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Euronext Lisbon, S.A.
Informação Periódica Relatório de Gestão e Contas Consolidadas do 1º semestre de 2013
2
Nota
Aplicação do Decreto-Lei nº 185/2009, de 12 de Agosto
A Euronext Lisbon enquanto sociedade gestora de mercados cumpre o regulamento 4/2007
da CMVM em vigor, pelo que apresentou o seu último Relatório sobre a estrutura e as
práticas de governo societário em 28 de junho de 2013, e irá apresentar o próximo Relatório
sobre a estrutura e as práticas de governo societário até 30 de junho de 2014.
3
Índice 1. Resumo .................................................................................................................................. 4
1.1. Mensagem do CEO ...................................................................................................... 4
1.2. Destaques .................................................................................................................... 5
1.2.1. Destaques Financeiros Consolidados ............................................................... 5
1.2.2. Destaques Operacionais da Euronext Lisbon ................................................... 9
2. Enquadramento ................................................................................................................... 12
2.1. Enquadramento Económico e Financeiro ................................................................. 12
3. A atividade da Euronext Lisbon ........................................................................................... 14
3.1. Ações ......................................................................................................................... 14
3.1.1. Enquadramento internacional ........................................................................ 14
3.1.2. Ações portuguesas .......................................................................................... 16
3.2. Obrigações ................................................................................................................. 20
3.2.1. Enquadramento internacional ........................................................................ 20
3.2.2. Obrigações portuguesas ................................................................................. 21
3.3. Warrants .................................................................................................................... 23
3.3.1. Enquadramento internacional ........................................................................ 23
3.3.2. Warrants portugueses .................................................................................... 23
3.4. ETFs e Certificados ..................................................................................................... 24
3.4.1. Enquadramento internacional ........................................................................ 24
3.4.2. ETFs e Certificados portuguesas ..................................................................... 25
3.5. Derivados ................................................................................................................... 26
3.5.1. Enquadramento internacional ........................................................................ 26
3.5.2. Derivados portugueses ................................................................................... 27
3.6 Membros do Mercado ................................................................................................ 27
3.7. Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários......................................................... 28
3.8. Sistemas de Liquidação ............................................................................................. 30
4. Responsabilidade Corporativa ............................................................................................. 32
4.1. Recursos Humanos .................................................................................................... 32
4.2. Comunidade .............................................................................................................. 32
4.3. Educação e Literacia Financeira ................................................................................ 33
5. Análise Económica e Financeira ........................................................................................... 35
5.1. Apreciação Global ...................................................................................................... 35
5.2. Proveitos e Ganhos .................................................................................................... 35
5.3. Custos e Perdas ......................................................................................................... 37
5.4. Estrutura Patrimonial ................................................................................................ 38
6. Demonstrações Financeiras e Anexos às Contas ................................................................. 41
7. Declaração sobre a conformidade da informação financeira apresentada ........................ 94
8. Composição dos órgãos sociais ............................................................................................ 95
4
1. Resumo
1.1. Mensagem do CEO
A Euronext Lisbon geriu a Bolsa portuguesa, no primeiro semestre de 2013, num contexto
económico e financeiro que permanece desafiante, muito condicionado pela situação na
zona euro e pela emergência financeira que Portugal continua a viver.
O ano de 2013 iniciou-se de forma favorável, com o regresso de Portugal ao mercado
primário de dívida soberana a 23 de janeiro, muito antes do que o antecipado. Este sucesso
criou elevadas expectativas, com impacto favorável, quer sobre o mercado obrigacionista,
quer acionista, mas que não se confirmaram até ao final do primeiro semestre.
Foi com enorme regozijo que acolhemos a segunda empresa a cotar-se no Alternext, o
Nexponor, fundo imobiliário promovido pela Associação Empresarial de Portugal (AEP) com
os ativos patrimoniais da Exponor. Continuamos muito empenhados em que a Bolsa exerça
em pleno a sua mais útil função, de contribuir para a criação de fontes de financiamento
complementares e alternativas, sobretudo no caso português, onde as dificuldades de
financiamento continuam acentuadas e existe uma excessiva dependência do crédito
bancário.
A Euronext Lisbon, enquanto entidade integrada no Grupo NYSE Euronext, acompanhou
atentamente os desenvolvimentos decorrentes do projeto de fusão da Intercontinental
Exchange (ICE) com a NYSE Euronext e do anunciado IPO das bolsas europeias do Grupo
NYSE Euronext
Os próximos tempos deverão ser ainda muito dominados por uma conjuntura europeia,
quer política, quer económica, com níveis de incerteza elevados. Destaque-se, em
particular, as eleições legislativas na Alemanha, a 22 de setembro, que poderão clarificar
alguns aspetos importantes na zona do euro.
Luís Laginha de Sousa
Presidente do Conselho de Administração da Euronext Lisbon
Membro do Management Committee da NYSE Euronext
5
1.2. Destaques
1.2.1. Destaques Financeiros Consolidados
Proveitos (€milhões)
Estrutura dos Proveitos
6
Margem Operacional e Margem Líquida
Resultados Líquidos (€milhões e var% anual)
Estrutura do Balanço
(10^3 euros)
dez-12 jun-13 Var. 13/12 %
Ativo 56.761 49.709 -7.052 -14%
Passivo 6.704 9.419 2.716 29%
Capital Próprio 50.057 40.290 -9.767 -24%
7
Bolsa portuguesa em números no 1º semestre de 2013
Ações
Empresas cotadas, em 30 de junho de 2013 = 60
Empresas cotadas nacionais = 56
Capitalização bolsista, em 30 de junho de 2013 = € 46,0 mil milhões
Valor total negociado em ações, no 1º semestre de 2013 = €14.300 milhões
Variação do índice PSI 20, no 1º semestre de 2013 = -1,7 %
Variação do índice PSI Geral, no 1º semestre de 2013 = 4,2 %
Obrigações
Nº de obrigações cotadas, em 30 de junho de 2013 = 254
Nº de obrigações cotadas de entidades privadas = 237
Capitalização bolsista, em 30 de junho de 2013 = € 96,5 mil milhões
Valor total negociado no 1º semestre de 2013 = € 185 milhões
Warrants
Nº de Warrants admitidos à negociação, em 30 de junho de 2013 = 975
Nº de negócios, no 1º semestre de 2013 = 35.601
Valor negociado, no 1º semestre de 2013 = € 95 milhões
ETFs
Nº de ETFs admitidos à negociação, em 30 de junho de 2013 = 3
ETFs cotados: PSI 20, PSI 20 Leverage e Índice Ibérico
Capitalização Bolsista, em 30 de junho de 2013 = € 18,7 milhões
Valor negociado no 1º semestre de 2013 = € 30 milhões
Certificados
Nº de Certificados admitidos à negociação, em 30 de junho de 2013 = 219
Valor negociado no 1º semestre de 2013 = € 523 milhões
Derivados nacionais
Nº de Contratos de Futuros cotados, a 30 de junho de 2013 =14
Nº de Contratos de Futuros cotados sobre Índices = 1 (PSI 20)
Nº de Contratos de Futuros cotados sobre ações individuais = 13
Posições abertas, a 30 de junho de 2013 = 7.950
Nº de Contratos Negociados, no 1º semestre de 2013 =52.243
Valor dos Contratos Negociados, no 1º semestre de 2013 = € 310 milhões
8
Índices do Mercado Português
PSI 20. É o índice de referência do mercado, que integra as 20 empresas
mais representativas.
PSI Geral. Engloba a totalidade das empresas cotadas na Euronext Lisbon.
PSI Setoriais. Existem sobre os seguintes sectores: Materiais de base,
Industrial, Bens de Consumo, Serviços, Telecomunicações, Utilities, Sector
Financeiro, Tecnologia.
Outros Índices com Empresas Portuguesas
Índice Ibérico. Para além dos índices nacionais, as empresas cotadas na
Euronext Lisbon também estão cotadas em índices internacionais, como
este, que inclui 20 empresas espanholas e 10 portuguesas.
Euronext 100. É um índice bolsista das empresas mais capitalizadas e mais
líquidas nas praças europeias geridas pela NYSE Euronext, que engloba
atualmente 5 empresas portuguesas.
Next 150. É o índice que cobre as 150 empresas mais representativas,
após as 100 maiores, que engloba atualmente 8 empresas portuguesas.
9
1.2.2. Destaques Operacionais da Euronext Lisbon
Estrutura e Organização
Em dezembro de 2012, os Conselhos de Administração da Intercontinental Exchange
(ICE) e da NYSE Euronext anunciaram um acordo, segundo o qual, a ICE se propõe
adquirir a NYSE Euronext, numa transação com pagamento em dinheiro e em ações.
Nos termos do anúncio referente ao acordo de aquisição pela ICE da NYSE Euronext,
a ICE divulgou que pretende explorar uma oferta pública inicial do capital da
Euronext, como entidade que reterá o negócio do grupo na Europa continental.
O processo de aquisição da NYSE Euronext pela ICE recebeu, entretanto, a aprovação
dos acionistas de ambas as empresas em assembleia geral e das autoridades da
concorrência europeias.
Admissões e Exclusões
Em fevereiro, a EDP solicitou a admissão de 4,14% do capital em Bolsa, que era
propriedade do Estado português, que deixou de ser acionista da empresa, após esta
operação.
O Nexponor, fundo imobiliário promovido pela Associação Empresarial de Portugal
(AEP), foi admitido à cotação no dia 3 de junho, no NYSE Alternext Lisbon, com um
valor aproximado de 65 milhões de euros.
Foram excluídas 3 empresas da Bolsa portuguesa: a Brisa, a Progado e a Rações
Progado – Centro Sul.
No semestre em análise, continuaram a realizar-se emissões de obrigações
destinadas ao retalho: a 14 de março foi admitido o empréstimo obrigacionista
Mota-Engil Taxa Fixa 2013-2016 no montante de 175 milhões de euros, e em abril foi
a vez da SAD benfiquista ter emitido obrigações num total de €45 milhões.
Membros do Mercado
Foi admitido um novo membro no mercado a contado da Euronext Lisbon – o Sun
Trading International Ltd (UK). Solicitaram a saída três membros do mercado.
Índices
Aquando da revisão anual do PSI 20, em março, foi incluída a empresa Novabase e
foi retirado o Espírito Santo Financial Group deste índice. Na revisão trimestral
seguinte, em junho, houve uma inversão de posições, com a saída da Novabase e a
reentrada do Espírito Santo Financial Group.
Três novas empresas portuguesas entraram no Índice Next 150: Altri, Mota-Engil e
SonaeCom, tendo sido excluído o ESFG.
10
Interbolsa
A Interbolsa, detida a 100% pela bolsa portuguesa, selecionou o fornecedor global
de mensagens financeiras Swift, para a ligação à plataforma 'Target2Securities' (T2S),
prevendo ter a adaptação concluída e arrancar com o novo ambiente, em março de
2016.
Promoção e Desenvolvimento
No final de janeiro, teve lugar a segunda edição dos NYSE Euronext Lisbon Awards.
Trata-se de um conjunto de prémios que se destinam a evidenciar o desempenho
das empresas cotadas, a atividade dos intermediários no mercado, bem como as
contribuições individuais e de instituições para o desenvolvimento do mercado de
capitais português. Na edição deste ano, foi distinguido, pela primeira vez, o melhor
artigo publicado sobre mercado de capitais.
A Euronext Lisbon promoveu a realização de uma conferência, subordinada ao tema:
“Tributação das Transações Financeiras: Motivações, Impactos e Propostas”, com o
objetivo de debater os efeitos para o mercado de capitais, para as entidades
emitentes, investidores e para a economia portuguesa desta iniciativa da UE.
A Euronext Lisbon assinou com a Associação Empresarial da Região de Leiria (NERLEI)
e com a Associação Empresarial da Região de Santarém (NERSANT), protocolos de
colaboração com o objetivo de promover o mercado de capitais, como forma de
financiamento, junto do tecido empresarial das respetivas regiões.
Organizada pela Euronext Lisbon, ocorreu na Reitoria da Universidade Nova de
Lisboa, a Conferência VIA BOLSA - Financiamento Através do Mercado de Capitais,
na qual empresas cotadas e não cotadas, advogados, consultores, bancos e
associações empresariais, debateram o tema “Cotar em Bolsa”.
A nova iniciativa do grupo NYSE Euronext dedicada às empresas de menor dimensão
na Europa, a EnterNext, foi lançada em maio. A nova subsidiária destina‐se às
empresas com capitalização inferior a mil milhões de euros e cobre mais de 750
empresas cotadas no mercado regulamentado da NYSE Euronext e Alternext.
O primeiro Pan-European Days teve lugar na Bolsa de Nova Iorque, nos dias 3, 4 e 5
de junho. O evento reuniu empresas e investidores – 60 empresas cotadas nos
mercados europeus da NYSE Euronext (Amesterdão, Bruxelas, Lisboa e Paris), e cerca
de 250 investidores dos Estados Unidos. Estiverem presentes 13 empresas
portuguesas, que fazem parte do PSI 20, e os seus responsáveis realizaram mais de
uma centena de reuniões com investidores norte-americanos.
11
A Euronext Lisbon participou num encontro promovido pelo Ministério da Economia,
que convocou 17 empresas portuguesas não cotadas em Bolsa para abordar o tema
do financiamento através do mercado de capitais. Este encontro teve como objetivo
identificar os principais constrangimentos que as empresas encontram nesta forma
de financiamento e encontrar soluções ou medidas de iniciativa pública que
promovam o financiamento das empresas através da Bolsa.
Foi assinado um protocolo de colaboração entre as Bolsas Portuguesa e
Moçambicana, com o propósito de reforçar as relações bilaterais entre as duas
entidades, nomeadamente na troca de informação e experiências, na formação de
quadros e na promoção conjunta.
Literacia Financeira
O mês de abril ficou marcado pelo lançamento do programa da Euronext Lisbon
designado Young Professional Sessions (YPS). Esta iniciativa visa promover a literacia
financeira relacionada com o mercado de capitais. As YPS são dirigidas a jovens
profissionais de instituições financeiras, escritórios de advogados, consultoras,
auditoras, reguladores, associações, académicos, jornalistas e outros que, de algum
modo, tenham interesse nos temas relacionados com a Bolsa.
A realização da primeira YPS, para assinalar a Semana Internacional da Literacia
Financeira, contou com a presença e intervenção do presidente da CMVM, Carlos
Tavares.
Durante o 1º semestre, a Euronext Lisbon visitou e foi visitada por 567 alunos e 68
professores, quer do ensino secundário, quer universitário, em ações de divulgação e
promoção da literacia financeira.
Responsabilidade Social
A NYSE Euronext Lisbon celebrou o Dia Internacional da Mulher (8 de março). Após o
toque do sino de abertura do mercado, teve lugar a Conferência E2E: inspirar,
apoiar, arriscar, que visou debater vários temas relevantes para o mercado e para a
sociedade, como a estrutura de governo das empresas, os determinantes do
empreendedorismo e a importância de uma cultura de valores na gestão
empresarial, acrescentando-lhes um "olhar feminino".
À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, a NYSE Euronext Lisbon
juntou-se às restantes localizações do Grupo para apoiar a consciencialização em
relação ao Autismo. Tal como no ano passado, o sino foi tocado a partir da Fundação
12
Calouste Gulbenkian, no âmbito da Sessão Comemorativa, organizada pela
Federação Portuguesa de Autismo.
2. Enquadramento
2.1. Enquadramento Económico e Financeiro
No primeiro semestre de 2013, a economia mundial continuou a mostrar uma clara
diferença de desempenho entre, por um lado, a debilidade de crescimento registada
nas economias avançadas, em especial na zona do euro e, por outro, o dinamismo
ainda vigente nos países emergentes, embora não tão vigoroso como no passado
recente.
No 1º trimestre de 2013, o PIB português aprofundou a queda homóloga que se
vinha agravando ao longo do ano anterior, tendo a variação homóloga passado
de -3,8% no final de 2012 para -4,0% no trimestre seguinte. Esta evolução deveu-se à
procura interna, que passou de um contributo de -4,6 p.p. no 4º trimestre de 2012
para -6,4 p.p.. Em contrapartida, o contributo positivo da procura externa líquida
aumentou, situando-se em 2,3 p.p. (0,8 p.p. no 4º trimestre de 2012), auxiliado pela
maior queda das importações.
A nítida correção do desequilíbrio externo prosseguiu, melhorando o excedente
externo, que passou de 0,3% no final de 2012, para 1,2% do PIB no primeiro
trimestre de 2013.
O alívio das necessidades de financiamento externo da economia ainda não se
traduziu numa melhoria nas condições de concessão de crédito à economia, que
continua a registar variações negativas cumulativas. Entre o pico, em novembro de
2010, e o valor de abril de 2013, a queda acumulada no total de crédito concedido às
empresas foi de 11,9%. No caso dos particulares, em que o máximo ocorreu um
pouco mais tarde (abril de 2011), a retração desde então já atingiu os 5,4%.
A evolução favorável das taxas de juro de longo prazo permitiu o regresso da
República Portuguesa aos mercados logo no início do ano. Apesar das perturbações
que se seguiram, ao longo do semestre as taxas de juro mantiveram-se abaixo das
registadas no final de 2012, que vinham realizando uma assinalável trajetória
descendente.
13
Dívida Pública (taxa de juro a 10 anos)
Fonte: Bloomberg
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
18%
Dez-10 Jun-11 Dez-11 Jun-12 Dez-12
Alemanha
Portugal
Espanha
Itália
14
3. A atividade da Euronext Lisbon
O segmento de ações da Euronext Lisbon foi marcado por várias emissões de ações e
também pela entrada de uma segunda entidade no Alternext. No segmento obrigacionista
destacou-se a continuação do regresso ao mercado de empresas emitentes, embora não de
forma tão expressiva como no ano anterior.
