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O objetivo desse trabalho científico é, em um primeiro momento, sedimentar os conceitos das tecnologias e recursos utilizados no novo estágio da internet contemporânea - a que chamamos Web Colaborativa. Atualmente, tais recursos são utilizados para realizar uma caótica e infinita troca de experiências entre seus usuários por todo mundo, e nesse sentido podemos reconhecê-los como poderosos aliados na transformação de conhecimento tácito em conhecimento explícito. Se contextualizados em um ambiente organizacional, é possível que seja criado um modelo de sugestões e check-lists com a intenção de evoluir a Gestão do Conhecimento por meio de um Portal do Conhecimento que obtenha informações de seus funcionários de maneira não intrusiva e alinhada às motivações pessoais dos mesmos. O estudo irá além de propor um modelo de obtenção de conhecimento, mas também em ser modelo de disseminação de tal conhecimento, oferecendo maneiras de possibilitar que tais informações sejam facilmente obtidas pelas diversas áreas de uma empresa. Entendemos que tal modelo pode ser patrocinado devido a sua direta relação com os objetivos estratégicos das organizações, principalmente no que diz respeito à perspectiva do Aprendizado e Crescimento. Validaremos essa proposta estudando como o modelo poderia servir de base para o alcance dos objetivos elencados em mapas estratégicos de diversas grandes organizações.
Citation preview
INSTITUTO CIENTÍFICO DE ENSINO SUPERIOR E PESQUISA
CURSO DE MBA EM GOVERNANÇA EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
ALYSSON FERNANDO CAMPOS DOS SANTOS
LEANDRO BORGES DE REZENDE
ESTUDO DE UM MODELO DE REDE DE RELACIONAMENTO WEB COMO
FERRAMENTA ESTRATÉGICA PARA DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO
CORPORATIVO
Brasília – DF
2010
2
ALYSSON FERNANDO CAMPOS DOS SANTOS
LEANDRO BORGES DE REZENDE
ESTUDO DE UM MODELO DE REDE DE RELACIONAMENTO WEB COMO
FERRAMENTA ESTRATÉGICA PARA DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO
CORPORATIVO
Monografia apresentada ao Curso de MBA em
Governança em Tecnologia da Informação do Instituto
Científico de Ensino Superior e Pesquisa – UNICESP
como parte dos requisitos para obtenção do título de
Especialista MBA Governança em Tecnologia da
Informação.
Orientador: Profº. MSc. Antonio de Jesus Felippe de Oliveira
Brasília – DF
2010
3
PROPRIEDADE INTELECTUAL CESSÃO DE DIREITOS ALYSSON FERNANDO CAMPOS DOS SANTOS LEANDRO BORGES DE REZENDE ESTUDO DE UM MODELO DE REDE DE RELACIONAMENTO WEB COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA PARA DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO CORPORATIVO
2010: É concedida ao Instituto Científico de Ensino Superior e Pesquisa – UNICESP, permissão para reproduzir cópias deste trabalho ou emprestar tais cópias somente para propósitos acadêmicos e científicos. O autor reserva-se outros direitos de publicação.
___________________________ Alysson Fernando Campos dos Santos [email protected] __________________________ Leandro Borges de Rezende [email protected]
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INSTITUTO CIENTÍFICO DE ENSINO SUPERIOR E PESQUISA
CURSO DE MBA EM GOVERNANÇA EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
ALYSSON FERNANDO CAMPOS DOS SANTOS
LEANDRO BORGES DE REZENDE
ESTUDO DE UM MODELO DE REDE DE RELACIONAMENTO WEB COMO
FERRAMENTA ESTRATÉGICA PARA DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO
CORPORATIVO
Monografia aprovada em 11 de agosto de 2010 para obtenção do título de Especialista MBA
Governança em Tecnologia da Informação.
Banca Examinadora:
__________________________________________________ Orientador: Profº. MSc. Antonio de Jesus Felippe de Oliveira
Unicesp – Instituto Científico de Ensino Superior e Pesquisa
______________________________________________ Avaliador: Profº. MSc. Flávio Muniz Morais
Unicesp – Instituto Científico de Ensino Superior e Pesquisa
Brasília – DF
2010
5
Dedicatória(s)
À minha esposa Marcela, por sua
paciência e compreensão; aos meus pais,
filhos e irmãos, pela colaboração e apoio
em todos os momentos desta importante
etapa em minha vida, em que, com a
graça de Deus, está sendo vencida.
Alysson F. C. dos Santos
Ao Divino Pai Eterno.
À minha amada noiva e futura esposa,
Evellyne.
Aos meus queridos pais e irmão, por todo
carinho e dedicação.
Leandro Borges de Rezende
6
AGRADECIMENTOS
Sobretudo a Deus que nos proporciona meios e nos capacita a vencer obstáculos e
atingir objetivos.
À minha esposa Marcela, pelo amor incondicional, pela paciência, por compreender a
importância dessa conquista e aceitar a minha ausência quando necessária.
Aos meus pais Matheus e Orlene por terem feito o possível e o impossível para me
oferecerem a oportunidade de estudar, acreditando e respeitando minhas decisões e nunca
deixando que as dificuldades acabassem com os meus sonhos, serei imensamente grato.
Aos meus filhos, Victor, Ana Carolina e Maria Eduarda que sacrificados pela ausência
do pai compreenderam a importância dessa conquista.
Aos meus irmãos e a todos aqueles que, direta ou indiretamente, colaboraram mesmo
inconscientemente, que torceram e acreditaram na conclusão deste curso.
Ao Professor e Orientador Antonio Felippe por nos mostrar que transmitir
conhecimento é um dom. E ele realmente o tem.
Aos amigos da turma que tornaram as aulas mais produtivas e principalmente mais
divertidas, muito obrigado.
Alysson Fernando Campos dos Santos
Ao Divino Pai Eterno, a Quem sempre confio todas as minhas conquistas.
À minha noiva e futura esposa, Evellyne, por sempre incentivar para que eu continue
crescendo profissionalmente e, é claro, pela compreensão do tempo que precisei me dedicar à
pesquisa.
Aos meus pais e irmão, por saber que sempre poderei contar com eles – e isso é
recíproco –, e por toda a dedicação que sempre tiveram comigo. É na educação dos filhos que
se revelam as virtudes dos pais. Todo meu sucesso nasceu em vocês.
Ao Supremo Tribunal Federal, pelo investimento confiado a mim para elaboração
desse trabalho.
Ao Professor Antonio Felippe por seu apoio no amadurecimento dos conhecimentos e
conceitos que possibilitaram a conclusão desta monografia.
Leandro Borges de Rezende
7
“Há conhecimento de dois tipos: sabemos sobre um assunto, ou sabemos onde podemos buscar informação sobre ele”.
Samuel Johnson
8
RESUMO
O objetivo desse trabalho científico é, em um primeiro momento, sedimentar os conceitos das tecnologias e recursos utilizados no novo estágio da internet contemporânea - a que chamamos Web Colaborativa. Atualmente, tais recursos são utilizados para realizar uma caótica e infinita troca de experiências entre seus usuários por todo mundo, e nesse sentido podemos reconhecê-los como poderosos aliados na transformação de conhecimento tácito em conhecimento explícito. Se contextualizados em um ambiente organizacional, é possível que seja criado um modelo de sugestões e check-lists com a intenção de evoluir a Gestão do Conhecimento por meio de um Portal do Conhecimento que obtenha informações de seus funcionários de maneira não intrusiva e alinhada às motivações pessoais dos mesmos. O estudo irá além de propor um modelo de obtenção de conhecimento, mas também em ser modelo de disseminação de tal conhecimento, oferecendo maneiras de possibilitar que tais informações sejam facilmente obtidas pelas diversas áreas de uma empresa. Entendemos que tal modelo pode ser patrocinado devido a sua direta relação com os objetivos estratégicos das organizações, principalmente no que diz respeito à perspectiva do Aprendizado e Crescimento. Validaremos essa proposta estudando como o modelo poderia servir de base para o alcance dos objetivos elencados em mapas estratégicos de diversas grandes organizações. PALAVRAS-CHAVE: Web Colaborativa, Gestão do Conhecimento, Criação do Conhecimento, Disseminação do Conhecimento, Transformação do Conhecimento, Internet, Portal do Conhecimento, Estratégia, Aprendizado e Crescimento, BSC, Balanced Scorecard.
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ABSTRACT
The aim of this scientific work is, at first, settle the terms of technologies and resources used in the new stage of the contemporary Internet – the one we call Collaborative Web. Currently, these resources are used to conduct a chaotic and endless exchange of experiences among users throughout the world, and in that sense we can recognize them as powerful allies in the transformation of tacit knowledge into explicit knowledge. Contextualized in an organizational environment, we create a model of suggestions and check lists in the intention of developing the Knowledge Management using a Knowledge Portal to obtain information from their employees in a non-intrusive way and aligning the personal motivations to the organization objectives. The study won’t propose only a model for obtaining knowledge, but also, a model of dissemination of such knowledge, offering ways to enable the information to be easily obtained through the various areas of a company. We believe that this model can be sponsored because of its direct relationship with the strategic objectives of organizations, especially with regard to the prospect of Learning and Growth. We validate this proposal by studying how the model could serve as a basis for achieving the strategic goals listed on the strategic maps of several organizations. KEYWORDS: Collaborative Web, Knowledge Management, Knowledge Creation, Knowledge Dissemination, Knowledge Transformation, Internet, Knowledge Portal, Strategy, Learning and Growth, BSC, Balanced Scorecard.
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Gráfico das dimensões epistemológica e Ontológica (FROTA e PANTOJA). ...... 27
Figura 2 - Modos de conversão. Extraído de Nonaka e Takeuchi (1997)............................... 27
Figura 3 – Espiral do conhecimento. Extraído de Nonaka e Takeuchi (1997)........................ 29
Figura 4 - Divisão das redes sociais por apropriação Recuero.a (2010) adaptado para os
exemplos citados na classificação segundo Glogs (2010), apud Wikipedia. .......................... 40
Figura 5 - Sintetização percentual dos objetivos dos recursos, disponíveis para o modelo
estudado. .............................................................................................................................. 85
Figura 6 - Sintetização absoluta dos objetivos dos recursos, disponíveis para o modelo
estudado. .............................................................................................................................. 86
Figura 7 - Sintetização percentual dos tipos de laços dos recursos, disponíveis para o modelo
estudado. .............................................................................................................................. 87
Figura 8 - Sintetização percentual dos tipos de laços dos recursos, disponíveis para o modelo
estudado. .............................................................................................................................. 87
Figura 9 - Sintetização percentual dos tipos Conversão do Conhecimento, disponíveis para o
modelo estudado. ................................................................................................................. 88
Figura 10 - Sintetização absoluta dos tipos Conversão do Conhecimento, disponíveis para o
modelo estudado. ................................................................................................................. 89
Figura 11 - Sintetização percentual dos tipos Validação de Conteúdo, disponíveis para o
modelo estudado. ................................................................................................................. 89
Figura 12 - Croqui de exemplo de página principal para o usuário da rede............................ 99
11
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Quadro de Perspectiva de Aprendizagem e Crescimento na Petrobras..................56
Tabela 2 – Quadro de Perspectiva de Aprendizagem e Crescimento na Masa da
Amazônia..................................................................................................................................57
Tabela 3 – Quadro de Perspectiva de Aprendizagem e Crescimento no Tibunal de Contas da
União.........................................................................................................................................58
Tabela 4 – Quadro de Perspectiva de Aprendizagem e Crescimento no Supremo Tribunal
Federal.......................................................................................................................................60
Tabela 5 – Quadro de Perspectiva de Aprendizagem e Crescimento no Supremo Tribunal
Federal.......................................................................................................................................60
Tabela 6 – Recurso do Objetivo: compartilhamento do Conhecimento...................................91
Tabela 7 – Recurso do Objetivo: Motivação ...........................................................................92
Tabela 8 – Recurso do Objetivo: Organização de Conteúdo....................................................92
Tabela 9 – Tipo de conteúdo: Informacional............................................................................93
Tabela 10 – Tipo de conteúdo: Conversacional........................................................................93
Tabela 11 – Tipo de conversão do conhecimento: Externalização...........................................93
Tabela 12 – Tipo de conversão do conhecimento: Combinação...............................................93
Tabela 13 – Tipo de conversão do conhecimento: Socialização...............................................93
Tabela 14 – Tipo de conversão do conhecimento: Internalização............................................94
Tabela 15 – Quadro de modelo de Perspectiva de Aprendizagem e Crescimento proposto
neste projeto............................................................................................................................101
12
LISTA DE SÍMBOLOS, SIGLAS, GLOSSÁRIO
Latim
apud junto a; em
et al e outros
in loco no local
Siglas
API Application Programming Interface
BSC Balanced Scorecard
CNN Cable News Network
DW Data Warehouse
flv Flash Video
IBM International Business Machines
IT Information Tecnology
MBA Master of Business Administration
RH Recursos Humanos
TCU Tribunal de Contas da União
Glossário
Core Competences Competências estratégicas
Fotolog Registro publicado com fotos na internet
Miniclip.com Sítio de jogos grátis on line
Myspace Rede social interativa com fotos, blogs e perfis de usuário
Orkut Rede social filiada ao Google
Twitter Rede social e servidor para microblogging
Weblog Registro frequente de informações na internet
Second Life Jogo virtual on line 3D
World of Warcraft Jogo on line de ação e aventura
13
SUMÁRIO
1. DADOS DOS AUTORES ............................................................................................... 15 1.1. Alysson Fernando Campos dos Santos ................................................................... 15 1.2. Leandro Borges de Rezende .................................................................................... 15
2. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 16 2.1. Apresentação do trabalho ....................................................................................... 16 2.2. Problema e delimitação da pesquisa ....................................................................... 17 2.2.1. Problema de pesquisa ............................................................................................. 17 2.2.2. Delimitação da pesquisa ......................................................................................... 17 2.3. Objetivos .................................................................................................................. 17 2.3.1. Objetivo Geral ........................................................................................................ 17 2.3.2 Objetivos Específicos .............................................................................................. 17 2.4. Justificativa .............................................................................................................. 18
3. REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................................... 20 3.1 Redes de Relacionamento ......................................................................................... 20 3.1.1 Contexto social ........................................................................................................ 20 3.1.2 Motivações para o Inter-relacionamento .................................................................. 21 3.1.3 Redes de Relacionamento Web ................................................................................ 21 3.2 Gestão do Conhecimento .......................................................................................... 23 3.2.1 Conceitos Básicos de Gestão do Conhecimento ....................................................... 24 3.2.2 A Teoria da Espiral do Conhecimento ..................................................................... 26 3.2.3 O processo de Gestão do Conhecimento .................................................................. 30 3.2.3.1 Gestão de Competências ....................................................................................... 33 3.2.3.2 Gestão de Capital Intelectual ................................................................................ 33 3.2.3.3 Aprendizagem Organizacional .............................................................................. 35 3.2.3.4 Educação Corporativa ........................................................................................... 36 3.3 Mídias Sociais ........................................................................................................... 37 3.3.1 Comunicação ........................................................................................................... 42 3.3.1.1 Blogs .................................................................................................................... 42 3.3.1.2 Microblogs ........................................................................................................... 43 3.3.1.3 Redes Sociais ....................................................................................................... 45 3.3.1.4 Eventos................................................................................................................. 50 3.3.2 Colaboração ............................................................................................................ 50 3.3.2.1 Wikis .................................................................................................................... 51 3.3.2.2 Social Bookmarking ............................................................................................. 51 3.3.2.3 Social News .......................................................................................................... 51 3.3.3 Multimídia............................................................................................................... 52 3.3.3.1 Compartilhamento de Fotos .................................................................................. 52
14
3.3.3.2 Compartilhamento de Vídeos ................................................................................ 52 3.4 Perspectiva do Aprendizado e Crescimento nas Organizações .............................. 54 3.4.1 Petrobras ................................................................................................................. 55 3.4.2 Masa da Amazônia .................................................................................................. 56 3.4.3 Tribunal de Contas da União ................................................................................... 57 3.4.4 Supremo Tribunal Federal ....................................................................................... 58
4. DESENVOLVIMENTO................................................................................................. 61 4.1. Metodologia ............................................................................................................. 61 4.1.1. Procedimentos de pesquisa utilizados nesse trabalho .............................................. 61 4.1.1.1. Desenvolvimento da investigação exploratória..................................................... 61 4.1.1.2 Desenvolvimento de pesquisa aplicada ................................................................. 62 4.1.1.3. Desenvolvimento da revisão bibliográfica............................................................ 62 4.1.1.4. Desenvolvimento da pesquisa documental ........................................................... 62 4.2. Interação para gerar conhecimento, uma motivação para a pesquisa .................. 62 4.3 Síntese dos principais recursos e características ..................................................... 65 4.3.1 Recursos das mídias sociais de comunicação ........................................................... 66 4.3.2 Recursos das mídias sociais de colaboração ............................................................. 77 4.3.3 Recursos das mídias sociais de multimídia............................................................... 79 4.3.4 Análise da síntese dos recursos ................................................................................ 85 4.4 Modelo de mídia social para intranet corporativa .................................................. 90 4.4.1 Listagem dos recursos que devem ser utilizados no modelo ..................................... 90 4.4.2 Croqui das telas sugeridas para distribuição dos conteúdos na rede proposta ............ 94 4.4.2.1 Página principal (croqui imagem) ......................................................................... 94 4.4.2.2 Página de comunidades organizacionais (textual).................................................. 99 4.4.2.3 Página de perfil do usuário (textual).................................................................... 100 4.4.2.4 Página de relacionamentos (textual) .................................................................... 100 4.4.2.5 Página de comunidades gerais (textual) .............................................................. 101 4.4.2.6 Página de notícias e informações gerais (textual) ................................................ 101 4.4.2.7 Página de eventos (textual) ................................................................................. 101 4.4.2.8 Página de conteúdos multimídia (textual) ........................................................... 102 4.4.2.9 Página de wikis (textual) ..................................................................................... 102 4.4.2.10 Página de documentações (textual) ................................................................... 103 4.4.2.11 Página de ajuda (textual) ................................................................................... 103 4.4.2.12 Página de configurações (textual) ..................................................................... 103 4.5 Validação do modelo sob o ponto de vista teórico e visão estratégica .................. 104 4.6 Sugestão para trabalhos futuros: aplicação do modelo ........................................ 111
5. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 111 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 113
15
1. DADOS DOS AUTORES
1.1. Alysson Fernando Campos dos Santos
Alysson Fernando Campos dos Santos é Tecnólogo em Redes de Computadores pela
Faculdade Jesus Maria José – FAJESU (2009), e MBA em Governança de Tecnologia da
Informação pelo UNICESP – Brasília – DF (2010). Desenvolveu seu interesse pela
informática quando contratado pela Loreno Informática como vendedor e posteriormente
promovido a gerente comercial. Desde então passou a estudar cada vez mais na área,
realizando cursos e seminários. Foi Gerente e Administrador do parque de informática das
empresas Sinapse, Samdel e ITEB (2003-2006), atuou como Analista de Desenvolvimento de
Projetos na Contraste Engenharia - BrasilTelecom focado em telefonia móvel (2005-2006) e
desde 2007 serve ao Exército Brasileiro como 3º Sargento Técnico Temporário exercendo a
função de Adjunto ao Gestor de Pagamento do Exército e tem como responsabilidades:
Auditar utilizando a Ferramenta ACL (Audit Command Language), Manipular e Acompanhar
o ambiente de produção do Mainframe bem como as Fases do Cronograma de Pagamento e os
relatórios do ambiente de produção.
1.2. Leandro Borges de Rezende
Leandro Borges de Rezende é Engenheiro de Redes de Comunicação pela
Universidade de Brasília – UnB (2008), e MBA em Governança de Tecnologia da Informação
pelo UNICESP – Brasília – DF (2010). Entusiasta por tecnologia e inovação, desenvolveu seu
primeiro sítio web aos 14 anos (2001). Desde então, trabalhou em dezenas de portais e
sistemas web e durante sua formação acadêmica teve a oportunidade de fundar a EngNet
Consultoria, Empresa Júnior de Engenharia de Redes na UnB, na qual atuou como Diretor
Presidente e Diretor de Desenvolvimento Web (2007-2008). Foi Administrador de Redes
(2006), trabalhou na empresa multinacional Accenture do Brasil com Business Intelligence e
Data Warehouse (2006-2008), atuou como Operador de Sistemas de TV na Central de
Engenharia da Rede Globo Brasília (2008-2009) e desde 2009 é Servidor Público compondo
o corpo de Apoio Especializado em Tecnologia da Informação no Supremo Tribunal Federal
focado no estudo e incorporação de novas tecnologias em desenvolvimento web.
16
2. INTRODUÇÃO 2.1. Apresentação do trabalho
Em meio à constante evolução da Tecnologia da Informação, a sociedade vive um
novo paradigma de crescimento intelectual no qual a gestão da informação deve ser tratada
imperativamente com recursos cada vez mais eficazes.
A Internet, entenda-se como meio de comunicação mais amplo e tentacular conhecido
atualmente, tem recebido diariamente contribuições individuais por meio de diversas
plataformas construídas especificamente para essa finalidade: coletar dados, transformar
informação e disseminar experiências e conhecimento por toda a rede de forma colaborativa.
O grande desafio das corporações nesse momento tão delicado da evolução da
humanidade é elaborar meios de reter o conhecimento individual para fins coletivos de
maneira não intrusiva, atraente e de forma que ele não se dissipe no universo.
Ressalta-se que a gestão do conhecimento é um importante objetivo estratégico sob a
perspectiva da Aprendizagem e Crescimento proposta pelo Balanced Scorecard1 e se vincula
diretamente ao alcance das demais metas estratégicas de um ambiente corporativo.
Nesse trabalho entenderemos qual o estágio atual da internet e que tipos de recursos
estão em voga no sentido das mídias sociais; contextualizaremos tais recursos na busca pela
evolução da gestão do conhecimento corporativo com aplicação direta em Portais do
Conhecimento, visando principalmente a disseminação desse conhecimento; e por fim,
verificaremos como a proposta pode atuar como objetivo estratégico estudando diversos
Mapas Estratégicos com foco na perspectiva do Aprendizado e Crescimento, a fim de validar
a proposta como modelo estratégico nas organizações contemporâneas.
Esse trabalho não visa a elaboração de uma ferramenta para atingir os objetivos
citados acima. O estudo produzirá um modelo que servirá como insumo para construção de
ferramentas alinhadas aos objetivos de cada organização e, portanto, com características
próprias que deverão ser analisadas caso a caso em seu contexto organizacional. 1 O Balanced Scorecard (BSC) é uma metodologia de desenvolvimento de planejamento estratégico amplamente reconhecido no meio acadêmico e empresarial. Proposto pela primeira vez na década de 90 por Robert Kaplan e David Norton como um sistema de mensuração do desempenho e posteriormente entendido como sistema de gestão estratégica, baseia-se em quatro perspectivas: cliente, financeiro, processos e aprendizado e crescimento, esta, foco direto desta pesquisa. (BSC INSTITUTE, 2010)
17
2.2. Problema e delimitação da pesquisa
2.2.1. Problema de pesquisa
Considerado o exposto, coloca-se o questionamento: Como utilizar a inclusão de
tecnologias colaborativas web das mídias sociais emergentes enquanto objetivo
estratégico relacionado ao aprendizado e crescimento organizacional buscando a
evolução da gestão do conhecimento corporativo?
2.2.2. Delimitação da pesquisa
Este trabalho buscará levantar o arsenal tecnológico relacionado à difusão e
colaboração de informações disponíveis na web pelas mídias sociais. Esse ferramental será
utilizado para criar um modelo capaz de prover um ambiente em que as informações que
fluem de maneira caótica em uma corporação possam ser organizadas com a finalidade de
gerir o conhecimento organizacional de maneira inteligente e eficaz.
Haverá esforço constante em demonstrar que a ferramenta se elaborada pode ser
entendida como uma poderosa aliada para a conquista dos diversos objetivos estratégicos
definidos por uma organização.
2.3. Objetivos
2.3.1. Objetivo Geral
Integrar conceitualmente os recursos de Internet Colaborativa utilizados em Mídias
Sociais buscando a elaboração de um modelo de portal intranet capaz de unir os diversos
setores de uma empresa enriquecendo a gestão do conhecimento corporativo - enquanto
objetivo estratégico de uma organização -, potencializando a disseminação do conhecimento.
