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7/21/2019 Estudo Socioeconomico 2003 Miguelpereira
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MIGUEL PEREIRA
ESTUDOSOCIOECONÔMICO
2003MIGUEL PEREIRA
OUTUBRO 2003
TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO D O RIO DE JANEIRO T E C Secretaria-Geral de Planejamento RJ
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MIGUEL PEREIRA
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CORPO DELIBERATIVO
Presidente - Conselheiro JOSÉ GOMES GRACIOSAVice-Presidente - Conselheiro MARCO ANTONIO BARBOSA DE ALENCARConselheiro SERGIO F. QUINTELLAConselheiro ALUISIO GAMA DE SOUZAConselheiro JOSÉ LEITE NADERConselheiro JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCOConselheiro JONAS LOPES DE CARVALHO JUNIOR
Ministério Público
Procuradora Vera de Souza Leite (Representante do Procurador-Geral de Justiça)Procurador Júlio Lambertson RabelloProcurador Horácio Machado MedeirosProcuradora Delja Marucia Palhares Ruthênio de PaivaProcurador Carlos Antônio da Silva NavegaProcurador Cezar Romero de Oliveira SoaresProcurador Levi de Azevedo QuaresmaProcurador Renato França
Secretaria-Geral de PlanejamentoSecretário-Geral: Horácio de Almeida Amaral
Secretaria-Geral de Controle ExternoSecretária-Geral: Maria Luiza Bulcão Burrowes
Secretaria-Geral de AdministraçãoSecretário-Geral: Carlos César Sally Ferreira
Secretaria-Geral das SessõesSecretário-Geral: Mauro Henrique da Silva
Instituto Serzedello CorrêaDiretor-Geral: Hormindo Bicudo Neto
Procuradoria-Geral do TCE-RJProcurador-Geral: Sylvio Mario de Lossio Brasil
Coordenadoria de Comunicação Social, Imprensa e EditoraçãoPraça da República, 70/2º andar 20211-351 - Rio de Janeiro - RJ
Tels.: (21) 3231 5359 / (21) 3231 5283www.tce.rj.gov.br [email protected]
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MIGUEL PEREIRA
APRESENTAÇÃO
O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro apresenta a terceira edição dos EstudosSocioeconômicos dos Municípios Fluminenses, abrangendo o período de 1997 a 2002. A ênfase dotrabalho, desta vez, concentra-se no meio ambiente e nos indicadores sociais, cujas principais ver-tentes são o desenvolvimento humano, a educação, o trabalho como fonte de renda e a saúde, quetiveram análise mais aprofundada. As finanças municipais também foram abordadas sob diversasóticas, permitindo comparações e avaliações de desempenho da União e do Estado para com osmunicípios.
A maioria dos dados utilizados nos Estudos é oriunda de fontes secundárias, tais como aFundação CIDE – Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro, o INEP – Instituto Nacional deEstudos e Pesquisas Anísio Teixeira, o DATASUS do Ministério da Saúde, o IBGE e outros. As contasdos municípios são provenientes de fonte primária, apresentada pelos Prefeitos e Presidentes dasCâmaras de Vereadores ao Tribunal. Muitas dessas informações somente são disponibilizadas apartir do segundo semestre, concentrando-se principalmente no mês de outubro.
Para não sermos repetitivos em relação à edição anterior, nem extensos em demasia, jáque a presente edição alcança cerca de cem páginas por município, não serão incluídos os capítu-
los referentes a Potencialidades do Município e Indicadores de Gestão. Tais informações, entretan-to, permanecerão disponíveis no site do TCE-RJ, sob o ícone Estudos Socioeconômicos 1997-2001.
Existe hoje, no Brasil, um consenso em relação à necessidade de a administração públicamelhorar substancialmente seu gerenciamento. As diferenças sociais do país exigem dos governosum nível de resultados bem superior aos apresentados atualmente. A administração pública pode edeve se inspirar no modelo de gestão privada, mas nunca perder a perspectiva quanto à realizaçãode sua função social, uma vez que o objetivo principal da iniciativa privada é o lucro. Entretanto, afunção social deve ser alcançada com maior qualidade na prestação de serviços e também com amaior eficiência. Não se pode, ainda, ignorar as questões relacionadas à eficácia e à efetividade.
Ocorreram significativas alterações na forma de elaboração dos orçamentos da União e dosEstados, bem como dos municípios, estes a partir de 2002. A ênfase, agora, são os programasgovernamentais, identificados por descrições claras do propósito a atingir, com datas de início e f im,além de pressupor a disponibilidade de recursos, para que se tenham indicadores que possammensurar seus impactos, efeitos e resultados. Cabe ao órgão de planejamento e controle verif icar seos resultados planejados estão sendo alcançados. Essa transformação que ocorre no Estado con-temporâneo repercute em um controle com dimensão social. As contas estatais não são, por issomesmo, apenas contas financeiras em seu sentido estrito, mas contas de um Estado que se integraao ambiente socioeconômico e atua programaticamente.
Essa nova função do orçamento se preocupa em avaliar as políticas públicas, de acordo comuma metodologia compatível com a transparência e a responsabilização efetivamente democráticas.O controle, por isso mesmo, deve enfatizar a avaliação do sistema de planejamento e da gestão daspolíticas públicas em toda a sua complexidade.
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MIGUEL PEREIRA
O modelo de gestão a construir para os órgãos públicos deve incentivá-los a alcançar resulta-
dos dentro de objetivos predefinidos, criando assim um círculo virtuoso que impulsionará as organi-zações públicas no sentido de um processo de melhoria contínua da sua gestão e dos seus resulta-dos. Para que esse modelo seja implementado com sucesso, é fundamental que o interesse de cadaorganização e de cada servidor seja alcançar esses objetivos.
O Planejamento Estratégico é um movimento de mudança nesse cenário, cujo propósito éestabelecer um novo pacto de excelência, no qual o ciclo que se reforça é o da prestação de serviçospúblicos de qualidade, com a participação e o controle de todos os interessados no processo.
O ano de 2002 foi um período de transformações nos cenários econômico e político, comeleições gerais no país para Presidente da República, Governadores, Deputados e Senadores. Emum ambiente marcado pela incerteza, houve crescimento da inflação e forte desvalorização do realfrente ao dólar, com a conseqüente elevação da taxa de juros para inibir reajustes de preços. Entre-tanto, mereceram destaque os investimentos realizados em nosso Estado nos segmentos de petró-leo, siderurgia, construção naval e reparos, metal-mecânica, telecomunicações e turismo. Foi, ainda,um ano positivo para o meio ambiente fluminense, com a criação do Parque Estadual dos Três Picos,na Região Serrana, e das Áreas de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São João/Mico-Leão-Doura-do e do Pau-Brasil, ambas na Região das Baixadas Litorâneas. Esta última tem valor histórico eambiental: descoberta por Américo Vespúcio, em 1502, guarda em suas rochas, com mais de 70milhões de anos, preciosa fonte de informação sobre a formação do continente.
O presente estudo foi elaborado pelo Núcleo de Estudos Socioeconômicos * desta Secreta-ria-Geral de Planejamento, que continua com o firme propósito de evidenciar a necessidade de se
estabelecer um conjunto de indicadores sobre as diversas áreas sociais e de governo, de modo aorientar prioridades, objetivos e programas no PPA, na LDO, na LOA e nas suas alterações posterio-res através dos créditos adicionais, visando a melhor avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividadedas políticas públicas e ajustando-se os instrumentos de ação para alcançar os resultados junto àpopulação.
SECRETARIA-GERAL DE PLANEJAMENTOOutubro 2003
* O Núcleo é coordenado pelo Técnico de Controle Externo Marcelo Franca Faria Mello e conta com a colaboração dos Técnicos MirianBuarque de Macedo, Paulo César Fulgêncio, Ricardo José de Podestá e Rosa Maria Chaise.
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MIGUEL PEREIRA
SUMÁRIO
I - Histórico ....................................................................................................................... 6
II - Caracterização do Município .................................................................................... 6
- Aspectos Turísticos ................................... ..................................................................... 10
- Uso do Solo ..................................................................................................................... 12
- Outros Aspectos Ambientais........................................................................................... 17
III - Indicadores Sociais .................................................................................................. 19
- Desenvolvimento Humano............................................................................................... 22
- Carências ........................................................................................................................ 27
- Educação ........................................................................................................................ 32
- Trabalho e Renda............................................................................................................. 50
- Saúde .............................................................................................................................. 51
IV - Indicadores Econômicos ......................................................................................... 60
V - Indicadores Financeiros .......................................................................................... 69
- Carga Tributária e Transferências aos Municípios ......................................................... 69
- Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços ................................................ 72
- Royalties do Petróleo e do Gás Natural .......................................................................... 74
- Finanças dos Municípios Fluminenses ........................................................................... 76
- Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza .............................................................. 82
- Indicadores do Município ................................................................................................. 87
VI - Conclusão ..................................................................................................................100
Referências bibliográficas ............................................................................................. 104
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MIGUEL PEREIRA
I - HISTÓRICO 1
A evolução histórica de Miguel Pereira acha-se ligada à de Vassouras e de Paty do Alferes, e àexpansão da cultura cafeeira no vale fluminense do Rio Paraíba do Sul.
Inicialmente conhecida como Barreiro e, depois, Estiva, a ocupação da área de Miguel Pereirateve origem nas primeiras explorações que visavam transpor a Serra do Mar, com a abertura doCaminho Novo do Tinguá, por Garcia Rodrigues Paes. Os tropeiros que subiam o Rio das Mortes, emdireção a Sacra Família do Tinguá, fixaram ponto de passagem em pequena várzea.
As lavouras de café expandiram-se por todo o território da vila, constituindo-se em fator deprogresso e acentuada dinamização da economia local. Esse surto de desenvolvimento motivou a
criação da freguesia de Nossa Senhora de Vassouras, em 1837, tendo como sede a vila de Vassourasque, em 1857, foi transformada em cidade e sede do município.
Mesmo fazendo parte do município de Vassouras, e sofrendo com o declínio econômico emface d libertação dos escravos, a região recebe alguns benefícios e o desenvolvimento urbano éimpulsionado no início do século XX, quando foi aberto ramal auxiliar da estrada de ferro Leopoldinaque, partindo de Japeri, na Baixada Fluminense, atingia o Rio Paraíba em Paraíba do Sul. O eixoferroviário estimularia o nascimento de povoações que, em sua maioria, abrigavam os próprios traba-lhadores da ferrovia. Este é o caso de Governador Portela, onde parte das áreas urbanas eram depropriedade da Rede Ferroviária Federal – RFFSA, subsistindo toda uma vila residencial destinadaaos ferroviários. Quando da criação da linha auxiliar, Governador Portela era o ponto de entroncamen-to de um ramal secundário, hoje extinto, que se dirigia a Sacra Família do Tinguá, Vassouras e Valença.Esta característica é responsável pelo desenvolvimento da sede distrital que ocorreria antes de Estiva,atual Miguel Pereira.
A urbanização das áreas adjacentes à estação de Estiva teria lugar a partir da década de 1930,quando as qualidades do clima da região foram propagadas pelo médico Miguel Pereira, que maistarde daria seu nome à cidade. Desde então, a ocupação urbana teria como vetor principal o turismode veraneio, que atraía e ainda atrai a população da Região Metropolitana do Estado.
O acesso original pela ferrovia seria substituído na década de 50 por uma rodovia, cuja pavi-mentação posterior representou grande estímulo ao desenvolvimento urbano e turístico da área. Se-gundo a divisão administrativa de 1943, o município de Vassouras era formado por onze distritos,dentre os quais os de Miguel Pereira e Governador Portela. Em 1955, tais distritos foram desmembradosde Vassouras, a fim de formar o município de Miguel Pereira, que assim conquista emancipação, por força da Lei nº 2.626, de 25 de outubro daquele ano, e é instalado em 26 de julho de 1956.
II - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
Miguel Pereira pertence à Região Centro-Sul Fluminense, que também abrange os municípiosde Areal, Comendador Levy Gasparian, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Paraíba do Sul, Paty do Alferes, Sapucaia, Três Rios e Vassouras.
1 - Fontes: Estudos para o Planejamento Municipal , SECPLAN/FIDERJ, 1978; e Abreu, A., Municípios e Topônimos Fluminenses –Histórico e Memória, Rio de Janeiro, Imprensa Oficial, 1994.
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O município tem uma área total 2 de 288,8 quilômetros quadrados, correspondentes a 9,5% daárea da Região Centro-Sul Fluminense.
A cidade está localizada no vale do Córrego do Saco. O vale é aberto e se desenvolve tão logoa estrada de acesso deixa a baixada e atinge a escarpa da serra. O vale funciona como corredor de
passagem rodoviário e ferroviário.
A ocupação original e mais antiga tem como pólos principais as estações ferroviárias, na sedee no segundo distrito. O segundo vetor de crescimento seria a rodovia, induzindo a ocupação dasfaixas adjacentes e dos vales próximos. Finalmente, o caráter turístico da ocupação seria responsávelpela formação de bairros em áreas atrativas, mas relativamente distantes dos núcleos originais, asquais são atingidas por estradas vicinais.
A RJ-125 corta o território municipal no sentido nordeste-sudoeste, ligando-o, ao norte, a Patydo Alferes e, ao sul, a Japeri, Paracambi e Seropédica, onde alcança a rodovia Rio-São Paulo. Outrasrodovias, RJ-115 e RJ-121, seguem para oeste rumo a Vassouras, a primeira em leito natural.
2 - IBGE/CIDE - 2002.
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De acordo com o censo de 2000, Miguel Pereira tinha uma população de 23.902 habitantes,
correspondentes a 9,4% do contingente da Região Centro-Sul Fluminense, com uma proporção de93,2 homens para cada 100 mulheres. A densidade demográfica era de 86 habitantes por km2, contra86 habitantes por km2 de sua região. Sua população estimada em 2002 3 é de 24.965 pessoas.
O município apresentou 4 uma taxa média geométrica de crescimento, no período de 1991 a2000, de 2,32% ao ano, contra 1,19% na região e 1,30% no Estado. Sua taxa de urbanizaçãocorresponde a 84,0% da população, enquanto, na Região Centro-Sul Fluminense, tal taxa correspondea 83,1%.
Miguel Pereira tem um contingente de 16.395 eleitores 5, correspondentes a 66% do total da popu-lação. O município tem um número total de 10.266 domicílios 6, com uma taxa de ocupação de 70%. Dos
3.006 domicílios não ocupados, 64% têm uso ocasional, demonstrando o forte perfil turístico local.
A distribuição da população na região do município e no Estado, de acordo com o Censo 2000,dava-se conforme gráficos a seguir:
3 - Fundação CIDE.4 - Idem.5 - TRE - 2002.6 - IBGE - Censo 2000.
Distribuição da População
RM sem a Capital34%
Capital41%
Região NoroesteFluminense
2%
Região Norte Fluminense5%
Região Serrana5%
Região das BaixadasLitorâneas
4%
Região do Médio Paraíba5%
Região Centro-SulFluminense
2%
Região da Costa Verde2%
Distribuição da População na Região Centro-Sul Fluminense
Paty do Alferes10%
Paraíba do Sul15%Miguel Pereira
9%
Engenheiro Paulo deFrontin
5%
Comendador LevyGasparian
3%
Areal4%
Vassouras12%
Três Rios28%
Sapucaia7%
Mendes7%
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MIGUEL PEREIRA
A população local distribui-se no território municipal conforme gráfico a seguir:
A população residente, por grupos de idade, apresenta o quadro abaixo, em comparação coma região do município e o Estado:
Ao examinarmos o gráfico, percebemos que a faixa etária predominante encontra-se entre os 10 e 39
anos, e que idosos representam 13% da população do município, contra 16% de crianças entre 0 e 9 anos.
Apresentamos, a seguir, as distribuições de cor ou raça da população do município, assimcomo por religião:
População por Distrito (Censo 2000)
2 252
7 716
13 934
- 2 000 4 000 6 000 8 000 10 000 12 000 14 000 16 000
Conrado
Governador Portela
Miguel Pereira
Distribuição da População
0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% 18% 20%
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 19 anos
20 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 59 anos
60 anos ou mais
Miguel Pereira Região Centro-Sul Fluminense Estado
Miguel Pereira
Parda35,5%
Amarela0,2%
Preta8,3%
Branca55,2%
Sem declaração0,6%
Indígena0,2%
Miguel Pereira
Outras10%
Semreligião16%
Evangélicas19%
Católica ApostólicaRomana
55%
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MIGUEL PEREIRA
Percebe-se que há uma predominância de pessoas que se declaram brancas, representando
55,2% da população, contra 43,8% de afrodescendentes, e que o número de católicos, 55%, é supe-rior à soma dos praticantes de outras religiões.
Miguel Pereira possui 5 agências de correios 7, 3 agências bancárias 8 e 12 estabelecimentoshoteleiros 9. Quanto aos equipamentos culturais 10, o município dispõe de 1 cinema convencional, 1teatro convencional, 1 teatro alternativo, 2 museus e 3 bibliotecas.
• Aspectos Turísticos 11
O turismo proporciona diversos benefícios para a comunidade, tais como geração de empre-gos, produção de bens e serviços e melhoria da qualidade de vida da população.
Incentiva, também, a compreensão dos impactos sobre o meio ambiente. Assegura uma distri-buição equilibrada de custos e benefícios, estimulando a diversificação da economia local. Traz melhorianos sistemas de transporte, nas comunicações e em outros aspectos infra-estruturais. Ajuda, ainda, acustear a preservação dos sítios arqueológicos, dos bairros e edifícios históricos, melhorando a auto-estima da comunidade local e trazendo maior compreensão das pessoas de diversas origens.
A Companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, a Turisrio, apresenta os potenciaisturísticos do Estado divididos em sete regiões distintas, conforme suas características individuais.
Além da região turística da capital, temos as seguintes:
• Costa Verde
- Paraty; Angra dos Reis, com destaque para Ilha Grande; Mangaratiba, com destaque paraItacuruçá; e Rio Claro.
• Agulhas Negras
- Resende, com destaque para Engenheiro Passos e Visconde de Mauá; Itatiaia, com desta-que para Penedo; Porto Real; e Quatis.
• Serrana
- Petrópolis, com destaque para Itaipava e arredores; Teresópolis; Nova Friburgo, com desta-que para Lumiar e Mury; e Guapimirim.
• Costa do Sol
- Maricá; Saquarema; Araruama; Iguaba Grande; São Pedro da Aldeia; Cabo Frio; Arraial doCabo; Armação dos Búzios; Casimiro de Abreu, com destaque para Barra de São João; Rio dasOstras; Macaé; Carapebus; e Quissamã.
7 - ECT - 2001.8 - BACEN - 2001.9 - MTE-RAIS - 2000.10 - SEBRAE - 2000.11 - Para maiores informações, consulte www.turisrio.rj.gov.br .
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• Costa Doce e Noroeste Fluminense
- Campos dos Goytacazes; São João da Barra; São Francisco de Itabapoana; Natividade; eItaperuna, com destaque para Raposo.
• Vale do Ciclo do Café
- Valença, com destaque para Conservatória; Rio das Flores; Barra do Piraí; Vassouras; Patydo Alferes; Mendes; Engenheiro Paulo de Frontin; Miguel Pereira; Piraí; e Paracambi.
Miguel Pereira pertence à região turística Vale do Ciclo do Café, abrangendo espaço geográ-fico do Estado conforme mapas a seguir:
O terceiro melhor clima do mundo é o de uma região situada no maciço da Serra do Couto, naSerra do Mar, onde se situa Miguel Pereira. Suas montanhas azuladas e colinas suaves abrigamcachoeiras admiráveis e rios de curso sereno e águas cristalinas.
Atrações naturais
• Lago de Javary: formado pelo represamento do Córrego do Saco na localidade de Barão deJavary, ocupa extensa área e possui uma rústica ponte ligando suas margens.
• Rio Santana: atravessa todo o município de Miguel Pereira, com percurso sinuoso que acom-panha, em muitos trechos, a linha férrea e a rodovia e se estende pelos vales e montanhas da região.De águas límpidas e frias, principalmente próximo à localidade de Marcos da Costa, é encachoeirado,com pequenas praias e piscinas naturais. Os trechos mais procurados para lazer são entre a Usina eVera Cruz, onde o acesso é mais fácil.
• Queda d'água do Roncador: no Rio Santana, possui um salto com altura de 5m, formandouma ampla piscina natural circundada por ipês-amarelos, flamboyants e imbaúbas.
• Queda d'água Monte Líbano: também no Rio Santana, possui vários saltos, duchas e piscinanatural.
• Caminho do Imperador: estende-se pelo município de Paty do Alferes, Miguel Pereira ePetrópolis. Entregue ao tráfego de pedestres e animais no início do século XVII, é uma estrada estrei-ta, em meio à mata virgem, com nascentes de águas cristalinas formando riachos e quedas d'água.
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MIGUEL PEREIRA
Os desníveis das montanhas formam o denominado "mar de morros", relevo típico da região. Em
Miguel Pereira há a Mesa do Imperador, a 1.100m de altitude, da qual se avista até a Ponte Rio-Niteróie o Cristo Redentor em tempo de céu claro.
• Lagoa das Lontras: situada em Governador Portela a uma altitude de 400m.
• Queda d'água Santa Branca: em Governador Portela, formada no rio de mesmo nome, é umconjunto de pequenas quedas d'água, onde se destacam dois saltos, ambos com 3m de altura. Apre-senta águas claras e amenas, com várias duchas e piscina naturais.
• Reserva Biológica do Tinguá: criada em 1989, tem 26 mil hectares e 150km de perímetro queabrange os municípios de Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Petrópolis, Miguel Pereira e Vassouras.
Possui relevo acidentado, com escarpas sulcadas por rios torrenciais, onde se destaca o maciço doTinguá, com 1.600m de altura.
Atrações culturais
• Museu do Núcleo Histórico Ferroviário de Miguel Pereira: inaugurado em 1987 na imponenteestação do início do século XX, seu acervo constitui-se de exemplares da época áurea da estrada deferro.
• Museu Francisco Alves: inaugurado em 1974 em homenagem ao cantor, que passou lá gran-de parte de sua vida. O acervo constitui-se de objetos de uso pessoal, móveis, roupas e farta docu-
mentação de sua vida e da música popular brasileira na década de 40, além de vários discos mostran-do a trajetória de sua vida artística.
• Fazenda Piedade: a 15km de Miguel Pereira, é uma propriedade do século XVIII onde nasceuo Barão de Paty do Alferes, com construção em estilo colonial.
• Viaduto Paulo de Frontin: próximo à Estrada de Vera Cruz, é um imponente monumento de82m de comprimento e 34m de altura. Inaugurado em 1897, é uma extensa ponte férrea de estruturametálica treliçada, formando um grande arco sobre o Rio Santana.
O Programa Nacional de Municipalização do Turismo – PNMT foi desenvolvido e
coordenado pela EMBRATUR, mediante a adoção da metodologia da Organização Mundial do Turismoadaptada à realidade brasileira, com o propósito de implementar um novo modelo de gestão da atividadeturística, simplificado e uniformizado, para os estados e municípios, de maneira integrada, buscandomaior eficiência e eficácia na administração da atividade turística, de forma participativa. Comoinstrumento de mobilização, sensibilização e capacitação, o PNMT apóia as funções gerenciais deplanejamento, tomada de decisão e controle operacional. Miguel Pereira encontra-se 12 na 1ª fase doprograma, relativa à capacitação dos agentes multiplicadores nacionais, estaduais e dos monitoresmunicipais, para a mobilização, sensibilização e conscientização da comunidade.
• Uso do Solo
Em maio de 2003, a Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro – CIDEpublicou o IQM – Verde II, seqüência do primeiro estudo, lançado em julho de 2001. Ambos comparam
12 - Fonte: Instituto Virtual de Turismo – www.ivt-rj.net – 15/07/2003.
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MIGUEL PEREIRA
as áreas cobertas pelos remanescentes da cobertura vegetal com as ocupadas pelos diversos tipos
de uso do solo, criando, desta forma, o Índice de Qualidade de Uso do Solo e da Cobertura Vegetal –IQUS. O monitoramento dos diferentes ambientes fitoecológicos pode servir de guia para oestabelecimento de políticas públicas confiáveis. As informações do mapeamento digital têm baseem dados coletados em 1994 (primeiro IQM) e em 2001 (segundo estudo).
No Estado do Rio de Janeiro, o mapeamento de uso do solo e cobertura vegetal teve a seguin-te evolução:
São relevantes as mudanças ocorridas em um período de apenas sete anos, durante osquais campos e pastagens cresceram 11%, sem que isso signifique aumento da produção pecuária.
As formações florestais foram reduzidas em 42% de sua área original, enquanto a vegetação se-cundária crescia 19%. Não houve expressividade no aumento de um ponto percentual em área agrí-cola. As formações pioneiras foram reduzidas em 16% e áreas urbanas aumentaram seu tamanhoem 50%. O gráfico a seguir ilustra os dois momentos:
Uso do soloÁrea em
km2 (1994)%
Área emkm2 (2001)
%
Pastagens 19.556 44,5 21.669 49,4
Florestas ombrófilas densas(formações florestais)
7.291 16,6 4.211 9,6
Capoeiras(vegetação secundária13)
6.814 15,5 8.071 18,5
Área agrícola 4.135 15,5 4.167 9,5
Restingas, manguezais, praias evárzeas (formações pioneiras)
1.900 4,3 1.579 3,6
Área urbana 1.846 4,2 2.763 6,3
Corpos d’água 995 2,3 921 2,1
Não sensoriado 586 1,3 0 0,0 Área degradada 506 1,2 132 0,3
Afloramento rochoso e campos dealtitude
241 0,5 175 0,4
Outros 39 0,1 132 0,3
Total 43.910 100,0 43.864 100,0
13 - De acordo com a Resolução CONAMA nº 010, de 01/10/93, a vegetação secundária é resultante de processos naturais de sucessão,após supressão total ou parcial da vegetação natural por ações antrópicas ou causas naturais, podendo ocorrer árvores remanescentesda vegetação primária.
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Em uma primeira análise do conjunto do Estado no ano de 2001, podemos destacar que:
• Quarenta e oito municípios fluminenses tinham mais de 50% de sua área ocupados por campo/pastagem, destacando-se os municípios de Italva, São José de Ubá, Santo Antônio dePádua, São Fidélis, Itaocara, Itaperuna e Aperibé, com média de 90%.
