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Esta monografia apresenta uma análise das taxas de crescimento e das marcas de qualidades da IASD central de Campinas, segundo a proposta de Christian A. Schwarz.
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Faculdade Adventista de Teologia
Centro Universitário Adventista de São Paulo – Campus 2
UMA ANÁLISE DAS TAXAS DE CRESCIMENTO E MARCAS
DE QUALIDADE DA IASD CENTRAL DE CAMPINAS SEGUNDO A
PROPOSTA DE CHRISTIAN A. SCHWARZ
Monografia
Apresentada em Cumprimento Parcial
dos Requisitos para o Título de
Bacharel em Teologia
Por
Krysthyann Zeferino
e
Predrag Cvikic
Novembro, 2008
ii
HOMENAGEM
Dedica-se este estudo à Igreja Central de Campinas, pelos seus 70 anos de
existência no cumprimento da comissão dada por Jesus: “ide, portanto, fazei discípulos
de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do filho, e do Espírito Santo;
Ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco
por todos os dias até a consumação do século.” Mateus 28:18-20.
Os autores
iii
SUMÁRIO
Capítulo
1. INTRODUÇÃO
Dados Gerais da Igreja .................................................................................2 Definição do Problema .................................................................................2 Propósito do Estudo .....................................................................................2 Delimitação do Estudo .................................................................................3 Metodologia .................................................................................................3 Sumário dos Capítulos .................................................................................3
2. O PERFIL DA AMOSTRAGEM E SUA ANÁLISE ........................................5
Gênero ..........................................................................................................5 Faixa Etária ..................................................................................................5 Tempo de Batismo .......................................................................................5 Tempo na Igreja Local .................................................................................6 Envolvimento nas Atividades da Igreja .......................................................6 Relevância da Congregação Local na Vida do Entrevistado .......................8 Envolvimento Espiritual ...............................................................................9 Relacionamento com Outros Membros ......................................................13 Relacionamento com o Pastor ....................................................................14
3. DESCRIÇÃO DAS MARCAS DE QUALIDADE...........................................16
Liderança Capacitadora ..............................................................................16 Ministérios Orientados Pelos Dons ............................................................19 Espiritualidade Contagiante .......................................................................21 Estruturas Funcionais .................................................................................21 Culto Inspirador ..........................................................................................22 Grupos Familiares ......................................................................................24 Evangelização Orientada para as Necessidades .........................................26 Relacionamentos Marcados Pelo Amor Fraternal ......................................26
4. APLICAÇÃO DO FATOR MÍNIMO ...............................................................29
Princípio do Fator Mínimo .........................................................................29 Aplicação do Princípio ...............................................................................30
5. ANÁLISE DAS TAXAS DE CRESCIMENTO ...............................................34
Fórmula para Calcular as Taxas de Crescimento .......................................34
iv
Cálculo das Taxas de Crescimento .............................................................34 Formas de Crescimento ..............................................................................37
6. SUGESTÕES À IGREJA ..................................................................................39
7. CONCLUSÃO...................................................................................................44
ANEXOS ...........................................................................................................................46 Anexo 1 – Gráficos ...............................................................................................46 BIBLIOGRAFIA GERAL .................................................................................................85
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
A partir de 1955, com a intensificação do interesse pelo estudo de crescimento de
igreja, muitas técnicas têm sido formuladas e muitos e livros escritos sobre este tema.
Não há duvidas que de este tipo de estudo seja importante para a igreja. Contudo, visando
o apenas crescimento numérico da igreja, muitos equívocos são cometidos pela adoção
unicamente de modelos de sucesso indiscriminados e não de princípios de crescimento de
igreja.
Este estudo não irá propor “modelos de crescimento” para a igreja em questão,
mas analisará o seu potencial natural de crescimento. As bases deste estudo estão nos
trabalhos de Christian Schwarz. Este autor sustenta que a igreja possui um potencial
natural de crescimento, cabendo ao homem remover os fatores que impedem seu
desenvolvimento.
Schwarz detectou oito características comuns nas igrejas saudáveis. O
desenvolvimento destas características está intimamente relacionado com o crescimento
de uma igreja. São elas: liderança capacitadora, ministérios orientados pelos dons,
espiritualidade contagiante, estruturas funcionais, culto inspirador, grupos familiares,
evangelização orientada para as necessidades e relacionamentos marcados pelo amor
fraternal.
2
As taxas de crescimento da Igreja Central de Campinas também serão
apresentadas neste estudo. Para cada ano do período de 2001 a 2007, será apresentada a
taxa de crescimento, ou não, e a forma de crescimento que mais se destacou no período.
Dados da igreja
A Igreja Central de Campinas foi fundada em 1938. Hoje conta com 1087
membros e esta localizada à Rua Joaquim Novaes, 42, no bairro Cambuí. Atualmente é
liderada pelos pastores Hélio Coutinho da Costa e Delmar Reis.
Definição do problema
A IASD Central de Campinas está completando 70 anos em 2008. No decorrer
destes anos tem buscado cumprir a missão e propósito recebidos de Deus, na comunidade
em que está inserida. Contudo, faz-se uma pausa em todos estes anos de história, para
uma breve avaliação, questionando: está a igreja cumprindo o propósito para o qual foi
estabelecida? Está ela crescendo de forma saudável? Se esta, quais são as taxas de
crescimento? Quais as formas de crescimento que mais se destacam? Com base na
literatura de Schwarz, questiona-se: quais as marcas de qualidade mais fortes? Possui ela
algum ponto vulnerável? Para buscar possíveis respostas para estes questionamentos o
presente estudo foi formulado.
Propósito do estudo
1. Identificar a presença das oito marcas de qualidade na IASD
Central de Campinas, conforme a proposta de Schwarz;
3
2. Calcular as taxas de crescimento anuais do período de 2001 a 2007,
identificando o fator que mais tem contribuído para o crescimento, ou não, desta
igreja;
3. Propor, a partir da análise dos dados colhidos e do material
estudado e produzido, sugestões plausíveis que contribuam com o
desenvolvimento e crescimento da igreja.
Delimitação do estudo
Foram aplicados 98 questionários em um universo de 1087 membros na IASD
Central de Campinas. Então, buscou-se traçar um perfil geral dos entrevistados e detectar
sua percepção em relação às marcas de qualidade. As taxas de crescimento foram
calculadas a partir dos dados fornecidos pela secretaria da igreja ao campo local.
Metodologia
Questionários contendo perguntas variadas1 foram respondidos por 98 membros
da IASD Central de Campinas. As respostas coletadas foram tabuladas e tratadas
estatisticamente para expressarem valor científico. O método dedutivo norteará os
pressupostos de análise desta pesquisa.
Sumário dos capítulos
Toda a pesquisa esta dividida em seis capítulos. O primeiro corresponde a
introdução, propósito da pesquisa, definição do problema, delimitação do estudo e
metodologia.
1 As perguntas iniciais traçam o perfil do entrevistado, enquanto que as demais revelam sua percepção a respeito das mais diversas áreas da igreja e suas programações.
4
O capítulo 2 responderá basicamente a pergunta: quem são estes que responderam
a pesquisa? Desta forma, neste capítulo, será apresentado o perfil dos entrevistados e sua
análise. Neste segundo capítulo já é possível notar diversas informações importantes para
o crescimento da igreja, que resultaram da análise de um gráfico ou outro.
O capítulo 3 reunirá as perguntas do questionário que estão relacionadas com a
proposta de crescimento de igreja de Schwarz. As respostas dadas a essas perguntas
fornecerão bases para calcular a média de cada uma das marcas oito de qualidade.
O capítulo 4 aplicará o princípio do fator mínimo às marcas de qualidade
detectadas no capítulo anterior.
Já o capítulo 5 apresentará o cálculo das taxas de crescimento dentro do período
de 2001 a 2007 e a forma de crescimento que mais se destacou.
O capítulo 6 trará sugestões à Igreja Central de Campinas. Estas sugestões são
resultado da análise detalhada dos gráficos produzidos e do material estudado.
5
CAPÍTULO 2
O PERFIL DOS ENTREVISTADOS E SUA ANÁLISE
Este capítulo fará a descrição do perfil dos entrevistados contendo: gênero, faixa
etária, tempo de batismo, tempo na igreja local, envolvimento nas atividades da igreja,
relevância da congregação local na vida do entrevistado, seu relacionamento com outros
membros e também com o pastor. Após descrevê-los, uma análise detalhada será
apresentada para traçar o perfil mais específico e apropriado para uma resposta ou outra.
Gênero
Dos 94 questionários, 62% foram respondidos por mulheres e 38% por homens
(ver gráfico 1).
Faixa etária
Os entrevistados estão divididos em cinco classificações: de 14 a 20 anos (12%),
de 21 a 25anos (16%), de 26 a 30 anos (12%), de 31 a 35 anos (7%) e mais que 35 anos
(47%). Apenas 6% dos entrevistados não responderam a esta pergunta (ver gráfico 2).
Assim como o tópico acima, este aspecto foi delimitado na elaboração da
pesquisa.
Tempo de batismo
Para a pergunta “há quantos anos é membro da Igreja Adventista do Sétimo dia?”,
10% dos entrevistados responderam que são membros a “menos de 2 anos”, 12%
6
responderam “entre 2 a 5 anos”, 3% responderam “entre 5 a 7 anos”, 20% responderam
“entre 7 a 12 anos” e 48% responderam que são membros “a mais de 12 anos”. Apenas
3% dos que responderam não são membros batizados e outros 3% não responderam a esta
pergunta (ver gráfico 3).
