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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO ESTUDO AVALIATIVO DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO NA EMPRESA RECICLA/RN SEGUNDO A PERCEPÇÃO DOS COLABORADORES JOYCE DA SILVA GOMES Natal, junho de 2014.

ESTUDO AVALIATIVO DA QUALIDADE DE VIDA NO … · Estudar a qualidade de vida no ambiente de trabalho é refletir sobre os impactos que sua aplicação pode proporcionar à vida de

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

ESTUDO AVALIATIVO DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

NA EMPRESA RECICLA/RN SEGUNDO A PERCEPÇÃO DOS

COLABORADORES

JOYCE DA SILVA GOMES

Natal, junho de 2014.

JOYCE DA SILVA GOMES

ESTUDO AVALIATIVO DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

NA EMPRESA RECICLA/RN SEGUNDO A PERCEPÇÃO DOS

COLABORADORES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Coordenação do curso de graduação em

Administração da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, como requisito para a

obtenção do título de Bacharel em

Administração.

Orientador (a): Dra, Patricia Whebber Souza

de Oliveira.

Natal, junho de 2014.

Catalogação da Publicação na Fonte.

UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA

Gomes, Joyce da Silva.

Estudo avaliativo da qualidade de vida no trabalho na empresa

recicla/RN segundo a percepção dos colaboradores/ Joyce da Silva Gomes.

– Natal, RN, 2014.

89f.

Orientadora: Profª. Drª. Patrícia Whebber Souza de Oliveira.

Monografia (Graduação em Administração) – Universidade Federal do

Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento

de Ciências Administrativas.

1. Gestão de pessoas – Monografia. 2. Qualidade de vida no trabalho –

Monografia. 3. Percepção dos colaboradores – Monografia. I. Oliveira,

Patrícia Whebber Souza de. II. Universidade Federal do Rio Grande do

Norte. III. Título.

RN/BS/CCSA CDU 658.3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

ESTUDO AVALIATIVO DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

NA EMPRESA RECICLA/RN SEGUNDO A PERCEPÇÃO DOS

COLABORADORES

JOYCE DA SILVA GOMES

Monografia apresentada e aprovada em 29 de junho de 2014 pela Banca Examinadora

composta pelos seguintes membros:

_____________________________________________________

Orientadora: Prof. Dra, Patricia Whebber Souza de Oliveira

CCSA/ UFRN

_______________________________________________________

Examinador: Prof. Me, Antônio Carlos Ferreira

CCSA/ UFRN

_______________________________________________________

Examinador: Prof. Leandro Trigueiro Fernandes

CCSA/ UFRN

Natal, junho de 2014.

Dedico este trabalho em especial a minha mãe,

meu pai e minha irmã, pelo incentivo ao

aprendizado. Aos mestres que nos ensinam a

aprender os ensinamentos acadêmicos,

mostrando suas experiências de vida. A

empresa estudada, e aos companheiros de sala

dos quais compartilharam esse aprendizado. E

aos leitores que de certa forma nos permitem

por meio da escolha desta leitura a testar o que

aprendemos durante estes 4 anos de ensino.

AGRADECIMENTOS

Agradeço sempre e primeiramente a Deus, por ele ter sido tão bom comigo me

concedendo o saber, a força de vontade do aprendizado contínuo, e de ter criado em mim o

espírito de lutar pelos meus ideais, mesmo quando estive com minha fé estremecida. Mas

sempre acreditando que tudo poço naquele que me fortalece;

Agradeço à minha família, Valderez Gomes, Ivo Tenório e Janaína Gomes, pelo fato

de ter estado continuamente ao meu lado em todos os momentos dessa jornada de minha vida,

do qual sempre tive que tomar a decisão, do não desistir;

Agradeço a realização deste trabalho, a todas as pessoas que participaram direta ou

indiretamente para conclusão do mesmo, em especial a minha irmã;

Agradeço também a aqueles colegas que contribuíram compartilhando o saber em sala

de aula durante esses quatro anos;

Agradeço a esta instituição, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),

aos funcionários técnicos administrativos e especialmente aos docentes da minha grade

curricular. Ou seja, agradeço a todos os que fazem parte desta Universidade, pelo trabalho e

os ensinamentos depositados nessa jornada que está apenas se iniciando;

Agradeço ao professor de Metodologia, aos meus coorientadores (outros professores)

e a minha orientadora oficial, que em um mar de dúvidas e incertezas, ajudou-me neste árduo

trabalho, mas que pude através dele compreender melhor os aprendizados ao longo do curso;

Agradeço a gestora de RH da empresa RECICLA (Indústria e Comércio de Metais

LTDA) pela atenção, depositada em contribuição e liberdade para que eu pudesse realizar este

estudo e, por conseguinte concluir o curso de Administração consciente de que fiz minha

parte apreendendo a dar sempre o melhor de mim;

Agradeço aos profissionais que depuseram do seu tempo para não só responder aos

questionários, mas pela acolhida e socialização dentro da instituição;

Enfim, todo este trabalho é dedicado a vocês, pessoas, que de maneira direta ou

indireta, contribuíram significativamente para meu desenvolvimento enquanto aluno e,

principalmente, quanto pessoa.

“O prazer no trabalho aperfeiçoa a obra”

Aristóteles

RESUMO

Estudar a qualidade de vida no ambiente de trabalho é refletir sobre os impactos que sua

aplicação pode proporcionar à vida de um ser humano no seu dia-a-dia no ambiente de

trabalho. Hoje, aumentar a valorização pessoal e profissional de um colaborador despertando

nele o sentimento de ser parte fundamental na realização dos objetivos da empresa, é mais que

um diferencial, é torná-los peça importante no caminho para o sucesso da organização. Dessa

forma, o presente trabalho visa avaliar numa empresa de São Gonçalo do Amarante/RN, a

visão dos colaboradores e do (a) gestor (a) do setor de RH, quanto o conceito de Qualidade de

Vida no Trabalho (QVT) e se há na organização estudada ações ou atividades de QVT, bem

como modelos ou métodos de estudo nessa área, de modo que sejam capazes de agirem como

implementadores ou facilitadores nesse processo contínuo de melhorias no relacionamento

interpessoal dentro de uma organização. A pesquisa caracteriza-se como subtipo estudo de

caso, por consistir no estudo profundo de poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e

detalhado conhecimento, e do tipo quantitativo-descritiva, que busca na realidade apurada dos

dados da empresa RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA) entender de forma

adequada à natureza de um fenômeno social, no caso a Qualidade de Vida no Trabalho

(QVT). Dessa forma, após a pesquisa, foi possível identificar que há sim atividades de QVT

na empresa analisada, o que a organização pode melhorar que virá a causar mais impacto em

suas ações é o fato da idealização mais voltada para a divulgação do conceito e da

importância dos impactos positivos que a aplicação da QVT vem ocasionando de bom na

vivência da empresa e o que suas ações podem ocasionar cada vez mais em suas vidas, seja no

lado profissional ou pessoal em bem-estar.

Palavras-Chaves: percepção, qualidade de vida, trabalho.

ABSTRACT

The quality of life study in the workplace is to reflection on the impacts that your application

can provide the life of a human being in the day by day of their working environment. Today,

enhance personal and professional development of a collaborator arousing in him the feeling

of being a fundamental part in achieving the objectives of the company, it's more than a

difference, is to make it play important on the way to the organization's success. In this way,

the present work aims to evaluate in a company of São Gonçalo do Amarante/RN, both the

vision and the employees of the Human Resources department manager, as the concept of

Quality of Work Life (QWL) and his actions or activities within that company, as well as

models or methods of study in this area, so that they are able to act as implementers or

facilitator in this continuous process improvements in interpersonal relationships within an

organization. The research is characterized as subtype case study, for being a deep study of a

few objects, thus allowing its broad and detailed knowledge. It is also quantitative-descriptive

research, seeking, in fact ascertained the company's data RECICLA (Industry and Commerce

of Metals LTD), properly understand the nature of a social phenomenon, in case the Quality

of Work Life (QWL). After research, it was possible to identify that in the analyzed company

there QWL activities and to improvement, the organization may invest in actions directed for

the dissemination of the concept and the importance of the positive impacts that the

implementation of QWL is causing in the experience of company, and the welfare, that their

actions can generate increasingly in their lives, whether professional or personal side.

Keywords: perception, quality of life, work.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 - Modelo de QVT de Walton (1973)................................................................... 37

Quadro 2 - Critérios e Sub-critérios da QVT...................................................................... 40

Quadro 3 - Qualidade de vida no trabalho X produtividade no modelo de Huse &

Cummings............................................................................................................................ 42

Quadro 4 - Ideias geradas a partir do exercício proposto..................................................... 45

Quadro 5 - Identificação das respostas dos objetivos da pesquisa no questionário

aplicado................................................................................................................................ 50

Quadro 6 - Identificação do Perfil: idade............................................................................. 52

Quadro 7 - Identificação do Perfil: sexo.............................................................................. 52

Quadro 8 - Identificação do Perfil: estado civil................................................................... 53

Quadro 9 - Abordagem Biológica: fator crítico 1 do conceito de QVT............................... 54

Quadro 10 - Abordagem Psicológica: fator crítico 1 do conceito de QVT.......................... 55

Quadro 11 - Abordagem Social: fator crítico 1 do conceito de QVT.................................. 56

Quadro 12 - Abordagem Organizacional: fator crítico 1 do conceito de QVT.................... 57

Quadro 13 - Abordagem Organizacional: fator crítico 2 do conceito de produtividade...... 60

Quadro 14 - Todas as Abordagens: fator crítico 3 do conceito de legitimidade.................. 61

Quadro 15 - Todas as Abordagens: fator crítico 4 do conceito de perfil do gestor............. 62

Quadro 16 - Todas as Abordagens: fator crítico 3 do conceito de legitimidade.................. 63

Quadro 17 - Todas as Abordagens: fator crítico 4 do conceito de perfil do gestor............. 65

Quadro 18 - Abordagem Psicológica: fator crítico 5 do conceito de Práticas e Valores..... 67

Figura 1 - Fachada da RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA)....................... 15

Figura 2 - Aniversariantes do mês....................................................................................... 58

Figura 3 - Palestra de segurança SESMET.......................................................................... 64

Figura 4 - Ação semana interna de prevenção de acidentes do trabalho (SIPAT)............... 66

Figura 5 - Ação da páscoa.................................................................................................... 69

Figura 6 - Ação dia das crianças......................................................................................... 70

SUMÁRIO

LISTA DE ILUSTRAÇÕES............................................................................................... 9

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................ 12

1.1. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO............................................................ 15

1.1.1. Um Breve Histórico da Recicla, Indústria e Comércio de Metais LTDA................ 15

1.2. CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA DA PESQUISA....................................... 17

1.3. OBJETIVOS................................................................................................................. 20

a) Geral:.............................................................................................................................. 20

b) Específicos:..................................................................................................................... 20

1.4. JUSTIFICATIVA DO ESTUDO................................................................................. 20

2. REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................... 23

2.1. O SENTIDO DO PODER DO TRABALHO NA VIDA HUMANA......................... 24

2.2. GESTÃO DE PESSOAS (GP): UMA FORMA MODERNA DE UM

RELACIONAMENTO MAIS COMPROMETIDO COM OS MAIORES RECURSOS

HUMANOS DA ORGANIZAÇÃO...................................................................................

27

2.3. QUALIDADE DE VIDA: RECONHECENDO COMO UMA RIQUEZA

PESSOAL E ORGANIZACIONAL...................................................................................

30

2.4. QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO (QVT): UM BREVE

HISTÓRICO.......................................................................................................................

33

2.5. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO SOBRE O USO

DE DOIS MODELOS: ABORDAGEM DE WALTON (1973) E HUSE &

CUMMINGS (1985)...........................................................................................................

37

2.6. APLICAÇÃO DO BPSO-96 COMBINADO COM O BEO EM PROL DE UMA

GESTÃO MODERNA DE QVT NA VISÃO DE LIMONGI-FRANÇA &

KANIKADAN (FEA/USP, 2006........................................................................................

43

2.7. SÍNTESE DE DOIS ESTUDOS SOBRE O TEMA DA AMOSTRA:

RESULTADOS VERSUS AUTORES...............................................................................

46

2.7.1. Síntese do Estudo 1 - Relacionamento Interpessoal e o Trabalho em Equipe: uma

análise sobre a influência na qualidade de vida no trabalho...............................................

46

2.7.2. Síntese do Estudo 2 - Qualidade de Vida no Trabalho, Satisfação Profissional

Saliência das Actividades em Adultos Trabalhadores........................................................

47

3. METODOLOGIA..........................................................................................................

48

3.1. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA...................................................................... 48

3.2. POPULAÇÃO E AMOSTRA...................................................................................... 49

3.3. DADOS E INSTRUMENTO DE COLETA................................................................ 49

3.4. TRATAMENTO ESTATÍSTICO E FORMA DE ANÁLISE..................................... 51

3.5. ESTUDO PILOTO....................................................................................................... 51

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS..................................................

52

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.........................................................................

71

REFERÊNCIAS..................................................................................................................

73

APÊNDICES.......................................................................................................................

79

Apêndice A - Roteiro de Entrevista a Gestora do Setor de RH da Empresa

RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA)..........................................................

8

80

Apêndice B - Roteiro de Entrevista aos Colaboradores da Empresa RECICLA

(Indústria e Comércio de Metais LTDA)............................................................................

8

81

Apêndice C – Encaminhamento................................................................................ 86

Apêndice D - Termo de Autorização de Entrevista................................................... 87

12

1. INTRODUÇÃO

Diante de um contexto global idealizador e competitivo em que se encontra a

sociedade nos dias atuais a busca pela felicidade ou bem-estar em algum ambiente que se

passe a maior parte do dia, por mais simples que seja é uma tarefa de luta diária e quando essa

busca é no trabalho é mais complexo ainda. Vários são os fatores que condicionam as pessoas

a irem de encontro com o sentimento na vida pessoal, e não sendo diferente, também no lado

profissional.

Por isso que a qualidade de vida no trabalho tem sido utilizada como indicador

das experiências humanas no local de trabalho e do grau de satisfação das pessoas que o

desempenham. [...] Atualmente, o conceito de qualidade de vida no trabalho está sendo

adotado pelas organizações que buscam ser altamente competitivas em mercados cada vez

mais globalizados. Hoje há uma unanimidade na certeza que o fator humano é o principal

elemento diferenciador, e o agente responsável pelo sucesso de todo e qualquer negocio

(GONÇALVES; MIRANDA; et al., 2012b, p. 65).

Assim, quando uma organização busca reconhecer a qualidade de vida no trabalho

com a proporção de satisfação, saúde, autoestima, respeito, relacionamento interpessoal

organizacional estável, e etc. Ela busca suprir no ambiente de trabalho além da necessidade

que o ser humano tem de trabalhar por questões de sobrevivência, mas também por prazer

pelo que realizam na empresa.

Utilizar-se da Qualidade de Vida no Trabalho é mostrar que o mesmo deve

apresentar um sentido mais profundo e não superficial. Hoje o trabalho possibilita de modo

geral e específico uma análise através dos resultados apresentados do quanto à qualidade de

vida cria uma importância em satisfação para o funcionário e valor para a organização. E que

quando se trabalhado dentro de uma organização, possibilita a obtenção de um nível de bem-

estar humanizado e sem muita pressão no ambiente de trabalho.

Handy (1995, apud RONCHI, p. 23, 2010) ressalta essa questão do trabalho com

prazer quando fala da mudança da visão sobre o trabalho de hoje como diferente de

antigamente, pois ele retrata que a organização não é mais um lugar aonde se vai, mas sim

algo que se faz.

Com isso, satisfazer-se atualmente no exercício de suas atividades no ambiente de

trabalho tornou-se uma motivação para a maioria dos colaboradores, e não apenas o

suprimento de suas necessidades básicas no que desrespeito à troca da mão de obra por

13

salário, uma das bases de Abraham Maslow na década de 1940, que sugeriu a formação de

uma Pirâmide da Hierarquia das Necessidades. Nesse caso de troca do trabalho apenas pelo

salário na primeira base, a da necessidade biológica e fisiológica de comida, água, ar, sono e

sexo.

Hoje as organizações passam a observar mais este contexto e cada vez mais

buscam trabalhar sob a importância do colaborador na tentativa de propor uma mudança

pessoal e profissional perante o relacionamento com seus subordinados e, por conseguinte,

com seus clientes. E fala hoje sobre a qualidade de vida no trabalho e o seu impacto na vida

das pessoas, é falar de um programa que vem conquistando seu destaque nos dias atuais no

âmbito organizacional.

Assim, na medida em que a gestão administrativa de uma organização busca no

uso de boas práticas no trabalho esse alcance, às chances dela aumentam quanto à conquista

de um trabalho mais abundante, significativo e de qualidade na execução do produto ou

serviço.

O papel do estudo da qualidade de vida no trabalho é fundamental na conquista

dos clientes externos e internos da organização. Sendo os internos os seus funcionários,

pessoas responsáveis por suprirem às expectativas dos clientes externos (pessoas fora da

empresa, mas que a mantêm financeiramente por meio de compras), e por agregarem valor

adicional às vendas ou serviço prestado gerando uma imagem positiva da empresa, e de certa

forma influenciando decisivamente nos estímulos posteriores dos novos consumidores,

porque não, futuros clientes da organização.

Então para que uma sociedade empresarial, independente de qual seja o seu

segmento, passe a tornar seus funcionários meros colaboradores, pessoas leais com a

estratégia da empresa, fiéis com seus valores e satisfeitos com o trabalho que desempenham,

ela deve utilizar-se do entendimento da QVT para reconhecer o colaborador como primeiro

cliente da organização. E subentenderá que o mesmo também reconhecerá os consumidores

em primeiro lugar, e isso é investimento nas pessoas (CLAUS MOLLER, 2008, apud

CHIAVENATO, 2008, P.487).

Dessa forma, a QVT vem a ser um meio que torna o trabalho em equipe mais

vantajoso, a liderança perante seus subordinados uma ancora sustentadora dos mais variados

desafios existente num relacionamento interpessoal, etc. De modo que o ambiente sempre seja

sadio e com gestores que passem a reconhecem bem seus liderados e com eles, o alcance dos

objetivos organizacionais. Por isso, que ter a visão dos colaboradores como clientes internos

da empresa é buscar em constante a satisfação no trabalho; comprometidos com o sucesso da

14

organização; ao mesmo tempo em que são capazes de satisfazer e envolver os clientes

externos da empresa tornou-se hoje um diferencial competitivo no mercado organizacional.

