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1 Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Naturais e Tecnologia IV Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho Evaldo Silva Sobrinho AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA IMPLEMENTAÇÃO DA NR-18 NOS CANTEIROS DE OBRAS DE EDIFICAÇÕES EM BELÉM Belém - PA 2014

Evaldo Silva Sobrinho - Servic Construtora · 3 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP), Biblioteca do Centro de Ciências Naturais e Tecnologia, UEPA, Belém

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1

Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Naturais e Tecnologia IV Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho

Evaldo Silva Sobrinho

AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA IMPLEMENTAÇÃO DA NR-18 NOS CANTEIROS DE OBRAS DE EDIFICAÇÕES

EM BELÉM

Belém - PA 2014

2

Evaldo Silva Sobrinho

AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA IMPLEMENTAÇÃO DA NR-18 NOS CANTEIROS

DE OBRAS DE EDIFICAÇÕES EM BELÉM

Monografia apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho da

Universidade do Estado do Pará, como parte

dos requisitos para obtenção do título de

Especialista em Engenharia de Segurança do trabalho.

Orientador: Prof. André Luiz Guerreiro Cruz, Dr.

Belém - Pará

2014

3

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP),

Biblioteca do Centro de Ciências Naturais e Tecnologia, UEPA, Belém - PA.

S586a Silva Sobrinho, Evaldo

Avaliação qualitativa da implementação da NR-18 nos canteiros de obras

de edificações em Belém. / Evaldo Silva Sobrinho; Orientador André Luiz

Guerreiro Cruz. -- Belém, 2014.

133 f. : il.; 30 cm.

Monografia (Especialização em Engenharia de Segurança do trabalho) –

Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Naturais e Tecnologia,

Belém, 2014.

1. Segurança do trabalho. 2. Construção civil – Medidas de segurança.

3. Qualidade de vida no trabalho. I. Cruz, André Luiz Guerreiro. II. Título.

CDD 363.119624

4

À Deus que me orientou nos momentos

mais difíceis deste trabalho.

À minha mãe Margarida e meu pai Francisco, que

orientou meus primeiros passos.

Aos meus filhos Ana Vitória e Vitor,

fonte de amor e inspiração na minha vida.

A minha esposa

Aládia Rita, pela paciência, apoio, incentivo e carinho.

5

AGRADECIMENTOS

Ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho

da Universidade do Estado do Pará.

Ao Professor André Luiz Guerreiro Cruz, Dr. (Orientador) pela orientação

competente ao longo deste trabalho.

A Professora Gleyce Paes, Ms., pela amizade, apoio e contribuição para o

êxito deste trabalho.

Ao Técnico em Segurança do Trabalho Adson, pela contribuição técnica no

início deste trabalho.

À Servic Construtora, Marroquim Engenharia e Construtora Leal Moreira pelo

apoio e liberação de seus canteiros de obras para a realização das pesquisas de

campo.

Aos gestores das empresas participantes desta pesquisa, por possibilitarem

área para a realização deste estudo e os Engenheiros Erivaldo Sobrinho, Sidicley

Nunes e Jeferson Moreira.

A todos os que direta ou indiretamente contribuíram para a realização desta

pesquisa.

6

RESUMO

SOBRINHO, E.S. Avaliação Qualitativa da implementação da NR-18 nos

canteiros de obras de edificações em Belém. Belém, 2014. Monografia de

Especialização (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho) –

Programa de Pós Graduação em Engenharia de Segurando do Trabalho,

Universidade do Estado do Pará, Belém/PA.

Este trabalho visa contribuir para o avanço da aplicação da NR-18 nos canteiros de

obras de edificações verticais, através de uma visão qualitativa da norma e com a

utilização de uma ferramenta de fácil emprego pelos profissionais da área de Saúde

e Segurança do Trabalho - SST, bem como pelos gestores de obras, na perspectiva

de construir ambientes laborais mais seguros e, como consequência, buscar maior

motivação e qualidade de vida no trabalho, fatores estes que podem influenciar no

aumento da produtividade e na qualidade do produto da construção civil que é

entregue à sociedade. Este Trabalho se sustenta principalmente nas estatísticas de

acidentes que mantém a construção civil entre os quatro piores desempenhos e nos

indicadores de performance da NR-18, visto que, após a revisão da norma, mesmo

com toda a fiscalização, nem sempre o mínimo é cumprido, conforme evidenciado

em vários estudos realizados no país. Neste trabalho se adotou a pesquisa

qualitativa, sendo utilizada uma Lista de Verificação elaborada por SAURIN (2000)

para aplicação da pesquisa nos canteiros de obra. As referências qualitativas foram

construídas com a participação de representantes de entidades do governo ligadas

ao assunto, das empresas construtoras, dos trabalhadores e por profissionais de

SST, visando garantir a representatividade dos atores envolvidos com a situação-

problema, tornarem mais claro o entendimento dos itens da NR-18 e melhor traduzir

características da norma que contribuem para a cidadania nos canteiros de obras.

Na pesquisa realizada nos meses de Fevereiro e Abril de 2014, em 5 canteiros de

construtoras que adotam algum modelo de gestão, em Belém.

Palavras-chave: construção, NR-18, avaliação qualitativa.

7

ABSTRACT

SOBRINHO, E. S. Qualitative evaluation of the implementation of the NR-18

construction sites of buildings in Belém. Belém, 2014 Specialization monograph

(Engineering Specialization of Work Safety) -. Graduate Program in Engineering

Holding the Work, University of Pará. Belém / PA.

This work aims to contribute to the advancement of the application of NR-18

construction sites of vertical buildings, through a qualitative overview of the standard

and the use of an easy to use tool for professionals in the Health and Safety - OHS

as well as the managers of works, from the perspective of building safer working

environments and, as a consequence, seek greater motivation and quality of work

life, factors that can influence in increasing productivity and product quality of

construction which is delivered to society. This work is mainly due to the accident

statistics that keeps the construction of the four worst performers and the

performance indicators of the NR-18, since, after the revision of the standard, even

with all the inspection, the minimum is not always fulfilled as evidenced in several

studies conducted in the country. This paper adopted the qualitative research, one

being used Checklist developed by SAURIN (2000) for application of research in

construction sites. Qualitative references were built with the participation of

representatives of government entities with the matter, the construction companies,

workers and OSH professionals, to ensure the representativeness of the actors

involved in the problem situation, become clearer understanding of the items NR-18

to better reflect the standard features that contribute to citizenship at construction

sites. In research conducted in the months of February and April 2014, 5 beds

builders who adopt a management model, in Belém.

Keywords: construction, NR -18, qualitative evaluation .

8

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Classificação dos subsetores da Construção Civil segundo a Fundação

João Pinheiro .............................................................................................................19

Quadro 2: Classificação da indústria da construção civil e seus objetivos................20

Quadro 3 – Objetivos dos Sistemas de Gestão.........................................................37

Quadro 4 - Evolução do conceito de Qualidade de vida no trabalho Concepções

evolutivas de QVT Característica ou visão.................................................................45

Quadro 5 – Influência das condições do trabalho sobre a produtividade..................46

Quadro 6 - Quadro de notas e conceitos...................................................................61

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Média das notas das instalações Provisórias nos 5 canteiros....................63

Figura 2 – Instalações provisórias em canteiros de obras.........................................64

Figura 3 – Local para refeições em canteiros visitados.............................................65

Figura 4 – Depósitos para detritos em canteiros de obras.........................................66

Figura 5 – Tipos de filtros utilizados nos canteiros e obras........................................66

Figura 6 – Tipos de lavatórios utilizados nos canteiros e obras.................................67

Figura 7 – Vestiários dos canteiros de obras.............................................................69

Figura 8 – Fotos de lavatórios dos canteiros de obras...............................................71

Figura 9 – Vasos sanitários adotados pelos canteiros de obras................................72

Figura 10 – Mictórios adotados nos canteiros de obras avaliados.............................73

Figura 11 – Tipos de boxes individuais adotados nos canteiros de obras.................74

Figura 12: Média das notas de Segurança na Obra nos 5 canteiros.........................75

Figura 13 – Sinalização adotada nos canteiros de obras...........................................76

Figura 14 – Tipos de proteções contra queda de altura adotada nos canteiros de

obras...........................................................................................................................77

Figura 15 – Proteções de aberturas no piso..............................................................78

Figura 16 – Tipos de proteção de periferia nos canteiros de obras...........................79

Figura 17 – Tipos de plataformas adotados nos canteiros de obras..........................80

Figura 18 – Tipos de guarda-corpo adotados nos canteiros de obras.......................81

Figura 19: Média das notas de Sistema de Movimentação e armazenagem de

Material em 5 canteiros..............................................................................................82

Figura 20 – Áreas de movimentação de materiais em canteiros de obras................82

Figura 21 – Tipos de elevadores utilizados nos canteiros de obras...........................83

9

Figura 22 - Sinalização em elevadores adotados nos canteiros de obras.................84

Figura 23 – Carpintarias encontrada nos canteiros de obras.....................................87

Figura 24 – Central de armação de aço dos canteiros de obras................................88

Figura 25 - Média das notas Global dos Canteiros....................................................89

LISTA DE FÓRMULAS

Fórmula 1: Fórmula de cálculo da nota......................................................................58

10

SUMÁRIO

CAPITULO 1 – INTRODUÇÃO..................................................................................11

1.1. Identificação do Problema...............................................................................12

1.2. Objetivos............................................................................................................15

1.2.1. Objetivo Geral:................................................................................................15

1.3. Hipótese de Trabalho........................................................................................15

1.4. Limitações do Estudo.......................................................................................16

1.5. Organização da Monografia............................................................................17

CAPÍTULO 2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................18

2.1. Aspectos da Construção Civil no Brasil.........................................................18

2.2. Histórico e Evolução da Segurança no Trabalho...........................................22

2.3. Aspectos conceituais da Saúde e Segurança do Trabalho...........................25

2.4. Segurança do Trabalho na Construção Civil..................................................27

2.5. As exigências da NR-18....................................................................................31

2.5.1. Áreas de Vivência...........................................................................................34

2.6. Sistemas de Gestão na Construção Civil........................................................35

2.6.1. NBR ISO9001: 2008........................................................................................38

2.6.2. A Norma OHSAS 18001.................................................................................39

2.7. Qualidade de Vida no Trabalho.......................................................................43

2.7.1. Qualidade de Vida no Canteiro de Obras.....................................................49

2.8. Avaliação Qualitativa........................................................................................50

2.8.1. Escalas de Avaliação.....................................................................................52

CAPITULO 3 – METODOLOGIA DE PESQUISA.....................................................54

3.1. Método de Pesquisa.........................................................................................56

3.1.1. Preparação: Definição dos critérios para avaliação qualitativa da NR-

18................................................................................................................................55

3.1.2. Pesquisa de campo........................................................................................56

3.1.3. Tabulação dos resultados da pesquisa.......................................................58

3.1.4. Análise dos resultados..................................................................................58

3.2. Definição dos Critérios de Referência Qualitativa e da Escala de

Avaliação...................................................................................................................59

11

3.3. Definição de Critérios para Seleção da Amostra Pesquisada......................59

CAPITULO 4 – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS...................................61

4.1. Análise Geral......................................................................................................61

4.2. Apresentação e Discussão dos Dados por Tópicos......................................62

4.2.1. Instalações Provisórias.................................................................................62

4.2.2. Segurança na Obra.........................................................................................74

4.2.3. Sistema de Movimentação e Armazenagem de Material............................81

4.2.4. Nota Global dos Canteiros............................................................................89

CAPITULO 5 – CONCLUSÕES, CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES

PARA TRABALHOS FUTUROS...............................................................................90

5.1. CONCLUSÕES...................................................................................................90

5.2. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................92

5.3. RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS......................................93

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................94

ANEXOS: LISTA DE VERIFICAÇÃ EM OBRAS......................................................96

12

Capítulo 1

INTRODUÇÃO

CAPITULO 1 – INTRODUÇÃO

É inegável a importância do papel que a indústria da construção exerce na

economia mundial e no desenvolvimento dos países. Grande fornecedora de

insumos às demais atividades econômicas e à sociedade, a indústria da construção

civil responde pela realização de obras de infraestrutura necessárias tais como:

edificações, rodovias, aeroportos, usinas, hidroelétricas, sistemas de geração e

transmissão de energia, pólos industriais, obras de urbanização e saneamento, entre

outros.

A indústria da construção civil difere das demais em muitos aspectos,

apresentando peculiaridades dentro do universo produtivo da economia que refletem

uma estrutura dinâmica e complexa, destacando-se as relacionadas ao porte das

empresas, à curta duração das obras, à alta rotatividade da mão-de-obra, ao baixo

grau de utilização de processos automatizados, à variabilidade das condições do

local de realização do produto (obra), ao caráter nômade, ao baixo grau de

escolaridade e de qualificação dos trabalhadores responsáveis pela produção, entre

outros.

No aspecto econômico, a indústria da construção civil também ocupa papel

de destaque nos cenários nacional e mundial por gerar grande número de empregos

diretos e indiretos. No Brasil, o setor absorve cerca de um terço dos trabalhadores

envolvidos em atividades industriais.

Apesar da conjuntura adversa, o mercado interno, impulsionado pela

demanda doméstica e pela maior oferta de crédito seguiu contribuindo para o

crescimento da economia brasileira e da atividade da construção no PIB, que

cresceu 3,6%, atingindo 5,8% de participação no PIB no ano de 2011 segundo o

IBGE.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior -

MDIC, entre dezembro de 2008 e dezembro de 2011 houve elevação de

aproximadamente 870.000 postos de trabalho na construção civil, no Brasil.

13

Os dados compilados pelo MDIC revelam que em dezembro/2011 foram

registrados 2.750.173 de trabalhadores formais na construção civil, setor

preponderante para o crescimento do emprego no país.

Segundo estudo da Organização Internacional do Trabalho - OIT, a

construção civil responde por 5 a 15% da economia da maioria dos países e é uns

dos 03 (três) setores econômicos com a maior taxa de acidentes.

Relatório da OIT divulgado por ocasião do dia 28 de abril (dia Mundial da

Segurança e Saúde no Trabalho) de 2008 refere que, a cada ano, ocorrem

aproximadamente 2,2 milhões de mortes relacionadas a acidentes ou doenças do

trabalho, mais de 270 milhões de trabalhadores são feridos e 160 milhões sofrem de

doenças relacionadas ao trabalho.

No que se refere aos aspectos relacionados à segurança no trabalho, quando

comparados às outras indústrias, a indústria da construção civil se apresenta comum

dos setores mais deficitários, levando-se em conta os altos índices de acidentes do

trabalho, geralmente acompanhados de lesões graves e óbitos.

1.1. Identificação do Problema

Segundo Espinoza (2002) a indústria da construção civil, em especial o

subsetor de edificações, é freqüentemente citada como exemplo de setor atrasado,

com baixos índices de produtividade e elevados percentuais de desperdícios de

recursos, apresentando, em geral, desempenho inferior à indústria de

transformação.

Segundo o Anuário Brasileiro de Proteção, a construção civil é nacionalmente

caracterizada por apresentar um elevado índice de acidentes e tem figurado entre os

cinco primeiros lugares na frequência dos acidentes de trabalho registrados em todo

o país no setor industrial até o ano 2010.

Ainda, o Anuário Brasileiro de Proteção 2014, quando analisado o indicador

de mortalidade, que significa o risco médio de um trabalhador sofrer um acidente de

trabalho fatal, o segundo setor que mais mata no trabalho é o da Indústria da

Construção. Em primeiro lugar aparece a Indústria de Transformação e em terceiro

lugar, com um índice de mortes no trabalho também significativo está o setor de

Transporte e Armazenagem.

14

De acordo com Medeiros (2002), as condições reais dos canteiros de obra já

se configuram como riscos. Estes riscos são agravados pelas variações nos

métodos de trabalho realizados pelos operários, em função de situações não

previstas, masque, na realidade, é uma constante no trabalho, pois, na maioria das

empresas não existem procedimentos de execução formalizados, apenas instruções

verbais.

Observa-se, entretanto que, apesar das causas dos acidentes serem

identificadas e com todos os esforços de governo nas três esferas e de entidades de

classe, que resultaram, por exemplo, na revisão das normas de segurança, o

registro de ocorrências, em geral, vem crescendo em termos absolutos. Segundo o

Ministério do Trabalho e Emprego - MTe, o número de acidentes de trabalho na

construção civil cresceu entre 2006 e 2011, passando de 31.529 para 39.301, o que

demonstra que ainda tem um longo caminho a percorrer na perspectiva da

diminuição do número de acidentes e doenças profissionais, considerando, entre

outras coisas, os reflexos que esses indicadores têm sobre a motivação dos

trabalhadores e os índices de produtividade.

Segundo Espinoza (2002) a NR-18, elaborada a partir da Portaria 3214/78 do

Ministério do Trabalho no ano de 1995, inseriu novos requisitos, obrigatórios para a

área da construção, dentre eles o Programa de Condições e Meio Ambiente do

Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT, que apresenta como objetivo

principal garantir a saúde e a integridade dos trabalhadores, pela prevenção dos

riscos que derivam do processo de execução de obras.

O que se observa, entretanto, é que o cumprimento dos requisitos da NR-18

ainda deixa a desejar visto que, em muitas situações, mesmo com toda a

fiscalização exercida pelo MTe, nem sempre atende o mínimo estabelecido,

conforme evidenciado em vários estudos.

Observa-se também, que o PCMAT é um documento que, na maioria das

vezes, serve apenas para evidenciar o cumprimento de uma obrigação legal, sem

agregar quase nenhum valor à gestão da obra e, como conseqüência, as proteções

coletiva se individuais muitas vezes não cumprem adequadamente seu papel,

principalmente quando se avalia a qualidade dessas proteções, o mesmo ocorrendo

em relação às áreas de vivência quando estas não contemplam seu objetivo de

contribuir para a dignidade humana e a cidadania.

15

Este fato reforça algumas características da Construção Civil, onde

predomina o modelo de gestão organizacional clássica, ou seja, o processo de

Segurança e Saúde no Trabalho está tradicionalmente centrado no esforço de

cumprir os aspectos legais mínimos, bem como em fundamentar a culpabilidade ao

trabalhador na causalidade dos acidentes.

Algumas construtoras, para sair da cultura tradicional de cumprimento básico

da legislação de Segurança e Saúde no Trabalho vêm investindo em modelos de

gestão visando instituir uma cultura de prevenção de acidentes de trabalho que

garanta efetivamente a segurança e a integridade dos trabalhadores e por

consequência, o aumento da produtividade e da qualidade dos serviços.

Segundo Balbo (2008), dentro do contexto de causas fundamentais que

aumentam a produtividade dos profissionais está um ambiente de trabalho seguro,

que proporcione tranqüilidade emocional, e também a qualidade e quantidade de

recursos materiais que são disponibilizados para a execução das tarefas.

Segundo Carvalho e Serafim (2004), a produtividade do trabalho é um

processo contínuo que extrai do funcionário motivado sua maior capacidade,

visando obter melhores resultados com o mínimo de tempo e esforço despendidos

para as tarefas.

“Sem estar certo de que goza de segurança para desenvolver sua atividade

profissional, o trabalhador ficará preocupado, e, por isso mesmo, a tendência da

produtividade é diminuir”.

Foi necessário muito tempo para que se reconhecesse até que ponto as

condições de trabalho (ambiente seguro e digno) e a produtividade se encontram

ligadas.

Numa primeira fase, houve a percepção da incidência econômica dos

acidentes de trabalho onde só eram considerados inicialmente os custos diretos

(assistência médica e indenizações). Mais tarde começou-se a considerar as

doenças profissionais. Finalmente, compreendeu-se que os custos indiretos dos

acidentes de trabalho (perda de horas de trabalho pela vítima, pelas testemunhas e

pelas pessoas encarregadas do inquérito, interrupções da produção, danos

materiais, atraso na execução do trabalho, custos inerentes às perícias e ações

legais eventuais, diminuição do rendimento durante a substituição e a retomada ao

trabalho pela vítima, etc.) são, em geral, bem mais importantes, e, freqüentemente,

quatro vezes mais elevados que os custos diretos. Apesar da evolução no

16

reconhecimento dos impactos dos custos dos acidentes e da não-segurança para as

empresas, para a sociedade e para os cidadãos e da disponibilização de uma norma

específica para o setor da construção civil, percebesse que o foco tem sido

meramente de cumprimento normativo mínimo, entretanto, a qualidade das ações é

muitas vezes questionável.

