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ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA DA UPA II GRAVATÁ CAMAÇARI BA.

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Projeto Técnico para Definição do Modelo de Gestão e Operação da UPA II

Gravatá, no Município de Camaçari / Ba.

ESTUDO DE VIABILIDADE

ECONÔMICA E FINANCEIRA DA UPA II

GRAVATÁ – CAMAÇARI – BA.

Estudo de Viabilidade Econômico e Financeira da UPA II Gravatá, no Município de Camaçari / Ba

Av. Tancredo Neves, 1632 – Salas 601 e 602 – Torres Sul – Caminho das Árvores CEP: 41.820-

770 - Salvador/BA Telefone: (71) 3341-8800

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Ficha Catalográfica

GPública Consultoria

© reprodução autorizada pelo autor somente para uso privado de atividades de pesquisa

e ensino não sendo autorizada sua reprodução para quaisquer fins lucrativos. Na

utilização ou citação de partes do documento é obrigatório mencionar a autoria.

Nome da Empresa autora: GPública Consultoria.

Nome: Estudo de Viabilidade Econômica e Financeira para gestão da UPA II

Gravatá, por uma Organização Social de Saúde, no município de Camaçari BA.

Do Projeto: Elaboração do projeto em consonância com os termos do contrato

assinado entre a GPública e a Prefeitura Municipal de Camaçari BA, em maio de

2014

Cod. 001

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO............................................................................................................. 5

2. A SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL ........................................................................................ 6

3. AVALIAÇÃO DO MUNICÍPIO ONDE A UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO – UPA PORTE

II SERÁ IMPLANTADA ........................................................................................................... 7

3.1 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS.............................................................................. 10

4. REDE MUNICIPAL DE SAÚDE ........................................................................................ 11

4.1 ATENÇÃO BÁSICA ............................................................................................ 11

4.2 ATENÇÃO A MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE ...................................................... 11

5. AVALIAÇÃO DO PERFIL DA DEMANDA PARA O SERVIÇO ................................................ 12

5.1 NATALIDADE ................................................................................................... 13

5.2 MORTALIDADE ................................................................................................. 14

6. A UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO – UPA NO SISTEMA DE SAÚDE PÚBLICA (MÉDIA

E ALTA COMPLEXIDADE NA SAÚDE) .................................................................................... 19

7. DETERMINAÇÃO DA DEMANDA E DA OFERTA PARA A UPA II GRAVATA .......................... 21

7.1 DEMANDA ........................................................................................................ 21

7.2 OFERTA ........................................................................................................... 23

8. RECURSOS HUMANOS DA UNIDADE ............................................................................. 23

9. DIMENSIONAMENTO DE SERVIÇOS .............................................................................. 25

10. CUSTO DE OPERACIONALIZAÇÃO DA UPA II GLEBA A / GRAVATÁ ............................. 26

10.1 LEVANTAMENTO DE CUSTO DE PESSOAL ...................................................... 27

10.2 LEVANTAMENTO DE CUSTO DE AQUISIÇÕES E SERVIÇOS .............................. 31

10.3 DESPESAS COM AQUISIÇÕES E SERVIÇOS DE APOIO..................................... 32

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INDICE DE TABELAS

Tabela 1: Estabelecimentos de Saúde no Município de Camaçari ............................................. 8

Tabela 2: População por Faixa Etária ................................................................................... 12

Tabela 3: Evolução do número de óbitos, segundo Capítulo da CID-10, e participação percentual

do capítulo no total de óbitos registrados, 2006 a 2013, população residente, Camaçari-BA. ... 16

Tabela 4: Estimativa da Taxa de Ocupação da UPA II Gravatá (Capacidade Instalada 100%) .. 22

Tabela 5: Dimensionamento de Pessoal para a UPA II GLEBA A / GRAVATÁ ........................... 24

Tabela 6: Serviços e Aquisições Necessárias para a Organização Social .................................. 25

INDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Demonstrativo da disposição de unidades de saúde em Camaçari ........................... 9

Gráfico 2: Evolução da população residente, Número absoluto e Diferença entre anos

consecutivos, 2000 a 2013*, Camaçari-BA. .......................................................................... 10

Gráfico 3: Taxa de mortalidade geral, por 1000 habitantes, e número de óbitos, população

residente, 2006 a 2013*, Camaçari-BA. ................................................................................ 15

Gráfico 4: taxa de mortalidade infantil, por 1000 nascidos vivos, e número de óbitos infantis,

população residente, 2006 a 2013, Camaçari-BA. ................................................................. 17

Gráfico 5: taxa de mortalidade neonatal, por 1000 nascidos vivos, e número de óbitos neonatal,

população residente, 2006 a 2013, Camaçari-BA. ................................................................. 18

Gráfico 6: taxa de mortalidade pós neonatal, por 1000 nascidos vivos, e número de óbitos pós-

neonatal, população residente, 2006 a 2013, Camaçari-BA. ................................................... 18

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1. Apresentação

O Estudo de Viabilidade Econômica e Financeira para Operacionalização da UPA II

Gravatá por uma Organização Social, no município de Camaçari BA, teve por objetivo

avaliar a viabilidade de implantação da operacionalização da unidade de saúde

intermediária por uma Instituição sem fins lucrativos, classificada como “Organização

Social”, no âmbito da rede de urgência e emergência do Governo Federal, que contempla

o programa de Aceleração do Crescimento – PAC.

As atividades foram realizadas de forma integrada e tiveram a seguinte finalidade:

caracterizar o município envolvido; definir os critérios financeiros a serem adotados para

a UPA II Gravatá, que deverá ser utilizado para a operacionalização da unidade pela

Organização Social; coletar e pesquisar dados e fontes secundárias; realizar

levantamentos e pesquisas; caracterizar a oferta do serviço, incluindo a apresentação

de proposta operacional; levantar custos; e, por fim, apresentar análises conclusivas e

propositivas sobre a viabilidade de implantação do novo serviço.