3.1. Ações
3.1.1. Enquadramento internacional
Ainda que tenha havido uma diminuição de 12,9% no número de IPO realizados no
1º semestre na Europa, o valor envolvido subiu 180,6%.
IPO na Europa
Fonte: PWC IPO Watch
Nas bolsas internacionais que integram a World Federation of Exchanges (WFE)
registou-se uma diminuição muito ligeira do número de empresas cotadas
(-0,3%), mas um aumento expressivo da cotação bolsista (12,3%), ultrapassando
já o valor registado no final de 2010.
15
Empresas Cotadas e Capitalização Bolsista Bolsas que integram a WFE
Fonte: World Federation of Exchanges
O número de negócios vinha apresentando quedas significativas nos últimos
anos, mas no 1º semestre de 2013, ainda que a queda se tenha mantido, ela
abrandou. Já o volume de negócios conseguiu mesmo registar alguma subida
(6,0%).
Transações de Ações Bolsas que integram a WFE
Fonte: World Federation of Exchanges
16
No primeiro semestre, a evolução dos principais índices bolsistas internacionais
foi bastante diversificada, quase se podendo dizer que um pouco mais de
metade subiram e os restantes desceram. A generalidade das economias
avançadas registou uma melhoria nos seus índices de referência, com a exceção
de alguns países da zona do euro. Nos mercados emergentes houve quedas
generalizadas, com a exceção da Argentina.
Evolução dos Índices Bolsistas Internacionais
1º Semestre de 2013
Fonte: Bloomberg
3.1.2. Ações portuguesas
Bolsa Portuguesa em Números
Empresas cotadas, em 30 de junho de 2013 = 60
Empresas cotadas nacionais = 56
Capitalização bolsista = € 46,0 mil milhões
Valor total negociado em ações, no 1º semestre de 2013 = € 14.300 milhões
Variação do índice PSI 20, no 1º semestre de 2013 = -1,7%
Variação do Índice PSI Geral, no 1º semestre de 2013 = 4,2%
17
Mercado primário
No primeiro semestre de 2013 as empresas cotadas na Euronext Lisbon realizaram
aumentos de capital que representaram €774 milhões de euros, dos quais €352
milhões representados pelo Banco Santander e o Banco Popular, ambos sediados em
Espanha. O total arrecadado por empresas nacionais foi de €422 milhões.
Mercado secundário
No primeiro semestre de 2013, verificou-se uma subida de 12,5% no número de
negócios de ações, acompanhada dum crescimento de 29,3% no valor negociado,
contrariando a tendência que se vinha registando nos últimos anos.
Transações de Ações na Euronext Lisbon
Ações com Maior Valor Transacionado
No grupo das cinco ações mais transacionadas há quatro empresas que se têm
mantido sempre presentes desde 2008, ainda que a sua posição relativa se altere:
PT, Galp, Millennium BCP e EDP. Dentro deste conjunto há duas empresas que têm
alternado a posição, a Jerónimo Martins e o BES, entrando uma e saindo a outra. No
1º semestre de 2012 a Jerónimo Martins esteve neste top 5, sendo substituída pelo
BES no 1º semestre do corrente ano.
18
Ações com Maior Valor Transacionado
Indicadores de Liquidez das Ações Listadas no Mercado Regulamentado
2008 2009 2010 2011 2012 1º Sem
2012 1º Sem
2013
20 ações com maior valor negociado
Turnover Médio (*) 89,5% 67,2% 63,7% 59,5% 55,5% 37,7% 51,6%
Frequência Média de Negociação (**) 99,9% 100,0% 100,0% 99,8% 100,0% 100,0% 100,0%
Restantes ações do Mercado Regulamentado
Turnover Médio (*) 11,2% 7,1% 10,0% 4,8% 2,2% 1,6% 3,8%
Frequência Média de Negociação (**) 73,3% 70,7% 68,2% 62,1% 61,6% 65,5% 67,6%
(*) Média simples do turnover do conjunto das ações a que se refere, sendo o valor do turnover calculado pelo rácio entre a quantidade transacionada e a quantidade listada durante o período. (**) Média simples da frequência de negociação, que é medida pelo rácio entre o número de sessões em que a ação negociou e o número de sessões em que esteve listada.
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
2008 2009 2010 2011 2012 1º Sem 2012 1º Sem 2013
€(1
0^6
)
19
Variação do Índice PSI 20
Os ganhos do início do semestre, decorrentes do otimismo do regresso da República
aos mercados primários de dívida, foram suficientemente expressivos para permitir
que as quebras nos meses finais se traduzissem numa perda limitada no conjunto
deste período (1,7%).
Evolução dos Índices Setoriais
0
3.000
6.000
9.000
12.000
15.000
Dezembro 07 Dezembro 08 Dezembro 09 Dezembro 10 Dezembro 11 Dezembro 12
∆ Anual 2008: -51,3%
∆ Anual 2009: 33,5%
∆ Anual 2010: -10,3%
∆ Anual 2011: -27.6%
∆ Anual 2012: 2,9%
∆ Anual 2008: -51,3%
∆ Anual 2009: 33,5%
∆ Anual 2010: -10,3%
∆ Anual 2011: -27.6%
∆ Anual 2012: 2,9%
∆ 1º Semestre 2013: -1,7%
2008 2009 2010 2011 2012 1º Semestre 2012-13
Materiais de Base -32,7% 37,2% 22,3% -20,2% 37,8% 16,2%
Industrial -46,4% 54,6% -22,6% -23,5% -2,7% 9,6%
Bens de Consumo -39,6% 0,5% 4,6% -0,4% 17,7% 14,7%
Serviços -52,3% 67,8% 27,6% -4,4% 20,9% 13,8%
Telecomunicações -32,4% 56,4% 14,2% -32,6% -1,7% -9,4%
Utilities -37,4% 23,3% -20,5% 2,7% -1,3% 11,3%
Setor Financeiro -62,9% 14,7% -29,9% -62,4% 9,8% -10,3%
IT -13,1% 7,3% -31,3% -34,6% -13,1% -9,4%
20
Cotações ajustadas das ações da carteira do PSI 20 (variações homólogas)
Durante a primeira metade do ano, registou-se uma elevada dispersão na variação
das cotações das ações individuais, entre +49% da Mota Engil e -36% do BANIF. As
ações com perdas registaram-se em particular do setor bancário, com a exceção do
BCP, que registou inclusive a segunda maior subida.
3.2. Obrigações
3.2.1. Enquadramento internacional
Nas bolsas internacionais, ainda que o número de negócios tenha crescido 35,4%,
isso não impediu uma queda de 16,0% no valor negociado, prolongando a queda já
registada no ano transato.
21
Transações de Obrigações Bolsas membros da WFE
Fonte: World Federation of Exchanges
3.2.2. Obrigações portuguesas
Bolsa Portuguesa em Números
Nº de obrigações cotadas, em 30 de junho de 2013 = 254
Nº de obrigações cotadas de entidades privadas = 237
Capitalização bolsista, em 30 de junho de 2013 = € 96,5 mil milhões
Capitalização bolsista das emissões de dívida pública = € 88,7 mil milhões
Valor total negociado no 1º semestre de 2013 = € 185 milhões
Mercado primário
Em 2013 registaram-se 29 emissões de obrigações admitidas à Euronext Lisbon, a
que correspondeu um montante total de € 4.242 milhões, -58,0% do que o valor
emitido em 2011.
22
Obrigações Admitidas à Negociação na Euronext Lisbon
Mercado secundário
No 1º semestre, verificou-se uma queda de 10,4% no número de negócios de
obrigações, que se traduziu numa diminuição muito mais acentuada, de -41,6%, no
valor negociado, contrariando a recuperação da atividade neste segmento, que se
registou no passado recente.
Transação de Obrigações na Euronext Lisbon
23
3.3. Warrants
3.3.1. Enquadramento internacional
Prosseguindo o crescimento dos últimos anos, o número de negócios voltou a
crescer no 1º semestre (13,0%). No entanto, tal como já se tinha verificado no ano
anterior, aquela evolução foi acompanhada de uma queda nos valores negociados
(-6,5%).
Transações de Warrants Bolsas membros da WFE
Fonte: World Federation of Exchanges
3.3.2. Warrants portugueses
Bolsa em números
Nº de Warrants admitidos à negociação, em 30 de junho de 2013 = 975
Nº de negócios, no 1º semestre de 2013 = 35.601
Valor negociado, no 1º semestre de 2013 = € 95 milhões
Nos warrants, o semestre registou uma relativa estabilização da atividade, com uma
queda ligeira no número de negócios (-2,7%) e no valor negociado (-4,0%),
abrandando o ritmo de fortes quedas que se vinha verificando.
24
Transação de Warrants na Euronext Lisbon
3.4. ETFs e Certificados
3.4.1. Enquadramento internacional
A nível internacional, no mercado de ETFs registou-se uma estabilização no número
de negócios, mas houve uma queda de 6,3% no valor transacionado, dando
continuidade à evolução também negativa do ano anterior.
Transações ETFs Nas Bolsas membros da FESE
Fonte: FESE
25
3.4.2. ETFs e Certificados portuguesas
Bolsa Portuguesa em Números
ETFs
Nº de ETFs admitidos à negociação, em 30 de junho de 2013 = 3
ETFs cotados: PSI 20, PSI 20 Leverage e Índice Ibérico
Capitalização Bolsista, em 30 de junho de 2013 = € 18,7 milhões
Valor negociado no 1º semestre de 2013 = € 30 milhões
Certificados
Nº de Certificados admitidos à negociação, em 30 de junho de 2013 = 219
Valor negociado no 1º semestre de 2013 = € 523 milhões
Durante o período de referência, a atividade no segmento dos ETFs conheceu um
significativo incremento, espelhado quer na variação do número de negócios
(45,7%), quer no valor negociado (66,7%), acompanhando a tendência recente.
Transação de ETFs na Euronext Lisbon
Nos Certificados, registou-se um forte aumento do número de negócios (505,2%) e
também avanços significativos no valor negociado (182,7%), intensificando as
melhorias que já se vinham verificando.
26
Transação de Certificados na Euronext Lisbon
3.5. Derivados
3.5.1. Enquadramento internacional
Nas bolsas internacionais, o semestre conheceu uma estabilização do número de
negócios o que não impediu um crescimento significativo do valor negociado
(21,7%), contrariando a evolução do ano precedente.
Transação de Derivados Bolsas membros da WFE
27
Fonte: World Federation of Exchanges
3.5.2. Derivados portugueses
A Bolsa em números
Nº de Contratos de Futuros cotados, a 30 de junho de 2013 =14
Nº de Contratos de Futuros cotados sobre Índices = 1 (PSI 20)
Nº de Contratos de Futuros cotados sobre ações individuais = 13
Posições abertas a 30 de junho de 2013 = 7.950
Nº de Contratos Negociados no 1º semestre de 2013 = 52.243
Valor dos Contratos Negociados no 1º semestre de 2013 = € 310 milhões
Após vários anos de declínio, a negociação de derivados conseguiu finalmente
recuperar parte da quebra anterior, averbando um significativo aumento, quer no
número de negócios (74,6%), quer no valor negociado (113,7%).
Transação de Derivados na Euronext Lisbon
3.6 Membros do Mercado
No âmbito do mercado a contado, durante o primeiro semestre o fluxo foi:
Entradas:
- Sun Trading International Ltd (Reino Unido)
28
Saídas:
- Tibra Equities Europe Limited (Reino Unido)
- Renell Wertpapierhandelsbank AG (Alemanha)
- Liquid Capital Markets Limited (Reino Unido)
A 30 de Junho de 2013 a Euronext Lisbon tinha 102 membros no mercado a contado.
3.7. Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários1
No final do primeiro semestre de 2013, encontravam-se integradas nos Sistemas
Centralizados geridos pela Interbolsa 3.094 emissões de valores mobiliários, com um
valor nominal global de 307 mil milhões de euros. Comparativamente com o período
homólogo do ano anterior, verificou-se um acréscimo de 91 emissões e um aumento
de 6,5% no montante nominal de valores mobiliários integrados.
Foram simultaneamente processados através da Interbolsa 3.842 operações de
exercício de direitos de conteúdo patrimonial e outros eventos, número inferior em
11,2% ao registado no primeiro semestre de 2012; o montante nominal
correspondente ao total destas operações apresentou um decréscimo homólogo de
25%.
O montante de juros pagos através dos Sistemas Centralizados geridos pela
Interbolsa, no primeiro semestre de 2013, referente a 14 operações respeitantes a
emissões representativas da dívida pública portuguesa, ascendeu a 2.136,4 milhões
de euros, valor que representa um decréscimo de 17,2% em confronto com o
período homólogo do ano transato. Por sua vez, no mesmo período, os
juros/remunerações pagos nas 1.750 operações referentes ao conjunto da dívida
privada, títulos de participação e outros valores mobiliários representativos de
dívida, no total de 2.275,2 milhões de euros, decresceram em termos homólogos
16,6%.
No que diz respeito às amortizações, tanto de dívida pública como de dívida privada,
no semestre em referência foram efetuadas 470 operações. Em termos do valor
envolvido nas operações de dívida privada, verificou-se um decréscimo de 35,9% a
1 Em Portugal, a gestão dos Sistemas Centralizados de valores mobiliários e dos Sistemas de Liquidação é da competência da INTERBOLSA
– Sociedade Gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A., uma sociedade anónima cujo capital social é inteiramente detido pela Euronext Lisbon. Além desta função, à INTERBOLSA, enquanto membro da ANNA – Association of National Numbering Agencies, S.C.R.L., está confiada a gestão e o funcionamento da Agência Nacional de Codificação, entidade responsável pela atribuição de códigos ISIN – International Securities Identification Number e CFI – Classification of Financial Instruments a todos os valores mobiliários emitidos em Portugal, bem como a outros instrumentos financeiros, em conformidade com as normas ISO e as diretrizes da ANNA. Nos termos legais, a INTERBOLSA no seu relatório semestral faz uma análise detalhada da forma como desenvolveu, no semestre em análise , as atividades que lhe estão cometidas. Assim sendo, e apenas porque este se trata de um relatório “consolidado”, apresenta-se a seguir uma breve resenha da atividade desenvolvida no semestre em apreço no domínio dos Sistemas Centralizados e de Liquidação de valores mobiliários.
29
face ao período homólogo, não tendo sido efetuada nenhuma operação de
amortização de dívida pública.
Cumpre ainda referir que, desde dezembro de 2012, a Interbolsa integra nos seus
Sistemas a dívida pública de curto prazo – Bilhetes de Tesouro – até essa data
registada na central do SITEME, gerida pelo Banco de Portugal. Na sequência disso,
no primeiro semestre de 2013 foram realizadas 6 operações de amortizações de
Bilhetes do Tesouro, movimentando, em termos de valor, 11.204,7 milhões de
euros.
No que respeita ao pagamento de dividendos/remunerações de ações e de unidades
de participação integradas nos Sistemas Centralizados, nos primeiros seis meses de
2013, foram processadas 75 operações, nas quais foram movimentados 2.560,3
milhões de euros.
No sistema centralizado gerido pela Interbolsa foram ainda efetuadas, no período
em análise, 6 operações de aumento de capital, sendo 4 na modalidade de
subscrição e 2 de incorporação de reservas. O montante resultante de incorporação
de reservas ascendeu a 345 mil euros, que compara com 790 mil de euros no
período homólogo, e o capital realizado por subscrição de capital cifrou-se em 17,6
milhões de euros tendo, no semestre anterior, ascendido a 1.009,9 milhões de
euros.
No tocante às operações de redução de capital, fusão e cisão de empresas e
liquidação de emissões que tiveram lugar na primeira metade de 2013, a Interbolsa
registou 4 operações desta natureza (menos 2 do que no período homólogo), nas
quais, no seu conjunto, foram movimentados 160,9 milhões de euros, valor que
compara com 3.036,7 milhões de euros registados no primeiro semestre do ano
transato.
No primeiro semestre de 2013, a Interbolsa processou 1.519 operações de exercício
de valores mobiliários estruturados (warrants e certificados), ou seja, menos 118
operações do que em igual período de 2012. Nas operações realizadas em 2013
foram movimentados 12,5 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo
homólogo de 53,0%.
30
Valor das Operações Processadas na Central
3.8. Sistemas de Liquidação2
O número de operações realizadas nos mercados geridos pela Euronext Lisbon e
garantidas pela LCH.Clearnet, SA liquidadas na primeira metade de 2013 pela
Interbolsa elevou-se a 118.617, a que correspondeu um valor de 10.470,2 milhões de
euros (+18,6% do que em igual período do ano anterior).
Por seu turno, a liquidação de operações realizadas em mercado regulamentado e
não garantidas pela LCH.Clearnet, SA deu origem a 409 instruções de liquidação, a
que correspondeu um valor de 1,6 milhões euros, apresentando desta forma um
decréscimo de 14,9% deste tipo de operação de liquidação.
2 A Interbolsa está incumbida da organização e gestão dos Sistemas de Liquidação de Valores Mobiliários com vista a assegurar,
designadamente, a realização de transferências de dinheiro associadas às transferências de valores mobiliários ou a direitos inerentes e a
garantias relativas a operações sobre valores mobiliários. São participantes dos Sistemas de Liquidação os intermediários financeiros
filiados na Interbolsa e que asseguram a liquidação física e financeira das operações realizadas em todos os mercados geridos pela
Euronext Lisbon, bem como as operações realizadas fora de mercado. A Interbolsa gere três Sistemas de Liquidação: o Sistema de
Liquidação em Geral, SLrt – Sistema de Liquidação em tempo real e o SLME – Sistema de Liquidação em moeda estrangeira. A
LCH.Clearnet, S.A. assume, no mercado de capitais português, as funções de câmara de compensação e de contraparte central.