Dessa forma, o presente trabalho visa sob o olhar de uma empresa de São Gonçalo

do Amarante/RN, avaliando-se a percepção dos colaboradores quanto o conceito de

Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) observando também a aplicação da QVT nas ações da

empresa RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA) com os seus colaboradores.

Serão abordados na pesquisa os conceitos relacionados com a Qualidade de Vida

no Trabalho (QVT), de modo que estes sejam capazes de agirem como implementadores ou

facilitadores no processo de compreensão e da importância dessa temática para o bem-estar

dos colaboradores, bem como das organizações.

Kanaame (1999) explica sobre essa importância do entendimento da satisfação

como sendo de atenção para as organizações, pois apenas o colaborador satisfeito é capaz de

gerar uma produtividade efetiva e um envolvimento maior com o seu trabalho. Mas, ele

também reconhece que a aplicação da QVT também afeta a capacidade do colaborador em se

tornar mais produtivo e, por conseguinte satisfeitos e valorizados na organização. Ele

compreende que a QVT está vinculada às necessidades humanas e a satisfação, na

abrangência de sentimentos, percepções e recursos materiais como o salário.

Outro autor que reforça esse entendimento é Basso (2010, p. 02) quando fala que

quando o nível de QVT é percebido pelo trabalhador produz resultados importantes para a

organização, podendo interferir no serviço e na produção. E com isso compreenderá que,

proporcionar um ambiente de trabalho mais agradável por meio da satisfação e da QVT, é

afetar positivamente no ambiente trabalho.

Daí a importância da organização compreender a QVT sob suas duas posições

antagônicas, segundo Chiavetano (2008): “de um lado, a reivindicação dos colaboradores

quanto o bem-estar e satisfação no trabalho e, de outro, o interesse das organizações quanto

aos seus efeitos potencializadores sobre a produtividade e a qualidade. [...] representando o

grau em que os membros da organização são capazes de satisfazer suas necessidades pessoais

através do seu trabalho organizacional”.

Em suma essa pesquisa em questão está dividida em capítulos principais.

Primeiramente, é apresentada a parte introdutória do trabalho, constando a caracterização da

organização analisada; a contextualização e o problema da pesquisa; os objetivos geral e

específico e a justificativa do estudo.

Em seguida, encontra-se o referencial teórico, que apresenta a revisão da literatura

de onde serão explicados e apresentados por meio de um embasamento teórico os referentes

15

temas em questão. No terceiro capítulo expõe a metodologia utilizada na pesquisa, abordando

a caracterização da pesquisa, o plano de coleta de dados e análise dos dados. E, por fim, na

elaboração do mesmo, constam-se as referências bibliográficas, anexo e apêndices utilizados.

1.1. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

1.1.1. Um Breve Histórico da Recicla, Indústria e Comércio de Metais LTDA

Dentre várias indústrias do ramo dos metais encontra-se a RECICLA, uma

organização que tem como atividade principal a produção de artefatos e estampados de metal,

além de desenvolver atividades secundárias como: comércio atacadista de resíduos e sucatas

metálicas; recuperação de materiais metálicos, exceto alumínio e a recuperação de sucatas de

alumínio. Abaixo segue a figura 1. que ilustra a fachada da empresa analisada na pesquisa.

Figura 1 Fachada da RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA).

A RECICLA é uma indústria carregada por um vínculo familiar desde 1975 que

foi se expandindo gradativamente, através de Sr. Manoel Patrício de Medeiros sendo uma das

empresas que fazem parte do GRUPO PATRICIO’S.

As atividades comerciais desse grupo iniciaram-se como uma ação de um simples

comprador de sucata em sua residência e com o passar do tempo, mas precisamente em Julho

de 1996, foi dando continuidade ao seu trabalho com êxito originando mais uma empresa a

16

compor o grupo, que foi a PATRICIO’S METAIS sendo esta uma empresa que atua na área

de compra e venda de metais não ferrosos e que posteriormente ampliou sua variedade de

produtos entrando na linha de materiais de alumínio para serralheria e tornearia.

Daí por diante, o sucesso no ramo logo se expandiu e em seguida surgiu a

COMEL situada na cidade de Mossoró-RN e a COMFEL, localizada na cidade de Fortaleza

(CE). Ambas atuam no mesmo ramo de atividade. Assim mantendo-se na fase de expansão o

grupo cria mais uma empresa, a COMCEL comércio de materiais elétricos LTDA, só que

desta vez uma empresa voltada mais para o ramo da construção civil.

E foi assim que mas tarde o grupo visando à perspectiva de crescimento do

mercado de reciclados, criou no ano de 2009 a empresa RECICLA Indústria e Comércio de

Metais com a perspectiva de crescimento do mercado de reciclados assumindo também um

compromisso ambiental que defende o lema: “Preservar hoje para garantir o amanhã.” E por

fim no ano de 2011 o grupo faz a aquisição da Indústria NORDESTE CABOS voltados à

fabricação de fios e cabos.

Enfim, com 39 anos de existência, o GRUPO PATRICIO’S preza pelo bom

relacionamento junto a seus colaboradores, gerando benefícios, estabilidade, capacitação e

crescimento profissional o que confere o seu sucesso no mercado.

Então, foi dessa forma que a RECICLA tornou-se uma das empresas dentre as do

GRUPO PATRICIO’S de crescente sucesso estabelecendo-se no mercado como umas das

principais indústrias de metais do Estado do Rio Grande do Norte. Hoje ela é uma empresa

que busca o aprimoramento profissional, incentiva os seus colaboradores a investirem em

cursos profissionalizantes e que, portanto alimenta-se do desejo de aprimoramento continuo

enquanto organização, conjuntamente aos seus principais parceiros diretos, os seus

funcionários, meros colaboradores da organização pessoas pelos quais a empresa proporciona

a prática de programas de qualidade de vida no trabalho (QVT).

E para tanto, é a empresa RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA) a

estudada com o propósito de realizar levantamentos das práticas vivenciadas no programa de

qualidade de vida no trabalho. Uma empresa localizada na Rua Projetada, s/n, Parque

Industrial Lote 231 a 237 - Quadra 10 no município de São Gonçalo do Amarante/RN e que

conta com 105 funcionários, conforme dados fornecidos pelo Recurso Humano (RH) da

empresa, distribuídos entre os setores: Administrativo, Financeiro e de Produção.

17

1.2. CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA DA PESQUISA

Estudar o trabalho e a qualidade de vida é refletir sobre os impactos que essas

variáveis podem proporcionar a vida de um ser humano no seu dia-a-dia, tendo em vista que é

no trabalho onde o ser humano passa a maior parte do seu tempo.

Com base nessas temáticas e seguindo o pensamento de Hamptom, Detoni,

Rodrigues, Kanaame, Ronchi e dentre outros que serão citados no decorrer da pesquisa,

observa-se que os seus estudos Tiveram e têm uma grande importância no âmbito

organizacional desde a Revolução Industrial, como um marco precursor para a nova visão de

mudança das relações dos sentimentos do trabalhador com o seu trabalho até os dias atuais.

Assim para confirmar essas afirmações Detoni (2001, apud SILVA, p. 13, 2012)

se posiciona acerca do tema QVT dizendo que: “a preocupação com a QVT existe desde os

primórdios da vida humana, objetivando facilitar ou trazer satisfação e bem-estar ao

trabalhador no processo de execução dos seus deveres”.

Para esses autores a compreensão sobre as temáticas abordadas tem um

surgimento proveniente de muitos anos atrás, Oliveira (2012) cita que é desde a pré-história.

E, portanto até hoje se procura com o aprimoramento desses estudos de forma mais

abrangente e sistemática possível para que se atinja em constante os objetos tanto do

empregador como do empregado, hoje colaborador da organização.

De acordo com Chiavenato (2008) o grande diferencial, a principal vantagem

competitiva das empresas, decorre das pessoas que nelas trabalham. E ele tinha razão sobre

esse entendimento, pois nos dias atuais a ideia central é a de resgatar o sentido da existência

humana através da valorização do indivíduo como sendo um dos maiores ativos de uma

organização.

E no desenvolvimento desse novo perfil sobre o trabalho que Rochi (2010, p. 43)

comenta sobre o trabalho como um dos meios fundamentais que declaram o indivíduo à sua

natureza humana-social; portanto, é importante pensar no significado que este indivíduo

atribui a seu modus operandi. Através das suas experiências, valores, crenças e pressupostos,

cada indivíduo vai criando o significado particular do trabalho, que nada mais é do que as

representações singulares construídas acerca deste modus, sempre movido em busca do afeto

e aceitação e em prol da saúde física e mental.

Face ao exposto, o trabalho é visto como uma atividade além da remuneração, que

considera as expectativas e as necessidades pessoas, bem como a busca a satisfação através

18

dele, bem como outras variáveis que colaboraram para que o trabalho exista hoje com um

novo significado, mesmo que intrínseco.

A cada dia aumentasse o número de empresas que buscam nas novas tecnologias e

nos métodos inovadores de gestão, como manter um relacionamento melhor que atinja as

necessidades da empresa, bem como as dos funcionários. Sobre esse estudo várias técnicas

e/ou métodos são analisados de modo que impulsionem com inteligência competitiva uma

ideia organizacional, e que, com ela se crie um valor para a organização.

Nessa mesma linha de raciocínio Hamptom (1991, apud SILVA, p. 17, 2012) é

citado apenas para complementar o entendimento sobre a temática analisada na pesquisa,

como sendo “altamente relevante para o estudo do comportamento humano, da motivação dos

indivíduos e da satisfação no ambiente de trabalho” e porque não, qualidade de vida no

trabalho.

Dessa forma, uma gestão que se preocupa com o bem estar do seu colaborador,

ela passa a compreender o quão é importante trabalhar na empresa a busca pela satisfação e a

qualidade de vida no trabalho (QVT) uma vez que, por meio de uma análise de dados e a

criação de métodos estratégicos passe a tornar as pessoas mais capazes de ajudar o gestor a

lidar com os seus recursos, capacidades e competências na organização.

Quando uma organização busca aguçar em seus funcionários sentimentos como,

bem-estar, prazer, disposição, realização e foco efetivo nos objetivos pessoais e

organizacionais, ela proporciona ao entendimento do colaborador o quanto o mesmo é

importante para a organização. Mas para que esse entendimento de fato exista é necessário

compreender o significado da qualidade de vida no trabalho, bem como da satisfação que o

saber sobre o mesmo pode proporcionar aos colaboradores quando bem aplicados,

possibilitando a existência de um relacionamento sadio buscando em constante amenizar os

conflitos que porventura venham a surgir no dia a dia no seu ambiente de trabalho.

Quanto ao alcance dos aspectos sobre salário, condições físicas e materiais de

trabalho, diante das regras organizacionais, só proporcionam a maximização de riqueza para

ambos se suprirem a mais que os fatores essenciais de sobrevivência. Então, basicamente de

certa forma falar sobre qualidade de vida no trabalho, é também analisar como as pessoas se

sentem quanto satisfeitas com a execução de determinada tarefa no ambiente de trabalho.

Um dos vários autores que estudou sobre os efeitos e conceitos que tentam até os

dias atuais explicar o comportamento das pessoas em situação de trabalho foi de Frederick

Herzberg, quando criou a teoria dos dois fatores (fatores motivacionais ou intrínsecos, sendo

os que agradam e os que provocavam insatisfação, chamados fatores higiênicos e os fatores

19

extrínsecos tais como, benefícios e remuneração), e isso foi apenas o começo do estudo da

QVT. Com o passar do tempo foi se modificando, e hoje, retrata um sentimento intrínseco ao

ser e, por exemplo, os fatores extrínsecos citados por Frederick Herzberg, já não são mais tão

determinantes para o trabalhador.

Com isso, o significado da qualidade de vida no trabalho é proveniente de um

estudo mais antigo ligado às práticas saudáveis que proporcionem bem-estar no ambiente de

trabalho seguido de uma satisfação com características e perceptivas positivas em atitudes no

comportamento das pessoas. Assim, desenvolver mutuamente a superioridade para com seus

colaboradores contribui para o surgimento de uma motivação em equipe, de modo que o

mesmo venha a estimular no funcionário o comprometimento e a confiança, de que a empresa

fornecerá valores como segurança, sentimento de valor ao trabalho realizado, respeito, bem

como o aumento do estímulo da satisfação e, por conseguinte, da qualidade de vida no

trabalho.

O gestor deve saber como lhe dá com o papel dessas ferramentas impulsionadoras

para um ambiente de trabalho mais favorável, bem como o quanto o trabalho em conjunto

com o sentimento de bem-estar e qualidade de vida, facilitará um alcance positivo no

desempenho organizacional. E com o surgimento da junção desses estudos em torno dos

temas citados anteriormente, é que se compreende que os dois encaminham em prol de um

bem-estar organizacional que encontra características diversas na condução desse objetivo

estratégico.

Num estudo recente Basso (2010, p. 10) comenta que “as conceituações em torno

do tema, QVT, englobam uma série de variáveis em enfoques no grau de satisfação da pessoa

com a empresa, condições ambientais gerais e promoção da saúde”.

Isso apenas engrandece a importância das organizações em estudarem sobre a

qualidade de vida no trabalho (QVT), de modo que os mesmos possam fidelizar os clientes

essências da empresa, os colaboradores. E partir de então observar que a construção da

qualidade de vida no trabalho ocorre no momento em que se olha a empresa e as pessoas

como um todo, o que muitos autores chamam de enfoque biopsicossocial, Vasconcelos (2001)

é um deles.

Conforme ressaltado sobre esses temas tão importantes para a vida profissional e

pessoal no âmbito de qualquer organização, e diante dessa relevância visando um melhor

desempenho funcional/profissional seguido de uma realização pessoal, é que este trabalho

busca responder o seguinte questionamento: Qual a percepção dos colaboradores da

20

empresa RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA) sobre o conceito de

Qualidade de Vida no Trabalho (QVT)?

1.3. OBJETIVOS

a) Geral:

Avaliar a percepção dos colaboradores quanto o conceito de Qualidade de Vida no

Trabalho (QVT) observando também a aplicação da QVT nas ações da empresa RECICLA

(Indústria e Comércio de Metais LTDA) com os seus colaboradores.

b) Específicos:

Identificar o perfil dos colaboradores;

Identificar a percepção do responsável do setor de Recursos Humanos sobre a qualidade de

vida no trabalho (QVT);

Constatar se na organização ocorre alguma atividade que proporcione QVT;

Averiguar os esforços da organização para o desenvolvimento da QVT;

Verificar a visão dos colaboradores quanto o seu trabalho; sua saúde; bem-estar; relação

familiar; participação; produtividade; compensação; imagem e respeito à organização.

1.4. JUSTIFICATIVA DO ESTUDO

A escolha do tema deve-se ao fato do despertar curioso de se ouvir falar tanto em

programas de qualidade de vida no trabalho, bem como da opinião dos trabalhadores acerca

da sua aplicação no ambinete de trabalho. Daí a verificar se a existência da QVT impacta em

satisfação, moral, produtividade, participação e compensação quanto a tangente em bem-estar

na vida pessoal e profissional do trabalhador.

Assim, lendo sobre qualidade de vida no trabalho na perpectiva dos diversos

autores estudiosos na àrea, tais como Chiavenato; Eda Fernandes; Limongi-França; R.

21

Walton; W. Westley; J. R. Hackman; G. R. Oldham, e tantos outros citados no decorrer do

trabalho, foi que surgiu a ideia de se avaliar a percepção dos colaboradores de uma

determinada organização quanto o conceito e a aplicação da qualidade de vida no ambiente de

trabalho, não como um fator gerador “automático” apenas no ambiente de trabalho, mas como

uma condicionante que influencia o bem-estar no ambiente da vida pessoal e profissional.

Porque sentir prazer pelo o que se faz, faz toda a diferença para o colaborador e para a

organização e assim todo mundo ganha com isso.

Vê se a organização trabalha esse lado do orgulho do colaborador em participar da

empresa como profissionais, e se a mesma gera incentivo para que os colaboradores venham

ter atitudes empreendedoras com visão no futuro.

Esse estudo serve também para observar se a empresa acompanha os

colaboradores lhes proporcionando, com limite, a liberdade e autonomia de gestão sobre seus

próprios projetos. Uma vez que essa liberdade pode proporcionar mais comprometimento e

uma verdadeira obsessão por qualidade e resultados positivos e assim, fazer com que cada

colaborador se sinta intimamente ligado aos objetivos do negócio organizacional.

Por isso que o trabalhador de hoje quer ser reconhecido e respeitado como um ser

humano que vê o trabalho não apenas como retorno financeiro, mas também como retorno

edificador do ser humano. Estudar a qualidade de vida no trabalho tornou-se uma das questões

fundamentais na busca pelo bem estar do trabalhador nos dias atuais.

Costa (2003) segue essa linha de raciocínio quando descreve sobre o conceito

humanização no ambiente de trabalho, como sendo de fundamental importância para as

organizações por significar o respeito pelo trabalhador enquanto pessoa, enquanto ser

humano, valorizando-o em razão da dignidade que lhe é intrínseca.

Em outras palavras o que Costa quer dizer é que quando uma empresa busca dos

seus colaboradores o respeito e por que não a existência de uma “paixão” pelo que faz no

trabalho, todos se sentem comprometidos e realizados, e isso para a empresa é um modo de

expressar o quanto o colaborador é importante. Assim, compreende-se que quando as pessoas

se sentem valorizadas por suas iniciativas e capacidades realizadas, passam a ter uma visão

mais sistêmica da organização e dos mercados, bem como foca mais no cliente, pois fazem o

que gostam e por isso buscam um aprendizado contínuo.

Afinal hoje, o grande capital das organizações é a representação de pessoas

capacitadas, aptas, equilibradas, sadias, criativas, integradas e motivadas para o trabalho

dentro da organização. Como pode ser observado esse fato nas afirmações de Carvalho (2013,

p. 211) que fomenta que o ser humano passou a ser classificado como capital humano. Se

22

antes ele não era tão considerado, e, lamentalmente, também era visto como despesa ou como

um gerador de custos, tornou-se, rapidamente, a essência das atividades organizacionais e

extremamente importante para a busca dos indicadores programados para o sucesso

empresarial.

“A organização nos locais de trabalho deveria ser elemento norteador das relações

de trabalho, em vista da introdução de novas tecnologias e da automação cada vez mais

intensa que se observa nos setores produtivos mais modernos. Assim, é inadmissível falar em

qualidade do produto sem tocar na qualidade dos ambientes e condições de trabalho, o que

seria sobremaneira auxiliado pela democratização das relações sociais nos locais de trabalho”

(BAILL, 2007, p. 32).