1.2. Objetivos

1.2.1. Objetivo geral:

Propor um Método para Avaliação Qualitativa da Norma Regulamentadora

NR-18 nos canteiros de obras, baseado em critérios normativos e qualitativos,

fundamentados no conceito de dignidade e de qualidade de vida no ambiente de

trabalho, para aplicação em empresas de construção civil, do subsetor edificações.

1.2.2. Objetivos específicos:

Aplicar a ferramenta para validar o método e avaliar qualitativamente a

aplicação da NR-18 em 5 canteiros de obras de edificações verticais, localizadas em

Belém-PA.

1.3. Hipótese de Trabalho

A qualidade da aplicação da NR-18 em canteiros de obras do subsetor

edificações pode ser avaliada através de um método científico.

1.4. Limitações do Estudo

O presente Trabalho visa contribuir para o fomento de reflexões e discussões

acerca da qualidade da implementação da NR-18, na perspectiva da melhoria

contínua, da qualidade de vida no trabalho nos canteiros de obras, à partir da

disponibilização de um método de avaliação qualitativo baseada em referenciais que

complementam qualitativamente os itens da NR-18, para utilização prática, nos

17

canteiros de obras, seja nas inspeções de segurança, na priorização das ações, na

melhoria das condições gerais da obra, entre outros.

Considerando que a NR-18 é uma norma densa e, pela impossibilidade de

avaliar todos os seus itens em obras de edificações verticais, optou-se por aqueles

que possibilitassem a observação de serviços com maior incidência de ocorrência de

acidentes, ou seja, enfatizando trabalhos em altura, elevadores de obra e manuseio

máquinas e equipamentos; bem como as áreas de vivência na perspectiva de

contribuir para melhoria das condições de dignidade e qualidade de vida no trabalho.

Dessa forma, decidiu-se por limitar a pesquisa a uma amostra de 5 (cinco) canteiros

de obras de edificações verticais que contivessem etapas de execução de trabalhos

de revestimento externo e interno, com utilização de andaimes suspensos móveis ou

andaimes fachadeiros; plataformas de proteção e elevadores de materiais. Foram

também avaliadas as atividades de carpintaria e de armação de ferragens, pelo risco

no manuseio das máquinas e as áreas de vivência do canteiro de obras.

Considerando ainda, que empresas que adotam algum sistema de gestão

estruturado tendem a valorizar mais o cumprimento dos itens de segurança do

trabalho e que o enfoque deste Trabalho está na avaliação qualitativa, as empresas

foram selecionadas considerando essa condicionante, excluindo-se, portanto,

aquelas que não apresentam nenhuma preocupação em adotar um modelo de

gestão focado na melhoria da qualidade do produto associado à melhoria da

qualidade de vida no trabalho.

Outra limitação foi a disponibilidade de tempo para a pesquisa, definindo-se

que a etapa de campo seria passível de realização em uma única visita por canteiro.

Dessa forma, os itens da norma que não atendem às limitações definidas foram

excluídos, não fazendo parte do escopo da pesquisa, podendo ser complementada

em outras pesquisas, conforme interesse do setor ou de outros pesquisadores.

1.5. Organização da Monografia

O trabalho está dividido em cinco capítulos:

O capitulo 1 consiste numa introdução à dissertação, contendo a identificação

do problema, objetivos, limitações do estudo e organização da monografia;

No capitulo 2 são apresentados aspectos importantes que caracterizam a

construção civil no Brasil e no mundo, com enfoque nas questões relacionadas à

18

segurança do trabalho nos canteiros de obras; sendo também abordados alguns

modelos de gestão adotados na construção civil; qualidade de vida no trabalho e

avaliação qualitativa, para o entendimento dos propósitos deste trabalho;

No capitulo 3, são apresentados os critérios adotados para referência

qualitativa (inseridos na Lista de Verificação), bem como para a escala de avaliação

e para a seleção da amostra pesquisada;

No capitulo 4 é apresentada análise e interpretação dos dados, comparando-

se os resultados da pesquisa com os encontrados por outros autores, em estudos

anteriores.

No capítulo 5 são apresentadas as considerações finais e sugestões para

trabalhos futuros destinados a dar prosseguimento a pesquisas nesta área.

19

Capítulo 2

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

CAPÍTULO 2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo tem como objetivo apresentar alguns conteúdos disponíveis na

bibliografia, que serão utilizados no desenvolvimento da metodologia.

2.1. Aspectos da Construção Civil no Brasil

De acordo com a NBR8950, a construção civil é definida como:

"Conjunto de atividades visando a realização, material e intencional do

homem para adaptar a natureza às suas necessidades através de obras de

construção (trabalho realizado pela indústria de construção de acordo com

projetos, normas e técnicas próprias que resultam em construções. As

categorias de obras, que servem de referência para o critério classificatório,

são definidas como o conjunto de atividades por um produto final: a

construção; atendendo cada categoria a uma finalidade ou função primária.

As subcategorias de obras, que também se constituem em elemento do

critério classificatório, definem-se como um conjunto de atividades que

resultam em construção que atendam a funções secundárias sou

específicas."

A indústria da construção civil é reconhecida nacional e internacionalmente

por ser grande geradora de empregos e de estímulos à economia.

Neste contexto, analisar o desempenho do setor e aspectos ligados aos seus

processos através da pesquisa aplicada aos vários focos de interesse e a discussão

responsável com a participação dos vários atores envolvidos, deve conduzir à

geração de propostas de melhorias para o setor da construção civil no Brasil, sendo

de extrema importância para o desenvolvimento de toda a cadeia da construção e

do país.

Formoso (1998) ressalta alguns diferenciais da construção civil em relação a

outras indústrias, tais como:

20

• Caráter nômade, ou seja, a fábrica vem, produz, deixa o produto e vai embora;

• Os produtos são únicos e quase nunca seriados. Cada obra é diferente;

• A produção é centralizada, ou seja, os trabalhadores se movem em torno de um

produto fixo.

• As especificações são complexas e contraditórias;

• As responsabilidades são dispersas e pouco definidas;

• O grau de precisão é baixo qualquer que seja o parâmetro, prazo, medidas,

orçamento, resistências, etc;

• Emprego de métodos de gestão ultrapassados;

• Defasagem tecnológica;

• Utilização de mão-de-obra intensiva, mal qualificada, de caráter eventual com baixa

motivação, alta rotatividade e baixas possibilidades de promoção;

• Os trabalhos são realizados sob intempéries;

• Excessivo esforço físico e condições adversas no processo de trabalho;

• Baixa produtividade quando comparada com a indústria congênere.

Para fins de análise, o setor da construção civil pode ser dividido em

subsetores a partir de critérios distintos, entretanto o mais utilizado é: edificações,

construção pesada e montagens industriais, conforme se observa no Quadro 1.

Quadro 1: Classificação dos subsetores da Construção Civil segundo a Fundação

João Pinheiro

Fonte: PICCHI, 1993

A NBR 8950 (1984) divide o setor da construção civil em seis subsetores:

obras de edificações, obras viárias, obras hidráulicas, obras de sistemas industriais,

obras de urbanização e obras diversas, conforme verifica-se no Quadro 2.

21

De maneira geral, os canteiros de obras são desvinculados das sedes das

empresas onde são realizadas, prioritariamente, atividades administrativas. Uma

empresa pode manter diversas unidades produtivas e atuar em mais de um

subsetor, em municípios diferentes e de forma simultânea.

Quadro 2: Classificação da indústria da construção civil e seus objetivos.

Subsetor Objetivos

Obras de

edificações

O produto final visa atender a função de abrigar as diversas

atividades humanas

Obras viárias O produto final visa atender a função de circulação de pessoas

e bens

Obras hidráulicas O produto final visa a captação, contenção e/ou utilização de

água para atender a sistemas de saneamento do meio,

irrigações e afins

Obras de sistemas

Industriais

O produto final visa a implantar, instalar e montar indústrias e/ou

sistemas de aproveitamento de recursos naturais

Obras de

Urbanização

O produto final visa atender, em meio próprio, as necessidades

de urbanização em terrenos e logradouros, infraestrutura e

serviços urbanos

Obras diversas O produto final atender as funções ou objetivos que não se

enquadrem nas categorias anteriores ou constituem-se fases ou

partes significativas de obras de outras categorias

Fonte: NBR 8950 (1984)

Na década de 80 o setor da construção civil, em particular o habitacional,

passou por um período de desarticulação e desestruturação, começando a viver

uma de suas maiores crises, fazendo com que a competição entre as empresas

aumentasse de modo significativo (CARDOSO, 2003). Esse mesmo autor destaca

que, como alternativa para enfrentar a crise, as empresas construtoras começaram

analisar seu sistema de produção, visando a diminuição de custos, a redução do

desperdício e o aumento da produtividade.

22

A partir da década de noventa, o cenário econômico mundial se modificou

obrigando as empresas a adotarem mecanismos visando sua permanência no

mercado.

O aumento mais expressivo, analisando 1996 a 2005, segundo o IBGE, foi

verificado na Região Norte, onde os índices de construções executadas e de

pessoal ocupado no setor apresentaram altas de 4,2% e 3,3%, respectivamente.

Nessa região, sobressaiu-se o Pará, seguido por Amazonas e Tocantins.

Ainda segundo o IBGE, de 1996 a 2005, no Brasil, a produtividade das

empresas de construção passou de R$ 48,8 mil para R$ 73,5 mil. Na Região Norte e

Centro Oeste a produtividade passou de -2,8%, abaixo da média nacional, para

níveis de 12,4% acima desta média.

Segundo Jesus (2004), o governo brasileiro incentivou e apoiou algumas

ações de pesquisa e observação das melhores práticas em outras organizações,

para avaliar seu desempenho e implantar as melhores práticas para o

desenvolvimento da indústria nacional, a fim de sustentar a inserção do Brasil no

mercado mundial e promover a competência da indústria brasileira para reagir à

competição externa.

Como resposta a estes desafios, as empresas passaram a adotar Sistemas

de Gestão, auditáveis e certificáveis sem obrigatoriedade legal, ou outros

Programas, aceitando-os como um meio de diferenciação e sobrevivência no

mercado. Entre eles pode-se citar a NBR/ISO 9001 (sistema de gestão da

qualidade), a NBR/ISSO 14001 (sistema de gestão da qualidade ambiental), a

OHSAS 18001 (sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho), o Sistema de

Produção Enxuta, o PBQP (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade), o

Programa 5S, entre outros.

Conflitando com a pressão pela melhoria da qualidade do produto e pelo

aumento da produtividade, a indústria da construção civil tem evoluído a passos

lentos quando a questão é “segurança no trabalho”.

Segundo Espinoza (2002), no setor da construção civil se fala muito em

qualidade, mas não basta apenas se deter na qualidade de material empregado e no

produto final obtido, deve-se levar em conta também a qualidade da segurança e da

saúde ocupacional dos trabalhadores direta e indiretamente envolvidos no processo.

Em julho de 1995, por causa dos altos índices de acidentes de trabalho na

construção civil, a formulação da NR-18 (Condições e meio ambiente de trabalho na

23

indústria da construção) criada de forma tripartite (com a participação do governo,

das empresas e dos empregados) com o objetivo de nortear as atividades de

produção (obra), visando a adoção de um ambiente seguro, proporcionou ao setor

da construção uma norma específica quanto à segurança e medicina do trabalho, a

qual pode ser comparável às normas vigentes em países do primeiro mundo.

Percebe-se, entretanto, que mesmo com a vigência da nova NR-18 e com a

criação do PCMAT, o cumprimento da norma é precário, não sendo suficiente para

garantir seu funcionamento enquanto sistema de segurança. Observa-se ainda, que

a NR-18 atual prioriza a abordagem técnico-operacional e que há necessidade de

um complemento gerencial (o PCMAT pode ser o ponto de partida), enquanto isso o

setor da construção civil brasileiro continua apresentando elevados índices de

acidentes de trabalho.

Segundo Espinoza (2002), a falta de um projeto que gerencie a saúde e

segurança compromete a produtividade, a qualidade, os custos, os prazos de

entrega, a confiança dos clientes e o próprio ambiente de trabalho.

Observa-se ainda que, apesar do advento de normas nacionais e

internacionais para atender especificidades das organizações nas questões de

Segurança do Trabalho, os desafios continuam sendo enormes para a empresa

conceber, estabelecer, documentar, implementar e manter um sistema de gestão em

sinergia com outros sistemas existentes, no sentido de não só melhorar o

desempenho, mas também de atender aos interesses dos trabalhadores e demais

partes interessadas.

O gerenciamento da segurança pode levar ao mesmo caminho da garantia da

qualidade. Segurança na construção é um padrão de qualidade que pode ser

determinado no contrato e requerido pelos clientes (ESPINOZA, 2002).

2.2. Histórico e Evolução da Segurança no Trabalho

Segundo Rocha (1999), as primeiras referências à segurança e higiene do

trabalho no mundo surgiram com alguns filósofos do período pré-cristão. Entre este

período e a era cristã, encontram-se relatos sobre doenças relacionadas ao chumbo

e ao estanho entre trabalhadores e recomendações para o uso de máscaras. A partir

do século XV vários estudos sobre doenças e higiene do trabalho foram relatados.

24

Com a Revolução Industrial, 1760 a 1830, surgem às primeiras leis

trabalhistas, com enfoque na dignidade humana, com redução da carga horária e

exigências relativas às condições de trabalho, sendo que a primeira Constituição a

incluir legislações sobre segurança em indústrias foi à mexicana no começo do

século XX.

Na América do Norte, a legislação sobre segurança só foi introduzida em

1908, sendo que só a partir dos anos 70 ela se tornou uma prática comum para

todos os integrantes do setor produtivo, já que antes disso ela só era foco de

especialistas, governo e grandes corporações (MARTEL E MOSELHI, 1988).

No Brasil, a preocupação com a segurança no trabalho e a redação de

decretos sobre o tema começaram lentamente no início dos anos 40. A primeira lei

sobre acidentes foi editada em 1919, que coincide com a data do ingresso do Brasil

na Organização Internacional do Trabalho - OIT. Segundo Lima Jr. (1995), que fez

um levantamento desta evolução, o assunto só foi melhor discutido em 1943,

quando no governo de Getúlio Vargas foi criado o Ministério do Trabalho, Indústria e

Comércio, estabelecendo jornadas de trabalho, leis sobre higiene, que culminaram

com a elaboração da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que no capítulo V

do Título II versava sobre a segurança do trabalho. Em 1967, houve a primeira

grande reforma na CLT, destacando-se a criação e implantação pelas empresas do

Serviço

Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

(SESMT) e em 1972 foram criadas normas específicas para a construção civil.

O grande salto qualitativo da legislação brasileira em segurança do trabalho

ocorreu em 1978 com a introdução das vinte e oito normas regulamentadoras (NR)

do Ministério do Trabalho, presentes no capítulo V do título II da CLT.

Internacionalmente, alguns movimentos contribuíram para a evolução da

segurança do trabalho e o estabelecimento de orientações em atividades

específicas. Segundo Bobsin e Lima (2006), após os grandes acidentes catastróficos

ocorridos como Flixborough (Inglaterra-1974), Union Carbite (Bophal - 1984), entre

outros, Organizações internacionais, como a Occupational, Safetyand Health

Administration (OSHA), publicaram o 29 CFR 1910.119, em setembro de 1992,

tornando obrigatório nos USA a implementação do Process Safey Management

(PSM), que é um sistema de gestão de segurança, baseado em 14 elementos, que

25

visam reduzir os riscos dos acidentes nas indústrias químicas, que operam com

substâncias tóxicas ou inflamáveis.

O American Petroleum Institute (API), publicou o API 9100, em outubro de

1998, o Model Environmental, Health & Safety (EHS) Management System,

estabelecendo as práticas recomendadas de segurança, saúde e meio ambiente,

que deveriam ser aplicas nas empresas de produção e refinação de petróleo.

Paralelamente, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), estabeleceu

diretrizes sobre sistemas de gestão de segurança e saúde no trabalho para uso dos

responsáveis pela gestão de segurança e saúde no trabalho. As diretrizes não têm

caráter obrigatório, não têm por objetivo substituir legislações e nem sua aplicação

exige certificação. As diretrizes servem somente de instrumento para ajudar as

organizações a melhorarem continuamente a eficácia da segurança e saúde no

trabalho.

No Brasil, a exemplo do que ocorreu no mundo em relação a algumas

atividades específicas, o Ministério do Trabalho, estabeleceu a NR-18, com o

objetivo de dar maior suporte ao setor da construção civil. Ainda que todas as NRs

sejam aplicáveis à construção, destaca-se entre elas a NR-18, visto que é a única

específica para o setor. Além das NRs, a segurança do trabalho na construção

também é abordada em algumas normas da ABNT, tais como a NBR 5410

(Instalações Elétricas de Baixa Tensão) e a NB-56 (Segurança nos Andaimes).

A primeira modificação da NR-18 se deu em 1983, tornando-a mais ampla.

Entretanto, a grande reformulação ocorreu em 1995, quando a norma sofreu uma

grande evolução qualitativa, destacando-se principalmente, a sua elaboração no

formato tripartite (por representantes dos empregadores, empregados e governo).

Ao caráter tripartite somou-se a decisão de que todas as exigências fossem

aprovadas de forma consensual, resolvendo-se, através de concessões das partes,

eventuais impasses. Este esforço foi despendido com o objetivo de desenvolver uma

legislação democrática e com isto aumentar a aceitabilidade da norma por todos os

envolvidos na sua implantação.

A NR-18 constitui um avanço real, visto que cumpre o papel de agente difusor

de uma nova consciência sobre a segurança nos canteiros, ainda que tal motivação

seja em grande parte derivada do temor pelas multas.

Segundo Costella (1999), apesar da nova NR-18 ter sido elaborada e

aprovada através de mecanismos democráticos, nota-se a sua frequente falta de

26

cumprimento e a persistência de altos índices de acidentes de trabalho. Ao se

confrontar a NR-18 com normas e recomendações da bibliografia internacional fica

evidente, entretanto, que ainda há um longo caminho a percorrer até que exista, no

Brasil. Assim, é plausível esperar, de forma semelhante ao que ocorreu com as

normas OSH norte-americanas (HINZE,1997) e com as normas HSW britânicas

(DAVIES e TOMASIN,1990), que decorra um período de tempo significativo para a

avaliação, aperfeiçoamento e complementação da atual versão da Norma.

Atualmente, observa-se a iniciativa de algumas empresas que, no âmbito de

seus programas de melhoria da qualidade e motivadas pela NR-18, vêm realizando

progressivos investimentos no oferecimento de melhores condições de segurança e

conforto aos trabalhadores.

2.3. Aspectos Conceituais da Saúde e Segurança do Trabalho

Visando tornar mais claro o entendimento das questões relacionadas ao tema

Saúde e Segurança do Trabalho, enfocam-se alguns conceitos sobre Segurança,

Risco, Saúde, Higiene do trabalho, Acidente e Quase acidente.

Segurança do Trabalho é definida como “o conjunto de medidas que versam sobre

condições específicas de instalação do estabelecimento e de suas máquinas,

visando à garantia do trabalhador contra a natural exposição aos riscos inerentes à

prática da atividade profissional” (Constituição da República Federativa do Brasil,

1988), sendo, portanto, o conjunto de medidas destinadas à garantia da integridade

de pessoas, comunidade, bens ou instituições.

A Segurança do Trabalho está diretamente ligada ao gerenciamento

(identificação, análise, avaliação e tratamento) dos riscos a que os trabalhadores

estão expostos no desenvolvimento de suas atividades.

Entender o que é Risco passa a ser então, fundamental, assim como, o termos

perigo, ambos associados.

A terminologia proposta pelas Normas BS 8800 (Norma Britânica, destinada

ao Gerenciamento de Segurança e Saúde Ocupacional) e a OHSAS

18001(Especificação para Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho)

é a seguinte:

27

Risco, do original em inglês risk, pode ser definido como “a combinação da

probabilidade e consequência da ocorrência de um evento perigoso e da severidade

da lesão ou dano à saúde das pessoas causada por esse evento”.