31
Operações Realizadas nos Sistemas de Liquidação da Interbolsa
Comparando as 12.874 instruções referentes a operações garantidas que, por falha
de liquidação, durante os primeiros seis meses de 2013, foram resubmetidas a novas
tentativas de liquidação com as que, no mesmo período de 2012, foram sujeitas a
idêntico procedimento, registou-se um decréscimo de 1,2%; o correspondente
valor, que se cifrou em 966,9 milhões de euros, incorporou uma variação homóloga
positiva de 5,5%.
Entretanto, no SLrt, que permite a liquidação de instruções FOP (Free Of Payment) e
DVP (Delivery Versus Payment) num ambiente totalmente automatizado, foram
liquidadas 37.370 e 228.726, respetivamente.
O valor global das instruções DVP liquidadas em tempo real ascendeu a 85.040,6
milhões de euros. Em termos homólogos, o número deste tipo de operações
aumentou 11,2%, enquanto o valor movimentado cresceu 55,8%.
Durante o período em análise, as operações FOP liquidadas através do SLrt
apresentaram um acréscimo de 28,3% no número de instruções, tendo a quantidade
liquidada diminuído, em termos homólogos, 1,3%.
Para além das operações atrás referidas, a Interbolsa, através dos seus sistemas,
efetua, por instrução do intermediário financeiro, a movimentação de valores
mobiliários dentro da mesma conta e entre contas de diferentes intermediários
financeiros, tanto para efeito de liquidação física de operações como para a mera
transferência de valores.
Neste domínio, foram realizadas, nos primeiros seis meses do corrente ano, 138.977
operações de transferência de valores mobiliários, a que correspondeu uma
quantidade movimentada de 3.187.819 milhões de unidades de valor mobiliário. Em
termos homólogos, o número destas operações sofreu um acréscimo de 4%, e um
decréscimo de 57,8% da quantidade de valores mobiliários objeto de transferência.
1.º Sem. 2013 1.º Sem. 2012 Var. Homóloga
Operações Garantidas 10.470,2 8.825,5 -18,6%
Operações não Garantidas 1,6 1,9 14,9%
Operações Garantidas
submetidas a liquidação no SLrt966,9 916,3 -5,5%
Instruções Delivery versus
Payment (DVP)85.040,6 54.600,6 -55,8%
Sistema de Liquidação em tempo real (SLrt )
Sistema de Liquidação em Geral
32
4. Responsabilidade Corporativa
A Responsabilidade Corporativa é um compromisso segundo o qual a NYSE Euronext
integra, na sua atuação empresarial e na sua relação com os seus stakeholders,
preocupações sociais e ambientais, numa base voluntária.
4.1. Recursos Humanos
No primeiro semestre de 2013, a NYSE Euronext deu continuidade às iniciativas globais do
programa “Empowering Wellness” reforçando a disponibilização de todas as ferramentas
educacionais e interativas, passatempos e jogos numa lógica de bem-estar, bem como a
utilização de links para recursos inovadores de bem-estar centrados no desafio da atividade
física, resistência ao stress, prevenção e nutrição.
A junho de 2013, o número de colaboradores ativos na Euronext Lisbon e na
Interbolsa era de 64, pertencendo 26 à entidade gestora da Bolsa e 38 à instituição
responsável pelos sistemas pelos sistemas centralizados de valores mobiliários. A
este número acrescem ainda dois colaboradores requisitados.
No âmbito do “Empowering Wellness”, foi lançado em junho um programa de
atividade física centrado numa saudável “competição” de ténis de mesa denominado
BOUNCE, na qual Lisboa irá participar com um conjunto de equipas. O torneio terá
sequência ao longo do segundo semestre.
Foi realizado um ETIC Forum em Maio 2013, iniciativa dirigida a todos os quadros
técnicos da Euronext e da Interbolsa, que se juntaram durante um dia completo para
rever e debater as perspetivas da empresa e do mercado. Este evento contou com
alguns convidados externos, que apresentaram a sua visão sobre temas
selecionados.
A administração do Grupo NYSE Euronext continuou a prestar particular atenção ao
diálogo e partilha de informação com os colaboradores, através de reuniões
presenciais (“Town Halls”), ou de videoconferências.
4.2. Comunidade
A Euronext Lisbon mantém um forte envolvimento em causas sociais, em particular
apoiando iniciativas inovadoras que incidam nas raízes dos problemas; voltou a recorrer ao
“toque do sino” para dar visibilidade a vários projetos relevantes para o mercado e para a
comunidade.
Ao longo do primeiro semestre a Bolsa portuguesa continuou a desenvolver um
intenso trabalho de consolidação da Bolsa de Valores Sociais, em parceria com os
33
outros fundadores do projeto – a Fundação EDP e a Fundação Calouste Gulbenkian.
Este projeto procura responder a problemas relacionados com a educação e com o
empreendedorismo em populações menos favorecidas.
A Euronext Lisbon voltou a “tocar o sino” por causas relevantes para o mercado e
para a comunidade. Em 8 de março celebrou-se o Dia Internacional da Mulher, para
o qual foi também organizada a Conferência E2E: inspirar, apoiar, arriscar, que visou
debater vários temas relevantes para o mercado e para a sociedade, como a
estrutura de governo das empresas, os determinantes do empreendedorismo, e a
importância de uma cultura de valores na gestão empresarial, acrescentando-lhes
um "olhar feminino".
Em abril, a NYSE Euronext Lisbon juntou-se às restantes localizações do Grupo para
apoiar a consciencialização do Autismo. Tal como no ano passado, o sino foi tocado a
partir da Fundação Calouste Gulbenkian no âmbito da Sessão Comemorativa
organizada pela Federação Portuguesa de Autismo.
A Bolsa Portuguesa também tem participado ativamente na iniciativa lançada este
ano pelo BCSD – Business Coucil for Sustainable Development, designada “Projeto
Sustentável – soluções empresariais para o horizonte 2020”, cujo objetivo é
contribuir para “definir a agenda de atuação das empresas para o desenvolvimento
sustentável de Portugal, no horizonte de 2020, em articulação com os decisores de
políticas públicas e os vários agentes da sociedade civil”.
4.3. Educação e Literacia Financeira
A Euronext Lisbon manteve a educação e a literacia financeira como uma das suas
prioridades da atuação, promovendo inúmeras ações envolvendo estudantes, professores e
o público em geral.
O mês de Abril também ficou marcado pelo lançamento do programa Young
Professional Sessions (YPS). Esta iniciativa visa promover a literacia financeira
relacionada com o mercado de capitais, sendo a formação considerada uma das
áreas onde a Bolsa pode contribuir, direta e indiretamente, para o desenvolvimento
do mercado de capitais português. As YPS são realizadas em parceria com os
membros da Bolsa portuguesa, e são dirigidas a jovens profissionais de instituições
financeiras, escritórios de advogados, consultoras, auditoras, reguladores,
associações, académicos, jornalistas e outros que, de algum modo, tenham interesse
nos temas relacionados com a Bolsa.
A empresa promoveu a realização de sessões de literacia financeira em escolas e
universidades, quer trazendo estudantes às instalações da Euronext Lisbon, quer
34
deslocando-se a estabelecimentos de ensino. No total, estas ações de formação
envolveram 15 escolas e faculdades, 35 professores e 567 alunos.
Em prol da formação para o empreendedorismo e para a literacia financeira, vários
colaboradores da Euronext Lisbon voltaram a integrar o projeto Junior Achievement
– Aprender e Empreender – apoiando, com o seu conhecimento e experiência, vários
grupos de alunos do ensino secundário em diversas escolas.
Em junho a NYSE Euronext voltou a apoiar a conferência anual da European Financial
Management Association, nomeadamente através do patrocínio de um prémio de
investigação relacionada com os mercados de capitais. Foram também apoiadas
outras iniciativas do mundo académico, nomeadamente a Conferência CFO,
promovida pelo INDEG-ISCTE.
35
5. Análise Económica e Financeira
No presente período, a Euronext Lisbon e a Interbolsa aplicaram a Norma Internacional de
Contabilidade 19 (revista) – Benefícios a empregados, tendo a mesma sido aplicada
retrospetivamente. Nas circunstâncias, as empresas efetuaram um restatement às
demonstrações financeiras do exercício de 2012, apresentadas para efeitos comparativos,
em conformidade com a Norma Internacional de Contabilidade 8 - Políticas Contabilísticas,
Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros, de forma a permitir a comparabilidade
das mesmas. Os valores apresentados abaixo já refletem os efeitos da reexpressão dos
valores relativos a 2012
5.1. Apreciação Global
O resultado líquido consolidado da Euronext Lisbon, em junho de 2013, ascendeu a 7,0
milhões de euros, tendo-se verificado um decréscimo em 17% relativamente ao período
homólogo do ano anterior, que registou 8,4 milhões de euros. Este resultado consolida os
resultados individuais da Euronext Lisbon e da Interbolsa, que se cifraram, respetivamente,
em 1,5 milhões de euros (excluindo os ganhos em subsidiárias no valor de 10,8 milhões de
euros) e 5,5 milhões de euros.
Os proveitos operacionais consolidados totalizaram 16,4 milhões de euros, sendo
resultantes de proveitos operacionais da Euronext Lisbon e da Interbolsa no montante,
respetivamente, de 5,7 milhões de euros e 10,8 milhões de euros. A diminuição dos
proveitos operacionais verificados na Euronext Lisbon de 23,1% com a manutenção dos
resultados operacionais na Interbolsa originou uma variação negativa dos proveitos
consolidados de 1,6 milhões de euros, em relação ao ano anterior.
Os custos operacionais consolidados, que totalizaram 6,5 milhões de euros, evidenciaram
uma ligeira subida de cerca de 100 mil euros (2,2%) face ao período homólogo.
Em junho 2013 a margem líquida foi de 42,6%, contra 46,6% em idêntico período de 2012,
sendo a margem operacional de 60,6% (64,7% em 2012).
Analisando os indicadores ao nível do balanço, a rendibilidade do ativo situou-se em 14,1%,
registando uma ligeira descida face aos 14,8% a dezembro de 2012, o mesmo acontecendo
com a autonomia financeira, que desceu de 92,2% para 81,0%.
5.2. Proveitos e Ganhos
Os proveitos operacionais consolidados atingiram o montante de 16,4 milhões de euros,
traduzindo um decréscimo de 9,1% face aos 18,1 milhões de euros registados em 2012.
36
Os proveitos decorrentes do mercado a contado registaram um acréscimo substancial de
22,5%, justificado pelo aumento do número médio de negócios por sessão de 17.342 para
22.361 (+30,0%), enquanto o preço médio por negócio se situou nos 0,52€.
Nº Médio de Negócios e Preço Médio por Negócio
Por outro lado, salientamos o decréscimo das receitas de admissão e manutenção em 1.880
mil euros (-55,0%), resultado do menor número de admissões verificadas no corrente ano.
As receitas provenientes dos serviços de informação apresentaram uma descida de 378 mil
euros. Os proveitos provenientes da liquidação e custódia atingiram o montante de 10,7
milhões de euros, mantendo o valor registado no período homólogo do ano anterior. Os
outros segmentos registam variações pouco significativas comparadas com o período
homólogo do ano anterior.
O segmento da liquidação e custódia dominou os proveitos (65% do total), seguido do de
mercado a contado (18%) e do de admissão/ manutenção (9%).
37
Proveitos Consolidados por Segmento de Atividade
5.3. Custos e Perdas
Os custos operacionais consolidados totalizaram 6,4 milhões de euros, que comparam com
6,5 milhões de euros registados no período homólogo, significando uma ligeira diminuição
de 1,5%.
Os gastos consolidados com pessoal atingiram o montante de 3,2 milhões de euros,
registando uma subida de 123 mil euros face a junho de 2012. Os encargos consolidados
com tecnologias de informação e comunicação atingiram 952 mil de euros, registando um
decréscimo acentuado (-26,1%) , em relação a 2012. Os custos consolidados com serviços
profissionais, no valor de 308 mil euros, tiveram um acréscimo de apenas 43 mil euros,
resultante da manutenção do esforço no controle de custos. A despesa com instalações e
gastos gerais atingiu o montante de 574 mil euros, valor que representa uma descida face a
junho 2012 (-1,4%). A rubrica “Outros gastos”, que em termos consolidados atingiu 1,1
milhões de euros, apresentou uma subida de 273 mil euros, refletindo o aumento da
alocação do custo de estrutura do Grupo, face a junho 2012 .
38
Custos Consolidados
5.4. Estrutura Patrimonial
O ativo líquido consolidado da Euronext Lisbon ascendia, em junho de 2013, a 49,7 milhões
de euros, representando uma diminuição face a dezembro de 2012 de 7,0 milhões de euros,
refletido essencialmente nas rubricas de “Devedores e outros ativos” (-526 mil euros) e de
“Caixa e depósitos de curto prazo” (-6,4 milhões de euros).
O passivo líquido consolidado, no valor de 9,4 milhões de euros, registou uma subida face a
dezembro de 2012 em 2,7 milhões de euros, explicado pelo aumento nas rubricas de
“Credores e outros passivos”(550 mil euros), em acréscimo do valor do imposto a pagar de
1,9 milhões euros e ainda pelos “benefícios aos colaboradores” (177 mil euros).
O capital próprio consolidado, que ascendia a 52,4 milhões de euros no final de dezembro
de 2012, antes de reexpressão (50,0 milhões após a reexpressão devido à inclusão de
reservas do valor negativo de -2,3 milhões euros, referente ao Fundo de Pensões)
apresentou um decréscimo de 9,8 milhões de euros, essencialmente em resultado da
distribuição, sob a forma de dividendos, do resultado do ano de 2012.
39
Estrutura do Balanço
(10^3 euros)
dez-12 jun-13 Var. 13/12 %
Ativo 56.761 49.709 -7.052 -14%
Passivo 6.704 9.419 2.716 29%
Capital Próprio 50.057 40.290 -9.767 -24%
41
6. Demonstrações Financeiras e Anexos às Contas
Notas jun-13 dez-12
Ativo Reexpresso
Ativos tangíveis 13 876.013 968.575
Ativos intangíveis 14 - -
Investimentos em subsidiárias 15 266.358 266.358
Ativos financeiros disponíveis para venda 16 3.154.442 3.154.442
Impostos diferidos ativos 17 8.418 9.456
Total de Ativos Não Correntes 4.305.231 4.398.831
Impostos a receber - -
Devedores e outros ativos 18 4.121.152 4.646.867
Caixa e depósitos a curto prazo 19 41.282.584 47.714.847 -
Total de Ativos Correntes 45.403.736 52.361.714
Total do Ativo 49.708.967 56.760.545
Capitais Próprios
Capital 21 8.750.000 8.750.000
Prémios de emissão 21 748.195 748.195
Reavaliação investimentos 22 733.436 733.436
Reservas 22 11.881.118 11.881.118
Outros instrumentos de capital 21 289.893 260.821
Resultado líquido do exercício atribuível
aos accionistas e resultado transitados 17.887.029 27.683.351
Total dos Capitais Próprios 40.289.671 50.056.921
Passivo
Benefícios aos colaboradores 23 1.945.020 1.768.020
Provisões 24 87.775 87.775
Impostos diferidos passivos 17 299.560 299.560
Total de Passivos Não Correntes 2.332.355 2.155.355
Credores e outros passivos 25 4.104.234 3.553.750
Impostos a pagar 12 2.982.707 994.519
Total de Passivos Correntes 7.086.941 4.548.269
Total do Passivo 9.419.296 6.703.624
Total dos Capitais Próprios e Passivo 49.708.967 56.760.545
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
Lúcia Gomes Luís Laginha de Sousa
Dominique Cerutti
Vincent Van Dessel
Finbarr Patrick Hutcheson
Cees Vermaas
Roland Gaston Bellegarde
Euronext Lisbon – Sociedade Gestora
de Mercados Regulamentados, S.A.
Balanço Consolidado em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012
42
Demonstração dos resultados e de outro rendimento Integral Consolidado
para os períodos findos em 30 de junho de 2013 e 2012
Notas jun-13 jun-12
Reexpresso
Prestações de serviços
Mercado a contado 2 2.924.131 2.387.838
Admissão e manutenção 2 1.539.645 3.419.364
Mercado de derivados 2 64.808 37.687
Serviços de informação 2 1.056.516 1.434.314
Liquidação e custódia 2 10.710.134 10.648.565
Outros proveitos 2 150.572 162.725
16.445.806 18.090.493
Gastos e perdas
Gastos com o pessoal 3 3.119.761 3.033.442
Amortizações do exercício 4 126.602 137.971
Gastos com tecnologias de informação e comunicação 5 952.109 1.288.293
Comunicações, consultoria e outros 6 307.708 264.607
Equipamentos e instalações 7 574.063 581.961
Marketing 8 163.491 147.530
Provisoes ajustamentos e imparidades 18 54.156 9.884
Outros gastos 9 1.148.148 874.728
6.446.038 6.338.416
Resultado operacional 9.999.768 11.752.077
Resultado financeiro 10 (5.013) 321.667
Resultado antes de impostos 9.994.755 12.073.744
Impostos 12 2.984.134 3.597.958
Resultado do exercício 7.010.621 8.475.786
Outros rendimentos que não reclassificam por resultados
Desvios Actuariais - -
Outros rendimentos que reclassificam por resultados
Var. Justo Valor de activos disponíveis p/venda - -
Rendimento Integral * 7.010.621 8.475.786
Resultado por ação (Básico e Diluído) - Euros 0,80 0,97
* - Líquido de Imposto sobre o Resultado
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
Lúcia Gomes Luís Laginha de Sousa
Dominique Cerutti
Vincent Van Dessel
Finbarr Patrick Hutcheson
Cees Vermaas
Roland Gaston Bellegarde
43
(Valores expressos em Euros)
Total da Ajustes em
situação Prémios partes de Outras Variações Resultados Resultados
líquida Capital Emissão capital Reservas Capital Próprio transitados Líquidos
Saldos em 1 de janeiro 2012 51.312.615 8.750.000 748.195 570.641 14.249.998 95.245 11.048.416 15.850.120
Desvios actuarias (396.000) - - - (396.000) - - -
Saldos em 1 de janeiro 2012 - reexpresso 50.916.615 8.750.000 748.195 570.641 13.853.998 95.245 11.048.416 15.850.120
Alterações no Período
Resultado líquido do período 15.103.939 - - - - - - 15.103.939
Retorno dos ativos do plano 72.492 - - - - - - 72.492
Desvios actuarias (1.972.880) - - - (1.972.880) - - -
Reavaliação de Investimentos 162.795 - - 162.795 - - - -
Rendimento Integral 13.366.346
Plano de remunerações por acções 165.576 - - - - 165.576 - -
Reserva legal - - - - - - - -
Outros instrumentos de capital - -
Resultados transitados - - - - - - 15.850.120 (15.850.120)
Operações com detentores de capital no período
Distribuição de dividendos (14.391.616) - - - - - (14.391.616) -
Saldos em 31 de dezembro 2012 - reexpresso 50.056.921 8.750.000 748.195 733.436 11.881.118 260.821 12.506.920 15.176.431
Alterações no Período
Resultado líquido do período 7.010.621 - - - - - - 7.010.621
Desvios actuarias - - - - - - - -
Reavaliação de Investimentos - - - - - - - -
Rendimento Integral 7.010.621
Plano de remunerações por acções 29.072 - - - - 29.072 - -
Reserva legal - - - - - - - -
Outros instrumentos de capital - - - - - - - -
Resultados transitados - - - - - - 15.176.431 (15.176.431)
Operações com detentores de capital no período
Distribuição de dividendos (16.806.943) - - - - - (16.806.943) -
Saldos em 30 de junho 2013 40.289.671 8.750.000 748.195 733.436 11.881.118 289.893 10.876.408 7.010.621
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
Lúcia Gomes Luís Laginha de Sousa
Dominique Cerutti
Vincent Van Dessel
Finbarr Patrick Hutcheson
Cees Vermaas
Roland Gaston Bellegarde
Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.