Tempo na congregação local
Quanto ao tempo de filiação à igreja local, 10% dos entrevistados responderam
que freqüentam a “menos de 2 anos”, 12% responderam “entre 2 a 5 anos”, 3%
responderam “entre 5 a 7 anos”, 21% responderam “entre 7 a 12 anos” e 48%
responderam que são membros da igreja local a “mais de 12 anos”. Outros 3%
responderam “ainda quero ser batizado e me unir a esta congregação” e apenas 3% não
responderam a esta pergunta (ver gráfico 4).
Quase que 70% dos entrevistados freqüentam a congregação local a mais de 7
anos. Esta vivência da grande maioria na igreja local, tornará os resultados da pesquisa
mais significativos, haja visto que a realidade da igreja já lhes é bem conhecida.
Envolvimento nas atividades da igreja
Para a pergunta “está envolvido em alguma atividade da igreja?”, 23%
responderam “sim, com cargo”, 17% responderam “sim, auxiliando ativamente um ou
mais departamentos da congregação local”, 42% responderam que “ajudam apenas
quando solicitado” e 18% responderam “gosto apenas de assistir” (ver gráfico 5).
Neste item, dois grupos merecem atenção especial: os 42% que “ajudam apenas
quando solicitado” e os 18% que “gostam apenas de assistir”. Ao cruzarem-se as
informações coletadas, pode-se chegar ao seguinte perfil destes 42% que “ajudam apenas
7
quando solicitado”: 68% são mulheres e 32% homens (ver gráfico 5.1a), 42% tem mais
de 35 anos (ver gráfico 5.1b), 53% tem mais de 12 anos de batismo (ver gráfico 5.1c),
53% tem mais de 12 anos na igreja local (ver gráfico 5.1d), 11% responderam que não
tem amigos e 60% tem menos de dez amigos (ver gráfico 5.1h) e apenas 25% assinalaram
um relacionamento distante com o pastor (ver gráfico 5.1i).
Ainda em referência a estes 42% dos entrevistados que “ajudam apenas quando
solicitado”, nota-se curiosamente que 57% têm um bom nível de envolvimento espiritual2
(ver gráfico 5.1g). A pergunta é por que estes 57% que apresentam bom nível de
relacionamento espiritual optaram por “ajudo apenas quando solicitado” e não pela
resposta “sim, auxiliando ativamente um ou mais departamentos da congregação local”,
que é mais condizente com seu perfil espiritual? Se não gostassem de participar, eles
teriam optado pela opção “gosto apenas de assistir”, mas não, preferiram optar por uma
resposta intermediária. Além do mais, dos 42% iniciais, 69% consideram a igreja local
relevante para a sua vida (ver gráfico 5.1f). Portanto, quanto a estes 42%, pode-se inferir
que ou não compreenderam que o envolvimento nas atividades da igreja está relacionado
com o envolvimento espiritual, ou não estavam engajados completamente em uma
atividade da igreja quando responderam a pesquisa. Se estivessem teriam optado pela
resposta “sim, auxiliando ativamente um ou mais departamentos da congregação local”.
Já os 18% que “gostam apenas de assistir” podem ser descritos da seguinte forma:
63% são mulheres e 37% são homens (ver gráfico 5.2a), 57% estão a mais de 7 anos na
igreja local (ver gráfico 5.2d) e 33% participam apenas aos sábados (ver gráfico 5.2g),
55% possuem no máximo 5 amigos (ver gráfico 5.2h). As faixas etárias mais assinaladas
2 Chega-se a este resultado somando as respostas positivas do gráfico 5.1g, são elas: “Religião faz parte de tudo na minha vida”, “quanto mais me envolvo mais tenho prazer” e “faço minha devoção regularmente”.
8
foram a de jovens entre 14 a 20 anos, com 37%, e adultos acima de 35 anos com outros
31% (ver gráfico 5.2b), exatamente os grupos dos extremos etários. Pode-se deduzir que
enquanto esta fatia jovem (de 14 a 20 anos) não foi iniciada nas atividades da igreja a
outra acima dos 35 foi, de alguma forma, esquecida.
Relevância da congregação local na vida do entrevistado
O item “relevância da congregação local em minha vida” possuía cinco opções
que foram assinaladas nas seguintes porcentagens: “vejo exemplos de vida que quero
seguir” (16%), “todas as reuniões e atividades me ajudam a crescer em minhas
descobertas de Deus” (57%), “as atividades da igreja pouco me ajudam em meu
desenvolvimento espiritual” (6%), “acho os sermões superficiais, não são relevantes para
o meu desenvolvimento espiritual” (2%) e “há algumas atividades boas que me
interessam” (19%), veja o gráfico 6.
Destacam-se neste item dois grupos, 6% que responderam que “as atividades da
igreja pouco me ajudam em meu desenvolvimento espiritual” e os 19% que acreditam
que “há algumas atividades boas que me interessam”. O primeiro grupo pode ser descrito
da seguinte forma: 83% são homens e 17% mulheres (ver gráfico 6.1a), curiosamente
50% tem entre 14 a 20 anos (ver gráfico 6.1b), 33% tem menos de 2 anos de batismo e
outros 33% tem mais de 12 anos de batismo (ver gráfico 6.1c), 33% estão a menos de 2
anos na igreja local e outros 33% estão a mais de 12 anos na igreja local (ver gráfico
6.1d). Intrigantemente, 33% são líderes da igreja em algum ministério (ver gráfico 6.1e),
50% tem no máximo 2 amigos e outros 33% entre 3 a 5 amigos (ver gráfico 6.1h). É
correto afirmar que o baixo nível de relacionamento com outros membros é uma
9
característica forte destes 6% que responderam “as atividades da igreja pouco me ajudam
em meu desenvolvimento espiritual”.
No segundo grupo estão os 19% que acreditam que “há algumas atividades boas
que me interessam”. Eles podem ser caracterizados da seguinte forma: 70% mulheres e
30% homens (ver gráfico 6.2a), 40% maior que 35 anos contra 50% com entre 14 a 30
anos de idade (ver gráfico 6.2b), 55% possui mais de 12 anos de batismo (ver gráfico
6.2c), 55% com mais de 12 anos na igreja local (ver gráfico 6.2d), 30% tem de 3 a 5
amigos (ver gráfico 6.2h), e no geral, possuem bom envolvimento espiritual e bom
desenvolvimento nas atividades da igreja (ver os gráficos 6.2e; 6.2g). Neste perfil não há
nenhum traço marcante, senão que a grande maioria são mulheres e que mais da metade
possuem mais 12 anos, tanto de batismo quanto na igreja local. Fora isto, não há como
indicar um aspecto que justifique a resposta selecionada. Isto pode indicar que estes 19%
são bem seletivos nas programações da igreja que participam, ou que poucas
programações estão direcionadas para este público.
Envolvimento espiritual
Quanto ao “envolvimento espiritual” dos entrevistados, 22% responderam “as
coisas de Deus e sua igreja fazem parte de cada momento da minha vida”, 17%
classificaram-se como do “tipo de membro que vem aos sábados para a igreja e não se
envolve muito mais”, 3% responderam “gosto mais de me relacionar com Deus em minha
casa do que na igreja”, 28% responderam “percebo que quanto mais me envolvo na igreja
mais tenho prazer nas coisas de Deus”, 11% responderam “sinto a igreja parada, gostaria
de mais ação, então me envolveria mais”, 16% responderam “faço regularmente a minha
10
devoção em casa e quero crescer espiritualmente” e apenas 3% assinalaram “gostaria de
participar, mas percebo que não há espaço para mim” (ver gráfico 7).
Nos parágrafos seguintes serão analisadas as seguintes respostas: “as coisas de
Deus e sua igreja fazem parte de cada momento da minha vida” (22%), “sou do tipo de
membro que vem aos sábados para a igreja e não se envolve muito mais” (17%),
“percebo que quanto mais me envolvo na igreja mais tenho prazer nas coisas de Deus”
(28%), e “sinto a igreja parada, gostaria de mais ação, então me envolveria mais” (11%).
Envolvimento espiritual é um dos pontos mais importantes na vida de uma igreja
e seus membros. As respostas colhidas mostram que para apenas 22% dos entrevistados
as coisas de Deus e sua igreja são extremamente importantes. Deste grupo citado acima,
36% assinalaram uma segunda opção, o que torna sua análise um pouco mais sutil (ver
gráfico 7a ). Contudo o perfil destes que responderam que as coisas de Deus e sua igreja
são extremamente importantes pode ser traçado da seguinte forma3: 56% são mulheres e
44% são homens (ver gráfico 7.2a), 59% tem mais de 35 anos (ver gráfico 7.2b), 70%
possuem mais de 7 anos de batismo (ver gráfico 7.2c), outros 70% estão a mais de 7 anos
na igreja local (ver gráfico 7.2d), 96% estão envolvidos, com ou sem cargo, nas
atividades da igreja (ver gráfico 7.2e), 81% responderam que a congregação é altamente
relevante para sua vida (ver gráfico 7.2f), 48% possuem mais de 10 amigos e 59%
possuem mais de 6 amigos (ver gráfico 7.2h), e 70% assinalaram um bom relacionamento
com o pastor da igreja (ver gráfico 7.2i).
