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1 UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde Curso de Nutrição ESTUDO DE CASO Câncer Endométrio HAS – DM São Paulo-SP Junho de 2006

ESTUDO DE CASO - Universidade São Judas Tadeu | São ... · célula alterada e isso ocorre quando o material genético é danificado. Material genético é toda a informação contida

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde

Curso de Nutrição

ESTUDO DE CASO

Câncer Endométrio

HAS – DM

São Paulo-SP

Junho de 2006

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde

Curso de nutrição

ESTUDO DE CASO

Câncer Endométrio

HAS – DM

M.B.C

Trabalho Dirigido ao Estágio em Nutrição Clínica

Aluna: Gíldisse de Oliveira Corrêa

RA: 200211173 – 4º ANTM

Nutricionista Orientadora: Daniela Thiele de Almeida

Profª Orientadora: Margareth Lage L. de Fornasari

São Paulo-SP

Junho de 2006

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INDICE

1 - RESUMO...................................................................................................... 4 2 - INTRODUÇÃO ............................................................................................ 5 3 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA PACIENTE........................................ 6 4 - DADOS DO PRONTUÁRIO ....................................................................... 7 5 - CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS ....................................................... 8 6 - CONDIÇÕES GERAIS DE SAÚDE............................................................ 9 7 - LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO SOBRE AS DOENÇAS............ 10

7.1 - Fisiopatologia da Hipertensão Arterial Sistêmica ................................ 25 7.2 - Obesidade ............................................................................................. 32 7.3 - A importância das fibras alimentares ................................................... 34 7.4 - A imortância da água na dieta .............................................................. 36 7.5 - Diabetes Tipo 1..................................................................................... 37 7.6 - Diabetes Tipo 2..................................................................................... 38 7.7 - Aspectos Peculiares do Idoso ............................................................... 40

8 - TRATAMENTO HOSPITALAR ............................................................... 43 9 - AVALIAÇÃO NUTRICIONAL................................................................. 60

9.1 - Avaliação da Dieta Habitual ................................................................ 86 9.2 - Avaliação Antropométrica, Bioquímica e Exame Físico ..................... 87 9.3 - Diagnóstico Nutricional........................................................................ 88

10 - CONDUTAS DIETOTERÁPICAS NO TRATAMENTO HOSPITALAR .. 89 10.1 - Objetivo da Dietoterapia..................................................................... 89 10.2 - Necessidades Nutricionais .................................................................. 89 10.3 - Prescrições Dietéticas ......................................................................... 91 10.4 - Evolução Nutricional ........................................................................ 101 10.5 - Reabilitação Nutricional ................................................................... 102 10.6 - Conclusão do Acompanhamento Dietoterápico ............................... 103

11 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................... 104 12 - ANEXOS ................................................................................................ 106

12.1 - Cálculos da Dieta Habitual .............................................................. 106 12.2 - Cálculos da Dieta Leve para Diabetes Hipossódica.Erro! Indicador

não definido. 12.3 - Cálculos da Dieta sem Resíduo para Diabetes Hipossódica............. 114 12.4 - Cálculos da Dieta Geral para Diabetes Hipossódica ....................... 118 12.5 - Cálculos da Dieta Geral para Diabetes Hipossódica ........................ 122

13 - ORIENTAÇÕES DE ALTA................................................................... 126 13.1 - Dieta para Diabetes........................................................................... 126 13.2 - Dieta Hipossódica............................................................................. 127 13.3 - Recomendações Gerais:.................................................................... 128

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1 - RESUMO O presente estudo de caso foi realizado no Hospital Pérola Byington durante o

estágio em nutrição clínica transcorrido no período de 24 de Abril à 30 de Junho de

2006. O estudo ocorreu na Oncologia, 8º andar leito 818-A, tendo a supervisão local

da nutricionista Daniela Thiele de Almeida

A paciente estudada M.B.C. foi internada no dia 05 de Junho de 2006 com

sintomas de dor abdominal e diagnóstico definitivo de Câncer de Endométrio,

acompanhada das seguintes doenças pregressas: HAS e DM. A paciente quando

internada apresentava obesidade com boa aceitação alimentar e com o seguinte

sintoma: dor abdominal.

A paciente escolhida para a realização deste estudo foi submetida à cirurgia de

Histerectomia Total Abdominal (HTA) + Salpingectomia - SOB (Trompas) +

Oforectomia (ovário) retirada dos Linfonodos – LP (Bilaterais).

O motivo da escolha da paciente para o estudo foi devido à necessidade de

um acompanhamento em nível terciário, já que a cirurgia a qual fora submetida

requer cuidado dietoterápico específico, pois a mesma tem quadro de DM, HAS e

Obesidade. Foi acompanhada no período de 05/06/2006 à 10/06/2006.

Dieta oferecida no período de internação foi Leve para díabetes e hipossódica.

(05/06).

No dia (06/06) pré-operatório a dieta foi leve, hipoglicídica sem resíduo

hipossódica.

A evolução da paciente foi rápida com diminuição do sintoma de dores

abdominais, porém não houve perda de peso (esse não é o objetivo principal).

Ao final do acompanhamento a paciente recebeu orientação de alta hospitalar

com dieta Hipossódica para Diabetes.

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2 - INTRODUÇÃO

O presente trabalho foi realizado no Pérola Byington Centro de Referência da

Saúde da Mulher. Durante o período de estágio de 24 de Abril á 30 de Junho de

2006.

A paciente em questão foi acompanhada primeiramente no Pronto

atendimento PA no dia 05 de junho de 2006, sendo transferida para internação na

clínica OCR (oncocirurgica) do 8º Andar, Leito-818-A com a seguinte patologia:

câncer do Endométrio + HAS + DM + Obesidade a qual foi submetida a intervenção

para cirurgica do CA no dia 05 de Junho de 2006.

O motivo da escolha da paciente para o estudo foi, que sua patologia exige

um acompanhamento em nível terciário, principalmente após á cirurgia a qual fora

submetida requerendo cuidado dietoterápico específico.

Foi acompanhada no período de 05 de junho a 10 de junho de 2006. com a

supervisão de nutricionista Daniela Thiele de Almeida.

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3 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA PACIENTE

Nome: M. B. C.

Sexo: Feminino

Idade: 69 anos

Nacionalidade: Brasileira

Naturalidade: São Paulo - SP

Residência: Bairro: Jardim Elias – Pirituba - São Paulo- SP

Estado civil: Viúva

Grau de instrução / escolaridade: Analfabeta

Profissão / ocupação: Dona de casa

Número de identificação no hospital / prontuário: 530667

Data de internação: 05/06/2006

Data de alta: 10/06/2006

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4 - DADOS DO PRONTUÁRIO

Anamnese ou Histórico da doença atual:

A paciente relata que sempre foi obesa, ja tinha sido internada anteriormente

no período pré menopausa com hemorragia, e não soube relatar com exatidão há

quanto tempo é diabética e hipertensa.

Antecedentes familiares

Mãe com histórico de Patologia: Diabetes, Hipertensão e Obesidade, não

recebia tratamentos médicos.

Exame físico na internação

A paciente apresentou os seguintes dados: eupnéica, hidratada, hipocorada,

afebril (36º), ritmo cardíaco regular, abdômen flácido, dolorido, ruídos hidroárecos,

membros sem edema e P/A: 140x100 mmH g.

Diagnóstico definitivo

Câncer de Endométrio

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5 - CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS

A paciente mora sozinha em casa de alvenaria própia, pequena e simples com

luz, água , esgoto encanado, coleta e destino de lixo adequado. Sua filha reside na

casa vizinha com marido e neta e, lhe presta toda assistência, não deixando faltar

nada na medida do possível.

Na internação a paciente tinha como acompanhante sua filha que fazia

revesamento com a nora, nunca ficava sozinha.

A paciente declara não trabalhar, recebe uma pequena aposentadoria deixada

pelo mariado e tem ajuda dos filhos. A renda familiar não foi declarada.

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6 - CONDIÇÕES GERAIS DE SAÚDE

Paciente relata praticar atividade física diária (caminhada) 1 hora por dia. Não

fuma, não ingere bebidas alcoólica.

Seu apetite é normal, sua “mastigação” é considerada boa, porém faz uso

esporádico de prótese mas não usa por não gostar, apresenta boa deglutição e

digestão, o hábito intestinal é normal.

Medicamentos utilizados pela paciente:

Aradois H® e Diabenese®

Condições psicológicas e comportamentais:

A paciente encontrava-se em estado de ansiedade devido ao processo cirúrgico.

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7 - LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO SOBRE AS DOENÇAS

Fisiopatologia

Câncer

Nos últimos cem anos, o ser humano tem sido exposto a uma quantidade cada

vez maior de inúmeros compostos químicos novos (resultantes da atividade

industrial), amplamente distribuídos no ambiente e capazes de induzir danos ou

lesões no material genético.

O corpo humano contém trilhões de células agrupadas para formar tecidos,

como os músculos, ossos e pele. A maioria das células normais cresce, se reproduz e

morre em resposta aos sinais internos e externos ao corpo. Se esses processos

ocorrerem de modo equilibrado e de forma ordenada, o corpo permanece saudável

executando suas funções normais. No entanto, uma célula normal pode tornar-se uma

célula alterada e isso ocorre quando o material genético é danificado.

Material genético é toda a informação contida nos genes, formados pelo ácido

desoxirribonucléico ou DNA e localizados no núcleo celular. Os genes são

responsáveis pela produção de todas as nossas proteínas, que determinam tudo, isto

é, desde a estrutura à função do nosso corpo, bem como o comportamento e

aparência normal das células, além de conferir todas as características físicas únicas

que formam o conjunto de cada indivíduo.

A partir do momento em que uma célula carrega uma lesão em seu material

genético (DNA), ela passa a ser uma célula alterada, sendo denominada mutada.

Uma vez lesado o DNA, o corpo consegue, quase sempre, promover o reparo desses

danos através de eficientes mecanismos que recompõem as atividades celulares. Com

o passar dos anos as alterações que não foram reparadas vão se acumulando e,

eventualmente, podem levar à perda de controle dos processos vitais da célula, uma

vez que a célula mutada não mais obedece aos sinais internos. Deste modo, a célula

mutada passa a agir independentemente em vez de cooperativamente, dividindo-se de

modo descontrolado, até formar uma massa celular denominada tumor.

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Um tumor é denominado benigno quando ele não invade os tecidos vizinhos ou

se transloca, via sangüínea, para outros locais. Esses tumores são quase sempre

facilmente removidos cirurgicamente.

Por outro lado, se as células tumorais crescem e se dividem, invadindo outros

locais, são denominadas malignas ou cancerosas. Essas células podem ter a

habilidade de se espalhar pelos tecidos sadios do corpo, por um processo conhecido

como metástase, invadindo outros órgãos e formando novos tumores.

Existem aproximadamente 200 tipos diferentes de câncer, muitos deles

curáveis, se detectados precocemente. São as principais categorias dos cânceres

conhecidos: carcinomas, sarcomas, leucemias e linfomas.

Os carcinomas incluem os cânceres que se originam de células que formam a

epiderme - tal como o câncer de pele - ou tecidos que revestem os órgãos internos,

por exemplo o carcinoma de pulmão ou, ainda, formam as glândulas, como no caso

do câncer de mama.

Os sarcomas, por sua vez, representam os cânceres que se originam dos

tecidos conectivos como os ossos e cartilagens (osteossarcoma ou câncer do osso) ou

tecidos musculares (rabdomiossarcoma ou tumor maligno do músculo esquelético).

Portanto, o câncer pode ser definido como uma doença degenerativa resultante

do acúmulo de lesões no material genético das células, que induz o processo de

crescimento, reprodução e dispersão anormal das células (metástase).

As leucemias e os linfomas estão relacionados, respectivamente, aos cânceres

originados das células formadoras do sangue e das células do sistema imunológico

ou de defesa. Como exemplo de leucemia, temos a leucemia granulocítica que é o

câncer das células brancas do sangue; e de linfoma, o câncer que acomete os

linfonodos, denominado linfoma de Hodgkins.

O câncer constitui importante causa de mortalidade em todo o planeta, sendo a

segunda causa de morte no Brasil, atrás apenas das doenças cardiovasculares. Sabe-

se hoje que cerca de 1% de todos os cânceres são de origem hereditária e 16% são

atribuídos a agentes infecciosos. Contudo, existem evidências substanciais de que na

origem de 80 a 90% de todos os tipos de cânceres haja o envolvimento dos agentes

ambientais representados por compostos químicos oriundos do tabagismo,

alcoolismo e infecções parasitárias e, principalmente da dieta alimentar, bem como

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de agentes físicos representados pela luz ultra-violeta ou solar, causa principal do

câncer de pele. Assim sendo, as medidas preventivas devem incluir mudanças no

estilo de vida.

Alguns indivíduos estão geneticamente predispostos a desenvolver um tipo

particular de câncer em algum estágio de suas vidas, independente da ação do

ambiente. Esses são ditos suscetíveis ou predispostos. No entanto, pessoas que

herdaram um gene mutado, podem não desenvolver a doença. Existem hoje testes e

medidas preventivas eficazes no aconselhamento de pessoas que possuem histórico

familiar de câncer.

Em muitos casos, os sintomas do câncer só aparecem após a doença ter se

instalado. Embora o corpo humano possua mecanismos de defesa naturais, nosso

estilo de vida e hábitos nocivos à saúde podem suplantar a capacidade desses

mecanismos de defesa da célula contra a mutação. No entanto, cada um de nós deve

ter em mente de que nunca é tarde para melhorar nossos hábitos de vida. Tal atitude

ajudará a reduzir as chances de desenvolvimento do câncer e melhorar sobremaneira,

outros aspectos da saúde. Além disso, exames preventivos devem ser realizados

periodicamente, para aumentar a chance de diagnóstico precoce (ou seja, de se

descobrir uma lesão cancerosa ainda na fase inicial). Por exemplo, exame de

próstata, Papanicolaou, mamografia.

A mutação genética pode ser causada por repetidas exposições do organismo

humano, em nosso cotidiano, aos inúmeros agentes físicos, químicos ou biológicos a

que ele se expõe, quer por inalação, por ingestão ou por contato da pele. Alguns

exemplos de fatores de exposição que podem causar mutações<

Fatores biológicos: Pessoas que não herdaram genes mutados podem

desenvolver câncer devido a alterações genéticas provocadas por certas infecções por

vírus ou bactérias, tais como o câncer de fígado devido a hepatites B ou C

(provocadas por vírus), câncer de colo uterino e cervical nas mulheres ou de pênis

(causados por infecção por papiloma vírus), câncer de estômago (devido à infecção

por bactéria Helicobacter pylorii prolongada e não tratada).

• Agrotóxicos: Também podemos desenvolver câncer quando nosso

corpo é exposto a pequenas doses diárias de inseticidas tanto de uso

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caseiro quanto por contaminação de cereais, frutas e legumes nas

lavouras – ao longo dos anos.

• Poluentes atmosféricos: presentes na fumaça do escapamento de

veículos movidos a óleo diesel, gasolina e álcool e outros aditivos que

são misturados a eles, bem como o cigarro e os vapores químicos de

indústrias diversas (de refino de petróleo, de tratamento de madeiras, de

solventes industriais, etc.) o pó de amianto, os vapores de chumbo e

outros químicos presentes nas tintas de parede, vernizes, tinturas de

cabelo, etc., também podem atuar como um dos fatores para o

desenvolvimento de diversos tipos de tumores malignos.

• Exposição prolongada ao sol – principalmente na infância e

adolescência – pode resultar em câncer de pele e melanoma (um tipo

mais agressivo de câncer de pele) na idade adulta. É importante

compreender que, cada vez que irritamos a pele ao sol (bronzeamento,

vermelhidão, ressecamento ou bolhas e descamação), lesões acontecem

nas camadas mais profundas que não são reparadas. Essas lesões vão se

acumulando, com a repetição da exposição aos raios ultravioletas da luz

do sol (mesmo em dias nublados) e podem acabar produzindo mutações

malignas, principalmente em pessoas de pele clara.

Um estilo de vida com muitas tensões emocionais, pressões, má alimentação,

sono irregular, traumas ou episódios profundos e prolongados de depressão, podem

contribuir para que todos os fatores já mencionados - ou vários deles - causem uma

mutação maligna em algum órgão, em algum ponto de nossas vidas.

Teoricamente, o câncer deveria ser mais comum na velhice, quando nosso

corpo já acumulou muitas lesões devido ao estresse, poluição, contaminação com

diversos cancerígenos e, ao mesmo tempo, tem as suas defesas naturais

enfraquecidas devido à própria idade avançada. No entanto, os níveis crescentes de

poluição (do ar, das águas e dos alimentos), contaminação alimentar por

carcinogênicos, alimentação rica em frituras, gorduras e alimentos artificiais e

conservados com químicos nocivos à saúde, o câncer está aparecendo no mundo

moderno cada vez mais cedo e em um número crescente de indivíduos.

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Hoje a Medicina já trata com sucesso um número cada vez maior de tipos de

neoplasias (câncer). O diagnóstico de um tumor em suas fases iniciais de

desenvolvimento, aumenta a chance de cura total da doença. Porém, novos

tratamentos para alguns cânceres em seu estágio avançado, encontram-se hoje em

desenvolvimento, com resultados animadores. Entre esses novos recursos de

tratamento, encontram-se as terapias rediferenciadoras (com formas ácidas da

vitamina A e D para alguns tumores e o trióxido de arsênico, para alguns tipos de

leucemia), a hormonioterapia, como tratamento adjuvante para tumores de próstata e

endométrio uterino e mama, bem como algumas vacinas, como a Theratope®, que se

encontra em fase final de testes na Grã Bretanha, com mais de 900 pacientes com

câncer de mama avançado. Novos medicamentos imunomoduladores que ajudam a

aumentar as defesas naturais do corpo (sistema imunológico) a combaterem tumores

já estão sendo utilizados no Brasil.

Além disso, alguns tratamentos tradicionais continuam progredindo, como as

diversas novas técnicas de diagnóstico precoce, de cirurgia, novos tratamentos com

medicamentos quimioterápicos e novos avanços em radioterapia

Uma crescente compreensão da importância de uma alimentação equilibrada e

apropriada para o paciente com câncer é outro fator fundamental para melhorar a

resposta aos tratamentos, promover sua qualidade de vida e diminuir ou evitar certos

efeitos colaterais dos tratamentos.

Tratamento Médico

Hoje a Medicina já trata com sucesso um número cada vez maior de tipos de

neoplasias (câncer). O diagnóstico de um tumor em suas fases iniciais de

desenvolvimento, aumenta a chance de cura total da doença. Porém, novos

tratamentos para alguns cânceres em seu estágio avançado, encontram-se hoje em

desenvolvimento, com resultados animadores. Entre esses novos recursos de

tratamento, encontram-se as terapias rediferenciadoras (com formas ácidas da

vitamina A e D para alguns tumores e o trióxido de arsênico, para alguns tipos de

leucemia), a hormonioterapia, como tratamento adjuvante para tumores de próstata e

endométrio uterino e mama, bem como algumas vacinas, como a Theratope®, que se

encontra em fase final de testes na Grã Bretanha, com mais de 900 pacientes com

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câncer de mama avançado. Novos medicamentos imunomoduladores que ajudam a

aumentar as defesas naturais do corpo (sistema imunológico) a combaterem tumores

já estão sendo utilizados no Brasil.

Além disso, alguns tratamentos tradicionais continuam progredindo, como as

diversas novas técnicas de diagnóstico precoce, de cirurgia, novos tratamentos com

medicamentos quimioterápicos e novos avanços em radioterapia. Portanto, no caso

de diagnóstico de câncer, procure informar-se com seu médico sobre as melhores

estratégias de tratamento para o seu caso em particular.

Uma crescente compreensão da importância de uma alimentação equilibrada e

apropriada para o paciente com câncer é outro fator fundamental para melhorar a

resposta aos tratamentos, promover sua qualidade de vida e diminuir ou evitar certos

efeitos colaterais dos tratamentos.

(Sociedade Brasileira de Cancerologia)

Internação Hospitalar e Cirurgia

Dos tratamentos mencionados anteriormente, a cirurgia é o tratamento que

quase sempre exige internação hospitalar, principalmente quando se tratam de

tumores internos profundos ou em regiões de difícil acesso. Muitas vezes, o paciente

de câncer chega ao serviço de saúde em um grau profundo de desnutrição, devido à

falta de apetite ou dificuldade em alimentar-se. Nesses casos, o médico responsável

pode decidir interná-lo por alguns dias para que ele possa receber alimentação por

via enteral (sonda nasoenteral) ou parenteral (veia periférica, ou veia central),

enquanto realiza os exames adicionais necessários para planejar a cirurgia.

A cirurgia pode ser realizada com dois objetivos: extrair o tumor e/ou realizar a

biópsia (exame que determina o tipo de tumor) e verificar se existem metástases na

proximidade dele. (Metástases são formadas por células que saem do tumor principal

e invadem outros órgãos ou tecidos). Quando nódulos linfáticos exibem invasão ou

metástase, o médico cirurgião extrai estes nódulos também, na maioria das vezes.

