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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ESTUDO ERGONÔMICO DO POSTO DE ATIVIDADE DISCENTE EM INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR por VALDEMIR GALVÃO DE CARVALHO CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, UFRN, 1998 TESE SUBMETIDA AO PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO SETEMBRO, 2005 © 2005 VALDEMIR GALVÃO DE CARVALHO. TODOS DIREITOS RESERVADOS. O autor aqui designado concede ao Programa de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Rio Grande do Norte permissão para reproduzir, distribuir, comunicar ao público, em papel ou meio eletrônico, esta obra, no todo ou em parte, nos termos da Lei. Assinatura do Autor: ______________________________________________ APROVADO POR: ______________________________________________________________ Prof. Veder Ralfh Fernandes de Medeiros, D.Sc. - Orientador, Presidente ______________________________________________________________ Prof. Rubens Eugênio Barreto Ramos, D.Sc. – Membro Examinador _______________________________________________________________ Profª. Maria Bernadete Vieira de Melo, D. Sc. - Membro Examinador Externo

ESTUDO ERGONÔMICO DO POSTO DE ATIVIDADE … · de Administração Financeira e Orçamentária I, Administração Financeira e Orçamentária II e ... Ao meu amigo Geraldo Magela

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTECENTRO DE TECNOLOGIA

PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ESTUDO ERGONÔMICO DO POSTO DE ATIVIDADE DISCENTE EMINSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

por

VALDEMIR GALVÃO DE CARVALHO

CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, UFRN, 1998

TESE SUBMETIDA AO PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DAUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE COMO PARTE DOS

REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE

MESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

SETEMBRO, 2005

© 2005 VALDEMIR GALVÃO DE CARVALHO.TODOS DIREITOS RESERVADOS.

O autor aqui designado concede ao Programa de Engenharia de Produção da UniversidadeFederal do Rio Grande do Norte permissão para reproduzir, distribuir, comunicar ao público,

em papel ou meio eletrônico, esta obra, no todo ou em parte, nos termos da Lei.

Assinatura do Autor: ______________________________________________

APROVADO POR:

______________________________________________________________Prof. Veder Ralfh Fernandes de Medeiros, D.Sc. - Orientador, Presidente

______________________________________________________________Prof. Rubens Eugênio Barreto Ramos, D.Sc. – Membro Examinador

_______________________________________________________________Profª. Maria Bernadete Vieira de Melo, D. Sc. - Membro Examinador Externo

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Divisão de Serviços TécnicosCatalogação da Publicação na Fonte / Biblioteca Central Zila Mamede

Carvalho, Valdemir Galvão de. Estudo ergonômico do posto de atividade discente em instituição deensino superior / Valdemi Galvão de Carvalho. – Natal, RN 2005. xvii, 123 p. : il.

Orientador: Veder Ralfh Fernandes de Medeiros. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande doNorte. Centro de Tecnologia. Programa de Engenharia de Produção.

1. Ergonomia – Dissertação. 2. Conforto na sala de aula – Dissertação.3. Atividades discentes – Dissertação. 4. Instituições de ensino superior –Dissertação. I. Medeiros, Veder Ralfh Fernandes de. II. UniversidadeFederal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/UF/BCZM CDU 65.015.11

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SOBRE O AUTOR

Valdemir Galvão de Carvalho é Bacharel em Ciências Administrativas

(UFRN/1998); Licenciado em Educação Física (UFRN/2005) e Pós-

Graduado em Docência do Ensino Superior (UFRJ/2001). Durante o

mestrado foi professor titular da Faculdade de Ciências Cultura e

Extensão do Rio Grande do Norte (FACEX), ministrando as disciplinas

de Administração Financeira e Orçamentária I, Administração Financeira e Orçamentária II e

Análise das Demonstrações Financeiras.

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“...pode-se inferir que a escola tem a função de garantir obem-estar do educando de forma que este esteja apto àassimilação e aplicação dos conhecimentos e técnicasoferecidas. Sendo sua organização, instalações,equipamentos e mobiliários fatores importantes para odesempenho educacional com eficiência, criatividade ecompetência”. Tavares

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Em memória de meu pai João Evangelista deCarvalho, (1910-2004). Exemplo de chefe defamília e cidadão, que com amor soube meensinar às lições que a universidade foi incapazde me dar. “saber amar”.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por tudo que tem feito em minha vida.

Aos meus pais que sempre me orientaram no sentido de fazer o bem e a lutar com

determinação em busca dos meus ideais.

A minha companheira, que me encorajou nas horas difíceis.

A minha filhinha, que abdicou horas de recreação e lazer, para que eu pudesse concluir este

curso com o aproveitamento adequado.

A todos meus familiares.

Aos professores e alunos da Faculdade de Ciência Cultura e Extensão do Rio Grande do

Norte, pelo apoio e companheirismo.

A professora Isabel, pelo precioso apoio no tratamento estatístico dado na construção deste

trabalho;

Ao professor Veder Ralfh, pelo apoio, atenção na orientação e condução da pesquisa.

Ao professor Rubens pelo empenho, contribuição e atenção dispensada na orientação e

condução da pesquisa.

A professora Maria Bernadete, que como Membro Examinador Externo, contribuiu de

forma relevante no aprimoramento deste trabalho.

A Cleide, pela capacidade, atenção, respeito e tranqüilidade no atendimento aos alunos do

PEP.

Ao meu amigo Geraldo Magela pelo empréstimo do decibelímetro, que possibilitou registrar

as medições referentes à acústica das salas de aula.

Ao professor Aldomar Pedrini, Coordenador do Departamento de Conforto Ambiental do

Curso de Arquitetura da UFRN, pelo empréstimo do luxímetro e do termohigroanemômetro,

para a realização das medições referentes ao conforto luminoso e térmico.

E a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para essa conquista; meu muito

obrigado.

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Resumo da Tese apresentada à UFRN/PEP como parte dos requisitos necessários para a

obtenção do grau de Mestre em Ciências em Engenharia de Produção.

ESTUDO ERGONÔMICO DO POSTO DE ATIVIDADE DISCENTE EMINSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

VALDEMIR GALVÃO DE CARVALHO

Setembro/2005

Orientador: Prof. Veder Ralfh Fernandes de Medeiros

Co-Orientador: Prof. Rubens Eugênio Barreto Ramos

Curso: Mestrado em Ciências em Engenharia de Produção

Este pesquisa realizou um estudo ergonômico do posto de atividade discente de uma IES, foi

aplicado um questionário com indicadores ergonômicos estruturado em escala intervalar de

diferencial semântico de 0 a 10, em 290 alunos com idades entre 18 e 52 anos distribuídos por

5 cursos em 9 salas de aula, a amostra foi do tipo probabilística aleatória simples. As técnicas

estatísticas empregadas foram a análise descritiva e a análise de clusters através do software

statistica 5.0 considerando p ≤ 0,0500. Envolvendo as seguintes variáveis: Layout; Cores;

Acústica; Iluminação; Temperatura; Postura; Mobiliário, e Equipamentos didáticos. Os

resultados obtidos apontam para considerar que o layout das salas, a percepção de conforto

acústico, a postura dos alunos e o mobiliário das salas de aula pesquisadas foram as

condicionantes que mais se destacaram negativamente quanto à percepção de conforto do

usuário. O NPS variou de 57,9 a 91,5 dB(A) valores acima do recomendado para salas de aula

de acordo com a NBR 10152; NR 15; NR 17; Portaria nº 3214/1978, do Ministério do

Trabalho e a literatura pesquisada. A Iluminação registrou intervalo de 139 a 966 Lux, valores

fora dos limites de intervalo recomendado para salas de aula segundo a NBR 5413 e NR 17. A

temperatura térmica registrou intervalo de 24° a 25,9ºC; a URA 41,6 a 79,1% e a velocidade

do ar 0,1 a 1,0 m/s, valores acima do recomendado para salas de aula segundo a NBR 6401 e

NR – 17. A pesquisa sugere ainda que haveria associações entre dores no corpo a posturas dos

alunos e o mobiliário das salas de aula. Os resultados sugerem pesquisas adicionais

especialmente para as condições térmica e acústica das salas de aula.

Palavras Chaves: Ergonomia, Conforto, Salas de aula.

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Abstract of Master Thesis presented to UFRN/PEP as fulfillment of requirements to the

degree of Master of Science in Production Engineering

ERGONOMICS STUDY OF STUDENT ACTIVITY PLACE ON A HIGHER

EDUCATION INSTITUTION

VALDEMIR GALVÃO DE CARVALHO

September/2005

Thesis Supervisors:

Veder Ralfh Fernandes de Medeiros

Rubens Eugênio Barreto Ramos

Program: Master of Science in Production Engineering

This research carried through an ergonomic study of the rank of learning activity of a IES,

was applied a questionnaire with ergonomic pointers structuralized in scale to intervalar of

semantic differential of 0 the 10, in 290 pupils with ages between 18 and 52 years distributed

for 5 courses in 9 classrooms, the sample was of the simple random probabilist type. The used

statistical techniques had been the descriptive analysis and the analysis of clusters through

statistica software 5,0 considering p ≤ 0,0500. Involving the following 0 variable: Layout;

Colors; Acoustics; Illumination; Temperature; Position; Didactic furniture, and Equipment.

The gotten results point to consider that the layout of the rooms, the perception of acoustic

comfort, the position of the pupils and the furniture of the searched classrooms had been the

condicionantes that had been more distinguished negative how much to the perception of

comfort of the user. The the 91,5 NPS varied of 57,9 dB(A) values above of recommended for

classrooms in accordance with NBR 10152; NR 15; NR 17; It would carry nº 3214/1978, of

the Ministry of the Work and searched literature. The Illumination registered interval of 139

the 966 Lux, values are of the limits of interval recommended for classrooms according to

NBR 5413 and NR 17. The thermal temperature registered interval of 24° 25,9ºC; URA 41,6

79.1% and the 0.1 air speed 1,0 m/s, values above of recommended for classrooms according

to NBR the 6401 and NR – 17. The research still suggests that it would have associations

between pains in the body the positions of the pupils and the furniture of the classrooms. The

results suggest research especially add for the conditions thermal and acoustics of the

classrooms.

Keys Words: Ergonomics, Comfort, Classrooms.

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ÍNDICE Pag

Capítulo 1 - Introdução ................................................................................................... 011.1 Considerações Iniciais ....................................................................................... 011.2 Definição do Problema....................................................................................... 031.3 Justificativa da Pesquisa .................................................................................... 081.4 Objetivos da Pesquisa......................................................................................... 101.5 Limitações.......................................................................................................... 111.6 Estrutura Geral da Dissertação........................................................................... 11

Capítulo 2 - Estudo Ergonômico do Posto de Atividade Discente.................................. 132.1 Evolução Histórica da Ergonomia...................................................................... 132.2 Conceitos Fundamentais..................................................................................... 142.3 O Layout no posto de Atividade Discente.......................................................... 182.4 Emprego das Cores no Posto de Atividade discente.......................................... 222.5 Conforto Acústico no Posto de Atividade discente............................................ 242.6 Conforto Luminoso no Posto de Atividade discente.......................................... 302.7 Conforto Térmico no Posto de Atividade discente............................................ 362.8 A importância da Postura do Aluno no seu Posto de Atividade........................ 392.9 O Mobiliário no Posto de Atividade Discente.................................................... 422.10 Os Equipamentos Didáticos Auxiliares no Posto de Atividade Discente........ 492.11 Conclusão......................................................................................................... 51Notas de Fim de Capítulo......................................................................................... 52

Capítulo 3 - Metodologia da Pesquisa............................................................................. 533.1 Caracterização do Setor Pesquisado................................................................... 533.2 Tipologia da Pesquisa......................................................................................... 543. População e Amostra............................................................................................ 553.4 Instrumento de Coleta de Dados........................................................................ 573.5 Coleta de Dados.................................................................................................. 593.6 Técnica de Análise de Dados............................................................................. 613.6.1 Análise Descritiva........................................................................................... 613.6.2 Análise Multivariada....................................................................................... 613.6.3 Análise do Teste Qui-Quadrado...................................................................... 623.7 Conclusão........................................................................................................... 63

Capitulo 4 - Resultados da Pesquisa de Campo.............................................................. 64

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4.1 Validação da Pesquisa........................................................................................ 644.1.1 População e Amostra................................................................................ 644.1.2 Perfil dos Entrevistados............................................................................ 654.1.3 Questionário............................................................................................. 66

4.2 Análise Descritiva.............................................................................................. 664.2.1 Estudo Ergonômico do Posto de Atividade Discente............................... 67

4.2.1.1 Layout.......................................................................................... 674.2.1.2 Cores............................................................................................ 694.2.1.3 Acústica....................................................................................... 714.2.1.4 Iluminação................................................................................... 754.2.1.5 Conforto Térmico........................................................................ 784.2.1.6 Postura......................................................................................... 814.2.1.7 Mobiliário.................................................................................... 824.2.1.8 Equipamentos Didáticos.............................................................. 85

4.3 Resultados da Análise de Clusters...................................................................... 864.3.1 Ergonomia no Layout do Posto de Atividade Discente........................... 874.3.2 Emprego das Cores no Posto de Atividade Discente............................... 884.3.3 Conforto Acústico no Posto de Atividade Discente................................. 904.3.4 Conforto Luminoso no Posto de Atividade Discente............................... 914.3.5 Conforto Térmico no Posto de Atividade Discente................................. 934.3.6 Conforto Postural no Posto de Atividade Discente.................................. 944.3.7 Conforto do Mobiliário no Posto de Atividade Discente......................... 954.3.8 Equipamentos Didáticos do Posto de Atividade Discente....................... 974.4 Resultados da Análise do Teste Qui-quadrado........................................... 100

4.5 Conclusão........................................................................................................... 101

Capítulo 5 - Conclusões e Recomendações..................................................................... 1025.1 Revisão da Literatura.......................................................................................... 1025.2 Metodologia da Pesquisa.................................................................................... 1045.3 Resultados da Pesquisa....................................................................................... 1055.4 Análise Crítica do Trabalho.............................................................................. 1095.5 Limitações do Trabalho...................................................................................... 1105.5.1 Abrangências................................................................................................... 1105.6 Direções de Pesquisa.......................................................................................... 1115.7 Recomendações.................................................................................................. 1115.8 Conclusão........................................................................................................... 114

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Referências Bibliográficas............................................................................................... 116

Anexo I – Instrumento de PesquisaAnexo II – Mensuração das Condições ErgonômicasAnexo III – Análise Descritiva das VariáveisAnexo IV – Resultados da Análise de ClustersAnexo V – Resultados do teste Qui-QuadradoAnexo VI – Relação de Fotografias

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1.1 - Esquema da Metodologia da Dissertação..................................................... 11Figura 2.1 - As fontes de luz devem estar localizadas de modo a evitar reflexos e

sombras na superfície de trabalho................................................................ 34Figura 2.2 - As luminárias devem ficar posicionadas 30º acima da linha de visão e atrás

do trabalhador, para evitar ofuscamento e reflexos............................. 34Figura 2.3 - Sistema de iluminação típico em área de trabalho........................................ 34Figura 2.4 - Rotação da coluna dorso lombar................................................................... 42Figura 2.5 - Movimentos extremos de flexão e extensão................................................. 42Figura 2.6 - Amplitude total de inclinação da cabeça...................................................... 42Figura 2.7 - Amplitude de rotação da cabeça................................................................... 42Figura 2.8 - Áreas de visão ótima e máxima.................................................................... 42Figura 2.9 - Superfície de trabalho para desenho............................................................. 44Figura 2.10- Superfície de trabalho para leitura............................................................... 44Figura 2.11- Linha normal da visão................................................................................. 45Figura 2.12 - Dimensões antropométricas críticas a serem consideradas no projeto de

um posto de atividade para a pessoa sentada................................................ 46Figura 2.13 - A rotação da bacia na passagem do estar de pé para o estar sentado......... 48Figura 2.14 - O contato da nádega com a superfície do assento...................................... 48

Figura 2.15 - Posição em apoio ísquio-sacral................................................................... 48

Figura 4.1 - Distribuição dos alunos por unidade da instituição...................................... 64

Figura 4.2 - Localização da porta de entrada da sala de aula........................................... 68

Figura 4.3 - Densidade Social (quantidade de alunos por turma).................................... 69

Figura 4.4 - Utilização das cores para a transmissão da informação com recursosdidáticos......................................................................................................

70

Figura 4.5 - Percepção de conforto acústico das salas de aulas....................................... 72

Figura 4.6 - Percepção de conforto acústico das salas de aulas....................................... 73

Figura 4.7 - Comunicação da informação professor/aluno.............................................. 73

Figura 4.8 -Incidência de luz direta nos olhos.................................................................. 76

Figura 4.9 - Reflexos........................................................................................................ 77

Figura 4.10 - Ofuscamentos............................................................................................. 77

Figura 4.11 - Localização dos equipamentos de ar condicionado.................................... 79

Figura 4.12 - Ventilação (circulação do ar na sala de aula)............................................. 80

Figura 4.13 - Acomodação postural em função do mobiliário......................................... 81

Figura 4.14- Acomodação postural em função dos recursos didáticos............................ 82

Figura 4.15 - Conforto do assento das carteiras das salas de aula.................................... 83

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Figura 4.16 - Conforto nas costa do apoio das carteiras das salas de aula....................... 83

Figura 4.17 - Altura do assento das carteiras das salas de aula........................................ 84

Figura 4.18 - Nitidez da leitura nos equipamentos didáticos........................................... 85

Figura 4.19 - Variáveis significantes na formação dos clusters - Layout........................ 88

Figura 4.20 - Variáveis significantes na formação do cluster - Cores.............................. 89

Figura 4.21 - Variáveis significantes na formação do cluster - Acústica......................... 90

Figura 4.22 - Variáveis significantes na formação do cluster - Iluminação..................... 92

Figura 4.23 - Variáveis significantes na formação do cluster - Temperatura.................. 94

Figura 4.24 - Variáveis significantes na formação do cluster - Postura.......................... 95

Figura 4.25 - Variáveis significantes na formação do cluster - Mobiliário...................... 96

Figura 4.26 - Variáveis significantes na formação do cluster - Equipamentos didáticoauxiliares.....................................................................................................

98

Figura 4.27 - Resultado percentual das dores no corpo sentida pelos alunos.................. 100

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 2.1 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente (NR - 15).......... 26Tabela 2.2 - Intervalo de conforto acústico recomendado para salas de aula.................. 29Tabela 2.3 - Níveis de luminosidade ideal para salas de aulas........................................ 35Tabela 2.4 -: Intervalo de Conforto Luminoso em Lux para Salas de Aula.................... 35Tabela 2.5 - Volume de ar e ventilação necessários para diversos tipos de trabalho....... 37Tabela 2.6 -: Intervalo de Conforto Térmico................................................................... 38Tabela 3.1 - Número de instituições de educação superior, cursos e matrículas porcategoria administrativa - Brasil - 1998 a 2003.............................................................. 54Tabela 4.1 - Dados sócio-demográficos dos alunos pesquisados..................................... 65Tabela 4.2 - Medidas de consistência interna (alfa de Chronbach) ................................ 66Tabela 4.3 - Indicadores Ergonômicos do Arranjo Físico das Salas de AulasPesquisadas......................................................................................................................

69

Tabela 4.4 - Indicadores Ergonômicos do Emprego de Cores nas Salas de AulaPesquisadas.......................................................................................................................

70

Tabela 4.5 - Níveis de Pressão Sonora das Salas de Aula Registrados comDecibelímetro...................................................................................................................

71

Tabela 4.6 - Nível Acústico de Sinal/Ruído (S/R)........................................................... 74Tabela 4.7 - Indicadores Ergonômicos da Acústica das salas de Aula Pesquisadas........ 74Tabela 4.8 - Níveis de Luminância das Salas de Aula Registrados com Luxímetro...... 75Tabela 4.9 - Indicadores Ergonômicos da Iluminação das Salas de Aula Pesquisadas... 78Tabela 4.10 - Intervalo Térmico das Salas de aula Registrado comTermohigroanemômetro...................................................................................................

79

Tabela 4.11 - Indicadores Ergonômicos do Conforto Térmico das Salas de AulaPesquisadas.......................................................................................................................

80

Tabela 4.12 - Indicadores Ergonômicos do Conforto Postural dos Alunos em Salas deAula..................................................................................................................................

82

Tabela 4.13 - Indicadores Ergonômicos do Conforto do Mobiliário das Salas de AulaPesquisadas.......................................................................................................................

84

Tabela 4.14 - Indicadores Ergonômicos dos Equipamentos Didáticos das Salas de AulaPesquisadas..............................................................................................................

85

Tabela 4.15 - ANOVA - Layout....................................................................................... 87Tabela 4.16 - ANOVA - Cores......................................................................................... 88Tabela 4.17 - ANOVA - Acústica................................................................................. 90Tabela 4.18 - Variáveis que identificam dentro do perfil, diferenças entres osclusters..............................................................................................................................

91

Tabela 4.19 - ANOVA - Iluminação................................................................................ 92

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Tabela 4.20 – ANOVA - Temperatura............................................................................. 93

Tabela 4.21 - ANOVA - Postura...................................................................................... 94

Tabela 4.22 - ANOVA - Mobiliário................................................................................. 95

Tabela 4.23 - Variáveis que identificam dentro do perfil, diferenças entres osclusters........................................................................................................

97

Tabela 4.24 - ANOVA - Equipamentos didático auxiliares............................................. 97

Tabela 4.25 - Resultado do Teste Qui-quadrado para verificação da associação entreclusters e algumas variáveis categóricas e não categóricas........................

100

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ÌNDICE DE QUADROS

Quadro 3.1 - Variáveis do questionário x Fundamentação teórica x Autores .....................

Quadro 4.1 - Resultado da Análise Descritiva referente a percepção de conforto dosIndicadores Ergonômicos do Posto de Atividade Discente............................

Quadro 4.2 - Resultado da Análise de Clusters referente a percepção de conforto dosIndicadores Ergonômicos do Posto de Atividade Discente...............................

58

86

99

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas TécnicasABPA - Associação Brasileira para Previdência de AcidentesABERGO – Associação Brasileira de ErgonomiaABILUX - Associação Brasileira das Indústrias de IluminaçãoAET – Análise Ergonômica do TrabalhoACE - Avaliação das Condições de EnsinoASHRAE – American Society of Heating Refrigerating and Air-Conditioning EngineersCAT - Classe de Atenuação de TetoCFR - Coeficiente de Redução de RuídoCPSU-OHS – Community and Public Sector Union Occupational Health and SafetyDAES - Diretoria de Estatísticas e Avaliação da Educação SuperiorGAO - General Accounting OfficeIBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e EstatísticaIEA – International Ergonomics AssociationIES – Instituição de Ensino SuperiorINEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas EducacionaisINMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade IndustrialINSS - Instituto Nacional de Seguridade SocialISO - International Organization For StandardizationLSTM – Legislação de Segurança e Medicina do TrabalhoMEC – Ministério da EducaçãoNBR - Norma Brasileira RegistradaNIOSH – National Institute For Occupational And HealthNPS – Nível de Pressão SonoraNR-15: Norma Regulamentadora nº 15NR-17: Norma Regulamentadora nº 17NR-26: Norma Regulamentadora nº 26TR - Tempo de ReverberaçãoPAIR - Perda Auditiva Induzidas pelo RuídoSINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação SuperiorURA – Umidade Relativa do Ar

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Capítulo 1Introdução

Esta pesquisa tem por objetivo investigar as condições de conforto físico ambientaldas salas de aula em relação às normas regulamentadoras brasileiras e apercepção subjetiva de conforto na opinião dos alunos, contribuindo para o avançodo estudo ergonômico relacionado com a caracterização do ambiente físico dasatividades discente no ensino superior e para a qualidade do serviço prestado. Apesquisa aborda o posto de atividade discente através dos indicadores físicos eergonômicos presentes no ambiente físico das salas de aulas, quais sejam: layout,cores, acústica, iluminação; temperatura; postura, mobiliário e as condições dosequipamentos didáticos auxiliares.O presente capítulo está composto por seis sessões, a primeira aborda asconsiderações iniciais sobre o tema; a segunda aborda a definição do problema; aterceira a justificativa; a quarta os objetivos; a quinta as limitações e a sextasessão a estrutura geral desta dissertação.

1.1 Considerações Iniciais

As IES (Instituições de Ensino Superior) como organizações de trabalhopertencentes ao setor terciário da economia são instituições prestadoras deserviços complexos e detentoras de uma clientela exigente, dinâmica e geradorade um produto primordial para a sociedade, a natureza dos serviços por elasofertados implica além das exigências de qualidade dos profissionais que nelaatuam. Existe uma crescente preocupação com a qualidade do ensino em todos osníveis não apenas por parte do governo e empresários mais principalmente porparte de professores e alunos, essa preocupação não é apenas no sentido daprodução do conhecimento, mais também nas condições ambientais em que seprocessa essa produção de conhecimento, seja no trabalho docente ou discente.No trabalho docente as características pessoais como equilíbrio, dinamismo,criatividade, habilidade no relacionamento interpessoal, formação, interesse,disponibilidade interna para atualização constante, flexibilidade, entre outros, sãoos principais requisitos exigidos pela profissão docente e que refletirá na produçãoe na qualidade da aprendizagem dos discentes. Durante as aulas os professorespassam a maioria do tempo em pé na posição estática e em contração isométricaou em pé em postura mais dinâmica, e que na maioria das vezes precisam ensinarem diversas instituições de ensino para aumentar a sua renda, acabam tendo um

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desgaste físico e mental muito grande ocasionando fadiga e gerando estresse epossibilitando a ocorrência do surgimento de diversas doenças ocupacionais.Os discentes ao contrário dos professores passam a maior parte das aulassentados, o mobiliário disponível é geralmente inadequado o que possivelmentepossibilita em longo prazo o surgimento de distúrbios ocupacionais comolombalgias, artrites, e desconfortos musculares. Muito dos alunos geralmentetrabalham para poder custear as despesas de seus estudos, aumentando odesgaste físico e conduzindo a fadiga, por isso eles necessitam de mobiliário maisconfortável que possibilite manter uma boa postura em seu posto de atividade portempo prolongado.Por outro lado, os equipamentos didáticos disponíveis são na maioria das vezesinsuficiente para atender a demanda das salas de aulas e geralmente encontram-se posicionados de maneira incorreta não obedecendo a altura e angulaçõesrecomendadas, a iluminação do ambiente, a acústica das salas de aulas,equipamentos de ar condicionado barulhentos, a temperatura do ambiente, aquantidade de alunos por turma de aula, as instalações inadequadamenteprojetadas, o layout, as cores do ambiente, as cores utilizadas para a transmissãoda informação com recursos didáticos e a infra-estrutura das instituições, todasessas questões são condicionantes que interferem na percepção do conforto, nobem-estar discente na produção e no desempenho do processo de ensino eaprendizagem.A ausência de estratégia empresarial, aliada a escassez de recursos financeiros,conduz os empresários das IES na maioria das vezes observam por ocasião deseus investimentos estas condições ambientais das salas de aula apenas comocustos e alguns fatores intangíveis nos resultados obtidos, essas questõesinterferem no investimento de recursos em infra-estrutura adequada para ascondições ambientais de trabalho do processo de ensino e aprendizagem nasinstituições de ensino e que refletem na percepção do conforto de seus usuários.O ambiente escolar precisa de instalações bem estruturadas e voltadas para opropósito de ensino, a falta de manutenção adequada no ambiente físico e nosequipamentos, parecem conduzir a doenças e aprendizados deficientes,independentemente da questão financeira, o ambiente escolar deve ser visto comoum espaço versátil e de construção do conhecimento.

1.2 – Definição do Problema

O ambiente escolar é um espaço versátil de produção do conhecimento quenecessita de avaliação das suas instalações físicas e de equipe pedagógicaeficiente para fazer fluir com qualidade o processo de ensino e aprendizagem paraos seus usuários, é fundamental um trabalho integrado entre os objetivos dainstituição de ensino e os ambientes oferecidos aos alunos. Segundo Arruda(1999, p.52), “O Estado, obediente à cartilha de organismos internacionais, cujas

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diretrizes para a educação superior caminham para atendimento às demandasimpostas pela economia cada vez mais competitiva e globalizada, utiliza-se decritérios e objetivos para avaliação que nem sempre coincidem com os dacomunidade acadêmica”.Com o intuito de melhorar a qualidade do ensino diversas medidas foram tomadaspelo governo federal, a partir de 1995 passou-se a adotar vários mecanismos deavaliação dos cursos de graduação, que forneceram à sociedade e aos gestoreseducacionais uma série de informações, mas que ainda não atingem todos oscursos e instituições do país. Os procedimentos de avaliação e supervisão peloMEC (Ministério da Educação e Cultura) nas IES, têm fundamento legal no IncisoIX do Artigo 9º da Lei de Diretrizes e Bases (Lei nº 9.394/96), que arrola comoatribuições da União “autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar oscursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do SistemaFederal de Ensino Superior”. (BRASIL, 1996).O Diário Oficial da União, publicou o Decreto nº 3.860, de 9 de julho de 2001,mudou as regras de organização e avaliação de cursos e instituições do ensinosuperior. As medidas reordenam as competências do Ministério da Educação, doCNE (Conselho Nacional de Educação) e do Instituto Nacional de Estudos ePesquisas Educacionais (Inep/MEC). (BRASIL, 2001).A Portaria nº 990, de 03 de abril de 2002, estabeleceu as diretrizes para aorganização e execução da avaliação das instituições de educação superior e dascondições de ensino dos cursos de graduação. (BRASIL, 2002).A Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, instituiu o SINAES (Sistema Nacional deAvaliação da Educação Superior) que é composto pelos seguintes instrumentos:Avaliações das Condições de Ensino (utilizado pelo MEC para promover oreconhecimento ou a renovação dos cursos de graduação) e AvaliaçãoInstitucional (tem o objetivo de verificar as condições gerais de funcionamentodos estabelecimentos de educação superior). O Parecer CES nº 0111, doConselho Nacional de Educação, propôs a padronização para a AvaliaçãoInstitucional de Centro Universitário, onde as categorias de análise sãodesdobradas em três dimensões: organização institucional, corpo docente einstalações. (BRASIL, 2004).O serviço de educação no Brasil está inserido no terceiro setor da economia e asIES estão organizadas sob as seguintes categorias administrativas ou formas denatureza jurídica: Públicas (Federais, Estaduais e Municipais) e Privadas que sãomantidas e administradas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado epodem se organizar como: Instituições privadas com fins lucrativos ou Particularesem sentido estrito (instituídas e mantidas por uma ou mais pessoas físicas oujurídicas de direito privado); instituições privadas sem fins lucrativos, que podemser: Comunitárias (instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou maispessoas jurídicas, inclusive cooperativas de professores e alunos que incluam nasua entidade mantenedora, representantes da comunidade); Confessionais(instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas

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que atendam à orientação confessional e ideológica específica) e Filantrópicas quesão as instituições de educação ou de assistência social que prestem os serviçospara os quais foram instituídas e os coloquem à disposição da população emgeral, em caráter complementar às atividades do Estado, sem qualquerremuneração.O inciso II, do art. 19, da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, afirma que aspessoas jurídicas de direito privado, mantenedoras de instituições de ensinosuperior, poderão assumir qualquer das formas admitidas em direito, de naturezacivil ou comercial e quando constituídas como fundações, serão regidas pelodisposto no art. 24 do Código Civil Brasileiro. (BRASIL, 1996).O art. 1º do Decreto nº 2.306, de 19 de agosto de 1997, dispõe que as IES estãoorganizadas da seguinte forma: Universidades; Universidades Especializadas;Centros Universitários; Centros Universitários Especializados; FaculdadesIntegradas; Faculdades; Institutos Superiores ou Escolas Superiores e Centros deEducação Tecnológica. O ensino pode ser ministrado nas seguintes modalidades:Presencial (pelo menos, 75% das aulas e em todas as avaliações), Semipresencial(combina ensino presencial e a distancia) e a distância. (BRASIL, 1997).No serviço público as condições de ensino é crítica pelo descaso dos nossosgovernantes, mas no setor privado as condições são melhores, por sereminstituições independentes cujos recursos financeiros podem ser facilitadores para obtençãoda qualidade dos seus espaços físicos, a instituição tem a liberdade de investir dentrode sua capacidade. Mas a qualidade dos serviços prestados e do conforto doponto de vista do cliente ainda parece estar longe da excelência, essa falta depensamento estratégico focada no cliente, aliada a escassez de recursosfinanceiros possibilita aos empresários muitas vezes, observarem as condiçõesambientais das salas de aula, por ocasião de seus investimentos, apenas comocustos e fatores intangíveis nos resultados, o que acaba por interferir noinvestimento de recursos em infra-estrutura adequada para as condiçõesambientais de trabalho do processo de ensino e aprendizagem e refletem napercepção do conforto e na qualidade do serviço oferecido pela instituição.No Brasil durante os últimos anos tem se observado o aumento da quantidade deunidades de IES privada de maneira desordenada, os empresários têm sepreocupado mais na localização do imóvel do que na qualidade das suasinstalações físicas, obrigando seus usuários a se adequar ao ambiente indo deencontro às exigências da ergonomia. A falta de manutenção nas estruturas doambiente físico e nos equipamentos, a falta de fiscalização das condições físico-ambentais de ensino, ruído excessivo, má iluminação do ambiente, o arranjo físicodas salas de aula, as cores do ambiente, as cores do conteúdo escrito, o mobiliáriodisponível que na maioria das vezes atendem a questões estéticas e ao preço emdetrimento da qualidade e da apropriação para o uso em sala de aula, entreoutros, são possíveis causas que conduzem a desconfortos e aprendizadodeficiente, sendo um problema para o posto de atividades discente na organização

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das condicionantes físico-ambientais e ergonômicas, necessárias paradesenvolver o processo de ensino aprendizagem no posto de atividade discente.Segundo Vidal (2002, p.98), “a atividade de trabalho é o que o sujeito fazrealmente na situação de trabalho, è a confluência entre os componentespessoais, organizacionais e tecnológicos de um processo de trabalho”. Para Vidal(2003, p.9), “o conceito de atividade de trabalho inclui a expectativa do que deveser realizado (tarefa) associando-a com as noções complementares de execução(como é realizado a tarefa) e dos requisitos para sua boa execução”. Observa-se,portanto que na pedagogia a tarefa proposta quando colocada em prática pela IESna maioria das vezes não se desenvolvem e não se concretizam da maneira comofoi planejada, ou seja, a tarefa no posto de atividade discente deveria transcorrerem conformidade com a atividade executada pelos alunos.Neste estudo entende-se por atividade o que o aluno efetivamente realiza paraexecutar o que foi prescrito, isto é a realização da tarefa, considerando-se o postode atividade discente como sendo o local de trabalho do aluno, a sua localizaçãodentro do ambiente físico da sala de aula, sendo sujeito as influências dascondicionantes do conforto do ambiente físico e das condicionantes ergonômicasdas cores presentes no ambiente, dos equipamentos didáticos auxiliares, dolayout, da postura dos alunos em relação aos equipamentos didáticos e aomobiliário disponível, entre outros.O posto de atividade discente sofre influencias do arranjo físico que pode serinfluenciador de atitude e comportamento dos alunos como, coesão, atenção,níveis de participação, padrões de comunicação e relações interpessoais,proporcionando um melhor bem-estar ao aluno em função da distribuição eorganização das carteiras pelo espaço físico das salas de aula, da quantidade de alunospor turma, do arranjo dos equipamentos didáticos, da localização da porta deentrada da sala de aula, da localização do quadro, entre outros. O NPS (Nível de Pressão Sonora) é uma condicionante de conforto físico que sefaz presente no posto de atividade discente, as sensações de incômodo edesconforto psicológico causadas pelo ruído têm seus efeitos negativos sobre obem-estar mental e contribui para o surgimento do cansaço e da fadiga crônica, orendimento em atividades que requerem concentração mental diminui quando noambiente acontecem NPS muito altos, o estresse do professor é intensificado diante dascondições acústicas do espaço físico de trabalho, inibindo o aproveitamento e o rendimentodos alunos, os professores se sentem incomodados em ministrar aulas em salasruidosas, apresentam problemas de voz acarretados pela necessidade de falaralto, percebem a interferência do ruído no entendimento de sua fala, os alunos têmdificuldade para escutar e a atenção torna-se dispersada, existem problemas deinterferência na fala advindos de ruídos produzidos no interior da própria escola,seja por realização simultânea de atividades acusticamente incompatíveis, seja porlayout inadequado, elevados níveis de ruído e/ou condições de reverberaçãoinadequadas desfavorecem o processo de ensino-aprendizagem chegando até aresultar em baixo aproveitamento por parte dos alunos; a reverberação da sala de

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aula, o grau de inteligibilidade e o nível de Sinal/Ruído são as principais variáveiscondicionantes da comunicação entre professores e alunos, que podem prejudicaro aprendizado a saúde e o bem-estar discente.O conforto luminoso é uma condicionante do ambiente físico presente no posto deatividade discente que poderá oferecer uma melhor ou pior condição de trabalhoaos alunos, níveis adequado de iluminância além de propiciar a redução da fadigavisual favorece o desempenho e reduz os gastos com o consumo de energiaelétrica.O conforto térmico é uma condicionante de conforto físico do ambiente presenteno posto de atividade discente, visto que salas de aula adequadas do ponto devista de conforto térmico irão proporcionar melhores condições de trabalho ao seuusuário, favorecendo o desempenho ótimo do organismo humano predispondo amelhoria da sua eficiência e produtividade, da mesma forma que más condiçõesde temperatura, umidade relativa do ar e ventilação podem gerar stress e fadiga.Salas de aula com características adequada ao clima são de fundamentalimportância para a obtenção de ambientes que atendam as expectativas humanasquanto ao conforto térmico e para racionalizar o uso de energia com sistemas deventilação, ar condicionado e aquecimento.O conforto postural de um posto de trabalho sentado pode ser influenciado pelotempo de manutenção da postura, da altura do plano de trabalho, dascaracterísticas da cadeira e da adaptação às exigências visuais da tarefa. Apostura sentada que o discente adota em seu posto de atividade é umacondicionante ergonômica de conforto e tornasse cansativa, porque estáassociada a uma pressão intra-discal mais elevada que a da posição em pé, amanutenção prolongada da postura sentada pode ter os seguintes inconvenientes:atividade física insuficiente e a acumulação sanguínea nos membros inferiores éagravada quando existe compressão da face posterior das coxas pelo mobiliário, aadoção de posturas desfavoráveis (lordose ou cifose excessivas) que muitoprovavelmente podem conduzir ao aparecimento de dores lombares.O mobiliário adequado para o posto de atividade discente procura atender aspeculiaridades da população e de sua faixa etária, visto que a incompatibilidadeentre as dimensões dos estudantes e as dimensões da mobília de sala de aulatem efeitos negativos na postura sentada especialmente quando os alunos estãolendo ou escrevendo. As mudanças freqüentes da postura pelos alunos sãogeralmente influenciadas pelo mobiliário escolar e podem ser um bom indicador dedesconforto provocado por este mobiliário.O estudo ergonômico que esta dissertação apresenta baseou-se nas análises dascondicionantes físicas do ambiente térmico, acústico e luminoso e nascondicionantes ergonômicas das cores do ambiente e empregadas nos recursosdidáticos, dos equipamentos didáticos auxiliares de ensino, no mobiliário e nasposturas proporcionadas pelo posto de atividade em estudo.Neste trabalho considera-se estudo ergonômico o conjunto de análises dosdeterminantes da atividade das pessoas numa organização. Trata-se de uma

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análise qualitativa que permite a descrição e a interpretação do que acontece narealidade da atividade enfocada. (MELO, 2005).Considerando ser a ergonomia a ciência que estuda a adaptação do ambiente detrabalho ao homem, pode-se buscar através de um estudo ergonômico, respostaspara a melhoria das condições ambientais visando o conforto e o bem-estar dosusuários e inferir que, em um ambiente salubre, a produtividade aumenta. Passa-se, portanto, a considerar a ergonomia como um dos aspectos a ser analisados narelação de ensino-aprendizagem.Diante do acima exposto, esta pesquisa realizou um estudo ergonômico noambiente físico das salas de aula investigando as condicionantes físico-ambientaisde conforto térmico, acústico, e luminoso e as condicionantes ergonômicas dolayout, equipamentos didáticos auxiliares, cores do ambiente, postura dos alunos eo mobiliário das salas de aula. Confrontando os resultados da percepção subjetivade conforto dos alunos com medições registradas por aparelhos e os padrões deintervalo de conforto recomendados pelas Normas Regulamentadoras Brasileiras.