Este perfil descrito acima parece ser o melhor encontrado até então nesta
pesquisa. Não se pode definir se as características descritas acima são as causas ou
3 Deve-se ter em mente que estas características correspondem a 64% daqueles que responderam que “as coisas de Deus e sua igreja fazem parte de cada momento de minha vida.
11
conseqüências da opção assinalada pelos entrevistados (“as coisas de Deus e sua igreja
fazem parte de cada momento da minha vida”), mas pode-se afirmar com absoluta certeza
que existe uma forte relação entre “envolvimento espiritual” e “bons relacionamentos”,
tanto com outros membros como com o pastor, “envolvimento espiritual” e
“envolvimento nas atividades da igreja”. Também existe forte relação entre os aspectos
“envolvimento espiritual” e “relevância da congregação na vida do membro”.
Partido para a análise do segundo grupo, os 17% que se classificaram como do
“tipo de membro que vem aos sábados para a igreja e não se envolve muito mais”, pode-
se dizer que 75% são mulheres e 25% homens (ver gráfico 7.3a), 55% tem mais de 35
anos (ver gráfico 7.3b), 65% tem mais de 7 anos de batismo (ver gráfico 7.3c), outros
65% possuem mais de 7 anos na igreja local (ver gráfico 7.3d), 30% gostam apenas de
assistir e 60% participam apenas quando lhes é solicitado. Apenas 10% participam com
algum cargo (ver gráfico 7.3e). Curiosamente, 79% responderam que a congregação tem
relevância na sua vida (ver gráfico 7.3f), 70% responderam que possuem menos de 5
amigos na igreja (ver gráfico 7.3h) e 45% classificaram seu relacionamento com o pastor
como superficial (ver gráfico 7.3i).
Algumas observações podem ser feitas a respeito do grupo descrito acima. Em
primeiro lugar, o gráfico 7.3d mostra que existe uma relação progressiva entre tempo de
igreja e envolvimento espiritual. À medida que o tempo passa, sem que haja uma
identificação real com a igreja e suas atividades, a porcentagem dos que se envolvem
pouco aumenta consideravelmente. Em segundo lugar, cerca de 90% destes que vêm
apenas aos sábados não possuem cargo, e a opção “sim, participo ativamente auxiliando
um ou mais departamentos da congregação local” não atingiu nem 1% sequer. Em
12
terceiro lugar, os que têm baixa interação com a igreja se relacionam menos como outros
membros4. Além do mais, 45% deste grupo considera seu relacionamento com o pastor
superficial. Em último lugar, mesmo apresentando um nível baixíssimo de compromisso
com a igreja, estes que participam apenas aos sábados e se envolvem pouco, responderam
que a igreja é relevante em suas vidas.
Contudo, uma desarmonia notável entre discurso e realidade, pode ser observada
quando os gráficos 7.3f e 7.3e são vistos simultaneamente. Enquanto o primeiro mostra
que a igreja é relevante na vida dos que vêm apenas aos sábados e se envolvem pouco, o
segundo mostra que 90% deste mesmo grupo não se envolvem nas atividades da igreja.
Mais dois grupos de respostas do item “envolvimento espiritual” ainda precisam
se analisados. O primeiro é os 28% que responderam “percebo que quanto mais me
envolvo na igreja mais tenho prazer nas coisas de Deus”. Este grupo pode ser
caracterizado da seguinte forma: 65% são mulheres e 35% são homens (ver gráfico 7.4a),
50% têm entre 14 a 30 anos e 50% acima de 30 anos de idades (ver gráfico 7.4b), 47%
com mais de 12 anos de batismo (ver gráfico 7.4c), 47% com até 12 anos na igreja local e
outros 47% com mais de 12 anos na igreja (ver gráfico 7.4d), 58% participam ativamente
e outros 30% apenas quando lhes é solicitado (ver gráfico 7.4e), 90% responderam que a
igreja possui alta relevância em sua vida (ver gráfico 7.4f), 47% possuem mais de 6
amigos na igreja (ver gráfico 7.4h) e 74% responderam ter um bom relacionamento com
o pastor da igreja.
Este grupo de entrevistados que responderam “percebo que quanto mais me
envolvo na igreja mais tenho prazer nas coisas de Deus”, parece estar passando por uma
fase de amadurecimento espiritual. Estão descobrindo que há satisfação no envolvimento 4 Especialmente aqueles que participam apenas aos sábados.
13
com a igreja e suas atividades. O grau de relevância da igreja na vida deste grupo é
altíssimo. Eles apresentam uma porcentagem boa de relacionamento tanto com o pastor
como com outros membros e mais da metade está participando “ativamente” nas
atividades da igreja.
Relacionamento com outros membros
Diante da afirmação “eu tenho bons amigos na igreja em quem eu confio e me
abro quando preciso”, 7% se posicionaram contra assinalando “não tenho amigos aqui na
igreja”, 19% afirmaram que possuem “entre 1 e 2 amigos”, 29% afirmaram que possuem
“entre 3 a 5 amigos”, 14% afirmaram que possuem “entre 6 a 10 amigos” e 28% disseram
que possuem “mais de 10 amigos”. Apenas 3% não responderam a esta pergunta (ver
gráfico 8).
A análise dos 28% que assinalaram ter mais de 10 amigos na igreja local é a
seguinte: foram necessários no mínimo 7 anos de participação na igreja local para que
74% dos entrevistados conseguissem fazer mais de 10 amigos5 (ver gráfico 8.1d). Estes
que possuem um nível alto de relacionamento na igreja não gostam apenas de assistir os
programas e nem mesmo de “adorar em casa” (ver os gráficos 8.1g e 8.1e). Ainda destes,
apenas 6% responderam que o relacionamento com o pastor é distante (ver gráfico 8.1i) e
88% apresentaram um alto nível de envolvimento espiritual (ver gráfico 8.1g). Nota-se
claramente que o “relacionamento” está intimamente ligado com a “relevância da igreja”
na vida do entrevistado e com o seu envolvimento espiritual.
5 Isto possibilita calcular a média aproximada para estabelecer 10 amigos em 7 anos. A média seria 1,4 amigos por ano. A mesma quantidade de amigos num período de 12 anos daria uma média de 0,83 amigos por ano.
14
Outro grupo que precisa ser analisado é dos 7% que responderam que não
possuem nenhum amigo na igreja. Cerca de 71% são mulheres e 29% homens (ver
gráfico 8.2a), 71% tem mais 31 anos (ver gráfico 8.2b), 86%, tem mais de 5 anos de
batismo (ver gráfico 8.2c), 86% estão a mais de 5 anos na igreja local (ver gráfico 8.2d),
80% participam apenas quando lhes é solicitado e os outros 20% gostam apenas de
assistir (ver gráfico 8.2e), 54% apresentam um envolvimento espiritual baixo (ver gráfico
8.2g) e 83% classificaram seu relacionamento com pastor como superficial ou distante
(ver gráfico 8.2i).
É curioso notar que estes que responderam que não possuem nenhum amigo na
igreja, sejam em grande parte mulheres (71%) e congregam na igreja em estudo a mais de
5 anos (86%), mesmo assim, assinalaram que não possuem amigos. Outro ponto que vale
ser ressaltado é o envolvimento destes 7% nas atividades da igreja. O gráfico 8.2e mostra
que nenhum deles possui algum cargo ou posição de liderança na igreja.
Relacionamento com o pastor
Quando foram questionados a respeito do seu relacionamento com o pastor, 18%
responderam “distante, nunca conversamos”, 19% responderam “trato só de assuntos da
igreja com ele”, 26% responderam “sinto que ele é meu amigo e me trata assim”, 10%
responderam “já me ajudou ou me apresentou para quem pudesse me ajudar em
problemas reais em minha vida” e 27%, a opção mais assinalada, responderam “ele é
legal e se importa comigo” (ver gráfico 9).
Somando as porcentagens das respostas positivas, pode-se chegar a 63% entre os
que mantêm um bom relacionamento com o pastor da igreja. Nota-se que o
relacionamento com o pastor está intimamente ligado com a participação nas atividades
15
da igreja e o envolvimento espiritual do membro. Membros que participam apenas aos
sábados mantêm um relacionamento mais distante ou superficial com o pastor da igreja
(ver gráfico 8.1i)
Este capítulo tratou de descrever o perfil da amostragem nos seus mais variados
aspectos. Cada um dos itens possuía outras inúmeras análises para serem consideradas,
mas que pelo objetivo desta pesquisa, foram suprimidas. O próximo capítulo apresentará
as marcas de qualidade da IASD Central de Campinas.
16
CAPÍTULO 3
DESCRIÇÃO DAS MARCAS DE QUALIDADE
De acordo com a pesquisa de Christian A. Schwarz6, existem oito princípios de
crescimento que podem ser aplicados em igrejas de qualquer cultura, direção teológica ou
denominacional 7. São eles: liderança capacitadora, ministérios orientados pelos dons,
espiritualidade contagiante, estruturas funcionais, culto inspirador, grupos familiares,
evangelização orientada para as necessidades e relacionamentos marcados pelo amor
fraternal.
