89
Faculdade Adventista de Teologia Centro Universitário Adventista de São Paulo – Campus 2 UMA ANÁLISE DAS TAXAS DE CRESCIMENTO E MARCAS DE QUALIDADE DA IASD CENTRAL DE CAMPINAS SEGUNDO A PROPOSTA DE CHRISTIAN A. SCHWARZ Monografia Apresentada em Cumprimento Parcial dos Requisitos para o Título de Bacharel em Teologia Por Krysthyann Zeferino e Predrag Cvikic Novembro, 2008

Estudo Em Crescimento de Igreja

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Esta monografia apresenta uma análise das taxas de crescimento e das marcas de qualidades da IASD central de Campinas, segundo a proposta de Christian A. Schwarz.

Citation preview

Page 1: Estudo Em Crescimento de Igreja

Faculdade Adventista de Teologia

Centro Universitário Adventista de São Paulo – Campus 2

UMA ANÁLISE DAS TAXAS DE CRESCIMENTO E MARCAS

DE QUALIDADE DA IASD CENTRAL DE CAMPINAS SEGUNDO A

PROPOSTA DE CHRISTIAN A. SCHWARZ

Monografia

Apresentada em Cumprimento Parcial

dos Requisitos para o Título de

Bacharel em Teologia

Por

Krysthyann Zeferino

e

Predrag Cvikic

Novembro, 2008

Page 2: Estudo Em Crescimento de Igreja

ii

HOMENAGEM

Dedica-se este estudo à Igreja Central de Campinas, pelos seus 70 anos de

existência no cumprimento da comissão dada por Jesus: “ide, portanto, fazei discípulos

de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do filho, e do Espírito Santo;

Ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco

por todos os dias até a consumação do século.” Mateus 28:18-20.

Os autores

Page 3: Estudo Em Crescimento de Igreja

iii

SUMÁRIO

Capítulo

1. INTRODUÇÃO

Dados Gerais da Igreja .................................................................................2 Definição do Problema .................................................................................2 Propósito do Estudo .....................................................................................2 Delimitação do Estudo .................................................................................3 Metodologia .................................................................................................3 Sumário dos Capítulos .................................................................................3

2. O PERFIL DA AMOSTRAGEM E SUA ANÁLISE ........................................5

Gênero ..........................................................................................................5 Faixa Etária ..................................................................................................5 Tempo de Batismo .......................................................................................5 Tempo na Igreja Local .................................................................................6 Envolvimento nas Atividades da Igreja .......................................................6 Relevância da Congregação Local na Vida do Entrevistado .......................8 Envolvimento Espiritual ...............................................................................9 Relacionamento com Outros Membros ......................................................13 Relacionamento com o Pastor ....................................................................14

3. DESCRIÇÃO DAS MARCAS DE QUALIDADE...........................................16

Liderança Capacitadora ..............................................................................16 Ministérios Orientados Pelos Dons ............................................................19 Espiritualidade Contagiante .......................................................................21 Estruturas Funcionais .................................................................................21 Culto Inspirador ..........................................................................................22 Grupos Familiares ......................................................................................24 Evangelização Orientada para as Necessidades .........................................26 Relacionamentos Marcados Pelo Amor Fraternal ......................................26

4. APLICAÇÃO DO FATOR MÍNIMO ...............................................................29

Princípio do Fator Mínimo .........................................................................29 Aplicação do Princípio ...............................................................................30

5. ANÁLISE DAS TAXAS DE CRESCIMENTO ...............................................34

Fórmula para Calcular as Taxas de Crescimento .......................................34

Page 4: Estudo Em Crescimento de Igreja

iv

Cálculo das Taxas de Crescimento .............................................................34 Formas de Crescimento ..............................................................................37

6. SUGESTÕES À IGREJA ..................................................................................39

7. CONCLUSÃO...................................................................................................44

ANEXOS ...........................................................................................................................46 Anexo 1 – Gráficos ...............................................................................................46 BIBLIOGRAFIA GERAL .................................................................................................85

Page 5: Estudo Em Crescimento de Igreja

CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

A partir de 1955, com a intensificação do interesse pelo estudo de crescimento de

igreja, muitas técnicas têm sido formuladas e muitos e livros escritos sobre este tema.

Não há duvidas que de este tipo de estudo seja importante para a igreja. Contudo, visando

o apenas crescimento numérico da igreja, muitos equívocos são cometidos pela adoção

unicamente de modelos de sucesso indiscriminados e não de princípios de crescimento de

igreja.

Este estudo não irá propor “modelos de crescimento” para a igreja em questão,

mas analisará o seu potencial natural de crescimento. As bases deste estudo estão nos

trabalhos de Christian Schwarz. Este autor sustenta que a igreja possui um potencial

natural de crescimento, cabendo ao homem remover os fatores que impedem seu

desenvolvimento.

Schwarz detectou oito características comuns nas igrejas saudáveis. O

desenvolvimento destas características está intimamente relacionado com o crescimento

de uma igreja. São elas: liderança capacitadora, ministérios orientados pelos dons,

espiritualidade contagiante, estruturas funcionais, culto inspirador, grupos familiares,

evangelização orientada para as necessidades e relacionamentos marcados pelo amor

fraternal.

Page 6: Estudo Em Crescimento de Igreja

2

As taxas de crescimento da Igreja Central de Campinas também serão

apresentadas neste estudo. Para cada ano do período de 2001 a 2007, será apresentada a

taxa de crescimento, ou não, e a forma de crescimento que mais se destacou no período.

Dados da igreja

A Igreja Central de Campinas foi fundada em 1938. Hoje conta com 1087

membros e esta localizada à Rua Joaquim Novaes, 42, no bairro Cambuí. Atualmente é

liderada pelos pastores Hélio Coutinho da Costa e Delmar Reis.

Definição do problema

A IASD Central de Campinas está completando 70 anos em 2008. No decorrer

destes anos tem buscado cumprir a missão e propósito recebidos de Deus, na comunidade

em que está inserida. Contudo, faz-se uma pausa em todos estes anos de história, para

uma breve avaliação, questionando: está a igreja cumprindo o propósito para o qual foi

estabelecida? Está ela crescendo de forma saudável? Se esta, quais são as taxas de

crescimento? Quais as formas de crescimento que mais se destacam? Com base na

literatura de Schwarz, questiona-se: quais as marcas de qualidade mais fortes? Possui ela

algum ponto vulnerável? Para buscar possíveis respostas para estes questionamentos o

presente estudo foi formulado.

Propósito do estudo

1. Identificar a presença das oito marcas de qualidade na IASD

Central de Campinas, conforme a proposta de Schwarz;

Page 7: Estudo Em Crescimento de Igreja

3

2. Calcular as taxas de crescimento anuais do período de 2001 a 2007,

identificando o fator que mais tem contribuído para o crescimento, ou não, desta

igreja;

3. Propor, a partir da análise dos dados colhidos e do material

estudado e produzido, sugestões plausíveis que contribuam com o

desenvolvimento e crescimento da igreja.

Delimitação do estudo

Foram aplicados 98 questionários em um universo de 1087 membros na IASD

Central de Campinas. Então, buscou-se traçar um perfil geral dos entrevistados e detectar

sua percepção em relação às marcas de qualidade. As taxas de crescimento foram

calculadas a partir dos dados fornecidos pela secretaria da igreja ao campo local.

Metodologia

Questionários contendo perguntas variadas1 foram respondidos por 98 membros

da IASD Central de Campinas. As respostas coletadas foram tabuladas e tratadas

estatisticamente para expressarem valor científico. O método dedutivo norteará os

pressupostos de análise desta pesquisa.

Sumário dos capítulos

Toda a pesquisa esta dividida em seis capítulos. O primeiro corresponde a

introdução, propósito da pesquisa, definição do problema, delimitação do estudo e

metodologia.

1 As perguntas iniciais traçam o perfil do entrevistado, enquanto que as demais revelam sua percepção a respeito das mais diversas áreas da igreja e suas programações.

Page 8: Estudo Em Crescimento de Igreja

4

O capítulo 2 responderá basicamente a pergunta: quem são estes que responderam

a pesquisa? Desta forma, neste capítulo, será apresentado o perfil dos entrevistados e sua

análise. Neste segundo capítulo já é possível notar diversas informações importantes para

o crescimento da igreja, que resultaram da análise de um gráfico ou outro.

O capítulo 3 reunirá as perguntas do questionário que estão relacionadas com a

proposta de crescimento de igreja de Schwarz. As respostas dadas a essas perguntas

fornecerão bases para calcular a média de cada uma das marcas oito de qualidade.

O capítulo 4 aplicará o princípio do fator mínimo às marcas de qualidade

detectadas no capítulo anterior.

Já o capítulo 5 apresentará o cálculo das taxas de crescimento dentro do período

de 2001 a 2007 e a forma de crescimento que mais se destacou.

O capítulo 6 trará sugestões à Igreja Central de Campinas. Estas sugestões são

resultado da análise detalhada dos gráficos produzidos e do material estudado.

Page 9: Estudo Em Crescimento de Igreja

5

CAPÍTULO 2

O PERFIL DOS ENTREVISTADOS E SUA ANÁLISE

Este capítulo fará a descrição do perfil dos entrevistados contendo: gênero, faixa

etária, tempo de batismo, tempo na igreja local, envolvimento nas atividades da igreja,

relevância da congregação local na vida do entrevistado, seu relacionamento com outros

membros e também com o pastor. Após descrevê-los, uma análise detalhada será

apresentada para traçar o perfil mais específico e apropriado para uma resposta ou outra.

Gênero

Dos 94 questionários, 62% foram respondidos por mulheres e 38% por homens

(ver gráfico 1).

Faixa etária

Os entrevistados estão divididos em cinco classificações: de 14 a 20 anos (12%),

de 21 a 25anos (16%), de 26 a 30 anos (12%), de 31 a 35 anos (7%) e mais que 35 anos

(47%). Apenas 6% dos entrevistados não responderam a esta pergunta (ver gráfico 2).

Assim como o tópico acima, este aspecto foi delimitado na elaboração da

pesquisa.

