ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA, - itti.org.br · 9 1 APRESENTAÇÃO O Volume 5 do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Hidrovia do Rio Paraguai refere-se

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  • ESTUDO DE VIABILIDADE TCNICA,

    ECONMICA E AMBIENTAL DA HIDROVIA DO

    RIO PARAGUAI

    VOLUME 5

    ASPECTOS JURDICOS

    2015

  • U58

    Universidade Federal do Paran. Instituto Tecnolgico de Transporte e

    Infraestrutura

    Hidrovia do Rio Paraguai: Estudo de Viabilidade Tcnica, Econmica e

    Ambiental: Aspectos Jurdicos / Instituto Tecnolgico de Transportes e

    Infraestrutura. Curitiba: UFPR/ITTI, 2015. (5. v.).

    79f. : il.; tabs.

    Relatrio Final.

    Contedo: Volume 1 Relatrio do Estudo EVTEA; Volume 2 Relatrio dos

    Estudos e Projetos dos Melhoramentos Cotejados; Volume 3 A Estudos

    Hidrulicos, Hidrodinmicos, de Balizamento e Sinalizao; Volume 3 B Relatrio

    dos Estudos de Macroeconomia, Socioeconmica, Macro logstica e Viabilidade

    Econmica; Volume 3 C Diagnstico Ambiental; Volume 4 Custos; Volume 5

    Aspectos Jurdicos.

    Inclui Bibliografia

    1.Hidrovias. 2.Estudo de Viabilidade. 3.Bacia do rio Paraguai. I Ttulo

    CDD 625.7

  • SUMRIO

    LISTA DE FIGURAS ................................................................................................. 7

    LISTA DE TABELAS ................................................................................................ 8

    LISTA DE QUADROS ............................................................................................... 8

    1 APRESENTAO ..................................................................................... 9

    IDENTIFICAO DO EMPREENDEDOR ................................................ 10

    IDENTIFICAO DO COOPERANTE ..................................................... 10

    DADOS DA EQUIPE TCNICA MULTIDISCIPLINAR ............................. 11

    2 INTRODUO ......................................................................................... 15

    3 LOCALIZAO DA REA DE ESTUDO ................................................ 16

    4 LEGISLAO APLICVEL ..................................................................... 19

    O PLANO NACIONAL DE VIAO E AS HIDROVIAS ............................ 20

    O ORDENAMENTO DO TRANSPORTE HIDROVIRIO ......................... 23

    A LEGISLAO PORTURIA .................................................................. 24

    4.3.1 Portos e Meio Ambiente ........................................................................... 24

    4.3.2 Trabalho Porturio .................................................................................... 26

    4.3.3 Portarias da Secretaria dos Portos ........................................................... 27

    4.3.4 Resolues da ANTAQ - Navegao Interior ........................................... 27

    4.3.5 Resolues da ANTAQ - Portos e terminais............................................. 29

    4.3.6 Decreto n 7.860, 06/12/2012 ................................................................... 30

    4.3.7 Decreto n 7.861, 06/12/2012 ................................................................... 31

    4.3.8 Lei de Criao da Secretaria Especial de Portos SEP .......................... 32

    4.3.9 Decreto de criao da COMPORTOS ...................................................... 32

    RECURSOS HDRICOS E MEIO AMBIENTE .......................................... 32

    4.4.1 Lei 9.433/97 .............................................................................................. 32

    4.4.2 As resolues do Conselho Nacional de Recursos Hdricos - CNRH ...... 33

    4.4.3 As leis estaduais de recursos hdricos ..................................................... 35

    5 BASES LEGAIS E ADMINISTRATIVAS, FUNDAMENTOS E

    LEGISLAO BRASILEIRA SOBRE O TRANSPORTE HIDROVIRIO

    INTERIOR ................................................................................................ 37

    TRANSPORTE HIDROVIRIO INTERIOR E A LEGISLAO BRASILEIRA

    ............................................................................................................... 37

  • A MARINHA DO BRASIL E A LESTA (LEI DE SEGURANA DO

    TRFEGO AQUAVIRIO) ...................................................................... 38

    AS NORMAS DA AUTORIDADE MARTIMA PARA A NAVEGAO

    INTERIOR .............................................................................................. 39

    A ANTAQ, A ANTT E O DNIT E AS ADMINISTRAES HIDROVIRIAS41

    O TRANSPORTE HIDROVIRIO INTERIOR E O MEIO AMBIENTE ...... 42

    5.5.1 O PNMA e o SISNAMA ............................................................................ 42

    5.5.2 A gesto ambiental na esfera federal ....................................................... 43

    5.5.3 Ministrio dos Transportes ....................................................................... 44

    5.5.4 Ministrio do Meio Ambiente .................................................................... 44

    5.5.5 Marinha do Brasil (Ministrio da Defesa) .................................................. 44

    5.5.6 Ministrio das Relaes Exteriores .......................................................... 47

    5.5.7 Ministrio da Sade .................................................................................. 47

    5.5.8 Ministrio do Trabalho e Emprego ............................................................ 48

    5.5.9 Ministrio Pblico Federal ........................................................................ 48

    5.5.10 Fundao Nacional do ndio ..................................................................... 49

    5.5.11 Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional ............................... 49

    LICENCIAMENTO AMBIENTAL DA HIDROVIA ....................................... 49

    6 ACORDOS E TRATADOS INTERNACIONAIS NA HIDROVIA ............... 54

    O ACORDO DA HIDROVIA ...................................................................... 55

    6.1.1 Implicaes com a segurana da navegao ........................................... 56

    6.1.2 rgos pertencentes ao Acordo ............................................................... 57

    6.1.3 Elementos fundamentais do Acordo da Hidrovia ...................................... 58

    SITUAO DOS RGOS RESPONSVEIS PELA APLICAO DAS

    REGRAS DO ACORDO DA HIDROVIA PARAGUAI-PARAN .............. 61

    6.2.1 Metas e perspectivas ................................................................................ 62

    7 ACORDO DE TRANSPORTE FLUVIAL PELA HIDROVIA PARAGUAI-

    PARANA .................................................................................................. 64

    8 CONSIDERAES FINAIS ..................................................................... 74

    9 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ........................................................ 76

  • 7

    LISTA DE FIGURAS

    FIGURA 3.1 HIDROVIA PARAGUAI-PARAN. ..................................................... 17

    FIGURA 3.2 TRECHO BRASILEIRO DA HIDROVIA DO RIO PARAGUAI. ........... 18

  • 8

    LISTA DE TABELAS

    TABELA 4.1 RELAO DESCRITIVA DA HIDROVIA DO PLANO NACIONAL DE

    VIAO ..................................................................................................................... 21

    TABELA 4.2 INTERLIGAO DE BACIAS DO PLANO NACIONAL DE VIAO . 23

    TABELA 6.1 - INTERNALIZAO DE REGULAMENTOS........................................ 59

    LISTA DE QUADROS

    QUADRO 1.1 - EQUIPE TCNICA MULTIDISCIPLINAR ......................................... 11

    QUADRO 6.1 - ACORDOS INTERNACIONAIS RELACIONADOS HIDROVIA

    PARAGUAI-PARAN. ............................................................................................... 54

  • 9

    1 APRESENTAO

    O Volume 5 do Estudo de Viabilidade Tcnica, Econmica e Ambiental

    (EVTEA) da Hidrovia do Rio Paraguai refere-se aos Aspectos Jurdicos. O Projeto

    fruto de um Termo de Cooperao celebrado entre o Departamento Nacional de

    Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a Universidade Federal do Paran (UFPR)

    (Termo de Cooperao UFPR/DNIT: 096/2014), a qual realizou os estudos atravs

    do Instituto Tecnolgico de Transportes e Infraestrutura (ITTI).

    O presente volume apresenta as principais leis, decretos, portarias e

    resolues que estabelecem o arcabouo jurdico-legal das atividades que se

    desenvolvem na Hidrovia, com especial destaque para os aspectos de transporte e

    de meio ambiente para o trecho brasileiro do Rio Paraguai, localizado nos estados

    de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul, em uma extenso de projeto de 1.270 km,

    sob jurisdio do Ministrio dos Transportes Departamento Nacional de

    Infraestrutura de Transportes (DNIT) Diretoria de Infraestrutura Aquaviria (DAQ).

    ____________________________

    Prof. Dr. Eduardo Ratton

    Coordenador Geral

    CREA 7657-PR

  • 10

    IDENTIFICAO DO EMPREENDEDOR

    Empreendedor: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DNIT

    CNPJ: 04892707/0001-00

    Telefone: (61) 3015-4101

    Endereo: SAN Q.03 Bl. A Ed. Ncleo dos Transportes

    CEP: 70.040-902 Braslia/DF

    Pgina na internet: http://www.dnit.gov.br

    Registros no Cadastro Tcnico Federal (IBAMA): 671360

    IDENTIFICAO DO COOPERANTE

    Nome: Universidade Federal do Paran UFPR

    CNPJ: 75.095.679/0001-49

    Endereo: Rua XV de Novembro, 1299

    CEP: 80.060-000 CURITIBA - PR

    Telefone: (041) 3360.5012

    Representantes legais: Prof. Prof. Dr. Zaki Akel Sobrinho - Reitor

    CPF: 350.063.759-53, RG 1.439.536/SSPR;

    Endereo: Rua XV de Novembro, 1299, CEP: 80.0060-140 Curitiba - PR

    Pessoa de contato: Prof. Dr. Eduardo Ratton

    CPF: 354.092.589-91 RG 1.037.832-SSPR

    Endereo: Departamento de Transportes UFPR

    Telefone: (41) 3226-6658

    E-mail: [email protected]

    Registro no Cadastro Tcnico Federal (IBAMA): 274192

  • 11

    DADOS DA EQUIPE TCNICA MULTIDISCIPLINAR

    Os estudos foram realizados pelo Instituto Tecnolgico de Transportes e

    Infraestrutura (ITTI), do Departamento de Transportes/Setor de Tecnologia, da

    UFPR Universidade Federal do Paran, sob a coordenao do Prof. Dr. Eduardo

    Ratton, sendo a equipe tcnica de nvel superior composta pelos seguintes

    profissionais (Quadro 1.1).