Mapa de alterações na Situação Líquida Consolidado
para os periodos findos em 30 junho de 2013 e em 31 dezembro de 2012
44
jun-13 jun-12
I Atividades operacionais
Resultado líquido antes de impostos 9.994.087 12.047.745
Ajustamentos:
Resultados financeiros 5.013 (330.000)
Amortizações 126.602 137.971
Dividendos - -
Outras operações sem fluxo de caixa (1.709.683) 77.844
Total dos fluxos de caixa operacionais antes da variação 8.416.019 11.933.560
do "working capital" (A)
(Aumento) / diminuição outros recebimentos 525.715 582.559
Diminuição em pagamentos de curto prazo 747.429 (1.326.375)
Total da variação do "working capital" (B) 1.273.144 (743.816)
Fluxos de caixa gerados pelas atividades operacionais (A + B) 9.689.163 11.189.744
Impostos sobre o rendimento (pagos) / recebidos (994.240) (1.735.444)
Pagamento de juros (6.746) (9.814)
Total de fluxos de caixa de atividades operacionais 8.688.177 9.444.486
II Atividades de investimento
Compra de ativos tangíveis (37.528) (22.501)
Venda de ativos tangíveis e intangíveis 7.750 -
Juros recebidos 36.947 342.763
Aquisição de investimentos - -
Aplicações em depósitos a prazo - -
Total de fluxos de caixa de atividades de investimento 7.169 300.533
III Atividades de financiamento
Dividendos pagos (16.806.943) (14.391.616)
Total de fluxos de caixa de atividades de financiamento (16.826.888) (14.410.674)
Total de fluxos de caixa do exercício (8.131.542) (4.665.655)
Variação de caixa e seus equivalentes
Caixa e seus equivalentes no ínicio do exercício 47.714.847 48.563.488
Caixa e seus equivalentes no final do exercício 41.282.584 43.887.333
Movimentos em caixa e seus equivalentes (6.432.263) (4.676.155)
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
Lúcia Gomes Luís Laginha de Sousa
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Vincent Van Dessel
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Euronext Lisbon – Sociedade Gestora
de Mercados Regulamentados, S.A.
Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados
(Valores expressos em euros)
para os períodos findos em 30 de junho de 2013 e 2012
45
Notas jun-13 dez-12
Ativo Reexpresso
Ativos tangíveis 13 675.867 705.885
Activos intangíveis 14 - -
Investimentos em subsidiárias 15 5.766.358 5.766.358
Activos financeiros disponíveis para venda 16 3.153.192 3.153.192
Total de Ativos Não Correntes 9.595.417 9.625.435
Impostos a receber - -
Devedores e outros ativos 18 1.719.536 2.347.705
Caixa e depósitos a curto prazo 19 23.641.108 26.686.259
Total de Ativos Correntes 25.360.644 29.033.964
Total do Ativo 34.956.061 38.659.399
Capital 21 8.750.000 8.750.000
Prémios de emissão 21 748.195 748.195
Reavaliação investimentos 22 733.436 733.436
Reservas 22 6.961.719 6.961.719
Outros instrumentos de capital 21 289.893 260.821
Resultado líquido do exercício atribuível
aos accionistas e resultado transitados 12.374.414 16.858.943
Total dos Capitais Próprios 29.857.657 34.313.114
Benefícios aos colaboradores 23 1.637.198 1.532.198
Provisões 24 87.775 87.775
Impostos diferidos passivos 17 299.560 299.560
Total de Passivos Não Correntes 2.024.533 1.919.533
Credores e outros passivos 25 2.374.365 1.859.304
Impostos a pagar 12 699.506 567.448
Total de Passivos Correntes 3.073.871 2.426.752
Total do Passivo 5.098.404 4.346.285
Total dos Capitais Próprios e Passivo 34.956.061 38.659.399
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de Mercados Regulamentados, S.A.
Balanço Individual em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012
46
Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.
Demonstração dos resultados e de outro rendimento Integral Individual
para os períodos findos em 30 de junho de 2013 e 2012
Notas jun-13 jun-12
Reexpresso
Prestações de serviços
Mercado a contado 2 2.924.131 2.387.838
Admissão e manutenção 2 1.539.645 3.419.364
Mercado de derivados 2 64.808 37.687
Serviços de informação 2 1.056.516 1.434.884
Liquidação e custódia 2 - -
Outros proveitos 2 107.989 122.129
5.693.089 7.401.902
Gastos e perdas
Gastos com o pessoal 3 1.564.221 1.623.277
Amortizações do exercício 4 64.058 70.112
Gastos com tecnologias de informação e comunicação 5 331.514 689.299
Comunicações, consultoria e outros 6 136.671 83.475
Equipamentos e instalações 7 345.241 369.485
Marketing 8 113.491 147.530
Provisoes ajustamentos e imparidades 18 61.573 2.800
Outros gastos 9 841.486 555.179
3.458.255 3.541.157
Resultado operacional 2.234.834 3.860.745
Resultado financeiro 10 (20.404) 132.694
Ganhos de subsidiárias 11 10.803.916 12.038.624
Resultado antes de impostos 13.018.346 16.032.063
Impostos 12 695.932 1.196.356
Resultado do exercício 12.322.414 14.835.707
Outros rendimentos que não reclassificam por resultados
Desvios Actuariais - -
Outros rendimentos que reclassificam por resultados
Var. Justo Valor de activos disponíveis p/venda - -
Rendimento Integral * 12.322.414 14.835.707
Resultado por ação (Básico e Diluído) - Euros 1,41 1,70
* - Líquido de Imposto sobre o Resultado
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47
(Valores expressos em Euros)
Total da Ajustes em
situação Prémios partes de Outras Variações Resultados Resultados
líquida Capital Emissão capital Reservas Capital Próprio transitados Líquidos
Saldos em 1 de janeiro 2012 33.773.991 8.750.000 748.195 570.641 8.749.998 95.245 468.296 14.391.616
Desvios actuariais - - - - (223.000) - - -
Saldos em 1 de janeiro 2012 - reexpresso 33.550.991 8.750.000 748.195 570.641 8.526.998 95.245 468.296 14.391.616
Alterações no Período
Resultado líquido do período 16.338.647 - - - - - - 16.338.647
Retorno dos ativos do plano 52.000 - - - - - - 52.000
Desvios actuarias (1.565.279) (1.565.279)
Reavaliação de Investimentos 162.795 - - 162.795 - - - -
Rendimento Integral 14.988.163
Plano de remunerações por acções 165.576 - - - - 165.576 - -
Reserva legal - - - - - - - -
Outros instrumentos de capital -
Resultados transitados - - - - - - 14.391.616 (14.391.616)
Operações com detentores de capital no período
Distribuição de dividendos (14.391.616) - - - - - (14.391.616) -
Saldos em 31 de dezembro 2012 - reexpresso 34.313.114 8.750.000 748.195 733.436 6.961.719 260.821 468.296 16.390.647
Alterações no Período
Resultado líquido do período 12.322.414 - - - - - - 12.322.414
Desvios actuarias -
Reavaliação de Investimentos - - - - - - - -
Rendimento Integral 12.322.414
Plano de remunerações por acções 29.072 - - - - 29.072 - -
Reserva legal - - - - - - - -
Outros instrumentos de capital -
Resultados transitados - - - - - - 16.390.647 (16.390.647)
Operações com detentores de capital no período
Distribuição de dividendos (16.806.943) - - - - - (16.806.943) -
Saldos em 30 de junho 2013 29.857.657 8.750.000 748.195 733.436 6.961.719 289.893 52.000 12.322.414
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
Lúcia Gomes Luís Laginha de Sousa
Dominique Cerutti
Vincent Van Dessel
Finbarr Patrick Hutcheson
Cees Vermaas
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Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.
Mapa de alterações na Situação Líquida individual
para os periodos findos em 30 junho de 2013 e em 31 dezembro de 2012
48
jun-13 jun-12
I Atividades operacionais
Resultado liquido antes de impostos 13.018.346 16.006.063
Ajustamentos:
Resultados financeiros 20.404 (141.026)
Amortizações 64.058 70.112
Dividendos (10.803.916) (12.038.624)
Outras operações sem fluxo de caixa (1.709.683) 77.844
Total dos fluxos de caixa operacionais antes da variação 589.209 3.974.369
do "working capital" (A)
(Aumento) / diminuição outros recebimentos 628.169 549.611
Diminuição em pagamentos de curto prazo 620.062 (926.794)
Total da variação do "working capital" (B) 1.248.231 (377.183)
Fluxos de caixa gerados pelas atividades operacionais (A + B) 1.837.440 3.597.187
Impostos sobre o rendimento (pagos) / recebidos (563.874) (433.733)
Pagamento de juros (4.010) (5.504)
Total de fluxos de caixa de atividades operacionais 1.269.556 3.157.950
II Atividades de investimento
Compra de ativos tangíveis (37.528) (22.501)
Venda de ativos tangíveis e intangíveis 7.750 -
Juros recebidos 13.820 149.226
Aquisição de investimentos - -
Outras atividades de investimento - -
Total de fluxos de caixa de atividades de investimento (15.958) 126.725
III Atividades de financiamento
Dividendos recebidos / pagos (6.003.027) (2.352.992)
Total de fluxos de caixa de atividades de financiamento (6.003.027) (2.352.992)
Total de fluxos de caixa do exercício (4.749.430) 931.682
Variação de caixa e seus equivalentes
Caixa e seus equivalentes no ínicio do exercício 26.686.259 25.073.198
Caixa e seus equivalentes no final do exercício 23.641.108 26.004.880
Movimentos em caixa e seus equivalentes (3.045.151) 931.682
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
Lúcia Gomes Luís Laginha de Sousa
Dominique Cerutti
Vincent Van Dessel
Finbarr Patrick Hutcheson
Cees Vermaas
Roland Gaston Bellegarde
Euronext Lisbon – Sociedade Gestora
de Mercados Regulamentados, S.A.
Demonstração dos Fluxos de Caixa Individual
(Valores expressos em euros)
para os períodos findos em 30 de junho de 2013 e 2012
49
Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A.
Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas e Individuais
para o semestre findo em 30 de junho de 2013
1 Políticas contabilísticas
1.1 Bases de apresentação
A Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. (adiante
designada por “Euronext Lisbon”), com Sede na Avenida da Liberdade, n.º 196 – 7º, em
Lisboa, foi constituída por escritura pública de 10 de fevereiro de 2000 conforme
deliberação das Assembleias-Gerais da Associação da Bolsa de Valores de Lisboa e da
Associação da Bolsa de Derivados do Porto, em 20 de dezembro de 1999, nos termos do
disposto no Decreto-Lei n.º 394/99 de 13 de outubro e da Portaria n.º 1194-A/99 (2ª Série),
de 8 de novembro.
A Euronext Lisbon tem como objeto principal a gestão de bolsas, podendo ainda gerir outros
mercados de valores mobiliários, gerir sistemas de liquidação de valores mobiliários, prestar
outros serviços relacionados com a emissão e a negociação de valores mobiliários que não
constituam atividade de intermediação e prestar aos membros dos mercados por si geridos
os serviços que se revelem necessários à intervenção desses membros em mercados geridos
por entidade congénere de outro Estado com quem tenha celebrado acordo.
A Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. encontra-se
matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa – 1ª Secção, sob o número
504825330.
O registo do ato constitutivo foi efetuado em 22 de fevereiro de 2000.
As demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Euronext Lisbon para o
semestre findo em 30 de junho de 2013, foram preparadas em conformidade com as
Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) aprovadas pela União Europeia e em
vigor nessa data.
As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo
histórico, com exceção dos ativos e passivos registados ao seu justo valor, nomeadamente
os ativos financeiros disponíveis para venda. Os outros ativos e passivos financeiros e ativos
e passivos não financeiros são registados ao custo amortizado ou custo histórico. As
políticas contabilísticas apresentadas nessa data foram aplicadas de forma consistente a
todas as entidades do Grupo, em todos os períodos apresentados nas demonstrações
financeiras.
50
As questões que requerem um maior índice de julgamento ou complexidade, ou para as
quais os pressupostos e estimativas são considerados significativos, são apresentadas na
nota 1.21.
Reexpressão dos valores comparativos:
A partir de 1 de janeiro de 2013, o Grupo passou a aplicar a Norma Internacional de
Contabilidade 19 (revista) – Benefícios a empregados, tendo a mesma sido aplicada
retrospetivamente. Nas circunstâncias, o Grupo reexpressou as demonstrações financeiras
do período anterior, apresentadas para efeitos comparativos, em conformidade com a
Norma Internacional de Contabilidade 8 - Políticas Contabilísticas, Alterações nas
Estimativas Contabilísticas e Erros, de forma a permitir a comparabilidade das mesmas.
Conforme preconizado na IAS 19 Revised (IAS 19 R), a Empresa procedeu à alteração da
política contabilística de mensuração dos ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre
os pressupostos atuariais e financeiros utilizados e os valores efetivamente verificados no
que se refere às responsabilidades e ao rendimento esperado do fundo de pensões, bem
como os resultantes de alterações de pressupostos atuariais (ganhos e perdas atuariais).
Até 31 de dezembro de 2012, os ganhos e perdas atuariais eram diferidos numa rubrica de
benefícios aos colaboradores (“corredor”), até ao limite do maior dos valores apurados à
data do balanço entre o montante correspondente a 10% do valor atual das
responsabilidades por serviços passados e o montante correspondente a 10% do valor do
fundo de pensões. Caso os ganhos e perdas atuariais excedessem o valor do corredor, esse
excesso era reconhecido em resultados pelo período de tempo médio remanescente de
serviço dos colaboradores no ativo abrangidos pelo plano.
A partir de 1 Janeiro de 2013 os ganhos e perdas atuariais passaram a ser reconhecidos na
rubrica de “outras reservas” em capital próprio.
Adicionalmente, a IAS 19R prevê que o custo financeiro do plano de benefícios com fundo
constituído, deve ser calculado pela aplicação da taxa de desconto ao saldo líquido das
responsabilidades estimadas e do justo valor dos ativos do plano, quer se trate de um saldo
positivo ou negativo.