Tempo de batismo

Para a pergunta “há quantos anos é membro da Igreja Adventista do Sétimo dia?”,

10% dos entrevistados responderam que são membros a “menos de 2 anos”, 12%

Page 10: Estudo Em Crescimento de Igreja

6

responderam “entre 2 a 5 anos”, 3% responderam “entre 5 a 7 anos”, 20% responderam

“entre 7 a 12 anos” e 48% responderam que são membros “a mais de 12 anos”. Apenas

3% dos que responderam não são membros batizados e outros 3% não responderam a esta

pergunta (ver gráfico 3).

Tempo na congregação local

Quanto ao tempo de filiação à igreja local, 10% dos entrevistados responderam

que freqüentam a “menos de 2 anos”, 12% responderam “entre 2 a 5 anos”, 3%

responderam “entre 5 a 7 anos”, 21% responderam “entre 7 a 12 anos” e 48%

responderam que são membros da igreja local a “mais de 12 anos”. Outros 3%

responderam “ainda quero ser batizado e me unir a esta congregação” e apenas 3% não

responderam a esta pergunta (ver gráfico 4).

Quase que 70% dos entrevistados freqüentam a congregação local a mais de 7

anos. Esta vivência da grande maioria na igreja local, tornará os resultados da pesquisa

mais significativos, haja visto que a realidade da igreja já lhes é bem conhecida.

Envolvimento nas atividades da igreja

Para a pergunta “está envolvido em alguma atividade da igreja?”, 23%

responderam “sim, com cargo”, 17% responderam “sim, auxiliando ativamente um ou

mais departamentos da congregação local”, 42% responderam que “ajudam apenas

quando solicitado” e 18% responderam “gosto apenas de assistir” (ver gráfico 5).

Neste item, dois grupos merecem atenção especial: os 42% que “ajudam apenas

quando solicitado” e os 18% que “gostam apenas de assistir”. Ao cruzarem-se as

informações coletadas, pode-se chegar ao seguinte perfil destes 42% que “ajudam apenas

Page 11: Estudo Em Crescimento de Igreja

7

quando solicitado”: 68% são mulheres e 32% homens (ver gráfico 5.1a), 42% tem mais

de 35 anos (ver gráfico 5.1b), 53% tem mais de 12 anos de batismo (ver gráfico 5.1c),

53% tem mais de 12 anos na igreja local (ver gráfico 5.1d), 11% responderam que não

tem amigos e 60% tem menos de dez amigos (ver gráfico 5.1h) e apenas 25% assinalaram

um relacionamento distante com o pastor (ver gráfico 5.1i).

Ainda em referência a estes 42% dos entrevistados que “ajudam apenas quando

solicitado”, nota-se curiosamente que 57% têm um bom nível de envolvimento espiritual2

(ver gráfico 5.1g). A pergunta é por que estes 57% que apresentam bom nível de

relacionamento espiritual optaram por “ajudo apenas quando solicitado” e não pela

resposta “sim, auxiliando ativamente um ou mais departamentos da congregação local”,

que é mais condizente com seu perfil espiritual? Se não gostassem de participar, eles

teriam optado pela opção “gosto apenas de assistir”, mas não, preferiram optar por uma

resposta intermediária. Além do mais, dos 42% iniciais, 69% consideram a igreja local

relevante para a sua vida (ver gráfico 5.1f). Portanto, quanto a estes 42%, pode-se inferir

que ou não compreenderam que o envolvimento nas atividades da igreja está relacionado

com o envolvimento espiritual, ou não estavam engajados completamente em uma

atividade da igreja quando responderam a pesquisa. Se estivessem teriam optado pela

resposta “sim, auxiliando ativamente um ou mais departamentos da congregação local”.

Já os 18% que “gostam apenas de assistir” podem ser descritos da seguinte forma:

63% são mulheres e 37% são homens (ver gráfico 5.2a), 57% estão a mais de 7 anos na

igreja local (ver gráfico 5.2d) e 33% participam apenas aos sábados (ver gráfico 5.2g),

55% possuem no máximo 5 amigos (ver gráfico 5.2h). As faixas etárias mais assinaladas

2 Chega-se a este resultado somando as respostas positivas do gráfico 5.1g, são elas: “Religião faz parte de tudo na minha vida”, “quanto mais me envolvo mais tenho prazer” e “faço minha devoção regularmente”.

Page 12: Estudo Em Crescimento de Igreja

8

foram a de jovens entre 14 a 20 anos, com 37%, e adultos acima de 35 anos com outros

31% (ver gráfico 5.2b), exatamente os grupos dos extremos etários. Pode-se deduzir que

enquanto esta fatia jovem (de 14 a 20 anos) não foi iniciada nas atividades da igreja a

outra acima dos 35 foi, de alguma forma, esquecida.

Relevância da congregação local na vida do entrevistado

O item “relevância da congregação local em minha vida” possuía cinco opções

que foram assinaladas nas seguintes porcentagens: “vejo exemplos de vida que quero

seguir” (16%), “todas as reuniões e atividades me ajudam a crescer em minhas

descobertas de Deus” (57%), “as atividades da igreja pouco me ajudam em meu

desenvolvimento espiritual” (6%), “acho os sermões superficiais, não são relevantes para

o meu desenvolvimento espiritual” (2%) e “há algumas atividades boas que me

interessam” (19%), veja o gráfico 6.

Destacam-se neste item dois grupos, 6% que responderam que “as atividades da

igreja pouco me ajudam em meu desenvolvimento espiritual” e os 19% que acreditam

que “há algumas atividades boas que me interessam”. O primeiro grupo pode ser descrito

da seguinte forma: 83% são homens e 17% mulheres (ver gráfico 6.1a), curiosamente

50% tem entre 14 a 20 anos (ver gráfico 6.1b), 33% tem menos de 2 anos de batismo e

outros 33% tem mais de 12 anos de batismo (ver gráfico 6.1c), 33% estão a menos de 2

anos na igreja local e outros 33% estão a mais de 12 anos na igreja local (ver gráfico

6.1d). Intrigantemente, 33% são líderes da igreja em algum ministério (ver gráfico 6.1e),

50% tem no máximo 2 amigos e outros 33% entre 3 a 5 amigos (ver gráfico 6.1h). É

correto afirmar que o baixo nível de relacionamento com outros membros é uma

Page 13: Estudo Em Crescimento de Igreja

9

característica forte destes 6% que responderam “as atividades da igreja pouco me ajudam

em meu desenvolvimento espiritual”.

No segundo grupo estão os 19% que acreditam que “há algumas atividades boas

que me interessam”. Eles podem ser caracterizados da seguinte forma: 70% mulheres e

30% homens (ver gráfico 6.2a), 40% maior que 35 anos contra 50% com entre 14 a 30

anos de idade (ver gráfico 6.2b), 55% possui mais de 12 anos de batismo (ver gráfico

6.2c), 55% com mais de 12 anos na igreja local (ver gráfico 6.2d), 30% tem de 3 a 5

amigos (ver gráfico 6.2h), e no geral, possuem bom envolvimento espiritual e bom

desenvolvimento nas atividades da igreja (ver os gráficos 6.2e; 6.2g). Neste perfil não há

nenhum traço marcante, senão que a grande maioria são mulheres e que mais da metade

possuem mais 12 anos, tanto de batismo quanto na igreja local. Fora isto, não há como

indicar um aspecto que justifique a resposta selecionada. Isto pode indicar que estes 19%

são bem seletivos nas programações da igreja que participam, ou que poucas

programações estão direcionadas para este público.

Envolvimento espiritual

Quanto ao “envolvimento espiritual” dos entrevistados, 22% responderam “as

coisas de Deus e sua igreja fazem parte de cada momento da minha vida”, 17%

classificaram-se como do “tipo de membro que vem aos sábados para a igreja e não se

envolve muito mais”, 3% responderam “gosto mais de me relacionar com Deus em minha

casa do que na igreja”, 28% responderam “percebo que quanto mais me envolvo na igreja

mais tenho prazer nas coisas de Deus”, 11% responderam “sinto a igreja parada, gostaria

de mais ação, então me envolveria mais”, 16% responderam “faço regularmente a minha

Page 14: Estudo Em Crescimento de Igreja

10

devoção em casa e quero crescer espiritualmente” e apenas 3% assinalaram “gostaria de

participar, mas percebo que não há espaço para mim” (ver gráfico 7).

Nos parágrafos seguintes serão analisadas as seguintes respostas: “as coisas de

Deus e sua igreja fazem parte de cada momento da minha vida” (22%), “sou do tipo de

membro que vem aos sábados para a igreja e não se envolve muito mais” (17%),

“percebo que quanto mais me envolvo na igreja mais tenho prazer nas coisas de Deus”

(28%), e “sinto a igreja parada, gostaria de mais ação, então me envolveria mais” (11%).

Envolvimento espiritual é um dos pontos mais importantes na vida de uma igreja

e seus membros. As respostas colhidas mostram que para apenas 22% dos entrevistados

as coisas de Deus e sua igreja são extremamente importantes. Deste grupo citado acima,

36% assinalaram uma segunda opção, o que torna sua análise um pouco mais sutil (ver

gráfico 7a ). Contudo o perfil destes que responderam que as coisas de Deus e sua igreja

são extremamente importantes pode ser traçado da seguinte forma3: 56% são mulheres e

44% são homens (ver gráfico 7.2a), 59% tem mais de 35 anos (ver gráfico 7.2b), 70%

possuem mais de 7 anos de batismo (ver gráfico 7.2c), outros 70% estão a mais de 7 anos

na igreja local (ver gráfico 7.2d), 96% estão envolvidos, com ou sem cargo, nas

atividades da igreja (ver gráfico 7.2e), 81% responderam que a congregação é altamente

relevante para sua vida (ver gráfico 7.2f), 48% possuem mais de 10 amigos e 59%

possuem mais de 6 amigos (ver gráfico 7.2h), e 70% assinalaram um bom relacionamento

com o pastor da igreja (ver gráfico 7.2i).