2.3.2 Objetivos Específicos
18
a) Estudar os diversos conceitos propostos por aplicações de TI emergentes relacionadas
à web colaborativa nas novas Mídias Socias, conhecidas também como WEB 2.0;
b) Efetuar uma revisão bibliográfica sobre a Gestão do Conhecimento buscando
encontrar pontos passíveis de aprimoramento ou de aplicação direta por meio do
ferramental obtido em “a)”;
c) Analisar as diversas possibilidades de definição de objetivos estratégicos por meio da
perspectiva do Aprendizado e Crescimento do BSC para alinhar os conceitos
propostos à estratégia da organização;
d) Propor um modelo – sugestões e checklists - de portal intranet colaborativo visando a
aplicação dos conceitos estudados na gestão do conhecimento corporativo para
obtenção dos seguintes resultados:
a. geração e disseminação de conhecimento por meio de experiências individuais
e não apenas por materiais documentados na rede (livros, tutoriais, manuais);
b. integração do dia-a-dia corporativo ao ambiente colaborativo;
c. maior sinergia e envolvimento interpessoal dos diversos setores da
organização;
d. disponibilização de insumos para que cada colaborador da organização entenda
seu papel dentro do processo de negócio; e principalmente
e. elaboração de um ambiente onde informações que trafegam de maneira
desordenada possam ser recuperadas e filtradas de acordo com interesses
diversos definidos de maneira específica pelos gestores de diversas áreas e
colaboradores do sistema.
2.4. Justificativa
Entende-se que o conhecimento coletivo, possui em cada indivíduo, capital intelectual
essencial para sua composição. Podemos fazer uma analogia direta dessa proposta aos
elementos de uma orquestra: isoladamente, chegam a brilhar em um momento solo, mas
encantam e emocionam de maneira muito mais espetacular quando regidos em seu conjunto.
19
A internet contemporânea está contextualizada em um novo período evolutivo.
Nascendo de uma era na qual as informações eram apenas estáticas e passando por uma época
em que ser dinâmico era apenas aumentar o volume de informação, chegamos a um patamar
no qual há uma necessidade constante de compartilhamento de informações em prol da
colaboração do conhecimento. A grande teia mundial não é mais composta somente de
arquivos e dados gravados em banco, mas intrinsecamente, por cada indivíduo, com
importância e contribuição ímpar e que em conjunto compõem o conhecimento humano.
Nota-se também que o conceito de colaboração web agrada à nova geração da última
década do século XX, início do século XXI. A internet tem mesclado culturas mundiais em
uma única perspectiva comum e todos os dias um grande volume de informações individuais
é compartilhado na web por motivações diversas. O interessante é observar que tais
motivações convergem sempre em um mesmo ambiente de comunicação pela simples vontade
de compartilhar experiências.
Há que se pensar, então, em uma maneira de gerir o conhecimento aproveitando-se
dessa pró-atividade e motivação inerente a cada indivíduo moderno, obtendo-se extrema
eficácia quando no alinhamento dos objetivos individuais e corporativos.
Dessa forma, a contribuição desse trabalho para o meio acadêmico no contexto da
Tecnologia da Informação e Comunicação é a sumarização crítica dos diversos enfoques dos
principais portais colaborativos emergentes nas novas mídias sociais e qual a correlação de
sua aplicação em um ambiente corporativo para a evolução da gestão do conhecimento –
através da potencialização de sua disseminação.
Do ponto de vista profissional, o trabalho permite que as corporações sejam capazes
de conquistar seus objetivos estratégicos delineando seu próprio modelo de gestão do
conhecimento - mantendo a experiência de seus colaboradores como capital intelectual da
organização.
20
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Redes de Relacionamento
Quando povos, comunidades ou até mesmo pessoas começam a se organizar,
naturalmente relacionamentos surgem. É da natureza humana. O termo “Redes Sociais ou
Redes de Relacionamento” surgiu por volta de 1.900 para descrever essas redes. De acordo
com Barnes (1954, p.39), essas redes podem ser descritas como “um grupo complexo de
relações entre membros de mesma classe ou não”.
O conceito de redes pode ser empregado junto a diversos marcos conceituais. É mais um ferramental de análise do que propriamente um conceito analítico, ou construto teórico reconhecido. Ambos apontam para a necessidade de uma pesquisa de caráter etnográfico, para fazer funcionar o conceito. (Barnes,1971).
As relações nas redes de relacionamento são de suma importância entre os seus
participantes, para Wasserman e Faust (1994) “estudos de redes baseavam nos participantes e
suas ações, com pouca ou nenhuma ênfase aos relacionamentos. Hoje, percebemos, em
relações comerciais e, especialmente, nas negociações, que o tipo e as formas do
relacionamento são fundamentais”.
3.1.1 Contexto social
Possuir uma boa rede social facilita no alcance de objetivos pessoais e profissionais na
identificação de oportunidades, prospecção de negócios, abertura de portas, antes
improváveis, obtenção de informações, fomento de parcerias, oportunidades no mercado de
trabalho, resolução de problemas com rapidez, entre outros.
Redes sociais podem variar em seu alcance, por exemplo, no seu tamanho e heterogeneidade. Quanto maior for a rede social, mais heterogêneas são as características sociais dos membros da rede e maior a complexidade na estrutura dessas redes (GARTON; HAYTHORNTHWAITE; WELLMAN, 1997).
21
Cada vez mais as redes de relacionamento no seu contexto social tornam-se mais
importantes, não só pela sua característica de aproximação, mas principalmente pela
colaboração que ela proporciona aos grupos que ela envolve. E isto não se aplica apenas no
contexto pessoal, mas também nas empresas que buscam essa disseminação do conhecimento
entre seus membros.
3.1.2 Motivações para o Inter-relacionamento
Atingir objetivos de interesses comuns e motivar pessoas estimulando-as a liberarem
seus melhores talentos são interesses do Inter-relacionamento.
De acordo com Chiavenato (2000, p. 114) “cada pessoa possui uma personalidade
própria e diferenciada que influi no comportamento e atitudes das outras com quem mantém
contatos e é, por outro lado, igualmente influenciada pelas outras”.
Entende-se então, que entre as pessoas que participam das redes de relacionamento,
existem inúmeras diferenças nos grupos que se relacionam, essas diferenças englobam
opiniões, informações, conhecimentos, atitudes, valores, preconceitos, heranças, e estilos
comportamentais, o que traz inevitavelmente divergências de opiniões no grupo.
Tanto para o sucesso pessoal quanto para o profissional, possuir uma boa rede de
relacionamento, é hoje um requisito fundamental, que só ocorre quando obtemos a capacidade
de ver além dos nossos objetivos e da própria visão da empresa.
“Ações motivacionais surgem com propósitos de se alcançar o inter-relacionamento.
Pessoas produzem mais quando estão envolvidas em projetos regidos pela motivação pessoal”
(Duarte, 2008).
Para Perter Senge (2002), as pessoas que realmente fazem a diferença têm motivações
mais profundas. O dinheiro não motiva pioneirismo. A vontade de mudar o mundo sim.
3.1.3 Redes de Relacionamento Web
22
Estudar padrões de conexões expressos no ciberespaço é compreender a composição
dos grupos sociais. As redes de relacionamentos estão modificando os processos sociais e
informacionais da nossa sociedade. A internet trouxe consigo diversas modificações para a
sociedade, com ela a possibilidade das pessoas interagirem das diversas formas, expressando-
se livremente e socializando-se através de ferramentas de comunicação mediadas por seus
computadores.
As Redes de Relacionamento na Web possuem elementos que servem de base para
que elas sejam percebidas e as informações aprendidas. São os atores o primeiro elemento da
rede social. “Trata-se das pessoas envolvidas na rede que se analisa (...) no entanto, quando se
trabalha com redes sociais na internet, os atores são constituídos de maneira diferenciada (...)
trabalha-se com representações dos atores sociais, ou com construções identitárias (...)”
(Recuero, 2009). Portanto podemos exemplificar estes atores como weblog, fotolog, twitter e
até mesmo por um perfil no Orkut ou Myspace, entre tantos outros que encontramos na
internet.
Conexões de uma rede social é tido como outro elemento que mantém rastros sociais
dos indivíduos na internet. Interação, relações e laços sociais são elementos da conexão. “(...)
interação, como tipo ideal, implicaria sempre uma reciprocidade de satisfação entre os
envolvidos (...) uma relação sempre envolve uma quantidade grande de interações (...) o laço
social pode ser constituído de outra forma: através de associação (...) representado unicamente
por um sentimento de pertencimento (...)” (Recuero, 2009).
Atraindo cada vez mais a atenção das pessoas de todo o mundo, inclusive acadêmicos
e pesquisadores, as redes de relacionamento, estão intrigando com suas capacidades de
alcance. A maioria dessas redes de relacionamentos na web consiste na divulgação de
conteúdo acadêmico, profissional, científico, fotos, vídeos, informações sobre o usuário,
recebimento de recados, mensagens, e tudo mais que puder ser transformado em dados.
O termo "redes sociais" confunde-se no discurso público quanto ao termo "Sites de
relacionamentos". Os Sites de relacionamento são serviços baseados na Web que permitem
aos indivíduos construir um perfil público ou semiperfil público. Estes sites de
relacionamento são amplamente acessíveis, muitos feitos para atrair populações, por isso não
é raro encontrar grupos que utilizam sites de filtro por nacionalidade, idade, escolaridade, ou
outros fatores.
23
Para obter um relacionamento na web é necessário que façamos nosso network, a fim
de que nos tornemos um networker formando assim um excelente networking. Ou seja, criar,
manter e utilizar sua rede de relacionamento, este é o nosso network; praticar esta atividade
habitualmente é função do networker; e networking é a rede de relacionamentos ou de
contatos, que propõe alavancar seus objetivos pessoais e profissionais.
Fazer networking, é uma forma de se relacionar e de estabelecer contatos com pessoas que
estão à nossa volta e com todas as outras que ainda poderemos vir a conhecer.
3.2 Gestão do Conhecimento
O mundo globalizado e mercadológico encontra-se em um patamar em que a
manutenção do capital intelectual tem requerido cada vez mais espaço nas corporações. O
ambiente competitivo das empresas precisa de inovação de produtos e relacionamento com
clientes e fornecedores. Segundo Hommering (2001, p.88), “Passa a ser crítica a habilidade da
empresa em lidar com o conhecimento que possui (...) e utilizá-lo eficazmente para reinventar
e inovar seus produtos, serviços e processos.”
O mercado está inserido em um ambiente que deve tratar o conhecimento existente na
organização e na mente dos empregados como um novo tipo de ativo empresarial. Ao modelo
necessário para gerir tal conhecimento como um ativo, chama-se Gestão do Conhecimento
(HOMMERING, 2001, p. 88 apud, Korowajczuk, 2000).
Segundo o Hommering (2001), apud Knowledge Management Glossary (1997),
Gestão do Conhecimento é o processo sistemático de procura, seleção, organização, análise e disponibilização da informação, de modo que se possibilite aos trabalhadores de uma organização a compreensão necessária e suficiente numa área de interesse específico.
É válido explicitar que a revolução das Tecnologias de Informação e Comunicação
(TIC) trouxe com ela o ferramental para “criação, coleção, armazenamento, combinação e
utilização do conhecimento” (FRESNEDA E GONÇALVES, 2007).
Fresneda e Gonçalves (2007) entendem que utilizar a Gestão do Conhecimento no
Setor Público, acima do que comentamos a respeito do setor privado e de livre concorrência, é
uma forma estratégica de trilhar um novo caminho a fim de melhorar o desempenho e o
relacionamento interno e externo das organizações desse setor.
24
Além disso, segundo Fresneda e Gonçalves (2007) apud Wiig (1999), qualquer
sociedade é dependente da qualidade do fornecimento dos serviços públicos. Essa qualidade é
influenciada por diversos fatores entre estrutura, responsabilidade, capacidades, informação,
especialização do quadro de servidores e conhecimento disponível. O autor ainda evidencia
que o conhecimento é o maior possibilitador – enquanto “recurso básico que governa a
natureza e a direção das ações”.
Com a finalidade de promover os conhecimentos necessários ao desenvolvimento,
Fresneda e Gonçalves (2007) apresentam, entre outras alternativas de ação: fomentar a
diversidade e o pluralismo, que segundo os autores “trazem para (...) a sociedade (...)
conhecimentos distintos e valiosos (...) que contêm experiências e observações inestimáveis
(...), e que deveriam ser aproveitados e protegidos”.
Nesse sentido, uma maneira de permitir tal troca de conhecimentos e pluralismo na
gestão do conhecimento seria na figura do portal corporativo baseado em mídias sociais “uma
interface personalizada de recursos on-line que permite que os trabalhadores do conhecimento
acessem e partilhem informações, tomem decisões e realizem ações” CARVALHO, CHOO e
FERREIRA (2007) apud Collins (2003, p.77). Discutiremos essa possibilidade no
desenvolvimento desse trabalho.
Nesse capítulo trataremos de elencar informações básicas evoluindo o conceito de
Gestão do Conhecimento e tratando principalmente da Teoria da Espiral do Conhecimento
defendida por Nonaka e Takeuchi (1997). Essa teoria é amplamente aceita no ramo e é
intimamente correlacionada ao modelo proposto nesse trabalho em sua relação às mídias
sociais colaborativas.
3.2.1 Conceitos Básicos de Gestão do Conhecimento
Para se falar em Gestão do Conhecimento, é necessário sedimentarmos primeiramente
o conceito de dado, informação e conhecimento, abstraindo então o processo de Gestão.
Segundo Santos, Pacheco e Pereira (2010), no contexto de uma organização, “dado é o
registro estruturado de transações.” Generalizadamente, esse conceito poderia ser definido
como um “conjunto de fatos distintos e objetivos, relativos a eventos” SANTOS, PACHECO
e PEREIRA (2010) apud DAVENPORT e PRUSAK (1998, p. 2). Nesse sentido, um “dado”
nada mais seria que uma informação não lapidada, bruta, uma descrição exata de um evento,
25
não dotado de relevância ou significado, mas importante enquanto matéria prima para criação
da informação.
Informação, obtida através de dados, é uma mensagem – no sentido amplo, composta
de dados, emitente e receptor. “São dados interpretados, dotados de relevância e propósito.”
(SANTOS, PACHECO e PEREIRA, 2010, apud DRUCKER 1999, p.32). Um conjunto de
mensagens informacionais é capaz de se transformar em conhecimento. A informação afeta o
conhecimento inserindo nele novas informações, reestruturando-o (SANTOS, PACHECO e
PEREIRA, 2010, apud MACHLUP, 1983).
O conhecimento é proveniente da informação, tal como a mesma provem dos dados. O
conhecimento é difícil de ser traduzido em palavras. É cognitivo, intuitivo. Ele está dentro das
pessoas, daí sua imprevisibilidade e complexidade. Segundo Santos, Pacheco e Pereira (2010)
apud Davenport e Prusak (1998, p. 6), “o conhecimento pode ser comparado a um sistema
vivo, que cresce e se modifica a medida que interage com o meio ambiente”.
O conhecimento possui duas dimensões bastante aceitas no meio acadêmico, sendo
elas, o conhecimento tácito e o conhecimento explícito.
Segundo Coltre (2004) apud Nonaka e Takeuchi (1997), entender as diferenças entre o
conhecimento tácito e o explícito constitui o segredo para a criação do conhecimento.
O sentido de tácito e explícito é um conceito estudado de Coltre (2004) apud Polanyi
(1983). Tal ideia foi desenvolvida no fim da década de 40. Segundo o autor, o conhecimento,
em seu contexto pessoal, é formado dentro do indivíduo por meio do ambiente social. O autor
também afirma que “a verdadeira descoberta não é resultado de um conjunto de regras”, “o
conhecimento é ao mesmo tempo público e pessoal e pode ser construído” e “todo
conhecimento tem raízes na prática”.
Conceitualmente, segundo o autor na dimensão tácita do conhecimento, não é possível
verbalizar ou externalizar tudo o que se é conhecido. Nesse caso, qualquer pessoa, com
certeza, sabe muito mais do que pode explicitar.
Para Nonaka e Takeuchi (1997), o conhecimento tácito pode ser segmentado em técnico e cognitivo. O técnico é o Know-how, capacidade de difícil definição, já o cognitivo consiste nos modelos mentais, esquemas e valores que quando compartilhados socialmente e aceitos, são validados e refletem uma visão de realidade ou visão de mundo considerada correta COLTRE (2004).
No que se refere a conhecimento explícito podemos conceituar tudo aquilo que se é
convertido em informação, é codificado ou escrito e se compartilha (COLTRE 2004 apud
26
ZACK 1999). É o conhecimento tácito em uma forma materializada – o que não quer dizer
que todo o conhecimento tácito possa ser integralmente externalizado.
Por fim deve-se entender que pelo fato do conhecimento explícito ser codificado e o
conhecimento tácito ser muito mais subjetivo há certa dificuldade no processo de transmissão.
A transformação do conhecimento deve ser feita por meio de palavras, sons ou imagens de
forma a se tornar compreensível para o receptor.
Segundo Nonaka e Takeuchi (1997), é durante o processo de transformação do
conhecimento tácito-explícito-tácito que o conhecimento organizacional é criado. Esse artigo
expõe formas para atingir uma eficiente conversão do conhecimento aliado à sua
disseminação no contexto empresarial por meio das mídias sociais em portais corporativos.
3.2.2 A Teoria da Espiral do Conhecimento
Dois dos principais autores na temática de criação do conhecimento em contexto
empresarial são Nonaka e Takeuchi. Segundo eles, para que uma organização se torne uma
“empresa que gera conhecimento” (knowledge creating company), ela deve completar uma
“espiral do conhecimento”.
Essa espiral gira em ciclos que passam pelos domínios do conhecimento tácito e
explícito. Isso denota que o conhecimento deve ser articulado e então internalizado, tornando-
se parte do conhecimento individual de quem o experimenta (SANTOS, PACHECO e
PEREIRA 2010). A espiral, em sua essência cíclica, depois de se completar, começará
novamente, em patamares cada vez mais elevados, ampliando a aplicação do conhecimento
acumulado em outros setores da organização.
Ao inovar, as organizações não apenas processam informações, mas também criam
novos conhecimentos e informações. A teoria de criação organizacional criada por Nonaka e
Takeuchi também busca explicar a inovação (FROTA e PANTOJA, 2010).
Segundo Frota e Pantoeja, essa teoria possui uma epistemologia característica,
reflexão geral em torno da natureza, das etapas e limites do conhecimento humano. Além
disso, em se tratando da preocupação com a criação do conhecimento organizacional, em
oposição à criação do individual, essa teoria também possui uma ontologia própria,
27
direcionada aos níveis de entidades que criam o conhecimento. Esses níveis podem ser
individual, grupal, organizacional e interorganizacional.
Na figura 1, a espiral surge quando existe uma contínua interação entre os domínios do
conhecimento (tácito e explícito) elevando-se também o nível ontológico inferior até os níveis
mais altos.
Figura 1 – Gráfico das dimensões epistemológica e Ontológica (FROTA e PANTOJA).
Se ocultarmos a dimensão ontológica da representação anterior, ficaremos com um
ciclo transacional entre os domínios do conhecimento. Esse ciclo é dividido em quatro modos
de conversão denominados socialização, externalização, combinação e internalização (Figura
2). Essa é a maneira em que o conhecimento individual é experimentado e articulado. Na
dimensão ontológica, o conhecimento é amplificado na organização.
Figura 2 - Modos de conversão. Extraído de Nonaka e Takeuchi (1997).
28
O primeiro modo de conversão do conhecimento é a Socialização. Ela se dá pela
transformação de conhecimento tácito em conhecimento tácito. O compartilhamento de
experiências realizado na interação entre pessoas é o principal protagonista.
A Externalização é a conversão do conhecimento tácito em conhecimento explícito.
Sua própria notação explicita a forma em que a Externalização acontece: saindo do indivíduo,
para o meio externo. A Externalização é a materialização do conhecimento e é realizada
através da linguagem oral e da escrita (COLTRE, 2004, apud BRITO, 1997).
O terceiro modo é a Combinação, fruto da conversão de conhecimento explícito em
conhecimento explícito. Ele envolve a combinação de diferentes conhecimentos explícitos,
sua difusão e disseminação. É realizado entre pessoas que, em seu dia-a-dia, trocam e
combinam conhecimentos através de documentações, telefonemas, levando a novos
conhecimentos.
Por fim, a Internalização é a conversão do conhecimento explícito em conhecimento
tácito. Esse conceito está intimamente ligado ao processo de aprendizagem e obtenção de
conhecimento através de experiências alheias. Uma vez documentado ou materializado o
conhecimento de uma pessoa, ele pode ser consumido ou internalizado por outra. É o que
possibilita a transferência de conhecimento entre pessoas, “possibilitando vivenciar
indiretamente a experiência de outrem” (COLTRE, 2004).
A discussão dos modos de conversão do conhecimento diz respeito à dimensão
epistemológica da teoria da criação do conhecimento organizacional. O conhecimento tácito
dos indivíduos constitui a base da criação do conhecimento organizacional. Cabe à
organização mobilizar e gerenciar o conhecimento individual acumulado para o ampliar
“organizacionalmente” por meio dos quatro modos de conversão do conhecimento
disseminando-o para os níveis ontológicos superiores (FROTA e PANTOJA, 2010).
A esse ciclo que cresce na terceira dimensão da teoria (ontológica) chamamos “Espiral
do Conhecimento” (Figura 3). É nesse conceito que ocorre a interação entre o conhecimento
tácito e explícito em uma escala crescente de níveis organizacionais. Dessa forma, podemos
afirmar que o conhecimento organizacional é um processo em espiral, fruto do nível
individual que se propaga, ampliando comunidades de interação, cruzando fronteiras setoriais
e chegando a toda a organização. Daí sua importância estratégica enquanto ativo gerenciável
para a organização.
29
Figura 3 – Espiral do conhecimento. Extraído de Nonaka e Takeuchi (1997).
A transformação do conhecimento entre os modos citados dependem de cinco
condições ou facilitadores que dão energia para que o motor seja capaz de girar criando o que
chamamos de conhecimento organizacional.
Segundo Nonaka e Takeuchi (1997), essas cinco condições/facilitadores são a
intenção, autonomia, flutuação ou caos criativo, redundância e variedade de requisitos.
A intenção, alinhada a visão estratégica da organização, se relaciona às metas que se
deseja alcançar. Sem comprometimento dos envolvidos, a visão não se estabelece. Há que se
trabalhar, então, a motivação pessoal dos indivíduos em fazer parte do sistema de criação do
conhecimento organizacional.
Deve haver autonomia no primeiro nível ontológico da criação do conhecimento. Os indivíduos devem agir individualmente de acordo com as circunstâncias em que sem encontram, sem pressão e de forma autônoma. Tal autonomia aumenta a possibilidade de automotivação para criação de conhecimentos e idéias originais que, se difundidas no grupo, se tornam idéias organizacionais (COLTRE, 2004).
Na situação da flutuação, ou caos criativo, há promoção das interações com a
organização e o meio ambiente. Ela ocorre quando a organização explora ruídos e
ambigüidades na busca pela aprimoração de seus processos. Quando uma empresa impõe uma
meta desafiadora, ela provoca o caos criativo, causando um colapso nas rotinas da estrutura
cognitiva das pessoas (COLTRE, 2004). Seu benefício é possível apenas em pessoas que
possuem habilidade de refletir sobre suas ações. Nesse ambiente, esse tipo de pessoa se
30
transforma em um pesquisador no contexto prático e promove a aprendizagem. “Por isso que
ao enfrentar um colapso, temos (...) oportunidade de considerar as perspectivas fundamentais
de nossa ação, exigindo profundo compromisso” (COLTRE, 2004, apud, SCHÖN, 2000). A
ligação entre as oportunidades e compromisso certamente facilitam o processo de criação do
conhecimento.
A redundância é o facilitador que denota a sobreposição intencional de informações
sobre atividades da organização cujo compartilhamento promove aumento do conhecimento
tácito daqueles indivíduos que sentem dificuldade em entender o que outros tentam
comunicar. Seu excesso, por outro lado, pode criar uma sobrecarga negativa de informações.
Há que se pensar no equilíbrio entre a criação e o processamento de informações, a fim de
esclarecer de forma específica onde as informações são localizadas e o conhecimento é
armazenado (COLTRE, 2004, apud, NONAKA e TAKEUCHI, 1997).
Por último, a variedade de requisitos é a possibilidade de acessar rapidamente
qualquer informação. Este é um aspecto crítico em sistemas que desejam disseminar a
informação de maneira eficiente. Este facilitador se relaciona ao poder de combinar a
informação a fim de maximizá-la e obter resultados. Acessar a todos os níveis de organização
é condição essencial para a obtenção de variedade de requisitos. Em contrapartida, não
consiste em dificultador a manutenção de restrições de acesso que viabilizem a segurança da
informação.
3.2.3 O processo de Gestão do Conhecimento
Pelo exposto nas seções anteriores, nota-se que a Gestão do Conhecimento é um
“processo sistemático de identificação, criação, renovação e aplicação dos conhecimentos que
são estratégicos na vida de uma organização” (SANTOS, PACHECO e PEREIRA, 2010).
Gestão do conhecimento é a administração dos ativos de conhecimento das organizações e
permite à organização conhecer o seu real valor para ela.
A gestão do conhecimento trata de saber identificar as fontes de informações em uma
empresa. Trata de saber administrar dados e informações e saber gerenciar seus
conhecimentos. É uma prática de agregar valor à informação e de distribuí-la. Nesse processo
existem algumas dificuldades conhecidas, tais como: saber influenciar o comportamento do
trabalhador – esse, o maior problema, segundo Santos, Pacheco e Pereira (2010) -, fazer com
31
que as lideranças da organização comprem a idéia, e por fim, determinar como classificar o
conhecimento.