Uma vez encerrada a etapa cirúrgica, o médico responsável por seu tratamento

irá decidir o tipo de terapia necessária a seguir:- quimioterapia, radioterapia ou

ambas – ou ainda, uma combinação de uma destas (ou de ambas) com outras

terapias, tais como a imunomodulação e/ou uma terapia rediferenciadora.

Geralmente, esses tratamentos são realizados sem internação, através de atendimento

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ambulatorial – a menos que seu médico decida que é importante mantê-lo internado

por mais alguns dias.

Sistema de Tratamento Ambulatorial

É realizado quando o médico responsável e o paciente decidem que o

tratamento pode ser feito sem a necessidade de internação. Tanto a quimioterapia

quanto a radioterapia podem ser feitas em ambulatório.

Quimioterapia

É um tratamento que utiliza medicamentos (remédios) que eliminam as células

de câncer que formam os tumores e metástases. Quando o tumor é muito grande e se

encontra em uma região do corpo que não permite sua extração por cirurgia ou

permite apenas a retirada de parte do tumor, a radioterapia pode ser utilizada em

combinação com a quimioterapia ou uma e depois a outra – dependendo do que seu

médico decidir ser mais recomendável. A quimioterapia pode inclusive servir para

diminuir o tumor e permitir que ele seja, então, extraído através de cirurgia.

Tratamento Adjuvante

Uma situação em que a quimioterapia e/ou a radioterapia podem ser utilizadas

como tratamento preventivo (adjuvante), é quando o tumor foi retirado na cirurgia,

mas os estudos indicam que se o paciente fizer quimioterapia e/ou radioterapia, isso

diminuirá a probabilidade de células tumorais que possam ter emigrado para outras

regiões desenvolvam novos tumores.

Existem muitos tipos de medicamentos quimioterápicos e aqueles que cada

paciente irá receber, bem como a duração do tratamento, serão estabelecidos pelo

médico responsável. A quimioterapia consiste na utilização de agentes químicos

(remédios), isolados ou em combinação com outros tratamentos, com o objetivo de

tratar uma doença. Os aspectos particulares sobre seu quadro clínico (doença)

deverão ser esclarecidos com o médico responsável.

Aplicação dos medicamentos quimioterápicos

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Os medicamentos são preparados e aplicados por uma equipe de enfermagem

treinada e podem ser administrados por várias vias de acesso (locais ou regiões do

corpo), tais como:

a) Via Endovenosa (na veia): poderá ser realizado através de uma veia

periférica (mãos ou braços), ou por um catéter (vide explicação posterior).

b) Via Intramuscular (dentro do músculo): nos braços, pernas ou nádegas.

c) Via Subcutânea (na região acima do músculo): nádegas, barriga, braços ou

pernas (coxas).

d) Via oral (tomando comprimidos, cápsulas ou líqüidos pela boca): o médico

informará sobre os medicamentos que irá receber, os possíveis efeitos colaterais

que podem acompanhar o tratamento e como agir caso estes ocorram. A

medicação é tomada em horários definidos pelo médico, para facilitar a sua

absorção. Por exemplo, 1 hora antes ou 1 hora e 30 minutos após a refeição. É

importante observar a orientação do médico e não interromper a medicação sem

informá-lo.

Muitos desses medicamentos precisam ser administrados (tomados), a

intervalos específicos (1 vez por semana ou a cada 21, 28 dias, etc.) para que o

objetivo do tratamento seja alcançado.

Efeitos Colaterais

A ocorrência de efeitos colaterais depende fundamentalmente dos tipos de

medicamentos (remédios) prescritos e do próprio organismo de cada paciente.

Isso significa que alguns efeitos colaterais desagradáveis podem ocorrer com uma

pessoa enquanto uma outra nada sente ou os têm de forma mais branda.

Alguns efeitos de medicamentos quimioterápicos são a diminuição de glóbulos

brancos e/ou de glóbulos vermelhos e plaquetas. Quando o potencial deste efeito é

muito grande, o médico poderá indicar uma medicação subcutânea ou endovenosa

(na veia) que ajude a restaurar esses componentes do sangue. Certos medicamentos

quimioterápicos afetam o crescimento de cabelos e pelos do corpo.

Durante este tempo, corpo e unhas, causando a queda de cabelos e

enfraquecimento de unhas. Porém, na maioria das vezes, esses sintomas são

temporários e, uma vez encerrado o tratamento, eles voltam a crescer.

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Paciente com Catéter Implantado (“port”):

O “port” é um dispositivo implantado através de um procedimento cirúrgico

simples, com anestesia local ou geral. Consiste em um “compartimento” colocado

sob a pele (abaixo), geralmente na região superior do tórax. A finalidade deste é

receber as medicações (remédios) sem a necessidade de puncionar uma veia

periférica (furar as veias do braços e mãos). Uma vez implantado o ”port”, os pontos

(suturas) no local da cirurgia deverão ser retirados, entre sete e dez dias. deverão ser

realizados curativos e cuidados diários por pessoa habilitada.

O “port” pode ser puncionado por volta de 2.000 vezes e durar até oito anos e

poderá ser puncionado desde sua implantação, de acordo com a orientação médica.

(Sociedade Brasileira de Cancerologia )

RADIOTERAPIA

Radioterapia é um tratamento que busca destruir as células do tumor através da

irradiação de ondas de energia originadas de material radioativo (ou seja, material

que emite essas ondas), como por exemplo, o Raio X, o cobalto, o iodo radioativo,

etc. Esses raios são invisíveis, não têm cheiro e você não sente dor durante a

aplicação.

O tratamento radioterápico é feito no Serviço de Radioterapia de um

ambulatório equipado para isto ou de um hospital, mas não exige que seja internado

especificamente para este procedimento.

Antes do início das sessões de radioterapia o médico radioterapeuta e a

enfermagem especializada em radioterapia irão examinar e orientar, esclarecendo as

dúvidas, Serão feitas várias radiografias da região do corpo em que as aplicações

serão feitas Em seguida, será marcada uma sessão de simulação (“ensaio”), para

estudar a posição em que deve permanecer durante a aplicação, estabelecer o local

exato da aplicação, a dose e o tipo de radiação e o número de aplicações necessárias.

Após o término do tratamento, haverá um período de acompanhamento, em

que o médico responsável pela radioterapia fará um exame periódico do(a) paciente

para avaliar possíveis efeitos tardios da radiação e estabelecer tratamento adequado

para eles.

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Hormonioterapia

Alguns tumores (de próstata no homem e de mama ou do endométrio uterino

na mulher) podem depender de hormônios para crescerem. Assim, pode fazer parte

do tratamento oncológico o bloqueio da produção de certos hormônios pelo corpo ou

o uso de hormônios que antagonizem aquele hormônio que estimula o crescimento

do tumor. Esse bloqueio hormonal pode ser realizado com medicações orais e,

quando esta é a via de administração.

Outros hormonioterápicos são injetáveis por via intramuscular ou subcutânea

e sua aplicação obedece uma estratégia definida pelo médico que deve ser seguida à

risca.

Efeitos colaterais:

Podem surgir sinais de menopausa ou andropausa precoces, disfunções sexuais,

ressecamento vaginal, ondas de calor. Apesar desses inconvenientes, a

hormonioterapia pode ser um tratamento muito eficaz, valendo a pena suportar seus

efeitos colaterais, frente a seus benefícios potenciais, quando bem indicada.

Uma nutrição (alimentação) adequada e apropriada para cada fase da vida é

indispensável a todos os seres vivos, para a manutenção da saúde, diminuição de

riscos de doenças e também para a restauração da saúde, através da recuperação,

reconstrução, desintoxicação e reparo de células, órgãos e tecidos ao longo de nossas

vidas. Nosso reparo de células, órgãos e tecidos ao longo de nossas vidas.

Nosso sistema imunológico (que nos defende de infecções) e demais funções

vitais dependem dos micro-nutrientes extraídos dos ingerimos alimentos.

(Sociedade Brasileira de Cancerologia)

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Câncer do Endométrio

Não existe dúvida de que em qualquer

mulher com sangramento após menopausa, o

diagnóstico de câncer de endométrio ou de

lesões precursoras deve ser afastado; por outro

lado, naquelas na menacme com sangramento

uterino disfuncional (SUD) o endométrio deve

ser obrigatoriamente estudado, antes de se iniciar

qualquer terapêutica, pois não raramente pode-se

tratar de um carcinoma endometrial ou de uma

lesão precursora. Nessas mulheres a anamnese, o exame clínico e a determinação

sérica da glicose são imprescindíveis, pois é comum a associação entre câncer de

endométrio, diabetes, hipertensão arterial e obesidade. Cuidadosa investigação

do peso também deve ser incluída, destacando o sobrepeso e a obesidade mórbida,

pois é cada vez mais freqüente o número de casos de câncer de endométrio nessas

mulheres. Em relação às mulheres após a menopausa há um consenso quanto ao

primeiro exame que deve ser solicitado: a ultra-sonografia, de preferência a

transvaginal para mensurar a espessura endometrial (dupla camada); se esta for

menor de 5 mm, afasta-se praticamente o câncer endometrial.

O outro exame, também ambulatorial é a aspiração do endométrio com cânula

tipo Pipelle, que de acordo com a Associação Norte-americana de Câncer é capaz de

diagnosticar 99% das lesões. Este exame é o mais indicado para as mulheres com

SUD em idade reprodutiva.

Não há duvida de que a histerectomia total é a terapêutica de eleição e a

extensão da cirurgia dependerá do estadiamento da doença. Entretanto, é crescente o

número de casos de mulheres com câncer de endométrio em idade reprodutiva que

desejam conservar seu potencial reprodutivo ou de mulheres com contra-indicações

para a cirurgia. Nestas situações duas opções emergem como importantes

alternativas: a inserção de um sistema intra-uterino liberador de levonorgestrel

(Mirena) ou a utilização do acetato de medroxiprogesterona em altas doses.

(Luis Bahamondes - Rev. Assoc. Med. Bras. vol.50 no.1 São Paulo 2004)

21

O corpo do útero, também chamado endométrio, tem apresentado elevação de

incidência de câncer em virtude do aumento da expectativa de vida.

Estima-se que 2% das mulheres desenvolverão câncer de endométrio.

Cerca de 80% dos casos surgirão no período pós-menopausa, em mulheres

entre 55 a 65 anos.

Calcula-se em 80% as chances de cura de câncer de endométrio, pois a

doença geralmente apresenta sintomas (sangramento vaginal pós menopausa) já na

sua fase inicial.

Fatores de risco:

Obesidade; hipertensão arterial; diabetes; portadoras de síndrome de ovário

policístico; parentes em 1º grau que já tiveram esse tipo de tumor; uso indevido de

estrógenos isolados; pacientes com mais de 3 anos de uso de tamoxifeno por câncer

de mama, podem ter maior risco de desenvolver câncer de endométrio. Quanto maior

o número de gestações que a mulher tiver, menor será sua chance de desenvolver

esse tipo câncer.

Sinais e sintomas mais freqüentes:

Sangramento genital pós-menopausa; dor no baixo ventre; trombose nas

pernas; sangramento uretral e/ou anal. Diagnóstico

Ultra-sonografia ou doppler colorido trans-vaginal podem apontar a espessura

do endométrio que, estando acima do esperado, pode indicar a necessidade de uma

biópsia;

Ressonância magnética tem sido útil no diagnóstico e estágio do câncer do

endométrio, em virtude de sua capacidade de realizar imagens que permitem analisar

a extensão do tumor, verificar se há invasão e em qual profundidade. Tratamentos

Variam de acordo com a extensão do tumor, podendo ser desde uma cirurgia

com ou sem radioterapia, até o tratamento hormonal. A maioria dos casos de tumor

in situ (localizados) pode ser tratada cirurgicamente, com a remoção total do útero

(histerectomia). Para prevenir o câncer de endométrio é importante:

Evitar a obesidade; controlar a hipertensão; fazer terapia adequada de reposição

hormonal no climatério; observar e corrigir ciclos sem ovulação persistentes.

Fontes: American Câncer Society (Associação Brasileira Do Câncer)

22

Recomendações dietoterapicas atuais

De acordo com o planejamento nutricional define-se a conduta dietoterápica

que melhor se adapta ao paciente, levando-se em consideração as suas necessidades e

condições fisiológicas e nutricionais. Para isso é escolhida a terapia nutricional mais

adequada à administração de nutrientes por via oral, enteral ou parenteral, com o

objetivo de manter e recuperar o estado nutricional dos pacientes.

Características da Dieta.

Dieta Geral, Branda, Pastosa, Leve ou Líquida , fracionada de 6 a 8 vezes/dia.

Dieta por via enteral exclusiva ou suplementar por via oral polimérica ou

monomérica, de acordo com o tipo de tumor e localização.

VET: normo a hipercalórica, Fator Injuria para o câncer.

Proteína: 1,0 a 1,5 g/kg/dia para manutenção e depletados 1,5 a 2,0 g/kg/dia.

No caso do paciente ser portador de Diabetes Mellitus o maior aporte protéico não

compromete os níveis glicemicos.

Carboidratos: normoglicídica. Para pacientes com diabetes a dieta deve ser

hipoglicídica dando prioridade no consumo dos carboidratos complexos e integrais,

e fazer o uso de edulcorantes.

Lipídios : <30%, observar se o paciente não apresenta dislipidemia. Para

pacientes Diabéticos e Hipertensos dar preferência as gorduras monoinsaturadas e

poliinsaturadas, para evitar a dislipidemia e o desenvolvimento das doenças

cardiovasculares.

Líquidos : aumentar a ingestão em diarréia e febre.

23

REGISTRO DE CÂNCER DE BASE POPULACIONAL

Os Registros de Câncer de Base Populacional coletam dados sobre câncer de

uma população bem definida, possibilitando, desta forma, a obtenção do número de

casos novos de câncer desta população, e conseqüentemente a sua incidência.

No Estado de São Paulo, o Registro de Câncer de Base Populacional está

implantado nos Municípios de São Paulo e Campinas, e em processo de implantação

em Santos.

Há alguns anos o Instituto Nacional de Câncer (INCA), instância do Ministério

da Saúde responsável por desenvolver e coordenar ações integradas para a prevenção

e controle do câncer no Brasil, divulga dados de estimativas da incidência e

mortalidade por câncer no país. As estimativas do INCA para 2005 referentes ao

Estado de São Paulo estão nas tabelas abaixo:

Estimativa dos Casos Novos

Estado Capital

Localização

Primária

Neoplasia maligna Casos Taxa Bruta Casos Taxa Bruta

Pele não Melanoma 17.720 89,44 4.670 85,98

Traquéia, Brônquios e

Pulmão 4.960 25,04 1.630 30,03

Estômago 4.730 23,88 1.430 26,38

Próstata 13.020 65,71 4.230 77,91

Cólon e Reto 4.760 24,02 1.780 32,78

Esôfago 2.280 11,50 610 11,24

Leucemias 1.370 6,90 440 8,13

Cavidade Oral 3.520 17,77 1.060 19,60

Pele Melanoma 1.040 5,28 260 4,78

Outras Localizações 16.690 84,26 5.790 106,62

Total 70.090 353,83 21.900 403,25

Fonte: INCA

24

taxas brutas de incidência por 100.000 mulheres e do número de

casos novos por câncer, segundo localização primária. Estado de São Paulo, 2.005.

Estimativa dos Casos Novos

Estado Capital

Localização

Primária

Neoplasia maligna Casos Taxa Bruta Casos Taxa Bruta

Pele não Melanoma 14.350 69,54 3.910 65,63

Mama Feminina 16.090 78,01 6.170 103,49

Traquéia, Brônquios e

Pulmão 2.380 11,56 820 13,83

Estômago 2.350 11,40 820 13,83

Colo do Útero 4.240 20,56 1.550 25,92

Cólon e Reto 4.970 24,11 1.950 32,69

Esôfago 490 2,39 140 2,35

Leucemias 1.120 5,43 370 6,17

Cavidade Oral 1.150 5,59 340 5,67

Pele Melanoma 1.070 5,69 390 6,56

Outras Localizações 18.910 91,65 7.070 118,54

Total 67.220 325,80 23.530 394,50

Fonte: INCA

25

7.1 - Fisiopatologia da Hipertensão Arterial Sistêmica

Introdução

O desenvolvimento de hipertensão depende da interação entre predisposição

genética e fatores ambientais, embora ainda não seja completamente conhecido como

estas interações ocorrem. Sabe-se , no entanto, que a hipertensão é acompanhada por

alterações funcionais do sistema nervoso autônomo simpático, renais, do sistema

renina angiotensina, além de outros mecanismos humorais e disfunção endotelial.

Assim a hipertensão resulta de várias alterações estruturais do sistema

cardiovascular que tanto amplificam o estímulo hipertensivo, quanto causam dano

cardiovascular.

Sistema nervoso autônomo (simpático)

O sistema simpático tem uma grande importância na gênese da hipertensão

arterial e contribui para a hipertensão relacionada com o estado hiperdinâmico.

Mensurações das concentrações de catecolaminas plasmáticas tem sido usadas para

avaliar a atividade simpática. Vários autores relataram concentrações aumentadas de

noradrenalina no plasma em pacientes portadores de hipertensão essencial,

particularmente em pacientes mais jovens. Estudos mais recentes sobre atividade

simpática medida diretamente sobre nervos simpáticos de músculos superficiais de

pacientes hipertensos confirmam esses achados. Também foi demonstrada a

alteração da resposta reflexa dos baroreceptores, tanto em modelos experimentais

como em modelos clínicos.

Mecanismos Renais

Mecanismos renais estão envolvidos na patogênese da hipertensão, tanto

através de uma natriurese alterada, levando à retenção de sódio e água, quanto pela

liberação alterada de fatores que aumentam a PA como a renina ou de fatores

depressores da PA como prostaglandinas.

26

Sistema Renina-angiotensina

O sistema renina-angiotensina está envolvido no controle fisiológico da

pressão arterial e no controle do sódio. Tem importantes implicações no

desenvolvimento da hipertensão renal e deve estar envolvido na patogênese da

hipertensão arterial essencial. O papel do sistema renina-angiotensina-aldosterona a

nivel cardíaco, vascular e renal é mediado pela produção ou ativação de diversos

fatores de crescimento e substâncias vaso-ativas, induzindo vasoconstricção e

hipertrofia celular.

Adaptação cardiovascular

A sobrecarga do sistema cardiovascular causada pelo aumento da pressão

arterial e pela ativação de fatores de crescimento leva a alterações estruturais de

adaptação, com estreitamento do lumem arteriolar e aumento da relação entre a

espessura da média e da parede arterial. Isso aumenta a resistencia ao fluxo e

aumenta a resposta aos estímulos vasoconstrictores. A adaptação vascular instala-se

rapidamente.

Adaptações estruturais cardíacas consistem na hipertrofia da parede ventricular

esquerda em resposta ao aumento na pós-carga (hipertrofia concêntrica), e no

aumento do diâmetro da cavidade ventricular com aumento correspondente na

espessura da parede ventricular (hipertrofia excentrica), em resposta ao aumento da

pré-carga.

Tanto as adaptações vasculares quanto as cardíacas atuam como amplificadores

das alterações hemodinamicas da hipertensão e como início de várias das

complicações dela decorrentes.

Disfunção endotelial

Novos estudos demonstraram o envolvimento do endotélio na conversão da

angiotensina I em angiotensina II, na inativação de cininas e na produção do fator

relaxante derivado do endotélio ou óxido nítrico. Além disso, o endotélio está

envolvido no controle hormonal e neurogênico local do tônus vascular e dos

processos homeostáticos. Também é responsável pela liberação de agentes

27

vasoconstrictores, incluindo a endotelina, que está envolvida em algumas das

complicações vasculares da hipertensão.

Na presença de hipertensão ou aterosclerose, a função endotelial está alterada e

as respostas pressóricas aos estimulos locais e endógenos passam a se tornar

dominantes. Ainda é muito cedo para determinar se a hipertensão de uma forma geral

está associada à disfunção endotelial. Também ainda não está claro se a disfunção

endotelial seria secundária à hipertensão arterial ou se seria uma expressão primária

de uma predisposição genética.

Estudos recentes identificaram de forma mais clara vários mecanismos

fisiopatológicos envolvidos na hipertensão arterial, no entanto ainda não está claro

quais fatores são iniciadores da hipertensão e quais são seus perpetuadores.

( III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial)

Guideline de HAS da OMS/WHO

A Hipertensão Arterial, mais conhecida como “Pressão Alta”, pode ser

encarada como uma doença ou como um fator de risco para o desenvolvimento de

doenças do coração, pois, na grande maioria das vezes, não provoca sintomas ou os

sintomas são gerais (podem ocorrer em qualquer doença), como dores de cabeça,

tonturas, mal estar...

É muito importante entender que quem sofre de hipertensão arterial terá que

fazer seu controle por toda a vida, visto que, na grande maioria das pessoas (95%),

não se consegue descobrir sua causa.

De todos esses casos, felizmente, a grande maioria (90%) apresentará

hipertensão leve, ou seja, fácil de controlar e tratar.