Este perfil descrito acima parece ser o melhor encontrado até então nesta

pesquisa. Não se pode definir se as características descritas acima são as causas ou

3 Deve-se ter em mente que estas características correspondem a 64% daqueles que responderam que “as coisas de Deus e sua igreja fazem parte de cada momento de minha vida.

Page 15: Estudo Em Crescimento de Igreja

11

conseqüências da opção assinalada pelos entrevistados (“as coisas de Deus e sua igreja

fazem parte de cada momento da minha vida”), mas pode-se afirmar com absoluta certeza

que existe uma forte relação entre “envolvimento espiritual” e “bons relacionamentos”,

tanto com outros membros como com o pastor, “envolvimento espiritual” e

“envolvimento nas atividades da igreja”. Também existe forte relação entre os aspectos

“envolvimento espiritual” e “relevância da congregação na vida do membro”.

Partido para a análise do segundo grupo, os 17% que se classificaram como do

“tipo de membro que vem aos sábados para a igreja e não se envolve muito mais”, pode-

se dizer que 75% são mulheres e 25% homens (ver gráfico 7.3a), 55% tem mais de 35

anos (ver gráfico 7.3b), 65% tem mais de 7 anos de batismo (ver gráfico 7.3c), outros

65% possuem mais de 7 anos na igreja local (ver gráfico 7.3d), 30% gostam apenas de

assistir e 60% participam apenas quando lhes é solicitado. Apenas 10% participam com

algum cargo (ver gráfico 7.3e). Curiosamente, 79% responderam que a congregação tem

relevância na sua vida (ver gráfico 7.3f), 70% responderam que possuem menos de 5

amigos na igreja (ver gráfico 7.3h) e 45% classificaram seu relacionamento com o pastor

como superficial (ver gráfico 7.3i).

Algumas observações podem ser feitas a respeito do grupo descrito acima. Em

primeiro lugar, o gráfico 7.3d mostra que existe uma relação progressiva entre tempo de

igreja e envolvimento espiritual. À medida que o tempo passa, sem que haja uma

identificação real com a igreja e suas atividades, a porcentagem dos que se envolvem

pouco aumenta consideravelmente. Em segundo lugar, cerca de 90% destes que vêm

apenas aos sábados não possuem cargo, e a opção “sim, participo ativamente auxiliando

um ou mais departamentos da congregação local” não atingiu nem 1% sequer. Em

Page 16: Estudo Em Crescimento de Igreja

12

terceiro lugar, os que têm baixa interação com a igreja se relacionam menos como outros

membros4. Além do mais, 45% deste grupo considera seu relacionamento com o pastor

superficial. Em último lugar, mesmo apresentando um nível baixíssimo de compromisso

com a igreja, estes que participam apenas aos sábados e se envolvem pouco, responderam

que a igreja é relevante em suas vidas.

Contudo, uma desarmonia notável entre discurso e realidade, pode ser observada

quando os gráficos 7.3f e 7.3e são vistos simultaneamente. Enquanto o primeiro mostra

que a igreja é relevante na vida dos que vêm apenas aos sábados e se envolvem pouco, o

segundo mostra que 90% deste mesmo grupo não se envolvem nas atividades da igreja.

Mais dois grupos de respostas do item “envolvimento espiritual” ainda precisam

se analisados. O primeiro é os 28% que responderam “percebo que quanto mais me

envolvo na igreja mais tenho prazer nas coisas de Deus”. Este grupo pode ser

caracterizado da seguinte forma: 65% são mulheres e 35% são homens (ver gráfico 7.4a),

50% têm entre 14 a 30 anos e 50% acima de 30 anos de idades (ver gráfico 7.4b), 47%

com mais de 12 anos de batismo (ver gráfico 7.4c), 47% com até 12 anos na igreja local e

outros 47% com mais de 12 anos na igreja (ver gráfico 7.4d), 58% participam ativamente

e outros 30% apenas quando lhes é solicitado (ver gráfico 7.4e), 90% responderam que a

igreja possui alta relevância em sua vida (ver gráfico 7.4f), 47% possuem mais de 6

amigos na igreja (ver gráfico 7.4h) e 74% responderam ter um bom relacionamento com

o pastor da igreja.

Este grupo de entrevistados que responderam “percebo que quanto mais me

envolvo na igreja mais tenho prazer nas coisas de Deus”, parece estar passando por uma

fase de amadurecimento espiritual. Estão descobrindo que há satisfação no envolvimento 4 Especialmente aqueles que participam apenas aos sábados.

Page 17: Estudo Em Crescimento de Igreja

13

com a igreja e suas atividades. O grau de relevância da igreja na vida deste grupo é

altíssimo. Eles apresentam uma porcentagem boa de relacionamento tanto com o pastor

como com outros membros e mais da metade está participando “ativamente” nas

atividades da igreja.

Relacionamento com outros membros

Diante da afirmação “eu tenho bons amigos na igreja em quem eu confio e me

abro quando preciso”, 7% se posicionaram contra assinalando “não tenho amigos aqui na

igreja”, 19% afirmaram que possuem “entre 1 e 2 amigos”, 29% afirmaram que possuem

“entre 3 a 5 amigos”, 14% afirmaram que possuem “entre 6 a 10 amigos” e 28% disseram

que possuem “mais de 10 amigos”. Apenas 3% não responderam a esta pergunta (ver

gráfico 8).

A análise dos 28% que assinalaram ter mais de 10 amigos na igreja local é a

seguinte: foram necessários no mínimo 7 anos de participação na igreja local para que

74% dos entrevistados conseguissem fazer mais de 10 amigos5 (ver gráfico 8.1d). Estes

que possuem um nível alto de relacionamento na igreja não gostam apenas de assistir os

programas e nem mesmo de “adorar em casa” (ver os gráficos 8.1g e 8.1e). Ainda destes,

apenas 6% responderam que o relacionamento com o pastor é distante (ver gráfico 8.1i) e

88% apresentaram um alto nível de envolvimento espiritual (ver gráfico 8.1g). Nota-se

claramente que o “relacionamento” está intimamente ligado com a “relevância da igreja”

na vida do entrevistado e com o seu envolvimento espiritual.

5 Isto possibilita calcular a média aproximada para estabelecer 10 amigos em 7 anos. A média seria 1,4 amigos por ano. A mesma quantidade de amigos num período de 12 anos daria uma média de 0,83 amigos por ano.

Page 18: Estudo Em Crescimento de Igreja

14

Outro grupo que precisa ser analisado é dos 7% que responderam que não

possuem nenhum amigo na igreja. Cerca de 71% são mulheres e 29% homens (ver

gráfico 8.2a), 71% tem mais 31 anos (ver gráfico 8.2b), 86%, tem mais de 5 anos de

batismo (ver gráfico 8.2c), 86% estão a mais de 5 anos na igreja local (ver gráfico 8.2d),

80% participam apenas quando lhes é solicitado e os outros 20% gostam apenas de

assistir (ver gráfico 8.2e), 54% apresentam um envolvimento espiritual baixo (ver gráfico

8.2g) e 83% classificaram seu relacionamento com pastor como superficial ou distante

(ver gráfico 8.2i).

É curioso notar que estes que responderam que não possuem nenhum amigo na

igreja, sejam em grande parte mulheres (71%) e congregam na igreja em estudo a mais de

5 anos (86%), mesmo assim, assinalaram que não possuem amigos. Outro ponto que vale

ser ressaltado é o envolvimento destes 7% nas atividades da igreja. O gráfico 8.2e mostra

que nenhum deles possui algum cargo ou posição de liderança na igreja.

Relacionamento com o pastor

Quando foram questionados a respeito do seu relacionamento com o pastor, 18%

responderam “distante, nunca conversamos”, 19% responderam “trato só de assuntos da

igreja com ele”, 26% responderam “sinto que ele é meu amigo e me trata assim”, 10%

responderam “já me ajudou ou me apresentou para quem pudesse me ajudar em

problemas reais em minha vida” e 27%, a opção mais assinalada, responderam “ele é

legal e se importa comigo” (ver gráfico 9).

Somando as porcentagens das respostas positivas, pode-se chegar a 63% entre os

que mantêm um bom relacionamento com o pastor da igreja. Nota-se que o

relacionamento com o pastor está intimamente ligado com a participação nas atividades

Page 19: Estudo Em Crescimento de Igreja

15

da igreja e o envolvimento espiritual do membro. Membros que participam apenas aos

sábados mantêm um relacionamento mais distante ou superficial com o pastor da igreja

(ver gráfico 8.1i)

Este capítulo tratou de descrever o perfil da amostragem nos seus mais variados

aspectos. Cada um dos itens possuía outras inúmeras análises para serem consideradas,

mas que pelo objetivo desta pesquisa, foram suprimidas. O próximo capítulo apresentará

as marcas de qualidade da IASD Central de Campinas.

Page 20: Estudo Em Crescimento de Igreja

16

CAPÍTULO 3

DESCRIÇÃO DAS MARCAS DE QUALIDADE

De acordo com a pesquisa de Christian A. Schwarz6, existem oito princípios de

crescimento que podem ser aplicados em igrejas de qualquer cultura, direção teológica ou

denominacional 7. São eles: liderança capacitadora, ministérios orientados pelos dons,

espiritualidade contagiante, estruturas funcionais, culto inspirador, grupos familiares,

evangelização orientada para as necessidades e relacionamentos marcados pelo amor

fraternal.

Este capítulo irá agrupar as respostas coletadas dentro dos princípios de

crescimento de Schwarz. As respostas do questionário que se relacionam com um

princípio de crescimento serão agrupadas e logo em seguida analisadas. As respostas

mais significativas de cada marca de qualidade receberão análise mais detalhada.

Portanto, este capítulo buscará detectar a presença destas oito marcas de qualidade na

IASD Central de Campinas.

Liderança capacitadora

Ter uma liderança forte e comprometida é muito importante, mas o essencial é

que ela seja capacitadora. Ao invés de tentar realizar a maior parte do trabalho, os líderes

6 Sua pesquisa foi respondida por 1000 igrejas (de diversos tamanhos, igrejas que crescem e que estão em declínio, igrejas carismáticas e não carismáticas, bem conhecidas e não conhecidas) em 32 países dos 5 continentes. Parece ser a pesquisa mais abrangente já realizada na área decrescimento de igreja. 7 Christian A. Schwarz, O Desenvolvimento Natural da Igreja. (Curitiba, PR: Editora Evangélica Esperança, 2003), 19.

