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Tipos de recipientes - dados técnicos
Esses materiais e esse processo foram escolhidos pelo fato de que, atende todas as
normas exigências técnicas e econômicas.
Os recipientes são fabricados em chapas finas de aço carbono nos seguintes graus:
GL 01, GL 02, GL 03, GL 04. A abaixo mostra os requisitos quanto a composição
química e a seguinte indica os requisitos quanto as propriedades mecânicas.
As chapas são fabricadas atendendo às normas brasileiras NBR 7460 e NBR 8460.
A tabela abaixo mostra os componentes químicos do material, e mais abaixo
requisitos de propriedade mecânica.
Processo de fabricação
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PROCESSO DE CONFORMAÇÃO E GRAVAÇÃO DAS CHAPAS
Para a fabricação de recipientes transportáveis de GLP, a matéria-prima básica é a
chapa de aço. O aço é geralmente adquirido em bobinas laminadas; estas bobinas
são cortadas em discos que são utilizados para gravação do nome do cliente e em
seguida repuxados para a confecção das calotas.
EQUIPAMENTOS
Para o desbobinamento do aço é utilizado um grande posicionador onde, por meio
de uma ponte rolante ou guindaste a bobina é colocada em uma mesa. Em seguida
esta mesa posiciona a bobina de modo a encaixá-la no eixo onde castanhas se
abrem e prendem-na onde agora se inicia o processo de giro para desenrolamento.
A chapa laminada passa por um conjunto de roletes para desempeno antes de
chegar às prensas de corte e gravação
Desbobinador contínuo
Para as operações de gravação e corte são utilizadas prensas excêntricas e para a
operação de repuxo, prensas hidráulicas.
Prensas excêntricas: são geralmente empregadas em quase todas as operações
de corte e algumas operações combinadas de corte e embutimento realizadas com
um só estampo, como no caso de recipientes de GLP. Existem vários tipos de
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prensas excêntricas. Normalmente se fabricam prensas que vão de 10 a 160 t de
pressão.
Prensa excêntrica
Prensas hidráulicas: são utilizadas para o repuxo dos discos, para a formação de
calotas. Nestes equipamentos os movimentos são obtidos por acionamento de um
conjunto hidráulico, mais propriamente óleo dinâmico ou também hidropneumático.
É fundamental no manuseio com equipamentos desse tipo ter cuidado e atenção e
se evitar o risco de acidentes. Observar sempre as normas de segurança do
operador, tais como: sensores, comandos com deslizamento duplo, grades de
proteção, etc.
Conjunto de prensas hidráulicas
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PREPARAÇÃO DAS JUNTAS E LIMPEZA
As calotas após serem repuxadas passam por um processo de lavagem para
eliminação de resíduos de óleo e graxa das prensas de repuxo.
A preparação das juntas consiste em cortar as bordas das calotas superiores, a fim
de que haja uniformidade de tamanho entre elas; no caso das calotas inferiores,
estas passam por um processo de refila-mento perfazendo um dobramento
padronizado. Em seguida é feito o encaixe entre as calotas, finalizando a junta. No
caso dos recipientes com um corpo cilíndrico, tanto a calota inferior quanto a
superior passam por um processo de refila-mento das bordas de modo a promover o
perfeito encaixe no corpo cilíndrico. Os processos de soldagem comuns na
fabricação de recipientes de GLP são o Arco Submerso (soldagem circunferencial e
longitudinal) e o processo MIG/MAG (confecção e colocação de alças e bases),
demandando aproximadamente 96% de metal depositado neste tipo de área
produtiva; os outros 4% são divididos entre o processo TIG (retrabalho na solda
circunferencial e longitudinal) e Eletrodo Revestido (retrabalho nas alças e bases).
As chapas utilizadas na soldagem variam de 2,00mm a 4,90 mm de espessura.
Por se tratar de chapas de aço carbono, estes processos garantem uma boa
produtividade sem muitas exigências quanto à soldabilidade.