1.3 Justificativa da Pesquisa

As IES desempenham um papel primordial na sociedade, pois têm como função atransmissão, criação e desenvolvimento de conhecimentos e tecnologias.Portanto, pode-se inferir que as IES têm a obrigação de garantir o bem-estar doeducando de forma que este esteja apto à assimilação e aplicação dosconhecimentos e técnicas oferecidas. Sendo a qualidade das suas instalações,infra-estrutura, equipamentos e mobiliários fatores importantes para odesempenho educacional. Essas condições físico-ambientais das salas de auladas instituições de ensino são possíveis fatores influenciadores no processo deensino-aprendizagem, visto que espaços mal iluminados podem dificultam aconcentração do aluno e conduzir a fadiga visual, ambientes fechados e malventilados podem provocam sonolência, os problemas de acústica como os NPSno interior da sala de aula e proveniente do espaço externo à sala, as altas taxasde reverberação dentro do ambiente, a inteligibilidade na transmissão dainformação do conteúdo didático, o mobiliário empregado no posto de atividadepode está associado à má postura, fadiga e desconforto muscular, as coresutilizadas na transmissão da informação, entre outros, são variáveis determinantesda percepção de conforto dos discentes, usuários, clientes e produto dessas IES.A maioria dos projetos idealizados na prancheta, ao serem colocados em prática,esbarra em sua operacionalização, resultante da não participação dos usuários noproduto planejado, pois este deveria ser considerado presente durante todo oprocesso. Este estudo permitiu visualizar subsídios para assessorar uma possívelintervenção ergonômica que poderá proporcionar a transformação das situaçõesde trabalho para a melhoria do sistema, considerando-se o máximo de conforto,eficácia e satisfação.

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O estudo mostrou o quanto à percepção de conforto físico do ambiental das salasde aula pode influenciar no processo de ensino, o que é uma opção aindarelativamente nova em pesquisas, as instituições de ensino às vezes a ignoram, oque torna o presente trabalho relevante no aspecto social, uma vez que o estudopoderá contribuir para que um número maior de empresas conheça, entenda eadote a visão ergonômica voltada para o conforto físico do ambiente escolar aliadaa pedagogia, com o objetivo de monitorar seu desempenho e melhor atender aosseus alunos clientes.Com este estudo, procura-se de maneira objetiva abordar as condições das salasde aula, o que contribuirá para melhorar o desenvolvimento das atividadesdidático-pedagógicas, assim como ampliar as relações entre professores e alunosdurante o processo de ensino-aprendizagem. Poderá contribuir no avanço dapesquisa em ergonomia, pois há poucos estudos ergonômicos de sala de aulaquando comparados a outras atividades industriais e de serviços, dessa forma,torna-se importante à discussão que ora se apresenta, acerca deste estudo.Poderá contribuir para demonstrar a importância de um estudo ergonômico noambiente de ensino investigando a adoção de posturas, utilização de mobiliárioadequado ao ensino, meios auxiliares didáticos, temperatura, ruído, iluminação,layout e emprego de cores no ambiente das atividades discentes, refletindo embenefícios de ordem fisiológica, psicológica e social na saúde discente, no confortoe na qualidade do serviço prestado para os usuários dos cursos de gradação queatualmente se beneficiam das IES no país. Poderá contribuirá para ampliar orepertório do sistema de avaliação institucional do ensino superior do país noquesito instalações. Assim, acredita-se que este estudo tem relevância no sentido de que ele estudouo posto de atividade discente, observando as condicionantes físicas eergonômicos presentes no ambiente, de forma a contribuir para a relação deensino-aprendizagem e para o bem-estar de seus usuários.

1.4 - Objetivos da Pesquisa

1.4.1 - Geral:

Realizar um estudo ergonômico do posto de atividade discente em umainstituição de ensino superior.

1.4. 2 - Específicos:

a. Verificar se os intervalos das condicionantes de conforto térmico, acústico eluminoso das salas de aula registrados com o termohigroanemômetro,

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decibelímetro e Luxímetro estão dentro dos valores recomendados pelas NormasRegulamentadoras Brasileira.b. Verificar a opinião dos discentes em relação as condicionantes de confortotérmico, acústico e luminoso das salas de aula.c. Verificar a opinião dos discentes em relação as condicionantes ergonômicas deconforto do arranjo físico, equipamentos didáticos, cores do ambiente e mobiliáriodas salas de aula da instituição.d. Investigar possíveis associações entre dores no corpo, a postura sentadaadotada pelos discentes e o mobiliário disponível no seu posto de atividade.

1.5 Limitações

Esta pesquisa limita-se a um estudo ergonômico das condicionantes físico-ambientais das atividades discentes em uma instituição privada de ensinosuperior, face ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem emrelação ao conforto de seus usuários. Entretanto, apesar de ter sido desenvolvidaem uma instituição privada de ensino superior, com todas as suas característicaseconômico-sociais, nada impede que esta pesquisa seja tomada como base paraa verificação dessas condições em outras instituições de ensino que venham aconstruir ou adaptar ambientes ergonomicamente satisfatórios ao processo deensino aprendizagem.

1.6 Estrutura Geral da Dissertação

O presente trabalho encontra-se organizado em cinco capítulos e obedece àformatação adotada pelo Programa de Engenharia de Produção (PEP) daUniversidade Federal do Rio Grande do Norte, A Figura 1.1 apresenta a estruturageral da dissertação.

Problema Estudado

Objetivos

Fig

O

Pesquisa de Campo

Conclusões eRecomendações

Pesquisa

Teórica

ura 1.1 – Esquema da Metodologia da Dissertaçã

presente trabalho encontra-se organiz

Análise dosResultados

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o.

ado da seguinte forma:

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CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

Trata-se de um capítulo balizador, no qual estão colocados as consideraçõesiniciais, o estabelecimento do problema, a justificativa, o objetivo geral e osespecíficos, as limitações e a estrutura geral do trabalho.

CAPÍTULO 2 – REFERENCIAL TEÓRICOApresentam-se alguns conceitos que foram utilizados no transcurso do trabalho,tais como: ergonomia, conforto, acústica, ambiente físico, posto de atividade,postura, entre outros, assim como toda a fundamentação teórica que fornecerásuporte para o estudo dos aspectos ergonômicos no ambiente físico das salas deaulas, contribuindo para melhor entendimento das condições desse posto detrabalho.CAPÍTULO 3 - METODOLOGIA

Descreve as etapas desenvolvidas na pesquisa de campo em relação à coleta dedados com o emprego dos seguintes instrumentos: Máquina fotográfica digital,Decibelímetro, Luxímetro e Termohigroanemômetro, além de relatar todas asetapas da pesquisa de campo tipo survey com a aplicação do instrumento depesquisa (questionário), descrevendo a população-alvo, e as técnicas que foramutilizadas para o tratamento estatístico da análise dos dados.

CAPÍTULO 4 – ESTUDO ERGONÔMICO DO POSTO DE ATIVIDADE DISCENTE.

Descreve os aspectos relativos à instituição, situando o leitor no contexto em quefoi realizada a pesquisa, além de relatar todas as etapas da pesquisa de campodescrevendo os resultados e observações, obtidos, através de uma análisedescritiva e das técnicas estatísticas da análise de clusters e do teste qui-quadrado.

CAPÍTULO 5 – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Destina-se a um breve resumo da pesquisa bibliográfica, da metodologia e dosresultados da pesquisa, sugestões para futuros trabalhos de pesquisa nessa área,as conclusões observadas durante o processo de realização do estudo, bem comoàs recomendações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Registram-se todas as referências bibliográficas citadas no texto, assim como alistagem da bibliografia consultada.

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ANEXOS

Reserva-se à apresentação das cópias da coleta de informações que forneceramsuporte a pesquisa.

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Capítulo 2Estudo Ergonômico do Posto de Atividade Discente

Este capítulo apresenta uma revisão da literatura acerca do tema ergonomia comênfase na percepção de conforto oferecido pelo ambiente físico das salas de aula.O capítulo está composto por onze sessões, a primeira aborda a evoluçãohistórica da ergonomia; a segunda aborda alguns conceitos fundamentaisreferente à pesquisa; as oito sessões seguintes referem-se a variáveis presentesno ambiente físico das salas de aulas, quais sejam: layout, cores, acústica,iluminação; temperatura; postura, mobiliário e os equipamentos didáticosauxiliares. E por fim, a décima primeira sessão encerra o capítulo com aconclusão.

2.1 Evolução Histórica da Ergonomia

Em 1857 Jastrezebowisky publicou o artigo "ensaios de ergonomia ou ciência dotrabalho". O tema foi retomado em 1949 durante a II Guerra Mundial, quandopesquisadores reuniram-se na Inglaterra, interessados em formalizar a existênciadesse novo ramo de aplicação interdisciplinar da ciência, os resultados foram tãogratificantes, que a indústria os aproveitou no pós-guerra. Em 1950, foi proposto oneologismo "ERGONOMIA", formado pelos termos gregos ergon (trabalho) enomos (regras). Fundou-se assim no início da década de 50, na Inglaterra aErgonomics Research Society.As publicações científicas que marcaram o início da produção dos conhecimentosem ergonomia foram: 1949 Chapanis com a aplicação da Psicologia Experimental;1953 Lehmann, G.A. Prática da Fisiologia do Trabalho, e 1953 Floyd & WelfordFadiga e Fatores Humanos no Desenho de Equipamentos. Em 1955 a obra"Análise do Trabalho" de Obredane & Faverge, apresentou a importância daobservação das situações reais de trabalho para a melhoria dos meios, métodos eambiente do trabalho. Em 1961 foi criada a IEA (Associação Internacional deErgonomia), com o primeiro congresso em Estocolmo, atualmente representadapor quarenta países e mais de quinze mil sócios.A ergonomia no Brasil foi introduzida na USP na década de 60 através doprofessor Sergio Penna Khel, no curso de engenharia de produção onde Itiro Iidadesenvolveu a primeira tese brasileira em ergonomia. Em Ribeirão Preto, PaulStephaneek introduzia o tema na psicologia. No Rio de Janeiro, o professorAlberto Mibielli apresentou a ergonomia aos estudantes de Medicina da (UFRJ) e

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das Ciências Médicas (UERJ). O maior impulso se deu na COPPE, no início dosanos 70, com a vinda do professor Itiro Iida para o Programa de Engenharia deProdução, além dos cursos de mestrado e graduação, Itiro organizou com CollinPalmer um curso que deu origem ao primeiro livro editado em português.Em 1960 Ruy Leme e Sérgio Penna Kehl, incorporaram a ergonomia ao designcom a Abordagem do tópico "O produto e o homem" na disciplina projeto deproduto, no curso de engenharia de produção na Escola Politécnica da USP. Em1966 a ergonomia passa a ser aplicada pela Escola Superior de DesenhoIndustrial - ESDI, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde o professorKarl Heinz Bergmiller deu início ao ensino da ergonomia para o desenvolvimentode projetos de produtos, segundo o modelo de Tomás Maldonado, da Escola deUlm, na Alemanha. Em 971, Itiro Iida passa a ensinar ergonomia na ESDI noscursos de desenho industrial. Em 1979, a ergonomia torna-se disciplina obrigatórianas habilitações projeto de produto e comunicação visual. Em 1983 fundou-se aABERGO (Associação Brasileira de Ergonomia), que é filiada a IEA.

2.2 Conceitos Fundamentais

A primeira definição de ergonomia foi feita em 1857 na égide do movimentoindustrialista europeu, numa perspectiva típica da época de se entender aergonomia como ciência natural, baseada nas leis objetivas da ciência sobre anatureza. Esta definição foi feita por Wojciech Jastrzebowiski e estabelecia que “Aergonomia como uma ciência do trabalho requer que entendamos a atividadehumana em termos de esforço, pensamento, relacionamento e dedicação”.(ABERGO, 2000 apud VIDAL 2002, p.15).A palavra ergonomia vem do grego ergon (trabalho) e nomos (legislação, normas).Segundo Grandjean (1998, p.7), de forma abreviada, “a ergonomia pode serdefinida como a ciência da configuração de trabalho adaptada ao homem”.Para Wisner (1987, p.12), “ergonomia é o conjunto de conhecimentos científicosrelativos ao homem e necessários para a concepção de ferramentas, máquinas edispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança eeficácia”.Segundo Lima (2003, p.93), o objetivo da ergonomia “é melhorar o método detrabalho, transformar condições primitivas dos postos de trabalho através dasdevidas adequações para que o ser humano possa executar suas tarefas comsegurança, conforto e eficiência”.Segundo a IEA (International Ergonomics Association), Ergonomia (ou fatoreshumanos) é a disciplina científica que trata da compreensão das interações entreos seres humanos e outros elementos do sistema, é a profissão que aplica teorias,

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princípios, dados e métodos, a projetos que visam otimizar o bem estar humano ea performance global do sistema. (IEA, 2000 apud VIDAL 2002, p.14).Segundo Vidal (2002, p.15), “a ergonomia objetiva modificar os sistemas detrabalho para adequar as atividades nele existentes ás características, habilidadese limitações das pessoas com vistas ao seu desempenho eficiente, confortável eseguro”. Para ele (p.113), “a ergonomia dá sustentação do ajusto aos requisitos deusabilidade, conforto e segurança”. Segundo Ferreira (1986 p.175), “confortável éaquilo que oferece conforto, e conforto é o ato ou efeito de conforta-se, consolo,alívio, bem-estar material”.Diante destas definições, se faz necessário conhecer o foco, objeto, finalidade,objetivo, ação e proposta da ergonomia.Para Vidal (2002, p.24), “o foco da ergonomia é o de modificar o sistema detrabalho de forma realista e efetiva”. Vidal (2003, p.9), “a ergonomia tem comofoco a atividade de trabalho das pessoas, como objeto a situação onde estaocorre e como finalidade a transformação para melhor deste sistema”. ParaSantos; Fialho (1997, p.257), “a transformação da situação de trabalho analisada éo principal objetivo da intervenção ergonômica”. Segundo Vidal (2003, p.72), “aação ergonômica se caracteriza como uma consultoria dinâmica que parte dasdefinições inicialmente delineadas pela organização e paulatinamente vaiconstruindo um objeto preciso de intervenção, focos definidos de sua ação emodalidades ajustadas de atuação”. A proposta da ergonomia é que se deflagreum processo de análise e de modelagem que permita à organização assessorar-se do resultado.Para Silva (2000, p.3), “A ergonomia possui caráter interdisciplinar ao se apoiar emoutras áreas do conhecimento humano (antropologia, fisiologia, psicologia esociologia) e ao mesmo tempo é de natureza aplicada ao adaptar os postos detrabalho e ambientes as necessidades dos trabalhadores”. Este caráterinterdisciplinar se estende também para a pedagogia. Para Hahn (1999 apudTavares 2000, p.17), “pedagogia e ergonomia, apesar de tradicionalmenteconstituírem-se em campos de investigação extremamente distintos, possuemvários pontos em comum, sendo o conforto e a facilidade na execução dastarefas, aspectos relevantes de identificação, visando uma adequação do homemaos processos de trabalho”.Soares (1998 apud Tavares 2000, p.17), afirma que “pesquisas realizadas na áreada ergonomia no ambiente escolar visam sua contribuição para o ensino-aprendizagem, no sentido de melhorar as condições e a organização do trabalhono ambiente de sala de aula”. Dessa forma, a ergonomia pesquisa acompatibilidade do processo educacional com os procedimentos e materiais emétodos; as situações de ensino que buscam o dinamismo em sala de aula; osmétodos de avaliação; os equipamentos e material didático; a infra-estrutura oambiente e aspectos organizacionais.

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Para definirmos o que é posto de atividade discente, convém conceituarmos, o queé atividade, tarefa, atividade de trabalho, situação de trabalho, condições detrabalho, ambiente de trabalho e posto de trabalho.

Daniellou (1998, p.201) e Leplat; Hoc (1998, p.164) entendem por atividade,“o que a pessoa mobiliza para realizar suas tarefas, incluindo seu funcionamentofisiológico e psicológico”. Segundo Teiger (1998 apud Biazus 2000, p.14), “poratividade, entende-se um conceito intermediário, manifestação da interação entreoperador-trabalho, representando a materialidade do trabalho. Como tal,compromete integralmente quem o realiza, seu corpo biológico, inteligência,afetividade, englobando a própria história e as suas relações com os outros”.Para Iida (2003, p.151), uma tarefa pode ser definida como sendo “um conjunto deações humanas que torna possível um sistema atingir seu objetivo”. A tarefa, paraGuerin et al (1991, p.56), corresponde a “um conjunto de prescrições erepresentações exteriores ao trabalhador e ligadas à necessidade de estabeleceruma modalidade de gestão que possibilite definir e mensurar a produtividadedecorrente da relação entre os gestos dos operadores e os meios de produção”.Segundo Leplat; Hoc (1998, p.164), “a tarefa indica o que deve ser feito,relacionando-se com a idéia de prescrição ou de obrigação, levando-se em contaobjetivos pretendidos e as condições oferecidas para alcançá-los”. Para Santos eFialho (1997, p.100), “a tarefa corresponde ao conjunto de objetivos,procedimentos e meios de trabalho fixados pela organização para ostrabalhadores. É o aspecto formal e oficial do trabalho, isto é, o que deve ser feitoe os meios colocados à disposição para a sua realização”.Guérin et al, (1991, p.30) afirma que “a atividade de trabalho é o elemento central,organizador e estruturante dos componentes de uma dada situação de trabalho.Ela é uma resposta às exigências determinadas externamente ao trabalhador eque simultaneamente ela é suscetível de transformar”.Para Vidal (2002, p.98), “o conceito de situação de trabalho tem duas acepções:no sentido amplo significa o contexto em que a atividade de trabalho se insere, eno sentido estrito as condições nas quais ela é executada”. Assim, atividade esituação, desde que apresentem problemas, podem e devem ser transformadaspara melhor. Segundo este autor (p.9), “a garantia de mudança para melhor é arazão de ser da Análise Ergonômica do Trabalho” (AET).Montmollin (1997 apud Biazus 2000, p.17), destaca que “a expressão condiçõesde trabalho, utilizada na França depois de 1960, jamais teve uma definiçãoprecisa, nem quanto ao conteúdo nem quanto às suas fronteiras”. Refere-se,portanto ao que caracteriza uma situação de trabalho, possibilitando ourestringindo a atividade dos trabalhadores. Segundo o autor integram as condiçõesde trabalho, entre outros:Condições físicas: características dos instrumentos, máquinas, ambiente do posto de trabalho (ruído,temperatura, poeiras, riscos de acidentes, distância do domicílio);

Condições organizacionais: procedimentos prescritos, grau de autonomia, forma de organização detrabalho: individual ou em equipe;

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Condições sociais: qualificações, vantagens sociais e relacionamento com hierarquia;

Condições cognitivas e características do operador: saúde, idade, formação.

Por condições de trabalho, Wisner (1987, p.12) afirma que é “o que engloba einfluência o trabalho”. Teiger (1998 apud Biazus 2000, p.17), afirma que “os efeitosdas condições de trabalho perduram além dele, determinando muitas vezesprejuízos à saúde”. E Biazus (2000, p.17), conclui que, “compõem as condições detrabalho tanto o que é facultado ao trabalhador para a realização de seu trabalho,como também o que é por ele mobilizado em termos de condições físicas,intelectuais, mentais, em decorrência da situação de trabalho”.Quanto ao ambiente de trabalho, Wada (1990, p.36), define como sendo “umconjunto de fatores interdependentes, materiais ou abstratos, que atua direta eindiretamente na qualidade de vida das pessoas e nos resultados dos seustrabalhos”.O posto de Trabalho, segundo Iida (2003, p.146), “pode ser considerado como amenor unidade produtiva, geralmente envolvendo um homem e o seu local detrabalho”.Diante das conceituações dos autores acima, pode-se definir o posto de atividadediscente como sendo o local de trabalho do aluno, onde ele desempenha suaatividade e sua tarefa prescrita, ou seja, seu local dentro do ambiente físico dasala de aula, o qual é susceptível as influências das condicionantes de conforto doambiente físico e das condicionantes ergonômicas presentes na sala de aula.Diversos autores, entre eles: Araújo (1996); Soares (1999); Biazus (2000);Douglas; Gifford (2001); Almeida; Arruda (2002); Kruger; Zannin (2004),reconhecem a ergonomia como um conjunto de conhecimentos que procuram aadaptação recíproca entre o aluno e o seu posto de atividade, de forma a se obtero binômio conforto e produtividade, procurando adaptar as condições de trabalhoàs características do homem. Com base nos estudos desses autores, pode-seconcluir que as boas condições do ambiente de trabalho (considerado nestapesquisa como a sala de aula, ou seja, o local onde se exerce a atividadediscente) são indispensáveis para o cumprimento às normas de conforto. Portanto,considerando a sala de aula como um ambiente de trabalho, com o alunorealizando no seu posto de atividade tarefas diversas, percebe-se a influencia doambiente físico das salas de aula sobre o conforto e o desempenho da atividadediscente, que acabam por repercutir na saúde e no bem-estar do aluno.

2.3 O Layout no Posto de Atividade Discente

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O espaço físico na forma de sua organização, pode ser uma condicionanteinfluenciadora no desempenho discente por ocasião da condução da atividadediscente, isso demonstra a importância de se avaliar o layout das salas de aula,visto que o arranjo físico do mobiliário e a arquitetura das salas de aula podemfacilitar ou dificultar as dinâmicas das aulas, este aspecto precisa ser levado emconta por ocasião do planejamento, pois se a turma de aula possui muitos alunosa atitude do professor e a dinâmica da aula sofrerão influências na organização doarranjo físico, este fato é facilmente observado quando ocorre realização dematrículas além do espaço físico disponível, isso provoca uma adaptação dotrabalho em espaços alternativos, prejudicando o desempenho e causandodesconforto.Entre os elementos físicos das organizações de trabalho, o layout corresponde àdistribuição espacial de componentes dentro de um sistema que interfere naorganização do trabalho, nas relações interpessoais e na troca de informações.Segundo Tavares (2000, p.65) “o layout é o estudo da distribuição espacial ou doposicionamento relativo a diversos elementos que compõem o posto de trabalho,ou seja, como serão distribuídos os diversos instrumentos de informação econtrole existentes no posto de trabalho”. Para Iida (2003, p.153), “o arranjo físico(layout) é o estudo da distribuição espacial ou do posicionamento relativo dosdiversos elementos que compõem o posto de trabalho”. Ou, em outras palavras,como serão distribuídos os diversos instrumentos de informação e controleexistentes no posto de trabalho. Para ele o Layout se baseia nos seguintescritérios: Importância, freqüência de uso, agrupamento funcional e seqüência deuso.

Segundo Couto (1995, p.151), alguns conceitos básicos estão relacionadosao ser humano e ao layout em seu local de trabalho, que devem ser observadospara a boa organização funcional:O ser humano necessita de espaço mínimo para trabalhar; no entanto, o ser humano necessita de certaproximidade de outras pessoas;

Trabalho mental não combina com ruído, nem com calor, nem com odores;

Trabalho com empenho visual não combina com ambiente escuro e nem com reflexos nos olhos;

É necessário que exista certa flexibilidade postural; porém, movimentação excessiva gera fadiga; aspessoas se beneficiarão da racionalidade na organização da tarefa, de modo a economizar movimentos eenergia para as atividades produtivas;

As pessoas não se adaptam bem a trabalharem sendo observadas pelas costas;

Trabalhos com empenho intelectual são prejudicados por movimentação excessiva em frente à pessoa, oupor conversa excessiva.

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Segundo Tavares (2000, p.67), em observância a esses conceitos básicos, deve-se seguir algumas regras básicas na organização do layout: prever espaçosmínimos compatíveis com as necessidades das pessoas, segundo o tipo deserviço; evitar grandes distâncias entre pessoas, mesmo que exista espaçosobrando; reduzir o mínimo a movimentação de pessoas; ajustar o posicionamentodas pessoas de acordo com sua interdependência; considerar as três dimensões:altura, distância mínima lateral e distância antero-posterior; trabalho intelectuallonge do barulho; garantir que atividades intelectuais estejam bem afastadas defontes de calor ou de odor; alto empenho visual, mais próximo da luz natural, evitara luz direta do sol no posto de trabalho.

De acordo com Piccoli et al (2000, p.2), “o estudo do arranjo físico de móveise equipamentos em qualquer local de trabalho é de importância indiscutível, poisdisso depende o bem estar e, conseqüentemente, o melhor rendimento daspessoas”. Uma boa disposição de móveis e equipamentos faculta maior eficiênciados fluxos de trabalho e uma melhoria na própria aparência do local. Entretanto,para Santos (1998, p.12) “Não basta criar condições ótimas de aprendizagem parao aluno, ele precisa ser capacitado a otimizar os espaços sociais onde convive,contribuindo para transformá-los em espaços de experiências de aprendizagemcoletiva”.Nas antigas escolas tradicionais, as carteiras eram pregadas no chão com oobjetivo de evitar conversa entre alunos, nas salas de aulas contemporâneasdiferentemente das escolas antigas, isso não ocorre, geralmente são espaçosmutáveis equipadas e dispostos de acordo com as necessidades do facilitador,que variam em função do conteúdo e do docente, a sala de aula está a serviço dosalunos, o posto de atividade discente carece ser modificado em função dasnecessidades discentes e não os alunos que devem procurar moldar-se a ele.Para Pucci (2001, p.27), “Na educação a prática eficiente é o bem maior eprioritário que perseguimos, se a eficiência for à meta, a ela deve-se adequar oespaço”. Entende-se, portanto que a configuração para o ambiente deve estar deacordo com o objetivo a ser alcançado.Numa sala de aula o professor controla os meios, processos e didática e organizaa sala de acordo com a tarefa e o objetivo a ser atingido, a sala de aula deveadequar-se aos objetivos propostos pelo professor. Existem diversos tipos dearranjo físicos adotados por professores referentes ao mobiliário e a disposiçãodos alunos em salas de aula, são eles:Em filas e colunas (mais tradicionais, onde as informações são centralizadas no professor e a discussãonão ocorre entre os participantes, mas entre participantes e professor);Em filas horizontais (muito útil para demonstrações, em função da proximidade professor/aluno. Essesarranjos não são indicados para provocar discussão e atividades em grupo);Em círculo (contra-indicado para apresentações ou demonstrações porque alguns alunos ficarão atrás doprofessor);Em semicírculo (favorece a discussão);Em grupo (útil para a discussão e aprendizagem cooperativa), podem ser formados por grupos de quatro ede seis, com arranjo para aprendizagem cooperativa e com arranjo frontal.

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Segundo Iida (2003, p.422), “Os espaços necessários ao ser humano, ditadospelas suas características anatômicas e fisiológicas são bem conhecidos. Mas,além disso, o homem precisa de um espaço adicional em torno do seu corpo, parasentir-se bem psicologicamente”. Segundo Hall in Oborne e Health (1979 apud Iida2003, p.425), essas zonas de espaço pessoal devem ter no mínimo um raio de0,45m para o espaço íntimo, 1,20m para o espaço pessoal e de 3,60m para oconvívio pessoal e público. Com relação à distribuição dos alunos em sala de aula,geralmente existem aglomerações e espaços vazios, essa questão influenciam nadensidade social e espacial da turma de aula. Na densidade social (o tamanho dogrupo varia num determinado espaço) e na densidade espacial (o tamanho dogrupo se mantém constante e o tamanho do espaço varia), a distribuição espacialde componentes dentro de um sistema poderá interferir na organização dotrabalho, nas relações interpessoais e na troca de informações.Diversos estudos têm sido realizados sobre o arranjo físico e sua influencia na salade aula sobre o conforto dos alunos e o desempenho escolar, dentre eles:Rosenfield; Lambert; Black (1985); Arends (1997); Pucci (2001). Os resultadosencontrados pelos autores foram os seguintes:Existe uma seção da sala de aula chamada zona de ação, que consiste nos trêsalunos ao meio nas fileiras da frente e nos três sentados na fila do meio, na maiorparte das aulas e em todos os níveis de ensino, o grupo central de alunos da zonade ação participa mais ativamente das aulas e nas discussões que os demaisalunos, isso se deve ao contato visual dos professores com esses alunos da zonade ação; as carteiras em filas estão relacionadas com o isolamento dos alunos, oarranjo em círculo está relacionado a comentários fora da ordem e participaçãomais ativa centrados na tarefa; nas discussões (brainstorming) as carteiras devemestar dispostas em círculo; em grupo os alunos fazem mais perguntas do que emcírculo; uma sala de aula limpa e bem iluminada está relacionada com a reduçãodo vandalismo e da pichação das paredes; a decoração e o cuidado com as salasde aula estão associados com um rendimento mais elevado dos alunos; emtermos de densidade social, o rendimento dos alunos em turmas com 40 ou maisalunos é afetado negativamente, mais em turmas com 18 ou menos alunos éafetado positivamente; se a sala de aula for um ambiente fixo dos alunos (e nãofixa do professor e de sua disciplina de atuação), pregaremos o aluno no chão dasala, no mesmo lugar durante horas, num ambiente que não formataremos nuncaao gosto de todos.Diante do acima exposto, pode-se concluir que o arranjo físico adotado poderáinfluenciar certos tipos de atitudes e de comportamentos dos alunos, como,coesão, atenção, níveis de participação, padrões de comunicação e as relaçõesinterpessoais, em função da quantidade de alunos por turma e do espaçodestinado ao conteúdo proposto através dos processos e métodos de ensino e damaneira como o professor conduz a sua aula, organizando a sua classe comalunos e carteiras em círculos, grupos, fileiras ou colunas de carteiras, de acordocom o objetivo a ser alcançado exigido pela tarefa. Esse arranjo físico quando bem

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planejado poderá proporcionar um maior bem-estar discente no processo deensino e aprendizagem contribuindo para o seu desempenho.

2.4 Emprego das Cores no Posto de Atividade Discente

As atividades humanas, em especial o trabalho, sofrem influências de aspectosfísicos, cognitivo e psíquico, a harmonia adequada desses fatores permite projetarambientes seguros, confortáveis e eficientes. Na arquitetura, através daconcepção e da organização de espaços, o uso das cores tem se destacado comoum importante complemento físico ambiental e de satisfação dos usuários napercepção do conforto ambiental. Iida (2003, p.263), define a cor como sendo“uma resposta subjetiva a um estimulo luminoso que penetra nos olhos”, e afirmaque a cor é caracterizada pela absorção e reflexão seletiva das ondas luminosasincidentes.As cores do ambiente podem ser influenciadoras do estado emocional daspessoas, estimulando-as ou não. Segundo Tavares (2000, p.60), “tendo em vistaque o homem apresenta diversas reações a cores que podem deixá-lo triste oualegre, calmo ou irritado. O vermelho, o laranja e o amarelo são consideradoscores quentes, enquanto que o verde, o azul e o verde-azul cores frias, assimcores avermelhadas sugerem alegria e satisfação”.No Brasil a NR 26, descreve os significados das cores para a utilização naprevenção de acidentes no trabalho e faz uma relação de cores e seu uso,associando-as as suas características psicológicas e simbólicas.

Segundo Azevedo (1999, p.2-3),O estudo das cores, embora seja visto por grande parte dos engenheiros e arquitetos como um fatorambiental secundário na concepção dos espaços de trabalho, torna-se de fundamental importânciapara os ergonomistas à medida que contribui com a adequação do seu uso não só para a segurança(codificação do perigo pelo uso da cor), ordenação e auxilio de orientação organizacional (principioda organização pela aplicação da cor), mais também para a saúde e bem estar dos trabalhadores(devido a sua influência psicológica). A cor pode ser estudada em quatro planos: físico (envolve aluz e a luminosidade), químico (envolve pigmentos e combinações), sentidos (abrange a fisiologia ea psicologia) e psíquicos (envolvem significados que variam de cultura para cultura.); estando cadaum desses aspectos associados a leis e fenômenos específicos.

Segundo Costa (2002 apud Dos Santos et al 2003, p.6), “a palavra cor é associadaa três significados: cor psicofísica, cor objeto e cor percebida”.A análise da cor psicofísica reduz-se à descrição da luz em termos de potência de radiação.

A cor objeto é aquela refletida por um objeto quando este é iluminado por uma fonte de luz (e é esta corque atingirá o sistema visual).

E por cor percebida entende-se como sendo a percepção imediata que se tem do objeto, e será o resultadoda interação de vários fatores complexos.

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De acordo com Iida (2003, p.263 - 268),A cor que enxergamos é aquela que foi refletida pelo objeto. Assim, um corpo negro ou absorvedor ideal éaquele que absorve todos os comprimentos de onda e não reflete nada. Ao contrário, o corpo branco éaquele que reflete tudo e não absorve nada. Para ele, do ponto de vista físico, as cores do espectro visívelpodem ser consideradas como ondas eletromagnéticas na faixa de 400 a 750nm. (p.267) A legibilidade dacor depende do contraste e tende a aumentar com a adição do preto (p.268), a legibilidade depende aindado tipo de letra e de suas proporções, da luminosidade e o movimento entre a imagem e o espectador,sendo naturalmente mais fácil identificar objetos parados. Diversos estudos experimentais realizados sobrea visibilidade das cores apresentam os seguintes resultados, em ordem decrescente: azul sobre o branco;preto sobre o amarelo; verde sobre o branco; preto sobre o branco; verde sobre o vermelho; vermelhosobre o amarelo; vermelho sobre o branco; laranja sobre o preto; preto sobre o magenta e laranja sobre obranco.

Um estudo realizado por Battistella (2003), através de simulação computacional edo tratamento de imagens, mostra o uso da cor para a melhoria dos ambientes detrabalho e maior conforto para seus usuários, através de simulações demonstra deque forma a cor pode contribuir direta ou indiretamente no ambiente de trabalhopara o bem estar e aumento da produtividade de seus usuários. O autor, afirmaque a cor ocupa um lugar relevante na ergonomia sendo um dos recursos nasolução de problemas relacionados ao conforto do ambiente físico.Um estudo realizado por Pereira et al (2003), os autores concluíram que, quantoàs condições internas do ambiente, o piso, as paredes e o teto devem ter coresclaras para que possam ajudar a difundir a luz no interior. Além disso, as carteirasnão devem ser escuras e brilhantes, pois este tipo de superfície causa maiorcansaço. Para Iida (2003, p.269) “um planejamento adequado do uso de cores noambiente de trabalho, aplicando-se cores claras em grandes superfícies, comcontrastes adequados para identificar os diversos objetos, associados a umplanejamento adequado da iluminação, tem resultado em economia de até 30% noconsumo de energia e aumentos de produtividade que chegam a 80 ou 90%”. Ede acordo com Silva; Pereira (2002, p.12), “Um bom sistema de iluminação, comuso adequado de cores e a criação dos contrastes, pode tornar agradável à salade aula e proporcionar conforto, pouca fadiga e pouca monotonia aos estudantes,com possível melhoria de desempenho”. Segundo Iida (2003, p.269), “existemdiversas experiências comprovando a influência das cores no desempenhohumano”. Para ele (p.270), “o uso de cores deve ser cuidadosamente planejado,junto com a arquitetura e a iluminação, de modo que o conjunto seja harmônico”.Segundo Dos Santos et al (2003, p.20), “A cor afeta a atividade humana, ao nívelpsicológico e fisiológico, com reflexos na atividade do córtex, do sistema nervosoreflexivo e atividade hormonal. A cor influência o estado emocional, as impressõesobjetivas, subjetivas e o próprio estado de espírito. A cor afeta a percepção que setem de volume, peso, temperatura, tempo, odores e ruídos”.Diante do acima exposto, pode-se concluir que o emprego adequado de cores noambiente, deve levar em consideração a finalidade a que se destinam asinstalações, os efeitos psicológicos causados nos indivíduos em seu ambiente detarefa, os reflexos provocados por paredes e pelas superfícies de trabalho(cadeiras e quadro), a economia da luminância do ambiente, a satisfação

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proporcionada ao usuário, à cor empregada nos recursos didáticos e meios visuaisde instrução (lápis para escrever no quadro, projeções, slides, etc.), entre outros,com a finalidade de proporcionar conforto e bem estar ao aluno no seu posto deatividade.

2.5 Conforto Acústico no Posto de Atividade Discente

O ambiente físico da sala de aula, na maioria das vezes apresenta sériosproblemas de acustica1, seja em função de conversas paralelas, da grandequantidade de alunos na sala de aula, ruídos do funcionamento do ar condicionadogeralmente provocado pelas suas condições de uso e falta de manutenção eruídos externos ao ambiente da sala de aula provocado por alunos nos corredoresou pelas proximidades com via de tráfego de veículos. Tudo isso ocasiona sériosproblemas para o professor que tem que elevar o tom de voz para transmitir oconhecimento, enquanto o aluno tem que se esforçar para captar a informação demaneira inteligível.Diversas ciências estudam o comportamento humano na presença de ambientesinsalubres do ponto de vista acústico, entre elas a psicoacústica que estuda assensações auditivas para estímulos sonoros com o objetivo de tornar o volume do som maisagradável ao ouvido humano, fazendo uma associação da psicologia com apercepção auditiva em busca de melhor qualidade sonora, isso porque acapacidade para ouvir sons varia bastante entre os indivíduos. Nos temposmodernos o ruído2 está grandemente difundido, seja nas indústrias, nos meios detransporte, escolas e áreas urbanas, sabe-se que a surdez pode ser causada peloruído. Há entre trabalhadores que são submetidos constantemente ao ruído emseu ambiente de trabalho, grande porcentagem de surdos, com poucapossibilidade de cura ou melhora da alteração já apresentada. Entretanto, a surdezpode ser considerada um mal menor, frente a outras alterações causadas peloruído que estão sendo estudadas, há muitos anos, em países como Itália, França,União Soviética, Polônia, Irã, Estados Unidos e também no Brasil, essasalterações são de ordem físicas e psíquicas (estresse) causadas pelo ruído.No Brasil existem as seguintes legislações no que diz respeito à doença dotrabalho, PAIR3 (Perda Auditiva Induzida por Ruído) e ao Trauma Acústico(acidente do trabalho): a Portaria nº 3214 de 08 de junho de 1978, do Ministério doTrabalho, que aprovou as Normas Regulamentadoras do Capítulo V, Título II, daConsolidação das Leis do Trabalho; o Decreto Lei nº 357 de 07 de dezembro de1991, do Ministério da Previdência Social, que aprovou os Regulamentos dosBenefícios da Previdência Social e o Anexo III do Decreto nº 79037 de 24 dedezembro de 1976 que regulamenta a Lei nº 6367 de 19 de outubro de 1976 quedispõe sobre o seguro de Acidentes de Trabalho, a cargo do Instituto Nacional deSeguridade Social (INSS), referente a problemas relacionados à saúde auditiva.