Este capítulo irá agrupar as respostas coletadas dentro dos princípios de
crescimento de Schwarz. As respostas do questionário que se relacionam com um
princípio de crescimento serão agrupadas e logo em seguida analisadas. As respostas
mais significativas de cada marca de qualidade receberão análise mais detalhada.
Portanto, este capítulo buscará detectar a presença destas oito marcas de qualidade na
IASD Central de Campinas.
Liderança capacitadora
Ter uma liderança forte e comprometida é muito importante, mas o essencial é
que ela seja capacitadora. Ao invés de tentar realizar a maior parte do trabalho, os líderes
6 Sua pesquisa foi respondida por 1000 igrejas (de diversos tamanhos, igrejas que crescem e que estão em declínio, igrejas carismáticas e não carismáticas, bem conhecidas e não conhecidas) em 32 países dos 5 continentes. Parece ser a pesquisa mais abrangente já realizada na área decrescimento de igreja. 7 Christian A. Schwarz, O Desenvolvimento Natural da Igreja. (Curitiba, PR: Editora Evangélica Esperança, 2003), 19.
17
devem investir seu tempo em discipulado, delegação e multiplicação, desta forma, a
energia investida pode-se multiplicar quase infinitamente.8
Referindo-se ao trabalho do pastor, Ellen G. White sugere que ele deve não buscar
tanto, a princípio, converter os incrédulos, mas exercitar os membros da igreja para
prestarem cooperação proveitosa. Para ela, o pastor deve trabalhar com os membros
individualmente, tentando despertá-los para buscarem eles próprios uma experiência mais
profunda, e trabalharem por outros.9 É desta forma, através de uma liderança
capacitadora, que concentra seus esforços em capacitar outros para o ministério, que
pode-se multiplicar os esforços evangelísticos de uma igreja.
Para a pergunta “nossos líderes se envolvem com a igreja e capacitam os
membros a servirem melhor?”, 10% responderam “perfeitamente”, 23% responderam
“muito bem”, 29% responderam “bem”, 27% responderam “pouco”, 6% responderam
“bem pouco” e apenas 5% dos entrevistados não responderam esta pergunta (ver o
gráfico 9).
Dos que responderam “perfeitamente”, 40% exercem liderança em alguma
atividade da igreja, possuem cargo ou função. Outros 30% também participam auxiliando
um ou mais departamentos da congregação local (ver o gráfico 10). Ou seja, a grande
maioria que respondeu que a liderança é “perfeitamente” capacitadora são líderes da
própria igreja.
Por outro lado, dos que responderam que a liderança é “pouco” e “bem pouco”,
capacitadora (total de 33%), apenas 20% exercem liderança em alguma atividade da
igreja, outros 21% participam auxiliando um ou mais departamentos da congregação
8 Schwarz, O Desenvolvimento Natural da Igreja, 23. 9 Ellen G. White. Evangelismo (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira), 111 e 112.
18
local, mas a grande maioria, cerca de 41% participam apenas quando lhe é solicitado (ver
o gráfico 11).
Uma liderança capacitadora repartirá com o restante do grupo os planos e alvos
que deverão ser alcançados. Para a pergunta “em nossa congregação todos sabem
exatamente os planos e alvos que queremos alcançar?”, 7% responderam
“perfeitamente”10, 14% responderam “muito bem, 30% responderam “bem”, 35%
responderam “pouco”, 6% responderam “bem pouco” e apenas 8% não responderam esta
pergunta (ver o gráfico 11). Somando-se as respostas positivas11 , pode-se dizer que na
percepção de 51% dos entrevistados “todos sabem exatamente os planos e alvos a serem
alcançados”.Contudo, na percepção de 41% dos entrevistados, nem “todos sabem
exatamente os planos e alvos a serem alcançados” pela igreja.
Uma liderança capacitadora manterá clara a missão e o propósito diante da sua
equipe de trabalho. Para a pergunta “nossa igreja tem idéia clara de sua missão e
propósito, e está entusiasmada com o futuro?”, 19% responderam “perfeitamente”, 14%
responderam “muito bem”, 36% responderam “bem”, 18% responderam “pouco” e 9%
responderam “bem pouco” (ver o gráfico 12). Agrupando as porcentagens das respostas
positivas chega-se a total de 69%, que de uma forma ou outra acreditam que a “igreja tem
uma idéia clara de sua missão e propósito, e está entusiasmada com o futuro”. Por outro
lado, 26% assinalaram que a “igreja parece não ter uma idéia clara de sua missão e
propósito, e não está tão entusiasmada com o futuro”.
10 Dos 7% que responderam “perfeitamente”, 43% participam apenas quando lhes é solicitado, 29% exercem algum tipo de liderança ou cargo, 14% participam ativamente sem cargo e 14% gostam apenas de assistir (ver o gráfico 11.1a). 11 As respostas positivas são “perfeitamente”. “muito bom” e “bem”.
19
Foi perguntado aos entrevistados quanto à facilidade ou dificuldade de se
encontrar novos líderes para as atividades da igreja. Quanto a isto, 14% dos entrevistados
responderam “não temos nenhum problema para que as pessoas aceitem posições de
liderança em trabalhos voluntários”, 58% responderam que “recrutar líderes voluntários é
um desafio constante, mas nós temos encontrado pessoas dispostas suficientes”, e 21%
responderam “não conseguimos encontrar pessoas suficientes que estejam dispostas a
servir” (ver o gráfico 14).
Fazendo-se um balanço comparativo das respostas colhidas pode-se afirmar que
na percepção de 33% dos entrevistados a liderança é “perfeitamente” ou “muito bem”
capacitadora, enquanto que para outros 33% a liderança da igreja é “pouco” ou “bem
pouco” capacitadora. Quanto aos planos e alvos a serem alcançados, 21% dos
entrevistados responderam que os membros sabem “perfeitamente” ou “muito bem” quais
são os alvos a serem alcançados. Contudo, na percepção de 41% dos entrevistados, os
membros sabem “pouco” ou “bem pouco” quais são os alvos a serem alcançados. Por
fim, quanto ao propósito e missão da igreja, 33% dos entrevistados responderam que a
igreja está “perfeitamente” ou “muito bem” entusiasmada quanto ao futuro. Em
contrapartida, 27% responderam que a igreja esta “pouco” ou “bem pouco”
entusiasmada quanto ao futuro.
Ministérios orientados pelos dons
Todos os que fazem parte do corpo de Cristo, que é sua igreja, possuem dons
espirituais. A grande questão é que pouquíssimos membros sabem quais são os seus dons
espirituais, e em proporção menor ainda, estão os que usam estes dons em seu ministério.
20
Desta forma, um grande exército de membros fica a margem da grande missão de “ir,
pregar, ensinar e batizar” outorgada por Deus à Sua igreja.
Um esboço apropriado deste ensinamento bíblico pode ser encontrado na décima
sétima crença fundamental dos Adventistas do Sétimo, que diz:
“Deus concede a todos os membros de Sua igreja, em todas as épocas, dons espirituais que cada membro deve empregar em amoroso ministério para o bem comum da Igreja e da humanidade. Outorgados pela atuação do Espírito Santo, o qual distribui a cada membro como lhe apraz, os dons provêem todas as aptidões e ministérios de que a Igreja necessita para cumprir suas funções divinamente ordenadas. De acordo com as Escrituras, esses dons abrangem tais ministérios como a fé, cura, profecia, proclamação, ensino, administração, reconciliação, compaixão, e serviço abnegado e caridade para ajuda e animação das pessoas. Alguns membros são chamados por Deus e dotados pelo Espírito para funções reconhecidas pela igreja em ministérios pastorais, evangelísticos, apostólicos e de ensino especialmente para habilitar os membros para o serviço, edificar a igreja com vistas à maturidade espiritual e promover a unidade de fé e do conhecimento de Deus. Quando os membros utilizam esses dons espirituais como fiéis despenseiros da multiforme graça de Deus, a Igreja é protegida contra a influência demolidora de falsas doutrinas, tem um crescimento que provém de Deus e é edificada na fé e no amor.” (Romanos12:4-8; I Coríntios 12:9-11, 27 e 28; Efésios 4:8 e 11-16; Atos 6:1-7; I Timóteo 3:1-13; I Pedro 4:10 e 11)12
O princípio dos “ministérios orientados pelos dons” deve estar embasado,
segundo Schwarz , na convicção que Deus determinou quais cristãos vão efetuar melhor
determinados ministérios, desta forma, a medida que os cristãos vivem de acordo com os
seus dons espirituais, eles não trabalham pelas próprias forças, mas o Espírito de Deus
trabalha neles.13
Para a pergunta “os membros conhecem os seus dons espirituais e atuam na igreja
em conformidade com eles?”, apenas 4% dos entrevistados responderam “perfeitamente”,
16% responderam “muito bem”, 43% responderam “bem”, 20% responderam “pouco” e
12 Manual da Igreja (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2006), 14 e 15. 13 Schwartz, 24 e 25.
21
12% assinalaram “bem pouco”. Apenas 5% dos entrevistados não responderam esta
pergunta (ver gráfico 15).
Somando-se as porcentagens das respostas mais positivas (“perfeitamente” e
“muito bem”) chega-se a um total de 20% de entrevistados que acreditam que os
membros conhecem seus dons e atuam em conformidade com eles. Por outro lado, 32%
responderam que a igreja conhece “pouco” ou “bem pouco” os seus dons e atua em
conformidade com eles.