Por isso que, estudar sobre a QVT é por se tratar de ferramentas que servem como

termômetro de medição do grau da satisfação dos colaboradores e, ainda, o de poder propor

alternativas de desenvolvimento profissional e pessoal criativo em melhorias nos

relacionamentos interpessoais. Tais fatores como estes, são relevantes para o desempenho de

uma excelência tanto para a organização quanto para os colaboradores.

Poder proporcionar a empresa RECICLA (Indústria e Comércio de Metais

LTDA), um apurado de dados relevantes que servirá de motivação para a criação de novas

práticas administrativas, é poder contribuir cada vez mais para a existência de um ambiente

que forneça aos colaboradores e a organização bem-estar com saúde; satisfação; qualidade de

vida; desenvolvimento profissional e pessoal; criatividade e melhorias nos relacionamentos

interpessoais.

Após a análise a empresa poderá identificar no ambiente de trabalho como está à

situação quanto à avaliação a percepção dos colaboradores quanto o conceito de Qualidade de

Vida no Trabalho (QVT) observando também a aplicação da QVT nas ações da empresa

RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA) com os seus colaboradores. Isso

contribuirá para um desempenho de excelência tanto para a organização quanto para os

colaboradores sob uma visão compartilhada em conjunto que buscar o conhecer dos

problemas das pessoas e da organização, bem como contribui para o surgimento de mais

ideias de melhorias.

E é justamente nessa visão compartilhada de bem-estar que a qualidade de vida no

trabalho face ao exposto apresenta a seguinte pesquisa com a pretensão de ser como uma

condutora na contribuição do amplo aprendizado acadêmico e profissional no estudo da

análise na empresa RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA).

23

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Quando se pensa ou se fala tudo que envolve a gestão administrativa, percebe-se

que a todo instante, novas pesquisas são realizadas e que os temas que envolvem a área,

sempre estão mais atuais ao desenvolvimento da sociedade. Contudo, diante desta

dinamicidade existente no seio dessa área, observa-se que a busca pela compreensão e o

aprimoramento do âmbito organizacional vem sendo uma das linhas de pesquisa mais

pertinentes e atuais sobre a qualidade de vida no trabalho no ambito organizacional.

Diante de uma sociedade, onde as organizações estão passando por grandes

transformações, existe a necessidade de se buscar soluções para aumentar sua

eficácia e sobreviver no mercado cada vez mais competitivo. Para que isso ocorra é

fundamental que as empresas encontrem ou criem maneiras de fazer com que seus

colaboradores, se comprometam, queiram aprender e se dediquem àquilo que fazem,

com mais entusiasmo, para que com isso possam atingir os resultados esperados, por

sinal cada vez mais desafiadores (BAILL, 2007, p. 10).

Para Cavassani (et al, 2006, p.3) a busca constante por um ambiente humanizado é

uma entre as tantas atribuições da QVT. A ideia básica consiste em aproveitar as habilidades

mais refinadas dos trabalhadores, buscando assim um ajustamento entre tecnologia, tarefas e

empregados.

Assim, o presente trabalho de pesquisa, proposto por um estudo fundamentado em

conceitos organizacionais da área de Recursos Humanos (RH), hoje Gestão de Pessoas (GP),

aborda nessa monografia uma análise sob o trabalho, reforçando o olhar sobre a Qualidade de

Vida no Trabalho (QVT), bem como possui a necessidade de entender qual a intenção política

dessa temática para o âmbito do relacionamento organizacional.

Dessa forma, estudar acerca do âmbito do trabalho, visando à vertente na

avaliação da percepção dos colaboradores sobre a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) é

buscar descobrir o impacto que a QVT atinge na vida pessoal destes trabalhadores.

24

2.1. O SENTIDO DO PODER DO TRABALHO NA VIDA HUMANA

Antes de iniciarmos a discussão sobre o poder que o trabalho tem sobre a vida das

pessoas, a princípio é necessário compreender o sentido da palavra trabalho. Desta forma

então de acordo com os pensamentos de Ronchi (2010, p. 34) a palavra trabalho representa

das diversas experiências de vida do ser humano, um peso influenciador no que diz respeito

ao comportamento humano. Algo distinto, por tanto visto de modo diferente pelas pessoas, o

trabalho em si, gera um sentimento intríseco que para algumas pessoas é fonte de alcance dos

desejos, ou um livramento de dores de problemas da vida, e para outros uma atividade

remunerada que possibilita a satisfação por meio de grandes conquistas tais como:

estabilidade, oportunidade de crescimento, desenvolvimento, autoestima, saúde, lazer, etc.

Assim observa-se que nos últimos anos a visão do trabalho vem se transformando

no contexto atual na sociedade, e pode-se visualizar que a busca do entendimento do sentido

da palavra, hoje não é mais apenas importante para o trabalhador, mas também para o

empregador que associa o sentimento de realização profissional como fator de sentido do

trabalho, coerente aos suprimentos pessoais e organizacionais em produtividade, qualidade e

benefícios mútuos.

Quando se busca uma explicação para o sentido do trabalho, novamente remete-se

a Ronchi (2010, p. 36), que tão bem reflete em palavras a importância que o trabalho

proporciona além do suprimento das necessidades básicas de sobrevivência. Pois o trabalho

torna o indivíduo um ser independente que controla a sua vida, por isso que boa parte da

realização do indivíduo encontra-se primeiramente na esfera do trabalho do que na vida

pessoal.

Vasconcelos (2008a), afirma que o ambiente de trabalho vem sendo

gradativamente repensado como uma comunidade na qual os seus membros interagem de

maneira intensa e frequente. Para ele os relacionamentos positivos no trabalho estão

associados a importantes benefícios.

Desta forma, as organizações que pensam em abraçar a busca por esse novo

conceito sobre o entendimento do trabalho, sedimentam as habilidades e potencializam a

relação interpessoal, bem como os desafios inerentes ao mesmo. E é nesta esfera que se

observa a existência da qualidade de vida no Trabalho (QVT) em uma organização e se a

mesma aponta sua importância como análise de um estudo mais profundidade.

25

Assim, uma vez que a organização passar a lidar melhor com o processo de

qualidade de vida no trabalho dos colaboradores, ela tende a uma abordagem de

competitividade organizacional e passa a compreender mais e melhor o seu colaborador e o

seu colaborador também passa a entender melhor o cliente da empresa, e assim segue um

circulo relação ganho a ganho.

Fernandes (1996) comprova essa ideia quando fala que a QVT abrange a

“conciliação dos interesses dos indivíduos e das organizações, ou seja, ao mesmo tempo em

que melhora a satisfação do trabalhador, melhora a produtividade da empresa”. Ou seja,

compreende-se que quando a pessoa enquanto funcionário de uma organização demonstra

estar bem e realizado com o que exerce em sua profissão, estará mais sujeito a conquistar uma

realização pessoal, pois trabalha em uma organização que lhe proporciona essas sensações de

prazer.

Como Domenico De Masi (2001, p.267) diz em suas perspectivas sobre o desafio

da QVT: “O novo desafio que marcará o século XXI é como inventar e difundir uma nova

organização, capaz de elevar a qualidade de vida e do trabalho, fazendo alavanca sobre a força

silenciosa do desejo da felicidade”. O que ele quer dizer com isso é que, é chegado o tempo

em que as pessoas buscam uma importância no trabalho e que o mesmo passe a sensação de

satisfação, de alegria com qualidade de vida.

Afinal é no trabalho que as pessoas passam uma boa parte do dia vivendo, criando

e realizando em prol de um objetivo comum, então porque não descobrir nele o prazer de sua

execução? Isso não quer dizer que essas sensações representam-se eternamente na vida do

trabalhador, apenas marcam uma passagem de sua vida, por ter feito parte de uma história

vivenciada.

Quando se fala de prazer compreende-se que ele não é completo, nem muito

menos finito, pois ele pode ser mutável até mesmo porque a pessoa pode vir a sair da empresa

e encontrar em outro local de trabalho uma nova satisfação, auxiliado a uma nova forma de

ver a qualidade de vida.

Leite & Gonçalves (2013, p. 4) ressaltam essa ideia do prazer ateando que para

que se possa alcançar uma vida de satisfações, segundo Csikszentmihalyi (1992), há que se

conseguir ter controle direto da experiência, ou seja, a capacidade de obter, instante a instante,

prazer com o que se faz, pois, de todas as virtudes que se pode aprender, nenhuma se

caracteriza como mais útil, mais essencial à sobrevivência e mais capaz de melhorar a

qualidade de vida do que a capacidade de transformar a adversidade num desafio gerador de

satisfação (SELIGMAN, 2004).

26

Assim, o que se pretende compreender nessa relação de prazer, satisfação e QVT,

é que as organizações possam num futuro bem próximo estimular o máximo possível dessa

sensação prazerosa no ambiente laboral em que a pessoa se encontra trabalhando no

momento. E dessa forma, que ela possa levar esse sentimento positivo como reflexão na

prática de suas atividades, bem como na sua vida pessoal.

O saber do lidar com o bem-estar e com a complexidade da vivência de um

relacionamento saudável no ambiente de trabalho é que condiciona a satisfação, e se há a

satisfação, de “graça” há grandes possibilidades de existir a qualidade de vida no ambiente de

trabalho agregado a uma vontade maior de produção.

É o que Frankl (apud, RONCHI, 2010) entende e enuncia sobre tal fato “a busca

do indivíduo por um sentido é a motivação primária em sua vida, e não uma racionalidade

secundária. [...] O ser humano não é alguém em busca da felicidade, mas sim alguém em

busca de uma razão para ser feliz” As evidências indicam então que o trabalho pode ser uma

necessidade primária, fruto de uma motivação também primária, ou uma necessidade que

possa propiciar autorrealização e autoestima.

Portanto diante do exposto, é pertinente e muito relevante colocar em questão a

ampliação de aspectos que favoreçam o atendimento e o desenvolvimento do ser humano

como um ser multidisciplinar, reconhecedor de suas mais variadas e amplas necessidades.

Assim Amorim (2002, p. 120-121) fala da relevância do trabalho na vida do ser,

ele acha que não importa qual profissão a pessoa exerça, o importante é realizar algo de que

goste. Pois estudos mostram que quando uma pessoa realiza algo de que gosta promove para

si a felicidade. Daí a ideia de se alocar os indivíduos em postos no ambiente de trabalho

conforme suas habilidades identificadas, visando o alcance da produtividade desejada no

planejamento organizacional.

Uma organização moderna, inteligente e inovadora respeita o seu trabalhador

como “ser humano”, e trabalhando com políticas de melhorias no ambiente de trabalho busca

em constante contribuir para a construção de um mundo mais humano e com um

desenvolvimento sustentável na organização, aonde descobrir como estimular a sensação da

satisfação é investir em qualidade de vida, e isso também representa investir no progresso da

sociedade e da economia global.

27

2.2. GESTÃO DE PESSOAS (GP): UMA FORMA MODERNA DE UM

RELACIONAMENTO MAIS COMPROMETIDO COM OS MAIORES RECURSOS

HUMANOS DA ORGANIZAÇÃO

As pessoas são definas nas organizações em que trabalham por meio de vários

cargos e/ou termos utilizados que as formulam dentro da empresa tanto no âmbito privado

como no público e dessa forma temos as seguintes expressões que nomeiam os mesmo como:

trabalhadores, operários, funcionários, empregados, servidores, pessoal, recursos humanos,

colaboradores, capital humano, capital intelectual, entre outros. Independente do nome a ser

usado, são pessoas, e, portanto merecem uma atenção necessária até mesmo porque sem uma

interação construtiva entre as pessoas na organização o alcance dos objetivos em comum

ocorrerá pela forma mais demorada e complicada possível.

A gestão de pessoas surgiu com o propósito de não ser apenas uma nomeação que

qualifica as pessoas dentro da organização. Mas assim, ser vista pela empresa como algo

crítico ao alcance do sucesso empresarial e pessoal por meio de um desenvolvimento inovador

de boas práticas de trabalho.

Para Chiavenato (2008), a gestão de pessoas (GP) é uma área muito sensível à

mentalidade que predomina nas organizações. [...] que tem como função permitir a

colaboração eficaz das pessoas que fazem parte do alcance dos objetivos organizacionais e,

por conseguinte, individuais.

Assim, a fim de desenvolver esse entendimento sobre o estudo do conceito de gestão

de pessoas é que o estudo sobre a qualidade de vida no trabalho faz com que a organização

passe a compreender a GP, como uma nova forma de se relacionar com os colaboradores que

trabalham na organização. De modo que se estabeleça a partir da aplicação dos vários

programas de relacionamento interpessoal a existência de uma nova visão mais saudável e

dinâmica dentro da organização.

Por isso, que a Gestão de Pessoas tem a responsabilidade de entender como ocorre o

relacionamento interno na organização e com as informações colhidas, criar métodos,

habilidades políticas, técnicas e práticas que administrem melhor o comportamento das

pessoas no ambiente de trabalho demonstrando a sua importância para o alcance dos objetivos

organizacionais. Sendo assim, Dalmau (2009) conclui que:

28

A percepção, por parte das organizações, de que as pessoas são o ponto central da

eficiência e da eficácia amplia a atuação da área de Recursos Humanos (RH), e faz

com que esta estabeleça efetivamente relações com a estratégia organizacional. Esse

novo vínculo com a estratégia global da empresa marca mais uma transição da área,

que a denomina Gestão de Pessoas ou RH estratégico, atuando na integração do

quadro profissional voltado para o futuro, em prol do desenvolvimento da

organização como um todo. Todo esse contexto nos mostra que o RH se transformou

em uma atividade integrada à estratégia geral das organizações (DALMAU, 2009,

p.12).

Dessa forma, a gestão de pessoas (GP) trata-se uma gestão moderna que o ser não

mais como um “recurso” humano igualado aos demais recursos empresariais dentro da

organização. Essa gestão possibilita a organização ter uma visão sob as pessoas de forma

diferente, como um elemento importante que busca em conjunto e a todo o momento o

sucesso organizacional, o seu crescimento pessoal e profissional. Enfim a autorrealização das

pessoas envolvidas nesse ambiente chamado organização, de certa forma é uma condicionante

para o sucesso administrativo das empresas.

Corroborando o que já foi dito anteriormente sobre a relação humana nas

organizações, segue a regra de ouro conforme Pierce (2001, apud VASCONCELOS, 2008, p.

111) que se lembra de um aspecto prosaico, mas que relata o porquê do respeito com as

pessoas nas relações humanas, sendo esta pela necessidade do querer do ser humano de troca,

no caso de tratar as pessoas como gostaríamos de ser tratados para que assim se exista uma

ética de reciprocidade com direitos justos e igualitários.

Por isso que, diante de um mercado tão competitivo em que as organizações se

encontram hoje, aderir a esse novo estilo de gestão organizacional é compreender que as

pessoas necessitam serem mais valorizadas por meio de estratégias que as possibilitem

atuarem no exercício de suas atividades profissionais.

Com isso, nesse processo de descoberta da qualidade de vida no trabalho do

colaborador, é que a carreira do profissional que lida no setor pessoal da organização vem a

ser importante e impactante tão quanto as demais departamentalizações da organização, no

exercício de suas funções. Também como a visão sob as pessoas, independente do nome que

venha a se chamar a gestão de pessoas em seu cargo, sempre terá a função de ser um

especialista; analista; consultor/gestor; dentro ou fora da organização na prestação dos seus

serviços, pois o mesmo apenas criará recursos novos que busque em diversas formas o

29

estimulo para que se exista no ambiente de trabalho criatividade e inovação na busca por

aquilo a ser alcançado.

Então, de forma inteligente e competitiva a organização consiga somar com o

colaborador, fazendo com que ele sinta-se que é parte importante nesse processo de gestão e

progressão da empresa, onde a sua participação na definição das políticas, estratégias e da

concepção dos projetos e processos organizacionais, é tão importante quanto à execução de

sua tarefa dentro da organização.

Embora seja compreendido que ao longo do dia-a-dia no âmbito organizacional

ocorrem ações diferentes que fazem com que as pessoas passem por momentos bons e ruins,

altos e baixos. Mas o que a gestão de pessoas deve trabalhar nesse ambiente é a ideia de que

as pessoas devem sempre buscar evoluir o pensamento, aprendendo e somando uns com os

outros para que o ideal maior no alcance organizacional e pessoal se fortaleça até que seja

atingido por completo.

Por isso que existem vários estudos sobre a gestão de pessoas que tornam a

organização mais companheira dos funcionários, meros colaboradores, cada vez mais recursos

humanos de mais valia antes dos clientes.

Do ponto de vista de Ogata (2012b) quanto à produção de um estilo de vida mais

saudável e de bem-estar no ambiente de trabalho e na vida pessoal, fomenta que não existe

limite para que a gestão de pessoas trabalhe com soluções estruturadas nesse caso, e que

quando utilizadas são como um divisor de águas na quebra das barreiras que impedem o

desenvolvimento da qualidade de vida no trabalho.

Dessa maneira, a aplicação de estratégias em boas práticas de gestão vem

comprovando suas melhorias quanto à capacidade do trabalhador em conquistar e manter para

si melhores condições de saúde e bem-estar e o fortalecimento da competitividade mediante a

manutenção da capacidade laborativa com mais produtividade dos trabalhadores no

desempenho de suas atividades.

Por isso, que diante do tema exposto imagina-se que essa nova gestão proporcione

ao gestor, melhores compreensões sobre as pessoas, sobre seus limites e atitudes que passam

formar a satisfação no trabalho dos colaboradores, bem como os estimulem no desempenho

de suas atividades oferecendo o melhor do seu talento em produtividade para a organização, e

isso representa a mesma elementos-chave no alcance do sucesso e da qualidade de vida no

trabalho.

30

2.3. QUALIDADE DE VIDA: RECONHECENDO COMO UMA RIQUEZA PESSOAL E

ORGANIZACIONAL

Apesar de ser um tema em que muito se houve falar nos dias atuais, ainda pouco

se compreender sobre o seu significado e sua real finalidade na vida das pessoas. Hoje é um

termo de temática reconhecida pela sociedade contemporânea, mas que surgiu segundo

Rodriguez & Alves (2008) na década de 90 invadindo todos os espaços, passando a integrar o

discurso acadêmico, a literatura relativa ao comportamento nas organizações, os programas de

qualidade total, as conversas informais e a mídia em geral.

