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ESTUDO DE APLICAÇÃO DO COBIT COMO SUGESTÃO DE PRÁTICA DE GOVERNANÇA EM TI NA SUPERINTENDÊNCIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (SUTEC) DA CORSAN Vagner Kunz Cabral 1 Orientador: Ery Clovis Petry Jardim Junior 2 RESUMO Atualmente os gestores de empresas que possuem a Tecnologia da Informação como área fim reconhecem a necessidade de implantação de metodologias e uso de frameworks de governança para gerenciamento de seus processos internos e busca de excelência em serviços. Dificuldades adicionais são encontradas em empresas cuja atividade fim não é a Tecnologia da Informação, como é o caso da CORSAN que tem como foco a prestação de serviços à comunidade no que tange o saneamento. Assim, o estudo apresentado é focado na Superintendência de TI e o objetivo é a aplicação de premissas do framework COBIT para uma medição efetiva de processos e verificação de maturidade neste contexto. Em alinhamento com práticas de governança de TI o estudo foi desenvolvido em 2011 sobre os aspectos estratégicos da TI e da organização em uma tentativa de aderência entre os processos de aspecto operacional, tático e estratégico além de uma busca da excelência nos mesmos. Palavras-chave: TI; COBIT; Processos ABSTRACT Currently the company managers who have the information technology area in order to recognize the need for implementation of methodologies and use of governance frameworks to manage its internal processes and pursuit of service excellence. Additional 1 Bacharel em Análise de Sistemas pela UNISINOS (2000); MBA em Gestão Estratégica e Inovação pelo UNILASALLE (2008); Especialista em Governança de TI pelo SENAC (2013); MBA em Administração Pública e Gerência de Cidades pela FATEC INTERNACIONAL / UNINTER (2014); Email: [email protected] 2 Possui Especialização em MBA em Gestão Ambiental e Projetos Sustentáveis Faculdade Internacional de Curitiba, FACINTER, Brasil. (2011); Especialização em Gestão de Projetos Ambientais e Sustentabilidade Faculdade Internacional de Curitiba, FACINTER, Brasil (2011); Especialização em Administração de Empresas com Ênfase em Qualidade Universidade Federal de Lavras, UFLA, Brasil (2011); Especialização em Ciências da Educação Universidade Ca'Foscari (2009); Especialização em Ciências da Educação Universidade do Sul de Santa Catarina, UNISUL, Brasil (2008); Especialização em MBA Executivo Empresarial em Gestão de RH Escola Superior Aberta do Brasil (2008); Graduação em Administração de Empresa Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Brasil (2011);Graduação em Gestão em Segurança Pública Universidade do Sul de Santa Catarina, UNISUL, Brasil (2007). Email: [email protected]

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ESTUDO DE APLICAÇÃO DO COBIT COMO SUGESTÃO DE PRÁTICA DE

GOVERNANÇA EM TI NA SUPERINTENDÊNCIA DE TECNOLOGIA DA

INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (SUTEC) DA CORSAN

Vagner Kunz Cabral 1

Orientador: Ery Clovis Petry Jardim Junior2

RESUMO

Atualmente os gestores de empresas que possuem a Tecnologia da Informação como área

fim reconhecem a necessidade de implantação de metodologias e uso de frameworks de

governança para gerenciamento de seus processos internos e busca de excelência em

serviços. Dificuldades adicionais são encontradas em empresas cuja atividade fim não é a

Tecnologia da Informação, como é o caso da CORSAN que tem como foco a prestação de

serviços à comunidade no que tange o saneamento. Assim, o estudo apresentado é focado

na Superintendência de TI e o objetivo é a aplicação de premissas do framework COBIT

para uma medição efetiva de processos e verificação de maturidade neste contexto. Em

alinhamento com práticas de governança de TI o estudo foi desenvolvido em 2011 sobre os

aspectos estratégicos da TI e da organização em uma tentativa de aderência entre os

processos de aspecto operacional, tático e estratégico além de uma busca da excelência nos

mesmos.

Palavras-chave: TI; COBIT; Processos

ABSTRACT

Currently the company managers who have the information technology area in order to

recognize the need for implementation of methodologies and use of governance

frameworks to manage its internal processes and pursuit of service excellence. Additional

1 Bacharel em Análise de Sistemas pela UNISINOS (2000); MBA em Gestão Estratégica e Inovação pelo

UNILASALLE (2008); Especialista em Governança de TI pelo SENAC (2013); MBA em Administração

Pública e Gerência de Cidades pela FATEC INTERNACIONAL / UNINTER (2014); Email:

[email protected]

2 Possui Especialização em MBA em Gestão Ambiental e Projetos Sustentáveis Faculdade Internacional de

Curitiba, FACINTER, Brasil. (2011); Especialização em Gestão de Projetos Ambientais e Sustentabilidade

Faculdade Internacional de Curitiba, FACINTER, Brasil (2011); Especialização em Administração de

Empresas com Ênfase em Qualidade Universidade Federal de Lavras, UFLA, Brasil (2011); Especialização

em Ciências da Educação Universidade Ca'Foscari (2009); Especialização em Ciências da Educação

Universidade do Sul de Santa Catarina, UNISUL, Brasil (2008); Especialização em MBA Executivo

Empresarial em Gestão de RH Escola Superior Aberta do Brasil (2008); Graduação em Administração de

Empresa Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Brasil (2011);Graduação em Gestão em

Segurança Pública Universidade do Sul de Santa Catarina, UNISUL, Brasil (2007). Email:

[email protected]

difficulties are found in companies whose main activity is the Information Technology, as

is the case of CORSAN that focuses on the provision of services to the community

regarding sanitation. Thus, the study presented here is focused on IT Oversight and the

goal is to apply COBIT framework of the premises for an effective measurement and

verification process of maturity in this context. In alignment with IT governance practices

study was developed in 2011 on the strategic aspects of IT and the organization in an

attempt to adhesion between the processes of the operational aspect, tactical and strategic

as well as a pursuit of excellence in them.

