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1 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” ÉTICA E O PROFISSIONAL CONTÁBIL Por: André Israel dos Santos Moraes Orientador: Prof. Luciano da Rocha Gerard Rio de Janeiro 2010

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

ÉTICA E O PROFISSIONAL CONTÁBIL

Por: André Israel dos Santos Moraes Orientador: Prof. Luciano da Rocha Gerard

Rio de Janeiro 2010

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

ÉTICA E O PROFISSIONAL CONTÁBIL

OBJETIVOS: Apresentação de Monografia à Universidade Cândido Mendes como condição prévia para conclusão do curso de pós-graduação “Lato Sensu” em Auditoria e Controladoria. Por: André Israel dos Santos Moraes

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia aos meus pais: João in memoriam e Gilzene, por ter dado apoio e ajudado na árdua caminhada da minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Ao professor Luciano da Rocha Gerard,

orientador, agradeço pela paciência,

dedicação e pelo apoio em diversos encontros.

Aos nossos amigos e familiares, que nos

ajudou até os últimos dias da entrega deste

trabalho.

A todos os amigos da Simvel

Contabilidade Ltda., em especial a dona Dulce

pelo incentivo, a ajuda e a colaboração.

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“A ética vem de Deus, assim como a luz.”

François-Marie Arouet

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RESUMO

Com intuito de minimizar os custos, alguns contribuintes praticam atos

ilícitos, que eventualmente vêm acompanhados da conivência, ou até mesmo

de orientação do profissional da área contábil. Nesse contexto, o papel do

contador na sociedade torna-se, ainda, mais importante, haja vista, ser ele o

profissional que pode apresentar as opções tributárias compreendidas nas

legislações específicas. Diante do fato de que a legislação pode indicar que o

profissional da contabilidade é co-responsável por ações de crimes contra a

ordem tributária, os riscos penais e civis estão, cada vez mais, presentes na

vida de cada contador. O profissional contábil exerce papel fundamental na

sociedade, pois é a partir das informações fornecidas por ele, que os usuários

da contabilidade tomam decisões empresariais. Diante desta concepção coube

um estudo acerca dos parâmetros Éticos Contábeis. Tal estudo busca levantar

algumas reflexões sobre os padrões e princípios inerentes à conduta do

contador, faz uma comparação entre a ética e a moral, destaca a evolução que

a ética teve desde a Grécia antiga até os dias de hoje, verifica a

responsabilidade do Profissional Contábil e aborda a ética na perspectiva de

identificar o perfil necessário do contabilista para que as suas atitudes estejam

em comum acordo com o estabelecido no Código de Ética da profissão. Este

estudo foi feito através de pesquisas bibliográficas e de campo com alunos e

Profissionais da área de Ciências contábeis. A ética profissional indaga qual

deve ser a conduta do contabilista de modo a acrescentar algo a ele mesmo

enquanto ser humano, e à sociedade. Logo, falar de ética profissional é falar da

realização do homem, da felicidade de cada um enquanto partícipe na

construção do bem de todos, pelo desempenho da sua atividade. O

Profissional Contábil deve ter um comportamento sigiloso, ter conduta pessoal,

dignidade, honra, competência e serenidade para que proporcione ao usuário

uma informação com segurança e confiabilidade que merece estas

características, são fatores condicionantes para seu sucesso.

Palavras-chave: Ética. Profissão. Contabilista. Perfil.

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ABSTRACT

In order to minimize costs, some taxpayers do illegal acts, which eventually

come together with the connivance, or even the guidance of professional

accounting of the area. In this context, the role of the accountant in society

becomes, yet, more importantly, it is seen to be the professional that he can

present the options included in the tax laws specific. Given the fact that the

legislation may indicate that the trader's accounts are jointly responsible for

actions of crimes against the order tax, criminal and civil risks are, increasingly,

in the life of each meter. The professional accounting exercise fundamental role

in society as it is from information provided by him, that users take the

accounting business decisions. Given this design had a study about the

parameters Ethical Accounting. This study seeks to raise some thoughts about

the standards and principles inherent in the conduct of the counter, makes a

comparison between the ethics and morals, highlights the progress that had

ethics since the ancient Greece until the day today, notes the responsibility of

Professional Accounting and deals with ethics in view of identifying the profile

required of accounting so that their attitudes are common in accordance with

the Code of Ethics of the profession. This study was done through bibliographic

searches and field with students and professionals in the area of Science

statements. The professional ethics asks what should be the conduct of

accounting in order to add something to himself as a human being, and society.

So, speaking of professional ethics is talking about the achievement of man, the

happiness of each one as sharer in building the good of all, the performance of

its activity. The Professional Accounting must conduct a confidential, personal

conduct Tuesday, dignity, honor, power and serenity for providing the user with

an information security and reliability that deserves these characteristics,

conditions are factors to their success.

Keywords: Ethics. Occupation. Accountant. Profile.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 08

CAPÍTULO I

ÉTICA....................... ............................................................................................ 10

1.1 Processo histórico de evolução.................................................................. 10

1.1.1 Sócrates ............................................................................................... 11

1.1.2 Platão .................................................................................................. 11

1.1.3 Aristóteles ............................................................................................ 12

1.1.4 Thomas Hobbes ................................................................................... 12

1.1.5 Emanuel Kant ....................................................................................... 13

CAPÍTULO II

ÉTICA E MORAL ................................................................................................... 15

2.1 Diferenças nas expressões amoral, moral e imoral ................................... 17

CAPÍTULO III

RESPONSABILIDADE DO PROFISSIONAL CONTÁBIL E SUA IMPORTÂNCIA

PARA O VIVER ÉTICO ......................................................................................... 19

CAPÍTULO IV

CÓDIGO DE ÉTICA COM O ENCONTRADO NA PRÁTICA ................................ 24

CAPÍTULO V

A PRÁTICA ENCONTRADA SOBRE A ÉTICA E O PROFISSIONAL

CONTÁBIL ........................................................................................................... 28

CONCLUSÃO ........................................................................................................ 43

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 44

BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 45

APÊNDICE A - Questionário para Alunos e Profissionais Contábeis .................... 46

ANEXO A – Código de Ética Profissional do Contabilista..................................... 48

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INTRODUÇÃO

Ética é a ciência que envolve a conduta do homem demonstrada por um

comportamento no meio em que se vive. Ela reflete a atitude que a pessoa tem

perante a vida.

A ética esta ligada ao senso moral, que por sua vez liga-se a valores.

Observa-se que alguns contadores abrem mão de certos princípios como: a

honestidade e a clareza dos seus atos.

O problema central da ética em relação ao Profissional Contábil é analisar o

significado comportamental, para que não sonegue informações e não manipule

relatórios, entre outros exemplos.

Conforme nota-se nas várias formas de divulgação da imprensa,

comportamentos antiéticos acontecem também a contadores. Indaga-se então:

o que induz ao Profissional Contábil a ter uma postura que o leva a “ferir”

padrões éticos?

O estudo da ética foi circunscrito a ética do profissional contábil e também

foi circunscrito aos alunos da área de Ciências Contábeis.

A escolha deste tema é propício ao curso de Ciências Contábeis e a vida

profissional e pretendeu-se contribuir para o enriquecimento e para o

desempenho melhor do profissional quanto ao viver ético.

Outro motivo da escolha do assunto é que a ética para o profissional

contábil é indispensável, porque é uma atitude humana, que leva ao “fazer” e ao

“agir”. O “fazer” e o “agir” estão interligados. São como elos de uma mesma

corrente. O “fazer” é a competência e o “agir” é a conduta do profissional para

exercer eficazmente a sua profissão.

O objetivo geral foi mostrar, com o estudo, a importância da ética do

profissional contábil nas empresas para o fortalecimento do ambiente

profissional.

Os objetivos específicos foram: analisar a evolução da ética desde a Grécia

antiga até o momento atual; fazer uma comparação entre a ética e a moral para

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verificar se há diferença entre as mesmas; comparar o Código de Ética do

Contador com o encontrado na prática do profissional; descrever a

responsabilidade do profissional contábil e sua importância para o viver ético.

O estudo tomou como base a classificação de pesquisa quanto aos fins e

quanto aos meios de acordo com Vergara (1990).

Quanto aos fins, à pesquisa foi descritiva pos descreveu a importância da

ética para o profissional contábil.

Quanto aos meios, a pesquisa foi bibliográfica e de campo. Bibliográfica

para a fundamentação teórico-metodológica sobre a ética geral e ética

profissional. A pesquisa de campo, porque coletou dados primários sobre a

ética com os profissionais contábeis e alunos da área de Ciências Contábeis.

O universo da pesquisa de campo foi com o grupo diretamente envolvido,

isto é, os alunos que cursam a área de Ciências Contábeis e profissionais.

Para estabelecer a amostra foi realizado uma pesquisa junto a profissionais

da área de Ciências Contábeis e alunos da mesma.

Os dados obtidos na pesquisa de campo foram tabulados e apresentados

através de tabelas, gráficos e quadros para análise qualitativa.

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CAPÍTULO I

ÉTICA

Aproximadamente entre os anos 500 e 300 a. C. encontra-se o período

áureo do pensamento grego.

A ética grega surge com a especulação dos filósofos sobre os costumes do

seu tempo e das suas cidades, isto é, além das práticas habituais de conduta,

também as crenças de caráter religioso. Já nos pré-socráticos, encontram-se

algumas reflexões com o intuito de descobrir as razões pelas quais os homens

devem se comportar de determinada maneira. Mais do que isto, o discurso

ético procura definir uma atitude reflexiva e racional para julgar as ações

humanas. Porém, há, em Filosofia, um certo consenso no que diz respeito ao

pensador mais representativo do início da ética antiga. Desde Aristóteles até os

dias de hoje, atribui-se à figura de Sócrates a este papel. É claro, que antes

dele, já houve quem falasse de normas de comportamento, como é o caso dos

chamados pré-socráticos, sem esquecer os sofistas, contemporâneos de

Sócrates.