Page 21: Estudo Em Crescimento de Igreja

17

devem investir seu tempo em discipulado, delegação e multiplicação, desta forma, a

energia investida pode-se multiplicar quase infinitamente.8

Referindo-se ao trabalho do pastor, Ellen G. White sugere que ele deve não buscar

tanto, a princípio, converter os incrédulos, mas exercitar os membros da igreja para

prestarem cooperação proveitosa. Para ela, o pastor deve trabalhar com os membros

individualmente, tentando despertá-los para buscarem eles próprios uma experiência mais

profunda, e trabalharem por outros.9 É desta forma, através de uma liderança

capacitadora, que concentra seus esforços em capacitar outros para o ministério, que

pode-se multiplicar os esforços evangelísticos de uma igreja.

Para a pergunta “nossos líderes se envolvem com a igreja e capacitam os

membros a servirem melhor?”, 10% responderam “perfeitamente”, 23% responderam

“muito bem”, 29% responderam “bem”, 27% responderam “pouco”, 6% responderam

“bem pouco” e apenas 5% dos entrevistados não responderam esta pergunta (ver o

gráfico 9).

Dos que responderam “perfeitamente”, 40% exercem liderança em alguma

atividade da igreja, possuem cargo ou função. Outros 30% também participam auxiliando

um ou mais departamentos da congregação local (ver o gráfico 10). Ou seja, a grande

maioria que respondeu que a liderança é “perfeitamente” capacitadora são líderes da

própria igreja.

Por outro lado, dos que responderam que a liderança é “pouco” e “bem pouco”,

capacitadora (total de 33%), apenas 20% exercem liderança em alguma atividade da

igreja, outros 21% participam auxiliando um ou mais departamentos da congregação

8 Schwarz, O Desenvolvimento Natural da Igreja, 23. 9 Ellen G. White. Evangelismo (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira), 111 e 112.

Page 22: Estudo Em Crescimento de Igreja

18

local, mas a grande maioria, cerca de 41% participam apenas quando lhe é solicitado (ver

o gráfico 11).

Uma liderança capacitadora repartirá com o restante do grupo os planos e alvos

que deverão ser alcançados. Para a pergunta “em nossa congregação todos sabem

exatamente os planos e alvos que queremos alcançar?”, 7% responderam

“perfeitamente”10, 14% responderam “muito bem, 30% responderam “bem”, 35%

responderam “pouco”, 6% responderam “bem pouco” e apenas 8% não responderam esta

pergunta (ver o gráfico 11). Somando-se as respostas positivas11 , pode-se dizer que na

percepção de 51% dos entrevistados “todos sabem exatamente os planos e alvos a serem

alcançados”.Contudo, na percepção de 41% dos entrevistados, nem “todos sabem

exatamente os planos e alvos a serem alcançados” pela igreja.

Uma liderança capacitadora manterá clara a missão e o propósito diante da sua

equipe de trabalho. Para a pergunta “nossa igreja tem idéia clara de sua missão e

propósito, e está entusiasmada com o futuro?”, 19% responderam “perfeitamente”, 14%

responderam “muito bem”, 36% responderam “bem”, 18% responderam “pouco” e 9%

responderam “bem pouco” (ver o gráfico 12). Agrupando as porcentagens das respostas

positivas chega-se a total de 69%, que de uma forma ou outra acreditam que a “igreja tem

uma idéia clara de sua missão e propósito, e está entusiasmada com o futuro”. Por outro

lado, 26% assinalaram que a “igreja parece não ter uma idéia clara de sua missão e

propósito, e não está tão entusiasmada com o futuro”.

10 Dos 7% que responderam “perfeitamente”, 43% participam apenas quando lhes é solicitado, 29% exercem algum tipo de liderança ou cargo, 14% participam ativamente sem cargo e 14% gostam apenas de assistir (ver o gráfico 11.1a). 11 As respostas positivas são “perfeitamente”. “muito bom” e “bem”.

Page 23: Estudo Em Crescimento de Igreja

19

Foi perguntado aos entrevistados quanto à facilidade ou dificuldade de se

encontrar novos líderes para as atividades da igreja. Quanto a isto, 14% dos entrevistados

responderam “não temos nenhum problema para que as pessoas aceitem posições de

liderança em trabalhos voluntários”, 58% responderam que “recrutar líderes voluntários é

um desafio constante, mas nós temos encontrado pessoas dispostas suficientes”, e 21%

responderam “não conseguimos encontrar pessoas suficientes que estejam dispostas a

servir” (ver o gráfico 14).

Fazendo-se um balanço comparativo das respostas colhidas pode-se afirmar que

na percepção de 33% dos entrevistados a liderança é “perfeitamente” ou “muito bem”

capacitadora, enquanto que para outros 33% a liderança da igreja é “pouco” ou “bem

pouco” capacitadora. Quanto aos planos e alvos a serem alcançados, 21% dos

entrevistados responderam que os membros sabem “perfeitamente” ou “muito bem” quais

são os alvos a serem alcançados. Contudo, na percepção de 41% dos entrevistados, os

membros sabem “pouco” ou “bem pouco” quais são os alvos a serem alcançados. Por

fim, quanto ao propósito e missão da igreja, 33% dos entrevistados responderam que a

igreja está “perfeitamente” ou “muito bem” entusiasmada quanto ao futuro. Em

contrapartida, 27% responderam que a igreja esta “pouco” ou “bem pouco”

entusiasmada quanto ao futuro.

Ministérios orientados pelos dons

Todos os que fazem parte do corpo de Cristo, que é sua igreja, possuem dons

espirituais. A grande questão é que pouquíssimos membros sabem quais são os seus dons

espirituais, e em proporção menor ainda, estão os que usam estes dons em seu ministério.

Page 24: Estudo Em Crescimento de Igreja

20

Desta forma, um grande exército de membros fica a margem da grande missão de “ir,

pregar, ensinar e batizar” outorgada por Deus à Sua igreja.

Um esboço apropriado deste ensinamento bíblico pode ser encontrado na décima

sétima crença fundamental dos Adventistas do Sétimo, que diz:

“Deus concede a todos os membros de Sua igreja, em todas as épocas, dons espirituais que cada membro deve empregar em amoroso ministério para o bem comum da Igreja e da humanidade. Outorgados pela atuação do Espírito Santo, o qual distribui a cada membro como lhe apraz, os dons provêem todas as aptidões e ministérios de que a Igreja necessita para cumprir suas funções divinamente ordenadas. De acordo com as Escrituras, esses dons abrangem tais ministérios como a fé, cura, profecia, proclamação, ensino, administração, reconciliação, compaixão, e serviço abnegado e caridade para ajuda e animação das pessoas. Alguns membros são chamados por Deus e dotados pelo Espírito para funções reconhecidas pela igreja em ministérios pastorais, evangelísticos, apostólicos e de ensino especialmente para habilitar os membros para o serviço, edificar a igreja com vistas à maturidade espiritual e promover a unidade de fé e do conhecimento de Deus. Quando os membros utilizam esses dons espirituais como fiéis despenseiros da multiforme graça de Deus, a Igreja é protegida contra a influência demolidora de falsas doutrinas, tem um crescimento que provém de Deus e é edificada na fé e no amor.” (Romanos12:4-8; I Coríntios 12:9-11, 27 e 28; Efésios 4:8 e 11-16; Atos 6:1-7; I Timóteo 3:1-13; I Pedro 4:10 e 11)12

O princípio dos “ministérios orientados pelos dons” deve estar embasado,

segundo Schwarz , na convicção que Deus determinou quais cristãos vão efetuar melhor

determinados ministérios, desta forma, a medida que os cristãos vivem de acordo com os

seus dons espirituais, eles não trabalham pelas próprias forças, mas o Espírito de Deus

trabalha neles.13

Para a pergunta “os membros conhecem os seus dons espirituais e atuam na igreja

em conformidade com eles?”, apenas 4% dos entrevistados responderam “perfeitamente”,

16% responderam “muito bem”, 43% responderam “bem”, 20% responderam “pouco” e

12 Manual da Igreja (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2006), 14 e 15. 13 Schwartz, 24 e 25.

Page 25: Estudo Em Crescimento de Igreja

21

12% assinalaram “bem pouco”. Apenas 5% dos entrevistados não responderam esta

pergunta (ver gráfico 15).

Somando-se as porcentagens das respostas mais positivas (“perfeitamente” e

“muito bem”) chega-se a um total de 20% de entrevistados que acreditam que os

membros conhecem seus dons e atuam em conformidade com eles. Por outro lado, 32%

responderam que a igreja conhece “pouco” ou “bem pouco” os seus dons e atua em

conformidade com eles.

Espiritualidade contagiante

Esta marca de qualidade pode ser caracterizada pela intensidade com que os

crentes vivem a sua fé. Schwarz detectou que a “paixão espiritual” dos membros é mais

baixa onde existe uma tendência legalista, em menor ou maior grau.14

Diante da pergunta “nossa igreja é espiritualmente forte e vigorosa?”, 3% dos

entrevistados responderam “perfeitamente”, 16% responderam “muito bem”, 38%

responderam “bem”, 28% responderam “pouco” e 12% responderam “bem pouco” (ver o

gráfico 16).

Quando foram questionados se a congregação “ajuda os membros a aprofundar o

seu relacionamento com Deus?”, 12% responderam “perfeitamente”, 20% responderam

“muito bem”, 48% responderam “bem”, 18% responderam “pouco” e 2% responderam

“bem pouco” (ver o gráfico 17).

Estruturas funcionais

Esta marca de qualidade é caracterizada por estruturas que possibilitem a

multiplicação constante do trabalho, também está baseada no princípio da liderança por 14 Ibid, 26.

Page 26: Estudo Em Crescimento de Igreja

22

ministério. Segundo Schwarz, neste princípio, tudo o que não contribui para o objetivo é

adaptado ou removido, isto envolve estilo de liderança, horários e duração do culto,

administração das finanças e muitos outros.15 Em suma, esta marca evita estruturas que

sejam enrijecidas, que dificultem o desenvolvimento natural da igreja.