Keywords: IT; COBIT; Processes

INTRODUÇÃO

Em uma tentativa de tratarmos a Governança de TI como modelo eficaz dentro do

negócio da organização, é preciso que tenhamos implementados, de forma consistente, os

alicerces que sustentam esta governança. Para tratarmos os assuntos de tecnologia sob um

aspecto estratégico (e não mais puramente operacional como no passado) e,

consequentemente alinhados ao planejamento estratégico da organização, é preciso que a

área de tecnologia possua mecanismos transparentes, dinâmicos, sustentáveis e bem

configurados para o auxílio à tomada de decisões.

No contexto do atual cenário de TI da CORSAN, representado pela

Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação – SUTEC (esta

subordinada à Diretoria Técnica da Cia.), cuja função e atuação são objetos de estudo deste

trabalho, é notável que um Planejamento Estratégico de TI consistente e bem

fundamentado, poderia minimizar mudanças em sua abrangência e aspectos processuais de

TI. Estas mudanças ocorrem frente a alterações no Planejamento Estratégico Corporativo

da Cia. em mudanças de gestão governamental (períodos de quatro anos).

Atualmente a SUTEC passa por um processo de reestruturação departamental em

que demandas internas da Cia. voltadas para a TI aliadas à capacidade operacional do

quadro de funcionários, entre outros de menor relevância, foram fatores determinantes para

a caracterização dos novos departamentos e segmentação dos processos. Desta forma, a

superintendência caracterizaria melhor as demandas a ela destinadas, agregando valor a

produtos e à prestação dos serviços de TI bem como uma determinação mais eficiente de

responsabilidades pela busca de soluções em tecnologia.

Sob a visão de nossos clientes internos, o impacto de uma reestruturação do setor

não causaria mudanças imediatamente significativas no acesso à superintendência, no

entanto, a publicação deste processo bem como da condução dos processos internos da

superintendência norteado pelo real conhecimento das capacidades e responsabilidades é

ponto favorável à gestão de TI solidificando a metodologia aplicada no atendimento às

solicitações destes clientes e fluxo de trabalho desempenhado pelo corpo funcional de TI.

1.2 ESTRUTURA INTERNA DA CORSAN

A seguir é apresentado o Planejamento Estratégico da CORSAN que promove o

alinhamento entre os objetivos estratégicos, as diretrizes de gestão e seus respectivos

Programas e Projetos associados às diretorias de competência.

Figura 1 - Mapa Estratégico – CORSAN

Fonte: SUPLAG – Superintendência de Planejamento Orçamento e Gestão

O Mapa Estratégico da CORSAN reflete o planejamento estratégico, este elaborado

e revisado em períodos sazonais de quatro anos, diretamente relacionado a diretivas e

planejamento do governo do estado.

Internamente na CORSAN os Projetos são constituídos a partir do Planejamento

Estratégico e por consequência contidos nos orçamentos regidos por norteadores formais

como LDO (lei de diretrizes orçamentárias) e outros, sob responsabilidade da

Superintendência de Planejamento, Orçamento e Gestão (SUPLAG) alinhada diretamente à

Diretoria da Presidência.

1.2.2 ORGANOGRAMA

Figura 2 - Organograma das Diretorias

Fonte: SUPRIN – Superintendência de Relações Institucionais

No organograma acima estão apresentadas somente as diretorias, as quais são

compostas por superintendências. Cada Superintendência é composta por um conjunto de

departamentos, os quais suportam os processos a ela atribuídos.

Existem dez polos regionais, onde alguns dos departamentos se replicam em nível

regional.

Além desta estrutura, cada Unidade de Saneamento, que engloba o processo

produtivo, administrativo, comercial e financeiro em cada município em que a CORSAN

atua, possui um Chefe de Unidade, também conhecido como “Gerente”. Estes gerentes

respondem às Superintendências Regionais.

A Companhia Riograndense de Saneamento, CORSAN, oferece a seus clientes o

tratamento e abastecimento de água, a coleta, afastamento e/ou tratamento do esgoto

sanitário, o tratamento de efluentes líquidos, além de buscar a proteção ao meio ambiente,

através da execução de programas ambientais no estado do Rio Grande do Sul e atende

mais de sete milhões de usuários no Estado do Rio Grande do Sul, buscando a

universalização do saneamento, garantindo uma melhor qualidade de vida à população

gaúcha.

1.2.3 RESPONSABILIDADES GERAIS DAS ÁREAS

Conforme o Regimento Interno da CORSAN, no que tange as atribuições de cada

setor, é importante que se tornem conhecidos as responsabilidades expressas neste

documento, a saber:

Das Superintendências

a) elaborar, controlar e manter atualizadas as normas internas que regulamentam as

relações entre a Superintendência e as unidades organizacionais, padronizando

os procedimentos e fazendo cumprir os cronogramas;

b) propor à respectiva diretoria a política de ação e atuação da CORSAN, em sua

área de atuação;

c) elaborar e manter atualizado o planejamento e o orçamento da Superintendência,

contribuindo com os objetivos estratégicos da CORSAN;

d) gerenciar os indicadores da área visando atingir as metas estabelecidas;

e) assessorar tecnicamente o Diretor;

f) representar o Diretor, por delegação, em atos de interesse da Empresa;

g) gerenciar as atividades administrativas, patrimoniais e financeiras afetas à

Superintendência;

h) receber, analisar, registrar/atualizar no sistema de protocolo e encaminhar os

documentos para providências;

i) recepcionar e atender os visitantes;

j) elaborar documentos da Superintendência, conforme padrão definido;

k) manter atualizados os arquivos da Superintendência;

l) cumprir e fazer cumprir as diretrizes institucionais emanadas das Diretorias e da

Diretoria Colegiada;

m) gerenciar os sistemas utilizados para a execução das atividades da área.