A ética sempre foi, para os gregos, uma teoria da arte de viver, um

artesanato ético. Esta teoria tem como conceito base o bem, por isso recebeu,

posteriormente, o nome de ética do bem. Neste tipo de ética as ações do

homem têm um valor decisivo para a realização da boa vida do próprio

indivíduo.

1.1 Processo Histórico de Evolução

Ética é a maneira da vida conquistada pelo homem, não é algo que nasce

conosco, mas que conquista através das próprias atitudes.

É difícil chegar a uma conclusão comum. A humanidade viveu séculos de

lutas e tentativas de respostas. Enquanto o homem convivia em grupo cada

vez maior, pensadores e filósofos procuravam encontrar respostas. Sócrates,

Platão, Aristóteles, Thomas Hobbes e Emanuel Kant são exemplos de filósofos

em busca de respostas.

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1.1.1. Sócrates (470-399 a. C)

Este filósofo acreditava na bondade do homem, no conhecimento e na

felicidade ensinado e tinha o seguinte provérbio: “Conhece-te a ti mesmo” e

“Sei que nada sei” (SÓCRATES apud STUKART, 2003, p. 32).

Para Sócrates, o conceito de ética iria além do senso comum da sua época,

o corpo seria a prisão da alma, que é imutável e eterna.

A reflexão ética do mundo ocidental se iniciou na Grécia antiga. Sábios

gregos do século 5 a.C, vendiam seus ensinamentos filosóficos, atuando como

professores.

Os sofistas rejeitaram o fundamento religioso da moral, considerando que

os princípios morais eram resultados das convenções sociais. Nessa mesma

época, o famoso filósofo Sócrates se contrapôs à posição dos sofistas,

buscando os fundamentos da moral não nas convenções, mas na própria

natureza.

As idéias de Sócrates chegaram à sociedade contemporânea através dos

textos de um de seus discípulos, o filósofo Platão no diálogo chamado

Eutífronmostra Sócrates questiona as ações do homem ímpio ou santo, em sua

conformidade com a ordem constituída, para então perguntar em que consiste

a impiedade e a santidade em si, independentemente dos casos concretos.

1.1.2 Platão (427-347 a. C)

Este filósofo também grego era discípulo de Sócrates e mestre de

Aristóteles, analisou os tradicionais mandamentos da ética pontificando a

respeito deles: “Idéias existem apenas quando são percebidas pela razão”

(PLATÃO apud STUKART, 2003, p. 32).

Segundo Vasquez, “A ética de Platão se relaciona intimamente com a sua

filosofia política, porque para ele – a polis é o terreno próprio da vida moral”

(VÁZQUEZ, 2006, p. 270).

Os homens geraram formas próprias de relacionamento por cada grupo em

particular, diante de tantas proposições. A essas formas de comportamento em

grupo conhece-se hoje por costumes, que são maneiras de viver e conviver

inventadas por um grupo de pessoas para um determinado tempo e lugar onde

estão.

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Na existência humana os costumes estão manifestos através da criação de

valores. Os diversos grupos de pessoas criam formas próprias de viver e

elaboram princípios e regras que permitem a convivência equilibrada.

Para o mesmo conhecimento que está presente em todas as épocas e

lugares, é apenas apresentado sob uma nova roupagem de acordo ao

momento histórico. O conhecimento presente em todas as épocas e lugares é

chamado de atemporal e pertence ao mundo das idéias conforme o postulado

por Platão. Platão apud Stukart observa que:

Os bons não querem governar porque não querem aceitar um salário para serem chamados de empregados, nem secretamente adquirir bens para serem chamados de ladrões. As pessoas boas precisam ser forçadas a governar. O governo é uma tarefa da alma. (STUKART, 2003, p. 33)

1.1.3 Aristóteles (384-322 a. C)

Para Aristóteles aluno de Platão, todas as atividades humanas aspiravam a

algum bem, dentre os quais o maior era a felicidade. Segundo esse filósofo,

entretanto, a felicidade não consistiria em prazeres ou riquezas.

Aristóteles considerava o ato de pensar como aquilo que mais

caracterizava o homem, concluindo daí que a felicidade se estruturaria a partir

de uma atividade da alma em acordo com a razão.

Aristóteles foi incumbido de orientar Alexandre, o Grande e deixou o

aprendizado de que a ética é a propriedade do caráter, das virtudes e dos

vícios e o primeiro a criar uma sistemática ética criada para a razão. Ele tinha o

seguinte pensamento em relação à filosofia: “Não fazemos filosofia para

conhecer a verdade ética, mas para que nos tornemos pessoas melhores. A

ética para os gregos era um hábito e os legisladores queriam melhorar os

cidadãos através de leis éticas” (STUKART, 2003, p. 35).

1.1.4 Thomas Hobbes (1588-1679)

Este filósofo inglês considerava que os homens não garantem prazer na

convivência uns dos outros quando não existe um poder capaz de manter

todos em respeito.

Ele acreditava que a monarquia era a melhor organização do Estado e

escreveu: “As abelhas têm uma sociedade natural e suas atitudes são

regulamentadas pelo instinto. Elas não competem, não tem inveja nem desejo

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de honrarias, não agem em proveito próprio nem em detrimento alheio”

(STUKART, 2003, p. 36).

1.1.5 Emanuel Kant (1724-1804)

Este filósofo alemão no século XVIII fortaleceu o conceito de dever, mérito,

boa vontade, intenção e livre-arbítrio.

É difícil ter um entendimento sobre o que Kant apud Stukart escreveu em

relação à razão. “Só podemos conhecer a matéria pelo pensamento e pelos

sentidos. A matéria é uma força do espírito. Tudo, matéria, natureza, são

construções do espírito. A primazia do espírito restaura as bases religiosas.

Viver com base na fé.” (STURKART, 2003, p. 38).

O Quadro 1 mostra a evolução que a ética teve ao seu longo do tempo

tanto na sua parte pessoal, organizacional como também alguns exemplos do

raciocínio.

Quadro 1. Estágio da Evolução da Ética

Evolução Pessoal Evolução

Organizacional

Exemplos do

Raciocínio

1. Evitar conseqüências

físicas e punições.

Darwinismo: o mais forte

sobrevive.

Não vou agredi-lo, porque

ele pode revidar.

2. Obter ganhos e

prazeres.

Maquiavelismo: dando, se

recebe.

Vou ajudá-lo, porque ele

pode me ajudar.

3. Conseguir aprovação

dos outros.

Conformidade: adere às

normas sociais.

Vou me comportar bem,

porque quero que gostem

de mim.

4. Cumprir o dever. Autoridade: faço o que meu

chefe determinar.

Executo as ordens porque

é errado desobedecer.

5. Aceitar as normas da

maioria.

Participação democrática:

participo das decisões

sobre padrões morais

Aceito opiniões diferentes

das minhas.

6. Adotar e ética como

convicção.

Integridade, justiça,

dignidade e direito

individual.

Ninguém me compele a

fazer algo que considero

moralmente errado.

Fonte: STUKART, Herbert Lowe. Ética e corrupção. São Paulo: Nobel, 2003. p.18

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Diante do exposto conclui-se que a ética sempre existiu em todas as

sociedades humanas e sempre foi vinculada a evolução de cada sociedade.

Por exemplo: o que era moralmente aceito no Egito antigo, comparando-se

com o que é moralmente aceito no Brasil atual, presencia-se grandes

mudanças de comportamentos e das regras sociais. É a evolução ética - moral.

Fatos históricos que eram normais há séculos, hoje são inadmissíveis,

assim como, comportamentos atuais, também, não serão aceitos no futuro.

A observação da conduta moral da humanidade, ao longo do tempo,

revelou um processo de progressiva interiorização, sendo correto afirmar que

existe uma clara evolução, oriunda da aprovação ou reprovação de ações

externas e suas conseqüências e seguindo até a aprovação ou reprovação das

intenções que servem de base para essas ações.

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CAPÍTULO II

ÉTICA E MORAL

Ética e Moral são palavras que usadas cotidianamente. Muitas vezes são

usadas sem se conhecer seus significados.

Segundo Fortes (2002), Vazquez (2006) e Sacconi (2004) moral é tudo

aquilo que se refere à norma da vida em sociedade, aos costumes e formas de

resolver problemas do cotidiano. Dentro das atribuições da moral cabe o código

de vestimenta, a língua falada, escrita e culta, e o desempenho adequado do

papel social a que presta e a ética é tudo aquilo que se refere à relação de

uma pessoa com o outro. Tem a ver com a preocupação com o outro. É todo o

cuidado que se tem com o outro, num estado de alteridade de não-eu, que não

está expresso em nenhuma lei ou norma.

"A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não

são fáceis de explicar, quando alguém pergunta” (VALLS,1993, p. 7).

Ética é o estudo ou uma reflexão, sobre os costumes ou ações humanas. A

ética é uma característica da ação humana e, por esta razão, é um elemento

necessário na produção da realidade social. Todo homem tem um senso ético,

uma espécie de consciência moral, estando sempre avaliando e julgando suas

ações para saber se são boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas.

A ética seria então uma espécie de teoria sobre a prática moral, uma

reflexão teórica que analisa e critica os fundamentos e princípios que regem

um determinado sistema moral. (Vasquez, 2006, p. 23) amplia a definição

afirmando que a “A ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos

homens em sociedade. Ou seja, é ciência de uma forma específica de

comportamento humano.”.