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As questões relativas a riscos de dano à saúde em decorrência do ruído sãotratadas em normas específicas.O controle do NPS no interior de recintos fechados tornasse relevante para amanutenção da saúde auditiva, uma exposição contínua a ruídos superiores a 85dB(A)4, pode causar perdas permanentes de audição e, acima deste nível, umaumento gradual de 5 dB(A) resulta na redução do tempo de exposição ao ruídopela metade. Como conseqüência à exposição continuada a ruído elevado, otrabalhador pode apresentar a PAIR. A NR 15, que trata de Atividade e OperaçõesInsalubres, estabelece os limites de tolerâncias da Portaria n. 3.214, de 08 dejunho de 1978, que são os limites de exposição diária permissível a ruído contínuoou intermitente, sem que haja riscos de danos à saúde das pessoas, conforme aTabela 2.1.Tabela 2.1 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente (NR-15) Nível de Ruído dB(A) Máximaexposição diária permissível.dB(A)

Tempo deexposição

dB(A)

Tempo deexposição

dB(A) Tempo deexposição

dB(A) Tempo deexposição

85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas89 4 h e 30 min 90 4 horas 91 3 h e 30 min 92 3 horas93 2 h e 30 min 94 2 horas 95 1 h e 45min 98 1 h e 15min100 1 hora 102 45minutos 103 40 minutos 104 35 minutos105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos112 10minutos 114 8 minutos 115 7minutos - -Fonte: Portaria 3.214/78. (BRASIL, 1978).

De acordo com essa Portaria, o valor de 110 dB(A) representa o nível absolutomáximo suportável por qualquer pessoa e, portanto, ninguém deveria ser expostoa níveis superiores a esse, por qualquer período.A NR 09/2004, é um Programa de Prevenção de Risco Ambientais (PPRA) quevisa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições detrabalho, de modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança, desempenhoeficiente do mobiliário, equipamentos, condições ambientais do local, organização,atividades de processamento eletrônico, entre outros. Esta normaregulamentadora considera diversos riscos ergonômicos, entre eles, a posturainadequada e outras situações causadoras de riscos físicos ou psíquicos econsidera como riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicosexistentes no ambiente de trabalho que em função de sua natureza, concentraçãoou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dotrabalhador. Os agentes físicos considerados pela NR 09 são as diversas formasde energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como ruído,vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes e não-ionizantes, o infra-som (abaixo de 20 Hz) e o ultra-som (acima de 20.000Hz).Segundo Iida (2003, p.79), a freqüência de um som é o número de flutuações ouvibrações expressa em Hertz (Hz), subjetivamente percebida como a altura dosom. O ouvido humano é capaz de ouvir sons na faixa de freqüência de 20 a

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20.000Hz (sendo mais sensível na faixa entre 2.000 a 4.000 Hz). A pessoa temdiferentes graus de sensibilidade para cada freqüência de som que varia com aidade, os sons abaixo de 1000 hz são considerados graves e acima de 3000 hzsão agudos. A freqüência da voz humana segundo Grandjean (1998, p.260), estána faixa entre 500 a 700 Hz.Quanto à intensidade do som o ouvido humano pode percebe sons entre 20 a 120dB(A) de pressão sonora, acima de 120 dB(A) o som causa desconforto e quandoatingem 140 dB(A) a sensação torna-se dolorosa. Dois sons que se diferenciemem freqüência e intensidade podem produzir a mesma altura, pois os limites deaudibilidade dependem da combinação da freqüência, intensidade e duração dosom, sendo que a freqüência e a intensidade são inversamente proporcionais.A NBR 10152/1990 (ABNT), estabelece os níveis máximos de pressão sonora e afaixa de freqüência para cada ambiente, os critérios e os métodos para avaliar oconforto acústico quanto ao ruído do ambiente da edificação, e recomenda que onível de ruído em uma sala de aula deve ser de 40 dB a 50 dB(A). Esta NormaRegulamentadora, aprovada pelo INMETRO, classifica as reações fisiológicas dosusuários de salas de aula em três categorias: Saudável quando não ultrapassar 45dB(A), Tolerável entre 50 a 65 dB(A) e Insalubre acima de 70 dB(A); a normaconsidera ainda que a 40 dB(A) o ambiente torna-se tranqüilo e próprio paracomunicação e ensino com alto grau de compreensão; a 55 dB(A) ocorre o inícioda perda de concentração; a 60 dB(A) início da perda da capacidade de cálculo; a70 dB(A) início de problemas de cordas vocais; a 75 dB(A) limite para início deproblemas auditivos permanentes e a 85 dB(A) início da Perda de AudiçãoInduzida por Ruído (PAIR).O nível da voz humana é de 65 dB(A), uma voz alta atinge 75 dB(A), essadiferença entre o nível da fala e o ruído na sala de aula é responsável pelainteligibilidade das palavras em sala de aula e quanto maior for à diferença, melhorserá a percepção do conforto acústico e a compreensão do aluno e menor será onível de estresse do professor, uma vez que sua preocupação e esforço físico emtransmitir seu conhecimento também é reduzida. Esta relação é chamada derelação Sinal/Ruído, sendo considerada ideal entre 10 e 15 dB(A) por toda sala.Quando a sala de aula possibilitar essa faixa de valores, pode-se inferir que ascondições acústicas de compreensão das palavras (inteligibilidade) estãosatisfatórias.Para Dul; Weerdmeester (2001, p.86), “a exposição a ruídos que ultrapassam amédia de 85 dB(A), por mais de oito horas, pode provocar surdez”. Os autoresalertam (p.88), que embora se recomende sempre reduzir o nível de ruído, estenão deve ser inferior a 30 dB(A). Isso porque os nossos ouvidos acabam seacostumando a esse ruído de fundo e se o ruído de fundo for muito baixo,qualquer barulho de baixa intensidade acaba sobressaindo e distraindo a atenção.A boa inteligibilidade oral nas salas de aula é necessária em todos os níveisescolares, uma vez que o modo elementar do ensino envolve a fala e a audição. Ainteligibilidade verbal é essencialmente determinada pela relação sinal/ruído (S/R),

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Isto é o nível do som da fala humana acima do ruído de fundo e qualidade do sinal,que é afetado pelo tempo de reverberação5. Os ruídos gerados nas salas de aula éum problema existente nas IES que tornam as condições de inteligibilidade verbaisfreqüentemente insatisfatórias. De acordo com o manual ASHRAE/1999 (diretrizesgerais do projeto para o nível admitido de ruído de fundo em sala de aula), existemdois fatores que causam impacto sobre a inteligibilidade oral: o tempo máximo dereverberação, que é a taxa de reverberação provocada pelas características doespaço quanto á absorção do som para se atingir a inteligibilidade verbal e osníveis de ruído de fundo. O manual ASHRAE recomenda o nível de ruídomáximo de RC (N) 35 e tempo máximo de reverberação para sala de aula de 0,5segundos.A NR 176, no item 17.5 trata dos níveis de ruído no ambiente de trabalho e diz oseguinte: nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijamsolicitação intelectual e atenção constante, tais como: salas de controle,laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentreoutros, são recomendadas as seguintes condições de conforto:Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152 (fixa os níveis de ruído compatíveis com oconforto acústico em ambientes diversos, específicos para cada tipo de atividade), norma brasileiraregistrada no INMETRO; (117.023-6 / I2).Para as atividades que possuam as características intelectuais e de atenção constantes, mas nãoapresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído aceitávelpara efeito de conforto será de até 65 dB(A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não-superior a60 dB(A). “Para salas de aulas e laboratórios a NBR 10152, fixa como conforto acústico valores entre 40 a50 dB(A)”.Os parâmetros devem ser medidos nos postos de trabalho, sendo os níveis de ruído determinadospróximos à zona auditiva e as demais variáveis na altura do tórax do trabalhador.

Vários autores estudaram os problemas de acústica das salas de aula, entre eles:Maia (2002); Almeida; Arruda (2002); Pereira et al (2003); Pampana et al (2003);Losso et al (2003); Oiticica et al (2003); Oiticica; Gomes (2004). Esses estudosforam realizados com foco no conforto acústico do ambiente físico das salas deaula e sua influência no desempenho escolar e no bem-estar dos alunos, osautores reconhecem a importância do conforto acústico no ambiente físico dassalas de aula e que as condições sonoras no interior de recintos fechados têm umpapel relevante nos resultados de produção, considerando que a ergonomia podeser utilizada na mudança para melhor da qualidade acústica, através de suaintervenção, buscando a melhor forma de adaptar as condições de trabalho doposto de atividade as características, exigências e necessidades dos seususuários.Segundo Pereira et al (2003, p.6), para se avaliar o nível de ruído na sala de aulaé necessário “analisar todos os sons existentes no local, saber distinguir o tipo deruído e principalmente analisar a inteligibilidade (comunicação entre as pessoas)que depende do nível de ruído interno e da taxa de reverberação da sala”. Paraele, a reverberação5 ocorre quando as múltiplas reflexões do som fazem com queos ouvintes escutem o som direto da fonte, causando um prolongamento no tempo

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de duração do som, o que dificulta a inteligibilidade da linguagem. Os autoresafirmam ainda que, na sala de aula o ruído além de incômodo, interfere norendimento das atividades de ensino.Os intervalos de conforto acústico para as salas de aula encontrados na literaturapesquisada estão demonstrados na Tabela 2.2 abaixo:Tabela 2.2 -: Intervalo de Conforto Acústico Recomendado para Salas de Aula.

ItensGrandjean(1998, p.270-271)

Dul eWeedmester(2000, p.87)

Iida (2003, p.79)

NBR 10152 NR 17

Limite Inferior - 30 dB(A) 40 dB(A) 40 dB(A) -Limite Superior 65 a 70 dB(A) 70 dB(A) 70 dB(A) 65 dB(A) 65 dB(A)Intervalo deC f t

45 a 50 dB(A) 35 a 55 dB(A) 40 a 50 dB(A) 40 a 50 dB(A)40 a 50dBSinal / Ruído > 10 dB(A) - >20(A) 10 a 15 dB(A)-

A presente pesquisa adotou para fins de condicionante física do conforto acústicodas salas de aula, os intervalos recomendados pela NBR 10152/1990, que estabelece osníveis máximos de ruído para cada ambiente e os critérios e métodos para avaliar oconforto acústico quanto ao ruído do ambiente da edificação. Por ser de elaboração daABNT, reconhecida pelo INMETRO, sendo a norma recomendada pela NormaRegulamentadora 17.Diante do acima exposto pode-se concluir que, maior atenção deve ser dada ao espaçodas salas de aula, exigindo-se um melhor controle das condições acústicas das salas deaula, colaborando para a redução do estresse, pois a redução dos níveis de pressãosonora possibilita uma melhor compreensão da informação transmitida pelo professor econseqüentemente um melhor desempenho das atividades de ensino-aprendizagemdesenvolvidas na sala de aula. Tanto o tempo de reverberação quanto os níveis de ruídode fundo devem ser considerados quando se projeta uma boa inteligibilidade oral, emfunção da quantidade de problemas acarretados pelo impacto do ruído no ambiente.Pode-se concluir também que o ruído é um grande causador de desconforto nas salas deaula, merecendo melhor ser avaliado nos projetos educacionais, com a necessidade demelhoria das condições acústicas, pois ao se combater o ruído, daria melhores condiçõesde trabalho para os professores refletindo na produção de conhecimento dos alunos.

2.6 Conforto luminoso no Posto de Atividade Discente

Em função do crescente aumento do número de atividades produtivas realizadasem recintos fechados, tais como fábricas, escritórios, bancos, salas de aula,hospitais, academias de ginástica, entre outros, o conforto físico ambiental internopassou a exigir um papel extremamente importante na concepção do projetoarquitetônico. A iluminação, uma das variáveis do conforto ambiental interno, ébastante importante na concepção do projeto arquitetônico, por estáintrinsecamente relacionada ao ruído e à temperatura, pois a abertura, que auxiliana iluminação do ambiente e na circulação do ar, permite simultaneamente aentrada de calor ou do frio e também do ruído. Segundo Lula; Silva (2003, p.3),“As condições de trabalho em edifícios educacionais são muitas vezes

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insatisfatórias, principalmente no que se refere à iluminação dos ambientes”.Segundo Bonates (2002, p.31), “a arquitetura contemporânea vem buscandoatender às exigências do conforto ambiental interno e da eficiência energéticacontribuindo para a melhoria da qualidade das edificações”.A quantidade e a qualidade de lâmpadas existentes no mercado são as maisvariadas possíveis, entretanto, quando se trata de sala de aula essa questão édecisiva para a percepção do conforto visual do ambiente e para o rendimento dosalunos em seus trabalhos de leitura. O fator mais relevante a ser considerado noestudo da iluminação para tarefas humanas é a determinação da relação entre onível ideal de iluminação e o tipo de trabalho, e para isso deve-se determinar qualé a quantidade de luz ideal para a realização da tarefa, obtendo-se o máximo derendimento e conforto. Para Dul; Weerdmeester (2001, p.95), “a intensidade de luzque incide na superfície de trabalho deve ser suficiente para garantir uma boavisibilidade”. Tessler (2002, p.45), afirma que: “A deficiência de iluminação podeproduzir um ambiente desagradável de trabalho, conduzindo à fadiga visual egeral, aumento do número de acidentes, redução da produtividade, redução daqualidade do trabalho. Pode provocar, também, o aparecimento de estadosdepressivos, letargia e irritabilidade”.Com relação à luz natural, Lengen (2000 apud Bonates 2002, p.27), afirma que:Na maioria das instituições de ensino, nota-se a dificuldade de obtenção de uma iluminação natural,a qual seria a mais adequada. A iluminação natural está relacionada com a saúde das pessoas, aentrada dos raios solares nos cômodos purifica o espaço, dificultando a proliferação de ácaros,fungos, vírus e bactérias, evitando, portanto, o surgimento de doenças nos trabalhadores.Entretanto nos cursos noturnos o auxílio da luz natural é desconsiderado, eobserva-se que a iluminação natural necessita da abertura de janelasinfluenciando significativamente no aumento do ruído externo no ambiente. Alémdo conforto ambiental interno, a iluminação é o principal determinante para oconforto visual, haja vista que os ambientes construídos são iluminados parapermitir, especialmente, o desenvolvimento das tarefas visuais, facilitado com aadequada quantidade do nível de iluminância no espaço, sem os quais podemcausar prejuízos à visão. Segundo diversos autores (Iida, Grandjean, Dul eWeedmester, Silva), uma iluminação inadequada pode causar fadiga, cefaléia eirritabilidade ocular, que se traduzirão em uma diminuição da atividade produtivade ensino haja vista que a informação visual tem importância primordial naformação sensorial, ou seja, na percepção por parte do aluno dos sinais detrabalho, a iluminação adequada é necessária para garantir o bem-estar físico epsicológico.No Brasil, há dois órgãos que tratam de assuntos relativos à iluminação, são eles:Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a Associação Brasileira dasIndústrias de Iluminação (ABILUX). A ABNT é responsável pela elaboração daNBR 5413 - ABNT, 1992– Iluminação de Interiores, que estabelece os valores deiluminâncias médias mínimas em serviço para iluminação artificial em interiores e aNBR 5382 - ABNT, 1985 – Verificação de Iluminação de Interiores, que fixa omodo pela qual se faz a verificação da iluminância de interiores de áreas

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retangulares, através da iluminância média sobre um plano de trabalho horizontalproveniente da iluminação geral. Apesar das NBRs assegurarem o bomdesempenho do ponto de vista quantitativo analisando unicamente os níveis deiluminância, a lei federal n° 6514/17 exige também o correto dimensionamentoquanto à qualidade da luz, e no Art. 75, recomenda que em todos os locais detrabalho deve haver níveis de iluminância adequados à natureza da atividade a serexecutada, sejam eles referentes à iluminação natural ou à artificial, assim comorecomenda o correto planejamento dos sistemas de iluminação, de modo que esteseja distribuído uniformemente, possibilitando evitar ofuscamentos, reflexosincômodos, sombras e contrastes excessivos”.Segundo Dul; Wedemeester (2000, p.98),A refletância é a proporção entre a luz incidente e a luz refletida em uma superfície. O autorrecomenda como valor ideal para ambientes internos o seguinte: Teto claro de 0,80 a 0,90; Paredede 0,40 a 0,60; Tampo de mesa 0,25 a 0,45 e Piso escuro de 0,20 a 0,40 de refletância.

Nos locais de trabalho os níveis de iluminância mínimas em serviço parailuminação artificial, em interiores são estabelecidos pela NBR 5413/1992. ANorma define Campo de Trabalho como sendo a “região do espaço onde, paraqualquer superfície nela situada, exigem-se condições de iluminância apropriadasao trabalho visual a ser realizado”. A iluminância deve ser medida no campo detrabalho e, quando este não for definido, entende-se como o nível referente a umplano horizontal a 0,75 m do piso.A Consolidação das Leis do Trabalho, também conhecida como CLT, no CapítuloV relativo à Segurança e Medicina do Trabalho, Seção VII, art. 175, menciona que“em todos os locais de trabalho deverá haver iluminação adequada, natural ouartificial, apropriada à natureza da atividade”. Na mesma seção os parágrafosprimeiro e segundo referem-se à quantidade e qualidade da iluminação,mencionando que o Ministério do Trabalho estabelecerá os valores mínimos aserem observados. Porém, estes valores mínimos entravam em contradição com aprópria ABNT, visto que havia uma duplicidade de níveis: um estabelecido pelaCLT e o outro pela NBR 5413/1992. O problema era que os valores preconizadospela CLT eram mais elevados que os da ABNT. A razão para o fato é que estaúltima, com base na experiência de outros países mais avançados, começou aadotar níveis compatíveis com o rumo de novos tempos economizadores deenergia. Os valores mínimos, mencionados pela Norma, levam em conta o caráterpsicofisiológico da visão e indicam a iluminância mínima necessária para seperceber um detalhe de dimensões dadas e bem contrastadas, sem intervir nanoção de objetos no campo visual.Segundo Iida (2003, p.252), “a Luminância é a medida de claridade percebida peloolho humano, e o Iluminamento ou Iluminância é o fluxo luminoso incidente porunidade de área iluminada”, sua unidade de medida é o lux, definido como sendoa iluminância de uma superfície plana, de área igual a 1m², que recebe, na direçãoperpendicular, um fluxo luminoso igual a 1 (lm), uniformemente distribuído. O fluxo

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luminoso é a quantidade de luz emitida por segundo por uma fonte de luz e suaunidade é o lúmen (lm).A acuidade visual do ser humano varia conforme sua idade. Para seleção dailuminância, a NBR 5413/1992 atribui pesos conforme a idade do observador, osquais implicarão em um nível maior ou menor de iluminação mínimo necessário. ANBR distingue 3 faixas etárias: inferior a 40 anos, de 40 a 55 anos e superior a 55anos. A NBR também atribui pesos para a velocidade e precisão da tarefa e para arefletância do fundo da tarefa. Da soma algébrica dos pesos atribuídos a estascaracterísticas conforme a tabela 2 da referida NBR, se define qual dos três níveisde iluminância da tabela 1 da NBR será adotado para cada atividade, observandoque os níveis mínimos estão no item 5.3 da norma. Para seleção da iluminância énecessário consultar a NBR 5413/1992 a qual pode ser adquirida nos escritóriosda ABNT. O item 5.3 da NBR especifica um mínimo de 300 lux para a iluminaçãode salas de aula. Este valor só é válido para condições ótimas e pessoas commenos de 40 anos, conforme a idade dos estudantes, o tipo de atividade e arefletância, este valor mínimo pode ser aumentado. Para iluminância de interiores,a NBR 5413/1992, recomenda que as salas de aula devam ter iluminância médiade 200 a 500 lux, sendo que os quadros negros deverão ser iluminados de 300 a750 lux.Segundo Silva (1992, p.83),Na verificação da eficiência de sistemas de iluminação, deve-se considerar entre outros, os fatores aseguir listados, os quais influenciam no atingimento do nível de iluminância requerido pela naturezada atividade visual a ser desenvolvida. Quanto ao ambiente - forma, função, característicasluminotécnicas dos materiais de acabamento aplicados às superfícies internas, e o estado deconservação dos mesmos; disposição de vigas, pilares, pontes rolantes e outros elementos quepossam causar obstruções no fluxo luminoso que chega ao plano de trabalho; orientaçãogeográfica do ambiente em análise e de seus respectivos vãos para iluminação natural; fontes deofuscamento; adaptações existentes; Quanto ao sistema de iluminação - tipo do sistema, dasluminárias, lâmpadas e dos acessórios; estado de conservação das lâmpadas e das luminárias;plano de manutenção; fontes de ofuscamento; possíveis adaptações no sistema.O aparelho visual fornece informação sensitiva extremamente precisa sendo, noentanto, o grau de iluminação muito importante na apreensão do que se vê. Destaforma, uma luz apropriada é necessidade primordial em qualquer local de trabalho.De acordo com Iida (2003, p.253), “não basta à intensidade adequada de luz; éessencial, também, que exista um contraste luminoso entre o visor e o pano defundo, com ausência completa de qualquer brilho que ofusque”. Portanto, umailuminação adequada do ambiente de trabalho é essencial para evitar problemascomo fadiga visual, incidência de erros, queda no rendimento e acidentes.A NR 17, no seu item 17.5 trata da iluminação no ambiente de trabalho e diz oseguinte:Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar,apropriada à natureza da atividade.A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa.A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexosincômodos, sombras e contrastes excessivos.Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores deiluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO.

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A medição dos níveis de iluminamento deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual,utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função doângulo de incidência.

Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto este será um plano horizontal a 0,75m(setenta e cinco centímetros) do piso.Para que a iluminação geral seja uniformemente distribuída e difusa, como prevê aNR 17, e segundo alguns autores, as luminárias devem ser distribuídas conformeas Figuras nº 2.1; 2.2 e 2.3.

Figura 2.1 - As fontes de luz devemestar localizadas de modo a evitarreflexos e sombras na superfície detrabalho. Dul; Weerdmeester (2001,p.98).

Figura 2.2 - As luminárias devemficar posicionadas 30º acima dalinha de visão e atrás dotrabalhador, para evitarofuscamento e reflexos. Iida (2003,p.260).

Figura 2.3 - Sistema de iluminaçãotípico em área de trabalho. Iida(2003, p.260).

De acordo com Dul; Weerdmeester (2001, p.95-98),Uma luz ambiental de 10 a 200 lux é suficiente para lugares onde não há tarefas críticas. É o casodos corredores, depósitos e outros lugares onde não há tarefas de leitura”. O autor afirma tambémque se devem usar intensidades de 200 a 800 lux para tarefas normais, como a leitura de livros,montagem de peças e operações com máquinas. E usar de 800 a 3.000 lux para tarefas especiais degrandes exigências visuais como tarefas de inspeção. Entretanto deve-se considerar que níveismuito elevados de intensidade luminosa, também provocam a fadiga visual. (p.98), A luz deve serposicionada, em relação à tarefa, de modo a evitar os reflexos e as sombras.Para ambientes de sala de aulas a intensidade de luminosidade considerada ideal,deve estar de acordo com a Tabela 2.3.

Tabela 2.3 – Níveis de luminosidade ideal para salas de aulasAmbiente Quantidade de LuzAuditório e Ginásio 100 a 300Salas de aula 200 a 750

Escolas

Sala de desenho, Laboratório e Biblioteca. 500 a 1500Fonte: Manual de instruções do luxímetro digital modelo LD 200, Instruntherm 2003, p.5.

Segundo Maia (2002, p.67), “Ainda não há legislação relativa ao excesso deiluminamento, que também é uma causa de desconforto luminoso. Todavia, utiliza-

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se o bom senso para determinar quando uma iluminação é excessiva e hádesperdício de energia”. Mas autores como Iida, Grandjean e a NR 17 e NBR5413, defendem como limite para a fadiga visual, valores acima de 1.000 lux.Os intervalos de conforto Luminoso encontrados na literatuta pesquisada estãodemosntrados na Tabela 2.4 abaixo:

Tabela 2.4 -: Intervalo de Conforto Luminoso em Lux para Salas de Aula.Limites deluminosidadepara Salas deAula

Manual doLuxímetroDigital LD200

Dul;Weerdmeester(2001, p.95-96)

Iida(2003,p.255)

Grandjean(1998, p.224-225)

NBR 5413(1992)

NR 17

Limite Inferior 200 200 200 a 300 - 200 200Intervalo deC f t

250 a 750 200 a 800 400 a 600 500 a 700 300 a 750 300 a 750Limite paraFadiga Visual

- 800 a 3000 > 1000 > 1000 >1000 >1000

A presente pesquisa adotou para fins de condicionante física do conforto luminoso, osintervalos de conforto recomendados pela NBR 5413/1992 - Iluminação de Interiores, queestabelece os valores de iluminâncias médias mínimas em serviço para iluminaçãoartificial em interiores, por ser de elaboração da ABNT, reconhecida pelo INMETRO,sendo a norma recomendada pela Norma Regulamentadora 17.Diante do acima exposto, podemos concluir que o conforto luminoso do ambientefísico das salas de aulas irá proporcionar melhores condições de trabalho aosalunos, favorecendo o desempenho e assim predispondo o aluno a melhorar a suaeficiência e produtividade. Inversamente, condições pobres de iluminação podemprejudicar o trabalho e gerar estresse e fadiga, podendo levar a impossibilidade deexecução da atividade.

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2.7 Conforto Térmico no Posto de Atividade Discente

Em uma sala de aula, as variáveis de temperatura, umidade relativa do ar evelocidade do vento, são relevantes para a avaliação do conforto térmico; nesseaspecto, o clima, em conjunto com a análise da arquitetura, é determinante. É fatoque muitas edificações são projetadas principalmente em função de tendênciasestéticas ou exigências técnicas de produção, sem a preocupação em adequar oambiente às características e limitações do homem. O ensino necessita serdesenvolvido em condições satisfatórias de temperatura, umidade e ventilação, detal modo que proporcionem do ponto de vista térmico, ambientes confortáveis efavoráveis ao processo de ensino e aprendizagem, as salas de aula climatizadaspossibilitam essas condições. Entretanto, vale salientar que apesar dos modernosequipamentos de ar condicionado favorecer as condições de conforto térmico noambiente das salas de aula, é necessário verificar se os valores registrados detemperatura, umidade e ventilação estão de acordo com os valores recomendadospelas normas regulamentadoras, para proporcionar o máximo de conforto aosseus usuários. Um outro fator a ser considerado é que os equipamentos emitemruído que podem influenciar no conforto acústico do ambiente de ensino. SegundoGrandjean (1998, p.298) “um clima confortável constitui-se em pré-requisito para amanutenção do bem-estar e para a capacidade de produção total”. Com base emestudos atuais, o autor afirma que pessoas que desenvolvem trabalho mentalsentadas, sem sobrecarga manual, percebem como agradáveis temperaturas, noinverno, de 21ºC, e no verão, entre 20 e 24º C.De acordo com Maia (2002, p.60),A ASHRAE, Associação Americana dos Engenheiros de Refrigeração, Ar Condicionado eAquecimento, Norma 55/81, define conforto térmico como sendo o estado de espírito que expressa asatisfação com o ambiente térmico. Essa sensação de bem estar térmico do corpo humanodependerá da atuação do sistema termorregulador para a manutenção do equilíbrio térmico, poisquanto maior for o trabalho desse sistema, maior a sensação de desconforto. O equilíbrio térmicoentre o corpo e o ambiente dependerá de fatores ambientais (temperatura do ar radiante,temperatura radiante térmica, umidade relativa e ventilação) e fatores individuais (atividadedesenvolvida, taxa de metabolismo e resistência térmica da roupa). A combinação dessas variáveis,mesmo que diferentes, irão proporcionar sensações semelhantes, que é a sensação de confortotérmico.

Diversos autores realizaram estudos considerando o conforto térmico em sala deaula, dentre eles: Araújo (1996); Xavier (1999 e 2000); Gonçalves (2000); Souza(2001); Ruas (1999/2002), Graça; Kowaltowski (2003). Esses autores reconhecema importância do conforto térmico no ambiente físico das salas de aula e suapossível associação ao desempenho dos alunos, considerando que a ergonomia éuma ciência que deve ser empregada na busca de soluções para a melhoria daqualidade térmica em recintos fechados, buscando a melhor forma de adaptar oposto de atividade as exigências e necessidades de seu usuário, proporcionandomaior bem-estar.

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No Brasil a NBR 6401/1980, estabelece parâmetros para o projeto de instalaçõesde ar condicionado para conforto, especificando intervalos de temperatura doambiente e umidade relativa para o conforto térmico de pessoas em atividadesedentária. Com relação à legislação Brasileira, a lei federal n° 6514 de 22/12/77,no Art. 178 estabelece que as condições de conforto térmico dos locais de trabalhodevem ser mantidas dentro dos limites fixados pelo Ministério do Trabalho,entretanto a legislação elaborada pelo Ministério do Trabalho/1978, restringe-se aestabelecer, na NR 15, limites de tolerância para exposição ao calor, queprocuram evitar a condição extrema de sobrecarga térmica, ficando muitodistantes da condição desejável de conforto térmico. A única menção a condiçõesde conforto térmico é feita na NR 17 que usa o índice das temperaturas efetivaspara estabelecer o intervalo de conforto para atividades sedentárias e afirma quenos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitaçãointelectual e atenção constante, são recomendadas as seguintes condições deconforto Térmico:Índice de temperatura efetiva entre 20ºC (vinte) e 23ºC (vinte e três graus centígrados); velocidade do arnão-superior a 0,75m/s; umidade relativa do ar não-inferior a 40%.Em ambientes fechados, sugere-se que o ar deve ser constantemente renovado, deacordo com Dul; Weerdmeester (2001, p.108), “os ambientes fechados devem seradequadamente ventilados, mesmo que não contenham fontes de poluição”. Segundooutros autores, isso se deve ao fato de eliminar o perigo de contaminação cruzada emambientes fechados de convívio social. Essa renovação do ar, deve obedecer aos valoresproposto por Dul e Weerdmeester, conforme a Tabela 2.5.

Tabela 2.5 - Volume de ar e ventilação necessários para diversos tipos de trabalhoNatureza do trabalho Volume do ar (m3/pessoa) Renovação do ar (m3/h)Muito leve 10 30Leve 12 35Moderado 15 50Pesado 18 60

Fonte: J. Dul; B. Weerdmeester (2001, p.108).Os intervalos de conforto térmico encontrados na literatuta pesquisada estãodemosntrados na Tabela 2.6 abaixo:Tabela 2.6 -: Intervalo de Conforto TérmicoItens

Ruas(2000, p.72)

Dul;Wedemeester(2001, p.100)

Pereira et al(2003)

Iida(2003,p.236)

Grandjean (1998,p.294)

NBR 6401(1980)

ISO7730

NR 17

Temperaturade In erno

- 18 a 22ºC 21ºC 23 a 25ºC 23 a 26ºC

20 a 23ºCTemperaturade Verão 21,1 a 24,9ºC 18 a 24º C

-20 a 24ºC 20 a 24ºC 20 a 22ºC 20 a 24ºC

20 a 23ºC

URA deIn erno

40 a 60%

URA deVerão

64 a 93% 30 a 70%25 a 50% 40 a 60% -

35 a 65%

30 a 70% >40%

Velocidadedo Ar

0,4 a 1,7 m/s < 0,1 m/s - 0,2 m/s - - - >0,70m/s

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Segundo Xavier (1999 apud Ruas 2002, p.69), intervalos de conforto térmico são oslimites entre as sensações de conforto e as sensações de quente e frio. A presentepesquisa adotou para fins de condicionante física do conforto térmico, os intervalos deconforto recomendados pela NBR 6401/1980, que estabelece parâmetros para o projetode instalações de ar condicionado para o conforto térmico de pessoas em atividadesedentária, especificando intervalos de temperatura do ambiente e umidade relativa, porser de elaboração da ABNT, reconhecida pelo INMETRO e recomendada pela NormaRegulamentadora 17, por estar dentro dos limites fixados pelo Ministério do Trabalho,conforme a lei federal n° 6514/1977. E por usar índice das temperaturas efetivas paraestabelecer o intervalo de conforto para atividades sedentárias.

Diante do acima exposto, pode-se concluir que existe uma necessidade real de umambiente térmico confortável no posto de atividade discente que favoreça o processo deensino aprendizagem. Nos diversos estudos realizados, os resultados encontradosapresentaram a existência de conflito entre os diferentes parâmetros de confortoambiental em recintos fechados para salas de aula climatizadas (temperatura, umidaderelativa do ar e velocidade do ar), estes limites de intevalo de conforto térmico variam,podendo diferentes níveis de temperatura, umidade relativa do ar e velocidade do ar,provocarem a mesma sensação de conforto térmico no ambiente físico para o aluno, eque quando se trata de coletividade, geralmente num mesmo ambiente haverá umpercentual de insatisfeitos em detrimento da maioria satisfeita, quando se tratar deconforto térmico.

2.8 Importância da Postura do Aluno no seu Posto de Atividade

Diversos estudos foram realizados considerando a postura7 do aluno em sala deaula, dentre eles: Leão; Peres (2002); Bonney; Corlett (2002); Murphy; Stubbs(2004); Loff (2004). Nessas pesquisas os autores concluíram que:A postura sentada está associada a uma maior pressão nos discos vertebrais quea da posição em pé, a manutenção prolongada da postura sentada pode ter osseguintes inconvenientes: há pouco movimento dos membros tornando a atividadefísica insuficiente; problema de circulação sanguínea nos membros inferiores,existe compressão da face posterior das coxas; adoção de posturas desfavoráveis(lordose ou cifose excessivas) levando ao aparecimento de dores lombares, oconforto postural de um posto de trabalho sentado é função principalmente: dotempo de manutenção da postura; da altura do plano de trabalho; dascaracterísticas da cadeira; da adaptação às exigências visuais da tarefa. A linha deolhar abaixo da horizontal sobrecarrega a espinha cervical, foi observadodiferenças significantes no encolhimento da coluna espinhal para um olhar abaixoda horizontal, chamando atenção às recomendações para o ângulo de olharrecomendado em leituras de livros. Existem associações significantes entreposturas encurvadas para baixo e dores na região dorsal, e posturas estáticasassociadas a dores no pescoço. Os alunos apresentaram as seguintes alteraçõesposturais: escoliose foi encontrada em 30% dos resultados (2% escolioseestrutural, desse resultado, 52% convexa à direita, 22% convexa à esquerda e

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26% escoliose mista), 19% apresentavam hiperlordose associada à escoliose,22% hipercifose associada à escoliose. A hiperlordose foi encontrada em 16%, ahipercifose em 10% e, representando 18% foi encontrado desequilíbrios naassimetria de ombros, cintura pélvica, joelhos e pés.Diante do acima exposto, pode-se concluir que vários autores reconhecem aimportância da manutenção de uma boa postura adotada pelo aluno no seu postode atividade, considerando que o mobiliário desconfortável, o longo tempo depermanência na posição sentada, as exigências da atividade, o sistema deiluminação, o layout, a localização dos equipamentos didáticos, entre outros, sãovariáveis que interferem na manutenção da postura e conduzem à fadiga e aodesconforto muscular. A ergonomia tem, portanto um papel relevante na escolhado mobiliário escolar, na conscientização dos usuários do mobiliário escolar e noarranjo físico da sala de aula, contribuindo para reduzir a adoção de posturasdesconfortáveis.Segundo Grandjean (1998, p.63-65),Quando sentados à pressão nos discos intervertebrais é maior que quando em pé, passando de 100% naposição em pé para 140% a 190% na posição sentada. Existe um conflito de interesse entre asnecessidades dos músculos e as necessidades dos discos intervertebrais. Para a musculatura uma posiçãolevemente inclinada para frente é o recomendável, já para os discos é melhor uma posição ereta. Assimtorna-se compreensível que a postura do sentar é um problema para a coluna vertebral e para amusculatura das costas.