Dos Departamentos

a) subsidiar a Superintendência na elaboração da política de atuação da CORSAN,

na área de sua competência;

b) manter os sistemas de orçamento e de planejamento estratégico atualizados no

seu âmbito de atuação;

c) gerenciar os indicadores da área visando atingir as metas estabelecidas;

d) receber, analisar, registrar/atualizar no sistema de protocolo e encaminhar os

documentos para providências;

e) elaborar documentos do departamento;

f) gerenciar os sistemas utilizados para a execução das atividades da área.

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

O planejamento estratégico demonstra uma proposta para organizar e alinhar a

empresa frente a objetivos organizacionais e desafia a gestão da empresa a desempenhar

seus desafios com efetividade.

Assim como no ciclo PDCA proposto por Walter Shewhart (URL 04) e mais tarde

divulgado por W. Edwards Demin, o planejamento estratégico é ciclado e deve ser

revisado constantemente para adequações se necessário.

As estratégias estabelecidas pela gestão são feitas a partir de uma análise de

cenários feitos a partir de uma relação entre ameaças e oportunidades sob pontos de vista

internos e externos à organização, reunidas sob forma de objetivos e demonstradas no

planejamento estratégico.

De acordo com este pensamento, podemos encontrar a seguinte passagem em (URL

02):

O plano estratégico nada mais é do que uma consolidação de ideias, que

por si só não produzem resultado algum. Ao contrário, é na implementação

dessas ideias que a organização vai obter o melhor da estratégia.

É necessário observar também que a estratégia precisa ser

constantemente reavaliada e reformulada, pois o processo todo – formulação e

implementação – não é construído apenas apoiado em questões concretas, mas é

produto de mecanismos altamente complexos. Isso sem falar nas mudanças

bruscas nos contextos dentro e fora da organização, imprevisíveis, muitas vezes.

Dessa forma, o maior desafio da gestão estratégica está relacionado à

sua efetividade prática no alcance dos objetivos organizacionais, isto é, na sua

capacidade de movimentar a organização e alinhá-la no sentido da prescrição

proposta pelo plano estratégico, com a adaptabilidade que esse processo exige.

Como toda função de gestão, isso pressupõe uma dinâmica permanente de

planejamento, execução, monitoramento, avaliação, ajustes e reajustes.

Figura 3 - Traduzindo a visão estratégica em 4 perspectivas

Fonte: (BSC 01) pg. 4

Acima, a proposta de Kaplan e Norton (BSC 01), cujo foco é promover a visão e

estratégia da empresa em quarto diferentes perspectivas: Financeira, Clientes, Processos

Internos e Aprendizado Organizacional.

1.2 ALINHAMENTO ESTRATÉGICO DE TI

O alinhamento estratégico da TI ao negócio para o qual a organização se propõe dá-

se em função da atuação e execução dos processos determinados pela Governança de TI.

Estes processos podem tornar o alinhamento e as soluções tecnológicas mais ou menos

aderentes à estratégia do negócio.

Enquanto componente do Ciclo de Governança de TI (GTI 02), o alinhamento

estratégico refere-se ao planejamento de TI que leva em consideração as estratégias da

empresa para seus produtos e atuação em geral.

Figura 4 - O Ciclo de Governança de TI

Fonte: (GTI 02) pg. 14

Desta forma, como demonstrado acima, no Ciclo de Governança de TI é

segmentado em quatro tópicos relacionados e que apresentam uma visão estratégica

ciclada a exemplo do planejamento estratégico circular baseado nas quatro perspectivas

sugeridas por Kaplan.

Para garantir a informação que a organização precisa, os recursos de TI precisam

ser gerenciados e o COBIT reúne processos e objetivos, destacando o impacto dos recursos

de TI com os requisitos de negócio.

1.3 COBIT

Conforme o Modelo COBIT criado e disponibilizado pela ISACA, encontramos em

(CBT 01, p.16):

Em respostas às necessidades descritas na seção anterior, o modelo CobiT

foi criado com as principais características de ser focado em negócios, orientado

a processos, baseado em controles e orientado por medições.

Ainda, logo a seguir, no mesmo Modelo:

O modelo Cobit é baseado nos seguintes princípios:Prover a informação

de que a organização precisa para atingir os seus objetivos, as necessidades para

investir, gerenciar e controlar os recursos de TI usando um conjunto estruturado

de processos para prover os serviços que disponibilizam as informações

necessárias para a organização.

Além disso, a orientação para negócios é o principal tema do COBIT, o

qual foi desenvolvido não somente para ser utilizado por provedores de serviços,

usuários e auditores, mas também, e mais importante, para fornecer um guia

abrangente para os executivos e donos de processos de negócios.

O modelo COBIT é baseado nos princípios ilustrados de forma a prover a

informação de que a organização precisa para atingir os seus objetivos, as

necessidades para investir, gerenciar e controlar os recursos de TI usando um

conjunto estruturado de processos para prover os serviços que disponibilizam as

informações necessárias para a organização.

Assim, é visto que o modelo Cobit v4.1 atua na implementação de metodologias

para alinhamento da estratégia do negócio com a estratégia de TI.

Figura 5 - Ilustração dos princípios do COBIT

Fonte: (CBT 01) pg. 12

2.3.1 OS PROCESSOS DO COBIT

Com um foco também voltado a processos, o Cobit é segmentado em seções

denominadas Domínios, em número de quatro são referenciadas em (CBT 01 pg. 18):

O CobiT define as atividades de TI em um modelo de processos genéricos com

quatro domínios. Esses domínios são Planejar e Organizar, Adquirir e

Implementar, Entregar e Suportar e Monitorar e Avaliar. Esses domínios

mapeiam as tradicionais áreas de responsabilidade de TI de planejamento,

construção, processamento e monitoramento.