• Cinqüenta e três municípios tinham menos de 1% de sua área coberto por florestas. Em todo
o Estado, só restam 19% de áreas com florestas primárias ou secundárias antigas em está-gio avançado, restingas arbóreas e savana estépica. Se for considerada a área de florestasecundária de inicial a médio estágio de regeneração, a cobertura arbórea atinge 28% doterritório, ou seja, 12.400 quilômetros quadrados. Cabe ressaltar que 64% das florestas doRio estão localizados em unidades de conservação da União e do Estado.
• Com relação à vegetação secundária, vinte e dois municípios têm mais de 30% de seuterritório com esse tipo de cobertura de solo. Cordeiro, Teresópolis e Paulo de Frontin atingi-ram a média de 50%.
• A agricultura não é desenvolvida em trinta municípios, e outros vinte e sete têm menos de 1%de área plantada. Nessa atividade, destacam-se as proporções de área plantada pela área
total dos municípios de São Francisco de Itabapoana, Campos dos Goytacazes, Carapebus,Cabo Frio e Quissamã.
• As formações pioneiras são destaque em São João da Barra, com 80% de seu territórioocupado por restingas, manguezais, praias e várzeas. Cinqüenta e nove municípios não têmformações pioneiras remanescentes.
• Municípios com complexos lagunares das Regiões Norte e das Baixadas Litorâneas são osque detêm maiores áreas de corpos d’água.
• O município da capital apresentou estabilidade em formações florestais, tomando 8% do seuterritório, e em formações pioneiras, que ocupam outros 8%. A área de campo/pastagem
reduziu-se à metade dos 11% medidos em 1994, assim como a área agrícola caiu de 3,4 para2,7% em 2001. As áreas degradadas cresceram de 5,0 para 5,6%. Foi expressivo o aumentoda mancha urbana carioca, que evoluiu de 37,9 para 56,7%. Em termos percentuais, a capitalé superada em área urbana somente por São João de Meriti, Belford Roxo, São Gonçalo e
Evolução de Uso e Cobertura do Solo no Estado
44,5
16,6
15,5
9,4
4,3
4,2
2,3
1,2
0,6
0,1
1,3
49,4
9,6
18,4
9,5
3,6
6,3
2,1
0,3
0,4
0,3
0
0 10 20 30 40 50 60
Campos e Pastagens
Formações florestais
Vegetação secundária
Área agrícola
Formações pioneiras
Área urbana
Corpos d'água
Área degradada
Afloramento rochoso ecampos de altitude
Outros
Não sensoriado
Percentagem do Território F luminense
1994 2001
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Niterói; entretanto, os 680km2 da urbe carioca equivalem ao dobro da soma desse tipo de uso
do solo nestes quatro municípios, ou a 25% das áreas urbanas totais do Estado.• Cardoso Moreira e São Fidélis, da Região Norte, e todos os municípios da Região Noroestetêm um ciclo de seca maior que oito meses por ano e apresentam expressivos níveis dedesmatamento, o que contribui para a extinção de nascentes de pequenos rios e riachos,observando-se aumento de freqüência de vales com leitos secos.
Os municípios do Estado do Rio de Janeiro foram classificados segundo os Índices de Qualidadede Uso do Solo e da Cobertura Vegetal – IQUS abaixo:
Miguel Pereira, com base no levantamento de 1994, tinha sua área distribuída da seguintemaneira: 28% de floresta ombrófila densa, 28% de vegetação secundária, 35% de pastagens e 6% deárea degradada. O município se encaixava no cluster E1 - RODEIO/VERDE II, agrupamento compredomínio de pastagens e vegetação secundária, seguidas por formações originais.
Já em 2001, ocorreu expressiva redução de formações florestais para 12% do território municipal,contra aumento de vegetação secundária para 30%, e de campo/pastagem para 48%. Houve reduçãode área degradada para 0,5% e crescimento urbano de 1,5 para 8,3%, ocorrendo conurbação com asede de Paty do Alferes. O segundo estudo classificou-o como pertencente ao cluster C2 - RODEIO/VERDE II, caracterizado por altos percentuais de campo/pastagem, média de 54% do território;percentuais moderados de vegetação secundária, ocupando área média de 17%; média de 13% deáreas urbanas; e existência de formações originais, na faixa de 9%. Dentre as localidades desteagrupamento, constam Miguel Pereira, único município da Região Centro-Sul Fluminense, outro daCosta Verde, seis das Baixadas Litorâneas, dois do Médio Paraíba e um da Região Metropolitana.
O IQM – Verde identifica, ainda, os Corredores Prioritários para a Interligação deFragmentos Florestais – CPIF, ou Corredores Ecológicos, como foram denominados maisrecentemente, para escolha de áreas de reflorestamento. Devido às atividades do homem, atendência dos ecossistemas flores tais contínuos, como as florestas da cos ta atlântica brasileira,é de fragmentação. O processo de fragmentação f lorestal rompe com os mecanismos naturais
de auto-regulação de abundância e raridade de espécies e leva à insularização de populaçõesde plantas e animais. Num ambiente ilhado, ocorre maior pressão sobre os recursos existentes,afetando a capacidade de suporte dos ambientes impactados, aumentando-se o risco de extinçãode espécimes da flora e da fauna.
IQUS Características
Rodeio Maior percentual de pastagens; presença de pequenas manchas urbanas;pequena influência de formações originais e de áreas agrícolas
RuralMaior percentual de formações originais e de áreas agrícolas; presença de áreasurbanas, degradadas e de vegetação secundária; quase nenhuma influência depastagens
NativoMaiores áreas de formações originais e de pastagens; presença de vegetaçãosecundária e áreas agrícolas; pouca influência das áreas urbanas e degradadas
VerdeGrandes áreas de formações originais e/ou de vegetação secundária; menoresvalores percentuais de áreas urbanas, agrícolas, de pastagem ou degradadas
Metrópole Maior percentual de áreas urbanas
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A reversão da fragmentação apóia-se, fundamentalmente, no reflorestamento dos segmentos
que unam as bordas dos fragmentos de floresta, vegetação secundária e savana estépica. Esseseixos conectores são denominados corredores. Além de viabilizar a troca genética entre populações,eles possibilitam a integração dos fragmentos numa mancha contínua, alavancando a capacidade desuporte da biodiversidade regional.
O modelo de geração de Corredores Prioritários para a Interligação de Fragmentos Florestais – CPIF possibilitou, no primeiro estudo, a identificação de 21.271 corredores em todo o Estado,totalizando 3.286km2. O IQM – Verde II evoluiu na metodologia e verificou que diversos fragmentosflorestais foram reduzidos ou novamente fragmentados, tendo sido considerados como barreiraspara implantação dos corredores ecológicos as áreas urbanas, as represas, as lagoas e os grandescursos d’água. Outro fator considerado foi sua extensão máxima de dois mil metros. Como ocorreram
significativas alterações de uso do solo, foram identificados apenas 13.114 corredores com viabilidadefísico-ambiental e econômica. Eles teriam uma extensão média de 837 metros e uma largura de 100metros para cada lado do corredor, totalizando uma área de 2.094km2, o que corresponde a 4,8% doterritório fluminense.
Miguel Pereira necessitaria implantar 691 hectares 14 de corredores ecológicos, o querepresenta 2,4% da área total do município.
A figura a seguir, gerada a partir do programa do CD-ROM do IQM – Verde II, apresenta ostipos de uso do solo no território municipal, estando marcados em vermelho os corredores sugeridos.
O IQM – Verde II prossegue com a análise de custo de implantação desses corredores; coma comparação do tipo de uso e cobertura do solo de fotos realizadas entre 1956 e 1975 e a últimacoletânea de 2001; com uma outra análise por bacia hidrográfica e complexo lagunar; com estudossobre as variações climáticas nas últimas três décadas, manejo de florestas, avaliação de estoquede carbono e outros, configurando-se intrumento essencial para melhor conhecimento do elemento
terra e sua utilização em nosso Estado, e das ações possíveis para sua recuperação e preservaçãoa curto, médio e longo prazos.
14 - Cada hectare corresponde a 10.000 metros quadrados, ou 0,01 quilômetro quadrado.
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• Outros Aspectos Ambientais
A água existente no planeta é composta por 97,4% de águas salgadas e 2,6% de água doce,dos quais 2% estão armazenados nos pólos, geleiras e icebergs, em lugares quase inacessíveis; 0,6%nos lençóis subterrâneos; e 0,03% em lagos, rios e na atmosfera. O Brasil detém 12% da água docesuperficial do mundo, e sua distribuição se dá conforme o gráfico de bacias hidrográficas a seguir 15:
A água é um valioso elemento promotor do desenvolvimento e do progresso. Ela se presta amúltiplas utilizações da maior importância econômica e social: abastecimento das populações e dasindústrias; irrigação das culturas, meio de transporte; produção de energia; fator de alimentação, com odesenvolvimento da pesca; ambiente para o esporte, o turismo e o lazer. Também é um recurso finito.
Para que o mundo continue tendo água potável, é necessário que os mananciais sejam preservados.Isso depende tanto da ação individual quanto da ação do governo, com a criação de leis e programas.
De acordo com a Agência Nacional de Água, em 2002, a agricultura foi responsável por 59%do consumo de água no país; a indústria, por 19%; e o abastecimento responde por 22%. A mesmafonte aponta que 80% dos municípios brasileiros têm rede de abastecimento de água, contra apenas46% que possuem rede de coleta de esgotos, dos quais somente 15% são tratados.
Especialmente no Estado do Rio, de acordo com dados do IBGE de 2000, 80% do esgotourbano coletado são lançados em rios, canais e oceano. Dados da COPPE/UFRJ de 2002 apontamque, na bacia do Rio Paraíba do Sul, 55% da população não são atendidos por rede coletora de
esgotos. Daqueles que têm rede, 92% do esgoto coletado não são tratados.
A Organização Mundial de Saúde – OMS define o saneamento como o controle de todos osfatores do meio físico do homem que exercem, ou podem exercer, efeitos nocivos sobre a saúde,incluídas as medidas que visam a prevenir e controlar doenças, sejam elas transmissíveis ou não. Amesma OMS apurou, recentemente, que 65% dos leitos dos hospitais do país são ocupados por pacientes com problemas de saúde relacionados à falta de saneamento. Sistemas de abastecimentode água, de esgotos sanitários, de coleta e destinação adequada de resíduos sólidos urbanos, especiaise das áreas rurais estão, por conseguinte, diretamente ligados à qualidade de vida da população.
A estreita relação da saúde com a provisão de medidas sanitárias é bastante conhecida,
principalmente no que se refere à água de abastecimento doméstico e ao destino de dejetos.
Amazônica45,7%
Trecho Leste6,7%
Paraná14,3%
Uruguai2,1%
Tocantins9,5%
Trecho Norte eNordeste
11,6%
Trecho Sudeste2,6%
São Francisco7,5%
15 - Fonte: Universidade da Água – site www.uniagua.org.br – 12/06/2003.
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Cerca de 80% das doenças de países em desenvolvimento como o Brasil são provenientes
da água de qualidade ruim. As enfermidades mais comuns que podem ser transmitidas pela águasão: febre tifóide, disenteria, cólera, diarréia, hepatite, leptospirose e giardíase.
O tratamento do esgoto sanitário constitui uma das mais importantes medidas preventivas deenfermidades. Apesar das empresas de saneamento básico exercerem atividades consideradasnobres, elas são responsáveis por impactos ambientais significativos, sentidos não só nas obras deimplantação de tais sistemas, mas, principalmente, na operação destes.
Até pouco tempo atrás, programas de saneamento privilegiavam somente ações nos camposde abastecimento de água e de coleta de esgotos sanitários. O esgoto era conduzido a um corpod’água e, neste, lançado in natura. É muito comum ver-se a utilização de galerias pluviais como
pontos de descarga de esgotos. Usual, ainda, é a falta de manutenção de elevatórias de esgoto que,quando paralisadas, simplesmente desviam os dejetos para a rede pluvial. Verificam-se, atualmente,problemas graves e generalizados de poluição em rios, lagoas e mares, gerados por esgotosdomésticos e industriais. Quanto mais poluída for a água bruta captada para tratamento, mais caroeste se tornará, podendo sua utilização tornar-se inviável técnica e economicamente.
A solução para os esgotos sanitários de comunidades menores, quando não há rede coletorade esgotos, é a utilização de fossas sépticas, cuja obrigatoriedade deve ser exigida pela administraçãolocal. Já os esgotos domésticos coletados precisam ser tratados para estabilização de sua matériaorgânica, tornando-a estável e inócua, sendo obrigação das concessionárias ou do poder público oseu tratamento, que pode ser primário, secundário ou terciário 16.
Os aterros sanitários apresentam as melhores condições técnicas e sanitárias para disposiçãofinal do lixo. No Brasil, entretanto, a existência de aterros controlados advém da escassez de recursos.Neste procedimento, o lixo é depositado, compactado e recoberto com a maior freqüência possível. Éprevisto apenas um sistema de drenagem de águas superficiais. Os vazadouros, ou lixões, sãocaracterizados pela simples descarga descontrolada de lixo. Nessas condições, o líquido produzidopela decomposição das substâncias contidas nos resíduos sólidos, o chorume, arrasta consigosubstâncias quimicamente ativas e microorganismos altamente poluentes que podem chegar a lençóisfreáticos ou corpos hídricos superficiais, com sérios danos à qualidade da água.
O lixo domiciliar pode ser reciclado através de processo de separação dos materiais que podem
ser reintroduzidos no ciclo produtivo como matéria-prima, tais como papel, papelão, metais, vidros, plásticos,trapos e outros. A reciclagem é uma forma importante de recuperação energética, especialmente quandoestá associada a um sistema de compostagem, que consiste no tratamento biológico dos resíduos sólidosorgânicos, originando um composto orgânico tipo húmus, que é utilizado como condicionador de solos.
Dados apurados no ano 2000 17 apresentam o seguinte panorama do município:
• No tocante ao abastecimento de água, Miguel Pereira tem 24,6% dos domicílios com acessoà rede de distribuição, 73,7% com acesso à água através de poço ou nascente e 1,7% têm
16 - Preliminarmente, o esgoto bruto passa pela remoção de sólidos grosseiros, gorduras e areia. O tratamento primário consiste em
decantação, flotação, digestão do lodo e secagem do lodo. O secundário, em filtração biológica, processamento de lodos ativados,decantação intermediária ou final, e lagoas de estabilização. O terciário complementa o processo com lagoas de maturação, desinfecção,remoção de nutrientes e de complexos orgânicos.17 - Fontes: Sistema Nacional de Indicadores Urbanos – SNIU, do Ministério das Cidades (dados coletados nos dias 3 e 4 de junho de 2003referentes ao ano 2000) e IBGE – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000.
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outra forma de acesso à mesma. O total distribuído alcança 3.677 metros cúbicos por dia, dos
quais 72% passam por tratamento convencional e o restante por simples desinfecção (cloração).
• A rede coletora de esgoto sanitário chega a 13,5% dos domicílios do município; outros 65,3%têm fossa séptica, 10,7% utilizam fossa rudimentar, 7,5% estão ligados a uma vala e 2,5%são lançados diretamente em um corpo receptor (rio, lagoa ou mar). O esgoto coletado nãopassa por tratamento e é lançado no rio.
• Miguel Pereira tem 89,7% dos domicílios com coleta regular de lixo, outros 0,7% têm seu lixo jogado em terreno baldio ou logradouro e 8,8% o queimam. O total de resíduos sólidos coletadossomava 12 toneladas por dia, cujo destino era 3 vazadouros a céu aberto (lixões).
Faz-se urgente que a gestão dos recursos hídricos se efetue de forma mais competente eeficaz do que vem sendo feita até hoje. É necessário administrar a abertura e bombeamento depoços, monitorar o rebaixamento do lençol freático, o aterramento de brejais, lagoas e lotes ou aobstrução parcial da drenagem superficial e subsuperficial, bem como a abertura e limpeza de fossas,a contaminação do freático, as zonas de despejo de esgoto e lixo etc. A realização de investimentose ações de desenvolvimento tecnológico resultará na implantação de projetos mais eficientes e menosimpactantes na qualidade dos corpos hídricos e na reutilização dos subprodutos dos tratamentos deágua, esgoto e lixo.
III - INDICADORES SOCIAIS
Qualquer reflexão que se faça hoje da sociedade brasileira mostra o seu perfil complexo, dinâmicoe desigual. De um lado uma economia moderna, com grande potencial produtivo. De outro, um grandecontingente humano convivendo com padrões intoleráveis de pobreza, excluído de benefícios sociais,assim como dos serviços proporcionados pelas instituições governamentais. O processo de globalização,com suas oportunidades e incertezas, encontra um país com grandes dificuldades que expressamuma herança histórica de autoritarismo e exclusão social. Como conseqüência, setores que anteseram incluídos foram banidos e marginalizados por transformações sociais, econômicas e políticas, oupassaram pelo que se chama de inclusão limitada 18, pela qual a aquisição de emprego, renda e benefíciosdecorrentes do avanço econômico são proporcionados a segmentos restritos da sociedade.
Amplos setores da população não têm acesso a ativos produtivos, educação de boa qualidadee, por conseguinte, rendas adequadas. Essas exclusões se reforçam mutuamente e criam círculosperversos que ocasionam grandes grupos humanos desprovidos de capacidades elementares.
Embora a disparidade na renda recebida pelos diversos segmentos da população estabeleçapadrões significativos de desigualdade, esse quadro vai muito além dessa única dimensão 19. Outrasvariáveis devem ser consideradas, o que torna imprescindível a compreensão das inter-relaçõesentres elas, na medida em que vão criando focos de exclusão social. A compreensão da desigualdadedeveria deslocar-se da análise de renda para um conjunto de fatores que determinam as capacidadesde funcionamento adequado das pessoas, necessárias para alcançar os estados nutricionais
18 - Reis, E. P. & Schwartzman, S., Pobreza e Exclusão Social: Aspectos Sociopolíticos. World Bank, 2002.19 - Amartya Sen, Desigualdade Reexaminada. Rio de Janeiro: Record, 2001.
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apropriados, bons padrões de saúde e de educação. As diferenças de renda são apenas um dos
aspectos da realidade desigual, que se manifesta em diferentes áreas: no acesso e permanência naescola, na saúde e na assistência social, nas oportunidades de emprego e, em última análise, emtudo o que é relevante para a qualidade de vida do indivíduo.
Instituições como o Banco Mundial 20 assinalam que “o desenvolvimento não resultou,necessariamente, em igualdade e que enfrentamos agora uma tragédia de exclusão”. Caracterizam aexclusão como um processo através do qual indivíduos ou grupos se encontram total ou parcialmenteexcluídos da participação econômica, social ou política em sua sociedade. Amplia-se a idéia de que, juntoaos direitos políticos e civis, um cidadão deve ter direitos sociais, e que a falta destes significa exclusão.
A partir de uma concepção dessa ordem, a Comunidade Econômica Européia 21 descreve a
exclusão social como “a impossibilidade ou não-habilitação para ter acesso aos direitos, diminuiçãoda auto-estima, inadequação das capacidades para cumprir com as obrigações e o risco de estar relegado por longo tempo a sobreviver do assistencialismo”.
O conceito de exclusão social traz implícito o problema da desigualdade, já que os excluídossomente o são pelo fato de estarem privados de algo que os outros – os incluídos – usufruem.
O Brasil se desenvolveu com a característica da não-incorporação de grandes parcelas dapopulação aos setores modernos da economia, da sociedade e do sistema político. Dados estatísticosrecentes mostram que os indicadores relativos a educação, saúde e consumo de bens duráveis vêmaumentando consideravelmente, todavia, a partir de bases iniciais bastante restritas. Hoje temos
uma população com mais de 175 milhões de habitantes, a grande maioria convivendo nos centrosurbanos e com uma economia per capita que se s itua próxima às do México e do Chile. Socialmente,entretanto, os níveis de exclusão e de desigualdade são imensos, estando entre os piores do mundo.Um dos exemplos mais expressivos é o deficit habitacional.
Diante dessa realidade, é pertinente dizer que a exclusão social remete à não-concretizaçãoda cidadania, uma vez que, apesar de políticas públicas existentes, uma grande quantidade deindivíduos não pertence efetivamente a uma comunidade política e social: as pessoas convivem emum mesmo espaço, contribuem economicamente para a mesma sociedade, mas não têm acessoao consumo de bens e meios de cidadania. Embora a legislação lhes assegure direitos, tal garantianão se traduz em seu real usufruto.
Para Covre 22, o conceito de cidadania está ligado ao próprio direito à vida no seu sentidopleno. Direito que precisa ser construído coletivamente, não só em termos das necessidades básicas,mas de acesso a todos os níveis da existência. A literatura costuma diferenciar três tipos de direito:os direitos civis, os políticos e os sociais. Essa divisão serve apenas à análise, uma vez que elesdevem coexistir interligados. Tais direitos, portanto, não são desvinculados, pois sua efetiva realizaçãodepende da relação recíproca estabelecida entre eles. Por exemplo, o real atendimento dos direitossociais, e mesmo dos direitos civis, depende da atuação política, isto é, que vigorem os direitospolíticos, e assim reciprocamente.
20 - Bain, K. & Hicks, N. Building Social Capital and Reaching out to Excluded Groups: The Challenge of Partnerships. World Bank, 1998.21 - Commission of the European Communities. Toward a European of solidarity, intensifying the fight against social exclusion and fostering integration. Bruxelas, 1993.22 - Covre, Maria de Lourdes. O Que É Cidadania? São Paulo: Brasiliense, 2001.
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Os direitos civis dizem respeito ao direito de locomoção, segurança, inviolabilidade do domicílio,
liberdade de expressão, justiça etc. Os direitos políticos referem-se à deliberação do homem sobre asua vida, facultam e delimitam o papel do cidadão na organização política da comunidade em queestá inserido – direito de votar e de ser votado. Esse direito relaciona-se, principalmente, à convivênciacom outros homens em organismos de representação direta (sindicatos, partidos, movimentos sociais,escolas, conselhos etc.) ou indireta (pela eleição de governantes e parlamentares). Os direitos sociais,finalmente, significam o acesso ao atendimento das necessidades humanas, necessidadesindispensáveis a uma vida digna e para a convivência social – o direito à saúde, ao trabalho, à habitação,à proteção em situações de doença e de velhice e, principalmente, à educação.
Também incluem-se como formas de acesso ou inclusão as iniciativas de participação econtrole, tais como o Orçamento Participativo, os Conselhos Municipais e as Organizações do Terceiro
Setor: Organizações Não Governamentais, Sociais e da Sociedade Civil de Interesse Público (ONGs,OSs e OSCIPs), instituições religiosas e entidades filantrópicas.
Atualmente, há uma grande conscientização de que os direitos políticos e civis são insuficientesquando existem grandes diferenças sociais que impedem, concretamente, que eles sejam exercidos.
Estudos mais recentes do Banco Mundial 23 indicam que tanto o crescimento econômico quantoa oferta de serviços sociais de caráter universal, como educação e saúde, são condições essenciais,mas não suficientes para erradicar a extrema pobreza. Dois aspectos foram identificados: a existênciade um “núcleo duro” de pobreza que mantém-se consistentemente pobre, através das gerações,devido à total adversidade de condições para desenvolver suas habilidades; o segundo está relacionado
a aspectos subjetivos ligados à pobreza: a necessidade cotidiana de sobrevivência gera grandeimediatismo, cuja versão mais cruel é a perda da capacidade de projetar, de sonhar, de ter futuro. Étransferido para fora de si o controle da própria vida, seja pelo fundamentalismo religioso, seja pelacrença em políticos com discurso milagreiro, ou pela sorte grande na loteria.
A autora recomenda que, para o “núcleo duro” da pobreza, faz-se necessária uma rede deproteção social, com programas permanentes de saúde, educação e trabalho, estruturados por etapasdo ciclo de vida das pessoas, para oferecer continuadamente a possibilidade de uma saída sustentávelda situação de pobreza. Para a questão subjetiva apontada, é necessário promover uma açãosocioeducativa e de acompanhamento da família. Existe, ainda, um grupo constituído por pessoasem extremo risco, que precisam de serviços assistenciais acolhedores e de apoio psicossocial.
Estão nessa categoria certos tipos de população de rua, pobres com doenças crônicas, famílias depresidiários, mulheres e crianças vítimas de abuso ou exploração sexual, pobres portadores dedeficiências físicas ou mentais.
O planejamento familiar torna-se essencial para redução do efeito multiplicador que ocorrenas famílias mais pobres. É preciso uma ação integrada de promoção socioeducativa, de assistênciae de criação de oportunidades de desenvolvimento humano, social e econômico para reverter opreconceito, a discriminação e a exclusão social em um país onde 1% da população mais r ica ficacom 10% da renda total, os 9% seguintes se apropriam de mais 40%, os 40% seguintes f icam comoutros 40% da renda, e os 50% mais pobres da população açambarcam apenas 10% 24.
23 - Engel, Wanda. "Assistência ou Assistencialismo?" Jornal O Globo, pág. 7, 21/04/2003.24 - Fonte: Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade – IETS, a partir de tabulações especiais da Pesquisa Nacional por Amostra deDomicílio (PNAD) - 1981 a 1999 in Rio de Janeiro: Trabalho e Sociedade – Conhecimento e Desigualdade - 2002.
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• Índice de Desenvolvimento Humano – IDH 25
O Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, apresentado nas duas primeiras edições dosEstudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro, foi criado originalmentepara medir o nível do desenvolvimento humano dos países a partir de indicadores de educação,longevidade e renda. O primeiro é uma combinação da taxa de matrícula bruta nos três níveis deensino com a taxa de alfabetização de adultos, o segundo é medido pela expectativa de vida dapopulação, e o terceiro é dado pelo PIB per capita medido em dólar-PPC (paridade do poder decompra), calculado pelo Banco Mundial.
O IDH varia de zero a um e classifica os países com índices considerados de baixo, médioou alto desenvolvimento humano, respectivamente nas faixas de 0 a 0,5; de 0,5 a 0,8; e de 0,8 a 1.
