Estudo Orientado de Termo - Fototerapia

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    Estudo Orientado de Termo-Fototerapia Prof. A.Carlos T. Lucena Universidade Federal dePernambuco

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    Estudo Orientado deTermo-fototerapia

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    ANTONIO CARLOS TAVARES DE LUCENA

    Professor de Eletro-Termo-Fototerapia do Curso de Fisioterapia do Departamento deFisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco

    Especialista em Administrao de Servios de Sade pelo Instituto Nacional deAdministrao para o Desenvolvimento em Convnio com a Universidade Federal dePernambuco

    Especialista em Educao para a rea de Sade pela Universidade Federal do Rio deJaneiro

    Mestre em Engenharia Biomdica pelo Departamento de Biofsica e Radiobiologiada Universidade Federal de Pernambuco

    Autor dos Livros Eletroterapia(1990), Hiper e Hipo Termoterapia (1991) e Fisioterapiana Paralisia Facial Perifrica (1993) - Editora Lovise Cientfica So Paulo

    Cursos de Eletrnica e Eletrotcnica pela Escola Tcnica Federal de Pernambuco

    Doutor em Biocincias Nucleares pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ

    Lder do grupo de pesquisas do NECEM Ncleo de Estudos dos Campos Eletromagnticos UFPE/CNPq

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    ESTUDO ORIENTADO DE TERMO-FOTOTERAPIA

    Bases fisiolgicas, mtodos e tcnicas da Termoterapia

    Bases fisiolgicas, mtodos e tcnicas da termoterapia

    001. Como podemos definir a Termoterapia ?

    A Termoterapia uma atividade fisioterpica que utiliza os agentestrmicos com finalidades teraputicas, interferindo nos processos dolorosos,traumticos, inflamatrios e miotnicos, atenuando ou erradicando seus efeitosdeletrios.

    002. Por que h necessidade de se manter o corpo humano aquecido?

    As reaes bioqumicas so mediadas por enzimas, cuja ao depende deum gradiente determinado de temperatura, sem o qual, seus efeitos no se doou se do de forma insatisfatria.

    Dica: A ao enzimtica se processa dentro de umafaixa de temperatura rigidamente controlada pelo

    organismo. Se a temperatura for reduzida, a reao setorna lenta, podendo at ser interrompida; o caso dahipotermia provocada nas grandes cirurgias, para se evitargrandes perdas de sangue ou grandes necessidades deoxignio. Quando a temperatura do organismo aumentada, as aes enzimticas so incrementadas e ometabolismo fica acelerado; mais trabalho produzido emaior quantidade de energia proporcionada. No entanto,aps um determinado nvel de temperatura, as enzimas,que so protenas, comeam a ser degradados de maneirairreversvel. Embora a parte externa do corpo possa sersubmetida a grandes variaes de temperatura, o interiordo crebro no suporta aumento de temperatura acima de

    4oC, o que j pode comear a provocar degenerao dotecido nervoso. por isso que, quando uma criana estfebril, com temperatura de 40 a 41oC, j se inicia umagrande possibilidade de desenvolver convulses e focosepilpticos.

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    energia qumica livre ou energia disponvel para a realizao de trabalho, maisgs carbnico e gua. (C6H12O6 + 6 O2 -------> 6 CO2 + 6 H2O - G

    o) que iguala 686 kCal. Mol-1. (Go = reduo na energia total disponvel para realizartrabalho). Dois outros mecanismos utilizados pelo organismo para elevar atemperatura so: os calafrios, tambm chamados de termognese mecnica e a

    febre. Os calafrios so contraes musculares clnicas, que ocorrem porestmulos disparados pelo sistema nervoso central, quando a temperaturacorporal precisa ser elevada (aps exerccios muito vigorosos, estados gripais,etc). As contraes vigorosas e repetitivas dos msculos geram um aporte extrade calor, o qual ser utilizado nas reaes enzimticas. A febre, condio dehipertermia, ocorre quando o organismo registra um estado de inflamao ouinfeco no organismo. O aumento de temperatura acelera as reaesenzimticas para a produo de anticorpos.

    006. Quais so os mecanismos termognicos artificiais?

    Para se aumentar a temperatura do corpo artificialmente, podemos lanarmo dos exerccios fsicos, das comidas e bebidas hipercalricas, dos agasalhosou incrementar a temperatura ambiente atravs de aquecedores.

    Dica: Nas regies frias, o chocolate quente umafonte bastante eficiente e saborosa de calorias. Seucontedo rico em acares e gordura proporciona umgrande aporte de calorias. A ingesto de bebidasalcolicas fornece o que se chama de falsa caloria jque elas, na realidade, no agregam ao organismo umaporte de energia e ajudam a queimar o suprimentoexistente no corpo.

