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Matéria: Políticas em Comunicação UnB Professor: Fernando Paulino Alunos: André Magalhães, Marcel Yudai, Rayssa Araújo, Thiago Botelho e Flávia Martins. Tema: Cyberbullying APRESENTAÇÃO DO TEMA O Bullying sempre existiu, não surgiu em nossos tempos, apenas alterou seu formato. O Cyberbullying é uma prática que envolve o uso de tecnologias de informação e comunicação para dar apoio a comportamentos deliberados, repetidos e hostis praticados por um indivíduo ou grupo com a intenção de prejudicar o outro. O "cyberbullying" não é tão complexo de ser identificado e pode ser a simples ação de continuar a enviar email para alguém que já disse que não quer mais contato com o remetente, ou pode chegar a ser ameaças contendo comentários com conotação sexual, rótulos extremamente pejorativos, discurso de ódio, possíveis de tornar as vítimas alvo de ridicularização em fóruns, atualmente, em mídias sociais, ou postar injúrias com o intuito de humilhar. As mensagens com imagens, informações pessoais e comentários depreciativos se alastram rapidamente o que torna o bullying ainda mais cruel, já que os bullies, como são chamados os praticantes do ato, não precisam dar as caras. A prática tem se tornado cada vez mais comum na sociedade, especialmente entre os jovens mas não somente entre eles, adultos também se envolvem em casos de bullying , principais usuários da internet e de celulares, espaços onde ocorrem as ações na maioria das vezes, agressivas e que, ocasionalmente, atravessam o limite das telas para o espaço físico. Algumas atitudes estão sendo tomadas para combater o cyberbullying e o bullying, peças publicitárias para conscientizar a população sobre o tema são criadas, a criação do Marco Civil vai regularizar as ações na internet, considerada um campo sem lei e alguns artigos do Código Penal também atingem o campo virtual, mas não especificamente.

Estudo de Caso segundo ENAP

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Estudo de Caso feito para matéria de Políticas em Comunicação sobre Cyberbullying.

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  • Matria:PolticasemComunicaoUnBProfessor:FernandoPaulinoAlunos:AndrMagalhes,MarcelYudai,RayssaArajo,ThiagoBotelhoeFlviaMartins.Tema:CyberbullyingAPRESENTAODOTEMA

    O Bullying sempre existiu, no surgiu em nossos tempos, apenas alterou seu formato. O Cyberbullying uma prtica que envolve o uso de tecnologias de informao e comunicao para dar apoio a comportamentos deliberados, repetidos e hostis praticados por um indivduo ou grupo com a inteno de prejudicar o outro. O "cyberbullying" no to complexo de ser identificado e pode ser a simples ao de continuar a enviar email para algum que j disse que no quer mais contato com o remetente, ou pode chegar a ser ameaas contendo comentrios com conotao sexual, rtulos extremamente pejorativos, discurso de dio, possveis de tornar as vtimas alvo de ridicularizao em fruns, atualmente, em mdias sociais, ou postar injrias com o intuito de humilhar. As mensagens com imagens, informaes pessoais e comentrios depreciativos se alastram rapidamente o que torna o bullying ainda mais cruel, j que os bullies, como so chamados os praticantes do ato, no precisam dar as caras. A prtica tem se tornado cada vez mais comum na sociedade, especialmente entre os jovens mas no somente entre eles, adultos tambm se envolvem em casos de bullying , principais usurios da internet e de celulares, espaos onde ocorrem as aes na maioria das vezes, agressivas e que, ocasionalmente, atravessam o limite das telas para o espaofsico.

    Algumas atitudes esto sendo tomadas para combater o cyberbullying e o bullying, peas publicitrias para conscientizar a populao sobre o tema so criadas, a criao do Marco Civil vai regularizar as aes na internet, considerada um campo sem lei e alguns artigos do Cdigo Penal tambm atingemocampovirtual,masnoespecificamente.

  • CASOSPersonagemIQuempratica

    Marcus, 15 anos, estudante. Adolescente, popular em seu colgio. Mudou de escola vrias vezes durante o perodo escolar por mal comportamento,agressofsicaeverbalaalunoseprofessores.

    "Estava na biblioteca estudando para as provas finais, torcendo para que algum amigo aparecesse e me salvasse do tdio. Comi umas trs barras de cereal, fiz desenhos diversos no caderno, dei algumas voltas pela biblioteca para passar o tempo, mas no conseguia me concentrar no contedo da prova. Foi a que notei Lilian sozinha em uma das mesas de estudo. Sempre achei ela gordinha, mas hoje parecia que tinha engolido um balo. Tentei conter o riso quando ela passou por mim e saiu da biblioteca. Opa! Ela deixou o computador aberto,aoportunidadeperfeitaparadarumazuadinhadeleve.