A moral pode então ser entendida como o conjunto das práticas

cristalizadas pelos costumes e convenções histórico-sociais. Cada sociedade

tem sido caracterizada por seus conjuntos de normas, valores e regras. São as

prescrições e proibições do tipo não matarás, não roubarás de cumprimento

obrigatório. Muitas vezes essas práticas são até mesmo incompatíveis com os

avanços e conhecimentos das ciências naturais e sociais.

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A moral com seu forte caráter social, apoia-se em três pilares: cultura,

história e natureza humana. É algo adquirido como herança e preservado pela

comunidade.

Ética é a teoria do comportamento moral dos homens em sociedade, Moral

é o conjunto de regras e normas ou regular as relações dos indivíduos numa

comunidade social.

Segundo (VALLS, 1993, p. 15) a ética é um conceito que sempre esteve

presente em todas as sociedades e hoje se resume em uma ética individual,

onde cada pessoa define o que prefere seguir e idealizar. Define como praticar

o bem e qual caminho seguir. Aprende-se a lidar com as diferenças e diversos

costumes de um povo e outro. A forma como a ética e a moral é ser explorada,

varia, pois enquanto uma se torna dever, a outra tende para a obrigação.

Há alguma diferença entre os significados de moral e de ética? Esta é a

primeira questão que surge quando se aventura por estes caminhos da

filosofia. O termo moral deriva do latim mos, significa "costume", ao mesmo

modo de ética, que se origina do grego ethos. Desta maneira pode dizer que

moral e ética significam a mesma coisa, ou seja, são equivalentes. Isto é

verdadeiro pelo menos quando refere-se à filosofia antiga. Contudo, atualmente

se fazem algumas distinções entre moral e ética. A Moral sempre existiu, pois

todo ser humano possui a consciência Moral que o leva a distinguir o bem do

mal no contexto em que vive. Surgindo realmente quando o homem passou a

fazer parte de agrupamentos, isto é, surgiu nas sociedades primitivas, nas

primeiras tribos.

Vásquez (2006, p. 25) aponta a Ética como teórica e reflexiva, enquanto a

Moral é eminentemente prática. Uma completa a outra, havendo um inter-

relacionamento entre ambas, pois na ação humana, o conhecer e o agir são

indissociáveis.

Segundo o Dicionário Essencial de Sacconi (2003, p. 397), Ética o "Ramo

da filosofia que se dedica ao estudo dos valores morais da conduta humana”.

Também considera ética o estudo dos juízos de apreciação que se referem à

conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do

mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto.

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Moral é o conjunto de costumes e opiniões que um indivíduo ou um grupo de

indivíduos possuem relativamente ao comportamento, relativo aos costumes

que diz respeito à ética. Existem diferenças entre ética e moral de várias

formas: Ética é princípio, moral é aspecto de conduta específica; Ética é

permanente, moral é temporal; Ética é universal, Moral é cultural; Ética é regra,

Moral é conduta da regra, Ética é teoria, Moral é prática.

Enfim, Ética e Moral são os maiores valores do homem livre. Ambos

significam respeitar e venerar a vida. O homem, com seu livre arbítrio, vai

formando seu meio ambiente ou o destruindo, ou ele apóia a natureza e suas

criaturas ou ele subjuga tudo que pode dominar, e assim ele mesmo se torna

no bem ou no mal. Deste modo, Ética e a Moral se formam numa mesma

realidade.

2.1 Diferenças nas expressões Amoral, Moral e Imoral Segundo Sacconi (2003 p. 625), Moral é Relativo aos bons costumes, às normas de conduta: julgamento moral; vida moral de alguém. Que resulta da consciência ou do senso do certo e do errado; Imoral é aquela que contraria as regras morais de uma sociedade, que viola os princípios da moral vigente; desprovido de princípios de moral; desonesto; Amoral é que desconhece dos princípios morais.

Pode-se dizer então que os índios eram amorais e alguns brancos imorais.

Considera-se a questão da ética a partir dos seguintes exemplos:

• Ética Moral

Baseia-se em princípios e regras morais fixas.

As regras devem ser obedecidas.

• Ética Imoral

Baseia-se na ética dos fins: “Os fins justificam os meios”.

Contra as regras.

• Ética Amoral

Baseia-se nas circunstâncias. Tudo é relativo e temporal

Desconhece as regras

Há várias expressões sobre Imoral e Amoral. Amoral é não ter moral, não

ter consciência do que seria certo ou errado em termos morais é desprovido de

senso da moral, indiferente à moral. Imoral é saber o que é certo e errado

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moralmente e agir cometendo o errado, é contrário à moral, que viola os

princípios da moral.

Exemplos:

Amoral: Atos de crianças e de loucos são amorais

Imoral: Aquele político roubou, ele é imoral.

Moral: Ajudar o próximo.

Então, ato moral é aquele em que o indivíduo conhece as normas morais,

ou seja, as usam como sendo suas e as pratica. Portanto, diante da norma não

mate, exemplo ele a obedece e não mata. Ao contrário do ato imoral é aquele

em que o indivíduo aceita as normas estabelecidas. Nesse sentido, diante da

mesma norma não matar, o sujeito a desobedece e mata alguém.

Diferentemente, o ato será considerado amoral quando o indivíduo se situar a

margem de qualquer consideração no concernente a moral, ou seja, quando

realizar atitudes desconsiderando as normas morais.

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CAPÍTULO III RESPONSABILIDADE DO PROFISSIONAL CONTÁBIL E

SUA IMPORTÂNCIA PARA O VIVER ÉTICO

O profissional contábil é aquele cuja atividade, basicamente, é a prestação

de serviços, tendo como função a de fornecer informações e avaliações,

principalmente a de natureza física, financeira e econômica sobre o patrimônio

das pessoas físicas ou jurídicas de qualquer natureza e que objetivam auxiliar

no processo de tomada de decisões e inferências sobre as tendências futuras

dessas entidades.

Os contabilistas, como classe profissional, caracterizam-se pela natureza e homogeneidade do trabalho executado, pelo tipo e características do conhecimento, habilidades técnicas e habilitação legal exigidos para o seu exercício da atividade contábil. Portanto, os profissionais da contabilidade representam um grupo específico com especialização no conhecimento da sua área, sendo uma força viva na sociedade, vinculada a uma grande responsabilidade econômica e social, sobretudo na mensuração, controle e gestão do patrimônio das pessoas e entidades. (FORTES, 2002, p. 108)

O contabilista responde pela veracidade das informações contábeis e

financeiras da empresa, pelas obrigações de ordem legal e pelas assumidas

contratualmente. A natureza jurídica da responsabilidade pode ser contratual e

extracontratual.

A primeira se aplica ao profissional liberal, em que as obrigações fazem

parte das cláusulas de um contrato e a segunda, se o profissional violar o dever

legal, previsto pelas normas do conselho Federal de Contabilidade. Caso o

contabilista pratique atos dolosos - com intenção, ou que assuma o risco de

provocar danos à sociedade, ou terceiros - será responsável solidário com o

empresário, isto é, respondem o contador e o empresário pelos prejuízos

causados a terceiros.

O papel do contador na sociedade é, a cada dia, mais relevante. A

Contabilidade não é somente registrar e controlar fatos administrativos, gerar

guias e escriturar livros como a maioria das pessoas pensa. Ao conhecer a

empresa, o profissional contábil é chamado constantemente a não apenas

evidenciar o que já aconteceu; é chamado sim a dar sua opinião sobre o futuro

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da empresa. O contador é um profissional fundamental para a sobrevivência

das empresas, subsidiando as tomadas de decisões. Revela-se, para a

continuidade das entidades, seu papel social, sendo na colaboração de

manutenção dos empregos e até criação de novos, como na geração de bem-

estar da coletividade.

Para atingir este nível, o contador deve entender a Contabilidade, os

Princípios e as Normas Contábeis, o Código de Ética e as diversas legislações,

como exemplo o Código Civil.

O Contador com todo este conhecimento, poderá valorizar sua profissão.

Ao valorizar sua profissão, saberá aplicar os princípios éticos, não como uma

imposição legal ou organizacional, mas como instrumento fundamental de

conduta, condição sem a qual sua existência profissional perde o sentido.

Provará sua importância e relevância para a sociedade, não apenas pela

profissão que exerce, mas também pelo exemplo de profissionalismo e de

conduta ética e moral.

Na profissão contábil existe o Código de Ética, que pode ser entendido

como uma relação das práticas de comportamento que se espera que sejam

observadas no exercício da profissão. Tendo como objetivo o de habilitar o

contador a adotar uma atitude pessoal, de acordo com os princípios éticos, ou

seja, tais princípios dizem respeito à responsabilidade perante a sociedade e

para com os deveres da profissão.

O Código de ética profissional do Contabilista, como fonte orientadora da conduta dos profissionais da classe contábil brasileira, tem por objetivo fixar a forma pela qual se deve conduzir os profissionais da contabilidade, sobretudo no exercício das suas atividades e prerrogativas profissionais estabelecidas na legislação vigente. (FORTES, 2002, p. 108)

O Código de Ética Profissional do Contabilista determina que conceitos

básicos de direitos e deveres dentro de uma profissão sejam cumpridos, que

não se admite erros, que estes conceitos sejam conhecidos na íntegra, antes

de emiti-los.

Estabelecido o Código de Ética, cada contabilista passa a subordinar-se

sob pena de incorrer em transgressão, punível pelo órgão competente,

incumbido de fiscalizar o exercício profissional. Tal código assume um papel

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relevante de garantia sobre a qualidade dos serviços prestados e da conduta

humana dos profissionais contábeis.

Na sociedade atual, o sucesso econômico passou a ser a medida de todas

as coisas. Apenas a riqueza e o poder contam e separam os vencedores dos

excluídos. As pessoas são na sua maioria materialistas e individualistas e, por

isso, pouco responsáveis e solidárias.