Neto apud Rodriguez e Alves, (2008, p. 05) confirma o surgimento da expressão

“qualidade de vida” como proveniente de algum tempo atrás quando afirma que essa apesar

de ter surgido nos últimos 30 anos, oriundo de problemas ambientais decorrentes da

industrialização descontrolada, para ele é considerado de origem recente. Para ele, avaliar a

qualidade de vida implica na adoção de múltiplos critérios de natureza biológica, psicológica

e socioestrutural. Assim, Neto cita vários elementos apontados como determinantes ou

indicadores de bem estar, como por exemplo: longevidade, saúde biológica, saúde mental,

satisfação, controle cognitivo, competência social, produtividade, status social, renda,

continuidade de papéis familiares e ocupacionais.

Dessa forma, para esses autores e para outros estudiosos da área, a qualidade de

vida tem sido utilizada tanto para avaliar as condições de vida urbana, incluindo transporte,

saneamento básico, lazer e segurança, quanto para se referir à saúde, conforto, bens materiais,

e hoje, o bem-estar organizacional.

Assim, mediante valores, práticas e reflexões sobre as atitudes pessoais e

organizacionais, nota-se que a qualidade de vida depende de ações individuais e coletivas para

que seja transformada, pois passa a ideia de que o sujeito pode mudar seus hábitos e, com

isso, melhorar seu padrão de bem-estar e viver melhor e de maneira saudável. Além disso,

coloca que bem-estar e qualidade de vida são sinônimos ou que, pelo menos, um exerce

interferência sobre o outro. (ALMEIDA; GUTIERREZ; MARQUES, 2012, p. 15-16).

Por isso que as organizações utilizam-se da qualidade de vida sob o olhar da

satisfação com a tarefa desempenhada no ambiente de trabalho. Justamente por condicionar

ao trabalhador uma serie de emoções quando positivo que se tornam motivadoras para um

melhor e mais saudável desempenho do mesmo no ambiente organizacional. Mas para isso as

organizações devem reconhecer o seu colaborador bem como Romão (2005) diz: “como o

melhor negócio de uma organização”. Para Romão ver gente integrada na organização como

31

matéria-prima principal também é lucro, além de ser um fator primordial na geração de

resultados.

Com isso, buscar o estudo da qualidade de vida para melhorar o ambiente de

trabalho se tornou nos dias atuais algo importante por proporcionar as organizações a

descoberta do bem-estar dos colaboradores a respeito de como se sentem com o que fazem no

trabalho. O saber do sentimento de bem-estar seja ele, positivo ou negativo, condicionam a

organização criar meios estratégicos de mudanças muitas vezes apenas no cargo ou em

atitudes mais sustentáveis que impulsionem o colaborador a sentir-se bem com o trabalho e

assim gerar um retorno viável para ambas as partes.

Minayo tem uma visão et al. (2000, p.10, apud Almeida; Gutierrez; Marques,

2012, p. 19), sobre a qualidade de vida como sendo:

Uma noção eminentemente humana, que tem sido aproximada ao grau de satisfação

encontrado na vida familiar, amorosa, social e ambiental e na própria estética

existencial. Pressupõe a capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos os

elementos que determinada sociedade considera seu padrão de conforto e bem-estar.

O termo abrange muitos significados, que refletem conhecimentos, experiências

valores de individuais e coletivos que a ele se reportam em variadas épocas, espaços

e histórias diferentes, sendo, portanto, uma construção social com a marca da

relatividade cultural.

Portanto, na realidade organizacional só terá mais qualidade de vida e menor

índice de doenças físicas e mentais, os funcionários que estiverem mais satisfeitos com o seu

trabalho, e isso gera mais produtividade para a organização.

Assim, para que a qualidade de vida haja no cotidiano dessas pessoas é necessário

que as mesmas e as organizações mantenham-se em estado de sobrevivência quanto as suas

ações em criar recursos que estimulem os colaboradores num processo de valor, de modo que

seja algo favorável, feliz, duradouro e produtivo para ambas as partes, empregado e

empregador, e que suas atitudes possam ser renovadas no ambiente de trabalho.

O Núcleo de Investigação em Saúde e Qualidade de vida do Porto (UNIESEP,

2011, p. 07) define uma percepção do que seria a “qualidade de vida”. Para o mesmo a

qualidade de vida tem certamente um forte condicionamento cultural aonde cada ser humano

pode assumindo-o por meio de sua beleza, estando e sentindo-se em paz por determinados

bens [...]. Mas com limite, pois a noção do que é bom e mau, justo e injusto, agradável ou

32

desagradável varia de pessoa para pessoa. Assim sendo, a qualidade de vida implica antes de

tudo, aceitar a diversidade que caracteriza cada pessoa.

Segundo Ogata & Simurro (2009a, p. 05) uma boa qualidade de vida seria o

resultado de uma complexa interação, percebida de forma positiva, entre fatores como: estado

psicológico, expectativas, crenças, valores, relações sociais e o meio ambiente.

E é nesse jogo de sentimentos que a busca pela compreensão sobre a qualidade de

vida no ambiente de trabalho só mostra para as organizações um estudo válido que gera para o

indivíduo sensações que proporcionam um resultado importante. Porém o que condicionará se

esse resultado contribui ou não para a organização será a forma como o gestor desenvolverá a

suas políticas de boas práticas administrativas. Trabalhar com as atividades que estimulem a

qualidade de vida no e com o trabalho, é refletir individualmente e coletivamente na

existência de um bem-estar pessoal e organizacional.

Para Gonçalves e Vilarta (2004a, p. 107) fomentar acerca da qualidade de vida é

discutir sobre uma dimensão privilegiada de expressão humana, histórica e culturalmente

situada; a qualidade de vida, ainda, materializa-se nas questões objetivas e subjetivas cujo

eixo principal é o bem-estar social. Apesar das diferentes concepções de qualidade de vida, é

fundamental ter presente na análise à importância da sua dimensão política, compreendida

enquanto a expectativa de melhoria e transformação das condições concreta de existência das

pessoas.

Assim, mesmo diante de tantos estudos e da modernização ainda é notório que

muitas pessoas mantêm-se não reflitam sobre a qualidade de vida, por manterem-se num erro

quanto à escolha da sua profissão em termos de satisfação, e devido as forças desse erro

levam se para um mau desempenho dentro da organização. Então, por não gostar do que

fazem e por não reconhecerem a qualidade nisso, de certa forma não conseguem atingir na

organização em que trabalham o objetivo da empresa, mas apenas a geração da insatisfação

que acarreta males danosos quanto à qualidade de vida para si e para empresa.

Para Chiavenato (2008) o fato das pessoas permanecerem no local de trabalho

durante uma grande parte do tempo, faz com que as mesmas formem ali seu habitar. Assim,

em virtude da convivência humana não ser algo tão fácil às organizações percebem a

importância de estudarem mais sobre como melhorar em constante o relacionamento

interpessoal, na busca por satisfação proporcionada pela qualidade de vida no trabalho.

Para tanto é que nos dias atuais uma crescente quantidade de atenção tem sido

dada nas organizações quanto as necessidades em cuidados médicos, renda das pessoas, e

outros serviços. Entretanto, a qualidade de vida no trabalho de certa forma cria um limite de

33

vontade mútua. O que é bom pra mim, e o que é bom para você num geral são coisas bem

diferentes.

Nesse sentido ainda Gonçalves e Vilarta (2004a, apud Almeida; Gutierrez;

Marques, 2012, p. 19) abordam qualidade de vida pela maneira como as pessoas vivem,

sentem e compreendem seu cotidiano, envolvendo, portanto, saúde, educação, transporte,

moradia, trabalho e participação nas decisões que lhes dizem respeito.

Assim, quando valores individuais se assemelham aos valores corporativos, há

uma tendência do indivíduo se sentir mais satisfeito, com qualidade de vida e a obtendo um

melhor desempenho no trabalho (Robbins, 2004, apud VALLE, 2006, p. 28). Hoje uma

organização moderna que sabe reconhecer e lidar bem com os seus colaboradores, ela

consegue com mais efetividade o alcance dos seus objetivos organizacionais.

E para que haja a qualidade de vida no ambiente de trabalho é necessária à

existência de um relacionamento saudável com a equipe de trabalho e de oportunidade de

crescimento no mesmo. Se essa ideia for reforçada apenas quanto a sua remuneração, a carga

horária de trabalho e a responsabilidade assumida acarretarão fatores de peso para a geração

da insatisfação e não da satisfação e da qualidade de vida. Pessoas satisfeitas estão propensas

a contribuírem mais com o seu bem-estar no ambiente de trabalho, e isso é realmente positivo

para a organização.

2.4. QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO (QVT): UM BREVE HISTÓRICO

No mundo das organizações, discutir sobre a qualidade de vida no trabalho (QVT)

nos dias atuais, é discutir também sobre a produtividade, as condições de trabalho e o bem-

estar dos colaboradores, bem como falar sobre práticas de qualidade de vida no trabalho, para

aumentar a produtividade, bem-estar, saúde e satisfação no e com o trabalho.

Assim, para facilitar a compreensão completa sobre o conceito de Qualidade de

Vida no Trabalho (QVT) vale desmembrar a frase em palavras, observando primeiro o sentido

da palavra qualidade e depois da palavra vida e por fim, trabalho.

Dessa forma, de acordo com Ferreira (p.571, 2001) Qualidade é: 1. Propriedade,

atributo ou condição das coisas ou das pessoas que as distingue das outras e lhes determina a

natureza. 2. Superioridade, excelência de alguém ou de algo. 3. Dote, virtude. 4. Condição

34

social, civil, jurídica, etc.; Ou seja, é aquilo que torna algo ou alguém diferente no sentido de

superior aos demais.

Quanto à palavra vida conceituada também por Ferreira (p.710, 2001) diz que se

trata de: 1. Conjunto de propriedade e quantidades graças às quais animais e plantas se

mantém em contínua atividade; existência. 2. A vida humana. 3. O espaço de tempo que vai

do nascimento à morte; existência. 4. Um dado período da vida. 5. Biografia. 6. Modo de

viver. 7. Força, vitalidade. Neste caso, vida seria o período que mantém o indivíduo ativo

desde seu nascimento até o falecimento.

Assim, numa junção de sentidos pode-se definir a Qualidade de Vida como aquilo

que mantêm que torna o modo de viver do individuo superior, estimulante e que, portanto esta

sempre se modificando. Mas, quando a essa frase acrescenta a palavra trabalho que sentido

ela adquire?

Enfatizando esta afirmativa Freitas e Souza (2009, p.03) vem dizer que: A

Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), diretamente relacionada à satisfação e ao bem-estar

do indivíduo na execução de suas tarefas, é indispensável à produtividade e a competitividade,

sem as quais uma organização não sobrevive ao mercado. Assim Qualidade Vida no Trabalho

seria tudo aquilo que mantêm o modo de viver no ambiente de trabalho, o bem estar e que

permite alcançar um objetivo final com êxito a todos que formam a organização laboral.

De acordo com Rodrigues (1994, apud MORETTI, 2012, p.3), “a qualidade de

vida no trabalho tem sido uma preocupação do homem desde o início de sua existência com

outros títulos em outros contextos, mas sempre voltada para facilitar ou trazer satisfação e

bem-estar ao trabalhador na execução de sua tarefa”.

Já a luz da compreensão de Rossi; Quick e Perrewé (2009, p. 275-276), é mais

perceptível observar a importância e a essência dessa temática quando alcançado o seu

objetivo, ao mesmo tempo em que a organização entende que o mesmo criar um grande valor

para o ambiente buscando em constante a adequação na vivência organizacional com uma

saúde eficaz no ambiente de trabalho e, por conseguinte, o aumento de chances na obtenção

de maiores e melhores resultados em produtividade, bem-estar pessoal e profissional.

Para Limongi-França (1996, p.143) o conceito de QVT é definido pelo conjunto

das ações de uma empresa que envolve a implantação de melhorias e inovações gerenciais,

tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho.

35

Sucesso (1998, apud VASCONCELOS, 2001b, 28) reforça dizendo que a

qualidade de vida no trabalho abrange de forma geral:

Renda capaz de satisfazer às expectativas

pessoais e sociais;

Orgulho pelo trabalho realizado;

Vida emocional satisfatória;

Auto-estima;

Imagem da empresa/instituição junto

à opinião pública;

Dessa forma, ampliar a visão e as práticas de promoção de saúde integradas à

qualidade de vida é parte do grande movimento contemporâneo de humanização das

condições de vida no trabalho.

Assim, vários são os autores que confirmam seu entendimento e que fomentam

acerca da definição de qualidade de vida no trabalho (QVT) e da consistência de um ciclo

virtuoso de uma criação no trabalho de modo sustentável sob o ponto de vista de qualidade,

desempenho, autoestima, percepção e um bom clima organizacional agregado a um

sentimento pessoal mais harmonioso que sinaliza o surgimento de um perfil moderno nas

organizações.

A partir do pressuposto, de que a qualidade de vida no trabalho visa alcançar a

autorrealização humana como uma forma de pensamento envolvendo pessoas, trabalho e

organizações, segue nesse contexto o destaque de dois aspectos importantes: a preocupação

com o bem-estar do trabalhador e com a eficácia organizacional, e a participação dos

trabalhadores nas decisões e problemas do trabalho.

Prtanto, desenvolver linhas de pesquisas sobre dimensões e critérios da QVT

como referencial estratégico e de posicionamento competitivo tornou se para as organizações

um recurso que proporciona a mesma um trabalho de base que valoriza o trabalhador

demonstrando o quanto o mesmo merece os melhores cuidados. Pois afinal, sem eles as

organizações não existiriam, não se renovavam em seus trabalhos de forma efetiva, nem

muito menos sobreviveriam num mercado tão grande e cheio de instabilidade econômica

como esse em que vivemos nos dias atuais.

Equilíbrio entre trabalho e lazer;

Horários e condições de trabalho,

sensatos;

Oportunidades e perspectivas de

carreira;

Possibilidade de uso do potencial;

Respeito aos direitos; e

Justiças nas recompensas.

36

E quando as organizações passam a ter essa consciência da importância de se

aplicar boas práticas de gestão de qualidade de vida no trabalho, ela percebe que essa visão

estratégica competitiva evidência ganhos participativos gerando no ambiente de trabalho um

clima organizacional de imagem positivo, que causa para a organização um impacto

maximizador.

Mas, para Fernandes (1996, p. 38-39) “apesar de toda essa badalação em cima das

novas tecnologias de produção, ferramentas de qualidade etc., é fato facilmente constatável

que mais e mais trabalhadores se queixam de uma rotina de trabalho, de uma subutilização de

suas potencialidades e talentos, e de condições de trabalho inadequadas. Estes problemas

ligados à insatisfação no trabalho têm consequências que geram um aumento do absenteísmo,

uma diminuição do rendimento, uma rotatividade de mão de obra mais elevada, reclamações e

greves mais numerosas, tendo um efeito marcante sobre a saúde mental e física dos

trabalhadores, e, em decorrência na rentabilidade empresarial”.

Com isso, observa-se que compreender a importância da QVT é uma tarefa que

impõem certo desafio, afinal lidar com pessoas e com um jogo de interesses é um pouco

complicado, mas não impossível, pois é hoje é um estudo fundamental.

Complementando a afirmação sobre esse estudo, Pantoja Martins (2010) reforça a

ideia de ser fundamental para as empresas, por fazer as pessoas serem mais saudáveis e por

representar melhor o negócio em melhores lucros e maior retorno de investimento:

É neste mesmo sentido, que as organizações também se preocupam com a QVT,

uma vez que se considera que funcionários com QVT são mais felizes e produzem

mais (Conte, 2003) e a investigação tem demonstrado que a QVT pode ter um

impacto significativo em vários comportamentos organizacionais, nomeadamente na

identificação com a organização, na satisfação profissional, no empenhamento

organizacional e no desempenho no trabalho (PANTOJA MARTINS, 2010, p. 01).

Já Chamone (2006, p. 1) compreende essa ideologia vendo que os funcionários

buscam apenas um estado de satisfação superior, da mesma forma que os clientes necessitam

satisfazer em prazer na aquisição de um produto ou serviço. Então em sua opinião, para que a

organização obtenha um retorno positivo sobre essa ideologia, é importante que a mesma

reconheça o funcionário como sendo o seu primeiro cliente, de modo que desperte nele

sentimentos fundamentais capazes de os torna-lós mais comprometidos, satisfeitos com o

trabalho e, por conseguinte, com a sua vida pessoal.

37

Complementando esse sentido Silva (1999, apud ROLIM, 2005, p. 25) fala sobre

a qualidade de vida num significado definido pelo indivíduo como saudável com grau de

satisfação com a vida desde aplicados aos mais vários aspectos múltiplos vivenciados na

mesma, tais como: moradia, transporte, alimentação, lazer, satisfação/realização profissional,

vida sexual e amorosa, relacionamentos com outras pessoas, liberdade, autonomia e segurança

financeira.

Por isso que segundo Brondani (2010) desde dos anos 50 que pesquisadores

estudam e se preocupam com o bem-estar dos trabalhadores, quando pesquisam sobre a

qualidade de vida no trabalho como uma forma de amenizar os efeitos negativos no ambiente

de trabalho e consequentemente atingir os objetivos organizacionais.

2.5. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO SOBRE O USO DE

DOIS MODELOS: ABORDAGEM DE WALTON (1973) E HUSE & CUMMINGS (1985)

Walton (1973, apud TIMOSSI; PEDROSO; PILATTI E FRANCISCO, 2009, p.

396-397) contribuiu com seus estudos na linha de raciocínio sobre QVT quando propôs oito

categorias conceituais que enfatizam os seus fatores de influência, tais como: compensação

justa e adequada; condições de trabalho; uso das capacidades; oportunidades; integração

social; constitucionalismo; trabalho e vida; relevância social. Para que fique claro esse

entendimento, logo abaixo segue bem detalhado um quadro falando a respeito desta questão:

Quadro 1

Modelo de QVT de Walton (1973)

Compensação justa e

adequada

Envolve as relações entre o pagamento e fatores do trabalho, como

treinamento, responsabilidade e condições de trabalho. Fatores como a

oferta e procura do mercado, a média salarial de uma população e a

participação nos lucros e resultados da empresa representam os

indicadores que determinam o quão justo é o pagamento. Dois fatores são

importantes para determinar a qualidade de vida no trabalho:

a) renda adequada: a renda deve estar inserida nos padrões aceitáveis da

sociedade, de forma a suprir as necessidades do trabalhador;

b) compensação justa: o pagamento deve ser justo, isto é, se comparado

com outras empresas, não deve haver divergências significativas no

pagamento de um mesmo cargo.