    QUADRO 1.1 - EQUIPE TCNICA MULTIDISCIPLINAR

    NOME REGISTRO PROFISSIONAL

    FORMAO PROFISSIONAL FUNO

    EDUARDO RATTON CREA: PR 7.657/D

    Eng. Civil MSc. e Dr. Geotecnia

    Coordenador Geral

    MRCIO LUIZ BITTENCOURT CRBio: PR 03157/07

    Bilogo Esp. Cincias Florestais

    Coordenador Executivo

    TOBIAS BLENINGER Eng. Civil Dr. Eng. de Rec. Hdricos e Ambiental

    Coordenador Estudos Hidrolgicos e Hidrodinmicos

    PHILIPE RATTON CREA: PR 108.813/D

    Eng. Civil M.Sc. Eng. de Rec. Hdricos e Ambiental Doutorando em Eng. de Rec. Hdricos e Ambiental

    Estudos Hidrolgicos e Hidrodinmicos

    GUSTAVO PACHECO TOMAS CREA: SC 107.305-9/D

    Eng. Civil M.Sc. Eng. de Rec. Hdricos e Ambiental Doutorando em Eng. de Rec. Hdricos e Ambiental

    Estudos Hidrolgicos e Hidrodinmicos

    HECTOR GUILHERME BARSOTTI CREA: PR 136.933/D

    Eng. Civil

    Balizamento e Sinalizao nutica

    HENRIQUE GUARNERI CREA: PR 150.339/D

    Eng. Ambiental Mestrando Eng. de Rec. Hdricos e Ambiental

    Estudos Hidrolgicos e Hidrodinmicos, Geodsia e Geoprocessamento

    RENATA CORREIA CREA: PR 144081/D

    Eng. Ambiental. Mestranda Eng. de Rec. Hdricos e Ambiental

    Estudos Hidrolgicos e Hidrodinmicos

    FLVIA ALINE WAYDZIK CREA: PR 141030/D

    Eng. Civil Mestranda Eng. de Rec. Hdricos e Ambiental

    Estudos Hidrolgicos e Hidrodinmicos

    DURVAL NASCIMENTO NETO CRBIO: 28816/07

    Biologia M.Sc. Agronomia

    Estudos Ambientais

    MAURICIO FELGA GOBBI CREA: PR 93591/D

    Eng. Civil MSc. Eng. Ocenica Dr. Eng. Costeira

    Estudos Hidrolgicos e Hidrodinmicos

    CARLOS AURLIO NADAL CREA: PR 7.108/D PR

    Eng. Civil M.Sc. e Dr Cincias Geodsicas

    Coordenador Estudos Cartogrficos

  • 12

    NOME REGISTRO PROFISSIONAL

    FORMAO PROFISSIONAL FUNO

    GILZA FERNANDES BLASI CREA: PR 9.279/D

    Eng. Civil M.Sc. Infraestrutura e Gerncia Viria

    Engenharia de Transportes

    JOS GERALDO MADERNA LEITE CREA: PR 3041/D

    Eng. Civil M.Sc. Desenv. Econmico e Transp, Dr. Eng. Florestal

    Coordenador Estudos Econmicos Viabilidade Econmica

    EVERTON PASSOS CREA: PR 11461/D

    Geografia M.Sc. Cincias do Solo Dr. Engenharia Florestal Especialista em Geoprocessamento

    Geografia e Geoprocessamento

    SONY CORTESE CANEPARO CREA: PR 11509/D

    Geografia Esp. Geoprocessamento M.Sc. Cincias Geodsicas Dr. Meio Ambiente e Desenvolvimento.

    Geografia e Geoprocessamento

    SANDRA MARTINS RAMOS CRBio: PR 66547/07D

    Biologia M.Sc. Ecologia e Conservao Doutoranda em Geologia Ambiental

    Estudos Ambientais

    CINTHIA MARIA DE SENA ABRAHO

    Economia M.Sc. Histria da Econmica Dr. Geografia

    Socioeconomia

    EDUARDO TEIXEIRA DA SILVA CREA: MG 54037/D

    Eng. Agrcola. Ms.C. Dr. Engenharia Agrcola

    Uso da Terra

    JONATHAN DIETER CREA: PR 94.414/D

    Eng. Agrcola MSc. Dr. Eng. Agrcola

    Estudos Hidrolgicos e Hidrodinmicos

    ROBSON ANDR ARMINDO CREA: PR 114.057/D

    Eng. Agrcola Msc. Dr. Irrigao e Drenagem

    Uso da Terra

    LUS AUGUSTO KOENIG VEIGA CREA: PR 27.628/D

    Eng. Cartogrfica MSc. Dr. Eng. de Transportes

    Cartografia e Geodsia

    ANTONIO OSTRENSKI NETO Oceanologia M.Sc Dr. Zoologia

    Meio Ambiente Aqutico

    ELISANDO PIRES FRIGO CREA PR 7.108/D

    Eng. Agrcola M.Sc. Eng. Sist. Industriais

    Uso e ocupao do Solo

    DONIZETI ANTONIO GIUSTI CREA SP 6.397/D

    Geologia M.Sc. Geocincias (Recursos Minerais e Dr. Hidrogeologia

    Geologia e Geomorfologia

    DARTAGNAN BAGGIO EMERENCIANO CREA: PR 7.497/D

    Eng. Florestal M.Sc. Dr. Engenharia Florestal

    Vegetao e fitogeografia

    NILTON JOS SOUZA CREA: PR 25.401/D

    Eng. Florestal M.Sc. Engenharia Florestal

    Vegetao e fitogeografia

    MARCOS AURLIO T. DA SILVEIRA CREA: PR 23.135/D

    Geografia MSc. Turismo / Dr. Geografia Humana

    Coordenador da rea de Turismo

    JOS EDUARDO PCORA JUNIOR Matemtica M.Sc. Matemtica Aplicada. Dr. Administrao de Empresas

    Coordenador Estudos Logsticos

    MARIO HENRIQUE FURTADO CREA: PR 124.50/D

    Eng. Civil MSc, Engenharia de

    Engenharia de Transportes

  • 13

    NOME REGISTRO PROFISSIONAL

    FORMAO PROFISSIONAL FUNO

    Transportes

    CASSIUS TADEU SCARPIN CREA: PR123.294/D

    Eng. de Produo e Matemtica M.Sc. e Dr. Pesquisa Operacional

    Logstica e Transportes

    MARCELO LUIZ CURADO CORECON: PR 5.922-6

    Cincias Econmicas M.Sc. Desenvolvimento Econmico Dr. Poltica Econmica

    Estudos Econmicos

    RUY ALBERTO ZIBETTI OAB: 17.951/PR

    Direito Esp. Direito Ambiental. Doutorando Direito Intl.

    Coord. Jurdico - Relaes Institucionais

    CRISTHYANO CAVALI DA LUZ CREA: PR 109.275/D

    Eng. Civil MSc. Cincias Geodsicas

    Estudos Cartogrficos

    RODRIGO DE CASTRO MORO CREA: PR 137.730 /D

    Eng. Cartogrfica e Agrimensura

    Estudos Cartogrficos, Geodsia e Geoprocessamento

    ALEXANDRE BRGEL GUARNERI CREA: PR 146.733/D

    Eng. Ambiental Estudos Ambientais

    VILMA MACHADO Biblioteconomia Reviso Bibliogrfica

    LUIZ OCTAVIO OLIANI CREA: PR 115.775/D

    Eng. Cartogrfica e Agrimensura MSc. Cincias Geodsicas

    Cartografia e Geoprocessamento

    EDU JOS FRANCO CREA: PR 25802/D

    Eng. Civil M.Sc. Eng. de Rec. Hdricos e Ambiental

    Procedimentos Executivos e Estimativas de Custo

    ESTAGIRIOS - GRADUANDOS

    AUGUSTO SCHRITKE DE JESUS Geografia Cartografia e Geoprocessamento

    LEONARDO DE MARINO TREML Eng. Florestal Estudos Ambientais

    MARCEL NEVES DA SILVA Eng. Cartogrfica Cartografia e Geoprocessamento

    BRUNA MARCELI CLAUDINO BUHER

    Geografia Cartografia e Geoprocessamento

    GUSTAVO YURI MINE MISAEL Geografia Socioeconmica

    KARLA DUARTE MARINHO FREIRE Eng. Cartogrfica Cartografia e Geoprocessamento

    LEONARDO KOPPE MALANSKI Economia Logstica

    LETICIA TABORDA RIBAS SCREMM

    Administrao Logstica

    MARIA ELIZA TUREK Eng. Ambiental Estudos Ambientais

    MAURO CANTON NICOLAO Eng. Cartogrfica Cartografia e Geoprocessamento

  • 14

    NOME REGISTRO PROFISSIONAL

    FORMAO PROFISSIONAL FUNO

    MICHELE ALVES MACHADO Administrao Logstica

    OTACLIO LOPES DE SOUZA DA PAZ

    Geografia Cartografia e Geoprocessamento

    RAQUEL PAPILE Administrao Socioeconomia

    PRISCILA NEGRO Eng. Cartogrfica Cartografia e Geoprocessamento

    RENAN ALVES DO NASCIMENTO Eng. Civil Logstica e Transportes

    RENAN CARVALHO MATOS GUEDES

    Eng. Civil Estudos e projetos

    RODRIGO YUIUTI IZUMI Eng. Ambiental Estudos Ambientais

    VANESSA GUIMARES DE AGUIAR Eng. Cartogrfica Cartografia e Geoprocessamento

    VINICIUS ANDR BOESE Eng. Cartogrfica Cartografia e Geoprocessamento

    LEONARDO MIRANDA Geografia Cartografia e Geoprocessamento

    RODRIGO JARDIM RAGAZZI Eng. Cartogrfica Cartografia e Geoprocessamento

    FLVIA CRISTINA ARENAS Eng. Cartogrfica Cartografia e Geoprocessamento

    MASSIMO VIKTOR KARLY Eng. Civil Estudos e projetos

    ALEXANDRE SAMUEL RAMALHO Eng. Civil Estudos e projetos

    LUCAS RICARDO VALENTIN Eng. Civil Estudos e projetos

    JONATAN RAFFO DA SILVA Eng. Civil Estudos e projetos

    FELIPE JOS GASPARIN Eng. Civil Estudos e projetos

    THAIS NOGUEIRA DE REZENDE Eng. Civil Estudos e projetos

    ANA PAULA BARBOSA ALMEIDA Eng. Civil Estudos e projetos

    FONTE: UFPR/ITTI, 2015.

  • 15

    2 INTRODUO

    A utilizao de um rio como uma hidrovia comercialmente navegvel

    requer uma srie de cuidados e medidas que venham a contribuir para o uso

    harmnico dos recursos naturais na rea de influncia do evento. A navegao

    interior sempre apresentou uma legislao e regulamentao dispersas advindas

    ou derivadas do transporte martimo que continham uma srie de impropriedades,

    por no considerarem convenientemente as particularidades das guas interiores,

    gerando problemas na implantao, manuteno, operao, controle das

    mesmas. A legislao pertinente navegao abrange uma srie de leis, decretos,

    portarias, instrues, normas e resolues, sujeitas a alteraes pelos rgos

    intervenientes envolvidos.

    Se, por um lado, as leis eram advindas da legislao martima, a

    administrao do transporte hidrovirio interior, quase sempre esteve atrelada s

    administraes do setor porturio no pas, conforme pode ser observado no

    histrico de rgos administrativos:

    Inspetoria Federal de Portos, Rios e Canais, criada em 1911;

    Departamento Nacional de Portos e Navegao, criado em 1933;

    Departamento Nacional de Portos, Rios e Canais, criado em 1933;

    Departamento Nacional de Portos e Vias Navegveis, criado em 1943;

    Empresa de Portos do Brasil PORTOBRS, criada em 1976;

    Departamento de Portos e Hidrovias, criado em 1993;

    Secretaria de Transportes Aquavirios, com a criao de trs

    departamentos subordinados a esta secretaria, o Departamento de

    Marinha Mercante (DMM), o Departamento de Portos (DP) e o

    Departamento de Hidrovias Interiores (DHI) criado em 1995;

    Agncia Nacional de Transportes Aquavirios (ANTAQ), criada em 2001.

    H, entre os atos legais relativos navegao interior, a Constituio

    Federal, e as portarias e normas do Ministrio dos Transportes e da Marinha do

    Brasil, alm de acordos e convenes internacionais, estabelecidos entre os pases

    vizinhos na regio da Hidrovia do Rio Paraguai.

  • 16

    3 LOCALIZAO DA REA DE ESTUDO

    A Hidrovia Paraguai-Paran um dos mais extensos e importantes eixos

    continentais de integrao poltica, social e econmica da Amrica do Sul. Ela corta

    metade da Amrica do Sul, iniciando no municpio de Cceres, em Mato Grosso, e

    terminando em Nova Palmira, no Uruguai, como mostra a Figura 3.1.