Muitos, ingenuamente, pensam que para a ética ocorrer dentro de uma

empresa, basta distribuir folhetos contendo um código que todos magicamente

seguirão. Para exercê-la no contexto empresarial, mais do que palavras, é

necessário ação. A premissa básica para que isso aconteça é responder e agir

em coerência.

É não se sentar em cima de respostas prontas. Para viver eticamente em

qualquer ambiente é preciso primeiro mergulhar dentro de si mesmo, assumir

as escolhas e lutar por um mundo melhor. Acreditar que a felicidade é possível,

já que esse é o objetivo maior da ética.

É do interesse das empresas agirem sempre de maneira ética. Todos os

melhores funcionários e fornecedores, as melhores fontes de financiamento

tenderão a preferir aquelas que costumam tratá-los bem. E os clientes que têm

critério, que sabem escolher, dificilmente serão leais a um produto de menor

qualidade, ou um serviço que seja pouco eficiente.

Todos devem ser éticos tanto na vida profissional como familiar, entre

outras relações em sociedade. Ser ético é viver sempre com a consciência

tranqüila.

Atuar eticamente, entretanto vai muito além de não roubar ou não fraudar a

empresa. Qualquer decisão ética tem por trás um conjunto de valores

fundamentais.

Os profissionais contábeis, no exercício de suas atividades, produzem

informações que afetam diretamente a vida das pessoas, das entidades, do

fisco, de investidores e demais usuários, sem beneficiar qualquer um em

particular.

Para alcançar o objetivo que ele espera, o contabilista necessita

estabelecer em seu comportamento determinadas condições e características,

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as quais referem-se à integridade ns serviços, boa conduta profissional,

objetividade, competência, além de agir sempre de acordo com o Código de

Ética Profissional de sua classe e com a ética e modo geral.

O responsável por crimes tributários, na maioria das vezes, é a pessoa

física que o pratica, logo é o profissional contábil, que é o responsável pelo

registro de todos os fatos que envolvem valores econômicos e financeiros da

empresa, pela elaboração e pela análise dos demonstrativos contábeis, que

responderá por atos ilícitos que poderá vir a praticar através da empresa.

A responsabilidade do profissional contábil por crimes tributários é

confirmada pelo Decreto-Lei nº. 5.844 (1943) art. 39, §1º, que determina o

seguinte:

O contador e o técnico em contabilidade, dentro do âmbito de sua atuação e no que se referir à parte técnica, serão responsabilizados, juntamente com os contribuintes, por qualquer falsidade dos documentos que assinarem e pelas irregularidades de escrituração praticadas no sentido de fraudar o imposto.

Para que o contador seja muito mais respeitado na sociedade deve possuir

o Perfil com as seguintes características:

Honestidade: confiança que nos é depositada, com a responsabilidade

perante o bem de terceiros. Ser honesto é um dever ético que todo profissional

tem que cumprir.

Zelo: O Profissional não deve distinguir qualidade de tarefa ou qualidade

de cliente, mas sim, manter o objetivo de cumprir o trabalho de forma eficaz.

Deixar de cumprir uma tarefa com responsabilidade que assumiu trata-se de

falta de zelo.

Sigilo: é o papel de algo que é confiado e cuja preservação de silêncio é

obrigatória.

Competência: O Profissional Contábil tem que ter a aquisição de pleno

conhecimento, o domínio sobre a tarefa e sobre a forma de executá-la, além

de um constante aperfeiçoamento.

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Prudência: virtude que leva o Contador a prever e a evitar os erros e os

perigos; cautela; ou seja, o bom julgamento da ação, cautela, zelo no

momento de decidir.

Humildade: O Profissional Contábil precisa possuir essa virtude para

compreender que não é o dono da verdade e que o bom senso e a inteligência

são propriedade de um grande número de pessoas.

Imparcialidade: é uma virtude tão importante que assume as

características do dever, assumindo principalmente uma posição justa nas

situações que terá que enfrentar. Para ser justo é preciso ser imparcial, logo a

justiça depende muito da imparcialidade.

Algumas destas virtudes são inerentes ao profissional como indivíduo de

boa índole e já integram o seu caráter. Outras poderão ser conquistadas com

esforço e boa vontade. Estes perfis deve ser um referencial para todo

profissional de Contabilidade.

Outras virtudes poderiam ser acrescidas e por certo agregariam as já

citadas anteriormente no intuito de traçar um perfil necessário para o

profissional contábil, porém, as virtudes citadas atendem plenamente os

anseios dos contabilistas para bem exercer as suas atividades. A ética é

condição essencial para o exercício de qualquer profissão.

A Ética necessária para o contabilista deve pautar-se no Código de Ética da

Profissão onde estão inseridos os problemas específicos da profissão e as

maneiras de resolvê-los de forma clara e idônea. Deve-se salientar também

que nenhum código consegue contemplar todas as situações, por este motivo

no momento de alguma decisão que não encontra-se clara no código deve

prevalecer o bom senso e a honradez para o bem estar da categoria

profissional.

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CAPÍTULO IV

CÓDIGO DE ÉTICA COM O ENCONTRADO NA PRÁTICA

O Código de Ética do Contabilista Brasileiro iniciou-se em 1950 no V

Congresso Brasileiro de Contabilidade, em Belo Horizonte, sendo necessários

20 anos de amadurecimento e estudos; somente em 1970 com a resolução

290/70 efetivou-se o primeiro Código de Ética do contabilista Brasileiro. A

segunda versão só aconteceu em 1996 através da resolução 803/96, e

encontra-se em vigor com pequenas alterações. Este código estabelece regras

de conduta para os profissionais contábeis e a sociedade, baseado em quatro

grandes tópicos:

• Dos Deveres e Proibições;

• Dos Honorários Profissionais;

• Dos Deveres em Relação aos Colegas e ä Classe;

• Das Infrações Disciplinares.

O Sistema Conselho Federal de Contabilidade (CFC) / Conselho Regional

de Contabilidade (CRC), tem procurado, nos termos da Legislação vigente,

fazer com que os profissionais da contabilidade se pautem pela ética

profissional quando do seu relacionamento com clientes, usuários de

informações, colegas de classe, órgãos tributantes, punindo, quando

necessário, àqueles que não se conduzem de acordo com a ética e a moral

necessária à profissão.

Quando o Contabilista comete infrações previstas no Código de Ética são

analisadas e julgadas pela Câmara de Ética do Conselho Regional de

Contabilidade, sendo os processos relatados por um Conselheiro que submete

seu relatório e decisão para uma Câmara que analisará a proposta do Relator.

Após decisão da Câmara de Ética, o processo com sua decisão é analisado

pelo plenário do CRC, que manterá ou reformulará a decisão da Câmara.

Sendo o Contabilista apenado, caberá a este recurso ao Tribunal Superior de

Ética do Conselho Federal de Contabilidade, em que a decisão do CRC e o

recurso apresentado pelo Contabilista serão novamente apreciados, podendo,

em plenário, ser mantida a decisão ou reformulada. Sempre que a punição ao

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Contabilista por infração ao Código de Ética não for de Censura Pública, a

penalidade será sigilosa, não podendo ser informada a terceiros, mas somente

ao infrator.

A ética profissional tem como premissa maior o relacionamento do

profissional com seus clientes e com os outros profissionais, levando em conta

valores como a dignidade humana, auto-realização e sociabilidade. Um

profissional, no desempenho de suas funções, deve ter muitas qualidades e

atributos alguns indispensáveis para desenvolver seu trabalho com eficiência e

eficácia.

Modernamente, a maioria das profissões tem o seu próprio Código de Ética

profissional, que é um conjunto de normas de cumprimento obrigatório,

derivadas da ética, freqüentemente incorporados à lei pública. Nesses casos,

os princípios éticos passam a ter força de lei; mesmo nos casos em que esses

códigos não estão incorporados à lei, seu estudo tem alta probabilidade de

exercer influência, por exemplo, em julgamentos nos quais se discutam fatos

relativos à conduta profissional. Ademais, o seu não cumprimento pode resultar

em sanções executadas pela sociedade profissional, como censura pública e

suspensão temporária ou definitiva do direito de exercer a profissão.

O zelo, a dedicação, a honestidade e, a integridade são princípios a serem

seguidos pelos contadores, pois, agindo assim, acaba-se com o suborno que

tanto permeia a classe contábil. Portanto, para acabar com isso, o Conselho

Federal de Contabilidade aprovou a lei 803/96 que regulamenta o Exercício do

Profissional da Contabilidade. Na resolução do CFC (1996, p. 1) no seu Art. 1º

diz: “Este Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela qual

se devem conduzir os contabilistas, quando no exercício profissional”.

Partindo desse ponto o Código de Ética propôs ao contabilista o

procedimento correto do exercício da profissão, com a finalidade de garantir a

idoneidade do profissional e, também do patrimônio do cliente. Na lei citada

acima existe dois pilares fundamentais da ética, entre eles são: os princípios e

as regras. O primeiro diz respeito à idoneidade do profissional, já o segundo diz

respeito à disciplina que o contador deve ter perante o cliente (empresário) e,

também para a sociedade em geral.

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O profissional Contábil deve seguir o Código de Ética com seus Deveres e

Obrigações - Segundo o Código de Ética são deveres e obrigações do

contabilista, entretanto, neles pode-se destacar o mais importante. Na

resolução do CFC (1996, p. 1) no seu artigo Art. 2º diz: “exercer a profissão

com zelo, diligência e honestidade, observada a legislação vigente e

resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo

da dignidade e independência profissionais”.

A Ética também deve ser praticada com os colegas de profissão para

contribuir com o seu progresso sem enxergar em cada um deles um

concorrente. Vale ressaltar, conforme afirma o capítulo IV do Código de Ética

Profissional do Contabilista (1996, p. 6) no seu Art. 9º diz: "A conduta do

Contabilista com relação aos colegas deve ser pautada nos princípios de

consideração, respeito, apreço e solidariedade, em consonância com os

postulados de harmonia da classe”.