A maioria dos problemas posturais no ambiente de trabalho surgem emdecorrência das condições impróprias de trabalho e falta de atenção com o própriocorpo, a adoção de uma boa postura corporal no cotidiano poderá evitarproblemas musculoesqueléticos futuros. Geralmente a postura é determinada pelatarefa e pelo posto de trabalho, muitas doenças são causadas pela má posturaadotada por longos períodos, fruto da ausência de controle e da informação.Segundo Leão; Peres (2002, p.47), “uma boa postura é aquela em que otrabalhador pode modificá-la como quiser, o ideal é que ele possa adotar umapostura livre, ou seja, uma postura que possa lhe convir em determinado instante”.Para ele, a concepção do posto de trabalho e/ou a concepção da tarefa devefavorecer a mudança de postura. A boa postura, portanto é aquela que melhorajusta nosso sistema musculoesquelético, equilibrando e distribuindo todo oesforço de nossas atividades diárias, favorecendo a menor sobrecarga em cadauma de suas partes.No ambiente de sala de aula é comum observarmos com freqüência alunos eprofessores adotando posturas inadequadas por tempo prolongado, que se nãoforem corrigidas poderão ocasionar vícios posturais que possivelmenteconduziram a desconfortos musculares. A disposição dos equipamentos didáticos,o layout da sala de aula, o mobiliário disponível e a maneira que o professorconduz a disciplina, são alguns dos fatores que interferem na postura adotadapelos alunos durante a aula. Para Lima (2003, p.46), “a postura é considerada umaforma de expressão e linguagem do corpo. Ela determina como será realizado

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cada movimento e sua acomodação no ambiente, podendo ser considerada umreflexo integrado dos aspectos corporais e mentais, sendo composta de trêscomponentes estruturais: posturas mecânicas, neurofisiológicas e psicomotora”.Segundo Wisner (1987, p.48-52),Os problemas de posturas são sempre muito importantes no local de trabalho, sobretudo quando a posturaé determinada pela própria atividade, quanto mais difícil à tarefa, mais rígida fica a postura. (p.48), énecessário conhecer as dimensões da população considerada. (p.52), a inadaptação dos postos detrabalho à população de trabalhadores existente constitui um problema social importante, pois umaproporção considerável de pessoas encontra-se rejeitada pelo sistema produtivo ou situada de maneiramuito marginal em relação a ele.Para mantermos boa postura, é necessária uma harmonia do sistemaneuromusculoesquelético, cada indivíduo apresenta características individuais depostura que podem vir a ser influenciada por vários fatores: anomalias congênitase/ou adquiridas, má postura, obesidade, alimentação inadequada, atividadesfísicas sem orientação e/ou inadequadas, distúrbios respiratórios, desequilíbriosmusculares, frouxidão ligamentar e doenças psicossomáticas. Postura oumovimento prolongados precisam ser evitados, pois se tornam fatigantes e emlongo prazo conduzem a lesões musculoesqueléticas. Para Dul; Weerdmeester(2001, p.20) isso pode ser prevenido com uma alternância de posturas ou tarefas,significa alternar posições sentadas por aquelas em pé e andando. Os autoresafirmam também (p.21), que “a fadiga muscular pode ser reduzida com diversaspausas curtas distribuídas ao longo da jornada de trabalho. Isso é melhor que aspausas longas concedidas no final da tarefa ou ao fim da jornada”. SegundoMartins (2001, p.21), “Nenhuma postura é suficientemente adequada para sermantida confortavelmente por longos períodos. Qualquer postura prolongada podeocasionar sobrecarga estática sobre os músculos e outros tecidos e,conseqüentemente causar dor e desconforto. O comportamento natural do serhumano é de mudar a sua postura constantemente. Mesmo durante o sono osajustes posturais são necessários”.O controle e a informação são importantes para que se possam orientarprofessores e alunos a adotarem a melhor postura de cada indivíduo em relaçãoao mobiliário da sala de aula, possibilitando a reestruturação completa das cadeiasmusculares e seus posicionamentos no movimento e/ou na estática, a partir desteprocedimento, pois o uso de um mobiliário adequado por se só não é suficientepara garantir uma boa postura, é preciso conscientização por parte dos usuáriosem função da posição da cabeça, tronco, braços e outros seguimentos corporaisem relação à tarefa a ser executada. De acordo com Kapandji (1980, p.118-214), eIida (2003, p.204), os limites de rotação da coluna dorso lombar, de flexão,extensão, inclinação lateral e rotação da cabeça e as áreas de visão ótima doolhar deverão obedecer aos intervalos demonstrados nas Figuras: 2.4; 2.5; 2.6; 2.7e 2.8 abaixo. E essas limitações devem ser observadas e levadas emconsideração por ocasião da posição e localização em que são colocados asprojeções, quadro, slides, e mobiliário no desenvolvimento da tarefa e da atividadeno posto de trabalho de um modo geral, caso contrário, se o aluno estiver mal

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posicionado em relação a sua tarefa, poderá sofrer desconforto muscular edesenvolver possíveis conseqüências musculoesqueléticas.

Figura 2.4 – rotação da colunadorso lombar. Kapandji (1980,p.119).

Figura 2.5 – Movimentos extremos de flexão e extensão.Kapandji (1980, p.215).

Figura 2.6 Amplitude total deinclinação da cabeça. Kapandji(1980, p.215).

Figura 2.7 – Amplitude derotação da cabeça. Kapandji(1980, p.215).

Figura 2.8 – Áreas de visão ótimae máxima. Iida (2003, p.204).

Diante do acima exposto, podemos concluir que a boa postura é mais umaquestão ergonômica de conscientização e que pode ser treinável, que asdimensões antropométricas do mobiliário escolar para os alunos respeitando assuas individualidades biológicas, ainda estão longe de se tornar uma realidade emsala de aula, pois a organização das tarefas, o mobiliário inadequado, o arranjofísico das carteiras e dos equipamentos didáticos distribuídos em salas de aulas,que na maioria das vezes não respeitam as angulações ideais que permitam aoaluno manter uma postura confortável por tempo prolongado, são causasprováveis da sensação de desconforto e fadiga muscular.

2.9 O Mobiliário no Posto de Atividade Discente

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A qualidade dos produtos de estofamento do assento e do encosto damobília escolar, bem como as dimensões da cadeira e da escrivaninha, podeinfluenciar na percepção de conforto dos alunos no seu posto de atividade, epossivelmente pode está associada às condições de um bomaproveitamento no processo de aprendizagem por parte dos alunos. Móveispróprios para as atividades e finalidades pedagógicas são as grandesexigências do mercado, na busca do aprimoramento da qualidade doproduto final para mobiliário escolar, foram realizadas minuciosasinvestigações na cadeia de produção, a iniciativa mais ambiciosa depadronização do mobiliário escolar ocorreu nos meados dos anos 70,durante o desenvolvimento do modelo do Cebrace-MEC, em parceria com oInstituto de Desenho Industrial do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro,fundamentado em pesquisas próprias, em normas internacionais e emestatísticas do IBGE, que gerou uma série de recomendações técnicas:Laboratórios, salas de informática e salas de vídeo, entre outras, necessitamde mobiliários específicos. O auditório precisa de cadeiras com maiorresistência, segurança e conforto. As cadeiras e carteiras devem facilitar oaprendizado, considerando que o conjunto bem planejado reduz os víciosposturais e possibilita maior concentração do aluno em sala de aula.Na busca por produtos de qualidade, foi baixada pelo INMETRO, em parceriacom o Ministério da Educação, a Portaria nº 177, que implantou a certificaçãocompulsória para móveis escolares, em vigor desde o final de março de2003, cuja intenção é disponibilizar aos alunos mobiliários projetadosespecificamente para a atividade discente, compatível ás suas condições,favorecendo um melhor rendimento escolar e redução de gastos commanutenção e reposição de móveis. A portaria determina que os produtosdevam seguir requisitos preestabelecidos, que contemplam basicamenteestabilidade, ergonomia e durabilidade dos móveis. A ABNT é o órgãoresponsável pela certificação dos produtos, através das NBR 14006 quetratam dos requisitos para móveis escolares (assentos e mesas parainstituições educacionais) e 14007 que trata das recomendaçõesergonômicas (postura) e antropométricas (dimensões).A NR-17 no seu item nº 17.3, Trata do mobiliário dos postos de trabalho e diz oseguinte:Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ouadaptado para esta posição.Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e ospainéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e devematender aos seguintes requisitos mínimos: ter altura e características da superfície de trabalho compatíveiscom o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura doassento; ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; ter característicasdimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais.Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto:altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida; características de pouca ou

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nenhuma conformação na base do assento; borda frontal arredondada e encosto com forma levementeadaptada ao corpo para proteção da região lombar.Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise ergonômica dotrabalho, poderá ser exigido suporte para os pés que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador.

A ISO 7730 (1994) cita, no seu anexo “E”, que a cadeira pode contribuir com umisolamento térmico do corpo adicionalmente na ordem de 0,0 clo a 0,4 clo, dependendo daárea de contato com o corpo, quando são realizadas atividades sedentárias na posiçãosentada e remete à ISO 9920 para maiores informações.Leão; Peres (2002, p.60), afirmam que: “o estofamento não deverá ser muito mole,para evitar um afundamento muito grande das nádegas e das coxas. O ideal é umestofamento que pode ser comprimido de +/- 2,5 cm (densidade máximarecomendada: 50 kg/m3). A natureza do material usado no estofamento erevestimento do mobiliário precisa ser considerada para evitar a transpiração, umrevestimento com material plástico deve ser evitado”.Iida (1991 apud Añez 2003, p.6), afirma que com relação aos assentos, deve-seobservar os seguintes princípios gerais:

Existe um assento adequado para cada tipo de função,As dimensões do assento devem ser adequadas às dimensões antropométricas,O assento deve permitir variações de postura,O encosto deve ajudar no relaxamento,O assento e a mesa formam um conjunto integrado.

Segundo Dul; Weerdmeester (2001, p.30), “para leituras e outras tarefas queexijam acompanhamento visual contínuo, a superfície deve ser inclinada, sempreque possível”. Os autores afirmam que:A postura pode ser melhorada em tarefas que exigem acompanhamento visual, inclinando-se a superfíciede trabalho em pelo menos 45 graus para frente, conforme a Figura 2.9.Para trabalhos manuais que exigem acompanhamento visual, a superfície de trabalho pode ser inclinadaaté 15 graus para frente, conforme a Figura 2.10.

Figura 2.9 – Superfície de trabalho para desenho.Fonte: Dul; Weerdmeester (2001, p.30).

Figura 2.10- Superfície de trabalho para leitura.Fonte: Dul; Weerdmeester (2001, p.30)

Colombini et al (2000 apud Bonney; Corlett 2002, p.9), concluíram que a linha deolhar abaixo da horizontal carregaria a espinha cervical mais que um olharhorizontal. Foram feitos testes de estadiômetro de precisão, e mensurado osefeitos em comprimento espinhal de ângulos diferentes de olhar. Depois de 1 horade exposição sentando em uma postura controlada, foi observado que haviadiferenças significantes no encolhimento da espinha entre o olhar horizontal de 20°a 40° graus abaixo da horizontal, as cargas espinhais aumentadas foram

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demonstradas pelo aumento do encolhimento espinhal, chamando atenção àsrecomendações para ângulo de olhar recomendado em leituras de livros deensino. Para Grandjean (1998, p.54), é recomendável 5° acima da linha horizontalda visão e de 10° a 30° abaixo da mesma linha, conforme demonstrado na figura2.11.

Figura 2.11 – Linha normal da visão. Grandjean (1998, p.54).

A antropometria8 trata das dimensões e proporções do corpo humano, osprojetistas dos postos de trabalho, máquinas e móveis, devem lembrar-se daindividualidade biológica dos usuários, pois a altura de uma cadeira adequadapara um individuo médio, torna-se desconfortável para altos e baixos, para isso énecessário cadeiras que possuam reguladores ajustáveis de altura do assento edo encosto. Segundo Wisner (1987, p.59), A fraqueza das correlações entre asdiversas variáveis antropométricas e a dispersão de medidas de uma mesmavariável levam a prever margens de regulagem dimensionais suficientementeamplas, sobretudo quando o posto de atividade é destinado a várias categorias deusuários. Conforme citado por Iida (2003, p.109), e demonstrado na figura 2.13.

Dul; Weerdmeester (2001, p.16), afirmam que,Um princípio importante na aplicação da ergonomia é que os equipamentos, sistemas e tarefas devem serprojetados para o uso coletivo. Sabendo-se que há diferenças individuais em uma população, os projetosem geral, devem atender a 95% dessa população. Isso significa que há 5% dos extremos dessa população(indivíduos muito gordos, muito altos, muito baixos, mulheres grávidas, idosos ou deficientes físicos), paraos quais projetos de usos coletivos não se adaptam bem. Nesses casos, é necessário realizar projetosespecíficos para essas pessoas.

Figura 2.12 - Dimensões antropométricas críticas a serem consideradas no projeto de um posto deatividade para a pessoa sentada. Iida (2003, p.109).

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Leão; Peres (2002, p.56-58), afirmam que: “a regulagem inadequada de umaaltura da cadeira tem conseqüências negativas para o conforto postural”.

O ponto anatômico que serve de referência para determinar a altura confortável de trabalho sentado é aaltura dos cotovelos. A altura do plano sentado está correta quando a pessoa sentada tem as coxas nahorizontal e as pernas na vertical com os pés apoiados totalmente no piso. A concepção do posto detrabalho sentado deve considerar duas alturas: a altura da cadeira e a altura do plano de trabalho. Comoexistem variações das dimensões corporais das pessoas, é evidente que uma postura confortável para amaioria só será obtida com a regulagem ao menos de uma destas duas alturas. A altura do plano detrabalho deve ser determinada segundo o tipo de tarefa à ser realizada no posto de trabalho.

Quando a cadeira é muito alta, o apoio dos membros inferiores sobre o piso é diminuído e uma parte docorpo é sustentada pelas coxas trazendo uma compressão da face posterior, o que é desfavorável do pontode vista vascular. Para diminuir a pressão sobre as coxas, a pessoa tenta se sentar sobre a parte anteriorda cadeira, o que pode induzir uma atitude instável exigindo uma contração muscular estática dos membrosinferiores e das costas.

Quando a cadeira é muito baixa, o ângulo coxas-tronco se fecha induzindo uma cifose lombar e umapressão sobre os órgãos abdominais. Nesta posição, os grandes e os obesos deverão efetuar um esforçomuito grande para se levantar.

Diversos estudos foram realizados analisando-se o conforto físico domobiliário das salas de aula e sua influência no desempenho escolar, dentreeles: Fernandes (2000); Abid (2001); Vergara; Page (2001); Almeida; Arruda(2002); Panagiotopoulou et al (2004). Os resultados encontrados pelosautores, foram os seguintes:Em relação à carteira escolar deve-se, atender as peculiaridades dapopulação e de sua faixa etária; se reconhece a relação entre mobiliário epedagogia como complexa; se reconhece a importância da ergonomia noprocesso educacional, bem como a relevância de conforto da carteiraescolar numa perspectiva de posto de trabalho para os alunos; as mudançasfreqüentes da postura são um bom indicador de desconforto; as posturas delordose com a pélvis apoiada na dianteira e baixa mobilidade são as causasprincipais do aumento de desconforto; a incompatibilidade entre asdimensões dos estudantes e as dimensões da mobília de sala de aula temefeitos negativos na postura sentada especialmente quando os alunos estãolendo ou escrevendo.Vários autores reconhecem, portanto a importância da exigência de mobiliárioadequado para atividades discentes, que permitam a manutenção de uma boapostura adotada pelo aluno no seu posto de atividade, considerando que naposição sentada o assento e o encosto da cadeira, as dimensões antropométricas,a qualidade, entre outros, são variáveis que interferem na percepção do confortodo mobiliário pelo usuário. Cabe a ergonomia ressaltar a importância de um

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mobiliário que reduza as posturas desconfortáveis e proporcione melhordesempenho na realização das tarefas.Segundo Tavares (2000, p.54-124),É de primordial importância o estudo na ergonomia no que se refere às posições utilizadas nodesenvolvimento das atividades, uma vez que as posturas para a realização do trabalho e as posturasoriundas de fatores externos ao bom desempenho da atividade, provocadas por mobiliário inadequado evícios de postura são responsáveis pelo desgaste físico do trabalhador. (p.124), uma má postura naposição sentada pode trazer dores na coluna, pernas e pés, mas esses problemas podem ser ocasionadostambém por mobiliários que não oferecem conforto por não apresentarem encosto e assento anatômicos,apoio para os braços e pernas.

Añez (2003, p.6), afirma que “muitas pessoas chegam a passar mais de 20horas por dia na posição sentada e deitada, na posição sentada, o corpoentra em contato com o assento só através da sua estrutura óssea. Essecontato é feito através das tuberosidades isquiáticas9 que são recobertas poruma fina camada de tecido muscular e uma pele grossa, adequada parasuportar grandes pressões”. A sensação de desconforto sentida pelosalunos na posição sentada, ocorre em função do formato das tuberosidadesisquiáticas (em forma de pirâmide invertida), que dá sustentação ao peso docorpo nesta posição (em apenas 25 cm2 de superfície concentra-se 75% dopeso total do corpo), conforme demonstrado nas Figuras 2.13, pois quando oindivíduo passa da posição em pé para a posição sentada, ocorre umarotação na bacia conforme Figura 2.14. Leão; Peres (2002, p.60), afirmam que“cadeiras estofadas são necessárias porque sobre uma superfície dura opeso do tronco repousa sobre a superfície de apoio restrita dastuberosidades isquiáticas. Isto provoca uma compressão local importante epode favorecer a aparição de dores”. A qualidade da superfície do assento éinfluenciadora da distribuição da pressão do corpo sobre o assento, deacordo com Oborne (1982 apud Iida 2003, p.140), sendo essencial para apercepção de conforto na postura sentada.

Figura 2.13 - A rotação da bacia na passagemdo estar de pé para o estar sentado. Apassagem para o sentar provoca uma rotaçãoda parte superior da bacia para trás (na direçãoda seta), pelo que o sacro se endireita e alordose lombar se transforma em cifose.Grandjean (1998, p.64).

Figura 2.14 - O contato da nádega com asuperfície do assento realiza-se por meio dastuberosidades isquiáticas, que se assemelham apirâmides invertidas. Oborne (1982 apud Iida2003, p.140).

De acordo com Kapandji (1980, p.112),

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Na posição em apoio ísquio-sacral10 (Figura 2.15), o tronco completamente levado para trás repousasobre o espaldar da cadeira e o apoio é feito pelas tuberosidades isquiáticas e a face posterior do sacro edo cóccix; a pelve está em retroversão11, a lordose lombar é retificada, a cifose dorsal é exagerada e acabeça pode tombar para frente sobre o tórax, ao mesmo tempo em que se inverte a lordose cervical. Étambém uma posição de repouso que pode levar ao sono, mas a respiração é perturbada pela flexão dopescoço e o peso da cabeça, que repousam sobre o esterno; esta posição que reduz o deslizamentoanterior da L5 e que relaxa os músculos posteriores da coluna lombar e alivia as dores daespondilolistese12.

.Figura 2.15 - Posição em apoio ísquio-sacral. Kapandji (1980, p. 113).Diante do acima exposto, conclui-se que a posição em apoio ísquio-sacral é,portanto um forte indicador de mobiliários com assento desconfortável, pois natentativa de restabelecer a sensação de conforto, o corpo procura evitar o apoio dopeso nas tuberosidades isquiáticas, apoiando-se também na face posterior dosacro e do cóccix, e dessa maneira o indivíduo procura se adequar ao posto detrabalho, indo na contramão da ergonomia, provocando uma sobrecarga estáticana musculatura dorsal, podendo inclusive em longo prazo desenvolver problemasposturais relacionados à coluna vertebral. Um mobiliário ergonomicamentepreparado para as atividades discentes, é um fator preponderante, restringindo amá postura e a sensação de desconforto causado por mobiliários inadequados, emque o aluno tem que se moldar ao mobiliário e não este ao aluno. E ainda que omobiliário adequado por si só, não é suficiente para garantir a manutenção de umaboa postura, é necessário também desenvolver um trabalho de ergonomia deconscientização em seus usuários.

2.10 Os equipamentos didáticos auxiliares no Posto de AtividadeDiscente

Por diversas vezes pode-se observa em salas de aula e atividades de ensino deum modo geral, equipamentos didáticos auxiliares, mal localizados e posicionadosem relação ao aluno, desobedecendo a altura e angulações, induzindo o aluno ase adequar ao seu posto de atividade e causando desconforto. A utilização decores inadequadas para a transmissão da informação combinada com uma máiluminação, são outros fatores geralmente presenciados no ambiente pedagógico eque provocam reflexos e ofuscamentos levando a fadiga visual.Biazus (2000, p.99),As transparências utilizadas são projetadas na parede oposta ao quadro. Os alunos posicionam-selateralmente e mostram sinais de desconforto postural, térmico e olfativo, saindo do laboratório para ingerirlíquido. Há no laboratório um forte odor, acentuado por aquele proveniente da sala de apoio localizada emfrente, provocando desconforto olfativo. Os alunos apresentam sinais de cansaço, movimentam o tronco,

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espreguiçam-se, debruçam-se sobre a bancada. A postura torna-se relaxada, e isso faz com o que oprofessor tenha de considerar essa variável em seu planejamento de atividades.Segundo Loffe (2003, p.8), “é importante ter em conta que o desconfortoprovocado pelo ambiente inapropriado (condições de iluminação, acústica,temperatura, espaço, cor envolvente, etc.), ou por equipamento desajustado leva àdesatenção e ao cansaço, refletindo-se negativamente na capacidade deconcentração e de aprendizagem”.Daí à desestabilização do grupo ou à desistência de execução das tarefas é umpasso. Assim, seria conveniente que técnicos com formação na área da ergonomiafizessem parte das equipes responsáveis pelos projetos e escolha dosequipamentos didáticos.A NR 17, no seu item 17.4, diz o seguinte sobre os equipamentos dos postos detrabalho:Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às característicaspsicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou mecanografia deve: serfornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa postura,visualização e operação, evitando movimentação freqüente do pescoço e fadiga visual; ser utilizadodocumento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada à utilização do papel brilhante, ou dequalquer outro tipo que provoque ofuscamento.

As atividades discentes são por diversas vezes desempenhadas em laboratóriosde informática, ficando os alunos durante horas a utilizar os computadores, apesarde não ser foco do estudo em questão, é necessário alertar para as condiçõesergonômicas em que essas tarefas estão sendo desempenhadas, a LSMT-ABPA(1995), e a NR 17, recomendam sobre o uso ergonômico adequado dos terminaisde vídeo e advertem que seja observado nos equipamentos utilizados noprocessamento eletrônico de dados com terminais de vídeo, as seguintesrecomendações:

Condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação doambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador;

O teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com astarefas a serem executadas;

A tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho-tela,olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais;

Serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável.

Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo forem utilizadoseventualmente poderão ser dispensadas essas exigências, observando-se, entretanto a natureza dastarefas executadas e levando-se em conta a análise ergonômica do trabalho.

A American National Stardard for Human Factors Engineering of Visual DisplayTerminal Workstations - ANSI/HFS (1998 apud Martins; Jesus 1999, p.809),

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detalha a importância do mobiliário adequado para ser usado nos equipamentosde informática e recomenda o seguinte:

A mesa para computador deve ter profundidade mínima de 75cm e largura de 120cm; Altura entre 56cm e74cm aproximadamente para uso efetivo de teclado e mouse se for ajustável (se não for ajustável,aproximadamente 71 cm desde que tenha apoio do teclado abaixo da superfície de trabalho (mãos epunhos em posição neutra); não deve ter bordas (cantos) afiadas; Acolher o teclado de maneira que elefique entre 57,5cm e 71cm aproximadamente do chão (cotovelos devem ficar a 90 graus, com braços emãos paralelos ao chão); A superfície onde se encontra o mouse e a superfície usada para escrita devemestar dentro da zona primária de alcance, oferecendo apoio à mão e punho;

A altura da cadeira deve ser tal que os pés fiquem apoiados firmemente no chão, à utilização do descansopara pés, quando os mesmos não se mantiverem no solo, a manutenção dos espaços entre coxas e ladoinferior da mesa (o ângulo entre coxas e pernas deve ser de 90 graus ou mais), a manutenção do tronconuma posição vertical relaxada, o apoio da região lombar no encosto da cadeira, a utilização de todoassento e o encosto da lombar (posicionado ligeiramente para trás) para apoiar o tronco (o ângulo entrecoxas e tronco deve ser de 90 graus ou mais) e os apoios de braços, que devem suportar os antebraçosconfortavelmente enquanto houver digitação (fazendo com que ombros fiquem relaxados);

Quem utiliza o computador deve dispor de uma cadeira com braços, que ofereça flexibilidade e apoio,contendo quatro ou cinco pernas e rodinhas que lhe permita fácil movimentação. Seu assento deveacomodar quadris e nádegas sem que fique muito curvo ou aquecido (igualmente ajustável), sendo que eledeve inclinar-se ligeiramente para frente ao inscrever e inclinar-se ligeiramente para trás quando utilizar oteclado. A altura da cadeira deve ser adequadamente ajustada de acordo com sua tarefa e para acomodarsua própria altura (todos os ajustes mecânicos devem ser efetuados sem que o trabalhador saia dacadeira);

O monitor do computador deve estar de tal maneira situado que o topo da tela deve estar nivelado na alturados olhos. O monitor deve estar distante do usuário entre 46 cm e 71cm aproximadamente (a distânciaótima é determinada pelo tamanho da tela, tamanho e resolução de imagens na tela e condição geral davisão do trabalhador).

Diante do acima exposto, conclui-se que é relevante a importância de umapreocupação com as condicionantes ergonômicas na sala de aula que atenda aosrequisitos mínimos necessários para a preparação do material didático auxiliarvisando o bem-estar discente, o que por diversas vezes são esquecidos ounegligenciados, ficando o professor preocupado apenas com a transmissão doconteúdo proposto e esquecendo em que condições físicas o seu ensino estásendo concebido.

2.11 ConclusãoDiante desse contexto, pode-se inferir sobre a importância da ergonomia noambiente físico das salas de aulas das instituições de ensino, no tocante aconcepção dessas instalações, nos projetos de aquisição de mobiliários eequipamentos didáticos, no arranjo físico, no conforto térmico acústico e luminoso,na utilização de cores no ambiente e na transmissão da informação. O temaergonomia ainda é pouco divulgado e até mesmo alguns administradores eestudiosos desconhecem o seu real significado, sua importância e a necessidadede sua aplicabilidade em todos os campos de trabalho. Sugere-se que a aplicação

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de uma visão ergonômica deve ser desvinculada do interesse financeiro nosresultados, pois o resultado virá a partir da qualidade, adequação do ambiente,equipamentos e organizações, voltados para o conforto e para a facilidade nodesempenho das tarefas humanas.

Notas de Fim de Capítulo1Acústica - Qualidade de um espaço arquitetônico sob o aspecto de propagação do som. FERREIRA (1986,p.42).2Ruído - Sinal indesejável que não pertence à mensagem intencionalmente transmitida. FERREIRA (1986,p.1527).3Perda Auditiva Induzida por Ruído é a deficiência auditiva provocada pela exposição por tempo prolongadoa níveis de pressão sonora elevados. Quando decorrente da atividade laborativa, a PAIR se integra àschamadas perdas auditivas ocupacionais. FERREIRA (2000).4O método da avaliação da acústica envolve medições do Nível de Pressão Sonora Equivalente LAeq; emdecibel ponderados em “A”, comumente chamado dB(A). NBR 10152 (1990).5Reverberação - Persistência de um som num recinto limitado, depois de haver cessado a sua emissão poruma fonte. FERREIRA (1986, p.1505).6NR 17 - ERGONOMIA (117.000-7), Norma Regulamentadora de ergonomia, estabelece parâmetros quepossibilitam a adaptação das condições ambientais de trabalho às características psicofisiológicas dostrabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado, buscando proporcionar um máximo de conforto,segurança e desempenho, incluindo aspectos relacionados ao mobiliário, equipamentos e condiçõesambientais do posto de trabalho bem como a própria organização do trabalho.7Postura - É a posição otimizada, mantida com característica automática e espontânea, de um organismoem perfeita harmonia com a força gravitacional e predisposto a passar do estado de repouso ao estado demovimento. TRIBASTONE (2001).

8Antropometria é a disciplina que descreve as diferenças quantitativas das medidas do corpo humano,estuda as dimensões tomando como referência distintas estruturas anatômicas e serve como ferramentapara a Ergonomia com o objetivo de adaptar o entorno às pessoas. LEÃO; PERES (2002, p.35).

9Tuberosidade isquiática – Juntura que requer poca mobilidade, capaz de absorvar as forçasde tração, gravidade e cargas envolvidas na transmissão do peso do corpo na posiçãosentada, em virtude da eslasticidade de seus tecidos colágenos e cartilaginososo.DANGELO; FATTINI (1998, P.627-628).

10ísquio-sacral - Articulação que auxiliam as tuberosidades isquiáticas a suportar o peso docorpo na posição sentada, que é transmitido pela coluna vertebral através da pélvis.DANGELO; FATTINI (1998, P.627-628).11Retroversão - Inclinação de um órgão para trás. FERREIRA (1986, p.1504).12Espondilolistese - Inflamação vertebral. FERNANDES (1975, p.437).

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Capítulo 3 Metodologia da Pesquisa O presente capítulo descreve e procura legitimar a metodologia aplicada nesta pesquisa, bem como, o instrumento de pesquisa (Anexo I) que tem como base alguns indicadores ergonômicos referentes ao conforto do ambiente físico das salas de aula; a população-alvo; a descrição do processo de coleta de dados e a técnica utilizada para análise dos dados. O capítulo é composto de sete seções, quais sejam: 1. Caracterização do setor pesquisado. 2. Tipologia da pesquisa; 3. População e amostra; 4. Instrumento de coleta de dados; 5. Coleta de dados; 6. Técnicas de análise de dados; 7. Conclusão. 3.1 Caracterização do Setor Pesquisado A atividade de ensino superior privado na cidade do Natal, Estado do Rio Grande do Norte, é uma importante fonte geradora de emprego e renda, atualmente existem 09 (onze) instituições privadas de ensino superior na cidade, das quais 07 (sete) surgiram nos três últimos anos. No Brasil, o número de alunos matriculados no ensino superior na rede privada de ensino tem crescido bastante nos últimos anos, acirrando a competitividade e provocando o surgimento de algumas instituições sem condições adequadas em infra-estrutura e qualidade de ensino, observa-se também a tendência de um crescimento desordenado com aproveitamento de instalações não concebidas para os fins pedagógicos, inapropriadas ao processo de ensino aprendizagem, seja em função de sua localização seja em função de sua arquitetura. A Tabela 3.1 abaixo, mostra os dados do senso da educação 2004, publicado pelo INEP/MEC. Tabela 3.1 - Número de instituições de educação superior, cursos e matrículas por categoria administrativa – Brasil – 1998 a 2003.

Instituições Cursos Matrículas Ano Total Pública Privada Total Pública Privada Total Pública Privada

1998 973 209 764 6.950 2.970 3.980 2.125.958 804.729 1.321.229 1999 1.097 192 905 8.878 3.494 5.384 2.369.945 832.022 1.537.923 2000 1.180 176 1.004 10.585 4.021 6.564 2.694.245 887.026 1.807.219 2001 1.391 183 1.208 12.155 4.401 7.754 3.030.754 939.225 2.091.529 2002 1.637 195 1.442 14.399 5.252 9.147 3.479.913 1.051.655 2.428.258 2003 1. 859 207 1.652 16.453 5.662 10.791 3.887.771 1.137.119 2.750.652

Fonte: INEP/MEC. As instituições de educação superior do Brasil possuem 3,9 milhões de estudantes em cursos de graduação. Houve um aumento de 11,7% de matrículas em relação

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ao último ano, sendo que no setor privado o crescimento foi de 13,3%, e no público, de 8,1%, do total de cursos existentes no país 65,6% estão no setor privado e 34,4% em instituições públicas. Há concentração de vagas por regiões e cursos, quase metade (49,3%) das vagas estão distribuídas nos Estados do Sudeste. Enquanto que no Sul existem 19,2%, no Nordeste 16,1%, no Centro-Oeste 9,5% e no Norte 5,9%. Dos alunos matriculados em 2003, 52,7% representaram apenas seis carreiras: Administração, Direito, Pedagogia, Engenharia, Letras e Comunicação Social. O número de vagas ociosas nas universidades particulares passou de 37,4% para 42,2% em 2003. Segundo o Ministério da Educação, essa ociosidade pode ser explicada pela queda na renda do brasileiro, pela qualidade dos cursos em relação ao preço pago por eles e pela concentração de vagas em algumas regiões e especialidades. 3.2 Tipologia da Pesquisa A metodologia, segundo Richardson (1999, p.22), “são as regras estabelecidas para o método científico”. Para Iida (2003, p.41), a metodologia “permite saber como a pesquisa foi planejada e executada; quais foram as variáveis medidas e que tipo de cuidados ou controle foi exercido durante o experimento”. Segundo Gil (2002, p.29), a pesquisa científica pode ser classificada sob diferentes pontos de vista. Quanto aos objetivos pode ser: pesquisa exploratória, pesquisa descritiva ou explicativa. Já do ponto de vista dos procedimentos técnicos pode ser: pesquisa bibliográfica, documental, experimental, levantamento, estudo de caso, pesquisa expost-facto, pesquisa-ação e/ou pesquisa participante. Ainda pode ser classificada do ponto de vista de sua natureza como: básica ou aplicada e também da forma de abordagem do problema em quantitativa, qualitativa ou quanti-qualitativa. Do ponto de vista de sua natureza, esta pesquisa se classifica como aplicada, pois objetiva contribuir com aplicação prática dos conhecimentos ergonômicos, através de um estudo do posto de atividade discente, para avaliar questões dos aspectos físico-ambientais que influenciam a percepção de conforto e desempenho, aplicados a um grupo de indivíduos, objetivando gerar conhecimento à solução de problemas específicos, envolvendo verdades e interesses locais. Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, trata-se de um estudo descritivo, focado na instituição de ensino superior em questão, onde foi feito uma averiguação da importância do ambiente físico da sala de aula no processo de ensino e aprendizagem, em função das seguintes variáveis: equipamentos auxiliares e recursos didáticos; iluminação; cor; temperatura ambiente; acústica; layout; mobiliário e postura adotada por alunos em função desse ambiente. De acordo com Iida (2003, p.41), “As variáveis usadas em ergonomia geralmente referem-se ao homem, á máquina, ao ambiente ou ao sistema”. A presente pesquisa tratou de estudar algumas variáveis referentes ao homem e ao ambiente no seu processo de ensino e aprendizagem.

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Do ponto de vista da abordagem do problema, a metodologia da pesquisa é quanti-qualitativa. Qualitativa, uma vez que os parâmetros utilizados para compor a lista de verificações são descritos de modo subjetivo através da opinião dos alunos, e quantitativa uma vez que esses dados serão tratados estatisticamente. Do ponto de vista de seus objetivos, a pesquisa é do tipo descritiva, na medida em que visa obter o conhecimento do assunto através de procedimentos técnicos como a pesquisa bibliográfica, a utilização de instrumento de pesquisa e o levantamento. 3.3 População e Amostra Segundo Marconi; Lakatos (2001, p.108), “universo ou população é o conjunto de seres animados e inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum”. A respeito da amostra, Richardson (1999, p.158), afirma que é “qualquer subconjunto do conjunto universal ou da população”. Cooper; Schindler (2003, p.80), complementam que “quando os pesquisadores conduzem estudos por amostragem, estão interessados em estimar um ou mais valores da população e/ou em testar uma ou mais hipóteses estatísticas”. A população da pesquisa compreende um total de 1.807 (um mil oitocentos e sete) alunos de 05 (cinco) cursos de graduação noturno de uma Instituição Privada de Ensino Superior, a amostra compreende um total de 290 (duzentos e noventa) alunos, de 09 (nove) salas de aulas escolhidas através de sorteios entre as 48 (quarenta e oito) salas existentes das três unidades da instituição, sendo três salas por unidade e uma sala para cada andar dos prédios dos cursos de graduação noturnos, com alunos de ambos os sexos e faixa etária entre 18 a 52 anos. A amostra da pesquisa foi do tipo probabilística aleatória simples e o tamanho da amostra foi determinado em função da fórmula abaixo, proposta por Richardson (1999, p.170), que para um erro estimado de 5%, necessitaria de 328 (trezentos e vinte e oito) alunos. Entretanto, em função das dificuldades apresentadas pelo período da coleta de dados (dezembro de 2004), época das avaliações finais e recuperações dos alunos, a presente pesquisa coletou dados de apenas 290 (duzentos e noventa) alunos, o que permitiu um erro estimado de 5,36%.

q.p.)1N.(EN.q.p.n 22

2

σ+−

σ=

Onde: n = Tamanho da Amostra σ2 = Nível de confiança (escolhido, em número de desvio – sigmas) p = Proporção da característica pesquisada no universo, calculado em percentagem q = 100 – p (em percentagem) N = Tamanho da População E2 = Erro de estimação permitido

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3.4 Instrumento de Coleta de Dados Quanto aos instrumentos de coleta de dados, foi aplicado um instrumento de pesquisa (questionário estruturado), conforme o Anexo I, e foram registrados os intervalos do conforto luminoso, acústico e térmico medidos com a utilização dos seguintes equipamentos: luxímetro; decibelímetro e um termohigroanemômetro, conforme o Anexo II, o que possibilitou confrontar estes intervalos com os valores recomendados pelas normas regulamentadoras e com os dados subjetivos do Anexo I. Segundo Thomas; Nelson (2002, p.280), o questionário é um “tipo de levantamento por escrito utilizado na pesquisa descritiva, no qual a informação é obtida pedindo-se aos sujeitos que respondam as questões, em vez de observar seu comportamento”. O questionário foi aplicado com alunos de diferentes níveis, cursos e salas de aula, com perguntas fechadas, sendo que algumas delas foram medidas em escalas de diferencial semântico e de 0 a 10 pontos, de acordo o objetivo a ser atingido. Segundo Richardson (1999, p.191), questionário de perguntas fechadas “são aqueles instrumentos em que as perguntas ou afirmações apresentam categorias ou alternativas de respostas fixas e preestabelecidas”. Esses questionários permitiram coletar dados sobre a percepção de conforto físico ambiental do posto de atividade discente na opinião dos alunos. Em seguida foi procedido um estudo do conteúdo coletado de forma concisa e coerente, através do tratamento estatístico da análise descritiva, análise de clusters e do teste Qui-quadrado, fornecendo resultados confiáveis e satisfatórios. Diante dessas considerações, o instrumento de pesquisa foi composto por 03 (três) partes, onde a primeira com 08 (oito) blocos de agrupamento de variáveis quais sejam: Layout, Cores, Acústica, Iluminação, Temperatura, Postura dos alunos, Mobiliário e Equipamentos didáticos, referem-se as variáveis ergonômicas de conforto físico ambiental. A segunda parte se refere as dores no corpo e a postura sentada em sala de aula. E a terceira parte é sobre o perfil dos alunos pesquisados, onde foram levantadas perguntas pessoais como, sexo, faixa etária, ano do curso e faixa de renda salarial. Para cada um dos agrupamentos do modelo conceitual, exibido no capítulo anterior, é apresentado abaixo, um quadro que mostra as variáveis, as questões com as respectivas abordagens, sua origem na fundamentação teórica e principais autores. Variáveis Indicadores Autores

Espaço entre as cadeiras necessário ao seu Distribuição do mobiliário na sala. Visualização da posição física dos equipamentos Localização da porta de entrada da sala de aula. Quantidade de alunos na turma. Espaço disponível para cada aluno na sala.

LAYOUT

Espaço destinado ao professor.

Rosenfield, Lambert; Black (1985). Arends (1997); Soares (1999); Pucci (2001); Iida (2003).

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Variáveis Indicadores Autores Adequação do espaço para o conteúdo proposto

Utilização das cores para a transmissão da Reflexo das cores na superfície da mesa de tarefa.Cor do lápis usado pelo professor para escrever no CORES

Interpretação da escrita do professor no quadro.

Tavares (2000); Azevedo (1999); Iida (2003); Pereira et al (2003); Battistella (2003).

Acústica da sala. Comunicação da informação do professor ao aluno.Interferência do barulho dos corredores na sala de ACÚSTICA

Ruídos do Ar condicionado.

Maia (2002); Oiticica; Gomes (2004); Pereira et al (2003); Almeida;Iluminação da sala.

Quantidade de lâmpadas. Posição das lâmpadas em relação à tarefa. Distribuição das lâmpadas pela sala. Incidência de luz direta nos olhos. Reflexos.

ILUMINAÇÃO

Ofuscamento

Bonate (2002); Dul; Weerdmeester (2001); Silva (1992); Iida (2003); Maia (2002).

Temperatura do ambiente. Ventilação (circulação do ar na sala de aula) Quantidade de janelas. Posição das janelas.

TEMPERATURA

Posição dos equipamentos de ar condicionado.

Grandjean (1998); Ruas (2002); Araújo (1996); Xavier (1999/2000); Gonçalves (2000); Olesen; Parsons (2002); Graça; Kowaltowski (2003).

Acomodação postural em função do mobiliário. Acomodação postural em função dos recursos POSTURA Pausas durante a tarefa.