A fim de desenvolver os sistemas de conhecimento é necessário ter foco nas
tecnologias facilitadoras – neste trabalho, as ferramentas colaborativas das mídias sociais -,
gestão de performance – mensuração, recomendação, recompensas para equipes -, e gestão de
pessoas – busca do perfil disseminador do conhecimento e foco especial na motivação desses
profissionais.
Segundo Santos, Pacheco e Pereira (2010) apud Drucker (1999), há quatro décadas já
se alertava para a questão de que o trabalho se tornaria cada vez mais baseado no
conhecimento.
“Somente a organização pode oferecer a continuidade básica de que os trabalhadores do conhecimento precisam para serem eficazes. Apenas a organização pode transformar o conhecimento especializado do trabalhador do conhecimento em desempenho” (Santos, Pacheco e Pereira, 2010 apud Drucker 1999, p. 40).
Para se transformar as empresas em “empresas que aprendem” são necessárias
diversas e complexas revisões nos valores das lideranças. Os knowledge workers, (SANTOS,
PACHECO e PEREIRA 2010 apud TERRA, 2000, p.203) elencam algumas questões e
desafios a serem vencidas:
a) como mapear o conhecimento (competências individuais) existente nas
empresas?
b) onde se encontram as expertises e habilidades centrais da empresa
relacionadas às core competences?
c) como facilitar e estimular a explicitação do conhecimento tácito dos
trabalhadores?
d) como atrair, selecionar e reter pessoas com as requeridas competências,
habilidades e atitudes?
e) como manter o equilíbrio entre o trabalho em equipe e o trabalho individual
e entre o trabalho multidisciplinar e a requerida especialização individual?
f) como utilizar os investimentos em informática e em tecnologia de
comunicação para aumentar o conhecimento da empresa e não apenas acelerar
o fluxo de informações?
32
g) quais sistemas, políticas e processos devem ser implementados para moldar
comportamentos relacionados ao estímulo à criatividade e ao aprendizado?
h) como incentivar e premiar o knowledge sharing (compartilhamento de
conhecimento) e desencorajar o knowledge holding (que as pessoas guardem o
conhecimento para si próprio)?
i) como tornar a empresa aberta ao conhecimento externo? Como ampliar e
capturar o fluxo de conhecimentos, insights e idéias provenientes de clientes,
parceiros, fornecedores e da comunidade em geral?
Essas questões levantadas na íntegra por TERRA (2000) se encaixam perfeitamente na
lista de problemas que podem ser resolvidos por um sistema corporativo baseado em mídias
sociais. Dessa forma, no desenvolvimento do trabalho, a solução para tais questionamentos
será apresentada baseada no modelo proposto por esse artigo.
Uma grande barreira para a gestão do conhecimento é conseguir quebrar a tendência
das pessoas de reter seus conhecimentos. Deve-se motivá-las a colaborar, oferecer
recompensas ou até mesmo, conquista-las por motivações pessoais sem que elas se deem
conta de o quanto estão colaborando com a corporação. Esse é um dos aspectos mais
importantes quando na adoção das mídias sociais em portais corporativos: o alinhamento
entre os objetivos pessoais de relacionamento do ser humano com os objetivos e metas
estratégicas da corporação.
Cabe frisar que não haverá sucesso nas corporações em que a gestão do conhecimento
não esteja plenamente ancorada pelas decisões e compromissos da alta administração. Isso se
relaciona tanto aos investimentos tecnológicos quanto à cultura organizacional, que celebre o
trabalho em conjunto e o compartilhamento.
A gestão do conhecimento, ainda segundo TERRA (2000), tem um "caráter universal", ou seja, aplica-se a empresas de todos os portes e nacionalidades e a sua efetividade requer a criação de novos modelos organizacionais (...), novas posições quanto ao papel da capacidade intelectual de cada funcionário e uma efetiva liderança, disposta a enfrentar, ativamente, as barreiras existentes ao processo de transformação (SANTOS, PACHECO e PEREIRA 2010).
Fica claro, mais uma vez, que mais que um processo sistemático, no âmbito
organizacional, a Gestão do Conhecimento deve ser tratada como um Processo Corporativo.
Tal processo deve ser focado na estratégia empresarial e envolverá a gestão das competências,
33
a gestão do capital intelectual, a aprendizagem organizacional e a educação corporativa
(SANTOS, PACHECO e PEREIRA, 2010).
3.2.3.1 Gestão de Competências
A Gestão de Competências se restringe ao gerenciamento do conhecimento real,
aquilo que já é habilidade intrínseca, experiências, redes sociais. Esse tipo de conhecimento
(competência) não pode ser replicado com completa perfeição e só é possível transferi-lo por
meio da prática. (SANTOS, PACHECO e PEREIRA, 2010).
Entende-se por competência a qualidade de um indivíduo que o torna capaz de gerar
resultados mensuráveis, palpáveis e observáveis, necessários ao alcance dos objetivos
(negociais e ambientais) definidos nas metas estratégicas e ideologias da organização.
A competência está fortemente relacionada às realizações das pessoas, ou seja, aquilo
que elas produzem e entregam. Dessa forma, segundo Santos et al (2010), competência é em
suma, a habilidade de colocar em prática o que se conhece em um determinado contexto.
De acordo com Santos et al (2010), a arquitetura organizacional de uma empresa deve
ser estruturada de modo a abordar as competências dos profissionais e colaboradores que nela
atuam, extinguindo-se o conceito de setorização, centralizado em cargos, fragilizado, e
articulando o reconhecimento no núcleo do conceito de competência. Deve-se conjugar
desempenho, competências, desenvolvimento e potencial em uma reestruturação das empresas
e organizações modernas a fim de aumentar a sinergia de todo o sistema, alocando os
profissionais de acordo com suas capacidades e motivações reais.
3.2.3.2 Gestão de Capital Intelectual
O Capital Intelectual é a integralização do conhecimento de todos os colaboradores de
uma organização. Segundo Santos et al (2010), o Capital Intelectual é uma capacidade mental
coletiva somada à capacidade de criar continuamente. Esse capital (intelectual) é criado a
partir do relacionamento entre o capital humano, capital estrutural e capital de clientes.
34
Santos et al (2010) entende que o capital humano é a capacidade organizacional de
uma empresa de suprir as exigências do mercado através das habilidades dos funcionários em
seus conhecimentos tácitos. Essencialmente diz respeito ao intelecto e experiência individual.
O capital estrutural é a “soma das patentes, processos, manuais, marcas, conceitos, e sistemas
administrativos, bancos de dados, tecnologia, estruturas organizacionais”. Já o capital de
clientes é o valor dos relacionamentos da organização com as entidades com as quais executa
negócios.
Santos et al (2010) estende os conceitos citados à publicação da Skandia Insurance de
1998, que também discrimina, entre outros, o capital de inovação. Esse último, uma força de
renovação de uma empresa. Ela é expressa como propriedade intelectual e é protegida por
direitos comerciais (patentes). O capital de inovação também inclui outros ativos e valores
intangíveis tal como conhecimento, receita e segredos de negócio.
O capital intelectual pode ser encontrado em três formas distintas (SANTOS,
PACHECO e PEREIRA, 2010 apud TAPSCOTT, 2000, p.37): na forma de conhecimento
tácito; na forma de conhecimento gerado nos relacionamentos que compartilham
conhecimento e experiências; e na forma de conhecimento armazenado em livros, revistas,
mídias digitais, etc.
Tapscott considera também o conceito de capital digital – digitalização do capital
intelectual. Esse capital digital, enquanto particularização do capital intelectual é o foco desse
artigo. Em consequência do uso da internet, esse conhecimento é obtido pelos contatos
digitais e relacionamentos virtuais de forma que os indivíduos possam compartilhar seu
conhecimento independentemente da distância. As pessoas nesse contexto compartilham e
disponibilizam em meios digitais as informações e boa parte do conhecimento que dispõem.
Isso possibilita que o conhecimento na web – ou em portais corporativos baseados em mídias
sociais com ferramentas colaborativas – seja aumentado exponencialmente, produzindo uma
“explosão de novas idéias”, o que fundamenta uma forma totalmente nova de gerar riqueza.
Santos et al (2010) explicita que
Muitas organizações já estão utilizando tecnologias facilitadoras para a aprendizagem coletiva e o compartilhamento de conhecimentos, como por exemplo, a Intranet, como suporte tecnológico a aprendizagem organizacional.
35
Esse trabalho se propõe a gerar um sequencial de sugestões para evoluir a maneira
como a intranet é feita, viabilizando um suporte tecnológico inovador para a Gestão do
Conhecimento.
3.2.3.3 Aprendizagem Organizacional
Gestão do Conhecimento significa utilizar dos recursos existentes em uma corporação
para que os colaboradores e profissionais sejam capazes de procurar, filtrar, encontrar e
colocar em prática um conhecimento existente ao invés de criar algo que já havia sido criado.
Não se deve entender da assertiva colocada que os integrantes da corporação não possam criar
conhecimento: a restrição está na recriação, que se alinha ao retrabalho quando algo que já foi
criado expende mais recursos para ser redefinido sem evoluções.
Por meio da aprendizagem contínua as organizações podem exercitar sua competência
de inteligência coletiva para responder ao seu ambiente interno (objetivos, metas, resultados)
e externo (estratégia) (SANTOS et al 2010).
Uma organização capaz de aprender possuirá a capacidade de modelar, manipular,
focar e criar seu próprio futuro, o futuro que de fato espera estrategicamente.
A aprendizagem organizacional pode ser entendida como uma habilidade
organizacional de obter e disseminar conhecimentos e também modificar esses
comportamentos conseguindo refleti-los (SANTOS, PACHECO e PEREIRA, 2010, apud,
SENGE, 1999).
Tal aprendizagem gera uma espécie de modelo pelo qual os profissionais da empresa
podem colaborar para que as metas estratégicas da empresa sejam atingidas. Nesse sentido,
eles devem ser incentivados a aplicar seus conhecimentos e habilidades de resolver impasses
inovando constantemente. Em um contexto como este, pode-se dizer que a organização é uma
empresa que aprende e que gera conhecimento.
Em suma a aprendizagem é em sua essência o resultado de um processo que se inicia
com a coleta de dados, repercute na informação através de sua organização e depois de
analisado e contextualizado se transforma em conhecimento – ou inteligência (SANTOS,
PACHECO e PEREIRA, 2010). Ao aplicar a inteligência nos processos de decisão da
empresa, é gerada a vantagem competitiva.
36
A inteligência pode ser conceituada como sabedoria. Segundo Santos et al (2010), na
hierarquia do conhecimento, temos: dados, informação, conhecimento explícito,
conhecimento tácito e sabedoria (inteligência).
Segundo Santos, Pacheco e Pereira (2010), os principais resultados que podem surgir
devido à adoção de práticas voltadas à aprendizagem organizacional na busca pela sabedoria
são:
a) um incremento da qualidade do planejamento operacional e estratégico;
b) agilidade no processo de tomada de decisões;
c) maior eficiência na previsão de mudanças e nas ações evitando-se surpresas;
d) encorajamento de inovações e incremento na qualidade dos produtos;
e) eliminação da obtenção e processamento da mesma informação em duplicidade;
f) incremento do compartilhamento da informação entre toda a organização;
g) aprendizado abrangendo toda a organização, inclusive a administração; e
h) aumento da competitividade e melhoria dos resultados.
Santos (2010) destaca também que o processo de aprendizagem organizacional não
deve se reter a um mero sistema de informações, um DW, um ambiente de intranet
corporativo, a uma atividade ou cargo/função. Diretamente de encontro ao tema desse
trabalho, segundo Santos, Pacheco e Pereira apud Tyson (1997), “A adoção de uma
ferramenta que viabilize, de forma sistematizada, a coleta, análise e disseminação (ou
compartilhamento) do conhecimento torna-se fundamental para que os usuários possam tomar
ações a partir dele”.
3.2.3.4 Educação Corporativa
O último ponto focal do processo de Gestão do Conhecimento segundo Santos,
Pacheco e Pereira (2010), é a Educação Corporativa. Esse é o ponto fundamental que embasa
a motivação do modelo proposto por esse artigo.
É fato que as corporações deverão enfrentar dificuldades para se adaptar a novos
ambientes que tem mudado em razões exponenciais. Desconhecer o futuro, a permanência de
37
uma cultura precedente, dificuldades empresariais, descrença em uma visão integrada e
compartilhada de futuro, falta de capacitação para novos papéis e “falta de tempo” são alguns
dos fenômenos que Santos (2010) elenca como dificuldades percebidas no processo.
A nova realidade das empresas redefine o perfil do profissional em uma nova era: a
era do conhecimento. As empresas precisam de profissionais habilidosos, que sejam capazes
de aprender de forma proativa e saibam trabalhar em equipe gerando soluções inovadoras. A
formação desses indivíduos deve ser continuada, embasada no dia-a-dia, amadurecida em
tempo real.
As empresas começam a perceber a necessidade de transferir o foco dos esforços de treinamento e educação de eventos em sala de aula, cujo objetivo é desenvolver qualificações isoladas, para a criação de uma cultura de aprendizagem contínua, em que os empregados aprendem uns com os outros e compartilham inovações e melhores práticas visando solucionar problemas organizacionais reais (SANTOS, PACHECO e PEREIRA, 2010).
Partindo desse princípio, é possível descrever um ambiente em que o colaborador da
empresa possa, em detrimento do foco do treinamento isolado, desenvolver a capacidade de
aprendizado da organização, em que situações criadas pela empresa permitam a discussão de
problemas comuns e suas devidas soluções através da aprendizagem coletiva.
Deve-se pesar em um ambiente em que a aprendizagem esteja disponível sempre que
solicitada, em qualquer hora e local. Esse local pode ser um ambiente web comum (portais
intranets) e deve seguir uma estrutura colaborativa, que permita essa troca de experiências
que culmina no aprendizado organizacional.
3.3 Mídias Sociais
Diferentemente das mídias tradicionais, ou meios de comunicação em massa, nas
quais a informação é gerada por um núcleo e disseminada para diversos destinos, no sentido
de um para todos, entende-se por mídias sociais os canais de comunicação nos quais os
conteúdos são gerados de forma caótica e descentralizada, em um sentido de todos para todos.
“Até poucos anos atrás a comunicação de massa era de um para todos. Da TV para o telespectador, do jornal para o leitor, da rádio para o ouvinte e assim por diante. (...) Agora todos podem produzir e receber informações através da maior rede de comunicação do planeta: a Internet. "Mídia" são os meios e "Sociais" são os relacionamentos.” (DUBNER, 2010).
38
As ferramentas de mídias sociais na web que se traduzem no conhecido termo web 2.0
ou web colaborativa são sistemas online construídos sobre um grande número de aplicações
que permitem a interação social por meio do compartilhamento e criação colaborativa de
informação gerada pelo próprio usuário em diversos formatos (KAPLAN e MICHAEL, et al,
2010).
Tais ferramentas combinam textos, imagens, sons e vídeos e criam um verdadeiro
universo de interação social para compartilhamento de experiências. Seu sucesso se dá pelas
necessidades básicas do ser humano que, à citação de Aristóteles, é “essencialmente um ser
(animal) social (político)”.
Entender o mundo das mídias sociais não é tarefa fácil. Ele é um universo de
informações que não pode ser comparado a nenhum outro jamais existente. Centros de
Informações Digitais, Banco de Teses e Dissertações, Bibliotecas online, são verdadeiras
evoluções dos armazenadores de informação que conhecemos. Atualmente, mesmo in loco, é
raro buscar livros em bibliotecas sem auxílio de um sistema digitalizado. É notório que os
bancos online reúnem e centralizam um grande número de informações, entretanto, apesar de
ser o mais próximo de um mundo de informações do universo citado, sequer se aproxima
dele.
Entenda que o mundo das mídias sociais é basicamente composto por uma constante
troca de experiências de diversos usuários. Estamos conceituando uma espécie de nirvana do
conhecimento, no qual a Espiral do Conhecimento que denota os quatro modos de conversão
do conhecimento de NONAKA e TAKEUCHI (1997) é explorada de uma maneira
extremamente inovadora. Há que se pensar então em sua integração aos ambientes
corporativos para aumentar seu desempenho quando na gestão do conhecimento.
Em referência à Espiral do Conhecimento (NONAKA e TAKEUCHI, 1997), nas
mídias sociais encontramos a Socialização, inerente das relações estabelecidas entre os
autores das mídias sociais, denotando a transformação do conhecimento tácito para
conhecimento tácito; a Externalização, notória de modo explícito na exposição do usuário
autor quando na transcrição e documentação de informações, sentimentos e fornecimento de
experiências, gerando a transformação do conhecimento tácito em conhecimento explícito; a
Combinação, enquanto repasse e disseminação de informações de terceiros por usuários da
rede, o que exemplifica a transformação do conhecimento explícito em conhecimento
explícito; e por fim, a Internalização, executada pelos leitores ao consumir as informações da
rede, garantindo a transformação do conhecimento explícito em conhecimento tácito.
39
Colocada a complexidade e abrangência do conceito de mídias sociais, o usuário que
imerge pela primeira vez nesse contexto passará por três estágios principais de discernimento
(DUBNER, 2010): desconforto, descoberta e domínio.
No primeiro estágio, o usuário não conhece o ambiente e não está familiarizado com
as ferramentas. É um estágio normal. Mesmo que o usuário tenha expertise em alguma outra
ferramenta, ao explorar novos ambientes levará certo tempo para se habituar. Não existem
regras, cada meio tem suas particularidades e razão de ser e funciona de uma maneira ímpar.
No estágio da descoberta o usuário se sentirá envolvido. Encontrará pessoas
conhecidas, colegas de trabalho e amigos, irá se comunicar, ler informações que o interessam,
compartilhar suas experiências, criar idéias e realizar negócios.
Por fim, familiarizado com o novo ambiente, o usuário será capaz de explorar o
mundo do ambiente social virtual. Nesse caso, ele se socializará, externalizará ideias e
experiências, combinará informações e internalizará conhecimento. Submergirá em uma
infinita troca de conhecimento cíclico. Nesse ponto, sem perceber, o usuário “se diverte (...),
cria, inventa, faz, refaz, compartilha, experimenta, arrisca, evolui” (DUBNER, 2010). Nesse
artigo ainda exploraremos esse tópico, no sentido de unir a motivação pessoal, aos objetivos
das organizações.
Existem várias classificações que segmentam os tipos de redes sociais, entretanto
ainda não há uma de caráter definitivo. As categorizações mais contundentes, entretanto, são
as que criam as camadas por tipo de usuários, pela finalidade e pelas tecnologias utilizadas
(GLOGS, 2010) e pela qualidade da informação e força dos relacionamentos (RECUERO.a,
2010).
Segundo Glogs (2010), apud Wikipedia, as mídias sociais se subdividem pela essência
pelas áreas da Comunicação, Colaboração, Multimídia e Entretenimento.
A vertente da Comunicação se subdivide em Blogs – como o Blogger ou Wordpress –
, em Microblogs, melhor aceito como Micromensageiros (RECUERO.b e ZAGO, 2010) –
como o Twitter e o Yahoo! Meme-, em Redes Sociais – como Orkut, Facebook, LinkedIn e
MySpace -, e Eventos – como o Upcoming.
As mídias classificadas como Colaboração, abrangem as Wikis – como a Wikipedia –
, os Social Bookmarkins/Agregadores de sites – como o Del.icio.us -, os Social News – como
o Digg - e os Sites de Opiniões – como o Epinions.
40
Classificados como Multimídia estão os Compartilhadores de fotos – como o Flickr e
o Fotolog –, Compartilhadores de vídeos – como o YouTube e o Vimeo –,
Livecasting/Transmissão ao vivo – como o Justin.tv - e Compartilhamento de áudio e vídeo –
como o Lastfm.
Por fim, no grupo do Entreterimento entrariam os Mundos virtuais – como o Second
Life –, os Jogos Online – como o World of Warcraft -, e o Compartilhamento de Jogos –
como o Miniclip.com.
Para fins didáticos essa é a classificação mais conveniente para esse trabalho.
Entretanto, Recuero e Zago (2010) também trás uma subdivisão bastante coerente para os
nossos fins e ressaltaremos sua ideologia. Segundo Recuero e Zago (2010), as redes sociais
podem ser dividias em quatro quadrantes, elencando os sentidos expressados nas redes
sociais. Dividindo em dois eixos, força do laço e finalidade – comunicação ou informação –,
ela posicionou cada ferramenta de acordo com sua apropriação como na figura abaixo:
Figura 4 - Divisão das redes sociais por apropriação Recuero.a (2010) adaptado para os exemplos citados na classificação segundo Glogs (2010), apud Wikipedia.
41
No eixo horizontal o universo das mídias sociais é subdividido em conversacional ou
informacional. Ressalta-se que todas as mídias sociais são vias de circulação de informações,
entretanto, algumas delas são mais informativas, dispostas a valorizar as informações. A outra
vertente, conversacional, valoriza mais a conversação entre seus membros. Segundo
Recuero.a (2010), o subgrupo informacional tem seus valores “diretamente relacionados à
informação, ao debate, ao conhecimento (capital social cognitivo)”, já o subgrupo
conversacional “os valores estão mais relacionados à criação e a manutenção das próprias
redes (capital social relacional)”.
No eixo vertical, Recuero.a (2010) discute a abertura da rede, entretanto, neste
trabalho adotaremos uma visão diferente – e inversa – do sentido inicial dado ao gráfico pela
autora. Laços fracos denotam pouca afinidade entre os usuários. São pessoas que trocam
informações, mas não fazem parte do mesmo círculo social no mundo real. Laços fortes
denotam uma maior complexidade nas relações entre os usuários podendo ser conhecidos e
até mesmo bons amigos.
No que diz respeito à troca de conhecimento, esse gráfico chama a atenção por nos dar
possibilidades para estudar maneiras equilibradas de motivar usuários em uma corporação –
colegas de trabalho (laços fracos) – a compartilhar informações (vertente informacional) por
meio de motivações pessoais – (vertente conversacional) pela troca de informações no sentido
dos laços fortes, direcionadas primeiramente a seus amigos. O que queremos ressaltar é que se
deve explorar a motivação das pessoas de se comunicarem com seus amigos, para
indiretamente gerar informação para quaisquer grupos de usuários em uma corporação.
Para contextualizar a classificação de Recuero.a (2010) à de Glogs (2010), apud
Wikipedia, houve a necessidade de se expandir a divisão para um novo domínio que seria o
do Entretenimento. Nesse caso, não há relacionamento direto entre os usuários fora do
ambiente e o canal se restringe a sugestões de meios de entretenimento entre os usuários. Não
há aplicabilidade ao contexto organizacional quando na relação com a gestão do
conhecimento – a não ser pela motivação pessoal, que provavelmente irá contra as políticas da
empresa.
Colocada a classificação, exploraremos nesse capítulo as principais mídias sociais
existentes. Aliado aos temas da Gestão do Conhecimento e Estratégia Corporativa,
42
buscaremos no desenvolvimento do trabalho tratar de sua correlação a fim de resolver o
problema proposto nos objetivos desse artigo.
3.3.1 Comunicação
Na categoria Comunicação, estão situadas as mídias sociais que visam a troca de
informações por usuários de forma direta e indireta. Essa vertente é composta por blogs,
micromensageiros, redes sociais e eventos.
3.3.1.1 Blogs
Os blogs são meios que permitem a manutenção de uma espécie de diário público e
eletrônico. Nele podem constar informações pessoais – mais comum em suas primeiras
aparições –, e informações de conhecimentos gerais, ou humor – em seus representantes mais
recentes.
A palavra Blog é proveniente do termo “Weblog”, que surgiu em 1997. Em 1999,
Peter Merholz desmembrou a palavra em trocadilho formando um novo termo “we blog”. Fez
tanto sucesso que originou um novo termo na literatura: “blogar”.
É possível observar que os blogs remetem a um juízo de valor advindo de seus
autores, os “blogueiros”. A ferramenta acaba por expor o íntimo de uma pessoa, revelando
lados cômicos e irônicos que não aparecem no mundo real. Dessa forma, ela também pode
exibir informações importantes em contextos organizacionais. Tais informações são a
materialização dos sentimentos das pessoas, que ao escrever publicamente, transmitem suas
emoções – que seriam desencorajadas off-line.
O interessante é que a explicitação dessas informações são automotiváveis. As pessoas
escrevem por que gostam, não por que são obrigadas, e muitas vezes podemos tirar de seus
textos ideias e sugestões intrínsecas muito importantes. Um blog contém linguagem despojada
e infinitas possibilidades de focos, tendo o blogueiro total arbitrariedade para discutir
tecnologia, economia, política, assuntos de interesse da organização, fazer humor, contar
histórias, etc. Essa liberdade faz com que a motivação pessoal para expor suas ideias seja
43
automotivada em um contexto cíclico em que, quanto melhor os conteúdos, mais prestigiado
será o blog, mais seguidores existirão e mais conteúdo o blogueiro se motivará a inserir.