Parâmetros de Soldagem Comuns na Soldagem Circunferencial
EQUIPAMENTOS PARA SOLDAGEM AO ARCO SUBMERSO
Fonte de soldagem- O equipamento comumente utilizado é uma fonte decorrente
contínua com capacidade de 600A para soldagem de chapas até 3,00 mm e 1000A
para soldagem de chapas mais espessas. Possuem curva característica de tensão
constante, pois corrigem automaticamente as variações dos parâmetros elétricos. A
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tensão e o comprimento do arco são controlados pela fonte de energia. O ajuste da
intensidade de corrente é feito de maneira indireta através do ajuste da velocidade
de alimentação do arame.
Alimentador de arame- Composto de um motor de corrente contínua onde é
possível controlar a velocidade, um jogo duplo de roletes que fazem o trácionamento
para alimentação do arame-eletrodo e suporte da bobina de arame.
Tocha de soldagem- Composta de um bico de contato deslizante de cobre e de um
sistema para fixação do cabo de saída da fonte. Na tocha de soldagem é acoplado o
guia mecânico.
Guia mecânico- Sistema de rótula em forma de um braço, com uma roda, utilizado
para guiar o alinhamento lateral da solda ao longo da junta.
Alimentador de fluxo- Conjunto de reservatório e mangueiras condutoras que
alimentam o fluxo de forma concêntrica a tocha ou à sua frente. O fluxo é escoado
para a zona de soldagem pela ação da gravidade.
Painel de comando- permite o ajuste dos parâmetros elétricos e operacionais da
soldagem como: intensidade de corrente, tensão do arco e velocidade de soldagem.
É instalado em lugar de fácil acesso para o operador a fim de possibilitar ajustes
rápidos.
EQUIPAMENTOS PARA SOLDAGEM MIG/MAG
Fonte de Soldagem– O equipamento utilizado possui praticamente as mesmas
características da fonte utilizada para a soldagem ao arco submerso, fonte de
corrente contínua com capacidade de até 400A independente da espessura das
chapas, curva característica de tensão constante; o ajuste de corrente é feito
também de maneira indireta através do ajuste da velocidade de alimentação do
arame.
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Alimentador de arame- Segue as mesmas características do alimentador utilizado
para soldagem ao arco submerso.
Tocha de soldagem- A tocha de soldagem é acoplada ao alimentador de arame
onde são acoplados os acessórios elétricos responsáveis pela liberação do gás e
acionamento do arame.
Alimentador de gás- O gás de proteção chega por meio de uma pequena
mangueira que se encontra no interior da tocha e é liberado no momento da
soldagem.
Painel de comando- Na soldagem automática os comandos que deveriam estar no
cabeçote alimentador são adaptados em um painel separado, colocado em local de
fácil acesso para o operador, para serem feitos os ajustes necessários.
POSIÇÕES E POSICIONADORES PARA SOLDAGEM
Primeiro solda-se o flange e a alça na calota superior, simultaneamente solda-se a
base na calota inferior, em seguida junta-se as peças para seguirem para a
soldagem circunferencial (solda de fechamento).
SOLDAGEM CIRCUNFERENCIAL
Os recipientes são soldados circunferencial-mente pelo processo Arco Submerso, na
posição plana sendo que a preparação das juntas é fundamental para o bom
desempenho do processo. O sistema posicionador é composto de um berço
pneumático, uma ferramenta de encaixe, um pistão de encaixe com uma ferramenta
de fixação, com furos para saída dos gases.
A peça é colocada no berço pneumático, sendo então acionado o mecanismo: o
berço eleva a peça, sendo esta então presa na ferramenta de encaixe, dando início
ao movimento de giro. Na figura abaixo temos um exemplo de posicionador para
soldagem circunferencial.
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O equipamento de soldagem é colocado sobre uma estrutura metálica para
sustentar todo o conjunto posicionador, de modo a facilitar ajustes no cabeçote de
soldagem e a adaptação de recuperadores de fluxo.