Kapandji (1980); Wisner (1987); Murphy; Stubbs (2004); Martins (2001); Leão; Peres (2002)

Conforto do assento das carteiras. Conforto do apoio das costas na carteira. Altura do assento. Altura da mesa de tarefa. Inclinação da superfície da mesa de trabalho. Espaço para colocação de materiais nas carteiras.

MOBILIÁRIO

Espaço disponível para acomodação das pernas

Bonney; Corlett (2002); Panagiotopoulou et al (2004); Almeida; Arruda (2002); Abid (2001); Fernandes (2000); Vergara; Page (2001).

Manutenção dos Equipamentos. Atualização tecnológica dos equipamentos

EQUIPAMENTOS DIDÁTICOS Nitidez da leitura nos equipamentos Didáticos.

Biazus (2000); Schatz (1992); Martins; Jesus (1999); Loffe (2003).

Quadro 3.1 - Variáveis do questionário x Fundamentação teórica x Autores

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3.5 Coleta de Dados Para a coleta de dados, foi realizado um teste piloto, que segundo Cooper e Chindler (2003, p.85), são testes conduzidos para detectar pontos fracos no planejamento do estudo, nos instrumentos de coleta de dados e nos procedimentos. O teste piloto foi realizado com 25 (vinte e cinco) alunos durante o mês de novembro de 2004, e após a coleta de dados o questionário sofreu algumas modificações. A coleta final de dados ocorreu no período entre 03 a 20 de dezembro de 2004. A aplicação dos questionários foi realizada no ambiente de salas de aula, com uma duração de tempo aproximado de 10 minutos, sendo considerado uma aula com tarefa normal e o lugar em que o aluno estava sentado na sala. Para a realização do estudo, quanto à ergonomia existem aspectos subjetivos e aspectos objetivos que irão interferir na produção do aluno em seu posto de atividade. O presente estudo se deteve nos aspectos subjetivos por ocasião da aplicação do questionário de perguntas fechadas levando-se em consideração a opinião dos alunos e se deteve nos aspectos objetivos do posto de atividade discente, ao mensurar através de equipamentos, os intervalos de conforto luminoso, acústico e térmico. A medição da luminosidade no posto de atividade discente foi realizada utilizando-se um Luxímetro digital marca Instrutherm e modelo LD-200, com foto detector de diodo de silício com filtro na escala de 1 a 2000 lux, as leituras foram realizadas no decorrer das aulas noturnas, durante 01 (uma) hora. O aparelho foi posicionado num plano horizontal e as leituras realizadas em diversos pontos das salas de aulas, obtendo-se a leitura em lux. Para o posicionamento dos instrumentos em relação ao solo, foi seguido a NBR 5413/1992 da ABNT, que define como Campo de Trabalho a “região do espaço onde, para qualquer superfície nela situada, exigem-se condições de iluminância apropriadas ao trabalho visual a ser realizado”. A iluminância deve ser medida no campo de trabalho e, quando este não for definido, entende-se o nível como referente a um plano horizontal a 0,75 m do piso. Em relação à acústica no posto de atividade discente, com o intuito de levantar dados referentes à inteligibilidade da comunicação do professor ao aluno e do nível de Sinal/Ruído que é igual ao valor registrado em dB(A) menos dB(C), foi realizada a medição do NPS no posto de atividade discente, utilizando-se um decibelímetro modelo DL-4050 PRO, durante 01 (uma) hora para cada sala de aula na posição ‘A”, que simula a curva de resposta do ouvido humano, sendo a posição ideal para medir o ruído do ambiente durante o transcorrer normal das aulas, verificando o nível mínimo e máximo de ruídos em dB(A). E também durante 01 (uma) hora na posição “C” que tende a uma curva de resposta plana, sendo a posição adequada para medir o ruído gerado por máquinas e equipamentos, esta medição foi realizada com as salas de aula vazias e os equipamentos de ar condicionado ligados com o objetivo de medir apenas os níveis de ruídos causados pelos equipamentos no ambiente da sala de aula.

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O conforto térmico no posto de atividade discente, foi mensurado durante 02 (duas) horas, por meio de um Termohigroanemômetro marca Instrutherm e modelo THAR 185, para medir a temperatura ambiente, umidade relativa do ar a velocidade do ar no ambiente das salas de aula pesquisada, considerando-se apenas o ambiente interno e desconsiderando a tarefa desempenhada, a taxa metabólica de produção de calor pelos indivíduos e o tipo de vestimenta como variáveis de influência, apesar de sabermos que são varáveis dependente do clima verificado, configurando-se dessa maneira num mecanismo adaptativo empregado pelo indivíduo. Nesse sentido, o clima que influenciou a avaliação do objeto deste estudo, a sala de aula, foi o tropical atlântico (quente e úmido) localizado na região da Zona da Mata, com as medições realizadas durante o verão. Para o posicionamento dos instrumentos em relação ao solo, foi seguido a ISO 7726 (1998) que recomenda que as medições sejam feitas a 0,60m do solo para indivíduos sentados. Todas essas medidas tiveram por objetivo confrontar os dados levantados com as normas regulamentadoras e a sensação de conforto acústico, luminoso e térmico percebido subjetivamente pelos alunos por ocasião da aplicação do questionário. Para a análise do layout, cores, equipamentos didáticos auxiliares, mobiliário e posturas adotadas no posto de atividade discente, foram aplicados questionários conforme o Anexo I, e feitos registros através de fotografias conforme o Anexo VI. 3.6 Técnicas de Análise de Dados As técnicas estatísticas utilizadas para a análise da percepção de conforto físico no ambiente das salas de aula pesquisadas, foram: análise descritiva, análise de cluster e o teste Qui-quadrado. Nessa fase, o presente trabalho contou com a colaboração de um profissional da área de estatística. 3.6.1 Análise Descritiva Cooper; Chindler (2003, p.31), afirmam que o estudo descritivo é aquele em que o pesquisador tenta descrever ou definir um assunto, normalmente criando um perfil de um grupo de problemas, pessoas ou eventos. Para os autores, tais estudos podem envolver a coleta de dados e a criação da distribuição do número de vezes que o pesquisador observa um único evento ou característica. O objetivo principal de se utilizar a análise descritiva dos valores absolutos e dos percentuais obtidos é apresentar com base nas variáveis ergonômicas, o grau de importância e a percepção de conforto do aluno em sala de aula na ótica dos respondentes (Anexo III). Os resultados dos dados coletados são apresentados na forma de tabelas e gráficos, considerando as diversas variáveis e suas dimensões quanto à percepção de conforto. 3.6.2 Análise Multivariada

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Com base nos dados tabelados, realizou-se a análise através de técnicas estatísticas multivariadas, objetivando a determinação de grupos homogêneos em relação às respostas obtidas. A técnica estatística utilizada foi a Análise de Agrupamentos (Clusters), também denominada Análise de Conglomerados. Que segundo Cooper; Chindler (2003, p.472), é “um conjunto de técnicas para agrupar objetos ou pessoas similares”. Esta técnica permite uma forma consistente de classificar as salas de aulas presentes no estudo, possibilitando sintetizar as informações colhidas, fazendo com que a informação sobre as salas seja reduzida de forma conveniente à informação sobre apenas k grupos. Hair et al (1998), definem a Análise de Agrupamentos (clusters), como um conjunto de técnicas que possuem o objetivo de agrupar indivíduos ou objetos baseados nas características que eles possuem. Os grupos de objetos resultantes devem então exibir alta homogeneidade interna e alta heterogeneidade externa. Como método para a formação dos clusters foi utilizado o “K-Médias”. Este método procura diretamente uma partição de grupos de alunos segundo as questões utilizadas, de modo que satisfaçam às duas premissas básicas: coesão interna e isolamento dos grupos. Os cálculos estatísticos podem ser conferidos no Anexo IV. A tabulação e análise dos dados foram realizadas através do software Statística versão 5.0 e Microsoft Excel 2000. 3.6.3 Análise do Teste Qui-quadrado Com base nos dados tabelados, realizou-se a análise através de técnicas estatísticas não paramétricas, objetivando a determinação de associações entre clusters das varáveis entres dores no corpo, trabalho, postura e mobiliário, em relação às respostas obtidas. A técnica estatística utilizada foi a Análise do Teste Qui-quadrado (teste do observado versus o esperado), considerando p ≤ 0,0500. Esta técnica segundo Thomas; Nelson (2002, p.180), “fornece um teste estatístico quanto à significância da discrepância entre os resultados observados e os esperados”. 3.7 Conclusão Os métodos empregados na pesquisa para viabilizar os objetivos propostos foram considerados eficazes. No entanto, há de ponderar o zelo na obtenção, organização, tabulação, análise e interpretação dos dados, que transmitiram informações capazes de proporcionar conclusões objetivas e claras. A realização da mensuração dos intervalos de conforto térmico, acústico e luminoso, através de equipamentos, teve um papel fundamental permitindo confrontar os valores registrados, a opinião dos alunos em relação à percepção de conforto físico no ambiente das salas de aula e os intervalos de conforto recomendados pelas Normas Regulamentadoras Brasileiras. O instrumento de coleta de dados foi

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elaborado para que o aluno opina-se sobre a percepção de conforto físico ambiental da sala de aula a partir da posição onde senta na sala de aula. Para o delineamento da população, não houve preferência na escolha dos alunos pesquisados, a seleção foi resultado de um sorteio entre as salas de aula a serem pesquisadas. Vale salientar algumas dificuldades verificadas por ocasião da coleta de dados, o fato do período escolhido levou em consideração o final do período letivo para que o aluno tivesse uma noção longitudinal de sua sala de aula. Entretanto essa escolha reduziu a amostra pelas dificuldades de coletar dados durante o período de avaliações dos alunos.

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Capítulo 4Resultados da Pesquisa de Campo

O propósito deste capítulo é apresentar os dados encontrados na pesquisa decampo e realizar análise descritiva (tabelas e figuras), analise de cluster e testequi-quadrado. A seguir serão discutidos os resultados encontrados com base noquestionário composto pelos seguintes blocos temáticos: perfis dos alunosentrevistados, e questões relacionadas ao estudo ergonômico do ambiente físicono posto de atividade discente, quais sejam: 1. Layout; 2. Cores; 3. Acústica; 4.Iluminação; 5. Temperatura; 6. Postura; 7. Mobiliário; 8. Equipamentos didáticosauxiliares.4.1 Validação da Pesquisa4.1.1 População e AmostraDurante o período de coleta de dados, (novembro de 2004) dentre os 1807 (miloitocentos e sete) alunos de graduação dos cursos noturnos da instituição privadade ensino superior previstos para a pesquisa, foram aplicados questionários em290 (duzentos e noventa). A Figura 4.1, mostra a distribuição dos alunos porunidade de ensino da instituição selecionados para realização da pesquisa.

35%

28%

36%36%

23%

41%

I II III

PopulaçãoAmostra

Figura 4.1 – Distribuição dos alunos por unidade da instituição.4.1.2 Perfil dos Entrevistados

Nesta seção são analisados os seguintes aspectos: sexo, idade e renda mensaldos alunos pesquisados, conforme demonstrado na Tabela 4.1.

Tabela 4.1 - Dados sócio-demográficos dos alunos pesquisadosDados Sócio-demográficos Especificações

Nº %Total 290 100%

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Masculino 112 38,62%Feminino 168 57,93%SexoEm branco 10 3,45%De 18 a 25 anos 82 28,28%De 26 a 32 anos 77 26,55%De 33 a 39 anos 23 7,93%De 40 a 46 anos 18 6,21%De 47 a 52 anos 07 2,41%

Idade

Em branco 83 28,62%Até R$ 520,00 21 7,24%De R$ 520,00 a 2.600,00 164 56,55%De R$ 2.600,00 a 5.200,00 65 22,41%De R$ 5.200,00 a 10.400,00 21 7,24%Mais que R$ 10.400,00 09 3,10%

Renda

Em branco 10 3,45%

De acordo com o Censo da Educação Superior 2004, no ensino médio asmatrículas foram de 54,0% para as mulheres e 46,0% para os homens, nagraduação o crescimento foi mais alto, a diferença entre os sexos, que em 1996era de 8,7%, para as mulheres, passa para 12,8%, em 2003, sendo maior nasregiões Norte (de 3,9% para 21,2%) e Centro-Oeste (de 15,8% para 19,9%). Onúmero de docentes homens cresceu 67,9% de 1996 a 2003, o de mulheresaumentou em 102,2%. De 1998 a 2003, o percentual de mestres na educaçãosuperior aumentou em média 112,1% o de homens ficou em (106,1%), e demulheres 119,4%. O crescimento de docentes com doutorado foi de 80,9%, oshomens em 69,2% e as mulheres com 104%. dados de 2005 da Coordenação deAperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) mostram que asmestrandas e doutorandas são maioria entre os bolsistas (54%).

4.1.3 QuestionárioOs itens numa escala de 0 (zero) a 10 (dez), onde: 0 (zero) é consideradoPéssimo, 1; 2 e 3 é Ruim. 4; 5 e 6 é Regular. 7; 8 e 9 é Bom e 10 (dez) éExcelente, foram sujeitos a um teste de alfa de Cronbach, que é definido como umíndice da confiabilidade, é um teste para medir a consistência interna do modeloou do exame, chamado as vezes de coeficiente da confiabilidade da escala. ATabela 4.2, contém as medidas de consistência interna para a escala utilizada emcada dimensão (bloco de perguntas) da primeira parte do questionário. Nestetrabalho foi considerado α ≥ 0,70 para indicar a existência de uma medidaconsistente.

Tabela 4.2 - Medidas de consistência interna (alfa de Chronbach)

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Blocos de Variáveis Valor de alfa deChronbach

Suporta aconsistência damedida

Dimensão 1: LAYOUT 0,88 Sim

Dimensão 2: CORES 0,84 Sim

Dimensão 3: ACÚSTICA 0,78 Sim

Dimensão 4: ILUMINAÇÃO 0,90 Sim

Dimensão 5: TEMPERATURA 0,75 Sim

Dimensão 6: POSTURA 0,82 Sim

Dimensão 7: MOBILIÁRIO 0,95 Sim

Dimensão 8: EQUIPAMENTOS DIDÁTICOS 0,88 Sim

Conforme o resultado da Tabela 4.2, todos os blocos de variáveis suportam aconsistência da medida. Para todas essas variáveis foi feita a análise descritiva,conforme o (Anexo III), e análise de cluster conforme o (Anexo IV). Nesta pesquisatodas as perguntas foram respondidas, portanto não foi necessário eliminarnenhuma variável por não resposta. A análise e interpretação desses dados foramrealizadas através de técnica estatística descritiva utilizando o Microsoft Excel e oStatistica 5.0 para o tratamento dos dados.4.2 Análise DescritivaTodas as variáveis foram analisadas de forma descritiva, sendo que uma partedessas variáveis faz parte deste subitem e as demais constam como figuras noAnexo III.

Estudo Ergonômico do Posto de Atividade Discente

Neste caso, é utilizada a estatística descritiva das variáveis representada atravésde gráficos contendo a média aritmética e desvio padrão para cada uma dasvariáveis. Com relação ao layout, cores, acústica, iluminação, temperatura, posturados alunos, mobiliário e equipamentos didáticos das salas foram observados osseguintes itens: alunos que mudam de ambiente de sala de aula durante a mesmajornada de atividades, alunos que mudam de lugar que sentam na sala duranteuma mesma aula, localização da porta de entrada das salas de aula, quantidadede alunos por turma, utilização de cores para a transmissão da informação comrecursos didáticos, acústica das salas de aula, ruídos dos equipamentos de arcondicionado, comunicação da informação professor/aluno, incidência de luz diretanos olhos, Reflexos luminosos, ofuscamentos, localização dos equipamentos de arcondicionado, troca de ar nas salas de aulas, acomodação postural em função domobiliário, acomodação postural em função dos recursos didáticos, conforto doassento das carteiras, conforto do apoio das costas nas carteiras, altura doassento e a nitidez da leitura nos equipamentos didáticos.

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4.2.1.1 Layout

Em relação a mudança de ambiente (sala de aula) durante uma mesma jornada deatividades, observa-se conforme a Figura 01 do anexo III, que 87,3% dos alunospermanecem na mesma sala de aula durante 4 horas e apenas 12,7% dos alunospesquisados mudam de sala durante as aulas, isso porque os mesmos encontram-se com a grade curricular desnivelada em relação aos demais. (PUCCI 2001).

Em relação a mudanças de lugar na mesma sala durante uma aula,observa-se conforme a Figura 02 do anexo III, que 77,9% dos alunos assistemtodas as aulas no mesmo lugar e 22,1% muda o lugar onde senta durante amesma aula. Entretanto 57% não demonstraram estar satisfeito com o local ondesentam, dos quais 66,46% desejariam sentar-se numa posição mais a frente, edesses 42,2% desejariam sentar numa posição mais central em relação as lateraisda sala de aula. Dos alunos pesquisados 28,05% afirmaram que preferem umaposição mais recuada em relação a posição em que se encontra, e ainda 7,32%gostariam de sentar mais a direita e 3,66% mais a esquerda em relação a posiçãoque ocupa. Os resultados encontrados são semelhantes ao estudo realizado porADAMS; BIDDLE (1970 apud ARENDS 1997, p.79).

Em relação a localização da porta de entrada da sala de aula.

Observa-se conforme a Figura 4.2, que 58,6% avaliaram de forma positiva alocalização da porta em relação a sua posição sentado em sala de aula, sendoque 49,40% consideram Bom e 9,2% consideram excelente. Entretanto 41,4% nãoestão satisfeitos com a localização da porta de entrada, onde 18,30% consideramRegular; 13,70% consideram Ruim e 9,2% consideram Péssima a localização daporta de entrada da sala de aula. Observa-se também através das Fotografias 01e 02 do Anexo VI, que a localização da porta de entrada das salas de aula podeinfluenciar na concentração dos alunos, por ocasião da entrada e saída de alunosdurante a aula.

y = 283 * 1 * normal (x; 6,014134; 3,00705)

LAYOUT4

No

of o

bs

9,2%

2,8%

6,0%4,9%

4,2%

7,4%6,7%

20,5%

18,7%

10,2%9,2%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

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Figura 4.2 - Localização da porta de entrada da sala de aula

Em relação à densidade social (quantidade de alunos na sala de aula).

Observa-se conforme a Figura 4.3, que 51,70% dos alunos perceberam comoconfortável a quantidade de alunos na turma e desses 43,40% consideram Bom e8,3% consideram excelente. E que 48,30% discordam, sendo que 20,90%consideram Regular, 20% consideram Ruim e 7,3% consideram Péssimo.Entretanto quanto ao espaço destinado para cada aluno na sala de aula, conformeobserva-se no Anexo II, a densidade espacial registrou intervalo de 1,25m2 a3,82m2 para cada aluno, a literatura pesquisada recomenda no mínimo 1m2. Aavaliação da percepção de conforto espacial foi positiva com 54,10% de aceitação,média de 6,14 e desvio padrão de 2,59 conforme a Figura 09 do Anexo III.(GLASS et al 1982; IIDA 2003).

y = 288 * 1 * normal (x; 5,739583; 3,044083)

LAYOUT6

No

of o

bs

7,3%6,6%

5,9%

7,6%

4,2%

9,4%

7,3%

16,3% 16,0%

11,1%

8,3%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 4.3 - Densidade Social (quantidade de alunos por turma).

Os resultados dos indicadores ergonômicos referentes ao arranjo físico das salasde aulas pesquisadas, estão sintetizados na Tabela 4.3, abaixo.

Tabela 4.3 – Indicadores Ergonômicos do Arranjo Físico das Salas de Aulas PesquisadasIndicadores Ergonômicos Péssimo Ruim Regular Bom Excelente Média DP

Espaço entre as cadeiras necessário ao seu deslocamento. 3,20% 11,30% 25,80% 54,60% 5,30% 6,37 2,42

Distribuição do mobiliário na sala. 2,50% 11,90% 32,50% 51,10% 1,80% 6,11 2,32

Visualização da posição física dos equipamentos didáticos. 1,80% 14,60% 28,10% 52,90% 2,50% 6,18 2,34

Localização da porta de entrada da sala de aula. 9,20% 13,70% 18,30% 49,40% 9,20% 6,01 3,00Quantidade de alunos na turma. 7,30% 20,00% 20,90% 43,40% 8,30% 5,73 3,04Espaço disponível para cada aluno na sala. 4,20% 13,50% 27,90% 48,20% 5,90% 6,14 2,59Espaço destinado ao professor. 1,80% 6,00% 17,60% 64,10% 10,40% 7,17 2,16Adequação do espaço para o conteúdo proposto nadisciplina. 2,10% 5,00% 31,40% 57,10% 4,30% 6,63 2,07

De acordo com os dados obtidos na Tabela 4.3, podemos observar que o arranjofísico das salas de aula, necessitam de uma maior atenção principalmente nosaspectos relativos a localização da porta de entrada da sala de aula e a

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quantidade de alunos por sala de aula (densidade social), que segundo autorescomo (Rosenfield, Lambert e Black 1985; Soares 1999; Pucci 2001 e Iida 2003), oarranjo físico do ambiente de sala de aula pode está associado a influências nocomportamento dos alunos, nas relações interpessoais e nos padrões decomunicação.

4.2.1.2 CoresEm relação a utilização das cores para a transmissão da informação comrecursos didáticos.

Observa-se conforme a Figura 4.4, que 54,40% dos alunos, percebem comoconfortável a utilização das cores para a transmissão da informação com recursosdidáticos, sendo que desses 52,2% consideram Bom e apenas 2,20% consideramExcelente. E que 45,60% avaliaram negativamente, onde 33,80% consideramRegular; 9,0% Ruim e 2,9% Péssimo.(AZEVEDO 1999; TAVARES 2000;PEREIRA et al 2003 e BATTISTELLA 2003).

Histogram (Estatistica corrigdo.STA 16v*290c)

y = 279 * 1 * normal (x; 6,14337; 2,205507)

CORES1

No

of o

bs

2,9% 2,2%3,6% 3,2%

8,6%10,0%

16,1%

24,0%

20,4%

7,2%

1,8%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 4.4 - Utilização das cores para a transmissão da informação com recursos didáticos.

Os resultados dos indicadores ergonômicos referentes ao emprego de coresnas salas de aula pesquisadas, estão sintetizados na Tabela 4.4.Tabela 4.4 – Indicadores Ergonômicos do Emprego de Cores nas Salas de Aula PesquisadasIndicadores Ergonômicos Péssimo Ruim Regular Bom Excelente Média DPUtilização das cores para a transmissão da informação com

recursos didáticos. 2,90% 9,00% 33,80% 52,20% 2,20% 6,17 2,22

Reflexo das cores na superfície da mesa de tarefa. 2,70% 5,30% 25,40% 58,30% 8,30% 6,92 2,20Cor do lápis usado pelo professor para escrever no quadro. 1,10% 4,30% 20,40% 64,40% 9,70% 7,21 2,04Interpretação da escrita do professor no quadro. 1,40% 6,20% 29,70% 57,70% 5,10% 6,83 2,01

Diante dos dados da Tabela 4.4, podemos concluir que os aspectos ergonômicosdas cores no ambiente das salas de aula pesquisadas, foram bem avaliados.Entretanto atenção especial deve ser dada a utilização das cores para atransmissão da informação e projeções com recursos didáticos; refletância das

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superfícies da mesa de tarefa e do quadro (conforme Fotografia 03 do Anexo VI),que podem está sendo afetados em função de reflexos luminosos e das suascores. A aplicação de cores mais claras nas paredes das salas possibilitam umamelhor economia de energia.

4.2.1.3 Acústica

Para a verificação dos níveis de pressão sonora no posto de atividade discente, foiempregado um decibelímetro modelo DL – 4050 PRO, na posição “A” (posiçãorecomendada para medir o ruído do ambiente, simulando a curva de resposta doouvido humano) durante 1 (uma) hora de atividade, em todas as salas pesquisada,onde foi registrado intervalo de 59,7dB(A) a 91,5 dB(A), conforme o Anexo II,(observou-se que essa variação ocorreu em função do tipo de atividade queestava sendo realizada e das características individuais de cada sala), o quediverge totalmente das normas e literatura pesquisada que recomendam um valorde 35dB(A) para trabalhos de grande concentração mental e 55dB(A) (início daperda de concentração) para trabalhos de concentração mental moderada. A NBR10152, fixa como conforto acústico para salas de aulas e laboratórios valores entre40 dB(A) como ambiente próprio para comunicação e ensino com alto grau decompreensão, a 50 dB(A) como limite de conforto auditivo e a 65 dB(A) comolimite máximo para atividades de ensino.Os intervalos dos níveis de pressão sonora registrados nas diversas salas de aulapesquisadas estão demonstrados no Anexo II e sintetizados na Tabela 4.5, abaixo.

Tabela 4.5 - Níveis de Pressão Sonora das Salas de Aula Registrados com DecibelímetroSinal da Voz Humana Ruído Eqp Ar Condicionado

Salas de Aula Mínimo Máximo Mínimo Máximo5816223238434648

62,2 dB (A)59,7 dB (A)61,3 dB (A)63,8 dB (A)64,2 dB (A)65,1 dB (A)66,1 dB (A)64,1 dB (A)59,9 dB (A)

86,7 dB (A)81,4 dB (A)72,5 dB (A)70,8 dB (A)70,6 dB (A)72,2 dB (A)71,8 dB (A)91,5 dB (A)71,2 dB (A)

73,5 dB (C)73,5 dB (C)73,8 dB (C)73,4 dB (C)71,9 dB (C)70,9 dB (C)69,7 dB (C)70,8 dB (C)69,6 dB (C)

74,8 dB (C)78,4 dB (C)75,2 dB (C)76,7 dB (C)74,0 dB (C)74,2 dB (C)71,9 dB (C)73,2 dB (C)70,5 dB (C)

Confrontando-se o registro das medições de NPS feitas com o decibelímetro e osvalores recomendados pela NBR 10152, verificou-se que todas as salas de aulaestão trabalhando com valores mínimos de NPS acima de 50 dB(A) que é o limitede conforto auditivo para atividade de ensino e acima de 55 dB(A) que é o início daperda da concentração para trabalhos que exigem concentração mentalmoderada. 23% estão trabalhando com valores máximos de NPS acima de 85 dB(A) que é o limite para o início de problemas auditivos permanentes e para início

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da PAIR. Todas as salas de aula trabalham com valores máximos de NPS acimade 70 dB(A) que é o limite para o início de problemas de cordas vocais.

Em relação à acústica das salas de aulas

Observa-se conforme a Figura 4.5, que 25% dos alunos avaliaram positivamente apercepção de conforto acústico das salas de aula, sendo que desses 23,60%consideram o conforto acústico bom e apenas 1,4% consideram excelente. E que75% avaliaram negativamente, onde 23,20% consideram regular, 23,30% ruim e28,3% consideram péssimo o conforto acústico das salas. (ALMEIDA; ARRUDA2002; LOSSO et al 2003; PEREIRA et al 2003; PAMPANA et al 2003; OITICICA;GOMES 2004).

y = 279 * 1 * normal (x; 3,60932; 3,172734)

ACUSTICA 1

No

of o

bs

28,3%

9,7%

5,4%

8,2%7,5%

8,2%7,5%

9,3% 9,3%

5,0%

1,4%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 4.5 - Percepção de conforto acústico das salas de aulas.

Em relação a ruídos provocados pelos equipamentos de ar condicionado.

Observa-se conforme a Figura 4.6, que 20,30% dos alunos avaliaram que oruído provocado pelos equipamentos de ar condicionado não interfere noconforto acústico, desses 17,80% consideram Bom e 2,5% Excelente ascondições acústicas dos equipamentos. No entanto 79,70% consideram queo ruído do ar condicionado interfere na qualidade do conforto acústico, onde20,90% consideram Regular, 26,30% Ruim e 32,60% Péssimo. Foi empregadoo decibelímetro modelo DL – 4050 PRO, na posição “C” (que tende a umacurva de resposta plana, sendo a posição adequada para medir o ruídogerado por máquinas e equipamentos), durante 1 (uma) hora em cada sala ecom as salas vazias, o intervalo registrado variou de 69,6 dB(C) a 78,4 dB(C)conforme Anexo II, os valores registrados ficaram acima do que érecomendado para as atividades de ensino pela NBR 10152, NR 17 e aliteratura pesquisada, GRANDJEAN (1998, p.270-271); DUL; WEDMESTER(2000, p.87); IIDA (2003, p.79).

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y = 282 * 1 * normal (x; 3,230496; 3,073256)

ACUSTICA 5

No

of o

bs

32,6%

8,2%6,0%

12,1%

6,4% 6,0%

8,5% 8,2% 8,2%

1,4% 2,5%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 4.6 - Ruídos provocados pelos equipamentos de ar condicionado

Em relação a comunicação da informação professor/aluno.Observa-se conforme a Figura 4.7, que 63,8% dos alunos avaliaram que acomunicação da informação do professor ao aluno é satisfatória, desses 58,8%consideram Bom e 5,0% Excelente as condições acústicas de inteligibilidade natransmissão do conteúdo da informação. No entanto 36,2% consideram que aqualidade do conforto acústico interfere na comunicação da informação(inteligibilidade das palavras), onde 24,1% consideram Regular; 9,6% Ruim e 2,5%consideram Péssimo. (OITICICA; GOMES 2004).

y = 282 * 1 * normal (x; 6,64539; 2,23729)

ACUSTIC3

No

of o

bs

2,5%1,1% 1,4%

7,1%

2,5%

12,4%

9,2%

21,6%

24,1%

13,1%

5,0%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 4.7 – Comunicação da informação professor/aluno

Devido a grande importância da transmissão da informação do professor para oaluno, foi verificado o nível acústico do Sinal/Ruído nas salas de aula (quemensura a diferença entre o sinal da voz humana e o ruído do ambiente e quantomaior for a diferença entre sinal e ruído melhor será a inteligibilidade das palavras), foi empregado o decibelímetro modelo DL – 4050 PRO, não sendo observadouma padronização acústica entre as salas. Os dados de (S/R), estão descritoabaixo na Tabela 4.6.

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Tabela 4.6 – Nível Acústico de Sinal/Ruído (S/R).Nível de PressãoSonora - NPS Ruído Ambiente dB (C) Sinal dB (A) Voz humanaRelação sinal ruído

dB(A)Mínimo 69,6 Mínimo 59,7 Mínimo - 9,9Intervalo registrado

com o decibelímetro Máximo 78,4 Máximo 91,5 Máximo 13,1RecomendadoNBR 10152 Máximo 40 a 55 Máximo 50 a 65 Valores mínimos de 10

a 15 para salas de aula

Observa-se que o intervalo registrado encontrado nas salas de aulas pesquisadasvariou de -9,9 dB (A) a 13,1 dB(A), passando de níveis indesejáveis deinteligibilidade até níveis confortáveis de comunicação, conforme a NBR 10152,NR 17 e a literatura pesquisada que recomendam níveis entre 10 a 15dB(A).Acredita-se que essa variação ocorreu em função da atividade que estava sendodesempenhada, da acústica da própria sala, dos equipamentos de ar condicionadoe da quantidade de alunos presentes em sala de aula. A partir dessasobservações, podemos inferir que existe uma diferença entre a percepção deconforto acústico dos alunos e os dados registrados de Sinal Ruído,provavelmente em função da capacidade de adaptação do indivíduo ao ambienteapós algumas horas de exposição a fonte sonora, o que permite uma acomodaçãoe possibilita uma melhor capacidade de inteligibilidade do conteúdo pedagógicotransmitido.

Os resultados dos indicadores ergonômicos referentes a acústica das salasde aulas pesquisadas, estão sintetizados na Tabela 4.7, abaixo.

Tabela 4.7 - Indicadores Ergonômicos da Acústica das salas de Aula PesquisadasIndicadores Ergonômicos Péssimo Ruim Regular Bom Excelente Média DPAcústica da sala. 28,30% 23,30% 23,20% 23,60% 1,40% 3,6 3,17Comunicação da informação do professor ao aluno. 2,50% 9,60% 24,10% 58,80% 5,00% 6,64 2,23Interferência do barulho dos corredores na sala de

l6,70% 11,40% 32,80% 42,60% 6,70% 6,04 2,62

Ruídos do Ar condicionado. 32,60% 26,30% 20,90% 17,80% 2,50% 3,23 3,07

Diante dos dados levantados, Observa-se que as condições ergonômicas daacústica no ambiente das salas de aula, não foram bem avaliadas na opinião dapercepção de conforto dos alunos, em função principalmente do ruído geradopelos equipamentos de ar condicionado, e da acústica da própria sala, interferindona comunicação da informação didática do professor ao aluno (relaçãoSinal/Ruído), bem como os intervalos de NPS e de Sinal/Ruído estão acima dosníveis recomendados pela NBR 10152 e NR 17, ressaltando o que afirmam algunsautores (ALMEIDA; ARRUDA 2002; LOSSO et al 2003; PEREIRA et al 2003;PAMPANA et al 2003; OITICICA; GOMES 2004), que o ruído é uma fontepertubadora e que pode está associado a falta de concentração para o trabalhomental.

4.2.1.4 Iluminação

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Com relação ao conforto luminoso do ambiente das salas de aula, foi utilizado napesquisa um Luxímetro digital marca Instrutherm e modelo LD – 200, com fotodetector de diodo de silício com filtro na escala de 1 a 2000 lux, a medição foirealizada em diversos pontos das salas de aula, a 0,75 cm do solo, durante 1(uma) hora. Observou-se que a posição das luminárias variaram em relação atarefa (quadro) em algumas salas as lâmpadas estão dispostas paralelamente eem outras perpendicularmente em relação a tarefa. A quantidade de lâmpadas nassalas variou de 3 a 22 lâmpadas, tem salas com lâmpadas colocadas em pares esalas com lâmpadas isoladas. O intervalo registrado em Lux oscilou de 139 a 966Lux (conforme Anexo II), ficando, fora dos limites de luminosidade para as salas deaulas recomendados pelas NBR 5413 e 5382; NR 17 e a literatura pesquisada,que recomendam níveis entre 200 a 750 lux. (GRANDJEAN 1998; DUL;WEERDEMESTER 2001; IIDA 2003).Os intervalos dos níveis de iluminação em Lux registrados com o luxímetro nassalas de aula pesquisadas estão demonstrados no Anexo II e sintetizados naTabela 4.8, abaixo.

Tabela 4.8 - Níveis de Luminância das Salas de Aula Registrados com LuxímetroSalas de Aula Mínimo Máximo Valores Recomendados para Salas de

Aula pela NBR 5413 (300 a 750 lux)0508162232384648

738 Lux761 Lux292 Lux139 Lux372 Lux263 Lux265 Lux323 Lux

927 Lux966 Lux376 Lux329 Lux509 Lux424 Lux581 Lux561 Lux

AcimaAcimaAbaixoAbaixoOkAbaixoAbaixoOk

Confrontando-se o registro das medições de luminância feitas com o luxímetro eos valores recomendados pela NBR 5413/1990, verificou-se 23% das salas deaula apresentam níveis de luminância acima do intervalo recomendado. 45% dassalas apresentam níveis de luminância abaixo dos valores recomendados e 32%das salas de aula apresentaram luminância de acordo com os níveis recomendadopela NBR 5413.Em relação a incidência de luz direta nos olhos.

Conforme a Figura 4.8, observa-se que 53,7% dos alunos avaliaram que não háincidência de luz direta nos olhos em sala de aula interferindo no confortoluminoso, desses 45,5% consideram Bom e 8,2% Excelente. No entanto 46,3%consideram que há incidência direta de luz nos olhos na sala de aula interferindona leitura da informação, onde 33,5% consideram Regular, 9,3% Ruim e 3,4%consideram Péssimo. (DUL; WEERDMESTER 2001; TESSLER 2002)

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y = 268 * 1 * normal (x; 6,31343; 2,407596)

ILUMINACAO 5

No

of o

bs

3,4%2,2%

3,7% 3,4%

5,2%

12,3%

16,0%

20,5%

17,9%

7,1%8,2%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 4.8 – Incidência de luz direta nos olhos

Em relação a reflexos.

Observa-se conforme a Figura 4.9, que 50,7% dos alunos avaliaram que não háreflexos luminosos em sala de aula interferindo no conforto visual, desses 44,7%consideram Bom e 6,0% Excelente. No entanto 49,3% consideram que hápresença de reflexos luminosos na sala de aula interferindo na leitura dainformação, onde 33,1% consideram Regular, 11,7% Ruim e 4,5% consideramPéssimo. A presença de reflexos pode ser verificada através da Fotografia 03 doAnexo VI. (DUL; WEERDEMESTER 2001).

y = 266 * 1 * normal (x; 6,06015; 2,474807)

ILUMINACAO 6

No

of o

bs

4,5%

2,3%3,4%

6,0% 6,0%

11,7%

15,4%

21,1%

16,5%

7,1%6,0%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 4.9 – Reflexos

Em relação a ofuscamentos.Observa-se conforme a Figura 4.10, que 51,2% dos alunos avaliaram que não hápresença de ofuscamentos luminosos em sala de aula interferindo no conforto,desses 45,2% consideram Bom e 6,0% Excelente. No entanto 48,8% consideramque há presença de ofuscamentos luminosos na sala de aula que interfere na

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leitura da informação, onde 40,8% consideram Regular, 10,0% Ruim e 2,8%consideram Péssimo. (DUL; WEERDEMESTER 2001; TESSLER 2002).

y = 250 * 1 * normal (x; 6,244; 2,33544)

ILUMINACAO 7

No

of o

bs

2,8% 2,4%3,6% 4,0%

6,4%

11,2%

18,4%17,6%

20,8%

6,8%6,0%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 4.10 – Ofuscamentos

Os resultado dos Indicadores ergonômicos referentes a Iluminação das salas deaulas pesquisadas, estão sintetizados na Tabela 4.9 abaixo.

Tabela 4.9 - Indicadores Ergonômicos da Iluminação das Salas de Aula PesquisadasIndicadores Ergonômicos Péssimo Ruim Regular Bom Excelente Média DPIluminação da sala. 2,40% 5,50% 16,40% 56,30% 14,70% 7,16 2,27Quantidade de lâmpadas. 1,40% 6,40% 21,10% 57,90% 13,30% 7,18 2,18Posição das lâmpadas em ralação a tarefa. 2,10% 5,50% 24,70% 54,20% 13,30% 7,03 2,27Distribuição das lâmpadas pela sala. 1,70% 4,90% 28,40% 50,90% 14,20% 7,04 2,23Incidência de luz direta nos olhos. 3,40% 9,30% 33,50% 45,50% 8,20% 6,31 2,40Reflexos. 4,50% 11,70% 33,10% 44,70% 6,00% 6,06 2,47Ofuscamento. 2,80% 10,00% 40,80% 45,20% 6,00% 6,24 2,33

Os dados referentes aos indicadores ergonômicos de conforto luminoso,demonstram de um modo geral que a iluminação do ambiente está satisfatória naopinião da percepção de conforto dos alunos, apesar da verificação com oluxímetro ter registrado em algumas salas índices acima e abaixo da luminânciaconsiderada ideal para as atividades de ensino recomendadas pelas NBR 5413 e5382 e NR 17. Foi observado que há presença de luz direta nos olhos, reflexos eofuscamento, indicando a necessidade de atenção especial referente a essesaspectos, para uma melhor difusão da luz, bem como a sua possível relação comas cores do ambiente para melhor eficiência e economia energética.

