Lisbon Revisited Alvaro

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  • 8/8/2019 Lisbon Revisited Alvaro

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    Lisbon Revisited(1923)

    lvaro de Campos

  • 8/8/2019 Lisbon Revisited Alvaro

    2/11

    Negatividade

    Uso repetido de palavras de

    sentido negativo no, nada,

    nunca que percorrem todo o

    poema.

  • 8/8/2019 Lisbon Revisited Alvaro

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    Negatividade

    Comeando pela afirmao radical No: no

    quero nada, o poeta lana o mote para anegao de tudo o que sejam construes e

    sistemas de vontade e inteligncia humana:

    estticas, moral, sistemas, descobertas, cincia

    que funcionam como base da estruturao

    mental e social.

  • 8/8/2019 Lisbon Revisited Alvaro

    4/11

    Rejeita qualquer padro de vida pessoal

    imposto socialmente.

    Esta negao prende-se com a afirmao

    arrogante e lancinante de uma individualidade

    solitria que o diferencia e afasta dos outros,

    gritando veemente Quero ser sozinho./J

    disse que sou sozinho!, ainda que a

    justificao seja a assuno irnica da loucura

    ou a imagem da loucura

  • 8/8/2019 Lisbon Revisited Alvaro

    5/11

    Fora isso sou doido, com todo o direito a s-lo.

    Com todo o direito a s-lo, ouviram?

    Diferena / Loucura / Solido

  • 8/8/2019 Lisbon Revisited Alvaro

    6/11

    Uso do Imperativo e das frases exclamativas:

    Traduzem a afirmao do direito

    singularidade gritada pelo sujeito potico aos

    outros que insistem em querer format-lo,

    normaliz-lo.

    Nas 2 ltimas estrofes, as exclamaes

    exprimem a nostalgia, a mgoa e a angstia do

    poeta.

  • 8/8/2019 Lisbon Revisited Alvaro

    7/11

    Porqu o tom diferente nas 2 ltimas estrofes:

    O olhar sobre a Lisboa revisitada evoca a

    infncia e provoca a nostalgia desse tempo

    irremediavelmente perdido, uma nostalgia

    angustiada, ligada nica verdade: o passado

    no regressa, a nica concluso morrer.

  • 8/8/2019 Lisbon Revisited Alvaro

    8/11

    Relacionar ttulo com o poema

    o regresso a Lisboa, a cidade da infncia,

    que provoca no sujeito potico a nostalgia, mas

    simultaneamente a raiva por no reconhecer j

    o seu rosto no rosto do lugar.

    S resta ao sujeito potico o grito desesperadodo seu desajuste cidade, mas tambm a tudo,

    vida, aos outros.

  • 8/8/2019 Lisbon Revisited Alvaro

    9/11

    Relacionar a abulia deste poema com a

    euforia face civilizao moderna expressa

    na Ode Triunfal

    nico poeta da constelao pessoana que

    apresenta fases na sua poesia.

  • 8/8/2019 Lisbon Revisited Alvaro

    10/11

    Poemas como Ode Triunfal apresentam

    uma atmosfera eufrica que advm da

    exaltao da vida moderna, das mquinas, da

    agitao urbana.

    Os poemas como Lisbon Revisited

    apresentam uma clara disforia ablica de quem

    no se exalta com nada.

  • 8/8/2019 Lisbon Revisited Alvaro

    11/11

    Ao sentir tudo de todas as maneiras do

    lvaro de Campos cosmopolita e futurista,

    segue-se o no sentir nada de nenhuma

    maneira do lvaro de Campos dominado pelo

    tdio e o cansao da existncia e da descrena.