O modelo CobiT fornece um modelo de processo de referência e uma linguagem

comum para que todos na organização possam visualizar e gerenciar as

atividades de TI. Incorporar o modelo operacional e a linguagem comum para

todas as áreas de negócios envolvidas em TI é um dos mais importantes passos e

ações preliminares para uma boa governança. Isto também fornece uma

metodologia para medição e monitoramento da performance de TI, comunicação

com provedores de serviços e integração das melhores práticas de

gerenciamento. Um modelo de processos incentiva a determinação de

proprietários dos processos, o que possibilita a definição de responsabilidades.

Na imagem a seguir, a ilustração do inter-relacionamento entre os quatro domínios

de responsabilidades e processos sugeridos pelo Cobit:

Figura 6 - Os Quatro Domínios Inter-relacionados do COBIT

Fonte: (CBT 01) pg. 18

Figura 7 – Visão Geral do Modelo COBIT

Fonte: (CBT 01) pg. 32

2 JUSTIFICATIVA

Atualmente o gerenciamento dos processos de TIC tem-se mostrado órfão de

diferentes resoluções impostas pela gestão estratégica da CORSAN e sujeitos a alterações

em prazos, segmentação de responsabilidades e outros que comprometem o entendimento

de funcionários dos demais setores da companhia sobre responsabilidades e premissas para

constituição de produtos e serviços em TIC.

Diante de possíveis alterações no Planejamento Estratégico da Cia. por diferentes

gestões designadas em função do poder executivo, e frente a uma reestruturação pela qual

passa a SUTEC, faz-se necessário um estudo de modelos e melhores práticas de

Governança de TI além de estudo da aplicação e aderência de frameworks conceituados

para alinhamento estratégico.

Como resultado deste estudo são vislumbradas sugestões de aplicação de

frameworks de melhores práticas em TI, permitindo subsídios na orientação e divulgação

dos processos de TI, interna e externamente à superintendência de TIC.

Assim, o framework escolhido para mapeamento e esclarecimento de objetivos e

responsabilidades foi o COBIT versão 4.1.

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Aplicar o COBIT em um estudo no setor de TI da CORSAN e mapear os

envolvidos e a maturidade em processos de TIC mais especificamente nos processos

relacionados ao domínio de Planejamento e Organização que promovem a visão estratégica

da TI.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Analisar o cenário atual de Tecnologia da Informação da Cia. Riograndense de

Saneamento – CORSAN e mapear as operações e serviços de TI da

Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação – SUTEC /

CORSAN;

Aplicar em uma matriz de responsabilidades e;

Elencar e questionar o nível de maturidade de processos sugeridos pelo domínio

Planejar e Organizar (PO) do COBIT.

4 METODOLOGIA

4.1 O CENÁRIO ATUAL DE TIC

Faz parte da estrutura da CORSAN a Superintendência de Tecnologia da

Informação e Comunicação, ligada diretamente à Diretoria Técnica. Esta possui a devida

prerrogativa pelo planejamento, controle e gestão dos projetos de TIC. Sendo assim, é

indicado que a guarda e a responsabilidade pela implementação de metodologia de

governança de TI na CORSAN fique a cargo desta Superintendência.

Conforme o regimento interno da Companhia cabe a SUTEC, resumidamente, as

seguintes atribuições:

Art. 123 A Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação tem como

objetivo suportar a Governança Corporativa com a melhor utilização dos recursos de

Tecnologia de Informação e Comunicação, provendo soluções alinhadas às diretrizes

estratégicas e necessidades de negócio.

4.1.1 ORGANOGRAMA ATUAL

A SUTEC conta com as seguintes Unidades Organizacionais vinculadas a ela:

I. Departamento de Projetos e Processos - DEPROP

II. Departamento de Tecnologia - DETEC

III. Departamento de Infraestrutura – DEINFRA

Figura 8 - Organograma DTEC

Fonte: SUTEC – Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação

Ainda, são descritas abaixo as responsabilidades de cada departamento à SUTEC

subordinados, conforme artigos do Regimento Interno da Cia.:

Art. 125 O Departamento de Projetos e Processos – DEPROP tem por objetivo orientar a

gestão de projetos e suportar os processos da Tecnologia da Informação e Comunicação –

TIC;

Art. 126 O Departamento de Tecnologia – DETEC tem por objetivo prover as áreas

de soluções buscando o alinhamento de suas necessidades com as soluções tecnológicas

existentes

Art. 127 O Departamento de Infraestrutura - DEINFRA tem por objetivo manter

operacional e atualizada tecnologicamente a infraestrutura de TI necessária para atender as

áreas de negócio da Companhia

4.1.2 O MAPEAMENTO DE OPERAÇÕES E SERVIÇOS DE TIC

Compondo o catálogo de serviços disponibilizado pela SUTEC por meio de seus

departamentos, temos como exemplo os seguintes serviços ao público interno da

Companhia:

Liberação de acesso a Software

Instalação de Software

Homologação de software

Manutenção de aplicações

Cadastramento de usuários

Compartilhamento de pastas

Alteração de permissões em pastas compartilhadas

Alteração de Grupos de segurança

Alterações de Caixas de email

Manutenção do serviço de impressão

etc.

Para cada procedimento do catálogo de serviços é disponibilizado um fluxograma

ilustrando o processo e as áreas envolvidas. Abaixo um exemplo de procedimento ilustrado

que contempla quatro diferentes estruturas envolvidas no processo de manutenção de

aplicações: DETEC, Fornecedor, Central de Serviços e Usuário.

Figura 9- Procedimento Operacional Padrão DETEC.05 Manutenção de Aplicações

Fonte: SUTEC – Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (disponível na intranet da

Cia)

4.1.4 MATRIZ RACI DE TIC - CORSAN

Com o auxílio de um comitê denominado CIMEG (Comitê Interno de Melhoria de

Gestão), formado por profissionais integrantes de todos os departamentos e grupos de

trabalho da SUTEC (apenas um funcionário por foco de atuação/grupo), pôde-se

preencher, conforme o entendimento conjunto e uma conseqüente visão sistêmica dos

processos, a Matriz RACI para cada atividade dos processos identificados no domínio

Planejar e Organizar do COBIT . Os dados foram validados pelos chefes de departamento

após o preenchimento.