4.2.1.5 Conforto Térmico

Com relação ao conforto térmico no ambiente das salas de aula, foi utilizado umTermohigroanemômetro – Instrutherm THAR – 185, para medir a temperatura

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ambiente, a URA e a velocidade do ar no ambiente das salas de aula pesquisada,com o intuito de confrontar os valores registrados pelos equipamentos com osvalores recomendados pela a NBR 6401 e NR 17 e a sensação de confortotérmico na opinião dos alunos. Foi verificado de acordo com a Tabela 4.10 abaixo,que a temperatura do ambiente das salas de aula variou entre 24,0º a 29,5º C. Aumidade relativa do ar variou entre 41,6% a 79,1% e a velocidade do ar variouentre 0,1m/s a 1,0m/s (conforme Anexo II). Ficando o intervalo dos valoresregistrados fora dos limites recomendados para salas de aula de acordo com a NR17 e a NBR 6401, que recomendam temperatura ambiente entre 20 a 24ºC,umidade relativa do ar entre 40 a 60% e a velocidade do ar entre 0,4 a 0,75m/s.Apesar dos índices registrados se encontrarem fora dos intervalos de confortorecomendados pelas normas regulamentadoras, na percepção de conforto térmicodos alunos a opinião foi que a temperatura do ambiente das salas de aulas,encontra-se regular com uma média 6,88 e desvio padrão 2,27, conforme observa-se na Figura 20 do Anexo III.Os intervalos dos valores de conforto térmico registrados nas diversas salas deaula pesquisadas estão demonstrados no Anexo II e sintetizados na Tabela 4.10,abaixo.

Tabela 4.10 - Intervalo Térmico das Salas de aula Registrado com TermohigroanemômetroSalas de aula Temperatura Umidade Relativa do Ar Velocidade do Ar5816223238434648

26,6 a 28,1ºC25,8 a 26,6ºC26,2 a 26,6ºC25,3 a 26,3ºC24,0 a 25,7ºC27,1 a 27,3ºC26,8 a 29,5ºC28,7 a 29,1ºC25,0 a 26,3ºC

56,1 a 63,0%59,8 a 65,4%62,4 a 68,1%70,1 a 76,3%68,7 a 71,1%69,1 a 71,3%68,8 a 62,1%68,5 a 79,1%41,6 a 42,7%

0,3 a 0,8m/s0,2 a 0,5m/s0,3 a 0,8m/s0,1 a 1,0m/s0,1 a 0,3m/s0,1 a 0,6m/s0,1 a 0,5m/s0,1 a 0,5m/s0,1 a 0,3m/s

Em relação à localização dos equipamentos de ar condicionadoObserva-se conforme a Figura 4.11, que 57,8% dos alunos avaliaram que alocalização dos equipamentos de ar condicionado está adequada, e não interfereno conforto térmico, desses 50,4% consideram Bom e 7,4% Excelente. No entanto42,2% consideram que a localização dos equipamentos de ar condicionado nãoproporciona um conforto térmico adequado, onde 20,3% consideram Regular14,5% Ruim e 7,4% consideram Péssimo. (ASHRAE - Norma 55/81; MAIA 2002).

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y = 270 * 1 * normal (x; 6,08889; 2,834903)

TEMPERA5

No

of o

bs

7,4%

1,9%

4,8%

7,8%

4,8%

7,0%

8,5%

18,9%

21,1%

10,4%

7,4%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 4.11 – Localização dos equipamentos de ar condicionado

Em relação à ventilação (circulação do ar na sala de aula)

Observa-se conforme a Figura 4.12, que 42,0% dos alunos avaliaram que aventilação e circulação do ar na sala de aula proporcionam conforto satisfatório,desses 38,6% consideram Bom e 3,4% Excelente. No entanto 58% consideramque a circulação do ar nas salas de aulas não proporciona um conforto térmicoadequado, onde 33,0% consideram Regular, 16,3% Ruim e 8,7% consideramPéssimo. Essa questão pode ser constatada observando-se os valores registradosnas salas de aula pelo anemômetro conforme o Anexo II e os dados obtidosatravés do questionário referente e a circulação do ar nas salas de aula. (DUL;WEERDEMESTER 2001)

y = 264 * 1 * normal (x; 5,43182; 2,788333)

TEMPERA6

No

of o

bs 8,7%

4,9%5,7% 5,7% 5,3%

11,4%

16,3% 15,9% 15,9%

6,8%

3,4%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 4.12 – Ventilação (circulação do ar na sala de aula)

Os resultados dos indicadores ergonômicos referentes ao Conforto Térmico dassalas de aulas pesquisadas, estão sintetizados na Tabela 4.11 abaixo.

Tabela 4.11 - Indicadores Ergonômicos do Conforto Térmico das Salas de Aula Pesquisadas

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Indicadores Ergonômicos Péssimo Ruim Regular Bom Excelente Média DPTemperatura do ambiente. 2,50% 7,30% 21,80% 60,80% 7,60% 6,88 2,27Ventilação (Circulação do ar na sala de aula) 4,00% 9,40% 21,10% 58,50% 6,90% 6,58 2,50Quantidade de janelas. 4,10% 8,80% 25,80% 55,40% 5,90% 6,36 2,48Posição das janelas. 3,30% 12,50% 27,70% 51,20% 5,20% 6,18 2,47Localização dos equipamentos de ar condicionado. 7,40% 14,50% 20,30% 50,40% 7,40% 6,08 2,83

Os dados referentes ao conforto térmico foram satisfatórios na percepção dosalunos, entretanto a conclusão foi que, embora a temperatura térmica tenha sidoregistrada num intervalo de 24° a 29,5ºC e esteja próxima da temperaturarecomendada pela NR- 17 entre 21 a 24ºC, e pela ISO 7730 que é de 23,61°C, aporcentagem de insatisfeitos correspondeu a 31,6%. A localização dosequipamentos de ar condicionado, conforme a Fotografia 07 do Anexo VI pareceafetar a ventilação, a circulação e a troca de ar no ambiente influenciando noperfume acústico. Os dados registrados com o termohigroanemômetro, conforme oanexo II indicou que em algumas salas que valores de temperatura, URA evelocidade do ar, estão fora do intervalo de conforto térmico considerado idealpara ambiente escolar recomendados pela NBR 6401; NR 17; NR 15 e a literaturapesquisada.

4.2.1.6 PosturaEm relação a acomodação postural em função do mobiliário.

Observa-se conforme a Figura 4.13, que 35,8% dos alunos avaliaram que aacomodação postural em função do mobiliário proporciona um confortosatisfatório, desses 33,6% consideram Bom e 2,2% Excelente. Entretanto 64,2%consideram que o mobiliário das salas de aula não permite um nível deacomodação postural confortável, onde 27,0% consideram Regular, 19,3% Ruim e17,9% consideram Péssimo. (KAPANDJI 980; WISNER 1987; TAVARES 2000;MARTINS 2001; MURPHY; STUBBS 2004).

y = 274 * 1 * normal (x; 4,631386; 3,0441)

POSTURA1

No

of o

bs

17,9%

3,6%

6,9%

8,8%

7,3%8,0%

11,7%

16,1%

12,0%

5,5%

2,2%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 4.13 – Acomodação postural em função do mobiliário.

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Em relação à acomodação postural em função da localização dos recursosdidáticos

Observa-se conforme a Figura 4.14, que 38,0% dos alunos avaliaram que aacomodação postural em função da localização dos recursos didáticos,proporciona um conforto satisfatório, desses 34,8% consideram Bom e 3,2%Excelente. Entretanto 62,0% consideram que a localização dos recursos didáticosnas salas de aula não permite um nível de acomodação postural confortável, onde29,9% consideram Regular, 20,2% Ruim e 11,9% consideram Péssimo. (BIAZUS2000; LOFFE 2003).

y = 278 * 1 * normal (x; 5,028777; 2,85875)

POSTURA2

No

of o

bs

11,9%

4,3% 4,0%

11,9%

6,1%

11,9% 11,9%

16,5%

13,3%

5,0%

3,2%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 4.14 – Acomodação postural em função dos recursos didáticos.

Os resultados dos indicadores ergonômicos referentes ao Conforto Postural dosalunos nas salas de aulas pesquisadas, estão sintetizados na Tabela 4.12, abaixo.

Tabela 4.12 - Indicadores Ergonômicos do Conforto Postural dos Alunos em Salas de AulaIndicadores Ergonômicos Péssimo Ruim Regular Bom Excelente Média DPAcomodação postural em função do mobiliário. 17,90% 19,30% 27,00% 33,60% 2,20% 4,63 3,04Acomodação postural em função dos recursos didáticos. 11,90% 20,20% 29,90% 34,80% 3,20% 5,02 2,85Pausas durante a tarefa. 9,70% 15,60% 30,20% 40,60% 0,40% 5,44 2,84

Diante dos dados acima, observa-se que a percepção de conforto postural dosalunos durantes as aulas, foi mal avaliada pelos mesmos. E que as posturasadotadas, podem está sendo influenciadas pela qualidade do mobiliário, peloarranjo físico dos recursos didáticos em sala de aula. Observa-se também anecessidade de pausas durante a tarefa, que possibilite o aluno aliviar tensõesmusculares, o que pode ser auxiliado através da mudança de sala de aula após otérmino de cada aula.

4.2.1.7 MobiliárioEm relação ao conforto do assento das carteiras

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Observa-se conforme a Figura 4.15, apenas 15,5% dos alunos avaliaramsatisfatoriamente o conforto do assento das carteiras, desses 13,7% consideramBom e 1,8% Excelente. Enquanto que 84,5% consideram que o assento dascarteiras é desconfortável, desses 25,7% consideram Regular; 24,3% Ruim e34,4% consideram Péssimo. (KAPANDJI 1980; ALMEIDA; ARRUDA 2002; IIDA2003).

y = 276 * 1 * normal (x; 3,02536; 2,993825)

MOBILIA1

No

of o

bs

34,4%

9,4%

6,2%

8,7% 8,3%9,4%

8,0%

4,3%

6,9%

2,5% 1,8%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 4.15 – Conforto do assento das carteiras das salas de aula.

Em relação ao conforto do apoio das costas nas carteirasObserva-se conforme a Figura 4.16, que 16,6% dos alunos avaliaram que o apoioda carteira nas costas proporciona um conforto satisfatório, desses 14,8%considera Bom e 1,8% Excelente. Enquanto que 83,4% consideram que o apoiodas carteiras nas costas é desconfortável, desses 26,0% consideram Regular;25,2% Ruim e 32,1% consideram Péssimo. (VERGARA; PAGE 2001).

y = 277 * 1 * normal (x; 3,104693; 3,00239)

MOBILIA2

No

of o

bs

32,1%

9,7%

7,2%8,3%

10,8%8,7%

6,5%4,7%

6,1%4,0%

1,8%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 4.16 – Conforto nas costa do apoio das carteiras das salas de aula.

Em relação à altura do assento

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Observado conforme a Figura 4.17, que 27,2% dos alunos avaliaram que a alturado assento das carteiras proporciona um conforto satisfatório, desses 24,6%considera Bom e 2,6% Excelente. Enquanto que 72,8% consideram que a alturado assento das carteiras é desconfortável, desses 31,2% consideram Regular;19,8% Ruim e 22,0% consideram Péssimo. (FERNANDES 2000; TAVARES 2000;ABID 2001; PANAGIOTOPOULOU et al 2004).

y = 273 * 1 * normal (x; 4,175824; 3,112805)

MOBILIA3

No

of o

bs

22,0%

5,5%

7,3% 7,0%

9,2%

11,0% 11,0%

8,8%9,9%

5,9%

2,6%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 4.17 – Altura do assento das carteiras das salas de aula.

Os resultados dos indicadores ergonômicos referentes ao Conforto do Mobiliáriodas salas de aulas pesquisadas, estão sintetizados na Tabela 4.13 abaixo.

Tabela 4.13 – Indicadores Ergonômicos do Conforto do Mobiliário das Salas de Aula PesquisadasIndicadores Ergonômicos Péssimo Ruim Regular Bom Excelente Média DPConforto do assento das carteiras. 34,40% 24,30% 25,70% 13,70% 1,80% 3,02 2,99Conforto do apoio das costas na carteira. 32,10% 25,20% 26,00% 14,80% 1,80% 3,10 3,00Altura do assento. 22,00% 19,80% 32,10% 2,60% 2,60% 4,17 3,11Altura da mesa de tarefa. 19,80% 20,40% 28,00% 28,70% 2,90% 4,42 3,11Inclinação da superfície da mesa de trabalho. 19,50% 21,80% 26,50% 30,20% 2,20% 4,40 3,12Espaço para colocação de materiais nas carteiras. 20,90% 26,70% 26,00% 24,80% 1,80% 4,07 3,08Espaço disponível para acomodação das pernas nacarteira. 8,10% 19,60% 28,30% 31,20% 1,40% 4,43 3,09

De um modo geral, os aspectos ergonômicos da percepção de conforto domobiliário observado pelos alunos, foram mal avaliados, destacando-senegativamente o conforto do assento das carteiras e o conforto do apoio dascostas na carteira. As demais variáveis também registraram médias abaixo doesperado e estão ligadas aos aspectos antropométricos de um mobiliárioergonomicamente inadequado que pode influenciar na percepção de desconforto epossivelmente conduzir a conseqüências musculoesqueléticas dos usuários.

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4.2.1.8 Equipamentos Didáticos

Em relação a percepção de conforto visual para a leitura da informação nosequipamentos didáticos.

Observa-se conforme a Figura 4.18 que 50,2% dos alunos avaliaram que a nitidezna leitura do conteúdo da informação dos equipamentos didáticos não causadesconforto visual, desses 45,2% consideram Bom e 5,0% Excelente. Enquantoque 49,8% consideram a nitidez da leitura desconfortável, desses 33,8%consideram Regular, 11,8% Ruim e 4,3% consideram Péssimo. (BONNEY;CORLETT 2002 e LOFFE 2003).

y = 279 * 1 * normal (x; 6,10394; 2,506097)

EQPDIDT3

No

of o

bs

4,3%

2,5%3,2%

6,1% 6,5%

11,5%

15,8%

17,6%

16,1%

11,5%

5,0%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 4.18 – Nitidez da leitura nos equipamentos didáticos.

Os resultados dos indicadores ergonômicos referentes aos EquipamentosDidáticos das salas de aulas pesquisadas, estão sintetizados na Tabela 4.14abaixo.

Tabela 4.14 – Indicadores Ergonômicos dos Equipamentos Didáticos das Salas de Aula PesquisadasIndicadores Ergonômicos Péssimo Ruim Regular Bom Excelente Média DP

Manutenção dos Equipamentos. 8,10% 15,10% 32,30% 42,20% 2,60% 5,48 2,69Atualização tecnológica dos equipamentos 4,80% 15,10% 33,00% 43,60% 3,30% 5,90 2,60Nitidez da leitura nos equipamentos Didáticos. 4,30% 11,80% 33,80% 45,20% 5,00% 6,10 2,50

Os dados obtidos demonstraram que a instituição deve se preocupar mais com amanutenção e atualização tecnológica de seus recursos didáticos, bem comoorientar os usuários dos diversos equipamentos, referente a o seu manuseio eoperação no tocante a localização, ajustes e regulagens que permitam uma melhornitidez e compreensão da informação, reduzindo a fadiga visual dos alunos.Os resultados da análise descritiva referentes a percepção de conforto dosaspectos ergonômicos das salas de aulas pesquisadas, estão sintetizados noQuadro 4.1.

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Variáveis Indicadores Ergonômicos que necessitam maior atenção

LAYOUT Localização da porta de entrada da sala de aula e a Quantidade de alunos porturma.

CORES Utilização adequada das cores para a transmissão da informação comrecursos didáticos; Refletância das mesas de tarefa e do quadro.

ACÚSTICA Ruído gerado pelos equipamentos de ar condicionado; Condições acústicas daprópria sala em função das altas taxas de reverberação.

ILUMINAÇÃO Incidência de luz direta; reflexos e ofuscamentos.TEMPERATURA Localização dos equipamentos de ar condicionadoPOSTURA Pausas durante a tarefa

MOBILIÁRIO Ausência de estofamento no assento e no encosto; Ausência de regulagensque respeitem as individualidades antropométricas de seus usuários.

EQUIPAMENTOSDIDÁTICOS

Manutenção; Atualização tecnológica; Localização e posições (angulações)nas salas de aula; e regulagens que possibilite melhor postura, visualização enitidez para seus usuários.

Quadro 4.1 - Resultado da Análise Descritiva referente a percepção de conforto dos IndicadoresErgonômicos do Posto de Atividade Discente

Diante do acima exposto, podemos concluir que maior atenção deve serdispensada aos aspectos ergonômicos do posto de atividade discente, emespecial para aqueles que na opinião dos alunos se destacaram maisnegativamente quanto a percepção de conforto físico ambiental: a acústica emfunção dos equipamentos de ar condicionado e das altas taxa de reverberaçãoexistente nas salas; a postura dos discentes que possivelmente está sendoinfluenciada pelo mobiliário, arranjo físico dos equipamentos didáticos auxiliares eausência de pausas durante a tarefa (mudança de sala após cada aula); e oMobiliário pela ausência de estofamento e de regulagens antropométricasrespeitando a individualidade de cada usuário.4.3 Resultados da Análise de ClustersA partir da divisão em grupos, foi realizada uma Análise de Variância (Anexo IV)para descobrir quais variáveis mais contribuíram na discriminação entre osconglomerados. As variáveis foram escolhidas baseadas num nível descritivo de0,05 (5%), apresentando o resultado da Análise de Variância indicando quaisvariáveis são importantes na separação dos grupos (ou seja, p ≤ 0,0500).Para a realização da análise de cluster, foram considerados todos os blocos devariáveis por apresentarem medidas de consistência interna (alfa de Chronbach)considerando α ≥ 0,70. As dimensões consideradas nesta análise correspondemàs condições físicas ambientais das salas de aula e a percepção de conforto porparte de seus usuários. A formação dos clusters, ou seja, partição em dois gruposfoi definida de acordo com as respostas das questões utilizadas. A intenção eraque essas respostas atendessem às duas premissas básicas: coesão interna eisolamento dos grupos. Na seqüência, os indicadores analisados serãocomentados juntamente com as variáveis que se destacaram no indicador emestudo.4.3.1 Ergonomia no Layout do posto de atividade discente

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Para compor o indicador “Layout no posto de atividade discente”, as questõesselecionadas estão relacionadas na Tabela 4.15. Essas questões passam a serchamadas de variáveis, e todas as variáveis são significantes na separação dosclusters. Os resultados mais detalhados encontram-se no Anexo IV.Tabela 4.15 – Análise de Variância das variáveis significantes na formação dosclustersVariáveis Indicadores p - valorLAYOUT1 Espaço entre as cadeiras necessário ao seu deslocamento. 0,0000LAYOUT2 Distribuição do mobiliário na sala. 0,0000LAYOUT3 Visualização da posição física dos equipamentos didáticos. 0,0000LAYOUT4 Localização da porta de entrada da sala de aula. 0,0000LAYOUT5 Quantidade de alunos na turma. 0,0000LAYUOT6 Espaço disponível para cada aluno na sala. 0,0000LAYOUT7 Espaço destinado ao professor. 0,0000LAYOUT8 Adequação do espaço para o conteúdo proposto na disciplina. 0,0000Aceitando a divisão de dois grupos, conclui-se que o cluster 2 corresponde a69,31% da amostra e apresentam médias mais altas, para as variáveisergonômicas do layout no posto de atividade discente, destacando as seguintes:LAYOUT7, referente ao “Espaço destinado ao professor” e LAYOUT8, referente a“Adequação do espaço para o conteúdo proposto na disciplina”. Enquanto que ocluster 1 que corresponde a 30,69% da amostra avaliou o agrupamento dasvariáveis ergonômicas do layout do posto de discente com médias mais baixas,destacando as variáveis de menor valor como sendo: LAYOUT5, referente a“Quantidade de alunos na turma” e LAYOUT6, referente ao “Espaço disponívelpara cada aluno na sala”.

A Figura 4.19 - mostra o resultado da análise.

Figura 4.19 – Variáveis significantes na formação dos clusters

Os resultados obtidos na análise da Figura 4.19 mostram divergências internasentre os clusters, ou seja, não existe uniformidade nas respostas dentro dospróprios clusters em relação ao indicador em estudo observa-se entre os dois

Cluster No. 1Cluster No. 2

Plot of Means for Each Cluster

Variables

1

2

3

4

5

6

7

8

9

LAYOUT1 LAYOUT2

LAYOUT3 LAYOUT4

LAYOUT5 LAYOUT6

LAYOUT7 LAYOUT8

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clusters que a variável LAYOUT7, referente ao “Espaço destinado ao professor”, éa de maior média quanto ao agrupamento de variáveis referente a percepção deconforto no layout do ambiente das salas de aula. Enquanto que entre os doisclusters, a variável LAYOUT5, referente a “Quantidade de alunos na turma”,apresentou menor média quanto o Layout do posto de atividade discente.

4.3.2 Emprego das Cores no Posto de Atividade DiscenteAs variáveis selecionadas para compor os indicadores “Uso das cores no posto deatividade discente”, estão apresentadas na Tabela 4.16, e todas são significantesna separação dos clusters. Os resultados mais detalhados encontram-se no AnexoIV.

Tabela 4.16 – Análise de Variância das variáveis significantes na formação dos clustersVariáveis Indicadores p valorCORES1 Utilização das cores para a transmissão da informação com recursos didáticos. 0,0000CORES2 Reflexo das cores na superfície da mesa de tarefa. 0,0000CORES3 Cor do lápis usado pelo professor para escrever no quadro. 0,0000CORES4 Interpretação da escrita do professor no quadro. 0,0000Aceitando a divisão de dois grupos, conclui-se que o cluster 2 corresponde a69,31% da amostra e apresentam médias mais altas, para as variáveisergonômicas do uso das cores no posto de atividade discente, destacando asseguintes variáveis: CORES2 “Reflexo das cores na superfície da mesa de tarefa”e CORES3 referente a “Cor do lápis usado pelo professor para escrever noquadro”.Enquanto que o cluster 1 que corresponde a 30,69% da amostra avaliou oagrupamento das variáveis ergonômicas do uso das cores no posto de atividadediscente com médias mais baixas, destacando as variáveis de menor valor comosendo: CORES1, referente a “Utilização das cores para a transmissão dainformação com recursos didáticos” e CORES4, referente a “Interpretação daescrita do professor no quadro”.A Figura 4.20 mostra o resultado da análise.

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Figura 4.20 - Variáveis significantes na formação do cluster

Na análise do indicador é interessante observar a semelhança das curvas querepresentam os dois clusters Figura 4.20, considerando, porém, que as mesmasestão em níveis diferentes. Observa-se entre os dois clusters que a variávelCORES3, referente a “Cor do lápis usado pelo professor para escrever no quadro”,é a de maior média quanto ao agrupamento de variáveis referente a percepção deconforto no emprego das cores no ambiente das salas de aula. Enquanto queentre os dois clusters, a variável CORES1, referente a “Utilização das cores para atransmissão da informação com recursos didáticos”, apresentou a menor médiaquanto ao uso das cores no posto de atividade discente.

4.3.3 Conforto Acústico no Posto de Atividade Discente.As variáveis selecionadas para compor os indicadores “Conforto acústico do postode atividade discente”, estão apresentadas na Tabela 4.17, e todas sãosignificantes na separação dos clusters. Os resultados mais detalhadosencontram-se no Anexo IV.

Tabela 4.17 – Análise de Variância das variáveis significantes na formação dos clustersVariáveis Indicadores p - valorACUSTIC1 Acústica da sala. 0,0000ACUSTIC2 Comunicação da informação do professor ao aluno. 0,0000ACUSTIC3 Interferência do barulho dos corredores na sala de aula. 0,0000ACUSTIC4 Ruídos do Ar condicionado. 0,0000

Aceitando a divisão de dois grupos, conclui-se que o cluster 2 corresponde a47,93%% da amostra e apresentam médias mais altas, para as variáveisergonômicas da percepção de conforto acústico do posto de atividade discente,destacando as seguintes variáveis: ACUSTIC2, referente a “Comunicação dainformação do professor ao aluno” e ACUSTIC3, referente a “Interferência dobarulho dos corredores na sala de aula”.

Cluster No. 1Cluster No. 2

Plot of Means for Each Cluster

Variables

3

4

5

6

7

8

9

CORES1 CORES2 CORES3 CORES4

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Enquanto que o cluster 1 que corresponde a 52,07% da amostra avaliou oagrupamento das variáveis ergonômicas na percepção de conforto acústico doposto de atividade discente com médias mais baixas, destacando as variáveis demenor valor como sendo: ACUSTIC1, referente a “Acústica da sala” e ACUSTIC4,referente aos “Ruídos do Ar condicionado”.A Figura 4.21 mostra o resultado da análise.

Figura 4.21 - Variáveis significantes na formação do cluster

Os resultados obtidos na análise da Figura 4.21 mostram divergências internasnos dois clusters, ou seja, não existe uniformidade nas respostas dentro dospróprios clusters em relação ao indicador em estudo. Observa-se entre os doisclusters que a variável ACUSTIC2, referente a “Comunicação da informação doprofessor ao aluno”, é a de maior média quanto ao agrupamento de variáveisreferente a percepção conforto acústico no ambiente das salas de aula. Enquantoque entre os dois clusters, a variável ACUSTIC4, referente aos “Ruídos do Arcondicionado”, apresentou a menor média quanto a percepção do confortoacústico no posto de atividade discente.Essa variável juntamente com a percepção do conforto do mobiliário apresentou amenor média dos clusters, por isso, com o intuito de conhecer o perfil dos alunosdentro de cada cluster foram feitas outras observações (análise descritiva),conforme a Tabela 4.18, que mostra as variáveis que identificam dentro do perfil,diferenças entre os clusters.

Tabela 4.18 Variáveis que identificam dentro do perfil, diferenças entres os clustersVariáveis Respostas Cluster 1 Cluster 2

Adm Sist Informação 25,17% 30,95%Adm Com Exterior 41,72% 38,85%Secretariado 9,93% 6,47%Serviço Social 8,61 19,42%

Curso

Turismo 14,57% 4,32%1º ano 20,27% 23,36%Ano do curso2º ano 16,89% 32,12%

Cluster No. 1Cluster No. 2

Plot of Means for Each Cluster

Variables

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

ACUSTIC1 ACUSTIC2 ACUSTIC3 ACUSTIC4

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3º ano 31,76% 29,93%4º ano 31,08% 14,60%Sala 05 12,58% 9,35%Sala 08 9,93% 6,47%Sala 16 17,22% 15,83%Sala 22 14,57% 4,32%Sala 32 1,32% 10,79%Sala 38 7,28% 8,63%Sala 43 11,92% 13,67%Sala 46 15,23% 16,55%

Salas de aula

Sala 48 9,93% 14,39%

4.3.4 Conforto Luminoso no Posto de Atividade Discente

As variáveis selecionadas para compor os indicadores “Conforto luminoso noposto de atividade discente”, estão apresentadas na Tabela 4.19, e todas sãosignificantes na separação dos clusters. Os resultados mais detalhadosencontram-se no Anexo IV.

Tabela 4.19– Análise de Variância das variáveis significantes na formação dos clustersVariáveis Indicadores p - valorILUMINA1 Iluminação da sala. 0,0000ILUMINA2 Quantidade de lâmpadas. 0,0000ILUMINA3 Posição das lâmpadas em ralação a tarefa. 0,0000ILUMINA4 Distribuição das lâmpadas pela sala. 0,0000ILUMINA5 Incidência de luz direta nos olhos. 0,0000ILUMINA6 Reflexos. 0,0000ILUMINA7 Ofuscamento. 0,0000

Aceitando a divisão de dois grupos, conclui-se que o cluster 2 corresponde a64,48% da amostra e apresentam médias mais altas, para as variáveisergonômicas da percepção de conforto luminoso do posto de atividade discente,destacando as seguintes variáveis: ILUMINA1, referente a “Iluminação da sala”;ILUMINA2, referente a “Quantidade de lâmpadas”; ILUMINA3, referente a “Posiçãodas lâmpadas em ralação a tarefa” e ILUMINA4, referente a “Distribuição daslâmpadas pela sala”.Enquanto que o cluster 1 que corresponde a 35,52% da amostra avaliou oagrupamento das variáveis ergonômicas da percepção de conforto luminoso doposto de atividade discente com médias mais baixas, destacando as variáveis demenor valor como sendo: ILUMINA5, referente a “Incidência de luz direta nosolhos”; ILUMINA6, referente ao“Reflexos” e ILUMINA7, referente a “Ofuscamento”.A Figura 4.22 mostra o resultado da análise.

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Cluster No. 1Cluster No. 2

Plot of Means for Each Cluster

Variables

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

ILUMINA1 ILUMINA2 ILUMINA3 ILUMINA4 ILUMINA5 ILUMINA6 ILUMINA7

Figura 4.22 - Variáveis significantes na formação do cluster

Na análise do indicador é interessante observar a semelhança das curvas querepresentam os dois clusters Figura 4.22, considerando, porém, que as mesmasestão em níveis diferentes. Observa-se entre os dois clusters que a variávelILUMINA2, referente a “Quantidade de lâmpadas”, é a de maior média quanto aoagrupamento de variáveis referente a percepção conforto luminoso no ambientedas salas de aula. Enquanto que entre os dois clusters, a variável ILUMINA6,referente a “Reflexos”, apresentou a menor média quanto a percepção do confortoluminoso no posto de atividade discente.4.3.5 Conforto Térmico no Posto de Atividade Discente

As variáveis selecionadas para compor os indicadores “Conforto Térmico no postode atividade discente”, estão apresentadas na Tabela 4.20, e todas sãosignificantes na separação dos clusters. Os resultados mais detalhadosencontram-se no Anexo IV.

Tabela 4.20 – Análise de Variância das variáveis significantes na formação dos clustersVariáveis Indicadores p - valorTEMPERA1 Temperatura do ambiente. 0,0000TEMPERA2 Ventilação. 0,0000TEMPERA3 Quantidade de janelas. 0,0000TEMPERA4 Posição das janelas. 0,0000TEMPERA5 Posição dos equipamentos de ar condicionado. 0,0000

Aceitando a divisão de dois grupos, conclui-se que o cluster 2 corresponde a65,86% da amostra e apresentam médias mais altas, para as variáveisergonômicas da percepção de conforto térmico, destacando as seguintesvariáveis: TEMPERA1, referente a “Temperatura do ambiente” e TEMPERA2,referente a “Ventilação”.Enquanto que o cluster 1 que corresponde a 34,14% da amostra avaliou oagrupamento das variáveis ergonômicas da percepção de conforto térmico do

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posto de atividade discente com médias mais baixas, destacando as variáveis demenor valor: TEMPERA4, referente a “Posição das janelas”; TEMPERA5,referente a “Posição dos equipamentos de ar condicionado”.

A Figura 4.23 mostra o resultado da análise.

Cluster No. 1

Cluster No. 2

Plot of Means for Each Cluster

Variables

3

4

5

6

7

8

9

TEMPERA1 TEMPERA2 TEMPERA3 TEMPERA4 TEMPERA5

Figura 4.23 - Variáveis significantes na formação do clusterObserva-se entre os dois clusters que a variável TEMPERA1, referente a“Temperatura do ambiente”, é a de maior média quanto ao agrupamento devariáveis referente a percepção conforto térmico no ambiente das salas de aula.Enquanto que entre os dois clusters, a variável TEMPERA5, referente a “Posiçãodos equipamentos de ar condicionado”, apresentou a menor média quanto apercepção do conforto térmico no posto de atividade discente.

4.3.6 Conforto Postural no Posto de Atividade DiscenteAs variáveis selecionadas para compor os indicadores “Conforto Postural no postode atividade discente”, estão apresentadas na Tabela 4.21, e todas sãosignificantes na separação dos clusters. Os resultados mais detalhadosencontram-se no Anexo IV.

Tabela 4.21 – Análise de Variância das variáveis significantes na formação dosclustersVariáveis Indicadores p - valorPOSTURA1 Acomodação postural em função do mobiliário. 0,0000POSTURA2 Acomodação postural em função dos recursos didáticos. 0,0000POSTURA3 Pausas durante a tarefa. 0,0000

Aceitando a divisão de dois grupos, conclui-se que o cluster 2 corresponde a60,34% da amostra e apresentam médias mais altas, para as variáveisergonômicas da percepção de conforto postural do posto de atividade discente,destacando a seguinte variável: POSTURA2, referente a “Acomodação posturalem função dos recursos didáticos.” Enquanto que o cluster 1 que corresponde a

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39,66% da amostra avaliou o agrupamento das variáveis ergonômicas dapercepção do conforto postural do posto de atividade discente com médias maisbaixas, destacando a variável de menor valor como sendo: POSTURA1, referentea “Acomodação postural em função do mobiliário”.

A Figura 4.24 mostra o resultado da análise.

Cluster No. 1Cluster No. 2

Plot of Means for Each Cluster

Variables

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

POSTURA1 POSTURA2 POSTURA3

Figura 4.24 - Variáveis significantes na formação do cluster

Observa-se entre os dois clusters que a variável POSTURA3, referente a “Pausasdurante a tarefa”, é a de maior média quanto ao agrupamento de variáveisreferente a percepção conforto postural no ambiente das salas de aula. Enquantoque entre os dois clusters, a variável POSTURA1, referente a “Acomodaçãopostural em função do mobiliário”, apresentou a menor média quanto a percepçãodo conforto postural no posto de atividade discente.

4.3.7 Conforto do Mobiliário no Posto de Atividade Discente

As variáveis selecionadas para compor os indicadores “Conforto mobiliário noposto de atividade discente”, estão apresentadas na Tabela 4.22, e todas sãosignificantes na separação dos clusters. Os resultados mais detalhadosencontram-se no Anexo IV.

Tabela 4.22 – Análise de Variância das variáveis significantes na formação dosclusters

Variáveis Indicadores p - valorMOBILIA1 Conforto do assento das carteiras. 0,0000MOBILIA2 Conforto do apoio das costas na carteira. 0,0000MOBILIA3 Altura do assento. 0,0000MOBILIA4 Altura da mesa de tarefa. 0,0000MOBILIA5 Inclinação da superfície da mesa de trabalho. 0,0000MOBILIA6 Espaço para colocação de materiais nas carteiras. 0,0000MOBILIA7 Espaço disponível para acomodação das pernas na carteira. 0,0000

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Aceitando a divisão de dois grupos, conclui-se que o cluster 1 corresponde a54,83% da amostra e apresentam médias mais altas, para as variáveisergonômicas da percepção de conforto mobiliário do posto de atividade discente,destacando as seguintes variáveis: MOBILA4, referente a “Altura da mesa detarefa” e MOBILIA5, referente a “Inclinação da superfície da mesa de trabalho”.Enquanto que o cluster 2 que corresponde a 45,17% da amostra avaliou oagrupamento das variáveis ergonômicas da percepção de conforto mobiliário doposto de atividade discente com médias mais baixas, destacando as variáveis demenor valor como sendo: MOBILIA1, referente ao “Conforto do assento dascarteiras”; MOBILIA2, referente ao “Conforto do apoio das costas na carteira”;MOBILIA3, referente a “Altura do assento” e MOBILIA6, referente ao “Espaço paracolocação de materiais nas carteiras”.

A Figura 4.25, mostra o resultado da análise.

Cluster No. 1Cluster No. 2

Plot of Means for Each Cluster

Variables

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

MOBILIA1 MOBILIA2 MOBILIA3 MOBILIA4 MOBILIA5 MOBILIA6 MOBILIA7

Figura 4.25 - Variáveis significantes na formação do cluster

Na análise do indicador é interessante observar a semelhança das curvas querepresentam os dois clusters Figura 4.25, considerando, porém, que as mesmasestão em níveis diferentes. Observa-se entre os dois clusters que a variávelMOBILIA7, referente ao “Espaço disponível para acomodação das pernas nacarteira”, é a de maior média quanto ao agrupamento de variáveis referente apercepção conforto mobiliário no ambiente das salas de aula. Enquanto que entreos dois clusters, a variável MOBILIA1, referente ao “Conforto do assento dascarteiras”, apresentou a menor média quanto a percepção do conforto mobiliáriono posto de atividade discente.Observou-se também que de todos os agrupamentos de variáveis, o mobiliário dasala de aula foi o que obteve as médias mais baixas. Por essa razão, com intuitode conhecer o perfil dos alunos dentro de cada cluster foram feitas outrasobservações (análise descritiva), conforme a Tabela 4.23, que mostra as variáveisque identificam dentro do perfil, diferenças entre os clusters.

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Tabela 4.23 - Variáveis que identificam dentro do perfil, diferenças entres os clustersVariáveis Respostas Cluster 1 Cluster 2

Adm Sist Informação 28,93% 26,72%Adm Com Exterior 38,99% 41,98%Secretariado 8,81% 7,63%Serviço Social 18,24% 8,40%

Curso

Turismo 5,03% 15,27%Sala 05 5,96% 17,56%Sala 08 8,81% 7,63%Sala 16 18,24% 14,50%Sala 22 5,03% 15,27%Sala 32 10,06% 0,76%Sala 38 8,18% 7,63%Sala 43 15,09% 9,92%Sala 46 15,09% 16,79%

Salas de aula

Sala 48 13,84% 9,92%Ocasionalmente 52,94% 24,71%Dores nas CostasFrequentemente 47,06% 75,29%Ocasionalmente 52,86% 35,23%Dores LombarFreqüentemente 47,14% 64,77%Ocasionalmente 68,18% 47,27%Dores no QuadrilFreqüentemente 31,82% 52,73%

4.3.8 Equipamentos Didáticos do Posto de Atividade DiscenteAs variáveis selecionadas para compor os indicadores ergonômicos dos“Equipamentos didáticos auxiliares”, estão apresentadas na Tabela 4.24, e todassão significantes na separação dos clusters. Os resultados mais detalhadosencontram-se no Anexo IV.

Tabela 4.24 – Análise de Variância das variáveis significantes na formação dosclusters

Variáveis Indicadores p - valorEQPDIDT1 Manutenção dos Equipamentos. 0,0000EQPDIDT2 Atualização Tecnológica dos equipamentos 0,0000EQPDIDT3 Nitidez da leitura nos equipamentos Didáticos. 0,0000

Aceitando a divisão de dois grupos, conclui-se que o cluster 2 corresponde a66,21% da amostra e apresentam médias mais altas, para as variáveisergonômicas dos equipamentos didáticos auxiliares no posto de atividadediscente, destacando a seguinte variável: EQPDIDT3, referente a “Nitidez daleitura nos equipamentos Didáticos”.Enquanto que o cluster 1 que corresponde a 33,79% da amostra avaliou oagrupamento das variáveis ergonômicas dos equipamentos didáticos auxiliares noposto de atividade discente com médias mais baixas, destacando a variável de

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menor valor como sendo: EQPDIDT1, referente a “Manutenção dosEquipamentos”.

A Figura 4.26 mostra o resultado da análise.