Segundo De Cicco (1987), Risco o é a combinação da probabilidade de

ocorrência e da consequência de um determinado evento perigoso.

Perigo, em inglês hazard pode ser conceituado como “uma ou mais condições

de uma variável com o potencial necessário para causar danos. Esses danos podem

ser entendidos como lesões a pessoas, danos a equipamentos ou estruturas, perda

de material em processo, ou redução da capacidade de desempenho de uma função

pré-determinada. Havendo um risco, persistem as possibilidades de efeitos

adversos”.

Observa-se então, que os riscos estão presentes em todas as atividades

humanas e que, identificá-los e eliminá-los ou controlá-los adequadamente passa a

ter fundamental importância em todos os processos de produção, devendo-se,

portanto, disponibilizar condições adequadas de segurança e saúde a fim de

contribuir para o bem estar dos trabalhadores e da comunidade do entorno.

Associado ao conceito de Risco, a Organização Mundial da Saúde - OMS

propõe ainda, a percepção de Saúde como “um estado de completo bem estar

físico, mental e social, e não somente a ausência de afecções ou enfermidades".

Segundo Nascimento (1992), a Higiene do Trabalho é definida como: “a

aplicação dos sistemas e princípios que a medicina estabelece para proteger o

trabalhador, prevendo ativamente os perigos que, para a saúde física ou psíquica,

se originam o trabalho. A eliminação dos agentes nocivos em relação ao trabalhador

constitui o objeto principal da higiene laboral.

Assim, de acordo com Cruz (1996), a Higiene do Trabalho tem como

principais objetivos:

• promover, manter e melhorar a saúde dos trabalhadores;

• eliminar ou amenizar os infortúnios do trabalhador, tais como acidentes, doenças,

intoxicações industriais etc., pelo controle higiênico dos materiais, processos e

ambiente do trabalho;

• aplicar as medidas de prevenção às doenças transmissíveis comuns ou não ao

trabalho.

Acidente do trabalho, no conceito previdenciário, conforme definido no Art. 19

da Lei 8.213 de 1991 é “o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da

28

empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte,

perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”.

Acidente do trabalho, segundo a NR-18 é a “ocorrência não planejada,

instantânea ou não, decorrente da interação do ser humano com o seu meio

ambiente físico e social de trabalho e que provoca lesões e/ou danos materiais”.

SAURIN (2000) ressalta que essa definição enfatiza três aspectos:

• Os acidentes são eventos não planejados;

• Os acidentes não têm relação exclusivamente com o meio físico do trabalho

(máquinas, ferramentas e condições de iluminação e ruído, por exemplo), mas

envolvem também, o meio ambiente social (organização do trabalho e

relacionamento entre pessoas)

• Acidentes com danos apenas materiais são considerados acidentes do trabalho.

Quase-Acidente, de acordo com a NR-33, é “qualquer evento não

programado que possa indicar a possibilidade de ocorrência de acidente”, de onde

se conclui que o quase-acidente seria a iminência de um acidente.

Benite (2004) cita que segundo as normas BS-8800 e a OHSAS 18001,

Quase-Acidente é definido como “evento não previsto que tinha potencial de gerar

acidentes” e conclui que essa definição inclui todas as ocorrências que não resultam

em morte, problemas de saúde, ferimentos, danos e outros prejuízos.

Conclui-se então que a gestão da Segurança e Saúde do Trabalho (SST) nas

organizações deve ter o foco, não apenas na eliminação e redução de acidentes,

mas também dos quase-acidentes, criando mecanismos que possibilitem a sua

detecção, análise e a subsequente implementação de medidas de controle (BENITE,

2004).

2.4. Segurança do Trabalho na Construção Civil

Segundo estudo da OIT, a construção civil responde por 5 a 15% da

economia da maioria dos países e é uns dos 03 (três) setores econômicos com a

maior taxa de acidentes.

Segundo dados da Agência Brasil, apesar de não ocupar mais o primeiro

lugar entre os setores econômicos com o maior número de acidentes de trabalho, a

indústria da Construção Civil, no Brasil, mantém elevados índices de ocorrências.

29

De acordo com as estatísticas de acidentes de trabalho do EUROSTAT

(Gabinete de Estatísticas da União Européia), no ano 2000, foram registrados

234.192acidentes de trabalho, dos quais 368 mortais na União Européia. 76.9%

desses acidentes originaram dias perdidos. Por sexo, 81% dos envolvidos eram

homens.

Por idade, o grupo dos 25 aos 34 anos ocupa o primeiro lugar, com 27% do

total.

Dados da Agência Européia para a Segurança e a Saúde no Trabalho

demonstram ainda que:

• a cada três minutos e meio, morre uma pessoa na União Europeia por causas

relacionadas com o trabalho.

• todos os anos morrem na União Européia, 142 400 pessoas devido a doenças

profissionais e 8 900 devido a acidentes relacionados com o trabalho.

Ainda segundo a mesma fonte, na construção civil, cerca de 1300

trabalhadores são vítimas de acidentes mortais anualmente, o que equivale a 13

trabalhadores em cada 100 000, ou seja, mais do dobro da média de outros setores.

Os acidentes ocorridos nos canteiros de obras geralmente são graves, muitas

vezes resultando em óbito. Estudos feitos por Melo (2006) indicam como fatores

imediatos das mortes nos canteiros de obras:

1. Abertura de queda de piso = 5,88%

2. Exposição à linha de transmissão de corrente elétrica = 11,77%

3. Exposição a outras linhas de distribuição = 47,06%

4. Impacto causado por desabamento = 17,65%

5. Impacto causado por objeto lançado = 5,88%

6. Queda de periferia de edificação = 5,88%

7. Queda no vão de acesso da caixa do elevador = 5,88%

Observa-se que nos canteiros de obras há existência de riscos ocupacionais

diversos, que variam de acordo com as fases de produção da obra, diferente do que

ocorre na indústria de transformação onde os postos de trabalho são fixos, o que

facilita a identificação e o controle dos riscos. Desde as etapas de escavações,

fundações e desmonte de rochas até as etapas de pintura e limpeza, os

trabalhadores se encontram sujeitos aos riscos inerentes a sua produção.

30

Segundo Véras (2003), a mutação constante do ambiente de trabalho muitas

vezes gera a confusão que se faz em acreditar que “provisório” significa

“improvisado”, ou seja, medidas falhas.

Devido ao grande número de atividades envolvidas nos canteiros de obras na

construção civil e a falta de gerenciamento no controle da qualidade das atividades

observa-se que as causas de ocorrência dos acidentes são praticamente as

mesmas, caracterizadas por atos inseguros e/ou condições ambientais inseguras

(PONTES, 1998).

Na identificação das causas de acidentes, muitos gestores e técnicos falham,

entretanto, ao atribuir “culpa” aos trabalhadores na ocorrência dos acidentes, ao

invés de investir na busca da causa-raiz, limitando-se, geralmente, à identificação da

causa imediata (ex: o pedreiro caiu porque não estava usando cinto de segurança,

ou porque é desobediente), quando deve-se buscar identificar as causas básicas,

normalmente relacionadas à:

• falta de método ou de procedimentos

• falta de habilidade, de capacitação para a atividade,

• falhas no processo de comunicação,

• falta de supervisão ou supervisão “míope”,

• a minimização da percepção de risco pela Organização quando se perdoam

comportamentos arriscados durante a execução das atividades, ou não se levam em

consideração os quase-acidentes,

• condições ergonômicas inadequadas normalmente decorrente do fator

“organização do trabalho” (SOARES, 2004),

• falhas nos projetos dos sistemas de trabalho, dos equipamentos, das ferramentas,

deficiência nos processos de manutenção dos diversos elementos componentes do

trabalho (MORAES, 2005), entre outros.

A cultura de “atribuir culpa” ao invés de “buscar causas” resulta em ações

corretivas ineficazes, com atuação sempre reativa (após o acidente), contrária ao

caráter proativo que se preconiza atualmente.

Segundo Reason (2001) "dizer que o acidente é devido à falha humana é tão

útil quanto dizer que uma queda é devida à ação da gravidade". Ainda segundo esse

mesmo autor, os acidentes ocorrem quando as defesas entre os perigos e os danos

são perfuradas.

31

É esta competência que deve ser desenvolvida e estimulada nos processos

educativos para que os comportamentos seguros sejam mais frequentes no trabalho.

Ao trabalhador devem ser dadas condições para “pensar, sentir e agir” considerando

os riscos a que está exposto e as melhores formas de controlá-los.

Associado a isso, deve-se investir na gestão do comportamento, através de

estratégias para o comprometimento dos vários níveis da Organização, somando-se

o monitoramento dos resultados através de indicadores reativos e pró-ativos, que

podem ser assim traduzidos:

a) Reativos:

• Taxa de frequência de acidentes sem afastamento

• Taxa de frequência de acidentes com afastamento

b) Pró-ativos:

• Número de quase-acidentes registrados

• Número de ações preventivas registradas

Constata-se, portanto, que a previsão antecipada dos riscos, a elaboração de

projetos que contemplem aspectos de segurança e o investimento nas pessoas

(comportamento seguro) são algumas das principais estratégias de prevenção, por

isso, os diversos projetistas do empreendimento devem estar conscientes das

práticas de segurança que minimizem os riscos de acidentes do trabalho. Observa-

se, portanto, que há necessidade de trabalhar as duas vertentes causadoras de

acidentes: o fator Organizacional e o fator Humano.

Essa forma de gestão da segurança está sustentada nas normas certificáveis

(ISO9001, OHSAS, etc) que exigem declaração do comprometimento da alta direção

e envolvimento de todos os níveis, associando-se a implementação de ações e

melhoria das condições dos ambientes de trabalho baseadas em dados.

Somando-se a isso, o PCMAT, se utilizado como um projeto de segurança da

obra, constitui uma excelente ferramenta gerencial, na medida que prevê e detalha

todas as medidas de proteção (coletivas e individuais) que serão implementadas em

cada etapa da produção, possibilitando, assim, agir pró - ativamente no processo,

tendo melhor previsão dos recursos necessários, maior controle dos indicadores de

desempenho, flexibilidade para tomada de ações corretivas, entre outros.

32

2.5. As exigências da NR-18

A NR-18, norma de segurança do trabalho para atender as necessidades

específicas da indústria da construção civil, destaca-se por ter sido elaborada de

forma tripartite e pela riqueza de detalhes quanto à sua implementação.

A Norma Regulamentadora nº 18 (NR-18) que especifica as Condições e

Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil define as condições

mínimas para instalação das áreas de vivência no canteiro de obras, as medidas de

prevenção de acidentes e exige a implantação do Programa de Condições e Meio

Ambiente na Indústria da Construção (PCMAT) para canteiros com vinte

trabalhadores ou mais.

Lima Jr. (1995) lista as principais alterações no texto da NR-18, entre as quais

pode-se destacar as seguintes, em termos de avanços para a melhoria das

condições de segurança e saúde do trabalhador:

a) a introdução do PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho

na Indústria da Construção), visando formalizar as medidas de segurança que

devem ser implantadas no canteiro de obras;

b) a criação dos Comitês Permanentes Nacional e Regionais - CPN e dos CPR,

como intuito de avaliar e alterar a norma. A composição destes comitês é feita

através de grupos tripartite e paritários;

c) os Regulamentos Técnicos de Procedimentos - RTP, que têm o objetivo

demostrar meios de como alguns itens da NR-18 podem ser implantados. Estes

procedimentos não são de cumprimento obrigatório, podendo ser encarados como

sugestões;

d) estabelecimento de parâmetros mínimos para as áreas de vivência (refeitórios,

vestiários, alojamentos, instalações sanitárias, cozinhas, lavanderias e áreas de

lazer), a fim de que sejam garantidas condições mínimas de higiene e segurança

nesses locais;

e) exigência de treinamento em segurança, admissional e periódico;

f) desde 07/07/99 é obrigatória a instalação de elevador de passageiros em obras

com doze ou mais pavimentos, ou obras com oito ou mais pavimentos cujo canteiro

possua pelo menos trinta trabalhadores.

Segundo Brasil (1999), os documentos exigidos pela NR-18 no item 18.3.4

são:

33

“a) memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e

operações, levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do

trabalho e suas respectivas medidas preventivas - Para que este item seja

atendido,o memorial deve:

• conter a identificação da empresa construtora e das principais empresas

envolvidas no processo construtivo, com endereço da sede, CEP, telefone, CGC,

responsáveis técnicos, etc.;

• descrever a obra, levando-se em consideração suas características básicas e

dimensões (finalidade do edifício, número de pavimentos, área total construída, área

do terreno, área projetada na planta, etc.);

• apresentar, através de croqui, a localização do estabelecimento (obra), indicando

os limites do terreno, propriedades vizinhas, vias de acesso, etc.;

• conter um cronograma das etapas da obra, incluindo número de trabalhadores

previsto para cada uma das fases que compõem as etapas;

• prever, através de cronograma, a instalação e permanência de máquinas,

equipamentos e veículos de porte;

• identificar riscos ambientais por etapa e por função / atividade, considerando

principalmente, o agravamento do risco nas mudanças de fases da obra.

b) projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas da

execução da obra. Segundo alguns especialistas, o projeto das proteções cabe ao

engenheiro de segurança, que definirá quais os tipos de proteções necessárias e

quando deverão ser implantadas. Quanto ao projeto de construção propriamente dito

este será de competência do engenheiro de obras.

c) especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas. As

especificações técnicas devem atender aos sistemas e equipamentos que compõem

o item anterior. Quanto aos equipamentos de proteção individual (EPI), suas

especificações devem ser efetuadas em função do risco e da atividade/fase/local

onde os trabalhos estejam sendo executados.

d) cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT. Este

cronograma deve ser elaborado atendendo as seguintes recomendações:

• ter perfeita correspondência com os cronogramas referentes às etapas / fases da

obra, à quantidade de trabalhadores e à Instalação e permanência de máquinas,

equipamentos e veículos de porte na obra;

34

• indicar, para os equipamentos e sistemas de proteção coletiva que forem

projetados, quando deverão ser instalados assim como, o período em que

permanecerão nos locais/atividades;

• indicar tarefas de manutenção e de inspeções para os equipamentos e sistemas de

proteção coletiva, principalmente os que devem ser utilizados em caso de

emergência, como os extintores de incêndio, por exemplo, devendo esse mesmo

procedimento repetir-se em relação a máquinas, equipamentos e veículos de porte,

em atividade na obra;

e) Layout inicial do canteiro da obra, contemplando, inclusive, previsão do

dimensionamento das áreas de vivência. Recomenda-se indicar em croquis, de

preferência em escala, as áreas de vivência em conformidade com o cronograma da

obra. No Layout devem constar ainda as áreas de acesso e de circulação de

veículos, área para instalação de elevadores de materiais e de passageiros,

almoxarifado e áreas para a administração;

f) programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e

doenças do trabalho, com sua carga horária”. Esse programa engloba treinamentos

e exercícios periódicos sobre segurança do trabalho, inclusive de prevenção e

combate a incêndio, conforme determina a disposição 18.28.1 da NR-18; "Todos os

empregados devem receber treinamentos admissional e periódico, visando garantira

execução de suas atividades com segurança".

Experiências comprovam que o cumprimento das disposições da NR-18

resultam em benefícios consideráveis, tanto para os trabalhadores quanto para as

próprias empresas. Nesse sentido, Bianchi (1997), afirma que, devido aos

investimentos em programas de qualidade, segurança e medicina do trabalho,

obtém-se os seguintes resultados:

• maior integração entre os diferentes níveis hierárquicos;

• redução do "medo" de diálogo;

• melhoria quanto à disposição ao trabalho;

• redução das faltas (absenteísmo);

• redução da rotatividade da mão-de-obra;

• maior interesse dos operários quanto ao aprimoramento profissional;

• maior qualidade nos serviços;

• redução pequena, mas gradativa, nos custos.

35

O PCMAT representa um avanço na segurança nos canteiros de obras.

Percebe-se que em ambientes produtivos com implantação de leiaute organizado,

dimensionado, com vias de circulação descongestionadas, que investem em

treinamento, em condições sociais adequadas, existe uma maior motivação entre os

funcionários por estarem trabalhando em um local seguro, além de promover a

imagem da empresa perante os clientes externos.

2.5.1. Áreas de vivência

Segundo a NR-18 “é a área de trabalho fixa e temporária, onde se

desenvolvem operações de apoio e de execução de uma obra”. É também, o

conjunto de “áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da

construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência (NB – 1367 /

NBR 12284).

Uma das mais importantes conquistas dos trabalhadores da indústria da

construção foi a obrigatoriedade, prevista na NR-18, de implantação de áreas de

vivência nos canteiros de obra. É nesses locais que o trabalhador faz suas refeições,

toma banho, passa suas horas de folga e, muitos deles, moram, durante a

construção. As exigências da Norma vão desde a implantação de áreas de lazer e

refeitórios até a instalação de ambulatório médico, banheiros, alojamentos, telefones

comunitários e bebedouros com água filtrada.

O grupo “áreas de vivência” é um dos mais enfatizados pela fiscalização,

sendo responsável por garantir as boas condições humanas para o trabalho,

influenciando o bem-estar do trabalhador e, consequentemente, o número de

acidentes. As condições de trabalho e os índices de acidentes estão fortemente

ligados, na medida em que estas condições determinam as bases das relações

sociais e o estado psicológico dos trabalhadores, elementos fundamentais segundo

as Teorias Sociológicas e Psicológicas, respectivamente.

Para garantir qualidade de vida, condições de higiene e integração do

empregado na sociedade, com reflexos na produtividade da empresa, os canteiros

devem conter:

a) Vestiário e armário: Os trabalhadores que não moram no canteiro de obras têm

direitos a vestiário com chuveiro e armário individual;

36

b) Instalações sanitárias: Devem ser adequados e em perfeitas condições de higiene

e limpeza, com lavatório, mictório e vaso sanitário, na proporção de um conjunto

para cada grupo de 20 trabalhadores e chuveiro na proporção de um para cada

grupo de 10 trabalhadores;

c) Refeitório: O local para as refeições deve possuir piso de material lavável e mesas

com tampos lisos e laváveis. O refeitório não pode estar localizado em subsolos ou

porões das edificações;

d) Alojamentos: Se os empregados morarem no canteiro de obras, a empresa deve

proporcionar-lhes dormitórios confortáveis e arejados, lavanderia e área de lazer;

e) Bebedouros: Toda obra deve ter bebedouros com água filtrada e potável na

proporção de 1 bebedouro para cada grupo de 25 trabalhadores;

f) Cozinha: Deve estar presente sempre que houver preparo de refeições. Além

disso, deve estar previsto pia para lavar os alimentos e utensílios, possuir

instalações sanitárias, que com ela não se comuniquem, de uso exclusivo dos

encarregados de manipular gêneros alimentícios, refeições e utensílios e possuir

equipamentos de refrigeração, para preservação dos alimentos;

g) Lavanderia: Deve haver um local próprio, coberto, ventilado e iluminado, para que

o trabalhador alojado possa lavar, secar e passar suas roupas de uso pessoal. Este

local deve ter tanques individuais ou coletivos em número adequado;

h) Ambulatório: As frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou mais trabalhadores

devem ter um ambulatório. Neste ambulatório, deve haver o material necessário à

prestação de Primeiros Socorros, conforme as características da atividades

envolvida. Este material deve ser mantido guardado e aos cuidados de pessoa

treinada para esse fim.

2.6. Sistemas de Gestão na Construção Civil

No caso da construção civil, os elevados índices de acidentes registrados

pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) comprovam a necessidade de

melhorias na gestão como um todo. Pesquisas do Health and Safety Executive

constatam que o ônus decorrente de acidentes de trabalho equivale a 5% a 10% do

lucro bruto de todas as empresas do Reino Unido (BRITISH STANDARD 8800,

1996).

37

Um dos instrumentos que pode reduzir o número de acidentes de trabalho é

um sistema de gestão. Segundo a norma britânica BS 8800, sistema de gestão “é

um conjunto de pessoas, recursos e procedimentos que interagem de forma

organizada, visando realizar uma tarefa ou atingir um resultado”.