    Segundo a Ahipar (2015a), so 3.442 km que servem a cinco pases: Brasil,

    Bolvia, Paraguai, Argentina e Uruguai. Sua rea de influncia representa cerca de

    700.000 km, atingindo uma populao de 25 milhes de habitantes e divide-se em

    quatro trechos:

    Tramo I: Rio Paraguai (eminentemente brasileiro) de Cceres a

    Corumb (680 km);

    Tramo II: Rio Paraguai de Corumb a Assuno (1.113 km);

    Tramo III: rios Paraguai e Paran de Santa F a Assuno (1.040

    km);

    Tramo IV: Rio Paran/Rio da Prata de Santa F foz (Buenos

    Aires) (aproximadamente 590 km).

    De acordo com o Termo de Referncia, os trechos de interesse deste estudo

    so o Tramo I (Cceres a Corumb) e o Tramo II (Corumb foz do rio Apa), que

    representam o trecho brasileiro da Hidrovia do Rio Paraguai, com aproximadamente

    1.270 km. A Figura 3.2 ilustra a regio de interesse do Estudo.

  • 17

    FIGURA 3.1 HIDROVIA PARAGUAI-PARAN. FONTE: UFPR/ITTI, 2015.

  • 18

    FIGURA 3.2 TRECHO BRASILEIRO DA HIDROVIA DO RIO PARAGUAI. FONTE: UFPR/ITTI, 2015.

  • 19

    4 LEGISLAO APLICVEL

    Este captulo apresenta as principais leis, decretos, portarias e resolues

    que estabelecem o arcabouo jurdico-legal das atividades que se desenvolvem nas

    hidrovias, com especial destaque para os aspectos de transporte e meio ambiente.

    Para melhor acesso e consulta, os diversos dispositivos legais foram

    organizados em cinco grupos principais:

    Os Ordenamentos Gerais ressaltando como legislao principal o Plano

    Nacional de Viao PNV, e suas modificaes e aperfeioamentos,

    incluindo-se nesta parte a Lei das Concesses, por sua aplicabilidade ao

    setor;

    O Ordenamento do Transporte Hidrovirio a partir da Lei n 9.432, de

    08/01/1997, que ordena e estabelece os marcos principais para a regulao

    do transporte hidrovirio, seguindo-se a Lei n. 10.233, de 5 de junho de

    2001, que criou o Conselho Nacional de Integrao de Polticas de

    Transporte - CONIT, a Agncia Nacional de Transportes Terrestres- ANTT, a

    Agncia Nacional de Transportes Aquavirios ANTAQ, e o Departamento

    Nacional de Infraestrutura de Transportes DNIT.

    A Legislao Porturia com destaque para os marcos principais,

    especialmente a nova Lei 12.815/2013;

    A Legislao Ambiental direcionada atividade porturia tratada com a

    apresentao das leis e decretos principais, seguindo-se das resolues da

    Anvisa e do Conama.

    Os temas se sucedem, passando a tratar do trabalho porturio, da

    segurana, com a apresentao das portarias da SEP acerca dos sistemas VTS e

    das diretrizes gerais para a elaborao dos PDZ e as resolues da ANTAQ,

    classificadas conforme tratem de questes porturias ou de navegao interior.

    A questo hidroviria tambm objeto da legislao compulsada neste

    relatrio, mostrando-se tanto a legislao bsica sobre os recursos hdricos e o meio

    ambiente, desde a lei principal (lei 9.433/97), acompanhada das resolues do

    Conselho Nacional de Recursos Hdricos CNRH, indo legislao especfica dos

    estados cortados pela Hidrovia do Rio Paraguai.

  • 20

    A consolidao completa-se com as Normas da Autoridade Martima as

    NORMAM direcionadas ao espao hidrovirio, tratando das embarcaes, dos

    profissionais aquavirios, das disposies acerca das atividades de dragagem,

    sinalizao, entre outros temas pertinentes, as quais so apresentadas na seo

    5.3.

    O PLANO NACIONAL DE VIAO E AS HIDROVIAS

    A Lei n 5.917, de 10 de setembro de 1973, aprovou o Plano Nacional de

    Viao PNV e seu objetivo essencial permitir o estabelecimento da infraestrutura

    de um sistema virio integrado e as bases para planos de transporte que atendam

    s necessidades do Pas, sob os aspectos sociais, econmicos, polticos e militar.

    Dentre seus princpios e normas fundamentais desta lei, aplicveis

    navegao hidroviria, destacam-se:

    O artigo 3, letra f estipula que a execuo das obras referentes ao Sistema

    Nacional de Viao, especialmente as previstas no Plano Nacional de

    Viao, dever ser realizada em funo da existncia prvia de estudos

    econmicos, que se ajustem s peculiaridades locais, que justifiquem sua

    prioridade e de projetos de engenharia final.

    Na letra i do mesmo artigo, as disposies se completam ao estabelecer que

    tanto os investimentos na infraestrutura como a operao dos servios de

    transportes reger-se-o por critrios econmicos; ressalvam-se apenas, as

    necessidades imperiosas ligadas Segurana Nacional, e as de carter

    social, inadiveis, definidas e justificadas como tais pelas autoridades

    competentes, vinculando-se, porm, sempre aos menores custos, e levadas

    em conta outras alternativas possveis.

    Alm disso, nessa lei, o artigo 9 diz: O Plano Nacional de Viao ser, em

    princpio, revisto de cinco em cinco anos.

    O anexo referida lei descreve todo o Sistema Nacional de Viao o

    Sistema Rodovirio Estadual, o Sistema Ferrovirio, o Porturio (com a Relao

    Descritiva dos Portos Martimos, Fluviais e Lacustres) e o Sistema Hidrovirio

    Nacional, cuja definio inclui rios, lagos e canais, suas instalaes e acessrios

  • 21

    complementares, bem como as atividades e meios estatais diretos de operao da

    navegao hidroviria. So cerca de 40 mil km de hidrovias e nove interligaes,

    previstas para efeito de continuidade da navegao.

    A Tabela 4.1 apresenta a relao descritiva das hidrovias do Plano Nacional

    de Viao, atualizada pela lei n 6.630, de 1979, e a Tabela 4.2 apresenta as

    propostas de interligaes de bacias apresentadas nesse mesmo plano.

    TABELA 4.1 RELAO DESCRITIVA DA HIDROVIA DO PLANO NACIONAL DE VIAO

    Rio Pontos Extremos dos Trechos

    Navegveis

    Extenso (km)

    BACIA AMAZNICA

    Amazonas Foz/Benjamim Constant 3.180

    Negro Manaus/Cucu 1.210

    Branco Foz/Confluncia Urariguara/Tacutu 577

    Juru Foz/Cruzeiro do Sul 3.489

    Tarauac Foz/Tarauac 660

    Embira Foz/Feij 194

    Javari Foz/Boca do Javari-Mirim 510

    Japur Foz/Vila Bittencourt 721

    I Foz/Ipiranga 368

    Purus Foz/Sena Madureira (no rio Iaco) 2.846

    Acre Foz/Brasilia 796

    Madeira Foz/Confluncia Mamor/Beni 1.546

    Guapor Foz/Cidade de Mato Grosso 1.180

    Tapajs Santarm/Itaituba 359

    Xingu Porto Moz/Altamira (Belo Monte) 298

    Tocantins Belm/Peixe 1.731

    Araguaia Foz/Balisa 1.800

    Mamor Foz/Confluncia com Guapor 225

    BACIA DO NORDESTE

    Mearim Foz/Barra do Corda 470

    Graja Foz/Graja 500

    Pindar Foz/Pindar-Mirim 110

    Itapicuru Foz/Colinas 565

    Parnaba Foz/Santa Filomena 1.176

    Balsas Foz/Balsas 225

    BACIA DO SO FRANCISCO

    So Francisco Foz/Piranhas 208

  • 22

    Cachoeira Itaparica 2.207

    Paracatu Foz/Buriti 286

    Velhas Foz/Sabar 659

    Paraopeba Foz/Florestal 240

    Grande Foz/Barreiras 358

    Preto Foz/Ibipetuba 125

    Corrente Foz/Santa Maria da Vitria 95

    BACIA DO LESTE

    Doce Foz/Ipatinga 410

    Paraba do Sul Foz/Jacare 610

    BACIA DO SUDESTE

    Ribeira do Iguape Foz/Registro 70

    Jacu Foz/Dona Francisca 370

    Taquari Foz/Mussum 205

    Ca Foz/So Sebastio do Ca 93

    Sinos Foz/Pacincia 47

    Gravata Foz/Gravata 12

    Jaguaro Foz/Jaguaro 32

    Camaqu Foz/So Jos do Patrocnio 120

    Lagoa Mirim Pelotas/Santa Vitria do Palmar 180

    Lagoa dos Patos Porto Alegre/Rio Grande 230

    BACIA DO PARAGUAI

    Paraguai Foz do Apa/Cceres 1.270

    Cuiab/So Loureno Foz/Rosrio do Oeste 785

    Taquari Foz/Coxim 430

    Miranda Foz/Miranda 255

    BACIA DO PARAN

    Piracicaba* Foz/Paulinea*

    Paran Foz/Iguau/Confluncia

    Paranaba/Grande

    808

    Paranapanema Foz/Salto Grande 421

    Tiet Foz/Mogi das Cruzes 1.010

    Pardo Foz/Ponto da Barra 170

    Ivinheima Foz/Confluncia Brilhante 270

    Brilhante Foz/Pto. Brilhante 67

    Inhandu Foz/Pto. Tupi 79

    Paranaba Foz/Escada Grande 787

    Iguau Foz/Curitiba 1.020

  • 23

    BACIA DO URUGUAI

    Uruguai Barra do Quara/Ira 840

    Ibicui Foz/Confluncia do Santa Maria 360

    TOTAL GERAL 39.904

    *trecho includo pela lei n 6.630, de 1979. FONTE: LEI N 5.917, DE 1973.

    TABELA 4.2 INTERLIGAO DE BACIAS DO PLANO NACIONAL DE VIAO

    Interligao Trecho a ser tornado navegvel

    Paraguai-Guapor Foz do Jaur-Cidade de Mato Grosso

    Paran-Paraguai Rio Paran-Coxim

    Paranaba-So Francisco Escada Grande-Buriti (Rio Paracatu)

    Tiet-Paraba do sul Mogi das Cruzes-Jacare

    Taquari-Araguaia Coxim-Balisa

    Ibicui-Jacu Vacaca-Ibicu

    Canal do Varadouro Baa de Paranagu-Baa de Canania

    Canal Santa Maria Rio Sergipe-Rio Vaza-Barris

    Canal Tartaruga-Jenipapocu e Arari Na Ilha de Maraj

    FONTE: LEI N 5.917, DE 1973.

    O ORDENAMENTO DO TRANSPORTE HIDROVIRIO

    Lei de N 9.432 de 08/01/1997

    Esta lei ordena e estabelece os marcos principais para a regulao do

    transporte hidrovirio atravs dos seus diversos captulos.

    A Marinha do Brasil, como autoridade martima responsvel especialmente

    pela segurana da navegao, editou as diversas normas que regulamentam estes

    dispositivos da lei, como se verifica na parte pertinente desta Consolidao.

    A Agncia Nacional de Transportes Aquavirios ANTAQ, por sua vez e

    com base nesta lei, baixou as resolues reguladoras relativas navegao interior

    e aos portos e terminais hidrovirios como sero tratados no espao prprio.

