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Estudo de Impacto Urbano Ambiental (EIUA) do Horto Bela Vista, Salvador, BA - Tomo 1 - Vol 1. - Caracterização do Empreendimento e Diagnóstico - Aspectos Físicos e Socioeconômicos

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ESTUDO DE IMPACTO URBANOAMBIENTAL (EIUA) DO EMPREENDIMENTO HORTO BELA VISTA, SALVADOR BAHIATOMO I, VOLUME 01 DIAGNSTICO DO MEIO AMBIENTE CONSTRUDO ASPECTOS FSICOS E SOCIOECONMICOS REVISO 00

Salvador, dezembro/2010

APRESENTAO A PLANARQ Planejamento Ambiental e Arquitetura Ltda., com sede na Av. Antnio Carlos Magalhes, 2573, Ed. Royal Trade, sala 1.301, Candeal, Salvador/Ba., apresenta a seguir o Estudo de Impacto UrbanoAmbiental (EIUA) do empreendimento Horto Bela Vista, localizado no Acesso Norte, s margens da BR-324, na Cidade de Salvador/Bahia. Este Estudo de Impacto UrbanoAmbiental objetiva atender ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado pelo Ministrio Pblico do Estado da Bahia (MPE) e a JHSF Salvador Empreendimentos e Incorporaes S/A (empresa empreendedora) em 21 de outubro de 2009; contemplar as trs etapas de implementao do empreendimento: (i) planejamento (pr-obra); (ii) implantao (obra) e (iii) operao; e foi conduzido em trs fases de execuo:

primeira fase diagnstico urbano-ambiental; segunda fase avaliao de impactos urbano-ambientais; terceira fase finalizao do Estudo e emisso do Relatrio Final.

Este relatrio tcnico (Tomo I) Diagnstico do Meio Ambiente Construdo apresenta os resultados da primeira fase do EIUA (levantamentos e estudos preliminares, caracterizao do empreendimento e diagnstico atual da rea de influncia) e foi organizado em dois volumes compreendendo:

Volume 01: contendo a caracterizao do empreendimento e o diagnstico dos aspectos fsicos e socioeconmicos, alm de outras informaes auxiliares e anexos; Volume 02: contendo o diagnstico dos aspectos urbanos e anexos.

Salvador, dezembro de 2010.

Estudo de Impacto UrbanoAmbiental (EIUA) RTP EIUA Diag t1v1 HBVR00 Pgina: i

EQUIPE TCNICANOME FUNO COORDENAO Ana Mota Magna Cordier Coordenao geral Eng Civil e Ambiental Coordenao geral/gerenciamento Arquiteta de contrato CARACTERIZAO DO EMPREENDIMENTO Responsvel pela interface Arquiteta empreendedor x equipe tcnica Apoio tcnico Estudante Arquitetura Apoio tcnico Estudante Arquitetura EQUIPE URBANOAMBIENTAL Responsvel pelos estudos de Arquiteto uso do solo, acessibilidade e equipamentos urbanos. Co-responsvel pelos estudos de Arquiteto uso do solo, acessibilidade e equipamentos urbanos. Responsvel pelos estudos fluxos Arquiteta trnsito e trfego Apoio tcnico ao desenvolvimento dos estudos fluxos trnsito e Arquiteta trfego Engenheiro Civil Responsvel pelos estudos de Mestre em Eng. infraestrutura. Ambiental Responsvel pelos estudos de Engenheiro Sanitarista infraestrutura. Responsvel pelos estudos Arquiteta valorizao imobiliria. Responsvel pela anlise de rudos Responsvel pelos estudos de iluminao e ventilao. Responsvel pelos estudos de iluminao e ventilao. EQUIPE SOCIOECONMICA Paulo Gonzalez Responsvel pelos estudos dos aspectos scio econmicos Responsvel pelos levantamentos de campo relativos aos estudos dos aspectos econmicos. Responsvel pelos estudos dos aspectos sociais. Economista Tcnico habilitado em demografia Assistente Social CORECON-Ba 1.899 CRESS-5a Regio/Ba267 Eng Qumica Arquiteta Arquiteta CREA/BA 15.841-D CREA/Ba 16.403 D FORMAO CONSELHO REGIONAL

Silvana Moraes Carlzi Mattos Catarina Martins

CREA/BA 36.171 D -

Armando Branco

CREA/BA 2.297 D

Roberto Cortizo Cristina Aragon Fernanda Fernandes

CREA/BA 2.166 D CREA/Ba 9.803 D CREA/Ba 61.612 D CREA/Ba 34.963-D

Ivan Euler Glauco Cayres Ilce Carvalho Fundao Jos Silveira GESMA Lvia Souza Mrcia Rebouas Griselda Klppel

CREA/Ba 29.839-D CREA/BA 9.560-D CREA/BA 48.300 D CREA/Ba 17736-D CREA/Ba 12091D

Sergio Pacheco

Dulce Burgos

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PRINCIPAIS SIGLAS E ABREVIATURAS rea de Influncia Indireta rea de Vizinhana Banco Interamericano de Desenvolvimento Banco Internacional para a Reconstruo e o Desenvolvimento (Banco Mundial) COELBA Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia CONDER Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia CREA Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia EIUA Estudo de Impacto Urbano Ambiental EIV Estudo de Impacto de Vizinhana EMBASA Empresa Baiana de guas e Saneamento S/A HBV Horto Bela Vista IAB Instituto de Arquitetos do Brasil IMA Instituto do Meio Ambiente IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica PDDU Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano PMS Prefeitura Municipal de Salvador PNUD Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento RMS Regio Metropolitana de Salvador SEDES Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate Pobreza SEPLAM Secretaria Municipal do Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente SEPLAN Secretaria do Planejamento (Estado da Bahia) SESP Secretaria Municipal de Servios Pblicos SICAR Sistema Cartogrfico da Regio Metropolitana de Salvador SIMM Servio Municipal de Intermediao de Mo-de-Obra SINEBAHIA/SETRE Servio de Intermediao para o Trabalho / Secretaria do trabalho, Emprego, Renda e Esporte SUCOM Superintendncia do Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Municpio UFBA Universidade Federal da Bahia AII AV BID BIRD

Estudo de Impacto UrbanoAmbiental (EIUA) RTP EIUA Diag t1v1 HBVR00 Pgina: iii

SUMRIO GERAL Tomo I: Diagnstico do Meio Ambiente Construdo 1. 2. 2.1 2.2 3. 3.1 3.2 3.3 4. 5. 5.1 5.2 6. 6.1 6.1.1 6.1.2 6.1.3 6.2 6.2.1 6.2.2 6.3 6.3.1 6.3.2 6.3.3 6.3.4 6.3.5 7. INTRODUO LEGISLAO PERTINENTE MBITO FEDERAL MBITO MUNICIPAL METODOLOGIA PRINCIPAIS ATIVIDADES DA PRIMEIRA ETAPA DO ESTUDO PRINCIPAIS ATIVIDADES DA SEGUNDA ETAPA DO ESTUDO PRINCIPAIS ATIVIDADES DA TERCEIRA ETAPA DO ESTUDO REAS DE ABRANGNCIA DO ESTUDO CARACTERIZAO DO EMPREENDIMENTO CONTEXTO DO PROJETO DESCRIO DO EMPREENDIMENTO DIAGNSTICO DO MEIO AMBIENTE CONSTRUDO ASPECTOS FSICOS Ventilao e Insolejamento Rudo Ambiental Qualidade do Ar ASPECTOS SCIOECONMICOS Aspectos Econmicos e Sociodemogrficos A Organizao e Participao da Comunidade ASPECTOS URBANOS Uso do Solo Paisagem Urbana Infraestrutura Urbana Transporte e Mobilidade Urbana Valorizao Imobiliria REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 1 6 6 7 8 8 13 13 14 16 16 26 55 55 55 93 107 115 115 227 281 281 380 416 463 514 525

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SUMRIO VOLUME 01

1. 2. 2.1 2.2 3. 3.1 3.1.1 3.1.2 3.1.3 3.1.4 3.1.5 3.1.6 3.2 3.3 4. 5. 5.1 5.1.1 5.1.2 5.1.3 5.2 5.2.1 5.2.2 5.2.3

INTRODUO ........................................................................................................... 1 LEGISLAO PERTINENTE ................................................................................. 6 MBITO FEDERAL .................................................................................................... 6 MBITO MUNICIPAL ................................................................................................ 7 METODOLOGIA ....................................................................................................... 8 PRINCIPAIS ATIVIDADES DA PRIMEIRA ETAPA DO ESTUDO ......................... 8 Visitas de Reconhecimento ......................................................................................... 9 Levantamento de Dados Secundrios........................................................................ 9 Entrevistas Qualitativas Semi-estruturadas ........................................................... 10 Aplicao de Questionrios Domiciliares................................................................ 10 Reunies Tcnicas ..................................................................................................... 12 Elaborao de Relatrios Tcnicos .......................................................................... 13 PRINCIPAIS ATIVIDADES DA SEGUNDA ETAPA DO ESTUDO ....................... 13 PRINCIPAIS ATIVIDADES DA TERCEIRA ETAPA DO ESTUDO ...................... 13 REAS DE ABRANGNCIA DO ESTUDO .......................................................... 14 CARACTERIZAO DO EMPREENDIMENTO ............................................... 16 CONTEXTO DO PROJETO ...................................................................................... 16 Identificao do Empreendedor............................................................................... 16 Caracterizao Geral do Empreendimento ............................................................ 16 Infraestruturas Comuns ........................................................................................... 21 DESCRIO DO EMPREENDIMENTO ................................................................. 26 Justificativa ................................................................................................................ 26 Objetivos .................................................................................................................... 28 Mapa de Situao do Empreendimento ................................................................. 29Estudo de Impacto UrbanoAmbiental (EIUA) RTP EIUA Diag t1v1 HBVR00 Pgina: v

5.2.4 5.2.5 5.2.6

Parmetros Urbansticos .......................................................................................... 31 Projeto Arquitetnico do Empreendimento ........................................................... 36 Quadro Estatstico da Distribuio de reas do Projeto ...................................... 36

5.2.7 Projeto(s) de Eco-eficincia e Conceitos de Sustentabilidade Ambiental incorporados ao Empreendimento ........................................................................................ 38 5.2.8 Dados referentes a qualificao e dimenso das reas a serem submetidas a supresso vegetal .................................................................................................................... 47 6. 6.1 6.1.1 6.1.2 6.1.3 6.2 6.2.1 6.2.2 DIAGNSTICO DO MEIO AMBIENTE CONSTRUDO ................................... 55 ASPECTOS FSICOS ................................................................................................. 55 Ventilao e Insolejamento....................................................................................... 55 Rudo Ambiental ....................................................................................................... 93 Qualidade do Ar ...................................................................................................... 107 ASPECTOS SCIOECONMICOS........................................................................ 115 Aspectos Econmicos e Sociodemogrficos .......................................................... 115 A Organizao e Participao da Comunidade.................................................... 227