Seus principais representantes são o Blogger, online e o Wordpress, online e off-line
para instalação em servidores privativos.
3.3.1.2 Microblogs
Falar de microblog é recortar a abrangência dos blogs para um contexto de poucos
caracteres. A mensagem transmitida é muito mais dinâmica e interativa. Alguns autores tem
aceitado a mudança do termo para micromensageiros devido à extinção das características de
diários nessas mídias.
Não há como se falar em microblogs sem citar o Twitter e o Y! Meme. O primeiro,
líder de audiência no mundo inteiro, foi concebido a partir de uma ideia inovadora de permitir
que usuários escrevessem o que estavam fazendo no momento em apenas 140 caracteres. O
Y! Meme, com muito mais recursos multimídia – imagens, áudios e vídeos –, acaba se
tornando uma ferramenta mais completa, entretanto, menos conhecida.
No Brasil, o Twitter é a mídia social mais acessada (RECUERO.b, 2009). Ela tem
55,84% do tráfego desse tipo de ferramenta web – divulgado pela StatCounter. Em segundo
lugar temos o Facebook com aproximadamente 20% e o YouTube com 16% (RECUERO.b
2009, apud YANO, 2010).
O Twitter foi lançado em outubro de 2006. Além de descrever “o que você está
fazendo?” em um espaço reduzido de caracteres, é possível “seguir” e ser “seguido” por
outros usuários, de forma que haja uma relação predominantemente fraca entre eles –
predominante no mundo virtual em detrimento do real.
As conexões entre os usuários são feitas por links nas páginas dos usuários onde são
exibidos os “tweets” (mensagens publicadas).
Por ter uma grande disseminação na comunidade virtual, o Twitter já foi alvo de
diversas pesquisas e seu conceito foi incorporado por diversas outras redes sociais como o
Facebook Status API, e outras aplicações que geram breves status sobre os usuários.
44
Recuero (2009) apud Mischaud et al (2007), menciona que a maior parte das
atualizações efetivamente não responde à pergunta da ferramenta, mas está focada em
informações gerais e estabelecimento de conversações entre os usuários.
No Twitter, os relacionamentos são simples de ser estabelecidos e na maioria das
vezes utiliza-se o “@” diante do nickname do destinatário para que as mensagens apareçam
em uma área chamada “@Replies”. Pode-se utilizar o Twitter nesse sentido para efetuar
filtros de busca e divulgação de informações para sua rede de relacionamento.
Também é possível elaborar marcações em palavras chaves por meio do caractere “#”.
Essa marcação é denominada hashtag.
De certa forma, é possível entender o Twitter como um site de rede pessoal
(RECUERO.b, 2009). Seria um espaço da web que permite aos usuários a construção de
perfis públicos e articulação de suas redes explicitamente. Através do Twitter é possível
interagir com outras pessoas e manter valores sociais com essas conexões.
E por que os Microblogs realmente tem um valor importante para as comunidades
web? Microingest.b (2009), pela pura definição de Microblogs, apresenta suas características
de maior sucesso entre os internautas:
A limitação dos caracteres em 140: Não apenas no Twitter, outras ferramentas
e o Facebook utilizam esse formato em sua API de status. A sugestão é que
apenas o que importa seja mencionado, isso faz com que pessoas sejam
concisas. Devido à nova era de sobrecarga das informações, essa parece ser
realmente uma necessidade básica da web;
Miscigenação de cultura e interesses profissionais: criando um conteúdo
extremamente inovador;
Links embarcados: recomendados por pessoas de confiança, gerando
informação válida para o leitor;
Associações e amizades baseadas em interesses e não apenas em conexões
sociais diretas;
Razão conteúdo/valor extremamente alta no texto;
Velocidade: é fácil inserir informações. Não existem requisitos complexos; e
45
A habilidade de entender a moda da comunidade ou interesses de um grupo em
um piscar de olhos. A leitura de comentários pode rapidamente demonstrar o
que acontecia e como as pessoas se sentiam meses atrás.
Das características acima, a que mais atrai em um Microblog, é sem dúvida a
capacidade de sintetização dos conteúdos. Devido a seu formato restrito, os usuários
gradualmente aprendem a encontrar caminhos que maximizam seu poder de concisão nos
conteúdos. Isso implica em repensar uma mensagem de modo que ela tenha o maior impacto
possível. Nesse sentido as maiores vantagens são:
Mensagens mais direcionadas e impactantes – o maior problema que os leitores
enfrentam na web é que existe muito conteúdo, muita informação para ser
escolhida e assimilada. O microblog possui um formato que prove rápidos e
significativos sumários de informações;
Permite experimentação de tópicos e segmentação – Os filtros por hashtags
denotadas por @ permitem que sejam feitas marcações rápidas e retornam
rápidos resultados direcionados aos seus assuntos relacionados. Além disso, é
possível segmentar o conteúdo total em subgrupos delineados pelas hashtags
como uma espécie de bookmark de conteúdos; e
Permite aumentar o escopo de tópicos em diversas perspectivas em um “piscar
de olhos” – é possível ver como um tópico é tratado sob diversos ângulos.
3.3.1.3 Redes Sociais
Redes sociais são sites que permitem a usuários que criem vínculos com outras
pessoas adicionando amigos a um mural de contatos, trocando mensagens e compartilhando
conteúdos de mídias diversas entre si. As pessoas nesses ambientes se agrupam em
comunidades de interesses semelhantes (SOCIAL-OLOGY, 2009) para trocar ideias, tratar de
interesses comuns e manter um relacionamento que virtualiza os almejos pessoais do homem
enquanto ser social, tal como tratado no capítulo de Redes Sociais.
Em se tratando de redes sociais, falaremos sobre o Orkut, líder de audiência e
verdadeiro fenômeno no Brasil, sobre o Facebook, líder de audiência mundial e que possui o
maior número de pessoas dentre as mídias sociais existentes, e o LinkedIn.
46
O LinkedIn terá um tratamento especial e mais aprofundado nesse estudo devido à sua
importância para ambientes corporativos. Sua estrutura permite a promoção pessoal fazendo
com que, se inserido em um ambiente corporativo, a organização tenha maiores poderes de
analise do conhecimento existente na mesma.
Começaremos então, tratando do Orkut, criado em 2004 pelo engenheiro turco Orkut
Büyükkokten, estudante da Universidade de Stanford. Devido ao seu grande sucesso, já em
2005 ele viria a ser incorporado pelo Google em seu serviço de contas (MARTINS.a, 2009).
Atualmente esse site de relacionamento tem por volta de 52 milhões de usuários cadastrados,
tendo o Brasil, 55% desses usuários. EUA e Índia seguem o Brasil na lista dos países com
mais usuários no Orkut.
Segundo Martins.a (2009), de acordo com informações provenientes do Blog oficial
do Orkut, das mais de 46 milhões de comunidades criadas no Orkut, mais de 40 milhões são
feitas “por brasileiros para público brasileiro”. Número, este, 10 vezes maior que o segundo
idioma, inglês, com cerca de 4 milhões de comunidades.
Posta sua importância no contexto dos usuários brasileiros, segue a definição de
Martins.a (2009) para o Orkut:
O Orkut é um site de relacionamentos onde cada pessoa possui um perfil, podendo adicionar amigos, mandar mensagens, depoimentos, classificar o nível de amizade e interagir com outros usuários. Também existem as comunidades, com as quais os usuários se identificam e participam. Nessas, há vários fóruns onde as pessoas expressam suas opiniões.
Não menos importante que o Orkut devido a sua dominância mundial, em julho de
2009 (MARTINS.b, 2009) o Facebook superou a marca de um milhão de usuários Brasileiros.
A fonte é o blog Inside Facebook em uma pesquisa comparativa realizada com a rede social
dominante no País, com 20 milhões de usuários – Orkut.
Criado em 2004 pelo americano Mark Zuckerberg, o principal objetivo do Facebook
quando na sua criação era obter reconhecimento de jovens do mundo acadêmico, com foco
em estudantes de algumas universidades americanas. Isso ocorreu até que em 2006, a Rede
Social foi liberada para toda a web, crescendo no mercado norte-americano, entretanto, ainda
tímido no Brasil – onde o Orkut já dominava.
No Brasil, a preferência pelo Facebook ocorre em usuários que desejam comunicar-se
com pessoas de outros países, posto que o Orkut não seja tão conhecido no exterior.
Globalmente, o Facebook tem mais de 300 milhões de usuários e é a rede social mais popular
do mundo (DUBNER.b, 2009).
47
O interessante é que se em 2008 alguém perguntasse a um usuário de internet
brasileiro se ele estava no Facebook ele dificilmente saberia ao menos que rede é essa.
Entretanto, em um mundo cada vez mais dinâmico e globalizado, essa rede social tomou
proporções gigantescas e sua utilização cresce exponencialmente no Brasil.
A finalidade do Facebook e do Orkut é basicamente a mesma:
“oferecer a possibilidade de encontrar pessoas, conhecer gente nova, saber mais sobre quem você gosta, comunicar-se de forma rápida e por interesses, compartilhar sua vida, sabores e dissabores através de fotos, idéias, vídeos”, etc. (DUBNER.b, 2009).
Podemos dizer que o Facebook é uma rede social bastante completa, até por
que se integra com várias outras gerando uma grande gama de recursos disponíveis em um
único ambiente. A rede possui recursos de mural, fotos, vídeos, calendários de eventos e
diversos serviços e aplicativos (DUBNER.b, 2009).
Indiferente do Orkut e outras mídias sociais, o primeiro passo para integrar
esse mundo é cadastrar-se com suas informações pessoais. Ao inserir nome, e-mail, data de
nascimento, local, foto e senha de acesso, já no primeiro contato, o Facebook sugerirá uma
lista de amigos (importante diferencial).
A página principal do Facebook exibe uma lista de atividades (mensagens, fotos e
vídeos) enviadas pelos contatos, além de aplicativos e um mural compartilhado (Dubner.a,
2009). O que já difere um pouco do Orkut, que mostra algumas de suas principais funções tais
como links para fotos, vídeos, depoimentos, lista com os próximos aniversários dos amigos e
agregador de atualizações de usuários. A interação no Facebook é bem mais intensa e o
Facebook possibilita controlar contatos por categorias tais como fotos, vídeos e eventos. Mas
as diferenças não param por aí.
Quem gosta de usar a rede social para expor seus sentimentos, pode fazê-lo facilmente
no Orkut de forma bastante simples, apenas com uma frase e um emotion estático. Também é
possível definir a reputação de amigos como sexy, legal e confiável e também virar fã de
alguém.
A grande força do Facebook está nos aplicativos (Martins.b, 2009), que já são mais de
52 mil e se popularizam com bastante facilidade por possibilitar a interação entre amigos na
rede social.
A API de Status do Facebook é quem define o humor de um usuário. Por ela também é
possível expor pensamentos ou algo que o usuário está fazendo – a exemplo do Twitter e os
48
microblogs. Nesse sentido também é possível anexar fotos e vídeos ou integrar outros
aplicativos às micromensagens.
O potencial do Orkut reside nas suas comunidades. Usuários são adeptos a centenas ou
milhares delas, e os temas vão desde homenagens, sentimentos e até mesmo frases populares
como “Eu odeio acordar cedo”, hoje a maior comunidade da rede. Em comunidades
relacionadas a viagens, por exemplo, é possível trocar experiências e dar dicas de passeios
(MARTINS. b, 2009).
Em se tratando de privacidade, o Facebook cria um perfil público do usuário passível
de ser oculto à preferência do usuário. O Orkut também possibilita a desativação dos feeds de
atualizações – que deixa de exibir suas ações na página dos amigos.
Colocadas as mídias sociais que tem como foco apenas a motivação pessoal pela
necessidade básica do homem de interagir, trataremos agora do LinkedIn, uma rede social que
tem como foco relações corporativas. Nesse trabalho, utilizaremos bastante os recursos do
Twitter, Facebook e Orkut para motivar os usuários a engajarem na ferramenta, entretanto, as
informações e relacionamentos profissionais se darão basicamente pelas possibilidades
oferecidas pelo LinkedIn, a “principal mídia social dos negócios” (DUBNER A, 2009).
Lançado em maio de 2003 por cinco fundadores que enviaram a proposta a 350
amigos, em um mês o LinkedIn conquistou 4.500 adeptos. No fim do ano já eram mais de
80.000 pessoas conectadas e ao final de 2004, o número subiu espantosamente para 1,6
milhões de integrantes. O crescimento seguiu dobrando ano a ano atingindo mais de 30
milhões de integrantes em 2008 e 46 milhões de membros até agosto de 2009 chegando a
mais de 1 milhão – e crescendo rapidamente –, no Brasil.
Diferentemente do Orkut e Facebook, pelo LinkedIn é possível estabelecer bons lassos
profissionais, encontrar um emprego, descobrir malas diretas, entrar em contato com possíveis
parceiros de negócios – e não apenas para fazer amigos ou compartilhar fotos, vídeos e
músicas –, e até mesmo obter informações estratégicas.
A ferramenta permite que o usuário encontre qualquer pessoa ou assunto através dos
múltiplos acessos por filtros. É possível realizar cursos, fazer trabalhos, pedir ajuda e até
mesmo contratar alguém de uma forma bastante rápida e eficaz (DUBNER A., 2009).
Nessa ferramenta, existe uma conta gratuita que permite conexões diretas e contas
pagas, que podem fornecer a base de dados dos mais de 46 milhões de membros
disponibilizando também recursos de busca e referências mais eficazes.
49
Especialistas orientam que os usuários dediquem-se a aumentar sua rede de contatos,
não se conectando apenas com quem o usuário de fato conheça e já tenha o celular, mas
possibilitando muito mais possibilidades profissionais.
Como na confecção de um currículo, o primeiro passo ao abrir um perfil no LinkedIn
é preencher cuidadosamente todos os campos antes de convidar outras pessoas a acessá-lo. O
foco é profissional e devem-se utilizar somente informações pertinentes.
Durante o registro é possível inserir os dados básicos incluindo empregador atual e
locais de formação. O foco é realmente o histórico acadêmico e profissional e não a lista de
hobbies (ROOS, 2009).
No sentido acadêmico, o usuário é convidado a segmentar a experiência acadêmica
criando registros independentes para cada instituição de ensino pós-ensino médio. Tais
registros incluem títulos acadêmicos, datas, prêmios recebidos e outras observações
relacionadas. De forma automática, o LinkedIn possibilitará que o usuário encontre facilmente
outros amigos e ex-colegas de classe (ROOS, 2009).
Também é possível preencher um currículo propriamente dito com descrição de
experiência profissional e habilidades.
Estando preenchida a página pessoal, o segundo passo é estabelecer uma rede primária
de relacionamento que irá expandir a medida que o usuário se envolva mais com a ferramenta.
Os métodos mais rápidos são: upload de listas de contatos de e-mail, busca de
conhecidos, busca de colegas de classe, busca por nome e busca avançada. Também é
possível buscar lista de e-mails de sites como o Gmail automaticamente apenas informando
login e senha e clientes como o Outlook.
Feita a adição de usuários, é possível selecionar os membros que o usuário
efetivamente deseja convidar para participar de sua rede. Contatos que ainda não são
membros do LinkedIn também podem ser convidados para fazer parte dele.
A busca avançada possibilita que o usuário utilize vários critérios como palavra-chave,
nome, cargo, empresa, ramo de atividade, etc, possibilitando que outros usuários sejam
encontrados com grande facilidade. O próximo passo após adicionar pessoas conhecidas é
transformar esses contatos em “conexões” (ROOS, 2009).
Diferentemente da lista de amigos do Orkut ou Facebook, as conexões no LinkedIn
sugerem que o usuário conheça muito bem uma pessoa. Tal pessoa faz parte de seus contatos
50
profissionais de confiança. Um usuário não deve convidar estranhos para essa lista, nem
aceitar convites de alguém com quem não tenha relação confiável.
No LinkedIn existem regras para que se possa entrar em contato com pessoas dentro
de uma rede geral ou pessoal. Pessoas que aceitaram um convite para tornarem-se parte da
rede de um usuário são chamadas suas conexões diretas. Essas pessoas estão a um nível do
usuário na rede. É possível entrar em contato com elas diretamente utilizando a aplicação de
enviar e-mail em suas respectivas páginas de perfil.
No LinkedIn considera-se que as conexões das conexões de um usuário, são suas
conexões de segundo nível, e as conexões daqueles, suas conexões de terceiro nível. A rede
de um usuário LinkedIn é composta das pessoas que fazem parte de suas conexões de até
terceiro nível, sendo a comunicação de segundo e terceiro nível, feitas através de ferramentas
especiais chamadas “apresentações (introductions)”, InMail ou OpenMail.
Existem certas regras de negócio que não permitem que usuários gratuitos utilizem
tais ferramentas de troca de mensagens, entretanto, não entraremos nesse mérito.
3.3.1.4 Eventos
Na vertente dos eventos, a rede mais conhecida é o Upcoming. Tal ferramenta permite
que sejam marcados eventos e pessoas se cadastrem para participar e receber mais
informações sobre o mesmo.
É possível comentar eventos e ranquear suas características para que pessoas sejam
atraídas e participem do mesmo.
3.3.2 Colaboração
Em se tratando de colaboração é possível falar de Wikis – como a Wikipedia –, os
Social Bookmarkins/Agregadores de sites – como o Del.icio.us -, os Social News – como o
Digg - e os Sites de Opiniões – como o Epinions.
Nesse trabalho o Social Bookmarking, o Social News e os Sites de Opiniões são
apenas redundância de características já listadas em outras mídias sociais e não serão
51
aprofundados. Tais funcionalidades são a marcação de sites favoritos, notícias e comentários
sobre determinados assuntos. Todas, características completamente abordadas pelo Orkut e
Facebook, por exemplo.
3.3.2.1 Wikis
As Wikis são conteúdos gerados através do trabalho conjunto de diversas pessoas que
escrevem sobre determinado assunto em plataforma online. Isto é feito em lugares e
momentos diferentes, o que garante a heterogeneidade dos conteúdos.
As Wikis tem sido usadas online e em grandes corporações como plataforma que
permite a colaboração de conhecimento de maneira simples e rápida. Nela o conhecimento é
amplamente divulgado e atinge diversos níveis corporativos de uma maneira muito mais
rápida e eficaz.
As wikis funcionam basicamente como um glossário de termos técnicos escritos
diretamente por envolvidos de uma estrutura buscando difundir o conhecimento.
3.3.2.2 Social Bookmarking
As Social Bookmarking são ferramentas que possibilitam que pessoas compartilhem
seus conteúdos de preferência online. Eles funcionam tal como um indicador off-line do
navegador, entretanto compartilhando experiências de usuários diversos em ambiente online
(Social-Ology, 2009).
3.3.2.3 Social News
Social News são redes sociais que objetivam expandir conteúdos na Internet. Nela é
possível compartilhar diversos materiais divulgados na Internet separando-os por temas.
Além de atualizar o usuário, é possível ranquear conteúdos postados de acordo com
sua relevância.
52
Atualmente o Digg – maior representante dessa mídia – é completamente inglês e a
maioria dos seus usuários norte-americanos. O site possui um layout simples e traz novidades
diversas sobre tecnologia, ciências, jogos, esportes, imagens, vídeos, áudios e outros.
3.3.3 Multimídia
Em se tratando de multimídias, subdividimos as redes sociais em compartilhamento de
fotos, vídeos e transmissão ao vivo. Esse último não será aprofundado nesse trabalho,
entretanto os demais possuem importância significativa para esse estudo.
3.3.3.1 Compartilhamento de Fotos
Atualmente, o maior representante de mídias sociais que permitem o
compartilhamento de experiências por meio de fotografias é o Flickr.
Nesse site, as pessoas são capazes de executar o upload de fotos e compartilhá-las com
outras pessoas, permitindo que o conteúdo seja público ou privado. Também é possível
conceder facilmente direitos de licenciamento durante o upload.
Essa estrutura quebra o paradigma da necessidade de tirar fotos, revelá-las, agrupá-las
em álbuns e mostrar para amigos. Tudo pode ser feito online e instantaneamente.
A disponibilização das fotos segue uma estrutura organizada diretamente pelos
usuários por meio de tags e álbuns.
Segundo Monteiro, 2009, o Flickr pode ser considerado uma rede social devido às
suas características de criação de perfis pessoais, criação de blogs, adicionamento de amigos,
recepção de depoimentos e comentários e fazer parte de grupos.
3.3.3.2 Compartilhamento de Vídeos
No segmento Multimídia, o principal representante das redes de compartilhamento de
vídeos é o YouTube.
53
Esse site permite que o usuário compartilhe materiais áudio visual por meio da rede
através do simples upload e edição online de suas características.
Assim como o Flickr, o YouTube é considerado uma rede social por permitir a criação
de perfis, blogs pessoais, adicionamento de outros usuários em uma rede privada, recepção de
depoimentos e comentários e agrupamento de usuários. Aproveitando as características já
mencionadas de Social Bookmarking, o YouTube permite que os usuários listem quais são
seus materiais – vídeos – favoritos e compartilhem esse conteúdo com sua rede.
O YouTube possui uma grande variedade de materiais que vão desde gravações
pessoais de festas e eventos até complexos tutoriais de áreas científicas.
A grande diferença dessa rede social com os canais de transmissão ao vivo é a seleção
do usuário e total controle sobre qual material ele deseja reproduzir.
Uma das grandes vantagens do YouTube é sua completa sinergia com o mundo real. A
todo o momento pessoas publicam conteúdos na internet. Enquanto uma emissora de TV
produz 24h de material por dia, no YouTube, tal quantidade de informação é publicada em
apenas um segundo – Blog Google (2009).
Segundo Martins, 2009, antes do lançamento do YouTube em 2005, não existiam
métodos na web para upload de vídeos e compartilhamento. A interface do YouTube e sua
facilidade de usabilidade e navegação possibilitou sua rápida difusão entre as diversas
camadas sociais. Sem dúvida, a cultura YouTube modificou a maneira como os conteúdos são
vistos na web atual.
A importância do YouTube na sociedade moderna pode ser claramente exemplificada
pelo contexto das eleições presidenciais estadunidenses em 2008. O debate político exibido
pela CNN tratava de tópicos submetidos por usuários da web por meio do YouTube. Isso fez
com que esse debate se tornasse um marco histórico como o “debate presidencial mais
democrático de todos os tempos” (MARTINS, 2009).
Dessa forma, podemos considerar o YouTube muito mais que uma ferramenta de
compartilhamento de vídeos: é uma plataforma de integração de pessoas e publicação de
conteúdos que permite vasta troca de experiências entre seus usuários por meio do
entretenimento e sem imposição cultural inter-camadas sociais.
54
3.4 Perspectiva do Aprendizado e Crescimento nas Organizações
O papel dos funcionários nas organizações sofreu uma mudança radical nos últimos
anos. Com o surgimento dos empreendimentos industriais e da administração científica,
funcionários passaram a exercer atividades específicas; rotinas, tarefas e padrões foram
criados e sistemas passaram a monitorar todas essas atividades.
As empresas perceberam que, para que crescessem além dos níveis atuais, seria
necessário investir além dos padrões de uma empresa e os investimentos deveriam abranger
outros caminhos. Nesta busca, surge a figura do funcionário, que deixa de ser passivo na
empresa e torna-se mais ativo. Porém, essa mudança exige não só que o funcionário possua
mente aberta e capacidade de criatividade a fim de atingir os objetivos organizacionais como
mudança na postura da empresa.
Segundo Kaplan & Norton, (1997):
"Executivos de várias empresas observam que, quando avaliados exclusivamente em relação ao desempenho financeiro a curto prazo, quase sempre encontram dificuldades para sustentar investimentos no aumento da capacidade de seu pessoal, sistemas e processos organizacionais. Tais investimentos são tratados como despesas do exercício pelo modelo contábil financeiro, de modo que a redução desses investimentos é uma maneira simples de produzir ganhos incrementais a curto prazo. As conseqüências adversas a longo prazo do não aprimoramento das capacidades organizacionais, funcionários e sistemas não aparecerão a curto prazo, e mesmo que isto aconteça, alegam esses executivos, poderá ser em outra ‘área’".
Primeiramente, a empresa deverá identificar as habilidades e capacidades dentro das
funções e cargos exercidos por cada um de seus funcionários. Apresentar claramente seus
objetivos e visão, treiná-los, encorajá-los e a cima de tudo dar uma oportunidade de
crescimento profissional motiva a equipe a sempre buscar o melhor para si e para sua
empresa. Participação, esta é a chave das ideias criativas, são das “tempestades de ideias”
(Brainstorming) que surgem as inovações.
A satisfação e o ânimo dos funcionários com o emprego são hoje aspectos
considerados altamente importantes pela maioria das empresas. (...) para que as empresas
alcancem um alto nível de satisfação dos clientes, pode ser necessário que os clientes sejam
atendidos por funcionários satisfeitos (Kaplan & Norton, 1997).