    Lei n. 10.233, de 5 de junho de 2001

    Esta lei dispe sobre a reestruturao dos transportes aquavirio e terrestre,

    cria o Conselho Nacional de Integrao de Polticas de Transporte - CONIT, a

    Agncia Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, a Agncia Nacional de

  • 24

    Transportes Aquavirios ANTAQ, e o Departamento Nacional de Infraestrutura de

    Transportes - DNIT, e d outras providncias.

    A LEGISLAO PORTURIA

    Lei dos Portos 12.815/2013 (1)

    Trata-se do mais recente marco regulatrio do setor porturio e de

    navegao interior; revoga a Lei 8.630/93 e a Lei 11.610/2007, e lana novas bases

    para o desenvolvimento do setor porturio nacional com o objetivo de promover

    maior participao da iniciativa privada nos investimentos e na operao dos

    terminais.

    Lei dos Portos 12.815/2013 (2)

    Conhecida como o marco regulatrio do setor porturio, a legislao definiu

    novos termos para explorao de Terminais de Uso Privado - TUP, Estaes de

    Transbordo de Carga - ETC, Instalaes Porturias de Turismo - IPT e Instalaes

    Porturia de Pequeno Porte - IP4.

    Delegao de Portos

    A Lei n 9.277, de 10 de maio de 1996, autoriza a Unio a delegar aos

    municpios, estados da federao e ao distrito federal a administrao e explorao

    de rodovias e portos federais e foi regulamentada pelo Decreto n 2.184, de 24 de

    maro de 1997.

    4.3.1 Portos e Meio Ambiente

    Decreto n 2.508, de 4 de maro de 1998

    A legislao bsica acerca das questes do meio ambiente porturio tem

    como referncias a Conveno Internacional para a Preveno da Poluio

    Causada por Navios MARPOL adotada pelo Brasil atravs do Decreto n 2.508, de 4

    de maro de 1998, que a promulgou.

  • 25

    Lei n 9.605 de fevereiro de 1998

    Esta lei dispe sobre as sanes penais e administrativas derivadas de

    condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.

    Lei n 9.966, de 28 de abril de 2000

    Dispe sobre a preveno, o controle e a fiscalizao da poluio causada

    por lanamento de leo e outras substncias nocivas ou perigosas em guas sob

    jurisdio nacional.

    Decreto n 4.136, de 20 de fevereiro de 2002

    Este Decreto dispe sobre a especificao das sanes aplicveis s

    infraes s regras de preveno, controle e fiscalizao da poluio causada por

    lanamento de leo e outras substncias nocivas ou perigosas em guas sob

    jurisdio nacional, prevista na Lei no 9.966, de 28 de abril de 2000.

    Resoluo ANVISA RDC n 72, de 29 de dezembro de 2009

    Dispe sobre o Regulamento Tcnico que visa promoo da sade nos

    portos de controle sanitrio instalados em territrio nacional, e embarcaes que por

    eles transitem.

    Resoluo ANVISA RDC n 217, de 21 de novembro de 2001

    Esta resoluo aprova o Regulamento Tcnico para a promoo da

    vigilncia sanitria nos Portos de Controle Sanitrio instalados no territrio nacional,

    embarcaes que operem transportes de cargas e ou viajantes nesses locais, e com

    vistas promoo da vigilncia epidemiolgica e do controle de vetores dessas

    reas e dos meios de transporte que nelas circulam.

    Resoluo CONAMA n 5, de 5 de agosto de 1993

    Esta resoluo estabelece as normas mnimas para tratamento de resduos

    slidos oriundos de servios de sade, portos e aeroportos, bem como a

    necessidade de estender tais exigncias aos terminais ferrovirios e rodovirios.

  • 26

    Dispe sobre o gerenciamento de resduos slidos gerados nos portos,

    aeroportos, terminais ferrovirios e rodovirios e revoga as disposies que tratam

    de resduos slidos oriundos de servios de sade pela Resoluo CONAMA n

    358/05.

    Resoluo CONAMA n 6, de 19 de setembro de 1991

    A Resoluo CONAMA n 6 de 1991 dispe sobre o tratamento de resduos

    slidos provenientes de estabelecimentos de sade, portos e aeroportos.

    Resoluo CONAMA 306 de 19 de setembro de 1991

    Estabelece os requisitos mnimos e o termo de referncia para realizao de

    auditorias ambientais

    Resoluo CONAMA n 398, de 11 de junho de 2008

    Esta resoluo dispe sobre o contedo mnimo do Plano de Emergncia

    Individual, para incidentes de poluio por leo em guas sob jurisdio nacional,

    originados em portos organizados, instalaes porturias, terminais, dutos, sondas

    terrestres, plataformas e suas instalaes de apoio, refinarias, estaleiros, marinas,

    clubes nuticos e instalaes similares, e orienta a sua elaborao revoga a

    Resoluo CONAMA n 293/01.

    Considera a necessidade de estabelecer estratgias de preveno e gesto

    dos impactos ambientais, gerados no Pas por portos organizados, instalaes

    porturias ou terminais, dutos, plataformas e suas respectivas instalaes de apoio.

    4.3.2 Trabalho Porturio

    A legislao apresentada abrange a Conveno OIT 137. Este convnio

    comenta as repercusses sociais dos novos mtodos de manipulao de cargas nos

    portos, que est em vigor desde 24 de julho de 1975 e segue-se com a Lei n 4.860,

    de 26 de novembro de 1965, tambm conhecida como lei dos dois turnos, que

    dispe sobre o regime de trabalho nos portos organizados. Seguida da Lei n. 9.719,

    de 27 de novembro de 1998, que dispe sobre normas e condies gerais de

    proteo ao trabalho porturio, institui multas pela inobservncia e seus preceitos.

  • 27

    4.3.3 Portarias da Secretaria dos Portos

    As portarias: n 87, de 24 de fevereiro de 2010, estabelecem os requisitos

    mnimos a serem considerados para a implantao de sistema de gerenciamento e

    monitoramento de navios nos portos e a Portaria n 414, de 30 de dezembro de

    2009, que estabelece as diretrizes, os objetivos gerais e os procedimentos mnimos

    para a elaborao do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento Porturio PDZ.

    4.3.4 Resolues da ANTAQ - Navegao Interior

    Resoluo n 1864 ANTAQ, 04/11/2010

    A Resoluo n 1864 aprova a Norma para disciplinar o afretamento de

    embarcao para operar na navegao interior, tanto para transporte de carga

    exclusiva, como transporte misto de passageiros e cargas.

    Resoluo n 2160 ANTAQ, 22/07/2011

    Esta resoluo altera a Resoluo de n 1864, de 04/11/2010 que aprovou a

    Norma para disciplinar o afretamento de embarcao para operar na navegao

    interior, para incluir o captulo VI-A, o qual descreve sobre os procedimentos para

    incluso do registro do contrato de afretamento de embarcao brasileira no Sistema

    Mercante.

    Resoluo n 2780, 07/02/2013

    Esta resoluo aprova a proposta de Norma para outorga de autorizao

    para prestao de servio de transporte de passageiros, veculos e cargas na

    navegao interior de travessia por microempreendedores individuais.

    Resoluo n 2781, 07/02/2013

    Esta resoluo aprova a proposta de norma que altera a Resoluo n

    1274/09 ANTAQ, que dispe sobre outorga de autorizao para a prestao de

    servio de transporte de passageiros, veculos e cargas na navegao interior de

    travessia.

  • 28

    O objeto desta norma estabelecer critrios e procedimentos para a

    autorizao para prestao de servios de transporte de passageiros, veculos e

    cargas, na navegao interior de travessia interestadual, internacional ou em diretriz

    de rodovia ou ferrovia federal.

    Resoluo n 1558, 11/12/2009

    Esta resoluo aprova a norma para outorga de autorizao para prestao

    de servio de transporte de cargas na navegao interior de percurso longitudinal

    interestadual e internacional.

    Resoluo n 2025, 20/04/2011

    A Resoluo n 2025, de 20 de abril de 2011, altera o artigo 8 da norma

    aprovada da Resoluo n 1558/11 ANTAQ, que, por sua vez, aprova a norma

    para outorga de autorizao para prestao de servio de transporte de cargas na

    navegao interior de percurso longitudinal interestadual e internacional.

    Resoluo n 2444, 04/04/2012

    A Resoluo n 2444, de 04 de abril de 2012 da ANTAQ, altera o artigo 6

    da Resoluo n 912, de 23 de novembro de 2007 ANTAQ.

    Nela fica em vigor a seguinte redao:

    III ter contrato de afretamento a casco nu de pelo menos uma embarcao

    autopropulsada ou conjunto de empurradora-barcaa de bandeira brasileira,

    adequado navegao pretendida e em condies de operao, com prazo de

    vigncia superior igual ou superior a um ano, celebrado com o proprietrio.

    Resoluo n 2886, 29/04/2013

    A Resoluo n 2886, de 29 de abril de 2013 ANTAQ, altera as resolues

    de n 912/07, 1274/09, 1558/09 e 1864/10 da ANTAQ.

    Resoluo n 2047, 02/05/2011

    Esta resoluo altera o inciso I do artigo 2, o artigo 8, o anexo B, e inclui

    o anexo D, da Resoluo n 1274/09, que aprova a norma para outorga de

  • 29

    autorizao para prestao de servio de transporte de passageiros, veculos e

    cargas na navegao interior de travessia.

    4.3.5 Resolues da ANTAQ - Portos e terminais

    Resoluo n 1390, 16/07/2009

    A Resoluo n 1390, de 16 de julho de 2009, altera o inciso I do art. 10, do

    Anexo da Resoluo n 858-ANTAQ, de 23 de agosto de 2007, que aprovou a

    norma sobre a fiscalizao das atividades desenvolvidas pela administrao

    porturia na explorao de portos pblicos.

    Resoluo n 1556, 11/12/2009

    Esta resoluo aprova a norma para outorga de autorizao para

    construo, explorao e ampliao de terminal porturio de uso privativo de

    turismo, para movimentao de passageiros.

    Resoluo n 1642, 10/03/2010

    A Resoluo n 1642-ANTAQ, de 10 de maro de 2010, institui o sistema

    informatizado, obrigatrio para a elaborao e apresentao de Estudos de

    Viabilidade Tcnica e Econmica EVTE, relativos a projetos de arrendamento de

    reas e instalaes porturias e d outras providncias.

    Resoluo n 1660, 08/04/2010

    Esta resoluo aprova a norma para outorga de autorizao para a

    construo, a explorao e a ampliao de terminal porturio de uso privativo.

    Resoluo n 2190, 28/07/2011

    Aprova a norma para disciplinar a prestao de servios de retirada de

    resduos de embarcaes e aplica-se aos servios prestados em instalaes

    porturias de uso pblico e terminais porturios de uso privativo.

  • 30

    Resoluo n 2239, 15/09/2011

    A Resoluo de n 2239-ANTAQ, de 15 de setembro de 2011, aprova a

    Norma de Procedimentos para o trnsito seguro de produtos perigosos por

    instalaes porturias situadas dentro ou fora da rea do porto organizado.

    Resoluo n 2240, 04/10/2011

    Esta resoluo aprova a norma que regula a explorao de reas e

    instalaes porturias sob gesto das administraes porturias no mbito dos

    portos organizados.

    Resoluo n 2389, 13/02/2012

    Esta resoluo aprova a norma que estabelece parmetros regulatrios a

    serem observados na prestao dos servios de movimentao e armazenagem de

    contineres e volumes em instalaes de uso pblico, nos portos organizados.

    Resoluo n 2390, 16/02/2012

    Esta resoluo aprova a norma para outorga de autorizao para

    construo, explorao e ampliao de instalao porturia pblica de pequeno

    porte.