Um caso prático que infligiu o Código de Ética do Contabilista aconteceu na

Capital do Pantanal, que foi a prisão de um Auditor fiscal e de um contador por

extorsão.

O auditor fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado e o contador foram

presos em flagrante acusados pelo crime de extorsão, segundo informações da

assessoria do MPE (Ministério Público Estadual). A prisão aconteceu quando

um dono de um supermercado, que não teve o nome divulgado, denunciou que

havia recebido uma proposta de um auditor para pagar uma propina e assim

saudar uma dívida com a Secretaria da Fazenda Estadual.

Conforme informações do MPE, o contador foi preso quando recebia R$ 40

mil do comerciante, em uma operação conjunta de investigadores do Gaeco

(Grupo de Atenção Especial ao Crime Organizado), policiais civis e militares e

ainda denuncias do MPE.

Em depoimento, o contador, informou à polícia que quem havia realizado

toda a negociação havia sido o auditor fiscal.

Acompanhado dos investigadores, o contador marcou um encontro com o

auditor fiscal, onde disse que entregaria o dinheiro recebido do dono do

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supermercado. No local marcado, a polícia, efetuou a segunda prisão em

flagrante, a do auditor.

Ainda de acordo com o MPE, o auditor estava sendo investigado e existem

várias provas do crime cometido por ele, dentre elas escutas telefônicas. Não

está descartada a possibilidade de que outras pessoas possam estar

envolvidas no caso.

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CAPÍTULO V

A PRÁTICA ENCONTRADA SOBRE A ÉTICA E O PROFISSIONAL CONTÁBIL

A pesquisa foi realizada no mês de novembro de 2009 com os alunos da

área de Ciências Contábeis e profissionais contábeis. O instrumento de coleta

de dados foi um questionário contendo 10 questões. Foram aplicados

questionários a um total de 143 (cento e quarenta e três) aos alunos e 07 (sete)

aos profissionais contábeis. Desta amostra, obtive-se devolução dos

questionários de 58 pessoas, sendo 51 (cinqüenta e um) alunos e 07 (sete)

profissionais contábeis, alcançando assim um percentual 35,66% dos alunos e

100% dos profissionais contábeis.

As perguntas orientadoras do questionário foram 10.

1) Qual o conceito de Ética?

a - Entendida como estudo ou reflexão sobre os costumes ou ações humanas.

b - Uma espécie de teoria sobre a prática moral.

c - Uma ciência descritiva.

d - uma ciência de tipo mais especulativa.

Dos 58 respondentes obteve-se a seguinte resposta:

Tabela 1. Conceito de Ética Gráfico 1. Conceito da Ética

c

ab

d

Opção de Resposta Quantidade Percentual

a 31 53% b 23 40% c 3 5% d 1 2%

TOTAL 58 100%

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Como foi observado na tabela e gráfico, 53% dos respondentes

conceituaram que a Ética é entendida como estudo ou reflexão sobre os

costumes ou ações humanas e os demais ficaram divididos sendo que em

relação as 3 respostas restantes, 40% opinaram que a Ética é uma espécie de

teoria sobre a prática moral.

2) Você acha a Ética importante?

Dos 58 respondentes o resultado foi o seguinte:

Tabela 2. A Importância da Ética Gráfico 2. A Importância da Ética

SIM100%

NÃO0%

Todos foram unânimes em acharem a Ética importante, entretanto foram

observadas justificativas distintas transcritas no Quadro 1.

Quadro 1. A Ética e sua Importância

SIM

“Porque norteia a conduta, pessoal e profissional, dos indivíduos e grupos.

Portanto, sem ele não teríamos parâmetros social, profissionalmente

aceitáveis”

“Base moral pessoal profissional e social”

“Porque através dela é que passamos a refletir sobre nossas ações e tomadas

de decisão e a perceber se elas são corretas ou não”

“Para o convívio de todos. Para sabermos diferenciar o bem do mal”

“Para respeitar um aos outro profissional, seu espaço”

“Dentro de minha cultura e formação de caráter ética é um dos pilares, e é

sempre um desafio mantela”

Opção de Resposta

Quantidade Percentual

SIM 58 100% NÃO 0 0% TOTAL 58 100%

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“Porque mostra a nossa prática moral, e as pessoas nos observam muito”

“Para ninguém ficar ultrapassando os direitos do próximo, tem que haver o

respeito”

“Para que o profissional contábil obtenha credibilidade perante os clientes

internos e externos”

“Porque é algo que está presente na nossa vida, com o relacionamento com as

pessoas”

“Auxilia na condução moral da vida humana”

“Ser um profissional ético significa ter credibilidade, honestidade e confiável”

“É essencial para o convívio, seja no trabalho, na faculdade, em casa etc.. Ser

ético é ser justo e moral”

“Sim, pois ela mostra a postura do ser humano para o bem ou para o mal. Se a

pessoa é incorreta ou não”

“Garantia da credibilidade”

“Porque faz parte do nosso dia a dia do trabalho”

“É um símbolo de honestidade”

“A pessoa jurídica ou pessoa física sendo ético traz vantagens sobre as

demais”

“Um profissional tem que ter ética”

Como pode-se notar só 19 pessoas justificaram a sua resposta e as demais

não quiseram justificar, abrangendo toda a importância da Ética no convívio

com a sociedade.

3) A Ética profissional é importante no exercício da profissão?

Dos 58 respondentes constatou-se que:

Tabela 3 Gráfico 3

A Importância Ética na Profissão A Importância Ética na Profissão

SIM100%

NÃO0%

Opção de Resposta Quantidade Percentual

SIM 58 100% NÃO 0 0% TOTAL 58 100%

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Mais uma vez houve unanimidade na resposta referente a importância da Ética

no exercício da profissão, mas com justificativas distintas escritas no Quadro2.

Quadro 2. A Importância da Ética no Exercício da Profissão

SIM

“Já englobado na questão anterior”

“Qualifica o bom profissional”

“Ajuda a respeitar antes de tudo a profissão que escolhemos. Regula a nossa

relação com os clientes, colaboradores, o governo, de forma que as nossas

atitudes sejam responsáveis”

“Por que precisamos ser honestos para podermos exercer nossa profissão”

“Temos que respeitar nossos colegas e suas opiniões, nunca passar por cima

deles”

“Por que nos faz um profissional e verdade”

“Para respeitar os clientes e usuários das informações criadas através da

contabilidade”

“pelo mesmo motivo anterior”

“Porque a ética nos ajuda evitar que ocorram danos com o nosso caráter e

dados com a empresa também. Não ser ético é prejudicar a si mesmo”

“Porque é a base para uma melhor execução da profissão fazendo com que o

profissional garanta segurança em si mesmo e conquiste o respeito necessário

p/ se firmar no mercado”

“Sim, porque num mundo aético, profissional com tal virtude é um preciosidade”

“É através dela que os profissionais seguirão e trabalharão de forma correta. E

tratar seus colegas com respeito e principalmente respeito ao seu trabalho que

é muito importante para a vida e o seu ganha pão”

“Pois ela te livrara de determinadas situações, que possam te comprometer no

decorrer da vida, ou melhor, da carreira profissional”

“Além do respeito estabelecido na classe, gera confiança por parte dos

usuários”

“Sim, não só na profissão, mas como na vida pessoal”

“Porque faz parte da profissão com contadores”

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“Ética é respeito e confiança”

“É fundamental”

18 pessoas justificaram a sua resposta e as demais não quiseram.

4) Uma empresa Ética desenvolve uma relação de confiança mais estável e

lucrativa com seus clientes?

Dos 58 respondentes obteve-se a seguinte resposta:

Tabela 4. Gráfico 4.

Relação Ética da Empresa com Relação Ética da Empresa com seus clientes seus clientes

SIM97%

NÃO3%

Quadro 3. Uma Empresa Ética desenvolve uma Relação confiável com seus Clientes

SIM

“Confiança é ser verdadeiro”

“Por causa da credibilidade”

“Por mais uma maneira de conquistar mercado”

“A lucratividade é uma conseqüência da relação c/ os clientes na qual deve ser

a mais transparente possível”

“Pois trabalha com respeito e sinceridade, mantendo a postura de uma

empresa seria no mercado”

“Sim, por que, o profissional acaba sendo uma referência boa, com isso acaba

traindo mais clientes”

“Porque os clientes serão fidelizados e a indicação a outros potenciais”

“Porque ser ético é trazer benefícios para a empresa”

“Creio que na época atual as palavras chaves são credibilidades, confiança, e

Opção de Resposta Quantidade Percentual

SIM 56 97% NÃO 2 3% TOTAL 58 100%

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isso tem atraído muitos clientes”

“Porque o cliente sabe que pode confiar, para poder investir”

“Porque se a empresa possui ética ela será respeitada pelo mercado”

“Porque transmite segurança gerando fidelidade”

“Pois seu cliente tem a confiança que não vai ser enganado”

“Gerar confiança”

“Pois a confiança é base de qualquer relação”

“Além do preço, um dos reguladores, mais importantes no relacionamento

profissional – cliente e a confiança que um deposita no outro”

“A confiança é um ponto chave para se obter sucesso numa empresa”

“A situação ética gera satisfação do cliente, condição fundamental para os

processos de fidelização e disseminação de uma imagem positiva. Lembre-se:

A melhor propaganda é o cliente satisfeito!”

97% concordam que uma empresa Ética desenvolve uma relação de confiança

mais estável e lucrativa com seus clientes e 18 pessoas justificaram no Quadro

a cima enquanto 3% que optaram ao contrário, não quiseram justificar.

5) Ser um profissional ético é respeitar sempre o Código de Ética e demais

instrumentos normativos úteis no desempenho da profissão?