Posição para soldagem do bojo
TRATAMENTO TÉRMICO
Tratamento térmico é um conjunto de operações de trabalho que envolve
aquecimento e resfriamento do metal em estado sólido durante um tempo pré-
determinado. A finalidade desse processo é variar de maneira controlada as
propriedades mecânicas e físicas de um metal deixando-o com as características
desejadas. Na fabricação de recipientes para GLP é empregado o tratamento
térmico de alívio de tensões. Este tratamento envolve aquecimento abaixo da
temperatura crítica de transformação, a permanência do material nesse nível por um
período de tempo, geralmente proporcional à espessura do material, e resfriamento
lento posterior; permite reduzir a um limite mínimo aceitável as tensões prejudiciais
provocadas pela operação de soldagem, ou mesmo pela conformação das calotas.
São utilizados fornos fechados, elétricos ou a combustão. É fundamental que os
equipamentos de medição das temperaturas estejam calibrados, em perfeitas
condições de uso, uma vez que há muito rigor nas normas com relação à
confiabilidade do tratamento térmico. São Utilizados fornos fechados, elétricos ou à
combustão. É fundamental que os equipamentos de medição das temperaturas
estejam calibrados, em perfeitas condições de uso, uma vez que há muito rigor nas
normas com relação à confiabilidade do tratamento térmico.
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Forno de tratamento térmico
ACESSÓRIOS DE SEGURANÇA
São os acessórios destinados a aliviar a pressão no interior dos recipientes.
Como acessórios de segurança, temos:
Válvula de Segurança– válvula que possui uma via de escape provida de obturador
sob ação de uma mola devidamente calibrada, sendo caracterizada por uma
abertura rápida da via de escape, quando a pressão interior do recipiente atinge um
valor limite especificado (válvula de segurança tipo mola).
Bujão Flexível– dispositivo que possui uma via de escape, obturada por uma liga
fusível (material bismuto) com temperatura de amolecimento entre 70º C e 77º C. É
destinado a aliviar a pressão no interior do recipiente, por liberação parcial ou total
do produto nele contido para a atmosfera (mais conhecido como plug). Utilizado no
P-05 e P-13.
ENSAIOS DE ACESSÓRIOS
1º - Bujão fusível – são colocadas em um recipiente com água e aquecidos até a
temperatura entre 70 e 77º C verificando-se se a liga desprende-se do corpo do
bujão (ensaio por amostragem).
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2º - Válvulas de segurança – são acopladas a um recipiente e testados
hidrostaticamente verificando-se no manômetro calibrado quando atinge a pressão
de 250 psi, quando a válvula se abre.
TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE
O início do tratamento de superfície começa com o jateamento de granalha de aço
(após o tratamento térmico), onde logo em seguida é realizada a pintura com primer
eletrostático ou líquido de acordo com o processo de cada fabricante ou conforme
especificação do cliente.
Cabine de jateamento de granalha de aço
Existem na verdade divergências entre os fabricantes para se saber qual a melhor
pintura. Quem utiliza a pintura liquida tem como ponto de vista ser mais fácil dar
reparo na pintura líquida, quando comparada com a pintura eletrostática em virtude
da forma de manuseio dos recipientes sendo que os mesmos são propriedade das
companhias distribuidoras de GLP.
Para o caso da pintura eletrostática, que tem um custo maior, a grande vantagem é
a durabilidade, que é bem superior em relação à pintura líquida sendo que seu nível
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de proteção à corrosão é maior e o seu acabamento é bem mais uniforme dando um
aspecto ao cliente final de maior segurança. O fundamental é que a camada de
primer junto com a camada de pintura devem ter no mínimo 30 µm. A necessidade
do tratamento de superfície está diretamente ligada à proteção do recipiente contra a
corrosão externa, sendo que internamente praticamente inexiste em função do GLP
não conter elementos que propaguem corrosão.