ANEXOS Anexo 1-01: Termo de Referncia (TR) Ministrio Pblico Estadual (MPE) Anexo 1-02: ARTs da Equipe Tcnica Anexo 3.1.3-01: Modelo de Entrevista Qualitativa Semi-estruturada Anexo 3.1.4-01: Modelo do Questionrio Domiciliar Anexo 5.2.5-01: Planta Amembramento das reas Anexo 5.2.5-02: Poligonais das reas Pblicas de Lazer e Institucionais Anexo 5.2.5-03: Planta de situao Anexo 6.1.2-01: Certificado Aparelho de Medio Audiodosmetro / Decibelmetro Anexo 6.2.2-01: Correspondncia para Apresentao do Horto Bela Vista Anexo 6.2.2-02: Correspondncia Informando Desmonte de Rochas Anexo 6.2.2-03: Lista de Presena em Audincia Pblica Anexo 6.2.2-04: Ata de Audincia Pblica

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SUMRIO DE ILUSTRAES DO VOLUME 01Figura 1-01: O Horto Bela Vista na Cidade de Salvador................................................................................ 5 Figura 4-01: reas de Abrangncia do EIUA ................................................................................................. 15 Figura 5.1.2-01: Masterplan do HBV ............................................................................................................... 17 Figura 5.1.2-02: Faseamento da Construo das Edificaes.................................................................... 20 Figura 5.1.3-01: Esquema de Esgoto.............................................................................................................. 22 Figura 5.1.3-02: Faseamento de execuo do sistema virio ..................................................................... 25 Figura 5.2.3-01: Situao e Localizao do HBV .......................................................................................... 30 Figura 5.2.7-01: Planta esquemtica para os jardins das lajes do pavimento trreo para os Condomnios C3/C4........................................................................................................................................... 41 Figura 5.2.7-02: Planta esquemtica para os jardins das lajes do pavimento trreo Condomnio C5 ............................................................................................................................................................................... 41 Figura 5.2.7 - 03: Caminho de Coleta de Lixo Reciclvel .......................................................................... 44 Figura 5.2.7-04: Localizao do acesso para o Condomnio C 4 ............................................................... 45 Figura 5.2.7-05: Localizao do acesso para o Condomnio C 5 ............................................................... 45 Figura 6.1.1-01: Diviso Geomorfolgica de Salvador ................................................................................. 63 Figura 6.1.1-02: Localizao do Empreendimento e bairros vizinhos........................................................ 64 Figura 6.1.1-03: Mapa isomtrico (esquerda) mostrando topos aplanados da parte alta da bacia, e vales em forma de U nas partes baixas; e mapa das declividades no local (direita) ............................ 64 Figura 6.1.1-04: Planta geral do Empreendimento........................................................................................ 66 Figura 6.1.1-05: Sombras projetadas no plano horizontal solstcio de inverno s 9h.............................. 68 Figura 6.1.1-06: Sombras projetadas no plano vertical solstcio de inverno s 9h .................................. 68 Figura 6.1.1-07: Sombras projetadas no plano horizontal solstcio de inverno s 12h ........................... 69 Figura 6.1.1-08: Sombras projetadas no plano vertical no solstcio de inverno s 12h........................... 69 Figura 6.1.1-09: Sombras projetadas no plano horizontal solstcio de inverno s 15h ........................... 70 Figura 6.1.1-10: Sombras projetadas no plano vertical no solstcio de inverno s 15h........................... 70 Figura 6.1.1-11: Sombras projetadas no plano horizontal nos equincios s 9h ..................................... 71 Figura 6.1.1-12: Sombras projetadas no plano vertical nos equincios s 9h.......................................... 71 Figura 6.1.1-13: Sombras projetadas no plano horizontal nos equincios s 12h ................................... 72 Figura 6.1.1-14: Sombras projetadas no plano vertical nos equincios s 12h........................................ 72 Figura 6.1.1-15: Sombras projetadas no plano horizontal nos equincios s 15h ................................... 73 Figura 6.1.1-16: Sombras projetadas no plano vertical nos equincios s 15h........................................ 73 Figura 6.1.1-17: Sombras projetadas no plano horizontal no solstcio de vero s 9h ........................... 74 Figura 6.1.1-18: Sombras projetadas no plano vertical no solstcio de vero s 9h................................ 74 Figura 6.1.1-19: Sombras projetadas no plano horizontal solstcio de vero s 12h............................... 75 Figura 6.1.1-20: Sombras projetadas no plano vertical no solstcio de vero s 12h.............................. 75 Figura 6.1.1-21: Sombras projetadas no plano horizontal solstcio de vero s 15h............................... 76 Figura 6.1.1-22: Sombras projetadas no plano vertical no solstcio de vero s 15h.............................. 76Estudo de Impacto UrbanoAmbiental (EIUA) RTP EIUA Diag t1v1 HBVR00 Pgina: vii

Figura 6.1.1-23: Sombras projetadas no plano horizontal no solstcio de inverno s 8h ........................ 77 Figura 6.1.1-24: Sombras projetadas no plano horizontal no solstcio de inverno s 16h...................... 77 Figura 6.1.1-25: Sombras projetadas no plano horizontal nos equincios s 8h ..................................... 78 Figura 6.1.1-26: Sombras projetadas no plano horizontal nos equincios s 16h ................................... 78 Figura 6.1.1-27: Sombras projetadas no plano horizontal no vero s 8h ................................................ 79 Figura 6.1.1-28: Sombras projetadas no plano horizontal no vero s 16h .............................................. 79 Figura 6.1.1-29: Comportamento do vento ao redor de um edifcio visto em planta e em corte............ 83 Figura 6.1.1-30: Vista das direes dos ventos predominantes sobre o local do Empreendimento Horto Bela Vista .................................................................................................................................................. 84 Figura 6.1.1-31: Planta geral do Empreendimento com sombras de vento na direo SE .................... 85 Figura 6.1.1-32: Planta geral do Empreendimento com sombras de vento na direo L ....................... 85 Figura 6.1.1-33: Planta geral do Empreendimento com sombras de vento na direo NE .................... 86 Figura 6.1.1-34: Exemplo da configurao da sombra de vento SE em elevao causada por uma das torres e pelo shopping do Empreendimento Horto Bela Vista..................................................................... 86 Figura 6.1.1-35: Sombra de vento SE, L e NE causada pela volumetria do Shopping Bela Vista ........ 87 Figura 6.1.1-36: Sombras de vento SE, L e NE causadas pelas torres 1, 2, 3 e 4 .................................. 88 Figura 6.1.1-37: Sombras de ventos SE, L e NE das torres 5, 6, 7, 8, 9 e 10 .......................................... 89 Figura 6.1.1-38: Sombras de vento SE, L e NE provocadas pelas torres 11 e 12................................... 89 Figura 6.1.1-39: Sombras de vento SE, L e NE provocadas pelas torres 13, 14 e 15 ............................ 90 Figura 6.1.1-40: Sombras de ventos SE, L e NE provocadas pelas torres 16, 17, 18 e 19.................... 91 Figura 6.1.1-41: Sombras de vento SE e L causadas pelas torres A, B, C e D........................................ 92 Figura 6.1.1-42: Poligonal da rea de influncia dos impactos de insolejamento e ventilao.............. 93 Figura 6.1.2-01: Pontos de Monitoramento (01 a 20) ................................................................................... 96 Figura 6.1.2-02: Pontos onde o nvel de rudo encontra-se acima do Limite de Tolerncia estabelecido (08 e 20)............................................................................................................................................................. 104 Figura 6.2.1-01: Setores Censitrios da rea de Vizinhana Aspectos Econmicos e Sociodemogrficos ........................................................................................................................................... 117 Figura 6.2.1-02: Setores Censitrios da rea de Comparao delimitada para Estudo....................... 120 Figura 6.2.1-03: reas de Estudo Aspectos Econmicos e Sociodemogrficos................................. 123 Figura 6.2.1-04: Principais Atividades Econmicas na rea de Vizinhana ........................................... 164 Figura 6.2.1-05: Regies Administrativas do Municpio Lei N 7.400/2008 ......................................... 168 Figura 6.2.1-06: UDHs Cabula/Pernambus-Resgate, Jardim Braslia e a rea de Influcia Indireta do Estudo........................................................................................................................................................... 175 Figura 6.2.1-07: Equipamentos Comunitrios na rea de Vizinhana..................................................... 204 Figura 6.2.1-08: Situao Atual de reas Institucionais na rea de Vizinhana .................................... 206 Figura 6.2.2-01: reas de Estudo Organizao e Participao da Comunidade ................................ 229 Figura 6.2.2-02: Instituies Contatadas na rea de Influncia do HBV ................................................. 248 Figura 6.2.2-03: As ZEIS Saramandaia e Pernambus ............................................................................. 257 Figura 6.2.2-04: rea da Pesquisa Domiciliar.............................................................................................. 268

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1. INTRODUO A combinao entre o acelerado processo de urbanizao da sociedade brasileira a partir da segunda metade do sculo passado (hoje cerca de 82% da populao brasileira moram nas cidades) e a estabilizao da economia a partir da primeira metade da dcada de 90 com o Plano Real que vem possibilitando o acesso a bens de consumo pelo aumento do poder aquisitivo da populao representa um importante estmulo dinmica econmica. Entre outras coisas, isto significa um incremento na demanda por servios pblicos que, na grande maioria das vezes, as administraes municipais no conseguem atender segundo o Ministrio das Cidades atualmente 6,6 milhes de famlias no possuem moradia, 11% dos domiclios urbanos no tm acesso ao sistema de abastecimento de gua potvel e quase 50% no esto ligados s redes coletoras de esgotamento sanitrio. A recente consolidao de Salvador como importante metrpole, decorre, um pouco mais remotamente, do processo de industrializao de sua Regio Metropolitana e, nos ltimos anos, da melhora das condies econmicas gerais do pas. Esse dinamismo socioeconmico implica em uma maior demanda por infraestrutura urbana e poder ser observado atravs de dois importantes indicadores que sero direta ou indiretamente analisados neste Estudo: investimentos na expanso imobiliria e a crescente prioridade conferida ao transporte individual em detrimento do coletivo com um aumento substancial da frota de veculos. Nesse processo de urbanizao, os espaos urbanos desempenham importante papel na construo da riqueza, na insero global, na proteo dos aspectos da ecologia humana no tocante configurao equilibrada dos ambientes naturais, econmicos e culturais. Dessa forma, suas transformaes acompanham as transformaes das sociedades. Significa dizer que devido a um grande conjunto de fatores, determinados espaos do territrio sofrem alterao de funes urbanas e sua participao na configurao das cidades modificada. A dinmica dos espaos urbanos tem exigido do Poder Pblico o estabelecimento de polticas e aes para a gesto democrtica das cidades. Neste sentido o princpio do impacto de vizinhana vai ao encontro da necessria promoo do convvio social harmonioso, pois passa a contribuir para a conceituao da utilizao legtima da propriedade urbana e seus reflexos na infraestrutura instalada (sistemas de abastecimento de gua, esgoto, gs, telefonia, energia