Assim, as demonstrações financeiras do período de seis meses findo em 30 de junho de
2013 correspondem às primeiras em que o Grupo adota a Norma Internacional de
Contabilidade 19 revista. Conforme mencionado acima, esta aplicação foi efetuada de forma
retrospetiva, pelo que o Grupo ajustou os capitais próprios de abertura a 1 de janeiro de
2012, e os valores comparativos relativos ao exercício de 2012 foram reexpressos, como se
esta norma tivesse sido sempre aplicada:
51
Os impactos na demonstração da posição financeira a Euronext Lisbon e do Grupo analisam-
se como segue:
Euronext Lisbon:
Passivo
Capitais próprios
Benefícios aos
empregados
Reservas
Resultado líquido
do exercício e
resultados
transitados
Saldo reportado em 1 de janeiro de 2012
103.167
8.749.998
14.859.912
Efeito da aplicação inicial da IAS 19 (revista em
2011)
223.000
(223.000)
-
Saldo reexpresso em 1 de janeiro de 2012
326.167
8.526.998
14.859.912
Passivo
Capitais próprios
Benefícios aos
empregados
Reservas
Resultado líquido do
exercício e resultados
transitados
Saldo reportado em 31 de dezembro 2012
(204.081)
8.749.998
16.806.943
Efeito da aplicação inicial da IAS 19 (revista
em 2011)
223.000
(223.000)
Efeito no resultado integral do ano de 2012
1.513.279
(1.565.279)
52.000
Saldo reexpresso em 31 de dezembro de 2012
1.532.198
6.961.719
16.858.943
Grupo:
Passivo
Capitais próprios
Benefícios aos
empregados
Reservas
Resultado líquido do
exercício e resultados
transitados
Saldo reportado em 1 de janeiro de 2012
(52.460)
14.249.998
26.898.536
Efeito da aplicação inicial da IAS 19 (revista em
2011)
396.000
(396.000)
-
Saldo reexpresso em 1 de janeiro de 2012
343.540
13.853.998
26.898.536
Passivo
Capitais próprios
Benefícios aos
empregados
Reservas
Resultado líquido do
exercício e resultados
transitados
Saldo reportado em 31 de dezembro 2012
(528.368)
14.249.998
27.610.859
Efeito da aplicação inicial da IAS 19 (revista
em 2011)
396.000
(396.000)
-
Efeito no resultado integral do ano de 2012
1.900.388
(1.972.880)
72.492
Saldo reexpresso em 31 de dezembro de 2012
1.768.020
11.881.118
27.683.351
52
O impacto na demonstração dos resultados e no resultado líquido do período de seis meses
findo em 30 e junho de 2012 analisa-se como segue:
Euronext Lisbon:
Ajustamentos
30 de junho
de 2012
Plano de
benefícios
definidos - Custo
dos juros
Ativos do
plano -
Rendimento
financeiro
Retorno
dos ativos
do plano
30 de junho de
2012 reexpresso
Gastos com o pessoal
1,657,609
(189,500)
155,168
0
1,623,277
Resultados financeiros
141,026
(189,500)
155,168
26,000
132,694
Resultado líquido do período
14,809,707
0
0
26,000
14,835,707
Rendimento integral do
período (i)
14,809,707
0
0
26,000
14,835,707
Grupo:
Ajustamentos
30 de junho
de 2012
Plano de
benefícios
definidos - Custo
dos juros
Ativos do
plano -
Rendimento
financeiro
Retorno
dos ativos
do plano
30 de junho de
2012 reexpresso
Gastos com o pessoal
3,078,274
(261,500)
216,668
0
3,033,442
Resultados financeiros
330,255
(261,500)
216,668
36,246
321,669
Resultado líquido do período
8,439,540
0
0
36,246
8,475,786
Rendimento integral do
período (i)
8,439,540
0
0
36,246
8,475,786
(i) O efeito do reconhecimento dos ganhos e perdas atuariais na rubrica de “outras
reservas” do capital próprio apenas foi refletido no rendimento integral do período de 12
meses findo em 31 de dezembro de 2012. Assim, o rendimento integral do exercício de
2012 analisa-se como segue:
Euronext Lisbon:
Ajustamentos
31 de dezembro
de 2012
Perdas
atuariais
Retorno dos
ativos do plano
31 de dezembro
de 2012
reexpresso
Rendimento integral
16,501,442
-1,565,279
52,000
14,988,163
53
Grupo:
Ajustamentos
31 de dezembro
de 2012
Perdas
atuariais
Retorno dos
ativos do plano
31 de dezembro
de 2012
reexpresso
Rendimento integral
15,266,734
-1,972,880
72,492
13,366,346
1.2 Bases de consolidação
Participações financeiras em subsidiárias
As participações financeiras em empresas subsidiárias em que a Euronext Lisbon exerce o
controlo são consolidadas pelo método de consolidação integral desde a data em que a
Euronext Lisbon assume o controlo sobre as suas atividades até ao momento em que esse
controlo cessa. Presume-se a existência de controlo quando a Euronext Lisbon detém mais
de metade dos direitos de voto. Existe também controlo quando a Euronext Lisbon detém o
poder, direta ou indiretamente, de gerir a política financeira e operacional de determinada
empresa de forma a obter benefícios das suas atividades, mesmo que a percentagem que
detém sobre os seus capitais próprios seja inferior a 50%.
Transações eliminadas em consolidação
Os saldos e transações entre empresas da Euronext Lisbon, bem como alguns ganhos e
perdas não realizados resultantes dessas transações, são anulados na preparação das
demonstrações financeiras consolidadas. Os ganhos e perdas não realizados de transações
com associadas são eliminados na extensão da participação da Euronext Lisbon nessas
entidades.
1.3 Instrumentos financeiros
i) Classificação
Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros que não se enquadram
na definição de derivados e que não são classificados como investimentos detidos até à
maturidade ou instrumentos financeiros de negociação. Os ativos financeiros disponíveis
para venda incluem instrumentos de capital e dívida.
ii) Data de reconhecimento
Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na data da realização das operações.
iii) Ativos financeiros disponíveis para venda
Ativos financeiros disponíveis para venda detidos com o objetivo de serem mantidos pela
Euronext Lisbon, nomeadamente ações, são classificados como disponíveis para venda. Os
ativos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos inicialmente ao justo valor,
incluindo os custos ou proveitos associados às transações. Os ativos financeiros disponíveis
para venda são posteriormente mensurados ao seu justo valor. As alterações no justo valor
são registadas por contrapartida de reservas de justo valor até ao momento em que são
54
vendidos ou se encontram sujeitos a perdas de imparidade. Na alienação dos ativos
financeiros disponíveis para venda, os ganhos ou perdas acumulados reconhecidos como
reservas de justo valor são reconhecidos na rubrica “Resultados de activos financeiros
disponíveis para venda” da demonstração de resultados.
Em cada data de balanço é efetuada uma avaliação da existência de uma evidência objetiva
de imparidade nomeadamente de um impacto adverso nos “cash flows” futuros estimados
de um ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que possa ser medido de forma fiável.
Se for identificada imparidade num ativo financeiro disponível para venda, a perda
acumulada (mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o justo valor,
excluindo perdas de imparidade anteriormente reconhecidas por contrapartida de
resultados) é transferida do capital próprio e reconhecida na demonstração de resultados.
Caso, num período subsequente, o justo valor dos instrumentos de dívida classificados
como disponíveis para venda aumentar e esse aumento puder ser objetivamente associado
a um evento ocorrido após o reconhecimento da perda por imparidade na demonstração de
resultados, a perda por imparidade é revertida por contrapartida de resultados. As perdas
de imparidade reconhecidas em instrumentos de capital classificados como disponíveis para
venda não são revertidas por contrapartida de resultados.
1.4 Justo valor dos instrumentos financeiros
O justo valor de um instrumento financeiro é o montante pelo qual um instrumento pode
ser trocado numa transação normal de mercado entre partes conhecedoras e dispostas a
isso, sem qualquer intenção ou necessidade de liquidar ou de empreender uma transação
em condições adversas.
O justo valor é obtido com base em preços de cotação em mercado ou em preços de
intermediários financeiros em mercados de ativos, quando disponíveis. Na sua ausência, o
justo valor é baseado na utilização de preços de transações recentes realizadas em
condições de mercado ou, na sua ausência, usando técnicas de valorização. Estas técnicas
de valorização incluem fluxos futuros de caixa descontados considerando dados observáveis
de mercado disponíveis.
1.5 Reclassificação entre categorias de instrumentos financeiros
Transferências de e para ativos e passivos financeiros de negociação são proibidas.
1.6 Desreconhecimento
A Euronext Lisbon desreconhece os ativos financeiros quando expiram todos os direitos a
fluxos de caixa futuros ou quando os ativos forem transferidos. Quando ocorre uma
transferência de ativos, o desreconhecimento apenas pode ocorrer quando
55
substancialmente todos os riscos e benefícios dos ativos foram transferidos ou a Euronext
Lisbon não mantém controlo dos ativos.
A Euronext Lisbon procede ao desreconhecimento de passivos financeiros quando os
mesmos são cancelados ou extintos.
1.7 Locação financeira
Na ótica do locatário os contratos de locação financeira são registados na data do seu início
como ativo e passivo pelo justo valor da propriedade locada, que é equivalente ao valor
atual das rendas de locação vincendas.
As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital.
Os encargos financeiros são imputados aos períodos durante o prazo de locação, a fim de
produzir uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo para
cada período.
1.8 Reconhecimento de custos e proveitos
Os custos e os proveitos são registados no período a que se referem independentemente do
seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização
dos exercícios. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes
receitas e despesas são registadas nas rubricas de “Outros ativos ou passivos”, conforme
sejam valores a receber ou a pagar.
O rédito compreende os montantes faturados na prestação de serviços líquidos de imposto
sobre o valor acrescentado, abates e descontos.
1.9 Contas a receber
As contas a receber são inicialmente reconhecidas ao seu justo valor deduzidas das perdas
por imparidade que lhe estejam associadas.
As perdas por imparidade são registadas com base na avaliação das perdas estimadas,
associadas aos créditos de cobrança duvidosa na data de balanço. As perdas por imparidade
identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente
revertidas por resultados, caso se verifique uma redução do montante da perda estimada,
num período posterior.
1.10 Ativos tangíveis
Os ativos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das respetivas
amortizações acumuladas e perdas de imparidade. As taxas de amortização dos ativos
tangíveis são revistas de forma a representarem a vida útil esperada dos bens a que
respeitam. Os custos subsequentes são reconhecidos como um ativo separado apenas se for
56
provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Euronext Lisbon. As
despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo à medida que são
incorridas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
A Euronext Lisbon procede a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias
indiciam que o valor contabilístico excede o valor realizável, sendo a diferença, caso exista,
reconhecida em resultados.
As amortizações dos ativos tangíveis são calculadas segundo o método das quotas
constantes de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperada dos bens:
Número de anos
Edifícios 2 a 5
Equipamento informático 2 a 3
Equipamento de transporte 4
Equipamento administrativo 4 a 10
Outros ativos tangíveis 3 a 10
1.11 Ativos intangíveis
“Software”
Os custos incorridos com a aquisição de software são capitalizados, assim como as despesas
adicionais suportadas pela Euronext Lisbon necessárias à sua implementação. Estes custos
são amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes ativos (3 anos).
Os custos com a manutenção de programas informáticos são reconhecidos como custos
quando incorridos.
1.12 Caixa e equivalentes de caixa
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os
valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de
balanço, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em outras instituições de crédito.
1.13 Transações em moeda estrangeira
As transações em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio da data da
transação. Os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira, que estão
contabilizados ao custo histórico, são convertidos à taxa de câmbio da data de balanço. As
diferenças cambiais resultantes da conversão são reconhecidas em resultados. Os ativos e
passivos não monetários denominados em moeda estrangeira, registados ao custo histórico,
são convertidos à taxa de câmbio da data da transação. Ativos e passivos não monetários
registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio da data em que o justo valor foi
determinado.
57
1.14 Benefícios a empregados
Plano de benefícios definidos
Por contrato de 15 de Janeiro de 2000 entre a Associação da Bolsa de Valores de Lisboa e a
Sociedade Gestora de Fundos de Pensões da CGD, S.A. foi constituído um fundo de pensões
cujo património inicial foi de Euros 1.391.127.
A 29 de dezembro de 2000 foi celebrado o contrato de alteração ao contrato constitutivo do
Fundo de Pensões da Bolsa de Valores de Lisboa, passando este a abranger também os
trabalhadores que integravam a Associação da Bolsa de Derivados do Porto. Desta forma, o
Fundo de Pensões inclui a totalidade dos funcionários da Euronext Lisbon – Sociedade
Gestora de Mercados Regulamentados, S.A..
Por contrato datado de 27 de Dezembro de 2001 entre a Interbolsa – Sociedade Gestora de
Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A. e a
Sociedade Gestora de Fundos de Pensões da CGD, S.A. foi constituído um fundo de pensões
com as mesmas características do Fundo de Pensões da Euronext Lisbon, cujo património
inicial foi de Euros 498.798.
O Fundo reveste a forma de Fundo de Pensões fechado de benefício definido e encontra-se
constituído por tempo indeterminado.
As responsabilidades decorrentes do Fundo de Pensões foram determinadas através de
estudo atuarial elaborado pela CGD - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A..
A responsabilidade líquida da Euronext Lisbon com planos de reforma (planos de benefício
definido) é estimada anualmente, à data de fecho de contas.
O cálculo atuarial é efetuado com base no método de crédito da unidade projetada para a
reforma por velhice, invalidez e sobrevivência imediata e diferida, tendo sido utilizado
decrementos por invalidez para a reforma por velhice e sobrevivência diferida, tendo sido
ainda, utilizados pressupostos atuariais e financeiros de acordo com os parâmetros exigidos
pela IAS 19.
Os custos de serviço corrente e os custos de serviços passados em conjunto com o retorno
esperado dos ativos do plano são registados por contrapartida de custos operacionais.
A responsabilidade líquida da Euronext Lisbon relativa ao plano de pensões de benefício
definido é calculada através da estimativa do valor de benefícios futuros que cada
empregado deve receber em troca pelo seu serviço no período corrente e em períodos
passados. O benefício é descontado de forma a determinar o seu valor atual, sendo que o
justo valor de quaisquer ativos do plano deve ser deduzido. A taxa de desconto aplicada
58
corresponde à taxa de obrigações de “rating” AAA com maturidade semelhante à data do
termo das obrigações do plano.
No início de 2013, e em conformidade com a revisão das IAS 19 (IAS 19 R) o Grupo procedeu
à alteração da política contabilística de mensuração dos ganhos e perdas decorrentes de
diferenças entre os pressupostos atuariais e financeiros utilizados e os valores efetivamente
verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento esperado do fundo de
pensões, bem como os resultantes de alterações de pressupostos atuariais (ganhos e perdas
atuariais).
Até 31 de Dezembro de 2012 os ganhos e perdas atuariais eram diferidos numa rubrica de
benefícios aos colaboradores (“corredor”), até ao limite do maior dos valores apurados à
data do balanço entre o montante correspondente a 10% do valor atual das
responsabilidades por serviços passados e o montante correspondente a 10% do valor do
fundo de pensões. Caso os ganhos e perdas atuariais excedessem o valor do corredor, esse
excesso era reconhecido em resultados pelo período de tempo médio remanescente de
serviço dos colaboradores no ativo abrangidos pelo plano.
A partir de 1 Janeiro de 2013 os ganhos e perdas atuariais passaram a ser reconhecidos na
rubrica de “Reservas” no capital próprio.
Adicionalmente, a revisão da IAS 19 prevê que o custo financeiro do plano de benefícios
com fundo constituído, deve ser calculado pela aplicação da taxa de desconto ao saldo
líquido das responsabilidades estimadas e do justo valor dos ativos do plano, quer se trate
de um saldo positivo ou negativo.
O Grupo efetuou esta alteração retrospetivamente, e procedeu à reexpressão dos valores
comparativos conforme descrito e apresentado na nota 1.1.
Os pagamentos ao fundo são efetuados anualmente de acordo com um plano de
contribuições determinado de forma a assegurar a solvência do fundo.
Programa de remuneração por ações
Um novo programa de remuneração por ações foi lançado em 2011. Este programa contém
RSU (Restricted Stock Units) e LTIP (Long Term Incentive Plan) e expira ao fim de 3 anos.
No primeiro tipo as ações são entregues em 3 parcelas iguais em Fevereiro de 2012, 2013 e
2014 e o segundo tipo as ações são apenas entregues em 8 de Fevereiro de 2014.
59
1.15 Resultados financeiros
Os resultados financeiros incluem os juros recebidos de aplicações, ganhos e perdas de
diferenças de câmbio, e o impacto financeiro resultante do plano de benefícios definidos
referido na Nota 1.14.
Os juros recebidos são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos
exercícios, considerando o método da taxa de juro efetiva. Os juros pagos relativos a
operações de leasing financeiro são reconhecidos considerando o método da taxa de juro
efetiva.
1.16 Impostos sobre lucros
Os impostos sobre lucros registados em resultados, incluem o efeito dos impostos correntes
e impostos diferidos. O imposto é reconhecido na demonstração de resultados, exceto
quando relacionado com items que sejam movimentados em capitais próprios, facto que
implica o seu reconhecimento em capitais próprios.
Os impostos correntes correspondem ao valor esperado a pagar sobre o resultado tributável
do período, utilizando a taxa de imposto em vigor ou substancialmente aprovada pelas
autoridades fiscais à data de balanço e quaisquer ajustamentos aos impostos de períodos
anteriores.
Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no
balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e
passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente
aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que se espera virem a ser aplicadas
quando as diferenças temporárias se reverterem.
Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos, quando exista uma expetativa razoável
de haver lucros tributáveis futuros que absorvam as diferenças temporárias dedutíveis para
efeitos fiscais.
1.17 Resultados por ação
Os resultados por ação básicos são calculados dividindo o lucro atribuível aos acionistas da
empresa mãe pelo número de ações ordinárias.
1.18 Provisões
São reconhecidas provisões quando (i) a Euronext Lisbon tem uma obrigação presente, legal
ou construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando
possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.
60
1.19 Fundo de garantia
Por deliberação da Assembleia-Geral da Associação da Bolsa de Valores de Lisboa foi criado,
em 2 de Janeiro de 1997, o Fundo de Garantia daquela Associação. A finalidade deste fundo
era a de assegurar aos clientes dos corretores associados membros daquela Associação, o
cumprimento das obrigações decorrentes das operações que foram incumbidos de realizar
na Bolsa de Valores de Lisboa.
De acordo com o regulamento interno deste Fundo de Garantia, no exercício de 1997, a
Associação da Bolsa de Valores de Lisboa, entregou uma contribuição extraordinária
(reembolsável) no valor de Euros 266.358, a qual se encontra registada na rubrica de
“Investimentos em Subsidiárias”.
A alteração ao Código dos Valores Mobiliários, introduzida pelo Decreto-Lei n.º 66/2004, de
24 de Março, alterou a natureza obrigatória da existência de fundos de garantia, cuja
constituição passou a constituir uma possibilidade oferecida às, e já não um dever a cargo
das, entidades gestoras, bem como, modificou a natureza da participação no fundo de
garantia, a qual deixou de ser obrigatória e perdeu o seu caráter de requisito de exercício
das atividades de membro de mercado regulamentado e de participante de sistemas de
liquidação e passou a ser facultativa.
