
adquirem a mesma quantidade pagam o mesmo preço. O preço por unidade não é constante, depende da
quantidade que o consumidor compra. Exemplos são os prestadores de serviços de água, esgoto, eletricidade;
• O monopolista vende o produto para diferentes compradores por preços diferentes, mas cada unidade vendida
para um grupo de compradores é vendida ao mesmo preço. Esta é a forma mais comum de discriminação de
preços que se aplica bastante nos descontos para idosos, estudantes, ou as diferentes classes de tarifas aéreas. A
Figura 1 ilustra o processo de discriminação perfeita de preços. Cada consumidor paga o máximo que está
predisposto a pagar, todas as trocas (livres) têm lugar, não há perda peso-morto e o excedente total vai para o
monopólio na forma de lucro. (VASCONCELLOS, 2004).
Figura 1: Monopólio preço único e discriminação – Fonte: VASCONCELLOS, 2004 2.5 Exemplos reais de empresas
monopolistas
Segue abaixo alguns exemplos reais de empresas monopolísticas:
• A Petrobrás no que tange a exploração do petróleo em águas profundas no
Brasil. De certa forma, mesmo que a legislação já permita que outras empresas explorem petróleo no Brasil a
Petrobrás é grande o suficiente para que, se quisesse, controlar o preço dos produtos por ela vendidos.
• A CPFL no que tange a distribuição de energia elétrica em São Carlos/SP. • O SAAE no que tange a distribuição
de água e esgoto em São Carlos/SP.
• Determinada empresa de ônibus que serve a um determinado bairro.
Normalmente isso acontece em grandes centros urbanos, nos bairros mais afastados, onde há apenas uma linha de
ônibus (uma única viação), que presta o serviço àquela comunidade ou bairro. O mesmo acontece na maioria das
concessões de linhas entre cidades no país.
• A DeBeers na África do Sul. Esta empresa produz diamantes e ela controla 80% da produção mundial. A DeBeers
paga milhões em publicidade, o que pode parecer estranho.
3. OLIGOPÓLIO
3.1 Definição e causas do Oligopólio
Designa-se por oligopólio a situação de um mercado com um número reduzido de empresas, de tal forma que cada
uma tem que considerar os comportamentos e as reações das outras quando toma decisões de mercado. A
característica fundamental do oligopólio é a existência da interdependência entre as empresas. Dado a importância
de cada empresa no setor, as decisões de uma quanto a preços, qualidade, propaganda, etc., afetam o
comportamento das demais. (MANKIW, 2005).
As causas típicas do aparecimento de mercados oligopolistas são a escala mínima de eficiência e características da
procura. Em tais mercados existe ainda alguma concorrência, mas as quantidades produzidas são menores e os
preços maiores do que nos mercados concorrenciais (ainda que relativamente ao monopólio as quantidades sejam
superiores e os preços menores). Tipicamente, nos mercados oligopolistas a concorrência incide em características
dos produtos distintas do preço (p. ex., qualidade, imagem, fidelização). (MANKIW, 2005).
3.2 Tipos de Oligopólio
O oligopólio pode ser dividido em dois tipos conforme descritos abaixo: (Paulo Nunes, 2007)
• Oligopólio Puro: Neste tipo de oligopólio os produtos são homogêneos (substitutos perfeitos) como por exemplo:
indústria de cimento, alumínio, aço, etc.
• Oligopólio Diferenciado: Neste tipo de oligopólio os produtos são diferenciados como por exemplo: indústria
automobilística, de cigarros, informática, etc.
3.3 Formas de Oligopólio
Existem quatro formas básicas de oligopólio: (TOSCHI, 2002).
• Cartel: Associação entre empresas do mesmo ramo de produção com objetivo de dominar o mercado e disciplinar
a concorrência. As partes entram em acordo sobre o preço, que é uniformizado geralmente em nível alto, e quotas
de produção são fixadas para as empresas membro. No seu sentido pleno, os cartéis começaram na Alemanha no
século XIX e tiveram seu apogeu no período entre as guerras mundiais. Os cartéis prejudicam a economia por
impedir o acesso do consumidor à livre-concorrência e beneficiar empresas não-rentáveis. Tendem a durar pouco
devido ao conflito de interesses.