Das 58 pessoas questionadas obteve-se a seguinte resposta:

Tabela 5. Gráfico 5.

Profissional Ético e o Respeito ao Profissional Ético e o Respeito ao Código de Ética Código de Ética

SIM95%

NÃO5%

No quadro seguinte será transcrito as justificativas em relação à pesquisa feita.

Quadro 4. Profissional Ético e o respeito ao Código de Ética

Opção de Resposta Quantidade Percentual

SIM 55 95% NÃO 3 5% TOTAL 58 100%

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SIM NÃO

“Faz parte, mas não basta” “Pois às vezes é necessário

descumprir o código para aprender

uma demanda superveniente”

“Pois, estará seguindo as normas

impostas no código”

“Não acredito que ética se resuma em

um código é muito mais que isso”

“Porque os códigos foram criados

pelos implantadores e

regulamentadores de cada profissão”

“Respeitar sempre exige um grau

muito grande de conhecimento, e a

falta dele pode levar o profissional ao

erro. Isso não significa que ele não

seja ético”

“Porém, vai muito mais além do que

somente os códigos de ética. É medir

a todo o momento o que é certo ou

não segundo os nossos reguladores

internos também”

“Porque o que ir contra este código

não é ser ético”

“Porque demonstra seriedade com a

qual o profissional desempenha suas

funções”

“Agindo assim ela jamais deixará se

corromper, agira sempre com postura

profissional respeitando o próximo e a

si mesmo”

“Respeitar as normas é o mais

importante”

Como observam-se, das pessoas pesquisadas 95% concordam que ser

profissional ético é respeitar ao Código de Ética, mas só 9 justificaram e dos

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5% restantes que não concordam que o profissional ético respeita o Código de

Ética só 2 pessoas justificaram.

6) Saber respeitar os demais profissionais é ser ético?

Das pessoas pesquisadas encontrou-se a seguinte resposta:

Tabela 6. Gráfico 6.

Respeito aos demais Profissionais é Respeito aos demais Profissionais é ser Ético ser Ético

SIM95%

NÃO5%

Foram transcritas as justificativas dos respondentes no quadro seguinte.

Quadro 5. O respeito aos demais Profissionais é ser Ético SIM NÃO

“Embora o mercado seja competitivo.

Há espaço para todos. E como já citei

nossas atitudes são avaliadas por

inteiro. Corromper-se é uma falha e

tem sua repercussão”

“Eu acho que o respeito não

necessariamente está relacionado

com a ética”

“Faz parte, mas não basta” “Depende também se o outro é

sempre ético”

“Sim, mas concerteza o termo ético é

bem mais abrangente”

“Nem sempre, pois não é correto

respeitar o outro quando se esta

errado”

“Sim, porque se você respeita o

próximo você respeita a si mesmo

independente de raça, cor e nação”

“Porque mesmo sem concordar com

as atitudes dos demais devemos

Opção de Resposta Quantidade Percentual

SIM 55 95% NÃO 3 5% TOTAL 58 100%

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respeitá-los até o limite em que suas

práticas não prejudiquem a equipe e a

empresa”

“Respeito é direito de todos, do

respeito todos se agradam”

“Claro em toda e qualquer profissão.

Respeitar o outro é uma forma e exigir

respeito também”

“Cada um ocupa seu espaço”

“Tem espaço para todos”

A grande maioria que corresponde 95% concordam que respeitar os

demais profissionais é ser Ético e somente 9 justificaram as suas respostas e

os 5% restantes que não concordam somente 3 justificaram.

7) Vale a pena ser um profissional digno e capaz nos padrões morais e éticos?

Dos 58 respondentes obteve-se a seguinte resposta:

Tabela 7. Gráfico 7.

Profissional nos Padrões Profissional nos Padrões Morais e Éticos Morais e Éticos

SIM100%

NÃO0%

Opção de Resposta Quantidade Percentual

SIM 58 100% NÃO 0 0% TOTAL 58 100%

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Foram transcritas as seguintes justificativas.

Quadro 6. Vale a pena ser um Profissional nos padrões morais e Éticos SIM

“Pois na maioria das vezes cliente se ganha por indicação”

“Sua dignidade sempre prevalecerá”

“Com tanta concorrência, ser digno e ético é um diferencial”

“Porque mais cedo ou mais tarde será reconhecido”

“Vale porque ao se conseguir algo, gostaria de pensar que para chegar até ali

não precisei prejudicar ninguém”

“Para conquistar o respeito e admiração dos que colaboram para que o

resultado seja satisfatório. Esta seria a maneira de atrai-los e motiva-los.”

“Pois inspira confiança de um profissional dedicado ao que se faz, dentro de

um todo”

“Sim, sempre, porém algumas empresas valorizam mais as especialidades do

que virtudes e habilidades”

“Porque eu ainda acredito que fazer o certo é a melhor escolha”

“Porque sempre haverá uma porta, se não muitas, para este tipo de

profissional”

“Para ser um profissional confiante é necessário ser ético”

“Pois isso inspira confiança”

Com unanimidade nas respostas as pessoas pesquisadas concordam que

vale a pena ser profissional digno e capaz dentro dos padrões morais e Éticos,

mas só 12 pessoas justificaram.

8) Há pessoas crescendo em empresas, “Sonegando informações, aceitando

presentes...”

a - Será que compensa? Por quê?

b - Vale tudo para subir? Por quê?

c - Será que é correta tal atitude? Por quê?

d - Nenhuma das respostas anteriores. Por quê?

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Dos 58 respondentes obteve-se a seguinte resposta:

Tabela 8. Gráfico 8.

É Favorável Trabalhar É Favorável Trabalhar Desonestamente Desonestamente

ca b

d

As justificativas encontradas foram transcritas no quadro seguinte.

Quadro 7. Vale a pena Trabalhar Desonestamente. NENHUMA DAS RESPOSTAS

“Porque o crescimento destas pessoas não esta sendo sob forma honesta”

“Temos que deitar a cabeça no travesseiro e dormir”

“Pois nada fica encoberto para sempre”

“Ética também esta relacionado ao caráter”

“Não é o caminho que levará o profissional ao sucesso”

“Tal atitude não é digna de um profissional”

“Porque você tem que ser ético em suas atitudes, para obter a confiança dos

demais”

“Sendo correto, o caminho é mais longo, porém mais digno e feliz”

“Porque estas atitudes são desonestas”

“Quem tenta enganar os outros está enganando a si mesmo porque tem a lei

do retorno”

“Uma conduta ilibada pode alavancar de maneira mais sólida uma carreira.

“construir a casa na rocha””

“Sua honestidade não há dignidade”

“Porque para crescer você só precisa ser você mesmo um profissional ético,

legal, integro e sincero”

“É importante conquistar com o próprio esforço”

“Porque é antiético e uma prova de incompetência da pessoa”

Opção de Resposta Quantidade Percentual

A 4 7% B 0 0% C 6 10% D 48 83% TOTAL 58 100%

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“Porque é falta de ética aceitar presentes para sonegar informações”

“Porque para crescer não precisa ser comprado, temos todos nós capacidade”

“A sonegação é crime”

“Certamente que esta contra lei, alem de não ser ético”

“Porque tanto a sociedade quanto a empresa não tolera esse tipo de

comportamento ilícito”

“Do mesmo jeito que ela está crescendo uma hora ela cai”

“Porque a melhor forma de crescer é pela capacidade e pela inteligência”

“A partir do momento tem utilidade menos antiético, automaticamente inicia-se

a corrupção individual”

“Porque a falta de ética não compensa de forma alguma”

“Um profissional ético, não aceita subornos”

“Está errado, porque estas atitudes não estão nenhumas pouco corretas”

“Porque a pessoa sendo oportunista não cresce profissionalmente”

“Porque é ilegal, é crime e totalmente antiético”

“Porque o profissional não ético acaba por destruir sua credibilidade de se

envolver com outras imorais e esquema de corrupção”

“A busca incessante do poder, sem avaliar os meios, certamente pode levá-las

a um vazio”

“Não compensa, nem tudo vale a pena para subir, é correto e incorreto é muito

relativo, depende muito do ponto de vista”

“Porque desse modo as pessoas estarão passando por cima as pessoas que

seguem as normas éticas”

Dos 58 respondentes, 83% responderam que não é favorável trabalhar

desonestamente sonegando informações e aceitando subornos, mas só 32

justificaram. Os 17% restantes não quiseram justificar as suas respostas.

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9) É possível uma pessoa egoísta ser ético?

Dos respondentes obteve-se a seguinte resposta:

Tabela 9. Gráfico 9.

Pessoa egoísta e a Eticidade Pessoa Egoísta e a Eticidade

SIM60%

NÃO40%

Foram observadas justificativas e transcritas no quadro abaixo.

Quadro 8. Pode uma pessoa egoísta ser ético. SIM NÃO

“Todo ser humano tem defeito, mas

também possui qualidade”

“O egoísta esta sempre sozinho”

“Ética não esta diretamente ligado a

pessoa egoísta ou não”

“Porque o egoísta sempre busca o

melhor para si não se importando com

a implicação que poderá cansar ao

outro”

“Apesar de seu egoísmo ela pode

ainda assim ter atitudes que não

ajudam a empresa, pessoas, etc...”