Condições de trabalho

Aborda as condições físicas e a jornada de trabalho às quais o trabalhador

é submetido em seu emprego. Os aspectos constituintes destes fatores são:

pagamento de horas extras para trabalhos que excedem a carga horária

38

semanal prevista; condições de trabalho que diminuam o risco de

acidentes e propensão às enfermidades; imposição de limites (máximo ou

mínimo) de idade quando o trabalho pode ser prejudicial para determinada

faixa etária. Para que as condições de trabalho sejam adequadas, devem

ser minimizados os fatores que podem prejudicar a atuação do

trabalhador, como odores, ruídos ou poluição visual.

Uso ou

desenvolvimento

de capacidades

Após a revolução industrial, o trabalho passou a ser desmembrado em

várias atividades. Dessa forma, os diferentes postos de trabalho possuem

níveis diferenciados no que diz respeito ao quanto o trabalhador pode

desenvolver as suas habilidades e conhecimentos. Algumas das qualidades

necessárias ao desenvolvimento das habilidades e conhecimentos são:

a) autonomia: o trabalho deve permitir certo nível de autonomia e

autocontrole na realização das atividades;

b) múltiplas habilidades: o trabalho deve permitir a utilização de

diferentes habilidades. As habilidades utilizadas não devem ser repetitivas

e monótonas;

c) perspectiva e informação: o trabalhador deve ter conhecimento do

processo de trabalho como um todo. Deve também receber feedback de

suas atividades, de forma que possa ter conhecimento da relevância e

conseqüências de suas ações;

d) trabalho como um todo: o trabalhador deve realizar as tarefas do início

ao fim, e não apenas uma etapa do processo;

e) planejamento: as atividades devem ser previamente planejadas antes de

sua implementação.

Oportunidade de

crescimento e

segurança

Faz menção às oportunidades de crescimento profissional do trabalhador,

seja através de um enriquecimento curricular ou uma promoção de cargo.

Aborda também os quesitos segurança e estabilidade no trabalho. Os

fatores de influência neste critério são:

a) desenvolvimento: deve haver possibilidades de o trabalhador expandir

as suas capacidades e conhecimentos, de forma a evitar que estes se

tornem obsoletos;

b) aplicações futuras: deve haver a expectativa da utilização de novos

conhecimentos e habilidades no âmbito empresarial;

c) oportunidades de avanço: deve haver a possibilidade de crescimento do

trabalhador, ascensão de cargo e plano de carreira.

Integração social na

organização

Os membros de uma empresa são afetados pelas decisões tomadas. Tais

decisões podem favorecer interesses pessoais na organização. Nessa

perspectiva, deve haver o constitucionalismo para proteger os

trabalhadores de ações arbitrárias. Os elementos-chave do

constitucionalismo na empresa são:

a) privacidade: o trabalhador deve possuir o direito de privacidade

pessoal, como o sigilo de aspectos da vida pessoal e familiar;

b) liberdade de expressão: deve haver o direito de discordância das visões

e decisões dos superiores da organização, sem que haja qualquer forma de

repressão;

c) equidade: o direito ao tratamento igualitário aos trabalhadores deve ser

presente em todas as ocasiões, incluindo o pagamento, benefícios e

segurança no trabalho;

d) igualdade perante a lei: todos os trabalhadores devem possuir as

mesmas oportunidades em todos os aspectos do trabalho, da privacidade e

no que diz respeito à expressão de suas idéias.

Constitucionalismo

Os membros de uma empresa são afetados pelas decisões tomadas. Tais

decisões podem favorecer interesses pessoais na organização. Nessa

perspectiva, deve haver o constitucionalismo para proteger os

trabalhadores de ações arbitrárias. Os elementos-chave do

39

constitucionalismo na empresa são:

a) privacidade: o trabalhador deve possuir o direito de privacidade

pessoal, como o sigilo de aspectos da vida pessoal e familiar;

b) liberdade de expressão: deve haver o direito de discordância das visões

e decisões dos superiores da organização, sem que haja qualquer forma de

repressão;

c) equidade: o direito ao tratamento igualitário aos trabalhadores deve ser

presente em todas as ocasiões, incluindo o pagamento, benefícios e

segurança no trabalho;

d) igualdade perante a lei: todos os trabalhadores devem possuir as

mesmas oportunidades em todos os aspectos do trabalho, da privacidade e

no que diz respeito à expressão de suas idéias.

Trabalho e vida

As experiências vivenciadas no trabalho refletem de forma positiva ou

negativa em outras esferas da vida, tais como o convívio familiar ou

social. A jornada de trabalho exaustiva e constantes mudanças de

residência podem constituir sérios problemas familiares. Se o trabalho não

consome tanto tempo e não proporciona tamanho desgaste físico, o

trabalhador, em seu tempo livre, pode realizar mais atividades de lazer na

presença de sua família.

Relevância social

A responsabilidade social praticada pela empresa é percebida pelo

trabalhador, de forma a melhorar a sua autoestima. Dentre as atividades de

responsabilidade social, podem ser elencadas: minimização da emissão de

poluentes, reaproveitamento do lixo, alianças com países desenvolvidos,

participação em programas de auxílio às populações de baixa renda.

Fonte: Adaptado de Fernandes; Detoni (1996; 2001, citados por TIMOSSI; PEDROSO; PILATTI E

FRANCISCO, 2009, p. 397).

Walton tinha em vista com a aplicação do seu programa de QVT em especial,

avaliar todos os aspectos que influenciam a satisfação dos trabalhadores, a fim de adotar

medidas que melhorasse as dificuldades decorrentes da vida pessoal que por ventura viessem

a interferem de forma significativa no desempenho do âmbito organizacional.

Bem como este mesmo programa agisse no ambiente e proporciona-se ao

trabalhador também a QVT, caracterizada num como um estado ideal, em que os indivíduos

passem a sentir-se com boas condições físicas e mentais, socialmente integrados e

funcionalmente competentes no que exercem na empresa.

Anos depois outros estudiosos analisaram que os critérios abordados no modelo

de Walton deveriam ter outra forma de ser estabelecida a organização das oito categorias

conceituais de Walton. Dessa forma, criando outra tabela, enumeraram os critérios dando aos

mesmos uma ordem de prioridade.

A intenção dos autores, Detoni e Fernandes (2001 e 1996, apud TIMOSSI;

PEDROSO; PILATTI E FRANCISCO, 2009, p. 398-399), era poder proporcionar com essa

nova imagem, segundo eles de maneira distinta, outras importâncias de acordo com a

40

realidade de cada empresa e que a mesma viesse a abordar neste modelo o despertar de uma

administração da QVT com aspectos mais bem gerenciados, para que os funcionários com a

aplicação dos programas de QVT liberassem seus níveis de satisfação, uma vez que a

estrutura do modelo anteriormente deixava muito a desejar esse lado, e isso poderia refletir

nos níveis de desempenho da empresa.

Assim segue abaixo um quadro com o modelo original de Fernandes (1996),

acompanhado das adaptações de Detoni (2001):

Quadro 2

Critérios e Sub-critérios da QVT

CRITÉRIOS

FERNANDES (1996) DETONI (2001)

1. Compensação justa e adequada

Equidade interna e externa

Equilíbrio salarial Proporcionalidade entre

salários

Justiça na compensação Remuneração justa

Partilha dos ganhos de

produtividade

Participação em resultados

Benefícios extras

2. Condições de trabalho

Jornada de trabalho razoável

Jornada semanal

Carga de trabalho

Fadiga

Ambiente físico seguro e

saudável

Equipamentos de EPI e

EPC

Ausência de insalubridade Salubridade

Tecnologia do processo

3. Uso ou desenvolvimento de

capacidades

Autonomia Autonomia

Qualidades múltiplas Polivalência

Informação sobre o processo

total do trabalho

Avaliação do desempenho

Responsabilidade conferida

Autocontrole relativo Importância da tarefa

4. Oportunidade de crescimento e

segurança

Possibilidade de carreira Treinamentos

Crescimento pessoal Incentivo aos estudos

Perspectivas de avanço salarial Crescimento profissional

Segurança de emprego Demissões

5. Integração social na organização

Ausência de preconceitos Discriminação

Igualdade

Valorização das idéias

Mobilidade

Relacionamento Relacionamento

interpessoal

Senso comunitário Compromisso da equipe

6. Constitucionalismo

Direitos de proteção do

trabalhador Direitos do trabalhador

Liberdade de expressão Liberdade de expressão

41

Direitos trabalhistas Discussão e normas

Tratamento imparcial Respeito à individualidade

Privacidade pessoal

7. O Trabalho e o espaço total de

vida

Papel balanceado no trabalho

Influência sobre a rotina

Familiar Poucas mudanças geográficas

Tempo para lazer da família Possibilidade de lazer

Estabilidade de horários Horário de trabalho e

descanso

8. Relevância social do trabalho na

vida

Imagem da empresa Imagem institucional

Orgulho do trabalho

Responsabilidade social da

empresa Integração comunitária

Responsabilidade pelos

produtos

Qualidade dos produtos/

serviços

Práticas de emprego Política de recursos

humanos

Fonte: Adaptado de Fernandes; Detoni (1996; 2001, citados por TIMOSSI; PEDROSO; PILATTI E

FRANCISCO, 2009, p. 398).

Dando sequencia a teoria da reavaliação do instrumento sobre QVT segue às

ideias de Huse e Cummings que também contribuem nessa visão analisada sob o olhar da

empresa avaliada na pesquisa, tento em vista que a mesma visa à valorização dos cargos se

preocupando com a aplicação dos programas de QVT de modo que haja neste ambiente o

bem-estar do trabalhador, eficácia organizacional e com isso uma probabilidade de aumento

na produtividade dos colaboradores dentro da organização.

Esse modelo serve como base comparativa para a pesquisa, é como Huse e

Cummings (1985, apud PIMENTEL, 2003, p. 35) afirmam sobre o seu modelo, que é uma

análise da qualidade de vida no trabalho e da produtividade, do qual tem como dimensões

consideradas a: participação do trabalhador nas decisões e problemas; projeto de cargos;

inovação no sistema de recompensas e melhoria no ambiente de trabalho em prol do bem-

estar do trabalhador e da eficácia organizacional.

Sendo que, Huse & Cummings (1985, apud ROCHA, 2007, p. 47) explica a

operacionalização desse conceito através de quatro aspectos ou programas:

1. A participação do trabalhador: o trabalhador é envolvido no processo de

tomada de decisão em vários níveis organizacionais, através de uma filosofia organizacional

adequada, por exemplo, a análise e solução de problemas na produção feita, Ciclos de

Controle de Qualidade, ou grupos de trabalho cooperativos;

42

2. O projeto do cargo: envolve a reestruturação do cargo dos indivíduos ou

grupos, que deve atender às necessidades tecnológicas do trabalhador;

3. Inovação no sistema de recompensa: envolve todo o plano de cargo e salário da

organização e visa minimizar as diferenças salariais e de “status” entre os trabalhadores;

4. Melhora no ambiente de trabalho: envolve mudanças físicas ou tangíveis nas

condições de trabalho como flexibilidade de horário, modificação do local dos equipamentos,

etc.

Ele compreendeu após seus estudos que se o funcionário tiver continuamente

melhorias nas condições de trabalho, eles tendem a encontrarem a sua satisfação no que fazem

e a QVT será algo que afetará positivamente a produtividade de forma indireta, conforme

pode se observar na ilustração do quadro abaixo:

Quadro 3

Qualidade de Vida no Trabalho X Produtividade no Modelo de Huse & Cummings

Fonte: Rodrigues (1994, citado por ROCHA, 2007, p. 48).

Compreender o enfoque desses modelos e de tantos outros existentes sobre a

temática abordada no trabalho é entender a importância dos mesmos para o bem estar do

trabalho e do trabalhador, é criar métodos que impulsione a satisfação e com ela o surgimento

da qualidade de vida no ambiente de trabalho sem deixar de lado os seus princípios.

43

2.6. APLICAÇÃO DO BPSO-96 COMBINADO COM O BEO EM PROL DE UMA

GESTÃO MODERNA DE QVT NA VISÃO DE LIMONGI-FRANÇA & KANIKADAN

(FEA/USP, 2006)

Limongi-França e a Kanikadan no ano de 2006 publicaram um artigo na

Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo

(FEA/USP) para pesquisar a construção de um instrumento de coleta de dados sobre a gestão

de qualidade de vida no trabalho de uma determinada categoria.

Através da aplicação dos diversos modelos sobre QVT, Limongi-França e

Kanikadan verificaram que os modelos já existentes sobre a gestão da QVT não permitam em

sua modelagem a adoção de uma visão de gestão avançada que considera a QVT dentro das

organizações sob uma perspectiva de competência nova desenvolvida no âmbito profissional.

Assim pensando na lógica de descobrir os fatores críticos existentes no ambiente

de trabalho na visão do funcionário, bem como na visão da organização, de modo que após

análise ambos pudessem contribuir em ações positivas para a existência de um ambiente de

trabalho voltado para o bem-estar.

Daí surge à realização de um primeiro modelo chamado, BPSO-96 (modelos de

análise biopsicossocial e organizacional), modelo esse também utilizado por Fernandes

(1996), que propõe indicadores destinados a avaliar o esforço gerencial versus a satisfação de

ações e programas de QVT. Os indicadores de QVT-BPSO (96) podem assim ser estruturados

sobre quatro dimensões:

Biológica: para captar questões relativas ao biótipo, aspectos nutricionais,

fatores de saúde e segurança no trabalho, herdados ou adquiridos que controlam os riscos

ambientais e atendem às necessidades físicas;

Psicológica: referente aos interesses, características de personalidade,

memória, afetos e características da satisfação e confiança, ações que promovem a autoestima

e o desenvolvimento de capacidades pessoais e profissionais;

Social: relativo aos grupos aos quais a pessoa pertence, hábitos de consumo,

locais onde trabalha, escolaridade, características familiares de ações que oferecem benefícios

sociais obrigatórios e espontâneos e criam oportunidade de lazer e cultura;

44

Organizacional: envolvendo questões da imagem da instituição, tecnologia,

aspectos contratuais, valores e práticas de gestão, ações que valorizam a organização em

estrutura, produto e relacionamento da empresa com os empregados.

Combinado ao segundo modelo chamado, BEO (modelo de competência do bem-

estar organizacional), estruturado sobre seis fatores:

Fator 1- Conceito QVT: historicamente mais associado à saúde e a segurança,

aqui utilizado como a orientação gerencial baseada nas expectativas e necessidades dos

empregados;

Fator 2- Produtividade: utilizou-se a ideia da relação homem-hora versus

demanda de tarefas e responsabilidades acrescidos dos aspectos de gestão da qualidade;

Fator 3- Legitimidade: considerou-se desde os aspectos de direito à vida e à

expressão da personalidade às questões da sustentabilidade, equidade e justiça social;

Fator 4- Perfil dos líderes: analisou-se o poder e influência dos líderes na

gestão das atividades dos seus empregados;

Fator 5- Práticas e Valores: buscou-se identificar aspectos da cultura

organizacional relativos ao bem-estar e condições de saúde e segurança;

Fator 6- Nova Competência: tomou-se como referência as especialidades e

conhecimentos específicos para realizar as ações de qualidade de vida no trabalho, desde as

ações aleatórias aos programas integrados na estratégia de negócios da organização.

A partir dessas estruturações Limongi-França & Kanikadan na tentativa de

elaborar um questionário base que cruzasse as ideias dos modelos BPSO-96 com o modelo

BEO, surgiu o resultado da construção de um quadro de ideias geradas a partir do que as

autoras haviam proposto.

Para que fique claro está compreensão segue abaixo a ilustração de um quadro

explicativo:

45

Quadro 4

Ideias geradas a partir do exercício proposto

Fonte: Limongi-França & Kanikadan (2006).

Fato

res

Crí

tico

s d

e Q

VT

Visão Biopsicossocial (BPSO-96)

Biológico Psicológico Social Organizacional

Conceito de

QVT

- Horas

trabalhadas

- Pressão

- Excesso de

trabalho

- Salário

- Ausência de

interação

- Eventos

culturais

- Muitas

atividades

ao mesmo tempo

Produtividade

- Ausência de

seguro

- Baixa

remuneração

- Baixa

performance

- Necessidade de

possuir boa

condição de

saúde

- Aceitam

qualquer

trabalho

- Assédio moral

- Superiores não

estão preparados

- Não tem

muito a

oferecer

- Falta de

tempo

- Estilo de

liderança

- Falta de

identidade com a

organização

Legitimidade

- Ausência de

benéficos

(problemas de

saúde)

- Estresse

- Pressão no

trabalho

- Loucura

- Ausência de

contrato

- Formação de

grupos de

estudo

- Troca de

experiências

- Não podem

juntar-se a grupos

que defendam

seus

direitos

Perfil do

Gestor

- Superiores de

formação

competentes

- Boa saúde

física e

mental

- Líder

-Honestidade

- Aberto a idéias

- Bom

relacionamento

- Aceitar

conselhos

e saber ouvir

- Amigos

- Sociais

- Entender as

necessidades dos

funcionários

(treinamento,

capacitação)

- Aperfeiçoamento

Práticas e

Valores

- Fazer o melhor

- Respeitar as

ideias dos outros

- Definir

objetivos

- Interação

- Qualificação

- Estabelecer

metas

Nova

Competência

- Saúde física

- Boa

alimentação

- Explorar

Habilidades

- Saúde mental

- Estar

preparado

para as

mudanças

tecnológicas

- Bom

relacionament

o com

a comunidade

organizacional

- Deve sabe lidar

com a gerência

administrativa

46

2.7. SÍNTESE DE DOIS ESTUDOS SOBRE O TEMA DA AMOSTRA: RESULTADOS

VERSUS AUTORES

2.7.1. Síntese do Estudo 1 - Relacionamento Interpessoal e o Trabalho em Equipe: uma

análise sobre a influência na qualidade de vida no trabalho

Jera Porto Brondani, estudou nesta pesquisa, de que forma o relacionamento

interpessoal influencia a qualidade de vida no trabalho de uma equipe no setor jurídico do

banco forte da cidade de Santa Maria.

Os resultados da pesquisa após a análise dos dados e a compreensão sobre o

conteúdo abordado na pesquisa de Brondani, pode verificar que os fatores que mais

influenciam no relacionamento interpessoal são o respeito, a amizade, a cordialidade nas

relações, a cooperação e o entrosamento dentro e fora do ambiente de trabalho. E com relação

à QVT foi constatado que os fatores: compensação justa e adequada, relatam num geral que é

relativo; condições de trabalho; bem como o trabalho e o espaço total da vida, para Walton

são os fatores mais críticos da QVT.