    Fui at a mesa onde ela deixou as coisas, de mansinho pra bibliotecria no perceber minha presena. E pra minha sorte, ela deixou o Facebook aberto. Que gordinha burra! T pedindo pra ser zuada! Usei as ferramentas do computador dela e fiz uma montagem tosca s pra ter do que rir depois. At porque ela nem vai ligar, deve estar acostumada a ser confundida com uma baleia. Publiquei e voltei pra minha mesa. Fiquei ansioso para que ela chegasselogoeveracaradepnicodela.

    Lilian volta para sua mesa, fecha o notebook, pega suas coisas e sai com pressa. Vou aproveitar que no estou fazendo nada para mostrar pra todo mundominhaobradearte.Osmeninosvoacharengraadocomcerteza".PersonagemIIQuemsofre

    Lilian, 12 anos, estudante. Pradolescente em fase de descoberta pessoal,alunaexemplarnocolgio,bastanteagitada.

    Desde pequena eu sempre gostei de comer e no tinha limitaes quanto ao que escolher para comer, gostava de tudo mesmo. Minha me sempre cuidou da minha alimentao, mas deixava escapar uma beliscada no brigadeiro ali, levar um salgadinho de vez em quando para o colgio No meu segundo ano, me conheciam pelo meu gosto por comida. Eu sempre me preocupei com isso. Quando menor, ao ver uma janela de ventilao de subsolo, passava pelo caminho sem encostar nela, pulando ou do jeito que dava e dizia minha irm que era porque eu era gorda. Era o que me diziam, vai que eu arrebentava aquilo mesmo? Minha irm passava tranquilamente porque era magrinha. E eu aceitei aquilo como verdade, pedi pra minha me me ajudar a emagrecer e ela dizia que era besteira, coisas da idade, toda criana gordinha. Continuei a escutar que era gordinha e cheinha ao longo de todo o colegial, tentando ignorar. Passou por um tempo, mas cresci pesquisando e falando de dietas e subindo em toda e qualquer balana que eu encontravapelocaminhoquandosaacomosmeuspais.

    Na sexta srie, quando estava indo para o colgio, quase esqueci de levar meu notebook na mochila. Eu precisava mandar um email para os professores sobre o trabalho que estava fazendo e terminar a parte da

  • concluso dele. Voltei, busquei o equipamento e corri de volta para o carro. Meupaijestavatirandoocarrodagaragem.

    Chegando no colgio, fui para a biblioteca terminar meu trabalho antes do sinal bater. Acessei meu email para buscar o projeto e o meu Facebook para conversar com as amigas que tambm participavam do trabalho para perguntar a opinio delas e concluir o que me faltava fazer. S teve um detalhe: senti vontade de ir ao banheiro que devido a correria ao acordar, no consegui ir. Olhei ao meu redor e vi um colega de classe sentado no canto do lado da mulher que toma conta da entrada e devoluo de livros, pedi a ele que olhasse meu computador o tempo que eu ia ao banheiro. Ele concordou. Fui tranquilamente e em uns 20 minutos, retornei pra biblioteca aonde tinha deixado tudo. Agradeci a gentileza do colega e fiz o que eu precisava, conclui a tarefa. Fechei meu notebook e entrei em sala de aula. A professora demorou a chegar, mas quando chegou j nos lembrou da entrega do trabalho via email at determinado horrio. Eu fiquei tranquila, as meninas enviaram o trabalho final.

    Bateu o sinal novamente, hora do intervalo. Peguei meu celular, o dinheiro para o lanche e fui com as minhas amigas a lanchonete da escola. Ao atravessar o corredor, notei umas risadinhas de um pessoal que estava no caminho. Acho que estavam rindo de mim. Me chequei dezenas de vezes para ver o que havia de errado. Devia ser com outra pessoa, pensei. No entanto, logo a frente uma menina imitou algum sendo rolada no cho e mais gargalhadas aconteceram. At que minha amiga me cutucou e mostrou uma foto minha em um corpo de baleia, postada na internet. Eram do meu corpo que estavam rindo. De novo. Desisti de comprar o lanche e voltei para a sala chorando. Acessaram o meu computador e viram minhas fotos de quando era menor,comparavamcomasdehojetambm.