É importante atentar para o fato que por se tratar de um Estudo de Viabilidade

Econômica e Financeira para Gestão de uma UPA Porte II por uma Organização Social,

ou seja, uma organização sem fins lucrativos, e por se tratar essa UPA de uma Unidade

de Saúde Pública, não caberá aqui a avaliações financeira concernentes a esfera

puramente privada, como Taxa Média de Retorno – TMR; “payback simples e

descontado” (Retorno do Investimento); Valor Presente Líquido – VPL, Taxa Interna de

Retorno – TIR; Índice de Lucratividade Líquida – ILL. O que se buscou aqui, foi encontrar

o “Valor Ótimo” para operacionalização da Unidade de Pronto Atendimento II Gleba A /

Gravatá, por uma Organização do Terceiro Setor, classificada como Organização Social.

É imperativo evocar que as Unidades de Pronto Atendimento – UPAs, já possuem

um plano referencial de estrutura física e de recursos humanos essenciais,

regulamentado pelo Ministério da Saúde, através da portaria nº 104 de janeiro de 2014,

legislação essa que foi base para este estudo.

O Estudo desenvolveu-se em conformidade com o contrato assinado entre a

GPública Consultoria e a Prefeitura Municipal de Camaçari BA, através de sua

Secretaria Municipal de Saúde.

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2. A Saúde Pública no Brasil

O Estado Brasileiro, passa por um momento de escassez da qualidade e

disponibilidade de assistência à saúde, para uma população cada vez mais demandante

dos seus serviços.

O Brasil é o único país do mundo que se propôs a encarar o desafio de

universalização da saúde pública. Consolidada no Art. 196 da Carta Magna que diz: “a

saúde é direto de todos e dever do estado...”, cada vez mais o poder público busca

maximizar a assistência médica a população por meio de estruturas hospitalares e

políticas públicas que assistam aos anseios dos cidadãos.

Na contramão do modelo hospitalocêntrico, outrora utilizado como prioridade pelo

poder público, o Brasil tem buscado mudar o foco de “corretivo” para “preventivo”, onde

tal atitude pode ser comprovada através dos inúmeros programas voltados a assistência

básica a saúde, onde o mais recente ato se deu através da consolidação do programa:

“Mais Médicos”, intercambiando, dessa forma, profissionais médicos de outros países

dispostos a vivenciar a experiência de assistir à uma população cada vez mais

demandante destes serviços.

Ao passo que o Estado brasileiro busca ampliar a atuação na assistência básica da

saúde e tentando de sobremaneira fomentar a estratégia de foco na cura, reduzindo

também o número de pacientes que migram para as unidades mais complexas do

sistema público de saúde brasileiro, os hospitais (culminando também na redução de

custos destas unidades), o Brasil buscou fortalecer a assistência da média complexidade

em saúde lançando como parte do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC

(urgência e emergência), as Unidades de Pronto Atendimento – UPA.

AS UPAs possuem a função de atender os casos de complexidade inferior às

atendidas nas unidades hospitalares, excetuando os atendimentos básicos em saúde.

Indicadores de atendimento destas unidades mostram que cerca de 97% (noventa e

sete por cento) dos casos que chegam são resolvidos na própria unidade. Os

profissionais que atuam nessas unidades prestam socorro, controlam o problema e

detalham o diagnóstico, analisando, inclusive, se é necessário o encaminhamento do

paciente para uma unidade hospitalar, ou mantê-lo em observação por 24h.

O Programa de Aceleração do Crescimento – PAC registra que, atualmente,

existem 503 Unidades de Pronto Atendimento – UPA existentes no sistema público de

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saúde brasileiro e outras mais se encontram em processo de construção para posterior

entrega à população.

Nesse cenário, o município de Camaçari BA, foi contemplado com uma unidade de

Porte II, que foi construída no bairro de Gravatá.

A UPA Porte II, além das atividades definidas no tópico anterior, possui a seguinte

caracterização:

a) A abrangência da cobertura populacional deverá compreender de 100.001

a 200.000 mil habitantes;

b) A área física mínima deverá ser de 1.000 m²;

c) Deverá atender uma média de 250 pacientes por 24 horas;

d) Deverá ter no quadro de profissionais médicos no mínimo quatro no serviço

diurno e dois no serviço noturno;

e) Na estrutura física deverá conter no mínimo 11 leitos de observação1.

Esta unidade é o objeto deste Estudo de Viabilidade Econômica e Financeira -

EVEF, que por sua vez, busca demonstrar a viabilidade da operacionalização da gestão

por uma Organização Social, de acordo com os ditames da Lei.

3. AVALIAÇÃO DO MUNICÍPIO ONDE A UNIDADE DE

PRONTO ATENDIMENTO – UPA PORTE II SERÁ

IMPLANTADA

O município de Camaçari possui atualmente um total de 180 unidades de saúde

em todo o seu território, conforme demonstrado a seguir:

1 A UPA do Gravatá foi contemplada pelo Ministério da Saúde em 2009 tendo sua construção iniciada no ano de 2010, portanto

aplicou-se as portarias da época da obra , não levando-se em conta a Portaria 104/2014, no que refere ao quantitativo de leitos

mínimos existentes

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Tabela 1: Estabelecimentos de Saúde no Município de Camaçari

Estabelecimentos de Saúde no Município CAMAÇARI

Geo Descrição % Estabelecimento

CENTRAL DE REGULACAO MÉDICA DAS URGENCIAS 1 (0,56 %)

CENTRO DE ATENCAO PSICOSSOCIAL 1 (0,56 %)