    007. Quais so os mecanismos termolticos naturais?

    So em maior nmero os mecanismos termolticos do que os termognicosj que, um aumento muito acentuado de temperatura, pode lesionarirreversivelmente o sistema nervoso. So eles: a irradiao, que responsvelpor 60% da perda calrica do corpo humano. A sudorese (transpirao eperspirao), a respirao, a mico e a defecao.

    Dica: Nas regies de temperatura elevada deve-sepreferir os alimentos menos ricos em acares e gorduras.

    As dietas devem priv ilegiar as verduras, legumes e carnesmagras como aves (sem pele) e peixes de escamas. Deve-se tambm ingerir grande quantidade de lquidos emforma de gua pura ou sucos naturais, se possvel, semacar.

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    tato ou o termmetro que as pessoas esto emitindo calor, tambm possvel,utilizando-se um filme sensvel ao infravermelho ou sensores pticos especiais,detetar os corpos que emitem calor, por menor que seja sua temperatura. Asroupas, ao contrrio do que muita gente pensa, no aquecem o corpo, elasapenas impedem que a radiao infravermelha se dissipe para o exterior,

    formando dentro da roupa, um verdadeiro efeito estufa.

    013. Quais so os mecanismos termolticos artificiais?

    Os mecanismos termolticos artificiais so as bebidas e comidas hipocalricas, as roupas frescas, os banhos frios e o ar refrigerado.

    Dica: Se voc utiliza condicionador de ar, mantenhaseu filtro limpo, caso contrrio ele pode se transformarnuma importante fonte de fungos e bactrias que so

    lanados no ambiente. Se voc usa lentes de contato,lembre-se, como o condicionador de ar retira a umidadedo ambiente, ele resseca as lentes de contato gelatinosas,irritando os olhos. Alguns pacientes com patologiasrespiratrias, principalmente os asmticos, que ficam comas vias respiratrias bastante secas e com dificuldade deexpelir as secrees, no se do bem em ar refrigerado.Fique atento para qualquer exacerbao da patologia.

    014. De que forma a corrente sangunea influencia no controle trmico do corpo?

    Quando estamos submetidos a um grande calor, a circulao perifrica

    sofre uma vasodilatao e um maior volume de sangue circula pela periferia. Acirculao mais superficial troca calor com o meio externo. Logo, quando o corpoest submetido a um grande aumento de calor, no caso da febre, por exemplo, apessoa fica mais vermelha, isto significa que mais sangue est circulando pelaperiferia e, em conseqncia haver mais perda de calor para o exterior. Deveficar claro que uma vasodilatao perifrica acarreta uma vasoconstricoprofunda, a fim de ser mantida a presso arterial, privando os rgos nobres (rins,corao e crebro) do sangue necessrio para o seu funcionamento, podendoinclusive, haver uma sncope, onde o paciente desmaia ficando na posiohorizontal, o que facilita a irrigao cerebral (mais uma atitude inteligente danatureza).

    No caso do corpo submetido a uma baixa temperatura, ele para preservarseu aporte calrico, provoca uma vasoconstrico perifrica, impedindo que osangue perca calor para o exterior. Devemos lembrar que esta tambm umasituao ruim para o corao j que ele tambm tem a funo de aquecer a pelee, diante de uma vasoconstrico, a resistncia perifrica ao fluxo aumenta e ocorao ter que vencer essa resistncia, executando um trabalho maisextenuante.

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    diminuio da frao lquida do sangue. O aumento dos elementos figuradospode se dar pela maior produo de hemcias, leuccitos ou plaquetas. Oaumento de hemcias ocorre quando h uma necessidade de captar maisoxignio. Podemos notar esse quadro em algumas patologias que provoquem ainsuficincia respiratria, como o enfisema pulmonar, por exemplo, ou quando a

    pessoa muda de uma altitude menor para uma altitude maior. O aumento deleuccitos pode ser surpreendido nos quadros infecciosos, quando as clulas dedefesa so mais solicitadas. O aumento das plaquetas ou sua agregao pode sedar por vrios fatores, como a alterao da bioqumica do sangue, o hbito defumar e o uso de anovulatrios, dentre outros. A deficincia da retirada dasclulas velhas da corrente sangunea pelo fgado e pelo bao tambm podeinterferir na densidade do sangue.

    017. Quais as causas da diminuio da luz vascular e, em consequncia, doaumento do trabalho cardaco?

    A luz vascular pode diminuir por agregao de substncia s suas paredesou pelo endurecimento das mesmas, provocando a perda de sua elasticidade.O aumento do colesterol na corrente sangunea, principalmente o LDL ou

    gordura de baixa densidade, provoca o aparecimento de placas de ateromas quese fixam parede vascular, causando a aterosclerose. O envelhecimentobiolgico, o fumo e o lcool, tambm podem contribuir para a perda daelasticidade dos vasos. Fatores emocionais, atravs da liberao de hormnios(adrenrgicos - adrenalina e noradrenalina) tambm podem ser causadores deespasmos vasculares, levando a vasoconstrico, enquanto o hormniocolinrgico (acetilcolina) leva a vasodilatao. A ao da baixa temperaturatambm determina a diminuio da luz vascular atravs de uma vasoconstrico.