Cicco (1995) em seu Manual sobre Sistemas de Gestão da Segurança e

Saúde no Trabalho estabelece que sistema “é um arranjo ordenado de componentes

que estão inter-relacionados e que atuam e interatuam com outros sistemas para

cumprir um determinado objetivo”.

A busca da qualidade do produto tem se transformado nos últimos anos,

numa arma de competição que permite as empresas sobreviver e ganhar novas

fatias de mercado. Sua importância tem sido reconhecida a partir do crescimento

das exigências dos consumidores em obter produtos de qualidade, bem como pela

diminuição de custos que ocasiona o crescimento dos lucros (LANZAS, 1994).

A implantação de Sistemas de Gestão da Qualidade pelo setor da construção

civil,de acordo com Jesus (2004) leva à obtenção de produtos de melhor qualidade,

com benefício para os usuários finais. Além disso, promovem a eficiência do

processo produtivo e, com a melhoria do processo, a redução dos custos de

produção, com a possibilidade de se gerar mais lucros para as empresas.

Para Vivancos e Cardoso (2000), a implantação de SGQ em construtoras traz

impactos sobre a estrutura organizacional e o meio ambiente de trabalho nas

empresas. Dentre os principais impactos observados está o amadurecimento das

relações dentro da cadeia produtiva.

Observa-se que as empresas que adotam algum Sistema ou modelo (ou

requisitos baseados em Sistemas) de gestão (certificável ou não) tendem a ter

melhor organização no trabalho, demonstrando maior preocupação em oferecer

ambientes laborais mais saudáveis e dignos da condição humana, investindo em

capacitação e proteção dos trabalhadores.

Com a publicação das normas ISO 9001, ISO 14001, BS 8800 e OHSAS

18001(certificáveis mundialmente) e outros Sistemas importantes como o Programa

Brasileiro da Qualidade no Habitat - PBQP-H (certificável nacionalmente),Construção

Enxuta (baseado no modelo Toyota de Produção) e 5S, e com acrescente

conscientização da sociedade, centenas de empresas em todo o mundo estão

descobrindo que os seus sistemas de gestão podem incorporar questões relativas à

qualidade, ao Meio ambiente e à Segurança e Saúde no Trabalho(LAGO, 2006).

38

Segundo Gonzalez (2007), as certificações foram criadas com o objetivo

corroborar o compromisso com a qualidade nas empresas e proporcionar um

mecanismo de melhoria contínua dos processos nas organizações. Atualmente

existem várias certificações que auxiliam e direcionam as empresas para atingirem a

excelência em diversas áreas como a qualidade, segurança e o meio ambiente.

No Quadro 3, estão relacionados alguns Sistemas de Gestão utilizados pelas

construtoras, destacando-se os seus objetivos.

Quadros 3 – Objetivos dos Sistemas de Gestão

Fonte: BENITE, 2004

O berço das normas de sistemas de gestão foi a Grã-Bretanha, através da

fundação da British Standard (BS) em 1901.

O processo de evolução das normas sobre Sistemas de Gestão tem como

pioneiro o British Standard Institution (BSI), organismo normalizador britânico que

elaborou a BS-5750 sobre Sistemas da Qualidade, publicada em 1979 que deu

origem a série ISO 9000, sendo oficialmente editada em 1987, revisada em 1994,

2000 e 2008. Já a contribuição da ISO 14000 que foi editada em 1992 e revisada em

1994, teve sua origem na BS 7750 sobre Sistemas de Gestão Ambiental.

Em 1996, o órgão publicou a norma BS-8800, que trata de sistemas de

gestão em SSO. Em 1999 surge a Occupational Health and Safety Management

Systems -OHSAS 18001. Este conjunto de normas é o mais atual e completo no

âmbito dos sistemas de gestão da segurança e saúde no trabalho (ANUÁRIO

PROTEÇÃO, 2006).

Recentemente as indústrias de transformação e as construtoras estão

evoluindo no sentido de integrar seus Sistemas de Gestão. Um bom argumento para

que as empresas possam integrar seus processos de qualidade, meio ambiente e

segurança como nova e importante variável no planejamento da organização, é o

39

efeito positivo que a implantação dos sistemas de gestão podem ter sobre a sua

performance.

Segundo Gonzalez (2007) um sistema integrado de gestão em segurança,

qualidade e meio ambiente é um conjunto de ferramentas inter-relacionadas, que

busca:

• melhorias no ambiente de trabalho e na segurança e saúde do trabalhador;

• melhorias na qualidade dos serviços e produtos oferecidos ao cliente;

• diminuição da poluição e a preservação do meio ambiente.

Conclui-se que, de um modo geral, as construtoras evoluíram na gestão,

pressionadas por um mercado crescentemente competitivo. Independente de buscar

ou não a certificação em normas como a ISO9001 ou OHSAS 18001, por exemplo,

observa-se a tendência de se adotar requisitos ou metodologias baseadas em

modelos reconhecidos.

2.6.1. NBR ISO9001: 2008

A ISO é a organização com a mais vasta representatividade na emissão de

normas internacionais de âmbito global, alcançando hoje 148 países. Foi criada

oficialmente no dia 23 de fevereiro de 1947 com o objetivo de facilitar a coordenação

internacional e a unificação de padrões técnicos, porém atualmente está ligada

também à normalização de padrões de gestão, com alta repercussão econômica e

social, tendo impacto não somente no setor de produção de bens tangíveis, mas

também na área de serviços, contribuindo para a sociedade como um todo,

principalmente nos aspectos de segurança e atendimento às exigências legais.

A ISO é uma organização não-governamental (ONG), e cada país membro

possui uma entidade nacional como sua representante (governamental ou privada)

junto aos comitês da ISO. O escritório-base da ISO está sediado em Genebra, na

Suíça, e seus trabalhos são conduzidos e acompanhados por todas as entidades

participantes. Diferentemente do que muitas pessoas acreditam, ISO não é uma

sigla, e sim um nome.

Desde o lançamento da sua versão original em 1987, a família de normas

intitulada ISO 9000 (Sistema de Gestão da Qualidade) vem sendo constantemente

avaliada e aprimorada de modo a refletir os avanços dos modernos conceitos de

gestão de Qualidade. Foi revisada em 1994, em 2000 e recentemente em 2008,

40

quando algumas mudanças conceituais foram aprofundadas, principalmente na área

de competências.

Segundo a NBR ISO 9000, gestão da qualidade é conjunto de “atividades

coordenadas para dirigir e controlar uma organização no que diz respeito à

qualidade” (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2000:8). Em relação ao

conceito da palavra qualidade, esse se relaciona ao atendimento das exigências dos

clientes.

Segundo Valls (2003) uma organização certificada com base na NBR ISO

9001 não é perfeita, sem falhas nem problemas, mas certamente mantém sob

controle seus principais processos, gerencia melhor seus recursos e oportuniza a

satisfação de seus clientes, pois está totalmente voltada para esses propósitos. A

padronização dos processos baseada na NBR 9001 possibilita a previsibilidade, que

minimiza os riscos e custos de operação, itens decisivos nos resultados econômicos

e sociais de uma organização.

2.6.2. A Norma OHSAS 18001

Segundo LAGO (2006), embora em constante modernização dos conceitos, a

teoria geral da administração aborda ainda timidamente a valoração e priorização

das questões relacionadas à saúde e segurança no trabalho.

PACHECO (1995) já alertava que Para adequar e aplicar os conceitos de

qualidade à segurança e higiene do trabalho é preciso a aceitação de uma nova

postura com esta última, em que suas ações devem ser planejadas e desenvolvidas

no âmbito global das empresas, deforma dinâmica e visando a satisfazer seus

clientes (empresas e trabalhadores), quanto à eliminação e prevenção dos riscos

inerentes a todas as atividades. Isto significa que é preciso tratar a segurança e

saúde no trabalho como um sistema, nos mesmos moldes que se trata a qualidade.

Como resposta ao desafio de tratar as questões de segurança e saúde

ocupacionais como parte do sistema de gestão da empresa, surgiu a norma

OHSAS18001.

A série OHSAS 18001, cuja sigla significa Occupational Health and Safety

Assessment Series, foi oficialmente publicada pela BSI – British Standards

Institution– e entrou em vigor no dia 15/4/99, sendo adotada em mais de 80 países e

por cerca de 16000 organizações certificadas.

41

A publicação da OHSAS 18001 veio atender a um clamor internacional, pois

apesar de haver várias "normas" desenvolvidas tanto por organismos oficiais, como

a BS8800: 1996, como por grupos independentes, não havia uma norma

reconhecida internacionalmente para sistemas de gestão de segurança e saúde

ocupacional.

É importante ressaltar que a OHSAS 18001 não é uma norma nacional nem

internacional visto que não seguiu os caminhos da normalização vigente. Por este

motivo a certificação somente pode ser concedida de forma "não acreditada" pelos

Organismos Certificadores (OC).

A OHSAS 18001 tem por objetivo fornecer às organizações os elementos de

um Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho (SST) eficaz,

contribuindo para a formulação de melhores práticas, visando proteger e assegurar

que seus trabalhadores tenham um ambiente de trabalho saudável e seguro, sendo

passível de integração com outros sistemas de gestão (qualidade e meio ambiente,

principalmente). Ela define os requisitos de um Sistema de Gestão da Saúde e

Segurança do Trabalho, tendo sido redigida de forma a aplicar-se a todos os tipos e

portes de empresas e para adequar-se a diferentes condições geográficas, culturais

e sociais. A OHSAS 18001 contém apenas os requisitos que podem ser

objetivamente auditados para fins de certificação e/ou auto declaração.

Em julho de 2007, essa Norma foi revisada e publicada. As mudanças na

edição2007 da OHSAS 18001 (Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde

Ocupacional – Requisitos) incluem uma ênfase muito maior em saúde do que

somente segurança, e melhorou significativamente o alinhamento com a ISO

14001:2004, possibilitando a implantação do sistema de gestão OHSAS muito mais

fácil para organizações que já tem um sistema de gestão ISO 14001 ou ISO 9001,

usando a mesma plataforma e obtendo sinergia pela integração dos seus sistemas

de gestão.

Os requisitos desta norma são aplicáveis a qualquer organização que

pretenda:

• Estabelecer um sistema de gestão da Segurança e Saúde no Trabalho destinado a

eliminar ou minimizar o risco para os trabalhadores e para as outras partes

interessadas que possam estar expostas a riscos associados às suas atividades;

• Implementar, manter e melhorar de forma contínua um Sistema de Gestão de

Segurança e Saúde no Trabalho;

42

• Assegurar-se da conformidade com a política da Segurança e Saúde no Trabalho

que estabelecer;

• Demonstrar essa conformidade a terceiros;

• Obter a certificação ou o reconhecimento de seu sistema de gestão da Segurança

e Saúde no Trabalho por uma organização externa organismo de certificação.

• Realizar uma auto avaliação e uma auto declaração a respeito da conformidade do

seu sistema de gestão com esta especificação.

Através de uma política de saúde e segurança, declarada e aprovada pela

alta direção são determinados os riscos e exigências de saúde ocupacional,

objetivos e meios de reduzi-los, criação de metas e objetivos específicos, bem com o

monitoramento e aperfeiçoamento constante deste sistema.

A OHSAS 18001 não define se um processo é mais arriscado ou não para a

saúde de um trabalhador, mas é uma forma de garantir e demonstrar que a

organização está disposta a preservar a saúde e segurança dos seus funcionários,

gerando um clima de trabalho mais saudável e confortável, onde provavelmente

haverá ganho de produtividade e redução de acidentes e incidentes de trabalho.

A OHSAS baseia-se no modelo do PDCA, ou seja, que a organização

periodicamente analisa e avalia criticamente seu sistema de gestão de forma a

identificar oportunidades de melhoria e não-conformidades e implementar as ações

necessárias.

Convém observar que a OHSAS 18001 não estabelece requisitos absolutos

para o desempenho da Segurança e Saúde no Trabalho, além do comprometimento,

expresso na política, de atender à legislação e regulamentos aplicáveis, e o

comprometimento com a melhoria contínua. Assim, duas organizações que

desenvolvam atividades similares, mas que apresentem níveis diferentes de

desempenho da SST possa ambas, atender aos seus requisitos.

O Sistema de Gestão OHSAS 18001 fornece um processo estruturado para

atingir a melhoria contínua, cujo ritmo e amplitude são determinados pela

organização à luz de circunstâncias econômicas e outras. Embora alguma melhoria

no desempenho da SST possa ser esperada devido à adoção de uma abordagem

sistemática, entende-se que o Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no

Trabalho é uma ferramenta que permite a uma empresa atingir, e sistematicamente

controlar, o nível do desempenho da SST por ela mesma estabelecido. O

43

desenvolvimento do Sistema de Gestão da SST, por si só, não resultará,

necessariamente, na redução imediata de acidentes e doenças do trabalho.

Entretanto, possuir tal sistema irá auxiliar uma organização a dar confiança às

várias partes interessadas de que:

• existe um comprometimento da alta administração para atender às disposições de

sua política e objetivos;

• é dada maior ênfase à prevenção do que às ações corretivas;

• podem ser dadas evidências de atuação cuidadosa e de atendimento aos

requisitos legais; e

• a concepção de sistemas incorpora o processo de melhoria contínua.

Podem ser obtidos benefícios econômicos com a implementação de um

Sistema de Gestão da SST, podendo este, ser baseado nos requisitos da norma

OHSAS, ou outro modelo, desde que sistematizado e integrado à gestão da

empresa. Tais benefícios devem ser identificados de forma a demonstrar às partes

interessadas, sobretudo aos acionistas, o valor de uma gestão eficaz da segurança

e saúde dos trabalhadores para a organização. Isso também dá a uma empresa a

oportunidade de ligar objetivos de SST a resultados financeiros específicos,

assegurando assim que os recursos necessários estejam disponíveis.

Os benefícios potenciais associados a um eficaz Sistema de Gestão da

Segurança e Saúde no Trabalho incluem:

• assegurar aos clientes o comprometimento com uma gestão da SST demonstrável;

• manter boas relações com os sindicatos de trabalhadores;

• obter seguro a um custo razoável;

• fortalecer a imagem da organização e sua participação no mercado;

• aprimorar o controle do custo de acidentes;

• reduzir acidentes que impliquem em responsabilidade civil;

• demonstrar atuação cuidadosa;

• facilitar a obtenção de licenças e autorizações;

• estimular o desenvolvimento e compartilhar soluções de prevenção de acidentes e

doenças ocupacionais;

• melhorar as relações entre a indústria e o governo.

A opção pela implantação e implementação de um Sistema de Gestão de

Segurança e Saúde Ocupacional – SGSSO, além de reduzir os custos das

organizações, assegura uma imagem responsável para seus colaboradores e outras

44

partes interessadas. Em outras palavras, “contribui para a eficiência de seus

negócios” (CERQUEIRA, 2006).

2.7. Qualidade de Vida no Trabalho

Uma das questões centrais da reflexão sobre qualidade de vida está no

trabalho,que deveria ser fonte de prazer e satisfação: o prazer no processo, o prazer

em ver o trabalho pronto e o prazer que o produto final propicia às pessoas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, Qualidade de Vida é um conjunto

de percepções individuais de vida no contexto dos sistemas de cultura e de valores

em que vivem, e em relação a suas metas, expectativas, padrões e preocupações.

Conforme França (1997) “Qualidade de vida no trabalho (QVT) é o conjunto

das ações de uma empresa que envolvem a implantação de melhorias e inovações

gerenciais e tecnológicas no ambiente de trabalho. A construção da qualidade

devida no trabalho ocorre a partir do momento em que se olha a empresa e as

pessoas como um todo, o que chamamos de “enfoque biopsicossocial”. A mesma

pesquisadora esclarece que o termo vem da medicina psicossomática que propõe

uma visão holística do ser humana, em oposição à abordagem cartesiana que divide

o ser humano em partes e conclui “no contexto do trabalho essa abordagem pode

ser associada à ética da condição humana. Esta ética busca a identificação, a

eliminação, a neutralização ou o controle dos riscos ocupacionais observáveis no

ambiente físico, padrões de relações de trabalho, carga física e mental requerida

para cada atividade, implicações políticas e ideológicas, dinâmica da liderança

empresarial e do poder formal até o significado do trabalho em si, relacionamento e

satisfação no trabalho”.

Segundo Medeiros (2002) Qualidade de Vida no Trabalho é uma abordagem

baseada na filosofia humanista - prega a valorização do trabalhador como ser

humano - e busca o equilíbrio entre o indivíduo e a organização, através da

interação entre as exigências e necessidades de ambos, gerando cargos que sejam

satisfatórios tanto para as pessoas quanto para a organização.

A qualidade de vida no trabalho pode ser traduzida, portanto, pela satisfação

e bem-estar dos trabalhadores na execução de sua atividade de produção.

Ainda de acordo com Medeiros (2002) o termo “Qualidade de Vida no

Trabalho” foi utilizado pela primeira vez por Eric Trist e outros pesquisadores do

45

Tavistock Institute, em 1950. Eles desenvolveram uma abordagem sócio-técnica da

organização do trabalho, agrupando o indivíduo, o trabalho e a organização, com

base na análise e na reestruturação da tarefa, buscando melhorar a produtividade,

reduzir os conflitos e tornar a vida dos trabalhadores menos penosa.

Lyndon Johnson, presidente dos Estados Unidos, usou a expressão qualidade

devida, ao declarar, em 1964, que “os objetivos não podem ser medidos através do

balanço dos bancos. Eles só podem ser medidos através da qualidade de vida que

proporcionam às pessoas.”

A 300 anos AC., Euclides de Alexandria desenvolveu estudos sobre

geometria que posteriormente foram aplicados para melhorar o método de trabalho

dos agricultores à margem do rio Nilo. Em 287 AC, a “Lei das Alavancas” de

Arquimedes, serviu de base para a diminuição do esforço físico de muitos

trabalhadores. Estes fatos demonstram que a preocupação com a melhoria das

condições de trabalho é bastante antiga, porém somente com a sistematização dos

métodos de produção, nos séculos XVIII e XIV, a relação entre as condições de

trabalho, a produção e amoral do trabalhador começou a ser estudada

cientificamente, sendo que na década de 60, as preocupações com a qualidade de

vida no trabalho tomaram impulso considerável e, segundo Huse & Cummings, em

1985, o aumento do nível de conscientização dos trabalhadores e das

responsabilidades sociais da empresa contribuíram para que se buscasses melhoras

formas de realizar o trabalho.

Maslow, em 1954, desenvolveu a Teoria da Hierarquia das Necessidades,

segundo a qual, as necessidades humanas estão dispostas em uma hierarquia de

importância, do nível mais baixo ao mais elevado, quais sejam: fisiológicas e

biológicas (básicas para a sobrevivência); de segurança (estabilidade); sociais

(integração no grupo); de estima (autoestima e reputação) e de auto realização

crescimento pessoal contínuo).

Nadler e Lawler (1983) estudaram as diferentes concepções de QVT ao longo

do tempo, desde 1959, quando QVT era vista como uma variável, passando pelos

entendimentos de abordagem, método e movimento, até o período de 1979 a 1982,

quando QVT passou a ser vista como a solução para todos os problemas das

empresas, conforme demonstrado no Quadro 4.

46

Quadro 4 - Evolução do conceito de Qualidade de vida no trabalho Concepções

evolutivas de QVT Característica ou visão

Concepções evolutivas

de QVT

Característica ou visão

1. QVT como uma

variável (1959 a 1972)

Reação do indivíduo ao trabalho. Investigava-se como

melhorar a qualidade de vida no trabalho para o indivíduo

2. QVT como uma

abordagem (1969 a

1974)

O foco era o indivíduo antes do resultado organizacional;

mas ao mesmo tempo buscava-se trazer melhorias tanto

para o empregado quanto à direção.

3. QVT como um método

(1972 a 1975)

Um conjunto de abordagens, métodos e técnicas para

melhorar o ambiente de trabalho e tornar o trabalho mais

produtivo e satisfatório. QVT era vista como sinônimo de

grupos autônomos de trabalho, enriquecimento de cargo

ou desenho de novas plantas com integração social e

técnicas.