Diagnóstico

O diagnóstico da hipertensão arterial é estabelecido pelo encontro de níveis

tensionais acima dos limites superiores da normalidade (140/90 mmHg) quando a

pressão arterial é determinada através de metodologia adequada e em condições

apropriadas

28

Tabela 1-Classificação diagnóstica da hipertensão arterial.Adultos (maiores de 18 anos).

PAD (mm Hg) PAS (mm Hg) Classificação

< 85 < 130 Normal

85-89 130-139 Normal Limítrofe

90-99 140-159 Hipertensão Leve (estágio 1)

100-109 160-179 Hipertensão Moderada (estágio2)

> 110 > 180 Hipertensão Grave (estágio 3)

< 90 > 140 Hipertensão Sistólica Isolada

Fonte: Guideline de HAS da OMS/WHO

Exames físicos

A medida do Índice de Massa Corporal (IMC = peso/[altura]²), pois o

sobrepeso e a obesidade podem ser causas secundárias de hipertensão arterial;

A medida da pressão arterial duas ou mais vezes. Em maiores de 65 anos deve

ser medida sentado e em pé; O exame de fundo de olho.

O encontro de lesões oculares requer maiores cuidados no tratamento;

Procura de sopros carotídeos (ausculta do pescoço) e de sopros abdominais.

Exames complementares

Devem ser realizados ao menos uma vez ao ano e sua freqüência será

estabelecida de acordo com os resultados. São eles: Urina simples; Glicemia de

jejum; Sódio e potássio; Creatinina; Colesterol total, HDL e Triglicerídeos;

Hemograma.

29

Recomendações para seguimento (prazos máximos)*:

Tabela 2-Pressão arterial inicial (mmHg)**

Sistólica Diastólica Seguimento

< 130 < 85 Reavaliar em 1 ano

130-139 85-89 Reavaliar em 6 meses

140-159 90-99 Confirmar em 2 meses

160-179 100-109 Confirmar em 1 mês

> 180 > 110 Intervenção imediata ou reavaliar em 1 semana

Fonte: Guideline de HAS da OMS/WHO

O TRATAMENTO MÉDICO

O tratamento vai depender não somente dos níveis de pressão arterial, mas

também da co-existência de fatores de risco e de lesões em outros órgãos do corpo.

Fatores de Risco Maiores:

Tabagismo, dislipidemia , diabetes mellitus, idade acima de 60 anos, homens

ou mulheres pós-menopausa, história familiar de doença cardiovascular em

mulheres com menos de 65 anos e em homens com menos de 55 anos.

Doenças Cardiovasculares:

Doenças Cardíacas: Hipertrofia ventricular esquerda , Angina ou infarto do

miocárdio prévio , Revascularização miocárdica prévia e Insuficiência cardíaca

Episódio isquêmico ou acidente vascular cerebral , Neufropatia , Doença

vascular arterial periférica Retinopatia hipertensiva.

Classificação em grupos, de acordo com o fator de risco individual:

Grupo A — sem fatores de risco e sem lesões em órgãos-alvo

Grupo B — presença de fatores de risco (não incluindo diabete mellitus) e

sem lesão em órgãos-alvo

Grupo C — presença de lesão em órgãos-alvo, doença cardiovascular

clinicamente identificável e/ou diabete mellitus.

30

Tratamento medicamentoso deve ser instituído na presença de insuficiência

cardíaca, insuficiência renal, ou diabete mellitus.

Pacientes com múltiplos fatores de risco podem ser considerados para o

tratamento medicamentoso inicial

Tabela 3- Decisão terapêutica baseada na estratificação do risco e nos níveis de pressão:

Pressão arterial Grupo A Grupo B Grupo C

Normal limítrofe

(130-139 mmHg/85-89

mmHg)

Modificações no

estilo de vida

Modificações no

estilo de vida

Modificações no

estilo de vida*

Hipertensão leve (estágio 1)

(140-159 mmHg/90-99

mmHg)

Modificações no

estilo de vida

Modificações no

estilo de vida**

(até 12 meses)

Terapia

medicamentosa

(até 6 meses)

Hipertensão moderada e

severa

(estágios 2 e 3)

(> 160 mmHg/> 100 mmHg)

Terapia

medicamentosa

Terapia

medicamentosa

Terapia

medicamentosa

Fonte: Guideline de HAS da OMS/WHO

Modificações do Estilo de Vida (MEV)

Redução do peso corporal; Redução da ingestão de sódio; Maior ingestão de

alimentos ricos em potássio (feijões, ervilha, vegetais de cor verde-escuros, banana,

melão, cenoura, beterraba, frutas secas, tomate, batata inglesa e laranja); Redução do

consumo de bebidas alcoólicas; Exercícios físicos aeróbicos regulares (30 minutos de

caminhadas diárias).

III CONSENSO BRASILEIRO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL

Sociedade Brasileira de Hipertensão

Sociedade Brasileira de Cardiologia - Departamento de Hipertensão Arterial

Sociedade Brasileira de Nefrologia - Departamento de Hipertensão Arterial

31

Conceito atual de Hipertensão Arterial Sistêmica

A hipertensão arterial sistêmica atualmente não pode mais ser vista apenas

como uma condição clínica em que as cifras tensionais estão acima de um

determinado valor. Na verdade a hipertensão arterial existe num contexto

sindrômico, com alterações hemodinâmicas, tróficas e metabólicas, entre as quais a

própria elevação dos níveis tensionais, as dislipidemias, a resistência insulínica, a

obesidade centrípeta, a microalbuminúria, a atividade aumentada dos fatores de

coagulação, a redução da complascência arterial e a hipertrofia com alteração da

função diastólica do VE.

Os componentes da síndrome hipertensiva são muitas vezes fatores de risco

cardiovascular independentes. Os esquemas terapêuticos antigos, propostos com a

intenção única de baixar os níveis tensionais, não obtiveram uma redução da

morbidade e mortalidade como esperado, a despeito de uma redução eficaz dos

níveis pressóricos.

Ao tratar a hipertensão devemos ter em mente os fatores de risco associados e o

impacto do tratamento nestes fatores. Uma droga por vezes benéfica para a redução

da PA é maléfica em relação a outro componente da síndrome, como por exemplo

uma droga pode induzir hiperglicemia ou dislipidemia. Assim apesar de um controle

satisfatório da PA outros fatores de risco potencialmente maiores podem se sobrepor,

não melhorando a situação clínica do paciente.

Assim o tratamento atual da hipertensão arterial sistêmica não deve se resumir

simplesmente à redução dos níveis pressóricos.

Sociedade Brasileira de Hipertensão

32

7.2 - Obesidade

Definições:

A obesidade é o resultado de diversas interações, nas quais chamam a atenção

os aspectos genéticos, ambientais e comportamentais.

Assim, filhos com ambos os pais obesos apresentam alto risco de obesidade,

bem como determinadas mudanças sociais estimulam o aumento de peso em todo um

grupo de pessoas.

Recentemente, vem se acrescentando uma série de conhecimentos científicos

referentes aos diversos mecanismos pêlos quais se ganha peso, demonstrando cada

vez mais que essa situação se associa, na maioria das vezes, com diversos fatores.

Independente da importância dessas diversas causas, o ganho de peso está

sempre associado a um aumento da ingestão alimentar e a uma redução do gasto

energético correspondente a essa ingestão.

O aumento da ingestão pode ser decorrente da quantidade de alimentos

ingeridos ou de modificações de sua qualidade, resultando numa ingestão calórica

total aumentada.

O gasto energético, por sua vez, pode estar associado a características genéticas

ou ser dependente de uma série de fatores clínicos e endócrinos, incluindo doenças

nas quais a obesidade é decorrente de distúrbios hormonais.

33

Fatores de risco :

Tabela 4- A obesidade é fator de risco para uma série de doenças ou distúrbios que podem ser:

Assim, pacientes obesos apresentam severo risco para uma série de doenças e

distúrbios, o que faz com que tenham uma diminuição muito importante da sua

expectativa de vida, principalmente quando são portadores de obesidade mórbida.

Determinar os tipos de obesidade: a obesidade hipertrófica é o resultado de um

aumento do conteúdo lipídico do adípocitos; é mais comum e geralmente é

encontrado entre adultos. As células pequenas totalmente preechidas representam um

risco maior para a saúde que as células grandes incompletamente preenchidas.

A obesidade hiperplásmatica-hipertrófica é resultado do aumento do número de

células gordurosas do conteúdo lipídico da mesmas, sendo mais comum em pacientes

cuja obesidade se inicia precocemente. A obesidade hiperplámatica (aumento no

número de células). Acredita-se agora que podem ocorrer aumento no número de

células durante a vida.

(Guyton e Hall)

Doenças Distúrbios

Hipertensão arterial Distúrbios lipídicos

Doenças cardiovasculares Hipercolesterolemia

Doenças cérebro-vasculares Diminuição de HDL ("colesterol bom")

Diabetes Mellitus tipo 2 Aumento da insulina

Câncer Intolerância à glicose

Osteoartrite Distúrbios menstruais/Infertilidade

Coledocolitíase Apnéia do sono

34

7.3 - A importância das fibras alimentares

Definição:

Considerem-se fibras alimentares todos os polissacarídeos vegetais da dieta

que não são difgeridas pelas enzimas do trato digestório humano.

Existem dois tipos de fibras que podem ser:

Fibras solúveis:

Presentes nas frutas, leguminosas secas, aveia e cevada. As fibras solúveis

retar-dam o esvaziamento gástrico, aumentam o tempo e trânsito intestinal, retaram a

absorção da glicose e diminuem o colesterol plasmático LDL- (colesterol ruim).

Poderemos encontrá-las por exemplo nos seguintes alimentos: Farelo de aveia ,

cenoura cozida, goma guar.

Fibras insolúveis:

Presentes nos grãos e hortaliças. As fibras insolúveis diminuem o tempo de

trânsi-to intestinal, aumentam o volume fecal, retardam a absorção da glicose e

retardam a quera do amido.

São encontradas nos seguintes alimentos : farelo de trigo, leguminosas e

folhosas e frutas com cascas

A recomendação diária de consumo das fibras alimentares é em média 30

gramas Para que se tenha uma alimentação rica em fibras pode-se: substituir o pão

branco por pão integral ou de centeio, preferir arroz ou macarrão integral, substituir a

farinha de rosca por farelo, e comer frutas frescas com casca e verduras.

As fibras são conhecidas pelo seu efeito benéficos na prevenção ou tratamento

de várias doenças, como o diabetes melito, aterosclerose, o câncer de cólon, a

síndrome do intestino curto e a doença diverticular dos cólons.

As fibras alimentares promove regulação no tempo de trânsito intestinal,

aumentam o volume das evacuações. Auxilia no controle da glicemia, na redução dos

triglicerídeos e colesterol sangüíneo e no tratamento da obesidade.

Umas das importante propriedades das fibras, quando no cólon, é a sua

capacidade de absorver água , formando assim fezes volumosas e macias.

35

Doentes com obstipação intestinal (constipação - intestino preso) nos quais não

foi encontrada causa orgânica apresentam ingestão pobre em fibras na maioria dos

casos. A indicação de ambos os tipos de fibras, solúveis e insolúveis, mas por

mecanismos diferentes, aumentam o volume fecal. O farelo de trigo tem sido usado

como agente para aliviar constipação intestinal pela retenção de água, formando

fezes macias e mais pesadas.

A importância das fibras em nosso organismo, para nos manter com uma

melhor qualidades de vida. Por isso é importante que sempre incluamos alimentação

alimentos que são fontes de fibras.

FDA (Food and Drug Administration)

36

7.4 - A Imortância da água na dieta

A água é o elemento mais abundante na Terra e também aquele de que o nosso

organismo mais necessita.

Mais de 60% do corpo humano é constituído por água sendo assim a água

torna-se Nutriente indispensável para nosso bem estar e saúde. A água auxilia na

regulação da temperatura do corpo humano, elimina as toxinas através da urina e da

transpiração, molda bolo fecal, é usada intensamente no processo de respiração e faz

a distribuição de muitos nutrientes pelos diversos órgãos do nosso corpo.

Na sua falta, o sistema natural de limpeza e desintoxicação do organismo fica

sempre muito prejudicado, contribuindo para o aparecimento das mais inúmeras

doenças.

A quantidade de água que se deve beber, depende da constituição física, do

nível de atividade e da umidade do ar. O corpo humano perde uma quantidade

significativa de água através da respiração, transpiração e urina. Por tudo isto, os

especialistas tem recomendado que se beba pelo menos 2 litros de água por dia.

Beber bastante água faz com que todo o organismo fique mais equilibrado e

resistente.

Importante: é necessário ter especial atenção em situações de doença, esforço

físico prolongado e outras que possam requerer uma maior ingestão de água.

(Lage, M. Dietoterapia)

37

7.5 - Diabetes Tipo 1

INTRODUÇÃO

O diabetes Tipo 1 aparece como resultado de uma destruição das células beta

produtoras de insulina por engano, pois o organismo acha que são corpos estranhos.

Isso é chamado de resposta auto-imune. Este tipo de reação também ocorre em outras

doenças, como esclerose múltipla, Lupus e doenças da tireóide.

Os pesquisadores não sabem exatamente por que isso acontece. No diabetes,

porém, encontram-se vários fatores que parecem estar ligados ao diabetes tipo 1.

Entre eles incluem-se a genética, os auto-anticorpos e os vírus.

SINAIS E SINTOMAS

Pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem

apresentar:

• Muita sede;Vontade de urinar diversas vezes;

• Perda de peso (mesmo sentindo mais fome e comendo mais do que o

habitual);

• Fome exagerada;

• Visão embaçada;

• Infecções repetidas na pele ou mucosas;

• Machucados que demoram a cicatrizar;

• Fadiga (cansaço inexplicável);

• Dores nas pernas por causa da má circulação.

Em alguns casos não há sintomas. Isto ocorre com maior freqüência no

diabetes tipo 2. Neste caso, a pessoa pode passar muitos meses, às vezes anos, para

descobrir a doença. Os sintomas muitas vezes são vagos, como formigamento nas

mãos e pés. Portanto, é importante pesquisar diabetes em todas as pessoas com mais

de 40 anos de idade.

38

7.6 - Diabetes Tipo 2

Sabe-se que o diabetes do tipo 2 possui um fator hereditário maior que no tipo

1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se

que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é maior após

os 40 anos.

Uma de suas peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas.

O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por

muitas razões suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da

corrente sangüínea. Esta é uma anomalia chamada de "resistência insulínica".

O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode

responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de

medicamentos orais e, por fim, a combinação destes com a insulina.

Principais Sintomas:

• Infecções freqüentes;

• Alteração visual (visão embaçada);

• Dificuldade na cicatrização de feridas;

• Formigamento nos pés;

• Furunculose.

39

MONITORIZAÇÃO DO DIABETES

Para se obter um controle satisfatório da glicemia os portadores de diabetes

devem ser avaliados pela equipe multidisciplinar a cada três ou quatro meses. As

consultas servem para orientar as bases do tratamento do diabetes : educação, dieta,

automonitorização e para solicitar exames de rotina.

Em laboratório, por exemplo, é medida a glicose plasmática e a hemoglobina

glicada, que avalia a média das glicemias nos últimos três meses. Esta dosagem é de

extrema importância para a prevenção de complicações crônicas do diabetes.

Recomenda-se, também, realizar as dosagens de colesterol total, triglicerídeos, LDL

e HDL-colesterol de preferência a cada três meses.

Automonitorização

No diabetes tipo 2, como no diabetes tipo 1, a medida da glicose no sangue

capilar("dedo") é o teste com melhor precisão. No entanto, razões de ordem

psicológica ou econômica podem dificultar a realização desta técnica. Nesses casos,

a medida da glicose na urina, especialmente no período pós-prandial (2 horas após a

refeição), pode representar um método alternativo.

Contudo, convém lembrar que o teste de glicose na urina (glicosúria) é um

método indireto de avaliação para o controle da glicemia. Não possuem uma precisão

adequada, já que a glicose só começa a aparecer na urina, quando está geralmente

acima de 180 mg/dl no sangue.

O teste com resultado "negativo" também não demonstra se os níveis de

glicose estão normais (70 a 110 mg/dl) ou baixos (menores que 60 mg/dl) que é o

ocorre na hipoglicemia. Portanto, o teste de glicemia capilar deve ser realizado

sempre que se desejar confirmar situações de hipo ou hiperglicemia. Os resultados

devem ser revisados periodicamente com o médico ou enfermeira que estiverem

fazendo o acompanhamento.

Receberá as orientações necessárias sobre os objetivos do tratamento e as

providências que devem ser tomadas. À medida em que os testes de glicemia capilar

estiverem mais estáveis, poderão ser realizados apenas uma vez por dia, em

diferentes horários, inclusive duas horas após as refeições.

(Sociedade Brasileira de Diabetes )

40

7.7 - Aspectos Peculiares do Idoso

O idoso (60 ou mais anos) apresenta peculiaridades relacionadas com o

processo de envelhecimento, como: a) redução progressiva da altura, de um a dois

cm por écada; b) ganho progressivo de peso e IMC até em torno de 65 a 70 anos,

diminuindo a partir de então; c) alterações da composição corporal, com

redistribuição de gordura, que diminui a nível periférico e aumenta no interior do

abdome, e redução da massa magra.

Alguns autores consideram que a desnutrição pode ser difícil de distinguir das

alterações resultantes do processo natural do envelhecimento porém se não for

detectada, pode resultar em agravamento de condições clínicas e aumento da

mortalidade.

A população idosa é particularmente propensa a problemas nutricionais devido

a fatores relacionados com as alterações fisiológicas e sociais, ocorrência de doença

crônica, uso de várias medicações, problemas na alimentação (comprometendo a

mastigação e deglutição), depressão e alterações da mobilidade com dependência

functional. Perda de peso involuntária, redução do apetite e caquexia são comuns na

população geriátrica. Anorexia é a principal causa de desnutrição no idoso, de

etiologia multifatorial, que engloba

doença sistêmica, iatrogenia e fatores psicossociais. Os receptores gustativos e

olfativos têm sua função diminuída com o envelhecimento, comprometendo a

qualidade estimulante do apetite contida nos alimentos. Também se observa

lentificação do esvaziamento gástrico, com o aumento da saciedade (estado que se

segue a uma refeição no qual a fome encontra-se inibida) e da saciação (processo de

regulação que ocorre durante a alimentação, que inibe a ingestão de mais alimento).

Estas alterações decorrentes do processo fisiológico de envelhecimento

comprometem a ingestão de nutrientes, podendo levar à desnutrição.

Muitos pesquisadores, durante os últimos 25 anos do século passado, tentaram

desenvolver instrumentos válidos para identificar os idosos desnutridos ou em risco

aumentado de complicações relacionadas ao estado nutricional porém observa-se na

literature pertinente uma falta de consenso em relação aos critérios diagnósticos de

desnutrição, inexistindo um padrão-ouro.

41

Além do mais, aspectos peculiares relacionados ao envelhecimento obrigam a

avaliação mais profunda, com análise de fatores de risco.

A saúde bucal deve ser observada, pois a perda dos dentes e outras afecções da

cavidade oral causando dor e dificuldade para mastigar e deglutir estão associadas

com desnutrição. Esta avaliação se reveste de importância, pois medidas preventivas

e procedimentos odontológicos simples podem resolver o problema , além do que a

habilidade de mastigar comida eficientemente, não influencia a capacidade de

digestão com as dietas modernas.

Outro aspecto relevante na avaliação do idoso compreende verificação do nível

funcional através da quantificação das atividades da vida diária (básicas e

instrumentais), permitindo a classificação funcional: a) I, fisicamente incapaz ou

dependente; b) II, fisicamente frágil; c) III, fisicamente independente; d) IV,

fisicamente apto/ativo; e) V, atleta.

Dependência para comer encontra-se relacionada com aumento da

mortalidade. O nível de independência functional é um forte preditor de

complicações.

A antropometria de idosos apresenta peculiaridades, como: a) possibilidade

de estimar o peso utilizando fórmulas que aplicam variáveis antropométricas, quando

o mesmo não pode ser medido: peso (homens) = (0,98 x CP) + (1,16 x altura do

joelho) + (1,73 x CB) + (0,37 x prega subescapular) – 81,69; peso (mulheres) = (1,27

x CP) + (0,87 x altura do joelho) + (0,98 x CB) + (0,4 x prega subescapular) – 62,35;

b) estimar a altura utilizando a medida da altura do joelho aplicada a fórmulas e a

altura em posição sentada; c) a circunferência da panturrilha (CP) é considerada a

medida mais sensível de massa muscular no idoso, sendo superior à circunferência

do braço (CB).

A Avaliação Subjetiva Global (ASG) tem sido utilizada na população

geriátrica, sendo considerada um instrumento útil na avaliação do estado nutricional

em idosos.

Vários instrumentos têm sido desenvolvidos em uma tentativa de identificar os

idosos desnutridos ou em risco nutricional.

The Nutrition Screening Initiative (NSI) é um questionário de dez perguntas

auto-aplicável, envolvido para ser utilizado na atenção primária à saúde com o

42

objetivo de despertar a consciência sobre problemas nutricionais, porém tem se

mostrado de eficiência limitada, não sendo capaz de predizer mortalidade.