Quanto mais próximo de 1 for o IDH, portanto, maior o nível de desenvolvimento humano apurado.
De acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano 2002 (ano-base 2000) 26 doPrograma das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, o Brasil atingiu o IDH de 0,757 em2000, 73ª posição no ranking dos 173 países avaliados. Nosso país inclui-se no grupo daquelesque têm PIB per capita alto convivendo com baixas taxas de alfabetização e expectativa de vidamais curta do que a média de países de renda equivalente. Assim, nossa dimensão renda é a 60ªdo mundo, enquanto a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais, de 85,2% dosbrasileiros, tem a 96ª colocação entre 173 países. Em contrapartida, a taxa de matrícula bruta de80% é a 43ª melhor do planeta. Quanto à nossa expectativa de vida de 67,7 anos, ela está em 103ºlugar no mundo.
O Brasil, em 2000, apresentou IDH maior que a média da América Latina, onde é superadopor Argentina, Chile, Uruguai, Costa Rica, México, Panamá, Colômbia e Venezuela. Nossa pontuaçãoé melhor que a obtida por Peru, Paraguai, Equador, El Salvador, Bolívia, Honduras, Nicarágua eGuatemala.
* Gráfico extraído do Relatório de Desenvolvimento Humano 2002
25 - Fontes: IPEA/FJP/PNUD/IBGE e Relatório das Contas de Gestão do Governador – exercício de 1999 – TCE-RJ.26 - Para maiores informações, consulte o site www.undp.org.br .
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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, a Fundação João Pinheiro do Governo do
Estado de Minas Gerais – FJP/MG e o PNUD divulgaram, em dezembro de 2002, o Novo Atlas doDesenvolvimento Humano do Brasil, com dados relativos ao Censo de 2000, cujo questionário maisdetalhado aplicado a 12% do universo recenseado teve sua amostra expandida para efeito de cálculodos componentes do índice.
Embora meçam os mesmos fenômenos, os indicadores levados em conta no IDH-Municipal(IDH-M) são mais adequados para avaliar as condições de núcleos sociais menores. Na dimensãoeducação, consideram-se a taxa de alfabetização de pessoas acima de 15 anos de idade e a taxabruta de freqüência à escola 27. A dimensão longevidade apura a esperança de vida ao nascer,sintetizando as condições de saúde e salubridade locais. Para avaliar a dimensão renda, ao invés doPIB, o critério utilizado é a renda média de cada residente do município, transformada em dólar-PPC
utilizando-se escala logarítmica para corrigir as distorções nos extremos das curvas de renda. Nessaconceituação, o IDH-M do Brasil alcançou a média 0,764 no ano 2000.
Os cinco estados com maior IDH-M no país são o Distrito Federal, com 0,844; São Paulo,com 0,814; Rio Grande do Sul, com 0,809; Santa Catarina, com 0,806; e Rio de Janeiro, com 0,802.Esses também são os únicos estados que já alcançaram o início da faixa de alto desenvolvimentohumano. Todos os demais 22 estados têm médio IDH-M, sendo os piores os de Alagoas (0,633),Maranhão (0,647), Piauí (0,673), Paraíba (0,678) e Sergipe (0,687).
A predominância de estados das Regiões Norte e Nordeste com menor desenvolvimentohumano prossegue até o décimo primeiro colocado, Minas Gerais, superado, pela ordem, por
Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná, além dos cinco primeiros jácitados.
Dos 5.507 municípios brasileiros avaliados no Novo Atlas, dentre os 100 primeiros colocados,apenas 4 não pertencem às Regiões Sul e Sudeste: Fernando de Noronha (PE), Distrito Federal eduas localidades agrícolas no Centro-Oeste. São Caetano do Sul, no ABC paulista, é o que apresentamelhor IDH-M, de 0,919. Dos 91 municípios fluminenses (Mesquita foi instalado somente em2001 e não consta do Novo Atlas), Niterói aparece em terceiro lugar e a capital Rio de Janeiro emsexagésimo.
Essas duas cidades mantiveram-se em primeiro e segundo lugar no ranking interno do nosso
Estado desde 1970. Acima da média estadual, de 0,802 em 2000, estão também Volta Redonda,Nova Friburgo, Resende, Barra Mansa e Petrópolis. Dentre os 8 únicos municípios com altodesenvolvimento humano, inclui-se ainda Itatiaia, com exatos 0,800. Outros 35 municípios estão nafaixa de IDH-M superior à média brasileira. Todos os 43 que se enquadram nessa “elite” de nossoEstado estão marcados em verde no mapa a seguir.
Os 48 municípios restantes tiveram seu IDH-M abaixo de 0,764, ficando Varre-Sai com amenor marca, de 0,679. Esses foram assinalados em vermelho no mesmo mapa.
27 - Somatório de pessoas, independentemente da idade, que freqüentam os cursos fundamental, secundário e superior, inclusive cursossupletivos, classes de aceleração e de pós-graduação universitária, dividido pela população na faixa etária de 7 a 22 anos na localidade.
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Pode-se observar desigualdades inter-regionais, como também intra-regionais. Na realidade,o mapa desvenda uma estratificação por faixas geográficas que se alternam entre menor e maior desenvolvimento humano.
Os municípios que tiveram maior taxa de crescimento de IDH-M entre 1991 e 2000 foram justamenteaqueles que apresentaram este indicador abaixo de 0,600 em 1991, destacando-se São João da Barra,Silva Jardim, Trajano de Morais e Laje do Muriaé, que avançaram mais de 30% nesses nove anos e,mesmo assim, continuam no “vermelho”. Uma outra análise, por população dos municípios no ano2000, também revela uma correlação entre essa característica e o nível de desenvolvimento humano:
- dentre os quatro municípios com mais de 500 mil habitantes, dois estão acima da médiabrasileira (faixa verde) e dois estão abaixo (faixa vermelha);
- dos dezessete municípios entre 100 e 500 mil habitantes, doze estão na faixa verde e cincona vermelha;
- onze municípios tinham entre 50 e 100 mil habitantes, dos quais sete estão na faixa verde equatro na vermelha;
- entre as vinte e cinco municipalidades entre 20 e 50 mil habitantes, treze estão na faixa verdee doze na vermelha;
- são vinte e quatro localidades entre 10 e 20 mil munícipes, das quais sete estão na faixaverde e dezessete na vermelha;
- das dez restantes, com menos de dez mil habitantes, duas estão na faixa verde e oito na vermelha.
Verifica-se que, dos seis municípios emancipados na década de 80, apenas Itatiaia e Arraial
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do Cabo estão na faixa verde, enquanto Quissamã, Italva, São José do Vale do Rio Preto e Paty do
Alferes encontram-se na faixa vermelha. Já dos vinte e um municípios que surgiram na década de 90,sete estão na faixa verde (Iguaba Grande, Pinheiral, Armação dos Búzios, Quatis, Rio das Ostras,Macuco e Areal) e quatorze na vermelha (Seropédica, Aperibé, Comendador Levy Gasparian, PortoReal, Belford Roxo, Carapebus, Guapimirim, Queimados, Japeri, Tanguá, São José de Ubá, e os trêsúltimos colocados: Cardoso Moreira, São Francisco de Itabapoana e Varre-Sai).
Da mesma forma como apresentamos as posições do Brasil em relação ao mundo no ranking dos indicadores educação, saúde e renda que compõem o IDH, alguns municípios se destacam noEstado do Rio de Janeiro como, por exemplo, na alfabetização de adultos:
- Nilópolis está em 2º lugar nesse indicador, contra 19º no IDH-M do Estado;
- São João de Meriti está em 5º, e aparece em 35º no Estado;
- São Gonçalo aparece em 6º, enquanto está em 23º lugar no Estado;
- Barra do Piraí está em 9º, contra 25º no Estado;
- Nova Iguaçu chega a 12º, e está em 45º no Estado;
- Iguaba Grande cai de 9º no Estado para 26º no número de pessoas com mais de 15 anosque sabem ler e escrever um bilhete simples.
No indicador esperança de vida, Quatis, 13º colocado no Estado, está em 1º lugar, superandoNiterói, e ainda:
- Itaperuna em 3º lugar, contra 20º no Estado;
- Cantagalo está em 7º, enquanto aparece em 28º no Estado;
- Paraíba do Sul surge em 10º, e está em 40º no Estado;
- Paraty aparece em 11º, contra 30º no Estado;
- Rio de Janeiro cai de 2º no IDH-M para 24º em esperança de vida.
A dimensão renda destaca os seguintes municípios:
- Macaé surge em 4º, e ocupa a 17ª posição no IDH-M;
- Miguel Pereira aparece em 5º lugar, contra 29º no Estado;
- Teresópolis em 8º, e está em 16º no Estado;
- Rio das Ostras está em 12º, contra 34º no Estado;
- Barra Mansa cai de 6º no Estado para 23º nesse indicador.
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O município em análise ocupava a 29ª posição no Estado em 2000, com IDH-M de 0,777, e
sua evolução comparada é apresentada no gráfico a seguir.
Com relação aos componentes do índice, Miguel Pereira apresentou IDH-M Educação de0,876, 31º no Estado, e pontuou 0,692 no IDH-M Esperança de Vida, 80a posição dentre os noventa eum municípios analisados. Seu IDH-M Renda foi de 0,764, com o qual o município ficou em 5º lugar noEstado.
A tabela a seguir apresenta a nova posição dos municípios no IDH-M:
Município RegiãoIDH-M2000
Rankingno
Estado
RankingNacional
Município RegiãoIDH-M2000
Rankingno
Estado
RankingNacional
Angra dos Reis Ilha Grande 0,772 36 1268 Nilópolis Metropolitana 0,788 19 846 A perib Noroeste 0,756 48 1693 Niter i Metropolitana 0,886 1 3 A raruama B.Litor neas 0,756 49 1700 Nova Friburgo Serrana 0,810 4 370 rea entro- u , ova guaçu etropo tana , A rma ão dos Búzios B.Litorâneas 0,791 12 785 Paracambi Metropolitana 0,771 39 1304 Arraial do Cabo B.Litor neas 0,790 14 803 Para ba do Sul Centro-Sul 0,770 40 1316 Barra do Pira M dio Para ba 0,781 25 1029 Parati Ilha Grande 0,777 30 1132 Barra Mansa M dio Para ba 0,806 6 462 Paty do Alferes Centro-Sul 0,718 84 2660 B elford Roxo Metropolitana 0,742 60 2106 Petr polis Serrana 0,804 7 481 Bom Jardim Serrana 0,733 70 2347 Pinheiral Médio Paraíba 0,796 10 649 B.Jesus do Itabapoana Noroeste 0,747 56 1975 Pira M dio Para ba 0,777 31 1145 a o r o . tor neas , orc ncu a oroeste , Cachoeiras de Macacu B.Litor neas 0,752 55 1828 Porto Real M d io Para ba 0,743 58 2065 Cambuci Noroeste 0,733 71 2348 Quatis M dio Para ba 0,791 13 789 Campos dos Goytacazes Norte 0,752 54 1818 Queimados Metropolitana 0,732 73 2372 Cantagalo Serrana 0,779 28 1078 Quissam Norte 0,732 74 2374 Carapebus Norte 0,741 62 2134 Resende M dio Para ba 0,809 5 401 Cardoso Moreira Norte 0,706 89 2895 Rio Bonito B.Litor neas 0,772 37 1270 Carmo Serrana 0,763 44 1509 Rio Claro M dio Para ba 0,737 66 2238 Casimiro de Abreu B.Litorâneas 0,781 24 1020 Rio das Flores Médio Paraíba 0,739 64 2180 Com. Levy Gasparian Centro-Sul 0,753 53 1808 Rio das Ostras B.Litor neas 0,775 34 1188 Conceiç o de Macabu Norte 0,738 65 2192 Rio de Janeiro Metropolitana 0,842 2 60 Cordeiro Serrana 0,789 18 831 Santa Maria Madalena Serrana 0,734 69 2320 Duas Barras Serrana 0,712 86 2766 Santo Ant nio de P dua Noroeste 0,754 50 1766 Duque de Caxias Metropolitana 0,753 52 1796 São Fidélis Norte 0,741 61 2124 ngo. au o e ront n entro- u , . ranc sco e ta apoana orte , Guapimirim Metropolitana 0,739 63 2174 S o Gonçalo Metropolitana 0,782 23 1012 Iguaba Grande B.Litorâneas 0,796 9 645 São João da Barra Norte 0,723 81 2573 I tabora Metropolitana 0,737 67 2243 S o Jo o de Meriti Metropolitana 0,774 35 1213 Itaguaí Metropolitana 0,768 42 1376 São José de Ubá Noroeste 0,718 85 2667 ta va oroeste , . os o . o o reto errana , Itaocara Noroeste 0,771 38 1296 S o Pedro da Aldeia B.Litor neas 0,780 27 1049 Itaperuna Noroeste 0,787 20 878 São Sebastião do Alto Serrana 0,723 80 2564 Itatiaia M dio Para ba 0,800 8 567 Sapucaia Centro-Sul 0,742 59 2101 J aperi Metropolitana 0,724 77 2531 Saquarema B.Litor neas 0,762 46 1535 a e o ur a oroeste , erop ca etropo tana , Maca Norte 0,790 17 815 Silva Jardim B.Litor neas 0,731 75 2397 Macuco Serrana 0,769 41 1349 Sumidouro Serrana 0,712 87 2778 Mag Metropolitana 0,747 57 1977 Tangu Metropolitana 0,722 82 2582
Mangaratiba Metropolitana 0,790 15 804 Teres polis Serrana 0,790 16 806 ar c etropo tana , ra ano e ora s errana , M endes Centro-Sul 0,775 33 1182 Tr s Rios Centro-Sul 0,782 22 1001 Miguel Pereira Centro-Sul 0,777 29 1128 Valen a M dio Para ba 0,775 32 1173 M iracema Noroeste 0,732 72 2370 Varre-Sai Noroeste 0,679 91 3310 Natividade Noroeste 0,736 68 2278 Vassouras Centro-Sul 0,781 26 1032
o ta e on a o ara a ,
Evolução Comparativa do IDH-M
0,450
0,500
0,550
0,600
0,650
0,700
0,750
0,800
0,850
0,900
0,950
1,000
1970 1980 1991 2000
Estado Capital Miguel Pereira
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MIGUEL PEREIRA
• IQM – Carências 28
O IQM – Carências, desenvolvido pela Fundação CIDE, foi construído como um indicador sintético, com o objetivo de retratar a distância entre a realidade existente em cada um dos municípiosfluminenses e aquela de uma sociedade ideal, na qual se vivencie um elevado grau de eqüidade ecidadania plena.
A carência apontada neste índice não representa pobreza ou miséria, mas a graduação daqualidade de vida em educação; saúde; habitação e saneamento; mercado de trabalho; comércio;segurança; transportes; comunicações; esporte, cultura e lazer; participação comunitária; edescentralização administrativa. O resultado geral partiu do cruzamento de 42 variáveis, selecionadasa partir dessas 11 áreas temáticas, abordadas através de três diferentes níveis de exigência.
Para definição destas áreas e dos parâmetros adotados nos respectivos indicadores,elegeu-se, como marco teórico, a Constituição de 1988, tanto no que diz respeito aos direitossociais estabelecidos para toda a população quanto na definição de um novo arcabouço jurídico-institucional de governança, que aponta para o município como o locus privilegiado de exercícioda cidadania.
A seleção das variáveis também procurou captar alternadamente indicadores que reflitam aatuação do poder público, da sociedade civil e da iniciativa privada, tendo como referência positivauma sociedade em que os diferentes atores ajam em regime de co-responsabilidade.
O foco do estudo centrou-se na avaliação e mensuração do quantum de cidadania já foi alcan-
çado pela sociedade fluminense, investigando-se também as condições potenciais para a manuten-ção ou para a melhora futura deste patamar, de acordo com as condições de vida e de oferta de bense serviços presentes nos respectivos municípios.
A pirâmide que serviu de base para o cálculo do índice de carências está dividida em trêsníveis, que se diferenciam pelo grau de progresso intelectual, cultural e material. Os níveis estãodefinidos conforme descrição a seguir:
· Nível 1 - representa as necessidades básicas: corresponde à base da pirâmide. Aí estão osindicadores de necessidades cuja satisfação garante a sobrevivência com dignidade. Trata-se, porém, das necessidades básicas ampliadas, isto é, aquelas decorrentes das novas pos-
sibilidades e exigências da vida moderna.
· Nível 2 - representa o aumento de oportunidades de ascensão social: é o nível intermediário,em que estão incluídos indicadores demonstrativos de um maior progresso. Retrata apossibilidade de acesso a serviços e bens que permitem não só resolver as necessidadesbásicas mas ir além, isto é, obter oportunidades concretas (referentes a alguns diferenciaisno desenvolvimento humano) que colocam o indivíduo no caminho de algumas realizaçõespessoais.
· Nível 3 - representa o autodesenvolvimento e a auto-satisfação: é o topo da pirâmide ao qualtodos deveriam chegar, dentro de um espírito de eqüidade e justiça no qual os indivíduos
têm condições de aproveitar todo o seu potencial e de obter conquistas e auto-satisfação.
28 - Índice de Qualidade dos Municípios – Carências - CIDE, 2001.
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O índice total oscilou entre 32,4% (Rio de Janeiro) e 64,0% (Japeri). Quanto mais alto o percentual
apurado no índice, maior o seu nível de carência, nos conceitos expostos anteriormente. Já comrelação ao ranking dos municípios abordados (incluída a capital e excluído Mesquita), quanto mais altasua colocação, mais baixo é seu índice de carências.
O município de Miguel Pereira encontra-se em 61º lugar entre os noventa e um municípiosanalisados, com um índice total de 52,3%. O gráfico a seguir apresenta o comparativo entre os municípiosda Região Centro-Sul Fluminense.
Com relação ao 1º nível da pirâmide do IQM – Carências, Miguel Pereira está em 61º lugar noEstado, com a marca de 45,5%.
Já com relação ao 2º nível da pirâmide do IQM – Carências, o município está em 48º lugar noEstado, com a marca de 61,3%.
Finalmente, com relação ao 3º nível da pirâmide do IQM – Carências, Miguel Pereira está em
66º lugar no Estado, com a marca de 59,1%.
As tabelas e gráficos a seguir demonstram em detalhe as características e índices alcança-dos de carências em cada nível da pirâmide do indicador.
Por se tratar de um complexo conjunto de variáveis, a leitura desses gráficos demanda ummomento de reflexão. Nesse sentido, há mérito incontestável na concepção deste indicador pelostécnicos da Fundação CIDE.
IQM – Carências na Região Centro-Sul Fluminense
61,2
59,8
59,1
57,6
55,3
54,2
53,8
52,8
52,3
45,0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0
Engenheiro Paulo de Frontin
Comendador Levy Gasparian
Sapucaia
Paty do Alferes
Areal
Paraíba do Sul
Mendes
Vassouras
Miguel Pereira
Três Rios
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Indicadores do 1º Nível – Necessidades básicas – Peso de 55,6% no índice total
Nome Descrição Fonte/Ano
Alfabetização dos jovens
Pessoas de 15 a 24 anos com, pelo menos, 4 anos deestudo/total de pessoas de 15 a 24 anos*100 IBGE, 96
Infra-estrutura dasescolas
Escolas com energia elétrica, água, esgoto e biblio-teca/total de escolas*100
SEE, 99
Mortalidade na infância
bitos de pessoas de 0 a 4 anos por doenças infecciosase parasitárias, doenças respiratórias ou afecçõesoriginadas no período perinatal/total de óbitos de pessoasde 0 a 4 anos*100
SES, 97/99
Nascimentos com pré-natal
Nascimentos com número adequado de consultas pré-natal/total de nascimentos*100 SES, 99
Déficit habitacional Cálculo no IQM – Necessidades Habitacionais CIDE, 91
Inadequação por infra-estrutura
Cálculo no IQM – Necessidades Habitacionais CIDE, 91
Formalidade dasrelações de trabalho Empregos formais/população ocupada*100 RAIS, 98
Equipamentosesportivos, culturais, deinformação e lazer
(Redes de TV sintonizadas/7, existência de estádio ouginásio poliesportivo, estação de rádio, bibliotecapública)/4*100
IBGE, 99
Direito à vida Número de homicídios/população*100.000 I.Cano, 98Comércio varejista debens cotidianos oufreqüentes
Número de setores presentes/total de setores*100 SEF, 99
Acessibilidade Extensão da rede de estradas pavimentadas/área domunicípio
DER/CIDE, 00
Telefone público
Número de telefones públicos/número adequado de
telefones públicos*100 TELEMAR, 00
Rendimento de trabalho Empregados com rendimento superior a 3 saláriosmínimos/total de empregados*100
RAIS, 98
Existência efuncionamento deconselhos municipais eórgãos de justiça
(4 conselhos municipais principais regulamentados einstalados + existência de Juizado de Pequenas Causas,Defesa do Consumidor e Conselho Tutelar)/7*100
IBGE, 99
Miguel Pereira
69,3
71,1
84,1
38,1
61,5
0,0
74,9
37,1
9,7
11,9
67,9
77,5
19,7
45,5
14,3
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0
Existência e funcionamento de conselhos municipais e órgãos de justiça
Rendimento do trabalho
Telefone público
Acessibilidade
Comércio varejista de bens cotidianos ou fr equentes
Direito à vida
Equipamentos esportivos, culturais, de informação e de lazer
Formalidade das relações de trabalho
Inadequação por infra-estrutura
Déficit Habitacional
Nascimentos com pré-natal
Mortalidade na infância
Infra-estrutura das escolas
Alfabetização dos jovens
Total de carências no 1º nível
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Indicadores do 2º Nível – Aumento de Oportunidades de Ascensão Social – Peso de 33,3%
Nome Descrição Fonte/AnoInstrução dos adultos Pessoas de 20 a 29 anos com 11 anos ou mais de
estudo/total de pessoas de 20 a 29 anos*100IBGE, 96
Dependências escolaresEscolas com sala de TV e vídeo, quadra de esportes,laboratório de informática e laboratório de ciências/totalde escolas*100
SEE, 99
Mortalidade por doençasdo aparelho circulatório
bitos de pessoas de 40 a 59 anos por doenças doaparelho circulatório/população de 40 a 59 anos*100.000 SES, 97/99
Disponibilidade de leitos Leitos nas clínicas básicas/população*1.000 IBGE, 99
Favelas
(Existência de favelas e cadastro, loteamentos irregularese cadastro, le isla ão de interesse es ecial, ro rama deregularização fundiária e programa de urbanização deassentamentos)/5*100
IBGE, 99
Iluminação epavimentação das viasurbanas
min {percentual de vias iluminadas e percentual de vias
pavimentadas}IBGE, 99
Tempo de permanênciano emprego
Desligamentos com tempo superior a 12 meses/total deempregos*100
RAIS, 99
Equipamentos esportivos,culturais, de informação elazer
(Existência de videolocadora, loja de discos, fita e CD,teatro ou casa de es etáculos, livraria e ornaisdiários)/5*100
IBGE, 99
Direito à integridade física Lesões corporais dolosas e culposas/população*100.000 SSP, 99Comércio varejista debens cotidianos,freqüentes e poucofreqüentes
Número de setores presentes/total de setores*100 SEF, 99
Transporte públicointermunicipal Municípios com linhas de ônibus/total de municípios*100 DETRO, 01
Telefones
Número de telefones instalados/número adequado de
telefones instalados*100 TELEMAR, 00Rendimento de trabalho
Empregados com rendimento inferior a 5 saláriosmínimos/total de empregados*100 RAIS, 99
Existência efuncionamento deconselhos municipais
(4 conselhos municipais principais regulamentados e ins-talados, paritários, deliberativos e administrando fundos eos 6 restantes regulamentados e instalados)/22*100
IBGE, 99
Miguel Pereira
31,8
87,9
91,2
47,8
71,0
52,3
70,0
60,0
61,8
97,5
86,0
61,3
26,5
0,0
75,0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0
Existência e funcionamento de conselhos municipais
Rendimento do trabalho
Telefones
Transporte público intermunicipal
Comércio varejista de bens cotidianos, frequentes e pouco frequentes
Direito à integridade física
Equipamentos esportivos, culturais, de informação e lazer
Tempo de permanência no emprego
Iluminação e pavimentação de vias urbanas
Favelas
Disponibilidade de leitos
Mortalidade por doenças do aparelho cir culatório
Dependências escolares
Instrução dos adultos
Total de carências no 2º nível
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MIGUEL PEREIRA
Indicadores do 3º Nível – Autodesenvolvimento e Auto-Satisfação – Peso de 11,1%
Nome Descrição Fonte/AnoInstrução dos jovens
Pessoas de 18 e 19 anos com 11 anos ou mais deestudo/total de pessoas de 18 e 19 anos*100
IBGE, 96
Ensino superior, mestradoou doutorado
Número de áreas com cursos/total de áreas*100 MEC
Mortalidade de idosos bitos de pessoas de 70 anos ou mais/pessoas de 70anos ou mais*100
SES, 99
Procedimentosassistenciais de altacomplexidade
Número de procedimentos disponíveis/total de proce-dimentos*100
DATASUS, 00
Conforto domiciliar Domicílios com até 2 habitantes por dormitório/total dedomicílios*100 IBGE, 91
Regulação e controle de
uso e ocupação do solo
(Emissão de licença para construção, cadastro territorial
atualizado, arrecadação de IPTU e lei de zonea-mento)/4*100 IBGE, 99
Qualidade daremuneração
Empregados com 2º grau completo com rendimentosuperior a 3 salários mínimos/total de empregados*100 RAIS, 99
Equipamentos esportivos,culturais, de informação elazer
(Existência de sintonia de 7 redes de TV, emissora de TVgeradora de imagem, shopping center , número adequadode cinemas e museu)/5*100
IBGE, 99
Direito à propriedade Número de roubos e furtos/população*100.000 SSP, 99
Comércio varejista detodos os bens Número de setores presentes/total de setores*100 SEF, 99
Transporte particular Número de automóveis particulares licenciados/população DETRAN, 00
CIDE, 00Internet
Número de provedores de internet/número de provedoresde internet necessários*100 IBGE, 99
Rendimento Empregados com rendimento superior a 10 saláriosmínimos/total de empregados*100 RAIS, 99
Existência efuncionamento deconselhos municipais
(Todos os 10 conselhos municipais regulamentados einstalados, paritários, deliberativos e administrandofundos)/40*100
IBGE, 99
Miguel Pereira
50,0
97,3
100,0
57,1
54,7
54,7
40,0
51,0
9,2
29,5
90,9
4,0
100,0
89,7
59,1
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0
Existência e funcionamento de conselhos municipais
Rendimento
Internet
Transporte particular
Comércio varejista de todos os bens
Direito à propriedade
Equipamentos esportivos, culturais, de informação e lazer
Qualidade da remuneração
Regulação e controle de uso e ocupação do solo
Conforto domiciliar
Procedimentos assistenciais de alta com plexidade
Mortalidade de idosos
Ensino superior, mestrado ou doutorado
Instrução dos jovens
Total de carências no 3º nível
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32
MIGUEL PEREIRA
Educação
A análise da situação educacional brasileira permite constatar que, se do ponto de vistaquantitativo a expansão do sistema atingiu índices bastante razoáveis, o mesmo não se pode dizer em relação aos indicadores de qualidade e eqüidade, que permanecem longe dos padrões necessáriosa uma sociedade dinâmica e em transformação. A busca de uma maior competência do estudante éincompatível com o atual desempenho da nossa escola, que se situa nos mais baixos patamares,mesmo em comparação com outros países do Terceiro Mundo 29.