    Resoluo n 2520, 20/06/2012

    A Resoluo n 2520 da ANTAQ, de 20 de junho de 2012, aprova a norma

    para outorga de autorizao para construo, explorao e ampliao de estao de

    transbordo de cargas.

    4.3.6 Decreto n 7.860, 06/12/2012

    O Decreto n 7.860 cria a Comisso Nacional para Assuntos de Praticagem

    com o objetivo de elaborar propostas sobre regulao de preos, abrangncia das

    zonas e medidas de aperfeioamento relativas ao servio de praticagem.

    http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%207.860-2012?OpenDocument

  • 31

    4.3.7 Decreto n 7.861, 06/12/2012

    O Decreto n 7.861 institui a Comisso Nacional das Autoridades nos Portos

    - CONAPORTOS dispe sobre a atuao integrada dos rgos e entidades pblicos

    nos portos organizados e instalaes porturias, e d outras providncias. Nele,

    destaca-se o artigo 3 que cita as competncias a CONAPORTOS:

    I - Promover a integrao das atividades dos rgos e entidades pblicos

    nos portos organizados e nas instalaes porturias;

    II - Promover, em conjunto com seus membros e respeitadas as

    competncias de cada um deles, alteraes, aperfeioamentos ou revises de atos

    normativos, procedimentos e rotinas de trabalho que otimizem o fluxo de

    embarcaes, bens, produtos e pessoas, e a ocupao dos espaos fsicos nos

    portos organizados, para aumentar a qualidade, a segurana e a celeridade dos

    processos operacionais;

    III - Estabelecer e monitorar parmetros de desempenho para os rgos e

    entidades pblicos nos portos organizados e instalaes porturias, propondo sua

    reviso quando necessrio;

    IV - Estabelecer mecanismos que assegurem a eficincia na liberao de

    bens e produtos para operadores que atendam aos requisitos estabelecidos pelos

    rgos e entidades pblicos nos portos organizados e instalaes porturias;

    V - Propor medidas adequadas para implementar os padres e prticas

    internacionais relativos operao porturia e ao transporte martimo, observados

    os acordos, tratados e convenes internacionais de que o Pas seja signatrio;

    VI - Propor e promover, no mbito dos portos organizados e instalaes

    porturias, medidas com o objetivo de:

    a) aperfeioar o fluxo de informaes e os processos operacionais;

    b) possibilitar o compartilhamento dos bancos de dados e a integrao

    dos sistemas informatizados dos rgos e entidades pblicos;

    c) capacitar os agentes dos rgos e entidades pblicos para a melhoria

    da eficincia de suas atividades;

    d) padronizar as aes dos rgos e entidades pblicos;

    http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%207.861-2012?OpenDocument

  • 32

    e) viabilizar os recursos materiais e financeiros para a atuao eficiente

    dos rgos e entidades pblicos;

    f) aperfeioar os critrios para as atividades de fiscalizao, com base

    em anlise de risco; e

    g) normatizar os procedimentos para atender a requisitos de segurana,

    qualidade e celeridade;

    VII - Expedir normas sobre instituio, estrutura e funcionamento das

    comisses locais das autoridades nos portos, e acompanhar, monitorar e orientar

    suas atividades; e

    VIII - Avaliar e deliberar sobre as propostas encaminhadas pelas comisses

    locais.

    4.3.8 Lei de Criao da Secretaria Especial de Portos SEP

    Trata-se da Lei n 11.518, de 5 de setembro de 2007, que acresce e altera

    dispositivos das leis nos 10.683, de 28 de maio de 2003, 10.233, de 5 de junho de

    2001, 10.893, de 13 de julho de 2004, 5.917, de 10 de setembro de 1973, 11.457, de

    16 de maro de 2007, e 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, para criar a Secretaria

    Especial de Portos.

    4.3.9 Decreto de criao da COMPORTOS

    O Decreto n 1.972, de 30 de julho de 1996, altera a redao do art. 2 do

    Decreto n 1.507, de 30 de maio de 1995, que cria a Comisso Nacional de

    Segurana Pblica nos Portos, Terminais e Vias Navegveis.

    RECURSOS HDRICOS E MEIO AMBIENTE

    4.4.1 Lei 9.433/97

    A legislao referente utilizao dos recursos hdricos tem como marco

    principal a Lei n 9.433, de 8 de janeiro de 1997, conhecida como Lei das guas, a

    qual instituiu a Poltica Nacional de Recursos Hdricos.

  • 33

    Nela, diversos artigos tratam direta e indiretamente da questo, com a

    afirmao da necessidade da manuteno de condies adequadas ao transporte

    aquavirio nos corpos de gua, como se verifica nas disposies seguintes:

    O art. 1, IV, elege como um dos fundamentos dessa poltica que a

    gesto dos recursos hdricos deve sempre proporcionar o uso mltiplo

    das guas;

    O art. 2, II, estabelece como um dos objetivos da Poltica Nacional de

    Recursos Hdricos a utilizao racional e integrada dos recursos

    hdricos, incluindo o transporte aquavirio, com vistas ao

    desenvolvimento sustentvel;

    O art. 13 e pargrafo nico destacam que toda outorga estar

    condicionada s prioridades de uso estabelecidas nos Planos de

    Recursos Hdricos e dever respeitar a classe em que o corpo de

    gua estiver enquadrado e a manuteno de condies adequadas

    ao transporte aquavirio, quando for o caso. A outorga de uso dos

    recursos hdricos dever preservar o uso mltiplo destes;

    O art. 15, VI, estabelece que a outorga de direito de uso de recursos

    hdricos poder ser suspensa parcial ou totalmente, em definitivo ou

    por prazo determinado, na seguinte circunstncia: necessidade de

    serem mantidas as caractersticas de navegabilidade do corpo de

    gua.

    4.4.2 As resolues do Conselho Nacional de Recursos Hdricos - CNRH

    O Conselho Nacional de Recursos Hdricos o rgo mais expressivo do

    Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos SNGREH, a quem

    cabe promover a integrao do planejamento e a regulao do uso dos recursos

    hdricos no nvel nacional, regional e estadual. Sua ao se estende articulao

    com os diversos setores usurios.

    Cabe s resolues da CNRH estabelecer as diretrizes complementares

    para levar a prtica a Poltica Nacional de Recursos Hdricos e a aplicao de seus

    instrumentos de gesto. Duas delas, em especial, relacionam-se com a navegao.

  • 34

    A primeira a Resoluo CNRH n 37, de 26 de maro de 2004, que

    estabelece as diretrizes para outorga de recursos hdricos para a implantao de

    barragens em corpos de gua de domnio dos Estados, do Distrito Federal ou da

    Unio.

    O 4 do artigo 3, inclui a chamada manifestao setorial entre os

    documentos a serem apresentados pelo interessado em implantar uma determinada

    barragem: para as novas barragens, cada setor governamental competente deve

    emitir um ato administrativo especfico acerca daquele novo empreendimento.

    Entretanto, a ausncia de manifestao setorial, devidamente justificada,

    no poder constituir impeditivo para o encaminhamento do requerimento e anlise

    de outorga de recursos hdricos, cabendo autoridade outorgante adotar medidas

    que forem adequadas para a continuidade da tramitao do processo.

    A segunda a Resoluo CNRH N 145, de 12 de dezembro de 2012, que

    revogou e substituiu a Resoluo CNRH n 17, de 29 de maio de 2001, onde se

    estabelecem as diretrizes para a outorga de recursos hdricos para a implantao de

    barragens em corpos de gua de domnio dos Estados, do Distrito Federal ou da

    Unio. Entre outras disposies pertinentes, o pargrafo segundo do artigo dispe

    que:

    2 Os estudos tcnicos visam compatibilizar a finalidade, caractersticas

    da barragem e sua operao com os Planos de Recursos Hdricos, observando os

    usos mltiplos, os usos outorgados, as acumulaes, captaes, derivaes ou

    lanamentos considerados insignificantes e a manuteno das condies

    adequadas ao transporte aquavirio, quando for o caso.

    Dessa forma, fica claro que na concepo dos planos de recursos hdricos

    fundamental levar em considerao os planejamentos setoriais, de todos os setores,

    inclusive do setor hidrovirio. Para isso, esse setor tem de estar presente nas

    discusses dos diversos planos de bacia em que a navegao possui planejamento

    e apresentar suas propostas.

  • 35

    4.4.3 As leis estaduais de recursos hdricos

    A Constituio preconiza que a administrao pblica manter Plano

    Estadual de Recursos Hdricos e instituir, via lei, sistema de gesto desses

    recursos, reunindo rgos estaduais, municipais e a sociedade civil.

    Partindo dessa premissa, entrou em vigor a Lei n 2.406/2002 que instituiu a

    Poltica Estadual dos Recursos Hdricos e criou o Sistema Estadual de

    Gerenciamento dos Recursos Hdricos de Mato Grosso do Sul tendo por finalidade,

    conforme preconizado em seu art. 2:

    I. Assegurar, em todo o territrio do Estado, a necessria

    disponibilidade de gua, para os atuais usurios e geraes futuras,

    em padres de qualidade e quantidade adequados aos respectivos

    usos;

    II. Promover a compatibilizao entre os mltiplos e competitivos usos

    dos recursos hdricos, com vistas ao desenvolvimento sustentvel;

    III. Promover a preveno e defesa contra os eventos hidrolgicos

    crticos, de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos

    recursos naturais, que ofeream riscos sade e segurana pblica

    ou prejuzos econmicos ou sociais;

    IV. Incentivar a preservao, conservao e melhoria quantitativa e

    qualitativa dos recursos hdricos.

    O referido Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hdricos

    objetiva promover a execuo da Poltica Estadual de Recursos Hdricos e a

    elaborao, atualizao e aplicao do Plano Estadual de Recursos Hdricos,

    reunindo rgos estaduais, municipais e a sociedade civil. Devido hierarquia das

    leis, o referido sistema, poltica e plano devem seguir queles princpios constantes

    na Constituio do Estado de Mato Grosso do Sul e da Lei n 9.433/1997.

    No ano de 2004, o estado de Mato Grosso do Sul regulamentou, por meio do

    Decreto 11.621/2004, o artigo da Lei 2.406/2002, que trata do Conselho Estadual de

    Recursos Hdricos.

  • 36

    Este decreto regulamentou o Conselho Estadual de Recursos Hdricos

    CERH-MS, e definiu a sua composio, que dever ter representantes do poder

    pblico, sociedade civil organizada e representante de usurios de recursos hdricos.

    Nela, destaca-se o artigo 2 que fala sobre os objetivos da Poltica Estadual

    de Recursos Hdricos:

    I. Assegurar atual e s futuras geraes a necessria disponibilidade

    de gua, em padres de qualidade adequados aos diversos usos;

    II. Promover a utilizao racional e integrada dos recursos hdricos,

    incluindo o transporte aquavirio, com vistas ao desenvolvimento

    sustentvel;

    III. Prover a preveno e a defesa contra eventos hidrolgicos crticos de

    origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos

    naturais;

    IV. Garantir a boa qualidade das guas, em acordo a seus usos

    mltiplos;

    V. Assegurar o florestamento e o reflorestamento das nascentes e

    margens de cursos hdricos;

    VI. Estimular a capacidade regional em cincia e tecnologia para o

    efetivo gerenciamento dos recursos hdricos;

    VII. Desenvolver o setor hdrico do Estado, respeitando os ecossistemas

    originais, em conformidade com a legislao ambiental;

    VIII. Disciplinar a utilizao racional das guas superficiais e

    subterrneas;

    IX. Difundir conhecimentos, visando a conscientizar a sociedade sobre a

    importncia estratgica dos recursos hdricos e sua utilizao

    racional;

    X. Viabilizar a articulao entre a Unio, o Estado, os Municpios, a

    sociedade civil e o setor privado, visando integrao de esforos

    para implementao da proteo, conservao, preservao e

    recuperao dos recursos hdricos;

    XI. Compatibilizar o desenvolvimento econmico e social com a proteo

    ao meio ambiente.