55
3.4.1 Petrobras
A Petrobras é uma das empresas que mais investem em capacitação no mundo. Para
tanto, criou a Universidade Petrobras, principal órgão da empresa para treinamento e
desenvolvimento dos talentos e competências necessárias de seu pessoal. A criação da
universidade deu-se pela carência de mão-de-obra especializada para a instalação da indústria
de petróleo no país, e desenvolver seu pessoal passou a ser uma prioridade da companhia.
Atualmente, aposta no treinamento online, já que vários de seus funcionários
trabalham nas plataformas de petróleo por 14 dias seguidos e depois passam 21 dias em casa e
os programas tradicionais de treinamento não eram flexíveis. Desta forma eles podem acessar
os cursos online sempre que lhes for conveniente, seja nos computadores das plataformas ou
em suas próprias casas.
Além disso, a Petrobras possui várias comunidades de prática, internamente
conhecidas como Comunidades Técnicas ou simplesmente Comunidades. Estas Comunidades
são formadas por técnicos de diversos órgãos transpassando a estrutura hierárquica da
companhia e localizados em diferentes regiões do país.
Ambientes de aprendizagem na Intranet foram criados para instrumentalizar a
formação e coordenação das comunidades técnicas dentro da companhia. O objetivo é
estruturar o conhecimento acumulado pelos técnicos, divulgá-lo e promover o seu
crescimento. Nestes ambientes, encontram-se notícias, material didático, cursos, bibliografia,
glossário de termos técnicos, links internos e externos, documentos e programas para
download, opções de busca de informação, espaço para conversa e formulário para
mensagens.
Tabela 1 - Quadro de Perspectiva de Aprendizagem e Crescimento na Petrobras.
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OBJETIVO Aumentar o envolvimento na estratégia da empresa
INDICADORES
% de funcionários capacitados; % de conhecimento do negócio da empresa; Número de cursos realizados e concluídos; % de satisfação de funcionários, fornecedores,
terceirizados, parceiros e até clientes.
METAS
Formar o funcionário segundo uma perspectiva humano-empresarial, de maneira que ele conheça os valores e cultura internos;
Fazer com que o funcionário sinta-se parte do processo de desenvolvimento da empresa;
Alinhar as competências existentes na empresa ao novo
56
ambiente de competitividade;
Atuar na capacitação não apenas dos empregados, mas também dos fornecedores, terceirizados, parceiros e até clientes;
Gerar uma série de mecanismos de educação à distância, para atingir inclusive trabalhadores de regiões remotas.
INICIATIVAS
Incorporar os recursos humanos às competências críticas necessárias à implementação da estratégia corporativa e de negócios de Companhia;
Desenvolver e fortalecer competências técnicas e de gestão;
Aumentar a satisfação e o comprometimento de todos empregados com os resultados da Companhia;
Prever política de remuneração e benefícios para retenção de talentos e suportar os negócios da Companhia;
Disseminar valores e comportamentos desejados pela Companhia.
Fonte: Petrobras, adaptado pelos autores.
3.4.2 Masa da Amazônia
A Masa da Amazônia, fabricante de componentes plásticos, para motocicletas,
televisores e condicionadores de ar, sediada em Manaus, vem investindo na capacitação dos
colaboradores. Criaram programas de bolsas de estudos, MBAs patrocinados pela empresa e
informática básica para todos. Técnicas de gestão estão sendo utilizadas para o
reconhecimento e a recompensa dos funcionários que mais se destacam. Estes fatores refletem
diretamente na melhoria da qualidade de vida e no estímulo à criatividade.
Tabela 2 - Quadro de Perspectiva de Aprendizagem e Crescimento na Masa da Amazônia.
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OBJETIVO Motivar colaboradores
INDICADORES
Índice de satisfação dos colaboradores; % de perda de talentos; Número de horas dos programas de capacitação; % de objetivos individuais cumpridos.
METAS
Ver o futuro da Masa com otimismo; Sentir orgulho de trabalhar na Masa; Fazer com que as mudanças no trabalho tenham impacto
positivo; Possuir alto nível de motivação; Considerar, entre outras empresas, a Masa como uma das
melhores empresas para trabalhar; Sentir valorizado pela Masa.
Criar, implementar e acompanhar planos de ação
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INICIATIVAS
realistas para melhoria do ambiente de trabalho; Comunicar com clareza os objetivos e planos da empresa; Criar entendimento entre objetivos, responsabilidades; Criar um plano de desenvolvimento para Gestão de
Pessoas; Capacitar em Feedback e Planejamento de Desempenho e Conversar mais (sobre futuro/ perspectivas e sobre
presente/necessidades); Dar mais foco nos trabalhos, evitando desperdício de
tempo e minimizando horas extras; Avaliar o que é Qualidade de Vida para os colaboradores
da Masa; Criar ações simples voltadas para Qualidade de Vida; Avaliar a implementação de um Sistema de Gestão de
Desempenho. Fonte: Masa da Amazônia, adaptado pelos autores.
3.4.3 Tribunal de Contas da União
A atual Constituição Federal estabelece que a fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e
indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, deve ser exercida pelo Congresso Nacional com auxílio do TCU
mediante controle externo e interno de cada poder, ao qual incumbe uma série de
competências exclusivas, previstas na Constituição Federal.
Para garantir que todos os seus processos de gestão estejam alinhados à missão desse
órgão público, que é “Assegurar a efetiva e regular gestão dos recursos públicos, em benefício
da sociedade”, o TCU, visa consolidar práticas de avaliações periódicas da gestão e de
pesquisas internas de satisfação profissional. Desta forma, da análise feita, sobressaem-se
como pontos fortes a serem potencializados: a autonomia e a independência institucionais, o
capital intelectual, o poder normativo concernente a matérias de sua competência, o poder
sancionador, a capacitação e o profissionalismo do corpo técnico, o modelo colegiado e o
processo decisório compartilhado, a flexibilidade e a capacidade de promover e de absorver
inovações e mudanças em sua estrutura e em sua forma de atuação. Assim sendo, podemos
exemplificar sob a perspectiva de Aprendizagem e Crescimento do BSC no TCU, o seguinte
objetivo estratégico:
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Tabela 3 - Quadro de Perspectiva de Aprendizagem e Crescimento do Tribunal de Contas da União.
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OBJETIVO
Estimular o desenvolvimento de profissionais competentes, motivados e comprometidos com a efetividade do controle externo e com a melhoria da gestão pública, bem como criar e manter ambiente de trabalho que conduza a excelência no desempenho, à plena participação, ao crescimento profissional e à qualidade de vida.
INDICADORES
Índice de adesão ao critério de informação e conhecimento do Programa Nacional de Gestão Pública;
Índice de satisfação dos servidores com as práticas de gestão do conhecimento;
Índice de satisfação dos servidores; Índice de motivação e comprometimento dos servidores.
METAS
Promover o intercâmbio de informações, conhecimentos e metodologias de trabalho e a realização de trabalhos conjuntos com órgãos públicos e entidades que subsidiem o exercício do controle;
Utilizar, de forma sistemática, informações constantes das bases de dados de órgãos e entidades públicos;
Atuar proativamente no aperfeiçoamento da legislação de suporte ao controle externo;
Mapear e racionalizar os principais processos de trabalho do TCU;
Disseminar o uso de TI para apoio ao controle externo; Assegurar a qualidade das informações das bases de
dados corporativas do TCU; Aperfeiçoar o processo de capacitação gerencial e
profissional; Implantar modelo de gestão por competências; Estruturar e integrar práticas de gestão do conhecimento.
INICIATIVAS
Identificar ações e inovações nas áreas de gestão de pessoas, sistemas de informação e comportamento organizacional necessárias para assegurar o crescimento e o aprimoramento contínuo do Tribunal;
Otimizar a utilização do conhecimento organizacional; Promover a motivação e o comprometimento; Promover ações estratégicas de promoção de saúde e
qualidade de vida no trabalho e processos de gestão de pessoas;
Acompanhar e direcionar para a atuação e o desenvolvimento profissional das pessoas.
Fonte: Tibunal de Contas da União, adaptado pelos autores.
3.4.4 Supremo Tribunal Federal
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O Supremo Tribunal Federal, órgão de cúpula do Poder Judiciário, elaborou um
planejamento estratégico para o quinquênio 2009-2013. Tal documento apresenta as diretrizes
a serem desenvolvidas na promoção do aperfeiçoamento do tribunal.
O STF tem grande preocupação em formar servidores capazes de prestar atendimento
com excelência, visando sua missão de proteger a Constituição Federal. Nesse sentido, são
realizadas ações de capacitação permanentes para qualificação dos servidores por seções
internas criadas especificamente para essa finalidade.
Apesar dos grandes investimentos em capacitação, um dos pontos fracos do órgão é a
alta rotatividade de servidores internos e externos no serviço público. Isso torna imperativo
que o conhecimento adquirido por tais servidores sejam mantidos em poder do órgão de
alguma forma. Sob a perspectiva de Aprendizagem e Crescimento do BSC, o STF possui os
seguintes objetivos estratégicos – que não contemplam o importante aspecto de retenção de
conhecimento:
Tabela 4 - Quadro de Perspectiva de Aprendizagem e Crescimento no Supremo Tribunal Federal.
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OBJETIVO Priorizar a valorização e o aperfeiçoamento dos
servidores e colaboradores, visando à cooperação, ao respeito e ao comprometimento.
INDICADORES
Índice de servidor treinado: Mede a quantidade de horas de treinamento, em média, por servidor no período;
Índice de servidor treinado por servidor, por unidade: Mede a quantidade de horas de treinamento, em média, por servidor no período, por unidade;
Índice de implementação do programa de estímulo a ideias inovadoras: Mede a implementação do programa de estímulo a ideias inovadoras dos servidores;
Número de ações de qualidade de vida para servidores: Mede a quantidade de ações de qualidade de vida desenvolvidas anualmente para os servidores;
Número de ações de promoção à saúde preventiva: Mede a quantidade de ações de promoção à saúde preventiva no ano;
Índice de capacitação anual por instrutoria interna: Mede a relação entre o número de ações de capacitação por instrutoria interna e o total de ações de capacitação;
Índice de satisfação do servidor: Mede o percentual de servidores satisfeitos com a Administração, por meio de pesquisa de clima organizacional realizada a cada dois anos;
Número de obras e instalações de equipamentos de infraestrutura implantados: Mede a quantidade de obras e equipamentos de infraestrutura predial implantados para a melhoria das instalações.
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METAS
Desenvolver pelo menos duas ações anuais de qualidade de vida para servidores;
Promover, a cada ano, 30 horas de treinamento, em média, por servidor, garantindo 15 horas de treinamento por servidor de cada Secretaria;
Realizar, a cada ano, no mínimo 15% dos eventos internos por instrutoria interna;
Alcançar, a cada dois anos, 70% dos servidores satisfeitos com a Administração em pesquisa de clima organizacional;
Implementar programa de estímulo a ideias inovadoras dos servidores até dezembro/2010;
Promover, a cada ano, no mínimo 3 ações de promoção à saúde preventiva;
Melhorar a infraestrutura predial até 2013. Fonte: Supremo Tribunal Federal, adaptado pelos autores.
Tabela 5 - Quadro de Perspectiva de Aprendizagem e Crescimento no Supremo Tribunal Federal.
Fonte: Supremo Tribunal Federal, adaptado pelos autores.
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OBJETIVO Fomentar a cultura da responsabilidade socioambiental
INDICADORES
Índice de variação de consumo de água e energia: Mede a variação percentual do consumo de água e energia elétrica no período;
Índice de utilização de papel reciclado: Mede a variação percentual de utilização de papel reciclado no STF anualmente;
Número de pessoas beneficiadas com projetos de cidadania: Mede a quantidade de pessoas beneficiadas com projetos de cidadania no ano;
Índice de implantação do programa de inclusão digital: Mede a implementação do programa de inclusão digital;
Indicador de qualidade de vida para colaboradores: Mede a quantidade de ações de qualidade de vida desenvolvidas anualmente para colaboradores do STF.
METAS
Reduzir em 10% o consumo de água e energia no Tribunal até 2013;
Atingir pelo menos 30% de utilização de papel reciclado no Tribunal até 2013;
Beneficiar, anualmente, no mínimo 200 pessoas com projetos de cidadania;
Instituir programa de inclusão digital para colaboradores até dezembro/2010;
Desenvolver pelo menos uma ação anual de qualidade de vida para colaboradores.
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4. DESENVOLVIMENTO
4.1. Metodologia
As pesquisas podem ser classificadas, segundo Vergara (2000), quanto a fins e quanto
a meios. Neste trabalho, utilizamos as seguintes metodologias de pesquisa:
a) quanto a fins:
Investigação exploratória, no que diz respeito às tecnologias recentes, pois há
pouco material crítico disponível sobre o tema; nesse sentido, nos basearemos
da experiência em campo como usuário dos sistemas;
aplicada, verificando a possibilidade de inserir conceitos teóricos no meio
prático por meio de uma ferramenta ou organização de processos;
b) quanto a meios:
revisão bibliográfica, através de pesquisas realizadas em materiais e teorias
difundidas e propostas por outros autores renomados;
documental, em análise direta a documentos e manuais de diversas
organizações a fim de estudar as características intrínsecas de cada uma delas.
4.1.1. Procedimentos de pesquisa utilizados nesse trabalho
4.1.1.1. Desenvolvimento da investigação exploratória
Foram utilizados como suporte para a investigação exploratória Ferramentais
Colaborativos tais como: navegação nos principais portais colaborativos (twitter, facebook,
Orkut entre outros) e suas ferramentas (enquetes, comunicação por mensagens curtas, fóruns,
wikis, blogs, chats e workplaces).
62
4.1.1.2 Desenvolvimento de pesquisa aplicada
Esse procedimento foi motivado pela necessidade de inserir os conhecimentos
estudados no contexto organizacional por meio da proposta de um modelo de ferramenta
prática para obter os resultados esperados pela estratégia da corporação.
4.1.1.3. Desenvolvimento da revisão bibliográfica
Utilizado para obter informações sobre da Gestão do Conhecimento e Governança de
TI através de autores referências nessa área; essa metodologia embasará o conteúdo do artigo
quando no relacionamento entre as tecnologias web recentes e sua ligação com os estudos de
autores referências em Gestão do Conhecimento e Estratégia Corporativa.
4.1.1.4. Desenvolvimento da pesquisa documental
Analisamos mapas estratégicos de organizações para validar a proposta de que o
modelo elaborado se aplica em objetivos estratégicos adotados sob a perspectiva do
Aprendizado e Crescimento do BSC.
4.2. Interação para gerar conhecimento, uma motivação para a pesquisa
Faz-se interessante iniciar o estudo da interação das Mídias Sociais com a Gestão do
Conhecimento Corporativo citando alguns pontos da entrevista que o especialista no tema,
Giora Hadar, concedeu ao Valor Econômico em Junho de 2010. Hadar é responsável há dez
anos pela área de gestão do conhecimento da Federal Aviation Administration (FAA) e lá
implementou o uso de redes sociais. Ele defende sua utilização entre colaboradores para
melhorar processos e buscar soluções (VALOR ECONÔMICO, 2010). Segundo Hadar, em
resposta ao questionamento sobre as diferenças entre as gerações atuais e as passadas na
gestão do conhecimento,
A nova geração é mais aberta tanto para receber conhecimento quanto para compartilhar o que sabe. Os nascidos a partir de 1982, que formam a
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chamada geração Y, compartilham informação até mesmo com quem não conhecem pela internet. É impressionante o número de jovens que se dispõe a te ajudar a resolver problemas e a transmitir seus conhecimentos. Tudo o que você precisa para conseguir isso é fazer contatos e pedir educadamente. (...) (VALOR ECONÔMICO, 2010).
Atualmente, os profissionais nascidos a partir de 1982 tem até 28 anos de idade. Isso
significa que apenas os funcionários mais novos das empresas estarão familiarizados com a
cultura de compartilhar informações mais facilmente. Apesar disso, é válido inferir que o
futuro das organizações será norteado pelas decisões desses jovens profissionais, e logo, há
que se pensar em como conquistar seus valores através de tecnologias e práticas
contemporâneas. Contudo, apesar da não familiaridade dos profissionais mais experientes,
que precedem 1982 com esse tipo de ideologia, todo ser humano é aberto a mudanças e de
acordo com Marvin Harris (1969), antropólogo norte-americano, “Nenhuma ordem social é
baseada em verdades inatas, uma mudança no ambiente resulta numa mudança no
comportamento” (MARVIN HARRIS, 1969). Hadar prevê que nesse sentido, apesar das
pessoas mais velhas se recusarem a dividir conhecimento, devido à sua ideia de que
informação é poder, e mesmo não sendo nativos digitais, eles precisam ser “imigrantes
digitais”. Ele embasa sua afirmação dizendo que
É dever dos funcionários compartilhar conhecimento e dever das empresas incentivar e dar condições para que eles façam isso. Caso contrário, um colaborador que é demitido se aposenta ou troca de emprego, leva consigo todas as informações adquiridas durante seus anos naquela companhia. (VALOR ECONÔMICO, 2010).
Seguindo na entrevista, questionado sobre de que maneira esse compartilhamento de
informação afeta as empresas, Hadar responde que
De forma positiva. Uma vez que o profissional tem a possibilidade de compartilhar e adquirir informações nas redes sociais, inclusive as internas, inevitavelmente ele aplicará esses conhecimentos no trabalho e terá mais suporte para tomar as melhores decisões. Ele melhora, assim, sua performance e, consequentemente, a da companhia. (VALOR ECONÔMICO, 2010).
Essa informação intensifica a proposição de que a evolução da gestão do
conhecimento por meio das redes sociais internas em uma organização vão diretamente de
encontro com seus objetivos estratégicos, melhorando a performance da companhia. Mas será
que as empresas estariam preparadas para lidar com isso? Sim, e a custo zero. Segundo Hadar,
as empresas são obrigadas a entrar nessa nova era, pois é bastante comum os funcionários
terem computadores em casa – inclusive mais modernos que os do escritório. Essa forma a
64
interação por redes sociais acontece “fora do controle da companhia (...). As que conseguirem
gerenciar isso serão muito beneficiadas”.
Hadar também elenca de forma breve como a troca de informações deve ser
incentivada – e esse é um dos pontos mais importantes para conquistar os funcionários a
aderirem de maneira completa a um modelo de rede social corporativa. Segundo Hadar “As
pessoas devem fazer conexões e interagir primeiramente em um sistema de intranet. Elas
disponibilizam seu perfil na rede e passam a colaborar mutuamente”. (VALOR
ECONÔMICO, 2010).
Essa afirmação mostra que o ambiente da rede social deve estar integrado à intranet
corporativa. O usuário deve se interessar primeiramente em inserir seu perfil, se comunicar
com amigos, trocar mensagens, marcar encontros, enfim, deve ser norteado realmente por
motivações pessoais e não simplesmente por regras da empresa.
Para finalizar, Hadar afirma que as Redes Sociais são A MELHOR maneira de se gerir
o conhecimento corporativo, “Em uma plataforma colaborativa é possível localizar
rapidamente o que se precisa pesquisando por assuntos e expertises. Além, é claro, de você ter
a adesão maciça dos mais jovens”. (VALOR ECONÔMICO, 2010).
A conclusão que se tira da entrevista é que a proposta de uma rede social alinhada aos
objetivos da empresa e com foco na gestão do conhecimento pode ser um modelo imperativo
para garantir a perpetuação do conhecimento nas organizações. Segundo SVEIBY (1998, p.
3), “a Gestão do Conhecimento não é mais uma moda de eficiência operacional. Faz parte da
estratégia empresarial.” É nesse sentido que demos continuidade ao trabalho. O trabalho foi
referenciado por uma base sólida em que elencamos os principais conceitos de criação,
transformação e disseminação do conhecimento, enumeração e descrição das principais
mídias sociais e suas ferramentas colaborativas e estudo das estratégias empresariais sob a
perspectiva do aprendizado e crescimento.
No próximo tópico classificaremos os recursos e características das mídias sociais que
tem feito mais sucesso no ambiente geral e profissional, já mencionadas no referencial
teórico. A classificação colaborará para justificar a utilização dos recursos no ambiente
intranet para promoção dos resultados esperados.
65
4.3 Síntese dos principais recursos e características
Referente ao exposto nesta seção, podemos elencar alguns recursos mais importantes
em cada uma das mídias sociais comentadas. Tais recursos terão grande importância nesse
trabalho, uma vez que eles serão a matéria prima necessária para moldar uma proposta de
portal colaborativo a nível intranet para promoção do conhecimento e alinhamento estratégico
sob a perspectiva do aprendizado e crescimento nas organizações.
No modelo será necessário encontrar maneiras para motivar os usuários a participarem
da rede social proposta, incentivá-los a trocar experiências por meio da ferramenta e a
gerarem conhecimento por meio dos recursos disponíveis. Para tanto, classificaremos os
recursos quanto ao:
Objetivo no modelo: motivação, organização do conteúdo e compartilhamento
de conhecimento;
Tipos de laços: fortes (pessoas do círculo de amizade) e fracos (simples
conhecidos);
Conteúdo: informacional (conhecimento), conversacional (troca de mensagens
pessoais);
Modo de conversão do conhecimento: externalização, internalização,
combinação e socialização;
Validação: relevância (ranking e comentários) ou promoção pessoal.
Como mencionado anteriormente, o objetivo dessa classificação será buscar maneiras
equilibradas de motivar usuários em uma organização – colegas de trabalho (laços fracos) – a
trocarem informações (vertente informacional) por meio da interação da rede social (vertente
conversacional) pela exposição de informações no sentido dos laços fortes, direcionadas
primeiramente a suas conexões diretas.
Para fins de validação da importância do conteúdo exposto na rede social, sua
relevância pode ser definida analisando o histórico curricular e profissional (promoção
pessoal) de quem compartilha as informações ou por meio dos níveis obtidos em rankings e
comentários feitos pelos próprios usuários da rede.
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Também classificaremos os recursos em relação à Espiral do Conhecimento
(NONAKA e TAKEUCHI, 1997) e classificaremos os recursos das mídias sociais em
socialização, quando houver relações estabelecidas entre os autores das mídias sociais,
denotando a transformação do conhecimento tácito para conhecimento tácito, em
externalização, quando houver exposição do usuário autor na transcrição e documentação de
informações, sentimentos e fornecimento de experiências, gerando a transformação do
conhecimento tácito em conhecimento explícito, em combinação, enquanto repasse e
disseminação de informações de terceiros por usuários da rede, o que exemplifica a
transformação do conhecimento explícito em conhecimento explícito e por fim, em
internalização, quando os leitores puderem consumir as informações da rede, garantindo a
transformação do conhecimento explícito em conhecimento tácito.
Todo o conteúdo da rede deverá ser facilmente encontrado por meio de filtros,
definidos como objetivo de organização do conteúdo na classificação proposta.
Dessa forma, atingiremos o clímax explorando a motivação das pessoas de interagir
em redes sociais, para indiretamente gerar informação e conhecimento para quaisquer grupos
de usuários em uma corporação. Uma vez familiarizado com o novo ambiente, o usuário da
empresa será capaz de explorar todo o conhecimento da organização no ambiente social
virtual. Nesse caso, ele se socializará, externalizará ideias e experiências, combinará
informações e internalizará conhecimento. Submergirá em uma infinita troca de conhecimento
cíclico. Nesse ponto, sem perceber, o colaborador da empresa poderá se divertir, criar,
inventar, fazer e refazer, compartilhar, experimentar, arriscar e evoluir dentro da empresa.
No tópico seguinte, durante a classificação dos recursos, haverá elaboração de juízo de
valor a cerca das aplicações, iniciando uma lapidação das ferramentas passíveis de utilização
no modelo proposto por esse trabalho.
4.3.1 Recursos das mídias sociais de comunicação
Mídia social de origem: Blog
Recurso: Exposição de conteúdos textuais e utilização de imagens, áudios e vídeos no corpo
dos textos.
Objetivo no modelo: compartilhamento de conhecimento
Tipos de laços: fracos
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Conteúdo: informacional
Modo de conversão do conhecimento: externalização e internalização
Validação: relevância (ranking e comentários) e promoção pessoal
Descrição: Blogs permitem que usuários publiquem diariamente conteúdos que achem
relevantes e que desejem compartilhar com outras pessoas. Tais conteúdos podem conter
imagens, áudios e vídeos que ilustrem o conteúdo elaborado. Os conteúdos devem ter data,
autor para contextualizar a informação.
Justificativa da classificação: O objetivo principal no modelo é o compartilhamento
do conhecimento, pois se trata de um relatório sobre determinado assunto para que os leitores
tomem conhecimento sobre o mesmo. Os leitores não são necessariamente conexões diretas
do autor e, portanto, os laços da interação são fracos. O conteúdo é basicamente informacional
e o modo de conversão do conhecimento é o de externalização, pois transforma o
conhecimento tácito em conhecimento explícito. Por outro lado, do ponto de vista do leitor, o
modo de conversão seria internalização, pois transforma o conhecimento explícito de outrem
em conhecimento tácito. Deve-se dar valor ao conteúdo analisando as características
acadêmicas e profissionais do autor e o nível atingido no ranking e comentários da matéria.