Dados amplamente divulgados têm demonstrado que a capacidade de atendimento das redesde ensino já é suficiente para assegurar vaga a todas as crianças de 7 a 14 anos. Assim, o maior problema a ser enfrentado diz respeito ao fracasso escolar, ou seja, a baixa qualidade do ensino
oferecido que gera evasão e altos percentuais de repetência, acabando por causar umcongestionamento no fluxo escolar e a distorção da relação série-idade.
O abandono prematuro da escola é decorrente de diversos fatores, dentre outros: inadequaçãodos conteúdos à realidade do aluno, falta de interesse no estudo por parte dos jovens, professoresdesmotivados, questões relacionadas ao perfil socioeconômico familiar, dificuldades financeiras egravidez precoce. De acordo com o INEP 30, 41% dos estudantes brasileiros não conseguem terminar o ensino fundamental e somente 33% dos jovens entre 15 e 18 anos completam o ensino médio. Emoutras palavras, a grande maioria da população juvenil não conclui a educação básica e, mesmoaqueles que o conseguem, não adquirem as habilidades exigidas para aquisição organizada doconhecimento.
O estudo “Qualidade da educação: uma nova leitura do desempenho dos estudantes da quartasérie do ensino fundamental” 31 aponta que o processo ensino-aprendizagem das crianças brasileirasse concretiza de forma muito precária. Dos alunos que completam a 4ª série do ensino fundamental,22% não desenvolveram habilidades de leitura compatíveis com esse nível de escolaridade e 37%aprimoraram algumas competências, mas ainda apresentam desempenho bem abaixo do esperado.Somados estes dois grupos, 59% dos alunos matriculados não foram alfabetizados adequadamente:não são redatores competentes e lêem de forma truncada e dissociada. Em nosso Estado, esse totalalcança 47% dos estudantes da 4ª série.
Com relação à matemática, o quadro no país é ainda mais preocupante, com 52% dos alunosclassificados em situação crítica, apresentando um nível de aprendizado bem abaixo do exigido.
Demonstram, por exemplo, dificuldades em lidar com a localização espaço-temporal (frente/direita/esquerda), distância (longe/perto) e divisão com números de três algarismos por outro de um dígito.Outros 41%, classificados no nível intermediário, desenvolveram algumas habilidades de interpretaçãode problemas, mas de forma incompatível com o esperado para a quarta série. Em suma, são 93%dos alunos considerados em uma situação crítica ou intermediária. No Rio de Janeiro, o estágiocrítico soma 42% e, o intermediário, 49% ao final do antigo curso primário.
O INEP também disponibilizou 32 outros dados referentes aos ensinos fundamental e médiodo SAEB/ENEM de 2001. Com relação à 8ª série, aponta que a maior dificuldade aparece,evidentemente, na matemática, em que 58% dos estudantes no Brasil (53% no Rio) estão na situação
29 - Vide últimas avaliações dos exames Programa Internacional de Avaliação de Estudantes – PISA, Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM e o Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB.30 - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas, MEC, 2003.31 - Realizado pelo INEP/MEC, com dados do SAEB de 2001.32 - http://www.inep.gov.br/imprensa/noticias/saeb/news03_02imp.htm – 24/06/2003.
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considerada crítica na compreensão da matéria. Esses alunos não conseguem transpor o que é
solicitado no enunciado de uma questão para uma linguagem matemática. Em língua portuguesa,25% dos alunos estão no estágio crítico e 65% no nível intermediário: desenvolveram algumashabilidades de leitura de textos simples e informativos, mas ainda não suficientes para este patamar de escolarização. Os percentuais do nosso Estado são, respectivamente, 17% e 68%.
O Estado do Rio de Janeiro, no ano de 2002, teve um total de 2.474.530 alunos matriculadosno ensino fundamental, dos quais 81% estavam em escolas públicas. Estudos disponibilizados peloSistema de Estatísticas Educacionais 33 apresentam os seguintes dados, relativos a taxas derendimento no Estado:
O gráfico demonstra melhora de cinco pontos percentuais na performance das redes estaduale federal, de dois pontos no desempenho da rede municipal, e pequena variação na elevada taxa deaprovação da rede particular.
O contingente da população estudantil que recorre às escolas públicas também apresentou
crescimento nos últimos anos, como demonstra a tabela a seguir:
Taxa de aprovação por dependência administrativa
- Ensino Fundamental - RJ
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
100
1999 2000 2001
P e r c e n t u a l d e a l u n o s
Estadual Federal Municipal Particular Total
Percentual do total de alunos matriculados no Estado no ensino fundamental
Dep. Administrativa 1999 2000 2001 2002
Estadual 27,4% 27,1% 26,1% 25,6%
Federal 0,5% 0,4% 0,4% 0,4%
Municipal 52,7% 54,0% 55,2% 55,3%
Particular 19,5% 18,6% 18,4% 18,7%
Nº total de alunos 2.474.649 2.472.017 2.463.074 2.474.530
33 - http://www.edudatabrasil.inep.gov.br/ – 02/07/2003.
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MIGUEL PEREIRA
Observa-se, no quadriênio acima, uma constância no total de alunos matriculados no ensino
fundamental, tendo ocorrido aumento do atendimento pelas redes municipais, contra redução domesmo pelas redes estadual e particular.
Os gráficos seguintes complementam as taxas do rendimento escolar em nosso Estado.
O contingente dos cerca de 207 mil estudantes da rede estadual reprovados, ou queabandonaram a escola em 1999, recuou para 164 mil em 2001. Na rede municipal, foram 258 milalunos nessa situação no primeiro ano em análise, caindo para 242 mil em 2001. O ápice do problema,em ambas as redes, está concentrado na 5ª série. As reprovações, por sua vez, estão concentradasna 1ª série, e os abandonos no decorrer da segunda metade do curso fundamental. A expressividade
desses números reduz-se sensivelmente nas redes federal e particular.
Ao analisarmos o universo de alunos da 3ª sér ie do ensino médio, na língua portuguesa42% estão no estágio crítico e 53% no intermediário. Os números fluminenses são,respectivamente, 31% e 62%. A proficiência em matemática é crítica para 67% do universo deestudantes brasileiros, enquanto em nosso Estado atinge 65% ao final do segundo segmento doensino fundamental.
O que se evidencia é a incapacidade da instituição escolar de cumprir o seu papel básico depropiciar a todos o trinômio ler/escrever/contar, de forma a compreender, interpretar e transmitir conteúdos.
Segundo estudos do INEP 34, o número de docentes em atividade não atende à demanda dealunos. Seriam necessários 235 mil professores para o ensino médio e 476 mil para o segmento de5ª a 8ª séries, totalizando 711 mil professores. Nos últimos anos o número de docentes formados nãoatende às necessidades da população, fazendo com que o déficit seja, aproximadamente, de 250 milprofessores no país. A situação no âmbito de nosso Estado reflete a realidade nacional. Nosso quadrode professores é pequeno, tanto para atender o segundo ciclo do ensino fundamental, da 5ª à 8ªsérie, principalmente nas áreas de física e química, como também o ensino médio.
O ano de 2002 teve, em nosso Estado, um total de 746.234 alunos matriculados no ensinomédio, dos quais 78% estavam em escolas públicas estaduais. Apresentamos a seguir os dadosrelativos às taxas de rendimento no sistema fluminense:
Taxa de reprovação por dependência administrativa - Ensino Fundamental - RJ
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
1999 2000 2001
P e r c e n t u
a l d e a l u n o s
Estadual Federal Municipal Par ticular Tota l
Taxa de abandono por dependência administrativa - Ensino Fundamental - RJ
0
2
4
6
8
10
12
14
16
1999 2000 2001
P e r c e n t u
a l d e a l u n o s
Estadual Federal Municipal Part icu la r Total
34 - Leali, Francisco. Artigo “Faltam 250 mil professores no país, diz MEC”, publicado em O GLOBO de 28/05/2003.
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Houve melhora da performance da rede estadual em três pontos percentuais, em treze nafederal, recuo de quatro pontos nas municipais, contra crescimento de dois na rede particular.
Cento e cinco mil novas vagas foram abertas para o ensino médio entre 1999 e 2002 no nossoEstado, aumentando o número de vagas em escolas públicas, particularmente da rede estadual, cujaparticipação cresceu s ignificativamente, como demonstra a tabela a seguir:
As quatrocentas e doze mil vagas oferecidas pela rede estadual, em 1999, cresceram para
mais de quinhentas e oitenta mil em 2002, um aumento de mais de 40%, o que configura grandemigração de alunos de outras redes para a rede gerida pelo governo do Estado.
Os gráficos seguintes complementam as taxas do rendimento escolar do ensino médio emnosso Estado.
Taxa de aprovação por dependência administrativa
- Ensino Médio - RJ
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
100
1999 2000 2001
P e r c e n t u a l d o s a l u n o s
Estadual Federal Municipal Particular Total
Percentual do total de alunos matriculados no Estado no ensino médio
Dep. Administrativa 1999 2000 2001 2002
Estadual 64,3% 71,1% 75,7% 78,2%
Federal 2,9% 2,4% 2,0% 1,7%
Municipal 2,7% 1,9% 1,7% 1,5%
Particular 30,1% 24,6% 20,6% 18,6%
Nº total de alunos 641.308 675.369 707.486 746.234
Taxa de reprovação por dependência admi nistrativa- Ensino Médio - RJ
0
2
4
6
8
10
12
14
16
1999 2000 2001
P e r c e n t u
a l d o s a l u n o s
E sta du al Fe de ra l Mu ni ci pal Part icul ar Total
Taxa de abandono por dependência administrativa- Ensino Médio - RJ
0
5
10
15
20
25
1999 2000 2001
P e r c e n t u
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Estadua l Fed eral Mu ni ci pa l Par ti cul ar To ta l
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O contingente adicional de alunos matriculados massivamente na rede estadual contribuiu para que,
mesmo com a redução nas taxas de reprovação e abandono, o número de alunos nessas situações subissede 170 para 204 mil entre 1999 e 2001, sendo o ápice do problema detectado logo na primeira série.
A situação do ensino no Estado do Rio de Janeiro revela, ainda, índices de repetência maisaltos que a média bras ileira, ratificando a necessidade de melhora da qualidade de ensino oferecido 35.
O papel seletivo da educação se evidencia pela diversidade dos sistemas educacionais nopaís. Se todos os jovens tivessem acesso ao mesmo tipo de educação e pudessem concluir o ensinobásico em igualdade de condições, teríamos uma situação mais igualitária de oportunidades nomercado de trabalho. Entretanto, a qualidade de ensino oferecida pelas escolas públicas,predominantes nos níveis fundamental e médio, é extremamente variada. Escolas particularesapresentam uma maior homogeneidade na qualidade do ensino oferecido 36, mas são acessíveisapenas a famílias de renda média ou alta. A reprodução das desigualdades sociais existentes tambémdecorre da qualidade da educação como mecanismo potencializador de inclusão ou exclusão social.
A grande interrogação permanece: como a escola está preparando os alunos para enfrentarem os
desafios que o futuro impõe? Mesmo com o aumento nos índices de escolarização, a permanência nainstituição escolar e a melhora da qualidade de ensino continuam sendo os grandes desafios por resolver.É neste prisma que deve ser considerado o déficit educacional da população brasileira. A dimensão e aheterogeneidade desse contingente de jovens com insuficiência de escolaridade impõem a reflexão denovos critérios e estratégias de atendimento, com vistas a uma maior igualdade na formação básica.
Torna-se indispensável um conjunto de ações, que vão desde a capacitação continuada docorpo docente e a melhoria dos equipamentos e da estrutura escolar, a conteúdos mais pertinentes auma sociedade moderna e em constante evolução tecnológica. Também são fundamentais, dentreoutras iniciativas: a continuidade de políticas de descentralização, a promoção da eqüidade e ofortalecimento da escola pública através de iniciativas como a recuperação do valor mínimo por aluno/ano no FUNDEF 37, a manutenção do Programa Bolsa-Escola, o aperfeiçoamento metodológico e aconsolidação de avaliações anuais, tanto via SAEB, como através do ENEM.
A educação, entretanto, não se restringe apenas à aquisição de conhecimentos necessáriosaos processos formativos da vida escolar do aluno mas, cada vez mais, requer a construção decapacidades que lhe possibilitem agir como membro de um grupo social no exercício de sua cidadania.
Ganha importância o desenvolvimento de competências (capacidade de trabalhar em equipe,resolver problemas, fazer escolhas e tomar decisões, ter autonomia para buscar informações eadaptabilidade a mudanças) que permitam a cada um enfrentar situações imprevisíveis, próprias deum ambiente social em contínuo processo de mudança.
35 - Geografia da Educação Brasileira – INEP/MEC - 2001.36 - Oliveira, J. B. e Schwartzman, S. A escola vis ta por dentro. Belo Horizonte: Alfa Educativa, 2002.37 - Vide Relatório Final do Estudo sobre o valor mínimo do FUNDEF, de 25/03/2003, elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pelasPortarias nº 71 e nº 212 do Ministério da Educação.
Brasil Rio de Janeiro
Ensino fundamental 11% 18%
Ensino médio 19% 21%
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MIGUEL PEREIRA
Ao conviver com uma disponibilidade ilimitada de informações e, ao mesmo tempo, com a
sua rápida renovação, surge um grande leque de escolhas ao jovem, fazendo com que um dosobjetivos principais dos processos educativos passe a ser aprender a aprender 38. Fala-se daemergência de uma “sociedade educativa”, fundada na aquisição, atualização e utilização deconhecimentos, na qual a vida pessoal e social de cada um oferece, incessantemente, oportunidadesde aprendizado e ação.
Em um breve resumo sobre a situação da estrutura educacional no Estado do Rio de Janeiro,pode-se dizer que, em relação a anos anteriores, houve crescimento tanto no número deestabelecimentos escolares, quanto no de matrículas oferecidas. Com referência ao ano de 2002 39,verifica-se que:
1) Com relação à quantidade de escolas:
- dos 1.907 estabelecimentos de creche, a rede pública é responsável por 32% deles. A pré-escola soma 6.018 estabelecimentos, sendo que a rede pública responde por cerca de 48%. Das2.739 unidades de classe de alfabetização, apenas 0,3% pertencem à rede pública;
- o ensino fundamental é disponibilizado em 8.020 escolas, das quais, aproximadamente,65% são públicas;
- o ensino médio é encontrado em 1.834 escolas, sendo que cerca de 55% pertencem à redepública;
- a educação de jovens e adultos é oferecida em 1.276 estabelecimentos, sendo que 74% sãopúblicos;
- na educação especial, o Estado dispõe de 628 escolas, sendo que 84% delas são públicas.
2) A quase totalidade das escolas encontra-se em área urbana. Com relação ao total deestabelecimentos, 5% daqueles para o ensino infantil estão na zona rural. Da mesma forma, 21% dasunidades de ensino fundamental, 4% de ensino médio e 8% de ensino de jovens e adultos.
3) No que diz respeito ao número de matrículas iniciais:
- a educação infantil disponibilizou 502 mil matrículas. Cursam a rede pública 16% do total dealunos de creche, 71% de pré-escola e 13% de classe de alfabetização;
- no ensino fundamental, o total de matrículas foi de 2,47 milhões, das quais 56% referem-seao primeiro segmento (da 1ª à 4ª séries) e 44% ao segundo. Deste total de matrículas, 81% são deresponsabilidade da rede pública;
- do total de 2 milhões de matrículas do ensino fundamental nas escolas públicas, 118 mil sãoreferentes ao turno noturno;
- no ensino médio, o total de matrículas foi de 746 mil, novamente 81% feitas na rede pública;
38 - Delors, J. Relatório à UNESCO/Comissão Internacional sobre Educação no Século XXI, Paris, 1996.39 - Dados colhidos no site www.edudatabrasil.inep.gov.br .
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- do total de 330 mil alunos do ensino médio que estudam à noite, 320 mil são da rede pública;
- na educação de jovens e adultos, o total de matrículas foi de 263 mil, 78% na rede pública;
- a educação especial teve, aproximadamente, 22 mil matrículas, 58% na rede pública.
Para melhor visualizar a evolução do número de matrículas no ensino básico de todo o Estado,o gráfico a seguir é bastante ilustrativo sobre os três pontos críticos de estrangulamento do sistema,que ocorrem nas 1ª e 5ª séries do ensino fundamental, e na 1ª do ensino médio:
4) Quanto à função docente, o Estado dispõe de 234 mil professores em todas as redes deensino. Deste total, 33 mil lecionam na educação infantil, 134 mil no ensino fundamental, 50 mil noensino médio, 14 mil na educação de jovens e adultos, e 3 mil na educação especial.
Apresentamos, a seguir, os indicadores disponíveis do município em estudo 40. MiguelPereira apresenta o seguinte quadro relativo à escolaridade da população, em comparação
com o Estado41
:
40 - Informações relativas a 1997 foram excluídas por inconsistência dos dados. Números de matrículas, professores e escolas de1998 a 2001 – SEE/CIDE. Todos os demais dados e os referentes a 2002 foram tabulados a partir do Sistema de EstatísticasEducacionais Edudatabrasil, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).41 - Sistema Nacional de Indicadores Urbanos – SNIU/Ministério das Cidades.
Total de matrículas nos ensinos fundamental e médio - RJ - 2002
0
100.000
200.000
300.000
400.000
500.000
600.000
1ª Série 2ª Série 3ª Série 4ª Série 5ª Série 6ª Série 7ª Série 8ª Série 1ª SérieMédio
2ª SérieMédio
3ª SérieMédio
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MIGUEL PEREIRA
Os dados dos levantamentos censitários das últimas décadas apresentam forte redução nataxa de analfabetismo da população brasileira. Em 2000, o país ainda tinha 14% de analfabetos napopulação com 15 anos ou mais. No Estado do Rio, a média cai para 7% e, em Miguel Pereira,
apresentou a seguinte evolução:
O número total de matrículas nos ensinos infantil, fundamental e médio de Miguel Pereira, em2001, foi de 7.020 alunos, tendo evoluído para 7.348 em 2002, apresentando evolução de 5% nonúmero de estudantes.
Anos de estudo por população acima de 10 anos de idade
IBGE - Censo 2000
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%
Sem instruçãoe menos de 1 ano
1 a 3 anos
4 a 7 anos
8 a 10 anos
11 a 14 anos
15 anos ou mais
Não determinados
Miguel Pereira Estado
Evolução do percentual da população analfabeta acima de 15 anos
0
5
10
15
20
25
30
1970 1980 1991 2000
Censos IBGE - Compilação SNIU
Miguel Pereira
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MIGUEL PEREIRA
Em um maior nível de detalhamento, apresentamos abaixo o quadro sobre todos os
estabelecimentos de ensino infantil, que engloba creche, pré-escola e classe de alfabetização (CA) 42
:
No ano de 2002, existiam 2 creches, 21 pré-escolas e 6 estabelecimentos de classe de
alfabetização. Quanto às matrículas iniciais, as mesmas alcançaram 897 estudantes, assistidos por 60 professores, o que propiciou um rateio de 15 alunos por professor. Verificamos evolução de 5% nonúmero de matrículas, no período de 1998 a 2002, acompanhada por variação de 2% no quadro docorpo docente das escolas.
Não há dados disponíveis sobre o desempenho desse nível de ensino. Mas, com relaçãoà qualificação do corpo docente do ensino infantil, o gráfico abaixo ilustra a evolução de 1998para 2001:
Ano
Nº deUnidades
Nº deprofessores
Nº dematrículas
Rateio aluno/professor no
município
Rateio aluno/professor no Estado
98 24 59 855 14 16
99 24 56 896 16 1500 23 60 906 15 1501 23 62 925 15 15
42 - Educação Infantil: Trata-se da primeira etapa da educação básica e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança atéseis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Aeducação infantil é oferecida em creches, ou entidades equivalentes, e pré-escolas. Classe de Alfabetização (CA): conjunto de alunosque são reunidos em sala de aula para aprendizagem da leitura e da escrita, durante um semestre ou um ano letivo. As classes dealfabetização formalmente não pertencem nem à pré-escola, nem ao ensino fundamental.
Educação infantil - Número de professores por formação
0
10
20
30
40
50
60
1º grau 2º grau 3º grau
1º grau 4 0 0 0 0
2º grau 49 47 50 52 49
3º grau 6 9 10 10 11
1998 1999 2000 2001 2002
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41
MIGUEL PEREIRA
Este indicador comparativo do ensino infantil aponta predominância de professores com
formação no segundo grau.
Especificamente da rede municipal, responsável por 69% das matrículas do ensino infantil em2002, o quadro que se apresenta é o seguinte:
Pode-se verificar que houve forte oscilação no número de unidades escolares e de matrículasno período. Com relação ao corpo docente, ocorreu crescimento. Não se observa alteração nosíndices do rateio aluno/professor no município.
O ensino infantil apresentou, em 2002, uma média, por turma, de 12 alunos na creche, de 23estudantes na pré-escola e de 12 crianças na classe de alfabetização.
Miguel Pereira apresenta o panorama abaixo para o ensino fundamental:
Observa-se, no período, aumento de 9% no número de alunos do ensino fundamental,acompanhado por incremento de 15% no quadro de docentes, com melhora do rateio de alunos por professor, inferior ao observado no Estado. O número médio de alunos por turma do ensino fundamental
no município foi de 25 estudantes.
Especificamente em relação à rede estadual, que teve 43% dos alunos matriculados de 2002,o quadro que se apresenta é o seguinte:
Ano
Nº deUnidades
Nº deprofessores
Nº dematrículas
Rateio aluno/professor nomunicípio
Rateio aluno/professor da rede
estadual no Estado98 5 109 2.181 20 22
99 5 105 2.358 22 2200 5 139 2.452 18 20
01 5 132 2.157 16 1902 5 134 2.276 17 18
AnoNº de
UnidadesNº de
professoresNº de
matrículasRateio aluno/professor no
municípioRateio aluno/
professor no Estado
98 36 281 4.803 17 2099 37 272 5.225 19 2000 36 331 5.404 16 1901 32 318 5.028 16 1902 31 322 5.253 16 19
AnoNº de
UnidadesNº de
professoresNº de
matrículas
Rateio aluno/professor nomunicípio
Rateio aluno/professor da rede
municipal no Estado98 14 24 523 22 20
99 15 25 534 21 1800 14 24 529 22 1801 14 25 574 23 17
02 16 28 618 22 17
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42
MIGUEL PEREIRA
Observa-se, no período, evolução de 4% no número de alunos na rede estadual do ensino
fundamental, acompanhada por incremento no quadro de docentes, com melhora do rateio de alunospor professor, inferior ao observado no Estado. O número de alunos por turma na rede estadual, em2002, foi de 31 estudantes.
Já na rede municipal, no volume de matrículas, com 46% do total em 2002, os dados seguemna tabela:
Observa-se, no período, aumento de 21% no número de alunos na rede municipal do ensinofundamental, acompanhado por incremento no quadro de docentes, com piora do rateio de alunospor professor, eqüivalente ao observado no Estado. Em 2002, foi observado um número médio de 25alunos por turma.
O indicador de distorção de série por idade foi implementado desde 1999 e permite verif icar opercentual de estudantes com idade acima da adequada para a série em estudo, obedecendo à
seguinte tabela:
Os gráficos a seguir apresentam o nível médio de distorção por série entre 1999 e 2002 e acomparação de cada rede escolar do município com a média do Estado no ano de 2002:
Ano
Nº deUnidades
Nº deprofessores
Nº dematrículas
Rateio aluno/professor nomunicípio
Rateio aluno/professor da rede
municipal no Estado98 25 110 1.983 18 23
99 25 96 2.240 23 23
00 24 118 2.327 20 2201 20 103 2.287 22 2202 20 111 2.391 22 22
Série 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª
Idade 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos
Evolução da Tax a de D istorção Série-Idade Total
0
10
20
30
40
50
60
70
1999 2000 2001 2002
P e r c e n t u a l d o s A l u n o s
M iguel Pereira 1ª Série 2ª Sé rie 3ª S érie 4ª Série
5ª Série 6ª Série 7ª Sé rie 8ª S érie
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43
MIGUEL PEREIRA
Pode-se observar que o pico da taxa na 5ª série do ensino fundamental ocorreu em 2001,
verificando-se, no ano seguinte, uma pequena redução.
Pode-se observar que a rede privada tem taxas inferiores às redes públicas, que se alternamnas maiores taxas no seqüencial das séries.