1.20 Estimativas contabilísticas na aplicação das políticas contabilísticas
As IFRS estabeleceram um conjunto de tratamentos contabilísticos que requerem que o
Conselho de Administração utilize o julgamento e faça as estimativas necessárias de forma a
decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado.
As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios
contabilísticos pela Euronext Lisbon são analisados como segue, no sentido de melhorar o
entendimento de como a sua aplicação afeta os resultados reportados da Euronext Lisbon e
a sua divulgação.
Considerando que em algumas situações as normas contabilísticas permitem um
tratamento contabilístico alternativo em relação ao adoptado pelo Conselho de
Administração, os resultados reportados pela Euronext Lisbon poderiam ser diferentes caso
um tratamento diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração considera que os
critérios adotados são apropriados e que as demonstrações financeiras apresentam de
forma adequada a posição financeira da Euronext Lisbon e das suas operações em todos os
aspetos materialmente relevantes.
Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para assistir o
leitor no entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que
outras alternativas ou estimativas são mais apropriadas.
61
Imparidade dos ativos financeiros disponíveis para venda
A Euronext Lisbon determina que existe imparidade nos seus ativos financeiros disponíveis
para venda quando existe uma desvalorização continuada ou de valor significativo no seu
justo valor. A determinação de uma desvalorização continuada ou de valor significativo
requer julgamento. No julgamento efetuado, a Euronext Lisbon avalia entre outros fatores,
a volatilidade normal dos preços dos ativos financeiros.
Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos de
avaliação, os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou julgamento no
estabelecimento de estimativas de justo valor.
Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas, poderá
resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente
impacto nos resultados da Euronext Lisbon.
Imparidade dos ativos de longo prazo
Os ativos fixos tangíveis e intangíveis são revistos para efeitos de imparidade quando
existem factos ou circunstâncias que indicam que o seu valor líquido não é recuperável.
Considerando as incertezas quanto ao valor de recuperação do valor líquido dos ativos fixos
tangíveis e intangíveis pelo facto de se basear na melhor informação disponível à data, as
alterações de pressupostos poderão resultar em impactos na determinação do nível de
imparidade e consequentemente nos resultados da empresa.
Cobranças duvidosas
As perdas por imparidade relativas a contas a receber de cobrança duvidosa são baseadas
na avaliação efetuada pela Administração da probabilidade de recuperação dos saldos das
contas a receber, antiguidade de saldos, anulação de dívidas e outros fatores. Existem
determinadas circunstâncias e factos que podem alterar a estimativa das perdas por
imparidade dos saldos das contas a receber face aos pressupostos considerados, incluindo
alterações da conjuntura económica, das tendências setoriais, da deterioração da situação
creditícia dos principais clientes e de incumprimentos significativos. Este processo de
avaliação está sujeito a diversas estimativas e julgamentos. As alterações destas estimativas
podem implicar a determinação de diferentes níveis de imparidade e consequentemente
diferentes impactos em resultados.
Impostos sobre os lucros
A determinação do montante global de impostos sobre os lucros requer determinadas
interpretações e estimativas. Existem diversas transações e cálculos para os quais a
determinação dos impostos a pagar é incerto durante o ciclo normal de negócios.
62
Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos
sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período.
As Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo da matéria coletável efetuado
pela Euronext Lisbon e pela sua Subsidiária, durante um período de quatro, cinco ou seis
anos (seis anos para a matéria coletável dos exercícios até 2009, quatro anos para a dos
exercícios de 2010 e 2011 e cinco anos para o de 2012). Desta forma, é possível que haja
correções à matéria coletável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da
legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Euronext Lisbon
e da sua Subsidiária, de que não haverá correções significativas aos impostos sobre lucros
registados nas demonstrações financeiras.
Pensões e outros benefícios a empregados
A determinação das responsabilidades pelo pagamento de pensões de reforma requer a
utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projeções atuariais,
rentabilidade estimada dos investimentos e outros fatores que podem ter impacto nos
custos e nas responsabilidades do plano de pensões.
Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores
determinados.
1.21 Gestão dos riscos de negócio
A Euronext Lisbon dedica uma atenção rigorosa, permanente, à manutenção de um perfil de
risco prudente, equilibrado e adequado à experiência e à capacidade de organização,
preservando os objetivos básicos de solvabilidade, rentabilidade e adequada liquidez.
A Euronext Lisbon, enquanto entidade gestora de mercados regulamentados, dispõe de um
sistema de controlo interno que tem por objetivo a vigilância dos riscos inerentes à sua
atividade, a minimização de imprevistos, a adaptação às mudanças no ambiente económico
e competitivo e às mudanças de mercado, bem como, um mais eficaz desenvolvimento e
crescimento da empresa.
Riscos financeiros
a) Exposição a risco de crédito
Não existe qualquer concentração significativa de risco de crédito numa única contraparte
ou grupo de contrapartes. A exposição máxima ao risco de crédito para cada classe de ativos
financeiros é representada pelos valores escriturados dos respetivos ativos.
b) Exposição a risco de taxa de juro
As aplicações financeiras encontram-se expressas em ativos sem risco ou de risco reduzido,
como sejam os depósitos a prazo com maturidade inferior a um ano.
63
As referidas aplicações são realizadas junto de instituições financeiras de reconhecida
credibilidade, existindo mecanismos de acompanhamento e avaliação dos riscos de
aplicações de carteira própria, que impedem a exposição a riscos considerados relevantes.
A empresa não utiliza quaisquer instrumentos financeiros derivados para cobertura dos
riscos de taxa de juro.
Risco de liquidação e custódia
A 30 de junho de 2013, a valorização das emissões integradas na Central da Valores
Mobiliários, gerido pela Interbolsa (custódia) ascendia a Euros 332.237.521.5063.
Os procedimentos de alerta de existência de falhas na liquidação, bem como os
procedimentos de controlo interno implementados, permitem monitorizar e mitigar os
riscos inerentes a estas operações.
1.22 Fluxos de caixa
O método utilizado para a apresentação dos fluxos de caixa é o método indireto.
3 A valorização das emissões representativas de dívida é calculada com base no valor nominal. Para as restantes emissões o cálculo é
baseado no último preço de fecho para os valores cotados ou no valor nominal para os valores não cotados. Nas unidades de participação
não admitidas à negociação a valorização é calculada com base no preço de subscrição. No que se refere às emissões de warrants, certificados e outros valores similares não é apresentada a valorização das emissões.
64
2 Prestação de serviços e outros proveitos
O valor desta rubrica é composto por:
Prestação de serviços
Grupo Individual
jun 2013 jun 2012 jun 2013 jun 2012
Euros Euros Euros Euros
Mercado a Contado 2.924.131 2.387.838 2.924.131 2.387.838
Admissão e manutenção 1.539.645 3.419.936 1.539.645 3.419.936
Mercado Derivado 64.808 37.687 64.808 37.687
Serviços de Informação 1.056.516 1.434.884 1.056516 1.434.884
Liquidação e custódia 10.710.134 10.648.566 - -
16.295.234 17.928.911 5.585.100 7.280.345
Outros proveitos
O valor desta rubrica é composto por: Grupo Individual
jun 2013 jun 2012 jun 2013 jun 2012
Euros Euros Euros Euros
Outros proveitos 150.572 162.725 107.989 122.129
65
3 Gastos com o pessoal
O valor desta rubrica é composto por: Grupo Individual
jun 2013 jun 2012 jun 2013 jun 2012
Euros Reexpresso
Euros
Euros Reexpresso
Euros
Remunerações 2.239.197 2.223.845 1.010.505 1.091.882
Encargos sociais obrigatórios 400.347 372.734 193.175 201.595
Encargos com pensões e
benefícios aos empregados
157.250
117.001
90.250
62.000
Trabalhadores temporários 8.079 6.240 8.079 6.240
Formação
18505
35.752
15.413 24.412
Alocação custos com pessoal Grupo 115.068 109.184 115.068 109.184
Outros custos
181.315
168.686
131.731 127.963
3.119.761
3.033.442
1.564.221
1.623.277
O valor total de remunerações atribuídas a todos os membros dos Órgãos Sociais da
Euronext Lisbon, no período findo em junho 2013, registado na rubrica Gastos com pessoal,
foi de Euros 256.936 (junho 2012: Euros173.709).
O número de trabalhadores ao serviço do Grupo Euronext no final dos períodos findos em
30 de junho 2013 e 2012, distribuído por departamentos, foi o seguinte: Grupo Individual
jun 2013 jun 2012 jun 2013 jun 2012
Mercado a contado 6 7 6 7
Mercado de derivados 1 1 1 1
Liquidação e custódia 11 11 - -
Suporte – Administrativo e financeiro 3 5 1 2
Suporte – Jurídico 4 5 3 3
Suporte – Informática 20 20 1 1
Suporte – Recursos humanos 3 3 3 3
Suporte – Relações públicas 1 1 1 1
Suporte – Serviços gerais 3 3 3 3
Outros (requisitados e expatriados) 12 11 9 9
64 67 28 30
66
4 Amortizações do exercício
O valor desta rubrica é composto por: Grupo Individual
jun 2013 jun 2012 jun 2013 jun 2012
Euros Euros Euros Euros
Ativos tangíveis:
Equipamento informático 22.388 25.708 4.189 9.539
Equipamento de transporte 76.462 65.319 51.307 40.164
Equipamento administrativo 11.911 16.389 6.705 11.183
Outros ativos tangíveis 15.841 30.555 1.857 9.226
126.602 137.791 64.058 70.112
5 Gastos com tecnologias de informação e comunicação
O valor desta rubrica é composto por: Grupo Individual
jun 2013 jun 2012 jun 2013 jun 2012
Euros Euros Euros Euros
Subcontratos e manutenção de hardware 76.814 73.792 - -
Licenças e manutenção de software 670.849 1.001.992 278.504 636.082
Custos com comunicação 177.737 184.547 26.301 25.255
Outros 26.709 27.962 26.709 27.962
952.109 1.288.293 331.514 689.299
67
6 Serviços profissionais
O valor desta rubrica é composto por:
Grupo Individual
jun 2013 jun 2012 jun 2013 jun 2012
Euros Euros Euros Euros
Consultadoria jurídica (3.296) 2.522 (3.296) 2.222
Auditoria e outros serviços fiscais 44.803 29.961 27.888 16.232
Outra consultadoria 155.263 123.793 112.079 65.021
Outsourcing 110.938 108.331 - -
307.708 264.607 136.671 83.475
7 Instalações e gastos gerais
O valor desta rubrica é composto por: Grupo Individual
jun 2013 jun 2012 jun 2013 jun 2012
Euros Euros Euros Euros
Renda de edifícios 318.697 317.908 216.841 215.504
Segurança 25.034 25.057 - 23
Gás, água e eletricidade 13.020 13.000 - -
Manutenção e serviços limpeza 18.902 21.634 11.235 12.771
Seguros 34.627 42.511 28.152 35.988
Despesas de deslocação 114.426 117.635 63.522 67.106
Equipamento de escritório 4.586 15.021 4.097 12.367
Correio 2.157 4.087 1.631 2.365
Outros gastos 42.614 25.108 19.763 23.361
574.063 581.961 345.241 369.485
68
8 Marketing
O valor desta rubrica é composto por: Grupo Individual
jun 2013 jun 2012 jun 2013 jun 2012
Euros Euros Euros Euros
Eventos 62.187 43.360 62.187 43.360
Patrocínios 84.804 101.420 34.804 101.420
Apresentações e conferências 16.500 2.750 16.500 2.750
163.491 147.530 113.491 147.530
9 Outros gastos
O valor desta rubrica é composto por: Grupo Individual
jun 2013 jun 2012 jun 2013 jun 2012
Euros Euros Euros Euros
Taxas de supervisão 450.000 450.000 180.000 180.000
IVA não recuperado 148.502 115.310 148.502 115.310
Custos Intragrupo - APA 449.716 163.832 449.716 163.832
Custos com viaturas 57.271 52.383 33.387 30.186
Outros 42.659 93.203 29.881 65.851
1.148.148 874.728 841.486 555.179
69
10 Resultado financeiro
O valor desta rubrica é composto por: Grupo Individual
jun 2013 jun 2012 jun 2013 jun 2012
Euros Reexpresso
Euros
Euros Reexpresso
Euros
Proveitos financeiros:
Juros obtidos 36.947 342.763 13.820 14.226
Ativos do plano de benefícios definidos:
- Rendimento esperado dos activos
239.000
252.914
169.000
181.168
Diferenças de câmbio favoráveis 1.786 - 1.786 -
277.733
595.677
184.606
330.394
Gastos financeiros:
Juros suportados 6.746 9.814 4.010 5.504
Plano de benefícios definidos
- Custo dos juros
276.000
261.500
201.000
189.500
Diferenças de câmbio desfavoráveis - 2.760 - 2.696
282.746
274.010
205.010
197.700
Resultado financeiro (5.013)
321.667
(20.404)
132.694
11 Ganhos em subsidiárias
Esta rubrica aplica-se apenas às contas individuais da Euronext Lisbon e refere-se aos
dividendos recebidos da sua subsidiária, Interbolsa – Sociedade gestora de Sistemas de
Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A., no valor de 10.803.916€
(junho 2012: 12.038.624€).
70
12 Impostos
Os encargos com impostos são os seguintes: Grupo Individual
jun 2013 jun 2012 jun 2013 jun 2012
Euros Euros Euros Euros
Imposto corrente do exercício 2.983.096 3.599.576 695.932 1.196.356
2.983.096 3.599.576 695.932 1.196.356
Imposto diferido
Diferenças temporárias 1.038 (1.615) - -
Imposto corrente sobre o rendimento 2.984.134 3.597.958 695.932 1.196.356
O valor de impostos sobre lucros do Grupo ascende a Euros 2.984.134, o que representa
uma taxa média de imposto de 29.86% do resultado consolidado antes de impostos (junho
2012: 29,79%).
A diferença entre a taxa nominal de imposto sobre o rendimento a que a Euronext Lisbon se
encontra sujeita e a taxa média acima referida resulta dos ajustamentos considerados para
efeitos da determinação da matéria coletável, nos termos previstos na legislação aplicável.
A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de IRC no Grupo é analisada como
segue:
Jun 2013 Jun 2012
% Valor % Valor
Resultado antes de impostos - 9.994.755 - 12.073.744
Taxa de imposto corrente 25,00% 2.498.689 25,00% 3.018.436
Tributação autónoma, estadual e benefícios fiscais
dedutíveis à coleta e custos não dedutíveis 4,86% 485.445 4,79% 578.622
29,86% 2.984.134 29,79% 3.597.958
A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de IRC, em base individual, é analisada
como segue:
71
Jun 2013 Jun 2012
% Valor % Valor
Resultado antes de impostos 13.018.346 16.032.063
Taxa de imposto corrente 25,00% 3.254.587 25,00% 4.008.013
Anulação do efeito do dividendo recebido
(20,75%)
(2.700.979)
(18,77%)
(3.009.656)
Tributação autónoma, estadual e benefícios fiscais
dedutíveis à coleta e custos não dedutíveis 1,09% 142.324 1,24% 197.999
5,35% 695.932 7,46% 1.196.356
13 Ativos tangíveis
Esta rubrica é analisada como segue: Grupo Individual
jun 2013 dez 2012 jun 2013 dez 2012
Euros Euros Euros Euros
Custo:
Imóveis:
Edifícios 186.046 186.046 123.694 123.694
Equipamento:
Informático 964.907 964.907 390.307 390.307
Transporte 739.462 729.892 505.074 495.504
Administrativo 880.767 876.099 549.071 5440.403
Imobilizado em Curso - 3.488 - 3.488
Outros ativos tangíveis 902.389 902.389 588.775 588.775
3.673.571 3.662821 2.156.921 2.146.171
Amortizações acumuladas:
(2.797.558) (2.694.246) (1.481.054) (1.400.286)
Total Liquido 876.013 968.575 675.867 705.885
Os movimentos da rubrica ativos tangíveis, no período de seis meses findo em 30 de junho
2013, para o Grupo, são analisados como segue:
72
Saldo em
1 janeiro
Aquisições/
Dotações Abates
Regularizações/
Transferências
Saldo em
30 junho
Euros
Euros
Euros
Euros Euros
Custo:
Imóveis:
Edifícios 186.046 - - - 186.046
Equipamento:
Informático 964.907 - - - - 964.907
Transporte 729.892 32.860 (23.290) - 739.462
Administrativo 876.099 1.180 3.488 880.767
Imobilizado curso 3.488 - - (3.488) -
Outros ativos
tangíveis 9025.389 - - -
9025.389
3.662.821 34.040 (23.290) - 3.673.571
Amortizações
acumuladas:
Imóveis:
Edifícios (186.046) - - - (186.046)
Equipamento:
Informático (912.756) (22.388) - (35.144)
Transporte (445.343) (76.462) 23.290 - (498.515)
Administrativo (757.921) (11.911) - - (769.832)
Outros ativos
Tangíveis (392.180) (15.841) - -
(408.021)
(2.341.284)
(126.602) 23.290 -
(2.797.558)
Total Liquido: 968.575 (92.562) - - 876.013
73
Os movimentos da rubrica Ativos tangíveis, a 30 de junho de 2013, em base individual, são
analisados como segue:
Saldo em
1 janeiro
Aquisições/
Dotações
Abates
Regularizações/
Transferências
Saldo em
30 junho
Euros
Euros
Euros
Euros Euros
Custo:
Imóveis:
Edifícios 123.694 - - - 123.694
Equipamento:
Informático 390.307 - - - 390.307
Transporte 495.504 32.890 (23.290) - 505.074
Administrativo 544.403 1.180 - 3.488 - 549.071
Imobilizado Curso 3.488 - - (3.488) -
Outros ativos
tangíveis 588.775 - - -
588.775
2.146.171 34.040 (23.290) - 2.156.921
Amortizações
acumuladas:
Imóveis:
Edifícios (123.694) - - - (123.694)
-
Equipamento:
Informático (376.052) (4.189) - - (380.241)
Transporte (291.124) (51.307) 23.290 - (319.141)
Administrativo (513.539) (6.705) - - (520.244)
Outros ativos
tangíveis (135.877) (1.857) - -
(137.734)
(1.440.286) (64.058) 23.290 - (1.481.054)
Total Liquido:
705.885
(30.018)
-
-
675.867
74
As locações, 30 de junho de 2013, para o Grupo, em termos de prazos residuais são
apresentadas como segue:
Locações
Até 1 De 1 a A mais de
Ano 5 Anos 5 Anos Total
Euros Euros Euros Euros
Rendas vincendas 136.416 140.107 276.523
Juros vincendos 16.106 12.109 28.215
Valores residuais 0 140.290 140.290
152.522 292.506 - 445.028
As locações, a 30 de junho de 2013, em base individual, em termos de prazos residuais são
apresentadas como segue:
Locações
Até 1 De 1 a A mais de
Ano 5 Anos 5 Anos Total
Euros Euros Euros Euros
Rendas vincendas 95.300 95.599 190.899
Juros vincendos 11.594 8.788 20.382
Valores residuais - 99.772 99.772
106.894 204.159 - 311.053
75
14 Ativos intangíveis
Esta rubrica é analisada como segue: Grupo Individual
Jun 13 dez 2012 jun 13 dez 2012
Euros Euros Euros Euros
Custo:
“Software” 550.744 550.744 63.268 63.268
Amortizações acumuladas:
“Software” (550.744) (550.744) (63.268) (63.268)
Total Liquido: - - - -
Não houve registo de movimentos na rubrica Ativos intangíveis, a 30 de junho 2013, para o
Grupo.