Pre

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ário

PO1

Definir um Plano

Estratégico

de TI

Vincular

objetivos de negócio com

objetivos de TI;

I I I C,R C,A,R C,A,R C,A,R C,A,R C,A,R C,A,R R R C I

Identificar as

dependências críticas e o

desempenho

atual;

I I I C,R C,A,R C,A,R C,A,R C,A,R C,A,R C,A,R R R C I

Produzir um

plano estratégico

de TI;

I I I C,R C,A,R C,A,R C,A,R C,A,R C,A,R C,A,R R R C I

Produzir um plano tático de

TI;

I I I C,R C,A,R C,A,R C,A,R C,A,R C,A,R C,A,R R R C I

Analisar o portfólio de

programas e

gerenciar portfólio de

projetos e

serviços

I,A R,A C,I C,I C,I C,I C,I I I I

Tabela 1 - Parte da Matriz RACI das atividades do domínio Planejar e Organizar da TIC-Corsan

Legenda: R – Responsável / A – Accountable: quem presta conta sobre os resultados / I - Informado / C -

Consultado

4.1.5 MATURIDADES

A partir do levantamento dos responsáveis pelos processos, faz-se necessária a

montagem de um estudo da Maturidade de cada processo. Para isso utilizamos uma escala

de valores caracterizada no COBIT como o Modelo de Maturidade Genérico.

0 inexistente Completa falta de um processo reconhecido. A empresa nem mesmo

reconheceu que existe uma questão a ser trabalhada.

1 inicial / Ad hoc

Existem evidências que a empresa reconheceu que existem questões e

que precisam ser trabalhadas. No entanto, não existe processo

padronizado; ao contrário, existem enfoques Ad Hoc que tendem a ser

aplicados individualmente ou caso-a-caso. O enfoque geral de

gerenciamento é desorganizado.

2 Repetível, porém intuitivo

Os processos evoluíram para um estágio onde procedimentos similares

são seguidos por diferentes pessoas fazendo a mesma tarefa. Não existe

um treinamento formal ou uma comunicação dos procedimentos

padronizados e a responsabilidade é deixado com o indivíduo. Há um alto

grau de confiança no conhecimento dos indivíduos e conseqüentemente

erros podem ocorrer.

3 Processo definido

Procedimentos foram padronizados, documentados e comunicados

através de treinamento. É mandatório que esses processos sejam

seguidos; no entanto, possivelmente desvios não serão detectados. Os

procedimentos não são sofisticados, mas existe a formalização das

práticas existentes.

4 Gerenciado e Mensurável

A gerência monitora e mede a aderência aos procedimentos e adota ações

onde os processos parecem não estar funcionando muito bem. Os

processos estão debaixo de um constante aprimoramento e fornecem boas

práticas. Automação e ferramentas são utilizadas de uma maneira

limitada ou fragmentada.

5 otimizado

Os processos foram refinados a um nível de boas práticas, baseado no

resultado de um contínuo aprimoramento e modelagem da maturidade

como outras organizações. TI é utilizada como um caminho integrado

para automatizar o fluxo de trabalho, provendo ferramentas para

aprimorar a qualidade e efetividade, tornando a organização rápida em

adaptar-se.

Tabela 2 - Escala proposta pelo Modelo de Maturidade Genérico

Fonte: (CBT 01) pg. 21

Abaixo temos a visualização de uma matriz com os apontamentos de níveis de

maturidade dos processos do domínio Planejar e Organizar do COBIT elaborada a partir da

realidade da empresa aos olhos dos funcionários integrantes do comitê de melhoria de

gestão em TIC. Em decorrência da falta de um framework adequado e metodologias de

benchmarking, optou-se por suprimir apontamentos sobre maturidades do

mercado/concorrência.

Figura 10 - Maturidades dos processos do domínio PO

No entanto, para uma melhor apreciação do desenvolvimento do modelo de

maturidade da SUTEC, foi utilizada a Tabela de Atributos de Maturidade (ANEXO A) em

cada objetivo dos processos. Desta forma, houve a possibilidade de caracterizarmos cada

objetivo quanto aos diferentes atributos propostos por este modelo, os quais relacionamos

abaixo:

Consciência e comunicação

Políticas, planos e procedimentos

Ferramentas e automação

Habilidades e especialização

Responsabilidade e responsabilização

Definição de objetivos e medição

A aplicação dos níveis de maturidade sugeridos em cada um dos atributos acima

citados, para cada objetivo em cada processo do domínio Planejar e Organizar do COBIT

no contexto da CORSAN nos possibilita diferentes análises de maturidade e

conseqüentemente a verificação de pontos deficitários na governança de TI da empresa.

Podemos verificar a compilação da aplicação destes conceitos no APÊNDICE A –

Compilação dos resultados da aplicação dos Atributos de Maturidade e é a partir desta

compilação que são trazidos os gráficos a seguir. Assim, é possível demonstrar

visualmente a Maturidade nos elementos componentes da Governança de TI da CORSAN

no que tange o aspecto estratégico sugerido pelo COBIT .

Figura 11 - Maturidades dos processos do domínio PO categorizada por atributos, como resultado da

pesquisa

Figura 12 - Diferentes visualizações da maturidade do atributo “Consciência e Comunicação” aplicado ao

domínio Planejar e Organizar (PO) da CORSAN

Figura 13 - Diferentes visualizações da maturidade do atributo “Políticas, Planos e Procedimentos”

aplicado ao domínio Planejar e Organizar (PO) da CORSAN

Figura 14 - Diferentes visualizações da maturidade do atributo “Ferramentas e Automação” aplicado ao

domínio Planejar e Organizar (PO) da CORSAN

Figura 15 - Diferentes visualizações da maturidade do atributo “Habilidades e Especialização” aplicado ao

domínio Planejar e Organizar (PO) da CORSAN

Figura 16 - Diferentes visualizações da maturidade do atributo “Responsabilidade e Reponsabilização”

aplicado ao domínio Planejar e Organizar (PO) da CORSAN

Figura 17 - Diferentes visualizações da maturidade do atributo “Definição de Objetivos e Métricas”

aplicado ao domínio Planejar e Organizar (PO) da CORSAN

Após a apresentação das maturidades dos processos do PO segmentadas por

atributos conforme demonstrado anteriormente, é importante esclarecer que a maturidade

demonstrada para cada processo do PO é a resultante de uma média aritmética dos valores

informados para cada objetivo deste processo.