Mídia social de origem: Blog
Recurso: Agrupamento de conteúdos relacionados por assunto, por tags e por data.
Objetivo no modelo: organização do conteúdo
Tipos de laços: N/A
Conteúdo: N/A
Validação: N/A
Descrição: Para facilitar a recuperação de conteúdos e a organização dos mesmos,
torna-se necessário classifica-los por assuntos, de acordo com o que o autor considerar
conveniente, por tags, ou seja, palavras chaves que caracterizem o conteúdo e por data,
gerado automaticamente pelo sistema.
Justificativa da classificação: Não existe conhecimento, informação, interação ou
conversação no recurso, logo, não há classificação a não ser pelo objetivo do modelo, que é a
organização do conteúdo.
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Mídia social de origem: Blog
Recurso: Comentários.
Objetivo no modelo: motivação
Tipos de laços: fortes e fracos
Conteúdo: informacional e conversacional
Modo de conversão do conhecimento: socialização, externalização e internalização.
Validação: ranking e promoção pessoal.
Descrição: Os comentários permitem que usuários da rede interajam com autores de
blogs ou outros textos por meio de campos específicos para isso. Os comentários seguem
sempre na mesma página do conteúdo comentado em ordem cronológica e os autores dos
mesmos não podem ser anônimos. Cada comentário possui obrigatóriamente autor e data
determinada.
Justificativa da classificação: Comentar conteúdos escritos por outros autores pode
ser considerado uma motivação pessoal de interagir e também de saber se outras pessoas
compartilham de seu ponto de vista. Os laços desse tipo de interação podem ser fortes ou
fracos, apesar de predominantemente fracos. Os laços são fortes no sentido em que usuários
de conexão direta do autor geram críticas positivas para crescimento do mesmo. O conteúdo é
informacional quando trouxer correção ao conteúdo e conversacional quando compartilhar do
mesmo ponto de vista do conteúdo comentado. O modo de conversão do conhecimento pode
ser a externalização, quando a correção trazida pelo comentário for inédita, fundamentada e
bem estruturada; socialização, quando gerar apenas a troca de conhecimento tácito por
conhecimento tácito por meio de comentários e réplicas informais, na qual um autor tenta
convencer o outro de seu ponto de vista; e internalização quando um leitor externo lê as
informações e as transforma em conhecimento tácito. A validação da relevância do conteúdo
deve ser feita analisando o perfil dos autores e por meio dos níveis obtidos no ranking do
comentário.
Mídia social de origem: Blog
Recurso: Ranking
Objetivo no modelo: organização do conteúdo
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Tipos de laços: fortes e fracos
Conteúdo: N/A
Modo de conversão do conhecimento: N/A
Validação: N/A
Descrição: Os rankings são utilizados para determinar a importância de determinado
conteúdo ou comentário inserido em uma rede. Eles tem sido implementados de duas formas
diferentes, dando notas de 1 a 5 (às vezes em formatos de estrelas) ou simplesemente dando
notas binárias como “Gostei” e “Não Gostei”.
Justificativa da classificação: Esse recurso permite organizar o conteúdo classicando-
os em conteúdos mais relevantes ou conteúdos de pouca importância. Atualmente a
classificação entre “Gostei” e “Não Gostei” tem sido mais aceita por ser mais intuitiva.
Mídia social de origem: Microblog
Recurso: Exposição de conteúdos em poucos caracteres (microtextos) aliados a conteúdos
multimídia
Objetivo no modelo: compartilhamento de conhecimento
Tipos de laços: fracos
Conteúdo: informacional e conversacional
Modo de conversão do conhecimento: externalização e internalização
Validação: promoção pessoal
Descrição: as micromensagens em 140 caracteres tem se mostrado como uma
tendência nas redes sociais devido à sua clareza, concisão e rápida assimilação pelos leitores.
Por meio dela é fácil e rápido externalizar pensamentos de forma que os leitores tenham maior
interesse em internalizá-los. A utilização de imagens, áudios e vídeos podem auxiliar o autor a
ilustrar sua mensagem, ou até mesmo, ser o seu foco principal de compartilhamento.
Justificativa da classificação: O objetivo desse modelo é compartilhar conhecimento,
pois traz informações em seu corpo. Os laços são fracos e o conteúdo é basicamente
informacional. Entretanto, as micromensagens, agrupadas a outros recursos como os replies e
hashtags podem também caracterizar conversações. Não se utiliza comentar esse tipo de
70
informação, nem ranquea-las, logo, a validação da relevância deve ser feita por meio do perfil
dos autores.
Mídia social de origem: Microblog
Recurso: Criação de palavras chaves – (#) hashtags – nos conteúdos textuais
Objetivo no modelo: organização do conteúdo;
Tipos de laços: N/A
Conteúdo: N/A
Modo de conversão do conhecimento: combinação
Validação: N/A
Descrição: As hashtags são palavras chaves inseridas em microtextos denotadas por
um caracter especial de cerquilha (#). Utilizar palavras chaves como o exemplo #palavra
facilita filtros por conteúdos relacionados em meio caótico de disseminação de informações.
Ele também auxilia que pessoas que queriam falar sobre o mesmo assunto possam encontrar
outros comentários relacionados aos seus.
Justificativa da classificação: O modelo é na verdade uma maneira de classificar e
filtrar informações, ele não traz uma informação propriamente dita, mas permite transpor
idéias caracterizando uma conversão do conhecimento do tipo combinação, que é a
transformação do conhecimento explícito em conhecimento explícito quando na troca de
dados entre informações da mesma área.
Mídia social de origem: Microblog
Recurso: Utilização de caracter especial (@) para destinar mensagens a usuários específicos e
possibilitar respostas (replies)
Objetivo no modelo: motivação
Tipos de laços: fortes e fracos
Conteúdo: conversacional
Modo de conversão do conhecimento: socialização
Validação: promoção pessoal
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Descrição: A utilização de um caracter especial antes da identificação de um usuário
como o exemplo @lbrezende permite que uma mensagem do autor seja encaminhada
diretamente para uma área particular desse usuário. É possível também responder essa
mensagem por meio de uma resposta automática chamada replie na linguagem da mídia
Twitter.
Justificativa da classificação: Esse tipo de recurso permite que usuários interajam
entre si sem necessariamente ter interesses profissionais, o caracteriza um objetivo
motivacional no modelo. As pessoas com quem o usuário troca esse tipo de mensagem são
conexões diretas, logo os laços são predominantemente fortes, entretanto, por interesses
diversos, pode ocorrer troca de mensagens em laços fracos. O conteúdo das mensagens é
basicamente conversacional e o modo de conversão do conhecimento é tácito para tácito, um
diálogo entre os envolvidos. Deve-se avaliar a relevância da informação pelo perfil do usuário
remetente.
Mídia social de origem: Microblogs
Recurso: Filtros de conteúdos por hashtags
Objetivo no modelo: organização do conteúdo
Tipos de laços: N/A
Conteúdo: N/A
Modo de conversão do conhecimento: N/A
Validação: N/A
Descrição: Os filtros por hashtags permitem que os tópicos mais comentados na rede
de microtextos (trend topics) sejam mais facilmente localizados. Podem-se utilizar as
hashtags em toda rede e não somente nos microtextos. Isso faria com que a identificação dos
assuntos mais populares na mídia da intranet social fosse facilmente localizada.
Justificativa da classificação: Sem conteúdo informacional, o recurso basicamente
permite organizar e classificar conteúdos na rede para pesquisas aleatórias.
Mídia social de origem: Microblogs
Recurso: Geração de Feeds para buscas nos conteúdos
Objetivo no modelo: organização do conteúdo
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Tipos de laços: N/A
Conteúdo: N/A
Modo de conversão do conhecimento: N/A
Validação: N/A
Descrição: Os Feeds e RSS disponibilizados por APIs na rede relacionados a filtros
específicos permitem que as informações compartilhadas sejam utilizadas mais facilmente por
outras aplicações na rede de uma empresa, daí sua importância.
Justificativa da classificação: O recurso permite uma maior integração entre diversos
ambientes informatizados de uma empresa e não traz consigo conhecimento específico
agregado passível de classificação dentre as outras vertentes.
Mídia social de origem: Microblogs
Recurso: Possibilidade de relacionamento na rede (seguidores)
Objetivo no modelo: motivação
Tipos de laços: fortes e fracos
Conteúdo: N/A
Modo de conversão do conhecimento: N/A
Validação: N/A
Descrição: O recurso de se tornar seguidor de um autor permite que determinado
usuário acompanhe diretamente as atualizações que o usuário seguido fizer na rede.
Justificativa da classificação: O objetivo no modelo é motivacional, pois não há
interesse profissional direto nesse tipo de relação, a não ser pelo relacionamento inter-áreas da
empresa. Os laços estabelecidos podem ser fortes ou fracos devido ao grande número de
conexões que o usuário pode estabelecer de forma indireta apenas com “conhecidos”.
Mídia social de origem: Redes Sociais
Recurso: Criação de perfis profissionais
Objetivo no modelo: motivação
Tipos de laços: N/A
Conteúdo: informacional
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Modo de conversão do conhecimento: N/A
Validação: N/A
Descrição: O recurso de criação de perfis ajuda na autopromoção dos funcionários da
rede. Esse perfil, a exemplo do LinkedIn deve conter informações de relevância profissional
tais como: Formação acadêmica; Experiência profissional; Cursos realizados; Habilidades;
Interesses profissionais e Premiações e títulos; O perfil também deve conter informações
básicas como dados pessoais, fotos e contatos. O mais interessante no que diz respeito à
colaboração nesse recurso é a avaliação de trabalhos realizados por funcionários em níveis
hierárquicos superiores ou colegas de trabalho. Tal avaliação pode contar como uma espécie
de atestado de qualidade do funcionário para motivar seu crescimento interno. Além disso, é
interessante a aplicação de comentários utilizados na finalização de ordens de serviço em
outros sitemas sobre aqualidade do atendimento.
Justificativa da classificação: O caráter motivacional objetivado pelo modelo é a
automotivação para os colaboradores que desejam ser reconhecidos e evoluir na organização.
O conteúdo é informacional e permite que a área gestora de recursos humanos e até mesmo
outros funcionários busquem na empresa características e habilidades necessárias para
prestação de terminado serviço, facilitando a realocação de recursos buscando maior
eficiência operacional.
Mídia social de origem: Redes Sociais
Recurso: Estabelecimento de vínculos: diretos e explícitos, por áreas de atuação na empresa,
por áreas do conhecimento, por área de interesse profissional.
Objetivo no modelo: motivação
Tipos de laços: fortes e fracos
Conteúdo: conversacional
Modo de conversão do conhecimento: socialização
Validação: relevância (ranking e comentários) ou promoção pessoal
Descrição: O estabelecimento de vínculos é parte fundamental para uma rede social.
As pessoas que interagem entre si devem se relacionar em grupos. No contexto
organizacional, as melhores maneiras de relacionar as pessoas são por vínculos diretos e
explícitos, o círculo real de amizade off-line; por áreas de atuação na empresa, ou seja, por
74
seção, setor, diretoria, etc; por áreas do conhecimento, áreas que o usuário realmente domina
e não necessariamente a área que atua ou que se formou; e por área de interesse profissional, o
que realmente motivará o funcionário a crescer e a alcançar seus objetivos pessoais.
Justificativa da classificação: O objetivo motivacional é devido à promoção
individual das qualidades dos funcionários. É uma oportunidade para demonstrar seus
interesses e almejar cargos melhores na organização. Os laços estabelecidos podem ser fortes
ou fracos, dependendo da relação off-line estabelecida pelo colaborador. O conteúdo desse
relacionamento é conversacional e visa a interação entre os funcionários. A validação da
qualidade, nesse caso, do funcionário, pode ser verificada através dos comentários e rankings
pessoais disponibilizados pela ferramente – análise de funcionários feita por funcionários.
Mídia social de origem: Redes Sociais
Recurso: Estabelecimento de vínculos por comunidades de afinidades gerais;
Objetivo no modelo: motivação, compartilhamento de conhecimento
Tipos de laços: fracos
Conteúdo: informacional e conversacional
Modo de conversão do conhecimento: Externalização, Internalização, Socialização e
Combinação
Validação: relevância ou promoção pessoal
Descrição: O recurso de estabelecimento de vínculos por comunidades de afinidades
gerais é o recurso de mais sucesso no Orkut, que conquistou os brasileiros. A possibilidade de
compartilhar interesses em um ambiente com pessoas solecionadas por afinidade e com
fóruns de discussões permite que tópicos diversos sejam abordados sobre pontos de vista
diferentes, possibilitando uma discussão interessante.
Justificativa da classificação: O objetivo desse recurso no modelo é primeiramente a
motivação pessoal de discutir temas de interesse pessoal. Em segundo lugar o objetivo é de
compartilhamento de conhecimento, pois nesse ambiente os usuários podem trocar
experiências a respeito de determinados assuntos através dos fóruns. Os laços são
predominantemente fracos, pois pessoas desconhecidas tendem a compartilhar dos mesmos
gostos. O conteúdo é informacional, quanto traz assuntos de interesse geral e conversacional,
nas discussões dos fóruns. A relevância dos conteúdos pode ser avaliada pelos rankings dos
75
comentários ou pela análise pessoal dos perfis dos autores. Esse recurso é um dos mais
completos no que diz respeito à conversão do conhecimento. Ele permite a externalização de
idéias nas wikis das comunidades, a internalização de todos os conteúdos discutidos, a
socialização realizada na troca de experiências – tácito x tácito – nos fóruns e a combinação
que acontece quando ideias já externalizadas são trocadas entre os usuários da rede.
Mídia social de origem: Redes Sociais
Recurso: Status automático de atividades realizadas na empresa.
Objetivo no modelo: compartilhamento de conhecimento
Tipos de laços: fracos
Conteúdo: informacional
Modo de conversão do conhecimento: N/A
Validação: N/A
Descrição: Aplicação implementada recentemente em diversas mídias sociais, o status
automáticos de atividades realizadas na rede é um dos grandes atrativos que concederam ao
Facebook o seu sucesso. Ao interagir na rede, todos os usuários vinculados a determinada
pessoa são notificados sobre sua interação. Ampliado ao contexto empresarial, é possível que
os conhecidos de determinado usuário saibam que tipo de sistema ele está acessando e qual
atividade está realizando no momento. Sua implementação permite que sejam filtradas
habilidades de usuários para determinadas tarefas que antes ficariam ocultas.
Justificativa da classificação: O objetivo desse curso é o compartilhamento de
conhecimento, pois leva aos usuários da rede informações diversas de forma automática. Os
laços são fracos, pois não se trata de eventos solicitados somente de usuários de conexão
direta. O conteúdo é informacional e não há conversão de conhecimento nesse recurso.
Mídia social de origem: Redes Sociais
Recurso: Status personalizados de atividades do usuário
Objetivo no modelo: motivação
Tipos de laços: fracos
Conteúdo: conversacional
Modo de conversão do conhecimento: N/A
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Validação: N/A
Descrição: Usuários podem descrever status sobre sentimentos ou que atividades
estão realizando no momento.
Justificativa da classificação: De caráter totalmente motivacional, esse recurso
permite que o usuário se interesse em compartilhar suas experiências, sentimentos, ideias
pessoais na rede. Dessa forma, os laços são fracos e o caráter é conversacional, sem
conhecimento empresarial aplicado.
Mídia social de origem: Redes Sociais
Recurso: Comunicação pública por meio de comentários rápidos (scraps)
Objetivo no modelo: motivação, compartilhamento de conhecimento
Tipos de laços: fortes
Conteúdo: conversacional
Modo de conversão do conhecimento: socialização
Validação: N/A
Descrição: O comentário rápido entre usuários de uma rede social é o recurso que
garantiu o sucesso do Orkut no Brasil. A possibilidade de trocar mensagens rápidas pela
própria rede entre usuários foi mais aceita que a troca de e-mails ou mensagens instantâneas.
O funcionamento é simples: o usuário deve escolher outro usuário com quem deseja interagir
e escrever uma mensagem em texto para ele. Essa mensagem pode facilmente ser respondida
na mesma interface de leitura do comentário do usuário que a recebeu.
Justificativa da classificação: Esse recurso é basicamente motivacional, apesar de
poder conter compartilhamento de conhecimento quando os conteúdos nas mensagens forem
relevantes. Como os comentários são direcionados a outras pessoas, os laços devem ser
predominantemente fortes. O conteúdo é conversacional por se tratar de troca de mensagens,
na maioria das vezes que gerarão replicas e tréplicas. O modo de conversão do conhecimento
é a socialização, uma vez que há predominância da alternância do conhecimento tácito pelo
conhecimento tácito.
Mídia social de origem: Eventos
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Recurso: Criação de eventos; Inscrição em eventos; Comentários sobre eventos; Inserção de
fotos e vídeos relacionados a um evento; Ranking e comentários de eventos; Calendário de
eventos com filtro por participante, área da empresa e assunto
Objetivo no modelo: motivação
Tipos de laços: fortes e fracos
Conteúdo: conversacional
Modo de conversão do conhecimento: N/A
Validação: N/A
Descrição: A marcação de eventos é um item importante em uma rede social para
permitir a interação off-line, ou seja, fora do ambiente virtual. O recurso de eventos permite
que os usuários marquem eventos e se inscrevam nos eventos marcados por outras pessoas.
Ao abrir um evento é possível ver as informações discricionárias e quem estará presente
(inscrito) no mesmo. Quem participa de um evento pode postar fotos, vídeos, dar uma nota e
fazer comentários. Deve haver também um calendário compartilhando com todos os eventos
criados na rede, para que os que almejam se inscrever possam filtra-los por quais participantes
estão inscritos, qual área da empresa é a responsável e qual o foco do evento.
Justificativa da classificação: O recurso de eventos tem objetivo motivacional. Prevê
apenas a oportunidade da empresa de fazer com que os usuários sintam-se à vontade na
plataforma para interagir com outras pessoas. Os laços podem ser fortes e fracos, pois as
pessoas podem ou não ter vínculos diretos off-line. Na marcação de eventos não há geração do
conhecimento e seu conteúdo tem foco conversacional, sem informação diretamente valiosa
para a empresa. Não há necessidade de validar o conteúdo, pois não há informação
diretamente agregada.
4.3.2 Recursos das mídias sociais de colaboração
Mídia social de origem: Wikis
Recurso: Colaboração em conteúdos por usuários diferentes em momentos diferentes para
descrição formal de informações técnicas
Objetivo no modelo: compartilhamento de conhecimento
Tipos de laços: fracos
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Conteúdo: informacional
Modo de conversão do conhecimento: Externalização, Internalização e Combinação
Validação: relevância (ranking e comentários) ou promoção pessoal
Descrição: O recurso de wiki permite que usuários escrevam sobre assuntos técnicos
da empresa em um espaço próprio. Várias pessoas podem escrever sobre o mesmo conteúdo,
editando os textos previamente inseridos com correções e evoluções.
Justificativa da classificação: Esse é um recurso a ser criado especificamente para
compartilhar conhecimento importante para a organização. Os laços são basicamente fracos,
pois os usuários que inserem conteúdo não objetivam um destinatário específico. O conteúdo
não visa conversação e é estritamente informacional. Ele abrange vários modos de conversão
do conhecimento podendo ser tácito para explícito na escrita, explícito para tácito na leitura e
explícito para explícito quando gerar a combinação de conhecimentos já inseridos na
ferramenta. A relevância do conteúdo pode ser analisada por meio das notas que o artigo
receberá dos usuários ou analisando o currículo do responsável pelo conteúdo.
Mídia social de origem: Social Bookmarking
Recurso: Categorização de páginas por assuntos favoritos
Objetivo no modelo: compartilhamento de conhecimento e organização do conteúdo
Tipos de laços: fracos
Conteúdo: informacional
Modo de conversão do conhecimento: combinação e internalização
Validação: relevância (ranking e comentários) ou promoção pessoal
Descrição: Esse recurso permite que os usuários marquem suas páginas favoritas na
web ou na própria rede social e compartilhem sua lista de preferencia com outros usuários por
meio de um painel de assuntos favoritos.
Justificativa da classificação: Esse recurso permite organizar conteúdo da rede e
compartilhar conhecimento existente em outras páginas. Os laços são fracos por não haver
destinatário específico. O conteúdo não é simples conversação podendo ser caraterizado como
informacional. O conhecimento se converte por combinação, conhecimento explícito para
explícito por ser apenas um compartilhamento de dados já externalizados e a internalização,
79
quando os usuários absorvem o conteúdo compartilhado. A relevância dos bookmarkings
devem ser analizados por meio dos comentários de outros usuários ou do currículo do autor.
Mídia social de origem: Social News
Recurso: Agrupamento de informações por temas relevantes em determinadas áreas e
classificação da relevância
Objetivo no modelo: compartilhamento de conhecimento e organização do conteúdo
Tipos de laços: fracos
Conteúdo: informacional
Modo de conversão do conhecimento: combinação e internalização
Validação: relevância (ranking e comentários) ou promoção pessoal
Descrição: Esse recurso, bastante parecido com o anterior, permite que conteúdos
sejam classificados por temas, e não apenas por se tratar de dados favoritos de um usuário.
Vários usuários podem, a partir de um tema criado na rede, mencionar quais os conteúdos que
conhecem se relacionam com eles.
Justificativa da classificação: Esse recurso permite organizar conteúdo da rede e
compartilhar conhecimento existente em outras páginas. Os laços são fracos por não haver
destinatário específico. O conteúdo não é simples conversação podendo ser caraterizado como
informacional. A conversão do conhecimento é por combinação, explícito para explícito e
internalização, quando na aborção dos conteúdos. A relevância das informações deve ser
analisada por meio dos comentários de outros usuários ou do currículo do autor.
4.3.3 Recursos das mídias sociais de multimídia
Mídia social de origem: Compartilhamento de fotos
Recurso: Corte e edição de imagens na web
Objetivo no modelo: motivação
Tipos de laços: N/A
Conteúdo: N/A
Modo de conversão do conhecimento: N/A
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Validação: N/A
Descrição: Esse recurso é simplesmente motivacional para permitir que os usuários
editem as suas imagens com maior facilidade.
Justificativa da classificação: Não há informação nos cortes, logo ele é basicamente
motivacional no modelo.
Mídia social de origem: Compartilhamento de fotos
Recurso: Criação de álbuns de fotos por áreas da empresa, por fotos particulares, por eventos
da empresa.
Objetivo no modelo: motivação e organização do conteúdo
Tipos de laços: N/A
Conteúdo: N/A
Modo de conversão do conhecimento: N/A
Validação: N/A
Descrição: Esse recurso permite que os conteúdos de fotos sejam dividos por álbuns
específicos de áreas da empresa ou classificados por relevância pessoal e eventos
empresariais.
Justificativa da classificação: Esse recurso motiva os usuários a se organizarem tal
como as redes sociais existentes na web e a organizarem conteúdos da rede para que sejam
encontrados com maior facilidade.
Mídia social de origem: Compartilhamento de fotos
Recurso: Agrupamento de fotos por tags e assuntos
Objetivo no modelo: organização do conteúdo
Tipos de laços: N/A
Conteúdo: conversacional
Modo de conversão do conhecimento: N/A
Validação: N/A
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Descrição: Esse recurso permite que o usuário classifique fotos por tags no momento
do upload para que elas sejam recuperadas mais facilmente por outros usuários que efetuem
filtros de busca na rede.
Justificativa da classificação: Esse recurso permite que os conteúdos sejam
organizados de uma forma mais estruturada na rede de forma a serem recuperadas mais
facilmente por outros usuários.
Mídia social de origem: Compartilhamento de fotos
Recurso: Filtragem de fotos por títulos ou usuários de áreas diferentes de uma empresa
Objetivo no modelo: organização do conteúdo
Tipos de laços: N/A
Conteúdo: N/A
Modo de conversão do conhecimento: N/A
Validação: N/A
Descrição: Esse recurso permite utilizar as classificações por tags, áreas e usuários
para resgatar conteúdos fotográficos da rede.
Justificativa da classificação: Esse recurso permite apenas a organização do conteúdo
para rápida recuperação nas buscas.
Mídia social de origem: Compartilhamento de vídeos
Recurso: Criação de lista de vídeos favoritos por usuário
Objetivo no modelo: motivação e organização do conteúdo
Tipos de laços: N/A
Conteúdo: conversacional
Modo de conversão do conhecimento: N/A
Validação: N/A
Descrição: Esse recurso permite a interação de usuários na rede tento caráter bastante
motivacional por meio de criação de lista de vídeos favoritos por usuário. Ele também permite
que o conteúdo seja organizado para buscas futuras. As listas de vídeos favoritas são públicas
82
e são compartilhadas automaticamente com os usuários da rede que visualizarem o perfil de
determinados usuários.
Justificativa da classificação: Esse recurso permite a interação de usuários na rede
tento caráter bastante motivacional. Ele também permite que o conteúdo seja organizado para
buscas futuras. Há um cunho conversacional no compartilhamento de conteúdos favoritos,
logo, sua classificação.