De acordo com o pensamento de Brondani foi detectado nas entrevistas que há

uma interação lúdica entre os mesmos no ambiente de trabalho opinião dos colaboradores são

ouvidas nas reuniões, e que isso não impediu a existência negativa no relacionamento entre os

mesmos em valor pessoal. Para Westley, todos esses fatores são influentes na qualidade de

vida e na insatisfação/motivação no ambiente de trabalho.

Com isso após analisar os dados da pesquisa, foi sugerido por Brondani ações

para a gestão desse ambiente, no sentido de melhorar a distribuição das tarefas; uma avaliação

da jornada de trabalho; a elaboração de cursos e seminários; e etc. todas as contribuições tinha

o objetivo de ajudar a organização a melhorar os seus processos quanto às pessoas em QVT e

satisfação, de modo que as pessoas passassem nesse ambiente sentissem bem-estar físico e

emocional e que essas sensações pudessem atuar em um melhor desempenho na busca pelos

resultados por resultados cada vez mais positivos na organização.

47

2.7.2. Síntese do Estudo 2 - Qualidade de Vida no Trabalho, Satisfação Profissional e

Saliência das Actividades em Adultos Trabalhadores

O assunto abordado por Ana Maria Lemos Pantoja Martins nessa pesquisa é o

estudo da área da psicologia dos recursos humanos, do trabalho e das organizações. A

investigação dessa pesquisa pretendia verificar a opinião de pessoas com experiência em um

tempo de serviço determinado de uma organização sobre a correlação entre a QVT,

Frequência e a Satisfação Profissional, bem como o estudo da Saliência das Actividades e a

Satisfação Profissional. Assim, foram utilizados como referenciais vários modelos de: QVT,

satisfação profissional, bem como o modelo de Super (1986; 1990) sobre Saliência de

Actividades.

Como resultado a pesquisa proporcionou que 139 pessoas entrevistadas com no

mínimo seis meses de experiência profissional demonstram em suas respostas que é

significativas e bastante heterogêneas o estudo apenas da correlação entre a QVT, Frequência

e a Satisfação Profissional, sendo os resultados das correlações entre a Saliência das

Actividades e a Satisfação Profissional.

Verificou-se também que apenas a adesão ao papel serviço à comunidade e a

participação no papel tempos livros, têm um efeito mediador na relação entre QVT,

Frequência e a Satisfação Profissional. No final Pontoja pode contribuir apresentando alguns

limites quanto às implicações práticas nessa correlação.

Assim, quanto à conclusão no fim da pesquisa ficou compreendido a intenção de

averiguar o efeito mediação da adesão e participação nos cinco papéis (estudo, trabalho,

serviço à comunidade, casa e tempos livres), na relação entre QVT, Frequência e Satisfação

Profissional. Pretendia-se ainda estudar a correlação entre as variáveis QVT, Frequência com

a Satisfação Profissional e a Satisfação Profissional com a Saliência das Actividades.

Os resultados mostraram que existe uma forte correlação positiva entre a

percepção de QVT dos trabalhadores e o seu nível de Satisfação Profissional. No entanto,

contrariamente ao esperado, não se verificaram correlações significativas entre a Satisfação

Profissional e a Saliência das Actividades, nem a existência significativa do efeito de

mediação. No mesmo sentido, o papel trabalho proposto no modelo de Super (1990) como

sendo o mais saliente na faixa etária estudada, não revelou correlações significativas com a

Satisfação Profissional, nem efeito de mediação na relação supra referida, dentre os outros

autores citados acima.

48

3. METODOLOGIA

Segundo MIGUELES (2004, p. 89) o estudo da metodologia de pesquisa tem sua

importância por significar fundamentalmente em um conjunto de métodos e de procedimentos

de pesquisa que tem por objetivo coletar, sistematizar e organizar dados de forma válida e

consistente, de modo a servir de base para a interpretação científica.

Portanto, para ela a metodologia de pesquisa é um fazer, que como tal é cheio de

reversas, tentativas, erros, acertos e experimentações.

Dessa forma, este trabalho se caracteriza por ser uma pesquisa que visa

proporcionar com a avaliação da prática de uma empresa, entender um pouco mais sobre um

tema específico com vistas na relação dos objetivos com o que já se produziu em referencial

teórico a respeito do tema pesquisado. Pode-se dizer assim que, esta seção objetiva expor os

procedimentos metodológicos a seguir, mediante o alcance dos objetivos previamente

estabelecidos no inicio do trabalho.

3.1. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

O presente trabalho trata-se de uma pesquisa do tipo quantitativo-descritiva, que

busca na realidade apurada nos dados no questionário com os colaboradores da empresa

RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA) entender de forma adequada a natureza de

um fenômeno social, presente também em informações colhidas por estudos qualitativos com

base em uma fundamentação teórica no desígnio de elucidar o problema pesquisado ouvindo

o lado do gestor (a) do setor de RH da empresa.

Segundo Rampazzo (2005, p. 58) a pesquisa quantitativa é uma metodologia de

pesquisa comum, feita em ciência, que tem como alvo chegar a princípios explicativos e a

generalizações que se inicia com o estudo de certo número de casos individuais e quantificam

fatores segundo um estudo típico, servindo-se frequentemente de dados estatísticos, e

generaliza o que foi encontrado nos casos particulares.

Colunistas do Portal Educação (2013) reforçam essa ideia dizendo que a pesquisa

quantitativa busca em constante por resultados que possam ser quantificados, pelo meio da

coleta de dados sem instrumentos formais e estruturados de uma maneira mais organizada e

49

intuitiva. Assim sendo, este termo será utilizado nesta obra como uma das formas que irá

descrever os resultados pesquisados.

Gil (2002) complementa falando sobre a pesquisa descritiva que tem como

objetivo principal a descrição das características de determinada população ou de determinado

fenômeno, ou o estabelecimento de relação entre as variáveis, descrevendo suas

características por intermédio de levantamento de dados, diagnosticando os possíveis

problemas organizacionais através de uma análise dos resultados.

Quanto aos procedimentos técnicos à pesquisa é de subtipo estudo de caso, como

Gil (2008) relata sobre, ela consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos,

de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento.

3.2. POPULAÇÃO E AMOSTRA

A população alvo deste estudo é primeiramente a gestora do setor de RH, logo

após os colaboradores da empresa RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA), que no

geral correspondem a um total de 111 funcionários, conforme dados fornecidos pelo Recurso

Humano (RH) da empresa, distribuídos entre os setores: Administrativo, Financeiro e de

Produção. Sendo o RH responsável pela gestão da qualidade de vida no trabalho da

organização.

Com relação à entrevista com os colaboradores da empresa, não foi possível

pesquisar todos, portanto foi autorizado na realização deste estudo o trabalho com uma

amostra de 36% (correspondente aproximadamente a 40 entrevistados dos 111 funcionários

no geral) dos colaboradores da empresa RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA).

3.3. DADOS E INSTRUMENTO DE COLETA

A coleta de dados primários foi obtida através de um questionário simples com

resposta aberta (questões discursivas) com a gestora do setor de RH. Logo em seguida, foi

aplicado outro questionário com resposta fechada (questões objetivas) adaptado de Limongi-

França e Kanikadane (2006), bem como modificações criadas e aplicadas pela própria

pesquisadora. A seguir está um quadro elaborado para que se compreenda nas questões

aplicadas às respostas para os objetivos geral e específico alcançado pela pesquisa:

50

Quadro 5

Identificação das respostas dos objetivos da pesquisa no questionário aplicado

QUADRO DE QUESTÕES CORRESPONDENTES AOS OBJETIVOS

VERIFICADO NAS

QUESTÕES:

OB

JE

TIV

O G

ER

AL

Avaliar a percepção dos colaboradores quanto

o conceito de Qualidade de Vida no Trabalho

(QVT) observando também a aplicação da QVT

nas ações da empresa RECICLA (Indústria e

Comércio de Metais LTDA) com os seus

colaboradores.

Em conversação aberta durante a

pesquisa; bem como as questões:

5; 10; 34; 35; 39; 40; 41; 42; 44.

OB

JE

TIV

OS

ES

PE

CÍF

ICO

S

Identificar o perfil dos colaboradores;

Questões do bloco 1 de perguntas

de identificação

Identificar a percepção do responsável do

setor de Recursos Humanos sobre a qualidade de

vida no trabalho (QVT);

Todas as questões do bloco único

de perguntas abertas para o

roteiro de entrevista da gestora

do setor de RH.

Constatar se na organização ocorre alguma

atividade que proporcione QVT;

Nas questões: 5; 10; 34; 35;39;

40; 41; 42; 44.

Averiguar os esforços da organização para o

desenvolvimento da QVT;

Nas questões: 9; 15; 16; 17; 20;

23; 24; 25; 26; 28; 29; 32; 34; 35;

37; 38; 43; 45; 46; 47; 49 e 50.

Verificar a visão dos colaboradores quanto o

seu trabalho; sua saúde; bem-estar; relação

familiar; participação; produtividade;

compensação; imagem e respeito à organização.

Nas questões: 1; 2; 3; 4; 6; 7; 8;

11; 12; 13; 14; 18; 19; 21; 22; 27;

30; 31; 33; 36; 48; 51 e 52.

Fonte: Elaborado pela autora (2014).

51

3.4. TRATAMENTO ESTATÍSTICO E FORMA DE ANÁLISE

Dada à natureza da pesquisa, a análise foi feita sob a ótica quantitativa, embora

também se tenha utilizado informações colhidas por estudos qualitativos. Assim, para a

análise quantitativa se vale a descrição dos dados, a utilização das técnicas estatísticas de

tendência central, através de aplicativos computacionais. Na análise qualitativa, utilizou-se da

interpretação dos dados no discurso e do conteúdo de autores que fomentam sobre a área,

quanto ao material coletado no qual se elaborará uma relação com os aspectos percebidos na

observação espontânea bem como com o embasamento teórico a fim de esclarecer questões

referentes à problemática, através de textos explicativos.

3.5. ESTUDO PILOTO

Tendo em vista o tipo do instrumento, se fez necessário testá-lo em virtude de ser

uma adaptação do modelo de Limongi-França e Kanikadan (2006).

52

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Diante dessa natureza ficou perceptível no Bloco 1 das Perguntas de Identificação

do questionário para os colaboradores, que há uma maior concentração na faixa etária de

idade entre 30 e 35 anos, representando em percentual o valor de 42% do total entrevistado, e

em números, correspondente a 17 pessoas. Conforme mostra o quadro abaixo:

Quadro 6

Identificação do Perfil: idade

Entre 20 e 25 anos Entre 30 e 35 anos Entre 40 e 45 anos Mais de 50 anos

IDADE

Números % Números % Números % Números %

10 25 17 42 9 23 4 10

Fonte: Elaborado pela autora (2014)

Quanto ao sexo, na maioria dos entrevistados a predominância é masculina, sendo

83% dos entrevistados, em números 33 pessoas do sexo masculino. Isso se dá pelo fato do

ramo da empresa ser no segmento de metais. Ou seja, um ramo que possui uma atividade

pesada e que se torna difícil à admissão de mulheres, sendo as mesmas contratadas para

atividades administrativas. Dessa forma, segue abaixo o quadro 7 para ilustrar esse fato:

Quadro 7

Identificação do Perfil: sexo

FEMININO MASCULINO

SEXO

Números % Números %

7 17 33 83

Fonte: Elaborado pela autora (2014)

53

Metade corresponde ao estado civil casado (a), sendo esta uma realidade de 20

pessoas, ou seja, 50% dos entrevistados. Contudo, a margem percentual do estado civil de

solteiro (a) se aproxima consideravelmente da margem apresentada pelo número de casados

(as), pois representa uma população de 14 pessoas, sendo 35% dos entrevistados. Veja abaixo

no quadro 8:

Quadro 8

Identificação do Perfil: estado civil

Casado (a) Solteiro (a) Divorciado (a) Amigado (a)

ESTADO

CIVIL

Números % Números % Números % Números %

20 50 14 35 1 2 5 13

Fonte: Elaborado pela autora (2014)

Dando continuidade a análise, no bloco seguinte do questionário encontram-se os

direcionamentos referentes às especificidades da pesquisa abordada. Ressaltando que o

primeiro fator crítico apresentado é sobre o conceito de Qualidade de Vida no Trabalho

(QVT), estando este segundo Limongi-França e Kanikadan (2006) mais associado à saúde e a

segurança utilizada como a orientação gerencial baseada nas expectativas e necessidades dos

empregados.

Assim conforme Eda Fernandes (1996, p. 35) o interesse de se trabalhar nas

organizações a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) se dá por ser uma tecnologia utilizada

pelas organizações de modo que as condicione uma renovação em sua forma de organização

no trabalho.

Seguindo essa linha de raciocínio foi possível observar no caso da empresa

RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA) que a mesma se encontra em estabilidade

necessitando apenas de ser mais explanado para os colaborados quanto ao seu conceito e a

importância de sua aplicação no ambiente de trabalho.

Dentro do que foi pesquisado é possível detectar teoricamente que existe na

empresa RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA) a aplicação de programas de

QVT e que o mesmo impacta positivamente no dia-a-dia do trabalhador, tanto é que os

54

próprios funcionários confirmam em suas respostas considerar-se estarem bem quanto aos

fatores de abordagem Biológica, Psicológica, Social e Organizacional (BPSO 96).

Desta forma, estando referente ao fator crítico do conceito de QVT foi possível

verificar na abordagem biológica de bem-estar quanto à saúde e segurança, que os

colaboradores desta empresa encontram em situação positiva.

Quanto à questão número 1, referente às preocupações ou aborrecimentos

surgidos no âmbito do trabalho, observa-se que há uma proximidade percentual entre as

respostas. Porém, esta proximidade se explica pelo fato destes colaboradores entenderem que

suas funções requerem responsabilidade e compromisso, sendo inevitável o surgimento de

complicações. Contudo, os mesmos relatam em conversa aberta que a preocupação ou o

aborrecimento não afetam em nível alarmante a sua saúde. Veja no quadro abaixo os

questionamentos realizados quanto a esta abordagem:

Quadro 9

Abordagem Biológica: fator crítico 1 do conceito de QVT

B

SIM NÃO

PESSOAS % PESSOAS %

1. O trabalho lhe traz

preocupações ou

aborrecimentos?

18 45 22 55

2. A quantidade de horas

trabalhadas prejudica meu

estado geral de saúde?

6 15 34 85

4. Você se considera satisfeito

com relação à organização do

seu ambiente de trabalho?

23 57 17 43

Fonte: Elaborado pela autora (2014)

Quanto à abordagem psicológica que retrata o interesse, o afeto, a satisfação e a

confiança, pode-se verificar que a maioria encontra de SATISFEITO a MUITO SATISFEITO

neste quesito. Exceto, quando se trata do valor do salário e do benefício de auxilio

alimentação. Pois, nesse questionamento os mesmos se dividem entre INSATISFEITOS a

SATISFEITOS em sua maioria e isso representa dúvidas quanto o seu valor e sua satisfação.

Veja abaixo:

55

Quadro 10

Abordagem Psicológica: fator crítico 1 do conceito de QVT

Fonte: Elaborado pela autora (2014)

Na abordagem social encontram-se questões sobre o fato de pertencer ao grupo,

ou local de trabalho, ou ainda sobre características familiares. No caso do questionário

aplicado na RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA), os colaboradores

responderam bem sobre a relação trabalho-família desenvolvido nessa empresa. Eles

afirmaram em sua maioria que, o que executam no ambiente de trabalho não atrapalha os

momentos de diversão e entretenimento e que sabem separar o pertencer ao grupo com o lado

familiar.

No que se refere ao relacionamento chefia/empregado 83% dizem estarem

satisfeitos com o relacionamento existente entre eles. Isso mostra que no ambiente de trabalho

há uma cumplicidade que soma um saldo positivo, gerando harmonia e beneficiando o

desenvolvimento da empresa. Reforçando esta análise positiva, pode-se entender que este

relacionamento proporciona o resultado de 90% dos colaboradores confirmarem que ha na

empresa a existência de atividades voltadas para o bem-estar no ambiente de trabalho. E isso

só reafirma a ideia de qualidade de vida nesse local. Veja abaixo:

NÍVEL

MUITO

INSATISFEITO INSATISFEITO SATISFEITO

MUITO

SATISFEITO

5. Como você se sente com

relação à aplicação dos

programas de qualidade de

vida no trabalho?

1 4 20 15

6. Como você se sente em

relação ao seu trabalho? 1 3 25 11

P 7. Como você se sente para

expressar sua opinião aos seus

superiores?

4 9 24 3

8. Como você se sente com o

seu salário e com os benefícios

que recebe, tais como: vale

transporte; auxilio

alimentação; assistência

médica e/ou odontológica?

6 16 16 2

56

Quadro 11

Abordagem Social: fator crítico 1 do conceito de QVT

Fonte: Elaborado pela autora (2014)

Por fim, segue a abordagem organizacional, que confirma o esforço da

organização em tornar o relacionamento saudável entre a empresa e seus colaboradores. Além

de, enfatizar a saúde e a segurança quanto à exposição a riscos, aplicando aos mesmos um

sistema de segurança que fornece equipamentos de Proteção Individuais (EPI’s) necessários.

Observe:

S

SIM NÃO

PESSOAS % PESSOAS %

9. Você está satisfeito (a) com o

relacionamento chefia/empregado

na empresa?

33 83 7 17

10. A organização realiza

confraternizações ou atividades de

lazer com os funcionários e seus

familiares?

36 90 4 10

11. Fora do seu trabalho, você

tem tempo disponível para lazer e

atividades sociais?

29 73 11 27

12. Seu trabalho influencia em sua

vida familiar? 1 2 39 98

57

Quadro 12

Abordagem Organizacional: fator crítico 1 do conceito de QVT

O

NÍVEL

MUITO

INSATISFEITO INSATISFEITO SATISFEITO

MUITO

SATISFEITO

13. Como você se sente

com relação à flexibilidade

da empresa quanto ao

horário de trabalho

quando você necessita

realizar outras atividades

paralelamente?

1 5 23 11

14. Como você se sente

com relação à imposição de

tarefas desafiadoras no

ambiente de trabalho?

2 3 24 11

15. A realização de exames

médicos de admissão lhe

faz sentir-se?

0 1 24 15

16. A realização de exames

médicos periódicos lhe faz

sentir-se?

0 2 21 15

17. A disponibilidade da

empresa em fornecer

ferramentas e técnicas de

proteção e segurança no

trabalho lhe faz sentir-se?