O comparativo dos indicadores de aprovação por rede de ensino, entre 1999 e 2001, éapresentado nos gráficos a seguir, sendo bastante ilustrativo:
Taxa de Distorção Série-Idade por Rede de Ensino Fundamental2002
0
10
20
30
40
50
60
70
1ª Série 2ª Série 3ª Série 4ª Série 5ª Série 6ª Série 7ª Série 8ª Série
P e r c e n t u a l d o
s a l u n o s
Estadual
Municipal
Privada
Total
Miguel Pereira
Média estadual
Evolução da taxa de aprovação da rede estadual
30
40
50
60
70
80
90
100
1ª Série 2ª Série 3ª Série 4ª Série 5ª Série 6ª Série 7ª Série 8ª Série
1. 99 9 2.00 0 2. 001
Evolução da taxa de aprovação da rede municipal
30
40
50
60
70
80
90
100
1ª Série 2ª Séri e 3ª Séri e 4ª Séri e 5ª Séri e 6ª Série 7ª Série 8ª Série
1.9 99 2. 00 0 2.00 1
Evolução da taxa de aprovação da rede privada
30
40
50
60
70
80
90
100
1ª Série 2ª Série 3ª Série 4ª Série 5ª Série 6ª Série 7ª Série 8ª Série
1. 99 9 2.00 0 2. 001
Evolução da taxa de aprovação das redes em conjunto
30
40
50
60
70
80
90
100
1ª Série 2ª Séri e 3ª Séri e 4ª Séri e 5ª Séri e 6ª Série 7ª Série 8ª Série
1.9 99 2. 00 0 2.00 1
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44
MIGUEL PEREIRA
Ressalta-se que, apesar dos índices superiores da rede particular, no total sua influência é
pouco representativa, em função do pequeno quantitativo de matrículas nas escolas particulares.
Complementam a taxa de rendimento escolar os indicadores de reprovação e de abandono.Estes últimos, referentes à rede pública de Miguel Pereira, são apresentados a seguir:
Observe-se, ainda, que a rede municipal apresentou taxas de reprovação de 30% e 31% nas2ª e 5ª séries, em 1999.
O gráfico a seguir apresenta o número de alunos que concluíram o curso fundamental, noperíodo de 1998 a 2001:
Evolução da taxa de abandono da rede estadual
0
10
20
30
40
1ª Série 2ª Série 3ª Série 4ª Série 5ª Série 6ª Série 7ª Série 8ª Série
1. 999 2. 00 0 2 .00 1
Evolução da taxa de abandono da rede municipal
0
10
20
30
40
1ª Série 2ª Série 3ª Série 4ª Série 5ª Série 6ª Série 7ª Série 8ª Série
1. 99 9 2 .0 00 2 .0 01
Evolução da taxa de reprovação da rede estadua l
0
10
20
30
40
1ª Série 2ª Série 3ªSérie 4ª Série 5ª Série 6ªSérie 7ª Série 8ª Série
19 99 20 00 20 01
Evolução da taxa de reprovação da rede municipal
0
10
20
30
40
1ª Série 2ª Série 3ª Série 4ª Série 5ª Série 6ª Série 7ª Série 8ª Série
1999 20 00 2001
Concluintes no ensino fundamental
0
50
100
150
200
250
300
350
1998 1999 2000 2001
Rede estadual Rede municipal Rede privada Total Miguel Pereira
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MIGUEL PEREIRA
Com relação à qualificação do corpo docente do ensino fundamental, o gráfico a seguir ilustra
a evolução de 1998 para 2002:
No caso do ensino fundamental, este indicador comparativo aponta predominância deprofessores com graduação.
Os gráficos a seguir mostram a formação dos professores das redes públicas no ano de2002:
No caso dos professores estaduais no ensino fundamental, observa-se predominânciade formação no segundo grau para o primeiro segmento (antigo primário) e a quase to talidadedo número de docentes com graduação para o segundo segmento do ensino fundamental (antigoginásio).
Nos gráficos que seguem, notamos o mesmo fenômeno para o quadro de professores
municipais, no primeiro segmento, e a totalidade de professores com formação superior, para osegundo segmento.
Rede estadual de ensino fundamental - 1ª à 4ª série
0%
83%
17%
1º gr au 2º gr au 3º gr au
Rede estadual de ensino fundamental - 5ª à 8ª série
0%
18%
82%
1º gr au 2º g ra u 3 º gr au
Ensino fundamental - Número de professores por formação
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
1º grau 2º grau 3º grau
1º grau 13 5 5 0 0
2º grau 132 138 166 145 152
3º grau 136 129 160 173 174
1998 1999 2000 2001 2002
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MIGUEL PEREIRA
Com relação ao ensino médio, Miguel Pereira apresenta o panorama abaixo:
O aumento de 16% no número de matrículas foi acompanhado por maior incremento no quadrode docentes, propiciando melhora do rateio de alunos por professor, culminando com rateios inferioresaos do Estado no ano 2002.
É importante salientar que, no ano de 2002, 33% dos estudantes do ensino médio freqüentaramo turno da noite. Não há escolas municipais oferecendo o ensino médio no município.
Especificamente da rede estadual, predominante no volume de matrículas, com 77% do totalde 2002, o quadro que se apresenta é o seguinte:
Observa-se, no período, aumento de 49% no número de alunos do ensino médio em escolas
do Estado, acompanhado por maior incremento no quadro de docentes, com melhora do rateio dealunos por professor, inferior ao observado no Estado. O turno da noite é freqüentado por 397 estudantes,43% dos matriculados na rede estadual que atendeu o município em 2002.
Rede municipal de ensino fundamental - 1ª à 4ª série
0%
85%
15%
1 º grau 2º g ra u 3 º g ra u
Rede municipal de ensino fundamental - 5ª à 8ª série0%
0%
100%
1 º g ra u 2º grau 3 º g ra u
AnoNº de
UnidadesNº de
professoresNº de
matrículas
Rateio aluno/professor no
município
Rateio aluno/professor no Estado
98 7 79 1.029 13 1699 8 100 1.186 12 1600 8 114 1.079 9 1501 8 109 1.067 10 1502 8 128 1.198 9 15
AnoNº de
UnidadesNº de
professoresNº de
matrículas
Rateio aluno/professor no
município
Rateio aluno/professor da rede
estadual no Estado98 3 37 620 17 2099 3 45 803 18 2100 3 57 757 13 1901 3 48 749 16 1802 4 72 921 13 18
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MIGUEL PEREIRA
Da mesma forma como apresentamos dados sobre o indicador de distorção de série por
idade do ensino fundamental, o ensino médio obedece à seguinte tabela relativa à idade adequadapara a série em estudo:
Os gráficos a seguir apresentam o nível médio de distorção por série entre 1999 e 2002 e acomparação de cada rede escolar do município com a média do Estado no ano de 2002:
Pode-se observar, em 2002, o aumento da taxa da 1ª série, em relação aos anos anteriores,e o menor índice da taxa referente à 3ª série no período.
Série 1ª 2ª 3ª
Idade 15 anos 16 anos 17 anos
Evolução da Taxa de Distorção Série-Idade Total
0
10
20
30
40
50
60
70
1999 2000 2001 2002
P e r c e n t u a l d o s A l u n o s
Miguel Pereira 1ª Série 2ª Série 3ª Série
Taxa de Distorção Série-Idade por Rede do Ensino Médio - 2002
0
10
20
30
40
50
60
70
80
1ª Série 2ª Série 3ª Série
P e r c e n t u a l d o s a l u n o s
Estadual Municipal Privada Total Miguel Pereira Média RJ
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MIGUEL PEREIRA
Pode-se observar que a rede privada tem taxas inferiores na distorção série-idade, enquanto
a rede estadual apresenta taxas muito altas em todas as séries.
O comparativo dos indicadores de aprovação por rede de ensino, entre 1999 e 2001, éapresentado nos gráficos a seguir, sendo bastante ilustrativo:
Pode-se observar que, mesmo com os índices positivos da rede privada, no total sua influênciaé pequena devido ao reduzido número de matrículas nas escolas particulares.
Complementam a taxa de rendimento escolar os indicadores de reprovação e de abandono.Estes, referentes à rede pública de Miguel Pereira, são apresentados a seguir, com destaque para aevasão de 50% dos alunos da 1ª série em 1999.
Evolução da taxa de abandono da rede estadual
0
10
20
30
40
50
1ª Série 2ª Série 3ª Série
1.99 9 2.00 0 2 .0 01
Evolução da taxa de reprovação da rede estadual
0
10
20
30
40
50
1ª Série 2ª Série 3ª Série
1999 2000 2001
Evolução da taxa de aprovação da rede estadual
30
40
50
60
70
80
90
100
1ª Série 2ª Série 3ª Série
1. 999 2 .00 0 2. 001
Evolução da taxa de aprovação da rede privada
30
40
50
60
70
80
90
100
1ª Série 2ª Série 3ª Série
1. 99 9 2 .0 00 2. 001
Evolução da taxa de aprovação das redes em conjunto
30
40
50
60
70
80
90
100
1ª Série 2ª Série 3ª Série
1 .99 9 2 .0 00 2. 00 1
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MIGUEL PEREIRA
O gráfico seguinte apresenta o número de alunos que concluíram o curso, no período de 1998
a 2001:
Com relação à qualificação do corpo docente do ensino médio, o gráfico a seguir ilustra aevolução de 1998 para 2002:
No caso do ensino médio, este indicador comparativo aponta predominância absoluta deprofessores com formação no ensino superior.
Quanto ao ensino especial, o município dispõe de 1 estabelecimento, com 105 alunosmatriculados em 2002.
Concluintes no ensino médio
0
50
100
150
200
250
300
1998 1999 2000 2001
Rede estadual Rede municipal Rede privada Total Miguel Pereira
Ensino médio - Número de professores por formação
0
20
40
60
80
100
120
1º grau 2º grau 3º grau
1º grau 0 0 0 0 0
2º grau 3 9 16 7 17
3º grau 76 91 98 102 111
1998 1999 2000 2001 2002
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MIGUEL PEREIRA
No ensino de jovens e adultos, Miguel Pereira tem um total de 192 matrículas, sendo 86% para
o segmento de 1ª a 4ª série do ensino fundamental.
O município de Miguel Pereira não tem instituição de ensino superior 43.
• Trabalho e Renda
A distribuição de escolaridade, ocupação e renda 44 se dá conforme os gráficos que seguem.
Distribuição de Domicílios por Anos de Estudo do Chefe da Família - 2000
Oito a dez anos deestudo
12%
Quatro a sete anos deestudo
32%
Onze a quinze anos deestudo
15%
Sem ou com menos deum ano de estudo
12%
Mais de quinze anos deestudo
9%
Um a três anos de estudo
20%
Distribuição das Pessoas por Ocupação e Categoria do Emprego - 2000
Empregadores
3%
Outros sem carteira de
trabalho assinada
30%
Conta própria
24%
Trabalhadores na
produção para o pr óprio
consumo
1%
Com carteira de trabalhoassinada
35%
Não remunerados emajuda a membro do
domicílio1%
Militares e f uncionários
públicos estatutários
6%
43 - Fonte: MEC-SEEC 2001.44 - Fontes: SNIU e Censo Demográfico 2000 – primeiros resultados da amostra – pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas nasemana de referência do censo: 23 a 29 de julho de 2000.
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MIGUEL PEREIRA
Miguel Pereira é um município que, em 2000, tinha 29,6% de seus domicílios chefiados por mulheres.
• Saúde
A Constituição de 1988 assegurou o acesso universal e equânime a serviços e ações depromoção, proteção e recuperação da saúde. Destacam-se na viabilização plena desse direito as
chamadas Leis Orgânicas da Saúde, nº 8.080/90 e nº 8.142/90, e as Normas Operacionais Básicas – NOB. O Sistema Único de Saúde – SUS opera tanto em nível federal, quanto nas esferas estaduale municipal.
A partir de 1999 45, entretanto, houve, em nosso Estado, um declínio significativo de hospitaispróprios do INAMPS e federais, reduzidos a apenas seis em 2002. O mesmo ocorreu com hospitaiscontratados, que passaram de 172, em 1997, para 109 em 2002. Por conta disso, o número de leitoscontratados caiu de 60 mil para 43 mil nos últimos seis anos. As redes estadual e filantrópica tambémapresentaram redução no número de leitos ofertados. A rede universitária manteve-se praticamenteconstante e os hospitais municipais foram os únicos que aumentaram sua oferta.
Em anos recentes, o Ministério e as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúdedesencadearam diversas atividades de planejamento e de adequação de seus modelos assistenciaise de gestão, ponderando criticamente os avanços e os desafios que novas diretrizes organizativastrariam para sua realidade. Em fevereiro de 2002, foi publicada a Norma Operacional da Assistênciaà Saúde – NOAS-SUS 01/2002, que amplia as responsabilidades dos municípios na atenção básica;estabelece o processo de regionalização como estratégia de hierarquização dos serviços de saúde ede busca de maior eqüidade; cria mecanismos para o fortalecimento da capacidade de gestão doSistema Único de Saúde e procede à atualização dos critérios de habilitação de estados e municípios.
A gestão da saúde é extremamente complexa, como se pode verificar pela síntese dosprincipais problemas identificados pela Secretaria de Estado de Saúde – SES, em 2000, e considerados
como desafios a superar na gestão 1999-2002. Os problemas foram classificados em sete áreas deintervenção:
Distribuição de Domicílios por Class e de Renda do Chefe da Família - 2000
Entre 1 e 5 saláriosmínimos
67%
Sem rendimentos 6%
Entre 10 e 15 saláriosmínimos
4%
Entre 5 e 10 saláriosmínimos
15%
Superior a 15 saláriosmínimos
6%
Inferior a 1 salário mínimo
2%
45 - Relatório de Contas de Gestão dos Governadores – exercício de 2002 – TCE-RJ.
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MIGUEL PEREIRA
1. Política Institucional
Falta de entrosamento entre os diversos setores; mecanismos de interação entre a equipe dedirigentes ineficientes; imprecisão na determinação de funções executivas; insuficiência geral derecursos financeiros; imagem institucional frágil junto aos funcionários; e falta de articulação ereconhecimento do papel do controle social.
2. Estrutura Gerencial
Baixa qualificação do apoio administrativo; morosidade nos processos internos; ausência deindicadores gerenciais; dificuldade de acesso à informação; controle, avaliação e auditoria funcionandoprecariamente.
3. Gestão de Recursos Humanos
Baixos salários; pouca qualificação do quadro técnico; desmotivação dos funcionários; ausênciade fonte de recursos específicos para desenvolvimento de recursos humanos; disparidades salariaisentre servidores públicos e pessoal terceirizado; e insuficiência de ações direcionadas para odesenvolvimento de recursos humanos voltado para o SUS.
4. Gestão da Rede de Serviços
Baixa resolutividade da rede hospitalar; insuficiência de recursos financeiros para os hospitais;
falta de articulação com os hospitais municipais; sistemas de controle e avaliação dos serviçosineficientes; insuficiência de recursos financeiros para o instituto de hematologia; e inexistência dedescentralização financeira pela SES para a rede de serviços.
5. Compra de Produtos e Serviços
Não-abastecimento da rede; débitos com fornecedores; e inexistência de um sistema de análisede custos.
6. Gestão da Atenção à Saúde no Estado
Dificuldades para garantir acesso da população aos serviços de média e alta complexidade;dificuldades para garantir acesso da população a medicamentos; baixa integração da rede de serviços;ineficiência nas ações de acompanhamento, controle e avaliação; dificuldades na implementação deações mais abrangentes de vigilância epidemiológica e sanitária; e elevado atendimento na emergênciade demanda ambulatorial.
7. Assistência Farmacêutica
Falta de uma política de assistência farmacêutica; fragmentação do medicamento no âmbitoda SES; visão departamental hospitalocêntrica; ausência de análise, avaliação e controle dosmedicamentos; e desconhecimento, internamente à SES, da importância da assistência farmacêutica.
Na ocasião, foi elaborado extenso plano de ação, contemplando, também, a integração comos municípios na área de saúde em um programa de descentralização de unidades com perfil municipal.
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MIGUEL PEREIRA
O objetivo geral foi o de garantir eqüidade no acesso à atenção em saúde, de forma a satisfazer as necessidades
de todos os cidadãos do Estado, avançando na superação das desigualdades regionais e sociais.
Os objetivos específicos abrangem a parceria entre os gestores públicos para realizar atividadesconjuntas referentes à promoção, proteção e recuperação da saúde, viabilizando a implantação eoperacionalização de serviços de saúde de média e alta complexidade; ampliar a oferta de serviço dealta complexidade, através da maximização dos recursos para o melhoramento do acesso aosusuários; definir estratégias de competência do Estado para reduzir/eliminar contratos precários nosmunicípios, adotando critérios de repasse de recursos que tenham como requisito a admissão deprofissionais através de concurso público; assegurar a formação de fóruns regionais de integraçãodos conselhos municipais de saúde; descentralizar e regionalizar, com ênfase no processo deintegração das redes de serviços municipais, ampliando a oferta de serviços com descentralizaçãode recursos e investimento na rede própria do Estado e dos municípios, de forma a fortalecer agestão local com prioridade para a atenção básica.
Visando reverter o panorama geral de desigualdades regionais existente no Estado e facilitar o acesso de todo cidadão fluminense a todos os serviços do SUS, inclusive os de maior complexidade,algumas estratégias e instrumentos foram pensados e executados: plena adoção da ProgramaçãoPactuada e Integrada – PPI da assistência ambulatorial e hospitalar, via implantação de centrais deregulação para ordenar a oferta de serviços e agilizar o atendimento aos pacientes; assessoria àspactuações intermunicipais de serviços referenciados, por intermédio de apoio direto aos gestoresmunicipais; e apoio à consolidação de fóruns regionais permanentes de negociação.
Este processo possibilitou maior transparência na alocação de recursos em cada municípioresponsável pela assistência aos seus munícipes e aos vizinhos, garantindo o acesso aos pacientesresidentes em cidades que não possuem serviços mais complexos (oncologia, hemoterapia,tomografias, diálise etc.), de forma que os mesmos estejam acessíveis em cada região do Estado.Para contemplar a perspectiva de redistribuição geográfica de recursos tecnológicos e humanos, foielaborado o Plano Diretor de Regionalização do Estado 46, representado pelo seguinte mapa:
46 - Para maiores informações, consulte o site www.saude.rj.gov.br/gestor/Plano_diretor.shtml .
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MIGUEL PEREIRA
Região Centro-Sul, à qual pertence Miguel Pereira, possui onze municípios, representando
2% da população total do Estado. A região foi subdividida em duas microrregiões. Os municípios deTrês Rios e Vassouras devem atuar como pólos para referências especializadas. A regulação dosfluxos de referência e contra-referência intermunicipal deve ser feita por uma Central de Regulação,localizada em Três Rios.
As prioridades de intervenção na região são: assistência farmacêutica, atenção materno-infantil,expansão e interiorização da rede estadual pública de hemoterapia e hematologia, integração com osmunicípios na área de saúde, saúde da família, promoção e vigilância em saúde e qualificação dosprofissionais.
Um município pode estar habilitado à condição de Gestão Plena da Atenção Básica, ou deGestão Plena do Sistema Municipal. Na primeira forma, resumidamente, o município é responsávelpor:
• Gestão e execução da assistência ambulatorial básica, das ações básicas de vigilânciasanitária, de epidemiologia e controle de doenças; Gerência de todas as unidades ambulatoriais estatais(municipal/estadual/federal) ou privadas; Autorização de internações hospitalares e procedimentos
ambulatoriais especializados; Operação do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS; Controlee avaliação da assistência básica.
A citada NOAS-SUS 01/2002 criou a Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada como umadas condições de gestão dos sistemas municipais de saúde. Agrega às atividades acima o controleda tuberculose, a eliminação da hanseníase, o controle da hipertensão arterial, o controle da diabetesmellitus, a saúde da criança, a saúde da mulher e a saúde bucal.
Já na Gestão Plena do Sistema Municipal, objetivamente, o município é responsável por:
• Gestão e execução de todas as ações e serviços de saúde no município; Gerência de todas
as unidades ambulatoriais, hospitalares e de serviços de saúde estatais ou privadas; Administraçãoda oferta de procedimentos de alto custo e complexidade; Execução das ações básicas, de média ede alta complexidade de vigilância sanitária, de epidemiologia e de controle de doenças; Controle,
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MIGUEL PEREIRA
avaliação e auditoria dos serviços no município; Operação do Sistema de Informações Hospitalares e
do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS.
No Estado do Rio de Janeiro 47, 76% dos municípios estão na condição de Gestão Plena da Atenção Básica e o restante está capacitado para a Gestão Plena do Sistema Municipal. A GestãoPlena Estadual ocorre naqueles municípios que ainda não estão aptos para assumir a gestão de seusistema hospitalar.
Miguel Pereira 48 tem Gestão Plena da Atenção Básica e Gestão Estadual Plena, dispondo de1 hospital filantrópico conveniado ao SUS. Oferece um total de 90 leitos hospitalares, numa proporçãode 3,61 leitos por mil munícipes, enquanto a média no Estado é de 2,93 leitos por cada mil habitantes.
Miguel Pereira dispõe de 25 estabelecimentos de saúde, todos em atividade plena. Destes, 20unidades são do poder público municipal, 4 privadas com fins lucrativos e 1 também é particular,todavia sem fins lucrativos. Um total de 24 atende ao Sistema Único de Saúde.
As unidades estão distribuídas da seguinte forma:
Os gráficos a seguir apresentam um comparativo das especialidades dos leitos.
Da mesma forma, seguem os serviços de saúde oferecidos:
Posto de Saúde 9Centro de Saúde 1
Policlínica 15 Ambulatório de Unidade Hospitalar Geral 1Unidade Mista 2Consultório 4Clínica Especializada 2Unidade de Saúde da Família 8Unidades de Vigi lância Sanitária 1
47 - Fonte: Relatório "Saúde em Alta" - SES - 2002. 48 - Fonte: DATASUS – todos os dados são referentes a 2002.
Distribuição de leitos nos hospitais do Município
Cirúrgicos29%
Obstétricos14%
Clínica Médica57%
Pediatria0%
Psiquiatria0%
Tisiologia0%
CuidadoProlongado
0%
UTI0%
Reabilitação0%
Hospital dia0%
Distribuição de leitos nos hospitais do Estado
Cirúrgicos19%
Obstétricos10%
Clínica Médica23%
CuidadoProlongado
7%
Psiquiatria27%
Tisiologia1%
Pediatria10%
UTI2%
Reabilitação0%
Hospital dia1%
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MIGUEL PEREIRA
Apresentamos, ainda, o comparativo dos grupos de equipamentos hospitalares:
Distribuição dos serviços disponíveis na rede em 2002
0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9%
Hemoterapia
Hemodinâmica
Fonoaudiologia
Fisioterapia/reabilitação
Endoscopia urológica
Endoscopia digestiva
Endoscopia das vias respiratórias
Eletroencefalografia
Eletrocardiografia
Centro de terapia intensiva (CTI)
Bioquímica
Bacteriologia
Baciloscopia
Atenção psicossocial/psicoterapia
Anatomiapatológica/citologia
Miguel Pereira Média estadual
Distribuição dos serviços disponíveis na rede em 2002
0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9%
Videolaparoscopia
Urina
Ultrassonografia
Tomografia computadorizada
Terapia renal substituitiva (diálise)
Terapia ocupacional
Ressonância magnética
Radioterapia
Radiologia
Quimioterapia
Parasitologia
Medicina nuclear (radioimunoensaio)
Medicina nuclear (cintilografia)
Internação domiciliar
Imunologia
Imunização
Miguel Pereira Média estadual
Distribuição dos grupos de equipamentos disponíveis na rede em 2002
4%
2%
0%
2%
9%
75%
8%
5%
3%
2%
3%
0,1%
22%
52%
12%
0%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%
Diagnóstico por i magem
Infra-estrutura
Métodos óticos
Métodos gráficos
Terapia por radiação
Manutenção da vida
Uso geral
Outros
Miguel Pereira Média estadual
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MIGUEL PEREIRA
Observe-se que a aparente redução dos repasses do SUS decorre de uma mudança de
sistemática de transferências, repassadas ao Estado quando este opera a Gestão Plena Estadual nomunicípio. Nesta rubrica, R$ 33 milhões foram repassados à Administração Estadual no ano 2000. As cifras subiram para R$ 50 milhões no ano seguinte e para R$ 157 milhões em 2002, respectivamente3%, 4% e 11% das transferências totais ao nosso Estado.
Com relação ao quadro de profissionais de Saúde, Miguel Pereira dispõe de um total de 911pessoas. Os gráficos a seguir apresentam maiores detalhes sobre sua composição.
Pessoal por jornada e grupo de ocupação no Município
Nível superior 76%
Nível técnico/auxiliar 14%
Qualificaçãoelementar
4%
Pessoal administrativo6%
Pessoal por jornada e grupo de ocupação no Estado
Nível superior 39%
Nível técnico/auxiliar 30%
Qualificaçãoelementar
5%
Pessoal administrativo26%
Pessoal por jornada e escolaridade no Município
Fundamental8%
Médio6%
Superior 76%
Não levantado
10%
Pessoal por jornada e escolaridade no Estado
Fundamental
10%
Médio20%
Superior 39%
Não levantado31%
Distribuição dos profissionais de nível superior em 2002
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%
Anestesista
Assistente Social
Bioquímico/Farmacêutico
Cirurgião GeralClínico Geral
Enfermeiro
Fisioterapeuta
Fonoaudiólogo
Gineco-obstetra
Médico de família
Nutricionista
Odontólogo
Pediatra
Psicólogo
Psiquiatra
Radiologista
Residente
Sanitarista
Outras especialidades médicas
Outros
Miguel Pereira Estado
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MIGUEL PEREIRA
Alguns indicadores podem apontar o nível de eficácia do sistema de saúde local, como osapresentados adiante 49, mas não refletem as demais ações de vigilância epidemiológica, sanitária,de controle de vetores e de educação em saúde.
Tempo médio de internação (dias)
0
2
4
6
8
10
12
Estado 10,90 10,47 10,01 10,03 10,52 10,78
Miguel Pereira 4,46 5,50 5,54 4,15 3,62 3,11
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Valor médio de internação (R$)
0
100
200
300
400
500
600
Estado 339,60 398,95 466,45 496,14 536,50 562,75
Miguel Pereira 145,81 214,23 289,33 307,96 284,60 271,35
1997 1998 1999 2000 2001 2002
49 - Fonte: Fundação CIDE - 1997 a 2002.