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eltrica, virio, transportes pblicos, equipamentos comunitrios, entre outros), uso e ocupao do solo e qualidade de vida das comunidades no entorno a vizinhana. Estabelecida formalmente a partir da promulgao da Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001, a avaliao de impacto de vizinhana j era aplicada em vrias cidades brasileiras (So Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Campo Grande, entre outras) para empreendimentos de porte, que se traduzissem como plos geradores de trfego, impactassem o meio ambiente, ou, at mesmo, devido a presso de moradores das redondezas de futuros empreendimentos.. O Estatuto da Cidade regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituio da Repblica e, entre outras providncias, estabelece as diretrizes gerais da poltica urbana, contendo "normas de ordem pblica e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurana e do bem-estar dos cidados, bem como do equilbrio ambiental", e, define, como instrumentos da poltica urbana, entre outros, o estudo prvio de impacto ambiental (EIA) e o estudo prvio de impacto de vizinhana (EIV). O EIV , portanto, um documento de anlise urbanstica e ambiental de mbito municipal e se destina a empreendimentos habitacionais, institucionais ou comerciais de impacto no meio ambiente construdo (grifo do Estudo) e aborda tpicos corriqueiros em qualquer estudo de planejamento urbano, como trfego de veculos, infra-estrutura, produo de rudos, equipamentos, entre outros. (MPF, 2008). O empreendimento objeto deste Estudo de Impacto Urbano-Ambiental o Horto Bela Vista compreende 19 torres residenciais; 4 torres comerciais; um shopping center; escola e clube privativos, e localiza-se em zona estratgica de Salvador o Miolo da Cidade circundada por importantes vias Acesso Norte (BA-324), Av. Luiz Vianna Filho (Paralela), Av. Antnio Carlos Magalhes e a Av. Lus Eduardo Magalhes , na regio dos bairros Cabula e Pernambus (vide Figura 1-01 a seguir), objeto atualmente de importantes investimentos na infraestrutura viria da Cidade com a implantao da via Porturia e de um dos terminais da primeira linha do metr. Tais investimentos na infraestrutura viria e as transformaes urbanas de Salvador que tm provocado profundas alteraes na sua configurao e organizao espacial com oEstudo de Impacto UrbanoAmbiental (EIUA) RTP EIUA Diag t1v1 HBVR00 Pgina: 2

deslocamento das atividades de comrcio e servios (pblicos e privados) do Centro Tradicional para o Centro Administrativo e Centro Camaragibe nas quatro ltimas dcadas, demandaram o estabelecimento de um novo centro comercial pelo Plano Diretor de 2004, ratificado na reviso de 2007 o Centro Municipal do Retiro-Acesso Norte, no qual o empreendimento em anlise tambm se localiza (vide Figura 1-01 a seguir). Este Estudo objetiva atender s recomendaes do Estatuto das Cidades, seja atravs da utilizao da avaliao urbano-ambiental do empreendimento seja atravs da participao das comunidades de vizinhana nesse processo de avaliao e seus conseqentes desdobramentos. A avaliao urbano-ambiental do Horto Bela Vista, objeto deste relatrio, tem o objetivo de analisar as alteraes resultantes de sua implantao e operao, nos principais aspectos do meio ambiente construdo:

o adensamento populacional; os equipamentos urbanos e comunitrios 1 ; o uso e ocupao do solo; a valorizao imobiliria; a gerao de trfego, a demanda por transporte pblico; a ventilao e iluminao; o nvel de rudos; a paisagem urbana e o patrimnio natural.

Observa-se ainda que o empreendimento Horto Bela Vista foi objeto de estudos e avaliao ambientais que resultaram na Licena Ambiental (Resoluo COMAM 2 no 018/2009, de 07/08/2009, publicada no Dirio Oficial do Municpio em 17/08/2009) e na Autorizao de Supresso da Vegetao (Portaria IMA 3 no 11.445/2009, publicada no Dirio Oficial do Estado em 28/08/2009), os quais tiveram como principais focos os aspectos relacionados a seguir:

1

Segundo a Lei Federal n 6.766/1979, que dispe sobre o parcelamento do solo urbano, consideram-se comunitrios os equipamentos pblicos de educao, cultura, sade, lazer e similares, e, urbanos os equipamentos pblicos de abastecimento de gua, servios de esgotos, energia eltrica,coletas de guas pluviais, rede telefnica e gs canalizado. 2 COMAM: Conselho Municipal do Meio Ambiente de Salvador. 3 IMA: Instituto do Meio Ambiente do Estado da Bahia. Estudo de Impacto UrbanoAmbiental (EIUA) RTP EIUA Diag t1v1 HBVR00 Pgina: 3

o

os recursos hdricos e a qualidade das guas; os solos e as condies geotcnicas; a morfologia do relevo; a flora e fauna terrestres; a qualidade ecolgica.

Este Estudo de Impacto Urbano-Ambiental (EIUA) busca atender s diretrizes estabelecidas no Estatuto das Cidades e ao Termo de Referncia (TR) vide Anexo 1-01 parte integrante do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministrio Pblico Estadual (MPE) e o empreendedor JHSF Salvador Empreendimentos e Incorporaes S.A., em 21 de outubro de 2009.

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552200

555800

557000

558200

559400

553400

8562400

551000

554600

560600

561800

8571200

REGIO METROPOLITANA DE SALVADOR

BAHIA

8570000

BRASIL85688008568800

BAA DE TODOS OS SANTOS

9 09 AB

CENTRO MUNICIPAL RETIRO-ACESSO NORTE8567600

8567600

8566400

Base Naval de Aratu4

6

HORTO BELA VISTA

7

Baa de Todos os Santos

528

324 526

LAURO DE FREITAS2

11

8565200

Monte Serrat

15

CENTRO TRADICIONAL8564000

IGUATEMI

HORTO BELA VISTA21

Aeroporto Internacional Dep. Luis Eduardo Magalhes

Itapu

Barra

Oceano Atlntico

REGIO METROPOLITANA DE SALVADOR8562800Poligonal da rea do Empreendimento Poligonal do Centro Municipal Retiro-Acesso Norte Poligonal do Centro Tradicional de Salvador

8561600

BARRAOCEANO ATLNTICO8560400

ESTUDO DE IMPACTO URBANOAMBIENTALEMPREENDIMENTO HORTO BELA VISTATEMA: FIG.:

8559200

1-01Escala:0 400

IntroduoPRANCHA:

O Horto Bela Vista na Cidade de SalvadorFonte: Imagem Google - Consultado em: MAR /2010800 1200m

2. LEGISLAO PERTINENTE 2.1 MBITO FEDERAL Lei Federal n 10.257 de 10 de junho de 2001 Estatuto da Cidade: regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituio Federal estabelece diretrizes gerais da poltica urbana e d outras providncias. Lei Federal n 10.098 de 19 de dezembro de 2000: estabelece normas gerais e critrios bsicos para a promoo da acessibilidade das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, e d outras providncias. Lei Federal n 9.503 de 23 de setembro de 1997, promulgada pelo Congresso Nacional: instituiu o Cdigo de Trnsito Brasileiro, sancionada pela Presidncia da Repblica, entrando em vigor em 22 de janeiro de 1998, estabelecendo, logo em seu artigo primeiro, aquela que seria a maior de suas diretrizes, qual seja, a de que o trnsito seguro um direito de todos e um dever dos rgos e entidades do Sistema Nacional de Trnsito. Lei Federal n 6.766 de 19 de dezembro de 1979: dispe sobre o parcelamento do solo urbano. Decreto Federal n 5.296 de 2 de dezembro de 2004: regulamenta a Lei Federal n 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critrios bsicos para a promoo da acessibilidade das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, e d outras providncias. Resoluo CONAMA n 001, de 23 de janeiro de 1986: estabelece as definies, as responsabilidades, os critrios bsicos e as diretrizes gerais para uso e implementao da Avaliao de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Poltica Nacional do Meio Ambiente.

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2.2

MBITO MUNICIPAL

Lei Municipal n 7.400/2008 de 20 de fevereiro de 2008: dispe sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Municpio do Salvador PDDU 2007 e d outras providncias. Lei Municipal n 5.909 de 26/01/01 altera a Lei 5.354/1984 Lei Municipal n 5.354 de 28 de janeiro de 1998: dispe sobre sons urbanos, fixa nveis e horrios em que ser permitido sua emisso e cria a Licena para Utilizao Sonora. Lei Municipal n 3.377, de 23 de julho de 1984: dispe sobre o Ordenamento do Uso e Ocupao do Solo no Municpio do Salvador. Lei Municipal n 3.289/ 1983 de 21 de setembro de 1983: modifica o Captulo II da Lei n 2.403/1972, o antigo Cdigo de Urbanismo que antecedeu a Lei n 3.377/1984, a Lei de Ordenamento do Uso e Ocupao do Solo, LOUOS. Decreto n 7.374 de 28 de agosto de 1985: reclassifica como rea arborizada a rea no edificavel no. 30 discriminada e delimitada conforme os Decretos no. 4524/73 e 4.756/75 e integrante do Sistema de reas Verdes do Municpio. Decreto no. 4.756 de 13 de maro de 1975. delimita reas incorporadas ao Sistema de reas Verdes do Municpio.

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3. METODOLOGIA

A metodologia utilizada neste Estudo tem como referncia as avaliaes de impactos ambientais realizadas pela PLANARQ para subsidiar os rgos licenciadores nos processos de autorizaes e licenciamentos de diferentes empreendimentos durante os ltimos 20 (vinte) anos. De forma geral buscar-se- atravs do conhecimento (diagnstico) da dinmica atual das reas de estudo prever as alteraes (impactos) provocadas pelas principais atividades/aes para a implantao e operao do empreendimento, definindo-se uma srie de medidas capazes de melhor qualificar a possvel implementao do mesmo. O processo de elaborao da avaliao urbano-ambiental do Horto Bela Vista envolver trs etapas de execuo, que se correlacionam para a obteno do produto final e objetivo deste trabalho: avaliar o empreendimento proposto no meio ambiente construdo sob as ticas urbano-ambiental, social e econmica prevendo as principais alteraes resultantes das suas fases de planejamento, construo e operao, indicando um conjunto de medidas para uma melhor adequao do mesmo suas reas de vizinhana. A primeira etapa, cujos resultados esto apresentados neste Tomo I, compreendeu desde os levantamentos de dados bibliogrficos at a sistematizao de um diagnstico da situao atual dos principais aspectos urbano-ambientais das reas de estudo. A segunda etapa retratar a avaliao dos impactos, as medidas e programas urbano-ambientais, e, a terceira etapa a emisso final do EIUA, com eventuais revises e complementaes decorrentes da segunda audincia pblica para apresentao dos resultados comunidade. 3.1 PRINCIPAIS ATIVIDADES DA PRIMEIRA ETAPA DO ESTUDO

O diagnstico do meio ambiental construdo o resultado da consolidao e anlise de dados primrios e secundrios levantados, delineando um perfil da rea estudada, a partir do conhecimento da interao e da dinmica dos principais componentes do meio ambiente construdo. Neste Tomo I, alm do diagnstico, apresentada uma caracterizao do empreendimento que inclui a descrio de sua localizao e principais caractersticas.