0 0 14 26

Fonte: Elaborado pela autora (2014)

Assim, em linhas gerais quanto ao fator critico no conceito de QVT ficou notório

a necessidade de mudança, e isto se evidenciou em conversa aberta com a gestora do setor de

RH. Onde a mesma deixou perceptível que os funcionários desta empresa usufruem de ações

voltadas para a QVT, tais como: aniversariantes do mês; cursos de aperfeiçoamento do ramo

em loco; financiamento parcial para cursos técnicos fora da empresa; palestras motivacionais

e também sobre vários temas importantes como: saúde, segurança, prevenção, a importância

de se usar os EPI’s entre outros.

58

Figura 2 Aniversariantes do mês

Além disso, a empresa oferece o apoio médico periodicamente; os benefícios

como: plano de saúde; plano odontológico; seguro de vida; vale alimentação; alimentação no

local e agora premiações e/ou gratificações extras. Bem como disponibilizam espaços para os

mesmos se reunirem para atos religiosos durante o horário de almoço.

Porém, quando questionados sobre o conceito de QVT nota-se que ainda há uma

carência de conhecimento em expressar-se sobre o mesmo deixando até passar despercebidos

os esforços que a organização tanto empenha na prática dessa gestão para que se torne nos

dias atuais mais um diferencial de competitividade organizacional no âmbito dos metais.

Mesmo que necessitando melhorar o conhecimento da percepção dos

colaboradores sobre o conceito de qualidade de vida no trabalho, observa-se nessa análise que

há uma existência positiva quanto a realidade praticada na empresa no que diz respeito à

QVT.

Percebe-se que todos os aspectos destacados nessas questões refletem que o gestor

da empresa RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA) se esforça, mesmo que

parcial, em suas práticas para tornar o ambiente de trabalho mais harmonioso e saudável, de

modo que os problemas existentes nesse local não afetem a vida dos colaboradores em nível

pessoal.

59

No que se referem ao segundo fator crítico que considera o conceito de

produtividade, os colaboradores demonstram em abordagem Biológica que se a empresa

aumentar o salário, os mesmos tenderam a desempenharem melhor suas atividades, por uma

questão financeira. Sendo estes 68% dos entrevistados, em números 27 pessoas.

Isso retoma a ideia de Frederick Herzberg que explica o comportamento das

pessoas em situação de trabalho na teoria dos dois fatores (fatores motivacionais ou

intrínsecos, sendo os que agradam e os que provocavam insatisfação, chamados fatores

higiênicos e os fatores extrínsecos tais como, benefícios e remuneração), e isso foi apenas o

começo do estudo da QVT.

Outra questão na abordagem Biológica nesse fator crítico é a possibilidade de

identificar que os colaboradores reconhecem a influência positiva do convênio médico

oferecido pela empresa em proporcionar uma boa condição de saúde para os colaboradores.

Os mesmos entendem que um condicionamento saudável também contribui para um aumento

na produtividade. Mas não escondem que se a empresa fornecesse um aumento salarial

executariam melhor o seu trabalho, fato esse apresentado em 68% dos entrevistados (27

pessoas), bem como não os estimula a prática de esportes, tendo respondido a esse fato 80%

dos entrevistados (32 pessoas).

Vale também ressaltar neste conceito de produtividade, a importância da questão

destinada à existência ou não, de uma dificuldade na locomoção no destino de casa para o

trabalho. Pois nela é possível compreender a questão do desgaste físico e mental antes do

colaborador chegar ao ambiente de trabalho, bem como no caso da empresa analisada a regra

de punição em caso de atraso contínuo no horário de entrada com o desconto do beneficio

alimentação.

Isso já faz do colaborador sentir-se insatisfeito ao ponto de produzir menos. Mas

na empresa RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA) como 85% dos colaboradores

(34 pessoas) moram circunvizinho à mesma, esse fato não representa perigo para a

produtividade. Veja:

60

Quadro 13

Abordagem Biológica: fator crítico 2 do conceito de produtividade

B

SIM % NÃO %

18. Com a segurança de um convênio

médico, posso realizar melhor o meu

trabalho? 38 95 2 5

19. Se eu tivesse um salário maior,

faria melhor o meu trabalho? 27 68 13 32

20. A organização incentiva à prática

de esportes? 8 20 32 80

21. Tenho dificuldade para me

locomover para a empresa? 6 15 34 85

Fonte: Elaborado pela autora (2014)

Já na abordagem Psicológica desse fator crítico, é perceptível que 95% dos

entrevistados, ou seja, 38 pessoas comprovam a existência de apoio fornecido por seus

superiores no desempenho de suas tarefas, condicionando assim uma influência na

produtividade para o seu bom desempenho no ambiente de trabalho.

Dessa forma, conforme Fernandes (1996) essa ideia retrata uma relação com a

QVT pela conciliação dos interesses dos indivíduos e das organizações, ou seja, ao mesmo

tempo em que melhora a satisfação do trabalhador, melhora a produtividade da empresa. Para

ela quando a pessoa enquanto funcionário de uma organização demonstra estar bem e

realizado com o que exerce em sua profissão, estará mais sujeito a conquistar uma realização

pessoal, pois trabalha em uma organização que lhe proporciona essas sensações de prazer.

Convém também sublinhar Ogata (2012b, p.203) quando diz que não existe limite

para que a gestão de pessoas trabalhe com soluções estruturadas em busca de uma produção

de estilo mais saudável na vida pessoal e profissional com bem-estar no ambiente de trabalho.

Segue no quadro abaixo a comprovação destes fatos.

61

Quadro 14

Abordagem Psicológica: fator crítico 2 do conceito de produtividade

P

SIM % NÃO %

22. O apoio fornecido por seus superiores

é fundamental para o seu bom

desempenho no ambiente de trabalho?

38 95 2 5

23. O tratamento para com os

funcionários da empresa ocorre de forma

igualitária e sem preconceitos,

independente de sexo, idade ou cargo

ocupado?

25 63 15 37

Fonte: Elaborado pela autora (2014)

O outro ponto de vista quanto à produtividade é a abordagem organizacional que

também reforça a ideia de Frederick Herzberg em relação aos fatores extrínsecos como

gratificações e/ou bonificações de acordo com sua produtividade ou até mesmo promoções

baseadas em competência. Sendo um critério atual na empresa RECICLA (Indústria e

Comércio de Metais LTDA) que coincidentemente está sendo implantado atualmente na

empresa, alguns já estão recebendo e outras ainda não.

Isso torna impossível verificar o seu impacto quanto o valor estabelecido. Apenas

o que pode ser dito é que os colaboradores esperam ansiosos por esse benefício extra, portanto

já tentam produzir mais para receberem melhores recompensas no final do mês.

Mesmo os colaboradores dando certa importância ao lado financeiro para que

existisse com ele mais aumento na produtividade, os mesmos relatam que se identificam com

a organização, correspondendo a 70% dos entrevistados (28 pessoas), ao ponto de afirmar que

trabalham na RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA) por motivos além da

necessidade financeira, conforme quadro abaixo:

62

Quadro 15

Abordagem Organizacional: fator crítico 2 do conceito de produtividade

O

SIM % NÃO %

24. Você recebe gratificações ou bonificações

de acordo com sua produtividade? 20 50 20 50

25. Ocorrem promoções baseadas em sua

competência ou produtividade? 20 50 20 50

26. Tenho a oportunidade de participar de

decisões de planejamento? 20 50 20 50

27. Não consigo me identificar com a

organização, só estou aqui pela necessidade

financeira.

12 30 28 70

Fonte: Elaborado pela autora (2014)

No que se refere ao conceito de Legitimidade pode-se observar nesse fator crítico

do BEO que a maioria dos colaboradores da empresa RECICLA (Indústria e Comércio de

Metais LTDA) tem um caráter legítimo de satisfação quanto à saúde, pois sabem que podem

contar com o benefício fornecido pelo auxilio médico que a empresa os proporciona.

Observa-se também que a maioria dos colaboradores confirma estarem satisfeitos e

orgulhosos por fazerem parte desta organização, tornando os seus familiares orgulhosos assim

também com o que fazem.

Sucesso (1998, apud VASCONCELOS, 2001b, 28) menciona essa questão do

orgulho ao trabalho, como sendo uma das abrangências dentre as dez que ele cita de forma

geral, que retrata a qualidade de vida no trabalho.

O motivo desse orgulho, segundo os colaboradores, se dá pelo prazer, o trabalho e

por reconhecerem a importância ambiental que o exercício de suas atividades condiciona a

natureza. Pois trabalham com recursos que poderia prejudicar a natureza, mas que estão sendo

preparados por eles para que outras empresas os transformem em novos produtos a serem

comercializados. Abaixo segue os resultados que mais foram destacados quanto estes

questionamentos, dada uma escala de muito insatisfeito a muito satisfeito destacando-se

apenas o item de satisfação, veja no quadro 16:

63

Quadro 16

Todas as Abordagens: fator crítico 3 do conceito de legitimidade

Fonte: Elaborado pela autora (2014)

BIOLÓGICO

(ABORDAGEM

BPSO-96)

PSICOLÓGICO

(ABORDAGEM

BPSO-96)

SOCIAL

(ABORDAGEM

BPSO-96)

ORGANIZACION

AL

(ABORDAGEM

BPSO-96)

QU

ES

TIO

NA

ME

NT

OS

:

28. Como você se sente

com o que a

organização lhe

fornece em alguns

benefícios como, vale

refeição, cesta básica,

ou similar, previdência

privada?

30. Como sua família

se sente quanto ao

orgulho de você fazer

parte desta

organização?

33. Como você se

sente quanto ao

grau de empenho

dos funcionários em

ajudar uns aos

outros? 35. Como você se

sente quanto a

oportunidade de

carreira oferecida

pela organização é

muito atraente?

29. Como você se

sente com o convênio

médico oferecido pela

empresa?

31. Como você se

sente trabalhando

nessa empresa?

34. Como você se

sente com relação

as oportunidades de

participar de

eventos importantes

da empresa?

32. Como você se

considera em nível de

importância pela

empresa?

FA

TO

R C

RÍT

ICO

DE

LE

GIT

IMID

AD

E (

BE

O):

Pessoas

Satisfeitas %

Pessoas

Satisfeitas %

Pessoas

Satisfeitas %

Pessoas

Satisfeita

s

%

17 43 31 78 27 68

31 78

Pessoas

Satisfeitas %

Pessoas

Satisfeitas %

Pessoas

Satisfeitas %

28 70

22 55

29 73 Pessoas

Satisfeitas %

22 55

64

Dando continuidade segue o fator crítico que considera o conceito de perfil do

gestor. Com ele foi possível identificar o poder e a influência do líder na gestão das atividades

dos colaboradores. Os entrevistados mencionaram em uma das abordagens desse fator crítico

que há na organização um bom relacionamento entre os colaboradores e seus superiores, pois

quando questionados se recebem algum apoio para realizarem do seu trabalho, bem como se

há um relacionamento satisfatório com os mesmos, a resposta foi SIM para os dois

questionamentos. Sendo 95% (38 pessoas) para o primeiro e 88% (35 pessoas) para o

segundo.

Esse apoio com os superiores pode ser comprovado no fornecimento financeiro

parcial para cursos externos de integração respondendo assim, 90% (36 pessoas) dos

entrevistados. Isso retrata a questão do reconhecimento para um melhor desenvolvimento. Os

mesmos dizer existir na organização vários cursos de reciclagem na área de atuação da

empresa, bem como o financiamento parcial de cursos profissionalizantes fora da empresa

para que os mesmos possam ampliar o seu nível intelectual e profissional, já que a empresa

abre oportunidade interna de crescimento no cargo.

Figura 3 Palestra de segurança SESMT

65

Veja abaixo esse quadro completo com todas essas informações contextualizadas:

Quadro 17

Todas as Abordagens: fator crítico 4 do conceito de perfil do gestor

Fonte: Elaborado pela autora (2014)

No fator crítico de Práticas e Valores segue no caso da empresa RECICLA

(Indústria e Comércio de Metais LTDA), que os colaboradores não compreendem muito bem

a importância da prática de um programa de QVT, apenas confirmam que a empresa cria

projetos voltados para a cidadania, realizam comemorações em datas comemorativas e sempre

desenvolvem atividades de lazer com premiações para todos os colaboradores, bem como

visam na prática de campanhas, para melhorar os maus hábitos dos funcionários (contra o

câncer, fumo, álcool, sedentarismo, etc.). Mas não sabem expressar-se quanto ao conceito de

QVT e de sua importância.

BIOLÓGICO

(ABORDAGEM

BPSO-96)

PSICOLÓGICO

(ABORDAGEM

BPSO-96)

SOCIAL

(ABORDAGEM BPSO-

96)

ORGANIZACION

AL (ABORDAGEM

BPSO-96)

QU

ES

TIO

NA

ME

NT

OS

:

36. Você entende que

uma boa saúde é

fundamental para o

bom desempenho no

ambiente de

trabalho? 38. A empresa sabe

ouvir sempre as

sugestões dos

funcionários?

39. Tenho um

relacionamento

satisfatório com meus

superiores? 41. A organização

fornece

financiamento

parcial de cursos

externos?

37. Você acha que a

organização entende

que uma boa saúde é

fundamental para o

bom desempenho no

ambiente de

trabalho?

40. Recebo apoio para

realizar o meu

trabalho?

FA

TO

R C

RÍT

ICO

DO

PE

RF

IL D

O G

ES

TO

R

(BE

O):

SI

M %

O %

SI

M %

N

Ã

O

% SIM % NÃO % SIM %

N

Ã

O

%

40 100 0 0

22 55 18 45

35 88 5 12

36 90 4 1

0 SI

M %

O % SIM % NÃO %

39 98 1 2 38 95 2 5

66

Figura 4 Ação semana interna de prevenção de acidentes do trabalho (SIPAT)

Na visão deles foi constatado que os mesmos estão satisfeitos com as práticas da

empresa com relação à importância dada pelos quesitos citados acima. O que mais deve ser

dado como atenção para os gestores, é quanto o respeito que os mesmo dizem dá as ideias

dadas pelos funcionários, pois os colaboradores em sua maioria afirma sentir-se satisfeito,

sendo 21 pessoas dos entrevistados (53%), mas ainda existem 14 pessoas (35%) que se

consideram insatisfeitas e isso merece ser dado mais importância pela parte administrativa.

Esse fato pode ser observado na afirmação de Costa (2003) que segue essa linha

de raciocínio descrevendo o conceito sobre humanização no ambiente de trabalho, como

sendo de fundamental importância para as organizações por significar o respeito pelo

trabalhador enquanto pessoa, enquanto ser humano, valorizando-o em razão da dignidade que

lhe é intrínseca. E o fazendo sentir importante. Veja abaixo:

67

Quadro 18

Abordagem Psicológica: fator crítico 5 do conceito de Práticas e Valores

NÍVEL

MUITO

INSATISFEITO INSATISFEITO SATISFEITO

MUITO

SATISFEITO

P

43. Como você se sente

quanto a respeito de

ideias dadas pelos

funcionários?

1 14 21 4

Fonte: Elaborado pela autora (2014)

Diante desse argumento Vale citar Kunsch (2003, p. 159, apud CHAMON, 2011,

p. 54) que demonstra a sua opinião quanto à importância da comunicação interna no âmbito

organizacional, dizendo que ela reside, sobretudo, nas possibilidades que a empresa tem em

oferecer um relacionamento que estimula o diálogo e a troca de informações entre a gestão

executiva e a base operacional. Essa prática quando levada a serio torna o ambiente mais

harmonioso e com mais respeito.

Por fim, segue a última análise do modelo associado à abordagem do fator crítico

de Nova Competência. Para Limongi-França e Kanikadan (2006) esse fator toma como

referência as especialidades e conhecimentos específicos para realizar as ações de Qualidade

de Vida no Trabalho (QVT), desde as ações aleatórias aos programas integrados na estratégia

de negócios da organização.

Assim, nota-se pelos dados contidos que o conjunto de colaboradores mais

satisfeitos avalia esse quesito na empresa RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA)

como positivo mesmo que necessitando de ajustes, pois trabalhar com a QVT não é algo que

se vê o impacto num curto espaço de tempo, mas sim com o passar do tempo.

Bom, eles respondem na abordagem biológica e social que entendem a

importância de se ter no ambiente de trabalho e para a vida pessoal a existência de hábitos e

de um relacionamento interpessoal saudável no ambiente de trabalho. Porém tem a questão da

dificuldade de fomentar sobre o conceito de QVT, já citado no inicio da análise.

Na abordagem organizacional se confirma com 98% dos entrevistados, ou seja, 39

pessoas, que os mesmos consideram o seu trabalho interessante ao mesmo tempo em que é

68

desafiador. Não sendo diferente essa quase unanimidade confirmada nos seus sentimentos em

respeito e admiração pela profissão executada na RECICLA (Indústria e Comércio de Metais

LTDA) como positivo.

Assim, em termos de conclusão desta análise, objetiva-se destacar o entendimento

da gestora do setor de RH quanto o conceito de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT). Sendo

para a mesma, uma criação de mecanismos criativos que se torna como resposta de produção

para empresa, agindo na vida do colaborador e o fazendo sentir prazer pelo que faz. Pois se

ele passar a gostar do que ele faz, ele acaba por “não trabalhar” e, por conseguinte passa a

produzir mais e de maneira saudável, que é melhor ainda.

Ela diz que deve uma importância a QVT, porque são oito horas de trabalho, e o

trabalho é árduo, principalmente na produção sem falar que segundo a mesma não dá para

separar o lado pessoal do lado profissional, pois está tudo intimamente ligado. A mesma

relata que quando o colaborador está estimulado, com sentimento de prazer com a prática do

exercício. É nesse momento que a empresa entra com suas atividades de motivações por meio

das reuniões mensais com os colaboradores e práticas lúdicas.

Ela comenta durante a entrevista de como foi fundado o setor de Recursos

Humanos (RH), fala sobre o GRUPO PATRICIO’S que é composto por seis empresas. Mas

que apenas uma delas fica mais distante, em Mossoró, é a que menos se consegue atuar,

porque o setor de RH atua numa empresa só para as demais, que no caso é na Recicla. Fala de

sua equipe, formada por cinco pessoas com ela, uma do setor pessoal, duas do RH, e uma

técnica de segurança do trabalho responsável pelo setor de SESMITE.

Todas dão suporte a gestora do RH, que atua há três anos na empresa RECICLA

(Indústria e Comércio de Metais LTDA), sendo ela a responsável pela criação desse setor no

grupo e pela implementação da QVT nessa empresa, chegando até a exportar para a China.