“Porque só pensa em si próprio e é

capaz e tudo”

“Não podemos generalizar e nem

julgar ninguém”

“Pois ela ira agir por si só e não

aceitará opinião de outras pessoas”

“Desde que não ultrapasse o direito

de gozo de seu patrimônio”

“A palavra já diz egoísta”

“A ética esta ligada a valores internos,

tais como, fazer o certo, o respeito, a

confiança, a responsabilidade, e

mesmo sendo egoísta, uma pessoa

pode tê-los”

“Por não ser capaz de amar o

próximo”

“Ela não mede esforços para se

Opção de Resposta Quantidade Percentual

SIM 35 60% NÃO 23 40% TOTAL 58 100%

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beneficiar, o eu é muito forte e não da

para ter ética com uma atitude dessas”

“Porque o egoísta só pensa em si

próprio, portanto irá passar por cima

de qualquer um para conseguir

“conquistar” seus objetivos”

“Porque consequentemente o egoísmo

o levará a ambição, e a ambição o

leva a fazer coisas aéticas”

Como foi observado, das 58 pessoas pesquisadas 35 concordam que é

possível uma pessoa egoísta ser ética, mas apenas 6 justificaram e das 23

pessoas restantes que não concordam com a questão só 9 justificaram, pode-

se concluir que há um equilíbrio muito grande em relação a esta questão.

10) Ética é a ciência que estuda a ação e reflexão do comportamento humano

e moral esta ligada as normas e regras?

Dos 58 respondentes obteve-se a seguinte resposta:

Tabela 10. Conceito de Ética e Moral Gráfico 10. Conceito de Ética e Moral

SIM

NÃO

As justificativas dos respondentes foram transcritas no quadro abaixo.

Quadro 9. Conceito de Ética e Moral. SIM NÃO

“O comportamento humano está

totalmente ligado às normas de

conduta”

“Cada indivíduo deve ser ético, por

natureza”

Opção de Resposta Quantidade Percentual

SIM 52 90% NÃO 6 10% TOTAL 58 100%

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“Sem regras fica difícil seguir em

frente”

“Penso que está ligado com nosso

caráter, educação e maneira de lidar

com as pessoas, e se existe normas

devemos segui-las também”

“Porque ela mostra a personalidade

humana através do seu

comportamento moral e social no meio

em que vive”

“Sim. Por quê??? esta frase esta

escrita nos livros de estudos de ética e

sobre estudos sócio-comportamentais”

“Por que a ética esta voltada para o

interior e cada pessoa. São atitudes

justificadas na origem de dentro para

fora. Já a moral é regrada pelos

costumes e cultura de um grupo

social”

Das 58 pessoas pesquisadas 90% concordam que Ética é a ciência que

estuda a ação e reflexão do comportamento humano e a moral esta ligado as

normas e regras mas apenas 6 justificaram e dos 10% restantes que não

concordam com este conceito apenas 1 justificou.

De acordo com as respostas obtidas com a aplicação dos questionários

sobre Ética e o Profissional Contábil, observa-se que a grande maioria

concorda que a ética e muito importante para o profissional contábil. Dessa

forma podem-se tirar indicativos da importância da Ética na percepção dos

alunos e profissionais contábeis entrevistados para a melhoria da nossa

profissão.

Desta forma, espera-se que este trabalho contribua para reflexão dos

profissionais para trabalhar eticamente no seu ambiente de trabalho.

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CONCLUSÃO

O profissional contábil deve ter um comportamento sigiloso, ter conduta

pessoal, dignidade, honra, competência e serenidade para que proporcione ao

usuário uma informação com segurança e confiabilidade que merece estas

características, são fatores condicionantes para seu sucesso.

A Ética é a condição fundamental para que a profissão contábil adquira

credibilidade social, pois caso a sociedade não perceba a disposição dos

profissionais em proteger os valores éticos, certamente ela passará a não

acreditar na profissão.

O profissional contábil é que constrói a sua própria valorização, através de

suas atitudes e valores, o leva a refletir sobre suas ações, que por sua vez,

implica no pensar eticamente antes de decidir. O profissional precisa refletir

sobre o seu papel mediante as questões de valores morais, na qual uma base

ética se torna necessária para limitar a falibilidade humana, principalmente no

mundo dos negócios no qual o contabilista está inserido.

Já é chegado o momento em que os profissionais de contabilidade

precisam compreender que a Ética é o caminho para o enobrecimento da

profissão, pois a mesma é o alicerce para exercer uma cidadania plena e com

mais responsabilidade sem ferir o Código de Ética Profissional.

Na pesquisa de campo apresentada verificou-se que a maioria concorda

que a Ética profissional é importante na sua formação profissional e dá uma

boa base para que o trabalho empenhado seja mais digno e com muito mais

seriedade, sabendo respeitar os demais profissionais.

A ética é uma das maneiras de ajudar a preservação não só das profissões,

como da espécie.

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REFERÊNCIAS

Código de Ética Profissional do Contabilista. Resolução CFC 803/93, de 10 de setembro 1996. Conselho Federal de Contabilidade. Princípios Fundamentais de contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade CFC: Brasília, 2000. Decreto-Lei Nº. 5844_de 23 de setembro de 1943 – DOU de 1/10/1943. FORTES, José Carlos. Ética e responsabilidade profissional do contabilista. Fortaleza: Fortes, 2002. SACCONI, Luiz Antonio. Dicionário essencial: da língua portuguesa. São Paulo: Atual, 2004. STUKART, Herbert Lowe. Ética e corrupção. São Paulo: Nobel, 2003.

VALLS, Álvaro L. M. O que é ética. 9. ed. São Paulo: Brasiliense, 1993. VAZQUEZ, Adolfo Sanchez. Ética. 26. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006. VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 5. ed.

São Paulo: Atlas, 2003.

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BIBLIOGRAFIA

Camargo, Marculino. Ética na empresa. Rio de Janeiro: Vozes, 2005.

Código de Ética Profissional do Contabilista. Resolução CFC 803/93, de 10 de setembro 1996. Conselho Federal de Contabilidade. Princípios Fundamentais de contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade CFC: Brasília, 2000. Decreto-Lei Nº. 5844_de 23 de setembro de 1943 – DOU de 1/10/1943. FORTES, José Carlos. Ética e responsabilidade profissional do contabilista. Fortaleza: Fortes, 2002. LISBOA, Lázaro Plácido. Ética geral e profissional em contabilidade. 2. ed. São Paulo: Campos, 1997.

SÁ, Antonio Lopes de. Ética profissional. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

SACCONI, Luiz Antonio. Dicionário essencial: da língua portuguesa. São Paulo: Atual, 2004. SROUR, Robert Henry. Ética empresarial: a gestão da reputação. 2. ed. São Paulo: Campus, 2003.

STUKART, Herbert Lowe. Ética e corrupção. São Paulo: Nobel, 2003.

VALLS, Álvaro L. M. O que é ética. 9. ed. São Paulo: Brasiliense, 1993.

VAZQUEZ, Adolfo Sanchez. Ética. 26. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006. VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 5. ed.

São Paulo: Atlas, 2003.

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APÊNDICE A - Questionários para Alunos e

Profissionais Contábeis

O questionário foi elaborado como instrumento de coleta de dados. É instrumento importante à elaboração da monografia que tem como tema: Ética e o Profissional Contábil. A sua colaboração é de grande importância. Desde já agradecemos.

I IDENTIFICAÇÃO

Nome: ________________________________________Idade: ___________

Graduação: ______________________________________Período: _______

II Responda:

1. ÉTICA é?

( ) Entendida como estudo ou reflexão sobre os costumes ou ações

humanas.

( ) Uma espécie de teoria sobre a prática moral.

( ) Uma ciência descritiva.

( ) Uma ciência de tipo mais especulativa.

2. A ÉTICA é importante?

Sim ( ) Não ( ) Por quê?

3. A Ética profissional é importante no exercício da profissão? Sim ( ) Não ( ) Por quê?

4. Uma empresa Ética desenvolve uma relação de confiança mais estável

e lucrativa com seus clientes? Sim ( ) Não ( ) Por quê?

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5. Ser um profissional ético é respeitar sempre o Código de ética e demais instrumentos normativos úteis no desempenho da profissão? Sim ( ) Não ( ) Por quê?

6. Saber respeitar os demais profissionais é ser ético? Sim ( ) Não ( ) Por quê?

7. Vale a pena ser um profissional digno e capaz dentro dos padrões morais e éticos? Sim ( ) Não ( ) Por quê?

8. Há pessoas crescendo em empresas, “Sonegando informações, aceitando presentes...” ( ) Será que compensa? Por quê? ( ) Vale tudo para subir? Por quê? ( ) Será que é correta tal atitude? Por quê? ( ) Nenhuma das respostas anteriores. Por quê?

9. É possível uma pessoa egoísta ser ético? Sim ( ) Não ( ) Por quê?

10. Ética é a ciência que estuda a ação e reflexão do comportamento humano e moral esta ligado as normas e regras?

Sim ( ) Não ( ) Por quê?

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ANEXO A – Código de Ética Profissional do

Contabilista

CAPÍTULO I

DO OBJETIVO

Art. 1º Este Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela qual

se devem conduzir os contabilistas, quando no exercício profissional.

CAPÍTULO II

DOS DEVERES E DAS PROIBIÇÕES

Art. 2º São deveres do contabilista:

I – exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, observada a

legislação vigente e resguardados os interesses de seus clientes e/ou

empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais;

II – guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito,

inclusive no âmbito do serviço público ressalvado os casos previstos em lei ou

quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos

Regionais de Contabilidade;

III – zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a

seu cargo;

IV – comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento

reservado, eventual circunstância adversa que possa influir na decisão daquele

que lhe formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a obrigação a

sócios e executores;

V – inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre

qualquer caso;

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VI – renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança

por parte do cliente ou empregador, a quem deverá notificar com trinta dias de

antecedência, zelando, contudo, para que os interesse dos mesmos não sejam

prejudicados, evitando declarações públicas sobre os motivos da renúncia;

VII – se substituído em suas funções, informar ao substituto sobre fatos que

devam chegar ao conhecimento desses, a fim de habilitá-lo para o bom

desempenho das funções a serem exercidas;

VIII – manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o

exercício da profissão;

IX – ser solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional, seja

propugnando por remuneração condigna, seja zelando por condições de

trabalho compatíveis com o exercício ético-profissional da Contabilidade e seu

aprimoramento técnico.