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Para o desenvolvimento do Diagnstico foram realizadas as seguintes atividades: visitas de reconhecimento rea do Horto Bela Vista e suas reas de influncia vizinhanas e entorno; levantamentos de dados secundrios; entrevistas qualitativas com representantes de associaes e instituies com interesse na rea; aplicao de questionrios domiciliares; reunies tcnicas; elaborao de relatrios tcnicos. 3.1.1 Visitas de Reconhecimento

Essas visitas tiveram como principais objetivos o levantamento e coleta de informaes no campo. Inicialmente realizou-se uma primeira visita a rea do empreendimento da qual participaram todos os membros da equipe tcnica. Essa visita, realizada em 18/novembro/2009, teve como objetivo a apresentao do empreendimento pela JHSF e a visita em conjunto rea do empreendimento um primeiro exerccio para a interface das disciplinas envolvidas. Visitas subsequentes foram realizadas individualmente ou em grupos para os levantamentos especficos de cada disciplina envolvida. 3.1.2 Levantamento de Dados Secundrios

O levantamento de dados secundrios envolveu: levantamento de informaes especficas e estudos realizados nas reas de interesse; levantamento de estudos, dados tcnicos e informaes disponveis nos diversos rgos, entidades e concessionrias, com atuao na rea: Prefeitura Municipal de Salvador, IBGE, CONDER, COELBA, EMBASA, Bahia Gs, entre outros; fotografias areas disponveis; mapas existentes da rea de estudo ;etc.Estudo de Impacto UrbanoAmbiental (EIUA) RTP EIUA Diag t1v1 HBVR00 Pgina: 9

3.1.3

Entrevistas Qualitativas Semi-estruturadas

De forma a conhecer o nvel de organizao da vizinhana do empreendimento para mobilizla a participar deste Estudo e posteriormente da implantao e operao do Horto Bela Vista, foram realizadas entrevistas (vide modelo no Anexo 3.1.3-01) junto aos representantes de grupos, lideranas, movimentos comunitrios e instituies com presena ou atuao na regio de interesse. Os resultados dessas entrevistas encontram-se no Captulo 6.2.2 deste relatrio. 3.1.4 Aplicao de Questionrios Domiciliares

Paralelamente ao incio deste Estudo estavam em curso outros estudos e atividades previstos no licenciamento ambiental do Horto Bela Vista, dentre eles, o Programa de Educao Ambiental (PEA), que deveria aplicar questionrios domiciliares para levantamento de demandas locais. Estabeleceu-se ento uma parceria entre as duas equipes de maneira que foram introduzidas no questionrio questes de interesse deste Estudo. A aplicao do questionrio ficou sob a responsabilidade da equipe do PEA, e, a tabulao e o tratamento dos resultados foram assumidos pela PLANARQ. De forma geral o questionrio domiciliar foi estruturado para obter informaes sobre a identificao sobre o entrevistado; grau de associativismo; indicadores scio-econmicos e perfil familiar (membros da famlia, idade, sexo, escolaridade, ocupao); relao com o bairro; avaliao da oferta de servios pblicos e infraestrutura urbana; conhecimento sobre questes relativas a educao ambiental; meios de comunicao utilizados na regio, e nvel de informaes sobre a implantao do empreendimento Horto Bela Vista (expectativas e opinies) (vide modelo no Anexo 3.1.4-01). O tamanho da amostra foi estabelecido com intervalos de 80% de confiana e margem de erro de 5%, perfazendo um universo amostral de 151 questionrios aplicados (cerca de 10% das unidades domiciliares existentes na rea de influncia direta inicialmente definida no Termo de Referncia vide captulo 4 a seguir).

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A rea de aplicao dos questionrios domiciliares abrange oito setores censitrios, todos pertencentes ao sub-distrito de So Caetano, de acordo com o Quadro 3.1.4-01 e a Figura 3.1.4-01.Quadro 3.1.4-01: Amostragem por Setor CensitrioCdigo do Setor Censitrio 292740805220187 292740805220192 292740805220193 292740805220194 2927408052201954

N Total de Domiclios 354 136 134 138 192 233 135 217 1.539

N Entrevistas Realizadas 35 13 13 13 20 22 12 23 151

292740805220382 292740805220389 292740805220390 TotalFonte: Censo 2000 IBGE

4

Setor inserido parcialmente na rea de Influncia Direta Estudo de Impacto UrbanoAmbiental (EIUA) RTP EIUA Diag t1v1 HBVR00 Pgina: 11

Figura 3.1.4-01: rea de Aplicao dos Questionrios Domiciliares

3.1.5

Reunies Tcnicas

O exerccio da interdisciplinaridade exige uma constante troca de informaes e discusses entre as disciplinas envolvidas. Dessa forma a execuo deste Estudo vem buscando manter constante interao atravs da troca de informaes e reunies setoriais e gerais envolvendo todos os membros da equipe tcnica.Estudo de Impacto UrbanoAmbiental (EIUA) RTP EIUA Diag t1v1 HBVR00 Pgina: 12

A partir de 17/novembro/2009 quando foi realizada a primeira reunio geral, a equipe tcnica vem mantendo regulares contatos e reunies para a discusso dos resultados possibilitando a cooperao entre os especialistas para a consecuo do objetivo comum: uma avaliao criteriosa e imparcial dos impactos do empreendimento em foco. 3.1.6 Elaborao de Relatrios Tcnicos

Como resultado dos levantamentos e estudos foi gerado um diagnstico do meio ambiente construdo, considerando as principais caractersticas locais, que est estruturado e apresentado neste Relatrio. 3.2 PRINCIPAIS ATIVIDADES DA SEGUNDA ETAPA DO ESTUDO

A avaliao urbano-ambiental do empreendimento Horto bela Vista envolver as seguintes atividades: caracterizao das principais atividades e aes do empreendimento; caracterizao dos fatores urbano-ambientais; identificao, classificao e anlise dos impactos; e recomendaes e concluso.

3.3

PRINCIPAIS ATIVIDADES DA TERCEIRA ETAPA DO ESTUDO

A terceira etapa deste EIUA compreender: realizao de audincia pblica para apresentao dos resultados do Estudo comunidade; revises e complementaes; emisso do relatrio final.

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4. REAS DE ABRANGNCIA DO ESTUDO As reas de estudo foram definidas segundo critrios relacionados aos mltiplos segmentos de anlise (disciplinas) que integram o Estudo de Impacto UrbanoAmbiental (EIUA) do Empreendimento Horto Bela Vista e em consonncia com o Termo de Referncia (TR) estabelecido pelo Ministrio Pblico do Estado da Bahia. Para a elaborao deste Estudo foram definidos os seguintes conceitos: a) rea de interveno do empreendimento A rea de interveno representada pela rea total do empreendimento. Compreende toda a rea que ser urbanizada e onde sero construdas as torres comerciais e residenciais, o shopping center, a escola e o clube. b) rea de vizinhana (influncia direta) Foram consideradas como reas de vizinhana as reas que por suas caractersticas, so potencialmente aptas a sofrerem os impactos diretos decorrentes da implantao e operao do empreendimento. Devidos s caractersticas especficas de cada fator urbano-ambiental, as reas de vizinhana tiveram variaes de acordo com cada disciplina estudada nos captulos especficos esto apresentadas as reas de abrangncia de cada segmento. Dessa forma, a delimitao de vizinhana h de variar conforme o impacto avaliado. A ttulo de exemplo, gerao de trfego e produo de rudos necessariamente tm reas de alcance diferenciadas. (MPF, 2008). c) rea de influncia indireta rea definida alm dos limites de vizinhanas onde alguns impactos podero repercutir. Assim como as reas de vizinhana, essas reas so definidas (se couber) de forma especfica para cada disciplina estudada. De forma geral, as reas de abrangncia do EIUA esto representadas Figura 4-01 a seguir.Estudo de Impacto UrbanoAmbiental (EIUA) RTP EIUA Diag t1v1 HBVR00 Pgina: 14

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Legenda:rea do Empreendimento rea de Aplicao dos Questionrios Domiciliares rea de Vizinhana

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557000

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AII - rea de Influncia Indireta

ESTUDO DE IMPACTO URBANOAMBIENTAL EMPREENDIMENTO HORTO BELA VISTATEMA: PRANCHA: FIG.:

558800

559400

reas de Abrangncia do EstudoEscala:0 200 400 600m

reas de Abrangncia do EIUA

4-01

Fontes: Atlas do Desenvolvimento Humano da RMS, 2006 e Imagem Google - consultado MAR/2010.

560000

5. 5.1

CARACTERIZAO DO EMPREENDIMENTO CONTEXTO DO PROJETO

5.1.1 Identificao do Empreendedor Nome: Horto Bela Vista Razo Social: JHSF Salvador Empreendimentos e Incorporaes S. A. CNPJ: 09.389.814/0001-3 Localizao: Rua dos Rodovirios, no. 01, Cabula, Salvador/Bahia. Responsvel tcnico pelo empreendimento: Nilton Camargo Mendona Filho, CREA BA n 27.667/D. Av Prof. Magalhes Neto, n 651/501, Pituba, Salvador/Bahia, email: [email protected] Endereo do Empreendedor: Rua dos Rodovirios, no. 01, Cabula, Salvador/Bahia. 5.1.2 Caracterizao Geral do Empreendimento O Empreendimento Horto Bela Vista, trata-se de uma urbanizao integrada de uso misto (comercial, residencial e servios), em uma rea destinada ao empreendimento de 329.911,96 m2, uma rea til de 213.340,00m2 e, com uma rea construda de 1.050.314,20m2. Est inserido no grupo CS 7.2, zona Centro Municipal Retiro / Acesso Norte, localizado na Rua dos Rodovirios no bairro do Cabula, Acesso Norte, s margens da BR-324, na Cidade de Salvador/Bahia, vide Figura 5.1.2-01. O HBV que est situado na congruncia das principais avenidas da cidade do Salvador e interligada a uma estao de metr e terminal de nibus, composto por 19 (dezenove) edifcios residenciais com 32 a 34 pavimentos cada, distribudas em 7 (sete) glebas condominiais com grupo de edifcios identificadas por C1 a C7, totalizando 3.046 unidades residenciais e 6.100 (seis mil e cem) vagas, 3 (trs) edifcios comerciais com 1.280 unidades comerciais e 1 (um) hotel/flat com 448 unidades hoteleiras agrupadas em um nico grupo de edifcios totalizam 4.047 vagas de estacionamento, 1 (um) clube social privativo, 1 (uma) escola, 1 (um) parque e 1 (um) Shopping Center, que se destaca com sua ampla projeo horizontal predominante na rea.

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LG N A E ED:

560 570T MA E :

P lo a d E re d no og n l o mpe n i t i me

E T DEI ACT URBANOAMBINT E RE NDI NT HORT BE AVS A S UDO MP O E AL MP E ME O O L ITC rc r a aa t i o ez5 0 10 0M

560 590

570 530

570 510PAC A RN H:

Ma tr l s Pa e n

E cl 0 sa : a

O HBV totaliza uma rea construda de 1.050.314,20 m2 cabendo ao Shopping Center uma rea de 61.500,18 m2 de rea bruta locvel ABL (sem abater depsitos) com o total de 347 lojas e 4.200 vagas de estacionamento. O empreendimento ser implantado em 7 Etapas, vide Figura 5.1.2-02, com previso de implantao em oito anos, conforme descrito abaixo:

-

1 Etapa

Condomnio 4 contendo 3 torres residenciais, contendo 396 apartamentos, com tipologia de 100 m2, 120 m2 e 140 m2; Condomnio 5 contendo 2 torres residenciais, contendo 272 apartamentos, com tipologia de 120 m2 e 140 m2; e Shopping Center com rea construda de 196.210,57m e rea bruta locvel (ABL) de 61.500,18 m na 1 fase.