    Dica: Dois termos tm sido utilizados como sinnimospor alguns profissionais da sade: aterosclerose earteriosclerose e ambos referem-se a diminuio da luzvascular. Outros profissionais preferem reservar o termoarteriosclerose para o endurecimento das paredes dosvasos com consequente perda de sua elasticidade, fatobastante encontrado nos pacientes de idade avanada. Otermo aterosclerose estaria reservado para a diminuioda luz vascular em funo da agregao de placas deateromas (lipdios). Lembramos que, estudos procedidosnos Estados Unidos atravs da necropsia de um nmero

    elevado de soldados mortos nas guerras da Koria e doVietnam, demonstraram que as pessoas podem j nascercom sinais de aterosclerose em desenvolv imento e quefatores hereditrios, metablicos e hbitos de alimentaopoderiam maximizar o quadro.

    018. O que vem a ser Dbito Cardaco (Q)?

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    O dbito cardaco (Q) a quantidade de sangue ejetado na principalartria, por cada ventrculo, geralmente expresso em litros por minuto. O dbitocardaco igual a Q = F.C x V.E.SF.C = freqncia cardacaV.E.S = Volume de Ejeo Sistlica

    019. De que forma a frequncia cardaca alterada?

    Para manter o dbito cardaco o corao trabalha com o produto de duasvariveis. Uma delas a frequncia cardaca (FC) e a outra, o volume de ejeosistlica (VES). Quando o volume de ejeo sistlica, que a quantidade desangue ejetada pelo corao a cada sstole, se torna insuficiente para asnecessidades do momento (um exerccio, por exemplo), o sistema nervosoautnomo aumenta a freqncia cardaca atravs dos hormnios adrenrgicos,adrenalina e noradrenalina, que so chamados de catecolaminas, de tal modoque, no podendo aumentar a quantidade de sangue que ejetada pelo coraode cada vez, j que seria preciso aumentar a fora de contrao muscular e istos se d aps meses de treinamento, ele aumenta o nmero de vezes em que ofato ocorre (frequncia). Se existir necessidade de diminuir a frequncia cardaca,o Sistema Nervoso Central autoriza a descarga de hormnio colinrgico - aacetilcolina. Evidentemente existem limites para esse controle. Um aumentoexagerado da frequncia cardaca leva o corao a fibrilao e,consequentemente, ao bito do paciente.

    020. De que forma podemos aumentar o Volume de Ejeo Sistlica?A quantidade de sangue ejetado pelos ventrculos durante cada sstole

    representa o Volume de Ejeo Sistlica e ele diretamente dependente dacapacidade do ventrculo em receber o sangue e a tenso desenvolvida por suamusculatura para expel-lo. O fisioterapeuta consegue aumentar a capacidade,notadamente do ventrculo esquerdo, atravs de exerccios especializadosaplicados durante um longo programa de tratamento. Antigamente pensava-seque o maior benefcio dos exerccios, seria o aumento da rede de irrigaocolateral; hoje se sabe que a hipertrofia do miocrdio esquerdo a principal metaa ser alcanada. Quando uma pessoa descondicionada fisicamente, ou seja,

    aquela que no pratica exerccios regularmente, quer seja obedecendo a umaprogramao traada previamente ou desenvolvendo suas atividades de trabalhoou de lazer, sobe escadas ou tenta executar um trabalho mais pesado do quehabitualmente est acostumada, sua freqncia cardaca aumentada a fim demanter o dbito cardaco solicitado pelo esforo extra. O tempo levado para que afreqncia volte aos nveis normais, utilizado como um dos parmetros para seavaliar o grau de condicionamento crdiorrespiratrio.

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    proporcionar ao paciente um calor seco em uma grande rea corporal de maneirasuperficial. Tem indicao nos casos de contraturas musculares e mialgias. Ocalor superficial provoca um estado de relaxamento da musculatura e umavasodilatao que, de forma indireta, combate a tenso muscular do paciente,proporcionando um efeito sedante. Tem contra-indicao relativa nos casos

    febris, varicosos, micticos, edematosos e de feridas que possam sangrar.

    023. Qual a tcnica de aplicao do Forno de Bier ?

    Quando o Forno de Bier dispe de termostato, ajustamo-lo de tal formaque, atravs de um termmetro possamos aferir, dentro do mesmo, umatemperatura de 45oC. A regio a ser aplicada desnudada e colocada dentro doForno. Com um cobertor grosso, cobrimos o Forno para que o calor no sedissipe para o exterior.

    Verifica-se na prtica que, para a maioria dos pacientes, 20 minutos umtempo razovel para a aplicao. No devemos nos esquecer dasindividualidades dos pacientes; uns podem ser mais sensveis do que outros,exigindo uma adaptao dos valores previamente estabelecidos. Cuidadosespeciais devem merecer os hansenianos, idosos e crianas.