Art. 3º No desempenho de suas funções é vedado ao contabilista:

I – anunciar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, conteúdo

que resulte na diminuição do colega, da Organização Contábil ou da classe,

sendo sempre admitida a indicação de títulos, especializações, serviços

oferecidos, trabalhos realizados e relação de clientes;

II – assumir, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com

prejuízo moral ou desprestígio para a classe;

III – auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não

decorra exclusivamente de sua prática lícita;

IV – assinar documentos ou peças contábeis elaborados por outrem, alheio à

sua orientação, supervisão e fiscalização;

V – exercer a profissão, quando impedido, ou facilitar, por qualquer meio, o seu

exercício aos não habilitados ou impedidos;

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VI – manter Organização Contábil sob forma não autorizada pela legislação

pertinente;

VII – valer-se de agenciador de serviços, mediante participação desse nos

honorários a receber;

VIII – concorrer para a realização de ato contrário à legislação ou destinado a

fraudá-la ou praticar, no exercício da profissão, ato definido como crime ou

contravenção;

IX – solicitar ou receber do cliente ou empregador qualquer vantagem que

saiba para aplicação ilícita;

X – prejudicar, culposa ou dolosamente, interesse confiado a sua

responsabilidade profissional;

XI – recusar-se a prestar contas de quantias que lhe forem, comprovadamente,

confiadas;

XII – reter abusivamente livros, papéis ou documentos, comprovadamente

confiados à sua guarda;

XIII – aconselhar o cliente ou o empregador contra disposições expressas em

lei ou contra os Princípios Fundamentais e as Normas Brasileiras de

Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade;

XIV – exercer atividade ou ligar o seu nome a empreendimentos com

finalidades ilícitas;

XV – revelar negociação confidenciada pelo cliente ou empregador para acordo

ou transação que, comprovadamente, tenha tido conhecimento;

XVI – emitir referência que identifique o cliente ou empregador, com quebra de

sigilo profissional, em publicação em que haja menção a trabalho que tenha

realizado ou orientado, salvo quando autorizado por eles;

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XVII – iludir ou tentar iludir a boa-fé de cliente, empregador ou de terceiros,

alterando ou deturpando o exato teor de documentos, bem como fornecendo

falsas informações ou elaborando peças contábeis inidôneas;

XVIII – não cumprir, no prazo estabelecido, determinação dos Conselhos

Regionais de Contabilidade, depois de regularmente notificado;

XIX – intitular-se com categoria profissional que não possua, na profissão

contábil;

XX – elaborar demonstrações contábeis sem observância dos Princípios

Fundamentais e das Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo

Conselho Federal de Contabilidade;

XXI – renunciar à liberdade profissional, devendo evitar quaisquer restrições ou

imposições que possam prejudicar a eficácia e correção de seu trabalho;

XXII – publicar ou distribuir, em seu nome, trabalho científico ou técnico do qual

não tenha participado.

Art. 4º O Contabilista poderá publicar relatório, parecer ou trabalho técnico-

profissional, assinado e sob sua responsabilidade.

Art. 5º O Contador, quando perito, assistente técnico, auditor ou árbitro, deverá;

I – recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em face

da especialização requerida;

II – abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que constitui

objeto de perícia, mantendo absoluta independência moral e técnica na

elaboração do respectivo laudo;

III – abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua convicção

pessoal sobre os direitos de quaisquer das partes interessadas, ou da justiça

da causa em que estiver servindo, mantendo seu laudo no âmbito técnico e

limitado aos quesitos propostos;

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IV – considerar com imparcialidade o pensamento exposto em laudo submetido

à sua apreciação;

V – mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e repute em condições de

exercer efeito sobre peças contábeis objeto de seu trabalho, respeitado o

disposto no inciso II do art. 2º;

VI – abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente

informado e munido de documentos;

VII – assinalar equívocos ou divergências que encontrar no que concerne à

aplicação dos Princípios Fundamentais e Normas Brasileiras de Contabilidade

editadas pelo CFC;

VIII – considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar laudos sobre

peças contábeis, observando as restrições contidas nas Normas Brasileiras de

Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade;

IX – atender à Fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabilidade e

Conselho Federal de Contabilidade no sentido de colocar à disposição desses,

sempre que solicitado, papéis de trabalho, relatórios e outros documentos que

deram origem e orientaram a execução do seu trabalho.

CAPÍTULO III

DO VALOR DOS SERVIÇOS PROFISSIONAIS

Art. 6º O Contabilista deve fixar previamente o valor dos serviços, por contrato

escrito considerado os elementos seguintes:

Art. 6º, caput, com redação dada pela Resolução CFC nº. 942, de 30 de agosto

de 2002.

I – a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade do serviço a executar;

II – o tempo que será consumido para a realização do trabalho;

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III – a possibilidade de ficar impedido da realização de outros serviços;

IV – o resultado lícito favorável que para o contratante advirá com o serviço

prestado;

V – a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou permanente;

VI – o local em que o serviço será prestado.

Art. 7º O Contabilista poderá transferir o contrato de serviços a seu cargo a

outro Contabilista, com a anuência do cliente, sempre por escrito.

Art. 7º, caput, com redação dada pela Resolução CFC nº. 942, de 30 de agosto

de 2002.

Parágrafo único. O Contabilista poderá transferir parcialmente a execução dos

serviços a seu cargo a outro contabilista, mantendo sempre como sua a

responsabilidade técnica.

Art. 8º É vedado ao Contabilista oferecer ou disputar serviços profissionais

mediante aviltamento de honorários ou em concorrência desleal.

CAPÍTULO IV

DOS DEVERES EM RELAÇÃO AOS COLEGAS E À CLASSE

Art. 9º A conduta do Contabilista com relação aos colegas deve ser pautada

nos princípios de consideração, respeito, apreço e solidariedade, em

consonância com os postulados de harmonia da classe.

Parágrafo único. O espírito de solidariedade, mesmo na condição de

empregado, não induz nem justifica a participação ou conivência com o erro ou

com os atos infringentes de normas éticas ou legais que regem o exercício da

profissão.

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Art. 10 O Contabilista deve, em relação aos colegas, observar as seguintes

normas de conduta:

I – abster-se de fazer referências prejudiciais ou de qualquer modo

desabonadoras;

II – abster-se da aceitação de encargo profissional em substituição a colega

que dele tenha desistido para preservar a dignidade ou os interesses da

profissão ou da classe, desde que permaneçam as mesmas condições que

ditaram o referido procedimento;

III – jamais apropriar-se de trabalhos, iniciativas ou de soluções encontradas

por colegas, que deles não tenha participado, apresentando-os como próprios;

IV – evitar desentendimentos com o colega a que vier a substituir no exercício

profissional.

Art. 11 O Contabilista deve, com relação à classe, observar as seguintes

normas de conduta:

I – prestar seu concurso moral, intelectual e material, salvo circunstâncias

especiais que justifiquem a sua recusa;

II – zelar pelo prestígio da classe, pela dignidade profissional e pelo

aperfeiçoamento de suas instituições;

III – aceitar o desempenho de cargo de dirigente nas entidades de classe,

admitindo-se a justa recusa;

IV – acatar as resoluções votadas pela classe contábil, inclusive quanto a

honorários profissionais;

V – zelar pelo cumprimento deste Código;

VI – não formular juízos depreciativos sobre a classe contábil;

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VII – representar perante os órgãos competentes sobre irregularidades

comprovadamente ocorridas na administração de entidade da classe contábil;

VIII – jamais utilizar-se de posição ocupada na direção de entidades de classe

em benefício próprio ou para proveito pessoal.

CAPÍTULO V

DAS PENALIDADES

Art. 12 A transgressão de preceito deste Código constitui infração ética,

sancionada, segundo a gravidade, com a aplicação de uma das seguintes

penalidades:

I – advertência reservada;

II – censura reservada;

III – censura pública.

Parágrafo único. Na aplicação das sanções éticas, são consideradas como

atenuantes:

I – falta cometida em defesa de prerrogativa profissional;

II – ausência de punição ética anterior;

III – prestação de relevantes serviços à Contabilidade.

Art. 13 O julgamento das questões relacionadas à transgressão de preceitos do

Código de Ética incumbe, originariamente, aos Conselhos Regionais de

Contabilidade, que funcionarão como Tribunais Regionais de Ética e Disciplina,

facultado recurso dotado de efeito suspensivo, interposto no prazo de quinze

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dias para o Conselho Federal de Contabilidade em sua condição de Tribunal

Superior de Ética e Disciplina.

Art. 13, caput, com redação dada pela Resolução CFC nº. 950, de 29 de

novembro de 2002.

§ 1º O recurso voluntário somente será encaminhado ao Tribunal Superior de

Ética e Disciplina se o Tribunal Regional de Ética e Disciplina respectivo

mantiver ou reformar parcialmente a decisão.

§ 1º com redação dada pela Resolução. CFC nº. 950, de 29 de novembro de

2002.

§ 2º Na hipótese do inciso III do art. 12, o Tribunal Regional de Ética e

Disciplina deverá recorrer ex officio de sua própria decisão (aplicação de pena

de Censura Pública).

§ 2º com redação dada pela Resolução CFC nº. 950, de 29 de novembro de

2002.

§ 3º Quando se tratar de denúncia, o Conselho Regional de Contabilidade

comunicará ao denunciante a instauração do processo até trinta dias após

esgotado o prazo de defesa.

§ 3º renumerado pela Resolução CFC nº. 819, de 20 de novembro de 1997.

Art. 14 O Contabilista poderá requerer desagravo público ao Conselho

Regional de Contabilidade, quando atingido, pública e injustamente, no

exercício de sua profissão.