• Truste: Reunião de empresas que perdem seu poder individual e o submetem ao controle de um conselho de
trustes. Surge uma nova empresa com poder maior de influência sobre o mercado. Geralmente tais organizações
formam monopólios. Os trustes surgiram em 1882 nos EUA, e o temor de que adquirissem poder muito grande e
impusessem monopólios muito extensos fez com que logo fossem adotadas leis antitrustes, como a Lei Sherman,
aprovada pelos norte-americanos em 1890.
• Holding: Empresa, que pela posse majoritária das ações, mantém o controle e administra outras empresas
(subsidiárias). O Holding geralmente nada produz, centralizando o controle de um complexo de empresas.
Considerado uma das formas mais avançadas do capitalismo, pois permite uma determinada estrutura controle
investimentos muitas vezes superiores e em outros países.
• Conglomerados: várias empresas que atuam em setores diversos se unem para tentar dominar determinada oferta
de produtos e/ou serviços, sendo em geral administradas por uma holding. Um exemplo são as grandes
corporações que dominam desde a extração da matéria-prima como o transporte de seu produto já industrializado,
ou seja, um truste. Um exemplo de conglomerado é a empresa Mitsubishi, que fabrica desde carros até canetas.
3.4 Exemplos reais de Oligopólios
Segue abaixo alguns exemplos reais de Oligopólios: • Empresas aéreas: TAM, GOL, AZUL.
• Empresas de telefonia móvel e celular: Vivo, Claro, Oi, Tim.
• Empresas de Gases Industriais e hospitalares - White Martins, Oximil, Air Liquide.
• Montadoras de veículos: Fiat, Chevrolet, Volkswagen, Ford.
• Indústria de Bebidas: Guaraná Antártica, Coca-Cola, Guaraná São Carlos, Tubaína.
4. CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA
4.1 Definição e causas da Concorrência Monopolística
A concorrência monopolista (também chamada de concorrência imperfeita) é uma estrutura de mercado em que são
produzidos bens diferentes, entretanto, com substitutos próximos passíveis de concorrência. Trata-se de uma
estrutura de mercado intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio, mas que não se confunde com o
oligopólio, pelas seguintes características: (KUPFER, 2002).
• Número relativamente grande de empresas com certo poder concorrencial, porém com segmentos de mercados e
produtos diferenciados, seja por características físicas, embalagem ou prestação de serviços complementares;
• Margem de manobra para fixação dos preços não muito ampla, uma vez que existem produtos substitutos no
mercado;
• Muitos compradores e muitos vendedores;
• Consumidores têm as suas preferências definidas e vendedores tentam diferenciar os seus produtos, daqueles
produzidos pelos seus concorrentes diretos, ou seja, os bens e serviços são heterogéneos;
• Existem barreiras de entrada, como diferenciação do produto, canais de distribuição (quanto mais controlada a
distribuição no atacado e no varejo mais difícil é à entrada de novos concorrentes.
Essas características acabam dando um pequeno poder monopolista sobre o preço de seu produto, embora o
mercado seja competitivo (daí o nome concorrência monopolista). (KUPFER, 2002).
4.2 Exemplos reais de Concorrências Monopolísticas
Segue alguns exemplos de Concorrências Monopolísticas: • Lanchonetes: MacDonalds, Giraffas, Habib´s, Burguer
King, Bobs
• Empresas de Informática: Apple, Compac, HP, Sony
• Fabricantes de Cigarros: Souza Cruz, Philip Morris, Cia Sul-americana de Tabacos;
5. CONCORRÊNCIA PERFEITA
5.1 Definição e causas da Concorrência Perfeita
A estrutura de mercado caracterizada por concorrência perfeita é uma concepção mais teórica, ideal, porque os
mercados altamente concorrenciais existentes, na realidade, são apenas aproximações desse modelo, posto que,
em condições normais, sempre parece existir certo grau de imperfeição que distorce o seu funcionamento. Portanto
o conceito de concorrência perfeita é usado apenas por seu valor analítico, pois não existe na prática. (Paulo
Nunes, 2007).
O seu conhecimento é importante não só como estrutura ideal, que é empregada em muitos estudos que procuram
descrever o funcionamento econômico de uma realidade complexa, como também pelas inúmeras conseqüências
derivadas de suas hipóteses, que condicionam o comportamento dos agentes econômicos em diferentes mercados.