Espiritualidade contagiante
Esta marca de qualidade pode ser caracterizada pela intensidade com que os
crentes vivem a sua fé. Schwarz detectou que a “paixão espiritual” dos membros é mais
baixa onde existe uma tendência legalista, em menor ou maior grau.14
Diante da pergunta “nossa igreja é espiritualmente forte e vigorosa?”, 3% dos
entrevistados responderam “perfeitamente”, 16% responderam “muito bem”, 38%
responderam “bem”, 28% responderam “pouco” e 12% responderam “bem pouco” (ver o
gráfico 16).
Quando foram questionados se a congregação “ajuda os membros a aprofundar o
seu relacionamento com Deus?”, 12% responderam “perfeitamente”, 20% responderam
“muito bem”, 48% responderam “bem”, 18% responderam “pouco” e 2% responderam
“bem pouco” (ver o gráfico 17).
Estruturas funcionais
Esta marca de qualidade é caracterizada por estruturas que possibilitem a
multiplicação constante do trabalho, também está baseada no princípio da liderança por 14 Ibid, 26.
22
ministério. Segundo Schwarz, neste princípio, tudo o que não contribui para o objetivo é
adaptado ou removido, isto envolve estilo de liderança, horários e duração do culto,
administração das finanças e muitos outros.15 Em suma, esta marca evita estruturas que
sejam enrijecidas, que dificultem o desenvolvimento natural da igreja.
Quando se perguntou aos entrevistados se “as estruturas e os departamentos da
igreja são funcionais e ajudam a cumprir a missão?”, 15% responderam “perfeitamente”,
29% responderam “muito bem”, 37% responderam “bem”, 13% responderam “pouco” e
2% responderam “bem pouco” (ver o gráfico 18).
Somando-se as respostas positivas “perfeitamente” e “muito bem” chega-se a um
total de 44% de entrevistados que acreditam que as estruturas da igreja são funcionais e
ajudam a cumprir a missão. Por outro lado, apenas 15% responderam que as estruturas da
igreja são “pouco” ou “bem pouco” funcionais no cumprimento da missão. A marca de
qualidade “estruturas funcionais” parece ser, até então, mais superior do que as outras
três analisadas anteriormente.
Culto inspirador
Esta marca de qualidade é caracterizada por um culto em que há a atuação do
Espírito Santo. É caracterizado também por um ambiente agradável e bem arrumado, por
um ministério de recepção atuante, por uma seqüência harmônica das partes e muitos
outros aspectos. Schwarz observa que nas igrejas em que os cultos são celebrados de
forma inspiradora, os cultos por si mesmos atraem as pessoas.16
A pergunta “os programas e atividades da igreja são bem organizados?” foi
respondida da seguinte forma: 18% dos entrevistados responderam “perfeitamente”, 34%
15 Ibid, 28. 16 Ibid, 31.
23
responderam “muito bem”, 21% responderam “bem”, 16% responderam “pouco” e 9%
responderam “bem pouco”. Apenas 2% não responderam a esta pergunta (ver o gráfico
19).
Para a pergunta “a adoração em nossa igreja é espiritualmente edificante e
inspiradora?”, 23% responderam “perfeitamente”, 32% responderam “muito bem”, 29%
responderam “bem”, 8% responderam “pouco” e 6% responderam “bem pouco” (ver o
gráfico 20).
A maior média de participação dos membros, segunda a percepção dos
entrevistados, é de 676 participantes no culto de sábado pela manhã. No sábado a tarde a
média cai para 129 participantes. No culto de domingo a noite a média é 106
participantes. Já a média de quarta a noite é de 70 participantes, ou seja, apenas 6,43%
dos membros da igreja (ver o gráfico 21).
Quando foram questionados acerca da “similaridade entre os cultos”, 24% dos
entrevistados responderam que os cultos são “muito similares”, 36% responderam “nada
similares” e 23% responderam que os cultos são “pouco similares”. Apenas 17% não
responderam (ver o gráfico 22).
Os temas mais abordados nos sermões, diante da afirmação “sempre”, são: o
“amor de Deus”, “crescimento espiritual”, “conselhos para a vida”e bem abaixo da média
o tema “justiça social”. Diante da afirmação “com frequência” a classificação, do maior
para o menor, fica da seguinte forma: “conselhos para a vida”, “crescimento espiritual” e
“amor de Deus”(ver o gráfico 23).
A música exerce papel fundamental na adoração. Na percepção dos entrevistados,
existem alguns instrumentos que são mais utilizados do que outros. O uso de “piano ou
24
órgão” foi assinalado como “sempre”. “Guitarras e baixos” são utilizados “bem pouco”.
“Bateria ou percussão”, nunca são utilizadas, e “músicas gravadas” (CD ou DVD) são
utilizadas “com freqüência” na igreja (ver o gráfico 24).
As porcentagens das respostas acima permitem dizer que os programas são bem
organizados, afinal 55% responderam “perfeitamente” e “muito bem”, e que a adoração é
na percepção de 84% dos entrevistados, forte e edificante.
Grupos familiares
Grupos familiares, ou pequenos grupos como é mais conhecido hoje, é um fator
decisivo no crescimento da igreja. Schwarz relaciona a existência e multiplicação de
grupos familiares com a preparação de novos líderes e o exercício dos dons espirituais,
ele diz:
“Grupos familiares são o lugar natural em que cristãos, com os seus dons, aprendem a servir os outros participantes – membros ou não – do grupo. A multiplicação planejada desses pequenos grupos é facilitada pelo fato desses grupos produzirem constantemente novos líderes. No contexto dos grupos familiares acontece aquilo que está por trás do conceito “discipulado”: transferência de vida em vez do estudo de conceitos abstratos. ”17
Para Ellen G. White, a organização da igreja em pequenos grupos é um plano
estabelecido por Deus não apenas para organizar os esforços pelos que estão na igreja,
mas também por aqueles que não receberam o evangelho. Ela diz:
“A formação de pequenos grupos como base de esforço cristão, foi-me apresentada por Aquele que não pode errar. Se há na igreja grande número de membros, convém que se organizem em pequenos grupos a fim de trabalhar, não somente pelos membros da própria igreja, mas também pelos incrédulos. Se num lugar houver apenas dois ou três que conheçam a verdade, organizem-se num grupo de obreiros. Mantenham indissolúvel seu laço de união, apegando-se uns aos outros com amor e unidade, animando-se mutuamente para avançar, adquirindo cada qual ânimo e força do auxílio dos outros.” 18
17 Ibid, 32. 18 White, Testemunhos Seletos, (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira), vol. 3, 84.
25
Grupos familiares devem ser realizados de forma variada e abrangente, com
estudo das Escrituras, testemunho e partes relacionais. Schwarz propõe que os grupos
familiares devem ir além do estudo das Escrituras. Eles devem relacionar as verdades a
fatos concretos da vida diária dos cristãos.19 De forma semelhante, Ellen G. White
orienta:
“... não penseis que o único trabalho que podeis fazer, a única maneira por que podeis operar em benefício de almas, seja fazer discursos. A melhor obra que podeis fazer, é ensinar, educar. Onde quer que se vos depare uma oportunidade de assim fazer, sentai-vos com alguma família, e deixai que vos façam perguntas. Respondei-lhes então pacientemente, humildemente. Continuai esta obra juntamente com vossos esforços em público. Pregai menos, e educai mais, mediante estudos bíblicos, e orações feitas nas famílias e pequenos grupos.”20
Diante da afirmação “nossa congregação se reúne em pequenos grupos, que
constantemente se multiplicam”, apenas 9% responderam “perfeitamente”, 6%
responderam “muito bem”, 26% responderam “bem”, 36% responderam “pouco” e 15%
responderam bem pouco. Apenas 8% dos entrevistados não responderam esta pergunta
(ver o gráfico 25).
Somando-se as porcentagens das respostas “perfeitamente” e “muito bem”, pode-
se dizer que de acordo com a percepção de 15% dos entrevistados, a igreja se reúne em
pequenos grupos que se multiplicam. Contudo, na percepção de 51% dos entrevistados,
aqueles que responderam “pouco” ou “muito pouco”, a igreja parece não se reunir em
pequenos grupos.
19 Schwarz, 32. 20 White, Obreiros Evangélicos, (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira), 193.
26
Evangelização orientada para as necessidades
Muitas vezes, uma pequena confusão é feita nesta marca de qualidade. Na maioria
das igrejas ativas na pregação do evangelho, cunhou-se o pensamento de que cada
membro é um evangelista. Esta exposição não leva em consideração que evangelismo é
um dom e que nem todos o possuem. Contudo, não ter o dom do evangelismo não é ficar
de braços cruzados, todos podem aplicar seus dons no evangelismo. Em sua pesquisa,
Christian Schwarz confirma a tese de C. Peter Wagner, que dizia que cerca de 10% dos
cristãos têm o dom do evangelismo. 21
Quando foram questionados se o “evangelismo é de acordo com as necessidades
das pessoas?”, 13% responderam “perfeitamente”, 19% responderam “muito bem”, 46%
responderam “bem”, 8% responderam “pouco”, 9% responderam “bem pouco” e 5% não
responderam esta questão (ver o gráfico 26).