Quando se perguntou aos entrevistados se “as estruturas e os departamentos da

igreja são funcionais e ajudam a cumprir a missão?”, 15% responderam “perfeitamente”,

29% responderam “muito bem”, 37% responderam “bem”, 13% responderam “pouco” e

2% responderam “bem pouco” (ver o gráfico 18).

Somando-se as respostas positivas “perfeitamente” e “muito bem” chega-se a um

total de 44% de entrevistados que acreditam que as estruturas da igreja são funcionais e

ajudam a cumprir a missão. Por outro lado, apenas 15% responderam que as estruturas da

igreja são “pouco” ou “bem pouco” funcionais no cumprimento da missão. A marca de

qualidade “estruturas funcionais” parece ser, até então, mais superior do que as outras

três analisadas anteriormente.

Culto inspirador

Esta marca de qualidade é caracterizada por um culto em que há a atuação do

Espírito Santo. É caracterizado também por um ambiente agradável e bem arrumado, por

um ministério de recepção atuante, por uma seqüência harmônica das partes e muitos

outros aspectos. Schwarz observa que nas igrejas em que os cultos são celebrados de

forma inspiradora, os cultos por si mesmos atraem as pessoas.16

A pergunta “os programas e atividades da igreja são bem organizados?” foi

respondida da seguinte forma: 18% dos entrevistados responderam “perfeitamente”, 34%

15 Ibid, 28. 16 Ibid, 31.

Page 27: Estudo Em Crescimento de Igreja

23

responderam “muito bem”, 21% responderam “bem”, 16% responderam “pouco” e 9%

responderam “bem pouco”. Apenas 2% não responderam a esta pergunta (ver o gráfico

19).

Para a pergunta “a adoração em nossa igreja é espiritualmente edificante e

inspiradora?”, 23% responderam “perfeitamente”, 32% responderam “muito bem”, 29%

responderam “bem”, 8% responderam “pouco” e 6% responderam “bem pouco” (ver o

gráfico 20).

A maior média de participação dos membros, segunda a percepção dos

entrevistados, é de 676 participantes no culto de sábado pela manhã. No sábado a tarde a

média cai para 129 participantes. No culto de domingo a noite a média é 106

participantes. Já a média de quarta a noite é de 70 participantes, ou seja, apenas 6,43%

dos membros da igreja (ver o gráfico 21).

Quando foram questionados acerca da “similaridade entre os cultos”, 24% dos

entrevistados responderam que os cultos são “muito similares”, 36% responderam “nada

similares” e 23% responderam que os cultos são “pouco similares”. Apenas 17% não

responderam (ver o gráfico 22).

Os temas mais abordados nos sermões, diante da afirmação “sempre”, são: o

“amor de Deus”, “crescimento espiritual”, “conselhos para a vida”e bem abaixo da média

o tema “justiça social”. Diante da afirmação “com frequência” a classificação, do maior

para o menor, fica da seguinte forma: “conselhos para a vida”, “crescimento espiritual” e

“amor de Deus”(ver o gráfico 23).

A música exerce papel fundamental na adoração. Na percepção dos entrevistados,

existem alguns instrumentos que são mais utilizados do que outros. O uso de “piano ou

Page 28: Estudo Em Crescimento de Igreja

24

órgão” foi assinalado como “sempre”. “Guitarras e baixos” são utilizados “bem pouco”.

“Bateria ou percussão”, nunca são utilizadas, e “músicas gravadas” (CD ou DVD) são

utilizadas “com freqüência” na igreja (ver o gráfico 24).

As porcentagens das respostas acima permitem dizer que os programas são bem

organizados, afinal 55% responderam “perfeitamente” e “muito bem”, e que a adoração é

na percepção de 84% dos entrevistados, forte e edificante.

Grupos familiares

Grupos familiares, ou pequenos grupos como é mais conhecido hoje, é um fator

decisivo no crescimento da igreja. Schwarz relaciona a existência e multiplicação de

grupos familiares com a preparação de novos líderes e o exercício dos dons espirituais,

ele diz:

“Grupos familiares são o lugar natural em que cristãos, com os seus dons, aprendem a servir os outros participantes – membros ou não – do grupo. A multiplicação planejada desses pequenos grupos é facilitada pelo fato desses grupos produzirem constantemente novos líderes. No contexto dos grupos familiares acontece aquilo que está por trás do conceito “discipulado”: transferência de vida em vez do estudo de conceitos abstratos. ”17

Para Ellen G. White, a organização da igreja em pequenos grupos é um plano

estabelecido por Deus não apenas para organizar os esforços pelos que estão na igreja,

mas também por aqueles que não receberam o evangelho. Ela diz:

“A formação de pequenos grupos como base de esforço cristão, foi-me apresentada por Aquele que não pode errar. Se há na igreja grande número de membros, convém que se organizem em pequenos grupos a fim de trabalhar, não somente pelos membros da própria igreja, mas também pelos incrédulos. Se num lugar houver apenas dois ou três que conheçam a verdade, organizem-se num grupo de obreiros. Mantenham indissolúvel seu laço de união, apegando-se uns aos outros com amor e unidade, animando-se mutuamente para avançar, adquirindo cada qual ânimo e força do auxílio dos outros.” 18

17 Ibid, 32. 18 White, Testemunhos Seletos, (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira), vol. 3, 84.

Page 29: Estudo Em Crescimento de Igreja

25

Grupos familiares devem ser realizados de forma variada e abrangente, com

estudo das Escrituras, testemunho e partes relacionais. Schwarz propõe que os grupos

familiares devem ir além do estudo das Escrituras. Eles devem relacionar as verdades a

fatos concretos da vida diária dos cristãos.19 De forma semelhante, Ellen G. White

orienta:

“... não penseis que o único trabalho que podeis fazer, a única maneira por que podeis operar em benefício de almas, seja fazer discursos. A melhor obra que podeis fazer, é ensinar, educar. Onde quer que se vos depare uma oportunidade de assim fazer, sentai-vos com alguma família, e deixai que vos façam perguntas. Respondei-lhes então pacientemente, humildemente. Continuai esta obra juntamente com vossos esforços em público. Pregai menos, e educai mais, mediante estudos bíblicos, e orações feitas nas famílias e pequenos grupos.”20

Diante da afirmação “nossa congregação se reúne em pequenos grupos, que

constantemente se multiplicam”, apenas 9% responderam “perfeitamente”, 6%

responderam “muito bem”, 26% responderam “bem”, 36% responderam “pouco” e 15%

responderam bem pouco. Apenas 8% dos entrevistados não responderam esta pergunta

(ver o gráfico 25).

Somando-se as porcentagens das respostas “perfeitamente” e “muito bem”, pode-

se dizer que de acordo com a percepção de 15% dos entrevistados, a igreja se reúne em

pequenos grupos que se multiplicam. Contudo, na percepção de 51% dos entrevistados,

aqueles que responderam “pouco” ou “muito pouco”, a igreja parece não se reunir em

pequenos grupos.

19 Schwarz, 32. 20 White, Obreiros Evangélicos, (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira), 193.

Page 30: Estudo Em Crescimento de Igreja

26

Evangelização orientada para as necessidades

Muitas vezes, uma pequena confusão é feita nesta marca de qualidade. Na maioria

das igrejas ativas na pregação do evangelho, cunhou-se o pensamento de que cada

membro é um evangelista. Esta exposição não leva em consideração que evangelismo é

um dom e que nem todos o possuem. Contudo, não ter o dom do evangelismo não é ficar

de braços cruzados, todos podem aplicar seus dons no evangelismo. Em sua pesquisa,

Christian Schwarz confirma a tese de C. Peter Wagner, que dizia que cerca de 10% dos

cristãos têm o dom do evangelismo. 21

Quando foram questionados se o “evangelismo é de acordo com as necessidades

das pessoas?”, 13% responderam “perfeitamente”, 19% responderam “muito bem”, 46%

responderam “bem”, 8% responderam “pouco”, 9% responderam “bem pouco” e 5% não

responderam esta questão (ver o gráfico 26).

Somando-se as respostas positivas, chega-se a um total de 32% entre os que

responderam “perfeitamente” e “muito bem”. Entretanto, 17% assinalaram, somando-se

as respostas “pouco” e “muito pouco”, que o evangelismo não é de acordo com as

necessidades.

Relacionamentos marcados pelo amor fraternal

Para Schwarz, existe uma relação altíssima entre a capacidade de amar de uma

igreja e o seu potencial de crescimento.22 O maior argumento desta marca de qualidade

são as pessoas que amam verdadeiramente nas igrejas. Alguém sem Deus não precisa de

muitos discursos sobre Deus, ou sobre o seu amor, mas precisa ver Deus na vida das

pessoas que falam sobre Ele e o seu amor.

21 Schwarz, 34. 22 Ibid, 36.

Page 31: Estudo Em Crescimento de Igreja

27

Quatro perguntas foram feitas aos entrevistados com a intenção de medir esta

marca de qualidade. A pergunta “nossa igreja é uma grande família unida?” foi

respondida pelos entrevistados da seguinte forma: apenas 2% responderam

“perfeitamente”, 6% responderam “muito bem”, 26% responderam que a igreja é “bem”

unida, 32% assinalaram que a igreja é “pouco” unida, 24% responderam “bem pouco” e

apenas 1% não respondeu a esta questão (ver o gráfico 27).

Somando-se as respostas positivas “perfeitamente”, “muito bem” e “bem”, chega-

se a um total de 34%. Na percepção destes entrevistados, a igreja é uma grande família

unida. Por outro lado, para 56% dos entrevistados, a igreja parece não ser uma família tão

unida assim.

Para a pergunta “nossa congregação trata abertamente com divergências e

conflitos?”, 14% dos entrevistados responderam que a igreja trata “perfeitamente” com as

divergências, 15% responderam “muito bem”, 27% responderam “bem”, 23%

responderam “pouco” e 21% declararam que a igreja procede “bem pouco” abertamente

com os conflitos (ver o gráfico 28).