    Quando o Forno de Bier no dispe de termostato, o fisioterapeuta deverumedecer uma toalha felpuda e colocar sobre a regio a ser aplicada. O Forno ligado durante 15 minutos e depois desligado, ficando o paciente ainda submetido ao do calor que foi acumulado pela toalha, por mais 15 minutos.

    A gua que proporcionou a possibilidade de acumular uma grandequantidade de calor atravs do seu calor especfico; o mesmo no aconteceria

    com uma toalha seca. Quadros de contraturas e mialgias so beneficiados comeste tratamento.

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    do outro, verificar a presena de um quadro inflamatrio, pelo aumento datemperatura local.

    041. Qual deve ser a postura do fisioterapeuta diante de um quadro inflamatrio?

    Devemos lembrar que a inflamao uma reao do organismo a umaagresso tecidual e que consiste nas primeiras manifestaes de reparao dodano causado. Quando ns interferimos no sentido de combater a inflamaopodemos estar retardando os mecanismos naturais de reparao. No entanto,algumas vezes, o quadro inflamatrio to intenso e desgastante para o pacienteque se admite uma interferncia no sentido de debel-lo. O posicionamento dofisioterapeuta deve ser de tal ordem que vise uma ao reparadora mais rpidacom um mnimo de desconforto para o paciente. A dor o principal sintoma a serdebelado; o que se consegue com a Crioterapia.

    042. O que um edema?

    O edema, como j se falou anteriormente, pode ser definido como umaquantidade anormal de lquido no espao intersticial. O lquido pode passar dosvasos para o interstcio por vrios motivos: diminuio da presso onctica,quando a quantidade de protenas insuficiente para manter o lquido dentro dosvasos; aumento da presso hidrosttica, quando muito maior dentro dos vasosdo que no interstcio; alterao da presso osmtica, por diferena nos gradientesde eletrlitos; rompimento dos capilares e pequenos vasos e aumento dapermeabilidade dos vasos em funo da liberao da histamina.

    043. Quais os fatores que podem ser causadores de edemas?

    Uma pia quando est transbordando, ou est recebendo mais gua do quesua capacidade de cont-la ou o ralo insuficiente para a drenagem da mesma.Com o corpo acontece coisa semelhante. Diante de um traumatismo fechado,pequenos vasos so rompidos, levando ao espao intersticial o plasma e/ouelementos figurados do sangue.

    Para que o plasma seja contido dentro dos vasos temos que ter umaequilibrada presso onctica, osmtica e hidrosttica. O desequilbrio pode ser dadiminuio de protenas na corrente sangunea, do aumento da presso arterialou da obstruo da rede de drenagem. O edema pode aparecer tambm semruptura dos vasos, como no caso da filariose, onde os parasitos obstruem a redelinftica, aumentando muito a presso hidrosttica dentro dos vasos linfticos oupor deficincia da circulao de retorno.

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    gua e medimos seu volume. A diferena para mais, da segunda medio nos da exata proporo do edema e nos orienta at quando devemos tratar o paciente.

    Dica: Quando o edema acomete os dois membrosinferiores, indistintamente, e nos impede de efetuar umexame comparativo, lanamos mo do sinal de cacifoqueconsiste em se promover uma presso digi tal e verificar apresena de uma mossa. O desaparecimento visual dosmalolos laterais tambm pode nos mostrar o grau deedema.

    046. Quais as tcnicas fisioteraputicas de reduo dos edemas?

    A fisioterapia dispe de meios bastante eficazes, tanto para prevenir osedemas como para reduz-los. Na preveno lanamos mo das atitudesposturais antigravitacionais e a crioterapia livre ou compressiva, onde o geloprovoca uma vasoconstrico aliada compresso que proporciona um aumento

    artificial da presso hidrosttica externa, mantendo o lquido dentro dos vasos.Quando o edema j est instalado, na fase de edema mole e sem

    apresentar um quadro doloroso, podemos utilizar uma das seguintes tcnicas, jreferidas: massoterapia, cinesioterapia, tcnica de Ratchow-Buerger, Manobra deVan Der Mollen, tcnica da eletroendosmose, meias elsticas de compresso,banhos de contraste e atividade orientadas da vida diria (AVD) e da vidaprofissional (AVP).

    Massoterapia: Com o paciente deitado confortavelmente, com a pernaelevada e apoiada sobre uma almofada, procedemos massoterapia superficial,utilizando leo mineral ou soluo hidratante, sempre no sentido da circulao deretorno e de maneira suave. Aps alguns minutos, passamos a umamassoterapia mais profunda, tendo o cuidado de, precocemente, ter procedido aoesvaziamento dos plexos iguinal e poplteo. A presena de varizes trombosadas uma contra-indicao absoluta para este procedimento fisioteraputico, pois odeslocamento de um mbolo poder causar uma tromboembolia ao nvel depulmes ou crebro.