-

2 Etapa

Condomnio 1 contendo 2 torres residenciais, contendo 534 apartamentos com tipologia de 70 m2 e 80 m2; e Condomnio 2 contendo 2 torres residenciais, contendo 528 apartamentos, com tipologia de 70 m2 e 80 m2.

-

3 Etapa

Condomnio 6 contendo 3 torres residenciais, contendo 408 apartamentos, com tipologia de 120 m2, e 140 m2.

-

4 Etapa

Condomnio Comercial contendo 2 torres comerciais, contendo 1.152 salas comercias com rea privativa de 33,51m2, 35,25m2 e 37,23m2; Edifcio Comercial Corporativo contendo 1 torre comercial, contendo 128 salas comercias com rea privativa de 181,59 m, 185,74 m e 226,79m;Estudo de Impacto UrbanoAmbiental (EIUA) RTP EIUA Diag t1v1 HBVR00 Pgina: 18

Flat contendo 1 torre de residencial com servios, com 448 apartamentos, com rea privativa de 34,81 m, 35,51 m, 43,86 m e 53,96m; e Shopping Center expanso de 16 000 m na 2 Fase.

-

5 Etapa

Condomnio 7 contendo 4 torres residenciais, contendo 512 apartamentos, com tipologia de 140 m2, 170 m2 e 200 m2.

-

6 Etapa

Condomnio 3 contendo 3 torres residenciais, contendo 396 apartamentos, com tipologia de 100 m2 e 120 m2.

-

7 Etapa

Clube privativo dos condomnios residenciais com 14.405,07 m de rea privativa; e Previsto implantao de estabelecimento de ensino privado o qual est destinada a rea de 14.765,99 m.

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560 570E T OD SA E IT G A NE R O A ES N RE C SO O T T MA E :

E T DEI ACT URBANOAMBINT E RE NDI NT HORT BE AVS A S UDO MP O E AL MP E ME O O L ITC rc r a aa t i o ez5 0 10 0M

560 5903

570 530

PAC A RN H:

570 5103

P lo a d og n l o i E re d no mpe n i t me

F s a nod C n t o a e me t a o s u r d s di e a E i a s f c

E cl 0 sa : a

5.1.3 Infraestruturas Comuns As infraestruturas comuns sero constitudas por: reserva e distribuio de gua; coleta de resduos slidos e expurgo; estacionamentos; sistema virio; sistema de iluminao e comunicaes e utilidades (instalaes eltricas, lgica, telefonia e hidrulicas); esgoto e drenagem. Para o fornecimento de energia ser utilizada a rede existente na rea de interveno, sendo complementado e adequado para atendimento ao empreendimento. O Empreendimento est situado na rea de influncia do setor de abastecimento de gua do reservatrio R7-Cabula, ser, portanto abastecido pela LD com DN de 350mm que ser implantada na Rua dos Rodovirios. Esta rede abastecer 19 torres residenciais, 04 torres comerciais, 01 escola, 01 shopping e um clube. Toda a rede assentada ser cadastrada de acordo com as especificaes estabelecidas pelo setor de cadastro tcnico da EMBASA (georeferenciado de acordo com o sistema SICAR/CONDER coordenadas UTM). A rede s poder ser recebida, estando totalmente aprovada pela EMBASA. Para o esgotamento sanitrio, tendo em vista o partido urbanstico e as recomendaes da EMBASA o projeto ser composto de rede coletora tipo separador absoluto. A rede coletora foi carregada hidraulicamente com a vazo pontual das unidades residenciais e acrescida da vazo de infiltrao por trecho compreendido entre dois poos de visita.

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Figura 5.1.3-01: Esquema de EsgotoEstudo de Impacto Urbano-Ambiental (EIUA) RTP EIUA Diag t1v1 HBVR00 Pgina: 22

O projeto da drenagem do empreendimento previu conceitualmente o direcionamento das guas pluviais para o embaciamento ocorrente na rea do empreendimento e da transferidas para o rio Camarajibe, atravs dos bueiros existentes que atualmente j conduzem as guas pluviais da rea do empreendimento. O sistema de drenagem contemplar todos dispositivos necessrios para controle e direcionamento do fluxo das guas pluviais. Todos os pontos de descargas dgua no terreno natural devero receber proteo contra eroso. Existiro cuidados especiais no projeto e na execuo do mesmo, em relao ao sistema de drenagem natural, atravs da proteo dos taludes evitando eroso e/ou solapamento das estruturas. Ser utilizado o sistema de coleta e disposio de resduos (Aterro Metropolitano de Salvador) que j atende atualmente a rea onde o empreendimento se situar. Por ocasio da emisso do alvar de construo ser apresentado um PGRS Plano de Gerenciamento de Resduos Slidos, contemplando a gerao e manejo dos resduos da construo das torres residenciais e comerciais e do shopping. Antes do incio do funcionamento do shopping ser desenvolvido o PGRS dos resduos a serem gerados pela sua operao e no decorrer do tempo, novas diretrizes sero implantadas para aperfeioamento do plano. Incluem-se nessa classificao todos os resduos slidos gerados nas unidades de administrao, restaurante, almoxarifado e demais reas de uso comum. Eles compreendem na sua maioria, papis e embalagens, plsticos, metais e restos de alimentos. Os resduos domsticos, os resduos orgnicos sero coletados em contentores apropriados em cores padres definidos e a coleta seletiva consiste na separao, na prpria fonte geradora, dos componentes que podem ser recuperados, mediante um acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de componentes. O manejo e controle de resduos contaro com os seguintes princpios: a no gerao de resduos; a minimizao da gerao dos resduos; a reduo da quantidade de resduos enviados para o Aterro Metropolitano Centro (AMC) de Salvador. Em relao ao sistema virio, pode-se considerar que algumas das vias mais importantes dentro do sistema virio de Salvador, esto localizadas prximas ao empreendimento Estudo de Impacto Urbano-Ambiental (EIUA) RTP EIUA Diag t1v1 HBVR00 Pgina: 23

avenidas de vale como a Lus Eduardo Magalhes LEM, Lus Viana Filho Paralela, Antnio Carlos Magalhes ACM e ainda a rodovia BR 324. Outras importantes vias de cumeada como a Avenida Silveira Martins e a Rua Thomaz Gonzaga tambm fazem parte do sistema virio que sofrer influncia em relao a implantao do empreendimento. O projeto do virio interno foi concebido de forma a integrar-se completamente ao virio existente e com as novas intervenes, tais como: a Via Expressa Baa de Todos os Santos, em construo pelo Governo do Estado atravs da CONDER, com extenso de 4,3Km, que ligar a BR 324 ao Porto de Salvador, passando pela atual Rtula do Abacaxi e Av. Heitor Dias e o Sistema Metrovirio. Dada a complexidade e caractersticas destas vias, ser implantado um sistema de dispositivos de sinalizao, vertical e horizontal objetivando garantir condies de regulamentao de velocidade, orientao e informaes, capazes proporcionar ao usurio, a segurana requerida. As etapas de implantao do sistema virio integrante do empreendimento HBV esto espacializadas na Figura 5.1.3-02 apresentada a seguir.

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Figura 5.1.3-02: Faseamento de execuo do sistema virioEstudo de Impacto Urbano-Ambiental (EIUA) RTP EIUA Diag t1v1 HBVR00 Pgina: 25

5.2

DESCRIO DO EMPREENDIMENTO

5.2.1 Justificativa Conforme memorial descritivo fornecido pelo empreendedor o HBV prope desenvolver no novo centro urbano no municpio de Salvador Centro Municipal Retiro (CMR), nos termos definidos do novo PDDU expresso no objetivo de dinamizar e otimizar o uso da infraestrutura existente, um novo vetor de crescimento. A localizao privilegiada prxima a reas de Salvador com um grande dinamismo econmico com equipamentos geradores de renda e de grande fluxo de pessoas como Shopping Salvador (a 2,5km), Shopping Iguatemi (a 1,7 Km), Estao Rodoviria (a 1,3 Km) e a 6,0 Km do Centro Administrativo, e, posicionado na congruncia das principais avenidas da cidade e na principal entrada rodoviria da cidade, a proposta do empreendimento HVB incentiva uso residencial na regio e o estabelecimento da miscigenao de usos. Para a implantao deste empreendimento sero construdos diversos acessos pblicos, 69.847,62 m2 de vias pblicas, alm de 16.315,22 m2 de rea verde, e a doao de 30.409,12 m2 para reas institucionais (vide Anexo 5.2.5 -02). Outro Centro Municipal, o Camaragibe, iniciou seu desenvolvimento com a implantao do Iguatemi em 1975. A construo do maior hipermercado de Salvador em 1980 (Scheinowitz, 1998), prximo ao Iguatemi, veio reforar a centralidade comercial e de servios na rea, consolidada com a implantao de grandes equipamentos pblicos com a sede do DETRAN, Corpo de Bombeiros alm da Estao Rodoviria. A implantao de prdios de escritrios como o Centro Empresarial Iguatemi, o prdio inteligente Suarez, a sede do Desenbanco, entre outros empreendimentos na regio da Av. Tancredo Neves consolidaram definitivamente esta regio como o maior centro econmico da cidade. Estes aspectos importantes demonstram a necessidade de potencializar a capacidade econmica de uma rea que se tornou no apenas o centro econmico da cidade do Salvador, mas o novo centro geogrfico, de onde partem os principais eixos virios estruturadores do tecido urbano da cidade.

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Alm da proposta de desenvolvimento urbano e espacial, o empreendimento trar novas oportunidades de emprego e renda, e para a municipalidade uma arrecadao em torno de R$ 47.000.000,00 (quarenta e sete milhes) durante sua implantao e de aproximadamente R$ 27.000.000,00 (vinte e sete milhes/ano) durante operao do Shopping. Na implantao das diferentes etapas esto previstos a gerao em mdia de 440 novos empregos diretos mensais. Entende-se que novos empreendimentos numa cidade marcada por processos de urbanizao espontneos, so vlidos quando dinamizam a economia, integrando a cidade formal a cidade informal. Localizado numa rea de interface entre reas mais nobre da regio do Iguatemi, e da regio do miolo de Salvador, o equipamento em referncia dever integrar estes dois espaos constituindo-se numa alternativa de emprego e renda para trabalhadores da regio do miolo. Associado a isto, entende-se que alm dos aspectos econmicos e sociais, o empreendimento adotar critrios de sustentabilidade considerando os aspectos ambientais do territrio onde ser implantado, mitigando ao mximo os seus impactos sobre o ambiente biofsico.Como grande objetivo deste empreendimento est a preservao ambiental com a incorporao de uma rea verde de aproximadamente 15.000,00 (quinze mil) m2 onde sero plantadas diversas rvores. Empreendimentos deste tipo que associam aspectos habitacionais e comerciais apresentam caractersticas muito positivas para a economia de uma cidade. Segundo Gottschall (1998), citando dados da Gazeta Mercantil, os shopping centers brasileiros chegam a faturar 50% mais por metro quadrado que os empreendimentos similares nos Estados Unidos. As lojas de fast-food no pas faturam por m US$ 633, ante US$ 420 nos EUA, no segmento de vesturio de lojas de convenincia, os valores nacionais superam em 35,9% e 27,4%, respectivamente, os obtidos na Amrica do Norte. Estes dados indicam o lado positivo do negcio, em termos de rentabilidade. No caso dos shoppings centers, dados apresentados em Vasconcelos (2002), indicam os efeitos que estes empreendimentos trazem para a gerao de empregos na cidade. Segundo este autor, a implantao do Shopping Iguatemi, em 1975, induziu o dinamismo econmico de reas no seu entorno, criando um novo centro econmico, que em 1995 era responsvel por