  • 37

    5 BASES LEGAIS E ADMINISTRATIVAS, FUNDAMENTOS E LEGISLAO

    BRASILEIRA SOBRE O TRANSPORTE HIDROVIRIO INTERIOR

    TRANSPORTE HIDROVIRIO INTERIOR E A LEGISLAO BRASILEIRA

    Este captulo traz o relacionamento do transporte hidrovirio interior, das

    hidrovias e dos portos com a legislao brasileira, trazendo normas, decretos,

    portarias, resolues e leis da esfera federal dos rgos intervenientes, em termos

    de responsabilidades tcnicas, fiscalizao, infraestrutura, segurana no trabalho,

    sade, uso e ocupao do solo, uso mltiplo das guas, meio ambiente, etc. Em

    termos ambientais traz tambm definio de licenciamento ambiental e tipos de

    licenas ambientais, entre outros assuntos.

    H, entre os atos legais relativos navegao interior, a Constituio

    Federal, e as portarias e normas do Ministrio dos Transportes e da Marinha do

    Brasil, alm de acordos e convenes internacionais, estabelecidos entre os pases

    vizinhos na regio da Amaznia, do Pantanal e no Sul.

    A princpio, pode-se citar a Constituio Federal de 1988 (CF/88) que em

    seu artigo 20 estabelece aspectos importantes para as guas interiores e para o

    transporte tais como:

    So bens da Unio, os lagos, rios e quaisquer correntes de gua

    em terrenos de seu domnio, ou que banhem mais de um estado,

    sirvam de limite com outros pases, ou se estendam a territrio

    estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e

    praias fluviais.

    J o artigo 21 da referida Carta Magna traz que compete Unio:

    Instituir o sistema nacional de gerenciamento de recursos hdricos e

    definir critrios de outorga de direitos de seu uso;

    Explorar, diretamente ou mediante autorizao, concesso ou

    permisso, os servios de transporte aquavirio entre portos

    brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de

    um Estado e tambm os portos martimos, fluviais e lacustres.

  • 38

    Tambm o mesmo artigo ainda traz que compete privativamente

    Unio legislar sobre:

    Diretrizes da poltica nacional de transportes;

    Regime dos portos, navegao lacustre, fluvial, martima, area e

    aeroespacial;

    Trnsito e transporte.

    A MARINHA DO BRASIL E A LESTA (LEI DE SEGURANA DO TRFEGO

    AQUAVIRIO)

    A Marinha do Brasil e a LESTA estabelecem, por meio da Lei 9.537 de 11

    de dezembro de 1997, conhecida como LESTA - Lei de Segurana do Trfego

    Aquavirio, os princpios gerais (martimo, fluvial, lacustre), a segurana da

    navegao, a salvaguarda da vida humana e a preservao do meio ambiente

    hdrico.

    Ainda no mbito da Marinha do Brasil foram aprovadas em 1998 as

    Normas de Autoridade Martima NORMAN, pela Diretoria de Portos e Costas

    DPC, cujas principais de interesse para a navegao interior e para o meio

    ambiente so:

    NORMAN 02 normas para embarcaes empregadas na navegao

    interior;

    NORMAN 04 normas para operao de embarcaes

    estrangeiras em guas sob jurisdio nacional;

    NORMAN 07 normas para atividades de inspeo naval;

    NORMAN 11 normas para obras, dragagens, pesquisa e lavra de

    minerais sobre as margens das guas sob jurisdio nacional;

    NORMAN 13 normas para aquavirios e armadores;

    NORMAN 16 normas para estabelecer condies e requisitos

    para concesso e delegao das atividades de assistncia e

    salvamento de embarcao, coisa ou bem, em perigo no mar, nos

    portos ou via navegveis.

  • 39

    AS NORMAS DA AUTORIDADE MARTIMA PARA A NAVEGAO

    INTERIOR

    A Autoridade Martima Brasileira a Marinha do Brasil, representada

    especialmente pela Diretoria de Portos e Costas (DPC), a qual conta com as

    Capitanias dos Portos e respectivas delegacias e agncias, atuantes nas principais

    vias navegveis martimas, lacustres e fluviais do territrio nacional.

    Cabe Autoridade Martima exercer a fiscalizao da segurana da

    navegao, a salvaguarda da vida humana no mar e a preveno poluio hdrica.

    As normas vigentes quanto navegao hidroviria so reguladas por

    portarias onde se estabelecem as diretrizes a serem cumpridas.

    Destacam-se, com referncia navegao interior, as seguintes normas:

    I. NORMAM 02/DPC que trata das normas para embarcaes destinadas

    navegao interior, com 12 captulos, listadas a seguir:

    Capitulo 1 - Estabelecimento das tripulaes de segurana das

    embarcaes;

    Captulo 2 - Inscrio, Registros, Marcaes, Nomes e Cores de

    Embarcaes, Nmero de Identificao de Navios e Registro Especial

    Brasileiro;

    Captulo 3 - Construo, Alterao, Reclassificao e Regularizao

    de Embarcaes;

    Captulo 4 - Material de Segurana para as Embarcaes;

    Captulo 5 - Transporte de Cargas;

    Capitulo 6 - Borda-Livre, Estabilidade Intacta e Compartimentagem;

    Captulo 7 - Determinao da Arqueao, Deslocamentos e Porte

    Bruto;

    Captulo 8 - Vistorias e Certificaes;

    Captulo 9 - Navegao em Eclusas e Canais Artificiais;

    Captulo 10 - Navegao de Travessia;

    Captulo 11 - Regras Especiais para Evitar Abalroamento na

    Navegao Interior;

  • 40

    Captulo 12 Emisso de Certificado de Responsabilidade Civil em

    Danos Causados por Poluio por leo.

    II. NORMAM 11/DPC fixa as normas para obras, dragagens, pesquisa e lavra

    de minerais sob, sobre e s margens das guas sob jurisdio nacional em

    seus trs captulos, a saber:

    Captulo 1 - Procedimentos para Solicitao de Parecer para

    Realizao de Obras Sob, Sobre e s Margens das guas

    Jurisdicionais Brasileiras;

    Captulo 2 - Dragagens e Aterros;

    Captulo 3 - Pesquisa e Lavra de Minerais.

    III. NORMAM 13/DPC destina-se a estabelecer normas de procedimentos

    relativos ao ingresso, inscrio e carreira dos aquavirios:

    Captulo 1 - Ingresso, Inscrio e Cmputo de Tempo de Embarque

    de Aquavirios;

    Captulo 2 - Carreira, Grupos, Categorias e Nveis de Equivalncia de

    Aquavirios, Rol de Equipagem e Rol Porturio;

    Captulo 3 - Inscrio de Militar Inativo da Marinha do Brasil;

    Captulo 4 - Atribuies do Comandante e Tripulante a Bordo de

    Embarcaes Mercantes Nacionais e Penalidades;

    Capitulo 5 - Cadastro de Aquavirios;

    Capitulo 6 - Certido de Servios de Guerra e Certido de Tempo de

    Servio para Ex-Alunos;

    Captulo 7 - Disposies Finais.

    IV. NORMAM 14/DPC normatiza os procedimentos para o cadastramento de

    empresas de navegao, peritos e sociedades classificadoras.

    V. NORMAM 29/DPC destina-se a regular, do ponto de vista da segurana da

    navegao, o transporte de cargas perigosas, em cinco captulos

    especficos:

    Captulo 1 - Transporte de Cargas Perigosas Embaladas;

  • 41

    Captulo 2 - Transporte de Cargas Slidas Perigosas a Granel;

    Captulo 3 - Transporte de Substncias Lquidas Nocivas a Granel;

    Captulo 4 - Transporte de Gases Liquefeitos a Granel;

    Captulo 5 - Transporte de Combustvel Nuclear Irradiado Embalado,

    Plutnio e Resduos de Alto Nvel de Radioatividade.

    A ANTAQ, A ANTT E O DNIT E AS ADMINISTRAES HIDROVIRIAS

    Em 2001, por meio da Lei 10.233, de 5 de junho, foi criada a Agncia

    Nacional de Transportes Aquavirios (ANTAQ), que por definio entidade

    integrante da Administrao Federal indireta, submetida ao regime autrquico

    especial, com personalidade jurdica de direito pblico, independncia

    administrativa, autonomia financeira e funcional, mandato fixo de seus dirigentes,

    vinculada ao Ministrio dos Transportes. Entre outras funes, responsvel pela

    implantao das polticas do Ministrio dos Transportes e do CONIT

    Conselho Nacional de Integrao de Polticas de Transportes e pela Regulao,

    superviso e fiscalizao das atividades de prestao de servios de

    transporte aquavirio e de explorao da infraestrutura porturia e aquavirio,

    exercida por terceiros.

    A referida lei tambm criou a Agncia Nacional de Transporte Terrestre

    (ANTT) e o Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (DNIT).

    Com isso, a partir da lei supracitada, o transporte hidrovirio interior passou

    a ser regulado e fiscalizado pela ANTAQ, em substituio a Secretaria de

    Transportes Aquavirios (STA) do Ministrio dos Transportes e o DNIT passou a

    cuidar das obras e toda infraestrutura dos transportes terrestres (rodovirio e

    ferrovirio), hidrovias e portos do Brasil (em substituio ao Departamento Nacional

    de Estradas e Rodagem DNER, e a Empresa Brasileira de Portos S. A. -

    Portobrs).

    H tambm as administraes de hidrovias, rgos que possuam at pouco

    tempo duplo comando: institucionalmente estavam subordinadas ao DNIT, mais

    especificamente ao seu Departamento de Infraestrutura Hidroviria, e

    gerencialmente s Companhias Docas no mbito de suas respectivas jurisdies. A

    elas compete, principalmente, promover, desenvolver as atividades de execuo,

  • 42

    acompanhamento e fiscalizao de estudos, obras e servios de hidrovias, portos

    fluviais e lacustres que lhe venham a ser atribudos pelo Departamento de

    Infraestrutura Hidroviria. Atualmente h oito Administraes Hidrovirias no Brasil

    vinculadas a quatro Companhias Docas.

    O TRANSPORTE HIDROVIRIO INTERIOR E O MEIO AMBIENTE

    Com relao ao relacionamento do Transporte Hidrovirio Interior e o Meio

    Ambiente, a legislao , ainda, mais esparsa e compreendida em vrios rgos

    intervenientes, conforme sero apresentados neste captulo.

    H normas e leis para o uso mltiplos das guas regulamentadas e

    reguladas pela Agncia Nacional de guas - ANA. Da mesma maneira, o transporte

    hidrovirio, os portos fluviais e as empresas de transporte hidrovirio so

    regulamentados e fiscalizados pela ANTAQ. H resolues do Conama que

    determinam as diretrizes ambientais.

    A Constituio Brasileira de 1988 a nica carta magna do mundo que traz

    a poltica ambiental em seu escopo.