CENTRO DE SAÚDE/UNIDADE BASICA 39 (21,67 %)

CLINICA/CENTRO DE ESPECIALIDADE 59 (32,78 %)

CONSULTORIO ISOLADO 41 (22,78 %)

HOSPITAL ESPECIALIZADO 1 (0,56 %)

HOSPITAL GERAL 3 (1,67 %)

POLICLÍNICA 9 (5,00 %)

PRONTO ATENDIMENTO 5 (2,78 %)

SECRETARIA DE SAÚDE 1 (0,56 %)

UNIDADE DE APOIO DIAGNOSE E TERAPIA (SADT ISOLADO) 10 (5,56 %)

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Como foi possível observar através do levantamento de dados no Município de

Camaçari e na Secretaria de Saúde do Estado da Bahia – SESAB, o município dispõe

apenas de 66 unidades de saúde sob a sua gestão direta e destas, nenhuma possui a

estrutura adequada para atendimento de Urgência e Emergência (média complexidade),

o que, por muitas vezes, faz com que a população que não tem suas necessidades

atendidas em um dos 5 pronto atendimentos do município acabem tendo que migrar

para as cidades vizinhas afim de solucionar suas questões.

No gráfico abaixo, podemos ter uma noção da necessidade de ampliação da rede pública

de saúde do município:

Gráfico 1 - Demonstrativo da disposição de unidades de saúde em Camaçari2

2 Dados levantados através da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia – SESAB.

Gestão

Municipal; 66

Gestão

Estadual; 1

Gestão

Privada; 113

UNIDADE MISTA 5 (2,78 %)

UNIDADE MÓVEL DE NIVEL PRE-HOSPITALAR NA AREA DE URGÊNCIA 4 (2,22 %)

UNIDADE MOVEL TERRESTRE 1 (0,56 %)

TOTAL 180 (100 %)

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3.1 Aspectos Demográficos

De acordo com a dados do IBGE, o município de Camaçari possuía, em 2000, uma

população de 161.727 habitantes. Entre os dois últimos censos (2000 e 2010), a

população de Camaçari teve um aumento de 50,23%. Enquanto isto, no mesmo período,

a população estadual aumentou em 7,24%. A estimativa da população residente em

Camaçari no ano de 2013 é de 275.575 habitantes, segundo o IBGE, o que equivale a

um incremento de 20.337 habitantes entre os anos de 2012 e 2013, conforme se pode

ver no gráfico abaixo.

Gráfico 2: Evolução da população residente, Número absoluto e Diferença entre anos consecutivos, 2000 a 2013*,

Camaçari-BA3.

Através do levantamento de dados realizado para esse estudo, obtivemos através

do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a expectativa do número de

habitantes no ano de 2013 e da composição da estrutura do sistema municipal de saúde

do município. Feito isto, pudemos identificar uma demanda maior que a oferta onde, a

princípio, já justificam a viabilidade da operacionalização da UPA II na localidade,

vejamos:

População total 275.575 habitantes;

Quantidades de UPAs no município – 0;

3 Fonte: IBGE 2013: dados estimados pelo IBGE

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Área de abrangência da UPA II que será implantada no Gravatá – 200.000

habitantes.

Como pode-se constatar, os dados acima demonstrados que a demanda pelo

serviço é maior que a oferta (abrangência da UPA II), e podemos, a princípio, afirmar a

viabilidade da operacionalização da UPA II.

4. Rede Municipal de Saúde

4.1 Atenção Básica

Segundo dados do Ministério da Saúde, o nível de cobertura da atenção básica

(foco na prevenção) é de 55% (cinquenta e cinco por cento), o que sugere uma carência

neste nível de assistência e, consequentemente, parte da população que se encontra

fora deste raio de cobertura acaba se dirigindo para os prontos atendimentos existentes

no município. Este é mais um dado que nos permite e a demanda pela Unidade de Pronto

Atendimento – UPA tende a ser maior que a oferta a partir do início de sua

operacionalização.

4.2 Atenção a Média e Alta Complexidade

Atualmente a Rede Própria de Média e Alta Complexidade do município é composta

pelos seguintes serviços:

SAMU/192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) Regional de

Camaçari/BA (Portaria nº 1.669/GM/MS, de 13 de agosto de 2008), que oferece à

população, atendimento nas urgências traumáticas, obstétricas, clínicas e psiquiátrica

em residências, locais de trabalho, vias públicas e outras unidades de saúde, através da

ligação gratuita 192.

PA – Pronto Atendimento - O município de Camaçari possui 5 (cinco) Prontos

Atendimentos, sendo: 1 na Nova Aliança, 1 na Gleba B, 1 na orla, 1 em Vila de

Abrantes, 1 em Arembepe e 1 em Monte Gordo.

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Existem 2 (duas) UPAs em construção e uma em fase final de conclusão: a UPA

Gravatá Porte II, e a UPA de Arembepe Porte I, com obra em andamento. A UPA

Gravatá é o objeto deste estudo de viabilidade.

HOSPITAL GERAL – O único Hospital disponível no município é o Hospital Geral

de Camaçari, hoje sob gestão direta do Governo do Estado da Bahia,

representando o componente hospitalar da grade de referência do município.

5. AVALIAÇÃO DO PERFIL DA DEMANDA PARA O

SERVIÇO

Neste ponto, ao analisarmos o perfil da demanda local para o serviço, buscamos

encontrar basicamente:

Demanda para pacientes adultos;

Demanda para pacientes pediátricos.