Cluster No. 1Cluster No. 2

Plot of Means for Each Cluster

Variables

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

EQPDIDT1 EQPDIDT2 EQPDIDT3

Figura 4.26 - Variáveis significantes na formação do cluster

Observa-se entre os dois clusters que a variável EQPDIDT2, referente a “Nitidezda leitura nos equipamentos Didáticos”, é a de maior média quanto aoagrupamento de variáveis referente a utilização dos recursos didáticos nas salasde aula. Enquanto que entre os clusters, a variável EQPDIDT1, referente a“Manutenção dos Equipamentos”, apresentou a menor média quanto a utilizaçãodos equipamentos didáticos no posto de atividade discente.Os resultados da análise de clusters referente a percepção de conforto dosaspectos ergonômicos das salas de aulas pesquisadas, estão sintetizados noQuadro 4.2 abaixo.

VARIÁVEIS Clusters (%) Média Indicadores Ergonômicos

1 30,69 Baixa Quantidade de alunos na turma e o Espaço disponível para osalunos na sala de aula.

LAYOUT2 69,31 Alta Espaço destinado ao professor e Adequação do espaço para o

conteúdo proposto pela disciplina.

1 30,69 Baixa Utilização de cores para a transmissão da informação comrecursos didáticos e a Interpretação da escrita no quadro.

CORES2 69,31 Alta Reflexo das cores na superfície da mesa de tarefa e a Cor do lápis

usado pelo professor para escrever no quadro.

1 52,07 Baixa Acústica da sala de aula, e Ruídos do ar condicionado.ACÚSTICA

2 47,93 Alta Comunicação da irformação do professor ao aluno e aInterferência de barulhos dos corredores.

1 35,52 Baixa Incidência de luz direta nos olhos; Reflexos; e Ofuscamento.

ILUMINAÇÃO2 64,48 Alta

Iluminação da Sala; Quantidade de lâmpadas; Posição daslâmpadas em relação a tarefa e distribuição das lâmpadas pelasala.

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VARIÁVEIS Clusters (%) Média Indicadores Ergonômicos

1 34,14 Baixa Posição das janelas; Posição dos equipamentos de arcondicionado.

TEMPERATURA2 65,86 Alta Temperatura do ambiente; e Ventilação (circulação do ar nas salas

de aula).

1 39,66 Baixa Acomodação postural em função do mobiliário.POSTURA

2 60,34 Alta Acomodação postural em função dos recursos didáticos.

1 54,83 Alta Altura da mesa de tarefa; e Inclinação da superfície de trabalho.

MOBILIÁRIO2 45,17 Baixa

Conforto do assento das carteiras; Conforto do apoio das costasnas carteiras; Altura do assento; e Espaço para colocação dematerial nas carteiras.

1 33,79 Baixa Manutenção dos equipamentos.EQUIPAMENTOSDIDÁTICOS

2 66,21 Alta Nitidez na leitura dos equipamentos didáticos.

Quadro 4.2 - Resultado da Análise de Clusters referente a percepção de conforto dos IndicadoresErgonômicos do Posto de Atividade Discente.

Diante do acima exposto, podemos concluir através da análise de clusters, quemaior atenção deve ser dispensada aos aspectos ergonômicos do posto deatividade discente, em especial para aqueles que na percepção de conforto dosalunos se destacaram mais negativamente: quantidade de alunos na turma;utilização de cores para a transmissão da informação com recursos didáticos;acústica das salas; ruídos do ar condicionado; incidência de luz direta nos olhos;reflexos; e ofuscamento; posição das janelas; posição dos equipamentos de arcondicionado; troca de ar nas salas de aula; acomodação postural em função domobiliário; conforto do assento das carteiras; conforto do apoio das carteiras nascostas; altura do assento; espaço nas carteiras para a colocação de material; e amanutenção dos equipamentos didáticos.4.4 Resultados da Análise do Teste Qui-quadradoA análise de dores no corpo sentida pelos alunos, pode ser observada na Figura4.26, que demonstra o percentual de dores percebidas ocasionalmente efreqüentemente pelos alunos pesquisados. Pode-se observar que as doressentidas concentram-se na região da nuca, costas ombros e lombar.

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38%

19% 19%

22%

19% 19%

27%

23% 23%

19%20%

22%21%

4%3%

6%4%

7%

18%

36%

31%

15%

9%

4%

NUCA COTOVELO ANTEBRA PULSO/MAO COXA PERNA OMBRO COSTAS LOMBAR QUADRIL JOELHOS TORNOZELO

OcasionalmenteFrequentemente

Figura 4.26 – Resultado percentual das dores no corpo sentida pelos alunos

Através do resultado do Teste Qui-quadrado, para indicar quais variáveis sãoimportantes na associação (ou seja, p ≤ 0,0500), utilizou-se as variáveiscategóricas: Dor nas partes do corpo; Trabalho; Horas de Trabalho; Posição queTrabalha. E as variáveis não categóricas: Postura e Mobiliário foram encontradosos seguintes resultados apresentados na Tabela 4.25.

Tabela 4.25 – Resultado do Teste Qui-quadrado para verificação da associação entre clusters e algumasvariáveis categóricas e não categóricas.

Trabalha Horas deTrabalho

Posição deTrabalho

Posição quesenta Postura MobiliárioVARIÁVEIS

p n p n p n p n p n p nNUCA 0,4172 285 0,2885 233 0,3228 230 0,7182 203 0,1733 290 0,0006 290COTOVELO 0,0499 285 0,2927 233 0,7845 230 0,1665 203 0,1219 290 0,0593 290ANTEBRAÇO 0,0570 285 0,7079 233 0,2964 230 0,2111 203 0,1669 290 0,3698 290PULSO 0,0407 285 0,3101 233 0,0057 230 0,9183 203 0,2993 290 0,2460 290COXA 0,0970 285 0,7718 233 0,1943 230 0,4397 203 0,1537 290 0,3605 290PERNA 0,0188 285 0,2639 233 0,0799 230 0,1787 203 0,0668 290 0,0404 290OMBRO 0,0282 285 0,3981 233 0,7922 230 0,7989 203 0,0026 290 0,0016 290COSTA 0,0181 285 0,0996 233 0,9916 230 0,1551 203 0,3820 290 0,0492 290R LOMBAR 0,0102 285 0,2700 233 0,3354 230 0,0452 203 0,0002 290 0,0000 290QUADRIL 0,0836 285 0,0161 233 0,9535 230 0,1986 203 0,0065 290 0,0105 290JOELHO 0,5476 285 0,0446 233 0,9613 230 0,2324 203 0,0969 290 0,0487 290TORNOZELO 0,6072 285 0,4153 233 0,7517 230 0,8418 203 0,5754 290 0,3163 290

De acordo com os resultados mostrados na Tabela 4.22, observa-se que existeassociação (p ≤ 0,05) entre os clusters formados por dores no Cotovelo, Pulso,Perna, Ombro, Costa e Região Lombar, em relação as variáveis categóricas dequem trabalha; Existe associação entre os clusters formados por dores no Quadrile Joelho, em relação as variáveis categóricas de horas trabalhadas; Existe

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associação entre os clusters formados por dores no Pulso, em relação as variáveiscategóricas da posição que se trabalha; Existe associação entre os clustersformados por dores na Região Lombar e as variáveis categóricas da posição que oaluno senta na cadeira quando está cansado. Nesta mesma Tabela, observa-seque existe associação entre os clusters formados por dores no Ombro, RegiãoLombar e Quadril em relação as variáveis não categóricas da Postura do aluno emsala de aula; E que existe associação entre os clusters formados por dores naNuca, Perna, Ombro, Costas, Região Lombar, Quadril e Joelho em relação asvariáveis não categóricas do Mobiliário das salas de aula. Os resultados maisdetalhados encontram-se no Anexo V.

4.5 ConclusãoA partir dos resultados obtidos na análise descritiva, análise de clusters e teste qui-quadrado concluí-se que, a percepção do conforto físico ambiental das salas deaulas, na opinião dos alunos da instituição de ensino pesquisada, pode está sendoinfluenciada pelas seguintes variáveis ergonômicas: a postura dos discentes emfunção do arranjo físico dos equipamentos didáticos auxiliares, ausência depausas durante a tarefa e associadas a um mobiliário desconfortável semestofamentos e regulagens antropométricas; acústica das salas de aula em funçãodos equipamentos de ar condicionado; iluminação das salas em função daincidência de luz direta nos olhos, reflexos e ofuscamento; as cores empregadaspara a transmissão da informação visual com recursos didáticos; o confortotérmico em função da localização das janelas, localização dos equipamentos de arcondicionado e circulação do ar nas salas de aula e o arranjo físico em função daquantidade de alunos por turma.

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Capítulo 5

Conclusões e Recomendações

O presente capítulo apresenta uma síntese geral da Dissertação, as conclusões e

recomendações, destacando os pontos mais importantes de cada capítulo de acordo com os

resultados obtidos. E uma análise crítica do trabalho, avaliação das limitações e direcionamento

para novas pesquisas.

A estrutura deste capítulo segue a formatação adotada pelo Programa de

Engenharia de Produção da UFRN e, está composto de oito partes: revisão da

literatura, metodologia da pesquisa, resultados da pesquisa, análise crítica do

trabalho, limitações do trabalho, direções da pesquisa, recomendações e

conclusões.

5.1 Revisão da Literatura

A revisão da literatura que norteou esta pesquisa apontou para as condicionantes do

conforto físico e ergonômico do ambiental no posto de atividade discente que possivelmente

influenciam a percepção de conforto na opinião dos discentes em seu posto de atividades.

Inicialmente partiu-se dos conceitos da Ergonomia, numa tentativa de mostrar e

reconhecer a sua importância aliada à pedagogia. Segundo Hahn (1999, p.12), “A partir da

consideração do conforto e da facilidade na execução das tarefas, verifica-se que tanto a

ergonomia quanto a pedagogia estão preocupadas com o desenvolvimento do indivíduo,

priorizando sua saúde física e mental”.

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Em seguida foi abordado a importância dos diversos agrupamentos de variáveis

ergonômicas relacionadas com a percepção de conforto do ambiente físico das salas de aula na

opinião dos alunos, onde foi levantado informações sobre: as zonas condicionantes de conforto

acústico, luminoso e térmico dos ambientes de salas de aula; a importância do arranjo físico,

cores, mobiliário, as diversas posturas adotada pelos alunos, e a localização dos equipamentos

didáticos no posto de atividade discente.

A pesquisa bibliográfica consistiu em uma revisão feita através de livros,

revistas, artigos, dissertações, teses, jornais e sites nacionais e internacionais,

relativos aos dados relacionados aos órgãos, às normas e às leis que regem o

estudo do conforto em ambientes de trabalho, com a finalidade de se obter o

embasamento teórico necessário para a compreensão e produção do presente

trabalho.Esta pesquisa fez um estudo da importância da ergonomia no ambiente das salas de aula

de uma instituição privada de ensino superior, segmento econômico que tem demonstrado um

forte crescimento nos últimos anos na cidade do Natal, Estado do Rio Grande do Norte. Convém

ressaltar aos gestores das IES, que não é aconselhável observar investimentos em ergonomia

como custos, ou visando retorno financeiro, pois a qualidade do serviço prestado se tornará em

longo prazo um ponto favorável ao retorno financeiro dos investimentos. O setor necessita antes

de tudo de qualidade no serviço prestado, atualmente um ponto fortemente observado pelo

MEC, por ocasião de suas inspeções em todo país. O MEC avalia a adequação da infra-estrutura

física das IES, tendo em vista o número de alunos, objetivos do curso, projeto pedagógico e

horários de funcionamento, indicando a existência ou não dos itens que devem compor a infra-

estrutura física de suporte ao funcionamento do curso; avalia a adequação do espaço físico tendo

em vista a quantidade de equipamentos e o número de usuários, avalia o plano de atualização

tecnológica e a manutenção dos equipamentos e as condições das instalações.

Petes; Walterman (1982 apud Gonçalves 1998, p.28) afirmam “para que

uma organização possa ser bem sucedida ela deve olhar para fora do seu sistema,

ou seja, para seus clientes”.

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A adoção de práticas ergonômicas corretas em ambiente de salas de aula das instituições de

ensino poderá transformar a forma de agir das empresas do setor, melhorando a qualidade do

ensino e do serviço prestado. Nessa perspectiva, a gestão da educação alicerçada em valores e

princípios ergonômicos, surge como uma nova proposta para o desenvolvimento das atividades

docentes e discentes.

5.2 Metodologia da Pesquisa

Para realização deste trabalho, foi escolhido o setor de ensino superior

privado em Natal-RN, para viabilizar o estudo, foi realizada uma pesquisa

bibliográfica, e uma pesquisa de campo tipo survey, quanti-qualitativa e descritiva

na tentativa de identificar a percepção de conforto ergonômico e algumas

características da população-alvo. Para atender aos objetivos propostos, foi

realizada medições dos níveis de conforto acústicos, luminoso e térmico em 09

(nove) salas de aulas no período de 03 a 20 de Dez de 2004, utilizando-se os

seguintes equipamentos: um decibelímetro modelo DL – 4050 PRO, na posição

“A” que é a posição que irá simular a curva de resposta do ouvido humano, sendo

a posição ideal para medir o ruído do ambiente e na posição “C” que tenderá a

uma curva de resposta plana, sendo a posição adequada para medir o ruído

gerado por máquinas e equipamentos; um Luxímetro digital marca Instrutherm e

modelo LD – 200, com foto detector de diodo de silício com filtro na escala de 1 a

2000 lux; um Termohigroanemômetro marca Instrutherm e modelo THAR – 185,

para medir a temperatura ambiente, URA e a velocidade do ar no ambiente das

salas de aula pesquisadas. Os resultados constam no Anexo II, e teve como

objetivo confrontar os valores registrados com os níveis recomendados nas

normas regulamentadoras, literatura pesquisada e os dados obtidos no

instrumento de pesquisa, com o intuito de se verificar a percepção de conforto

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acústico, luminoso e térmico percebido pelos alunos. Foi utilizado também na

pesquisa uma máquina fotográfica digital, com o objetivo de levantar informações

referentes ao layout, postura inadequada dos alunos, mobiliário e luminárias das

salas de aula, conforme o Anexo VI.

A população alvo foi composta por 290 (duzentos e noventa) alunos dos

cursos de Administração Comercio Exterior, Administração Sistema de

Informação, Serviço Social, Secretariado e Turismo, com idades entre 18 e 52

anos. A amostra foi do tipo probabilística aleatória simples.

O instrumento de coleta de dados utilizado na pesquisa foi um questionário

estruturado em escala intervalar de diferencial semântico (Anexo I) baseado nos

indicadores de percepção de conforto ergonômico do posto de atividade discente,

envolvendo os seguintes agrupamentos de variáveis: Layout das salas de aula;

Cores; Acústica; Iluminação; Temperatura; Postura; Mobiliário e Equipamentos

didáticos auxiliares. Os itens foram distribuídos numa escala de 0 (zero) a 10

(dez), e sujeitos a um teste de confiabilidade interna, denominado alfa de

Cronbach, considerando α ≥ 0,70.

As técnicas estatísticas utilizadas para análise dos dados foram: Análise

Descritiva, Análise de Cluster, e Teste Qui-quadrado. A Análise Descritiva foi

utilizada para apresentar o grau de importância da percepção de conforto das

condicionantes físicas e ergonômicas do ambiente das salas de aulas. A Análise

de Cluster permitiu identificar dois grupos (clusters) homogêneos em relação às

respostas obtidas para cada agrupamento de variáveis em estudo. A Análise do

Teste Qui-quadrado permitiu identificar quais variáveis foram importantes na

associação (ou seja, p ≤ 0,0500) entre os clusters e as respostas obtidas no

agrupamento de variáveis categóricas: Dor nas partes do corpo; Trabalho; Horas

de Trabalho; Posição que Trabalha. E as variáveis não categóricas: Postura e

Mobiliário do posto de atividade discente.

A tabulação e análise dos dados foram realizados através do software

Statística versão 5.0 e Microsoft Excel 2000. Os métodos empregados na pesquisa

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para viabilizar os objetivos propostos foram considerados eficazes. No entanto, há

de se ponderar o zelo na obtenção, organização, tabulação, análise e

interpretação dos dados, que transmitiram informações capazes de proporcionar

conclusões objetivas e claras.

5.3 Resultados da Pesquisa

Considerando o número de alunos pesquisados, os resultados encontrados na pesquisa de

campo demonstram que a população-alvo escolhida de forma não-intencional é significativa.

Dentre os resultados encontrados da análise descritiva neste estudo, chama atenção, o layout

das salas, a percepção de conforto acústico, a postura dos alunos e o mobiliário das salas de aula

pesquisada, caracterizada pelas médias atribuídas aos indicadores de percepção de conforto

ergonômico do ambiente, apresentar-se abaixo do nível considerado bom.

Nas variáveis referentes ao layout, destacaram-se positivamente o espaço da sala de aula

destinado ao professor e a adequação do espaço para o conteúdo proposto pela disciplina. E

negativamente a localização da porta de entrada das salas de aula, a quantidade de alunos nas salas

de aula (onde a densidade social variou entre 1,25m2 por aluno na sala 16 até 3,62m2 na sala 32), e

a visualização da posição dos equipamentos didáticos. Observou-se também que a instituição não

adota o sistema de mudança de sala de aula durante a mudança de disciplina (sala ambiente), e que

existe uma área preferêncial do lugar em que os alunos sentam (posição mais a frente e central em

relação as laterais da sala de aula), esta área preferencial corresponde a zona de ação citada no

estudo realizado por ADAMS; BIDDLE (1995 apud ARENDS 1997, p.79).

Com relação a cores utilizadas no ambiente de salas de aula, destacou-se negativamente a

utilização das cores para a transmissão da informação com recursos didáticos, as demais variáveis

ergonômicas do emprego das cores no ambiente de sala de aula foram avaliadas positivamente em

relação a percepção de conforto visual na opinião dos alunos pesquisados.

A literatura recomenda para um nível de conforto acústico em salas de aula entre 40 a

55dB(A), nas variáveis referentes à percepção de conforto acústico das salas, verificou-se com o

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uso de um decibelímetro durante 1 (uma) hora em cada sala de aula que o ruído do ambiente variou

entre 59,7 a 91,5dB(A), com a turma desempenhando tarefas e variou entre 69,6 a 78,4 dB(C) com

as salas de aula vazias e os equipamentos de ar condicionado ligados, através dessa medição

verificou-se que a inteligibilidade da transmissão do conteúdo didático do professor para o aluno

não está satisfatória de acordo com a NBR 10152; NR 17 e a literatura pesquisada que recomendam

intervalo de Sinal/Ruído entre 10 a 15db(A), enquanto que o intervalo Sinal /Ruído registrado foi

de -9,9 a 13,1 db(A). Foi observado pela pesquisa que dentro das variáveis destacaram-se

negativamente a acústica da sala e os ruídos provocados pelos equipamentos de ar condicionado.

As demais variáveis referentes a acústica, também não obtiveram boas médias, exceto a influência

do barulho externo dos corredores no ambiente das salas de aula. A medição feita com o

decibelímetro detectou que as salas com condições péssimas sinal ruído foram salas 22, 32, 38 e 43.

Enquanto que a análise descritiva dos clusters identificou que na opinião dos alunos foram as salas

22, 32 e 48.

Em relação à luminosidade do ambiente das salas de aula, verificou-se com o uso de um

luxímetro digital durante 1 (uma) hora em cada sala de aula, que a quantidade de lux oscilou entre

139 a 996 lux, enquanto que a NBR 5413; NR 17 e a literatura pesquisada recomenda para um

nível de conforto luminoso em salas de aula entre 200 a 750 lux, havendo portanto salas com

deficiência de iluminação (salas 16; 22; 38 e 48) e salas com excesso de luminosidade (salas 05 e

08), sugerindo o desperdício de energia elétrica e a fadiga visual. Foi observado que dentro das

variáveis destacaram-se negativamente a incidência de luz direta nos olhos, reflexos e ofuscamento

existentes nas salas de aula, as demais variáveis destacaram-se positivamente.

Com relação à temperatura, verificou-se com o uso de um termohigroanemômetro durante 2

(duas) horas em cada sala de aula a temperatura ambiente, umidade relativa do ar e a velocidade do

ar, e que a temperatura do ambiente oscilou entre 24ºC a 29,5ºC, ficando acima do nível

considerado ideal para o conforto térmico das salas de aula conforme a NBR 6401; NR 17 e a

literatura pesquisada que recomendam níveis entre 20 a 24ºC durante o verão. No entanto

observou-se através da aplicação do instrumento de pesquisa, que a sensação de conforto térmico

na pinião dos alunos foi considerada boa apresentando uma média de 6,8 e um desvio padrão de

2,27, conforme a Figura 20 Anexo III. A URA variou entre 41,6 a 79,1%, ficando fora dos níveis

recomendados para o ambiente de salas de aula que deve ficar entre 35 a 65% conforme a NBR

6401 e entre 40% a 60% de acordo com a NR 17. A ventilação das salas de aula oscilou entre

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0,1m/s a 1,0m/s, ficando fora do que é recomemendado para salas de aula de acordo com a NBR

6401 e NR 17, que recomendam uma zona de conforto entre 0,4m/s a 0,75m/s, e que pode ser

observado também pela opinião dos alunos conforme a Figura 4.11 do Capítulo IV. A medição com

o termohigroanemômetro detectou que todas as salas pesquisadas estão acima dos níveis de

temperatura recomendados pela NBR 6401 e NR 17; a URA está acima dos níveis recomendados

nas salas 08, 16, 22, 32, 38, 43 e 46. E normal nas salas 05 e 48; enquanto que a velocidade do ar

está baixa nas salas 08, 32, 46 e 48 e nas demais, encontra-se acima dos níveis recomendados para

atividades escolares.

Em relação a postura adotada pelos alunos em salas de aula, observa-se que existe uma

percepção de desconforto face a acomodação postural em função do mobiliário e da localização

física dos equipamentos didáticos, como pode ser observado pelas Fotografias 05; 06; 07 e 08 do

Anexo VI.

Com relação ao mobiliário, o conforto do assento das cadeiras, apoio nas costas, a altura do

assento e a ausência de dispositivos de regulagens antropométricas, contribuíram de forma

significativa para a sensação de desconforto muscular que provoca dores em diversas partes do

corpo.

Em relação aos equipamentos didáticos, observa-se que a nitidez da leitura da informação

não garante uma boa percepção de conforto visual. Observa-se através do layout que a localização

dos equipamentos didáticos auxiliares em sala de aula influencia na percepção de conforto dos

alunos e que o quadro não permite regulagem ideal para a altura de cada professor, fazendo com

que alguns escrevam muito acima e outros muito abaixo da linha dos ombros, afetando a sua

postura e a postura dos alunos que é dificultada pela visibilidade para observar o que foi escrito,

conforme demonstra a Fotografia 08 do Anexo VI.

Os resultados da Análise de Cluster, possibilitaram agrupar as variáveis em dois grupos e

sintetizar as informações, fazendo com que os dados sobre a percepção de conforto ergonômico das

salas de aula, fossem reduzidos de forma conveniente à informações sobre dois grupos, em

conseqüência, foi possível observar que:

Com relação ao layout, os resultados obtidos mostram que não existe

uniformidade nas respostas dentro dos próprios clusters em relação ao indicador

em estudo, o cluster 2 apresentam médias mais altas destacando o“Espaço

destinado ao professor”. O cluster 1 que corresponde as médias mais baixas,

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destacando a “Quantidade de alunos na turma” e o “Espaço disponível para cada

aluno na sala”.

Com relação a cores empregadas no ambiente, conclui-se que o cluster 2

apresenta médias mais altas, destacando “As cores das paredes das salas” e a

“Cor do lápis usado pelo professor para escrever no quadro”. O cluster 1

apresentou as médias mais baixas, destacando a “Utilização das cores para a

transmissão da informação com recursos didáticos” e o “Reflexo das cores na

superfície da mesa de tarefa”.

Em relação ao conforto acústico das salas de aula, o cluster 2 apresenta

médias mais altas, destacando a “Comunicação da informação do professor ao

aluno” e a não interferência do “Barulho dos corredores” nas salas de aula. O

cluster 1 apresentou as médias mais baixas, destacando a “Acústica da sala” e os

“Ruídos dos equipamentos de ar condicionado”.

Com relação ao conforto luminoso, conclui-se que o cluster 2 apresenta

médias mais altas, para as variáveis “Iluminação da sala”; a “Quantidade de

lâmpadas”; a “Posição das lâmpadas em ralação a tarefa” e a “Distribuição das

lâmpadas pela sala”. O cluster 1 apresentou médias mais baixas destacando a

“Incidência de luz direta nos olhos”; “Reflexos” e “Ofuscamento”.

Com relação ao conforto térmico do ambiente, conclui-se que o cluster 2

apresenta médias mais altas, destacando a “Temperatura do ambiente” e a

“ventilação (circulação do ar na sala de aula)”. O cluster 1 apresentou as médias

mais baixas, destacando a “Posição das janelas” e a “Posição dos equipamentos

de ar condicionado”.

Em relação à postura dos alunos, conclui-se que entre os dois clusters a

variável referente a “Pausas durante a tarefa”, é a de maior média quanto ao

agrupamento de variáveis referentes a percepção de conforto. E que o cluster 1

avaliou o agrupamento das variáveis ergonômicas da percepção do conforto

postural com médias mais baixas, destacando a “Acomodação postural em função

do mobiliário.”.

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Com relação ao mobiliário, conclui-se que o cluster 1 apresenta médias mais

altas, destacando a “Altura da mesa de tarefa” a “Inclinação da superfície da mesa

de trabalho”. O cluster 2 apresentou médias mais baixas, destacando o “Conforto

do assento das carteiras”; “Conforto do apoio das costas na carteira”; a “Altura do

assento” e o “Espaço para colocação de materiais nas carteiras”.

Com relação aos equipamentos didáticos, conclui-se que o cluster 2

apresenta médias mais altas destacando a “Nitidez da leitura nos equipamentos

Didáticos”. O cluster 1 avaliou com médias mais baixas, destacando a

“Manutenção dos Equipamentos”.

Os resultados da Análise do Teste Qui-quadrado, possibilitou observar que existe

associação entre os clusters formados por dores no Cotovelo, Pulso, Perna, Ombro, Costa e Região

Lombar, em relação aos alunos que trabalham, dores no Quadril e Joelho, em relação à quantidade

de horas trabalhadas; dores no Pulso, em relação à posição que se trabalha; dores na Região

Lombar e a posição que o aluno senta na cadeira da sala de aula; dores no Ombro, Região Lombar e

Quadril em relação à acomodação Postural adotada pelos alunos e dores na Nuca, Perna, Ombro,

Costas, Região Lombar, Quadril e Joelho em relação ao Mobiliário das salas de aula.

5.4 Análise Crítica do Trabalho

O presente trabalho contribuiu para analisar o grau de importância da

percepção das condicionantes ergonômica de conforto do posto de atividade

discente e como essas práticas estão sendo desenvolvidas na rede privada de

ensino superior de Natal.

Os Indicadores de percepção de conforto podem ser influenciadores da

qualidade do serviço prestado e constituem uma importante ferramenta de auto-

avaliação para as empresas do setor que desejarem monitorar a qualidade de

seus serviços, sendo inclusive um diferencial.

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Convém ressaltar a dificuldade em constituir um referencial bibliográfico

harmônico, em virtude da escassez da literatura pesquisada sobre o tema.

Após a coleta de dados, verificou-se que outras variáveis poderiam ter sido

incluídas no presente questionário, como a informação sobre a satisfação global

de conforto das salas de aula.

É importante ressaltar que no Indicador “conforto térmico” na escala de 0

(zero) a 10 (dez), deixou claro que a percepção de conforto térmico estava boa,

mais dos alunos que perceberam a sensação de conforto térmico como ruim, não

houve um parâmetro informando se estava ruim em relação à temperatura fria ou a

temperatura quente.

Convém ressaltar que o período da coleta de dados (Nov/Dez 2004),

possibilitou um estudo longitudinal, pois os alunos pesquisados possuíam uma boa

idéia de percepção de conforto na sua sala de aula, por se encontrarem no final do

semestre letivo, entretanto a maioria das turmas encontrava-se em períodos de

avaliações, realizando as provas finais, o que dificultou a aplicação dos

questionários, reduzindo de maneira significativa a amostra.

No entanto, estas limitações não diminuem a importância deste estudo. Pois, a identificação

das limitações constitui direcionamento para novos projetos.

5.5 Limitações do Trabalho

Considera-se que o objetivo geral deste estudo foi alcançado. Para isto foram empregadas a

análise descritiva e duas outras análises estatísticas (Clusters, Teste Qui-quadrado), que possibilitou

estudar a ergonomia do posto de atividade discente com ênfase na percepção de conforto. A

pesquisa limitou-se ao setor de ensino privado para estudar a ergonomia das salas de aula.

• Abrangências

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A presente pesquisa pode ser estendida a outros níveis de ensino, como:

ensino infantil, ensino básico, ensino fundamental e tecnológico e para as

Instituições Públicas.

5.6 Direções de Pesquisa

Este estudo delimitou-se a investigar a importância das condicionantes

ergonômicas com foco na percepção de conforto do posto de atividade discente na

opinião dos alunos especificamente em instituição privada do ensino superior.

Entretanto, outros assuntos relacionados à ergonomia das salas de aula das

instituições de ensino podem surgir, como pesquisas que possibilitem a

disseminação da ergonomia aliada a pedagogia no setor de ensino.

Novos questionamentos podem ser pesquisados, tais como: A realização de

pesquisa em: Instituições de Educação Tecnológica, em Instituições Públicas do

Ensino Superior, Escolas de 1º e 2º grau e na educação infantil; pode-se pesquisar

os aspectos da ergonomia cognitiva que envolve as condições ergonômicas de

trabalho no ambiente da sala de aula; realizar a pesquisa enfocando o posto de

trabalho docente; realizar o estudo em cursos de especialização e de pós-

graduação, inclusive utilizando o presente instrumento de pesquisa; aplicar a

mesma pesquisa acrescentando ao instrumento de pesquisa uma variável

relacionada a percepção do conforto global das salas de aula para realizar uma

regressão linear; analisar as condições ergonômicas das salas de aula com o

rendimento escolar do aluno; realizar uma AET nas salas de aula e propor uma

possível intervenção.

Dada a relevância do tema em conseqüência das exigências da qualidade

do ensino e do serviço prestado pelas instituições num ambiente de mercado

competitivo, e por ser a ergonomia uma ciência em prol da prevenção e combate a

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doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho como promotora da saúde e

da qualidade de vida no trabalho, e a escassez de pesquisas na área, a pesquisa

sobre as condicionantes ergonômica de conforto na sala de aula, precisa ser

ampliada e divulgada nas Universidades.

5.7 Recomendações

Considerando-se os resultados da presente pesquisa, recomenda-se que:

• O layout da sala de aula seja melhorado adotando-se o sistema de

sala ambiente permitindo a troca de sala de aula após cada aula; o

lugar ocupado pelos alunos em sala de aula seja controlado e

alternado durante cada dia de aula; a direção das cadeiras nas

laterais das salas seja voltada para a tarefa principal, melhorando a

visibilidade dos alunos em relação ao professor, quadro e meios

auxiliares de ensino; a localização da lousa não seja ao lado da porta

permitindo que os alunos entrem e saiam da sala sem desviar a

atenção dos demais; a visibilidade da tarefa seja melhorada com a

colocação de um piso em desnível nas salas de aula; os

equipamentos de ar condicionado sejam localizados em lados

opostos nas laterais das salas de aula para melhorar a circulação do

ar e a acústica da sala (perfume acústico); a densidade social

(quantidade de alunos por turma) não seja superior a 45 alunos.

• Seja aplicada cores mais claras e uniformes no ambiente das salas

da aula para auxilia na intensidade e economia da iluminação; seja

evitado cores com brilho excessivo para não causar reflexos e

ofuscamentos; seja colocado nas salas, plantas, decorações, murais

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com artigos científicos e trabalhos publicados pelos alunos em

congressos.

• As taxas de reverberação ambiental e os níveis de ruídos dos

equipamentos de ar-condicionado sejam mais baixos; o teto seja

rebaixado com material acústico que possibilita a passagem de

instalações elétricas, dutos de ar e canos ajudando no isolamento

térmico do ambiente e revestido por material absorvente de ruído

com Absorção da Faixa Oral (SRA) de no mínimo 0,80 e Classe de

Atenuação de Teto (CAT) 35 a 40; a manutenção das máquinas seja

regular (ar condicionado e equipamentos didáticos auxiliares); seja

feita uma substituição gradativa dos equipamentos de ar

condicionado por equipamentos mais modernos existentes no

mercado que emitem menor ruído ambiente por possuir a fonte

geradora de ruído afastada do equipamento de ar.

• Os reflexos e ofuscamentos sejam evitados com o emprego de telas

protetoras para difusão colocadas nas lâmpadas ou substituindo

superfícies lisas e polidas de mesas de trabalho e cores das paredes;

seja utilizado material adequado que possibilitem alto nível de

refletância da luz, auxiliando na claridade e conforto do ambiente

reduzindo os custos com a iluminação; seja evitado as oscilações

das lâmpadas fluorescentes através da alimentação por duas fases e

da colocação das lâmpadas sempre em pares.

• Seja regulada diariamente a temperatura dos equipamentos de ar

condicionado de acordo com a temperatura prevista nas normas

regulamentadoras, observando-se a estação do ano; seja instalado

circuladores de ar para melhorar a ventilação; as janelas sejam

abertas ocasionalmente para melhorar a troca de ar no ambiente.

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• Os professores e alunos sejam alertados através de uma ergonomia

de conscientização para as conseqüências futuras de uma má

postura e seja inserido um programa de ginástica laboral voltado

para os alunos durante o intervalo das aulas.

• O mobiliário (carteiras e cadeiras), seja substituído de maneira

gradativa por um mobiliário ergonômico, com encosto e assento

regulável e com estofamento que possibilite uma melhor percepção

de conforto, evitando dores e desconforto musculares nos alunos;

seja colocado um selim em cada sala de aula para aliviar a tensão

gerada sobre os membros inferiores dos professores.

• A localização e a posição física dos equipamentos didáticos

possibilitem uma boa visibilidade dos mesmos; a nitidez na leitura da

informação atenda as exigências de uma boa visibilidade; seja

observada a manutenção periódica dos equipamentos didáticos;

sejam colocados mecanismos de ajustes verticais nas laterais da

lousa, possibilitando a regulagem da sua altura na parede

respeitando as dimensões antropométricas adequada à altura de

cada professor.

• Os empresários, engenheiros e arquitetos atentem por ocasião da

construção ou locação dos imóveis das edificações escolares, os fins

a que se destina o imóvel, o que por diversas vezes é colocado a

margem, na maioria das vezes em detrimento ao fator econômico.

Entretanto caso a ergonomia de concepção seja esquecida, sugere-

se uma análise ergonômica do trabalho e a intervenção ergonômica

para a correção.

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5.8 Conclusão

O presente estudo contribuiu para a qualidade do serviço prestado por IES,

especificamente a rede privada de ensino superior, por ter averiguado a

importância das condicionantes ergonômicas de conforto do posto de atividade

discente e sua influência na percepção de conforto percebido pelos seus usuários.

O instrumento de pesquisa baseado nos Indicadores de percepção de

conforto com variáveis adequadas ao setor, permitiu analisar de forma sistêmica o

posto de atividade discente, visto que foram analisados as dimensões de Layout,

Cores, Conforto Acústico, Conforto Luminoso, Conforto Térmico, Postura,

Mobiliário e equipamentos Didáticos.Nas variáveis referentes ao conforto acústico, luminoso e térmico, mensuradas através dos

equipamentos, verificou-se que os valores registrados estão fora da zona de conforto considerada

ideal para um ambiente de sala de aula.

Com relação aos equipamentos didáticos conclui-se que a “Nitidez da

leitura”, pode ser melhorada por seus usuários, através de seleção das cores e

ajustes dos equipamentos. E que a Manutenção preventiva dos Equipamentos é

uma forte aliada para o seu bom funcionamento e desempenho.

Os resultados sugerem uma associação entre dores no Cotovelo, Pulso, Perna, Ombro, Costa

e Região Lombar, em alunos que trabalham, dores no Quadril e Joelho, em relação a quantidade de

horas trabalhadas; dores no Pulso, em relação a posição que se trabalha; dores na Região Lombar e

a posição que o aluno senta na cadeira da sala de aula; dores no Ombro, Região Lombar e Quadril

em relação as Posturas adotadas pelos alunos e dores na Nuca, Perna, Ombro, Costas, Região

Lombar, Quadril e Joelho em relação ao Mobiliário das salas de aula.

Finalmente, a pesquisa sugere que a aplicação aos alunos de um

instrumento de pesquisa baseado em condicionantes físicas (iluminação, acústica

e temperatura) e ergonômicas (layout, cores, postura, mobiliário e equipamentos

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didáticos) de conforto presentes no ambiente, proporciona resultados confiáveis

acerca da percepção de conforto dos usuários, na medida em que os resultados

obtidos convergem com os intervalos de conforto registrados através da medição

com os aparelhos. A utilização dos aparelhos é importante para averiguar as

condições físicas do ambiente imediatamente construído (ergonomia de

concepção) se estão de acordo com o projeto, enquanto que a coleta de dados

através de questionários permite obter com precisão suficiente as informações

acerca da percepção de conforto de um grupo de indivíduos em ambientes

ocupados, sendo útil para obter resultados confiáveis e sugerir se necessário uma

possível intervenção ergonômica.

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SCHATZ, J.E. Office aches and pains: why put up with them?: properposture, simple exercises and good equipament can help those in sedentaryjobs. Texas: Office Publications Inc.,1992.Senso da Educação 2004. Disponível em :<http://www1.folha.uol.com.br/folha/ educacao/ult305u16231.shtml>.Acesso em: 14 de outubro de 2004.SILVA, Francisco de Assis Gonçalves da. Conforto Ambiental,iluminação de interiores. João Pessoa/PB: União, 1992. 96p.SILVA, Fernanda Rosário, Ergonomia uma Necessidade Industrial outambém social. PPGEP/ Universidade Federal de Santa Catarina.Florianópolis, 2000.SILVA, Luiz Bueno; PEREIRA, Thalita Chistina B. Avaliação dasCondições de Conforto Ambiental em Salas de Aula Climatizadas.2002. 39p. Relatório Técnico Científico. Projeto de Pesquisa de IniciaçãoCientífica (PIBIC/CNPq) - Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa.SOARES, Felipe Cantório. Otimização do ensino de informática atravésda aplicação dos conceitos de ergonomia no ambiente físico: umestudo de caso. 1999. Dissertação (Mestrado em Ergonomia) - Cursotécnico de informática. CEFET-SC.SOUZA, Roberta Vieira Gonçalves. Ergonomia e Ambiente Construído:Uma análise dos parâmetros de conforto ambiental. Universidade Federalde Santa Catarina, 2001.TAVARES, Cláudia Régia Gomes. A Ergonomia e Suas ContribuiçõesPara o Processo de Ensino-Aprendizagem: Uma Análise das Salas deAula do CEFET/RN. 2000. 193f. Dissertação (Mestrado em Engenharia deProdução) - Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis.Trajetória da Mulher na Educação Brasileira, publicação do Inep/MEC eSPM. Disponível em:<http://www.inep.gov.br/estatisticas/trajetoria_mulher/default.htm>. Acessoem: 15 de abril de 2005.TESSLER, Jacques Starosta. Macroergonomia em Call Center deAmbiente Universitário. 2002. 129f. Dissertação (MestradoProfissionalizante em Engenharia) - Universidade Federal do Rio Grandedo Sul. Porto Alegre.THOMAS, Jerry R. ; NELSON Jack K. Métodos de Pesquisa emAtividade Física. Trad. Ricardo Petersen...[et al.]. – 3. ed. Porto Alegre:Artmed, 2002.TRIBASTONE, Francesco. Tratado de exercícios corretivos aplicados areeducação motora postural. 1. ed. São Paulo: Manole, 2001.VIDAL, Mário Cesar. Ergonomia na Empresa: útil, prática e aplicada. 2.ed. Rio de Janeiro: Virtual Científica, 2002.______. Guia para Análise Ergonômica do Trabalho: uma metodologiarealista, ordenada e sistematizada. Rio de Janeiro: Virtual Científica, 2003.VERGARA, Margarita; PAGE, Álvaro. Relationship between comfort andback posture and mobility in sitting-posture. ARTICLE, Departamentode Tecnología, Campus de Riu Sec, Universitat Jaume I, - Castellón, Spain.