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40.000 (quarenta mil) empregos nas suas vizinhanas, sendo que deste montante, 31.400 (trinta e um mil) eram no comrcio. A populao fixa de aproximadamente 20.000 (vinte mil) pessoas prevista para a plena operao do empreendimento e uma populao flutuante de aproximadamente 135.000 (cento e trinta e cinco) mil pessoas/dia circulando nos conjuntos comercias, shopping e escola. 5.2.2 Objetivos O empreendimento HBV localizado no Centro Municipal Retiro Acesso Norte foi planejado tendo por meta a implantao de projeto de urbanizao integrada de uso misto (comercial, residencial e servios), destinado a atender ao segmento de morar, trabalhar e atender necessidades de servios, compras e lazer. De acordo as disposies do PDDU 2004 e 2008 para o Centro Municipal Retiro (CMR), cujas reas em virtude da degradao e da sub utilizao da infraestrutura existente, so criados diretrizes, com a referida Lei ,de incentivos e potencializadoras de uma mudana de uso explicitadas no Art 174: Art. 174. So diretrizes para o Centro Municipal Retiro - Acesso Norte, CMR: I - estruturao da nova centralidade como espao multifuncional, mediante a requalificao urbanstica e a oferta de condies locacionais favorveis a atividade econmica e tambm ao uso residencial; II - elaborao de Plano Urbanstico que contemple os espaos vazios existentes, considerando a implantao dos corredores de transporte de passageiros de alta capacidade e a localizao das estaes Acesso Norte e Retiro, que devero atrair um grande nmero de pessoas para a rea; III - incentivo modificao dos padres de uso e ocupao do solo no local,ampliando o potencial construtivo dos terrenos, de modo a adequar o uso do espao s facilidades de infra-estrutura criadas pela implantao dos corredores de transporte;

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IV - melhoria das condies de acessibilidade, de circulao e estacionamento de veculos, qualificando os espaos para o usurio em geral, para os pedestres e pessoas com deficincia ou mobilidade reduzida, em especial. Alinhado as diretrizes do PDDU e inserido nas aes dos governos municipal e estadual para o desenvolvimento dessa regio, quando iniciou um importante conjunto de intervenes no sistema virio e de transportes, o empreendimento HBV, objetiva trazer o fortalecimento desse novo vetor de desenvolvimento - Centro Municipal Retiro, para o municpio de Salvador fomentando a implantao de novos empreendimentos no seu entorno. 5.2.3 Mapa de Situao do Empreendimento

O empreendimento Horto Bela Vista est localizado no bairro do Cabula e tem como vizinhana: Pernambus a leste e sudeste, Cabula a norte e nordeste, Barros Reis e BR324 a noroeste, e, Campinas de Brotas ao sul. Tem seus limites lindeiros a oeste com o Acesso Norte da BR-324 (Km 0); ao norte com a Rua Cristiano Buys e Rua Thomaz Gonzaga; ao leste com as divisas de fundo de lotes das Ruas Acajatiba, Encruzilhada, Guarintinga e Conde Pereira Marinho e ao sul com as divisas de fundo de lotes da Rua Numa Pomplio. A situao do empreendimento em relao ao entorno e o sistema virio previsto para o HBV esto apresentados na Figura 5.2.3-01 a seguir.

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5.2.4 Parmetros Urbansticos O empreendimento Horto Bela Vista, objeto do Processo SUCOM n 8063/2006, e o Alvar de Licena para Execuo de Obras de Empreendimentos de Edificao No 14.692 foi expedido em 19/setembro/2008, em nome da Euluz Empreendimentos Ltda., teve a sua anlise e aprovao com base nas disposies da Lei Municipal n 6.586, de 2004, PDDU/2004, respaldado no artigo 337 das Disposies Finais e Transitrias da Lei n 7.400, de 2008, PDDU/2008 na forma a seguir: Art. 337. Os expedientes administrativos protocolados anteriormente data de entrada em vigor desta Lei, referentes a solicitaes de alvars de construo para empreendimentos e licenciamento de atividades, assim como os de solicitao de utilizao do instrumento da Transferncia do Direito de Construir, sero analisados segundo as leis vigentes poca do seu protocolamento. Pargrafo nico. Os expedientes referidos no caput deste artigo podero, a pedido do interessado, ser analisados conforme as disposies desta Lei Ressalte-se que a Lei Municipal n 6.586, de 2004, PDDU/2004, quando da sua aprovao, no foi inteiramente autoaplicvel, conforme dispem os art. 166 e seguintes: Art. 166. At a entrada em vigor da reviso e atualizao da legislao de ordenamento do uso e ocupao do solo do Municpio permanece em vigor a atual, combinada com as disposies constantes no Ttulo VIII desta Lei relativas a: I- coeficientes de aproveitamento bsico e mximo; II- gabaritos de altura das edificaes; III- utilizao do instrumento de Transferncia do Direito de Construir; IV- reas de Proteo de Recursos Naturais APRN; V- reas de Proteo Cultural e Paisagstica APCP; VI- Zonas Exclusivamente Residenciais Unifamiliar ZEU; VII- Zonas Exclusivamente Residenciais ZER; VIII- Corredores de Atividades Diversificadas:

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1. Metropolitano; 2. Municipais; 3. Submunicipais; 4. Locais; 5. de Borda; IX- Centro Municipal do Retiro; X- Centros Submunicipais. [...] 3 At a institucionalizao do Cdigo Urbano-Ambiental, os empreendimentos ou atividades que forem se implantar nas reas de que tratam os incisos VIII e IX deste artigo devero atender s seguintes correspondncias: [...] VIII no Centro Municipal do Retiro ficam permitidos os mesmos usos e estabelecidas as mesmas restries de ocupao, estas relativas a ndices de Ocupao Io, rea mnima do lote, testada e recuos previstos para a ZT-10 na Lei n 3.377/84 e suas modificaes posteriores; 4 At a entrada em vigor dos atos administrativos apropriados referentes ao enquadramento de vias, conforme disposto no do art. 114 desta Lei, permanece em vigor a hierarquizao definida na Lei n 5.357/98. 5 Os empreendimentos e atividades que se enquadrarem nas condies estabelecidas no 3 deste artigo devero ainda obedecer aos atributos de caracterizao descritos no Anexo A.68, mencionados no artigo 120 desta Lei. Art. 167. At a entrada em vigor do Cdigo Urbano-Ambiental, fica prevalecendo o zoneamento estabelecido pela Lei n 3.377/84 referente s Zonas de Concentrao de Usos Residenciais ZR, de Usos Comerciais e de Servios ZT e de Usos Industriais, naquilo em que no colidir com as disposies que entram em vigor com esta Lei, em especial com o disposto no art. 166. Art. 168. At que seja institucionalizado o Cdigo Urbano-Ambiental, ficam mantidas as disposies constantes do Decreto n 5.506/78.

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5.2.4.1 Parmetros adotados A) QUANTO AO MACROZONEAMENTO Macrozoneamento o instrumento de macro organizao espacial do municpio que estabelece as bases para o zoneamento, o territrio municipal, Plano/2004, foi dividido em 07 (sete) Macrozonas, que compreende as reas Urbanas, reas Rurais e Regies Administrativas, estando a rea em questo inserida na Macrozona III, Regio Administrativa XI Cabula, para a qual foram definidas as seguintes diretrizes e proposies conforme Anexo A.64: Anexo A.64Municpio do Salvador Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano PDDU Salvador 2002 MACROZONEAMENTOOBJETIVOS, DIRETRIZES, REGIES ABRANGIDAS E PROPOSIES POR MACROZONASMACROZONA III

Objetivos1. 2. Orientar a expanso urbana nos espaos ainda no urbanizados da rea, de modo a otimizar os custos de urbanizao e evitar que se implantem e consolidem padres de ocupao do solo de baixa qualidade urbana. Elevar a qualidade urbano-ambiental dos espaos ocupados, por meio da melhoria das condies de acessibilidade e de circulao e dos padres de moradia, da garantia da qualificao urbanstica com a criao de novas centralidades e espaos pblicos, e da implantao de equipamentos e servios urbanos.

Diretrizes1. Preenchimento dos grandes espaos vazios ainda existentes com padres de ocupao de mdia/ alta densidade, de forma compatvel com a infra-estrutura implantada ou prevista, especialmente quando se localizarem na proximidade de assentamentos j consolidados ou na rea de influncia direta das estaes do metr. 2. Implementao de programas voltados urbanizao e regularizao fundiria dos assentamentos habitacionais populares, especialmente as reas de ocupao subnormal enquadradas ou passveis de enquadramento como AEIS, dotando-as de infra-estrutura completa e estimulando a construo de HIS. 3. Incentivo implantao de empreendimentos de urbanizao integrada, com adequada proviso de equipamentos sociais e espaos pblicos. 4. Conteno da expanso dos assentamentos subnormais de populao de baixa renda nas reas consideradas de risco para a ocupao em razo da instabilidade do solo ou de outros fatores ambientais. 5. Complementao do sistema de vias estruturais e conexo com as vias de menor hierarquia, existentes ou projetadas, de modo a propiciar condies adequadas de acessibilidade e fluidez para veculos e pedestres, capazes de suportar o adensamento populacional previsto. 6. Preservao das encostas e fundos de vale no ocupados para integrarem o SAVAM visando garantir a drenagem natural das reas e ampliar a oferta de espaos abertos.

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Continuao

Regies AbrangidasRA XI RA XII Cabula Tancredo Neves RA XIII Pau da Lima RA XIV Cajazeiras

ProposiesRA XI Cabula 1. Adensamento populacional em razo da existncia de espaos vazios ainda significativos e da possibilidade de renovao das tipologias de ocupao do solo em algumas reas da regio. 2. Incentivo ao uso multiresidencial de mdia/alta densidade, especialmente nos vazios intersticiais ocupao j consolidada e nos espaos situados na rea de influncia direta das estaes Acesso Norte e Retiro do metr. 3. Incentivo para a implantao de empreendimentos de urbanizao integrada, como forma de garantir padres de ocupao do solo de melhor qualidade urbana na regio, com a devida proviso de infra-estrutura e equipamentos sociais. 4. Controle sobre o adensamento dos grandes assentamentos de populao de baixa renda existentes Pernambus, So Gonalo do Retiro e Saramandaia associado a programas de melhoria da qualidade urbana.

Sobre os centros urbanos definidos pelo zoneamento estabelecido, conforme descrito em Anexo A.68:Anexo A.68 Municpio do Salvador Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano PDDU - 2002 ZONEAMENTO DE USOS DO SOLO

DIRETRIZES E PROPOSIES SEGUNDO ZONAS, CENTROS E CORREDORESUnidades Espaciais Diretrizes/ Propostas

[...]CMN3 Centro Retiro Acesso Norte D/P 52 Elaborao de projeto urbanstico que contemple as caractersticas propostas para os espaos vazios existentes, levando em considerao a implantao do transporte de massa e da Estao Acesso Norte/Retiro, que dever atrair um grande nmero de pessoas para a rea. Realizao de operaes urbanas consorciadas, para incentivo alocao de novos empreendimentos, consolidando a sua condio de Centro Municipal.