    Cinesioterapia: Exerccios de Ratchow-Buerger: o paciente, deitado emdecbito dorsal, eleva a perna em torno de 70o ou 80o, e executa todos osmovimentos da articulao do tornozelo (rotao interna, externa, flexo,extenso, inverso e everso), por 10 vezes, e depois volta posio horizontal,repetindo o exerccio diversas vezes, de acordo com suas possibilidades

    circulatrias.Tcnica de Van Der Mollen: Dois fisioterapeutas, um segura a pernaestendida do paciente, num ngulo de 45ocom o leito e o outro com uma faixaelstica e de maneira no muito vigorosa, enfaixa a perna do paciente,comeando no p e terminando na coxa (aps a massoterapia). Depois de 3minutos, a faixa retirada tambm no sentido centrpeto.

    A tcnica pode ser repetida por trs vezes. Na ltima vez, quando a faixaestiver sendo retirada, aps o tornozelo, o fisioterapeuta comear a colocar a

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    pela faixa elstica com grande sucesso. Hoje, a tcnica largamente utilizada pela fisioterapia. Cada quadro clnicovai determinar o tratamento mais apropriado.Evidentemente no vamos utilizar todas as tcnicasconhecidas em um s paciente. Imagine-se um pacientecom uma ferida num membro edemaciado; s este fato j

    limitaria uma srie de tratamentos.

    047. Quais as atividades da vida diria (AVDs) e atividades da vida profissional(AVPs) que devem ser indicadas ao paciente?

    O paciente no deve ficar durante muito tempo em p ou sentado; deveprocurar uma mudana constante de posio. O paciente deve ser incentivado ausar calados de solado macio e com pequeno salto (2 cm), fazer caminhadas naareia e adotar, vez por outra, uma posio anti-gravitacional (deitar com aspernas elevadas em relao ao corpo), para facilitar a circulao de retorno.

    Dica: Para se evitar os edemas de estase, a vida dopaciente tem que ser investigada pelo fisioterapeuta: emque ele trabalha, de que forma, por quanto tempo. Sassim ser possvel determinar o comportamento a serseguido nas atividades da vida diria ou da vidaprofissional.

    048. O que vem a ser crioterapia?.

    A crioterapia a tcnica fisioteraputica baseada na aplicao de agentesfrios (gelo, neve carbnica, gua gelada, bolsas com substncias a baixastemperaturas, spray congelante etc), com intenes teraputicas. Nostraumatismos agudos, a crioterapia tem um papel preponderante. A queda datemperatura no local do traumatismo diminui o metabolismo, retardando oprocesso de despolarizao das terminaes nervosas e com isto, inibindo asfibras aferentes sensitivas, que ficam impossibilitadas de transmitir o estmulodoloroso. Ao mesmo tempo, o processo vasoconstrictivo provocado, impede oextravasamento do plasma para o espao intersticial, evitando ou diminuindo aintensidade do edema. J na fase crnica, as imerses dos membros em guagelada, ou em gua gelada e quente alternadamente (banho de contraste), ajuda

    no processo de deslocamento de lquidos localizados. A neurofisioterapia tem umvaloroso auxiliar na crioterapia, pois ela capaz de inibir os processos espsticosadvindos de patologias do sistema nervoso, mesmo que seja apenas durante asatividades de relaxamento e emprego de tcnicas teraputicas.

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    049. Quais so os efeitos fisiolgicos provocados pelas baixas temperaturas nopaciente?

    Os efeitos fisiolgicos provocados pela crioterapia so: vasoconstrico,

    aumento do limiar da sensibilidade dor, diminuio do consumo de oxigniopelos tecidos, aumento da tonicidade celular, aumento da densidade do sangue eda agregao plaquetria.

    050. Como determinado o efeito analgsico pela crioterapia?

    Com aplicao do frio na regio a ser tratada, vamos ter dois efeitos queocorrem concomitantemente: 1) diminuio na velocidade de reao enzimtica.2) diminuio do fluxo sanguneo local.

    Esses dois fatores acarretam uma maior dificuldade no processo dedespolarizao da clula nervosa aferente e, consequentemente, na formao do

    potencial de ao que desencadeia o fenmeno da dor.

    051. Como podemos testar a reao do paciente aplicao crioteraputica ?

    Passa-se na face interna do antebrao ou em outra regio sensvel docorpo, uma pedra de gelo durante 10 segundos, em movimentos circulares eobserva-se se houve uma reao reflexa, traduzida pelo aparecimento de umazona hiperemiada (avermelhada) consequente liberao de histamina. Apresena da hiperemia garantia de que o paciente reage favoravelmente crioterapia. No entanto, uma reao exagerada, com um grande aumento notempo de desaparecimento da hiperemia, aparecimento de placas e prurido

    (coceira) nos d uma indicao de uma reao alrgica. Nestes casos devemosficar atentos e monitorar, dentro das possibilidades, as aplicaescrioteraputicas.