REFERÊNCIAS

(BSC 01) KAPLAN, Robert & NORTON, David. Using de Balanced Scorecard as a

Strategic Management System. Harvard Business Review JanFev 1996. Disponível em

<http://hbr.org/> . Acessado em Setembro de 2011.

(CBT 01) Information Systems Audit and Control Association - ISACA.COBIT v4.1.

Disponível em <http://www.isaca.org/Knowledge-Center/COBIT/Pages/Overview.aspx>.

Acessado em Setembro de 2011.

(GTI 01) WEILL, Peter & ROSS, Jeanne W. Governança de TI: Tecnologia da

Informação. 1ª ed. M. Books, 2005.

(GTI 02) FERNANDES, Aguinaldo Aragon & ABREU, Vladimir Ferraz. Implantando a

Governança de TI: da Estratégia à Gestão de Processos e Serviços. 2ª ed. Rio de Janeiro:

Brasport, 2008.

(GTI 03) ARKOVSKY, Roberto & CASTRO, Jorge & CARLA, Adriana. Pós Graduação

em Governança de TI - Módulo IV. Rede EAD Senac. Disponível em

<www.senac.eduead.com.br/ead2010>. Acessado em Setembro de 2011.

(URL 01) Site da CORSAN. Porto Alegre, 2007. Disponível em <www.corsan.com.br>.

Acessado em Setembro de 2011.

(URL 02) Portal de Gestão Estratégica do TRT da 10ª Região. Disponível em:

<http://gestaoestrategica.trt10.jus.br>. Acessado em Setembro de 2011

(URL 03) Intranet CORSAN. Regimento Interno CORSAN com aprovação: Ata

Conselho de Administração 23/2009 datado de 13/11/2009. Acessado em Setembro de

2011

(URL 04) HCI. Disponível em <http://www.hci.com.au/hcisite3/toolkit/pdcacycl.htm>.

Acessado em novembro de 2011.