Somando-se as respostas positivas, chega-se a um total de 32% entre os que
responderam “perfeitamente” e “muito bem”. Entretanto, 17% assinalaram, somando-se
as respostas “pouco” e “muito pouco”, que o evangelismo não é de acordo com as
necessidades.
Relacionamentos marcados pelo amor fraternal
Para Schwarz, existe uma relação altíssima entre a capacidade de amar de uma
igreja e o seu potencial de crescimento.22 O maior argumento desta marca de qualidade
são as pessoas que amam verdadeiramente nas igrejas. Alguém sem Deus não precisa de
muitos discursos sobre Deus, ou sobre o seu amor, mas precisa ver Deus na vida das
pessoas que falam sobre Ele e o seu amor.
21 Schwarz, 34. 22 Ibid, 36.
27
Quatro perguntas foram feitas aos entrevistados com a intenção de medir esta
marca de qualidade. A pergunta “nossa igreja é uma grande família unida?” foi
respondida pelos entrevistados da seguinte forma: apenas 2% responderam
“perfeitamente”, 6% responderam “muito bem”, 26% responderam que a igreja é “bem”
unida, 32% assinalaram que a igreja é “pouco” unida, 24% responderam “bem pouco” e
apenas 1% não respondeu a esta questão (ver o gráfico 27).
Somando-se as respostas positivas “perfeitamente”, “muito bem” e “bem”, chega-
se a um total de 34%. Na percepção destes entrevistados, a igreja é uma grande família
unida. Por outro lado, para 56% dos entrevistados, a igreja parece não ser uma família tão
unida assim.
Para a pergunta “nossa congregação trata abertamente com divergências e
conflitos?”, 14% dos entrevistados responderam que a igreja trata “perfeitamente” com as
divergências, 15% responderam “muito bem”, 27% responderam “bem”, 23%
responderam “pouco” e 21% declararam que a igreja procede “bem pouco” abertamente
com os conflitos (ver o gráfico 28).
Com a somatória das respostas positivas “perfeitamente”, “muito bem” e “bem”,
chega-se a um total 56% dos entrevistados. Na percepção destes, a igreja trata
abertamente das divergências e conflitos. Contudo, para outros 44% a igreja parece não
tratar de conflitos e divergências de forma tão natural assim.
Diante da pergunta “novas pessoas são facilmente incorporadas em nossa
congregação?”, 5% responderam “perfeitamente”, 15% responderam “muito bem”, 34%
responderam “bem”, 28% responderam “pouco” e 15% responderam “bem pouco”. 3%
dos entrevistados não responderam a esta pergunta (ver o gráfico 29).
28
A somatória das respostas positivas “perfeitamente”, “muito bem” e “bem”,
conduz a um total 54%, de entrevistados que acreditam que novas pessoas são
incorporadas com facilidade pela igreja. Por outro lado, na percepção de 46% dos
entrevistados, novas pessoas não são incorporadas com tanta facilidade pela congregação.
A última pergunta sobre relacionamento feita aos entrevistados foi “os programas
e atividades em nossa igreja fortalecem os relacionamentos pessoais entre os membros?”.
Para ela, 14% dos entrevistados responderam que os programas fortalecem
“perfeitamente” os “relacionamentos pessoais entre os membros”. 25% responderam que
fortalece “muito bem”, 31% responderam que fortalece “bem”, 22% responderam que
fortalece “pouco” e 7% responderam que fortalece “bem pouco”. Apenas 1% não
respondeu a esta pergunta (ver o gráfico 30).
Ao somarem-se as respostas positivas “perfeitamente”, “muito bem” e “bem”,
chega-se a um total 70% de entrevistados que acreditam os programas e atividades da
igreja fortalecem os relacionamentos. Contudo, na percepção de 29% dos entrevistados,
os programas e atividades não fortalecem os relacionamentos tão bem assim.
As descrições das respostas feitas neste capítulo mostram a percepção dos
entrevistados acerca das oito marcas de qualidade de Schwarz na IASD Central de
Campinas. O próximo capítulo apresentará uma média comparativa das marcas de
qualidade, destacará as que foram mais pontuadas pelos entrevistados e fará aplicação do
fator mínimo nas marcas de qualidade para nortear um possível plano de ação.
29
CAPÍTULO 4
APLICAÇÃO DO FATOR MÍNIMO
Este capítulo será divido em duas partes. A primeira conceituará o princípio do
fator mínimo e a segunda trará a sua aplicação. Feito isto, ficará evidente quais são as
marcas assinaladas pelos entrevistados como mais fortes e quais são mais fracas.
Princípio do fator mínimo
A estratégia do fator mínimo permite concentrar as forças de ação sobre uma área
decisiva, que esteja impossibilitando o crescimento. Schwarz destaca que a estratégia do
fator mínimo parte do ponto que as marcas de qualidade menos desenvolvidas de uma
igreja são as que mais bloqueiam o seu crescimento.23
Por outro lado, continua Schwarz, a estratégia do fator mínimo não afirma que o
fator mínimo – área de maior dificuldade da igreja – seja mais importante do que os
outros fatores.24 No desenvolvimento natural da igreja o que conta é o desenvolvimento
harmonioso de todas as oito marcas de qualidade. O princípio do fator mínimo apenas
organizará os primeiros passos a serem dados dentro do processo de desenvolvimento
natural da igreja.
23 Christian A. Schwarz, O Desenvolvimento Natural da Igreja. (Curitiba, PR: Editora Evangélica Esperança, 2003), 50. 24 Ibid, 51.
O capítulo anterior mostrou a percepção dos entrevistados acerca das oito marcas
de qualidade. A partir da descrição de cada uma das marcas de qualidade, com suas
respectivas porcentagens e pontuação em números absolutos, é possível
média para cada uma das oito marcas e compará
antes de aplicar o princípio do fator mínimo.
A tabela abaixo apresentará as médias de cada uma das oito marcas de qualidade
da IASD Central de Campinas. A
possuem uma alta média nas respostas positivas e baixa média respostas negativas.
Como exemplo, veja
capacitadora”. Das quatro perguntas desta marca de qua
calcular a média. Cada pergunta possibilitava cinco respostas, três positivas
(“perfeitamente”, “muito bem” e bem”) e duas mais negativas ( “pouco” e “muito
pouco”). Uma média das resposta, tanto positivas quanto negativa
30
Aplicação do princípio
O capítulo anterior mostrou a percepção dos entrevistados acerca das oito marcas
de qualidade. A partir da descrição de cada uma das marcas de qualidade, com suas
respectivas porcentagens e pontuação em números absolutos, é possível
média para cada uma das oito marcas e compará-las entre si. Este será o primeiro passo
antes de aplicar o princípio do fator mínimo.
A tabela abaixo apresentará as médias de cada uma das oito marcas de qualidade
da IASD Central de Campinas. As marcas de qualidade mais fortes são aquelas que
possuem uma alta média nas respostas positivas e baixa média respostas negativas.
Como exemplo, veja-se a primeira marca analisada, que foi “liderança
capacitadora”. Das quatro perguntas desta marca de qualidade, três foram utilizadas para
calcular a média. Cada pergunta possibilitava cinco respostas, três positivas
(“perfeitamente”, “muito bem” e bem”) e duas mais negativas ( “pouco” e “muito
pouco”). Uma média das resposta, tanto positivas quanto negativas, foi feita. A soma da
O capítulo anterior mostrou a percepção dos entrevistados acerca das oito marcas
de qualidade. A partir da descrição de cada uma das marcas de qualidade, com suas
respectivas porcentagens e pontuação em números absolutos, é possível calcular uma
las entre si. Este será o primeiro passo
A tabela abaixo apresentará as médias de cada uma das oito marcas de qualidade
s marcas de qualidade mais fortes são aquelas que
possuem uma alta média nas respostas positivas e baixa média respostas negativas.
se a primeira marca analisada, que foi “liderança
lidade, três foram utilizadas para
calcular a média. Cada pergunta possibilitava cinco respostas, três positivas
(“perfeitamente”, “muito bem” e bem”) e duas mais negativas ( “pouco” e “muito
s, foi feita. A soma da
31
pontuação das respostas positivas das três perguntas geraram a média positiva da marca,
enquanto que a pontuação negativa das três perguntas produziu a média de respostas
negativas das marcas. Desta forma calculou-se cada umas das médias das marcas de
qualidade. Veja o gráfico abaixo, construído a partir das médias das marcas25:
O gráfico acima apresenta as médias comparativas das marcas de qualidade.
Parece ser difícil interpretá-lo, contudo ele é bem simples. Os três pontos no eixo “x”
marcam respectivamente, as respostas “em branco”, a “média de respostas positivas” e a
“média de respostas negativas”. A linha tracejada é o resultado da média26 das oito
marcas de qualidade. Desta forma, para uma marca destacar-se como boa, precisa ter uma
25 A Tabela 1, da página 30, contém todas as médias usadas neste gráfico. 26 As médias positivas de todas as marcas de qualidade foram somadas e divididas pela quantidade de marcas. O mesmo foi feito com as médias negativas e positivas das marcas de qualidade. Desta forma obteve-se a média geral.
32
média alta de respostas positivas, estar acima da linha tracejada, e deve ter uma média
baixa de respostas negativas, estar abaixo da linha tracejada.