Buscamos realizar a divisão dessa forma devido a orientação da Equipe de Saúde

da Secretaria Municipal de Saúde de Camaçari, em reunião presencial, para que

incluíssemos 3 (três) médicos clínicos em 24h e 1 (um) médico pediatra em 24h. Desse

modo, após pesquisas realizadas na localidade e do levantamento feito junto a Equipe

de Saúde do Município, encontramos o seguinte perfil:

Tabela 2: População por Faixa Etária

POPULAÇÃO POR FAIXA ETÁRIA

FAIXA DE IDADE POPULAÇÃO (HABITANTES)

0 – 4 21.093 8,26%

5 – 9 20.891 8,18%

10 – 14 23.582 9,24%

15 – 19 23.171 9,08%

20 – 24 26.282 10,30%

25 – 29 29.333 11,49%

30 – 34 25.150 9,85%

35 – 39 19.803 7,76%

40 – 44 16.785 6,58%

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POPULAÇÃO POR FAIXA ETÁRIA

FAIXA DE IDADE POPULAÇÃO (HABITANTES)

45 – 49 13.998 5,48%

50 – 54 11.768 4,61%

55 – 59 8.459 3,31%

60 – 64 5.625 2,20%

65 – 69 3.613 1,42%

70 – 74 2.452 0,96%

75 – 79 1.502 0,59%

80 e mais 1.731 0,68%

TOTAL 255.238 (100%)

Após o levantamento dos dados, concluímos que a demanda para o serviço de

pediatria da unidade, de acordo com a faixa etária da população local é de 35% da

população total. Sendo assim, é possível atender a composição de 3 (três) médicos

clínicos e 2(dois) pediatras, conforme requerido pela Secretaria Municipal de Saúde de

Camaçari.

5.1 Natalidade

A série histórica do número de nascidos vivos de mães residentes em Camaçari

evidencia uma tendência à redução de nascimentos até o ano de 2009 com retorno à

elevação nos anos subsequentes, sendo a maior quantidade observada em 2011 com

registro de 4.242 nascimentos. Entre os anos de 2006 a 2011 o município apresentou

uma média anual de 4.045 nascimentos. No ano de 2013 foram registrados no SINASC

2.832 nascimentos, até o mês de agosto. No entanto, ressalta-se que os anos de 2012

e 2013 ainda estão com dados sujeitos a alterações.

O número de nascidos vivos com baixo peso ao nascer (<2500g) de mães

residentes em Camaçari tem sido de cerca de 350 casos por ano, considerando o período

de 2006 a 2012. A sua menor proporção foi observada em 2007, quando 7,9% dos

nascidos vivos apresentaram baixo peso e a maior proporção, por sua vez, foi em 2009,

com 9,5% do total de nascidos vivos. Até o fim do mês de agosto de 2013, 260 dos

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nascidos vivos de mães residentes em Camaçari apresentaram baixo peso ao nascer, o

que corresponde a 9,2% do total de nascidos vivos.

A análise do número de nascidos vivos, segundo a idade materna, evidenciou que

78,0% das mães têm idade entre 20 e 39 anos, 20,0% têm até 19 anos e 2,1% de mães

têm idade acima de 40 anos, considerando os dados parciais disponibilizados até o mês

de Agosto de 2013. É importante sinalizar que entre os anos de 2006 até 2011, houve

redução na proporção de nascidos vivos de mães com até 19 anos de idade e elevação

entre as mães com 20 a 39 anos e com idade acima de 40.

Até o mês de Agosto de 2013 foram registrados 36 nascidos vivos de mães com

idade entre 10 e 14 anos, o que corresponde a 1,3% do total de nascidos vivos. Dados

preliminares de 2012 e 2013 apontam discreta tendência à elevação, com 1,2% e 1,3%,

respectivamente, percentual discretamente maior do que a média apresentada para os

anos de 2006 a 2011, que foi de 0,98%.

Até o mês de Agosto de 2013, 44,9% de nascidos vivos foi de mães que realizaram

7 ou mais consultas de pré- natal, a maior proporção registrada desde o ano de 2006.

Por outro lado, a proporção de mães que não realizaram nenhuma consulta de pré-natal

foi de 7,1% para o mesmo período, configurando-se, também, como o maior percentual

registrado desde 2006 e evidenciando a necessidade de ações que melhorem a captação

de gestantes e o acesso às consultas de pré-natal.

No período de 2006 a 2013 (até o mês de Agosto), a maior proporção de

nascimentos foi de parto do tipo normal ou vaginal, alcançando o percentual de 55,0%

dos partos em 2013. Neste mesmo período, o parto do tipo cesáreo respondeu por

45,0% do total.

5.2 Mortalidade

Em Camaçari, a taxa de mortalidade geral se manteve estável no período de 2006

a 2012, com uma média de 4,6 óbitos por 1000 habitantes. Até o mês de Agosto de

2013 foram registrados 773 óbitos, compondo uma taxa de 3,0 óbitos por 1000

habitantes. A taxa de mortalidade geral expressa à intensidade da ocorrência anual de

mortes em determinada população e pode ser influenciada por fatores como a estrutura

populacional (sexo, idade) e condicionada por fatores socioeconômicos (escolaridade,

emprego, segurança etc.).

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Gráfico 3: Taxa de mortalidade geral, por 1000 habitantes, e número de óbitos, população residente, 2006 a 2013*,

Camaçari-BA4.

Analisando-se a série histórica das causas de óbito segundo Capitulo do CID-10,

observa-se que as cinco principais foram: as causas externas e doenças do aparelho

circulatório, se alternando como primeira e segunda causa; as neoplasias e algumas

afecções do período perinatal se alternando entre terceira e quarta causa e as doenças

endócrinas nutricionais e metabólicas. Dados provisórios para 2012 e 2013 revelam que

se mantêm o mesmo perfil, apresentando como primeira as causas externas (24,2%),

seguida das doenças do aparelho circulatório (20,4%) e as neoplasias (13,2%).