Ainda falando sobre a dificuldade que enfrentou quando iniciou a criação do setor

de RH há três anos. A mesma relata que organizar as situações em processos requer grandes

mudanças e isso impactou em resistência as necessárias para que o mesmo fosse implantado.

Também fomentou acerca da falta da motivação que existia da parte dos colaboradores. Ela

acredita que isso se dava por conta da ausência do setor de RH e da presença do dono na

empresa.

Para ela a presença do setor não foi algo que contribuiu apenas financeiramente

para organização, mas também fez com que o colaborador se sentisse visto e mais importante.

Daí por diante, ela começa a falar sobre algumas atividades que a mesma realiza na empresa

69

de modo que proporciona aos colaboradores momentos de bem-estar e lazer no ambiente de

trabalho, e porque não a existência da Qualidade de Vida no Trabalho (QVT). Tais como um

café da manhã na páscoa com distribuições de chocolates com mensagens e espaço aberto

para eles mesmos se relacionarem mais e melhor fomentando sobre a temática. Veja abaixo a

ilustração da figura 5 que mostrar o fato ocorrido nessa data comemorativa:

Figura 5 Ação da páscoa

Por isso, que a gestora do RH acredita na Qualidade de Vida no Trabalho (QVT)

como essencial para o desenvolvimento de um desempenho maior e melhor no ambiente de

trabalho, onde a organização deve investir no colaborador em motivação e com isso obter

êxito no que a empresa oferece para o mercado comercial.

Mesmo dando essa importância para aplicação do programa de QVT, ela acredita

que não é fácil de montar um programa de QVT, pois requer muita criatividade, o fazer

sempre, e conquistar o mais importante, o aval da direção como apoio em liberação e

financiamento para a execução das atividades de QVT.

E é assim, que as atividades de QVT ocorrem na empresa RECICLA (Indústria e

Comércio de Metais LTDA), com o setor de RH sempre usando da criatividade para com os

colaboradores, desde estarem dispostas para ouvi-los no que o setor sempre pode melhorar

quanto à existência do estimulo de bem-estar e harmonia na empresa. O setor também

procura sempre que possível, fornecer cursos de aperfeiçoamento do ramo em loco; fornecem

financiamento parcial para cursos técnicos fora da empresa; participam de ações, tais como o

70

dia da criança; criam palestras motivacionais e sobre vários temas importantes como: saúde,

segurança, prevenção (campanha outubro rosa, novembro azul), a importância de se usar os

EPI’s, etc. Veja abaixo a ilustração de uma das ações, a do dia das crianças:

Figura 6 Ação dia das crianças

Outros fatores dados são o apoio médico periodicamente; os benefícios como:

plano de saúde; plano odontológico; seguro de vida; vale alimentação; alimentação no local e

agora premiações e/ou gratificações extras. Bem como disponibilizam espaços, mesmo que

pequenos, para os mesmos se reunirem para atos religiosos durante o horário de almoço. Mas,

relatou que num futuro bem próximo a empresa já trabalha a transferência para o outro terreno

do lado, onde nele constroem uma estrutura maior e melhor em espaço e desde já se

comprometem em fazer um local reservado para o descanso e o lazer do colaborador.

71

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

O mundo de hoje vive em um processo contínuo de mudanças e transformações

que levam as pessoas a se moldarem também, para que as mesmas possam acompanhar os

mais variados avanços, sem se sentirem excluídos da sociedade. E isso requer das pessoas

mais habilidades, competências, conhecimentos e desenvolvimento mútuo.

Assim, no âmbito organizacional não é diferente, as pessoas de hoje se tornam

mais exigentes quanto à disponibilidade de valor e bem-estar que a empresa venha a oferecer

ao trabalhador. Por isso que os gestores das organizações atuais buscam cada vez mais criar

meios que estabeleçam um vínculo mais harmonioso com os seus colaboradores.

Dessa forma, com base nesse conjunto de informações em termo geral, foi que se

se realizou esta pesquisa abordada sobre a temática de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT),

avaliando a percepção dos colaboradores quanto o conceito de Qualidade de Vida no Trabalho

(QVT) observando também a aplicação da QVT nas ações da empresa RECICLA (Indústria e

Comércio de Metais LTDA) de São Gonçalo do Amarante/RN.

A partir das evidências estudadas e analisadas na organização, foi possível

compreender mais sobre o conceito de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) quando se

busca a compreensão das pessoas de dentro da organização. Dado o exposto, concluir-se com

os resultados que de fato na empresa analisada existe a aplicação de atividades estimuladoras

da Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), mas quanto à percepção dos colaboradores sobre

essa ferramenta ainda deixa a desejar, pois quando questionados em suas opiniões não

conseguem com clareza definirem quanto o seu conceito, importância e impactos positivos

que a QVT proporciona em suas vidas.

Eles reconhecem o sentimento de prazer pelo que fazem na empresa, que há um

relacionamento harmonioso onde a mesma disponibiliza condições seguras, saudáveis e

necessárias para que no ambiente de trabalho exista bem-estar e etc. Com essas informações

tornou-se possível dizer que os objetivos propostos pela pesquisa foram cumpridos.

Assim, o que de mais importante é proposto para a gestão de RH da empresa

RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA) é que continue usado da criatividade

quanto o incentivo a maximização da aplicação da QVT em constante no ambiente

organizacional, usando como base os conceitos já existentes em vários modelos de autores de

renome nessa temática. Bem como passe a dá mais uma atenção ao conceito do saber ouvir

72

mais os colaboradores em suas sugestões, para mostra a eles que são importantes também nas

tomadas de decisões da organização. E principalmente os instrua quanto ao significado de

tudo o que a empresa faz para que aos poucos os mesmos possam entender melhor o objetivo

da Qualidade de Vida no Trabalho (QVT).

Que a RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA) possa vê a QVT como

um auxilio em sua gestão administrativa, que passe a pensar no colaborador como peça

importante dentro do âmbito organizacional e, portanto entenda que os seus mecanismos de

aplicação são fundamentais para o progresso do colaborador e da organização, de modo que

haja com mais frequência no trabalho uma convivência melhor. Que se possível à empresa

veja a questão da gratificação e/ou compensações para todos os colaboradores para que os

mesmos se sintam mais motivados em produzir mais e melhor, já que confirmaram em sua

maioria na análise que se o salário aumentasse produziria mais.

Vale ressaltar também que seria interessante para a organização que a mesma

realiza-se novamente uma pesquisa sobre QVT, buscando descobrir sempre como suas ações

estão impactando no dia-a-dia dos colaboradores, e porque não, descobrirem o saber dentro

das possibilidades do como melhorarem os benefícios já disponibilizados, detectando outros

aspectos que carecem de solução, ponderando algumas situações, analisando outras, avaliando

e definindo novas medidas necessárias para corrigir pontos desfavoráveis na aplicação da

qualidade de vida executada no ambiente de trabalho.

Por fim, fomentar sobre este aprendizado é se permitir a um compartilhamento de

conhecimentos e habilidades que servirão como acréscimo não apenas no meio acadêmico,

mais principalmente na vida profissional e pessoal. Desta forma, observando a esse modo,

compreende-se que a experiência vivenciada nesta pesquisa pode fornecer mais fortemente a

avaliação do quanto é importante à agregação do valor teórico com a experiência observada

na prática para um melhor desempenho intelectual no papel de um administrador.

Bem como deixa claro sob a óptica da temática abordada, a importância do

assunto sobre Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), e isso só gera uma troca mútua de

experiência e conhecimento entre o aluno quanto pesquisador, e a organização. Como também

contribui para a formação das características do colaborador para ser um bom profissional, ter

mais a capacidade e desempenho no trabalhar em equipe e adaptando-se às mudanças,

buscando respeitar às pessoas do local de trabalho, ter mais responsabilidade, uma saúde de

qualidade, bem-estar e principalmente humildade, uma vez que o sucesso do desempenho

acadêmico, profissional e pessoal está no compartilhamento das ideias e no respeito ao

próximo e aos seus limites.

73

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ROMÃO, Cesar. Empresa Socialmente Humanizada. 2005. Disponível em:

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RONCHI, Carlos César. Sentido do trabalho: saúde e qualidade de vida./ Carlos César

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ROSSI, Ana Maria; QUICK, James Campbell e PERREWÉ, Pamela L. (organizadores).

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SILVA, Raquel Sales da. Qualidade de vida na percepção de funcionários da limpeza

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79

APÊNDICES

80

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO

Apêndice A - Roteiro de Entrevista a Gestora do Setor de RH da Empresa RECICLA

(Indústria e Comércio de Metais LTDA)

ROTEIRO DE ENTREVISTA (Gestora de RH)

Desde já agradeço a contribuição do (a) mesmo (a), quanto à contribuição na resolução desse

questionário e no apoio da realização da presente pesquisa de trabalho de conclusão de curso

da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Você não será identificado e as respostas

apenas serão utilizadas unicamente para o fim acadêmico.

BLOCO ÚNICO DE PERGUNTAS ABERTAS:

Considerando o conceito de QVT e sua aplicação na empresa Recicla, segue abaixo alguns

questionamentos, destinados para a gestora do setor de RH retratar sua opinião sobre a

temática, veja:

1. Qual a sua visão sobre o conceito de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), quanto

gestora do setor de RH da empresa RECICLA (Indústria e Comércio de Metais LTDA)?

2. Desde quando está sendo implantado a QVT na empresa?

3. Como ocorre a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) na empresa?

4. O que você diz de retorno pelo o que já faz em QVT na empresa, perante as expectativas

dos os colaboradores?

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CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO

Apêndice B - Roteiro de Entrevista aos Colaboradores da Empresa RECICLA (Indústria e

Comércio de Metais LTDA)

ROTEIRO DE ENTREVISTA (Colaboradores)

Caro colaborador,

O presente questionário faz parte de um trabalho de conclusão de curso da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, portanto gostaria de pedir a sua colaboração na resolução

desse questionário. Você não será identificado e as respostas apenas serão utilizadas

unicamente para o fim dessa pesquisa.

Desde já agradeço a contribuição!

BLOCO 1 - PERGUNTAS DE IDENTIFICAÇÃO:

Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

Idade: ( ) Entre 20 e 25 anos ( ) Entre 30 e 35 anos

( ) Entre 40 e 45 anos ( ) Mais de 50 anos

Estado civil: ( ) Casado (a) ( ) Solteiro (a) ( ) Divorciado (a) ( ) Amigado (a)

Cargo inicial: Cargo atual:

Tempo de empresa: ( ) Menos de 1 ano ( ) De 1 a 4 anos ( ) De 5 a 9 anos ( ) Mais de 10 anos

Cargo horário de trabalho (exceto hora extra):

82

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CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO

BLOCO 2 - PERGUNTAS FECHADAS:

Considerando os conceitos do Modelo de Limongi-França & Kanikadan, segue com

pequenas mudanças, a visão combinada do BPSO-96 (Biológico (B); Psicológico (P); Social

(S) e Organizacional (O)) com o BEO (QVT; Produtividade; Legitimidade; Perfil do Gestor;

Práticas e Valores; e Novas competências).

Foram definidas separadamente as seguintes assertivas, aonde você irá marque um X na

alternativa que melhor retrata a sua opinião, veja abaixo:

CONSIDERANDO O CONCEITO DE QVT

B

SIM NÃO

1. O trabalho lhe traz preocupações ou aborrecimentos?

2. A quantidade de horas trabalhadas prejudica meu estado geral de saúde?

3. Sua Jornada de trabalho é adequada?

4. Você se considera satisfeito com relação à organização do seu ambiente de

trabalho?

P

NÍVEL MUITO

INSATISFEITO INSATISFEITO SATISFEITO

MUITO

SATISFEITO

5. Como você se sente com relação à

aplicação dos programas de qualidade

de vida no trabalho?

6. Como você se sente em relação ao

seu trabalho?

7. Como você se sente para expressar

sua opinião aos seus superiores?

8. Como você se sente com o seu

salário e com os benefícios que recebe,

tais como: vale transporte; auxilio

alimentação; assistência médica e/ou

odontológica?

83

S

SIM NÃO

9. Você está satisfeito (a) com o relacionamento chefia/empregado na

empresa?

10. A organização realiza confraternizações ou atividades de lazer com os

funcionários e seus familiares?

11. Fora do seu trabalho, você tem tempo disponível para lazer e atividades

sociais?

12. Seu trabalho influencia em sua vida familiar?

O

NÍVEL

MUITO

INSATISFEITO INSATISFEITO SATISFEITO

MUITO

SATISFEITO

13. Como você se sente com relação à

flexibilidade da empresa quanto ao

horário de trabalho quando você

necessita realizar outras atividades

paralelamente?

14. Como você se sente com relação à

imposição de tarefas desafiadoras no

ambiente de trabalho?

15. A realização de exames médicos

de admissão lhe faz sentir-se?

16. A realização de exames médicos

periódicos lhe faz sentir-se?

17. A disponibilidade da empresa em

fornecer ferramentas e técnicas de

proteção e segurança no trabalho lhe

faz sentir-se?

CONSIDERANDO O CONCEITO DE PRODUTIVIDADE:

SIM NÃO

B

18. Com a segurança de um convênio médico, posso realizar melhor o meu

trabalho?

19. Se eu tivesse um salário maior, faria melhor o meu trabalho?

20. A organização incentiva à prática de esportes?

21. Tenho dificuldade para me locomover para a empresa?

P

22. O apoio fornecido por seus superiores é fundamental para o seu bom

desempenho no ambiente de trabalho?

23. O tratamento para com os funcionários da empresa ocorre de forma

igualitária e sem preconceitos, independente de sexo, idade ou cargo ocupado?

O

24. Você recebe gratificações ou bonificações de acordo com sua

produtividade?

25. Ocorrem promoções baseadas em sua competência ou produtividade?

26. Tenho a oportunidade de participar de decisões de planejamento?

27. Não consigo me identificar com a organização, só estou aqui pela

84

necessidade financeira.

CONSIDERANDO O CONCEITO DE LEGITIMIDADE:

NÍVEL MUITO

INSATISFEITO INSATISFEITO SATISFEITO

MUITO SATISFEITO

B

28. Como você se sente com o que

a organização lhe fornece em

alguns benefícios como, vale

refeição, cesta básica, ou similar,

previdência privada?

29. Como você se sente com o

convênio médico oferecido pela

empresa?

P

30. Como sua família se sente

quanto ao orgulho de você fazer

parte desta organização?

31. Como você se sente

trabalhando nessa empresa?

32. Como você se considera em

nível de importância pela empresa?

S

33. Como você se sente quanto ao

grau de empenho dos funcionários

em ajudar uns aos outros?

34. Como você se sente com

relação as oportunidades de

participar de eventos importantes

da empresa?

O 35. Como você se sente quanto a

oportunidade de carreira oferecida

pela organização é muito atraente?

CONSIDERANDO O CONCEITO DE PERFIL DO GESTOR:

SIM NÃO

B

36. Você entende que uma boa saúde é fundamental para o bom desempenho

no ambiente de trabalho?

37. Você acha que a organização entende que uma boa saúde é fundamental

para o bom desempenho no ambiente de trabalho?

P 38. A empresa sabe ouvir sempre as sugestões dos funcionários?

S 39. Tenho um relacionamento satisfatório com meus superiores?

40. Recebo apoio para realizar o meu trabalho?

O 41. A organização fornece financiamento parcial de cursos externos?

85

CONSIDERANDO O CONCEITO DE PRÁTICAS E VALORES:

NÍVEL MUITO

INSATISFEITO INSATISFEITO SATISFEITO

MUITO SATISFEITO

B 42. Como você se sente quanto a

existência de campanhas na empresa

que visa melhorar os maus hábitos dos

funcionários (fumo, álcool,

sedentarismo)?

P

43. Como você se sente quanto a

respeito de ideias dadas pelos

funcionários?

44. Como você se sente quanto à

harmonia e o respeito no ambiente de

trabalho?

S

45. Como você se sente com a

aplicação de projetos voltados para a

cidadania?

O

46. Como você se sente com a forma

utilizada para recrutamento e seleção de

funcionários na empresa?

47. Como você se sente quanto à

preparação da empresa em técnicas o

colaborador para lidar com a evolução

tecnológica?

CONSIDERANDO O CONCEITO DE NOVA COMPETÊNCIA:

SIM NÃO

B 48. Acredito que é fundamental para os funcionários desenvolverem hábitos de

vida saudáveis?

P 49. Seu superior sempre me ajuda quando tenho problemas que afetam meu

estado emocional?

S 50. Há de vez em quando um diálogo informal com o meu superior?

O 51. O seu trabalho é interessante ao mesmo tempo em que é desafiador?

52. É fundamental para o funcionário saibam bem o que fazem?

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Apêndice C - Encaminhamento

ENCAMINHAMENTO

Encaminhamos a discente ___________________________________, matrícula nº

__________________ do Curso de Administração da UFRN, para aplicar questionários como

parte integrante do seu Trabalho de Conclusão de Curso (monografia), sob a orientação da

professora _____________________________________.

Coordenação do Curso de Administração, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Natal, ______de ____________________de 2014.

À

Empresa __________________________________________

_____________________/RN.

Campus Universitário – Edif. CCSA – 1º andar – CEP 59072970 – NATAL/RN

Fone: (0xx84) 2153499 ou 2153498; Fax: (0xx84) 2153496

e-mail:[email protected] – home-page:www.ccsa.ufrn.br/administracao

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CURSO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO

Apêndice D - Termo de Autorização de Entrevista

TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE ENTREVISTA

Eu, ______________________________________________________________,

brasileiro (a), Representante de um dos Setores da Empresa Analisada, portador (a) da

cédula de Identidade RG n°_____________________, AUTORIZO a aluna da turma

___________________, do Curso Superior em Administração da UFRN, registrar em

áudio e/ou escrita, uma entrevista comigo e com alguns funcionários da empresa,

contendo nesse diálogo dados relevantes para a sua pesquisa, no intuito de validar esses

dados para a sua conclusão de curso. Autorizo também a mesma fotografar o espaço

durante o evento e abordar os participantes, desde que os mesmos se disponibilizem a

participarem da pesquisa. Reforço ainda que concordo que seja citado no momento do

trabalho escrito e na apresentação do mesmo, minhas informações pessoais tais como:

Sexo, Idade, Função/Cargo e Escolaridade, EXCETO meu nome e o número do meu

registro geral(RG), sendo este registro utilizado somente para ajudar na comprovação da

análise dos dados e qualificação desta pesquisa.

Natal, ______de ____________________de 2014.

_____________________________________________

Assinatura do Chefe do Setor Entrevistado (a)

_____________________________________________

Assinatura da Entrevistadora

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