A Miniavaliação Nutricional (MAN) foi desenvolvida para avaliar o risco de

desnutrição em idosos e identificar aqueles que possam se beneficiar de intervenção

precoce. A versão original é composta por 18 itens que englobam antropometria,

avaliação dietética, avaliação clínica global e autopercepção de saúde e estado

nutricional , podendo ser utilizado tanto para triagem como para avaliação, e deve ser

aplicado por profissional de saúde. Vários estudos têm validado a MAN, mostrando

que é capaz de predizer o aumento do tempo de internação, a alta para asilos e

mortalidade. Porém, a maioria dos autores considera como padrão-ouro as medidas

antropométricas e exames laboratoriais.

Estado Nutricional de Adultos e Idosos

Acuña & Cruz

Arq Bras Endocrinol Metab vol 48 nº 3 Junho 2004

43

8 - TRATAMENTO HOSPITALAR

Tratamento Médico

O tratamento médico foi de manutenção para recuperação do estado clínico

geral, e manter o estado nutricional da paciente. A paciente foi internada no dia

05/06/2006 devido a dores abdominal. No dia 06/06 permaneceu com dieta de

preparo, jejum após as 22 horas preparação pré-operatória. No dia 07/06 foi

submetida a tratamento cirúrgico do CA. do Endométrio. Por se tratar de um pós-

operatório de Histerectomia Total Abdominal (HTA) + Salpingectomia - SOB

(Trompas) + Oforectomia (ovário) retirada dos Linfonodos – LP (Bilaterais), a

paciente foi encaminhada para UTI para recuperação e cuidados gerais, recebeu

dieta leve hipoglicídica e hi´possódica.

No 1º dia pós-operatório (08/06) a paciente apresenta-se sem queixas e

afebril, com realização de curativos e administração de medicamentos, juntamente

com controle de temperatura, pressão arterial e exames bioquímicos. Foi feito

controle da glicemia com dextro de seis em seis horas. A paciente recebe alta da UTI

é encaminhada para enfermaria no 8º andar.

A partir do 2º pós-operatório (09/06) foi introduzida dieta geral para diabetes

hipossódica. A paciente apresenta dois episódios de evacuações (fezes semi-

pastosas) em média quantidade. Houve administração de medicamentos e cuidados

gerais.

No dia 10/06 recebe alta hopitalar e orientação nutricional para ser seguida em

sua casa.

Tabela 5- Evolução dos Sinais Clínicos da paciente M.B.C submetida à HTA.

Data Temperatura P.A Peso Evacuações

05/06 36.2ºC 14x1 86,6 kg 1x/dia

06/06 36.1ºC 13x8 - 1x/dia

07/06 36.6ºC 11x7 - 1x/dia semi-pastosa

08/06 36.3ºC 15x1 - 1x/dia semi-pastosa

09/06 36.2ºC 15x9 88,1 kg 2x/dia

10/06 36.0ºC 12x6 - -

Fonte: prontuário M.B.C.

44

A temperatura da paciente teve poucas alterações, sendo que todos os dias

durante a internação não atingiu 37ºC (febre), permanecendo afebril.

A pressão arterial da paciente esteve com alteração nos dias 05 , 08 e 09, a

paciente foi medicada por já apresentar quadro hipertensivo.

Durante a internação a paciente permaneceu com atividade intestinal normal.

Com relação ao peso corporal pode-se observar uma alteração de 1,5 kg

durante os dias de internação, provavelmente uma retenção hídrica devido a paciente

ter sofrido oscilações da pressão arterial pois ela é hipertensa e pelo consumo do

medicamento Diabinese®.

Tabela 6- Medicamentos Utilizados: 05/06 à 10/06/2006

Medicamentos Qt x/dia 05 06 07 08 09 10

Diazepam®/Diazepam 10mg 1 x x

Plasil®/Cloridrato Metoclopramida 1comp. 3 x x

Tramal®-Cloridrato de Tramadol 1comp. 1 x

Dipirona Sódica® - Dipirona Sódica 1amp. 3 x x x x

Luftal® 1comp.. 3 x x

Clexane®/ Enoxaparina sódica 40mg 1 x x

Anador®/Dipirona Sódica 40gt. 1 x

CEFALOTINA® /SÓDICA® -(KEFLIN) 1x 3 x

Captopril® 25mg. 2 x x x x x x

Ramitidina® 150mg. 2 x x

Diabinese® (clorpropamida) 1comp. 1 x x x x x x

Insulina regular 180/250 3ui x

Insulina regular 251/300 5ui x

Insulina regular 301/350 8ui x

KEFLEX®Cefalexina monoidratada 4g 4 x

Fonte: Prontuário M.B.C

A interação alimentos e medicamentos é uma ocorrência indiscutível. Os

medicamentos que alteram o metabolismo do indivíduo podem alterar sua ingestão

alimentar e vir a comprometer seu estado nutricional. Tais medicamentos podem

45

exercer um efeito específico de estimulação ou inibição do apetite. Podem causar

efeitos colaterais como náusea, vômito, diarréia ou alteração do paladar. Pode, ainda,

inibir a síntese de nutrientes ou alterar sua absorção, metabolização ou alteração

(AUGUSTO et al, 1999).

CLEXANE®

Modo de ação: Anticoagulante

Efeitos no TGI/dieta: Dor abdominal, obstipação. Precaução em pacientes com

Diabetes Melittus e Insuficiência Renal Crônica

Diminuir o risco de desenvolvimento de uma trombose venosa profunda e sua

conseqüência mais grave, a embolia pulmonar. CLEXANE® (enoxaparina sódica)

previne e trata estas duas patologias, evitando sua progressão ou recorrência, além de

tratar angina instável e infarto do miocárdio sem onda Q. CLEXANE® (enoxaparina

sódica) também evita a coagulação do sangue no circuito de hemodiálise. A duração

de uso de CLEXANE® (enoxaparina sódica) pode variar de um indivíduo para o

outro.

ANADOR®

ANADOR é indicado para aliviar os sintomas dolorosos e diminuir a febre. O

início de ação do medicamento ocorre cerca de 30 minutos após a sua administração.

CAPTOPRIL®

O captopril®, inibidor da enzima de conversão da angiotensina (IECA), foi

introduzido para uso clínico na HA nos anos 80 4. O mecanismo de ação do captopril,

inibindo a conversão de angiotensina I para II, reduz os efeitos da angiotensina II,

como, vasoconstrição, liberação de aldosterona, lesão endotelial e síntese protéica

vascular e miocárdica 5. Com a utilização dos IECA, em estudos experimentais e

ensaios clínicos, foi demonstrada a redução da hipertrofia vascular e miocárdica, e a

baixa incidência de efeitos colaterais. Assim, foi comprovado que o bloqueio da

conversão da angiotensina I para II está associado à regressão da lesão dos órgãos -

alvo da HA

46

CEFALOTINA SÓDICA® -(KEFLIN)

Indicações:

Amigdalite, otite, faringite e sinusite. Infecções respiratórias baixas. Infecção

articular e óssea. Infecção da pele e tecidos moles. Infecção gênito-urinária.

Profilaxia trans-operatória de alto risco. Endocardite. Septicemia.

ANTAK® - Cloridrato de Ranitidina

É um antagonista H2 específico, de ação rápida e relativamente duradoura.

Uma única dose de 150 mg suprime eficientemente a secreção de ácido do estômago

por doze horas. Inibe a secreção basal e estimulada de ácido, reduzindo tanto o

volume quanto o conteúdo de ácido e pepsina da secreção gástrica.

(DEF 2003/04)

PLASIL® - Cloridrato de Metoclopramida

Os efeitos da metoclopramida na motilidade gastrintestinal são antagonizados

pelas drogas anticolinérgicas e analgésicos narcóticos. Pode haver potencialização dos

efeitos sedativos quando se administra a metoclopramida junto com álcool, sedativos,

hipnóticos, narcóticos ou tranqüilizantes. Pode causar inquietude, cansaço, sonolência.O

corante amarelo tartrazina pode causar reações alérgicas em pessoas sensíveis. As

reações extrapiramidais (inquietude, movimentos involuntários, fala enrolada, etc.)

podem ser mais freqüentes em crianças e adultos jovens, enquanto que movimentos

anormais ou perturbados são comuns em idosos sob tratamentos prolongados.

(DEF 2003/04)

DIAZEPAM® - Diazepam

Atua como depressor do SNC, provavelmente facilitando a ação inibitória do

neurotrasmissor ácido gama - aminobutírico (GABA), o mais importante inibidor da

neurotransmissão no cérebro. Pode causar sonolência, fadiga e relaxamento

muscular. Menos freqüentes são: constipação, diarréia, náusea, vômito, incontinência

urinária, aumento ou diminuição da libido, visão turva, secura na boca, euforia,

erupção cutânea, retenção urinária, tremor, cefaléia, taquicardia, espasmos

musculares, palpitação, aumento da secreção bronquial.

(DEF 2003/04)

47

DIPIRONA SÓDICA® - Dipirona sódica

Atua no centro termoregulador hipotalâmico nos pacientes com hipertermia,

provocando uma redução da temperatura corporal. A dipirona bloqueia a ação

halogênica da bradicilina liberada no local de origem do fenômeno doloroso.

Em pacientes sensíveis, independente da dose, a dipirona pode provocar

reações de hipersensibilidade que afetam a pele (urticária), a conjuntiva e a mucosa

nasofaríngea, em pacientes com histórico de doença renal preexistente ou em casos

de sobredosagem, pode ocorrer distúrbios renais transitórios com oligúria ou anúria,

proteinúria e nefrite intersticial.

(DEF 2003/04)

TRAMAL® - Cloridrato de Tramadol

O medicamento pode ligar-se aos receptores opióides e também inibir a

recaptação da norepinefrina e serotonina. Atua da mesma forma que as endorfinas e

as encefalinas, ativando com suas moléculas, receptores ao nível de células nervosas,

o que leva a diminuição da dor. Produz menos efeitos adversos em relação aos

sistemas circulatório e respiratório e tem pequeno potencial de abuso quando

comparado a outros analgésicos narcóticos.

Podem ocorrer freqüentemente náuseas, vômito, secura da boca, dor de

cabeça, tontura e sonolência.

(DEF 2003/04)

Luftal® - Dimeticona

Modo de ação: Antiflatulência

Efeitos no TGI/dieta: Constipação moderada e transitória. Dieta: evitar

alimentos e bebidas formadores de gases.

Atua no estômago e no intestino, diminuindo a tensão superficial dos líquidos

digestivos, rompendo as bolhas que retêm os gases e que provocam flatulências e

dores. Assim, os gases são eliminados mais facilmente, diminuindo o desconforto

causado por eles.

(DEF 2003/04)

48

Diabinese®(clorpropamida)

Sistema Nervoso Central e Periférico: tontura e dor de cabeça.

Reações endócrinas: em raras ocasiões, Diabinese® causou uma reação

idêntica à síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético (ADH). As

características dessa síndrome resultam da excessiva retenção de água e incluem

hiponatremia, baixa osmolalidade sérica e alta osmolalidade urinária. Essa reação

também foi relatada com outras sulfoniluréias.

Reações gastrintestinais: as reações mais comuns são os distúrbios

gastrintestinais; menos de 5% dos pacientes relataram náusea e menos de 2%

relataram diarréia, vômito, anorexia e aumento do apetite. Outros distúrbios

gastrintestinais ocorreram em menos de 1% dos pacientes. Esses distúrbios tendem a

estar associados à dose e podem desaparecer com a redução da mesma.

Reações hematológicas: leucopenia, agranulocitose, trombocitopenia, anemia

hemolítica, anemia aplástica e pancitopenia foram relatadas com as sulfoniluréias.

Fígado e sistema biliar: icterícia colestática pode ocorrer raramente; neste

caso, o uso de Diabinese® deve ser descontinuado. Porfiria hepática foi raramente

relatada com o uso de clorpropamida.

Insulina simples, regular ou cristalina

Tipo - Insulina simples, regular ou cristalina

Origem – Bovina, porcina ou humana

Início do efeito – ½ a 1 hora

Pico -2 a 4 horas

Duração –5 a 7

Insulinas (Regular)

Informações Técnicas:

No indivíduo não diabético, a insulina é secretada em uma quantidade baixa e

onstante -ou basal - durante todo o dia e após uma refeição a insulina é secretada em

quantidades maiores - ou bolus - para compensar o aumento da glicemia provocada

pela ingestão de alimentos.

49

A secreção basal de insulina é importante para controlar a produção de

glicose pelo fígado, que acontece mesmo durante os períodos de jejum, durante a

noite e nos intervalos entre as refeições.

Os esquemas intensivos de reposição de insulina tentam imitar os modelos

normais de secreção desse hormônio. O paciente ajusta as doses de insulina com base

na glicose sangüínea medida em jejum (para ajustar a dose basal) e nas glicemias

pré-prandiais (para ajustar a cobertura das refeições). Este é o esquema basal-bolus,

utilizado principalmente em diabéticos do tipo 1 e para o qual são necessários sempre

dois tipos de insulina: a insulina basal (insulina glargina ou NPH) e a insulina para

cobertura das refeições (regular, lispro ou aspart ).

Soro fisiológico

Para limpar a lesão

Se o frasco de soro fisiológico permanecer com a tampa estéril, poderá ser

utilizado até 24 horas após ser aberto, se mantido em geladeira.

Melhor é utilizar frascos pequenos.

KEFLEX®Cefalexina monoidratada

KEFLEX® é indicado para o tratamento das seguintes infecções causadas por

bactérias sensíveis à cefalexina: sinusites, infecções do trato respiratório, otite média,

infecções da pele e tecidos moles, infecções ósseas, infecções do trato geniturinário e

infecções dentárias.

50

Exames Laboratoriais e Radiológicos.

Os exames e as quantificações laboratoriais fornecem os dados científicos a

serem utilizados na abordagem dos problemas identificados pela avaliação clínica e

constituem um componente essencial da informação que contribui para o conjunto de

dados do paciente. As informações laboratoriais podem ser utilizadas para fins de

diagnóstico ou para confirmação de um diagnóstico preliminar estabelecido durante

o exame físico ou mediante ao histórico do paciente.

(GUIMARÃES e GUERRA 1990).

a) Eritrócitos

A contagem de eritrócitos, a hemoglobina e o hematócrito estão intimamente

relacionados, mas são formas diferentes de examinar a adequação da produção de

eritrócitos.

(MILLER e GONÇALVES 1999).

Hemoglobina

A hemoglobina é o pigmento respiratório do sangue, contido nas hemácias e

encarregado do transporte de oxigênio do pulmão ao tecido, e de dióxido de carbono

em sentido inverso.

( MILLER e GONÇALVES 1999 ).

Hematócrito

O valor do hematócrito ou volume globular, reflete a massa total de células

sanguíneas na unidade de volume. Uma vez que o número de hemácias predomina

largamente sobre os demais elementos figurados, o valor do hematócrito depende

praticamente do volume ocupado pelos glóbulos vermelhos, sendo importante para o

estudo das anemias

.( MILLER e GONÇALVES 1999).

51

Plaquetas

As plaquetas contribuem ao mecanismo da hemostasia espontânea de várias

maneiras, mas inicialmente pela propriedade que possuem de se aglutinar e aderir ás

rupturas vasculares, tamponando a ferida. Liberam fatores destinados a aumentar a

vasoconstrição (ex. serotonina, tromboxane A) e a iniciar a reconstituição da parede

vascular (fator plaquetário de crescimento), além de contribuírem para a formação

dos complexos enzima/cofator na reações de coagulação.

As plaquetas circulantes não aderem umas as outras nem ao endotélio, a não

ser que o revestimento endotelial se rompa e deixe a descoberto o subendotélio. Para

a aderência se dê, é necessária ainda a participação de uma proteína secretada pelo

endotélio parietal denominada fator Von Willebrand, que se encontra tanto na parede

dos vasos como no plasma.

A deficiência quantitativa ou qualitativa das plaquetas acompanha-se de

propensão á hemorragia, que surge de forma aparentemente espontânea ou provocada

por traumatismo mínimos ( púrpura trombocitopênica).

A observação meticulosa de uma preparação de sangue bem estendida e

corada proporciona informações valiosas a respeito do número aproximado de

plaquetas e de suas anormalidades morfológicas. A grande fragilidade desses

corpúsculos e a tendenia que possuem de aglutinar-se e romper-se, tornam muito

delicadas destinadas a contá-las. Aceitam-se como valores normais as cifras de

200.000 a 400.000 por mm³.

(Miller e Gonçalves 1999).

Leucócitos

A designação de leucócitos se aplica aos elementos figurados do sangue

circulante, bem como os seus precursores nos centros hematopoéticos, que

desempenham papel essencial no mecanismo de defesa do organismo contra as

agressões infecciosas ou de outra natureza. São as únicas células completas, isto é,

nucleadas, do sangue do homem e dos mamíferos. Há normalmente, no adulto 5.000

a 9.000 leucócitos por milímetro cúbico de sangue, sendo essas cifras mais elevadas

durante o primeiro ano de vida.

52

Existem três grandes classes de leucócitos: a) granulócitos, b) linfócitos e c)

monócitos. Os primeiros caracterizam-se por apresentarem numerosos grânulos

específicos em seu citoplasma e por possuírem um núcleo que exibe considerável

variação de forma, ao passo que os linfócitos e monócitos são destituídos de grânulos

e seus núcleos não varia de forma.

Os granulócitos são de três tipos : neutrófilos, básofilos e acidófilos

(eosinófilos), que se destinguem pela afinidade de seus respectivos grânulos para

corantes neutros, básicos e ácidos.

Os neutrófilos são os leucócitos mais numerosos, já que sua proporção

normal no adulto oscila entre 455 e 70% e seu número total, entre 3.200 e 6.000 por

milímetro cúbico. Desempenham, através da fagocitose, função essencial na luta

contra agressões microbianas. Em certo estados patológicos (infecções graves),

podem conter granulações grosseiras derivadas, segundo alguns, das granulações

azurófilas dos promielócitos.

Os basófilos existem normalmente numa proporção que oscila entre 0% e 1%

do total de leucócitos. São estreitamente relacionados com os basófilos tissulares ou

mastócitos. Ambos desempenham importante papel nas respostas imunitárias

corporais.

Os linfócitos representam o último estágio do sistema linfocítico presente no

sangue e tecido linfático. Constituem normalmente, no sangue do adulto, de 20% a

35% do total de leucócitos, seu número absoluto oscila entre 1.300 e 3.400 por

milímetro cúbico.

O leucograma é obtido percorrendo-se ao microscópio, em todos os sentidos,

uma lâmina de sangue corada pelo método de Giemsa e anotando os diferentes tipos

de glóbulos brancos encontrados, contando-se um total de 200 a 400. Um exame

dessa natureza fornecerá inicialmente uma visão panorâmica do estado do sangue

periférico, permitindo em seguida um estudo do aspecto de hemácias, dos leucócitos

e ainda uma informação sumária a respeito das plaquetas, coradas que ficam em tom

purpurino. A contagem percentual dos leucócitos permitirá, conhecendo-se seu

número total por milímetro cúbico, calcular o número absoluto de cada um dos tipos

leucocitários na amostra estudada.

(Miller e Gonçalves 1999).

53

Linfócitos

Os linfócitos originam-se de células ancestral da medula óssea denominada

“células reticular primitiva”(indiferenciada), que da origem também aos granolócitos

e as plaquetas.

Há duas populações de linfócitos; os linfócitos T que sofre amadurecimento

no timo e se localiza na área paracortical dos linfomas e na bainha linfóide

periarteriolar do baço, e os linfócitos B sofrem amadurecimento em órgãos especiais,

ainda não bem identificados e se localizam nas áreas cortical e medular dos

linfonodos, bem como nos nódulos linfóides do baço.

A imunidade humoral, mediadas pelos anticorpos (imunoglobulinas), é

responsável pela defesa contra os germes Gram-positivos e pelas reações de

hipersensibilidade imediata (atopia, anafilaxia).Entre as manifestações da imunidade

celular ( de tipo tardio), mediada pelos T-linfócitos, incluem-se a defesa contra vírus,

riquetsia, fungos e micobactérias(ex; tuberculose e lepra), isto é de parasitismo

intracelular. Em relação ás doenças imunológicas, o T-linfocito é responsável pela

alergia bacteriana e fúngica, cujo exemplo mais típico é a alergia tuberculina;

também a dermatite de contato e fenômeno de rejeição de enxertos dos T-linfócitos.

O termo hemograma foi criado por Schilling para designar uma fórmula

leucócitaria que incluía os tipos seguintes de granulócitos neutrófilos: mielócitos,

metamielócitos (jovem), em bastão e segmentados. Atualmente, o termo hemograma

tem entre nós um significação ampla, abrangendo não só os quatros tipos de

neutrófilos da fórmula de Schilling, mas também as outras classes de leucócitos

(eosinófilos,monócitos e linfócitos), e ás vezes até a própria série vermelha.

(Miller eGonçalves 1999).