    Chegando em casa, fiquei no quarto e tentei apagar todos os comentrios e as fotos que surgiam na minha rede social. Mostrei ao meu pai e ele logo decidiu que iria escola no dia seguinte conversar com a coordenadora, mas disse que criana tinha dessas brincadeiras mesmo, s noseimportarqueelesparam.Seria a fala do pai? A soluo encontrada por ele foi a melhor tomada no caso? Qual seria a mais adequada? At que ponto pode ser considerado brincadeira ouofensa?PersonagemIIIQuemv

    Priscila, 14 anos, estudante. Considerada a menina mais bonita e popular da escola, Priscila est sempre por dentro dos acontecimentos e recebendogalanteiosdetodososmeninos.

    "Eu estava conversando sobre meu novo amor com as meninas no corredor das salas de aula quando Marcos aparece dando gargalhadas e dizendo que precisa mostrar uma coisa pra gente. Quando vi a foto da Lilian, a garota do segundo ano que todo mundo insistia em implicar, me deu um n na garganta. As meninas gargalharam muito, disseram 'nossa, igualzinho', 'que corpo de modelo ela tem', e eu no consegui fazer muito mais que dar um sorrisoamareloedarumadesculpadequeiaaobanheiro.

    Ser que eu devia procurar Lilian e contar o que aconteceu? No que eusejaapessoamaisprximadela,maspoxa,quesituaohorrvel.

  • Quando sai do banheiro, vi a Lilian correr de volta pra sala chorando muito. Eu fiquei parada sem saber o que fazer. Se eu fosse atrs dela e a ajudasse, todo mundo ia me julgar e me perguntar o porqu da minha atitude. NoqueriamecomprometercomalgoqueMarcosfezdeerrado.

    Voltei pra minha roda de conversas, coloquei um sorriso falso no rosto e fingiqueacheigraadasituaotoda".

    NOTAPEDAGGICA

    O caso utilizado no corresponde a um modelo de uma nica tomada de deciso correta e nem ao julgamento se o pai de Lilian um bom pai ou no. O principal objetivo deste caso suscitar discusses em sala de aula sobre as decises tomadas e formas de combate do bullying ou cyberbullying visando alternativas eficazes ou ineficazes para o que foi descrito. A utilizao do caso pode explorar uma multiplicidade de questionamentos. Por essas razes sero colocados neste documento alguns questionamentos para que no sejam s abordados aspectos do caso, mas que o foco gire em torno da temtica proposta, visto que, um tema muito abrangente e com dimenses problemticasimensurveis. indicado que os alunos tenham algum conhecimento ou leitura prvia sobre o assunto para o enriquecimento do debate, dependendo, claro, do objetivo de quemirconduzilo.QUESTIONAMENTOS

    Nas situaes, existe um modelo de reao ideal por parte do pai oudaPriscila?

    Asleisexistentessosuficienteparacombaterocyberbullying? Quais seriam as polticas pblicas que deveriam ser criadas ou

    implantadasparadiminuiodobullyingecyberbullying?Comoprepararasredesdeensinoparalidarcomasituao?Qualdeverseraposturadacoordenadora? A punio dos praticantes do bullying e cyberbullying a soluo?

    Elaresolveoproblema? Os pais precisam de uma preparao para lidar com o problema?

    Oqueseespera?Asoluodobullyingedocyberbullyingaeducao? Qual a soluo para a erradicao do bullying e cyberbullying?

    Issopossvel?Oquelevaalgumacometerbullying? necessrio que os pais busquem pessoas especializadas como

    psiclogosquandoosfilhossoalvooupraticantesdebullying?

    Um estudo de caso capaz de criar discusso e dilogo com a importncia da criao do Marco Civil, das campanhas e polticas pblicas de sensibilizao que esto surgindo. Alm disso, casos como privacidade digital e violncia.

  • MATERIALINDICADOPARACONSULTA

    LEIN12.965,DE23DEABRILDE2014(Art.3Art.7Art.18Art.19 ).

    CASADO, Aline Gabriela Pescaroli, 2015. Cyber bullying: violncia virtualeoenquadramentopenalnoBrasil.Disponvelem:

    http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10882

    LOBO, Andreia. 2015. Dez factos sobre Bullying. Disponvel em: http://www.educare.pt/noticias/noticia/ver/?id=37348&langid=1

    MARTINS,AnaRita.2015.Agressocontraprofessorespelainternet.Disponvelem:http://revistaescola.abril.com.br/formacao/cyberbullyingmassacrevirtual467187.shtml

    PortalBullying,centrodeajudaonline:http://www.portalbullying.com.pt/