Observando o gráfico acima, nota-se que três marcas de qualidade se destacam
positivamente na percepção dos entrevistados. São elas, “estruturas funcionais”,
“adoração inspiradora” e “evangelismo de acordo com as necessidades”. Outras duas se
destacam na percepção dos entrevistados como não sendo marcas tão fortes, são elas:
“grupos familiares” e “relacionamentos marcados pelo amor fraternal”. As outras três
marcas restantes ficam num estágio intermediário.
Tendo estes dados em mãos, resta apenas aplicar o princípio do fator mínimo.
Este princípio observa que as marcas de qualidade menos desenvolvidas bloqueiam o
crescimento da igreja. Desta forma, pode-se dizer que as marcas “grupos familiares” e
“relacionamentos marcados pelo amor fraternal”, estão de uma forma ou outra
emperrando e desenvolvimento natural da igreja27.
Estas marcas que apresentam alguma vulnerabilidade deverão ser prioridades no
cronograma de desenvolvimento da igreja. Esforços especiais precisarão ser dedicados a
estas marcas, sem, contudo, esquecer que as qualidades das outras marcas precisam ser
mantidas.
Entretanto, as marcas “estruturas funcionais”, “adoração inspiradora” e
“evangelismo de acordo com as necessidades” destacam-se com altas médias positivas.
Isso significa que estas são as marcas de qualidade mais fortes encontradas hoje na IASD
Central de Campinas.
27Christian A. Schwarz defende a idéia de crescimento natural da igreja. Ela possui este nome exatamente por ser extraída da natureza. Ele argumenta que para uma planta crescer, as resistências do ambiente precisam ser desenvolvidas, então o crescimento acontecerá naturalmente. Schwarz aplica este princípio à igreja. Logo, o que nos cabe, não é produzir crescimento, mas liberar o potencial de crescimento que Deus colocou na igreja.
33
Ao aplicar-se a estratégia do fator mínio sobre as marcas de qualidade
encontradas, ficou evidente, especialmente através do gráfico 34, como as marcas de
qualidade da igreja em estudo se relacionam, quais se destacam e quais apresentam
vulnerabilidades. O próximo capítulo apresentará as taxas de crescimento dos últimos 7
anos da IASD Central de Campinas.
34
CAPÍTULO 5
ANÁLISE DAS TAXAS DE CRESCIMENTO
O propósito deste capítulo será discorrer sobre o crescimento da IASD Central de
Campinas nos último sete anos. Ao estudarem-se os dados da secretaria desta igreja,
pode-se calcular a taxa de crescimento anual e do período. Pode-se ainda, identificar os
possíveis fatores que promoveram o crescimento e as formas deste crescimento. Nos
parágrafos que se seguem, cada um destes aspectos citados acima será analisado.
Fórmula para calcular as taxas de crescimento
Utilizando a fórmula28 TCA = [ ( f – i ) / i] x 100, é possível calcular as taxas de
crescimento de uma igreja em relação ao ano anterior.
Cálculo das taxas de crescimento
Através da fórmula apresentada acima, a taxa de crescimento anual da IASD
Central de Campinas foi calculada. A secretaria da igreja forneceu informações a respeito
da movimentação de membros correspondente aos anos de 2001 a 2007.
A partir destes dados, uma tabela foi construída para que os dados possam ser
analisados com mais clareza.
28 TC = Taxa de Crescimento, TCA = Taxa de Crescimento Anual, F = Número de Membros Final e I = Número de Membros Inicial.
35
A tabela acima mostra o “numero inicial”, “total de entrada de membros”, “total
de saída de membros” e o “número final de membros”, correspondente a cada ano desde
2001 até 2007. Na última coluna é possível ver a somatória das entradas e saídas de
membros do período. Note-se que a média da entrada de membros é de 103 no período de
2001 a 2007. A média de saída de membros correspondente ao mesmo período é de 65,28
membros. Portanto, pode-se dizer que a média de permanência de membros anual na
igreja em estudo é de 37,71 membros.
As taxas de crescimento anuais possibilitam a formulação do seguinte gráfico:
36
Nota-se no ano de 2001 houve um decréscimo (- 3,65%) na quantidade de
membros da igreja. Isto se deve ao fato de que a igreja iniciou o ano com 823 membros,
porém terminou apenas com 793 membros, sofrendo um decréscimo de 30 membros. No
ano de 2002 houve um crescimento de 4,67% em relação ao ano anterior. Nos registros
históricos da igreja, duas novas igrejas foram concluídas com o apoio da IASD Central, a
igreja do Jardim. S. José e Jardim. S. Fernando.29 Não é possível afirmar que haja uma
relação entre a conclusão destas duas novas igrejas e o decréscimo de 30 membros,
contudo, é possível sugerir que houve transferência de membros da igreja central para
estas novas igrejas,30o que aparentemente explicaria este decréscimo de 3,65%.
Um crescimento notável de 15,18% é visto no ano de 2003. Ao pesquisar-se a que
se deve este alto crescimento, constatou-se que no segundo semestre deste ano houve
uma série de conferências públicas dirigidas pelo Pr. Luiz Gonçalves, sob o tema “O
Apocalipse é a Resposta”.31 Neste ano o número de batismos chegou a um total de 113.
O ano de 2004 marcou o crescimento de 1,67% apenas. Nos registros históricos
da igreja, a única informação relativa a este ano é a inauguração do Mini Centro White
pelo Pr. Alberto Timm.
O ano de 2005 marcou um crescimento de 3,19%, quase o dobro do crescimento
registrado no ano anterior. Mesmo apresentado um crescimento pequeno, foi neste ano
que a igreja atingiu a marca de 1000 membros.
Em 2006, o crescimento foi de 3,89%. Neste ano houve troca de pastores na
igreja. O pastor Samuel Wolhers e sua esposa Elizeth C. Fonseca, deixam a igreja para
29 Breve histórico da IASD Central de Campinas, disponível em www.iasdcentral.blogspot.com (acessado dia 15/10/2008). 30 O total de transferências para outras igrejas registradas neste ano foi de 18 membros. 31 Ibid, acessado dia 15/10/2008.
37
chegada do pastor Pr. Hélio Coutinho e sua esposa Marta G. da Costa. O ano de 2007
marcou um crescimento de 4,32% em relação ao ano anterior.
Fazendo um resumo do crescimento do período, pode-se afirmar que de 2001 a
2007 a igreja em estudo cresceu 32,08%, ou 4,58% ao ano, contabilizando um
crescimento numérico total de 264 membros. É curioso notar que a igreja batizou 381
novos membros neste período, contudo marcou um crescimento numérico de apenas 264
membros.
Formas de crescimento
Quando se pensa no crescimento de uma igreja, logo se imagina na principal
forma de crescimento usada pela IASD que é o batismo de novos membros. Contudo, é
preciso ter em mente que uma igreja pode crescer de ao menos três formas: através de
batismo, profissão de fé e transferências. A pergunta que surge é: qual destes três
métodos é o que caracteriza mais o crescimento da IASD Central de Campinas? Veja as
porcentagens no gráfico abaixo:
38
Este gráfico retrata a forma de crescimento que mais se destacou no decorrer dos
anos em estudo na IASD Central de Campinas. Duas são as principais formas de
crescimento, “batismos” e “transferências”. Pode-se afirmar que no período de 2001 a
2007, da entrada total (721) de membros, 52,84% deu-se por meio do batismo, enquanto
que 44,38% foi por meio de transferências.
O crescimento por meio do batismo é o crescimento esperado de uma igreja que
desenvolve suas atividades evangelísticas. O crescimento pelo ingresso de novos crentes
na comunidade religiosa revela que empenhos evangelísticos estão sendo realizados. O
crescimento proporcionado por outras formas, como transferência, por exemplo, não é
resultado de esforços evangelísticos.
Se a opção de crescimento por meio de transferência de membros fosse retirada,
restando unicamente o crescimento por batismos e profissão de fé, a igreja em estudo
teria crescido apenas 17,19%, ao invés de 32,08%, chegando ao final de 2007 com
aproximadamente 965 membros, ao invés de 1087. Seriam necessários aproximadamente
mais 5 anos crescendo na mesma média anual de 4,58% para se chegar aos 1087
membros atuais. Pode-se inferir que a taxa de transferência de membros para a Igreja
Central de Campinas proveu um crescimento que só seria possível daqui a cinco anos.
Este capítulo apresentou as taxas de crescimento da Igreja Central de Campinas e
um panorama dos principais eventos ocorridos dentro de cada um dos anos estudados. O
próximo capítulo trará sugestões a IASD Central de Campinas.
39
CAPÍTULO 6
SUGESTÕES A IGREJA
A partir do estudo da amostragem, da análise das respostas para cada uma das
marcas de qualidade e dos gráficos construídos, especialmente os gráficos 31 e 32, é
possível fazer sugestões que serão úteis ao desenvolvimento e crescimento da igreja em
estudo. São elas:
1. Atentar para os resultados da aplicação do fator mínimo, conforme apresentado
capítulo IV. Este capítulo mostra que três marcas precisam receber atenção especial para
que não bloqueiem o crescimento da igreja. São elas a) “grupos familiares”, b)
“relacionamentos marcados pelo amor fraternal” e c) “liderança capacitadora.
a) Grupos Familiares
O gráfico 25 mostra com clareza que na percepção de 51% dos entrevistados, a
igreja não se reúne em pequenos grupos. Uma iniciativa brusca para implantar os
pequenos grupos pode provocar receio nos membros. Para que isso não ocorra, pode-se
iniciar promovendo o desenvolvimento das menores estruturas relacionais que a igreja já
possui que são as classes de escola sabatina. Expandindo-as mais tarde para pequenos
grupos.