APÊNDICE A – COMPILAÇÃO DOS RESULTADOS DA APLICAÇÃO DOS

ATRIBUTOS DE MATURIDADE

Consciê

ncia e

Comuni

cação

Políticas

, Planos

e

Procedi

mentos

Ferrame

ntas e

Automa

ção

Habilida

des e

Especial

ização

Respo

nsabili

dade e

Respo

nsabili

zação

Defini

ção de

Objeti

vos e

Métric

as

PO1

Defini

r um

Plano

Estrat

égico

de TI

PO1.1 Gerenciamento de Valor da TI 2 3 1 3 4 2

PO1.2 Alinhamento entre TI e

Negócio 3 1 2 3 4 3

PO1.3 Avaliação da Capacidade e

Desempenho Correntes 2 1 0 2 4 1

PO1.4 Plano Estratégico de TI 4 3 5 3 5 5

PO1.5 Planos Táticos de TI 4 4 4 4 5 4

PO1.6 Gerenciamento do Portfólio

de TI 5 2 3 4 4 3

MEDIA 3 2 2 3 4 3

PO2

Defini

r a

Arquit

etura

da

Infor

mação

PO2.1 Modelo de Arquitetura da

Informação da Organização 4 3 1 4 4 4

PO2.2 Dicionário de Dados

Corporativos e Regras de Sintaxe de

Dados 3 1 2 3 2 3

PO2.3 Esquema de Classificação de

Dados 2 1 2 3 2 2

PO2.4 Gerenciamento de Integridade 3 3 2 3 3 3

MEDIA 3 2 1 3 2 3

PO3

Deter

minar

as

Diretri

zes da

Tecnol

ogia

PO3.1 Planejamento da Diretriz

Tecnológica 3 4 5 4 4 5

PO3.2 Plano de Infraestrutura

Tecnológica 4 4 5 4 4 5

PO3.3 Monitoramento de

Regulamentos e Tendências Futuras 4 2 2 4 1 2

PO3.4 Padrões Tecnológicos 3 4 2 3 2 2

PO3.5 Conselho de Arquitetura de TI 2 4 0 3 3 3

MEDIA 3 3 2 3 2 3

PO4

Defini

r os

Proces

sos,

Organ

ização

e

Relaci

oname

ntos

de TI

PO4.1 Estrutura de Processos de TI 4 5 2 5 2 5

PO4.2 Comitê Estratégico de TI 2 3 4 4 4 4

PO4.3 Comitê Executivo de TI 2 3 4 4 4 4

PO4.4 Posicionamento

Organizacional da área de TI 3 1 2 5 1 4

PO4.5 Estrutura Organizacional de

TI 5 3 4 5 4 4

PO4.6 Definição de Papéis e

Responsabilidades 4 2 5 5 4 4

PO4.7 Responsabilidade pela

Garantia de Qualidade 3 2 3 4 2 2

PO4.8 Responsabilidade por Riscos,

Segurança e Conformidade 2 4 4 4 3 3

PO4.9 Proprietários de Dados e

Sistemas 2 4 3 3 4 4

PO4.10 Supervisão 3 3 2 2 3 4

PO4.11 Segregação de Funções 3 4 1 3 3 3

PO4.12 Recrutamento de pessoal de

TI 5 4 0 1 2 4

PO4.13 Pessoal Chave de TI 5 4 0 4 3 4

PO4.14 Políticas e Procedimentos

para Pessoal Contratado 3 5 4 2 3 4

PO4.15 Relacionamentos 2 3 0 2 3 2

MEDIA 3 3 2 3 3 3

PO5

Geren

ciar o

Investi

mento

de TI

PO5.1 Estrutura da Administração

Financeira 3 5 5 5 5 4

PO5.2 Priorização dentro do

Orçamento de TI 5 4 5 5 5 5

PO5.3 Processo de Orçamento de TI 5 5 4 5 5 4

PO5.4 Gerenciamento de Custo 4 4 5 4 5 4

PO5.5 Gerenciamento de Benefícios 3 3 4 4 2 3

MEDIA 4 4 4 4 4 4

PO6

Comu

nicar

Metas

e

Diretri

zes

Geren

ciais

PO6.1 Política de TI e Ambiente de

Controle 3 4 2 3 3 2

PO6.2 Risco de TI Corporativo e

Estrutura Interna de Controle 3 3 2 3 2 3

PO6.3 Gerenciamento de Políticas de

TI 4 4 2 4 3 4

PO6.4 Distribuição da Política 2 1 0 4 2 2

PO6.5 Comunicação dos Objetivos e

Diretrizes de TI 0 4 1 1 2 3

MEDIA 2 3 1 3 2 2

PO7

Geren

ciar os

Recur

sos

Huma

nos de

TI

PO7.1 Recrutamento e Retenção de

Pessoal 3 5 3 3 4 3

PO7.2 Competências Pessoais 3 4 2 5 4 3

PO7.3 Preenchimento de Vagas 2 1 4 4 4 3

PO7.4 Treinamento do Pessoal 4 2 4 3 3 3

PO7.5 Dependência de Indivíduos 4 2 0 3 2 1

PO7.6 Procedimentos de Liberação

de Pessoal 5 5 5 5 5 4

PO7.7 Avaliação de Desempenho

Profissional 3 4 3 4 5 4

PO7.8 Mudança e Desligamento de

Cargo 5 5 5 4 5 2

MEDIA 3 3 3 3 4 2

PO8

GerenPO8.1 Sistema de Gerenciamento de

Qualidade (SGQ) 1 3 1 4 1 1

ciar a

Qualid

ade

PO8.2 Padrões e Práticas de

Qualidade de TI 1 2 3 2 1 1

PO8.3 Padrões de Desenvolvimento

e Aquisição 1 4 4 3 1 1

PO8.4 Foco no Cliente 1 4 1 4 3 1

PO8.5 Melhoria Contínua 1 1 0 4 2 1

PO8.6 Medição, Monitoramento e

Revisão da Qualidade 1 1 0 4 2 1

MEDIA 1 2 1 3 1 1

PO9

Avalia

r e

Geren

ciar os

Riscos

de TI

PO9.1 Alinhamento da gestão de

riscos de TI e de Negócios 2 4 5 5 2 4

PO9.2 Estabelecimento do Contexto

de Risco 3 4 4 4 2 4

PO9.3 Identificação de Eventos 3 3 5 3 1 3

PO9.4 Avaliação de Risco 4 3 5 4 3 3

PO9.5 Resposta ao Risco 3 2 5 3 2 3

PO9.6 Manutenção e Monitoramento

do Plano de Ação de Risco 1 3 3 5 1 3

MEDIA 2 3 4 4 1 3

PO10

Geren

ciar

Projet

os

PO10.1 Estrutura de Gestão de

Programas 3 3 3 4 2 2

PO10.2 Estrutura de Gestão de

Projetos 5 4 3 5 3 4

PO10.3 Abordagem da Gestão de

Projetos 4 3 4 5 4 3

PO10.4 Comprometimento das

Partes Interessadas 3 3 0 3 1 3

PO10.5 Declaração do Escopo do

Projeto 5 5 4 5 4 3

PO10.6 Fase de Início do Projeto 4 4 4 5 4 3

PO10.7 Plano Integrado de Projeto 1 1 2 4 4 2

PO10.8 Recursos do Projeto 3 2 4 3 3 3

PO10.9 Gestão de Risco do Projeto 4 3 4 4 3 3

PO10.10 Plano de Qualidade de

Projeto 2 5 4 4 3 3

PO10.11 Controle de Mudança de

Projeto 3 3 3 4 3 3

PO10.12 Planejamento de métodos

de validação 0 2 1 3 3 1

PO10.13 Medição de Desempenho,

Monitoramento e Reporte do Projeto 1 2 2 4 3 1

PO10.14 Conclusão do Projeto 4 4 5 5 5 4

MEDIA 3 3 3 4 3 2

APÊNDICE B – MATRIZ RACI

Pre

sid

ente

Dir

eto

ria

Co

leg

iad

a

Dir

eto

r T

écn

ico

/ A

sses

sor

DT

EC

SU

PL

AG

/ A

gen

te O

rçam

entá

rio

DT

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Su

per

inte

nd

ente

SU

TE

C

Ch

efe

DE

TE

PR

O

Ch

efe

DE

SIS

Ch

efe

DE

INF

RA

Ch

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DE

TE

L

Ch

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DE

SE

G

Co

mit

ê(s)

An

alis

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e S

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Téc

nic

o e

m T

IC

Ag

end

e A

dm

inis

trat

ivo

Est

agiá

rio

(a)

Cli

ente

/Usu

ário

PO1

Definir um

Plano

Estratégico de

TI

Vincular objetivos de negócio com

objetivos de TI; I I I

C

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R R R C I

Identificar as dependências críticas

e o desempenho atual; I I I

C

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R R R C I

Produzir um plano estratégico de

TI; I I I

C

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R R R C I

Produzir um plano tático de TI; I I I

C

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R R R C I

Analisar o portfólio de programas

e gerenciar portfólio de projetos e

serviços

I

A

R

A

C

I

C

I

C

I

C

I

C

I I I I

PO2

Definir a

Arquitetura

da

Informação

Criar e manter o modelo de

informação corporativa;