Distribuição dos demais profissionais em 2002
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%
Auxiliar de enfermagem
Técnico de enfermagem
Técnico e auxiliar de laboratório
Técnico em saúde oral
Técnico em radiologia médica
Outros - nível técnico e auxiliar
Administr ação
Serviços de limpeza/conservação
Segurança
Outros
Miguel Pereira Estado
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Taxa de mortalidade (por 100 internações)
0
1
2
3
4
5
Estado 3,91 4,16 4,05 4,13 4,42 4,41
Miguel Pereira 3,37 3,87 3,19 3,75 2,77 2,76
1997 1998 1999 2000 2001 2002
IV - INDICADORES ECONÔMICOS
O PIB do Estado, a preços básicos, em 2001, foi de R$ 160 bilhões 50, dos quais a capitalparticipou com 50%. Houve um crescimento de 78% no período de 1996 a 2001. Os gráficos a seguir apresentam as evoluções dos setores da economia em todo o Estado.
Pode-se observar uma taxa de crescimento, em valores de 2001, da ordem de 13% nominaisnos seis anos analisados.
PIB a Preços Básicos - Evolução de 1996 a 2001
-
20.000.000
40.000.000
60.000.000
80.000.000
100.000.000
120.000.000
140.000.000
160.000.000
180.000.000em valores correntes Total em $ de 2001
em valores c orrentes 89.758.098 98.536.469 108.111.060 122.712.180 140.900.981 159.862.364
Total em $ de 2001 141.543.055 145.631.099 146.164.885 151.616.422 155.501.234 159.862.364
1996 1997 1998 1999 2000 2001
50 - Dados de PIB gerados pela Fundação CIDE – série recalculada em outubro de 2003 com base na Matriz Insumo-Produto de 1996e mudança da metodologia utilizada para acompanhamento da evolução do PIB. Utilizados os seguintes inflatores a juros compostospara 2001: 1996 - 6,6984%; 1997 - 9,3161%; 1998 - 9,4244%; 1999 - 11,9538%; 2000 - 10,3621%.
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Evolução do PIB Estadual em Valores Corr entes (R$ mil)
-
5.000.000
10.000.000
15.000.000
20.000.000
25.000.000
30.000.000
35.000.000
1996 1997 1998 1999 2000 2001
1996 2 .456.118 10.118.231 13.626.657 22.967.218 15.135.470 3.092.725
1997 3.542.363 9.063.524 15.582.485 23.934.225 17.064.051 3.814.875
1998 4.960.604 9.189.477 17.372.875 27.952.974 17.034.870 5.232.155
1999 8.254.686 11.455.195 18.175.162 27.196.911 18.542.462 11.548.357
2000 10.205.159 12.363.592 18.574.810 28.260.934 16.360.468 26.856.736
2001 12.219.214 14.249.133 18.935.744 29.429.782 22.451.184 31.462.604
Comunicações Administração Pública Aluguel de Imóveis Prestação de serviçosIndústria Extrativa ede Transformação
Bacia de Campos
Todos os números apresentados nos dois gráficos anteriores e nos dois seguintes estão emvalores correntes e sem a imputação financeira que os conforma ao PIB a preços básicos.
Se atualizarmos as cifras do ano 1996, a performance do crescimento dos setores, até 2001,terá sido conforme gráficos a seguir, onde se observa que somente Serviços Industriais de UtilidadePública (produção e distribuição de energia elétrica, água e esgoto, e distribuição de gás),Comunicações e a Bacia de Campos tiveram crescimento continuado, tendo os demais setoresapresentado comportamento instável, e o Comércio, a pior performance.
Evolução do PIB por Setor em R elação ao Ano Anterior
-25%
-15%
-5%
5%
15%
25%
35%
45%
1997 1998 1999 2000 2001
1997 -5% 14% 18% -4% 21% 17%
1998 1% 1% -2% -11% -15% -4%
1999 -14% 1% -6% -6% -1% -7%
2000 6% 4% -15% 0% -16% -12%
2001 2% 18% 5% -14% 45% -7%
AgropecuáriaServs Industriais
de UtilidadePública
Tr an sp or tes C omé rcio In st it s Fi nan ce ir as C on st ru çã o C iv il
Evolução do PIB Estadual em Valores Correntes (R$ mil)
-
1.000.000
2.000.000
3.000.000
4.000.000
5.000.000
6.000.000
7.000.000
8.000.000
9.000.000
10.000.000
1996 1997 1998 1999 2000 2001
1996 437.280 2.389.834 4.150.513 6.664.886 3.972.124 7.145.351
1997 442.695 2.901.772 5.218.354 6.819.788 5.127.323 8.883.611
1998 488.275 3.202.844 5.607.822 6.602.285 4.778.039 9.309.074
1999 458.361 3.554.173 5.750.216 6.788.025 5.197.895 9.492.994
2000 541.606 4.123.765 5.453.160 7.594.821 4.904.027 9.368.718
2001 609.127 5.367.557 6.330.060 7.226.790 7.834.893 9.571.884
AgropecuáriaServs Industriais de
Utilidade PúblicaTransportes Comércio Ins tits Financeiras Construção Civil
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Evolução do PIB por Setor em Relação ao Ano Anterior
102%52% 108%
-25%
-15%
-5%
5%
15%
25%
35%
45%
1997 1998 1999 2000 2001
1997 35% -16% 7% -2% 6% 16%
1998 28% -7% 2% 7% -9% 25%1999 52% 14% -4% -11% -1% 102%
2000 10% -4% -9% -7% -21% 108%
2001 8% 4% -8% -6% 24% 6%
Comunicações Administração
Pública Aluguel de Imóveis
Prestação deserviços
Indústria Extrativae de
TransformaçãoBacia de Campos
Comércio atacadista 2.781.234 2.735.899 3.019.396 -8%
Comércio varejista 4.445.555 4.858.921 5.362.407 -17%
Instituições financeiras 7.834.983 4.904.027 5.412.187 45%
Construção civil 9.571.884 9.368.718 10.339.514 -7%
Comunicações 12.219.214 10.205.159 11.262.628 8%
Administração pública 14.249.133 12.363.592 13.644.720 4%
Aluguéis 18.935.744 18.574.810 20.499.550 -8% Prestação de serviços 29.429.782 28.260.934 31.189.360 -6%
Extração de outros minerais 82.367 105.967 116.948 -30%
Indústria de Transformação 22.368.817 16.254.501 17.938.809 24%
Extração de petróleo 31.462.604 26.856.736 29.639.658 6%
Setor 2001 2000 2000
atualizadoVariação
Agropecuária 609.127 541.606 597.728 2%
Serviços industriais de utilidade pública 5.367.557 4.123.765 4.551.073 18%
Produção e Distribuição de Energia Elétrica 3.841.155 2.787.061 3.075.859 25%
Água e Esgoto 1.429.254 1.228.778 1.356.106 5% Distribuição de Gás 97.148 107.925 119.109 -18%
Transportes 6.330.060 5.453.160 6.018.222 5%
Transporte Rodoviário 4.042.286 3.515.454 3.879.729 4%
Transporte Ferroviário 470.766 21.594 23.832 1875%
Transporte Hidroviário 1.692.479 1.217.977 1.344.185 26%
Transporte Aéreo 124.529 698.135 770.477 -84%
51 - Não computada a imputação financeira sobre a produção da Bacia de Campos.
Especificamente de 2000 para 2001, a evolução seguiu como tabela abaixo:
Em uma avaliação mais rigorosa, verifica-se que o PIB estadual, excluída a produção da Baciade Campos, apresentou crescimento real negativo no período, com queda de 6%, como ilustra ográfico a seguir 51:
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Participação do Petróleo na Economia Fluminense
-
20.000.000
40.000.000
60.000.000
80.000.000
100.000.000
120.000.000
140.000.000
160.000.000
180.000.000
PIB sem petróleo em $ 2001 Bacia de Campos em $ 2001
Bacia de Campos em $ 2001 4.877.039 5.638.161 7.073.812 14.268.515 29.639.649 31.462.604
PIB sem petróleo em $ 20 01 136.666.017 139.992.938 139.091.073 137.347.908 125.861.585 128.399.760
1996 1997 1998 1999 2000 2001
O gráfico seguinte apresenta a evolução real de cada setor no período, podendo ser observadasas excepcionais taxas de crescimento dos já citados setores de Comunicações e de Extração dePetróleo e Gás na Bacia de Campos, respectivamente de 215% e 545%.
Verifica-se, ainda, o crescimento em outros setores, como o de Serviços Industriais de UtilidadePública, que subiu 41%, e o de Instituições Financeiras, com mais 25%.
Todos os demais setores apresentaram retração no período: Agropecuária, menos 12%;
Transportes, menos 3%; Comércio, menos 31%; Construção Civil, menos 15%; Administração Pública,menos 11%; Aluguéis, menos 12%; Serviços, menos 19%; e Indústria Extrativa e de Transformação,menos 6%.
Evolução do PIB por Setor de 1996 a 2001
42%
25%
-6%
-6%
13%
-19%
-12%-11%-15%
-31%
-3%
-12%
545%215%
-40%
-30%
-20%
-10%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
-12% 42% -3% -31% 25% -15% 215% -11% -12% -19% -6% 545% 13% -6%
AgropecServs
Inds UtilPúbl
Transp Comércio Instits FinConstr Civil
Comunic Adm
Pública Aluguéis
Prest deserviços
Ind Extr Transf
Bacia deCampos
PIB apreçobásico
PIB sempetróleo
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O Comércio Atacadista é mais forte também em Duque de Caxias, cinco vezes maior que o
de Macaé, seguido por São Gonçalo, Itaguaí, Volta Redonda, Nova Iguaçu, Campos dos Goytacazes,Niterói e São João de Meriti.
Já o Comércio Varejista tem Niterói à frente de Duque de Caxias, seguidos por NovaIguaçu, São Gonçalo, Petrópolis, Macaé, São João de Meriti, Campos dos Goytacazes e VoltaRedonda.
A Construção Civil tem em São Gonçalo e Nova Iguaçu seus mais fortes produtores,eqüivalentes à soma de São João de Meriti, Niterói, Duque de Caxias e Campos dos Goytacazes juntos. Estes, por sua vez, são seguidos por Mesquita e Petrópolis.
Nos Serviços Industriais de Utilidade Pública, os geradores de energia Angra dos Reis ePiraí estão bem distanciados de São Gonçalo, Niterói, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e VoltaRedonda.
Nos Transportes, Duque de Caxias retoma a liderança, seguido por N iterói, Volta Redonda,São Gonçalo, Nova Iguaçu, Itaguaí e Belford Roxo.
As Comunicações apresentam destaque para Niterói, mais que o dobro do apurado em Duquede Caxias, que está à frente de Nova Iguaçu, São Gonçalo, Petrópolis, Campos dos Goytacazes, SãoJoão de Meriti, Volta Redonda e Macaé.
Quase noventa por cento das Instituições Financeiras concentram sua produção na capital,seguida por Niterói, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Campos dos Goytacazes, Petrópolis, VoltaRedonda e São Gonçalo.
Os Aluguéis têm produção da ordem de R$ 1 bilhão em São Gonçalo, Duque de Caxias eNova Iguaçu. Na faixa dos R$ 500 a R$ 600 milhões estão Niterói, São João de Meriti, Belford Roxo eCampos dos Goytacazes. Mais atrás aparecem Petrópolis e Volta Redonda.
Os Serviços têm em Niterói e Duque de Caxias seus primeiros colocados, seguidos por Volta Redonda, Macaé, Petrópolis, Itatiaia, Campos dos Goytacazes, Nova Iguaçu e SãoGonçalo.
A Administração Pública é mais forte em Niterói, Duque de Caxias, São Gonçalo, Petrópolis,Volta Redonda, São Pedro da Aldeia, Angra dos Reis e Seropédica. Ao analisar-se a distribuição per capita, Quissamã, Niterói, São Pedro da Aldeia, Carapebus, Armação dos Búzios e Seropédica estão
acima da média estadual de R$ 0,98 por habitante.Passemos à análise da participação regional na formação do PIB do Estado do Rio de Janeiro,
lembrando que três municípios saíram da Região Metropolitana: Maricá, que passou para a Regiãodas Baixadas Litorâneas, e Itaguaí e Mangaratiba, que ora participam da nova Região da Costa Verde, juntamente com Angra dos Reis e Paraty que, sozinhos, formavam a extinta Região da Baía da IlhaGrande. Como demonstra o gráfico a seguir, 19% do Produto Interno Bruto de 2001 foi gerado naBacia de Campos e, dos 65% gerados na Região Metropolitana, 51% foram na capital e 14% nosdemais municípios metropolitanos.
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67
MIGUEL PEREIRA
A composição do PIB do município, em 2000 e 2001, obedeceu aos gráficos a seguir:
Exercício de 2000
Miguel Pereira
Aluguéis29%
Construçãocivil24%
Agrope-cuária
1%
Indústria detransformação
1%
Extraçãode outros minerais
0%Prestação
deserviços
7%Comércio varejista
8%
Comércio atacadista0%
Transportes ecomunicações
15%
Serviçosindustriaisde utilidade
pública4%Instituições
financeiras3%
Administraçãopública
8%
Comparativo da Evolução do PIB a Preços Básicos
126 472
47 242
423 729
73 774
73 269
124 438
69 700
67 453
109 874
88 084
33 539
393 256
54 263
118 619
71 283
134 568
52 321
100 916
77 200
69 799
50 000 100 000 150 000 200 000 250 000 300 000 350 000
Areal
Comendador Levy Gasparian
Engenheiro Paulo de Frontin
Mendes
Miguel Pereira
Paraíba do Sul
Paty do Alferes
Sapucaia
Três Rios
Vassouras
PIB 2000 $ correntes PIB 2000 a $ 2001 PIB 2001 $ correntes
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MIGUEL PEREIRA
Exercício de 2001
Já a produção da indústria apresentou o seguinte desempenho no ano de 2001 (valores em mil reais):
Dados da evolução dos estabelecimentos e dos empregos formais, divulgados pelo Ministériodo Trabalho, através da RAIS, não foram disponibilizados a tempo de serem analisados nesta edição.
8
13
85
5
38
10 20 30 40 50 60 70 80 90
Artigos de perfumaria
Artigos plásticos
Têxtil
Vestuário
Calçados
Produtos alimentares
Bebidas
Indústria fonográfica
Ourivesaria e bijuteria
Equipamentos e materiais médicos(exceto medicamentos)
Indústrias diversas
Miguel Pereira
242
16
34
125
13
15
50 100 150 200 250 300
Produtos de minerais não metálicos
Metalurgia
Máquinas e equipamentos
Material eletro eletrônico
Material de transporte
Madeira e mobiliário
Papel e celulose
Gráfica
Produtos de borracha
Química
Farmacêutica
Miguel Pereira
Miguel Pereira
Construçãocivil24%
Aluguéis30%
Agrope-cuária
1%
Indústria detransformação
1%
Extraçãode outros minerais
0%Prestação
deserviços
8%
Comércio varejista5%
Comércio atacadista0%
Transportes ecomunicações
12%
Serviçosindustriaisde utilidade
pública5%
Instituiçõesfinanceiras
6%
Administraçãopública
8%
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MIGUEL PEREIRA
V - INDICADORES FINANCEIROS 52
O presente capítulo atém-se tão-somente à análise do desempenho econômico-financeiro domunicípio, com base em números fornecidos pelo próprio, diretamente ou na prestação de contas de adminis-tração financeira encaminhada ao Tribunal de Contas para emissão de parecer prévio, não abordando ques-tões de legalidade, legitimidade e economicidade, objeto de avaliação pelo Corpo Deliberativo do TCE-RJ.
• Carga Tributária e Transferências aos Municípios
O Brasil apresentou uma evolução do Produto Interno Bruto de R$ 914 bilhões em 1998 paraR$ 1,3 trilhão em 2002, um aumento nominal de 44,6%. Ao abordarmos a questão da carga tributáriaglobal 53, verificamos um crescimento percentual bem mais elevado, da ordem dos 74%. Suacomposição é apresentada no gráfico que segue:
Observe-se que a arrecadação dos municípios cresceu 46%, a dos estados, 70%, e a daUnião aumentou em 78%. A carga tributária global alcançou 35,86% em 2002. Verifica-se que, noqüinqüênio, a União aumentou sua participação, no "bolo" de tributos arrecadados em relação ao PIB,na ordem de 23%, os estados em 17%, e os municípios mantiveram-se estáveis.
52 - Fontes: Prestações de Contas e Relatórios de análise de contas do TCE-RJ de 1997 a 2002; Informe da Prefeitura 2001 ou Prestaçãode Contas 2001; Anuários CIDE 1997 a 2002; Fundação CIDE: ICMS arrecadado em 2002 e nova projeção de população 1997 a 2002.53 - Fonte: Estudos Tributários 11 – Carga Tributária no Brasil – Receita Federal – abril 2003.
-
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
400.000
450.000
500.000
Carga Tributária Bruta - Brasil (R$ milhões correntes)
To ta l Uniã o Est ad os Munic ípios
Total 271.859 309.420 357.647 406.118 473.844
União 186.564 215.915 247.420 280.197 332.387
Estados 71.142 78.516 94.216 108.066 120.841
Municípios 14.153 14.989 16.011 17.855 20.616
1998 1999 2000 2001 2002
Carga Tributária Bruta em Percentual do PIB - Brasil
32,4833,84
35,86
31,7729,74
25,1523,3522,4722,17
20,41
7,78 8,068,56 9,01 9,14
1,561,491,451,541,55
-
5
10
15
20
25
30
35
40
1998 1999 2000 2001 2002
Total União Estados Municípios
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MIGUEL PEREIRA
Os gráficos a seguir ilustram as participações relativas de cada ente federado na coleta e na
redistribuição de todos os impostos, sejam federais, estaduais ou municipais, entre 1998 e 2002.
Verifica-se a redução da contribuição dos impostos municipais em 16%, assim como daquelados estados, que caíram pouco menos de 3%, contra um crescimento de 2% na participação da União.
A redistribuição da riqueza tributária em favor dos municípios e estados, apresentada no gráficoseguinte, caiu em 2002, respectivamente, 6% e 1% em relação às fatias que lhes cabiam em 1998.
O próximo gráfico apresenta a paulatina redução da proporção de receita tributária própria dosmunicípios em relação ao total que lhes coube após as transferências constitucionais, indicando aforte dependência das mesmas na formação do orçamento municipal. Tais transferências sãorepresentadas pelo Fundo de Participação dos Municípios – FPM; FUNDEF; rateios de Imposto TerritorialRural, desoneração de ICMS e IPI em operações de exportação; IPVA e, principalmente, ICMS.
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
1998
1999
2000
2001
2002
Participações na Arrecadação da Carga Tributária Bruta - Brasil
União Estados Municípios
Municípios 5,21 4,84 4,48 4,40 4,35
Estados 26,17 25,38 26,34 26,61 25,50
União 68,62 69,78 69,18 68,99 70,15
1998 1999 2000 2001 2002
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
1998
1999
2000
2001
2002
Participações na Redistribuição da Carga Tributária - Brasil
União Estados Municípios
Municípios 15,81 15,33 14,99 14,95 14,85
Estados 25,01 24,66 25,28 25,60 24,75
União 59,18 60,01 59,73 59,45 60,39
1998 1999 2000 2001 2002
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MIGUEL PEREIRA
A distribuição das transferências em nosso Estado obedeceu à seguinte figura:
Ao analisarmos o quanto tais transferências representam para cada indivíduo de cada região,verificamos a disparidade da Região Metropolitana como um todo em relação às demais:
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
1998
1999
2000
2001
2002
Participação de Cada Ente na Receita Tributária Disponível
dos Municípios – Brasil 2002Transferências da União Transferências do Estado Própria
Própria 32,92 31,61 29,86 29,40 29,29
Transferências do Estado 40,58 40,51 43,30 43,98 42,03
Transferências da União 26,50 27,88 26,83 26,62 28,67
1998 1999 2000 2001 2002
Repartição das Transferências da União e do Estado - RJ - 2002
Região do MédioParaíba
12%
RegiãoMetropolitana sem
a capital
30%
Região Serrana9%
Região NorteFluminense
11%
Região NoroesteFluminense
4%
Capital16%
Região Centro-SulFluminense
4%
Região da CostaVerde
5%
Região dasBaixadasLitorâneas
9%
Transferências Totais per capita em 2002 (R$)
443,28
563,34
431,05
483,48
189,59
451,13
505,30
387,29
87,84
- 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00 600,00
Região Centro-Sul Fluminense
Região da Costa Verde
Região das Baixadas Litorâneas
Região do Médio Paraíba
Região Metropolitana sem a capital
Região Noroeste Fluminense
Região Norte Fluminense
Região Serrana
Capital
Dados da STN e da SEF
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MIGUEL PEREIRA
741,85
887,61689,25
490,08
448,95
396,68
440,75
587,56
305,71
405,13
- 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00 600,00 700,00 800,00 900,00
Areal
Comendador Levy Gasparian
Engenheiro Paulo de Frontin
Mendes
Miguel Pereira
Paraíba do Sul
Paty do Alferes
Sapucaia
Três Rios
Vassouras
Transferências totais per capita para a Região Centro-Sul Fluminenseem 2002 (R$)
Dados da STN e da SEF
Especificamente para a região do município em estudo, o quadro que se apresenta é o seguinte:
• Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços
Por sua vez, o ICMS obteve uma arrecadação de pouco mais de R$ 10 bilhões no Estado doRio em 2002 54. Os gráficos seguintes apresentam as proporções de arrecadação e da redistribuiçãode R$ 2,2 bilhões que couberam aos municípios.
Dispõe a Constituição Federal que 25% do produto da arrecadação do ICMS pertencem aosmunicípios e devem ser a estes creditados, na forma de três quartos, no mínimo, na proporção dovalor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços,realizadas em seus territórios; e de até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual. A LeiEstadual nº 2.664/96 estabeleceu critérios para distribuição dos recursos relativos à fraçãocorrespondente a 6,25% dos 25% a serem redistribuídos, em que são considerados a relação entrea população residente no município e o total da região a que pertence; a relação entre a área geográficado município e a área da região; a relação entre a receita própria arrecadada com origem em tributosde competência municipal e a arrecadação do ICMS no município, baseada em dados relativos aoano civil imediatamente anterior; uma cota mínima em igual valor para todos os municípios de umamesma região; e um ajuste econômico calculado proporcionalmente à soma inversa dos índices de
população, área e valor adicionado de cada município em relação ao total da região.
Arrecadação do ICMS - 2002
Capital65,0%
RegiãoMetropolitana sem
a capital24,6%
Região da CostaVerde1,3%
Região Centro-SulFluminense
0,2%
Região Serrana1,8%
Região NorteFluminense
1,8%
Região NoroesteFluminense
0,1%
Região dasBaixadas
Litorâneas0,3%
Região do MédioParaíba
4,8%
Redistribuição do ICMS Arrecadado - 2002
Capital36,2%
RegiãoMetropolitana sem
a capital19,1%
Região da CostaVerde4,2%
Região Centro-SulFluminense
2,6%
Região Serrana6,3%
Região NorteFluminense
11,6%
Região NoroesteFluminense
3,3%
Região dasBaixadas
Litorâneas6,6%
Região do MédioParaíba10,2%
54 - Fonte: Fundação CIDE – os dados não são do período de competência e sim da efetiva transferência de recursos.
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MIGUEL PEREIRA
A arrecadação per capita apresentou as seguintes características:
A redistribuição, por sua vez, da parcela transferida aos municípios apresentou panoramabem diferente:
Especificamente para a região do município em estudo, os dados de arrecadação de ICMS
são os seguintes:
Arrecadação de ICMS per capita - R$ - 2002
91,10
486,07
50,44
604,83
495,58
1.100,13
39,39
248,05
234,83
682,07
- 200,00 400,00 600,00 800,00 1.000,00 1.200,00
Região Centro-Sul Fluminense
Região da Costa Verde
Região das Baixadas Litorâneas
Região do Médio Paraíba
Região Metropolitana sem a capital
Capital
Região Noroeste Fluminense
Região Norte Fluminense
Região Serrana
Média estadual
Redistribuição de ICMS per capita - R$ - 2002
214,87
334,96
211,18
276,69
83,22
133,08
239,71
351,65
178,71
148,02
- 200,00 400, 00 600,00 800,00 1.000,00 1.200,00
Região Centro-Sul F luminense
Região da Costa Verde
Região das Baixadas Litorâneas
Região do Médio Paraíba
Região Metropolitana sem a capital
Capital
Região Noroeste Fluminense
Região Norte Fluminense
Região Serrana
Média estadual
Arrecadação de IC MS na Região Centro-Sul Fluminense (R$ 1.000) - 2002
3.422
1.401
1.811
549
847
3.560
380
2.178
8.713
845
- 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 10.000
Areal
Comendador Levy Gasparian
Engenheiro Paulo de Frontin
Mendes
Miguel Pereira
Paraíba do Sul
Paty do Alferes
Sapucaia
Três Rios
Vassouras
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MIGUEL PEREIRA
• Royalties do Petróleo e do Gás Natural
O componente que mais tem contribuído, desde 1999, para impulsionar as receitas do Estadodo Rio de Janeiro e de alguns municípios fluminenses tem sido os crescentes royalties e participaçõesespeciais pela exploração de petróleo e gás natural.
O gráfico a seguir apresenta o volume de recursos repassados ao Estado e aos municípiosdesde 1997. Na esfera estadual 55, o peso dos royalties e da participação especial na receita correntepassou de 0,5%, em 1997, para um percentual dez vezes maior, alcançando 5,0% em 2002.
Os critérios de rateio de tais recursos, pagos diretamente pela Secretaria do Tesouro Nacional –STN, vão desde o confronto da plataforma continental com os municípios e suas áreas geoeconômicaslimítrofes, passando pelas zonas de produção principal e secundária, considerando-se nessa participação
fatores populacionais do município e dos distritos, além do fato de que neles se localizam instalações
55 - Fonte: Conjuntura & Informação - ANP 2003.