    5.5.1 O PNMA e o SISNAMA

    A Lei 6.938/81 estabeleceu a Poltica Nacional do Meio Ambiente - PNMA e

    criou o Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA com participao de

    instituies e rgos das esferas federal, estadual e municipal ligadas proteo

    ambiental. A estrutura organizacional do SISNAMA foi alterada por outras leis e hoje

    est assim representada:

    I. rgo Superior: o Conselho de Governo, com a funo de assessorar

    o presidente da Repblica na formulao da poltica nacional e nas

    diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos

    ambientais;

    II. rgo Consultivo e Deliberativo: o Conselho Nacional do Meio

    Ambiente (Conama) para assessorar, estudar e propor ao Conselho

    de Governo, diretrizes polticas e governamentais para o meio

  • 43

    ambiente, e deliberar, no mbito de sua competncia, sobre normas e

    padres ambientais;

    III. rgo Central: o Ministrio do Meio Ambiente, Recursos Hdricos e da

    Amaznia Legal, com finalidade de planejar, coordenar, supervisionar

    e controlar, como rgo federal, a poltica nacional e diretrizes

    governamentais fixadas para o meio ambiente;

    IV. rgo Executor: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e

    Recursos Naturais Renovveis (IBAMA), com finalidade de executar

    e fazer executar, como rgo federal, a poltica e diretrizes

    governamentais fixadas para o meio ambiente;

    V. rgos Setoriais: so os rgos ou entidades integrantes da

    administrao federal direta ou indireta, bem como as fundaes

    institudas pelo poder pblico, cujas atividades estejam associadas

    proteo ambiental ou disciplinamento do uso dos recursos

    ambientais;

    VI. rgos Seccionais : so os rgos ou ent idades estaduais

    responsveis pela execuo de programas, projetos e pelo

    controle e fiscalizao das atividades capazes de provocar

    degradao ambiental;

    VII. rgos Locais: so os rgos ou entidades municipais, responsveis

    pelo controle e fiscalizao das atividades similares as dos rgos

    seccionais, porm nas suas respectivas jurisdies.

    5.5.2 A gesto ambiental na esfera federal

    Alm destes rgos, a competncia para a gesto ambiental no Brasil

    tambm cabe a outros organismos que so intervenientes ao transporte hidrovirio

    interior. Em esfera federal pode- se destacar:

    Ministrio dos Transportes;

    Ministrio do Meio Ambiente

    Marinha do Brasil (Ministrio da Defesa);

    Ministrio das Relaes Exteriores;

    Ministrio da Sade;

  • 44

    Ministrio do Trabalho e Emprego;

    Ministrio Pblico Federal;

    Fundao Nacional do ndio;

    Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (Ministrio da

    Cultura)

    5.5.3 Ministrio dos Transportes

    O Ministrio dos Transportes atua como rgo empreendedor do transporte

    hidrovirio interior por meio da ANTAQ, DNIT e administradoras hidrovirias. Estes

    cuidam da infraestrutura das vias e portos e aquela, como j mencionado, da

    regulao e fiscalizao do setor.

    5.5.4 Ministrio do Meio Ambiente

    Este Ministrio atua tanto na gesto dos recursos hdricos por meio da

    Secretaria de Recursos Hdricos (SRH) e do Conselho Nacional dos Recursos

    Hdricos (CNRH), quanto na gesto ambiental por meio do IBAMA e do Conama.

    A prtica do gerenciamento integrado dos recursos hdricos, no Brasil

    ainda incipiente, e teve incio com a Portaria 90/78 dos Ministrios das Minas e

    Energia e Interior que criou Comits Especiais de Estudos Integrados de Bacias

    Hidrogrficas (CEEIBH). De acordo com MOTA (1995), dentre as muitas atribuies

    deste comit, destacam-se a manifestao com referncia aos recursos hdricos das

    bacias hidrogrficas dos rios federais, aos planos para seu aproveitamento global,

    s melhorias de suas condies sanitrias e s medidas de proteo ambiental. A

    partir da outros comits foram criados.

    5.5.5 Marinha do Brasil (Ministrio da Defesa)

    A Marinha do Brasil, no mbito de suas atribuies, exerce o controle e a

    fiscalizao sobre as embarcaes que trafegam em guas sob jurisdio nacional,

    e sobre as instalaes estacionrias ribeirinhas de produo, armazenagem e

    transferncia de produtos poluentes, de modo a garantir que as mesmas estejam

  • 45

    em condies satisfatrias, contribuindo preventivamente para a segurana da

    navegao, para salvaguarda da vida humana e para a proteo ambiental das

    reas costeiras, porturias e interiores. Tambm exerce o controle e a fiscalizao

    sobre obras, dragagens, pesquisa e lavra de minerais sob, sobre e s margens das

    guas sob jurisdio nacional.

    A j citada Lei 9.537, de 11 de dezembro de 1997, conhecida como Lei de

    Segurana do Transporte Aquavirio (LESTA), dispe sobre a segurana do

    trfego aquavirio em guas sob jurisdio nacional que inclui as guas dos rios,

    lagos e canais do territrio nacional.

    Alm do registro das embarcaes, umas das atribuies mais importantes

    da Marinha a realizao da inspeo naval. De acordo com a LESTA a inspeo

    naval :

    Uma atividade de cunho administrativo, que consiste na fiscalizao do

    cumprimento da lei, das normas e regulamentos dela decorrentes, e de atos e

    resolues internacionais ratificados pelo Brasil, no que se refere a salvaguarda

    da vida humana e segurana da navegao, no mar aberto e em hidrovias

    interiores, e a preveno da poluio ambiental por parte das embarcaes,

    plataformas fixas ou suas instalaes de apoio.

    Com relao poluio ambiental, a preveno e as providncias frente a

    um derramamento de leo ou lanamentos de misturas oleosas em terminais e

    portos, a regulamentao dada pela MARPOL 73/78.

    Recentemente, a Marinha do Brasil aprovou outras normas tcnicas com

    aplicao ao meio fluvial e ao meio ambiente, tais como as Normas Tcnicas

    Ambientais (NORTAMs) e as Norma Tcnica de Procedimentos (NORTEC`s), alm

    de outras NORMANs, com destaque para:

    NORMAN 11 alterada em 2004 pela Portaria 67/DPC;

    NORMAN 10 normas para pesquisa, explorao, remoo e

    demolio de coisas e bens afundados, submersos, encalhados e

    perdidos. (2005);

    NORMAN 20 normas para gerenciamento de gua de lastro.

    (2005);

  • 46

    NORTEC 10 normas para pesquisa, explorao, remoo e

    demolio de coisas e bens afundados, submersos, encalhados e

    perdidos. (2005);

    NORTEC 11 normas para obras, dragagens, pesquisa e lavra de

    minerais sobre as margens das guas sob jurisdio nacional;

    NORTAM 01 norma para coleta e transporte de amostra de

    derramamento de leo e seus derivados.

    NORTAM 05 norma para plano de emergncia de navio para

    poluio por leo para navios da MB.

    A Lei 9.433/97 instituiu a Poltica Nacional de Recursos Hdricos (PNRH),

    procurando atender os preceitos da Constituio Federal de 1988 (CF/88) e os

    comits sofreram mudanas em suas caractersticas anteriores, com destaque para

    uma maior participao dos usurios dos recursos hdricos e da sociedade civil em

    suas composies, alm da participao dos governos federal, estadual e

    municipal. Esta mesma lei criou tambm o Sistema Nacional de Gerenciamento

    Recursos Hdricos (SNGRH), definindo como uma de suas diretrizes gerais de ao

    para implementao da PNRH, a integrao da gesto dos recursos hdricos com a

    gesto ambiental.

    Os fundamentos da PNRH de acordo com o artigo 1 da referida lei so:

    I. A gua um bem de domnio pblico;

    II. A gua um recurso natural limitado, dotado de valor econmico;

    III. Em situaes de escassez, o uso prioritrio dos recursos hdricos

    o consumo humano e a dessendentao de animais.

    IV. A gesto de recursos hdricos deve sempre proporcionar o uso

    mltiplo das guas;

    V. A bacia hidrogrfica a unidade territorial para a implementao

    da PNRH e atuao do SNRH;

    VI. A gesto dos recursos hdricos deve ser descentralizada e contar

    com participao do poder pblico, dos usurios e das comunidades.

    Esta lei deu competncia ao poder pblico federal, estadual e municipal

    promover a integrao da gesto de recursos hdricos com a gesto ambiental.

  • 47

    O SNGRH, cuja finalidade a de coordenar a gesto integrada das guas e

    implementar o PNRH, composto pelo CNRH, pelos Conselhos de Recursos

    Hdricos dos estados e do Distrito Federal e pelos comits de Bacia Hidrogrfica.

    A estes ltimos, alm das atribuies, aprovar e acompanhar a execuo

    dos Planos de Recursos Hdricos da Bacia, isto , planos diretores de longo prazo,

    com horizonte de planejamento compatvel com perodo de programas e projetos

    para determinada bacia hidrogrfica e que visam fundamentar e orientar a

    implantao da PNRH e o gerenciamento dos recursos hdricos. Este um aspecto

    de fundamental importncia no desenvolvimento de sistemas de transporte

    hidrovirio, pois qualquer inteno ou projeto neste sentido, deve estar contemplado

    no Plano de Recursos Hdricos das bacias nas quais se insere o projeto.

    5.5.6 Ministrio das Relaes Exteriores

    Para algumas hidrovias brasileiras, os projetos ou aes podem envolver

    mais de um pas, em cursos d gua limtrofes (compartidos ou sucessivos), o

    Ministrio das Relaes Exteriores intervm para a realizao de acordos e tratados

    que envolvam a navegao interior e a preservao do meio ambiente, fazendo

    parte inclusive de Comits Intergovernamentais como no caso da Hidrovia Paraguai-

    Paran com cinco pases, onde os acordos internacionais e os aspectos legais de

    cada pas devem sempre sujeitar os licenciamentos ambientais, observncia de

    requisitos para o uso dos recursos naturais compartilhados.

    5.5.7 Ministrio da Sade

    Com relao s questes relacionadas com as atividades de vigilncia

    sanitria, cabe ao Ministrio da Sade, estabelecer procedimentos para disciplinar

    estas embarcaes e reas porturias instaladas no territrio nacional. A Resoluo

    206 de 1999 publicada pela Diretoria Colegiada da Agncia de Vigilncia Sanitria

    do Ministrio da Sade (hoje Anvisa), que submete consulta pblica uma proposta

    de Regulamento Tcnico para Disciplinar a Vigilncia Sanitria de Embarcaes e

    reas Porturias.

  • 48

    5.5.8 Ministrio do Trabalho e Emprego

    A definio de normas para a segurana e sade dos trabalhadores

    operrios, martimos, fluvirios e porturios, cabe ao Ministrio do Trabalho e

    Emprego. Pode-se destacar a NR-29 Norma Regulamentadora de Segurana e

    Sade no Trabalho Porturio cujos objetivos so: regular a proteo obrigatria

    contra acidentes e doenas profissionais, facilitar os primeiros-socorros a acidentes

    e alcanar as melhores condies possveis de segurana e sade aos

    trabalhadores porturios em operaes tanto a bordo como em terra, assim como os

    demais trabalhadores que exeram atividades nos portos organizados e instalaes

    porturias e retroporturias, situadas dentro ou fora da rea do porto organizado.

    A NR-9 Norma Regulamentadora de Programa de Preveno de Riscos

    Ambientais, que estabelece a obrigatoriedade da elaborao e implementao, por

    parte de todas as instituies que admitam trabalhadores como empregados,

    do Programa de Preveno de Riscos Ambientais (PPRA), visando a preservao

    da sade e da integridade dos trabalhadores atravs da antecipao,

    reconhecimento, avaliao e consequente controle da ocorrncia dos riscos

    ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo

    em considerao a proteo do meio ambiente e dos recursos naturais.