4. QVT como um

movimento (1975 a 1980)

Declaração ideológica sobre a natureza do trabalho e as

relações dos trabalhadores com a Organização. Os

termos “administração participativa” e “democracia

industrial” eram frequentemente ditos como ideias do

movimento QVT.

5. QVT como “tudo”

(1979 a 1982)

Como panaceia contra a competição estrangeira,

problemas de qualidade, baixas taxas de produtividade,

problemas de queixas e outros problemas organizacionais.

6. QVT como “nada”

(futuro)

No caso de alguns projetos de QVT fracassarem no futuro,

não passará de um modismo passageiro)

Fonte: NADLER e LAWLER apud FERNANDES, 1996

Rodrigues (1995), fazendo uma leitura de Huse e Cummings (1985), aborda

que os pontos de maior convergência e preocupações relacionadas à qualidade de

vida no trabalho, são:

A - Adequada e satisfatória recompensa:

47

O trabalho pode ser considerado como o meio do indivíduo ganhar a vida,

sendo a compensação recebida pelo trabalho realizado um conceito relativo.

O trabalho, na verdade, passou de uma concepção de sobrevivência, em

busca de meios para satisfazer as necessidades básicas, até chegar, nos dias de

hoje,como sendo vital e fundamental para todo ser humano, essencial à vida e à

própria felicidade. É inegável sua importância para o ser humano, pois através dele a

pessoa se sente útil à sociedade e à vida.

B - Condições de segurança e saúde no trabalho:

Huse e Cummings (1985) afirmaram que, com a melhoria das condições de

trabalho, os trabalhadores tornam-se mais satisfeitos, afetando positivamente a

produtividade, conforme quadro 5.

Esta premissa serviu de base para o desenvolvimento de outras teorias de

suporte à gestão organizacional.

Quadro 5 – Influência das condições do trabalho sobre a produtividade

Fonte: Huse & Commings, 1985

Segundo Fernandes (1996), os indicadores de QVT relacionados às

condições ambientais são: jornada de trabalho razoável, ambiente físico seguro e

saudável e ausência de insalubridade.

De forma geral, o grau de satisfação da pessoa, as condições ambientais

gerais e a promoção da saúde, segundo França (1996) são indicadores de qualidade

de vida no trabalho, cujos resultados são: redução do absenteísmo, atitude favorável

ao trabalho, redução/eliminação da fadiga, promoção da saúde e segurança,

integração social, desenvolvimento das capacidades humanas e aumento da

produtividade.

Atualmente, é crescente o número de empresas que investem no

desenvolvimento de sistemas de gestão da segurança como parte integrante da

48

gestão empresarial, constituindo parte importante do conjunto e critérios do PNQ –

Prêmio Nacional da Qualidade.

C - Desenvolvimento das capacidades humanas:

Planejamento, iniciativa, múltiplas habilidades, informação e perspectivas,

visão sistêmica, são alguns requisitos mínimos para o atendimento básico a este

item. A norma NBR-ISO9001:2000 prevê que as Organizações devem assegurar as

pessoas que executam os processos são competentes, possuem habilidades e

experiências compatíveis.

D - Crescimento e segurança profissional:

O crescimento profissional está diretamente relacionado ao desempenho do

trabalhador, seja nas questões específicas, seja na qualidade dos relacionamentos

que estabelece no grupo, contribuindo para o aumento da empregabilidade

e,conseqüentemente, do nível de segurança profissional.

E - Integração social:

Alguns pontos são fundamentais no sentido de garantir acessibilidade tais

como a eliminação do preconceito e a discriminação por raça e gênero.

F - Direitos dos trabalhadores:

O aspecto mais significativo é o direito à vida digna, entretanto, segundo

Walton (1973) o direito à privacidade, direito de posicionamento e o direito a

tratamento justo em todos os assuntos, já eram citados como elementos-chave.

G - Espaço total de vida no trabalho e fora dele:

A experiência de trabalho pode ter impactos negativos ou positivos sobre

outras esferas da vida das pessoas. O ser humano integra aspectos físicos,

emocionais, intelectuais e espirituais, de tal forma que quando um deles encontra-se

em dissonância, não há como segregá-lo completamente, refletindo-se, portanto,

nos demais.

Após os sucessivos processos de downsizing e da reengenharia que

marcaram a década de 90, nota-se que, atualmente, as pessoas têm trabalhado

cada vez mais e, por extensão, têm tido menos tempo para si mesmas (VEIGA,

2000).

H - Relevância social:

O aumento das taxas de desemprego, a diminuição do número de empregos

formais, a competição no mundo do trabalho, entre outros, têm resultado em

49

depreciação do valor do trabalho, afetando assim, a satisfação, a auto estima, a

saúde e a qualidade de vida do trabalhador, o que se reflete sobre a produtividade.

Atualmente, as organizações buscam sobreviver num mercado competitivo

internacional através do aumento da produtividade e da qualidade dos produtos e do

desempenho dos recursos humanos e, conseqüentemente, da organização.

Entretanto, a necessidade de maior competitividade, gera muitas vezes,

desafios conflitantes e consequentemente a elevação do nível do estresse e da

diminuição da participação na família. O Prêmio nacional da Qualidade – PNQ –

estimula que a jornada de trabalho não gere a necessidade de horas-extras, o que, a

médio ou longo prazo, pode levar à diminuição da qualidade de vida.

Fernandes (1996) afirma que “se a vantagem competitiva dá-se através das

pessoas, não se pode obter qualidade em produtos ou serviços se aqueles que o

produzem não apresentam satisfação com seu trabalho”.

De Masi (2001), afirma que, atualmente, “as organizações mais eficientes são

as que têm os funcionários menos infelizes e o clima mais participativo”. Se o

trabalho não proporciona prazer, não há espaço para a criatividade.

A estratégia, segundo ele, para contar com funcionários que realmente

agreguem valor ao negócio, é oferecer um diferencial para que sejam mais felizes:

maior autonomia, segurança, local de trabalho mais agradável, horários flexíveis e

outros fatores que contribuam para uma melhor qualidade de vida pessoal e

profissional. O sucesso das Organizações dependerá, segundo o sociólogo, de sua

capacidade de oferecer esses diferenciais aos colaboradores, pois apenas

funcionários felizes produzem idéias realmente eficientes.

Desse modo, um indivíduo que perceba sua qualidade de vida como

satisfatória, ou seja, cuide de sua saúde física, busque o autoconhecimento e o

desenvolvimento intelectual e emocional, alcance o equilíbrio entre o tempo de

trabalho, o convívio familiar, o lazer e o estudo e sinta-se realizado com sua carreira

profissional, será um trabalhador mais produtivo e compromissado com a

organização.

Segundo Julião (2001), a busca da qualidade e da produtividade pelas

empresas, como forma de sobrevivência no mercado cada vez mais competitivo, tem

setor nado o fator principal que leva as empresas a investirem na melhoria da

qualidade das condições de trabalho, ou seja, dentro das Organizações e não fora

delas como mecanismos compensatórios, visto que, ao promover a saúde, a

50

segurança e o bem estar de seus colaboradores, observando tarefas, desempenhos,

desenvolvimento, elementos que contribuem para a qualidade de vida, obtém-se

aumento da motivação, da satisfação e do desempenho dos trabalhadores.

Em contrapartida, se existem hoje, inúmeras ferramentas de gestão que

buscam a humanização dos ambientes de trabalho, o ritmo acelerado exigido da

produção como objetivo de atender melhor os clientes externos das empresas,

resulta muitas vezes em enorme sacrifício com grande desgaste físico e psicológico

do trabalhador.

Segundo Vasconcelos (2001) empregado hoje, deve apresentar um conjunto

de habilidades e competências cada vez maior, inclusive com estímulo ao aumento

da empregabilidade como forma de garantir a permanência no emprego: estes são

requisitos explícitos, com os quais as empresas são implacáveis. Além desses,

existem os requisitos implícitos traduzidos por horas-extras, jornadas noturnas,

necessidades de deslocamentos, fatores que distanciam o trabalhador de sua vida

pessoal.

2.7.1. Qualidade de Vida no Canteiro de Obras

Medeiros (2002), ao pesquisar um canteiro de obras em Porto Alegre, em

2002, detectou que os fatores ambientais (em ordem de satisfação) que mais

interferem na qualidade de vida dos colaboradores em situação de trabalho, são:

1. Segurança no trabalho

2. Responsabilidade social da empresa

3. Clima no ambiente de trabalho

4. Higiene e organização do local de trabalho

5. Equilíbrio entre vida profissional e pessoal

6. Disponibilidade de materiais e equipamentos para o desenvolvimento das tarefas

7. Práticas de trabalho

8. Condições físicas do ambiente de trabalho

Medeiros (2002) concluiu ainda, que algumas medidas que poderiam ser adotadas

pela empresa, visando à melhoria da satisfação desses trabalhadores com suas

condições físicas de trabalho (fator com menor grau de satisfação), seriam:

51

• mensuração do nível de ruído dos canteiros de obras, para diagnosticar se está

adequado às pessoas que ali trabalham, tomando ações para corrigir o problema, se

for o caso;

• participação mais atuante da CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes,

tanto na Sede como nas Obras, visando melhorar as condições de trabalho e

prevenir acidentes;

• melhoria das instalações de uso dos trabalhadores das Obras (refeitório,banheiros,

chuveiros, bebedouro, armários para guardar pertences pessoais,etc.), oferecendo a

eles um local mais agradável para seu descanso e suas necessidades básicas, o

que, provavelmente, irá contribuir para a elevação de sua moral e autoestima;

• fornecimento de equipamentos adequados, tais como uniforme adequado ao clima.

2.8. Avaliação Qualitativa

Fazendo parte da permanente reflexão sobre a atividade humana, a avaliação

constitui um processo intencional, auxiliado por diversas ciências, e que se aplica a

qualquer prática (GADOTTI, 1987).

Segundo Gadotti (1987), “refletir é também avaliar, e avaliar é também

planejar, estabelecer objetivos. Daí que os critérios de avaliação, que condicionam

seus resultados estejam sempre subordinados às finalidades e objetivos

previamente estabelecidos para qualquer prática, seja ela educativa, social, política

ou outra”.

A avaliação, portanto, não é apenas um processo técnico, podendo constituir

um projeto em que o avaliador e o avaliando buscam e sofrem uma mudança

qualitativa.

A preocupação em buscar formas eficientes para avaliar da gestão das

empresas vem de longa data. No Brasil o processo de avaliação do PNQ –

Programa Nacional da Qualidade, que desenvolveu uma metodologia baseada em

pontuação qualitativa, envolvendo todos os aspectos do desempenho da gestão. Os

critérios constituem-se em um conjunto de requisitos inter-relacionados e orientados

para resultados voltados para a satisfação dos clientes e mercado; finanças;

pessoas; fornecedores e, produto e processos organizacionais.

A partir do suporte dos conhecimentos teóricos, uma avaliação da empresa

sustentada no conhecimento dos diferentes aspectos ambientais, da saúde e

52

segurança, permite que se venha minimizar a preocupação da empresa frente à

questão da competitividade do novo cenário em benefício da própria empresa e da

sociedade. O método deve permitir ou ter a flexibilidade necessária para que o

processo de avaliação, através do julgamento de valor dos examinadores, mantenha

a credibilidade e a seriedade do trabalho (KINLAW, 1997).

Para Minayo (1994), quanto mais complexo for o fenômeno sob investigação,

maior será o esforço para se chegar a uma quantificação adequada. Na avaliação

qualitativa o pesquisador ou examinador busca o conteúdo das características do

atributo ou fenômeno, procurando compreender o que está sendo mostrado. Para

isto recorre a legislações, dados e história e outros meios para interpretar os fatos

apresentados.

Dentro deste contexto, a avaliação qualitativa traz em si a questão da

subjetividade, que poderá transformar-se em objetividade quando para o atributo ou

fenômeno avaliado forem apresentadas evidências objetivas.

A avaliação qualitativa de um atributo ou fenômeno em um estudo traz em si

um fascínio especial que é o de representar o envolvimento do pesquisador. Através

deste envolvimento encontra-se o julgamento de valor e o conhecimento do tema em

estudo pelo pesquisador (CONTANDRIOPOULOS, 1997).

Teixeira (2007) refere que na pesquisa qualitativa o pesquisador procura

reduzir a distância entre a teoria e os dados, entre o contexto e a ação, usando a

lógica fenomenológica, isto é, da compreensão dos fenômenos pela descrição e

interpretação, razão pela qual as experiências pessoais do pesquisador são fatores

muito importantes para o êxito do método.

Segundo Teixeira (2007), a pesquisa qualitativa tem as seguintes características:

• O pesquisador observa os fatos sob a ótica de alguém interno à Organização.

• A pesquisa busca uma profunda compreensão do contexto da situação.

• A pesquisa enfatiza o processo dos acontecimentos, isto é, a sequência dos fatos

ao longo do tempo.

• O enfoque da pesquisa é mais desestruturado, não há hipóteses fortes no início da

pesquisa. Isso confere à pesquisa bastante flexibilidade.

• A pesquisa geralmente emprega mais de uma fonte de dados.

Ainda segundo Teixeira, (2007), a pesquisa qualitativa deve ser utilizada quando o

problema formulado tiver a intenção de saber:

a) Qual a percepção?

53

b) Qual o significado?

c) Qual o processo, trajetória, percurso?

d) Quais os saberes, conhecimentos?

e) Quais as práticas?

Dentro destas questões, a avaliação qualitativa apresenta-se como uma

ferramenta importante para analisar o desempenho ou impacto de atividades de

produção e consumo.

Gadotti (1987) complementa que a avaliação qualitativa deve levar em conta

principalmente a qualidade de vida atingida e o envolvimento.

Entretanto, o fato de se optar pelo emprego de uma avaliação qualitativa não elimina

a necessidade de estabelecer parâmetros de referência a fim de diminuir a

subjetividade

Conclui-se então, que se torna necessário estabelecer critérios e traduzi-los

de maneira a favorecer a interpretação dos fatos, sustentar a metodologia proposta

e facilitar a tomada de decisão.

2.8.1. Escalas de Avaliação

Segundo Benetti e Jungles, (2006), uma escala de avaliação é um conjunto

separado em unidades numéricas e que pode ser aplicada a algum objeto para

medir uma determinada propriedade. Assim, uma escala representa numericamente

as funções de valor do decisor (examinador), ou seja, mostra quando uma ação é

preferível em relação a outra.

Para Richardson (1985), escalas são instrumentos de medição, onde para um

universo dado é possível derivar de uma distribuição de frequência multivariada de

atributos ou propriedades desse universo uma variável quantitativa que o

caracterize, de modo tal que cada atributo seja uma função simples de variável

quantitativa, ou seja, a variável quantitativa reproduza os atributos do universo.

As escalas de avaliação numérica são habitualmente combinadas com

algumas frases descritivas de um traço que podem ser julgadas de acordo com certo

número de passos ou unidades. A maioria das escalas de avaliação tem um

contínuo, que pode ser definido por frases às quais são atribuídos valores numéricos

ou de sentido exato (RUMMEL, 1974).

54

O propósito dos diversos métodos de construção de escalas é resumir em

uma posição as respostas das pessoas a um questionário composto de um número

de itens cuidadosamente elaborados e padronizado.

Ao construir uma escala, o pesquisador deve concentrar sua atenção em um

conjunto de fatos observáveis, especificar os indicadores que utilizará para

caracterizar estes fatos e determinar as regras pelas quais poderá distinguir um

elemento do outro, segundo a posição que ocupa em um contínuo.

O processo de construção de uma escala não é uma função tão simples, pois

ao mesmo tempo em que busca dar um caráter científico e clareza ao juízo de valor

do examinador, tem a dificuldade de encontrar uma escala numérica que represente

os julgamentos de valor do examinador e que seja aprovada por este. Isto porque

nenhuma função matemática consegue representar toda a complexidade do

pensamento do homem, com suas dúvidas e hesitações ao expressar seus

julgamentos de valor.

55

Capítulo 3

METODOLOGIA DE PESQUISA

CAPITULO 3 – METODOLOGIA DE PESQUISA

Este capítulo tem o propósito de apresentar a estrutura metodológica adotada

para avaliação qualitativa do nível de implementação da NR-18 em canteiros de

obras de edificações verticais. O Método é composto de 4 etapas: (SAURIN, 2000).

Etapa 1: Preparação: Definição de critérios para avaliação qualitativa da NR-18

• Pesquisa bibliográfica;

• Elaborar a lista de verificação da NR-18;

• Definir os campos da NR-18 que serão avaliados;

• Entrevistas com atores-chave;

• Elaboração da escala de avaliação qualitativa;

• Visita aos canteiros para validação da Lista de Verificação.

Etapa 2: Coleta e sistematização de dados:

• Seleção dos canteiros que serão avaliados;

• Aplicação da lista de Verificação;

• Entrevista com técnicos de SST, gestores da obra e trabalhadores;

• Registros fotográficos.

Etapa 3: Tabulação e análise dos dados da pesquisa

• Tabular os dados da pesquisa;

• Realizar análise qualitativa dos dados;

• Realizar análise comparativa entre os resultados quantitativos e qualitativos;

• Comparar os resultados com pesquisas anteriores.

Etapa 4: divulgação dos resultados

• Divulgar os resultados em eventos técnicos;

• Divulgar os resultados junto às empresas.

56

3.1. Método de Pesquisa

O método de pesquisa utilizado para realizar o levantamento do grau de

cumprimento da NR-18 nos canteiros de obras de edificações verticais compreendeu

as seguintes etapas:

3.1.1. Preparação: Definição dos critérios para avaliação qualitativa da NR-18:

3.1.1.1. Pesquisa bibliográfica:

Foram pesquisados diversos autores com o objetivo de embasar a formulação de

conceitos e o estabelecimento de critérios para a avaliação qualitativa da NR-18,nos

canteiros de obras.

3.1.1.2. Definição dos campos da NR-18 a serem estudados:

Considerando a extensão e abrangência da NR-18, bem como a necessidade

delimitar o escopo da pesquisa, em função do tempo de observação e aplicação do

formulário, foram definidas as seguintes condicionantes que serviram de base para a

elaboração da Lista de Verificação:

a) abordar os itens da norma que sejam passíveis de verificação visual no canteiro

em uma única visita;

b) selecionar exigências relacionadas ao subsetor edificações verticais, focalizando

as atividades de maior risco e/ou incidência de acidentes com lesões graves, tais

como: trabalhos em altura, uso de andaimes suspensos e fachadeiros, elevadores

de obra, carpintaria e centrais de armação de ferragem;

• Para possibilitar melhor comparação com resultados quantitativos, a nota atribuída

à qualidade da implementação da NR-18 (Nota Qualitativa), para os itens avaliados,

foi obtida pela equação: pontos obtidos /pontos possíveis x 10 (PO/PPx10),

conforme proposto por Saurin (2000). Os pontos obtidos correspondem à somatória

das notas qualitativas seguindo a escala proposta por Saurin.

• A nota atribuída ao cumprimento da NR-18 (Nota Quantitativa), para os itens

avaliados, foi obtida pela equação: pontos obtidos/pontos possíveis x 10

(PO/PPx10), conforme proposto por Saurin (2000). Os pontos obtidos correspondem

57

ao número de itens que atendem à NR- 18, independente do nível de qualidade da

implementação.

3.1.1.3. Elaboração da lista de verificação da NR-18:

Na elaboração do formulário, foram considerados todos os itens do escopo,

citado no item 3.1.1.2, adicionando-se exigências da NR-18, referências qualitativas

e um campo para o registro das notas e de observações.

3.1.1.4. Visita a canteiros de obras para validação da Lista de Verificação:

Foram visitados 5 canteiros de obras de empresas diferentes, visando validar

o formulário. Para a validação da lista de verificação se optou por empresas atuantes

no subsetor de edificações de pavimentos múltiplos e que estejam envolvidas com a

implantação de melhorias em seus canteiros.

3.1.2. Pesquisa de Campo

3.1.2.1. Seleção dos canteiros de obras a serem pesquisados:

A amostra pesquisada foi composta de 5 canteiros, mediante critérios

predefinidos.