Arrecadação de ICMS per capita na Região Centro-Sul Fluminense - R$ - 2002
332,28
172,26
148,62
31,47
33,94
93,10
14,72
123,95
118,69
26,31
- 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00 300,00 350,00
Areal
Comendador Levy Gasparian
Engenheiro Paulo de Frontin
Mendes
Miguel Pereira
Paraíba do Sul
Paty do Alferes
Sapucaia
Três Rios
Vassouras
-
500.000
1.000.000
1.500.000
2.000.000
2.500.000
3.000.000
Royalties e participações especiais (R$ mil correntes)
Total Es ta do Munic ípios
Total 80.481 116.323 696.749 1.284.235 1.812.494 2.656.401
Estado 38.618 55.942 490.041 783.302 1.144.404 1.667.286
Municípios 41.863 60.381 206.708 500.933 668.090 989.115
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Fonte: Agência Nacional de Petróleo - 2003
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MIGUEL PEREIRA
de embarque ou desembarque de petróleo ou gás natural. Deve-se adicionar, para cômputo do total de
royalties recebidos, a parcela que o Estado repassa aos municípios sobre a participação que tambémlhe cabe nos 5% de royalties, a qual observa os mesmos critérios de redistribuição do ICMS.
Desta forma 56, alguns municípios se destacam na receita de royalties e participaçõesespeciais. Em ordem decrescente, e tomando o ano base 2002, temos:
- Campos dos Goytacazes, superando os R$ 300 milhões;
- Macaé, com mais de R$ 180 milhões;
- Rio das Ostras, superando os R$ 160 milhões;
- Cabo Frio, acima de R$ 65 milhões;
- Rio de Janeiro e Quissamã, na ordem de R$ 45 milhões;
- Armação dos Búzios e Casimiro de Abreu, próximos dos R$ 25 milhões;
- Carapebus e Duque de Caxias, na faixa dos R$ 18 milhões;
- Angra dos Reis, com R$ 14 milhões;
- nove municípios entre R$ 5 e R$ 10 milhões;
- vinte e um municípios entre R$ 3 e R$ 5 milhões;
- vinte e três outros entre R$ 1 e R$ 3 milhões;
- vinte e quatro últimos entre R$ 200 mil e R$ 1 milhão.
O gráfico a seguir apresenta o rateio entre as diversas regiões do Estado.
56 - Tabulações feitas a partir de dados da STN e da SEF.
Repartição dosroyalties e participações da União e do Estado - RJ - 2002
Região do MédioParaíba
2%
RegiãoMetropolitana sem
a capital6%
Região Serrana6%
Região NorteFluminense
47%Região NoroesteFluminense
5%
Capital5%
Região Centro-SulFluminense0,3%
Região da CostaVerde3%
Região dasBaixadasLitorâneas
26%
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MIGUEL PEREIRA
As Regiões Norte e das Baixadas Litorâneas têm sido as mais beneficiadas pelos recursos
provenientes da exploração, transporte e distribuição de petróleo, principalmente no rateio de suapopulação:
O gráfico a seguir apresenta os números relativos à região do município em análise.
• Finanças dos Municípios Fluminenses
Os municípios do Estado do Rio de Janeiro tiveram uma receita total de R$ 12,2 bilhões 57 em2002, dos quais pouco mais da metade ficou para a capital. Já em receita tributária, o total alcançouR$ 2,2 bilhões, sendo 72% arrecadados na cidade do Rio de Janeiro. Estas cifras, em 2001, eram deR$ 10,5 e R$ 2,5 bilhões, respectivamente.
Os gráficos a seguir apresentam a participação das regiões no montante arrecadado em2002, excluído o município da capital.
57 - Dados da execução orçamentária da capital obtidos no site do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro.
Royalties Totais per capita - 2002
9,44
82,53
319,59
21,37
9,67
131,81
553,73
63,30
6,71
- 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00 600,00
Região Centro-Sul Fluminense
Região da Costa Verde
Região das Baixadas Li torâneas
Região do Médio Paraíba
Região Metropolitana sem a capital
Região Noroeste Fluminense
Região Norte Fluminense
Região Serrana
Capital
Dados da STN e da S EF
19,00
24,36
16,17
11,32
9,11
7,61
9,02
14,37
5,30
8,57
- 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00
Areal
Comendador Levy Gasparian
Engenheiro Paulo de Frontin
Mendes
Miguel Pereira
Paraíba do Sul
Paty do Alferes
Sapucaia
Três Rios
Vassouras
Royalties per capita para a Região Centro-Sul Fluminense em 2002 (R$)
Dados da STN e da SEF
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MIGUEL PEREIRA
Pode-se observar que a Região Metropolitana, sem a capital, teve uma receita de R$ 2,0bilhões, representando 35% do total. Sua receita tributária, entretanto, no montante de R$ 393 milhões,contribuiu com 47% do total. É bom lembrar que saíram dessa região os municípios de Maricá,deslocado para a Região das Baixadas Litorâneas, e Mangaratiba e Itaguaí, que agora integram aRegião da Costa Verde. Feitos os devidos remanejamentos, em relação ao ano de 2001, o crescimentoobservado foi de 17% nas receitas totais e de 11% na tributária.
A Região Noroeste arrecadou R$ 226 milhões, tomando a fatia de 4% da receita total, contraR$ 11 milhões de receita tributária, apenas 1% do total. O crescimento no ano das receitas totais e natributária foi, respectivamente, de 16% e 6%.
A Região Norte recebeu R$ 1.113 milhões, 19% da receita total, contra 9% da arrecadaçãotributária, no valor de R$ 72 milhões. Seu crescimento de 37% na receita foi superado pelos 42% deaumento na arrecadação tributária.
A Região Serrana ficou com R$ 549 milhões, 9% da receita total, tendo sua receita tributária,de R$ 96 milhões, participado em 12% do total. O crescimento de ambas no ano foi entre 13% e 14%.
A Região das Baixadas Litorâneas obteve R$ 830 milhões, 14% da receita total, arrecadandoR$ 88 milhões em tributos, 11% do total. A receita cresceu 41%, contra 24% de aumento nos tributospróprios.
A Região do Médio Paraíba teve R$ 616 milhões de receita total, 11% das regiões, arrecadandoem tributos R$ 93 milhões, 11% do total. A receita subiu 4 pontos percentuais e a arrecadação foieqüivalente à de 2001.
A Região Centro-Sul ficou com R$ 196 milhões, 3% da receita total, contra R$ 14 milhões emarrecadação tributária, 2% do total. Em 2002, sua receita cresceu 35%, contra 16% de aumento naarrecadação de tributos.
A Região da Costa Verde, agora com quatro municípios, arrecadou R$ 298 milhões, 5% dareceita total, com uma receita tributária de R$ 59 milhões, 7% do total. Sua receita total teve aumentode 29%, superado pelos 35% de crescimento da receita tributária.
A evolução das receitas totais é ilustrada no gráfico a seguir, sendo que a Região Metropolitana,sem a capital, extrapola a escala do gráfico em 2001 e 2002, e seus valores estão expressos sob alegenda.
Distribuição da Receita Total em 2002
Região Serrana9%
RegiãoMetropolitana
35%
Região das
BaixadasLitorâneas
14%
Região do MédioParaíba
11%
Região Norte
Fluminense19%
Região NoroesteFluminense
4%
Região Centro-Sul
Fluminense3%
Região da CostaVerde
5%
Distribuição da Receita Tributária em 2002
RegiãoMetropolitana
47%
Região dasBaixadas
Litorâneas11%
Região da CostaVerde
7%Região Centro-Sul Fluminense
2%
Região NoroesteFluminense
1%Região NorteFluminense
9%
Região do MédioParaíba
11%
Região Serrana12%
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MIGUEL PEREIRA
As taxas de crescimento em relação ao exercício anterior são apresentadas a seguir. Destavez, é a Região Norte que supera a escala no ano 2000.
O destaque na receita total per capita vai para a Região Norte, seguida das Baixadas Litorânease da Costa Verde. As Regiões do Médio Paraíba, Serrana, Noroeste e Centro-Sul praticamente encontram-
se empatadas em 2002, bem à frente Região Metropolitana, sem a capital, como demonstra o gráfico.
Evolução Percentual das Receitas Totais
66%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
1998 1999 2000 2001 2002
Metr opol it ana sem Cap it al R egi ão N oroe st e Regi ão Nor te R egi ão S err ana Bai xadas Li tor ânea s Méd io Para íba Cent ro- Sul C ost a Ver de
Receita Total per capita
-
200,00
400,00
600,00
800,00
1.000,00
1.200,00
1.400,00
1.600,00
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Metropolitana sem Capital Região Noroeste Região Norte Região Serrana
Baixadas Litorâneas Médio Paraíba Centro-Sul Costa Verde
Evolução das Receitas Totais
1.987.671.211,351.696.297.173,48
-
200.000.000
400.000.000
600.000.000
800.000.000
1.000.000.000
1.200.000.000
1.400.000.000
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Metropolitana sem Capital Região Noroeste Região Norte Região Serrana
Baixadas Litorâneas Médio Paraíba Centro-Sul Costa Verde
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Já a receita tributária apresentou a evolução a seguir. As cifras da Região Metropolitana, sem
a capital, superam a escala adotada.
A arrecadação de tributos cresceu, de 1997 para 2002, 60% na Região Metropolitana sem acapital; 53% na Noroeste; 160% na Norte; 48% na Serrana; 106% na das Baixadas Litorâneas; 63%na do Médio Paraíba; 73% na Centro-Sul; e 74% na Costa Verde. O gráfico apresenta a evolução dacarga tributária per capita (tributos mais cobrança da dívida ativa por habitante):
A Região da Costa Verde é extremamente beneficiada pelos portos ali existentes, bem comohotéis e resorts. A Região do Médio Paraíba, que empatava com as Baixadas Litorâneas e Serranaem 2001, distanciou-se para o quarto lugar no ranking . Enquanto a Região Norte apresentoucrescimento continuado, a Região Metropolitana sem a capital teve um forte aumento em 2002,empatando no quinto lugar. Seguem as Regiões Centro-Sul e Noroeste, esta última cinco vezesmenor que a primeira colocada.
Como indica o gráfico seguinte, o custeio da máquina administrativa da Região Norteultrapassou o da Costa Verde, seguidas das Baixadas Litorâneas, Noroeste, Médio Paraíba, Centro-
Sul com Serrana e Metropolitana sem a capital. A contabilização de transferências operacionaisintramunicipais, em municípios que consideravam esse custeio como transferências às diversasentidades e autarquias, deixou de existir em 2002, fazendo com que a Região Metropolitana agoramelhor retrate este indicador.
Carga Tributária per capita
-
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Metropolitana sem Capital Região Noroeste Região Norte Região Serrana
Baixadas Litorâneas Médio Paraíba Centro-Sul Costa Verde
Evolução das Receitas Tributárias
3 52 .9 50 .5 90 ,7 1 39 3.0 61.3 73,9 6328.845.919,48312.385.590,89
-
50.000.000
100.000.000
150.000.000
200.000.000
250.000.000
300.000.000
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Metropolitana sem Capital Região Noroeste Região Norte Região Serrana
Baixadas Litorâneas Médio Paraíba Centro-Sul Costa Verde
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O gráfico a seguir apresenta um comparativo dos investimentos per capita, no qual se percebenitidamente o benefício que os royalties trouxeram às Regiões Norte e das Baixadas Litorâneas, nafaixa dos R$ 300 investidos por habitante. A Região da Costa Verde supera R$ 190 por habitante,seguida de Centro-Sul e Médio Paraíba. A Noroeste empatou com a Serrana na faixa dos R$ 80/habitante,e a Metropolitana, sem a capital, ficou próxima dos R$ 60/habitante.
Ocorrem algumas inversões no quadro acima quando analisamos o indicador de grau deinvestimento, que mostra a razão entre o valor investido e a receita total da região, como demonstrao gráfico a seguir.
Investimentos per capita
-
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Metropolitana sem Capital Região Noroeste Região Norte Região Serrana
Baixadas Litorâneas Médio Paraíba Centro-Sul Costa Verde
Custeio per capita
-
100,00
200,00
300,00
400,00
500,00
600,00
700,00
800,00
900,00
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Metropol itana sem Capital Região Noroeste Região Norte Região Serrana
Baixadas Li torâneas Médio Paraíba Centro-Sul Costa Verde
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A participação do município em análise na sua região é apresentada nos gráficos a seguir:
Receitas totais da Região Centro-Sul Fluminense - 2002 - R$ mil
27.458
44.342
12.425
18.221
29.993
19.246
12.539
9.537
10.039
11.906
0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000 45.000 50.000
Vassouras
Três Rios
Sapucaia
Paty do Alferes
Paraíba do Sul
Miguel Pereira
Mendes
Engenheiro Paulo de Frontin
Comendador Levy Gasparian
Areal
Grau de Investimento
0,05
0,08
0,11
0,14
0,17
0,20
0,23
0,26
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Metropolitana sem Capital Região Noroeste Região Norte Região Serrana
Baixadas Litorâneas Médio Paraíba Centro-Sul Costa Verde
Receitas tributárias da Região Centro-Sul Fluminense - 2002 - R$ mil
1.144
4.204
438
1.577
2.276
1.933
562
314
356
1.060
0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500
Vassouras
Três Rios
Sapucaia
Paty do Alferes
Paraíba do Sul
Miguel Pereira
Mendes
Engenheiro Paulo de Frontin
Comendador Levy Gasparian
Areal
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• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
Da mesma forma como verificado na última edição dos Estudos Socioeconômicos, a dispersãoda carga tributária per capita continuou ocorrendo em 2002, o que nos incentivou a realizar um estudomais pormenorizado sobre seu principal componente, o imposto sobre serviços de qualquer natureza,que deverá ganhar maior relevância em 2004, com a entrada em vigor de novas legislações queregerão este tributo municipal.
Há indícios de que a tributação sobre serviços ocorre desde os tempos do Egito antigo, ondeos tintureiros pagavam um imposto sobre suas atividades. Em Roma, há referências que o Imperador Constantino taxava os serviços com o imposto chrysagyrum ou lustralis collatio.
No Brasil, a Constituição de 1934 dispôs sobre a tributação de serviços em âmbito municipal,somente sobre diversões públicas, o que não foi alterado na Carta de 1937. Com a promulgação daCarta de 1946, ao imposto sobre diversões públicas, somou-se o imposto de indústrias e profissões. Antes da reforma de 1965, os serviços ainda eram tributados, em favor dos estados, sobre transaçõescomo hospedagem, locação de bens móveis, construção civil, pintura, conserto etc.
A Emenda Constitucional 18, de 1965, criou o imposto sobre serviços de qualquer natureza, dandocompetência tributária aos municípios para sua cobrança, e instituiu o imposto sobre operações relativasà circulação de mercadorias, realizadas por comerciantes, industriais e produtores, de competência estadual.Lei complementar teve por delegação diferenciar onde recairia o ISS e onde incidiria o ICM.
O Código Tributário Nacional – CTN foi criado pela Lei 5.172/66, apresentando uma lista decinco itens de serviços e admitindo a existência de atividades de caráter misto.
A Constituição de 1967 em nada alterou o ISS e foi o Decreto-Lei 406/68, com o status de leicomplementar, que estabeleceu normas de direito financeiro aplicáveis ao ISS e ao ICM, alterando edisciplinando os elementos essenciais da tributação, tais como fato gerador, base de cálculo econtribuinte. Trouxe, ainda, uma lista com 29 itens sobre os quais incidiria o ISS.
O Decreto-Lei 834/69, a Lei 7.192/84 e a Lei Complementar 56/87 foram incluindo novos itensna lista, chegando a 100 itens tributáveis pelo ISS.
A Constituição Federal de 1988 ratificou a competência dos municípios para cobrança doimposto sobre serviços de qualquer natureza, excetuando as prestações de serviços de transporteinterestadual e intermunicipal e de comunicação (inclusive intramunicipal, de acordo com a Emenda3/93), que estão sujeitas ao ICMS. A Lei Complementar 100/99 acresceu o 101º item (exploração depedágios por empresas) à lista de serviços.
Finalmente, publicada em 1º de agosto de 2003, a Lei Complementar 116 apresenta uma listacom 40 atividades, subdivididas em 244 itens de serviços. Esta nova legislação propiciará aumentode arrecadação do ISS a partir de 2004. Encontra-se em tramitação um projeto de lei do Senado, denº 400, propondo alguns ajustes na LC 116/03 e incluindo mais quatro itens de serviços.
A arrecadação do ISS cresceu de R$ 850 milhões em 1997 para R$ 1,4 bilhão em 2002 58, esua evolução é apresentada no gráfico a seguir:
58 - Dados da capital obtidos no Tribunal de Contas do Município – TCM-RJ. Demais informações geradas pelo Núcleo de EstudosSocioeconômicos da Secretaria-Geral de Planejamento do TCE-RJ.
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Nestes seis anos, a variação do IGP-DI 59 foi de 57% e o gráfico abaixo ilustra a arrecadaçãoem valores atualizados para 2002. Observa-se um crescimento de 8% na arrecadação total, tendo acapital arrecadado mais 2% e, os demais municípios, 39%.
A contribuição da cidade do Rio de Janeiro na arrecadação do tributo é predominante, seguidados demais municípios da Região Metropolitana, das Regiões do Médio Paraíba e Norte Fluminense.Em outro patamar, alinham-se as Regiões Serrana, Costa Verde e Baixadas Litorâneas.
Arrecadação Acumulada do ISS no Estado do Rio de Janeiro (R$ mil de 2002)
1.107.9951.102.423
1.019.411994.4021.076.3001.088.735
338.915295.424
260.338253.647
272.066243.507
-
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1.200.000
1.400.000
1.600.000
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Capital Demais municípios
Arrecadação do ISS no Estado do Rio de Janeiro - 2002 - R$ 1,447 bilhão -
Capital77%
Região Centro-SulFluminense
0,4%
Região do Médio Paraíb3%
Região da Costa Verde2%
Região das BaixadaLitorâneas
2%
Região Serrana2%
Região Norte Fluminense4%
Região NoroesteFluminense
0,2%
Região Metropolitanasem a capital
10%
59 - Fatores utilizados: 1997 - 7,91%; 1998 - 3,89%; 1999 - 11,32%; 2000 - 13,77%; 2001 - 10,36%.
Arrecadação Acumulada do ISS no Estado do Rio de Janeiro (R$ mil correntes)
1.107.9951.021.613
909.314
796.807758.049694.823
338.915
273.769
232.222
203.245191.619
155.404
-
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1.200.000
1.400.000
1.600.000
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Capital Demais municípios
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Para melhor observarmos as participações de cada região de nosso Estado, excluímos a
capital e o gráfico que segue redistribui a arrecadação pelas regiões dos demais municípios.
No período de seis anos, a arrecadação por região deu-se conforme o gráfico a seguir.
Em valores atualizados para 2002, verificamos que as Regiões das Baixadas Litorâneas e
Norte Fluminense tiveram crescimento de arrecadação acima de 100%.
Arrecadação do ISS no Estado do Rio de Janeiro,Excluída a Capital - 2002 - R$ 339 milhões
Região Metropolitanasem a capital
41%
Região NoroesteFluminense
1%
Região Norte Fluminense15%
Região Serrana10%
Região das BaixadasLitorâneas
8%
Região da Costa Verde8%
Região do Médio Paraíba15%
Região Centro-SulFluminense
2%
Evolução do ISS por Região (R$ mil correntes)140.440
114.014104.057
88.59887.53066.846
-
5.000
10.000
15.000
20.00025.000
30.00035.000
40.000
45.000
50.000
55.000
60.000
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Região Met ropolitana sem a capital Região do Médio Paraí ba
Região Norte Fluminense Região Serrana
Região da Costa Verde Região das Baixadas Litorâneas
Região Centro-Sul Fluminense Região Noroeste Fluminense
Evolução do ISS por Região (R$ mil de 2002)140.440
123.032116.656110.569
124.277
104.743
-
5.00010.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
40.000
45.000
50.000
55.000
60.000
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Região Metropolitana sem a capital Região do Médio Paraíba
Região Norte Fluminense Região Serrana
Região da Costa Verde Região das Baixadas Litorâneas
Região Centro-Sul Fluminense Região Noroeste Fluminense
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Dezessete municípios destacam-se no panorama de arrecadação fluminense, somando 80%
da receita de ISS, excluída a capital.
A arrecadação per capita 60 do imposto sobre serviços de qualquer natureza novamentetem destaque na capital, seguida pela Região da Costa Verde, ambas acima da média estadual.Observe-se que a Região Metropolitana, sem a capital, está à f rente apenas das Regiões Centro-Sul e Noroeste.
60 - População de acordo com projeções da Fundação CIDE.
Principais Arrecadadores de ISS em 2002
Duque de Caxias12%
Niterói12%
Macaé10%
Petrópolis6%
Volta Redonda6%
Barra Mansa2%
Nova Friburgo2%
Belford Roxo2%
Demais 74 municípios20%
São Gonçalo4%
Rio Bonito2%
Mangaratiba3%
Itaguaí3%
Angra dos Reis3%
Itatiaia4%
São João de Meriti2%
Campos dos Goytacazes4%
Nova Iguaçu4%
Evolução do ISS na Região Centro-Sul (R$ mil)
583
191
136
557
254
1.207 1.207 1.640 1.770 2.068
1.260
212
2.403
170
159
- 100 200 300 400 500 600
Areal
Comendador Levy Gasparian
Engenheiro Paulo de Frontin
Mendes
Miguel Pereira
Paraíba do Sul
Paty do Alferes
Sapucaia
Três Rios
Vassouras
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Especificamente sobre a Região Centro-Sul Fluminense, os municípios de Três Rios e Paraíbado Sul são os que estão à frente no volume de arrecadação do tributo.
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Apenas dezoito municípios arrecadam acima de R$ 50 per capita, como mostra o gráfico a seguir.Outros quatorze estão na faixa entre R$ 30 e R$ 50 por habitante, oito municípios arrecadam entre R$ 20e R$ 30, vinte e seis entre R$ 10 e R$ 20 e, no patamar de R$ 1,94 a R$ 10,00, estão outros vinte e sete.
Areal assume a ponta na região quando se analisa a arrecadação por habitante.
Evolução do ISS per cap ita por Região (R$)
-
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
140,00
160,00
180,00200,00
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Capital Região SerranaMédia estadual Região Norte FluminenseRegião do Médio Paraíba Região da Costa Verde
Região das Baixadas Lit orâneas Região Metropolit ana sem a capitalRegião Centro-Sul Fluminense Região Noroeste Fluminense
Evolução do ISS per capita na Região Centro-Sul (R$)
56,61
23,45
11,14
22,31
32,94
7,90
12,14
32,73
6,57
9,07
- 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00
Areal
Comendador Levy Gasparian
Engenheiro Paulo de Frontin
Mendes
Miguel Pereira
Paraíba do Sul
Paty do Alferes
Sapucaia
Três Rios
Vassouras
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Maiores Arrecadações per capita em 2002
518,68
330,08
239,60
130,57
107,89
86,36
83,84
81,01
77,96
72,61
69,12
68,95
61,27
60,60
60,55
56,61
50,62
186,28
97,80
- 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00 600,00
Itatiaia
Mangaratiba
Macaé
Rio de Janeiro
Rio Bonito
Itaguaí
Média estadual
Niterói
Volta Redonda
Porto Real
Quissamã
Petrópolis
Armação de Búzios
Angra dos Reis
Piraí
Rio das Flores
Saquarema
Areal
Duque de Caxias
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• Indicadores do Município
A evolução e a composição das receitas e despesas no período de 1997 a 2002 sãodemonstradas nos gráficos abaixo, lembrando que as cifras apresentadas neste capítulo são emvalores correntes.
A receita realizada aumentou 135%, enquanto a despesa cresceu 141% entre 1997 e 2002.
Com relação à composição das receitas correntes, os gráficos a seguir apresentam suaevolução no período de 1997 a 2002:
Evolução da Receita Realizada
-
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
M i l R e a i s
Receitas de Capital Receitas Correntes Receita Total
Receitas de Capital 412 1.240 1.239 1.142 240 2.463
Receitas Correntes 7.790 9.532 10.954 12.257 14.819 16.783
Receita Total 8.202 10.772 12.193 13.399 15.059 19.246
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Evolução da Despesa Realizada
-
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
M i l R e a i s
Despesas de Capital Despesas Correntes Despesa Total
Despesas de Capital 917 1.796 1.758 2.434 1.879 3.794
Despesas Correntes 7.182 8.954 10.294 12.367 14.373 15.706
Despesa total 8.099 10.750 12.052 14.801 16.252 19.500
1997 1998 1999 2000 2001 2002
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MIGUEL PEREIRA
Cabe aqui fazer uma ressalva importante: as receitas de royalties estavam alocadas comoOutras Receitas Correntes de 1997 a 1999; a partir de 2000, as alocamos como Receita deContribuição, de acordo com a legislação vigente.
Pode-se observar predominância das transferências correntes, já que a receita tributáriarepresenta 12% do total no ano 2002.
O montante transferido pela União e pelo Estado ao município observou a seguinte evolução:
1997
TransferênciasCorrentes do
Estado52%
ReceitaTributária
12%Outras receitas
correntes2%
ReceitaPatrimonial
0,5%
TransferênciasCorrentes da
União31%
Receita deContribuição
3%
1998
Outras receitascorrentes
3%
TransferênciasCorrentes da
União30%
TransferênciasCorrentes do
Estado53%
Receita deContribuição
4%
ReceitaPatrimonial
0,5%
ReceitaTributária
9%
1999
ReceitaTributária
12%
TransferênciasCorrentes da
União26%
ReceitaPatrimonial
0,5%
TransferênciasCorrentes do
Estado56%
Outras receitascorrentes
2,9%
Receita deContribuição
3%
2000
ReceitaTributária
11%
TransferênciasCorrentes da
União26%
ReceitaPatrimonial
0,6%
TransferênciasCorrentes do
Estado55%
Outras receitascorrentes
4%
Receita deContribuição
3%
2001
Receita deContribuição
3%
Outras receitascorrentes
4,1%
TransferênciasCorrentes do
Estado53%
ReceitaPatrimonial
0,7%
TransferênciasCorrentes da
União28%
Receita Tributária11%
2002
Receita deContribuição
5%
Outras receitascorrentes
3%
TransferênciasCorrentes do
Estado47%
ReceitaPatrimonial
0,9%
TransferênciasCorrentes da
União32%
Receita Tributária12%
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MIGUEL PEREIRA
Na análise da evolução das transferências totais da União e do Estado para o município,verificamos um aumento de 131% entre 1997 e 2002, enquanto a receita tributária teve um aumentode 103% no mesmo período.