15 Investimentos em subsidiárias
Esta rubrica é analisada como segue: Grupo Individual
jun 13 dez 2012 jun 13 dez 2012
Euros Euros Euros Euros
Não cotadas
Interbolsa - - 5.500.000 5.500.000
Fundo de garantia 266.358 266.358 266.358 266.358
266.358 266.358 5.766.358 5.766.358
Os principais indicadores da Interbolsa são analisados como segue:
Ativos Passivos Proveitos Resultado líquido
Euros Euros Euros Euros
31 dez 2012
Interbolsa 23.601.146 2.357.339 21.170.199 10.803.916
30 jun 2013
Interbolsa 20.270.509 4.338.495 10.833.779 5.492.123
A Interbolsa – Sociedade Gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de
Valores Mobiliários, S.A. foi constituída por escritura, de 10 de fevereiro de 2000, lavrada no
76
1º. Cartório Notarial de Lisboa, conforme deliberação da Assembleia-Geral da Interbolsa -
Associação para a Prestação de Serviços às Bolsas de Valores, de 20 de dezembro de 1999, e
nos termos previstos no Decreto-Lei n.º 394/99, de 13 de outubro, e da Portaria n.º 1194-
A/99 (2ª. Série), de 8 de Novembro, sendo atualmente detida a 100% pela Euronext Lisbon –
Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A..
A sua atividade consiste na gestão de sistemas de liquidação e de sistemas centralizados de
valores mobiliários.
Em 30 de junho de 2013, o perímetro de consolidação da Euronext Lisbon é apresentado
conforme segue:
16 Ativos financeiros disponíveis para venda
Esta rubrica é analisada como segue: Grupo Individual
Jun 2013 dez 2012 jun 2013 dez 2012
Euros Euros Euros Euros
Ações 1.250 1.250 - -
Euronext Brussels 3.153.192 3.153.192 3.153.192 3.153.192
3.154.442 3.154.442 3.153.192 3.153.192
17 Impostos diferidos
Os ativos por impostos diferidos em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012
gerados por diferenças temporárias são analisados como segue:
Empresa Sede Capital Moeda
Actividade
económica
% Controlo
da Euronext
Método de
consolidação
Interbolsa Porto 5.500.000 Euros
Gestão de
sistemas de
liquidação 100%
Integral
77
Grupo Individual
jun 2013 dez 2012 jun 2013 dez 2012
Euros Euros Euros Euros
Ativos tangíveis 7.509 7.990 - -
Ajustamentos clientes 909 1.466 - -
8.418 9.456 - -
Os movimentos ocorridos nos impostos diferidos ativos, para o Grupo e em base individual,
em 30 de junho 2013 e 31 de dezembro de 2012, são os seguintes:
Grupo Individual
jun 2013 dez 2012 jun 2013 dez 2012
Euros Euros Euros Euros
Saldo no início do período 9.456 3.631 - 603
Encargos do período (1.038) 5.825 - (603)
Saldo no final do período 8.418 9.456 - -
Os movimentos ocorridos nos impostos diferidos passivos, para o Grupo e em base
individual, em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012, são os seguintes:
Grupo Individual
jun 2013 dez 2012 jun 2013 dez 2012
Euros Euros Euros Euros
Saldo no início do período 299.560 233.079 299.560 233.079
Movimentos ocorridos - 66.481 - 66.481
Saldo no final do período 299.560 299.560 299.560 299.560
78
18 Devedores e outros ativos
Esta rubrica é analisada como segue: Grupo Individual
jun 2013 dez 2012 jun 2013 dez 2012
Euros Euros Euros Euros
Clientes 3.790.047 3.940.078 1.676.322 1.802.860
Devedores Diversos 12.438 14.131 - -
Diferimentos 465.818 785.653 169.826 609.884
4.268.303 4.739.862 1.846.148 2.412.744
Imparidade para devedores (147.151) (92.995) (126.612) (65.039)
4.121.152 4.646.867 1.719.536 2347.705
Os movimentos da imparidade para devedores são analisados como segue:
Grupo Individual
jun 2013 dez 2012 jun 2013 dez 2012
Euros Euros Euros Euros
Imparidade para devedores:
Saldo em 1 de janeiro 92.995 84.623 65.039 67.387
Dotação do exercício 64.145 12.154 61.573 -
Reversão do exercício (8.316) (3782) - (2.348)
Utilização no periodo (1.673) - - -
Saldo em 31 de dezembro 147.151 92.995 126.612 65.039
79
19 Caixa e depósitos a curto prazo
Esta rubrica é analisada como segue: Grupo Individual
jun 2013 dez 2012 jun 2013 dez 2012
Euros Euros Euros Euros
Numerário:
Caixa 399 548 313 321
Depósitos bancários:
Depósitos à ordem 41.282.185 47.714.299 23.640.795 26.685.938
Depósitos a curto prazo (<= 3 meses) - - - -
41.282.584 47.714.847 23.641.108 26.686.259
20 Depósitos a prazo
A 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012 não existem depósitos a prazo com mais
de três meses.
21 Capital
O capital de Euros 8.750.000, representado por 8.750.000 ações de valor nominal de 1 Euro
cada uma, encontra-se integralmente realizado. O capital da Euronext Lisbon, em 30 de
junho de 2013, é detido em 100% pela Euronext N.V..
Os resultados por acção (EPS) atribuíveis ao acionista da Euronext Lisbon são analisados
como segue: Grupo Individual
jun 2013 dez 2012 jun 2013 dez 2012
Euros Reexpresso
Euros
Euros Reexpresso
Euros
Prémios de emissão
748.195
748.195
748.195
748.195
RSU/LTIP 289.893 260.261 289.893 260.261
Resultado líquido 7.010.621 8.475.372 12.322.414 14.835.707
N.º de ações 8.750.000 8.750.000 8.750.000 8.750.000
Resultado por ação (Básico) 0,80 0,97 1,41 1,69
O Grupo Euronext calcula o seu resultado básico por ação usando o número de ações
durante o período de relato.
80
22 Reservas
Esta rubrica é analisada como segue: Grupo Individual
jun 2013 dez 2012 Jun 2013 dez 2012
Euros Reexpresso
Euros
Euros Reexpresso
Euros
Reserva legal 14.249.998 14.249.998 8.749.998 8.749.998
Desvios atuariais (2.368.868) (2.368.868) (1.788.279) (1.788.279)
Reserva de reavaliação 733.436 733.436 733.436 733.436
12.614.566
12.614.566
7.695.155
7.695.155
Reserva legal
Em conformidade com o artigo 32º, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 8-D/2002, de 15 de janeiro a
reserva legal é obrigatoriamente dotada com um mínimo de 10% dos lucros anuais até à
concorrência de um valor equivalente a 100% do capital da sociedade, de acordo com
Decreto-Lei 357 de 2007. Esta reserva só pode ser utilizada na cobertura de prejuízos ou no
aumento do capital social.
Desvios atuariais
A 1 de Janeiro de 2013, e por imposição das Normas Internacionais de Relato Financeiro
(IFRS), o Grupo procedeu à alteração da política contabilística de mensuração dos ganhos e
perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos atuariais e financeiros utilizados e
os valores efetivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento
esperado do fundo de pensões, bem como os resultantes de alterações de pressupostos
atuariais (ganhos e perdas atuariais).
Até 31 de Dezembro de 2012 os ganhos e perdas atuariais eram diferidos numa rubrica de
benefícios aos colaboradores (notas 23) pela aplicação da regra dos “corredor” nos termos
da IAS 19. A partir de 1 Janeiro de 2013 os ganhos e perdas atuarias passaram a ser
reconhecidos na rubrica de “Reservas” em capital próprio. O Grupo efetuou esta alteração
retrospetivamente, e procedeu à reexpressão dos valores comparativos conforme descrito e
apresentado na nota 1.1.
Reservas de reavaliação de Ativos Financeiros Disponíveis para Venda
A reserva de reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda representa as mais e
menos valias potenciais relativas à carteira de ativos financeiros disponíveis para venda,
líquidas da imparidade reconhecida em resultados no exercício e/ou exercícios anteriores.
81
Grupo Individual
jun 2013 dez 2012 jun 2013 dez 2012
Euros Euros Euros Euros
Saldo início do periodo 733.436
570.641
733.436
570.641
Reavaliação Ativos Financeiros Disponíveis
para Venda
-
229.276
-
229.276
Impostos Diferidos passivos (Nota 17) - 66.481
-
- -66.481
Saldo a 30 junho 733.436
733.436
733.436
733.436
23 Benefícios aos colaboradores
Planos de benefícios definidos
Em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012, o número de participantes abrangidos
por este plano de pensões de reforma era o seguinte: Grupo Individual
Jun 2013 dez 2012 Jun 2013 dez 2012
Número de participantes
Reformados e pensionistas 11 11 10 10
Pessoal no ativo 66 67 29 30
Ex-funcionários 86 85 76 75
163 163 115 115
As quantias reconhecidas no balanço durante os exercícios findos em 31 de dezembro de
2012 são analisados como segue:
Grupo Individual
dez 2012 dez 2012
Reexpresso
Euros
Reexpresso
Euros
Valor presente das obrigações
com fundo
12.993.614
9.469.915
82
Justo valor dos ativos do plano (11.225.606)
(7.937.717)
1.768.008
1.532.198
A 1 de Janeiro de 2013, e por imposição das Normas Internacionais de Relato Financeiro
(IFRS), o Grupo procedeu à alteração da política contabilística de mensuração dos ganhos e
perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos atuariais e financeiros utilizados e
os valores efetivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento
esperado do fundo de pensões, bem como os resultantes de alterações de pressupostos
atuariais (ganhos e perdas atuariais).
Até 31 de Dezembro de 2012 os ganhos e perdas atuariais eram diferidos numa rubrica de
benefícios aos empregados pela aplicação da regra dos “corredor” nos termos da IAS 19. A
partir de 1 Janeiro de 2013 os ganhos e perdas atuariais passaram a ser reconhecidos na
rubrica de “Reservas” em capital próprio. O Grupo efetuou esta alteração
retrospetivamente, e procedeu à reexpressão dos valores comparativos conforme descrito e
apresentado na nota 1.1.
Os movimentos no passivo líquido reconhecido no balanço durante os exercícios findos em
30 de junho de 2013 e 30 de dezembro de 2012 são analisados como segue: Grupo Individual
jun 2013 dez 2012 jun 2013 dez 2012
Euros Reexpresso
Euros
Euros Reexpresso
Euros
Passivo líquido no início do ano 1.768.020 (52.460) 1.532.198 103.167
Gasto líquido reconhecido na
demonstração dos resultados
177.000
324.092
105.000
192.752
Contribuições para o fundo - (800.000) - (500.000)
Registo montante “corridor method” 2.296.388 1.736.279
Passivo líquido no fim do exercício 1.954.020 1.768.020 1.637.198 1.532.198
Em 30 de junho 2013 a Euronext Lisbon, para o Grupo, registou como custo com pensões de
reforma o montante de Euros 177.000 (dez 2012: Euros 324.092).
83
Durante o período findo em 30 de junho de 2013, a Euronext Lisbon de forma a estimar os
custos referentes ao plano de pensões utilizou uma projeção efetuada por uma consultora
independente (Mercer). A análise do custo do exercício é apresentada como segue: Grupo Individual
jun 2013 dez 2012 jun 2013 dez 2012
Euros Euros Euros Euros
Custo dos serviços correntes 140.000 234.345 73.000 124.286
Custo dos juros 276.000 523.174 201.000 379.248
Rendimento esperado dos activos (239.000) (433.427) (169.000) (310.782)
Ganhos e perdas actuariais - - - -
Custo do exercício 177.000 324.092 105.000 192.752
A análise comparativa dos pressupostos atuariais é analisada como segue:
jun 2013 e dez 2012 jun 2012
Taxa de crescimento salarial 2.00% 2.55%
Taxa de crescimento das pensões 2,00% 2,00%
Taxa de rendimento do fundo 4,25% 4, 50%
Taxa de desconto 4,25% 5,25%
Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90
Tábua de invalidez EVK 1980 EVK 1980
Idade de reforma 65 anos 65 anos
Decrementos utilizados 100% da EVK 1980 100% da EVK 1980
Os pressupostos de base utilizados no cálculo do valor atuarial das responsabilidades estão
de acordo com os requisitos definidos pela IAS 19.
Planos de remunerações com ações
A Euronext tem um programa que contém RSU (Restricted Stock Units) e LTIP (Long Term
Incentive Plan) e expira ao fim de 3 anos.
Em ambos os tipos cada unidade de ação representa o direito de receber uma ação
ordinária. Nas RSU, as ações são entregues em 3 parcelas iguais em fevereiro de 2012, 2013
e 2014, sujeito à continuação do colaborador nos quadros da empresa. No LTIP as ações são
apenas entregues em 8 de fevereiro de 2014, sujeito à mesma condição por parte do
colaborador.
84
O montante do prémio da ação foi determinado em parte por referência ao preço de fecho
do dia 7 de Fevereiro de 2011.
LTIP RSU Outstanding a 1 de janeiro de 2013 18.758 6.660 Outstanding a 30 de junho de 2013 18.758 6.660
O valor a 30 de junho de 2013 relativamente aos LTIP e RSU é de 289.893€
24 Provisões
Esta rubrica é analisada como segue: Grupo Individual
jun 2013 dez 2012 jun 2013 dez 2012
Euros Euros Euros Euros
Provisões para Passivos Correntes - - - -
Provisões para Passivos não Correntes 87.775 87.775 87.775 87.775
87.775
87.775
87.775
87.775
Não se verificaram movimentos na provisão para outros riscos e encargos.
25 Credores e outros passivos
Esta rubrica é analisada como segue:
Grupo Individual
jun 2013 dez 2012 jun 2013 dez 2012
Euros Euros Euros Euros
Fornecedores C/C 910.321
666.887
753.370
511.640
Fornecedores - Grupo 182.663 426.987 182.623 426.987
Fornecedores de Imobilizado 287.471 333.406 161.330 188.711
Estado e Outros Entes Públicos 956.394 959.868 173.069 206.319
Acréscimos 1.767.385
1.169.602 1.103.933 525.647
4.104.234 3.556.750 2.374.365 1.859.304
85
26 Justo valor de ativos e passivos financeiros
A decomposição dos ativos e passivos financeiros da Euronext Lisbon, para o Grupo,
contabilizados ao valor contabilístico (custo histórico) e ao justo valor é analisado como
segue:
jun 2013 dez 2012
Valor
contabilístico Justo valor Diferença
Valor
contabilístico Justo valor Diferença
Euros Euros Euros Euros Euros Euros
Ativos financeiros:
Ativos financeiros
disponíveis para
venda (ver nota 16) 3.154.442 3.154.442 - 3.154.442 3.154.442 -
Devedores e outros
ativos (ver nota 18) 4.121.152
4.121.152
-
4.646.867
4.646.867
-
Caixa e depósitos a
curto prazo (ver nota 19) 41.282.584 41.282.584
-
47.714.847
47.714.847
-
Passivos financeiros:
Credores e outros
passivos (ver nota 25) 4.104.234
4.104.234
-
3.553.749
3.553.749
-
A decomposição dos ativos e passivos financeiros da Euronext Lisbon, em base individual,
contabilizados ao valor contabilístico (custo histórico) e ao justo valor é analisado como
segue:
jun 2013 dez 2012
Valor
contabilístico Justo valor Diferença
Valor
contabilístico Justo valor Diferença
Euros Euros Euros Euros Euros Euros
Ativos financeiros:
Ativos financeiros
disponíveis para
venda (ver nota 16) 3.153.192 3.153.192 - 3.153.192 3.153.192 -
Devedores e outros
ativos (ver nota 18) 1.719.536
1.719.536
-
2.347.705
2.347.705
-
Caixa e depósitos a
curto prazo (ver nota 19) 23.641.108
23.641.108
-
26.686.259
26.686.259
-
Passivos financeiros:
Credores e outros
passivos (ver nota 25) 2.374.365
2.374.365
-
1.859.304
1.859.304
-
86
Atendendo ao prazo extremamente curto associado às rubricas acima mencionadas, com
exceção dos ativos financeiros disponíveis para venda, o valor de balanço é uma razoável
estimativa do seu justo valor.