4 Fonte: SESAB/ DIS/ SIM; IBGE; CICS/DEPLAN (Projeção populacional 2013). Dados consultados em

18/09/2013, com informações até agosto.

Número de óbitos e Taxa de mortalidade, população residente, Camaçari-BA

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

mero

de ó

bit

os

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

Taxa

Número 947 876 1059 1051 1144 1165 1204 773

Taxa 4,8 4,3 4,6 4,5 4,7 4,7 4,7 3,0

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

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16

Tabela 3: Evolução do número de óbitos, segundo Capítulo da CID-10, e participação percentual do

capítulo no total de óbitos registrados, 2006 a 2013, população residente, Camaçari-BA5.

A taxa de mortalidade infantil, importante indicador relacionado aos riscos

ambientais e às condições socioeconômicas e de vida (MONTEIRO e SCHMITZ, 2004),

estima o risco de um nascido vivo morrer durante seu primeiro ano de vida. Em sua

maioria, estas mortes precoces podem ser consideradas evitáveis, determinadas pelo

acesso em tempo oportuno a serviços de saúde qualificados.

As taxas podem refletir, de maneira geral, o nível de saúde, de desenvolvimento

socioeconômico e de condições de vida de uma população. A taxa de mortalidade infantil

em Camaçari tem apresentado oscilação no período considerado, sendo a maior taxa

registrada em 2006 (19,6 óbitos por 1000 nascidos vivos) e a menor, em 2007 (14,2

óbitos por 1000 nascidos vivos). Até o mês de agosto de 2013 foram registrados 42

óbitos de crianças menores de 1 ano, o que correspondeu a uma taxa de 14,8 óbitos

por 1000 nascidos vivos. Ressalta-se que a taxa de mortalidade infantil pactuada pelo

município em 2012 foi de, no máximo, 13,99 óbitos por 1000 nascidos vivos,

evidenciando a necessidade de maior investimento em ações voltadas à atenção

materno-infantil, que busquem a melhoria do acesso e da qualidade da atenção e

5 Fonte: SESAB / DIS / SIM. Dados consultados em 18/09/2013, com informações até agosto*.

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17

cuidado prestados. Ressalta-se, também, a limitação ainda existente no município de

referenciamento geográfico dos óbitos.

Gráfico 4: taxa de mortalidade infantil, por 1000 nascidos vivos, e número de óbitos infantis, população residente, 2006

a 2013, Camaçari-BA6.

A análise da mortalidade infantil desagregada pelas subcategorias neonatal (< 28

dias) e pós-neonatal (>=28 dias), evidenciou que a maioria dos óbitos ocorreu ainda no

período neonatal, em todos os anos da série. A taxa de mortalidade neonatal oscilou no

período considerado, mas com tendência à redução ao longo do tempo. A maior taxa foi

observada em 2006, com 15,7 óbitos por 1000 nascidos vivos, reduzindo ao patamar de

12,0 óbitos por 1000 nascidos vivos em 2010. Em agosto de 2013, esta subcategoria

representou 71,4% dos óbitos infantis, o que correspondeu, em número absoluto, a 30

óbitos e taxa de 10,6 óbitos por 1000 nascidos vivos. Este indicador estima o risco de

um nascido vivo morrer durante a primeira semana de vida e está normalmente

relacionado a problemas congênitos, a fatores da saúde materna e a complicações

durante a gestação e parto, ou seja, reflete, de maneira geral, as condições

socioeconômicas e de saúde da mãe, bem como a adequação da assistência ao pré-

natal, ao parto e ao recém-nascido (MONTEIRO e SCHMITZ, 2004).

6 Fonte: SESAB/ DIS/ SIM; Dados consultados em 23/09/2013, com informações até agosto*.

Número de óbitos infantil e Taxa de mortalidade infantil, população residente,

Camaçari-BA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

mero

de ó

bit

os

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

Taxa

óbitos infantis 74 57 79 77 66 74 63 42

Taxa de mortalidade infantil 19,6 14,2 19,1 19,5 15,8 17,4 15,2 14,8

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

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Gráfico 5: taxa de mortalidade neonatal, por 1000 nascidos vivos, e número de óbitos neonatal, população residente,

2006 a 2013, Camaçari-BA7.

A subcategoria pós-neonatal oscilou no período, sendo as maiores taxas

observadas entre os anos de 2008 e 2009, com 4,6 e 5,1 óbitos por 1000 nascidos vivos,

respectivamente. Até o mês agosto de 2013, a taxa de mortalidade pós-neonatal foi de

4,2 óbitos por 1000 nascidos vivos, correspondendo em número absoluto a 12 óbitos.

Gráfico 6: taxa de mortalidade pós neonatal, por 1000 nascidos vivos, e número de óbitos pós-neonatal, população

residente, 2006 a 2013, Camaçari-BA8.

7 Fonte: SESAB/ DIS/ SIM; Dados consultados em 23/09/2013, com informações até agosto

8 Fonte: SESAB/ DIS/ SIM;

Número de óbitos neonatal e Taxa de mortalidade neonatal, população

residente, Camaçari-BA

0

10

20

30

40

50

60

70

mero

de ó

bit

os

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

Taxa

Neonatal 59 46 60 57 50 58 47 30

Taxa neonatal 15,7 11,5 14,5 14,5 12,0 13,7 11,4 10,6

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Número de óbitos pós-neonatal e Taxa de mortalidade pós-neonatal, população

residente, Camaçari-BA

0

5

10

15

20

25

mero

de ó

bit

os

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0T

axa

Pósneonatal 15 11 19 20 16 16 16 12

Taxa pósneonatal 4,0 2,7 4,6 5,1 3,8 3,8 3,9 4,2

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

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6. A UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO – UPA NO

SISTEMA DE SAÚDE PÚBLICA (MÉDIA E ALTA

COMPLEXIDADE NA SAÚDE)

As Unidades de Pronto Atendimento - UPA 24h são estruturas de complexidade

intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e as portas de urgência hospitalares,

onde em conjunto com estas compõe uma rede organizada de Atenção às Urgências.