Os critérios adotados para a seleção das empresas e das obras estudadas

nesta pesquisa foram os seguintes:

A - Optou-se por escolher empresas atuantes no subsetor de edificações verticais

que adotem algum modelo de gestão (certificável ou não) na obra ou que evidencie

a adoção sistematizada de implantação de melhorias no canteiro de obras;

B - Estabeleceu-se o limite de no máximo duas obras pesquisadas por empresa, de

forma a evitar que o perfil de uma empresa predominasse sobre as demais;

C - Buscaram-se obras de múltiplos pavimentos, executadas com tecnologia

convencional, uma vez que essas características são típicas da maioria das obras do

subsetor de edificações verticais, em Belém;

58

D - Procurou-se por obras cujas fases de execução envolvessem aplicação de

revestimento externo/interno, trabalhos em altura, elevadores de obra, serviços de

carpintaria, execução de ferragens para estrutura de concreto armado.

3.1.2.2. Aplicação da lista de verificação nos canteiros de obras através de

visitas:

É importante ressaltar que algumas questões da lista de verificação podem

ser respondidas pela simples observação das soluções implementadas, as quais

evidenciam, por si só, o atendimento ou não às referências qualitativas dos itens da

NR-18.

3.1.2.3. Entrevista com usuários:

O objetivo da entrevista, na etapa de aplicação da pesquisa, é complementar

as informações obtidas na etapa de observação, com registro das evidências e

coleta de boas práticas.

Definiu-se o perfil das pessoas a serem entrevistadas, optando-se por dividir

três grupos:

• Gestores de obras (engenheiros de obras);

• Trabalhadores da obra (operadores de guincho, betoneiros, pedreiros, serventes,

etc.);

• Profissionais da área de segurança (engenheiros e técnicos de segurança do

trabalho).

3.1.2.4. Registros fotográficos dos canteiros de obras:

Foram feitos com o objetivo de registrar situações observadas no momento da

visita, boas e más práticas de segurança do trabalho, bem como complementaras

informações obtidas durante a pesquisa de campo, podendo ser disponibilizados

para estudos e aplicações posteriores.

59

3.1.3. Tabulação dos resultados da pesquisa

Os resultados tabulados correspondem à média dos dados obtidos e

expressa no nível de implementação dos itens da NR-18 e atendimento aos critérios

qualitativos pré-definidos.

A fórmula de cálculo para analisar a qualidade em que a NR-18 é aplicada é

expressa de acordo com a fórmula.

NNR 18 = “Sim” x10/(“Sim + “Não”)

Fórmula 01: Fórmula de cálculo da nota

Fonte: SAURIN, 2000

3.1.4. Análise dos resultados

Os resultados obtidos foram analisados em relação aos seguintes aspectos:

• Avaliação dos aspectos qualitativos do nível de cumprimento legal da NR-18,

conforme escala previamente definida no item 3.1.1.4, visando avaliara qualidade da

implementação da NR-18;

• Comparação entre os resultados qualitativos e quantitativos obtidos na pesquisa de

campo, com o objetivo de refinar a percepção em relação à qualidade das medidas

implementadas nos canteiros, bem como identificar pontos para melhoria;

3.1.5. Divulgação dos resultados

Esta etapa visa disseminar o método no sentido de buscar sua aplicação e

aperfeiçoamento pelas partes interessadas:

• Divulgação dos resultados em eventos técnicos: tem a finalidade de disseminar o

método junto aos técnicos e à sociedade.

• Divulgação dos resultados junto às empresas-participantes: visa contribuir para o

alcance de melhores índices de segurança no trabalho, para o ambiente de

produção digno e para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores.

60

3.2. Definição dos Critérios de Referência Qualitativa e da Escala de Avaliação.

Os critérios foram construídos com base no ponto de vista dos informantes-

chave e na observação do próprio pesquisador, sendo consideradas para isso, boas

práticas encontradas nos melhores canteiros e propostas de soluções viáveis feitas

pelos agentes fiscalizadores, técnicos e usuários, visto que a proposta deste

trabalho pretende oferecer um método de apoio à gestão da obra, passível de

aplicação imediata, na perspectiva da implementação de itens de melhoria das

condições do ambiente de trabalho, traduzidos por maior segurança efetiva das

proteções coletivas e pelo ambiente digno que contribui para a qualidade de vida

dos trabalhadores.

3.3. Definição de Critérios para seleção da Amostra Pesquisada

Os critérios adotados para a seleção das empresas e das obras estudadas

nesta pesquisa foram os seguintes:

a) Optou-se por escolher empresas atuantes no subsetor de edificações verticais

que adotem algum modelo de gestão (auditável ou não) na obra ou que evidencie a

adoção sistematizada de implantação de melhorias no canteiro de obras,

considerando o foco qualitativo da pesquisa. Partiu-se do pressuposto que as

empresas mais bem estruturadas são as que estão mais abertas à implantação de

diferenciais de melhorias, enquanto que aquelas que não cumprem o mínimo

previsto na norma não agregariam valor aos propósitos da pesquisa;

b) Estabeleceu-se uma amostra de 5 canteiros de obras sediados em Belém-PA,

sendo o limite de no máximo duas obras pesquisadas por empresa, deforma a evitar

que o perfil de uma empresa predominasse sobre as demais;

c) Buscaram-se obras de múltiplos pavimentos, executadas com tecnologia

convencional, uma vez que essas características são típicas da maioria das obras do

sub-setor de edificações verticais, em Belém;

d) Considerando estudos feitos por Melo (2006), no qual a maioria das ocorrências

de acidentes que resultam em óbitos envolvem trabalhos em altura e operações com

máquinas, priorizaram-se obras cujas fases de execução envolvessem aplicação de

revestimento externo, utilização de andaimes suspensos mecânicos e/ou

fachadeiros, plataformas de proteção, proteções de periferia de laje e de aberturas

61

no piso, transporte de materiais através de elevadores de obra, execução de

serviços de carpintaria e confecção de ferragens para estrutura de concreto armado;

e) Alicerçado nos conceitos sobre dignidade humana e qualidade de vida no

trabalho, avaliaram-se os itens referentes às áreas de vivência mais comumente

encontradas nos canteiros de obras de edificações verticais tais como: refeitórios,

vestiários, áreas de lazer, instalações sanitárias e chuveiros.

62

Capítulo 4

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

CAPITULO 4 – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

Após a aplicação do instrumento de pesquisa na etapa de campo, cujos

dados foram registrados na Lista de Verificação, procedeu-se a tabulação dos dados

utilizando planilha eletrônica e a análise dos resultados da pesquisa, de forma a

quantificar e qualificar o desempenho das empresas, sendo os dados obtidos e as

análises agrupadas de acordo com as seguintes categorias: instalações provisórias,

segurança na obra, movimentação e armazenamento de materiais e no final a nota

global de cada canteiro visitado, subdividindo-se os itens visando agregar mais valor

às informações.

Usaremos como referência o quadro de notas e conceitos a seguir:

Quadro 6 - Quadro de notas e conceitos

NOTA CONCEITO

Acima de 8 EXCELENTE

6 a 8 BOM

4 a 6 REGULAR

0 a 4 INSUFICIENTE / RUIM

Fonte: SAURIN, 2000

Com a finalidade de melhor evidenciar os dados e facilitar o entendimento

sobre os resultados, foram realizados registros fotográficos agrupados por item

avaliado.

4.1. Análise Geral

A tabulação dos dados da pesquisa realizada em 5 canteiros de obras com

multipavimentos, em Belém, selecionados a partir do critério de “implementação de

sistemas de gestão ou de melhorias sistematizadas”, aponta o índice de 77,3% de

atendimento aos itens da NR-18 selecionados para o escopo deste estudo, bem

como às referências qualitativas definidas.

63

Verifica-se, portanto que, mesmo considerando bons canteiros de obras, o

fator que mais contribuiu para o cumprimento e implementação de boa práticas

relacionadas à NR-18 ainda está centrado na fiscalização da Superintendência

Regional de Trabalho e Emprego - SRTE, segundo declaração de técnicos das

empresas, reforçando constatações anteriores de “cumprimento mínimo do exigido

em lei”.

Algumas obras já haviam sofrido embargo ou interdição, tendo sido liberadas

após tomada de ações corretivas recomendadas pela SRTE, o que contribuiu para a

melhoria do desempenho das empresas em relação aos itens de segurança e da

qualidade dos ambientes de trabalho.

Por outro lado, observa-se uma evolução na gestão das empresas, quando se

evidencia em algumas delas, a implementação de melhorias não previstas na norma,

demonstrando que as percepções dos gestores em relação aos efeitos que

proporcionar ambiente digno e seguro têm sobre a motivação e a produtividade da

equipe, melhorou significativamente.

4.2. Apresentação e Discussão dos Dados por Tópicos

Neste item são apresentados e discutidos os dados dos tópicos que

compõem a lista de verificação. Para melhor entendimento, os tópicos serão

divididos em 3 grupos de acordo com a sua categoria: Instalações Provisórias,

Segurança na Obra e Sistema de Movimentação e Armazenagem de Materiais.

4.2.1. Instalações Provisórias

A média representada dos tópicos que formam a “Instalações Provisórias” foi

de 7,27, sendo que as notas de cada tópico variam de 0 a 10, como pode ser visto

na figura 1.

64

6,77

7,87

6,17

8,57

6,97

7,27

0 2 4 6 8 10

Obra 01

Obra 02

Obra 03

Obra 04

Obra 05

Média

Instalações Provisórias

Obra 01

Obra 02

Obra 03

Obra 04

Obra 05

Média

Figura 1: Média das notas das instalações Provisórias nos 5 canteiros.

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

As instalações provisórias nos canteiros de obras são muito importantes para

o bem estar dos trabalhadores. Entretanto, não se trata apenas de uma questão de

conforto, mas sim uma condição de garantir boas formas de condições humanas de

trabalho. Visando com isso, melhorar as condições sociais dos operários no

ambiente de trabalho.

De acordo com os valores encontrados referentes ao grupo “Instalações

Provisórias” pode se observar que o mesmo obteve um nível de cumprimento da NR

18 em média 72,7% do total de itens aplicáveis. Apresentado assim um bom

desempenho em relação aos itens exigidos pela norma. Sendo que este percentual

mostra que as condições mínimas estão sendo mantidas.

Canteiro 1 Canteiro 3

65

Canteiro 3 Canteiro 4

Figura 2 – Instalações provisórias em canteiros de obras

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

4.2.1.1. Local para refeições

Para o item local para refeições, foi analisado à “proteção contra intempéries”,

à “capacidade de atender todos os trabalhadores sentados, no horário das refeições”

e à “localização adequada dos refeitórios”.

Canteiro 2 Canteiro 3

66

Canteiro 4 Canteiro 5

Figura 3 – Local para refeições em canteiros visitados

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

4.2.1.1.1. Local para refeições – mobiliário (mesas e cadeiras).

a) ter mesas com tampos lisos e laváveis

Mesas plásticas ou com tampo revestido de plástico ou com toalha, limpo e em boas

condições. As mesas são separadas de forma que os trabalhadores agrupem-se

segundo sua vontade.

b) ter assentos em número suficiente para atender aos usuários

Cadeiras plásticas ou metálicas pintadas, com encosto e em boas condições de

higiene e conforto (ergonomia).

c) ter depósito, com tampa, para detritos depósito plástico ou em madeira pintada,

com saco plástico removível.

4.2.1.1.2. Local para refeições – Depósitos para detritos

“Ter depósito com tampa para detritos, preferencialmente plástico ou em

madeira pintada, com saco plástico removível”,

67

Canteiro 1 Canteiro 5

Figura 4 – Depósitos para detritos em canteiros de obras

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

4.2.1.1.3. Local para refeições – fornecimento de água potável

NR 18: 18.4.2.11.4. É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e

fresca, para os trabalhadores, por meio de bebedouro de jato inclinado ou outro

dispositivo equivalente, sendo proibido o uso de copos coletivos.

No refeitório, usar sistema de filtro e torneira em bebedouro com jato inclinado. O

filtro deve ser limpo, protegido contra vandalismo ou sabotagem. Quando o canteiro

de obras for vertical, usar, nos pavimentos, vasilhame térmico e copos descartáveis.

Canteiro 1 Canteiro 2

Figura 5 – Tipos de filtros utilizados nos canteiros e obras

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

68

4.2.1.1.4. Local para refeições – fornecimento das refeições

NR 18: 18.4.2.11.3. Independentemente do número de trabalhadores e da

existência ou não de cozinha, em todo canteiro de obra deve haver local exclusivo

para o aquecimento de refeições, dotado de equipamento adequado e seguro para o

aquecimento.

4.2.1.1.5. Local para refeições – lavatórios

“Ter lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior lavatório

instalado próximo a entrada e/ou no interior, possibilitando lavagem das mãos antes

das refeições, limpo e em boas condições de uso. Disponibilizar sabão para a

higienização.”

Canteiro 4 Canteiro 5

Figura 6 – Tipos de lavatórios utilizados nos canteiros e obras

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

4.2.1.2. Vestiário

18.4.2.9.1. Todo canteiro de obra deve possuir vestiário para troca de roupa

dos trabalhadores que não residem no local. Ambiente digno e salubre. A

localização do vestiário deve ser próxima aos alojamentos e/ou à entrada da obra,

sem ligação direta com o local destinado às refeições.

Com facilidade de acesso, desobstruído, preferencialmente próximo à entrada

da obra, adjacente às instalações sanitárias.

Os vestiários devem:

69

a) ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente, paredes de alvenaria

rebocada e pintada, ou revestida de cerâmica, ou de madeira pintada em boas

condições de higiene, limpeza e conservação.

b) ter pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente piso revestido

com cerâmica ou cimentado pintado com tinta impermeável, limpo e em bom estado

de conservação.

c) ter cobertura que proteja contra as intempéries laje ou telha (excluir fibrocimento e

alumínio) sem infiltrações, preferencialmente com isolamento térmico.

d) ter área de ventilação correspondente a 1/10 (um décimo) de área do piso

aberturas protegidas contra queda de materiais e chuva

e) ter iluminação natural e/ou artificial a iluminação permite boa visibilidade (1/10 da

área do piso), ambiente ventilado.

f) ter armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado

armários identificados, com prateleiras para roupas separados das prateleiras para

botas, com ventilação.

g) ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), ou

respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município.

h) ser mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza.

i) ter bancos em número suficiente para atender aos usuários, com largura mínima

de 0,30m (trinta centímetros) assentos em madeira (sem farpas) pintada ou

envernizada, em boas condições de limpeza e conservação.

Quanto ao item da NR-18 que define que os vestiários devem “ser mantidos

em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza”, acrescentou-se “sem poeira

ou outros objetos desnecessários, sem odor desagradável e organizado”, na

perspectiva de contribuir para um ambiente digno.

Canteiro 1 Canteiro 5

70

Canteiro 3 Canteiro 4

Figura 7 – Vestiários dos canteiros de obras

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

4.2.1.3. Instalações sanitárias

18.4.2.3. As instalações sanitárias devem:

a) ser mantidas em perfeito estado de conservação e higiene limpo, sem odor e

organizado.

b) ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser construídas de modo a

manter o resguardo conveniente.

c) ter paredes de material resistente e lavável, podendo ser de madeira paredes

pintadas com tinta lavável e impermeável ou revestidas de cerâmica, limpas e em

bom estado de conservação.

d) ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante piso revestido

com cerâmica ou cimentado pintado com tinta impermeável, limpo e em bom estado

de conservação.

e) não se ligar diretamente com os locais destinados às refeições localização

adjacente.

f) ser independente para homens e mulheres, quando necessário isolado por

paredes de alvenaria rebocada ou revestida com cerâmica, em boas condições de

limpeza e conservação.

g) ter ventilação e iluminação adequadas aberturas protegidas contra queda de

materiais e chuva.

h) ter instalações elétricas adequadamente protegidas

71

i) ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), ou

respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município da obra.

j) estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um

deslocamento superior a 150 (cento e cinquenta) metros do Acesso fácil,

desobstruído e seguro.

18.4.2.4. A instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, vaso

sanitário e mictório, na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte)

trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de 1 (uma) unidade

para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração.

4.2.1.3.1. Instalações sanitárias – Lavatórios

a) ser individual ou coletivo tipo calha Higienizados e em bom estado de

conservação.

b) possuir torneira de metal ou de plástico, sem vazamento, bom estado de

funcionamento.

c) ficar a uma altura de 0,90 (noventa centímetros);

d) ser ligados diretamente à rede de esgoto, quando houver O esgoto não deve ser

a céu aberto.

e) ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável Cerâmico, limpo e

em bom estado de conservação.

f) ter espaçamento mínimo entre as torneiras de 0,60m (sessenta centímetros),

quando coletivos.

g) dispor de recipiente para coleta de papéis usados.

72

Canteiro 1 Canteiro 2

Figura 8 – Fotos de lavatórios dos canteiros de obras

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

4.2.1.3.2. Instalações sanitárias – vasos sanitários

O local destinado ao vaso sanitário deve:

a) ter área mínima de 1,00m² (um metro quadrado);

b) ser provido de porta com trinco interno e borda inferior de, no máximo, 0,15m

(quinze centímetros) de altura; porta pintada, limpa com trinco em boas condições de

funcionamento.

c) ter divisórias com altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros);

Divisórias pintadas com tinta impermeável ou em alvenaria com revestimento

cerâmico, limpas e em bom estado de conservação.

d) ter recipiente com tampa, para depósito de papéis usados, sendo obrigatório o

fornecimento de papel higiênico.

Depósito plástico com saco plástico removível.

O vaso deve:

a) ser do tipo bacia turca ou sifonada.

Higienizados, sem odor desagradável, com assento plástico (exceto bacia turca) e

em bom estado de conservação. Deve ser disponibilizado papel higiênico para os

usuários.

b) ter caixa de descarga ou válvula automática em bom estado de funcionamento,

conservação e sem vazamentos.

73

c) ser ligado à rede geral de esgotos ou à fossa séptica, com interposição de sifões

hidráulicos.

Canteiro 2 Canteiro 3

Canteiro 5 Canteiro 4

Figura 9 – Vasos sanitários adotados pelos canteiros de obras

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

4.2.1.3.3. Instalações sanitárias – mictórios

No que se refere ao item “mictório”, a NR-18 define que deve “ser individual

ou coletivo, tipo calha”, “ter revestimento interno de material liso, impermeável e

lavável”, entretanto é necessário que seja “higienizado, sem odor e em bom estado

de conservação”.

a) ser individual ou coletivo tipo calha Higienizados, sem odor e em bom estado de

conservação.

b) ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável.

74

c) ser providos de descarga provocada ou automática em bom estado de

funcionamento e conservação, com suprimento de água e sem vazamentos.

d) ficar a uma altura máxima de 0,50m (cinquenta centímetros).

Canteiro 2 Canteiro 5

Figura 10 – Mictórios adotados nos canteiros de obras avaliados

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

4.2.1.4. Banheiros

A NR-18 define que “os pisos dos locais onde forem instalados os chuveiros

devem ter caimento que assegure o escoamento da água para a rede de esgoto,

quando houver, e ser de material antiderrapante ou provido de estrados de madeira”,

como contribuição deste trabalho “o piso deve ter revestimento cerâmico

antiderrapante ou cimentado com pintura impermeável, ralos com tampo mantidos

limpos, sem limo e em bom estado de conservação”.

Os chuveiros devem:

18.4.2.8.1. A área mínima necessária para utilização de cada chuveiro é de

0,80 m² (oitenta centímetros quadrados), com altura de 2,10 m (dois metros e dez

centímetros) do piso.

18.4.2.8.2. Os pisos dos locais onde forem instalados os chuveiros devem ter

caimento que assegure o escoamento da água para a rede de esgoto, quando

houver, e ser de material antiderrapante ou provido de estrados de madeira.

Piso com revestimento cerâmico antiderrapante ou cimentado com pintura

impermeável, ralos com tampo mantidos limpos, sem limo e em bom estado de

conservação.

75

18.4.2.8.3. Os chuveiros devem ser de metal ou plástico, individual ou

coletivo, dispondo de água quente.

Chuveiros individuais segregados em box que permita privacidade, paredes

de alvenaria revestidas com cerâmica ou pintada com tinta epóxi, ou outro material

impermeável, limpas e em bom estado de conservação.