Mídia social de origem: Compartilhamento de vídeos
Recurso: Criação de grupos de vídeos tutoriais de áreas técnicas da empresa
Objetivo no modelo: compartilhamento de conhecimento
Tipos de laços: fracos
Conteúdo: informacional
Modo de conversão do conhecimento: Externalização e Internalização
Validação: relevância (ranking e comentários) ou promoção pessoal.
Descrição: Esse recurso permite que os vídeos mais relevantes, de cunho técnico
sejam classificados e disponibilizados facilitando que usuários que busquem informações
mais técnicas a encontrem mais facilmente. Um vídeo é muito mais intelegível e eficaz que
um tutorial por escrito, o que caracteriza sua relevância no ambiente. Deve haver, nesse
sentido, uma motivação da empresa para que os usuários criem vídeos tutorias facilitando a
disseminação do conhecimento.
Justificativa da classificação: Esse recurso permite compartilhamento direto de
conhecimento e como não há um destinatário direto, os laços da comunicação são fracos. O
conteúdo é estritamente informacional e há conversão de conhecimento tácito para explícito
(criação do vídeo) e explícito para tácito (visualização do vídeo). A relevância do conteúdo é
obtida analizando o ranking e seus comentários e analisando o currículo do autor do vídeo.
Mídia social de origem: Compartilhamento de vídeos
Recurso: Ranking de vídeos mais relevantes e mais acessados
Objetivo no modelo: motivação e organização do conteúdo
Tipos de laços: fracos
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Conteúdo: N/A
Modo de conversão do conhecimento: N/A
Validação: relevância (ranking e comentários)
Descrição: Esse recurso permite que os vídeos mais acessados ou mais comentados e
com melhores notas sejam listados para que os usuários da rede possam visualizá-los.
Justificativa da classificação: Esse recurso deve motivar os usuários a verem os
melhores vídeos da rede (com maior conteúdo informacional) e que o conteúdo seja melhor
organizado. As notas e comentários são dados sem destinatário específicos caracterizando
laços fracos. A relevância dos conteúdos deve ser analisada por meio dos comentários dos
usuários.
Mídia social de origem: Compartilhamento de vídeos
Recurso: Filtragem de vídeos por tags, usuários da empresa
Objetivo no modelo: organização do conteúdo
Tipos de laços: N/A
Conteúdo: N/A
Modo de conversão do conhecimento: N/A
Validação: N/A
Descrição: Ao fazer upload do vídeo o usuário deve poder classifica-lo por meio de
tags. Ao tentar visualizar um vídeo, os usuários que buscam devem poder filtrá-los também
por usuários da empresa.
Justificativa da classificação: Como não há interação nesse recurso, sua finalidade é
apenas a organização do conteúdo.
Mídia social de origem: Compartilhamento de vídeos
Recurso: Inserção intuitiva de vídeos e upload com conversor flv server side
Objetivo no modelo: motivação
Tipos de laços: N/A
Conteúdo: N/A
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Modo de conversão do conhecimento: N/A
Validação: N/A
Descrição: Deve ser possível subir arquivos de diversos formatos para o servidor e ele
deve ser convertido para o formato específico que será disponibilizado no player web
automaticamente.
Justificativa da classificação: Criar vídeos com facilidade motivará os usuários a
inserirem mais conteúdo.
Mídia social de origem: N/A
Recurso: Calendário compartilhado organizacional
Objetivo no modelo: Motivação
Tipos de laços: fracos
Conteúdo: N/A
Modo de conversão do conhecimento: N/A
Validação: N/A
Descrição: Esse recurso, semelhante ao serviço que já proveem os clientes de e-mail
como outlook ou até mesmo as contas de e-mail web como Google e Yahoo, permite que os
usários marquem e compartilhem seus compromissos em uma agenda única e pública. Ele
permite que os usuários saibam dos compromissos de outros usuários e facilita entender suas
agendas.
Justificativa da classificação: O objetivo é motivacional devido à abertura da
resistência dos usuários a deixarem as plataformas de e-mail e organização de agendas
existentes na empresa. Facilita que o modelo web colaborativo seja utilizado como plataforma
principal de trabalho.
Mídia social de origem: N/A
Recurso: Organização de documentação formal
Objetivo no modelo: Compartilhamento do conhecimento e organização de Conteúdo
Tipos de laços: fracos
Conteúdo: Informacional
85
Modo de conversão do conhecimento: Internalização
Validação: N/A
Descrição: Esse recurso deve permitir que os documentos oficiais da rede fossem
centralizados em um local para rápida recuperação de qualquer usuário mediante níveis de
acesso que tenham permissão. Manter documentos off-line pode ser muito perigoso gerando
duplicação de material e desorganização do conteúdo.
Justificativa da classificação: O objetivo do modelo é compartilhar conhecimento por
manter registros oficiais da organização para consulta e também objetiva a organização do
conteúdo. A principal forma de conversão do conhecimento é a internalização, pois os
usuários utilizam o recurso somente para obter informações. O conteúdo é informacional por
não se tratar de conversas pessoais, e sim registros oficiais para consulta.
4.3.4 Análise da síntese dos recursos
Foi verificado que as mídias sociais são um sucesso entre navegantes e que elas
contém diversos recursos que motivam os usuários a fazerem parte da rede. Deve-se explorar
esses recursos – mesmo que fugindo em parte da atividade principal do funcionário – a fim de
manter a atração do usuário (funcionário) e a rede social. Os recursos motivacionais tornam-
se dessa forma uma isca para utilização do sistema. Podemos verificar que dos 29 recursos
analisados, 46,67% tem essa finalidade, e, portanto teremos um poderoso arsenal a ser
explorado no modelo (Figura 5).
Figura 5 - Sintetização percentual dos objetivos dos recursos, disponíveis para o modelo estudado.
86
Empatado com o primeiro caso, disponível em 46,67% dos recursos, estão os recursos
que objetivam a organização de conteúdo. É importante ressaltar que de nada adiantaria reter
o conhecimento de maneira caótica em um banco de dados sem que as informações a serem
obtidas não podessem ser rápidamente recuperadas por usuários da rede, sem a necessidade de
intervenção de um especilista.
Com dez recursos principais (Figura 6), imperativos no modelo, 33,33% das
ferramentas analisadas objetivam o compartilhamento do conhecimento. Esses recursos serão
o coração do sistema, onde a informação da organização será extraída dos usuários e retidas
de maneira simples e sem imposição da alta gestão. Entende-se que a sinergia dentre esses
três objetivos é o que garantirá a adesão dos usuários ao modelo e trará os resultados
desejados de compartilhamento do conhecimento e fácil recuperação dos conteúdos.
Observando por outro ângulo, podemos perceber que os laços dessa rede são
predominantemente fracos - 56,67% dos recursos contra 23,55% de laços fortes (Figura 7).
Utilizand essa proporção no modelo, isso significa que a interação entre os usuários será
muito mais abrangente do que costuma ocorrer no mundo off-line. As pessoas irão interagir
com pessoas que não conhecem, de outras áreas, trazendo maior sinergia para a empresa
permitindo que um usuário tenha melhor visão do que acontece enquanto processo macro da
organização.
Figura 6 - Sintetização absoluta dos objetivos dos recursos, disponíveis para o modelo estudado.
87
Figura 7 - Sintetização percentual dos tipos de laços dos recursos, disponíveis para o modelo estudado.
Analisando sob a perspectiva do conteúdo, nota-se que há mais conteúdo
informacional (36,67%) que conversacional (30%) (Figura 8), entretanto essa diferença não
chega a ser expressiva. Esse deve ser um ponto de cuidado na criação do modelo, pois a
conversação gera interação, mas a retenção do conhecimento organizacional está nos recursos
de carater informacional. No modelo, deve-se explorar que a maioria dos conteúdos seja
significantemente mais informacional.
Figura 8 - Sintetização percentual dos tipos de laços dos recursos, disponíveis para o modelo estudado.
88
Voltando ao modelo espiral de conversão do conhecimento de NONAKA e
TAKEUCHI (1997), observamos que os recursos em uma rede social de fato permitem que o
conhecimento seja criado na organização. Pela Figura 9 é possível observar que 20% dos
recursos estudados se propõem a externalizar o conhecimento de um indivíduo, ou seja,
transformá-lo de tácito para explícito. Empatados com 16,67% dos recurso – 5 dos 30 (Figura
10) – estão os modos de conversão de explícito para explícito e tácito para tácito, exibios
como combinação e socialização respectivamente. Por fim, e mais interessante, é verificar que
30% (o maior número de casos entre os recursos) dos recursos buscam a internalização do
conhecimento, ou seja, irão disseminar o conhecimento para vários usuários da organização
transformando o conhecimento explícito em conhecimento tácito.
Figura 9 - Sintetização percentual dos tipos Conversão do Conhecimento, disponíveis para o modelo estudado.
89
Figura 10 - Sintetização absoluta dos tipos Conversão do Conhecimento, disponíveis para o modelo estudado.
Pra finalizar, em 33,33% dos recursos disponíveis, será necessário analisar o perfil do
usuário para verificar se a informação disponível é de fato confiável, entretanto com valor
também expressivo, com 30% dos casos essa validação pode ser feita pela análise prévia de
outros usuários por meio de ranking e comentários sobre o conteúdo disponível.
Figura 11 - Sintetização percentual dos tipos Validação de Conteúdo, disponíveis para o modelo estudado.
90
Dessa maneira, iniciaremos na próxima seção uma criação de um modelo que organiza
os recursos já expostos de forma a balancear suas principais características buscando os
objetivos do trabalho por meio da ferramenta.
4.4 Modelo de mídia social para intranet corporativa
Embasado no estudo sobre redes sociais, gestão do conhecimento, redes de
relacionamento web e estratégia organizacional voltada para o aprendizado e crescimento, o
objetivo principal desse trabalho é correlacionar esses temas a fim de propor um modelo – ou
checklist – de funcionalidades principais que podem resultar em uma melhor disseminação e
retenção do conhecimento organizacional.
O modelo deve ser simples, mas completo. Ele deve explorar todos os recursos
estudados que, por si, já atenderam aos objetivos percentuais de funcionalidades que o modelo
almeja – excetuando-se apenas o caso em que deve haver mais conteúdos informacionais que
conversacionais.
4.4.1 Listagem dos recursos que devem ser utilizados no modelo
Os recursos que devem estar contidos no modelo foram classificados nas tabela abaixo
de acordo com suas características. A partir de seus objetivos, tipos de conteúdo e tipos de
transformação do conhecimento, serão apresentados croquis textuais das telas sugeridas para
organização dos recursos em uma intranet colaborativa corporativa. A descrição do que
significa cada recurso e a justificativa para sua classificação estão contidas na seção 4.3 desse
trabalho.
Tabela 6 - Recurso do Objetivo: Compartilhamento do conhecimento. Recurso do Objetivo: Compartilhamento do conhecimento
1a Exposição de conteúdos textuais e utilização de imagens, áudios e vídeos no corpo
dos textos
2a Exposição de conteúdos em poucos caracteres (microtextos) aliados a conteúdos multimídia
3a Status automático de atividades realizadas na empresa;
91
4a Comunicação pública por meio de comentários rápidos (scraps)
5a Colaboração em conteúdos por usuários diferentes em momentos diferentes para descrição formal de informações técnicas
6a Categorização de páginas por assuntos favoritos
7a Agrupamento de informações por temas relevantes em determinadas áreas e classificação da relevância
8a Criação de grupos de vídeos tutoriais de áreas técnicas da empresa 9a Organização de documentação formal Fonte: Os autores.
Tabela 7 - Recurso do Objetivo: Motivação. Recurso do Objetivo: Motivação
1b Comentários
2b Utilização de caracter especial (@) para destinar mensagens a usuários específicos e possibilitar respostas (replies)
3b Possibilidade de relacionamento na rede (seguidores) 4b Criação de perfis profissionais
5b Estabelecimento de vínculos: diretos e explícitos, por áreas de atuação na empresa, por áreas do conhecimento, por área de interesse profissional
6b Estabelecimento de vínculos por comunidades de afinidades gerais; 7b Status personalizados de atividades do usuário
8b(4a) Comunicação pública por meio de comentários rápidos (scraps)
9b Criação de eventos; Inscrição em eventos; Comentários sobre eventos; Inserção de fotos e vídeos relacionados a um evento; Ranking e comentários de eventos; Calendário de eventos com filtro por participante, área da empresa e assunto;
10b Corte e edição de imagens na web
11b Criação de álbuns de fotos por áreas da empresa, por fotos particulares, por eventos da empresa
12b Criação de lista de vídeos favoritos por usuário 13b Ranking de vídeos mais relevantes e mais acessados 14b Inserção intuitiva de vídeos e upload com conversor flv server side 15b Calendário compartilhado organizacional Fonte: Os autores.
Tabela 8 - Recurso do Objetivo: Organização de Conteúdo.
Recurso do Objetivo: Organização de Conteúdo
1c Agrupamento de conteúdos relacionados por assunto, por tags e por data 2c Ranking 3c Criação de palavras chaves – (#) hashtags – nos conteúdos textuais 4c Filtros de conteúdos por hashtags
92
5c Geração de Feeds para buscas nos conteúdos 6c(6a) Categorização de páginas por assuntos favoritos
7c(7a) Agrupamento de informações por temas relevantes em determinadas áreas e classificação da relevância
8c(11b) Criação de álbuns de fotos por áreas da empresa, por fotos particulares, por eventos da empresa
9c Agrupamento de fotos por tags e assuntos 10c Filtragem de fotos por títulos ou usuários de áreas diferentes de uma empresa
11c(12b) Criação de lista de vídeos favoritos por usuário 12c(13b) Ranking de vídeos mais relevantes e mais acessados
13c Filtragem de vídeos por tags, usuários da empresa 14c(9a) Organização de documentação formal
Fonte: Os autores.
Tabela 9 - Tipo de conteúdo: Informacional. Tipo de Conteúdo: Informacional
1d(1a) Exposição de conteúdos textuais e utilização de imagens, áudios e vídeos no corpo
dos textos
2d(1b) Comentários
3d(2a) Exposição de conteúdos em poucos caracteres (microtextos) aliados a conteúdos multimídia
4d(4b) Criação de perfis profissionais 5d(6b) Estabelecimento de vínculos por comunidades de afinidades gerais; 6d(3a) Status automático de atividades realizadas na empresa;
7d(5a) Colaboração em conteúdos por usuários diferentes em momentos diferentes para descrição formal de informações técnicas
8d(6a) Categorização de páginas por assuntos favoritos
9d(7a) Agrupamento de informações por temas relevantes em determinadas áreas e classificação da relevância
10d(8a) Criação de grupos de vídeos tutoriais de áreas técnicas da empresa 11d(9a) Organização de documentação formal
Fonte: Os autores.
Tabela 10 - Tipo de conteúdo: Conversacional. Tipo de Conteúdo: Conversacional
1e(1b) Comentários
2e Exposição de conteúdos em poucos caracteres (microtextos) aliados a conteúdos multimídia
3e(2b) Utilização de caracter especial (@) para destinar mensagens a usuários específicos e possibilitar respostas (replies)
4e(5b) Estabelecimento de vínculos: diretos e explícitos, por áreas de atuação na empresa, por áreas do conhecimento, por área de interesse profissional
93
5e(6b) Estabelecimento de vínculos por comunidades de afinidades gerais; 6e(7b) Status personalizados de atividades do usuário 7e(4a) Comunicação pública por meio de comentários rápidos (scraps)
8e(9b) Criação de eventos; Inscrição em eventos; Comentários sobre eventos; Inserção de fotos e vídeos relacionados a um evento; Ranking e comentários de eventos; Calendário de eventos com filtro por participante, área da empresa e assunto;
9e(12b) Criação de lista de vídeos favoritos por usuário Fonte: Os autores.
Tabela 11 - Tipo de conversão do conhecimento: Externalização.
Tipo de Conversão do Conhecimento: Externalização
1f(1a) Exposição de conteúdos textuais e utilização de imagens, áudios e vídeos no corpo
dos textos
2f(1b) Comentários
3f(2e) Exposição de conteúdos em poucos caracteres (microtextos) aliados a conteúdos multimídia
4f(6b) Estabelecimento de vínculos por comunidades de afinidades gerais;
5f(5a) Colaboração em conteúdos por usuários diferentes em momentos diferentes para descrição formal de informações técnicas
6f(8a) Criação de grupos de vídeos tutoriais de áreas técnicas da empresa Fonte: Os autores.
Tabela 12 - Tipo de conversão do conhecimento: Combinação.
Tipo de Conversão do Conhecimento: Combinação
1g(1b) Comentários
2g(2b) Utilização de caracter especial (@) para destinar mensagens a usuários específicos e possibilitar respostas (replies)
3g(6b) Estabelecimento de vínculos por comunidades de afinidades gerais; 4g(7e) Comunicação pública por meio de comentários rápidos (scraps)
Fonte: Os autores.
Tabela 13 - Tipo de conversão do conhecimento: Socialização. Tipo de Conversão do Conhecimento: Socialização
1h(3c) Criação de palavras chaves – (#) hashtags – nos conteúdos textuais 2h(6b) Estabelecimento de vínculos por comunidades de afinidades gerais;
3h(5a) Colaboração em conteúdos por usuários diferentes em momentos diferentes para descrição formal de informações técnicas
4h(6a) Categorização de páginas por assuntos favoritos Fonte: Os autores.
94
Tabela 14 - Tipo de conversão do conhecimento: Internalização. Tipo de Conversão do Conhecimento: Internalização
1i(1a) Exposição de conteúdos textuais e utilização de imagens, áudios e vídeos no corpo dos textos
2i(1b) Comentários
3i(2e) Exposição de conteúdos em poucos caracteres (microtextos) aliados a conteúdos multimídia
4i(6b) Estabelecimento de vínculos por comunidades de afinidades gerais;
5i(5a) Colaboração em conteúdos por usuários diferentes em momentos diferentes para descrição formal de informações técnicas
6i(6a) Categorização de páginas por assuntos favoritos
7i(7a) Agrupamento de informações por temas relevantes em determinadas áreas e classificação da relevância
8i(8a) Criação de grupos de vídeos tutoriais de áreas técnicas da empresa 9i(9a) Organização de documentação formal
Fonte: Os autores.
4.4.2 Croqui das telas sugeridas para distribuição dos conteúdos na rede proposta
Para organizar os conteúdos descritos na seção anterior em um modelo de intranet
colaborativa, faz-se necessário agrupa-los seguindo uma lógica que garanta uma boa
experiência do usuário. Para tanto, não será possível segmentar as funcionalidades de acordo
com as classificações apresentadas anteriormente. A classificação servirá apenas para guiar
uma construção balanceada do croqui da página principal e a descrição textual de algumas
telas principais apresentados nessa seção.
Vale ressaltar que a empresa que adotar o modelo baseado nos recursos propostos terá
liberdade para definir o layout e o posicionamento dos módulos de acordo com suas
necessidades. As seções abaixo apenas ilustram alguns exemplos de estratégias que podem ser
adotadas na implementação dos recursos estudados.
Será apresentado um croqui visual da página principal e uma descrição textual das
telas principais. Cada organização poderá trabalhar os temas e criar outros de acordo com os
recursos abordados nesse trabalho modelando o sistema de acordo com sua necessidade.
4.4.2.1 Página principal (croqui imagem)
95
Na página principal do modelo devem ser exploradas as características motivacionais
da web colaborativa de forma que o usuário se sinta motivado a abrir essa página sempre que
chegar ao ambiente de trabalho. A intranet colaborativa também deve funcionar como um
ponto de partida para as atividades diárias, proporcionando aos funcionários links diretos para
os principais sistemas da empresa, para as principais notícias da organização, para seu
calendário e para seus relacionamentos.
Nesse ponto é importante ressaltar que o foco inicial deve prioritariamente ser o
usuário. A primeira página do sistema – considerando que a empresa possui um ambiente
single sign on (apenas um login, preferencialmente da própria rede, para acessar todos os
sistemas da casa) – não deve ser a página da seção, da coordenadoria, da partição, da
secretaria, da diretoria, do gabinete, ou da própria organização, mas sim do usuário.
A partir dessa página, deverá haver links para a página de perfis de outros usuários, de
comunidades, de relacionamentos, de wikis, de notícias da organização, de documentação, e
de sistemas gerais importantes para a organização.
Desssa forma, os módulos que devem existir nessa página são (Figura 12):
Links para as áreas com nivelamento hierárquico – Deve permitir que o usuário
entre na comunidade de sua área ou das áreas na qual é subordinado.
Perfil do usuário – O usuário deve poder inserir uma foto e deixar disponível dados
pessoais como idade, formação acadêmica, área em que atua na empresa.
4b - Criação de perfis profissionais.
Pesquisa – Deve ser disponibilizada uma pesquisa rápida para que o usuário filtre
dados por comunidade, por temas relevantes ou uma pesquisa geral. A pesquisa deve conter
um modo avançado para possibilitar filtros nos diversos módulos da intranet. Deve ser
possível filtrar eventos, filtrar hashtags, filtrar perfis de usuários, filtrar conteúdos inseridos
nas wikis, blogs e documentos, filtrar comunidades, filtrar usuários, filtrar unidades da
organização, filtrar notícias, filtrar itens multimídia e quaisquer outros conteúdos que
trafeguem na rede.
2c - Ranking;
4c - Filtros de conteúdos por hashtags;
5c - Geração de Feeds para buscas nos conteúdos.
96
Calendário – Deve haver um calendário compartilhado para que o usuário lembre
seus compromissos e cadastre novos compromissos.
15b - Calendário compartilhado organizacional.
Documentos e Wikis – Sempre que houver atualização no sistema de documentação
ou wikis deve ser disponibilizado para os usuários um alerta sobre essa atualização para que
ele possa verificar o que foi alterado.
1a - Exposição de conteúdos textuais e utilização de imagens, áudios e vídeos
no corpo dos textos;
9a - Organização de documentação formal;
1b - Comentários;
2c - Ranking.
Texto 140 caracteres – Deve ser possível que o usuário utilize um sistema de envio
de mensagens de 140 caracteres para explicitar o que está fazendo, que atividade realizou,
como se sente, envie mensagens para outros usuários (@) ou mantenha registros importantes
com chaveamento por hashtags (#).
2a - Exposição de conteúdos em poucos caracteres (microtextos) aliados a
conteúdos multimídia;
1b - Comentários;
2b - Utilização de caracter especial (@) para destinar mensagens a usuários
específicos e possibilitar respostas (replies);
2c - Ranking;
3c - Criação de palavras chaves – (#) hashtags – nos conteúdos textuais;
2e - Exposição de conteúdos em poucos caracteres (microtextos) aliados a
conteúdos multimídia.
Últimas atividades pessoais e dos contatos – Disponibiliza mensagens automáticas
integradas aos sistemas da empresa para que os usuários saibam em que seus contatos estão
trabalhando ou qual mensagem rápida deixaram.
3a - Status automático de atividades realizadas na empresa;
1b - Comentários;
3b - Possibilidade de relacionamento na rede (seguidores);
97
7b - Status personalizados de atividades do usuário;
2c - Ranking;
3c - Criação de palavras chaves – (#) hashtags – nos conteúdos textuais.
Últimas notícias da organização – Disponibiliza títulos em 140 caracteres com texto
discernível possibilitando que o usuário seja capaz de expandir a notícia para ler sua íntegra.
1a - Exposição de conteúdos textuais e utilização de imagens, áudios e vídeos
no corpo dos textos;
1b - Comentários.
Repositório Multimídia – Deve possibilitar que o usuário faça upload de arquivos de
áudio, vídeo ou imagens para compartilhar com outros usuários e também ver os arquivos que
seus contatos estão compartilhando.
8a - Criação de grupos de vídeos tutoriais de áreas técnicas da empresa;
1b - Comentários;
10b - Corte e edição de imagens na web;
11b - Criação de álbuns de fotos por áreas da empresa, por fotos particulares,
por eventos da empresa;
12b - Criação de lista de vídeos favoritos por usuário;
13b - Ranking de vídeos mais relevantes e mais acessados;
14b - Inserção intuitiva de vídeos e upload com conversor flv server side;
2c - Ranking;
9c - Agrupamento de fotos por tags e assuntos;
10c - Filtragem de fotos por títulos ou usuários de áreas diferentes de uma
empresa;
13c - Filtragem de vídeos por tags, usuários da empresa.
Relacionamentos – Exibe os contatos do usuário que acessaram o sistema mais
recentemente e permite a troca de mensagens entre eles. Também é possível pesquisar
usuários que não são vínculos diretos para torná-los parte da rede pessoal.
4a - Comunicação pública por meio de comentários rápidos (scraps);
1b - Comentários;
3b - Possibilidade de relacionamento na rede (seguidores);
98
5b - Estabelecimento de vínculos: diretos e explícitos, por áreas de atuação na
empresa, por áreas do conhecimento, por área de interesse profissional.
Temas favoritos – Exibe uma coletânea dos assuntos favoritos do usuário. São
exibidas as categorizações de todos os itens da rede que o usuário marca como “Gostei” ou
páginas da web que o usuário considera relevante. No sistema deve haver módulos que filtrem
somente temas favoritos de usuários para integrar os temas que possuem maior foco na
empresa.