54

GLICOSE

Em condições normais, o teor de glicose no sangue mantém-se dentro de

limites bastante estreitos, devido à intervenção de mecanismo regulador hormonal,

cujos principais integrantes são a insulina(agente hipoglicemiante) e os hormônios

adrenocorticais, pré-hipofisários, novadrenalina e glucagônio (agentes

hiperglicemiantes). Certas patologias podem causar um desequilíbrio desse sistema,

ou submetê-lo a condições que ultrapassem suas possibilidades reguladoras,

resultando em elevação ou diminuição do nível sanguíneo de glicose.

(Miller eGonçalves 1999)

URÉIA

É a principal forma excretora do nitrogênio reproveniente do catabolismo

protéico. Sua dosagem constitui o regresso mais utilizado para a avaliação grosseira

do estado de funcionamento renal.

(Miller eGonçalves 1999)

CREATININA

Uma vez que a creatinina elimina-se do plasma por filtração glomerular e não

é reabsorvida os túbulos em grau significativo, sua velocidade de depuração é mais

elevada do que a da uréia, cuja absorção atinge, em condições normais, 40% do que é

filtrado nos glomérulos. Quando os níveis de creatinina no plasma ultrapassam o seu

valor normal, o rim, pode eliminar esta substância por excreção tubular ativa. Como

as elevações das taxas de creatinina são mais tardias do que as taxas de uréia, as sua

dosagem sanguínea torna-se muito importante no prognóstico dos quadros de

insuficiência renal acompanhados de uréia.

(MILLER e GONÇALVES 1999)

55

SÓDIO

O sódio constitui o principal cationte do líquido extracelular( cerca de 142

dos 155mEq/l). Juntamente com os aniontes que lhe são relacionados, proporciona a

maior parte dos solutos osmoticamente ativos existentes no plasma, pelo que

desempenha papel fundamental na distribuição da água corporal. A determinação da

natremia não indica, como se verá mais adiante, a verdadeira condição de carência ou

de excesso se sódio no organismo, mas sim alterações do teor relativo de sódio no

compartimento extracelular. Valores normais : 135 a 145mEq/l

As causas de carência associadas de cloreto de sódio (hipocloremia e

hiponatremia) consiste em falta de ingestão de cloreto de sódio, em diarréia intensa

ou aspiração endointestinal, poliúria e diminuição no plasma por administração

excessiva de líquidos de baixa osmolaridade pacientes anúricos. A perda excessiva

de cloreto desacompanhada de perda equivalente de sódio (vômitos repetidos ou

aspiração gástrica prolongada) em tal circunstância, há elevação do bicarbonato

plasmático e conseqüente alcalose metabólica. O ingresso excessivo de cloreto

desacompanhado de ingresso equivalente de sódio determina baixa de bicarbonato e

acidose.

(Miller e Gonçalves 1999)

POTÁSSIO

A concentração de potássio no soro determina o estado de irritabilidade

muscular e neuromuscular. Uma potassemia anormalmente elevada ou reduzida

prejudica a capacidade de contração muscular, inclusive miocárdica. Valores normais

: 4,1 a 5,6mEq/l.

A excreção de K exibe um limite mínimo obrigatório, abaixo do qual não

desce, mesmo em presença de intensa hipopotassemia. Em virtude dessa perda

obrigatória,que alcança no adulto cerca de 50mEq/dia, fico o organismo muito

vulnerável ás perdas de potássio não resposta, que fatalmente conduzirão á

hipopotassemia, se intensa e prolongadas. A hipopotassemia, que é o distúrbio mais

freqüente na clínica, acarreta flacidez muscular muito acentuada, responsável pela

exteriorização clínica mais característica do distúrbio – a distensão abdominal. As

causas mais importantes de hipopotassemia : ingestão insuficiente (inanição),

56

absorção insuficiente ou perdas digestivas anormais (vômito, diarréia, aspiração ou

fístula digestiva), perdas renais excessivas (hiperadrenocorticismo), corticoterapia

prolongada, uso excessivo de saluréticos, alcalose metabólico), passagem para o

interior das células( fase de metabolização da glicose durante o tratamento da acidose

diabética).

São as seguintes as principais causas de hiperpotassemia : insuficiência renal

(especialmente em presença de destruição tissular), insuficiência supra renal,

excessiva administração de sais de potássio, especialmente por via venosa.

(Miller eGonçalves 1999)

CÁLCIO

Apenas 45% do cálcio existente no plasma encontra-se sob forma difusível é

ionizada, a única importante para maior parte de suas funções no organismo,

inclusive sobre o coração e sistema nervoso. Tendo em vista a existência de uma

fração ligada ás proteínas, especialmente á albumina, torna-se necessária a

determinação da proteinemia e frações, para que se possa interpretar a significação

clínica dos desvio da calcemia. Valores normais: 4,5 a 5,5mEq/l.

A hipocalcemia é o único distúrbio do ionte cálcio observado na desidratação.

Sua principal conseqüência consiste no aumento da irritabilidade neuromuscular, que

pode conduzir ao quadro da tetania. A hipocalcemia constitui um aspecto importante

da chamada síndrome pós-acidótica das diarréias, que é um distúrbio peculiar ao

período de recuperação dos episódios diarréicos graves acompanhados de

desidratação e cuja patogenia é a seguinte: durante a diarréia, há balanço negativo de

cálcio, mas a acidose, quase sempre presente, compensa tal carência por aumentar a

fração ionizada desse cationte; ao corrigir-se a acidose, baixa o teor dessa fração,

ocorrendo, então, as manifestações de hipocalcemia. A existência de hipotassemia

contribui também para inibir o aparecimento de potássio de tetania, que se

manifestará, entretanto, se for corrigida a carência de potássio e permanecer a

hipocalcemia.

(Miller eGonçalves 1999)

57

TEMPO DE PROTROMBINA

Exames Afins:

TS, TC, TTPA.

Valor Normal:

TP = 11,0 a 14,6 segundos*

Atividade = 120,0 a 70,0 % de atividade

PR = 0,92 a 1,22

INR = 0,91 a 1,25

Obs. : pool 100% = 12,0 segundos*

ISI = 1,13*

Fator = 6,0 (hipérbole)*

* variável conforme o lote de tromboplastina cálcica.

Interpretação:

É utilizado na avaliação de alterações congênitas e adquiridas de fatores da via

extrínseca da coagulação, no contrôle da anticoagulação e na triagem pré-operatória.

Aumento do Tempo: deficiência de fatores específicos a esse teste (VII, X, V, II),

presença de inibidor, cirrose hepática, hepatites virais (A, B, C, D, E, G), hepatite

autoimune, alcoolismo, cirrose biliar primária, colangite esclerosante primária,

coagulação intravascular disseminada, terapia anticoagulante (Warfarina,

dicumarínicos), antibióticos, colestiramina, esteatorréia, deficiência dietética de

vitamina K, hipertireoidismo.

Estados Clínicos e INR Sugerido: Profilaxia do tromboembolismo venoso e

cirurgia em paciente de alto risco para tromboembolia, INR de 2,0 a 2,5.

Tratamento de trombose venosa profunda, e de embolia pulmonar ou sistêmica,

prevenção de tromboembolia venosa na fibrilação atrial e da tromboembolia venosa

no infarto do miocárdio e do ataque isquêmico transitório (TIA), INR de 2,0 a 3,0.

Trombose venosa profunda recorrente, embolia pulmonar recorrente e prótese de

válvula cardíaca, INR de 3,0 a 4,0.

É excelente prova de função hepática após injeção de vitamina K.

58

Tabela 7- Resultados dos exames laboratoriais realizados na paciente M.B.C. no

período de internação, de 05/06 a 10/06/2006, Hospital Pérola Byington.

Exame Referência 05/06 06/06 07/06 08/06 09/06 10/06

Eritrócitos 3,8 a 4,8 - - - - - -

Hemoglobina 12,0 a 15,0 15,0 12,1 10,8

Hematócrito 36,0 a 46,0 33,3 30,8

Plaquetas 150 a 400 167,0

Leucócitos 4,50 a 11,0 16,5

Linfócitos 1,00 a 3,80 - - - - - -

Glicose 70 a 110mg/dl 159 159 139

Uréia Até 40mg/dia 22 22 27

Creatinina 0,6 a 1,3mg/dl 5,8 0,5 1,1

Sódio 135 a 145mmol/l 134 134 133

Potássio 3,5 a 5,6 mmol/l 3,1 3,1 4,4

Cálcio 8,4 a 11,0mg/dl 5,8 -

Fonte: Prontuário M.B.C

No resultado dos exames pode-se observar alterações nos glóbulos vermelhos

(hemoglobina e hematócrito) no dia 08/06 com níveis abaixo do valor de referência,

que pode ser justificado pela cirurgia sofrida pela paciente no dia anterior.

O cálcio (mineral) também encontra-se abaixo do valor normal. A

hipocalcemia pode ser apresentado pela supressão da secreção de PTH e,

conseqüente, a redução da síntese de 1,25(OH)2D3 (metabólito da vitamina D) com

resultante diminuição da reabsorção renal de cálcio, da mobilização do cálcio do osso

e da absorção do cálcio pelo intestino. Uma das causas mais comum da hipocalcemia

são; carcinoma de pulmão, esôfago, cabeça e pescoço, células renais, ovário e

bexiga.

www.fleury.com.br

59

Tabela 8- No dia 08/06 foi realizado exames de Coagulação sangüínea.

Exames Valor obtido Referência

Tempo de Protrombina (TP) 16,5seg 11,3 a 14,6seg

Atividade da Trotrombina (AP)** 57 69 a 110

Tempo de Tromboplastina parcial ativa (TTPA) 32,1seg 27,1 a 37,9seg

Relação Internacional de Normalidade INR 1,471 0,875 a 1,281

Tempo de sangramento (TS) dentro do normal 1,0 a 3,0min.

Tempo de coagulação (TC) dentro do normal 3,00 a 8,00 min.

DEXTRO

Foi realizado de 6/6 horas nos dias 08 e 09 de junho.

Encontrando-se o resultado sobre controle.

Magnésio: 1,2 resultado abaixo da ref. 1,8 a 2,4mg/dl.

A maioria dos indivíduos com Diabetes mellitos, apresentam deficiência de

magnésio, mas a suplementação desse mineral só deve ser utilizada com orientação

médica.

Fósforo: 2,3 resultado abaixo da ref. 2.5 a 4,9mg/dl.

60

9 - AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

AVALIAÇÃO DIETA HABITUAL

A paciente relata que faz cinco refeições diárias em sua própria casa, as

refeições são preparadas por sua filha. A paciente não apresenta intolerância ou

aversões alimentares.

Durante os finais de semana há várias mudanças na alimentação, dando

prioridade ao consumo de salgadinhos, pizzas e lanches em geral.

.A Pirâmide Alimentar Adaptada Brasileira, é um guia flexível e pessoal,

trazendo informações gerais sobre como se pode escolher alimentos saudáveis e um

resumo do que deve ser ingerido diariamente. Apresenta variedade de alimentos e

nutrientes necessários para manutenção do peso ideal:

61

FREQÜÊNCIA DO CONSUMO DE ALIMENTOS

Tabela 9 - Dados obtidos do paciente durante a internação

Alimentos D S M E N Leite 1x Desnatado com Nescau, 1 copo 200ml

Queijo 1x Mussarela, 1 fatia 15g. Derivados

Iogurte x Pacote com 200ml Bovina x Carne cozida 120g. (não gosta muito) Suína x Aves 3x Filé grelhado peq. 120g. Peixes 2x Filé médio 180g. Miúdos x Embutidos 1x Lingüiça fresca 1 gomos 150g.

C A R N E S Bacon x Ovos 2x Usa somente para empanados Leguminosas x Pouca quantidade 1 concha peq. 130g.

Arroz 2x Cozido 2 medidas 300g. Macarrão/ Massas 3x Macarronada com molho 2 medidas 350g.

Pão 1x Pão integral 2 fatias 50g.

Biscoito 2x Água e Sal 8 um. 144g.

Bolo x Qualquer tipo 1 fatia peq. 50g.

C E R E A I S Fubá x Polenta com molho 1 porção peq. 100g.

Verduras 2x Alface, salada 250g. Legumes 3x Não tem preferência (cozido) 250g. Frutas 3x Maçã, banana, mamão, laranja Frituras 1x Filé de pescada 150g. Maionese x Salada 1 colher de sopa 20g. Óleo Vegetal 1x Preparo refeições, 5 colheres Azeite 1x Saladas Manteiga 1x Pão, biscoito, 2 colheres de chá

Açúcar Não usa

Doces x Doces em calda, 2un. 30g. Enlatados x Ervolha em conserva

Salgados 1x Salgadinho de festa 1 – 2 130g.

Salgadinhos (snacks) x Refrigerantes 1x Guaraná 1 copo peq. 100ml. Chá 2x Chá de Ervas (ñ tem preferência) 200ml. Café 1x Café com Leite 1 copo 200ml. Produtos dietéticos 1x Adoçantes Sanduíches/ Lanches x Não tem preferência 1 un. Pizza 1x Mussarela,Portuguesa,2-peda.peq. 100g. Bebidas Alcoólicas x D = x/dia S=x/semanal M=x/mês E=Eventual N=nunca

62

Condimento utilizados: Cebola, alho, cheiro verde, manjercão, orégano (não

consome industrializados).

Quantidade de óleo consumido: Em média 1 litro por semana.

Alimentos consumidos nos intervalos: Frutas ou biscoitos de água e sal

Ingestão de água ou suco/dia: em média ½ litro de água por dia.

Avaliação da Freqüência do Consumo de Alimententos.

A freqüência do consumo alimentar da paciente encontra-se de forma

inadequada, com alto consumo diário do grupo de gorduras, a freqüência do

consumo de biscoito com sal uma vez que a paciente é hipertensa e baixo consumo

de água diário.

Através da avaliação da freqüência alimentar pode ser constatar que há um

baixo consumo de carboidrato complexo, um consumo mais freqüente desse

macronutriente favoreceria maior aporte de fibras e consequentemente controle de

sua glicemia.

A paciente refere já ter feito dieta com orientações médica, com dieta

fracionada em pequenos volumes, como saladas de folhas temperada com muito

vinagre, ela afirma ter emagrecido 13kg,

OBS. Não consome mais vinagre por consequência do volume excessivo que

consumiu na dieta.

63

Tabela 10-

GRUPOS DE ALIMENTOS PIRÂMIDE ALIMENTAR

BRASILEIRA (PORÇÔES)

CONSUMO DIÁRIO

PORÇÕES

Grupo dos cereais, pães, tubérculos e raízes

5 – 9 Porções 5 porçoes

Grupo de frutas 3 – 5 Porções 4 porçoes

Grupo de verduras e legumes 4 – 5 porções 3 porçoes

Grupo de leguminosas 1 porção 1 porção

Grupo de iogurte, queijo, leite e produtos lácteos

3 porções 3 porçoes

Grupo de carnes e ovos 1 – 2 porções 1 porção

Grupo de óleos e gorduras 1 – 2 porções 1 porção

Grupo de açúcares e doces 1 – 2 porções 1 porçao

Fonte: Piramide alimentar adaptada

Segundo a Pirâmide Alimentar Adaptada o consumo de leite e derivados deve

ser de três porções o que indica uma ingestão adequada de leite e derivados na

freqüência de consumo de alimentos da paciente. Cereais, pães e tubérculos deve

haver uma ingestão de cinco a nove porções diários, sendo que pode se observar que

as porções consumidas pela paciente estão recomendado. Quanto às frutas é

aconselhável o consumo de três a cinco porções, porém o quadro de freqüência de

consumo revela uma ingestão adequada como mostra na tabela acima,. O mesmo

ocorre com verduras e legumes onde o consumo é adequado. As leguminosas o

consumo diário da paciente encontra-se adequado de acordo com a pirâmide

alimentar que é de uma porção dia. As carnes e ovos devem ser ingeridos de uma a

duas porções diárias, porém a paciente consome uma porção única por não gostar

muito das carnes. Quanto aos óleos e gorduras, açúcares e doces que o consumo deve

ser moderado, o consumo da paciente revela ser adequado, ou seja uma porção

diária de açúcar , e uma porções diária de óleos e gorduras, também não possui o

hábito de ingerir frituras.

Em relação à qualidade da dieta avaliada, observa-se que a paciente consome

alimentos como frutas e verduras, com boa ingestão de fibras dietéticas, o que facilita

64

um bom funcionamento do seu intestino. Nota-se o consumo minimo de alimentos

fontes de proteínas como carnes e ovos, sendo que são de fundamental importância

para formação de tecidos e renovação dos mesmos. Há uma ingestão insuficiente de

carboidratos complexo e gorduras consumidas em excesso.

65

VITAMINAS

As vitaminas são compostos orgânicos presentes naturalmente, em diminutas e

diferentes quantidades, nos alimentos essenciais para a manutenção do metabolismo

normal, desempenhando funções fisiológicas específicas.

A deficiência destes compostos no organismo leva a doenças de carência, assim

como o excesso pode produzir efeitos tóxicos.

São divididas em dois grupos de acordo com a solubilidade:

lipossolúveis – vitaminas insolúveis em água e solúveis em lipídeos e solventes

lipídicos (vitaminas A, D, E e K);

hidrossolúveis – vitaminas do complexo B e vitamina C, solúveis em água.

ATIVIDADES ANTIOXIDANTES

Consequências dos radicais livres e suas reações peroxidativas temos:

Deterioração de lipídeos, DNA, proteínas e carboidratos;

Aterosclerose e doenças cardiovasculares; Catarata; Diabetes; Hemólise;

Envelhecimento; Perda de nutrientes; Morte celular; Mutagênese e carcinogênese;

Os antioxidantes podem proteger células, tecidos e diversos órgãos vitais, tais

como fígado, cérebro, rins e sistema cardiovascular. Nos alimentos, destacam-se os

seguintes antioxidantes:

Minerais (manganês, magnêsio, selênio, cobre e zinco); Vitaminas

antioxidantes (A,C,E e ácido fólico);

Ubiquinona ou coenzima Q10 (componente da membrana da mitocôndria,

presentem alimentos de origem animal, especialmente músculos);

Flavonóides (isoflavonas da soja, catequinas dos chás verde e preto);

Antocianinas (feijão, morango, amora, cereja, casca de uva e vinho tinto);

Carotenóides (diversos tipos em váriosalimentos e óleos vegetais), licopeno

(tomate, melancia e goiaba);

Ervas e condimentos (do alecrim, da sálvia, do tomilho e do orégano).

66

Alterações no metabolismo do colesterol

O elevado cosumo de sementes do grupo das nozes (amêndoas, amendoim e nozes),

ricas em vitamina E, ácido alfa-linolênico e outros compostos, diminuiu em 62% o risco

de doença cardíaca coronária em mulheres.

O principal alimento capaz de diminuir os níveis de colesterol sanguíneo é o

alho. Porém cabe uma observação sobre sua eficácia clínica: não se sabe ainda se o

alho realmente diminui a produção hepática de colesterol ou se apenas diminui a

absorção intestinal, como fazem as fibras.

Controle do metabolismo endócrino

Os isoflavonóides da soja são capazes de modular o metabolismo do colesterol e

esteróides, diminuindo o risco de cánceres ginecológicos, aliviando os sintomas da

menopausa, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares e, talvez, o de osteoporose.

Redução da pressão arterial

A vitamina C, os polifenólicos (chás, vinhos e suco de uva), a arginina, o alho

e a goiaba apresentam comprovadas ações vasculares responsáveis por benéficos

efeitos hipotensores. A adoção de uma dieta rica em frutas e vegetais e reduzido teor

de sal, aliada a prática regular de exercícios físicos aeróbicos e a manutenção de peso

adequado, são fundamentais para manter e normalizar a pressão arterial.

Atividades imunorreguladoras

O sistema imunológico é constituido por células presentes no sangue e em

órgãos linfóides, tendo como objetivo reconhecer e eliminar aquilo que não é próprio

do organismo. Para a manutenção do sistema imunológico, é necessário manter

níveis adequados de vitaminas e minerais, caso contrário pode ocorrer disfunção nas

defesas imunológicas.

Os iogurtes são também conhecidos como prebióticos, ou seja, substâncias

ingeridas que não são absorvidas pelo intestino, mas estimulam a microbiota

intestinal.

Probióticos são substâncias que contém colônias microbianas vivas capazes de

colonizar a mucosa intestinal e estimular o desenvolvimento da microbiota local. São

capazes de melhorar o funcionamento intestinal, prevenindo doenças como a

diarréia.

67

Atividade antimicrobianas

Diversos compostos organossulfurados do alho, especialmente a alicina,

apresentam efeitos antimicrobianos, principalmente bactericidas.

Porém, durante o processamento (maceração) e armazenamento de produtos

(extratos e pastas) ocorre considarável perda da alcina.

O cogumelo shiitake apresenta o lentinam, substância antibacteriana,

antiparasitária e antiviral. Todavia, a ingestão de cogumelos pode desencadear

processos alérgicos graves no homem. Alguns terpenóides de frutas cítricas podem

inibir o crscimento microbiano.

Atividades anticarcinogênicas

Vários são os mecanismos de ação anticarcinogênica. A produção do DNA

contra oxidação e mutação e a indução da morte de células transformadas malignas

(cancerígenas) ou não, constituem os pricipais mecanismos de defesa

desempenhados pelos compostos funcionais.

Pricipais funcionais anticarcinogênicos.