    052. Quais as tcnicas de aplicao da crioterapia ?

    A crioterapia pode ser aplicada atravs de panquecas de gelo (gelo picadocolocados em um saco plstico e embrulhado em uma toalha), envelopesplsticos contendo silicone previamente congelado, bolsas de gelo ou jatos deneve carbnica ou medicamentos com propelentes congelantes. De uma maneirageral e dependendo de uma correta avaliao do traumatismo, se no houvefraturas ou rupturas de ligamentos, cpsulas ou meniscos (que podem levar opaciente a uma indicao cirrgica), a crioterapia pode ser programada paraaplicaes de 2-2 horas, com durao de 20 minutos, durante o tempo necessriopara a reduo do quadro inflamatrio agudo.

    053. Conceitue Ondas curtas.

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    Chamamos de ondas curtas s emisses eletromagnticas, cujafrequncia encontra-se na faixa dos Megahertz (milhes de ciclos por segundo).O aparelho de ondas curtas utilizados na fisioterapia emite radiao na faixa de27 MHz, dando, por conseguinte um comprimento de onda () de 11 metros. Asemisses eletromagnticas dentro desta faixa de frequncia tm grande parte de

    sua energia transformada em calor que ser absorvida pelo corpo humano. Estenovo aporte de energia capaz de incrementar a produo de ATP por parte doorganismo e, em consequncia, aumentar seu metabolismo de maneira generosanos processos cicatriciais, antiinflamatrios e analgsicos. As ondas curtas porsua grande penetrao so capazes de atuar nos estratos mais profundos dostecidos, notadamente no interior das articulaes, onde outros agentes no teriamtanta eficcia.

    A ao trmica das ondas curtas e das micro-ondas advm da excitaodos spins do tomo de hidrognio presente na molcula da gua. Quando elesrecebem a energia eletromagntica, mudam sua direo. Quando a energiacessa, eles voltam a sua posio inicial, liberando a energia trmica,

    Deve-se ter o cuidado de no aplic-lo em locais do corpo onde foramfeitos implantes metlicos (osteosnteses), pois, em virtude da grande permenciaoferecida pelos metais s ondas eletromagnticas, as molculas dos metais vosofrer um grande aumento em sua cintica molecular, provocando umsobreaquecimento que poder danificar o peristeo onde o metal est implantado.O levantamento criterioso da histria do paciente e o preenchimento cuidadoso doProtocolo de Atendimento ajudaro a evitar transtornos por ocasio da aplicaode ondas curtas.

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    Dica: Quando correntes de alta frequncia soaplicadas por meio de materiais no polares ocorre poucaperda de energia na forma de calor. Isso explica porque osenvoltrios plsticos dos eletrodos de ondas curtas noficam quentes; nem o isolamento dos fios, nem o espaode ar que h entre o eletrodo e o paciente. A fora

    oscilatria passa prontamente por esses isoladores. Essascorrentes recebem o nome de correntes dieltricas.

    059. Quais as contra-indicaes das ondas curtas?

    As contra-indicaes das ondas curtas so mais evidentes em presenade implantes metlicos (osteosnteses) ou marca-passos cardacos de demanda,tero grvido e zona cardaca. O mais, o cuidado durante a aplicao emtermos de dosagem e tcnica, coisas que o Protocolo de Atendimento deverdeixar bem claras.

    Dica: A literatura disponvel aventa a possibilidade deque as ondas eletromagnticas, principalmente aquelas dealta frequncia, poderem provocar ou incentivar aformao de cnceres naquelas clulas propensas a tal.Foram verificadas tambm alteraes hormonais e nosnveis de glicose sangunea. Grande parte das afirmaesainda carecem de um embasamento cientfico maior. Noentanto, no atual estado de coisas o fisioterapeuta deveadotar uma postura cautelosa na aplicao dessa tcnicafisioteraputica. Os pacientes com histria familiar decncer ou mulheres, que so as maiores vtimas de cncerde mama, devem ser preservadas das aplicaeseletromagnticas (particularmente sobre o trax) as quaispodero ser substitudas por outros mtodos e tcnicasfisioteraputicas. Alerta-se tambm as fisioterapeutasparfa evitar a utilizao das ondas curtas (em si ou nospacientes) durante a gestao, em funo de uma possvelao abortiva do mesmo.

    060. Quais as tcnicas de aplicao das ondas curtas?

    As ondas curtas podem ser aplicadas de duas maneiras distintas: em sriee em paralelo. A tcnica em srie utilizada quando queremos cobrir uma reamais extensa, no entanto, mais superficial. A tcnica em paralelo restringe mais a

    rea de aplicao, no entanto, proporciona uma maior densidade de campo,sendo indicada para o tratamento de grandes grupos musculares ou estruturasprofundamente localizadas. A tcnica em paralelo mais facilmente desenvolvidautilizando-se os eletrodos de Schielipack, que so dois discos de vidrosuportados por dois braos metlicos que esto fixados ao corpo do equipamento.