6a - Categorização de páginas por assuntos favoritos;
7a - Agrupamento de informações por temas relevantes em determinadas áreas
e classificação da relevância;
1b - Comentários;
1c - Agrupamento de conteúdos relacionados por assunto, por tags e por data;
2c - Ranking.
Comunidades – Exibe as comunidades cadastradas pelo usuário e permite que veja
todas as comunidades para viabilizar o ingresso do usuário. Tais comunidades podem ser das
áreas da empresa, de interesses gerais dos funcionários ou de grupos de trabalho.
1a - Exposição de conteúdos textuais e utilização de imagens, áudios e vídeos
no corpo dos textos;
1b - Comentários;
6b - Estabelecimento de vínculos por comunidades de afinidades gerais;
2c - Ranking.
Próximos eventos cadastrados e eventos previstos – exibe a lista cronológica dos
eventos que o usuário se cadastrou para participar. Exibe também todos os eventos
disponíveis na empresa para que o usuário se cadastre caso se interesse.
9b - Criação de eventos, Inscrição em eventos, Comentários sobre eventos,
Inserção de fotos e vídeos relacionados a um evento, Ranking e comentários de
eventos, Calendário de eventos, todos estes com filtro por participante, por
área da empresa e por assunto;
2c - Ranking.
99
Figura 12 - Croqui de exemplo de página principal para o usuário da rede.
4.4.2.2 Página de comunidades organizacionais (textual)
As comunidades da organização devem trazer conteúdos informativos relacionados à
empresa. Devem ser páginas com foco em serviços e informação. É necessário prover acesso
rápido a serviços mais procurados, facilitar que informações sobre as unidades sejam
encontradas facilmente tais como:
Membros da unidade;
Ramais da unidade;
100
Localização da unidade;
Atribuições da unidade;
Eventos da unidade.
4.4.2.3 Página de perfil do usuário (textual)
A página de criação de perfis profissionais ajuda na autopromoção dos funcionários da
rede. Esse perfil, a exemplo do LinkedIn deve conter informações de relevância profissional
tais como: Formação acadêmica; Experiência profissional; Cursos realizados; Habilidades;
Interesses profissionais e Premiações e títulos. O perfil também deve conter informações
básicas como dados pessoais, fotos e contatos. O mais interessante no que diz respeito à
colaboração nesse recurso é a possibilidade avaliação de trabalhos realizados por funcionários
em níveis hierárquicos superiores ou colegas de trabalho. Tal avaliação pode contar como
uma espécie de atestado de qualidade do funcionário para motivar seu crescimento interno.
Além disso, é interessante a aplicação de comentários utilizados na finalização de ordens de
serviço em outros sitemas sobre aqualidade do atendimento.
O perfil do usuário também deve trazer suas características na rede tais como,
mensagens enviadas, textos elaborados, eventos criados, arquivos de áudio, vídeo e imagem
enviados para o servidor, temas favoritos, etc.
4.4.2.4 Página de relacionamentos (textual)
Na página de relacionamentos o usuário deve ser capaz de ver seus vínculos diretos,
trocar mensagens com eles, comentar seus perfis profissionais, convidá-los a participar de
eventos cadastrados, e trocar mensagens com eles.
Também deve ser possível pesquisar outros contatos em qualquer área da empresa
para estabelecer vínculos e buscar informações tais como endereço de e-mail, localização na
empresa e ramal.
101
4.4.2.5 Página de comunidades gerais (textual)
Assim como as comunidades criadas para as empresas, deve haver no sistema
comunidades de interesses gerais dos usuários. Exemplos na área de Tecnologia da
Informação são comunidades de Grupos de Arquitetura de Software, Grupos de Engenharia de
Requisitos, ou até mesmo comunidades de interesses gerais tais como Grupo de Kart ou
Futebol. As funcionalidades nas comunidades podem ser, entre outros:
a possibilidade de fazer parte da comunidade;
criação de fóruns;
comentários em fóruns;
upload de arquivos para a comunidade;
criação de eventos para a comunidade;
criação de ábuns multimídia.
4.4.2.6 Página de notícias e informações gerais (textual)
A página de notícias pode ou não fazer parte das comunidades. Sugere-se que seja
criada uma página especial para integrar as notícias de todas as áreas da empresa, de forma
que qualquer usuário possa começar a entender quais os processos e atividades realizados na
empresa se posicionando quanto ao seu papel executado na mesma.
4.4.2.7 Página de eventos (textual)
A marcação de eventos é um item importante em uma rede social para permitir a
interação off-line, ou seja, fora do ambiente virtual. A página de eventos deve permitir que os
usuários marquem eventos e se inscrevam nos eventos marcados por outras pessoas. Ao abrir
um evento deve ser possível ver as informações discricionárias e quem estará presente
(inscrito) no mesmo. Quem participa de um evento deve poder postar fotos, vídeos, dar uma
nota e fazer comentários. Deve haver também um calendário compartilhando com todos os
102
eventos criados na rede, para que os que almejam se inscrever possa filtrá-los por quais
participantes estão inscritos, qual área da empresa é a responsável e qual o foco do evento.
4.4.2.8 Página de conteúdos multimídia (textual)
A página de conteúdos multimídia deve possibilitar a utilização dos recursos que
seguem abaixo. A descrição de cada um deles está na seção de Síntese dos principais recursos
e características das redes sociais:
8a - Criação de grupos de vídeos tutoriais de áreas técnicas da empresa;
1b - Comentários;
10b - Corte e edição de imagens na web;
11b - Criação de álbuns de fotos por áreas da empresa, por fotos particulares,
por eventos da empresa;
12b - Criação de lista de vídeos favoritos por usuário;
13b - Ranking de vídeos mais relevantes e mais acessados;
14b - Inserção intuitiva de vídeos e upload com conversor flv server side;
2c - Ranking;
9c - Agrupamento de fotos por tags e assuntos;
10c - Filtragem de fotos por títulos ou usuários de áreas diferentes de uma
empresa;
13c - Filtragem de vídeos por tags, usuários da empresa.
4.4.2.9 Página de wikis (textual)
Na página de wikis podem ser seguidos padrões já disponíveis em mercado tais como
a disponível no site Wikipedia.org. Nesse sentido devem ser adotadas soluções que permitam
a busca por assuntos diversos, a edição conjunta de textos por usuários diferentes e o
agrupamento de conteúdos por temas relacionados.
103
1a - Exposição de conteúdos textuais e utilização de imagens, áudios e vídeos
no corpo dos textos;
5a - Colaboração em conteúdos por usuários diferentes em momentos
diferentes para descrição formal de informações técnicas.
4.4.2.10 Página de documentações (textual)
Sugere-se que sejam adotadas técnicas de sistemas GED (Gerenciamento Eletrônico
de Documentos) para elaboração do modelo da página de documentações. Como não se trata
exatamente de uma funcionalidade de colaboração, cabe um estudo aprofundado sobre esse
recurso. Apesar disso, fazendo parte de uma intranet colaborativa, esse módulo não deve ser
tratado simplesmente como um sistema de gerenciamento de arquivos. Ele deve implementar
categorização de documentos, tabelas de temporalidade e versionamento, ações de disposição
e controles de níveis de segurança buscando melhora a experiência do usuário no
compartilhamento de dados e na busca por eles.
9a - Organização de documentação formal;
1b - Comentários;
2c - Ranking.
4.4.2.11 Página de ajuda (textual)
A página de ajuda deverá conter o mapa da intranet colaborativa, a descrição textual
dos módulos e telas do sistema e as respostas para as perguntas mais frequentes sobre o
sistema.
4.4.2.12 Página de configurações (textual)
104
A página de configurações do sistema deverá conter possibilidades para que o usuário
customize sua página. A função é basicamente motivacional, permitindo que o usuário se
sinta cada vez melhor ao utilizar o sistema. Nesse aspecto pode-se permitir ao usuário:
Edição das cores de sua página pessoal;
Edição das imagens de fundo de sua página pessoal;
Organização dos conteúdos (posicionamento) que deseja visualizar em sua
página pessoal.
4.5 Validação do modelo sob o ponto de vista teórico e visão estratégica
Considerando o modelo exposto no subtópico anterior, podemos verificar que,
segundo Santos, Pacheco e pereira 2010 apud Terra, 2000, p.203, uma organização que adote
esse modelo poderá vir a ser considerada uma “empresa que aprende”. Para tanto, o grupo
knowledge workers elencou uma série de questões e desafios que se resolvidas, trariam
grandes benefícios para as empresas nesse sentido:
a) como mapear o conhecimento (competências individuais) existentes nas empresas?
As competências individuais dos colaboradores das empresas podem ser
encontrados e filtrados por meio das aplicações de perfis profissionais dentro do
modelo apresentado. Nesse módulo é possível verificar os dados acadêmicos e
profissionais de cada profissional e também filtrar genericamente por
competências desejadas a fim de encontrar uma pessoa adequada para determinada
tarefa. Além disso, por meio da participação dos usuários da rede, é possível
encontrar pessoas que não possuem competências declaradas explicitamente,
entretanto costumam se envolver com atividades importantes para a empresa
relacionadas a determinado tópico.
b) como facilitar e estimular a explicitação do conhecimento tácito dos
trabalhadores?
A utilização da rede social como ferramenta de trabalho em uma intranet permite
que os usuários interajam entre si e dominem rapidamente a plataforma criando
um perfil, se conectando a amigos, “blogando”, criando eventos e convidando
105
pessoas, etc. Após se familiarizarem com a plataforma, o usuário se sentirá
estimulado a gerar conteúdos significativos para criar mais conexões e mostrar o
seu valor para outras pessoas. Essa relação do usuário com a rede social o deixa
seguro para explicitar o conhecimento tácito nas wikis, nos blogs, comentando o
trabalho de colegas e se promovendo diante da empresa.
c) como atrair, selecionar e reter pessoas com as requeridas competências,
habilidades e atitudes?
O ambiente intranet proposto baseado em mídias sociais permite que habilidades e
competências sejam filtradas de uma maneira muito mais precisa na empresa. O
RH não se limita apenas a um banco de dados com currículos e perfis acadêmicos
e profissionais. É possível buscar na rede pessoas que realmente entendem sobre
determinado assunto apenas filtrando as informações que trafegam de forma
caótica na rede. Após adesão maciça dos funcionários à cultura da rede, sua
exposição fará com que seu conhecimento seja explicitado de maneira ampla e os
gestores poderão mineirar competências, habilidades e atitudes desejadas para
determinada função na empresa.
d) como manter o equilíbrio entre o trabalho em equipe e o trabalho individual e entre
o trabalho multidisciplinar e a requerida especialização individual?
O dia-a-dia técnico dos profissionais não deve ser drasticamente alterado por meio
da ferramenta, dessa forma, o trabalho individual segue preservado. Entretanto, o
ambiente permite que problemas sejam solucionados por meio da rede, através de
questionamentos e sugestões interativas, facilitando o trabalho em equipe. Dessa
forma, é possível que funcionários que trabalhem em funções totalmente
diferentes, mas que entendam de um assunto em comum, colaborem
multidisciplinarmente de acordo com suas especializações individuais. O
interessante é que essa documentação gerada pela troca de mensagens entre os
usuários permancerá na rede para buscas futuras.
f) como utilizar os investimentos em informática e em tecnologia de comunicação
para aumentar o conhecimento da empresa e não apenas acelerar o fluxo de
informações?
Apesar da complexidade dessa questão, podemos focar na relação de causa e efeito
da adoção do ambiente de redes sociais. Os investimentos em uma mídia social
106
intranet estruturada permitirá que haja grande fluxo de informações trafegando na
rede. Apesar de sua característica caótica de externalização, os filtros e
ferramentas de classificação e recuperação de informações são eficazes.
O maior ganho para a organização é a retenção de parte do conhecimento tácito
dos funcionários, permitindo que a evasão da empresa não prejudique de forma tão
impactante o patrimônio intelectual das organizações.
g) quais sistemas, políticas e processos devem ser implementados para moldar
comportamentos relacionados ao estímulo à criatividade e ao aprendizado?
Nesse trabalho foi apresentado que não se devem criar regras ou uma política de
coerção para utilização do ambiente em rede social. As grandes motivações dos
usuários devem ser moldada estimulando a criatividade e o aprendizado por meio
de ferramentas que permitam a interação social, que é uma necessidade básica do
ser humano. No modelo proposto isso é feito pela inclusão das características que
tanto fizeram sucesso nas redes sociais emergentes que conhecemos.
h) como incentivar e premiar o knowledge sharing (compartilhamento de
conhecimento) e desencorajar o knowledge holding (que as pessoas guardem o
conhecimento para si próprio)?
Os estímulos nas redes sociais para compartilhamento de conhecimento já estão
intrínsecos no modelo, entretanto, podem ser adotadas políticas de recompensas
para os usuários que forem considerados mais atuantes e relevantes na rede. Além
de sentir prestígio ao ver seu nome no topo dos rankings e se automotivarem, os
funcionários “modelo” podem ser encontrados pelo RH por meio das estatísticas
do ambiente para possíveis premiações pelas práticas de compartilhamento de
informações. Dessa forma, os funcionários serão estimulados a compartilhar o
conhecimento ao invés de retê-lo.
Dessa forma, podemos concluir que de fato, a adoção do ambiente de mídia social
colaborativa em uma intranet corporativa dará os insumos necessários para que ela venha a
ser uma “empresa que aprende”, elevando a retenção do conhecimento tácitos dos
funcionários. Os maiores benefícios nesse sentido para a empresa, alinhado aos principais
resultados que poderiam surgir devido à adoção de práticas voltadas à aprendizagem
organizacional na busca pela sabedoria segundo Santos, Pacheco e Pereira (2010) são:
a) um incremento da qualidade do planejamento operacional e estratégico;
107
b) agilização do processo de tomada de decisões;
c) encorajamento de inovações e incremento na qualidade dos produtos;
d) incremento do compartilhamento da informação entre toda a organização;
e) aprendizado abrangendo toda a organização, inclusive a administração; e
f) aumento da competitividade e melhoria dos resultados.
É notório que os benefícios que podem ser atingidos pelo modelo podem e devem ser
inseridos no modelo de planejamento estratégico da organização. Dessa forma, de acordo com
os itens elencados na seção que analisa a perspectiva do aprendizado e crescimento no mapa
estratégico de algumas empresas, podemos verificar que o modelo proposto poderia catalizar
o alcance de algumas metas previstas. Relacionaremos abaixo tais metas e também
descreveremos outras metas que poderiam ser inseridas nos objetivos estratégicos dessa
perspectiva melhorando os resultados pretendidos na área fim:
Petrobrás
Objetivo Estratégico: Aumentar o conhecimento do negócio da empresa.
Meta atingida por meio da adoção do modelo:
1. Formar o funcionário segundo uma perspectiva humano-empresarial, de maneira que
ele conheça os valores e cultura internos;
2. Fazer com que o funcionário sinta-se parte do processo de desenvolvimento da
empresa;
3. Atuar na capacitação não apenas dos empregados, mas também dos fornecedores,
terceirizados, parceiros e até clientes;
4. Gerar uma série de mecanismos de educação à distância, para atingir inclusive
trabalhadores de regiões remotas.
Justificativa: O modelo proposto divulga claramente aos funcionários informações de sua
missão, visão, valores e cultura da empresa. Processos internos e externos passam a ter ampla
divulgação e tornam-se claros para todos. Desta forma, há envolvimento do pessoal nos
processos. Conhecer o negócio da empresa deixa de ser obscuro a todos os envolvidos e os
direciona. Além disso, centralizar a informação, o conhecimento e os envolvidos, dando a eles
ferramentas capazes de gerir todo esse processo, é primordial para o bom e pleno
funcionamento desta metodologia.
108
Masa da Amazônia
Objetivo Estratégico: Motivar colaboradores.
Meta atingida por meio da adoção do modelo:
1. Ver o futuro da Masa com otimismo;
2. Sentir orgulho de trabalhar na Masa;
3. Fazer com que as mudanças no trabalho tenham impacto positivo;
4. Possuir alto nível de motivação;
5. Considerar, entre outras empresas, a Masa como uma das melhores empresas para
trabalhar;
6. Sentir valorizado pela Masa.
Justificativa: O ferramental é capaz de, por meio dos comentários e notícias postadas,
demonstrar a satisfação de seus colaboradores, apresentando aspectos positivos e
motivacionais da empresa. Divulga premiações, promoções e reconhece seu colaborador
como peça fundamental da empresa. Assim sendo, manterá sempre a ascensão motivacional e
a valorização profissional.
Tribunal de Contas da União
Objetivo Estratégico: Estimular o desenvolvimento de profissionais competentes, motivados
e comprometidos com a efetividade do controle externo e com a melhoria da gestão pública,
bem como criar e manter ambiente de trabalho que conduza a excelência no desempenho, à
plena participação, ao crescimento profissional e à qualidade de vida.
- Capacidade de reconhecer, captar, tratar e tornar disponíveis, interna e externamente,
informações relevantes para o acompanhamento da gestão pública e o suporte à tomada de
decisão.
Meta atingida por meio da adoção do modelo:
1. Promover o intercâmbio de informações, conhecimentos e metodologias de trabalho e
a realização de trabalhos conjuntos com órgãos públicos e entidades que subsidiem o
exercício do controle;
2. Utilizar, de forma sistemática, informações constantes das bases de dados de órgãos e
entidades públicos;
109
3. Atuar proativamente no aperfeiçoamento da legislação de suporte ao controle externo;
4. Mapear e racionalizar os principais processos de trabalho do TCU;
5. Disseminar o uso de TI para apoio ao controle externo;
6. Assegurar a qualidade das informações das bases de dados corporativas do TCU;
7. Aperfeiçoar o processo de capacitação gerencial e profissional;
8. Estruturar e integrar práticas de gestão do conhecimento.
Justificativa: A proposta do modelo de ferramental, capaz de disseminar o conhecimento no
âmbio dos órgãos públicos e guardar informações privilegiadas em seus bancos de dados,
prevê também uma realização de trabalho conjunto. Aperfeiçoar, esta é a palavra chave a qual
o referido modelo se propõe, seja o aperfeiçoamento de processos ou de seu pessoal. Ou seja,
a TI apoiando, estruturando e qualificando o estado das informações a fim de suportar o
negócio.
Supremo Tribunal Federal
Objetivo Estratégico: Priorizar a valorização e o aperfeiçoamento dos servidores e
colaboradores, visando à cooperação, ao respeito e ao comprometimento. - Fomentar a cultura
da responsabilidade socioambiental.
Meta atingida por meio da adoção do modelo:
1. Realizar, a cada ano, no mínimo 15% dos eventos internos por instrutoria interna;
2. Alcançar, a cada dois anos, 70% dos servidores satisfeitos com a Administração em
pesquisa de clima organizacional;
3. Implementar programa de estímulo a ideias inovadoras dos servidores até
dezembro/2010;
4. Instituir programa de inclusão digital para colaboradores até dezembro/2010.
Justificativa: Não obstante treinar, formar e atualizar servidores do órgão, o modelo pode
acompanhar de forma sistemática os eventos em que cada um participa, bem como a duração.
Porém, ações de incentivo, estímulos, inovações devem ser praticadas como forma de
crescimento pessoal e profissional, sendo assim um agente motivacional no órgão.
Além das metas que podem ser atingidas por meio da adoção do modelo, sugere-se
que, ao adotar o modelo em uma organização, um novo objetivo estratégico seja moldado a
fim de materializar quais os resultados são pretendidos, como seu alcance será mensurado e
110
quais as principais iniciativas para atingi-lo. Órfão de um patrocínio da alta gestão, indiferente
de qualquer outro projeto, o modelo estaria fadado ao insucesso. Abaixo segue uma sugestão
de itens que podem ser utilizados para estabelecimento dos objetivos estratégicos. Vale
ressaltar que o texto apresentado não é um padrão que deva ser seguidos pela empresa, caso
contrário, o próprio conceito de estratégia estaria sendo corrompido. Cada empresa deve
alinhar as idéias de acordo com seu foco negocial, seguindo o quadro apenas a título de
exemplo.
Tabela 15 - Quadro de modelo de Perspectiva de Aprendizagem e Crescimento proposto neste projeto.
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OBJETIVO Adoção de um modelo de rede social intranet integrada aos processos da empresa.
INDICADORES
Número de usuários atuantes na rede (verificado por quais usuários postam conteúdos);
Número de comunidades criadas por unidade de tempo; Número de documentos inseridos por unidade de tempo; Número de textos wikis criados por unidade de tempo; Número de blogs criados por unidade de tempo; Número de eventos criados por unidade de tempo; Número médio de vínculos diretos por usuário; Número médio de usuários que participam de eventos
promovidos pela empresa ou por outros usuários na rede; Número de usuários com perfil completamente preenchido; Número de notícias rankeadas pelo sistema; Número de comentários inseridos no sistema.
METAS
Migrar toda a intranet informacional da empresa para o modelo de comunidades na rede intranet no prazo de 1 ano;
Tornar-se referência no mercado com a adoção do modelo de rede social colaborativa;
Utilizar o sistema de intranet como parte integrante do negócio por meio de todos os colaboradores em até 2 anos.
INICIATIVAS
Implementação do sistema de intranet colaborativa e acompanhamento de sua utilização por meio dos indicadores estabelecidos;
Planejamento de plano de recompensas para usuários mais atuantes na rede ou que geraram idéias inovadoras capazes de melhorar os processos de trabalho;
Patrocínio e divulgação de eventos criados na rede; Estabelecimento de concursos para eleição dos melhores
conteúdos inseridos na rede; Premiar mensalmente a melhor idéia promovida na rede; Estabelecer meios de divulgação para promover a participação
de 50% dos usuários da empresa na rede no prazo de 6 meses e 80% no prazo de um ano.
Fonte: Os autores.
111
4.6 Sugestão para trabalhos futuros: aplicação do modelo
Esse trabalho foi importante para elencar os recursos necessários para desenvolver
uma intranet social. Entretanto, o modelo proposto não previu seu desenvolvimento e
aplicação direta no mundo real das organizações.
Dessa forma, é necessário que o modelo seja implementado e colocado à prova,
verificando a médio ou longo prazo se os resultados almejados foram de fato alcançados.
Tal trabalho seria capaz de analisar pontos fracos do modelo e propor melhorias,
tornando-o de fato, um ambiente completamente validado e imperativo nas organizações que
possuem alta rotatividade de funcionários – a grande maioria delas – para retenção do capital
intelectual da empresa.
Também é possível que uma ferramenta que atenda aos objetivos propostos seja
instalada e utilizada para mesma finalidade. Existem diversas ferramentas como o Microsoft
SharePoint 2010, IBM Lotus e o Alfresco (código aberto) que possuem essas características,
mas ainda caberia um estudo detalhado se de fato elas atendem aos recursos estudados nesse
trabalho.
5. CONCLUSÃO
Após analisar os principais conceitos de redes sociais sob o ponto de vista
antropológico e sociológico, construir um embasamento teórico sobre gestão do conhecimento
baseado na espiral de Nonaka e Takeuchi, classificar as principais mídias sociais e seus
recursos que as proporcionaram tamanho sucesso, e identificar como a perspectiva do
aprendizado e crescimento influi na estratégia empresarial, o trabalho “externalizou” para
promover uma melhor retenção do capital intelectual de uma empresa por meio das Mídias
Sociais em ambiente Intranet.
Nesse sentido, foi possível atingir o objetivo do trabalho quando na modelagem da
proposta de itens necessários para unir com sinergia os pontos abordados. No decorrer do
trabalho, tornou-se clara a potencialização da disseminação do conhecimento na empresa por
meio do modelo e também ficou claro como a estratégia empresarial pode ser beneficiada ao
adotá-lo.
112
A partir de uma analise teórica no modelo, baseado nos resultados analisados nas
demais mídias sociais, foi possível concluir que a estrutura apresentada é capaz de gerar nas
organizações mais conhecimento retido e disseminá-lo pelas diversas áreas a partir de
experiências individuais dos colaboradores em detrimento de materiais documentos como
livros e manuais.
A maioria das interações da rede puderam ser justificadas e alinhadas ao dia-a-dia
corporativo. Por meio dos recursos classificados principalmente com objetivos motivacionais,
foi possível propor maneiras para obter sinergia e envolvimento interpessoal dos diversos
setores organizacionais.
O alinhamento das redes sociais às informações organizacionais no modelo por meio
dos menus com informações corporativas disponibilizou insumos para que cada colaborador
da organização possa entender seu papel dentro do processo de negócio.
O resultado do agrupamento de todos os recursos foi de fato, a elaboração de um
ambiente onde informações podem trafegar de maneira caótica sem que isso limite a
recuperação e filtragem dos dados de acordo com interesses diversos definidos de maneira
aleatória pelos gestores de diversas áreas e colaboradores do sistema.
O principal revés desse modelo é a não aplicação do mesmo no mundo real para
analisar os resultados empíricos de sua adoção. Esse ponto ficou como sugestão para estudos
futuros.
113
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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