Licopeno (câncer de próstata);

Reveratrole de casca de uvas e vinhos (indutor da morte de células tumorais);

Isotiocianatos Indol-3-carbinol (vegetais crucíferos, como o brócolis);

Tocotrienóis de óleos vegetais (indutor da morte de células neoplásicas);

Fibras vegetais: neutralizam efeitos de carcinógenos aumentando sua excreção

(citocromo), aumenta a velocidade de excreção do bolo fecal, diminuindo a

permanência de toxinas na parede intestinal;

Retinóides: derivados da vitamina A induzem a morte de células tumorais.

68

VITAMINA A - RETINOL; CAROTENOS

Função Fisiológica

Essencial para: Manutenção da vista normal; Crescimento e desenvolvimento

ósseo

Diferenciação do tecido epitelial e células ósseas; Reprodução:

espermatogênese, placenta, feto; Estabilidade de membrana; Diferenciação celular e

proliferação.

Absorção: 80% da ingestão oral;

Ocorre no intestino delgado por processo ativo, inicialmente como retinol. Na

célula intestinal, o álcool é esterificado formando palmitato, que é incorporado pelos

quilomícrons;

Transporte via sistema linfático até o fígado; armazenada no tecido hepático

como palmitato, sendo hidrolisada em retinol livre; aproximadamente 90% da

vitamina A do organismo é armazenada no fígado. O restante é armazenado nos

depósitos de gordura, pulmões e rins; circula ligada à proteína de ligação do retinol e

à pré-albumina; o caroteno é convertido em vitamina A no fígado ou mucosa

intestinal durante a absorção.

Excreção: Biliar > quantidade e urinária (1%); somente após repleção das

reservas rgânicas.

Sinais e Sintomas Clínicos:

Deficiência: Petéquias, queratose folicular, pele áspera e seca (braços e coxas);

Cegueira noturna, Xeroftalmia; Alterações cutâneas; Imunodeficiência;

Manchas de Belot.

Toxicidade: Irritabilidade, anorexia; Hepatomegalia; Cabelos ásperos,

alopecia, dema periférico; Dores ósseas; Fraqueza, cefaléia, erupção cutânea;

Diploidia; Crianças e lactentes: Hidrocefalia e vômitos; Unhas frágeis e gengivite.

Causas da deficiência: Síndrome de má absorção de gorduras, obstrução

biliar, pancreatite; Àlcool: Diminui a captação e mobilização hepática da vitamina A

e aumenta a transformação desta em metabólitos não ativos; Zinco: sua deficiência

afeta o metabolismo da vitaminas A (Zn é necessário para mobilização normal da

vitamina A contida no fígado).

69

Principais Fontes de Vitamina A:

Fígado, leite, ovos; Óleo de peixe; Vegetais folhosos verde-escuros; Legumes e

frutas amarelados e/ou verde-escuros. (Waitzberg DL)

VITAMINA – ERGOCALCIFEROL (D2) / COLECALCIFEROL (D3)

Função fisiológica

Envolvida na mineralização óssea por estimular: Transporte ativo de Ca e P do

intestino; Mobilização óssea de Ca e P para o sangue; Reabsorção de Ca renal com

diminuição da perda urinária desse cátion, Ativada em nível renal por estímulo do

paratormônio.

Absorção:

Ocorre no jejuno; Depende da presença de bile; Transporte intestinal pelos

quilomícrons e sistema linfático;Transformada em 25-OH-D3 (25-

hidroxicolecalciferol) no tecido hepático; Transporte sangüíneo ligado a uma

globulina. Nos rins, é ativada a 1,25 (OH)2 D3 (1,25 deidroxivitamina D3); Sintetizada

no organismo (vitamina D3); Armazenada no fígado, músculo e tecido adiposo;

Excreção:

Fecal 95%, urinária 2% e biliar após degradação por hidrolases hepáticas.

Sinais e Sintomas Clínicos

Deficiência: Diminuição da absorção de Ca intestinal; Fraqueza muscular;-

Diminuição de Ca e P plasmático e aumento de fosfatase alcalina; Deformidades

ósseas: raquitismo e osteomalacia.

Toxicidade: Cálculo renal; Hipercalcemia acompanhada por náuseas e vômitos;

Diarréia; Tremores; Anorexia, perda de peso, cefaléia; Náusea, obstipação;

Hipertensão, arritmias cardíacas; Poliúria; Hipercalcemia.

Causas da deficiência

Síndrome do intestino curto, doenças hepatobiliares e pancreáticas; Uso de

anticonvulsivantes.

Fontes principais de Vitaminas D:

fígado, leite; óleo de peixe; sardinha, atum, salmão.

(waitzberg dl)

70

VITAMINA E (TOCOFEROL)

Função fisiológica:

Antioxidante biológico. Mantém a integridade das membranas celulares que

contêm ácido graxos poliinsaturados (AGP), impedindo as reações peroxidativas

causadas por radicais livres. Esses radicais são oriundos de processos metabólicos, da

ação de agentes tóxicos ou devido a aumento de concentração de oxigênio sobre as

membranas.

Tem função complementar ao selênio, A regeneração de moléculas do tocoferol

sofre influência de aminoácidos, Atua na manutenção do tecido epitelal e na síntese

da prostaglandina, Protege hemácias da hemólise.

Absorção:- 25% a 85% da ingestão oral.

Hidrolisada no intestino delgado, Necessita de bile para formação de micelas.

Seu tranporte é feito por via linfática. No sangue, é carreada por lipoproteínas de

baixa, alta e muito baixa densidade (ordem descendente)

Armazenada no tecido adiposo, muscular e hepático na forma não esterifi-cada.

Excreção:- Bile (80%).

Urinária, como glucoronídeo (baixa quantidade). A vitamina E é convertida a

lactona (hidrossolúvel) e esterificada a ácido glucurônico e glucoronídeo.

Sinais e Sintomas Clínicos

Deficiência: Dores musculares, Anemia hemolítica em prematuros, Alteração

do epitélio seminífero, afetando a espermatogênese, Alterações hepáticas (esteatose).

Toxicidade: Efeitos adversos: náuseas, cefaléia, fadiga, hipoglicemia.

Causa de Deficiência- Síndrome do intestino curto, abetalipoproteínemia, atresia

biliar.

Fontes principais de Vitamina E- Óleos vegetais, margarinas, manteiga; - Gema de

ovo.

71

VITAMINA K – FILOQUINONA (K2); MENADIONA (K3); ANTI-

HEMORRÁGICA

Função Fisiológica

Atua no sistema enzimático carboxilase-dependente, presente na membra-na

microssomal hepática, responsável pela síntese dos fatores de coagulação. Transfereo

O2 da membrana para peptídeos ligados a resícuos do ácido glutâmico, precursos das

proteínas de coagulação.

Absorção e Excreção

Absorção: 40% a 80% da ingestão oral.

Ocorre no intestino delgado. As formas ativas lipossolúveis K1 eK2 reque-rem a

presença de bile e suco pancreático. Já a forma K3 e seus derivados hodrossolúveis,

não, É tranferida dos quilomícrons para as lipoproteínas Beta, sendo transpor-tada

pelo sistema linfático, Os principais sítios de captação são: fígado, pele e músculos.

Armazenada em baixa quantidade quando comparada com outras vitami-nas

lipossolúveis.

Excreção:- Urinária e fecal como óxidos e vitaminas K, glicoronídeos ou na forma

intacta.

Deficiência: Doença hemorrágica do recém-nascido. Tendência aumentar

hemorragias.Hipoprotrombinemia plasmática. Hematúria. Epistaxes.

Toxicidade: Administração de doses cinco a 10 vezes o recomendado causa hiperbi-

lirrubinemia em recém-nascidos; Doença hepática, anemia hemolítica.

Deficiências

Secundária à doença ou a terapia com drogas: síndrome de má absorção; obstrução

biliar; antibióticos; cefalosporinas; desnutrição protéico-calórica e megadoses de

vitamina E.

Fontes principais de Vitamina K

Fígado, gema de ovo; Óleo vegetais; Leite de vaca; Vegetais folhosos verde-escuros.

(Waitzberg DL)

72

VITAMINA B1 (TIAMINA)

Função Fisiológica

Coenzima de sistemas enzimáticos:(via das da enzima transcetolase pentoses); da

descarbosilação oxidativa de alfa-cetoácidos a aldeídos (metabolismo dos hidratos de

carbono). Envolvida na transmissão de impulsos nervosos.

Absorção: Ocorre no intestino delgado. Processo ativo Na-K-ATPase em aumento

concentração.

A tiamina é absorvida por transporte ativo do meio ácido do duodeno proxi-mal.

A absorção pode ser inibida pelo álcool. Sofre fosforilação à tiamina pirofosfato

(TPP) forma ativa, na mucosa intes-tinal, ou liga-se a proteína plasmáticas (20% a

30%) para fosforilação hepática. Reservas orgânicas: músculo esquelético (50%),

coração, fígado, rins e sistema nervoso.

Excreção:- Urinária, quando em excesso. Pequena quantidade é encontrada na bile.

Deficiência: Distúrbios neurológicos e cardiovasculares (síndrome de Wernicke-

Korsa-koff). Beribéri: sintomas cardiovasculares, rigidez e câimbras musculares,

edema de face e extremidades, anorexia, confusão mental, oftalmoplegia e ataxia.

Cardiomegalia. Paralisia periférica. Irritabilidade, depressão. Perda de apetite,

obstipação intestinal. Taquicardia, dispnéia, palpitação.

Toxicidade: Não relatada. Administração de doses maiores 400mg. Produz efeitos

colaterais: náusea, hemorragia digestiva; colapso cardiovascular; edema pulmonar;

pruridos, urticária.

Causas de deficiência

Realimentação pós-jejum prolongado, diálise peritoneal ou hemodiálise prolongada.

O álcool baixa a absorção, fosforilação hepática, armazenamento e aumenta a

excreção de tiamina.

Fontes principais de vitamina

Carnes vermelhas, fígado; Legumes, levedo de cerveja;- Cereais integrais; -leite de

vaca; Gema de ovo.

(Waitzberg DL)

73

VITAMINA B2 – RIBOFLAVINA

Função Fisiológica

Importante no metabolismo dos glicídeos e lipídeos por participar do siste-ma de

oxirredução e transporte de elétrons.

Absorção: Ocorre no intestino delgaldo proximal. Presente na dieta como FMN e

FAD. Este último frequentemente acha-se ligado a proteínas, necessitando proteólise

intestinal para liberação. Ambas as formas necessitam hidrólise para absorção.

Transporte ativo sódio-dependente em baixa concentração. Difusão passiva saturada

em concentração maior 25mg. Fosforilação à FMN intestinal, fígado, coração e rins.

Liga-se à albumina e globumina e globulina para circulação sangüínea.

Armazena no fígado, coração, baço e rim.

Excreção: Urinária (9%), biliar e suor menor quantidade e fecal.

Deficiência: Neuropatia, Anemia normocítica e normocrônica, Glossite, estomatite

angular, Queilose; queratose folicular, seborréia nasolabial, nariz e testa; dermatite

anogenital e queimaduras nos pés, Manifestações oculares e ardor; fotofobia e

neovascularização da córnea.

Causas de Deficiências: Não ocorre isoladamente, mas em conjugação com

deficiência de outras vitaminas do complexo B, Drogas psicoativas (clopromazina) e

antidepressivas (imipramina, amitri-ptilina) inibem o metabolismo e a conversão da

vitamina B2 na forma ativa, Zinco, cobre, ferro, cafeína, teofilina, nicotinamida,

sódio, triptofano, uréia e ácido ascórbico formam complexo no intestino com a

vitamina B2, alterando sua solubilidade e baixa sua utilização, Alcoólatras (15% a

50%) apresenta deficiência de vitamina B2.

Fontes principais de Vitamina B2: Carnes vermelhas e brancas, fígado; Leite de

vaca, queijo; Ovos.

(Waitzberg DL)

74

NIACINA

Função Fisiológica

Componenteessencial de duas coenzimas ativas: nicotinamida adenina dinucleotídeos

(NAD) e nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato (NADP).

Transfere hidrogênio e elétrons de enzimas desidrogenases do metabolismo dos

hidratos de carbono, proteínas e lipídeos. O NAD está envolvido em reação

catabólicas e o NADP em reações biossintéticas.

Juntamente com a tiamina e a riboflavina, fornece energia para as células através de

reações de oxirredução e metabolismo de carboidratos.

Absorção: Ocorre no estômago e na parte do intestino delgado.

Rapidamente, por difusão. O ácido nicotínico pode ser convertido à nicotinamida na

mucosa intestinal.Convertida a coenzima ativas (NAD e NADP) nas células

sanguíneas, rins, cérebro e fígado. Presente em maior concentração no eritrócitos e

leucócitos.

Excreção: Urinária, na forma metilada, com 1 metilnicotinamida e 1 metil-3-carboxa-

mido-6-peridona.

Deficiência: Pelagra:Desordens mentais (apatia, insônia, confusão mental, perda de

memória); Diarréia, acloridria, glossite, estomatite: Dermatite eritematossa; Vaginite.

Toxidade: Administr5ação de doses maior 1.750mg/dia leva ao aumento bilirrubinas

e transaminasea; arritmias; náuseas, võmitos, diarréia, Úlcera péptica.

Hiperuricemia.

Deficiências: Doença de Hartnup e doenças recessivas autossômicas. Ingestão

aumente leucina.,O álcool baixa o armazenamento hepático e conversão da Vitamina

B3 à forma ativa.

Fontes principais - Carnes vermelhas e brancas, fígado; Ovos; Germe de trigo; úlcera

péptica, hepatopatia e vesícula bilias.

O excesso de leucina inibe a síntese de nicotinamida a partir do triptofano.

(Waitzberg DL)

75

VITAMINA C – ÁCIDO ASCÓRBICO

Função Fisiológica

Necessária no metabolismo de aminoácidos, colesterol, folacina e de drogas no

microssoma (protege contra a toxicidade de metais fortes).

Essencial para síntese de colágeno, hormônios adrenais, aminas vasoativas e carnitina.

Necessária para a função leucocitária, melhorando a imunidade celular.

Transferidor de íons H+, participando na regulação do potencial de oxirredu-ção

intracelular, sendo reversivelmente oxidada em ácido deidroascórbico.

Essencial para o metabolismo da tirosina, que se interrompe na falta de vitamina

Capaz de aumentar a absorção e utilização do ferro. Permite a transfor-mação de Fe

férrico à Fe ferroso.

Absorção: 0-90% da ingestão oral.

Ocorre na porção proximal do intestino delgado por transporte ativo dependente de

sódio saturável (3g de ácido ascórbico).

Presente em maior concentração nas glândulas pituitárias e adrenal. Fígado, pâncreas,

cérebro e baço menor concentração.

O pool corpóreo é de 1.500mg.(3-4% utilizados diariamente)

Reabsorvida pelos rins por processo ativo saturável.

Excreção: Urinária (8-27mg/dia). Aparece como ácido ascórbico ou metabólitos

(deidroascórbico, 2-3 diceto-1-gulonato; ascorbato 2-sulfato e oxalato).

Deficiência: Escorbuto: distúrbios psicológicos (histeria, depressão, hipocondríase):

função secretora; manifestação hemorrágicas (petéquias e equimoses); anemia diminui

cicatrização de feridas: instabilidade vasomotora (edema pés e quadris); alterações

dermatológicas (eritemas e queratinização folicular).

Astenia, emagracimento, cefaléia, dores ósseas.

Toxicidade: Adiministração IM sais de cálcio do ácido ascórbico causa necrose

tecidual. Administração EV de 1,5g/dia de ácido ascórbico pode ocasionar hipero-

xalúria. Efeito rebote transitório com sintomas de escorbuto ocorre na interrupção

abrupta da administração de vitamina C. Diarréia osmótica.

76

Deficiências: Trauma, cicatrizações, estresse emocional grave: aumento turn over da

vitamina C. Síndrome de má absorção; doença de Crohn.

Drogas: contraceptivos orais e fumo.

Fontes principais : Frutas (acerola, goiaba, laranja, maracujá, abacaxi, tomate).

Batata, Vegetais folhosos.

(Waitzberg DL)

77

MINERAIS

Minerais são elementos com funções orgânicas essenciais que atuam tanto na forma

iônica quanto como constituintes de compostos (enzimas, hormônios, secreções e

proteínas do tecido orgânico).

Atuam regulando o metabolismo enzimático, mantêm o equilíbrio acidobásico, a

irritabilidade nervosa e muscular e pressão osmótica; facilitam a transferência de

compostos pelas membranas celulares e compõem tecidos orgânicos. Têm função

sinérgica entre si, visto que o excesso ou deficiência de um interfere no metabolismo

de outro.

CÁLCIO (CA)

Função Fisiológica

Importante nos processos de: coagulação sangüínea; excitabilidade neuro-muscular e

transmissão dos impulsos nervosos; contração muscular; mineralização de ossos e

dentes; ativação enzimática e secre-ção hormonal. Responsável pelo transporte de

Vitamina B12 pelo trato gastrintestinal. Essencial à manutenção e função das células

da membrana.

Absorção: 20-40% da ingestão oral.

Ocorre principalmente no duodeno e jejuno, por processo ativo, depen-dente da

presença de Vitamina D e da proteína de ligação do cálcio. Circula na forma iônica

(50-65%) ou ligado à albumina. Reabsorção renal (até 99%).

Excreção: Urina maior quantidade (150-250mg/dia).

Fecal: 100-150mg/dia. Suor: 15mg/dia. Bile, suco pancreático e saliva < 1%.

Deficiência: Convulsões, parestesias. diarréia, perda de peso. Dores ósseas, fraturas,

raquitismo, osteoporose, osteomalacia. Edema papilar.

Toxicidade: Letargia, sonolência, coma. Anorexia, incoordenação motora, sede.

Náuseas, vômitos, paladar amargo, constipação. Poliúria. Bradicardia, hipotensão.

Fraqueza muscular. Pruridos. Baixa função renal.

Deficiênia:- Pode estar presente em algumas situações clínicas: síndrome do

intestino curto, gastrectomias, doença hepática ou renal, hipertireoidismo.

Na deficiência de vitamina D. Na terapia com diuréticos e na menopausa.

Na ingestão de álcool por diminuição da absorção.

Fonte principal do Cálcio (Ca).

Leite, iogurte, queijo, brócolis, couve, Ovos. (Waitzberg DL)

78

FÓSFORO (P)

Função Fisiológica

Co-fator de múltiplos sistemas enzimáticos do metabolismo de carboidra-tos, lipídios

e proteínas. Componente do ATP (fosfato de alta energia), ácidos nucléicos e fosfo-

lípides. Modificador do equilíbrio acidobásico plasmático (tamponamento).

Importante para a mineralização e estrutura óssea, síntese de colágeno e homeostase

do cálcio. Regulador da excreção renal de íons de hidrogênio e da utilização

vitamínica (complexo B).

Absorção: 50-70%, até 90%, na baixa ingestão oral.

Ocorre no jejuno como fosfato livre. Presente como fósforo nos tecidos e ossos e

como íon fosfato no fluido extracelular. Armazenado nos ossos (85%), músculo

esquelético, pele, sistema nervoso e outros órgãos. Reabsorção renal 85-90% (4-

8mg/minuto).Regulação metabólica hormonal (paratormônio, hormônio de

crescimento e Vitamina D).

Excreção: Urinária – 50-70% da ingestão oral. aumento ocorre com infusão

endovenosa. Fecal – 30-50% da ingestão oral.

Deficiência: Delírio, perda da memória, desorientação. Disfagia, anorexia, piora da

função hepática nos pacientes com doença hepática crônica. Taquicardia, diminuição

da capacidade vital. Hipocalciúria, acidose metabólica. Dores ósseas, osteomalacia,

pseudofratura, miopatia. Hipoparatiroidismo, hipoglicemia, resistência à insulina.

Impedimento da transferência de O2 das células do sangue, baixa oxigenação tecidual

e hemólise, baixa fagocitose e atividade bactericida, trombo-citopenia e disfunção

plaquetária.

Toxicidade: Parestesias de extremidades, confusão mental, sensação de peso nas

pernas. Hipertensão, arritmia e parada cardíaca. Hiperfosfatemia pode levar à

hipocalcemia e subsequente tetania. Hiperpigmentação da pele, cirrose hepática,

diabetes, susceptibilidade à infecção. Descrita com infusão EV de 4,2-14,3mEg/kg

peso em lactentes.

Deficiência: Baixa ingestão dietética, nutrição parenteral prolongada sem suplemen-

tação, jejum, vômito;- Aumenta perda: acidose metabólica, diuréticos, hipocalemia,

hipomagne-semia, gota,outras: síndromes de má absorção, alcalose respiratória,

gestação, hipopa-ratiroidismo, hiperparatiroi-dismo, sepse, cetose diabética,

79

anormalidade de Vitamina D e ingestão de álcool; Uso de glicose e aminoácidos

endovenoso, que pode levar à hipofos-fatemia. Para a retenção de 1g de nitrogênio

tecidual, são necessários 0,08g ou 25mMol de fosfato.