18.4.2.8.4. Deve haver um suporte para sabonete e cabide para toalha,

correspondente a cada chuveiro.

Suporte para sabonete embutido na parede e cabide para toalha em cada

box.

Canteiro 2 Canteiro 4

Figura 11 – Tipos de boxes individuais adotados nos canteiros de obras

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

4.2.2. Segurança na Obra

A média apresentada nos tópicos que formam a “Segurança na Obra” foi de

7,99, sendo que as notas de cada tópico variam de 0 a 10, como pode ser visto na

figura 12.

76

8

8,6

6,66

7,8

8,91

7,99

0 2 4 6 8 10

Obra 01

Obra 02

Obra 03

Obra 04

Obra 05

Média

Segurança na Obra

Obra 01

Obra 02

Obra 03

Obra 04

Obra 05

Média

Figura 12: Média das notas de Segurança na Obra nos 5 canteiros.

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

Segurança do trabalho e qualidade são sinônimos muito difícil conseguir, sem

um ambiente de trabalho em condições adequadas e que propicie ao trabalhador

direcionar toda a sua potencialidade ao trabalho que esta sendo executado. Muitas

empresas têm a segurança e a saúde no trabalho como uma estratégia competitiva,

buscando diretamente a satisfação dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que

prioriza a educação, o treinamento e a motivação.

Isso evidencia, que ações devem ser implementadas em conjunto, pela

integração dos procedimentos da qualidade, da segurança e saúde e do meio

ambiente, dentro de um sistema de informação que visa à melhoria de vida dos

trabalhadores, assim como dos processos, produtos e do ambiente.

O sistema de informação de segurança do trabalho para ser implementado

necessita de planos e programas para que as empresas tenham maior controle de

seus processos. A informatização de um Programa de Condições e Meio Ambiente

de Trabalho – PCMAT deve padronizar as ações de segurança e saúde, bem como

capacitar os integrantes da empresa, através de sua utilização como ferramenta de

ação do sistema de gestão.

77

Canteiro 1 Canteiro 2

Canteiro 3 Canteiro 4

Figura 13 – Sinalização adotada nos canteiros de obras Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

4.2.2.1. Proteções contra queda de altura

18.13.1. É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver risco de

queda de trabalhadores ou de projeção e materiais.

Fechamento tipo alçapão com painel de chapa metálico ou madeira,

preferencialmente macho-fêmea de modo a impedir a queda, inclusive, de pequenos

objetos e materiais usados na produção, ou tipo guarda-corpo.

78

Canteiro 1 Canteiro 2

Canteiro 3 Canteiro 4

Figura 14 – Tipos de proteções contra queda de altura adotada nos canteiros de

obras

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

Proteções de aberturas no piso:

18.13.2. As aberturas no piso devem ter fechamento provisório resistente.

18.13.2.1. As aberturas, em caso de serem utilizadas para o transporte

vertical de materiais e equipamentos, devem ser protegidas por guarda-corpo fixo,

no ponto de entrada e saída de material, e por sistema de fechamento do tipo

cancela ou similar.

Fechamento com estrutura metálica ou de madeira com peça intermediárias e

vãos de no máximo 30 cm e tela plástica resistente, conforme 18.13.5, fixação tipo

porteira ou similar, de modo a ser facilmente reposto na fase de instalação do

elevador definitivo e do acabamento interno.

79

18.13.3. Os vãos de acesso às caixas dos elevadores devem ter fechamento

provisório de, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura, constituído

de material resistente e seguramente fixado à estrutura, até a colocação definitiva

das portas.

Canteiro 3 Canteiro 2

Figura 15 – Proteções de aberturas no piso

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

Proteção de periferia:

18.13.4. É obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de proteção

contra queda de trabalhadores e projeção de materiais a partir do início dos serviços

necessários à concretagem da primeira laje.

Fechamento com estrutura metálica ou de madeira com peça intermediárias e

vãos de no máximo 30 cm e tela plástica resistente. Atividades em periferia ou onde

houver necessidade de movimentação horizontal deve ser obrigatório uso de cinto

de segurança com 2 talabartes.

80

Canteiro 2 Canteiro 4

Figura 16 – Tipos de proteção de periferia nos canteiros de obras

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

Plataformas:

18.13.6. Em todo perímetro da construção de edifícios com mais de 4 (quatro)

pavimentos ou altura equivalente, é obrigatória a instalação de uma plataforma

principal de proteção na altura da primeira laje que esteja, no mínimo, um pé direito

acima do nível do terreno.

1. Estrutura da plataforma em treliça metálica ou madeira em bom estado de

conservação.

2. Piso da plataforma em chapa de fibra sintética ou metálica (preferencialmente), ou

ainda em madeira de lei (excepcionalmente) preferencialmente macho-fêmea (não

pode ser de madeira branca, reutilizada ou madeirit), sem aberturas entre as peças,

de forma a impossibilitar a queda de pequenos objetos ou projeção de materiais

durante a produção.

3. Vedação da periferia da plataforma em chapa metálica em bom estado de

conservação.

4. Conjunto bandeja-treliça seguro, pintado externamente e em bom estado de

conservação, podendo ser utilizado para veicular à logomarca da empresa ou outras

mensagens positivas que contribuam para a cidadania.

18.13.11. As plataformas de proteção devem ser construídas de maneira resistente e

mantidas sem sobrecarga que prejudique a estabilidade de sua estrutura.

81

Telas de proteção:

18.13.9. O perímetro da construção de edifícios, além do disposto nos

subitens 18.13.6 e 18.13.7, deve ser fechado com tela.

A tela deve ser de material resistente, estar em bom estado de conservação,

rigidamente presa às plataformas, mantidas sem aberturas nas emendas.

Canteiro 2 Canteiro 4

Figura 17 – Tipos de plataformas adotados nos canteiros de obra

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

Guarda-corpo das escadas permanentes

18.13.5 A proteção contra quedas, quando constituída de anteparos rígidos,

em sistema de guarda corpo e rodapé, deve atender aos seguintes requisitos:

a) ser construída com altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para o

travessão superior e 0,70m (setenta centímetros) para o travessão intermediário;

b) ter rodapé com altura de 0,20m (vinte centímetros);

c) ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o

fechamento seguro da abertura.

Os guarda-corpos devem ser construídos com madeira resistente (sem nós ou

rachaduras), ou outro material resistente e estar em bom estado de conservação.

82

Canteiro 1 Canteiro 2

Canteiro 4 Canteiro 5

Figura 18 – Tipos de guarda-corpo adotados nos canteiros de obras

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

4.2.3. Sistema de Movimentação e Armazenagem de Material

A média representada dos tópicos que formam o “Sistema de Movimentação e Armazenagem de Material” foi de 6,40, sendo que as notas de cada tópico variam de 0 a 10, como pode ser visto na figura 19.

83

5,585,81

7,096,57

6,976,40

0 2 4 6 8 10

Obra 01

Obra 03

Obra 05

Sistema de Movimentação e

Armazenagem de Material

Obra 01

Obra 02

Obra 03

Obra 04

Obra 05

Média

Figura 19: Média das notas de Sistema de Movimentação e armazenagem de

Material em 5 canteiros

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

Este item possui por finalidade mostrar as vias de acesso, armazenamento de

entulho e materiais em geral, o que põe em questão se há pavimentação das vias de

acesso e se o local onde está armazenado esse material esta em boas condições e

se eles não possuem perdas devido o mau armazenamento.

Canteiro 1 Canteiro 4

Figura 20 – Áreas de movimentação de materiais em canteiros de obras

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

84

4.2.3.1. Elevadores - Qualificação do operador de guincho

Conforme se demonstra na tabela 19, a NR-18 define que “todos os

equipamentos de movimentação e transporte de materiais e pessoas só devem ser

operados por trabalhador qualificado, o qual terá sua função anotada em Carteira de

Trabalho”, devendo ainda "haver evidência de certificação”.

Canteiro 2 Canteiro 5

Figura 21 – Tipos de elevadores utilizados nos canteiros de obras

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

4.2.3.2. Elevadores – posto de trabalho do operador de guincho

18.14.22.3 O posto de trabalho do guincheiro deve ser isolado, dispor de proteção

segura contra queda de materiais, e os assentos utilizados devem atender ao

disposto na NR-17- Ergonomia local limpo, organizado, arejado e iluminado, com

divisórias em madeira ou chapa vazada e pintada.

4.2.3.3. Elevadores – Sinalização e Monitoramento

Quanto ao item 18.14.4 referente à sinalização, “quando o local de

lançamento de concreto não for visível pelo operador do equipamento de transporte

ou bomba de concreto, deve ser utilizado um sistema de sinalização, sonoro ou

visual, e, quando isso não for possível deve haver comunicação por telefone ou

rádio para determinar o início e o fim do transporte”, sendo desejável

“monitoramento através de câmeras com circuito interno de TV, com visualização no

85

monitor alocado em posição que permita o perfeito acompanhamento da operação,

pelo operador, ou sistema de botoeiras. O equipamento de sinalização deve estar

em perfeito funcionamento”.

Canteiro 2 Canteiro 4

Figura 22 - Sinalização em elevadores adotados nos canteiros de obras

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

4.2.3.3. Elevadores – sistema de freios

Em relação aos cabos do freio de emergência, devem ser mantidos limpos,

sem graxa, sendo que antes do início dos serviços “O sistema de freios dos

equipamentos de transportar e guindar deve ser vistoriado de acordo com o Manual

do fabricante. Na ausência de dados, devem ser obedecidas as exigências do

fabricante de equipamento similar. Ver documentos e laudos do equipamento,

controles de manutenção preventiva.

18.14.22.4 Os elevadores de materiais devem dispor de:

a) sistema de frenagem automática que atue com efetividade em qualquer situação

tendente a ocasionar a queda livre da cabina. (Alterado pela Portaria SIT n.º 157, de

10 de abril de 2006) Os cabos do freio de emergência mantidos limpos, sem graxa.

A limpeza deve ser feita a seco sem uso de produtos químicos. Deve ser instalado

sistema de afastamento do cabo em relação às bronzinas da torre para evitar o

acúmulo de graxas. Os cabos de aço devem ser clipados com, no mínimo 2 clips.

Ainda de acordo com a DRT, “a limpeza dos cabos de freio deve ser feita a seco

sem uso de produtos químicos, devendo ser instalado sistema de afastamento do

86

cabo em relação às bronzinas da torre para evitar o acúmulo de graxas. Os cabos de

aço devem ser clipados com, no mínimo 2 clips”.

4.2.3.4. Elevadores – Livro de registros e check-list diário

Com relação ao registro de ocorrências relacionadas ao funcionamento e

manutenção do elevador de obra, exigido pela NR-18, adicionalmente “deve ser

elaborado check-list contendo todos os itens de procedimento de manutenção,

conforme manual do fabricante, assinado pelo operador e pelo engenheiro da obra.

“O Livro deve ser mantido com os registros atualizados”.

18.14.22.5 Quando houver irregularidades no elevador de materiais quanto ao

funcionamento e manutenção do mesmo, estas serão anotadas pelo operador em

livro próprio e comunicadas, por escrito, ao responsável da obra.

Deve ser elaborado check-list contendo todos os itens de procedimento de

manutenção, conforme manual do fabricante, assinado pelo operador e pelo

engenheiro da obra.

O Livro deve ser mantido com os registros atualizados.

4.2.3.5. Elevadores – Rampas de acesso

18.14.21.19 As rampas de acesso à torre de elevador devem:

a) ser providas de sistema de guarda-corpo e rodapé, conforme subitem 18.13.5;

b) ter pisos de material resistente, sem apresentar aberturas;

c) ser fixadas à estrutura do prédio e da torre;

d) não ter inclinação descendente no sentido da torre.

Acesso através de rampa (de madeira, metálico ou cimentado) com piso íntegro

(sem deformações) e com inclinação para o pavimento.

4.2.3.6. Andaimes e plataformas de trabalho

4.2.3.6.1. Andaimes suspensos

18.15.6. Os andaimes devem dispor de sistema guarda-corpo e rodapé,

inclusive nas cabeceiras, em todo o perímetro, conforme subitem 18.13.5, com

exceção do lado da face de trabalho.

87

18.15.41 - Os quadros dos guinchos de elevação devem ser providos de

dispositivos para fixação de sistema guarda-corpo e rodapé, conforme subitem

18.13.5. A estrutura do guarda-corpo deve ser metálica, com vedação em chapa ou

tela metálica resistente e bom estado de conservação.

18.15.30.1 - Os andaimes suspensos deverão ser dotados de placa de

identificação, colocada em local visível, onde conste a carga máxima de trabalho

permitida.

18.15.31 - O trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo pára -quedista,

ligado o trava quedas de segurança este, ligado a cabo–guia fixado em estrutura

independente da estrutura de fixação e sustentação do andaime suspenso.

EPI e acessórios em boas condições de uso e limpo 18.15.40 - Sobre os

andaimes suspensos somente é permitido depositar material para uso imediato.

Em relação à estrutura e vedação dos andaimes, a NR-18 define que “os

andaimes devem dispor de sistema guarda-corpo e rodapé, inclusive nas

cabeceiras, em todo o perímetro, conforme subitem 18.13.5, com exceção do lado

da face de trabalho”, entretanto, deve ainda “ter estrutura do guarda-corpo, metálica,

com vedação em chapa ou tela metálica resistente e bom estado de conservação”, a

fim de assegurar qualidade.

O item andaimes suspensos merece destaque pelo seu potencial em causar

acidentes graves, geralmente com óbito. Observa-se que as empresas estão

dedicando atenção especial a esse item, o mesmo ocorrendo em relação ao poder

fiscalizador.

4.2.3.6.2. Andaimes fachadeiros

Segundo a NR-18, Os andaimes fachadeiros devem dispor de proteção com

tela de arame galvanizado ou material de resistência e durabilidade equivalentes,

desde a primeira plataforma de trabalho até pelo menos 2,00m (dois metros) acima

da última plataforma de trabalho, sendo desejável que sejam totalmente entelados

externamente, com material que apresente resistência mecânica condizente com os

trabalhos, para impedir a queda de objetos.

88

4.2.3.7. Carpintaria

Canteiro 1 Canteiro 5

Figura 23 – Carpintarias encontradas nos canteiros de obras

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

4.2.3.8. Armações de aço

18.7.1. As operações em máquinas e equipamentos necessários à realização da

atividade de carpintaria somente podem ser realizadas por trabalhador certificado

emitido por instituição de educação profissional.

Manter em local visível, a identificação do operador qualificado autorizado.

18.7.2. A serra circular deve atender às disposições a seguir:

a) ser dotada de mesa estável, com fechamento de suas faces inferiores, anterior e

posterior, construída em madeira resistente e de primeira qualidade, material

metálico ou similar de resistência equivalente, sem irregularidades, com

dimensionamento suficiente para a execução das tarefas;

b) ter a carcaça do motor aterrada eletricamente;

c) o disco deve ser mantido afiado e travado, devendo ser substituído quando

apresentar trincas, dentes quebrados ou empenamentos;

d) as transmissões de força mecânica devem estar protegidas obrigatoriamente por

anteparos fixos e resistentes, não podendo ser removidos, em hipótese alguma,

durante a execução dos trabalhos;

e) ser provida de coifa protetora do disco e cutelo divisor, com identificação do

fabricante e ainda coletor de serragem.

O local deve ser organizado, com área definida para armazenamento de

madeiras e resíduos da carpintaria.

89

A coifa deve ter identificação visível do fabricante.

Diariamente, deve-se preencher check-list, fazendo as manutenções (quando

aplicável), registrar as ocorrências e comunicar ao setor competente.

18.7.3. Nas operações de corte de madeira, devem ser utilizados dispositivo

empurrador e guia de alinhamento.

18.7.4. As lâmpadas de iluminação da carpintaria devem estar protegidas contra

impactos provenientes da projeção de partículas.

Lâmpadas protegidas por estrutura metálica própria.

18.7.5. A carpintaria deve ter piso resistente, nivelado e antiderrapante, com

cobertura capaz de proteger os trabalhadores contra quedas de materiais e

intempéries.

Piso cimentado liso e limpo. Cobertura em laje ou telhado, exceto

fibrocimento.

Segundo a NR-18, carpintaria deve ter piso resistente, nivelado e

antiderrapante, com cobertura capaz de proteger os trabalhadores contra quedas de

materiais e intempéries. Neste sentido como contribuição dos técnicos “o piso deve

ser cimentado, nivelado e limpo e a cobertura em laje ou telhado, exceto

fibrocimento, dispositivo empurrador e guia de alinhamento, em bom estado de

conservação” Como contribuição dos técnicos, “o local deve, ainda, ser organizado,

com área definida para armazenamento de madeiras e resíduos da carpintaria”,

assim como “a coifa deve ter identificação visível do fabricante”.

Canteiro 1 Canteiro 2

Figura 24 – Central de armação de aço dos canteiros de obras

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

90

A atividade deve ser desenvolvida em área isolada e delimitada para essa

finalidade, sem cruzamento com fluxos da produção, devendo ainda, ocorrer em

local limpo e organizado, ter cobertura com laje ou telha, exceto fibrocimento. Outra

providência é manter as pontas de vergalhões protegidas com dispositivos

apropriados (plásticos ou em madeira),

4.2.4. Nota Global dos Canteiros

A média representada à avaliação geral dos cinco canteiros pesquisados que

foi de 7,73, sendo que as notas dos canteiros variam de 0 a 10 , como pode ser visto

na figura 25.

8

8,6

6,66

7,8

7,61

7,73

0 2 4 6 8 10

Obra 01

Obra 02

Obra 03

Obra 04

Obra 05

Média

Nota Global dos Canteiros

Obra 01

Obra 02

Obra 03

Obra 04

Obra 05

Média

Figura 25: Média das notas Global dos Canteiros.

Fonte: Pesquisa de Campo, 2014.

91

Capítulo 5

CAPITULO 5 – CONCLUSÕES, CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES

PARA TRABALHOS FUTUROS.

Neste capítulo serão apresentadas as conclusões da pesquisa, as

considerações finais, e serão oferecidas sugestões para trabalhos futuros.

5.1. CONCLUSÕES

Este estudo avaliou o nível qualitativo da implementação da NR-18 nos

canteiros de obras do subsetor de edificações em Belém/PA, considerando o

cumprimento aos requisitos legais e adicionalmente às referências qualitativas pré-

definidas, cuja amostra foi selecionada entre obras caracterizadas por boas práticas

de gestão e por boa visibilidade no mercado.

A amostra, composta por 5 obras, abrangendo 3 empresas e cerca de 700

trabalhadores, apesar de restrita quantitativamente, demonstra a viabilidade da

proposta que visa contribuir com um “olhar” mais crítico e detalhado sobre a

aplicação da NR-18 em canteiros de obras, na perspectiva de otimizar os

investimentos feitos pelas empresas. Afinal, se é mandatário e necessário aplicar

recursos em segurança para que a produção aconteça de maneira mais tranqüila e

sem os custos da “falta de segurança”, é mais sensato adotar uma postura mais

adequada, ou seja, tratar os custos com segurança como investimento, fazendo

parte do sistema de gestão da empresa, ou seja, inserindo-os no planejamento do

empreendimento, acompanhando e monitorando seus resultados e tomando ações

corretivas ou preventivas quando necessário.

Segundo trabalhadores e técnicos de SST das empresas, a presença da

fiscalização da SRTE e do sindicato dos trabalhadores, são os que mais influenciam

no cumprimento dos requisitos da norma. O fato das empresas terem certificação

ISO, ou adotarem práticas de gestão baseadas nesses modelos, ou outros como

“construção enxuta” também contribuiu para os bons resultados obtidos nesta

pesquisa, principalmente na adoção de medidas complementares que evidenciam as

boas práticas registradas neste trabalho.

92

A pesquisa revelou que, dos 5 canteiros avaliados, 4 situam-se na média

qualitativa de entre 6 e 8 com um conceito bom, enquanto que em apenas 1 canteiro

situa-se acima de 8, com conceito excelente.

De maneira geral verificamos que dos 5 canteiros avaliados, a pesquisa aponta 77,3

% de cumprimento da NR 18, segundo os itens avaliados pela lista de verificação

proposta por SAURIN e utilizada neste estudo.