Com a somatória das respostas positivas “perfeitamente”, “muito bem” e “bem”,

chega-se a um total 56% dos entrevistados. Na percepção destes, a igreja trata

abertamente das divergências e conflitos. Contudo, para outros 44% a igreja parece não

tratar de conflitos e divergências de forma tão natural assim.

Diante da pergunta “novas pessoas são facilmente incorporadas em nossa

congregação?”, 5% responderam “perfeitamente”, 15% responderam “muito bem”, 34%

responderam “bem”, 28% responderam “pouco” e 15% responderam “bem pouco”. 3%

dos entrevistados não responderam a esta pergunta (ver o gráfico 29).

Page 32: Estudo Em Crescimento de Igreja

28

A somatória das respostas positivas “perfeitamente”, “muito bem” e “bem”,

conduz a um total 54%, de entrevistados que acreditam que novas pessoas são

incorporadas com facilidade pela igreja. Por outro lado, na percepção de 46% dos

entrevistados, novas pessoas não são incorporadas com tanta facilidade pela congregação.

A última pergunta sobre relacionamento feita aos entrevistados foi “os programas

e atividades em nossa igreja fortalecem os relacionamentos pessoais entre os membros?”.

Para ela, 14% dos entrevistados responderam que os programas fortalecem

“perfeitamente” os “relacionamentos pessoais entre os membros”. 25% responderam que

fortalece “muito bem”, 31% responderam que fortalece “bem”, 22% responderam que

fortalece “pouco” e 7% responderam que fortalece “bem pouco”. Apenas 1% não

respondeu a esta pergunta (ver o gráfico 30).

Ao somarem-se as respostas positivas “perfeitamente”, “muito bem” e “bem”,

chega-se a um total 70% de entrevistados que acreditam os programas e atividades da

igreja fortalecem os relacionamentos. Contudo, na percepção de 29% dos entrevistados,

os programas e atividades não fortalecem os relacionamentos tão bem assim.

As descrições das respostas feitas neste capítulo mostram a percepção dos

entrevistados acerca das oito marcas de qualidade de Schwarz na IASD Central de

Campinas. O próximo capítulo apresentará uma média comparativa das marcas de

qualidade, destacará as que foram mais pontuadas pelos entrevistados e fará aplicação do

fator mínimo nas marcas de qualidade para nortear um possível plano de ação.

Page 33: Estudo Em Crescimento de Igreja

29

CAPÍTULO 4

APLICAÇÃO DO FATOR MÍNIMO

Este capítulo será divido em duas partes. A primeira conceituará o princípio do

fator mínimo e a segunda trará a sua aplicação. Feito isto, ficará evidente quais são as

marcas assinaladas pelos entrevistados como mais fortes e quais são mais fracas.

Princípio do fator mínimo

A estratégia do fator mínimo permite concentrar as forças de ação sobre uma área

decisiva, que esteja impossibilitando o crescimento. Schwarz destaca que a estratégia do

fator mínimo parte do ponto que as marcas de qualidade menos desenvolvidas de uma

igreja são as que mais bloqueiam o seu crescimento.23

Por outro lado, continua Schwarz, a estratégia do fator mínimo não afirma que o

fator mínimo – área de maior dificuldade da igreja – seja mais importante do que os

outros fatores.24 No desenvolvimento natural da igreja o que conta é o desenvolvimento

harmonioso de todas as oito marcas de qualidade. O princípio do fator mínimo apenas

organizará os primeiros passos a serem dados dentro do processo de desenvolvimento

natural da igreja.

23 Christian A. Schwarz, O Desenvolvimento Natural da Igreja. (Curitiba, PR: Editora Evangélica Esperança, 2003), 50. 24 Ibid, 51.

Page 34: Estudo Em Crescimento de Igreja

O capítulo anterior mostrou a percepção dos entrevistados acerca das oito marcas

de qualidade. A partir da descrição de cada uma das marcas de qualidade, com suas

respectivas porcentagens e pontuação em números absolutos, é possível

média para cada uma das oito marcas e compará

antes de aplicar o princípio do fator mínimo.

A tabela abaixo apresentará as médias de cada uma das oito marcas de qualidade

da IASD Central de Campinas. A

possuem uma alta média nas respostas positivas e baixa média respostas negativas.

Como exemplo, veja

capacitadora”. Das quatro perguntas desta marca de qua

calcular a média. Cada pergunta possibilitava cinco respostas, três positivas

(“perfeitamente”, “muito bem” e bem”) e duas mais negativas ( “pouco” e “muito

pouco”). Uma média das resposta, tanto positivas quanto negativa

30

Aplicação do princípio

O capítulo anterior mostrou a percepção dos entrevistados acerca das oito marcas

de qualidade. A partir da descrição de cada uma das marcas de qualidade, com suas

respectivas porcentagens e pontuação em números absolutos, é possível

média para cada uma das oito marcas e compará-las entre si. Este será o primeiro passo

antes de aplicar o princípio do fator mínimo.

A tabela abaixo apresentará as médias de cada uma das oito marcas de qualidade

da IASD Central de Campinas. As marcas de qualidade mais fortes são aquelas que

possuem uma alta média nas respostas positivas e baixa média respostas negativas.

Como exemplo, veja-se a primeira marca analisada, que foi “liderança

capacitadora”. Das quatro perguntas desta marca de qualidade, três foram utilizadas para

calcular a média. Cada pergunta possibilitava cinco respostas, três positivas

(“perfeitamente”, “muito bem” e bem”) e duas mais negativas ( “pouco” e “muito

pouco”). Uma média das resposta, tanto positivas quanto negativas, foi feita. A soma da

O capítulo anterior mostrou a percepção dos entrevistados acerca das oito marcas

de qualidade. A partir da descrição de cada uma das marcas de qualidade, com suas

respectivas porcentagens e pontuação em números absolutos, é possível calcular uma

las entre si. Este será o primeiro passo

A tabela abaixo apresentará as médias de cada uma das oito marcas de qualidade

s marcas de qualidade mais fortes são aquelas que

possuem uma alta média nas respostas positivas e baixa média respostas negativas.

se a primeira marca analisada, que foi “liderança

lidade, três foram utilizadas para

calcular a média. Cada pergunta possibilitava cinco respostas, três positivas

(“perfeitamente”, “muito bem” e bem”) e duas mais negativas ( “pouco” e “muito

s, foi feita. A soma da

Page 35: Estudo Em Crescimento de Igreja

31

pontuação das respostas positivas das três perguntas geraram a média positiva da marca,

enquanto que a pontuação negativa das três perguntas produziu a média de respostas

negativas das marcas. Desta forma calculou-se cada umas das médias das marcas de

qualidade. Veja o gráfico abaixo, construído a partir das médias das marcas25:

O gráfico acima apresenta as médias comparativas das marcas de qualidade.

Parece ser difícil interpretá-lo, contudo ele é bem simples. Os três pontos no eixo “x”

marcam respectivamente, as respostas “em branco”, a “média de respostas positivas” e a

“média de respostas negativas”. A linha tracejada é o resultado da média26 das oito

marcas de qualidade. Desta forma, para uma marca destacar-se como boa, precisa ter uma

25 A Tabela 1, da página 30, contém todas as médias usadas neste gráfico. 26 As médias positivas de todas as marcas de qualidade foram somadas e divididas pela quantidade de marcas. O mesmo foi feito com as médias negativas e positivas das marcas de qualidade. Desta forma obteve-se a média geral.

Page 36: Estudo Em Crescimento de Igreja

32

média alta de respostas positivas, estar acima da linha tracejada, e deve ter uma média

baixa de respostas negativas, estar abaixo da linha tracejada.

Observando o gráfico acima, nota-se que três marcas de qualidade se destacam

positivamente na percepção dos entrevistados. São elas, “estruturas funcionais”,

“adoração inspiradora” e “evangelismo de acordo com as necessidades”. Outras duas se

destacam na percepção dos entrevistados como não sendo marcas tão fortes, são elas:

“grupos familiares” e “relacionamentos marcados pelo amor fraternal”. As outras três

marcas restantes ficam num estágio intermediário.

Tendo estes dados em mãos, resta apenas aplicar o princípio do fator mínimo.

Este princípio observa que as marcas de qualidade menos desenvolvidas bloqueiam o

crescimento da igreja. Desta forma, pode-se dizer que as marcas “grupos familiares” e

“relacionamentos marcados pelo amor fraternal”, estão de uma forma ou outra

emperrando e desenvolvimento natural da igreja27.

Estas marcas que apresentam alguma vulnerabilidade deverão ser prioridades no

cronograma de desenvolvimento da igreja. Esforços especiais precisarão ser dedicados a

estas marcas, sem, contudo, esquecer que as qualidades das outras marcas precisam ser

mantidas.

Entretanto, as marcas “estruturas funcionais”, “adoração inspiradora” e

“evangelismo de acordo com as necessidades” destacam-se com altas médias positivas.

Isso significa que estas são as marcas de qualidade mais fortes encontradas hoje na IASD

Central de Campinas.

27Christian A. Schwarz defende a idéia de crescimento natural da igreja. Ela possui este nome exatamente por ser extraída da natureza. Ele argumenta que para uma planta crescer, as resistências do ambiente precisam ser desenvolvidas, então o crescimento acontecerá naturalmente. Schwarz aplica este princípio à igreja. Logo, o que nos cabe, não é produzir crescimento, mas liberar o potencial de crescimento que Deus colocou na igreja.

Page 37: Estudo Em Crescimento de Igreja

33

Ao aplicar-se a estratégia do fator mínio sobre as marcas de qualidade

encontradas, ficou evidente, especialmente através do gráfico 34, como as marcas de

qualidade da igreja em estudo se relacionam, quais se destacam e quais apresentam

vulnerabilidades. O próximo capítulo apresentará as taxas de crescimento dos últimos 7

anos da IASD Central de Campinas.