Fonte Principal de Fósforo (P)

Carnes vermelhas e brancas. Ovos, Leguminosas, Nozes, Amêndoas.

(Waitzberg DL).

POTÁSSIO (K)

Função Fisiológica

Eletrólito. Principal cátion intracelular.- Essencial para: Síntese de proteínas e

metabolismo de carboidratos; Transmissão nervosa; Contração da musculatura

cardíaca; Tonicidade intracelular e função renal.

Absorção: Rapidamente pelo trato gastrintestinal: > 90% da ingestão oral.

10-20-% circulam no plasma ligados a proteínas, Presente principalmente no espaço

intracelular (98%). A diferença de concentração de potássio extra e intracelular

depende do sistema enzimático Na-K ATPase, Armazenado em maior concentração

no músculo esquelético. A concentração de K total é função da massa muscular,

idade, sexo e peso. Sais de lactato, citrato e gluconato de K são convertidos no fígado

a fontes de bicarbonato.Reabsoção renal.

Excreção: Urinária (90%). Suor e fezes.

Regulada pelo balanço acidobásico (aumenta o pH e diminui excreção K+), ingestão

de sódio, volume filtrado e fatores inibidores ou potenciadores de excreção de K+.

Deficiência: Diminui reflexos, paralisia, parestesia, confusão mental.

Vômitos, distensão peritoneal, polidipsia, Arritmia cardíaca, Diminui respiração,

dispnéia, Diminui filtração glomerular, Dores musculares, Hipotensão.

Toxicidade: Parestesias, paralisia, confusão mental, Arritmia, elevação da onda T e

parada cardíaca, Dores musculares, Solução de K é irritante tecidual: podem ocorrer

flebite e espasmo venoso.

Deficiência:- Hipoaldosteronismo; síndrome de Bartter; Cushing; acidose diabética.

desnutrição; diarréia; fístulas; diurese osmótica; intoxicação digitálica.

Fonte Principal de Potássio (K)

Frutas (banana, laranja, maçã), Verduras de folha, Batatas e substitutos do sal.

80

CLORO (CL)

Função Fisiológica

Principal ânion do fluido extracelular. Essencial para a manutenção do equilíbrio

acidobásico. Influencia a osmolaridade sangüínea, urinária, o balanço hídrico e

volume extracelular (em associa-ção ao sódio).

Absorção: Ocorre de forma rápida no trato gastrintestinal.

Presente no fluido extracelular em maior concentração. Principal íon no fluido

cérebro-espinhal – 124mEq/l e no intracelular 1mEq/l.

Excreção: Urinária como ânion cloreto associado a um cátion (sódio,

principalmente) 110-250mEq/24horas.

Reabsorção renal – 99%.

Deficiência Alcalose metabólica

Toxicidade: Cefaléia, confusão mental, Arritmias cardíacas, Hiperventilação

Acidose metabólica.

Deficiência: Doença renal crônica e falência renal aguda. Diarréia, vômitos, acidose

respiratória crônica (por mecanismo compensatório é trocado pelo bicar-bonato),

drenagem por sonda nasogástrica. Aumento excreção: administração de esteróides,

adrenais e uso de diuréticos.

Fonte principal do Cloro (CL)

Carnes vermelhas e brancas, Aspargo, espinafre, cenoura, Sal de cozinha (NaCl)

Enlatados.

(Waitzberg DL)

SÓDIO (NA)

Fisiológica Função

Principal cátion do fluido extracelular. Essencial à manutenção da pressão osmótica

do sangue, plas-ma e fluidos intracelulares.Essencial para distribuição orgânica de

água e volume sangüíneo.

Importante para manutenção do equilíbrio acidobásico.

Absorção: Ocorre no trato gastrintestinal rapidamente. Sais fosfato, tartarato e

sulfato de sódio são pobremente absorvidos. Presente em maior concentração no

81

fluido extracelular (135-145mEq/l). A diferença de concentração de sódio extra e

intracelular depende do sistema enzimático Na-KATPase.

Excreção: Urinária. Controle renal de excreção ou reabsorção até 99% diretamente

proporcional à ingestão ou por atuação hormonal = aldosterona e hormônio

antidiurético (aumenta reabsorção). Suor e fluidos gastrintestinais.

Deficiência Aguda: Letargia, fraqueza, progredindo rapidamente para convulsões e

morte.

Menos Aguda: Anorexia, Diarréia, Oligúria, Hipotensão, Fadiga

Toxicidade: Cefaléia, delírio, vertigem, sede, Parada respiratória, Oligúria

Hipertensão, Eritema de pele

Deficiência: Nefrites, isuficiência adrenal, doença cardíaca congestiva,

hipoparatiroi-dismo, síndrome de produção inapropriada do hormônio antidiurético;

desordens do SNC; doença pulmonares.- Ingestão inadequada; perdas excessivas

(suor, fluidos pelo trato gastrin-testinal); jejum, sepse; quimaduras;infusão excessiva

EV de glicose.- Drogas aumento da excreção: diuréticos, vincristina, ciclofosfamida,

agentes hipoglicemiantes orais, clorpropamida; tolbutamida; clomipramina,

tioridazina.

Fonte Principal do Sódio (Na)

Alimentos proteicos animais, Aspargo, espinafre, cenoura, Sal de cozinha (NaCl)

Enlatados.

(Waitzberg DL)

FERRO (FE)

Função Fisiológica

Componente essencial de enzimas:Hemoglobina: Mioglobina e desidrogenases do

músculo esquelético; Metaloenzimas teciduais de funções respiratórias, oxidativas e

de fosforilação; Responsáveis na neutralização de radicais tóxicos.

Importante para o metabolismo aeróbico (transporte de elétrons para os citocromos).

Absorção: 15-35% (hemoglobina e mioglobina da dieta) e 2-20% (forma não heme).

Ocorre no duodeno e jejuno proximal. A maior parte sofre solubilização e redução

pelo suco gástrico para o estado ferroso (Fe++). Captação pela mucosa intestinal,

influenciada pela presença de ligantes: ferritina (diminui absorção) e apoferritina

(aumenta absorção). O ferro heme é absorvido prontamente pela mucosa intestinal.

82

Na circulação plasmática, está ligado à transfererrina. Armazenado no fígado, baço e

células como hemossiderina ou ferritina. 70-90% do Fe absorvido se destinam à

sintese de hemoglobina. Após a catabolização desta, o ferro é reutilizado (90%

mecanismo de conservação orgânica).

Excreção: Pele, cabelo, urinária, fecal (células descamativas intestinais) = 1mg/dia.

Ciclo menstrual = mais 0,5mg/dia.- O organismo tem capacidade de diminuir, de

excretar excesso de ferro.

Deficiência: Alteração da função cognitiva, cefaléia, parentesia. Glossite, sensação

de queimação na língua, cáries. Taquicardia. Redução da função leucocitária, fadiga,

anemia hipocrômica, microcítica.

Toxicidade: Administração de doses > 1mg. EV; cefaléia, convulsões, náusea,

vômito, febre, suor, hipotenção e mesmo choque anafilático. Paladar metálico.

Hepatomegalia, esplenomegalia. Hemossiderose. Hemocromatose. - Susceptibilidade

à infecção.

Deficiência :Síndromes de má absorção, acloridria gástrica, hemorragias. Ingestão de

fósforo, fitalos, antiácidos e álcool Sepse e estresse cirúrgico.

Fonte de Ferro (Fe)

Carnes vermelhas, fígado, miúdos, Gema de ovo, Leguminosas, vegetais folhosos

verde-escuros, frutas secas.

(Waitzberg DL)

ZINCO (ZN)

Função Fisiológica

Componente de metaloenzimas, estabilizador de polissomos durante a síntese

protéica e de membra-nas para a circulação de elementos celulares. Essencial para

mobilização hepática de Vitamina A. Exerce funções fisiológicas específicas atuando

em: Crescimento e replicação celular; Maturação sexual, fertilidade e reprodução;

Funções fagocitária, imunitária, celular e humoral; Paladar e apetite.

Absorção: 10-40% da ingestão oral.

Ocorre principalmente no duodeno e no jejuno.

Absorção passiva. Após liberar-se dos alimentos, forma complexos com ligantes

endógenos e exógenos (histidina, ácido cítrico e ácido picolínico). Captação

83

sangüínea portal por processo ativo, circulação plasmática e sangüínea ligada à

albumina 55% e a aminoácidos, 40% a macroglobulinas, não se destinando a uso

metabólico. Absorção inversamente proporcional à concentração intraluminal

intestinal. Circulação enteropancreática – reexcreção no lumen intestinal e reabsor-

ção mecanismo de homeos-tase. Armazenado no fígado, músculos, ossos, pele e

tecido ocular.

Excreção: Fecal maior quantidade: 10mg/dia. Urinária, descamação de pele e sêmen.

Deficiência: Alterações de comportamento, apatia. Diminui paladar, falta de apetite.

Hipogonadismo, hipospermia e retardamento da maturação sexual. Deficiência de

imunidade; intolerância à glicose. Alopecia, lesões de pele, anergia cutânea.

Retardo do crescimento. Redução do HDL-C.

Toxicidade:Aguda:

Náuseas, vômitos, dores abdominais, gosto metálico, Cefaléia.

Crônica: Deficiência de cobre e anemia., Valor plasmático > 150�g/dl é indicativo

de contaminação.

Deficiência:: Diminui ingestão: anorexia, desnutrição protéico-calórica, NPT sem

suple-mentação.- Diminui absorção: doença celíaca, acrodermatite enteropática,

doença inflamatória intestinal; síndrome do intestino curto, insuficiência pancre-

ática, uremia crônica, dietas ricas em fitato, fibras, álcool; paciente idosos (25-30%).

Diminui utilização: cirrose alcoólica, fenilcetonúria.- Aumento perdas: diarréia,

fístulas, hepatite viral, cirrose biliar, anemia hemolítica, psoríase, álcool.

Sepse e estresse cirúrgico.

Fonte Principal de Zinco (Zn)

Carnes vermelhas e brancas, fígado, frutos do mar, ovos,

Cereais integrais, lentilha, germe de trigo.

(Penteado)

(Waitzberrg, Dan )

84

CARDÁPIO HABITUAL

Tabela 11- Alimentação habitual

Refeição Alimentos Medida caseira Qt (g/ml)

Leite desnatado ½ copo requeijão 100ml

Café ½ copo requeijão 100

Vitamina de frutas

Banana peq. 1 unidade 50

Mamão papaya ½ unidade 150

Leite desnatado ¼ de copo 50

Desjejum

Pão integral 2 fatias 50

Colação Fruta ½ mamão 150

Arroz 2 colheres grande 120

Carne vermelha 1 bife peq. 80

Beterraba cozida 2 colheres grande 60

Alface 4 folhas 40

Almoço

Tomate 3 rodelas 45

Bolacha água e sal 2 biscoitos 36 Lanche da Tarde

Chá de erva cidreira 1 copo 200

Arroz 2 colheres grande 120

Carne vermelha 1 bife peq. 80

Beterraba cozida 2 colheres grande 60

Alface 4 folhas 40

Jantar

Tomate 3 rodelas 45

Dados fornecidos pela paciente M.B.C.

Valor Energético total da dieta habitual: 1770,0 Kcal/dia

Necessidades/Recomendações de Energia: 2246,97kcal 25,9 Kcal/kg/dia.

1,2g/ptn/kg/dia x 86,6=103,9g/ptn/dia.

OBS: A paciente as 7:00h toma 200ml de água, e vai fazer caminhada, e as

8:00h faz o seu desjejum. Quando encontra-se nervosa se sente enfraquecida e

termina comendo mais que o necessário. A paciente foi orientada a fazer a

caminhada após o desjejum, para evitar o desconforto da fraqueza, a hipoglicemia e o

85

consumo energético excessivo, pois qualquer atividade física não pode ser realizada

em jejum, principalmente quando o indivíduo é diabético e encontra-se em

tratamento específico (Ca).

Não foi observado mudança de hábitos alimentares após a doença.

Comparação e porcentagens de adequação do cardápio apresentado pela paciente e as

Recomendações RDA/89

macronutrientes Recomendações

RDA/89 Valores obtidos

Kcal Gramas

Valores obtidos %

% de adequação

Proteína 60% 283,08 70,77 16,0 % 96,6%

Carboidrato 10 a 15% 858,96 214,74 48,5 % 104,6%

Lipídeo 20 a 25% 627,96 69,77 35,5 % 105,2%

Total 100 % 100%

Comparação e porcentagens de adequação do cardápio apresentado pela paciente e as

Recomendações da. DRI/2001. (Mulheres maior que 70 anos)

RDA/DRI Nutriente Quantidade

(g) Recomendação Adequação

Cálcio 478,27 1200 39,9%

Fósforo 1044,87 700 149,3%

Ferro 18,25 8 228,1%

Vitamina A 305,46 700 43,6%

Vitamina B1 0,5 1,1 45,5%

Vitamina B2 16,846 1,1 1531,5%

Niacina 5,8244 14 41,6%

Vitamina C 226,35 75 301,8%

86

9.1 - Avaliação da Dieta Habitual

De acordo com os resultados dos cálculos da alimentação habitual, a dieta

encontra-se com as quantidades de micronutrientes inadequados, com deficiência do

consumo de alimentos fonte de cálcio, vitaminas A, B1 e Niacina. Entretanto,

geralmente a deficiência é provocada não pela diminuição da ingestão e sim pelo

excesso de consumo que ocorre na intensa proliferação celular maligna.

87

9.2 - Avaliação Antropométrica, Bioquímica e Exame Físico

Avaliação Antropométrica e Bioquímica Inicial, realizada na paciente M.B.C no

Hospital Pérola Byington.

Estatura: 1,49 P.Pulso:16,5 Compleição:grande Peso ideal : 59,94

Peso Atual: 86,6 Peso Habitual: - Perda de Peso/Tempo: - Variação Peso

(IMC 22 -27): 48,84 - 59,94

% de perda de peso/classificação: Edema ( )S (x)N

Fonte: Anamnese óbtida pela paciente M.B.C

Paciente não sabe dizer o peso habitual, pois sempre foi obesa.

Não houve perda de peso.

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA INICIAL

Classificação dos valores antropométricos obtidos, pela paciente M.B.C.

Internada no Hospital Pérola Byington.

Data 06/06/06 09/06/06

Peso atual/ideal 86,6/59,9 88,1/59,94

% adequação 144,5% 146,9%

Classificação Obesidade grau II Obesidade grau II

IMC (P/A2) 39,00 39,68

Classificação Obesidade grau II Obesidade grau II

Percentil P>95 P>95

Circ. Braço 42,5 42

% adequação (P50) 139,3% 137,7%

Percentil P>95 P>95

Avaliação Obesidade grau II Obesidade grau II

Diagnóstico Nutricional Paciente encontra c/ obesidade grau II Fonte: Anamnese óbtida pela paciente M.B.C

Quando o paciente for obeso não é necessário medir as dobras, pois pode ocorrer

uma grande margem de erros.

Resultados da Avaliação Bioquímica Inicial.

Foi realizados exames bioquímicos na paciente nos dia 06, 07, e 08 de Junho, onde

houve alterações da hemoglobina. São conciderados normais levando em

consideração o pós cirúrgico.

88

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL SUBJETIVA GLOBAL

Categoria da ANSG

Avaliação e Classificação

Bem Nutrido ( x ) 1 – 17 pontos

Desnutrido Moderado ( ) 17 – 22 pontos

Desnutrido Grave ( ) > 22 pontos

De acordo com a avaliação nutricional subjetiva global, podemos observar que o

resultado (bem nutrido) é controverso ao estado geral da paciente em questão, pois

esta avaliação é uma perfil parcial da paciente, e para fazer uma avaliação completa

deve-se levar em consideração os exames laboratoriais (bioquímicos), exames

clínicos e as medidas antropométricas.

SINAIS CLÍNICOS DE DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS

Dentre os sinais clínicos observados na paciente M.B.C., não foram identificados

sinais que caracterizam estado de Deficiência Nutricional.

9.3 - Diagnóstico Nutricional

A paciente é portadora de Ca do Endométrio, Hipertensão e Diabete Mellitus. Foi

submetida a Histerectomia Total Abdominal (HTA) + Salpingectomia - SOB

(Trompas) + Oforectomia (ovário) retirada dos Linfonodos – LP (Bilaterais). Diante

dos resultados da avaliação antropométrica, foi confirmado que a paciente se

encontra com obesidade grau II, com IMC 39, precisando perder peso, porém esse

não é o objetivo inicial. O principal objeivo é manter o estado nutricional da paciente

evitando a DPC e orientar hábitos alimentares saudáveis.

89

10 - CONDUTAS DIETOTERÁPICAS NO TRATAMENTO HOSPITALAR

10.1 - Objetivo da Dietoterapia

Recuperar e manter o estado nutricional, promover aceitação da dieta.

Adaptar a dieta aos sintomas apresentados no pós-operatório como, náuseas e

vômitos. Manter a hidratação adequada, oferecer alimentos da sua preferência

seguindo a evolucão dietoterápica. Controlar a glicemia e hipertensão, e contribuir na

medida do possível com a qualidade de vida.

10.2 - Necessidades Nutricionais

Necessidades Energéticas - dia 06/06

O cálculo de necessidade energética utilizado foi o herris-benedict onde analisa-se as

variáveis: peso, estatura, idade; fator atividade e fator injúria, sendo este escolhido

por ser adequado ao diagnóstico da paciente.

fator atividade: móvel. 1,3

fator injuria: câncer. 1,3

fator térmico: ausente.

peso utilizado: IMC - 39,00 kg/m² (86,6 kg)

foi utilizado o peso do IMC máximo da paciente.

Herris-Benedict

TMB= 655+(9,6x P) + (1,8x E) –(4,7x I)

TMB= 655+(9,6 x 86,6 )+(1,8 x 149) – (4,7 x 69)

TMB= 655+831,35+253,3-324,3

TMB= 1728,66-324,3=1404,36Kcal

NE= TMB +TMB x (fa + fi + ft)

NE = 1404,36+ 1404,36 x ( 0,3+0,3)

NE= 1404,36 + 842,36

NE= 2246,97 Kcal (86,6) ( 25,9 Kcal/kg/dia)

90

Necessidades Protéicas

NP= P x 1,2 g Proteína/dia

NP= 86,6 x 1,2

NP= 103,9g/ptn/dia

Primeira avaliação nutricional, no momento pré-operatório, a paciente apresenta

índices de obesidade grau II em relação peso/estatura ideal, com IMC 39.

NECESSIDADES ENERGÉTICAS - DIA 08/06

fator atividade: móvel. 1,3

fator injuria: câncer. 1,3

fator térmico: ausente

peso utilizado: IMC - 39,00 kg/m² (88,1 kg)

foi utilizado o peso do IMC máximo da paciente.

Herris-Benedict

TMB= 655+(9,6x P) + (1,8x E) –(4,7x I)

TMB= 655+(9,6 x 88,1 )+(1,8 x 149) – (4,7 x 69)

TMB= 655+845,76+283,1-324,3

TMB= 1783,86-324,3=1459,56Kcal

NE= TMB +TMB x (fa + fi + ft)

NE = 1459,56+ 1459,56 x ( 0,3+0,3)

NE= 2466,65 Kcal

NE= 2246,97 Kcal (86,6) ( 27,99 Kcal/kg/dia)

Necessidades Protéicas

NP= P x 1,2 g Proteína/dia

NP= 88,1 x 1,2

NP= 105,72g/ptn/dia

91

Segunda avaliação nutricional, pós-operatório, a paciente apresenta aumento de peso

de (1,5kg em dois dias) representado pela retenção de liquidos pós cirurgico devido

as oscilações da PA.

10.3 - Prescrições Dietéticas

Prescrições médicas e Dietoterápicas

Tabela 12-Prescrições dietéticas médica.

Data Dieta

(prescrição médica)

Dieta

(Prescrição dietoterápica)

05/06/06 Dieta Leve Dieta Leve para diabetes hipossódica

06/06/06 Dieta de Preparo Dieta de Preparo s/ resídua para diabetes hipssódica

07/06/06 Cirurgia -

08/06/06 Dieta Geral Dieta Geral Hipossódica para Diabetes

09/06/06 Dieta Geral Dieta Geral Hipossódica para Diabetes

10/06/06 Dieta Geral Orientação de Alta

Fonte: prescrição médica diária

Intervenções Dietoterápicas e Evolução Nutricional

A paciente iniciou no dia 05/06 com dieta Leve para diabetes hipossódica com ótima

aceitação

No dia 06/06, foi oferecida dieta de preparo sem resíduo, jejum após as 22:horas.

Teve ótima aceitação.

No dia 07/06 não houve dieta, paciente foi encaminhada para o centro cirurgico. No

dia 08/06 PO, foi oferecida dieta leve com boa aceitação mesmo apresentando

náuseas.

No dia 09/06 dieta Geral para diabetes hipossódica com ótima aceitação. Conclui-se

que a paciente com boa e ótima aceitação favorecerá sua rápida recuperação.