São integrantes do componente pré-hospitalar fixo e devem ser implantadas em

locais/unidades estratégicos para a configuração das redes de atenção à urgência. A

estratégia de atendimento está diretamente relacionada ao trabalho do Serviço Móvel

de Urgência – SAMU que organiza o fluxo de atendimento e encaminha o paciente ao

serviço de saúde adequado à situação.

Este estudo financeiro determina que a Organização Social que irá operacionalizar

a UPA II Gravatá, deve seguir os seguintes parâmetros presentes nas recomendações

da portaria do Ministério da Saúde nº 104 de janeiro de 2014, quais sejam:

Funcionar nas 24 horas do dia em todos os dias da semana;

Acolher os pacientes e seus familiares sempre que buscarem atendimento na

UPA;

Implantar processo de Acolhimento com Classificação de Risco, considerando a

identificação do paciente que necessite de tratamento imediato, estabelecendo

o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento em sala específica

para tal atividade e garantindo atendimento ordenado de acordo com o grau de

sofrimento ou a gravidade do caso;

Estabelecer e adotar protocolos de atendimento clínico, de triagem e de

procedimentos administrativos;

Articular-se com a Estratégia de Saúde da Família, Atenção Básica, SAMU 192,

unidades hospitalares, unidades de apoio diagnóstico e terapêutico e com outros

serviços de atenção à saúde do sistema loco regional, construindo fluxos

coerentes e efetivos de referência e contra referência e ordenando os fluxos de

referência através das Centrais de Regulação Médica de Urgências e complexos

reguladores instalados;

Possuir equipe interdisciplinar compatível com seu porte;

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Prestar atendimento resolutivo e qualificado aos pacientes acometidos por

quadros agudos ou agudizados de natureza clínica, e prestar primeiro

atendimento aos casos de natureza cirúrgica ou de trauma, estabilizando os

pacientes e realizando a investigação diagnóstica inicial, definindo, em todos os

casos, a necessidade ou não, de encaminhamento a serviços hospitalares de

maior complexidade;

Fornecer retaguarda às urgências atendidas pela Atenção Básica;

Funcionar como local de estabilização de pacientes atendidos pelo SAMU 192;

Realizar consulta médica em regime de pronto atendimento aos casos de menor

gravidade;

Realizar atendimentos e procedimentos médicos e de enfermagem adequados

aos casos críticos ou de maior gravidade;

Prestar apoio diagnóstico (realização de Raios-X, exames laboratoriais,

eletrocardiograma) e terapêutico nas 24 horas do dia;

Manter pacientes em observação, por período de até 24 horas, para elucidação

diagnóstica e/ou estabilização clínica encaminhar para internação em serviços

hospitalares os pacientes que não tiverem suas queixas resolvidas nas 24 horas

de observação acima mencionada por meio do Complexo Regulador;

Prover atendimento e/ou referenciamento adequado a um serviço de saúde

hierarquizado, regulado e integrado à rede loco regional de Urgência a partir da

complexidade clínica e traumática do usuário;

Contra referenciar para os demais serviços de atenção integrantes da rede

proporcionando continuidade ao tratamento com impacto positivo no quadro de

saúde individual e coletivo;

Solicitar retaguarda técnica ao SAMU 192, sempre que a

gravidade/complexidade dos casos ultrapassarem a capacidade instalada da

Unidade; e

Garantir apoio técnico e logístico para o bom funcionamento da Unidade.

As UPA são classificadas em três (3) diferentes portes, de acordo com a população

da região a ser coberta, a capacidade instalada - área física, número de leitos disponíveis,

recursos humanos e a capacidade diária de realizar atendimentos médicos. A UPA II

Gleba A / Gravatá, objeto deste estudo, se classifica da seguinte forma:

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Quanto ao porte: Porte II;

Quanto a área quadrada total: 1000m²;

Quanto a população de abrangência: até 200mil habitantes;

Quanto a capacidade de atendimento: até 250 pacientes/dia;

Quanto ao número de profissionais médicos: 4 profissionais/24h;

Quanto ao número mínimo de leitos de observação: 11 leitos.

Desse modo, como base para dimensionamento de pessoal, materiais e serviços,

este estudo utilizou as informações citadas bem como a experiência de outras unidades

de porte similar para equalização financeira para o serviço.

7. Determinação da demanda e da oferta para a UPA

II GRAVATA

7.1 Demanda

Para determinar a demanda da UPA II Gleba A / Gravatá, foi utilizado como base

de cálculo:

As unidades de mesmo perfil (média complexidade) existentes no município de

Camaçari BA;

O número de unidade de saúde do mesmo perfil que são geridas por

Organizações Sociais (devido ao reconhecimento da eficiência deste tipo de

gestão);

Perfil epidemiológico da população de Camaçari BA;

Maior incidência de casos com necessidade de atendimento de média e alta

complexidade.

Após todos os levantamentos feitos e as informações passadas em reunião com

Sub Secretária Municipal de Saúde e com a profissional responsável pela média e alta

complexidade do Município de Camaçari, chegamos aos seguintes dados:

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Tabela 4: Estimativa da Taxa de Ocupação da UPA II Gravatá (Capacidade Instalada 100%)

ESTIMATIVA DA TAXA DE OCUPAÇÃO DA UPA II GRAVATÁ (CAPACIDADE INSTALADA 100%)

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4

MÊS % OCUP

QUANT % OCUP

QUANT % OCUP

QUANT % OCUP QUANT.