Page 38: Estudo Em Crescimento de Igreja

34

CAPÍTULO 5

ANÁLISE DAS TAXAS DE CRESCIMENTO

O propósito deste capítulo será discorrer sobre o crescimento da IASD Central de

Campinas nos último sete anos. Ao estudarem-se os dados da secretaria desta igreja,

pode-se calcular a taxa de crescimento anual e do período. Pode-se ainda, identificar os

possíveis fatores que promoveram o crescimento e as formas deste crescimento. Nos

parágrafos que se seguem, cada um destes aspectos citados acima será analisado.

Fórmula para calcular as taxas de crescimento

Utilizando a fórmula28 TCA = [ ( f – i ) / i] x 100, é possível calcular as taxas de

crescimento de uma igreja em relação ao ano anterior.

Cálculo das taxas de crescimento

Através da fórmula apresentada acima, a taxa de crescimento anual da IASD

Central de Campinas foi calculada. A secretaria da igreja forneceu informações a respeito

da movimentação de membros correspondente aos anos de 2001 a 2007.

A partir destes dados, uma tabela foi construída para que os dados possam ser

analisados com mais clareza.

28 TC = Taxa de Crescimento, TCA = Taxa de Crescimento Anual, F = Número de Membros Final e I = Número de Membros Inicial.

Page 39: Estudo Em Crescimento de Igreja

35

A tabela acima mostra o “numero inicial”, “total de entrada de membros”, “total

de saída de membros” e o “número final de membros”, correspondente a cada ano desde

2001 até 2007. Na última coluna é possível ver a somatória das entradas e saídas de

membros do período. Note-se que a média da entrada de membros é de 103 no período de

2001 a 2007. A média de saída de membros correspondente ao mesmo período é de 65,28

membros. Portanto, pode-se dizer que a média de permanência de membros anual na

igreja em estudo é de 37,71 membros.

As taxas de crescimento anuais possibilitam a formulação do seguinte gráfico:

Page 40: Estudo Em Crescimento de Igreja

36

Nota-se no ano de 2001 houve um decréscimo (- 3,65%) na quantidade de

membros da igreja. Isto se deve ao fato de que a igreja iniciou o ano com 823 membros,

porém terminou apenas com 793 membros, sofrendo um decréscimo de 30 membros. No

ano de 2002 houve um crescimento de 4,67% em relação ao ano anterior. Nos registros

históricos da igreja, duas novas igrejas foram concluídas com o apoio da IASD Central, a

igreja do Jardim. S. José e Jardim. S. Fernando.29 Não é possível afirmar que haja uma

relação entre a conclusão destas duas novas igrejas e o decréscimo de 30 membros,

contudo, é possível sugerir que houve transferência de membros da igreja central para

estas novas igrejas,30o que aparentemente explicaria este decréscimo de 3,65%.

Um crescimento notável de 15,18% é visto no ano de 2003. Ao pesquisar-se a que

se deve este alto crescimento, constatou-se que no segundo semestre deste ano houve

uma série de conferências públicas dirigidas pelo Pr. Luiz Gonçalves, sob o tema “O

Apocalipse é a Resposta”.31 Neste ano o número de batismos chegou a um total de 113.

O ano de 2004 marcou o crescimento de 1,67% apenas. Nos registros históricos

da igreja, a única informação relativa a este ano é a inauguração do Mini Centro White

pelo Pr. Alberto Timm.

O ano de 2005 marcou um crescimento de 3,19%, quase o dobro do crescimento

registrado no ano anterior. Mesmo apresentado um crescimento pequeno, foi neste ano

que a igreja atingiu a marca de 1000 membros.

Em 2006, o crescimento foi de 3,89%. Neste ano houve troca de pastores na

igreja. O pastor Samuel Wolhers e sua esposa Elizeth C. Fonseca, deixam a igreja para

29 Breve histórico da IASD Central de Campinas, disponível em www.iasdcentral.blogspot.com (acessado dia 15/10/2008). 30 O total de transferências para outras igrejas registradas neste ano foi de 18 membros. 31 Ibid, acessado dia 15/10/2008.

Page 41: Estudo Em Crescimento de Igreja

37

chegada do pastor Pr. Hélio Coutinho e sua esposa Marta G. da Costa. O ano de 2007

marcou um crescimento de 4,32% em relação ao ano anterior.

Fazendo um resumo do crescimento do período, pode-se afirmar que de 2001 a

2007 a igreja em estudo cresceu 32,08%, ou 4,58% ao ano, contabilizando um

crescimento numérico total de 264 membros. É curioso notar que a igreja batizou 381

novos membros neste período, contudo marcou um crescimento numérico de apenas 264

membros.

Formas de crescimento

Quando se pensa no crescimento de uma igreja, logo se imagina na principal

forma de crescimento usada pela IASD que é o batismo de novos membros. Contudo, é

preciso ter em mente que uma igreja pode crescer de ao menos três formas: através de

batismo, profissão de fé e transferências. A pergunta que surge é: qual destes três

métodos é o que caracteriza mais o crescimento da IASD Central de Campinas? Veja as

porcentagens no gráfico abaixo:

Page 42: Estudo Em Crescimento de Igreja

38

Este gráfico retrata a forma de crescimento que mais se destacou no decorrer dos

anos em estudo na IASD Central de Campinas. Duas são as principais formas de

crescimento, “batismos” e “transferências”. Pode-se afirmar que no período de 2001 a

2007, da entrada total (721) de membros, 52,84% deu-se por meio do batismo, enquanto

que 44,38% foi por meio de transferências.

O crescimento por meio do batismo é o crescimento esperado de uma igreja que

desenvolve suas atividades evangelísticas. O crescimento pelo ingresso de novos crentes

na comunidade religiosa revela que empenhos evangelísticos estão sendo realizados. O

crescimento proporcionado por outras formas, como transferência, por exemplo, não é

resultado de esforços evangelísticos.

Se a opção de crescimento por meio de transferência de membros fosse retirada,

restando unicamente o crescimento por batismos e profissão de fé, a igreja em estudo

teria crescido apenas 17,19%, ao invés de 32,08%, chegando ao final de 2007 com

aproximadamente 965 membros, ao invés de 1087. Seriam necessários aproximadamente

mais 5 anos crescendo na mesma média anual de 4,58% para se chegar aos 1087

membros atuais. Pode-se inferir que a taxa de transferência de membros para a Igreja

Central de Campinas proveu um crescimento que só seria possível daqui a cinco anos.

Este capítulo apresentou as taxas de crescimento da Igreja Central de Campinas e

um panorama dos principais eventos ocorridos dentro de cada um dos anos estudados. O

próximo capítulo trará sugestões a IASD Central de Campinas.

Page 43: Estudo Em Crescimento de Igreja

39

CAPÍTULO 6

SUGESTÕES A IGREJA

A partir do estudo da amostragem, da análise das respostas para cada uma das

marcas de qualidade e dos gráficos construídos, especialmente os gráficos 31 e 32, é

possível fazer sugestões que serão úteis ao desenvolvimento e crescimento da igreja em

estudo. São elas:

1. Atentar para os resultados da aplicação do fator mínimo, conforme apresentado

capítulo IV. Este capítulo mostra que três marcas precisam receber atenção especial para

que não bloqueiem o crescimento da igreja. São elas a) “grupos familiares”, b)

“relacionamentos marcados pelo amor fraternal” e c) “liderança capacitadora.

a) Grupos Familiares

O gráfico 25 mostra com clareza que na percepção de 51% dos entrevistados, a

igreja não se reúne em pequenos grupos. Uma iniciativa brusca para implantar os

pequenos grupos pode provocar receio nos membros. Para que isso não ocorra, pode-se

iniciar promovendo o desenvolvimento das menores estruturas relacionais que a igreja já

possui que são as classes de escola sabatina. Expandindo-as mais tarde para pequenos

grupos.

Existe uma grande variedade de formas para se trabalhar com pequenos grupos.

Eles não precisam acontecer todos num único dia ou no mesmo horário. Pode-se criar

pequenos grupos por ministérios, afinidade profissional ou distribuição geográfica. Um

Page 44: Estudo Em Crescimento de Igreja

40

grupo de médicos pode ter o seu pequeno grupo relacional e evangelístico, onde outros

médicos que não são membros da comunidade evangélica podem participar. Um grupo de

jovens universitários, o que é bem comum na igreja em estudo, pode formar um pequeno

grupo para abordar temas como “ateísmo”, “criacionismo” e “secularização”. Um grupo

de idosos pode ter seu pequeno grupo relacional. Um grupo de famílias que moram

próximo pode reunir-se a cada sexta para o culto de pôr-do-sol. Enfim, não se deve

“engessar” o sistema com um formato padrão de data, horário ou tema.

Muito se perde pela falta de treinamento e acompanhamento pessoal. Em muitos

lugares, a formação e o desenvolvimento da igreja através de pequenos grupos foi

prejudicada pela falta de treinamento e acompanhamento. Uma igreja organizada em

pequenos grupos é mais saudável e se multiplica com mais facilidade. Portanto, o

fortalecimento da marca “grupos familiares” exige planejamento, treinamento e

acompanhamento. É um preço alto a ser pago, mas os resultados serão vistos em uma

igreja mais ativa, evangelizadora, e voltada para os relacionamentos.

b) Relacionamentos marcados pelo amor fraternal

Segundo o gráfico 27, na percepção de 56% dos entrevistados a igreja não é uma

família unida32. Os gráficos 28, 29 e 30, revelam carência de relacionamento entre os

membros. De fato, este é um grande desafio nas igrejas com mais de 1000 membros33.

Contudo, se a marca “grupos familiares” for promovida, esta também crescerá

consideravelmente, pois a essência dos grupos familiares ou pequenos grupos está nos

relacionamentos. O gráfico 8 mostra que apenas 23% dos entrevistados possuem mais de

10 amigos, e destes que possuem mais 10 amigos, 70% conseguiram atingir esta marca de

32 Ver o tópico “Relacionamentos marcados pelo amor fraternal”, p 26. 33 Schwarz, Christian. Desenvolvimento natural da Igreja (Curitiba, PR: Editora Esperança Evangélica), 37.

Page 45: Estudo Em Crescimento de Igreja

41

10 amigos apenas após 7 anos na igreja local (ver gráfico 8.1d)34. Este tempo de interação

precisa ser encurtado (ver os gráficos 8.1d, 8.1g, 8.1e, 8.1c e 8.2i).