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    Figura 4: Tcnica em paralelo Figura 5: Tcnica em srie

    Figura 6: Tcnica em paralelo utilizando o Schielipack

    061. O que so micro-ondas?

    As microondas tambm so ondas eletromagnticas, s que de umafrequncia bem mais alta do que as ondas curtas. A frequncia das micro-ondassitua-se na ordem dos GHz (bilhes de ciclos por segundo). Este fato faz com queelas sejam mais bem absorvidas pelo organismo, com menores perdas do que asondas curtas. Com as micro-ondas obtemos o efeito de aumento do metabolismocelular, em um tero do tempo do que conseguimos com as ondas curtas. Algunsdos modelos de micro-ondas disponveis no mercado, trabalham na faixa de 4,5GHz ou seja, um comprimento de ondas de 0,06 metros ou seja, 6 cm. Lembre-seque, quanto menor for o comprimento de onda, maior ser a absoro da radiaopor parte do corpo. Em funo de sua alta frequncia, as micro-ondas tambmso melhor absorvidas pelos metais; portanto, temos que redobrar os cuidados

    com os implantes metlicos, marca-passos etc.

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    paciente. H necessidade de se descobrir a regio que vai ser irradiada. Asaltssimas frequncias so facilmente refletidas pelos materiais, inclusive algunstipos de tecidos.

    Figura 8: Tcnica de aplicao do Micro-ondas

    Dica: Lembre-se que as ondas eletromagnticas noso interrompidas em funo da presena da toalha entreos eletrodos e a pele ou pela maior distncia em relaoao corpo. Somente os materiais metlicos so capazes dedesviar o campo, por oferecerem maior permencia. Narealidade os eletrodos (antenas) de ondas curtas e micro-ondas no precisam entrar em contato com o corpo. Asondas eletromagnticas podem se deslocar atravs dos

    vrios materiais, da gua, do ar e at do vcuo. Lembre-sedas transmisses de rdios e televises, de submarinos,de avies e de naves espaciais. As fisioterapeutasgrvidas, principalmente nos trs primeiros meses degravidez, no devem se submeter ou aplicar em seuspacientes as ondas curtas e micro-ondas. Estudos, aindaem fase inicial, aventam a possibilidade de seus efeitosabortivos e teratognicos.

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    antibioticoterapia, deve ter como hbito, a utilizao demscaras e luvas. A utilizao desses equipamentos nose destina a proteger o fisioterapeuta e sim, o paciente,cujas defesas esto debilitadas e podem ser infectadosfacilmente. O fisioterapeuta respiratrio deve se submetera testes imunolgicos a cada 6 meses.

    083. Quais as tcnicas de aplicao da radiao ultravioleta?

    Os raios ultravioleta podem ser aplicados diretamente sobre as feridas,principalmente as escaras de decbito ou, no combate s micoses. No segundocaso, temos que determinar a Dosagem Eritematosa Mnima (DEM) que vai nosd a distncia e o tempo de aplicao. A DEM determinada atravs de umcarto, com seis janelas, que colocado em uma regio sensvel de um pacientede cor clara. O carto receber a radiao perpendicularmente e cada janeladever ser irradiada durante 5 minutos distncia de 1 metro. A cada 5 minutosuma janela fechada com esparadrapo de tal modo que, aps 30 minutos, todas

    as janelas tenham sido irradiadas. Um ou dois dias aps, examina-se a regio eobserva-se qual foi a janela menos irradiada, mas que j mostra uma regiobronzeada. Esta a DEM.

    Se o paciente, aps a irradiao, apresentar a marca de duas janelas, sinal que so as duas ltimas que foram irradiadas durante mais tempo. A ltimafoi de 30 minutos e a penltima, de 25 minutos. Logo, a DEM daquele paciente de 25 minutos. Para o tratamento (actinoterapia) ele ser irradiado 25 minutos, distncia de 1 metro, para aquela lmpada especfica. Pacientes albinos,epilpticos e que fazem uso de medicamentos fotossensveis, representamcontra-indicaes para a aplicao da radiao ultravioleta.

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    Figura 12: Tcnica de aplicao do Ultravioleta

    Dica: A presena de escaras de decbito em pacienteshospitalizados nos d a indicao de que o servio deenfermagem deve estar com deficincia de pessoal (o queocorre freqentemente). O simples ato de mudar o

    decbito do paciente a cada 2 horas, massageando asreas de contato com o leito e uma boa programao dehigiene, no deixando o paciente urinado ou defecado,so atitudes que impedem o aparecimento das escaras. Autilizao de colcho dgua ou caixa de ovo, utilizadosprecocemente, ajuda muito a prevenir seu aparecimento.Uma vez instaladas, e se as condies de higiene noforem mudadas, mesmo com o concurso dofisioterapeuta, vamos ter reinfeces constantes levando auma septicemia e bito do paciente.