92

Composição e Adequação das Dietas

Dieta Leve

Dieta Leve para Diabetes Hipossódica (05/06)

Refeição Alimentos Medida caseira Qt (g/ml)

Chá de Ervas 1 xicara grande 200

Gelatina diet 1 copo descartável peq. 50

Biscoito de água 2 sachet 40

Adoçante 1 sachet 15

Desjejum

Colação Fruta ½ Mamão 150

Sopa de Batatas 1 sopeira pequena 300

Ovos 2 unidades 120

Purê de Cará 2 colher grande cheia 120

Gelatina Diet 1 sachet 15

Suco de Abcaxi 1 copo descartável grande 200

Almoço

Leite Desnatado c/café 1 copo descartável grande 200

Biscoito de água 2 sachet 40

Adoçante 1 sachet 15

Gelatina diet 1 copo descartável peq. 50

Lanche da

tarde

Sopa de cenoura 1 sopeira pequena 300

Peixe desfiado 2 colheres grande 120

Peurê de batatas 2 colheres grande 120

Gelatina 1 copo descartável peq. 50

Suco de Limâo 1 copo descartável grande 200

Jantar

Chá de Ervas 1 xicara grande 200

Biscoito de água 2 sachet 40

Adoçante 1 sachet 15 Ceia

Gelatina diet 1 copo descartável peq. 50 O cálculo de calorias, macro e micronutrientes da dieta encontra-se em anexo

93

Valor Energético total: 1.539,2 Kcal /dia

Necessidades/ Recomendações de Energia: 1.539,2 kcal / 86,6 kg = 17,77

kcal/kg/dia

Nutriente Gramas Porcentagem

Proteínas 69,1 18,2

Lipídios 49,1 29

Carboidratos 201 52,8

RDA/DRI Nutriente Quantidade (g)

Recomendação Adequação

Cálcio 553,11 1200 45,0

Fósforo 970,42 700 138,6

Ferro 22,79 8 284,9

Vitamina A 951,78 700 135,9

Vitamina B1 8,5 1,1 769,1

Vitamina B2 22,2 1,1 2019,5

Niacina 13,8 14 98,5

Vitamina C 305,3 75 407,0

Avaliação da Porcentagem de Adequação Segundo as Recomendações da DRIs

A dieta leve hipossódica oferecida aproximou-se da adequação e recomendações da

DRIs, com exceção do cálcio.

Os macronutrientes também encontra-se em quantidades adequadas com relação da

adequação da dieta a patologia.

94

DIETA LEVE RESÍDUO PARA DIABETES HIPOSSÓDICA

Dieta Leve Sem Resíduo para Diabetes Hipossódica (06/06)

Refeição Alimentos Medida caseira Qt (g/ml)

Chá de Ervas 1 xicara grande 200

Gelatina diet 1 copo descartável peq. 50

Biscoito de água 2 sachet 40

Adoçante 1 sachet 15

Desjejum

Colação Fruta ½ Mamão 150

Sopa de Batatas 1 sopeira pequena 300

Frango Desfiado 2 colheres grande 120

Abobrinha Refogada 2 colher grande cheia 120

Gelatina Diet 1 sachet 15

Suco de Maracujá 1 copo descartável grande 200

Almoço

Leite Desnatado c/café 1 copo descartável grande 200

Biscoito de água 2 sachet 40

Adoçante 1 sachet 15

Gelatina diet 1 copo descartável peq. 50

Lanche da

tarde

Sopa de cenoura 1 sopeira pequena 300

Omelete de frios 2 pedaços grande 120

Chuchu refogado 2 colheres grande 120

Gelatina diet 1 copo descartável peq. 50

Suco de goiaba 1 copo descartável grande 200

Jantar

Chá de Ervas 1 xicara grande 200

Biscoito de água 2 sachet 40

Adoçante 1 sachet 15

Gelatina diet 1 copo descartável peq. 50

Ceia

O cálculo de calorias, macro e micronutrientes da dieta encontra-se em enexo

95

Valor Energético total: 1679,7 Kcal /dia

Necessidades/ Recomendações de Energia: 1679,7 kcal / 86,6 kg = 19,39

kcal/kg/dia

Nutriente Gramas Porcentagem (%)

Proteínas 85,9 20,7

Lipídios 64 34,7

Carboidratos 185 44,6

RDA/DRI Nutriente Quantidade (g)

Recomendação Adequação %

Cálcio 584,51 1200 48,7

Fósforo 1153,52 700 164,7

Ferro 26,41 8 330,1

Vitamina A 933,2 700 133,3

Vitamina B1 8,36 1,1 760,6

Vitamina B2 41,44 1,1 3767,9

Niacina 13,9 14 99,6

Vitamina C 606 75 808

Avaliação da Porcentagem de Adequação Segundo as Recomendações da DRIs.

A dieta leve sem resíduo hipoglicídica e hipossódica oferecida dia 06/06, segundo a

adequação superou a quantidade de lipídios e não atingiu a quntidade de

carboidrato. Também não atingiu a recomendação diária do consumo de cálcio.

96

Dieta Geral

Dieta Geral Diabetes Hipossódica (08/06)

Refeição Alimentos Medida caseira Qt (g/ml)

Chá de Ervas 1 xicara grande 200

Gelatina diet 1 copo descartável peq. 50

Biscoito de água 2 sachet 40

Adoçante 1 sachet 15

Desjejum

Colação Fruta ½ Mamão 150

Sopa creme de queijo 1 sopeira pequena 300

Carne desfiada 2 colheres grande 120

Escarola refogada 2 colher grande cheia 120

Gelatina Diet 1 sachet 15

Suco de laranja 1 copo descartável grande 200

Almoço

Leite Desnatado c/café 1 copo descartável grande 200

Biscoito de água 2 sachet 40

Adoçante 1 sachet 15

Gelatina diet 1 copo descartável peq. 50

Lanche da

tarde

Sopa de ervilha 1 sopeira pequena 300

Carne desfiada 2 pedaços grande 120

Mandioquinha 2 colheres grande 120

Gelatina diet 1 copo descartável peq. 50

Suco de goiaba 1 copo descartável grande 200

Jantar

Chá de Ervas 1 xicara grande 200

Biscoito de água 2 sachet 40

Adoçante 1 sachet 15

Gelatina diet 1 copo descartável peq. 50

Ceia

O cálculo de calorias, macro e micronutrientes da dieta encontra-se em anexo

97

Valor Energético total: 2594,9 Kcal /dia

Necessidades/ Recomendações de Energia: 2594,9 kcal / 88,1 kg = 29,45

kcal/kg/dia

Nutriente Gramas Porcentagem

Proteínas 146,55 22,7

Lipídios 66,7 23,8

Carboidratos 348 54,0

RDA/DRI Nutriente Quantidade (g)

Recomendação Adequação

Cálcio 650,9 1200 54,24

Fósforo 1466,1 700 209,44

Ferro 46,98 8 587,27

Vitamina A 457,26 700 65,32

Vitamina B1 20,48 1,1 1862,6

Vitamina B2 55,89 1,1 5080,9

Niacina 25,33 14 180,95

Vitamina C 274,11 75 365,49

Avaliação da Porcentagem de Adequação Segundo as Recomendações da DRIs.

A dieta geral hipoglicidica e hipossódica oferecida dia 08/06, atingiu as

necessidades das recomendações estabelidas, com maior aporte protéico porém

adaptada a patologia, (hiprecatabolismo) e não favorece o aumento da glicemia.

98

Dieta Geral Diabetes Hipossódica (09/06)

Refeição Alimentos Medida caseira Qt (g/ml)

Chá de Ervas 1 xicara grande 200

Gelatina diet 1 copo descartável peq. 50

Biscoito de água 2 sachet 40

Adoçante 1 sachet 15

Desjejum

Colação Fruta 1 maçã média 150

Sopa creme de cebola 1 sopeira pequena 300

Carne moida refogada 2 colheres grande 120

Batatas Sautê 2 colher grande cheia 120

Gelatina Diet 1 copo descartável peq. 50

Suco de mamão 1 copo descartável grande 200

Almoço

Adolante 1 sachet 15

Leite Desnatado c/café 1 copo descartável grande 200

Biscoito de água 2 sachet 40

Adoçante 1 sachet 15

Gelatina diet 1 copo descartável peq. 50

Lanche da

tarde

Sopa de Legumes 1 sopeira pequena 300

Omelete de frios 2 pedaços grande 120

Almeirão c/cenoura 2 colheres grande 120

Gelatina diet 1 copo descartável peq. 50

Suco de Abacaxi 1 copo descartável grande 200

Jantar

Chá de Ervas 1 xicara grande 200

Biscoito de água 2 sachet 40

Adoçante 1 sachet 15

Gelatina diet 1 copo descartável peq. 50

Ceia

O cálculo de calorias, macro e micronutrientes da dieta encontra-se em anexo

99

Valor Energético total: 1494,9 Kcal /dia

Necessidades/Recomendações de Energia: 1494,9kcal / 88,1kg = 16,98kcal/kg/dia

Nutriente Gramas Porcentagem

Proteínas 68 18,4

Lipídios 64,4 39,2

Carboídratos 157,0 42,4

RDA/DRI Nutriente Quantidade (g)

Recomendação Adequação

Cálcio 461,33 1200 38,44

Fósforo 759,2 700 108,43

Ferro 23,24 8 290,52

Vitamina A 709,66 700 101,38

Vitamina B1 8,53 1,1 775,81

Vitamina B2 22,07 1,1 2006,6

Niacina 13,59 14 97,12

Vitamina C 155 75 206,67

Avaliação da Porcentagem de Adequação Segundo as Recomendações da DRIs.

A dieta geral hipoglicídica e hipossódica oferecida dia 09/06, excedeu as

recomendações de lipídios e promoveu maior aporte calórico, e não atingiu as

quantidades de carboidrato recomendadas. Os valore de cálcio em menhum dia foi

alcançada as recomendações, devido ao baixo consumo de leite e derivados.

100

Tabela 13-Acompanhamento Dietoterápico

Aceitação Energia (kcal) Data Adaptações na dieta

D C A M J C NE O A

Observações

ocorrências

05/06/06 Dieta Leve para

Diabetes Hipossódica O O O O O O 2246,76 1521,0 1521,0

06/06/06

Dieta sem resíduo

para diabests

hipossódica

O O O O O O 2246,76 1662,0 1662,0

07/06/06 Cirurgia - - - - - - - - -

08/06/06 Dieta Geral para

Diabetes Hipossódica O O O O O O

2466,65 2577,0 2577,0

09/06/06 Dieta Geral para

Diabetes Hipossódica O O O O O O

2466,65 1500,0 1500,0

10/06/06 Orientação de alta - - - - - - - - -

A ingestão da dieta oferecida foi satisfatória, Não havendo necessidades de

adaptação da dieta. O seu VET. foi totalmente atingido.

101

10.4 - Evolução Nutricional

Durante o tempo de internação a evolução da paciente foi considerada boa,

considerando a diminuiçao gradativa dos sintomas (dor abdominal) pós cirúrgico sua

aceitação alimentar normal, afebril, controle da glicemia e da pressão arterial.

As medidas antropometricas não houve mudanças pois não houve perda de peso.

Seus estado nutricional foi mantido adequado levando em conta sua patologia.

102

10.5 - Reabilitação Nutricional

A reabilitação nutricional foi atendida através dos objetivos da dietoterapia

implantada, a paciente encontrava-se em nível da atendimento terciário e sua

evolução foi favorável. Toda a assistência oferecida (cirúrgico e dietoterápico) foi

adequada para a recuperação e manutenção do estado nutricional da paciente.

103

10.6 - Conclusão do Acompanhamento Dietoterápico

Através da realização do presente estudo, pôde-se observar a importância do

tratamento dietoterápico individualizado em pacientes terciários, principalmente pós-

cirúrgicos, visto que ocorre um trauma, sendo necessário a monitorização constante,

a fim de evitar possíveis complicações.

Um efetivo acompanhamento nutricional durante o período de internação,

juntamente com as intervenções são necessárias de acordo com o quadro clínico. Pois

o paralelo com o trabalho da equipe multidisciplinar e multiprofisional é possível

obter a melhora do paciente.

Devido o acompanhamento diário, foi possível obter as informações quanto aceitação

da dieta que foi ótima. É de fundamental importância sempre que possível adequar a

dieta oferecida com as preferências do paciente, o que ajuda na melhora da aceitação.

Todas as condutas dietoterápicas foram claramente explicadas a paciente durante o

período de acompanhamento, favorecendo a aderência ao tratamento, facilitando a

realização deste estudo, visto que a paciente, mostrou-se colaborativa.

Durante todo o período de estágio, pôde-se vivenciar diversas situações onde a

importância da Nutrição é ressaltada. A interação do nutricionista com a conduta

médica, o esclarecimento de dúvidas com os pacientes quanto à importância da

alimentação, o atendimento dietoterápico individualizado, a avaliação nutricional, o

acompanhamento da evolução clínica diária, contribui muito para a formação de

nutricionista, podendo vivenciar na prática, as teorias adquiridas, acrescentando

maiores conhecimentos necessários para melhor formação.

104

11 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Penteado MDVC. Vitaminas Aspectos Nutricionais, Bioquímicos, Clínicos e

Analíticos. São Paulo: Editora Manole, 2003.

Philippi ST. Tabela de Composição de Alimentos: Suporte para Decisão

Nutricional. 2ª ed. São Paulo: Gráfica Coronário, 2002.

IBGE.Tabela de composição de Alimento. 5ª edição.Rio de Janeiro:1999.

Waitzberg DL. Nutrição, Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. 3ªed. São

Paulo: Atheneu, 2000.

REIS, NT. Nutrição Clínica: Interações. Rio de Janeiro: Rubio; 2004.

Martins C. S.M.M. S.R.P et al.Interações Droga e Nutrientes. 2ª ed. São Paulo:

Metha, 2003.

A ANAD (Associação Nacional de Assistência ao Diabético)

Ikemori, E.H.A.et al. Nutrição em Oncologia, São Paulo: Marina, Tecmedd editora,

2003.

A.C. Camargo. Manual de condutas Diagnósticas e Terapêutica em oncologias. .

2ª ed. São Paulo: A.C. Camargo.

GUIMARÃES,R. X.; GUERRA, C. C. C. Clínica e Laboratório: Interpretação

Clínica das Provas Laboratoriais. 4ª ed. São Paulo:Sarvier; 1990. p 371-373.

MILLER, O.; GONÇALVES, R. R. Laboratório para o Clínico. 8ª ed. São Paulo:

Atheneu,1999.

105

Guyton, A C. Hall, J E. Fisioligia Humana e Mecanismos das Doenças. 6ª ed.Rio de

Janeiro: Guanabara,1998.

Lage, M. Dietotarapia. São Paulo: 2005. Apostila de aula, Universidade São Judas

Tadeu.

Cupari, L.Guia de Medicina Ambulatorial e Hospitalar Nutrição clínica no

adulto. São Paulo: Manole , UNIFESP, 2005.

www.fleury.com.br

Sociedade Brasileira de Hipertensão

Sociedade Brasileira de Cardiologia - Departamento de Hipertensão Arterial

Sociedade Brasileira de Nefrologia - Departamento de Hipertensão Arterial

MINISTÉRIO DA SAÚDE

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (INCA)

106

12 - ANEXOS

12.1 - Cálculos da Dieta Habitual

107

108

109

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL SUBJETIVA GLOBAL A. História:

1. Peso Corpóreo:

(1) Mudou nos últimos 6 meses ( ) sim ( x ) não

(1) Continua perdendo peso atualmente ( ) sim ( x ) não

(2) Perda maior 10% ( ) sim ( x ) não

Peso habitual: Não sabe informar Peso atual: 86,6 % da perda: Não houve

Total Parcial de Pontos: 0

2. Dieta:

(1) Mudança da dieta ( ) sim ( x ) não

A mudança foi para

(1) ( ) dieta hipocalórica

(1) ( ) dieta pastosa hipocalórica

(2) ( ) dieta líquida há 15 dias ou infusão intravenosa > 5 dias

(3) ( ) jejum > 5 dias

(2) ( ) mudança persistente > 30 dias

Total Parcial de Pontos: 0

3. Sintomas Gastrintestinais (persistentes há pelo menos 2 semanas)

(1) ( ) disfagia e/ou odinofagia

(1) ( ) náuseas

(1) ( ) vômitos

(2) ( ) anorexia/distensão abdominal/dor abdominal

Total parcial de Pontos: 0

4. Capacidade funcional física (há pelo menos 3 semanas)

(1) ( ) abaixo do normal

(2) ( ) acamado

Total Parcial de Pontos

5. Diagnóstico

(1) ( ) baixo estresse

(2) ( ) moderado estresse

(3) (x) alto estresse

Total Parcial de Pontos: 1

B. Exame Físico:

( ) perda de gordura subcutânea (tríceps, tórax) ( 0 ) normal

( ) músculo estriado (+1) levemente depletado

( ) edema sacral (+2) gravemente depletado

( ) ascite

( ) edema de tornozelo

Total Parcial de Pontos: 0

Total de Pontos (somatória das parciais):

C. Categoria da ANSG

Bem Nutrido ( x ) 1 – 17 pontos

Desnutrido Moderado ( ) 17 – 22 pontos

Desnutrido Grave ( ) > 22 pontos

110

12.2 - Cálculos da Dieta Leve para Diabetes Hipossódica.

111

112

113

114

12.3 - Cálculos da Dieta sem Resíduo para Diabetes Hipossódica.

115

116

117

118

12.4 - Cálculos da Dieta Geral para Diabetes Hipossódica

119

120

121

122

12.5 - Cálculos da Dieta Geral para Diabetes Hipossódica

123

124

125

126

13 - ORIENTAÇÕES DE ALTA

13.1 - Dieta para Diabetes

Alimentos Permitidos:

Carnes magras (boi,frango sem pele, peixe);

Frutas em geral exceto abacate e coco;

Óleo de origem vegetal (soja, milho e margarina, com moderação;

Pudins, geléias, dietéticas e adoçantes;

Verduras em geral e em quantidades liberadas (folhas em geral: cruas e temperadas

com vinagre ou limão;

Legumes em geral (exceto os controlados).

Alimentos Proibidos:

Doces em geral: tortas, caramelos, bolos, balas, refrigerantes;

Açucares, mel melado, rapadura, açucar mascavo, e alimentos que os contenham;

Biscoitos doces, recheados e amanteigados;

Frutas: abacates e coc;

Carnes gordas(porco, pato, vitela, bacon);

Creme de leite, chantilly, leite de coco e preparações que os contenham;

Óleos de origem animal, banha e manteiga, toucinho.

Alimentos controlados:

Pão, bolacha, torrada;

Arroz, batata, mandioquinha, cará, inhame, farofa;

Macarrão e massa em geral;

Frituras em geral;

Leite integral – dar preferência para leite desnatado;

Legumes (cenoura, beterraba).

127

13.2 - Dieta Hipossódica

Alimentos Proibidos:

Embutidos (linguiça, salsicha, paio);

Alimentos conservados em salmoura, curados (bacalhau, bacon, carne seca);

Queijos salgados (provolona, prato, parmesão, mussarela);

Frios em geral (salame, mortadela, presunto, apresuntado);

Enlatados (sardinha, milho, ervilha, atum, palito);

Conservas (picles, azeitonas, cebolinhas, cogumelos);

Molho e condimentos industrializados (maionese, catchup, mostarda, molho inglês,

molho shoyo, molho de tomate);

Sopas industrializadas;

Patês prontos;

Alimentos salgados: (bolachas, salgadinhos, manteiga, margarina);

Babidas alcoólicas.

Controlar :

Ingestão de leite – máximo de 600ml dia (02 copos);

Ingestão de café – máximo de 100ml ao dia (02xicaras);

Utilizar somente 2 gramas de sal ao dia o que equivale a 1 colher de café rasas ao

dia;

Ingestão de pão francês – máximo de 1 unidade ou 02 fatias de pão de forma ao dia.

Recomendações nutricionais:

Preparar todos os alimentos sem sal, e acrescentar a quantidade recomendada no

prato já pronto;

Verificar sempre a composição dosalimentos pelo rotúlo, e não consumir os

alimentos que contenham sal na fórmula (manteiga sem sal, margarina sem sal,

bolacha sem sal);

Utilizar temperos como: cebola, cebolinha, limão, ervas, salsa;

Não fazer uso de bicarbonato de sódio;

Comer devagar e mastigar bam os alimentos;

Evitar ingerir líquidos durante as refeições principais.

(Hospital Pérola Byington)

128

13.3 - Recomendações Gerais:

Procurar fracionar a dieta fazendo no mínimo 4 refeições no dia, não ficar muito

tempo sem comer;

Obedecer as quantidades e hórarios das refeições;

Ingerir boa quantidade de alimentos ricos em fibras: couve, almeirão, brócoloes,

feijão, laranja com bagaço, mamão;

Utilizar adoçantes artificial em substituição ao açucar comum;

Tomar cuidados com os cahmados “alimentos dietéticos”, pois podem não ter açucar,

mas podem conter elevado valor calóricos;

Procurar tomar bastante líquidos durante o dia, dê preferência nos intervalos das

refeições;

Coma sempre devagar, mastigando os alimentos;

Exercício físico; andar, por exemplo (caminhadas de 1 hora por dia);Evitar cigarros e

bebidas alcoólicas.

(Hospital Pérola Byington)

129