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8

Instituto de Biomecánica de Valencia, Parque Tecnológico de Valencia,Spain, p.1-8, 2001.WADA, C.C.B.B. Saúde Determinante Básico do Desempenho. RevistaAlimentação e Nutrição, n. 56, p.36-38, 1990.WISNER, Alain. Por dentro do trabalho: Ergonomia: Método & Técnica.Tradução: Maria Gomide Vezza. são Paulo: FTD. Oboré, 1987. 190p.XAVIER, A.A.P. Condições de conforto térmico para estudantes de 2°grau na região de Florianópolis. 1999. 198f. Dissertação (Mestrado emEngenharia Civil) - Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis.______. Predição de conforto térmico em ambientes internos comatividade sedentária - Teoria física aliada a estudos de campo. 2000. 251f.Tese (Doutorado em Engenharia de Produção e Sistemas) - UniversidadeFederal de Santa Catarina. Florianópolis.ZANDVLIET, David B. ; STRAKER, Leon M. Physical and psychosocialaspects of the learning environment in information technology richclassrooms. Ergonomics Taylor & Francis, V. 44, n. 9, p. 838 – 857, jul.2001.

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Anexo I

Instrumento de Pesquisa

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Prezado(a) estudante,Como parte do Programa de Pós-Graduação do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, em nível de Mestrado, estamos desenvolvendo um trabalho de dissertação intitulado:ESTUDO ERGONÔMICO DO POSTO DE ATIVIDADE DISCENTE EM INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR. Assimsendo, é imprescindível o levantamento de dados para a realização dessa pesquisa, cuja finalidade é conhecermos melhoros aspectos ergonômicos das salas de aulas. Sua sala foi sorteada para fazer parte de uma amostra que envolve trêssalas de cada Unidade da Instituição. Pedimos sua colaboração e agradecemos antecipadamente sua atenção emresponder este questionário considerando suas opiniões pessoais. O questionário é anônimo e não há forma de identificaros respondentes. Por favor, assinale apenas uma das alternativas para cada afirmativa efetuada no questionário.

Atenciosamente:Prof. Valdemir Galvão de Carvalho <[email protected]>

Curso: _________________ Disciplina: _______________ Unidade: ________________ Sala: ____________

1. SOBRE SUA PRESENÇA NA FACULDADE

Durante as aulas em um mesmo dia, você muda de sala? Sim [ ] Não [ ]

Durante as aulas em um mesmo dia, você muda de lugar na sala? Sim [ ] Não [ ]

No desenho abaixo, marque um “X”, referente ao local que vocêocupa em sala de aula nesse momento.

No desenho abaixo, marque um “X”, no lugar quevocê sempre desejaria ocupar.

2. CONSIDERANDO UMA AULA NORMAL NO SEU POSTO DE TAREFA E O LUGAR ONDE VOCÊ SENTA, de acordocom a escala abaixo, como você avalia cada um dos seguintes aspectos:

COMO VOCÊ AVALIA CADA UM DOS SEGUINTES ASPECTOS Péssimo Ruim Regular Bom Excelente SemOpinião

Espaço entre as cadeiras necessário ao seu deslocamento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Distribuição do mobiliário na sala. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Visualização da posição física dos equipamentos didáticos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Posição da porta de entrada da sala de aula. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Quantidade de alunos na turma. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Espaço disponível para cada aluno na sala. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Espaço destinado ao professor. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Adequação do espaço para o conteúdo proposto na disciplina. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Utilização das cores para a transmissão da informação com recursosdidáticos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]

Reflexo das cores na superfície da mesa de tarefa. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Cor do lápis usado pelo professor para escrever no quadro. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Interpretação da escrita do professor no quadro. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Acústica da sala. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Comunicação da informação do professor ao aluno. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ] nterferência do barulho dos corredores. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Ruídos do Ar condicionado. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Iluminação da sala. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Quantidade de lâmpadas. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Posição das lâmpadas em ralação a tarefa. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Distribuição das lâmpadas pela sala. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Incidência de luz direta nos olhos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Reflexos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]

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Ofuscamento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Temperatura do ambiente. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Ventilação (circulação do ar na sala de aula). 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Quantidade de janelas. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Posição das janelas. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Posição dos equipamentos de ar condicionado. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Acomodação postural em função do mobiliário. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Acomodação postural em função dos recursos didáticos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Pausas durante a tarefa. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Conforto do assento das carteiras. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Conforto do apoio das costas na carteira. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Altura do assento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Altura da mesa de tarefa. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Inclinação da superfície da mesa de trabalho. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Espaço para colocação de materiais nas carteiras. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Espaço disponível para acomodação das pernas na carteira. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Manutenção dos Equipamentos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Atualização tecnológica dos equipamentos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]Nitidez da leitura nos equipamentos Didáticos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]

3. Marque um “X”, no desenho abaixo, onde geralmente você sente dores no corpo ocasionalmente ou freqüentemente.

4. Quando você está cansado durante a aula, qual das posições no assento costuma adotar?

[ ] [ ] [ ] [ ] [ ]

INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE VOCÊ:

5. Ano que está cursando? [ ] 1º Ano [ ] 2º Ano [ ] 3º Ano [ ] 4º Ano

6. Idade:______ Sexo: [ ] Masculino [ ] Feminino Quantos Filhos_____________

7. Faixa de Renda da Família mensal em R$ (soma de todas as rendas das pessoas que moram em sua casa): [ ]Até 520,00 [ ] 520,00 a 2.600,00 [ ] 2600,00 a 5200,00 [ ] 5.200,00 a 10.400,00 [ ] Mais de 10.400,00

8. Quantas pessoas moram na sua casa [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]4 [ ] 5 [ ] Mais de 5

9. Trabalha: Sim [ ] Não [ ] Caso Afirmativo Quantas horas/dia: 4 a 6 [ ] 6 a 8 [ ] Mais que 8 horas [ ]

10. Com relação ao trabalho distribua percentualmente o tempo que passa: Sentado [ ] Em pé [ ] Andando [ ]

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Anexo II

Mensurações das Condições Ergonômicas

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Mensuração das Condições Ergonômicas das salas de aula pesquisadas no período de 03 a 20 de Dez de 2004U

nida

des

Sala

s de

Aul

a

Ruí

doam

bien

te(d

B)

Ruí

do d

osEq

p (d

B)

Lux

Qua

nt. l

âmpa

das

Posi

ção

das

Lâm

pada

s

Dim

ensã

o

Cor

es

Apa

relh

os A

rC

ondi

cion

ado

Jane

las

Cur

so

Dis

cipl

ina

Qua

ntA

luno

s

Den

sida

deEs

paci

al

Tem

pera

tura

UR

A

Velo

cida

dedo

Ar

05 62,2 a 86,7 73,5 a 74,8 738 a 927 11 Pares 09 Paralelas02 Perpendicular 60m2 Branco 02 02 Adm Com Ext Contab

Custo 32 1,88 26,6 a 28,1 56,1 a 63,0 0,3 a 0,8

08 59,7 a 81,4 73,5 a 78,4 761 a 966 11 Pares 09 Paralelas02 Perpendicular 60m2 Branco 02 02 Secretariado

Executivo Psicol 24 2,50 25,8 a 26,6 59,8 a 65,4 0,2 a 05I

16 61,3 a 72,5 73,8 a 75,2 292 a 376 11 Isoladas 04 Paralelas07 Perpendicular 60m2 Branco e Azul 02 02 Adm Com Ext Adm Financ 48 1,25 26,2 a 26,6 62,4 a 68,1 0,3 a 0,8

22 63,8 a 70,8 73,4 a 76,7 139 a 329 03 Isoladas 03 Paralelas 40m2 Creme 02 01 Serviço Social Psicol 28 1,43 25,3 a 26,3 70,1 a 76,3 0,1 a 1,0

32 64,2 a 70,6 71,9 a 74,0 372 a 509 12 Isoladas 12 Perpendiculares 65m2 Creme 02 03 Serviço Social Psicol Aplic 17 3,82 24,0 a 25,7 68,7 a 71,1 0,1 a 0,3II

38 65,1 a 72,2 70,9 a 74,2 263 a 424 09 Isoladas 09 Perpendiculares 65m2 Branco gelo 02 03 Serviço Social FHTM III 23 2,83 27,1 a 27,3 69,1 a 71,3 0,1 a 0,6

43 66,1 a 71,8 69,7 a 71,9 259 a 543 09 Isoladas 09 Perpendiculares 60m2 Branco e Azul 02 02 Adm Com Ext ContabBásica 37 1,62 26,8 a 29,5 63,8 a 62,1 0,1 a 0,5

46 64,1 a 91,5 70,8 a 73,2 265 a 581 12 Isoladas 12 Paralelas 71m2 Branco e Azul 02 02 Adm Sist Infor Adm Financ 46 1,45 28,7 a 29,1 68,5 a 79,1 0,1 a 0,5III

48 59,9 a 71,2 69,6 a 70,5 323 a 561 12 Isoladas 12 Perpendiculares 60m2 Branco e Azul 02 02 Adm Sist Infor Adm Produç 35 1,71 25,0 a 26,3 41,6 a 42,7 0,1 a 0,3

Intervalos de Conforto Mensurados no Ambiente das Salas de Aula Pesquisadas X Normas Regulamentadoras

dB(A) Lux Quantidade deLâmpadas

Temperatura Umidade Relativa Velocidade do Ar Densidade Social

Ambiente Ar Cond Previsto Salas Previsto - Encontrada nasSalas

PrevistoNR 17

Encontrada nasSalas

PrevistoNR 17

Encontrada nasSalas

PrevistoNR 17

Encontrada nasSalas

Ideal

Mín 59,7 69,6 45 Mín 139 200 Mín 3 isoladas Min 24,0ºC 20ºC Mín 41,6% 40% Mín 0,1m/s 0,4m/s Mín 17 18Máx 91,5 78,4 55 Máx 966 750 Máx 11 em Pares Max 29,5ºC 24ºC Máx 79,1% 60% Máx 1,0m/s 0,75m/s Máx 48 40

Com o objetivo de confrontar os valores registrados pelos equipamentos com as normas reguladoras e a percepção de conforto acústico, luminoso e térmico percebido pelos alunos por ocasião daaplicação do questionário foram empregados na pesquisa os seguintes equipamentos:

1. Um decibelímetro modelo DL – 4050 PRO, na posição ‘A” que segundo o manual de instruções p. 04, afirma que essa é a posição que irá simular a curva de resposta do ouvido humano, sendo a posiçãoideal para medir o ruído do ambiente. E também foi usado na posição “C” que tenderá a uma curva de resposta plana, sendo a posição adequada para medir o ruído gerado por máquinas e equipamentos.

2. Um Luxímetro digital marca Instrutherm e modelo LD – 200, com foto detector de diodo de silício com filtro na escala de 1 a 2000 lux.3. Um Termohigroanemômetro marca Instrutherm e modelo THAR – 185. Para medir a temperatura ambiente, umidade relativa do ar e velocidade do ar no ambiente das salas de aula pesquisada.

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Anexo III

Análise Descritiva das Variáveis

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Y= 283

No

of o

bs

12,7%

87,3%

muda nao muda

Figura 01 - Mudança de sala de aula numa mesma jornada de atividades.

Y= 281

No

of o

bs

22,1%

77,9%

0 1 2 3

Figura 02 - Mudança de Lugar onde senta durante a mesma aula

y = 290

No

of o

bs

40,3%

8,3%9,7%

13,8%

27,9%

Adm Com . Secretar Turismo Servico Adm Sist

Figura 03 – Curso dos alunos pesquisados

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Y= 290

No

of o

bs11,0%

23,8%

32,4%

7,9%

12,8% 12,1%

Contab de CustosPsicolog

Adm FinFHTM

Contab BasicaAdm Prod

Figura 04 – Disciplinas ministradas nas salas de aulas pesquisadas

11%

8%

17%

10%

6%

8%

13%

16%

12%

Sala 5 Sala 8 Sala 16 Sala 22 Sala 32 Sala 38 Sala 43 Sala 46 Sala 48

Figura 05 – Salas de aula realizada a pesquisa

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As variáveis a seguir possuem um grau de importância de cada item em escala, paraavaliar os indicadores da presença da ergonomia no posto de atividade discente,obedecendo a seguinte escala:

Péssimo Ruim Regular Bom Excelente Sem Opinião0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 [ ]

1. LAYOUT y = 284 * 1 * normal (x; 6,37676; 2,428254)

LAYOUT1

No

of o

bs

3,2%1,8%

5,3%4,2% 3,9%

13,4%

8,5%

19,4%

25,7%

9,5%

5,3%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 06 - Espaço entre as cadeiras necessário ao deslocamento

y = 276 * 1 * normal (x; 6,11594; 2,3201)

LAYOUT2

No

of o

bs

2,5% 2,9%4,3% 4,7%

7,2%

11,2%

14,1%

21,4%

19,2%

10,5%

1,8%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 07 - Distribuição do mobiliário nas salas

y = 281 * 1 * normal (x; 6,185053; 2,34092)

LAYOUT3

No

of o

bs

1,8%

3,9% 4,3%

6,4%5,0%

8,9%

14,2%

20,6%

23,8%

8,5%

2,5%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 08 - Visualização da posição física dos equipamentos

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y = 286 * 1 * normal (x; 6,14685; 2,594077)

LAYUOT7

No

of o

bs

4,2%

2,4%

5,9%5,2%

4,5%

12,2%11,2%

18,2%19,2%

10,8%

5,9%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 09 - Espaço disponível para cada aluno na sala

y = 279 * 1 * normal (x; 7,17921; 2,16831)

LAYOUT8

No

of o

bs

1,8% 1,4% 1,4%

3,2% 2,9%

6,5%

8,2%

23,3%24,0%

16,8%

10,4%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 10 - Espaço destinado ao professor

y = 280 * 1 * normal (x; 6,639285; 2,07612)

LAYOUT9

No

of o

bs

2,1% 1,4% 1,8% 1,8%

5,7%

11,1%

14,6%

22,1%

25,4%

9,6%

4,3%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 11 - Adequação do espaço para o conteúdo proposto pela disciplina

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2. CORES

y = 264 * 1 * normal (x; 6,92803; 2,200615)

CORES4

No

of o

bs

2,7%1,1% 1,5%

2,7% 3,4%

7,6%

14,4%

22,3%20,8%

15,2%

8,3%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 12 – Reflexos das cores na superfície da mesa de trabalho

y = 279 * 1 * normal (x; 7,215053; 2,041913)

CORES5

No

of o

bs

1,1%1,8%

1,1% 1,4%

4,3%6,1%

10,0%

25,4%

21,1%

17,9%

9,7%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 13 – Cor do lápis usado pelo professor para escrever no quadro

y = 276 * 1 * normal (x; 6,833333; 2,014793)

CORES6

No

of o

bs

1,4% 1,1% 1,8%3,3% 3,3%

6,5%

19,9%

22,5%

20,7%

14,5%

5,1%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 14 – Interpretação da escrita do professor no quadro

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3. ACÚSTICA

y = 284 * 1 * normal (x; 6,049295; 2,623157)

ACUSTIC4

No

of o

bs

6,7%

1,1%1,8%

8,5%

6,0%

11,3%

15,5% 15,8%16,9%

9,9%

6,7%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 15 – Interferência do barulho dos corredores

4. ILUMINAÇÃO

y = 286 * 1 * normal (x; 7,16084; 2,277734)

ILUMINA1

No

of o

bs

2,4%1,0% 0,3%

4,2%3,5%

8,7% 8,7%

19,6%

22,7%

14,0%14,7%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 16 – Iluminação das salas de aula

y = 285 * 1 * normal (x; 7,185965; 2,189237)

ILUMINA2

No

of o

bs

1,4%2,5%

3,9%

5,6% 5,3%

10,2%

21,1%20,0%

16,8%

13,3%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 17 – Quantidade de lâmpadas das salas de aula

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y = 286 * 1 * normal (x; 7,03147; 2,277823)

ILUMINA3

No

of o

bs

2,1%

0,3%

2,1%3,1%

6,6%8,0%

10,1%

18,9%

21,3%

14,0%13,3%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 18 – Posição das lâmpadas em relação a tarefa

y = 289 * 1 * normal (x; 7,04498; 2,23639)

ILUMINA4

No

of o

bs

1,7%0,7%

1,4%2,8%

5,5%

11,8%11,1%

17,0%

20,4%

13,5%14,2%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 19 – Distribuição das lâmpadas pela sala de aula

5. TEMPERATURA

y = 275 * 1 * normal (x; 6,883636; 2,27352)

TEMPERA1

No

of o

bs

2,5% 2,2% 2,9% 2,2% 1,8%

7,3%

12,7%

21,5%

26,2%

13,1%

7,6%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 20 – Temperatura das salas de aulas

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y = 271 * 1 * normal (x; 6,369003; 2,48335)

TEMPERA3

No

of o

bs

4,1%

1,8%

3,7% 3,3%

10,0%

6,6%

9,2%

23,6%

20,7%

11,1%

5,9%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 21 – Quantidade de janelas

y = 270 * 1 * normal (x; 6,18889; 2,47918)

TEMPERA4

No

of o

bs

3,3%2,2%

4,4%5,9%

8,1%9,6% 10,0%

21,9%

18,9%

10,4%

5,2%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 22 – Posição das Janelas

6. POSTURA

y = 268 * 1 * normal (x; 5,4403; 2,841667)

POSTURA3

No

of o

bs 9,7%

4,1%5,2%

6,3% 6,3%

10,8%

13,1%

16,8%17,5%

6,3%

3,4%

0,4%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Figura 23 – Pausas durante a tarefa

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7. MOBILIÁRIO y = 278 * 1 * normal (x; 4,420863; 3,11266)

MOBILIA4

No

of o

bs

19,8%

5,0% 5,0%

10,4%

8,6% 9,0%

10,4%

12,2%

9,7%

6,8%

2,9%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 24 – Altura da mesa de tarefa

y = 272 * 1 * normal (x; 4,40809; 3,12926)

MOBILIA5

No

of o

bs

19,5%

5,9%

7,4%8,5%

5,9%

9,9%10,7%

12,5%

10,7%

7,0%

2,2%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 25 – Inclinação da superfície de trabalho

y = 278 * 1 * normal (x; 4,07194; 3,080485)

MOBILIA6

No

of o

bs

20,9%

6,5%

9,4%10,8%

4,7%

9,4%

11,9%

9,7%9,0%

6,1%

1,8%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 26 – Espaço destinado para a colocação de material escolar nas carteiras

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y = 276 * 1 * normal (x; 4,438405; 3,092485)

MOBILIA7

No

of o

bs

19,6%

6,2%

4,7%

8,7% 8,7%8,0%

11,6% 11,6%

13,8%

5,8%

1,4%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 27 – Espaço destinado para a acomodação das pernas nas carteiras

8. EQUIPAMENTOS DIDÁTICOS

y = 273 * 1 * normal (x; 5,48718; 2,69272)

EQPDIDT1

No

of o

bs

8,1%

4,8%3,7%

6,6% 6,2%

13,6%12,5%

19,8%

15,8%

6,6%

2,6%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 28 – Manutenção dos equipamentos didáticos

y = 270 * 1 * normal (x; 5,907407; 2,607313)

EQPDIDT2

No

of o

bs

4,8% 4,4%3,7%

7,0%

5,6%

8,5%

18,9%

14,4%

18,1%

11,1%

3,3%

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Figura 29 – atualização tecnológica dos equipamentos didáticos

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y = 273

No

of o

bs

4,0%

11,0% 10,6%

48,7%

25,6%

1 2 3 4 5

Figura 30 – Posição que os alunos sentam quando estão cansados

y = 285

No

of o

bs

21,8%

24,2%

30,9%

23,2%

1 2 3 4

Figura 31 – Ano do curso

y = 62

No

of o

bs

43,5%45,2%

6,5%

3,2%1,6%

0 1 2 3 4 5 6 7

Figura 32 – Quantidade de filhos

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y = 279

No

of o

bs

4,3%

15,8%

27,6%29,7%

16,1%

6,5%

1 2 3 4 5 > 5

Figura 33 – Quantidade de pessoas na família

y = 285

No

of o

bs

81,4%

18,6%

Trabalha Nao Trabalha

Figura 34 – Alunos que trabalham

y = 233

No

of o

bs

24,9%

54,5%

20,6%

4 a 6 h 6 a 8 h Mais que 8 h

Figura 34 – Horas de trabalho

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y = 230

No

of o

bs

68,7%

17,8%13,5%

Sentado Em Pe Andando

Figura 36 – Postura adotada durante o trabalho

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Anexo IVResultados da Análise de Cluster

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1. LAYOUT

Análise de VariânciaBetween Within signif.

SS df SS df F pLAYOUT1 374,66 1 1294,02 288 83,38 0,0000LAYOUT2 409,68 1 1070,60 288 110,20 0,0000LAYOUT3 295,88 1 1238,49 288 68,80 0,0000LAYOUT4 370,82 1 2179,12 288 49,01 0,0000LAYOUT5 1206,62 1 1452,84 288 239,19 0,0000LAYUOT6 729,07 1 1188,76 288 176,63 0,0000LAYOUT7 315,07 1 991,96 288 91,47 0,0000LAYOUT8 289,78 1 912,78 288 91,43 0,0000

Estatística Descritiva para cada ClusterCluster 1 (n = 89) Cluster 2 (n = 201)

Média DP Variância Média DP VariânciaLAYOUT1 4,67 2,63 6,94 LAYOUT1 7,13 1,85 3,41LAYOUT2 4,33 2,37 5,64 LAYOUT2 6,91 1,69 2,87LAYOUT3 4,67 2,60 6,78 LAYOUT3 6,85 1,79 3,20LAYOUT4 4,32 3,17 10,03 LAYOUT4 6,76 2,54 6,47LAYOUT5 2,67 2,50 6,27 LAYOUT6 7,09 2,12 4,50LAYUOT6 3,76 2,53 6,41 LAYUOT7 7,20 1,77 3,12LAYOUT7 5,61 2,49 6,24 LAYOUT8 7,87 1,49 2,21LAYOUT8 5,14 2,36 5,59 LAYOUT9 7,30 1,45 2,10

2. CORES

Análise de VariânciaBetween Within signif.

SS df SS df F pCORES1 477,62 1 893,38 288 153,97 0,0000CORES2 448,40 1 825,22 288 156,49 0,0000CORES3 372,05 1 787,04 288 136,14 0,0000CORES4 199,13 1 917,19 288 62,52 0,0000

Estatística Descritiva para cada ClusterCluster 1 (n = 89) Cluster 2 (n = 201)

Média DP Variância Média DP VariânciaCORES1 4,25 2,25 5,06 CORES1 7,03 1,49 2,23CORES2 5,05 2,22 4,96 CORES4 7,75 1,39 1,94CORES3 5,51 2,18 4,77 CORES5 7,96 1,35 1,83CORES4 5,58 1,98 3,92 CORES6 7,38 1,69 2,85

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3. ACUSTICA

Análise de VariânciaBetween Within signif.

SS df SS df F pACUSTIC1 1462,55 1 1335,86 288 315,31 0,0000ACUSTIC2 159,72 1 1246,81 288 36,89 0,0000ACUSTIC3 147,56 1 1799,74 288 23,61 0,0000ACUSTIC4 1485,40 1 1168,61 288 366,07 0,0000

Estatística Descritiva para cada ClusterCluster 1 (n = 151) Cluster 2 (n = 139)

Média DP Variância Média DP VariânciaACUSTIC1 1,45 1,87 3,49 ACUSTIC1 5,94 2,42 5,87ACUSTIC2 5,93 2,49 6,21 ACUSTIC3 7,41 1,50 2,27ACUSTIC3 5,36 2,90 8,43 ACUSTIC4 6,79 1,96 3,87ACUSTIC4 1,05 1,53 2,34 ACUSTIC5 5,58 2,43 5,92

4. ILUMINAÇÃO

Análise de VariânciaBetween Within signif.

SS df SS df F pILUMINA1 646,67 1 831,92 288 223,86 0,0000ILUMINA2 599,82 1 761,31 288 226,90 0,0000ILUMINA3 716,50 1 762,21 288 270,72 0,0000ILUMINA4 680,73 1 759,67 288 258,07 0,0000ILUMINA5 459,60 1 1088,06 288 121,65 0,0000ILUMINA6 502,97 1 1120,05 288 129,33 0,0000ILUMINA7 393,63 1 964,47 288 117,54 0,0000

Estatística Descritiva para cada ClusterCluster 1 (n = 103) Cluster 2 (n = 187)

Média DP Variância Média DP VariânciaILUMINA1 5,14 2,35 5,529993 ILUMINA1 8,26 1,20 1,44ILUMINA2 5,24 2,16 4,676407 ILUMINA2 8,25 1,23 1,52ILUMINA3 4,91 2,06 4,260888 ILUMINA3 8,19 1,32 1,76ILUMINA4 4,98 2,02 4,117265 ILUMINA4 8,18 1,35 1,82ILUMINA5 4,61 2,38 5,328716 ILUMINA5 7,24 1,71 2,92ILUMINA6 4,28 2,31 5,375547 ILUMINA6 7,03 1,75 3,07ILUMINA7 4,67 2,30 5,319026 ILUMINA7 7,10 1,50 2,26

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5. TEMPERATURA

Análise de VariânciaBetween Within signif.

SS df SS df F pTEMPERA1 335,15 1 1081,11 288 89,28 0,0000TEMPERA2 658,05 1 1056,50 288 179,38 0,0000TEMPERA3 671,95 1 993,14 288 194,85 0,0000TEMPERA4 812,24 1 841,11 288 278,11 0,0000TEMPERA5 990,84 1 1171,02 288 243,68 0,0000TEMPERA6 750,13 1 1294,63 288 166,87 0,0000

Estatística Descritiva para cada ClusterCluster 1 (n = 99) Cluster 2 (n = 191)

Média DP Variância Média DP VariânciaTEMPERA1 5,39 2,71 7,39 TEMPERA1 7,65 1,36 1,87TEMPERA2 4,49 2,62 6,90 TEMPERA2 7,67 1,41 1,99TEMPERA3 4,25 2,40 5,77 TEMPERA3 7,46 1,49 2,24TEMPERA4 3,86 2,07 4,29 TEMPERA4 7,39 1,48 2,21TEMPERA5 3,52 2,56 6,59 TEMPERA5 7,41 1,66 2,76TEMPERA6 3,19 2,49 6,21 TEMPERA6 6,58 1,90 3,61

6. POSTURA

Análise de VariânciaBetween Within signif.

SS df SS df F pPOSTURA1 1534,68 1 995,08 288 444,17 0,0000POSTURA2 1378,37 1 885,39 288 448,35 0,0000POSTURA3 674,26 1 1481,78 288 131,05 0,0000

Estatística Descritiva para cada ClusterCluster 1 (n = 115) Cluster 2 (n = 175)

Média DP Variância Média DP VariânciaPOSTURA1 1,79 1,86 3,47 POSTURA1 6,49 1,85 3,44POSTURA2 2,33 2,00 4,03 POSTURA2 6,79 1,56 2,44POSTURA3 3,55 2,83 8,02 POSTURA3 6,67 1,80 3,25

7. MOBILIÁRIO

Análise de VariânciaBetween Within signif.

SS df SS df F pMOBILIA1 1117,21 1 1347,60 288 238,76 0,0000MOBILIA2 1224,03 1 1263,92 288 278,91 0,0000MOBILIA3 1579,86 1 1055,69 288 430,99 0,0000MOBILIA4 1673,66 1 1010,09 288 477,19 0,0000MOBILIA5 1622,95 1 1030,75 288 453,46 0,0000MOBILIA6 1491,31 1 1137,24 288 377,66 0,0000MOBILIA7 1367,77 1 1262,18 288 312,09 0,0000

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Estatística Descritiva para cada ClusterCluster 1 (n = 159) Cluster 2 (n = 131)

Média DP Variância Média DP VariânciaMOBILIA1 4,80 2,54 6,49 MOBILIA1 0,86 1,57 2,47MOBILIA2 4,96 2,57 6,65 MOBILIA2 0,84 1,27 1,63MOBILIA3 6,29 1,97 3,90 MOBILIA3 1,60 1,83 3,37MOBILIA4 6,60 1,82 3,34 MOBILIA4 1,77 1,92 3,70MOBILIA5 6,55 1,85 3,42 MOBILIA5 1,80 1,94 3,76MOBILIA6 6,13 2,10 4,43 MOBILIA6 1,57 1,83 3,35MOBILIA7 6,40 1,92 3,69 MOBILIA7 2,04 2,28 5,21

8. EQUIPAMENTOS DIDÁTICOS

Análise de VariânciaBetween Within signif.

SS df SS df F pEQPDIDT1 1048,05 1 924,15 288 326,61 0,0000EQPDIDT2 1059,61 1 769,06 288 396,80 0,0000EQPDIDT3 896,55 1 849,43 288 303,97 0,0000

Estatística Descritiva para cada ClusterCluster 1 (n = 98) Cluster 2 (n = 192)

Média DP Variância Média DP VariânciaEQPDIDT1 2,82 2,04 4,20 EQPDIDT1 6,84 1,64 2,70EQPDIDT2 3,23 2,08 4,33 EQPDIDT2 7,27 1,35 1,82EQPDIDT3 3,64 2,18 4,76 EQPDIDT3 7,36 1,42 2,02

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Anexo VResultados do Teste Qui-quadrado

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1. Variáveis Dores associadas aos alunos que Trabalham

Tabela 1.1 - Freqüências observadas

Dor no CotoveloClusters Total

1 60 7 672 172 46 218

Total 232 53 285

Tabela 1.2 - Freqüências esperadas (p = 0,0499)

Dor no CotoveloClusters Total

1 55 12 672 177 41 218

Total 232 53 285

Tabela 1.3 - Freqüências observadas

Dor no PulsoClusters Total

1 72 9 812 160 44 204

Total 232 53 285

Tabela 1.4 - Freqüências esperadas (p = 0,0407)

Dor no PulsoClusters Total

1 66 15 812 166 38 204

Total 232 53 285

Tabela 1.5 - Freqüências observadas

Dor na PernaClusters Total

1 67 7 742 165 46 211

Total 232 53 285

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Tabela 1.6 - Freqüências esperadas (p = 0,0188)

Dor na PernaClusters Total

1 60 14 742 172 39 211

Total 232 53 285

Tabela 1.7 - Freqüências observadas

Dor no OmbroClusters Total

1 113 17 1302 119 36 155

Total 232 53 285

Tabela 1.8 - Freqüências esperadas (p = 0,0282)

Dor no OmbroClusters Total

1 106 24 1302 126 29 155

Total 232 53 285

Tabela 1.9 - Freqüências observadas

Dor na CostaClusters Total

1 146 24 1702 86 29 115

Total 232 53 285

Tabela 1.10 - Freqüências esperadas (p = 0,0181)

Dor na CostaClusters Total

1 138 32 1702 94 21 115

Total 232 53 285

Tabela 1.11 - Freqüências observadas

Dor na Região LombarClusters Sim Não Total

1 137 21 1582 95 32 127

Total 232 53 285

Tabela 1.12 - Freqüências esperadas (p = 0,0102)

Dor na Região LombarClusters Total

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1 129 29 1582 103 24 127

Total 232 53 285

2. Variáveis Dores associadas a Horas de Trabalho

Tabela 2.1 - Freqüências observadas

Dor no QuadrilClusters 4 a 6 h 8h Mais 8h Total

1 21 39 26 862 37 88 22 147

Total 58 127 48 233

Tabela 2.2 - Freqüências esperadas (p = 0,0161)

Dor no QuadrilClusters 4 a 6 h 8h Mais 8h Total

1 21 47 18 862 37 80 30 147

Total 58 127 48 233

Tabela 2.3 - Freqüências observadas

Dor no JoelhoClusters 4 a 6 h 8h Mais 8h Total

1 22 30 19 712 36 97 29 162

Total 58 127 48 233

Tabela 2.4 - Freqüências esperadas (p = 0,0446)

Dor no JoelhoClusters 4 a 6 h 8h Mais 8h Total

1 18 39 15 712 40 88 33 162

Total 58 127 48 233

3. Variáveis Dores associadas a Postura adotada durante o Trabalho

Tabela 3.1 - Freqüências observadas

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Dor no PulsoClusters Sentado Em Pé Andando Total

1 59 10 3 722 99 31 28 158

Total 158 41 31 230

Tabela 3.2 - Freqüências esperadas (p = 0,0057)

Dor no PulsoClusters Sentado Em Pé Andando Total

1 49 13 10 722 109 28 21 158

Total 158 41 31 230

4. Variáveis Dores associadas a Postura sentada quando cansado

Tabela 4.1 - Freqüências observadas

Dor na Região LombarClusters Total

1 84 34 1182 49 36 85

Total 133 70 203

Tabela 4.2 - Freqüências esperadas (p = 0,0452)

Dor na Região LombarClusters Total

1 77 41 1182 56 29 85

Total 133 70 203

5. Variáveis Dores associadas a acomodação Postural do aluno durante as aulas

Tabela 5.1 - Freqüências observadas

Dor no OmbroClusters Total

1 64 66 1302 51 109 160

Total 115 175 290

Tabela 5.2 - Freqüências esperadas (p = 0,0026)

Dor no OmbroClusters Total

1 52 78 130

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2 63 97 160Total 115 175 290

Tabela 5.3 - Freqüências observadas

Dor na Região LombarClusters Total

1 78 80 1582 37 95 132

Total 115 175 290

Tabela 5.4 - Freqüências esperadas (p = 0,0002)

Dor na Região LombarClusters Total

1 63 95 1582 52 80 132

Total 115 175 290

Tabela 5.5 - Freqüências observadas

Dor no QuadrilClusters Total

1 50 49 992 65 126 191

Total 115 175 290

Tabela 5.6 - Freqüências esperadas (p = 0,0065)

Dor no QuadrilClusters Total

1 39 60 992 76 115 191

Total 115 175 290

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6. Variáveis Dores associadas ao Mobiliário

Tabela 6.1 - Freqüências observadas

Dor na NucaClusters Total

1 79 91 1702 80 40 120

Total 159 131 290

Tabela 6.2 - Freqüências esperadas (p = 0,0006)

Dor na NucaClusters Total

1 93 77 1702 66 54 120

Total 159 131 290

Tabela 6.3 - Freqüências observadas

Dor na PernaClusters Total

1 33 41 742 126 90 216

Total 159 131 290

Tabela 6.4 - Freqüências esperadas (p = 0,0404)

Dor na PernaClusters Total

1 41 33 742 118 98 216

Total 159 131 290

Tabela 6.5 - Freqüências observadas

Dor no OmbroClusters Total

1 58 72 1302 101 59 160

Total 159 131 290

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Tabela 6.6 - Freqüências esperadas (p = 0,0016)

Dor no OmbroClusters Total

1 71 59 1302 88 72 160

Total 159 131 290

Tabela 6.7 - Freqüências observadas

Dor nas CostaClusters Total

1 85 85 1702 74 46 120

Total 159 131 290

Tabela 6.8 - Freqüências esperadas (p = 0,0492)

Dor nas CostaClusters Total

1 93 77 1702 66 54 120

Total 159 131 290

Tabela 6.9 - Freqüências observadas

Dor na Região LombarClusters Total

1 70 88 1582 89 43 132

Total 159 131 290

Tabela 6.10 - Freqüências esperadas (p = 0,0000)

Dor na Região LombarClusters Total

1 86,63 71,37 1582 72,37 59,63 132

Total 159 131 290

Tabela 6.11 - Freqüências observadas

Dor no QuadrilClusters Total

1 44 55 992 115 76 191

Total 159 131 290

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Tabela 6.12 - Freqüências esperadas (p = 0,0105)

Dor no QuadrilClusters Total

1 54 45 992 105 86 191

Total 159 131 290

Tabela 6.13 - Freqüências observadas

Dor no JoelhoClusters Total

1 39 46 852 120 85 205

Total 159 131 290

Tabela 6.14 - Freqüências esperadas (p = 0,0487)

Dor no JoelhoClusters Total

1 47 38 852 112 93 205

Total 159 131 290

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Anexo VIRelação de Fotografias

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LAYOUT

Foto 01 - Localização da porta de entrada da sala deaula ao lado da lousa (distrai a atenção por ocasião daentrada e saída dos aluno).

Foto 02 - Localização Ideal para a porta de entrada dasala de aula (por traz, não distrai a atenção do aluno emrelaçã a tarefa).

ILUMINAÇÃO

Foto 03 - Iluminação das salas de aula pesquisadas(inadequada, provocando reflexos na lousa).

Foto 04 - Iluminação ideal para salas de aula(luminárias perpendiculares a tarefa, distribuídas nosespaços entre as cadeiras e com telas protetoras paradifusão).

POSTURA

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Foto 05 – Aluno em postura sentada em apoio ísquio-sacral, provocada pelo desconforto de um mobiliárioinadequado (tronco apoiado no encosto da cadeira,pelve em retroversão, lordose lombar retificada e cifosedorsal exagerada).

Foto 06 – Os alunos que sentam nas cadeiras lateraisdas salas de aula ficam mal posicionados em relação atarefa proposta pela atividade (lousa, professor erecursos didáticos).

MOBILIÁRIO

Foto 07 – O mobiliário das salas de aula pesquisada,(não permitem regulagens dimensionais e não possuemestofamentos). A localização dos equipamentos de arcondicionado não é ideal para a circulação do ar e doperfume acústico. As luminárias estão distribuídasparalelamente a lousa e sobre as cadeiras, provocandosombras, reflexos e incidência direta de luz sobre osolhos.

Foto 08 - A posição fixa da lousa não permiteregulagens antropométricas para os professores, quesão obrigados a escrever acima ou abaixo da linha dosombros, dificultando a visibilidade dos alunos emrelação à tarefa.