    084. Que cuidados devemos observar na aplicao de radiao ultravioleta?

    Por se tratar de uma irradiao invisvel, os olhos no tm controle sobre aquantidade de radiao que deve deixar passar, podendo causar danos aosolhos, que vo desde uma ligeira irritao at a opacidade total da crnea ou aagresso retina. Durante a aplicao dos raios ultravioleta, tanto o pacientequanto o fisioterapeuta devero ter os olhos protegidos por culos especiais. Nafalta de culos o paciente pode ser protegido por chumaos de algodo sobre os

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    olhos. O fisioterapeuta procurar passar o mnimo de tempo possvel noambiente.

    Dica: Com as defesas baixas, o paciente tende a sercolonizado por fungos e bactrias. Os raios ultravioletapodem se constituir num valioso auxiliar. No caso dospanos brancos (Ptirase versicolor) temos que adotar umaestratgia prpria, pois, como o prprio nome estdizendo, o fungo muda sua colorao, adquirindo uma corbranca e refletindo a radiao ultravioleta. Resolvemos oproblema cobrindo a colnia de fungos com azul demetileno. A cor escura concentra os raios e em poucasaplicaes os fungos sero extintos. senso comum queas pessoas habitualmente pegam panos brancos naspraias. A maior concentrao de fungos encontrada noprprio guarda-roupas, principalmente em regiesquentes, midas e escuras. Ao vestirmos a roupa, o fungopassa para a pele e a fica invisvel, s sendo notado

    quando desenvolve um pru rido irritante. Quando vamos praia, os raios do Sol bronzeiam a pele, menos a colnia,que agora sobressai com uma colorao clara. Da aimpresso de que apanhamos os fungos na praia. Vez poroutra as roupas deve ser colocadas em ambiente ventiladoe ensolarado e o guarda roupa limpo com produtos quesejam fungicidas. O Sol um dos mais potentes inimigosdos fungos.

    085. Conceitue raio laser.

    O raio laser uma emisso de luz amplificada que confere ao raio emitido

    uma grande concentrao de energia e uma coeso no encontrada nas outrasradiaes. Dizemos que o raio laser monocromtico (pois gerado em umanica freqncia) e colimado (no se dispersa, mesmo quando percorregrandes distncias).

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    087. O que vem a ser lasers de alta intensidade, mdia intensidade e baixaintensidade?

    Existem diversos tipos de lasers construdos com os mais diversosmateriais e para os mais variados usos. Quando a finalidade cortar metais, fazer

    incises cirrgicas ou enviar mensagens, so utilizados lasers de grandepotncia que pode ascender a centenas de watts; so os chamados laserspesados ou de alta intensidade.

    Os lasers de mdia intensidade e pequena intensidade so utilizados notratamento da sade e seu meio de ao no consiste em destruir o tecido comonos lasers cirrgicos, mas doar s clulas uma certa quantidade de energia queser utilizada no aumento do metabolismo para a reparao dos tecidos ou paraincrementar as funes vitais das clulas. Estes so chamados lasers leves,suaves, de pequena potncia ou simplesmente soft-lasers. Na fisioterapia soutilizados os lasers de Hlio e Nenio (He/Ne) e o de Arsenieto de Glio (As/Ga).Na realidade o que confere ao laser a natureza de baixa ou alta intensidade sua

    rea de incidncia. Se, atravs de espelhos, concentrarmos o feixe em uma reamuito pequena, teremos uma concentrao energia muito elevada.

    088. Quais os efeitos fisiolgicos provocados pelo raio laser?

    O laser de He/Ne proporcionando um aumento no metabolismo celular emvirtude de sua extraordinria absoro por parte da hemoglobina indicado comoelemento cicatrizante j que ele incentiva as mitoses celulares.Comprovadamente um grande estimulador da circulao capilar. Seu efeitoanalgsico consiste na propriedade de hiperpolarizar as clulas, no deixandoque elas se despolarizem, impedindo a sada do potssio de dentro da clula para

    o meio extracelular, alm de impedir a fibrose e liberar substncias opiidesendgenas, as quais tem efeito analgsico.

    089. Quais as tcnicas de aplicao da radiao laser de baixa intensidade ?

    O raio laser pode ser aplicado segundo a tcnica de acupuntura,recebendo ento o nome de laserpuntura; neste caso ele substitui a agulhautilizada na acupuntura. Aplicando-o na raiz nervosa ele atua em todo odermtomo sob sua influncia. O raio laser tambm pode ser aplicadodiretamente dentro de uma ferida, principalmente aquelas crnicas, provocandoum estado de inflamao controlada, a qual, atravs da liberao de histamina,proporciona as condies circulatrias necessrias para a proliferao celular.

    Dica: Por ser uma tcnica nova, principalmente noBrasil, a laserterapia ainda no se consolidou comotratamento habitualmente utilizado. Algumas dvidasainda persistem, principalmente na falta de casusticamais significativa e no estabelecimento, sem dvidas, dedosagens que sejam geralmente empregadas. Nas

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