    5.5.9 Ministrio Pblico Federal

    Este um rgo que apresenta funes institucionais com o objetivo

    tambm de garantir a proteo do meio ambiente. O Ministrio Pblico Federal foi

    organizado pela Lei Complementar 75/93, sendo uma instituio permanente,

    incumbindo-lhe a defesa da ordem jurdica, do regime demogrfico e dos

    interesses sociais e individuais indisponveis.

    Entre as funes do MPF est a de exercer a defesa nas causas de

    competncia de quaisquer juzes e tribunais, dos direitos e interesses das

    populaes indgenas, do meio e de bens e direitos de valor artstico, cultural,

    histrico e paisagstico, integrantes do patrimnio nacional.

  • 49

    5.5.10 Fundao Nacional do ndio

    A Fundao Nacional do ndio (FUNAI) foi instituda pela Lei 5.371/67

    e possui como principais objetivos estabelecer diretrizes para garantir o

    cumprimento da poltica indigenista, conservar e valorizar o Patrimnio Indgena,

    promover a prestao da educao e da assistncia mdico-sanitria aos ndios e

    exercitar o poder poltico nas reas reservadas e nas matrias pertinentes

    proteo do ndio.

    Cerca de 11% do territrio so reservas indgenas e muitas destas reas

    esto localizadas em reas de interesses para a implantao de projetos de

    hidrovias interiores.

    5.5.11 Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional

    O Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (Iphan), hoje

    vinculado ao Ministrio da Cultura, foi criado pela Lei 378/37 e possui como

    principais misses a fiscalizao, proteo, identificao, restaurao, preservao

    e revitalizao dos monumentos, stios e bens mveis do Pas.

    Este Instituto atua principalmente na elaborao de pareceres especficos

    em rea de sua competncia, no caso de obras, projetos ou servios em reas de

    stios arqueolgicos ou demais unidades de conservao e preservao artstica,

    histrica e cultural. O Iphan tem mais de 5 mil stios arqueolgicos cadastrados,

    muitos destes, em reas prximas ou mesmo dentro de cursos dgua. A Lei

    3.924/61 dispe sobre monumentos arqueolgicos e pr-histricos.

    LICENCIAMENTO AMBIENTAL DA HIDROVIA

    A Lei 6.938/81 que estabeleceu a Poltica Nacional do Meio Ambiente -

    PNMA, em seu artigo 10 diz que dependem de prvio licenciamento ambiental, a

    construo, a instalao, a ampliao e o funcionamento de estabelecimentos e

    atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva ou

    potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, causar

    degradao ambiental.

  • 50

    Houve vrias modificaes introduzidas na PNMA pela Constituio de

    1988, e pelas leis e resolues subsequentes. Tais modificaes alteraram e

    complementaram o processo de licenciamento ambiental. O artigo 1 da

    Resoluo CONAMA 237/97 estabelece as seguintes definies:

    Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o rgo

    ambiental competente licencia a localizao, a ampliao e a operao

    de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais

    considerados efetiva ou potencialmente poluidores ou daqueles que, sob

    qualquer forma, possam causar degradao ambiental, considerando as

    disposies legais e regulamentares e as normas tcnicas aplicveis ao

    uso.

    Licena Ambiental: ato administrativo pelo qual o rgo ambiental

    competente estabelece as condies, restries e medidas de controle

    ambiental que devero ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa fsica

    ou jurdica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou

    atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou

    potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam

    causar degradao ambiental.

    Estudos Ambientais: so todos e quaisquer estudos relativos aos

    aspectos ambientais relacionados com a localizao, instalao,

    operao e ampliao de uma atividade ou empreendimento,

    apresentado como subsdio para a anlise da licena requerida, tais

    como preliminar, diagnstico ambiental, plano de manejo, plano de

    recuperao de reas degradadas e anlise preliminar de risco.

    De acordo com o artigo 4 da Resoluo CONAMA 237/97, a competncia

    federal para realizar o licenciamento ambiental cabe ao Ibama, sempre que os

    empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental se enquadrarem

    nas seguintes situaes:

    Estiverem localizados ou forem desenvolvidos conjuntamente com

    pases limtrofes, no mar territorial, na plataforma continental, na zona

  • 51

    econmica exclusiva, em terras indgenas ou em unidades de

    conservao e domnio da Unio;

    Estiverem localizados ou desenvolvidos em dois ou mais estados;

    Nos casos em que os impactos ambientais diretos ultrapassem os

    limites territoriais do pas ou de um ou mais estados;

    Forem destinados a pesquisas, lavrar, produzir, beneficiar,

    transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer

    estgio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer um de suas

    formas e aplicaes, mediante parecer da Comisso Nacional de

    Energia Nuclear - CNEN;

    No caso de implantao de bases ou empreendimentos militares,

    quando couber, observada a legislao especfica.

    O Ibama executa o licenciamento ambiental considerando o exame tcnico

    realizado por rgos ambientais dos estados e municpios em que se realizam o

    empreendimento, levando em conta, quando for o caso, o parecer dos demais

    rgos competentes da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios

    envolvidos no procedimento de licenciamento.

    Com o fito de pr fim s lacunas da Lei Complementar n 140/2011quanto

    definio da autoridade competente para o licenciamento ambiental de obras de

    infraestrutura, em 22 de abril de 2015 foi publicado o Decreto Federal n 8.437/2015,

    definindo as tipologias de empreendimentos e atividades cujo licenciamento ser de

    competncia da Unio.

    Conforme disposto no artigo 23 de nossa Constituio Federal, de

    competncia comum dos entes federativos Unio, Estados, Distrito Federal e

    Municpios, o licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades

    consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou capazes de causar

    degradao ambiental, de modo que cabe aos rgos ambientais nas trs esferas

    federativas atuar estabelecendo as condies, restries e medidas de fiscalizao

    necessrias a serem aplicadas a cada empreendimento.

    Contudo, a ausncia de definio clara dos limites da competncia dos

    rgos ambientais envolvidos no processo de licenciamento tem ocasionado

    considervel insegurana jurdica aos empreendedores, que constantemente so

  • 52

    surpreendidos por questionamentos e, por vezes, at mesmo suspenses de

    atividades, em custosas e longas aes civis pblicas.

    Com vista ao equilbrio da atuao dos entes federativos, j havia sido

    publicada a Lei Complementar n 140/2011, estabelecendo as regras de cooperao

    e os limites de ao dos rgos ambientais, com o objetivo de encerrar

    definitivamente os conflitos de competncia licenciatria existentes.

    No entanto, em que pese o alento que o novo regramento trouxe aos

    empreendimentos passveis de licenciamento ambiental, a Lei Complementar no se

    mostrou como mecanismo efetivo a evitar as disputas judiciais e conflitos na

    definio da autoridade competente.

    De fato, o aumento considervel de aes civis pblicas suspendendo

    importantes obras no mbito nacional, como, por exemplo, os empreendimentos

    hidreltricos no Rio Tapajs (Usina de Belo Monte e Usina de So Luiz do Tapajs),

    deflagra a insegurana jurdica que ainda permeia o licenciamento ambiental no

    Brasil.

    Crticos mais combativos, inclusive, alegam que a Lei Complementar n

    140/2011 esvaziou as competncias fiscalizatrias e sancionatrias do Ibama e no

    definiu, com clareza, os limites da cooperao entre os entes federativos.

    Nesse contexto, e em um momento fortemente marcado pelas novas

    concesses de infraestrutura do governo federal, o Decreto Federal n 8.437/2015

    surge com o objetivo de suprir as omisses da Lei Complementar, esclarecendo os

    limites de atuao da Unio.

    Segundo o mencionado Decreto Federal, passa a ser de competncia da

    Unio o licenciamento ambiental dos seguintes empreendimentos ou atividades,

    observados certos limites de volume de carga ou capacidade instalada: rodovias,

    ferrovias e hidrovias federais; portos organizados; terminais de uso privado e

    instalaes porturias; explorao e produo de petrleo, gs natural e outros

    hidrocarbonetos fluidos em hipteses especficas; e sistemas de gerao e

    transmisso de energia eltrica (usinas hidreltricas, termeltricas e elicas, no caso

    de empreendimentos e atividades offshore e zona de transio terra-mar).

    Nota-se, portanto, que o Decreto Federal buscou definir de forma objetiva e

    clara as caractersticas dos empreendimentos e atividades cuja competncia para o

    licenciamento pode ficar a cargo do Ibama.

  • 53

    No entanto, importante destacar que o Decreto Federal n 8.437/2015 no

    pe fim s lacunas relacionadas aos limites de cooperao entre os entes

    federativos. Por certo, o aumento significativo dos conflitos relacionados a duplas

    autuaes dos agentes pblicos ainda carece de regulamentao pelo poder

    pblico, e demonstra a instabilidade, que ainda permeia a titularidade da fiscalizao

    ambiental.

    Dessa forma, apesar de no pr fim a todas as divergncias de interpretao

    da Lei Complementar n 140/2011, a promulgao do Decreto Federal certamente

    auxiliar na definio da competncia da Unio no licenciamento ambiental, j que

    no s pe fim a inmeros conflitos de competncia, como traz mais segurana

    jurdica aos empreendedores com apetite para investir em grandes obras de

    infraestrutura no Brasil.

    Tal se deu mediante a edio do Decreto n. 8.437/2015, que, apesar de no

    excluir as hipteses j lanadas na LC 140/11, especificou a competncia

    administrativa da Unio para exercer o licenciamento ambiental em relao a alguns

    empreendimentos e/ou atividades especficos, quais sejam, em sntese:

    Rodovias federais (no caso de implantao, pavimentao, ampliao

    de capacidade com extenso igual ou superior a duzentos

    quilmetros, regularizao ambiental de rodovias pavimentadas e

    atividades de manuteno, conservao, recuperao, restaurao e

    melhoramento em rodovias federais regularizadas);

    Ferrovias federais (nos casos de implantao, ampliao e

    regularizao ambiental);

    Hidrovias federais (nos casos de implantao e ampliao);

    Portos organizados, cuja carga em volume seja superior a 450.000

    TEU/ano ou a 15.000.000 t/ano;

    Terminais de uso privado e instalaes porturias que movimentem

    carga em volume superior a 450.000 TEU/ano ou a 15.000.000 t/ano;

    Explorao e produo de petrleo, gs natural e outros

    hidrocarbonetos fluidos;

    Sistemas de gerao e transmisso de energia eltrica (usinas

    hidreltricas; usinas termeltricas; e usinas elicas).

  • 54

    6 ACORDOS E TRATADOS INTERNACIONAIS NA HIDROVIA

    Nos dias atuais a busca pela integrao no Mercosul impulsiona as

    negociaes em torno da criao da Hidrovia do Paraguai.

    No obstante, houve aprofundamento e institucionalizao dos esforos para

    a construo da Hidrovia. Para compreender adequadamente a situao atual,

    possvel seguir um breve percurso das tentativas de viabilizao da Hidrovia

    Paraguai-Paran, especialmente a partir da entrada em vigor do Acordo de

    Transporte Fluvial, com o Decreto 2.716, de 10 de agosto de 1998.

    Este acordo tem como objetivos a facilitao e manuteno das condies

    de segurana do trfego, bem como o incremento da competitividade, em condies

    no discriminatrias. Para tanto, foram firmados alguns protocolos, os quais tratam

    de segurana, cessao da bandeira e aduana, entre outros temas.

    Para o cumprimento das finalid