(Paulo Nunes, 2007). As hipóteses do modelo de concorrência perfeita são:
• Existe um grande numero de compradores e vendedores. Um grande número de compradores e vendedores se
refere não a um valor acima de uma determinada quantidade, mas sim a que o preço do e dado para as firmas e
para os consumidores; (Paulo Nunes, 2007).
• Os produtos são homogêneos, isto é, são substitutos perfeitos entre si; dessa forma não pode haver preços
diferentes no mercado; (Paulo Nunes, 2007).
• Existe completa informação e conhecimento sobre o preço do produto; esta hipótese é conhecida como
transparência de mercado; (Paulo Nunes, 2007).
• Entrada e saída de firmas no mercado são livres, não havendo barreiras. Esta hipótese também é conhecida como
livre mobilidade. Isso permite que as empresas menos eficientes saiam do mercado e que nele ingressem firmas
mais eficientes. (Paulo Nunes, 2007).
5.2 Características da Concorrência Perfeita
A característica do mercado em concorrência perfeita é que, a longo prazo, não existem lucros extras ou
extraordinários (onde as receitas superam os custos), mas apenas os chamados lucros normais, que representam a
remuneração implícita do empresário (seu custo de oportunidade, ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital em
outra atividade, que pode ser associado a uma espécie de rentabilidade média de mercado). Assim, no longo prazo,
quando a receita total iguala o custo total, o lucro extraordinário é zero, embora existam lucros normais, pois nos
custos totais estão incluídos os custos implícitos (que não envolvem desembolso), o que inclui os lucros normais. A
hipótese de que a empresa, individualmente, seja incapaz de alterar o preço do produto tem uma conseqüência
importante, porque implica a curva de demanda do produto ser perfeitamente elástica, ou seja, horizontal (Figura 2).
Em concorrência perfeita, como o mercado é transparente, se existirem lucros extraordinários, isso atrairá novas
firmas para o mercado, pois que também não há barreiras ao acesso. Com o aumento da oferta de mercado (devido
ao aumento no número de empresas), os preços de mercado tenderão a cair, e consequentemente os lucros extras,
até chegar a uma situação onde só existirão lucros normais, cessando o ingresso de novas empresas nesse
mercado . (Paulo Nunes, 2007).
Figura 2: Demanda da Concorrência Perfeita – Fonte: Paulo Nunes, 2007 6. CONCLUSÃO
Este trabalho acadêmico visou apresentar de uma forma sistêmica as estruturas de mercado Monopólio, Oligopólio,
Concorrência Monopolística e Concorrência Perfeita de forma a compará-las mostrando exemplos reais do mercado
nacional e internacional. Além disso, foi possível verificar que a economia se resume basicamente em conseguir os
preços certos através da quantidade certa vendida. A permanência da hipótese de perfeito conhecimento e
maximização de lucros nos modelos de monopólio e competição monopolística, isto é, a racionalidade perfeita do
tomador de decisões, leva a que todas as modificações teóricas feitas a seguir continuem a se construir como um
caso especial, do caso geral, a competição perfeita. Tudo mais que não se enquadre nas hipóteses básicas do
modelo é considerado uma falha ou imperfeição de mercado.
CIÊNCIAS ECONOMICAS EMPRESARIAIS. Economia. Concorrência Perfeita. Disponível em:
<http://w.knoow.net/cienceconempr/economia/concorrperfeita.htm> acessado em 18/1/2009 às 10h07min. (Autor:
Paulo Nunes)
CIÊNCIAS ECONOMICAS EMPRESARIAIS. Economia. Conceitos de Oligopólio. Disponível em :
<http://w.knoow.net/cienceconempr/econom ia/oligopolio.htm> acessado em 30/1/2009 às 12h07min. (Autor: Paulo
Nunes)
ECONOMIA. Acadêmico. Teorias. Oligopólio. Disponível em:
<http://w.economiabr.net/teoria_escolas/oligopolio.html> acessado em 30/1/2009 às 12h40min. (Autor: Emerson
Luis Toschi)
KUPFER, David. Economia Industrial: Fundamentos Teóricos e Práticos no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia: Princípios de micro e macroeconomia. Rio de Janeiro: Campus,
2005.
VASCONCELLOS, Marco Antônio S. e GARCIA, Manuel E. Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva, 2004.
WAGNER, Roberto Machado. Economia I – Apostila. Edição própria. 2007.