C

I

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R R R R I

Criar e manter os dicionários de

dados corporativos; I

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R R R I

Estabelecer e manter uma estrutura

de classificação de dados; I

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R R R R I

Fornecer aos proprietários de

dados procedimentos e ferramentas

para classificação dos sistemas de

informação; I

R

A

R

A

R

A

R

A

R

A

R

A R R I

Utilizar o modelo de informação

dicionário de dados e estrutura de

classificação para planejar

sistemas otimizados R R R R R R R R R R R R R R R R

PO3

Determinar as

Diretrizes da

Tecnologia

Criar e manter um planejamento de

infraestrutura tecnológica;

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R R R C

Criar e manter padrões

tecnológicos;

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R R R C

Publicar padrões tecnológicos; I A A A A A A R

Monitorar evolução tecnológica;

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R R R C

Definir uso (futuro) (estratégico)

de novas tecnologias

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R R R C

PO4

Definir os

Processos

Organização e

Relacionamen

tos de TI

Estabelecer a estrutura

organizacional de TI incluindo

comitês e relacionamentos com

partes interessadas e fornecedores;

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R R R C

Projetar a estrutura de processos de

TI;

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R R R C C

Identificar os proprietários dos

sistemas; I

C

I

C

R

C

I

C

I

C

I R R

Identificar os proprietários dos

dados; I

C

I

C

I

C

I

C

I

C

I R R

Estabelecer e implementar papéis

funções e responsabilidades de TI

incluindo supervisão e segregação

de atividades

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R R R C C

PO5

Gerenciar o

Investimento

de TI

Manter portfólio de programas;

I

A

C

I

C

R

A

C

I

C

I

C

I R R C

Manter portfólio de projetos;

I

A

C

R

A

C

I

C

I

C

I

C

I R R

Manter portfólio de serviços;

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R R R C C

Estabelecer e manter o processo

orçamentário de TI; C

C

I

R

A

R

A

R

A

R

A

R

A

R

A

Identificar comunicar e monitorar

os investimentos em TI custos e

valor para o negócio I I

R

A

R

A

R

A

R

A

R

A

R

A

PO6

Comunicar

Metas e

Diretrizes

Gerenciais

Estabelecer e manter a estrutura e

ambiente de controle de TI; I

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R R R C I

Desenvolver e manter as políticas

de TI;

C

I

C

I

C

I

C

I

C

I

R

A C C

Comunicar a estrutura de controle

os objetivos e as diretrizes de TI I I

I

A

R

A

R

A

R

A

R

A

R

A R I I I

PO7

Gerenciar os

Recursos

Humanos de

TI

Identificar habilidades descrição

de cargos faixas salariais e

comparações de desempenho

individual com o mercado

(benchmarks) para TI;

I

R

R

A

R

A

R

A

R

A

R

A R C C

Executar políticas e procedimentos

de RH relevantes para TI

(recrutamento contratação

compensação treinamento

avaliação promoção e

desligamento) R

C

R

C

R

C

R

C

R

C

R I I I

PO8

Gerenciar a

Qualidade

Definir um sistema de

gerenciamento da qualidade

(SGQ); I

C

I

C

R

C

R

C

R

C

R

C

R

C

R R R C I

Estabelecer e manter um sistema

de gerenciamento da qualidade;

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R R R I I

Criar e comunicar padrões de

qualidade para a organização; I I I

C

I

C

I

A

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R R R I I

Criar e manter o planejamento de

qualidade para melhoria contínua; I I I

C

I

C

I

A

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R R R C I

Medir monitorar e revisar

criticamente a conformidade com

os objetivos de qualidade

I

A

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R

C

A

R R R C

PO9

Avaliar e

Gerenciar os

Riscos de TI

Promover o alinhamento da gestão

de riscos (por exemplo: avaliação

de riscos); I I

C

I

A

C

R

C

R

C

R

C

R

C

R R

C

R C

Entender os objetivos estratégicos

de negócio relevantes; I I

I

R

I

R

I

R

I

R

I

R

I

R R I I I

Entender os objetivos de processos

de negócio relevantes;

I

R

I

R

I

R

I

R

I

R

I

R R I I I

Identificar objetivos internos de TI

e estabelecer contexto de risco;

C

R

C

R

C

R

C

R

C

R

C

R R C C

Identificar eventos associados com

objetivos [alguns eventos são

orientados ao negócio (negócio é

A); alguns são orientados a TI (TI

é A negócio é C)];

C

R

C

R

C

R

C

R

C

R

C

R R C C

Avaliar criticamente os riscos

associados com eventos;

C

I

R

C

R

C

R

C

R

C

R

C

R R

Avaliar respostas aos eventos;

C

I

R

C

R

C

R

C

R

C

R

C

R R

Planejar e priorizar as atividades

de controle;

C

I

R

C

R

C

R

C

R

C

R

C

R R C C

Aprovar e assegurar o

financiamento de planos de ações

para riscos;

C

R

A

C

R

C

R

C

R

C

R

A

C

R

Manter e monitorar os planos de

ações para riscos

I

A

C

R

C

R

C

R

C

R

C

R R

PO10

Gerenciar

Projetos

Definir uma estrutura de

gerenciamento de programas e

portfólios para os investimentos de

TI;

C

R

C

R

C

R

C

R

C

R

C

R R C C

Estabelecer e manter uma estrutura

de gerenciamento de projetos;

C

R

C

R C C C C

Estabelecer e manter um sistema

de gerenciamento monitoramento e

acompanhamento de projetos de

TI;

C

R

C

R C C C C

Criar cronogramas planos de

qualidade orçamentos planos de

comunicação e planos de

gerenciamento de riscos para

projetos;

C

R

C

R

C

R

C

R

C

R

C

R C

Assegurar a participação e

compromisso das partes

interessadas; R R R R R R

Assegurar o controle eficaz de

projetos e de mudanças em

projetos; R

Definir e implementar uma

metodologia de revisão e qualidade

em projetos

C

R R C C C C C C C

ANEXO A – Tabela de Atributos de Maturidade