A igreja poderá criar programas e atividades que promovam interação entre os

membros. Pode ainda, separar um momento dentro da programação para que os membros

se cumprimentem. Não se pode dizer que uma atividade ou outra irá elevar esta marca de

qualidade. Contudo, é correto afirmar que atividades que promovam o contato pessoal,

também elevarão esta marca de qualidade.

c) Liderança Capacitadora

Esta marca, na percepção dos entrevistados, carece desenvolvimento. Há líderes,

bons líderes, contudo é necessário que sejam capacitadores. A ideologia de ser um líder

capacitador precisa permear todos os departamentos e ministérios da igreja. Líderes

multiplicam sua influência através da capacitação e discipulado.

Pode-se realizar um encontro de líderes. Num encontro como este, os líderes

podem trocar experiências e estabelecer desafios pessoais quanto à forma de liderar. Este

também é o momento ideal para o pastor repartir com a liderança da igreja a sua “visão”

e juntos prepararem o calendário anual de atividades para a igreja. Este encontro ou retiro

também é um momento apropriado para realizar reavivamento entre a liderança da igreja.

Prover treinamento para todos os líderes de departamento a cada início de ano,

também é algo que pode ser feito para promover esta marca de qualidade.

É curioso notar que as três marcas citadas acima estão intimamente relacionadas.

Se forem trabalhadas juntas, irão liberar um potencial de crescimento grandioso. Os

grupos familiares promovem o relacionamento fraternal entre os membros, mas também

servem como ambiente apropriado para a formação de novos líderes. Por outro lado, os 34 Ver o tópico “Relacionamento com outros membros”, p.13.

Page 46: Estudo Em Crescimento de Igreja

42

grandes mentores da organização em pequenos grupos são os líderes da igreja. Desta

forma, uma marca de qualidade auxilia no desenvolvimento da outra.

2. Envolver os nichos sociais e etários da igreja35. Nota-se a partir do gráfico 5.2b,

por exemplo, que existem pequenos nichos na igreja. Eles estão ligados pela idade,

condição social profissão ou alguma outra afinidade. Não é preciso dissolvê-los, a

sugestão é que eles sejam lembrados, envolvidos e treinados dentro de suas habilidades

espirituais.

3. Criar Ministérios. É natural que em um comunidade religiosa grande, como a

igreja em estudo, haja diversidade de dons espirituais entre os membros. Isto possibilita

realizar projetos mais amplos. Contudo, segundo o gráfico 15, apenas 20% dos membros

conhecem seus dons e atuam em conformidade com eles. Para que cada um saiba quais

são suas habilidades espirituais, testes poderão ser aplicados. Após isto, ministérios

podem ser criados para atender necessidades especiais da comunidade e da igreja, mas

acima de tudo, garantir o envolvimento espiritual do membro.

Para cada necessidade especial da igreja poderá criar-se ministérios. Veja alguns

deles: Ministério de Louvor, Ministério da Oração Intercessória, Ministério da

Encenação, Ministério da Terceira Idade, Ministério da Transferência36e tantos outros37.

A sugestão é que a igreja crie mecanismos, ministérios, para que cada membro viva e

atue na plenitude dos seus dons.

35 Ver o tópico “Envolvimento nas atividades da igreja”, p. 6. 36 Notou-se uma grande quantidade de transferências para a igreja central de campinas. Ver o tópico “Formas de crescimento”, p. 36. 37

Uma lista sugestiva com 36 ministérios é apresentada na sessão “idéias criativas” do site www.mecdias.blogspot.com. Este site apresenta ainda, uma série de bibliografias e artigos sobre o tema crescimento de igreja.

Page 47: Estudo Em Crescimento de Igreja

43

É possível notar que nas sugestões feitas acima, não estão presentes receitas ou

métodos que prometem alavancar o crescimento. Elas unicamente destacam pontos, ou

áreas, que precisam receber atenção especial. Agora, caberá a igreja desenvolver os

programas e atividades que suplantem as deficiências detectadas.

Page 48: Estudo Em Crescimento de Igreja

44

CAPÍTULO 7

CONCLUSÃO

Um estudo como este não seria completo se não detectasse as áreas mais

desenvolvidas da igreja. Fato é que muitos trabalhos como este não apresentam nada mais

do que um panorama negativo, cheio de observações. É claro que os entraves do

crescimento precisam ser identificados e removidos. Contudo, é impossível realizar um

estudo como este e não detectar as áreas mais desenvolvidas da igreja.

O gráfico 34, revelou três marcas de qualidade pontuadas positivamente pelos

entrevistados. A primeira delas foi “estruturas funcionais”. Na percepção dos

entrevistados esta área da igreja é fortíssima, ou seja, a igreja possui mobilidade

estrutural para adequar-se e desenvolver as mais diversas atividades. Enquanto esta marca

parece ser o entrave para dezenas de outras igrejas, na Igreja Central de Campinas,

apresentou-se altamente positiva.

A segunda marca foi “evangelismo de acordo com as necessidades”. Esta marca é

formidável. Ela possibilita inferir que a igreja, no geral, sabe como contextualizar a

mensagem que prega sem ignorar as necessidades detectadas.

A terceira marca foi “adoração inspiradora”. Esta marca é uma das mais

importantes, e na Igreja Central de Campinas, ela destacou-se como altamente positiva.

Programas bem elaborados e organizados produzem momentos agradáveis na igreja.

Page 49: Estudo Em Crescimento de Igreja

45

Certamente, este é um dos melhores cartões de visita que uma igreja pode estender a um

visitante, para que volte outras vezes.

O cálculo das taxas de crescimento revelou que a Igreja Central de Campinas

cresceu 32,08% no período de 2001 a 2007. Deste crescimento, 17,18% corresponde ao

crescimento por meio de batismos, enquanto que o restante diz respeito ao crescimento

por meio de transferências de membros para a igreja em estudo. Embora as taxas de

crescimento da igreja sejam pequenas38, elas são progressivas. Espera-se apenas, que as

taxas de crescimento por meio do batismo assumam proporções maiores que as taxas de

crescimento por meio de transferências de membros.

Dezenas de horas foram empreendidas na elaboração deste estudo, que encontrará

o valor pretendido pelos autores, se de alguma forma auxiliar a igreja em questão a

prosseguir em seu crescimento.

38 Ver o gráfico 35 apresentado na p. 35.

Page 50: Estudo Em Crescimento de Igreja

46

ANEXOS 1

Gráficos

Page 51: Estudo Em Crescimento de Igreja

47

Page 52: Estudo Em Crescimento de Igreja

48

Page 53: Estudo Em Crescimento de Igreja

49

Page 54: Estudo Em Crescimento de Igreja

50

Page 55: Estudo Em Crescimento de Igreja

51

Page 56: Estudo Em Crescimento de Igreja

52

Page 57: Estudo Em Crescimento de Igreja

53

Page 58: Estudo Em Crescimento de Igreja

54

Page 59: Estudo Em Crescimento de Igreja

55

Page 60: Estudo Em Crescimento de Igreja

56

Page 61: Estudo Em Crescimento de Igreja

57

Page 62: Estudo Em Crescimento de Igreja

58

Page 63: Estudo Em Crescimento de Igreja

59

Page 64: Estudo Em Crescimento de Igreja

60

Page 65: Estudo Em Crescimento de Igreja

61

Page 66: Estudo Em Crescimento de Igreja

62

Page 67: Estudo Em Crescimento de Igreja

63

Page 68: Estudo Em Crescimento de Igreja

64

Page 69: Estudo Em Crescimento de Igreja

65

Page 70: Estudo Em Crescimento de Igreja

66

Page 71: Estudo Em Crescimento de Igreja

67

Page 72: Estudo Em Crescimento de Igreja

68

Page 73: Estudo Em Crescimento de Igreja

69

Page 74: Estudo Em Crescimento de Igreja

70

Page 75: Estudo Em Crescimento de Igreja

71

Page 76: Estudo Em Crescimento de Igreja

72

Page 77: Estudo Em Crescimento de Igreja

73

Page 78: Estudo Em Crescimento de Igreja

74

Page 79: Estudo Em Crescimento de Igreja

75

Page 80: Estudo Em Crescimento de Igreja

76

Page 81: Estudo Em Crescimento de Igreja

77

Page 82: Estudo Em Crescimento de Igreja

78

Page 83: Estudo Em Crescimento de Igreja

79

Page 84: Estudo Em Crescimento de Igreja

80

Page 85: Estudo Em Crescimento de Igreja

81

Page 86: Estudo Em Crescimento de Igreja

82

Page 87: Estudo Em Crescimento de Igreja

83

Page 88: Estudo Em Crescimento de Igreja

84

Page 89: Estudo Em Crescimento de Igreja

85

BIBLIOGRAFIA GERAL

Anderson, Roy Allan. O Pastor-Evangelista. Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1965.

Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Manual da Igreja Adventista do

Sétimo Dia. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2006. Barna, George. O Marketing a Serviço da Igreja. São Paulo, SP: Abba Press, 2000. Barril, Russel. Discípulos Modernos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2006. História da IASD Central de Campinas, disponível em www.iasdcentral.blogspot.com

(acessado 15/10/2008). Crespo, Antônio Arnot. Estatística Fácil. São Paulo: Editora Saraiva, 2002. Monte Sahlim. Manuscrito Congregações Adventistas Hoje. Traduzido por Walquiria

Cagnoni Ferreira Nampa: Pacific Press, 2003. Morettin, Pedro A. & Bussab, Wilton O. Estatística Básica. São Paulo: Saraiva, 2005. Rainer, Thom S. The Book of Church Growth. Tradução: Josiane Kraft Dionísio Fonseca,

2008. Schwarz, Christian. Desenvolvimento Natural da Igreja. Curitiba, PR: Editora Esperança

Evangélica, 2003. Warren, Rick. Uma Igreja com Propósitos. São Paulo, SP: Vida, 1997. White, Ellen G. Evangelismo. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2002. __________. Atos dos Apóstolos. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2002. __________. Liderança Cristã. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2002.