Mês 1 72 5580 80 6200 80 6200 79 6123

Mês 2 77 5968 85 6588 82 6355 80 6200

Mês 3 80 6200 90 6975 77 5968 81 6278

Mês 4 82 6355 88 6820 78 6045 80 6200

Mês 5 88 6820 89 6898 80 6200 79 6123

Mês 6 81 6278 85 6588 81 6278 78 6045

Mês 7 86 6665 82 6355 85 6588 77 5968

Mês 8 87 6743 80 6200 88 6820 82 6355

Mês 9 86 6665 83 6433 85 6588 81 6278

Mês 10 88 6820 83 6433 84 6510 84 6510

Mês 11 90 6975 82 6355 89 6898 83 6433

Mês 12 95 7363 85 6588 82 6355 82 6355

MÉDIA MENSAL

84,33 6536 84,33 6536 82,58 6400 80,50 6239

TOTAL ANUAL

78.430 78.430 76.803 74.865

Como apresentado no tópico anterior, as Unidades de Pronto Atendimento porte

II (UPA II Gravatá) possuem uma área de abrangência de até 200.000 habitantes, onde

o próprio Ministério da Saúde, através da portaria nº 104 de janeiro de 2014, explicita a

média da demanda para a unidade em 250 pacientes / dia, alcançando ao número

mensal de 7.750 pacientes atendidos por mês (mês de 31 dias). Porém, conforme pode

ser identificado na avaliação do sistema de saúde do município de Camaçari, bem como

através do levantamento feito em loco, a população atual do município é de 255.238 mil

habitantes e a única Unidade de Pronto Atendimento – UPA II do município será a UPA

II Gravatá, com uma observação maior para o fato de ser a primeira unidade de saúde

a ser gerida por uma Organização Social. Desse modo, objetivando atender a um

dispositivo legal e tendo em vista que a Unidade de Pronto Atendimento porte II no

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Gravatá se enquadra dentro dos parâmetros de área, equipamentos e recursos

humanos, seguiremos a disposto na supracitada portaria do Ministério da Saúde9.

Demanda para a Unidade de Pronto Atendimento II Gravatá = 250

pacientes / dia.

7.2 Oferta

Em se tratando da quantidade de atendimentos ofertados para o serviço, quando

da operacionalização da UPA II Gravatá, a portaria nº104 de janeiro de 2014 menciona

que a capacidade instalada da UPA Porte II seja a quantidade máxima estimada para

atendimento diário, que é de 250 pacientes / dia ou 7.750 pacientes por mês (mês de

31 dias). O cálculo desta média estimada pelo Ministério considera, principalmente, o

número de profissionais médicos disponíveis para atendimento nas instalações em 24h,

que no caso da UPA II Gravatá, será de 5 (cinco) profissionais médicos, sendo 4 (quatro)

médicos clínicos e 2 (dois) pediatras. Além destes profissionais, uma equipe de

enfermeiros, técnicos em enfermagem, odontólogos, assistentes sociais, nutricionistas,

equipe de apoio técnico e administrativo compõe o quadro da unidade.

Oferta para a UPA II Gravatá = 250 pacientes / dia.

8. Recursos Humanos da Unidade

Para atender à demanda mensal estipulada para a UPA porte II foi realizado um

levantamento de pessoal baseado nos nichos essenciais de serviço para uma Unidade

de Pronto Atendimento Porte II, inclusive considerando as respectivas horas semanais

de trabalho exercidas por cada categoria profissional, que possibilitou o

dimensionamento do quadro apresentado abaixo.

9 Existe a expectativa que a demanda seja cada vez mais crescente, superando o mencionado na

portaria do Ministério da Saúde, tendo em vista que a UPA II Gravatá será a única com tal complexidade

no município de Camaçari. A demanda deve ser equilibrada após a inauguração da UPA I em Arembepe.

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Tabela 5: Dimensionamento de Pessoal para a UPA II GLEBA A / GRAVATÁ

CARGO C.H. SEMANAL QUANTIDADE

Médico Clínico 24 21

Médico Pediatra 24 14

Enfermeiros 30 18

Técnicos em Enfermagem 30 40

Farmacêutico 30 3

Assistente Farmacêutico 40 1

Almoxarife 40 1

Auxiliar Almoxarifado 40 1

Técnico de Imobilização 36 8

Técnico em Enfermagem (CME)

30 2

Ajudante de Esterilização 30 2

Auxiliar de Manutenção 36 3

Assistente Administrativo 40 3

Auxiliar Administrativo 40 2

Gerente Administrativo 40 1

Gerente de Enfermagem 40 1

Copeira 36 9

Assistente Social 36 2

Nutricionista 36 2

Motorista 36 4

Maqueiro 36 6

Técnico em Informática 40 2

Mensageiro 40 1

Recepcionista 36 12

Diretor Adm. e Financeiro 40 1

Diretor Clínico 40 1

Secretária Executiva 40 1

Desse modo, foi atingido o total de 165 (cento e sessenta e cinco) profissionais

atuantes na Unidade.

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9. Dimensionamento de Serviços

Na etapa de dimensionamento de serviços, sugerimos a terceirização dos serviços

demonstrados no quadro a seguir, por dois motivos:

Pelo fato da inexistência de estrutura física na UPA II Gleba A / Gravatá para a

manutenção do serviço por gestão direta da Organização Social (esterilização,

alimentação etc.);

Pelo fato de as atividades não serem o objetivo central da gestão, podendo

ocasionar, em caso de gestão direta, um direcionamento desnecessário de

energia para o constante gerenciamento desses tipos de serviços (higiene e

limpeza, segurança, apoio logístico etc.).