D/P 53

B) QUANTO S RESTRIES DE USO E OCUPAO E SAVAM Com base na Lei Municipal n 6.586, de 2004, no qual foi aprovado, o empreendimento Horto Bela Vista, passou a compor uma zona com a terminologia de Centro Municipal CM. Este Centro Municipal - CM, incorporou as ZR-15, Cabula - ZR-16 5 , e incorporou totalmente a

ZR Subzona de Concentrao de Usos Residenciais: terminologia adotada na Lei de Uso do Solo e que foi substituda por ZPR Zona Predominantemente Residencial com o Plano Diretor de 2007.

5

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Subzona de Concentrao de Usos Industriais 01 (ZS 01 da Avenida Barros Reis) do Plano de 1985. Para o Centro Municipal Retiro Acesso Norte, o referido Plano prev um Coeficiente de Aproveitamento Bsico (Cab) de 2,50 e Coeficiente de Aproveitamento Mximo (Cam) de 4,00. Quanto ao Sistema de reas de Valor Ambiental e Cultural - SAVAM no Plano de 2004, o terreno do empreendimento HBV considerado como rea Arborizada tendo como diretrizes a restrio de ocupao de encostas com declividades superiores a 30%, salvo com adoo de medidas de proteo; medidas de reurbanizao ou relocao de assentamentos precrios; manuteno de 80% de cobertura vegetal de porte e com caules com mais de 0,15m de dimetro na altura do peito (DAP); e valorizao dos atributos naturais nas reas pblicas Arborizada. O Quadro 5.2.4-01, a seguir apresenta o estabelecido no Anexo 7: Restries de Uso e Ocupao Aplicveis s Zonas de Concentrao de Usos e s Concentraes Lineares de Usos Mltiplos.

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Quadro 5.2.4-01: Restries de Uso e Ocupao aplicados ao EmpreendimentoLEIS Uso Permitido PDDU 2004 Residencial, Industrial, Comercial, Servio e Misto 4,0 2,5 2,5 0,2 4,0 LOUOS 2004 Uniresidencial, Multiresidencial, Industrial, Servio e Misto 1,5 0,2 Multiresidencial: 0,45 Outros: 0,5 4,0

ndices Recuos

Gabarito Fundo Laterais Frente

IO

IP

IU

CA CAM B

1,5

1,5

3,0 rea Arborizada

2,5 rea Arborizada

SAVAN

Fonte: LOUOS - Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupao do Solo de Salvador - Anexo 7- Tabela VII.1 Subseo IV: Da Ocupao e do Aproveitamento do Solo e dos Parmetros Associados - Anexo A 68.

5.2.5 Projeto Arquitetnico do Empreendimento Esto sendo apresentadas no Anexo 5.2.5-01, 02 e 03 as plantas do projeto de arquitetura do empreendimento, referentes respectivamente a planta de amembramento das reas, poligonais das reas pblicas de lazer e institucionais e a situao do empreendimento. 5.2.6 Quadro Estatstico da Distribuio de reas do Projeto Os Quadros 5.2.6-01 a 5.2.6-02 a seguir apresentam a distribuio de reas do empreendimento Horto Bela Vista.

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Quadro 5.2.6-01: reas totais do EmpreendimentoDescrio rea total das matriculas rea reservada ao proprietrio rea do empreendimento Descrio 1. rea do Empreendimento 2. rea pblicas Institucionais Recreao e Lazer Vias pblicas 3. rea til do Empreendimento rea (m) 340.590,28 10.678,32 329.911,96 rea (m) 329.911,96 116.571,96 30.409,12 16.315,22 69.847,62 213.340,00 % 100 35,33 9,22 4,94 21,17 64,67

NOTA: Os valores porcentuais foram calculados em relao a rea do empreendimento. Fonte: JHSF- PB 002 SIT R11

Quadro 5.2.6-02: reas construdas e ndicesDescrio rea Construda Total Coeficiente de Aproveitamento Bsico (CAB) 2,50 Coeficiente de Aproveitamento Mximo (CAM) 4,00 rea construda para Coeficiente de aproveitamento (CA) rea Ocupada Descrio A. C. (m2) Residencial 580.625,51 Comercial e Empresarial 450.925,33 Uso Comum 18.823,47 rea Permevel rea (m) 1.050.314,20 528.693,10 845.908,96 485.908,87 90.694,19 C.A (m ) 302.195,50 183.713,372

A. O. (m2) 13.995,43 71427,62 5271,14 32.444,94

NOTA: AC: rea Construda;CA Coeficiente de Aproveitamento; AO: rea Ocupada.

Fonte: JHSF- PB 002 SIT R11

Os Quadros 5.2.6-03, 5.2.6-04 e 5.2.6-05 a seguir apresentam os nmeros de unidades residenciais, empresariais e populao.

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Quadro 5.2.6-03: Unidades HabitacionaisResidencial Apartamento 65 Apartamento 75 Apartamento 90 Apartamento 110 Apartamento 130 Apartamento 160 Apartamento 190 Total Unidades habitacionais 528 534 396 536 668 256 128 3.046 rea Privativa (m2) 70,05 81,32 97,96 116,55 135,98 166,09 192,72 rea til (m2) 56,86 66,60 82,53 100,23 118,50 147,02 169,89 18.670 Populao Prevista

Quadro 5.2.6-04: Empresarial e ServiosEmpresarial Salas Comerciais Salas da Torre D Flats Lojas Estacionamento Vagas Empresariais Estacionamento Vagas Escola Total Nmero de Unidades 1.152 128 448 16 4.047 204 7.166 Populao Prevista

Quadro 5.2.6-05: Quadro de reas e vagas do Shopping CenterShopping rea de ABL (sem abater depsitos) rea de mall Numero de vagas Area til (m2) 61.500,18 14.276,36 Vagas

4.201

5.2.7 Projeto(s) de Eco-eficincia e Conceitos de Sustentabilidade Ambiental incorporados ao Empreendimento Como prticas e tecnologias sustentveis incorporados ao empreendimento Horto Bela Vista esto previstas:

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a) Plano de gesto de resduos Elaborao e implantao do plano de gesto de resduos que contemplar a reduo dos impactos gerados pela atividade construtiva. b) Captao e reuso da guas pluviais Drenagem do sistema virio e vizinhana: captao das guas pluviais provenientes do sistema virio para rede coletora que atender rea verde no centro do empreendimento. Esta rede tambm permitir a captao e escoamento da contribuio dos terrenos vizinhos dando destinao adequada. O estudo em desenvolvimento prev utilizar o lago artificial como bacia de acumulao das guas pluviais citadas anteriormente utilizando para irrigao e limpeza no parque, canteiros, etc. A acumulao das guas pluviais minimizar as contribuies para a rede pblica e a implantao da galeria visa resolver as inundaes correntes nos terrenos vizinhos no trecho mais baixo do terreno. Captao nas edificaes: captao, armazenamento e uso das guas provenientes das redes coletoras das edificaes, acumulando em reservatrios com uso restrito a irrigao e limpeza das reas comuns. Para tanto sero executadas divisrias nos reservatrios inferiores com sistema de bombeamento exclusivo, evitando o desperdcio de gua potvel para fins de irrigao e limpeza (lavagem de pisos, revestimentos, automveis, etc). Sero coletadas as guas pluviais oriundas das coberturas, varandas e plays descobertos (passeios e jardins); c) Esgotamento sanitrio da vizinhana No terreno do empreendimento so despejados atualmente dejetos provenientes do esgoto das residncias vizinhas ao empreendimento localizadas no entorno da Rua Potiragu, sendo estes encaminhados para rede coletora do acesso norte, lanadas diretamente no Rio Camurujipe. A JHSF manteve contatos com a Concessionria Embasa promovendo reunies tcnicas para soluo deste problema, para tanto a Embasa j providenciou a implantao de estao elevatria no ponto mais baixo da Rua Potiragu e encontra-se em fase de implantao da rede coletora para entroncamento das redes de esgotos das residenciais existentes.

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d) Energia solar Previso para utilizao de aquecimento solar nas piscinas e chuveiros do Clube do empreendimento. O sistema consiste na utilizao de painis solares que faro o praquecimento da gua que sero conduzidas ao aquecedor cuja matriz energtica ser a gs ou eltrica. e) Tetos verdes Sero implantados tetos verdes (jardineiras com sistema drenantes) nas lajes descobertas das edificaes do empreendimento, tendo como suas principais caractersticas nas aes de sustentabilidade: Reuso das guas pluviais; Reduo da absoro de calor e conseqente melhoria na temperatura do ambiente, criando um isolamento trmico propiciado pelas camadas vegetais permitindo um ambiente interno mais agradvel pela diminuio da reflexo e absoro de calor nas coberturas, baixando assim a temperatura emanada ao espao envoltrio; O conseqente aumento da superfcie vegetal garante tambm elementos orgnicos que absorvem gs carbnico resultante da combusto dos veculos que circulam na cidade, colaborando com a reduo do efeito estufa; Criao de ambiente mais agradvel com melhoria da qualidade de ambiental e social; rea prevista para os tetos verdes distribudas conforme quadro a seguir:Quadro 5.2.7-01: rea de Lajes do ResidencialCondomnios Condomnio C1/C2 Condomnio C3/C4 Condomnio C5 Condomnio C6 Condomnio C7 Condomnio Comercial Total Geral rea de Lajes do Pavimento Trreo 1.991,00 m2 4.909,95 m2 962,98 m2 1.365,43 m2 2.089,61 m2 279,26 m2 11.598,23m2

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Figura 5.2.7-01: Planta esquemtica para os jardins das lajes do pavimento trreo para os Condomnios C3/C4.

Figura 5.2.7-02: Planta esquemtica para os jardins das lajes do pavimento trreo Condomnio C5

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f) Plantio de espcies nativas da Mata Atlntica Esto previstos para o plantio e manuteno das espcies nativas: Talude Via de acesso ao Condomnio C3/C4 e Absolute Hall; Talude Via interna e Escola; Talude do Shopping e via marginal; Taludes ao longo da via marginal e aterros dos viadutos. Nos canteiros, jardins, tetos verdes e reas verdes do empreendimento; Plantio marginal ou ciliar do lago e taludes favorecendo desenvolvimento faunstico (aves e pequenos animais ), bem como excelente efeito paisagstico; Implantao de viveiro de espcies da Mata Atlntica para replantio; Contratao de profissionais para manejo e plantio adequado destas espcies; Implantao de programas sociais voltado para sustentabilidade ecolgica, integrando a comunidade local; Reviso e adequao do sistema virio para permitir a implantao de taludes com revestimento de vegetao invs de cortinas de concreto: Estudo de implantao de espcies para sombreamento dos passeios. A seguir os Quadros 5.2.7-02 a 5.2.7-05 apresentam as reas destinadas ao plantio que totalizam 114.703,02 m2.Quadro 5.2.7-02: reas de recreao e lazerrea Verde / Lazer rea 01 rea 02 Total Geral rea (m2) 12.990,25m2 3.324,97m2 16.315,22m2

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Quadro 5.2.7-03: Canteiros e PasseiosCanteiros / rea Institucionais Canteiros rea Institucional 03 rea Institucional 04 rea Institucional 05 rea Institucional 08 rea Institucional 09 Total Geral rea (m2) 32.129,16 m2 1.398,26 m2 2.129,97 m2 3.052,48 m2 2.992,45 m2 5.157,47 m2 46.859,79 m2

Obs: reas Institucionais que sero objetos de subatituio em outro local conforme TAC, sendo transformadas em reas verdes.