Existe uma grande variedade de formas para se trabalhar com pequenos grupos.
Eles não precisam acontecer todos num único dia ou no mesmo horário. Pode-se criar
pequenos grupos por ministérios, afinidade profissional ou distribuição geográfica. Um
40
grupo de médicos pode ter o seu pequeno grupo relacional e evangelístico, onde outros
médicos que não são membros da comunidade evangélica podem participar. Um grupo de
jovens universitários, o que é bem comum na igreja em estudo, pode formar um pequeno
grupo para abordar temas como “ateísmo”, “criacionismo” e “secularização”. Um grupo
de idosos pode ter seu pequeno grupo relacional. Um grupo de famílias que moram
próximo pode reunir-se a cada sexta para o culto de pôr-do-sol. Enfim, não se deve
“engessar” o sistema com um formato padrão de data, horário ou tema.
Muito se perde pela falta de treinamento e acompanhamento pessoal. Em muitos
lugares, a formação e o desenvolvimento da igreja através de pequenos grupos foi
prejudicada pela falta de treinamento e acompanhamento. Uma igreja organizada em
pequenos grupos é mais saudável e se multiplica com mais facilidade. Portanto, o
fortalecimento da marca “grupos familiares” exige planejamento, treinamento e
acompanhamento. É um preço alto a ser pago, mas os resultados serão vistos em uma
igreja mais ativa, evangelizadora, e voltada para os relacionamentos.
b) Relacionamentos marcados pelo amor fraternal
Segundo o gráfico 27, na percepção de 56% dos entrevistados a igreja não é uma
família unida32. Os gráficos 28, 29 e 30, revelam carência de relacionamento entre os
membros. De fato, este é um grande desafio nas igrejas com mais de 1000 membros33.
Contudo, se a marca “grupos familiares” for promovida, esta também crescerá
consideravelmente, pois a essência dos grupos familiares ou pequenos grupos está nos
relacionamentos. O gráfico 8 mostra que apenas 23% dos entrevistados possuem mais de
10 amigos, e destes que possuem mais 10 amigos, 70% conseguiram atingir esta marca de
32 Ver o tópico “Relacionamentos marcados pelo amor fraternal”, p 26. 33 Schwarz, Christian. Desenvolvimento natural da Igreja (Curitiba, PR: Editora Esperança Evangélica), 37.
41
10 amigos apenas após 7 anos na igreja local (ver gráfico 8.1d)34. Este tempo de interação
precisa ser encurtado (ver os gráficos 8.1d, 8.1g, 8.1e, 8.1c e 8.2i).
A igreja poderá criar programas e atividades que promovam interação entre os
membros. Pode ainda, separar um momento dentro da programação para que os membros
se cumprimentem. Não se pode dizer que uma atividade ou outra irá elevar esta marca de
qualidade. Contudo, é correto afirmar que atividades que promovam o contato pessoal,
também elevarão esta marca de qualidade.
c) Liderança Capacitadora
Esta marca, na percepção dos entrevistados, carece desenvolvimento. Há líderes,
bons líderes, contudo é necessário que sejam capacitadores. A ideologia de ser um líder
capacitador precisa permear todos os departamentos e ministérios da igreja. Líderes
multiplicam sua influência através da capacitação e discipulado.
Pode-se realizar um encontro de líderes. Num encontro como este, os líderes
podem trocar experiências e estabelecer desafios pessoais quanto à forma de liderar. Este
também é o momento ideal para o pastor repartir com a liderança da igreja a sua “visão”
e juntos prepararem o calendário anual de atividades para a igreja. Este encontro ou retiro
também é um momento apropriado para realizar reavivamento entre a liderança da igreja.
Prover treinamento para todos os líderes de departamento a cada início de ano,
também é algo que pode ser feito para promover esta marca de qualidade.
É curioso notar que as três marcas citadas acima estão intimamente relacionadas.
Se forem trabalhadas juntas, irão liberar um potencial de crescimento grandioso. Os
grupos familiares promovem o relacionamento fraternal entre os membros, mas também
servem como ambiente apropriado para a formação de novos líderes. Por outro lado, os 34 Ver o tópico “Relacionamento com outros membros”, p.13.
42
grandes mentores da organização em pequenos grupos são os líderes da igreja. Desta
forma, uma marca de qualidade auxilia no desenvolvimento da outra.
2. Envolver os nichos sociais e etários da igreja35. Nota-se a partir do gráfico 5.2b,
por exemplo, que existem pequenos nichos na igreja. Eles estão ligados pela idade,
condição social profissão ou alguma outra afinidade. Não é preciso dissolvê-los, a
sugestão é que eles sejam lembrados, envolvidos e treinados dentro de suas habilidades
espirituais.
3. Criar Ministérios. É natural que em um comunidade religiosa grande, como a
igreja em estudo, haja diversidade de dons espirituais entre os membros. Isto possibilita
realizar projetos mais amplos. Contudo, segundo o gráfico 15, apenas 20% dos membros
conhecem seus dons e atuam em conformidade com eles. Para que cada um saiba quais
são suas habilidades espirituais, testes poderão ser aplicados. Após isto, ministérios
podem ser criados para atender necessidades especiais da comunidade e da igreja, mas
acima de tudo, garantir o envolvimento espiritual do membro.
Para cada necessidade especial da igreja poderá criar-se ministérios. Veja alguns
deles: Ministério de Louvor, Ministério da Oração Intercessória, Ministério da
Encenação, Ministério da Terceira Idade, Ministério da Transferência36e tantos outros37.
A sugestão é que a igreja crie mecanismos, ministérios, para que cada membro viva e
atue na plenitude dos seus dons.
35 Ver o tópico “Envolvimento nas atividades da igreja”, p. 6. 36 Notou-se uma grande quantidade de transferências para a igreja central de campinas. Ver o tópico “Formas de crescimento”, p. 36. 37
Uma lista sugestiva com 36 ministérios é apresentada na sessão “idéias criativas” do site www.mecdias.blogspot.com. Este site apresenta ainda, uma série de bibliografias e artigos sobre o tema crescimento de igreja.
43
É possível notar que nas sugestões feitas acima, não estão presentes receitas ou
métodos que prometem alavancar o crescimento. Elas unicamente destacam pontos, ou
áreas, que precisam receber atenção especial. Agora, caberá a igreja desenvolver os
programas e atividades que suplantem as deficiências detectadas.
44
CAPÍTULO 7
CONCLUSÃO
Um estudo como este não seria completo se não detectasse as áreas mais
desenvolvidas da igreja. Fato é que muitos trabalhos como este não apresentam nada mais
do que um panorama negativo, cheio de observações. É claro que os entraves do
crescimento precisam ser identificados e removidos. Contudo, é impossível realizar um
estudo como este e não detectar as áreas mais desenvolvidas da igreja.
O gráfico 34, revelou três marcas de qualidade pontuadas positivamente pelos
entrevistados. A primeira delas foi “estruturas funcionais”. Na percepção dos
entrevistados esta área da igreja é fortíssima, ou seja, a igreja possui mobilidade
estrutural para adequar-se e desenvolver as mais diversas atividades. Enquanto esta marca
parece ser o entrave para dezenas de outras igrejas, na Igreja Central de Campinas,
apresentou-se altamente positiva.
A segunda marca foi “evangelismo de acordo com as necessidades”. Esta marca é
formidável. Ela possibilita inferir que a igreja, no geral, sabe como contextualizar a
mensagem que prega sem ignorar as necessidades detectadas.
A terceira marca foi “adoração inspiradora”. Esta marca é uma das mais
importantes, e na Igreja Central de Campinas, ela destacou-se como altamente positiva.
Programas bem elaborados e organizados produzem momentos agradáveis na igreja.
45
Certamente, este é um dos melhores cartões de visita que uma igreja pode estender a um
visitante, para que volte outras vezes.
O cálculo das taxas de crescimento revelou que a Igreja Central de Campinas
cresceu 32,08% no período de 2001 a 2007. Deste crescimento, 17,18% corresponde ao
crescimento por meio de batismos, enquanto que o restante diz respeito ao crescimento
por meio de transferências de membros para a igreja em estudo. Embora as taxas de
crescimento da igreja sejam pequenas38, elas são progressivas. Espera-se apenas, que as
taxas de crescimento por meio do batismo assumam proporções maiores que as taxas de
crescimento por meio de transferências de membros.
Dezenas de horas foram empreendidas na elaboração deste estudo, que encontrará
o valor pretendido pelos autores, se de alguma forma auxiliar a igreja em questão a
prosseguir em seu crescimento.
38 Ver o gráfico 35 apresentado na p. 35.
46
ANEXOS 1
Gráficos
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
BIBLIOGRAFIA GERAL
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Sétimo Dia. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2006. Barna, George. O Marketing a Serviço da Igreja. São Paulo, SP: Abba Press, 2000. Barril, Russel. Discípulos Modernos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2006. História da IASD Central de Campinas, disponível em www.iasdcentral.blogspot.com
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