Assim, descrevemos no quadro a seguir os Serviços, bem como as aquisições

necessárias, que deverão ser contratados/adquiridos pela Organização Social para uma

eficiente gestão da Unidade de Pronto Atendimento – UPA II Gleba A / Gravatá:

Tabela 6: Serviços e Aquisições Necessárias para a Organização Social

AQUISICÕES OPERACIONAIS

Materiais e Medicamentos

Gases Medicinais

Material de Expediente

Impressos

Uniformes

Material Gráfico

SERVIÇOS TERCEIRIZADOS

Serviço de Alimentação

Serviço de Segurança Armada

Serviço de Higiene e Limpeza

Serviço de Lavanderia

Serviços de Dedetização

Serviço de Laboratório

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Serviço de Engenharia Clínica

Serviço de Manutenção de Ar-Condicionado

Contabilidade

Consultoria

Publicações

Assessoria Jurídica

Assessoria de Imprensa

Apoio Operacional e Logístico

Pesquisa e Desenvolvimento - P& D

Tecnologia da Informação

Treinamento

Telefonia

Água e Esgoto

Energia Elétrica

Recarga de Extintores

Reparos prediais

Locação de Ambulância

10. Custo de Operacionalização da UPA II Gleba A /

Gravatá

Após o levantamento do dimensionamento de pessoal, das aquisições necessárias

e dos serviços de apoio que deverão ser contratados, pode-se então, elucidar os valores

salariais, das aquisições e dos serviços, conforme quadro a seguir, projetados para 4

anos, com um acréscimo sugeridos de valores de 10% ao ano:

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10.1 Levantamento de Custo de Pessoal

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10.2 Levantamento de Custo de Aquisições e Serviços

Para considerar os custos orçados para as aquisições e serviços, utilizamos a orçamentação

de mercado e alguns dados de outras experiências similares para este tipo de Unidade e Porte:

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10.3 Despesas com Aquisições e Serviços de Apoio

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11. RESULTADO FINANCEIRO DA OPERACIONALIZAÇÃO DA UPA II

GLEBA A / GRAVATÁ

Como se trata de uma Unidade Pública de Saúde gerida por uma Organização Social, o

resultado financeiro da UPA II Gleba A / Gravatá terá sua composição construída da seguinte

forma:

Total dos Custos relacionados como pessoal;

Total dos Custos relacionados como aquisições e serviços;

Alcance de Metas qualitativas e quantitativas por parte da Organização Social (Variável por

Desempenho).

Desse modo, ao se somar os custos com pessoal e aquisições e serviços demonstrados nas

planilhas anteriores, acrescenta-se o percentual de 10% (dez por cento) sobre os custos,

referindo-se à remuneração variável por desempenho da Organização Social.

A Variável por Desempenho é uma remuneração que é acrescida ao custeio total da unidade,

caso a organização Social atinja percentuais determinados de metas qualitativas e quantitativas,

no desempenho de sua gestão. Esse valor não deve exceder a 10% (dez por cento) do custeio

total da unidade.

O valor da Variável de Desempenho deve ser aplicado em sua integralidade em ações sociais

no município de Camaçari BA, que, nesse caso, sugerimos que sejam realizadas ações que

desenvolvam a saúde municipal, tais como: campanhas de vacinação, mutirões de atendimento

médico, assistência à saúde da população etc.

Assim, demonstramos a seguir o quadro de resultado financeiro progressivo para 4 (quatro)

anos, acrescido de um percentual de 10% (dez por cento) a cada ano, como forma de manter a

exequibilidade da gestão da unidade.

Estudo de Viabilidade Econômico e Financeira da UPA II Gravatá, no Município de Camaçari / Ba

Av. Tancredo Neves, 1632 – Salas 601 e 602 – Torres Sul – Caminho das Árvores CEP: 41.820-770 - Salvador/BA Telefone: (71) 3341-8800

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12. AVALIAÇÃO CONCLUSIVA

Ao final do estudo avaliamos como positiva a gestão UPA II Gleba A / Gravatá por uma

Organização Social devido às necessidades emergentes que frequentemente as unidades de saúde

enfrentam, tais como:

Necessidade de aquisições de materiais e medicamentos;

Necessidade de contratação e substituição de pessoal qualificado para atuação na saúde

pública;

Necessidade de aumento da eficácia de sua atuação.

As organizações sociais possuem maior flexibilidade de operacionalização e, por este motivo,

consegue maximizar os resultados e a eficiência de sua atuação.

Como dito anteriormente, o objetivo central deste Estudo de Viabilidade Econômica e

Financeira foi encontrar o “Valor Ótimo” para operacionalização da UPA II Gleba A / Gravatá, onde

conclui-se que a orçamentação mensal financeira, conforme planilhas do estudo apresentadas é

de R$1.623.041,32 (hum milhão, seiscentos e vinte e três mil, quarenta e hum reais e

trinta e dois centavos), sendo que a Organização Social somente deve fazer jus a este

montante, em sua totalidade, caso apresente através de planilhas financeiras e relatórios

gerenciais, o custo total da unidade e os percentuais de metas quantitativas e qualitativas, com

100% (cem por cento) de alcance (remuneração variável).

Dentro do contexto da assistência à saúde em uma Unidade de Pronto Atendimento Porte

II, indicamos também o quantitativo de pessoal com as respectivas categorias e salários, bem

como os serviços e aquisições necessários à operacionalização da unidade, de modo que as

planilhas apresentadas poderão servir como Plano de Contas Gerencial, balizando os gastos

mensais ocorridos na unidade, de modo que não se perca o controle, tampouco a qualidade da

assistência prestada à população de Camaçari BA.

Este Estudo de Viabilidade Econômica e Financeira – EVEF foi desenvolvido em

conformidade com o contrato assinado entre a GPública Consultoria e a Prefeitura Municipal

de Camaçari BA, através da Secretaria Municipal de Saúde.