De acordo com o gráfico acima, o município apresentou uma evolução na receita tributáriafortemente beneficiada pelo aumento de 226% na arrecadação de IPTU. Também houve forteacréscimo de 74%na receita de ISS, apenas 37% de aumento no ITBI e uma queda de 40% nastaxas.
Evolução e Composição das Receitas Tributárias
-
500
1.000
1.500
2.000
2.500
M i l R e a i s
IPTU ITBI ISS Taxas Contribuição de Melhoria Total
IPTU 333 344 825 854 987 1.085
ITBI 143 136 170 144 153 196
ISS 320 344 339 296 361 557
Taxas 159 34 32 33 76 95
Contribuição de Melhoria - - - - -
Total 955 859 1.367 1.326 1.576 1.933
1997 1998 1999 2000 2001 2002
1997 19981999 2000
2001 2002
-
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
M i l R e a i s
Evolução das Transferências
da União e do Estado
Correntes e de capital 6.778 9.204 10.155 11.165 12.341 15.684
1997 1998 1999 2000 2001 2002
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MIGUEL PEREIRA
As transferências correntes da União cresceram 123% no período, com aumento de 69% norepasse do Fundo de Participação dos Municípios e significativos ingressos de recursos em OutrasTransferências.
A evolução das transferências correntes do Estado foi de 98% no período, tendo contribuídopara tanto um aumento de 50% no repasse do ICMS e o ingresso do FUNDEF a partir de 1998.
Evolução e Composição das Transferências da União
-
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
M i l R e a i s
FPM IRRF ITR ICMS Exportação Outras Total
FPM 1.965 2.296 2.486 2.632 3.099 3.317
IRRF 90 105 132 227 159 118
ITR 7 11 9 8 7 15
ICMS Exportação - - - - - 194
Outras 347 470 254 321 832 1.729
Total 2.408 2.882 2.881 3.189 4.096 5.374
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Evolução e Composição das Transferências do Estado
-
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
9.000
M i l R e a i s
ICMS IPVA IPI FUNDEF Outras Total
ICMS 3.470 3.890 4.377 4.931 5.620 5.194
IPVA 276 288 283 391 438 510
IPI - - - - - 58
FUNDEF - 891 1.375 1.506 1.774 1.946
Outras 213 14 - 5 173 139
Total 3.958 5.082 6.035 6.834 8.005 7.847
1997 1998 1999 2000 2001 2002
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MIGUEL PEREIRA
Composição dos Gastos por Função 61
As despesas tiveram um crescimento de 33% de 97 para 98, de 12% de 98 para 99, de 23%de 1999 para 2000, de 10% de 2000 para 2001, e de 20% de 2001 para 2002, totalizando incrementode 141% no período, com ênfase para os aumentos nas despesas com Habitação e Urbanismo;Saúde e Saneamento.
Pode-se verificar as reduções, incrementos e constâncias na seqüência anual de composiçõesde gastos das principais funções, apresentadas a seguir:
Com o objetivo de complementar a análise dos demonstrativos objeto do presente trabalho,vamos apresentar algumas informações através dos indicadores a seguir, que serão úteis parainterpretação das finanças públicas do município, bem como da capacidade de pagamento da
municipalidade.
61 - As funções Educação & Cultura e Saúde & Saneamento agora são desagregadas. Para permitir a comparação dos seis anos,apresentamos seus somatórios em 2002.
Evolução das Despesas em Funções de Governo
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Legislativa Administração e Planejamento Educação e CulturaHabitação e Urbanismo Saúde e Saneamento Assistência e PrevidênciaTransportes Outras
Função 1997 1998 1999 2000 2001 2002
Legislativa 503.454 593.971 622.172 922.691 738.216 770.369 Administração e
Planejamento2.375.394 2.349.079 2.508.433 2.897.228 3.437.742 2.743.643
Agricultura 280.440 184.627 291.311 180.933 284.598 396.600
Comunicações 4.998 7.232 7.488 4.993 6.943 11.233 Desenvolvimento
Regional- - - - - -
Educação e Cultura 1.824.894 3.303.144 3.755.969 4.408.223 4.777.019 4.481.830
Habitação eUrbanismo
144.431 414.255 244.628 380.943 555.949 3.457.316
Indústria, Comércioe Serviços
306.363 741.866 317.385 339.258 532.435 682.889
Saúde eSaneamento
1.404.984 1.533.347 1.765.256 2.382.694 2.791.441 4.755.970
Trabalho - - - - - - Assistência ePrevidência
979.619 1.185.143 1.548.405 1.834.269 2.358.261 1.421.864
Transportes 274.522 437.016 990.579 1.449.332 769.855 618.119 Outras - - - - - 160.217 Total 8.099.100 10.749.681 12.051.626 14.800.564 16.252.461 19.500.051
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1) Indicador de equilíbrio orçamentário em 2002:
receita realizada = R$ 19.246.377 = 0,9870 despesa executada R$ 19.500.051
Este quociente demonstra o quanto da receita realizada serve de cobertura para a despesa executada.
A interpretação objetiva desse quociente nos leva a considerar que há R$ 98, para cada R$100,00 de despesa executada, apresentando pequeno déficit de execução.
Para os exercícios anteriores, o gráfico a seguir apresenta sua evolução, demonstrandodesequilíbrio orçamentário nos três últimos três anos, nesses seis em análise.
2) Indicador do comprometimento da receita corrente com a máquina administrativa
em 2002:
despesas de custeio = R$ 15.706.091 = 0,94receitas correntes R$ 16.783.251
Este indicador mede o nível de comprometimento do município com o funcionamento damáquina administrativa utilizando-se recursos provenientes das receitas correntes. Do total da receitacorrente, 94% são comprometidos com a despesa de custeio, configurando uma situação de elevadocomprometimento com essas despesas, em detrimento de investimentos para a população. Em 1997,foram utilizados 81%; em 1998, 84%; em 1999, 75%; em 2000, 81%; em 2001, 80%.
As despesas de custeio destinam-se à manutenção dos serviços prestados à população,inclusive despesas de pessoal, mais aquelas destinadas a atender a obras de conservação e adptaçãode bens móveis, necessárias à operacionalização dos órgãos públicos.
Tais despesas tiveram um crescimento de 149% entre 1997 e 2002, enquanto as receitascorrentes cresceram 115% no mesmo período.
Indicador de Equilíbrio Orçamentário1,0127
1,0021 1,0117
0,9266
0,9870
0,9053
0,820,840,860,880,900,920,940,960,981,001,021,04
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Indicador do Comprometimento daReceita Corrente com a Máquina
Administrativa0,81 0,84
0,750,81 0,80
0,94
-
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1997 1998 1999 2000 2001 2002
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3) Indicador da autonomia financeira em 2002:
receita tributária própria = R$ 1.933.029 = 0,123 despesas de custeio R$ 15.706.091
Este indicador mede a contribuição da receita tributária própria do município no atendimentoàs despesas com a manutenção dos serviços da máquina administrativa.
Como podemos constatar, o município, no exercício de 2002, apresentou uma autonomia de12%; enquanto, nos exercícios de 1997 a 2001, esta foi de 15%, 11%, 16%, 13% e 13%,respectivamente.
4) Indicador do esforço tributário próprio em 2002:
receita tributária própria + inscrição na dívida ativa =
receita arrecadada
R$ 1.933.029 + 748.860 = 0,139 R$ 19.246.377
Este indicador tem como objetivo comparar o esforço tributário próprio que o município realizano sentido de arrecadar os seus próprios tributos, em relação às receitas arrecadadas.
Os recursos financeiros gerados em decorrência da atividade tributária própria do municípiocorrespondem a 14% da receita total, enquanto no exercício de 1997 foi de 15%; em 1998, fo i de 10%;em 1999, de 17%; em 2000, de 15%; e, em 2001, foi de 15%.
Não resta dúvida de que grande parte da capacidade de investimento do Município está atreladaao comportamento da arrecadação de outros governos, federal e estadual, em função dastransferências de recursos.
Indicador da Autonomia Financeira
0,151
0,107
0,167
0,133 0,1330,123
-0,0200,0400,0600,0800,1000,1200,1400,1600,180
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Indicador do Esforço Tributário Próprio
0,151
0,103
0,1690,148 0,149
0,139
0,000,020,040,060,080,100,120,140,160,18
1997 1998 1999 2000 2001 2002
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Há de se ressaltar, também, em nossa análise, os valores expressivos que vêm sendo inscritos
em dívida ativa, se comparados com o total da receita tributária arrecadada nos respectivos exercícios62
.Nos demonstrativos contábeis, não foi possível segregar a dívida ativa em tributária e não tributária.
O gráfico abaixo apresenta a performance da cobrança da dívida ativa sobre o estoquepreexistente, já que não é possível apurar a idade das cobranças recebidas no exercício.
Pelo demonstrado, observa-se que não há esforço, por parte da administração, no recebimentoda dívida ativa.
Cabe, ainda, salientar os elevados valores cancelados, como demonstram os gráficos a seguir.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P e r c e n t u a l d a
r e c e i t a
p r ó p r i a
Receita Tributária 955 859 1.367 1.326 1.576 1.933
Inscrição na Dívida Ativa 282 246 696 663 667 749
1997 1998 1999 2000 2001 2002
0%
10%
20%
30%40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Eficácia da Cobrança da Dívida Ativa
Estoque anterior Cobrança no exercício
Cobrança no exercício 84 78 83 211 174 246
Estoque anterior 1.641 672 774 1.314 1.694 2.151
1997 1998 1999 2000 2001 2002
62 - Gráficos seguintes com valores em milhares de reais.
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5) Indicador da dependência de transferências de recursos em 2002:
transferências correntes e de capital = R$ 15.684.102 = 0,81 receita realizada R$ 19.246.377
Verifica-se que a receita de transferências representa 81% do total da receita do município,enquanto, nos exercícios de 1997 a 2001, este percentual foi de 83%, 85%, 83%, 83% e 82%,respectivamente, apresentando uma aparente redução na constância da dependência total do repassede outros entes da federação.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Análise da Cobrança versus Cancelamento da Dívida Ativa
Cobrança no exercício Cancelamento de dívida ativa
Cancelamento de dívida ativa 1.167 65 74 71 36 24
Cobrança no exercício 84 78 83 211 174 246
1997 1998 1999 2000 2001 2002
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Análise do Estoque versus Cancelamento da Dívida Ativa
Estoque anterior Cancelamento de dívida ativa
Cancelamento de dívida ativa 1.167 65 74 71 36 24
Estoque anterior 1.641 672 774 1.314 1.694 2.151
1997 1998 1999 2000 2001 2002
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Caso somássemos as receitas de royalties ao numerador acima, a dependência de recursostransferidos, para o exercício de 2002, subiria para 86%.
transferências correntes, de capital e royalties = R$ 16.545.042 = 0,86 receita realizada R$ 19.246.377
Este indicador reforça os prognósticos, já comentados, a respeito da autonomia financeira domunicípio em face de sua dependência das transferências e, mais recentemente, de royalties que, nográfico abaixo, estão incluídos na receita própria e representaram R$ 288 mil em 2000, R$ 347 mil em2001 e R$ 860 mil em 2002.
Tomemos, ainda o exemplo do ICMS, arrecadado pelo Governo do Estado. O gráfico aseguir aponta a contribuição do ICMS arrecadado no município 63 contra o repasse (excluída a parcelado FUNDEF) feito pelo Estado, entre 1997 e 2002.
-
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
18.000
M i l R e a i s
Totalização transferências correntes e de capitalReceita própria (tributária e não)
Totalização transferências correntes e decapital
6.778 9.204 10.155 11.165 12.341 15.684
Receita própria (tributária e não) 1.423 1.568 2.038 2.234 2.719 3.562
Receita Própria / Transferências 21% 17% 20% 20% 22% 23%
1997 1998 1999 2000 2001 2002
63 - Fonte: Fundação CIDE.
Indicador da Dependência de
Transferências de Recursos
0,83 0,85 0,83 0,83 0,82 0,81
0,860,850,86
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Sem royalt ies Com royalt ies
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6) Indicador da carga tributária per capita em 2002:
receita tributária própria + cobrança da dívida ativa = população do município 64
R$ 1.933.029 + 245.615 = R$ 87,27/habitante
24.965
Este indicador reflete a carga tributária que cada habitante do município tem em decorrênciada sua contribuição em impostos, taxas e contribuições de melhoria para os cofres municipais.
Verifica-se que, ao longo do exercício de 2002, cada habitante contribuiu para com o fiscomunicipal em aproximadamente R$ 87; nos exercícios anteriores, tais contribuições foram de R$ 46,R$ 91, R$ 62, R$ 64 e R$ 72, respectivamente de 1997 a 2001, havendo um razoável aumento noperíodo, porém, em valor monetário, o indicador ainda é muito baixo.
Análise do ICMS
-
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
M i l R e a i s
Repasse do Estado ICMS gerado no município
Repasse do Estado 3.470 3.890 4.377 4.931 5.620 5.194
ICMS gerado no município 729 585 647 825 801 847
1997 1998 1999 2000 2001 2002
64 - Estimativa CIDE para população residente em cada ano. Dados retificados em função do Censo 2000 - pode haver pequenasdiferenças com relação aos Estudos 1997-2000 em função disso para os indicadores 6, 7 e 8.
Indicador da Carga Tributária per capita
46,4640,98
62,00 64,3371,64
87,27
-
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
1997 1998 1999 2000 2001 2002
R e a i s
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7) Indicador do custeio per capita em 2002:
despesas de custeio = R$ 15.706.091 = R$ 629,12/hab população do município 24.965
Este indicador objetiva demonstrar, em tese, o quantum com que cada cidadão arcaria paramanter a operacionalização dos órgãos públicos municipais.
Caberia a cada cidadão, caso o município não dispusesse de outra fonte de geração de recursoscontribuir com R$ 629 em 2002; e, nos exercícios de 1997 a 2001, com R$ 283, R$ 350, R$ 349, R$ 417e R$ 483, respectivamente, havendo um aumento de 123% no período de 1997 a 2002.
8) Indicador dos investimentos per capita em 2002:
investimentos = R$ 3.570.087 = R$ 143,00/hab população do município 24.965
Este indicador objetiva demonstrar, em relação aos investimentos públicos aplicados, o quantorepresentariam em benefícios para cada cidadão.
Desta forma, cada cidadão recebeu da administração pública, no exercício de 2002, na formade investimentos, o equivalente a R$ 143 em benefícios diretos e indiretos; nos exercícios de 1997 a2001, este valor foi de R$ 41, R$ 78, R$ 74, R$ 100 e R$ 71, respectivamente.
Se considerarmos que cada cidadão contribuiu para os cofres municipais com R$ 87 (indicador 6 - carga tributária per capita), a quantia de R$ 143 representaria praticamente que 1,6 vezes o valor dos tributos pagos pelos cidadãos a eles retornou como investimentos públicos.
Indicador do Custeio per capita
282,53349,90 349,17
417,73483,44
629,12
-
100,00
200,00
300,00
400,00
500,00
600,00
700,00
1997 1998 1999 2000 2001 2002
R e a i s
Indicador dos Investimentos per capita
41,03
78,22 74,03
100,29
71,24
143,00
-
20,0040,00
60,0080,00
100,00
120,00
140,00160,00
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R e a i s
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9) Indicador do grau de investimento em 2002:
investimentos = R$ 3.570.087 = 0,19 receita total R$ 19.246.377
Este indicador reflete a contribuição da receita total na execução dos investimentos.
Os investimentos públicos correspondem, aproximadamente, a 19% da receita total do município.Este índice não deve indicar um percentual muito elevado, uma vez que, somente com despesas decusteio (indicador 2 – comprometimento da receita corrente com a máquina administrativa) já secomprometem 94% das receitas correntes. Tal performance foi obtida, em parte, devido ao déficit deexecução orçamentária (indicador 1 – equilíbrio orçamentário) e às Transferências de Capital quesomaram 13% da receita total. A restrição de investimentos ocorre de forma a não comprometer aliquidez com utilização de recursos de terceiros ou com a própria manutenção da máquina administrativa.
Esse quociente vem se mantendo em níveis bons, apresentando, desde 1997, os percentuaisde 11%, 17%, 14%, 18% e 12%, evidenciando uma parcela considerável dos recursos públicosdirecionados ao desenvolvimento do município.
10) Indicador da liquidez corrente em 2002:
ativo financeiro = R$ 2.016.681 = 0,50 passivo financeiro R$ 4.041.659
Este quociente mede a capacidade da entidade de pagar as suas obrigações com as suasdisponibilidades monetárias.
O quociente acima revela perspectivas desfavoráveis à solvência imediata dos compromissosa curto prazo assumidos pela prefeitura, dificultando inclusive, ou até mesmo impossibilitando, aassunção de novos compromissos.
Como o gráfico a seguir aponta, a situação de liquidez do município vem apresentando déficitnos últimos três anos, nesses seis em análise.
Indicador do Grau de Investimento
0,11
0,17
0,14
0,18
0,12
0,19
-0,020,040,06
0,080,100,120,140,160,180,20
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Indicador de Liquidez Corrente
1,45
0,360,50
1,291,18
0,44
-
0,20
0,400,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
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VI - CONCLUSÃO
Nos dias atuais, pensar o governo é pensá-lo como um negócio, cujo objetivo é o bem-estar dacomunidade. O cidadão de hoje pouco se importa se o serviço que demanda é provido pelo município,pelo Estado ou pela União, mas se interessa que esse serviço seja substancial, efetivo em custo,conveniente e de alta qualidade. É certo que cada município tem suas especificidades, e daí a propos-ta de elaborarmos estudos individualizados, nos quais buscamos apresentar o número máximo dedados sobre a realidade local.
Os Estudos Socioeconômicos têm como objetivo apresentar o desempenho de diversas áre-as sociais e de governo em cada município fluminense. O administrador tem aqui maiores subsídiospara que sejam tomadas melhores decisões no atendimento às necessidades da população. Ser-
vem, também, como referência para políticos, técnicos, pesquisadores, estudantes e todos os quetenham interesse em conhecer um município específico, uma determinada região de nosso Estado,ou todo o seu conjunto.
Em hipótese alguma, as questões mais relevantes da administração pública se esgotam nostemas abordados e nas análises sobre cada assunto apresentado, nem seria possível sem que hou-vesse um aumento significativo de oferta de informação pelas próprias administrações federal, esta-dual e municipais que, em suas áreas fins e de planejamento, deveriam fomentar ainda mais a forma-ção de um banco de dados confiável, de baixo custo e representativo sobre os inúmeros aspectossocioeconômicos e ambientais do Rio de Janeiro.
Ao analisarmos a questão demográfica, carecem algumas avaliações relevantes, tais comoas conseqüências de mutações da pirâmide etária, com crescimento da população de idosos, e aliderança doméstica feminina, decorrente da nova configuração de boa parte das famílias, que jáalcança mais de 30% dos domicílios. Essas mudanças trazem novo perfil das demandas sociais:asilos, creches e escolas de período integral, e criação de oportunidades de formação, qualificação einserção profissional para estas mulheres.
No mesmo capítulo de caracterização do município, apontamos necessidades de melhorianos acessos rodoviários, quando pertinentes. Ocorre que o desenvolvimento modal dos transportesem nosso país é rodoviário para mais de 90% dos passageiros e 60% das cargas. Surgem, nesteponto, alguns questionamentos como: quais são os indicadores de saturação das vias, e quais aspossibilidades de uso alternativo dos modos ferroviário, aéreo e aquaviário? Como está a política detransporte municipal e intermunicipal? Nas regiões conurbadas, como melhorar o transporte público ereduzir o tempo de viagem? As tarifas estão adequadas ao padrão de renda da população e ao percur-so percorrido? E os acidentes de trânsito, foram reduzidos a níveis razoáveis?
Salientamos a importância do turismo como fator de desenvolvimento sem, contudo, apurar opotencial ainda não aproveitado de turismo rural, ecológico, de negócios, histórico, religioso e folclóri-co de cada localidade, de cada município, de cada região.
Abordamos a questão do uso do solo e a evolução ocorrida entre 1975 e 2001. Torna-se mais
do que urgente a recomposição de matas ciliares dos córregos, riachos e rios, assim como a implan-tação de corredores florestais para recomposição de ecossistemas remanescentes e manutençãode sua biodiversidade. Verificamos que os cuidados a tomar com resíduos sólidos e esgoto sanitárionão têm prioridade na grande maioria dos municípios. Despejos industriais e contaminação de corpos
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d'água por agrotóxicos estão ocorrendo, sem que se saiba sua dimensão e, por vezes, sua localiza-
ção. Cabem, aqui, novas perguntas: como está se dando o gerenciamento de recursos hídricos, suaconservação, proteção e recuperação? Os mananciais superficiais e as águas subterrâneas estãocomprometidos até que ponto? Municípios com perfis agrícola ou industrial estão racionalizando o usoda água? Questões relacionadas a drenagem e defesa contra inundações devem sempre estar napauta do gestor local. Quantas inundações ocorreram ou deixaram de ocorrer devido à falta de açãotempestiva ou à efetiva intervenção do poder público?
Na edição anterior, apresentamos o Índice de Qualidade dos Municípios – IQM de Necessida-des Habitacionais, com dados relativos ao Censo 1991, desenvolvido pela Fundação CIDE. Tal estudonão foi atualizado com os dados do Censo 2000. O conceito de necessidades habitacionais inclui trêsdimensões:
- o déficit habitacional, correspondente à necessidade de reposição de unidades precárias;
- a necessidade de construção de novas unidades para atender ao crescimento demográfico;
- a inadequação, que aponta para a necessidade de melhoria de unidades habitacionais comdeterminados tipos de carência ou deficiência.
O processo de autoconstrução supriu, em parte, a ausência do poder público na promoção depolítica habitacional destinada à população de baixa renda, excluída de um mercado que atende so-
mente a segmentos da população com maior poder aquisitivo. Num período em que se multiplicaramas moradias autoconstruídas, a administração local quantificou as necessidades habitacionais e iden-tificou as principais linhas de ação de sua política nesta área? Como o poder público reagiu a proces-sos de invasão e formação de loteamentos irregulares? Estes acabam por não contribuir para com otesouro municipal e demandam inúmeros investimentos em infra-estrutura, sem considerar os danosambientais decorrentes de sua ausência.
Quando abordamos os indicadores sociais, no segundo capítulo, apontamos a gravidade emque se encontra o sistema educacional e o quanto isso poderá comprometer a cidadania das novasgerações. A apuração dos motivos de abandono e baixo desempenho merecem avaliação mais apu-rada. Faltam dados relativos a capacitação, reciclagem e políticas de estímulo para formação e in-
gresso de novos talentos no quadro permanente de professores. Existe restrição de vagas ou ausên-cia de escola próxima da residência para um número significativo de estudantes? Essas e outrasinúmeras indagações precisam ser esclarecidas, quantificadas e solucionadas, tais como qualidadenutricional e regularidade do fornecimento de merenda escolar; dificuldades com que as famílias sedefrontam para matricular seus filhos; estabelecimentos de ensino dotados de instalações, equipa-mentos, facilidades e utensílios adequados.
O Censo 2000 nos permitiu apresentar três gráficos com um retrato que permite correlacionar a formação escolar do chefe da família com sua classe de renda e a distribuição de pessoas por ocupação e categoria de emprego, em que se vê a grande proporção de trabalhadores sem carteiraassinada e daqueles que se autodefinem trabalhar por conta própria. A tendência, já verificada anteri-
ormente, é de precarização das relações trabalhistas. Surgem novos questionamentos, tais como:quais são as facilidades de acesso aos mecanismos de proteção social? Há disponibilidade de cur-sos profissionalizantes no município? Estes são coerentes com as potencialidades locais? A deman-da por cursos não-profissionalizantes, mas de qualificação mínima do trabalhador, como o uso de
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par e decidir sobre políticas públicas. A preservação e o processo de incorporação de novos direitos
dependem da democratização do aparelho estatal. Está claro que a solução de muitos problemas nãopoderá depender dos parcos recursos da administração pública. É preciso conferir que, nos orça-mentos públicos, prevalecem a incerteza de concretização de suas receitas e a vinculação de suasfinalidades a despesas com educação, saúde, previdência e cumprimento de compromissos de cam-panha. Os recursos são finitos e consideravelmente menores que as expectativas de uma efetivaresolução dos problemas que, se hoje são identificáveis, amanhã já poderão estar defasados emvirtude de novas carências. Como vêm se desenvolvendo convênios, contratos de gestão e delega-ção de programas, em todas as áreas, junto a entidades privadas, religiosas e outras ligadas aoTerceiro Setor?
Temas como disponibilidade de energia, telecomunicações, internet, ciência e tecnologia são
fundamentais para o desenvolvimento. Em que nível está se dando a oferta e o fomento de tais inves-timentos no município? Cada comunidade tem condições locais únicas que podem estimular o cres-cimento econômico. Os capitais humano, social e natural, além da boa governança, são elementos-chave para tanto. Como tem se desempenhado o gestor municipal na mobilização, sensibilização ecapacitação da comunidade para a gestão participativa do processo de desenvolvimento local susten-tável? Como tem se articulado junto ao capital para captação e manutenção de investimentos nomunicípio?
As potencialidades locais foram abordadas na última edição, com base em estudos realizadospara todo o Estado pela FIRJAN e pela Fundação CIDE no pioneiro IQM, ambos de 1998; e pelaSecretaria de Estado de Planejamento para municípios das Regiões Norte e Noroeste, em 2002.
Quais são as transformações ocorridas, desde então, em cada porção do território fluminense?
As crescentes demandas da sociedade por maior qualidade dos serviços prestados e eleva-ção dos padrões de desempenho dos servidores estão na pauta do administrador público, que devebuscar o aperfeiçoamento das estruturas administrativa e gerencial e dos procedimentos de trabalho.
Planejamento sistemático, monitoramento e avaliação continuados, utilizando-se de indicado-res, são parte da nova agenda do Estado. A mudança da cultura organizacional e a profissionalizaçãodos servidores públicos devem ser elementos que tragam inovação, num contexto em que o gestor competente seja negociador, coordenador de conflitos e construtor do consenso: desenvolvedor detalentos em vez de mero ordenador de despesas. Este é um desafio para todos os níveis de governo.
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