Custos da fabricação
De acordo com os dados descritos foi feito um orçamento na empresa EQUIPRES
INDÚSTRIA E COMERCIO LTDA, situada na rua CC, nº 757, Contagem MG,
ficando o custo total de fabricação em R$1.750,00, na fabricação de 100 botijões ao
mês divido da seguinte forma:
Chapa de aço = 2,90 reais por botijão
Conformação =3,00 reais por botijão
Calandragem =3,00 reais por botijão
Usinagem =3,00 reais por botijão
Soldagem =2,90 reais por botijão
Pintura =2,20 reais por botijão
Válvulas =0,50 por botijão
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Conclusão do grupo
Sosthenes Jacinto e Silva
Entendo que para fabricação de qualquer tipo de peça temos que levar em conta,
composição química do material a ser usados, valores do material e do processo
escolhido, sempre seguindo todas as normas exigidas. No caso do recipiente do
botijão, (INMETRO e DNV) avaliem e credenciem o mesmo, fazendo com que todo o
recipiente tenha a marca de conformidade, garantindo que os Recipientes
Transportáveis estejam conforme os padrões vigentes.
Felipe Torres Macedo
Minha visão sobre este passo da ATPS, vejo que terceirização dos trabalhos ajuda
na parte de custo, pois você não tem gastos com treinamentos, segurança e outras
coisas, assim podendo focar mais em outras partes do processo.
Sidnei de Moura Silva
Entendi que todas as chapas tende atender as normas da NBR, o tratamento
térmico é um conjunto de operações que envolve aquecimento e o resfriamento no
estado solido do metal.
Heider Alves dos Santos
Esse processo por se tratar de um produto inflamável não admiti falha, por isso
passa por rigorosos testes de qualidade tanto de corrosão quanto de vazamento.
José Wellington da Silva
Esse processo de fabricação exige uma extrema qualidade e segurança, por se
tratar de um produto que atua em vários seguimentos mundiais. E de suma
importância seguir as normas de segurança da ABNT e os sistemas de qualidade
efetivos com isso visando um produto de boa aceitação no mercado.
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Michael Miranda de Cardoso
O processo de fabricação para Recipientes Transportáveis de GLP é basicamente
normalizado, sendo que o procedimento deve obedecer aos padrões descritos nas
normas para que os órgãos certificadores (INMETRO e DNV) credenciem
Rodrigo De Moura Oliveira
Podemos dizer que a segurança no processo da fabricação do recipiente do botijão
de gás é o mais importante, temos que escolher detalhadamente cada passo do
processo seguindo todas as normas para que o mesmo seja credenciado pelos
órgãos (INMETRO e DNV).
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Fontes da Internet
http://www.casavando.com.br/pagina_atual/catalogo.php?codigo=100511&grupo=70&subgrupo=712http://www.eletrogas.com.br/catalogo/produto.php?id=73&sec_id=&dep_id=5&PHPSESSID=bsrlpqlugdb
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Referências bibliográfica
ALMEIDA, Mário Bittencourt Quirino de, Oxicorte, Coleção Soldagem 2000 - volume 03, 1a
edição, Rio de Janeiro, Firjan/Senai, 2.000, pág. 27.
FRANCO, Antônio Geraldo Juliano, Conformação de Elementos de Máquinas, 2a
Edição, São Paulo, Protec, 1987, páginas 2.25 e 2.26
PARANHOS, Ronaldo e outros, Soldagem a arco submerso, Coleção Soldagem 2000-
vol.2, 1a edição, Rio de Janeiro, Firjan/Senai, pgs. 5, 6, 7, 9 19, 20
PARANHOS, Ronaldo e outros, Trabalho Técnico: estudo de caso aplicado a soldagem
circunferencial por arco submerso de cilindros de GLP, Rio de Janeiro, Carboox Resende
Química Ltda., 1996,págs. 7 e 8.