27 Partes relacionadas
Resumem-se como segue os saldos da Euronext Lisbon, em 30 de junho 2013 e 31 de
dezembro 2012 relativas às transações em partes relacionadas:
Balanço
jun 2013
dez 2012
Ativos Não Correntes:
Euronext Brussels 3.153.192 3.153.192
Interbolsa 5.500.000 5.500.000
Fundo Garantia 266.358 266.358
Ativos Correntes:
Euronext Amsterdam NV 111.413 99.854
Euronext NV 207.523 (138.648)
Euronext Paris 26.625.338 26.926.017
Euronext Brussels 4.193 6.069
Interbolsa 17.603
Liffe Administration & Manag - 43.518
Passivos Correntes:
Euronext Amsterdam NV (70.497) -
Euronext Brussels (2.575) -
Euronext Paris 116.889 -
Nyse Techonology Paris 402.885 507.013
Market Inc 57.449 69.886
Euronext France IP SAS 85.524 24.837
Liffe Administration & Manag. (1.716) 35.700
Liffe Holdings Plc - -
Total 32.297.661 35.218.924
87
Demonstração de resultados
jun 2013
dez 2012
Prestação de Serviços:
Euronext Amsterdam NV 4.687 12.201
Euronext NV 862.362 1.786.029
Interbolsa 57.935 118.261
Euronext Paris 93.616 196.223
Gastos e Perdas:
Euronext Amsterdam NV (106.727) (152.150)
Euronext Brussels (4.193) (42.498)
Euronext Paris 116.889 276.475
Nyse Techonology SAS 402.885 1.080.889
Liffe Administration & Manag 40.862 148.552
Liffe Holdings Plc - 1.347
Market Inc 137.153 265.627
Euronext France IP SAS 170.633 351.884
Resultado Financeiro:
Euronext Paris 10.438 47.515
Interbolsa 10.803.916 12.038.624
Total 10.814.354 12.183.731
28 Normas contabilísticas recentemente emitidas
a) Normas e Interpretações, adotadas pela União Europeia, que se tornaram de aplicação
efetiva a 1 de Janeiro de 2013:
1.1 Normas
IAS 1 (alteração), ‘Apresentação de demonstrações financeiras”. Esta alteração requer que
as Entidades apresentem de forma separada os itens contabilizados como Outros
rendimentos integrais, consoante estes possam ser reclassificados ou não no futuro por
resultados do exercício e o respetivo impacto fiscal, se os itens forem apresentados antes de
impostos. Esta alteração teve impacto nas Demonstrações financeiras do Grupo,
88
nomeadamente, ao nível da apresentação da Demonstração do Rendimento Integral, para o
período reportado e respetivo comparativo.
IAS 12 (alteração), ‘Impostos sobre o rendimento’. Esta alteração requer que uma Entidade
mensure os impostos diferidos relacionados com ativos dependendo se a Entidade estima
recuperar o valor líquido do ativo através do uso ou da venda, exceto para as propriedades
de investimento mensuradas de acordo com o modelo do justo valor para as quais se
presume a realização pela venda. Esta alteração incorpora na IAS 12 os princípios incluídos
na SIC 21, a qual é revogada. Esta alteração não teve impacto nas Demonstrações
financeiras do Grupo.
IAS 19 (revisão 2011),’Benefícios aos empregados’. Esta revisão introduz diferenças
significativas no reconhecimento e mensuração dos gastos com benefícios definidos e
benefícios de cessação de emprego, bem como nas divulgações a efetuar para todos os
benefícios concedidos aos empregados. Os desvios atuariais passam a ser reconhecidos de
imediato e apenas nos “Outros rendimentos integrais (não é permitido o método do
corredor). O custo financeiro dos planos com fundo constituído é calculado na base líquida
da responsabilidade não fundeada. Esta revisão teve impacto no plano de benefícios
atribuído pelo Grupo, o detalhe pode ser consultado na nota 1.1,
Melhorias às normas 2009-2011, ciclo de melhoria anual de 2009-2011, o qual afeta as
normas: IFRS 1, IAS 1, IAS 16, IAS 32 e IAS 34. Estas melhorias não tiveram impactos
significativos nas Demonstrações financeiras do Grupo.
IFRS 1 (alteração), ‘Adoção pela primeira vez das IFRS’. Esta alteração visa incluir uma
isenção específica para as entidades que operavam anteriormente em economias
hiperinflacionárias, e adotam pela primeira vez as IFRS. A isenção permite a uma Entidade
optar por mensurar determinados ativos e passivos ao justo valor e utilizar o justo valor
como “custo considerado” na demonstração da posição financeira de abertura para as IFRS.
Outra alteração introduzida refere-se à substituição das referências a datas específicas por
“data da transição para as IFRS” nas exceções à aplicação retrospetiva da IFRS. Esta
alteração não teve impacto nas Demonstrações financeiras do Grupo por já aplicar as IFRS.
IFRS 1 (alteração) ‘Adoção pela primeira vez das IFRS – Empréstimos do governo’.
Esta alteração visa esclarecer como é que as entidades que adotam as IFRS pela
primeira vez devem contabilizar um empréstimo do governo com uma taxa de juro
inferior à taxa de mercado. Também introduz uma isenção à aplicação retrospetiva,
semelhante à atribuída às entidades que já reportavam em IFRS, em 2009. Esta
alteração não teve impacto nas demonstrações financeiras do Grupo por já aplicar as
IFRS.
89
IFRS 10 (novo), ‘Demonstrações financeiras consolidadas’ (a aplicar na UE nos
exercícios que se iniciem o mais tardar em ou após 1 de Janeiro de 2014). A IFRS 10
substitui todos os princípios associados ao controlo e consolidação incluídos na IAS
27 e SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios aplicados para
determinar o controlo. O princípio base de que o consolidado apresenta a empresa
mãe e as subsidiárias como uma entidade única mantém-se inalterado. Esta
alteração não teve impacto nas demonstrações financeiras do Grupo, uma vez que a
Euronext detém a 100% a participação na Interbolsa.
IFRS 11 (novo), ‘Acordos conjuntos’ (a aplicar na UE nos exercícios que se iniciem o mais
tardar em ou após 1 de Janeiro de 2014). A IFRS 11 centra-se nos direitos e obrigações
associados aos acordos conjuntos em vez da forma legal. Acordos conjuntos podem ser
Operações conjuntas (direitos sobre ativos e obrigações) ou Empreendimentos conjuntos
(direitos sobre o ativo líquido por aplicação do método da equivalência patrimonial). A
consolidação proporcional deixa de ser permitida na mensuração de Entidades
conjuntamente controladas. . Esta alteração não teve impacto nas demonstrações
financeiras do Grupo
IFRS 12 (novo) – ‘Divulgação de interesses em outras entidades’ (a aplicar na UE nos
exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2014). Esta norma estabelece os
requisitos de divulgação para todos os tipos de interesses em outras entidades, incluindo
empreendimentos conjuntos, associadas e entidades de fim específico, de forma a avaliar a
natureza, o risco e os impactos financeiros associados ao interesse da Entidade. O Grupo
optou por apenas adotar esta norma em 1 de janeiro de 2014. A entrada em vigor desta
nova norma não deverá ter impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.
Alteração à IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12 – ‘Regime de transição’ (a aplicar nos exercícios que
se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2014). Esta alteração clarifica que, quando da
aplicação da IFRS 10 resulte um tratamento contabilístico de um investimento financeiro
diferente do seguido anteriormente, de acordo com a IAS 27/SIC 12, os comparativos têm
de ser reexpressos mas apenas para o período comparativo anterior, e as diferenças
apuradas, à data de início do período comparativo, são reconhecidas no capital próprio.
Divulgações específicas são exigidas pela IFRS 12. O Grupo optou por apenas adotar esta
norma em 1 de janeiro de 2014. Estas alterações não deverão ter impacto nas
demonstrações financeiras da Entidade.
IFRS 13 (novo) – ‘Justo valor: mensuração e divulgação’. A IFRS 13 tem como objetivo
aumentar a consistência, ao estabelecer uma definição de justo valor e constituir a única
base dos requisitos de mensuração e divulgação do justo valor a aplicar de forma
transversal a todas as IFRS. A entrada em vigor desta nova norma não teve impacto nas
demonstrações financeiras do Grupo.
90
IFRS 7 (alteração), ‘Divulgações – compensação de ativos e passivos financeiros’. Esta
alteração é parte do projeto de “compensação de ativos e passivos” do IASB e introduz
novos requisitos de divulgação sobre os direitos de compensação (de ativos e passivos) não
contabilizados, os ativos e passivos compensados e o efeito destas compensações na
exposição ao risco de crédito. Esta alteração não teve impacto nas demonstrações
financeiras do Grupo.
IAS 27 (revisão 2011) ‘Demonstrações financeiras separadas’ (a aplicar na UE nos exercícios
que se iniciem o mais tardar em ou após 1 de Janeiro de 2014). A IAS 27 foi revista após a
emissão da IFRS 10 e contém os requisitos de contabilização e divulgação para
investimentos em subsidiárias, e empreendimentos conjuntos e associadas quando uma
Entidade prepara demonstrações financeiras separadas. O Grupo optou por apenas adotar
esta norma em 1 de janeiro de 2014. Esta revisão não deverá ter impacto nas
demonstrações financeiras da Entidade.
IAS 28 (revisão 2011) ‘Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos’ (a
aplicar na UE nos exercícios que se iniciem o mais tardar em ou após 1 de Janeiro de 2014).
A IAS 28 foi revista após a emissão da IFRS 11 passando a incluir no seu âmbito o tratamento
contabilístico dos investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos, e
estabelecendo os requisitos para a aplicação do método da equivalência patrimonial. O
Grupo optou por apenas adotar esta norma em 1 de janeiro de 2014. Esta revisão não
deverá ter impacto nas demonstrações financeiras da Entidade.
1.2 Interpretações
IFRIC 20 (nova),’Custos de descoberta na fase de produção de uma mina a céu aberto’ Esta
interpretação refere-se ao registo dos custos de remoção de resíduos na fase inicial de uma
mina a céu aberto, como um ativo, considerando que a remoção dos resíduos gera dois
benefícios potenciais: a extração imediata de recursos minerais e a abertura de acesso a
quantidade adicionais de recursos minerais a extrair no futuro. A entrada em vigor desta
interpretação não teve impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.
b) Novas normas e alterações a normas existentes, que apesar de já estarem publicadas, a
sua aplicação apenas é obrigatória para períodos anuais que se iniciem a partir de 1 de Julho
de 2013 ou em data posterior:
2.1 Normas
Alteração à IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27 – “Entidades gestoras de participações financeiras’ (a
aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2014). Esta alteração está
91
ainda sujeita ao processo de adoção da União Europeia. Esta alteração inclui a definição de
Entidade gestora de participações financeiras e introduz o regime de exceção à obrigação de
consolidar as entidades controladas que são geridas no âmbito de um portefólio de
investimentos, para as Entidades gestoras de participações financeiras que qualifiquem
como tal, uma vez que estes investimentos são mensurados ao justo valor. Divulgações
específicas são exigidas pela IFRS 12. A entrada em vigor desta interpretação não deverá ter
impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.
IAS 32 (alteração) ‘Compensação de ativos e passivos financeiros’ (a aplicar nos exercícios
que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2014). Esta alteração é parte do projeto de
“compensação de ativos e passivos” do IASB a qual clarifica a expressão “deter atualmente
o direito legal de compensação” e clarifica que alguns sistemas de regularização pelos
montantes brutos (câmaras de compensação) podem ser equivalentes à compensação por
montantes líquidos. A entrada em vigor desta interpretação não deverá ter impacto nas
demonstrações financeiras do Grupo.
IAS 39 (alteração) ‘Novação de derivados e continuidade da contabilidade de cobertura’ (a
aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2014). Esta alteração está
ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. Esta alteração introduz uma
exceção à obrigação de desreconhecer a contabilidade de cobertura, quando se verifica a
alteração da contraparte num contrato de instrumentos financeiros derivados, desde que
esta seja requerida por lei e estejam cumpridos determinadas condições. A entrada em
vigor desta interpretação não deverá ter impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.
IAS 36 (alteração) ‘Divulgações de valor recuperável para ativos não financeiros’ (a aplicar
nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2014). Esta alteração está ainda
sujeita ao processo de adoção da União Europeia. A alteração surge na sequência da
emissão da IAS 13 - ‘Justo valor: mensuração e divulgação’, removendo a exigência de
divulgação do valor recuperável de Unidades Geradoras de Caixa (‘UGC’) com goodwill e/ou
ativos intangíveis com vida útil indefinida associados quando não foi reconhecida
imparidade. A alteração obriga ainda à divulgação do valor recuperável de um ativo ou UGC
quando se verificar a reversão, ou reconhecimento, de perdas de imparidade, e divulgações
detalhadas sobre a forma como o justo valor menos custos estimados de venda foram
estimados, perante o mesmo tipo de situação. A entrada em vigor desta interpretação não
deverá ter impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.
IFRS 9 (novo), ‘Instrumentos financeiros – classificação e mensuração’ (a aplicar nos
exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2015). Esta norma está ainda sujeita ao
processo de adoção pela União Europeia. Trata-se da primeira fase da IFRS 9, na qual se
prevê a existência de duas categorias de mensuração: o custo amortizado e o justo valor.
Todos os instrumentos de capital são mensurados ao justo valor. Um instrumento financeiro
92
é mensurado ao custo amortizado apenas quando a Entidade o detém para receber os cash-
flows contratuais e os cash-flows representam o nominal e juros. Caso contrário os
instrumentos financeiros, são valorizados ao justo valor por via de resultados. O Grupo
aplicará a IFRS 9 no exercício em que a mesma se tornar efetiva.
2.2 Interpretações
IFRIC 21 (novo), ‘Taxas do Governo’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de
Janeiro de 2014). Esta interpretação está ainda sujeita ao processo de adoção pela União
Europeia. Esta é uma interpretação à IAS 37, respeitante à contabilização das taxas cobradas
pelo Governos. A interpretação clarifica que o evento que leva ao reconhecimento da
obrigação de pagamento de taxas do Governo corresponde à atividade descrita na
legislação relevante que obriga a Entidade a pagar estas taxas, indicando ainda o momento
em que a responsabilidade tem de ser reconhecida. O Grupo aplicará esta interpretação no
exercício em que a mesma se tornar efetiva.
93
29 Gestão de Capital
Tendo em conta que por gestão de capital se compreende um conceito de maior amplitude
que o da rubrica de “capital próprio” que figura no balanço, a Entidade estabelece os
seguintes objetivos quanto a esta matéria:
• Cumprir os requisitos de capital definidos pelo Regulador do setor onde a Entidade opera;
• Assegurar que a capacidade de continuidade da Entidade é continuamente tida em
consideração, de modo a que continue a ser dado retorno de investimento e benefícios aos
acionistas; e
• Manter uma sólida base de capital que apoie o desenvolvimento da sua atividade.
A adequacidade de capital e a utilização de capital regulamentar são monitorizados
regularmente pela gestão do Grupo. A informação exigida é enviada à CMVM numa base
mensal. A CMVM exige que as entidades gestoras disponham dos fundos próprios
necessários para assegurar o disposto no artigo 32º do Decreto-Lei nº 357-C/2007, de 31 de
Outubro: (a) os fundos próprios têm de atingir um nível mínimo que será o dobro do capital
social mínimo exigível; (b) o passivo tem de ser a todo o momento inferior aos seus fundos
próprios.
O Grupo e as suas empresas individuais cumprem com todos os requisitos de capital
estabelecidos externamente e aos quais se encontram sujeitos.
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
Lúcia Gomes Luís Laginha de Sousa
Dominique Cerutti
Vincent Van Dessel
Finbarr Patrick Hutcheson
Cees Vermaas
Roland Bellegarde
94
7. Declaração sobre a conformidade da informação financeira
apresentada
Nos termos da alínea c), do n.º 1, do artigo 246.º, do Código de Valores Mobiliários (CVM),
declaramos que para o exercício findo em 30 de junho de 2013, tanto quanto é do nosso
conhecimento, a informação constante das Demonstrações Financeiras, foi elaborada em
conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e
apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da EURONEXT
LISBON - Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. e que o relatório de
gestão intercalar expõe fielmente as informações exigidas no termos do nº 2 do artigo 246.º
do CVM, designadamente a indicação dos acontecimentos importantes que ocorreram no
primeiro semestre e o impacto nas respetivas demonstrações financeiras bem como uma
descrição dos principais riscos e incertezas com que se defronta.
O Conselho de Administração
Luís Laginha de Sousa
Dominique Cerutti
Vincent Van Dessel
Finbarr Patrick Hutcheson
Cees Vermaas
Roland Bellegarde
95
8. Composição dos órgãos sociais
Em 30 de junho de 2013, a composição dos órgãos sociais da Euronext Lisbon era a
seguinte:
Mesa da Assembleia-Geral
Presidente Rui Chancerelle de Machete
Secretário Isabel Maria da Silva Vidal
Conselho de Administração
Presidente Luís Laginha de Sousa
Vogal Dominique Cerutti
Vogal Vincent Van Dessel
Vogal Finbarr Patrick Hutcheson
Vogal Cees Vermaas
Vogal Roland Gaston Bellegarde
Secretária da Sociedade
Secretária Isabel Maria da Silva Vidal
Fiscal Único
A Sociedade de Revisores Oficiais de Contas PricewaterhouseCoopers & Associados –
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda, inscrita na Câmara dos Revisores Oficiais de
Contas sob o n.º 183, representada por António Alberto Henrique Assis ou José Manuel
Henriques Bernardo.
Fiscal Único Suplente
O Revisor Oficial de Contas Jorge Manuel Santos Costa, inscrito na Câmara dos Revisores
Oficiais de Contas sob o n.º 847.