Quadro 5.2.7-04: Jardins nas lajes descoberta dos CondomniosCondomnios Condomnio C1/C2 Condomnio C3/C4 Condomnio C5 Condomnio C6 Condomnio C7 Condomnio Comercial Total Geral rea (m2) 1.991,00 m2 4.909,95 m2 962,98 m2 1.365,43 m2 2.089,61 m2 279,26 m2 11.598,23 m2

Quadro 5.2.7-05: Jardins no entorno dos CondomniosCondomnios Condomnio C1/C2 Condomnio C3/C4 Condomnio C5 Condomnio C6 Condomnio C7 Shopping Clube Setor 07C Escola Total Geral rea (m2) 8.033,99m2 4.603,79m2 1.802,47m2 3.237,36m2 3.474,83m2 9.588,50m2 969,95m2 6.417,42m2 801,47m2 38.929,78m2

g) Coleta seletiva de lixo Implantao de infraestrutura para coleta e armazenamento de lixo reciclvel em todos os condomnios e clube, de forma integrada.

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Coleta Seletiva de Lixo: programa de coleta seletiva de lixo com as seguintes etapas:

Identificao das fontes de gerao de resduos; Caracterizao e composio dos resduos gerados; Quantificao dos resduos gerados; Desenvolvimento do programa de gesto e campanhas de educao; Definio de melhorias contnuas aplicveis e treinamentos; Proposio de um programa peridico para reduo da gerao e educao ambiental; Os resduos (reciclveis e no-reciclveis) sero destinados a empresa especializada. Tal empresa dever ser homologada conforme critrios legais, ambientais e de segurana aplicveis.

Figura 5.2.7 - 03: Caminho de Coleta de Lixo Reciclvel

Adequao dos depsitos de lixo e baas com recuo a fim de permitir os procedimentos de coletas e estacionamento de caminho de lixo reciclveis com acesso pela lateral. Projetos desenvolvidos para 1 fase:

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Figura 5.2.7-04: Localizao do acesso para o Condomnio C 4

Figura 5.2.7-05: Localizao do acesso para o Condomnio C 5

h) Metais e Louas Economizadores Implantao de Metais e Louas com baixo consumo de gua: Metais com sensores, temporizadores e restritores de vazo.

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[Digite o contedo da barra

torneiras com sensores de presena e tempo.

Louas com sensores e vaso sanitrios com caixas acopladas mais econmicasModelos de Louas Sanitrias (Vasos e Mictrios) com dispositivos para economia de gua: Vaso sanitrio com caixa acoplada com botoeira dupla (03 e 06 litros).

Mict urrasqueiras;

rfica

es

:

i) Uso de Madeira Legalizada Utilizao de madeira legalizada no empreendimento: frma (compensado), porta Macias e semi-ocas, rodaps, pergolados, decks, etc; A JHSF est cadastrada no IBAMA para utilizao do Sistema Informatizado de Controle de Compra de Madeira Legalizada (DOF). j) Transplante e resgate de flora Resgate e transplante das espcies com valor ecolgico para viveiro afim de replantio nas reas verdes, jardins e canteiros; Implantao de viveiro para manuteno provisria das espcies resgatadas a fim de permitir replantio nos locais definitivos;

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Criao e implantao de programa de educao ambiental Implantao durante a execuo das obras programa para orientao dos operrios e vizinhana; Criao de programa para adoo de espcies para melhor interao entre os envolvidos; Desenvolvimentos de atividades para insero de conceitos ambientais na comunidade visando preservao do meio ambiente.

j) Bicicletrios reas destinadas bicicletrios nas edificaes residenciais, comerciais, shopping, escola, clube e parque, como forma de incentivar o uso de bicicletas pelos condminos e vizinhos no interior do empreendimento, promovendo: Uso de transporte menos poluente; Reduo do trafego de veculos automotivos e engarrafamentos; Melhoria da qualidade de vida pela atividade fsica; Reduzindo a necessidade de vagas para veculo. 5.2.8 Dados referentes a qualificao e dimenso das reas a serem submetidas a supresso vegetal

O conhecimento da ocorrncia das espcies vegetais atravs do mapeamento da vegetao so os primeiros passos para o entendimento da flora de determinado local. Esses instrumentos so bsicos para todo ecossistema, permitindo escolher a melhor forma de aes em relao ocupao, manejo e utilizao da rea. Alm de servir de base para diversos estudos ambientais, o conhecimento bsico da vegetao informa tambm a presena, caso ocorra, de espcies raras, ameaadas de extino e endmicas, sua importncia ecolgica e econmica e juntamente com os estudos fitossociolgicos fornece dados a respeito do atual estgio de conservao e diversidade biolgica de uma rea. Dentro desse contexto, permite tambm a seleo das espcies atravs

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da priorizao no processo de conservao, que pode ser implementado atravs do paisagismo e enriquecimento das reas verdes. No estudo elaborado pela empresa F&H Engenharia Ambiental para subsidiar a Autorizao da Supresso de Vegetao da rea de implantao do empreendimento HBV, foi realizado o levantamento florstico atravs de coletas sistemticas com o intuito de obter material florido e ou frutificado, seguindo as tcnicas usuais de taxonomia segundo Mori et al., (1985). Para complementar os estudos da descrio da vegetao da rea efetuados em 2006, foram aplicados em novembro de 2007, mtodos de reconhecimento e definio das comunidades vegetais presentes no que se refere origem, estrutura, classificao e relaes com o meio, de forma a caracterizar a fitossociologia local. Tambm foram aplicados mtodos dendomtricos para clculo do volume de madeira a ser suprimido.

Conforme o estudo realizado, a vegetao existente, que ocupa hoje uma rea anteriormente exclusiva ao domnio de Mata Atlntica, possui a sua maior parte antropizada, devido a uma antiga pedreira, existncia de uma chcara, de campos de futebol e trnsito de pessoas. Todos os estratos, desde o herbceo ao arbreo, alm de epfitas e trepadeiras, dentre nativas, exticas, invasoras, subespontneas, ruderais e higrfilas so encontradas.

A rea cortada por um esgoto a cu aberto oriundo da comunidade a montante (Foto 5.2.801) no sentido norte/sul e aparentemente menos poludo a jusante (Foto 5.2.8-02).

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Foto 5.2.8-01: Vista parcial a montante do esgoto advindo da comunidade que atravessa a rea estudada no sentido norte/sul.Fonte: Estudo F&H Engenharia Ambiental-set/2008

Foto 5.2.8-02: Vista parcial do esgoto na sua parte sul jusante neste local a vegetao est mais preservada e a gua aparentemente est mais limpa.Fonte: Estudo F&H Engenharia Ambiental/2008

A maior parte da rea estudada encontra-se degradada, reduzindo-se a locais desnudos, pobres em vegetao, predominando espcies herbceas/subarbustivas, ruderais, invasoras e exticas com arbustos e rvores pioneiras esparsas ou em pequenos macios. Esse fato decorre da presso antrpica exercida pela populao sobre uma rea contornada pela ocupao humana, sendo comum retirada de madeira para fornos de padaria (Foto 5.2.8-03), caa (Foto 5.2.804), utilizao da rea como esconderijo (Fotos 5.2.8-05 e 06), despejo de lixo em encosta (Fotos 5.2.8-07 e 08), depsito de documentos roubados (Foto 5.2.8-09), despejo de restos de oferendas do culto afro (Foto 5.2.8-10), queimadas (Foto 5.2.8-11), e instalao de campos de futebol (Foto 5.2.8-12).

Foto 5.2.8-03: Acmulo de madeira para ser utilizada em fornos de padaria.Fonte: Estudo F&H Engenharia Ambiental/2008

Foto 5.2.8-04: Armadilha colocada junto a uma cabana.Fonte: Estudo F&H Engenharia Ambiental/2008

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Foto 5.2.8-05: Moradia informal, provavelmente utilizada como esconderijo.Fonte: Estudo F&H Engenharia Ambiental/2008

Foto 5.2.8-06: Cabana improvisada provavelmente para abrigar pessoas que participaram de roubo.Fonte: Estudo F&H Engenharia Ambiental/2008

Foto 5.2.8-07: Acmulo de lixo em encosta que foi jogado dos fundos das casas.Fonte: Estudo F&H Engenharia Ambiental/2008

Foto 5.2.8-08: Utilizao das encostas para depsito de entulho pela populao local.Fonte: Estudo F&H Engenharia Ambiental/2008

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Foto 5.2.8-09: Utilizao da rea como depsito de documentos roubados.Fonte: Estudo F&H Engenharia Ambiental/2008

Foto 5.2.8-10: Utilizao da rea para oferendas do culto afro.Fonte: Estudo F&H Engenharia Ambiental/2008

Foto 5.2.8-11: Queimada em rea antropizada.Fonte: Estudo F&H Engenharia Ambiental/2008

Foto 5.2.8-12: Campos de futebol utilizados pela populao local.Fonte: Estudo F&H Engenharia Ambiental/2008

Tambm foi verificada a utilizao de parte da rea para cultivo de frutferas e hortalias, a exemplo de: bananeira, pimenteira, tomateiro, goiabeira e fruta-po (Foto 5.2.8-13).

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Foto 5.2.8-13: Plantao de subsistncia em rea prxima a comunidade local.Fonte: Estudo F&H Engenharia Ambiental/2008

As rvores desses locais, mais antropizados, apresentam problemas fitossanitrios em sintomas tais como: rachadura do tronco (Foto 5.2.8-14), tronco oco, apodrecimento, necrose do tronco (Foto 5.2.8-15), esgalhamento desproporcional, queda excessiva de galho, excesso de cupim, excesso de trepadeira. Observa-se nestes locais espcies exticas como: mangueira, jaqueira, jambeiro e dendezeiro.

Foto 5.2.8-14 - Rachadura no tronco de uma rvore por conseqncia das alteraes ambientais.Fonte: Estudo F&H Engenharia Ambiental/2008

Foto 5.2.8-15 - rvore com tronco necrosado devido a alteraes no ambiente.Fonte: Estudo F&H Engenharia Ambiental/2008

A poro mais preservada encontra-se na sua poro sul/sudoeste, apresentando maior variedade, riqueza e densidade de espcies.

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No foram encontradas espcies raras nem endmicas, mas muitas espcies possuem potenciais ecolgico, econmico, etnobotnico e ornamental. A famlia Anacardiaceae, devido s espcies pioneiras como aroeira e o pau-pombo, frutferas como a mangueira e a cajazeira (Foto 5.2.8-16) a famlia com maior IVI. A grande capacidade de multiplicao do pau-pombo, o torna a espcie mais freqente em quase todas as tipologias. Apenas na fisionomia arbustiva, cuja espcie mais freqente a pororoca, devido ao solo, o pau-pombo no se encontra entre as espcies com maior IVI.

Foto 5.2.8-16: Spondias sp (umbu-caj). Espcie de frutfera nativa muito aproveitada pelo sabor dos frutos pela populao local, cuja madeira de baixa qualidade.Fonte: Estudo F&