Nesse contexto, o item “Segurança na Obra” apresentou o maior conjunto de

contribuições no campo das “referências qualitativas”, o mesmo ocorrendo em

relação à facilidade de obtenção de dados. Observamos que esse quesito evoluiu de

forma significativa nos canteiros de obras (apesar de ainda haver uma ampla

oportunidade para melhorias), demonstrando o amadurecimento crescente do setor

no que se refere à percepção dos gestores quanto à viabilidade e necessidade de

investimento na construção de ambientes de trabalho seguros traduzidos pela

melhoria das condições de conforto e higiene do ambiente de trabalho atendendo

cerca de 80 % da lista de verificação aplicada.

O item “Sistema de Movimentação e Armazenagem de Material” apresentou a

menor contribuições nas referências qualitativas, ocorrendo devido à falta de um

bom projeto de implantação do canteiro já com as previsões para a movimentação

de material e armazenagem do mesmo durante as fazes de execução principalmente

nos acabamentos onde verificamos maior dificuldade. Este item atendente apenas

cerca de 64 % da lista de verificação, mas ainda na média qualitativa de entre 6 e 8

com um conceito bom.

Já o item “Instalações Provisórias” apresentou cerca de 73 % de atendimento

ao questionário qualitativo e onde se verificou maiores reclamações de

colaboradores nos canteiros visitados nesta pesquisa.

Durante a aplicação da pesquisa de campo foi possível atestar a viabilidade

da se aplicação desse método, visto que as referências foram construídas com a

participação dos usuários diretos ou indiretos dos equipamentos e ambientes.

Trata-se, portanto, de um método onde as referências qualitativas não são

estanques e por isso devem estar em constante atualização, sempre na perspectiva

da melhoria contínua.

Este método sendo bem utilizado torna-se fácil por concentrar as informações

referentes às “exigências legais” e as “referências qualitativas” disponíveis na Lista

de Verificação, podendo ser aplicado nas inspeções de segurança, sendo os

93

resultados registrados no campo de observações. As ações corretivas ou de

melhoria decorrentes desse processo, devem ser incluídas no planejamento da

organização, preferencialmente no PCMAT e monitorando-se os resultados e

corrigindo eventuais falhas.

O grande desafio está em fazer com que os gestores e técnicos entendam as

questões ligadas à segurança como parte da gestão da empresa e dos

empreendimentos e não como algo que não agrega valor ao produto ou como

atividade específica.

Portanto, a produção e o produto (obra pronta) decorrem de uma série de

atividades fundamentalmente executadas por pessoas, em ambientes e postos de

trabalho que se modificam com o andamento da produção e em condições nem

sempre favoráveis ao ser humano. Daí a necessidade de investir em melhorias que

resultem na construção de ambientes de produção dignos e seguros e, como

conseqüência, buscar melhores resultados de desempenho.

5.2. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante a pesquisa, algumas dificuldades foram encontradas, principalmente

na coleta de informações relacionadas a alguns itens, determinando a necessidade

de efetuar nova visita aos canteiros, geralmente para obter evidência documental

com a finalidade de caracterizar o cumprimento das exigências.

Da mesma forma, a dificuldade de acesso a algumas obras, impediram maior

abrangência deste estudo (ampliação da amostra), visto que, algumas empresas que

foram consideradas inicialmente muito importantes para o alcance dos objetivos

deste estudo, não concordaram com a visita alegando código de ética interno, ou

criando longos caminhos burocráticos impraticáveis até a matriz distante, ou por

acharem que estariam expostas negativamente podendo sofrer abalos de imagem,

apesar do compromisso assumido de confidencialidade na identificação e tratamento

das informações coletadas.

Apesar de não ter sido alvo neste estudo, observou-se durante a pesquisa de

campo que o PCMAT continua sendo um documento de prateleira e ainda não

conseguiu atingir o status de “projeto de segurança da obra”, conforme declaração

de 100% dos técnicos e gestores das obras pesquisadas. Em 1 das obras

encontrou-se a melhor prática, onde o PCMAT é utilizado como instrumento para a

94

gestão, onde segundo o engenheiro “usam o PCMAT para cobrar a execução das

medidas previstas, treinamentos, etc”. Nas demais, o PCMAT é normalmente

atualizado conforme o andamento da obra, no máximo servindo como registro das

ações tomadas, para efeito de fiscalização.

Observou-se também a necessidade de melhorar o quesito “organização e

limpeza dos canteiros”, sendo recomendável investir em programas como o “5S”, já

consolidado como ferramenta de gestão, com excelentes resultados obtidos em

vários canteiros no Brasil, com ganhos de produtividade, segurança e motivação dos

trabalhadores.

5.3. RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Para alguns itens da NR-18, selecionados para compor o escopo deste

estudo, não foram encontradas referências qualitativas, complementares às

exigências da NR- 18, sendo importante o preenchimento dessas lacunas, que

abrem novas oportunidades de pesquisa.

Considerando-se a limitação de escopo deste estudo, deve-se ampliá-lo,

estendendo-o a outros itens da NR-18 que não foram possíveis avaliar, no sentido

de criar referências qualitativas, gradativamente, visando maior abrangência.

Além das questões técnicas envolvidas no estudo, torna-se importante

abordar de forma mais detalhada, aspectos relacionados à gestão, à cultura da

empresa, observando a maneira como as empresas aplicam e disseminam nos

vários níveis da organização, os conceitos de qualidade e segurança, de forma a

traduzi-los em ações concretas, de maneira sistematizada, capazes de possibilitar a

aprendizagem organizacional em termos de melhor entendimento e mensuração de

resultados.

95

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAUJO, Nelma Mirian Chagas. Proposta de Sistema de gestão de segurança e

saúde no trabalho baseado na OHSAS 18001, para empresas construtoras de

edificações verticais. Tese de doutorado apresentado ao Curso de Pós-Graduação

em Engenharia de Produção da Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa,

2002.

ASSOCIAÇÂO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 8950 - Indústria da

Construção Civil. 1984.

CERQUEIRA, Jorge Pedreira de. Sistemas de gestão integradas: ISO 9001, NBR

16.001, OHSAS 18.001, SA 8.00: Conceitos e aplicações. Rio de Janeiro,

Qualitymark, 2006.

COSTELLA, M.F. Análise dos acidentes do trabalho e doenças profissionais

ocorridos na atividade de construção civil no Rio Grande do Sul em 1996 e

1997. Dissertação de Mestrado em Engenharia (Civil), Universidade Federal do Rio

Grande do Sul. Porto Alegre, 1999.

CRUZ, S.M.S. Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional nas Empresas de

Construção Civil. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Santa

Catarina. Florianópolis, 1998.

ESPINOZA, Juan Wilder Moore. Implementação de um Programa de Condições e

Meio Ambiente no Trabalho na indústria da construção para os canteiros de

obras no sub setor de edificações utilizando um sistema Informatizado.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de

Produção da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para

obtenção de grau Mestre em Engenharia de Produção. Florianópolis, 2002.

96

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Informe Estatístico da Indústria. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e

Comércio. Disponível em www.mdic.gov.br

MELO M.S. Livro da CIPA: Manual de Segurança e Saúde no Trabalho.

FUNDACENTRO – São Paulo, 1997.

ROCHA, C.A.G.C. Diagnóstico do cumprimento da NR 18 no subsetor

edificações da construção civil e sugestões para melhorias. Dissertação de

Mestrado apresentada à Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre,

1999.

SAMPAIO, J. C. A. PCMAT: Programa de Condições e Meio Ambiente do

Trabalho na Indústria da Construção. São Paulo , Pini, SINDUSCON/SP, 1998.

SAURIN, T.A., LANTELME, E.M.V. & FORMOSO, C.T., Contribuições para

revisão da NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da

Construção Civil (Relatório de Pesquisa). Programa de Pós Graduação em

Engenharia Civil e Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção. Porto

Alegre, 2000.

97

ANEXOS: LISTA DE VERIFICAÇÃ EM OBRAS

OBRA 01: RIACHO DOCE

A) INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS SIM NÃO Não se Aplica

Nota

A1) TIPOLOGIA DAS INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS * São utilizadas instalações móveis (containers)? ( )Sim ( x )Não

SIM NÃO Não se Aplica

Nota

A1.1) Há modulação dos barracos. X -

A1.2) Os painéis são unidos com parafusos, grampos ou solução equivalente que facilite o processo de montagem e desmontagem.

X -

A1.3) Os painéis são pintados e estão em bom estado de conservação

X -

A1.4) Foram aproveitadas construções existentes para instalações da obra.

X -

A1.5) Os barracos estão em locais livres da queda de matérias, ou então a sua cobertura tem proteção.

X -

A2) TAPUMES SIM NÃO Não se Aplica

Nota

A2.1) Existe alguma espécie de pintura decorativa e/ou logomarca da empresa.

X 0

A2.2) Os tapumes são constituídos de material resistente e estão em bom estado de conservação.

X 0

A3) ACESSOS

A3.1) Existe portão exclusivo para entrada de pedestres (cliente e operários)

X 1

A3.2) Existe caminho ,calçado e coberto, desde o portão de entrada até a área edificada

X 0

A3.3) Há possibilidade de entrada de caminhões no canteiros

X 1

A3.4) Caso a obra localize - se em uma esquina, o acesso de caminhões é pela rua com trânsito menos movimentado.

X -

A4) GUARITA DO VIGIA / PORTARIA ( x )existe ( )não existe

SIM NÃO Não se Aplica

Nota

A4.1) Esta junto ao portão de entrada de pessoas X 1

A4.2) Na guarita são distribuídos capacetes para os visitantes

X 1

A4.3) Há campainha no portão de entrada de pessoas

X 0

A5) ESCRITÓRIO (Sala de mestre /Engenheiro) ( x )existe ( )não existe

A5.1) Tem visão global do terreno X 0

A5.2)A documentação técnica da obra está à vista e é de fácil localização

X 1

A5.3) Tem estojo com matérias para primeiros socorros

X 1

A6) ALMOXERIFADO ( x )existe ( )não existe

A6.1) Está perto do ponto de descarga de caminhões X 1

98

A6.2) Existem etiquetas com nomes de matérias e equipamentos

X 1

A6.3) É dividido em dois ambientes, um para armazenamento de matérias ferramentas e outro para a sala do almoxarife com janela de expediente.

X 1

A7) LOCAL PARA REFEIÇÕES ( X ) existe ( ) não existe

A7.1) Há lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior (NR-18)

X 1

A7.2) Tem fechamento que permite isolamento durante as refeições(NR-18)

X 1

A7.3) Tem piso de concreto, cimentado ou outro material lavável (NR-18)

X 1

A7.4) Tem depósito com tampa para detritos (NR-18) X 1

A7.5) Há assentos em números suficiente para atender aos usuários (NR-18)

X 1

A7.6) As mesas são separadas de forma que os trabalhadores agrupem-se segundo sua vontade .

X 1

A8) VESTIÁRIO ( X )Existe ( ) Não existe SIM NÃO Não se aplica

Nota

A8.1) Tem piso de concreto, cimentado ou material equivalente (NR- 18)

X 1

A8.2) Tem bancos e cabides que não sejam de pregos

X 0

A8.3) Tem armários individuais dotados de fechaduras e cadeado (NR-18)

X 1

A9) INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ( X ) Existem ( ) Não existem

SIM NÃO Não se aplica

Nota

No de chuveiros ___06 ____ No de vasos sanitários:___07 ____ No de Lavatórios:____01_______ No de mictórios :____01_______

A9.1) Os banheiros estão ao lado do vestiário X 1

A9.2) O mictório e o lavatório são passíveis de reaproveitamento

X 1

A9.3) Há banheiros volantes nos andares (somente para prédios com 5 ou mais pavimentos

X -

A9.4) Há papel higiênico e recipientes para depósito de papéis usados no banheiro (NR-18)

X 1

A9.5) Nos locais onde estão os chuveiros há piso de material antiderrapante ou estrado de madeira

X 0

A9.6) Há suporte para sabonete e cabide para toalha correspondente à cada chuveiro ( NR-18).

X 1

A9.7) Há um banheiro somente para as pessoas da administração da obra (mestre , eng., e técnico )

X 0

A9.8) Para deslocar-se do posto de trabalho até as instalações sanitárias é necessário percorrer menos de 150,0 m (NR-18)

X 0

A9.9) As paredes internas dos locais onde estão instalados os chuveiros são de alvenaria ou revestidos com chapas galvanizadas ou outro material impermeável.

X 0

99

A.10) ÁREAS DE LAZER

A10.1) O refeitório ou outro local é aproveitado como área de lazer, possuindo televisão ou jogos.

X -

NOTA- INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS

PONTOS POSSÍVEIS (PP) PONTOS OBTIDOS

(PO)

(PO/PP) X10

31 21 6,77

B)SEGURANÇA NA OBRA SIM NÃO Não se aplica

Nota

B1) ESCADAS B1.1) Há corrimão provisório constituído de madeira ou outro material de resistência equivalente (NR -18)

X 1

B1.2) Há escada ou rampa provisória para transposição de pisos com desnível superior há 40 cm(NR-18)

X 1

B1.3) Quando da concretagem da escada já é deixada alguma espécie de espera para servir de montante para os corrimãos

X 1

B1.4) Os corrimãos são pintados e estão em bom estado de conservação.

X 1

B1.5) As lâmpadas dos patamares das escadas possuem proteção gradeada contra batidas

X -

B2) ESCADAS DE MÃO SIM NÃO Não se aplica

Nota

B2.1) As escadas de mão ultrapassam em cerca de 1,0 m o piso superior (NR - 18)

X 0

B2.2) As escadas de mão estão fixadas nos pisos superior e inferior , ou são dotadas de dispositivo que impeça escorregamento (NR-18)

X 1

B3) POÇO DO ELEVADOR B3.1) Há fechamento provisório, com um guarda-corpo e um rodapé ,de no minimo1,20 m de altura (NR-18)

X -

B3.2)O fechamento provisório é constituído de material resistente e está seguramente fixado à estrutura (NR-18)

X -

B3.3) Há assoalhamento de madeira ou malha de ferros dentro dos poços para amenizar eventuais quedas

X -

B4) PROTEÇÃO CONTRA QUEDA NO PERÍMETRO DOS PAVIMENTOS SIM NÃO

Não se aplica

Nota

*Há andaime fachadeiro ( )sim ( x ) não *Se a resposta for sim passe para B4.1) Há proteção efetiva, constituída por anteparo rígido com guarda-corpo e rodapé revestido com tela (NR-18)

X -

B5) ABERTURAS NO PISO B5.1) Todas as aberturas nos pisos de lajes tem fechamento provisório resistente (NR-18)

X -

100

B6) PLATAFORMA DE PROTEÇÃO (bandeja salva-vidas) B6.1) A plataforma principal de proteção está na primeira Laje que esteja no mínimo um pé-direito acima do nível do terreno (NR-18).

X -

B6.2) Existem plataformas secundárias de proteção a cada 3 lajes, a partir da plataforma principal (NR-18)

X -

B6.3) As plataformas contornam toda a periferia da edificação (NR-18)

X -

B6.4) Os painéis das bandejas são fixados com parafusos ou borboletas

X -

B6.5) A fixação das treliças é feita através de furo na viga, espera na Laje ou solução equivalente

X -

B6.6) A plataforma principal e as secundárias tem largura de 2,50 m + 0,80 m (à 45º) e 1,40 m + 0,80 m (à 45º) respectivamente (NR-18)

X -

B6.7) O conjunto bandejas/treliças é pintado e está em bom estado de conservação

X -

B7) SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA B7.1) Há identificação dos locais de apoio (banheiros, escritório, almoxarifado, etc.) que compõe o canteiro (NR-18)

X 1

B7.2) Há alertas quanto a obrigatoriedade do uso de EPI, especifico para a atividade executada, próximos ao posto de trabalho (NR-18)

X 1

b7.3) Existe identificação dos andares da obra X 0 B7.4) Há advertências quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho e guindaste (NR-18)

X -

B7.5) Há uma placa no elevador de materiais, indicando a carga máxima e a proibição do transporte de pessoas (NR-18)

X -

B8) EPI"s SIM NÃO Não se aplica

Nota

B8.1) São fornecidos capacetes para os visitantes

X 1

B8.2) Independente da função todo trabalhador está usando botinas e capacetes

X 1

B8.3) Os trabalhadores estão usando uniforme cedido pela empresa (NR-18)

X 1

B8.4) Trabalhadores em andaimes externos ou quaisquer outro serviço à mais de 2,0m de altura, usam cinto de segurança com cabo fixado na construção (NR-18)

X 1

B9) INSTALAÇÕES ELÉTRICAS B9.1) Circuitos e equipamentos não tem partes vivas expostas, tais como fios desencapados.

X 0

B9.2) Os fios condutores estão em locais livres do trânsito de pessoas e equipamentos, de modo que está preservada sua isolação(NR-18)

X 1

B9.3) Todas as máquinas e equipamentos elétricos estão ligados por conjunto plugue e tomada (NR-18)

X 1

B9.4) As redes de alta tensão estão protegidas de modo a evitar contatos acidentais com veículos, equipamentos e trabalhadores (NR-18)

X 1

101

B10) ANDAIMES SUSPENSOS B10.1) Os andaimes dispõe de guarda-corpo e rodapé em todo o perímetro, exceto na face de trabalho (NR-18)

X 1

B10.2) Existe tela de arame, náilon ou outro material de resistência equivalente presa no guarda-corpo e rodapé (NR-18)

X 0

B11) PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO B11.1) O canteiro possui extintores para combate à princípios de incêndio (NR-18). No. de extintores:___02_______

X 1

B12) GUINCHO B12.1) A torre do guincho é revestida com tela (NR-18)

X -

B12.2) As rampas de acesso à torre são dotadas de guarda-corpo e rodapé, sendo planas ou ascendentes no sentido da torre (NR-18)

X -

B12.3) Há pneus ou outra espécie de amortecimento para a plataforma do elevador no térreo

X -

B12.4) O posto de trabalho do guincheiro é isolado e possui cobertura de proteção contra queda de materiais (NR-18)

X -

B12.5) Há assento ergonômico para o guincheiro (NR-18)

X -

B12.6) A plataforma do elevador é dotada de contenção nas laterais em que não há carga-descarga

X -

B12.7) No térreo o acesso a plataforma do elevador é plano, não exigindo esforço adicional no empurramento de carrinhos/jericas

X -

B12.8) Nas concretagens são deixados ganchos de ancoragem nos pavimentos para atirantar a torre do guincho

X -

B12.9) Caso o guincho utilize campainha, o operário pode acioná-la sem subir na plataforma do elevador

X -

B13) GRUA B13.1) Existe delimitação das áreas de carga e descarga de materiais (NR-18)

X -

B13.2) a grua possui alarme sonoro que é acionado pelo operador quando há movimentação de carga (NR-18)

X -

NOTA - SEGURANÇA NA OBRA

PONTOS POSSÍVEIS (PP) PONTOS OBTIDOS

(PO)

(PO/PP) X 10

20 16 8,0

102

C) SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM DE MATERIAIS

SIM NÃO Não se aplica

Nota

C1) VIAS DE CIRCULAÇÃO C1.1) Há contrapiso nas áreas de circulação de materiais ou pessoas

X 0

C1.2) Existe cobertura para transporte de materiais da betoneira até o guincho

X 0

C1.3) É permitido o trânsito de carrinhos/jericas perto dos estoques em que tais equipamentos fazem-se necessários

X 1

C1.4) Há caminhos previamente definidos para os principais fluxos de materiais, próximo ao guincho, e nas áreas de produção de argamassa e armazenamento

X 0

C2)ENTULHO C2.1) São utilizadas caixas para desperdícios nos andares e/ou depósito central de desperdícios

X 0

C2.2) O entulho é transportado para o térreo através de calha ou tubo coletor

X 0

C2.3) O canteiro está limpo sem caliça e sobras de madeira espalhadas, de forma que não está prejudicada a segurança e circulação de materiais e pessoas

X 1

C2.4) O entulho é separado por tipo de material e reaproveitado

X 0

C3) GUINCHO C3.1) A comunicação com o guincheiro é feita através de botão em cada pavimento que aciona lâmpada ou campainha junto ao guincheiro (NR-18). *Se for outro sistema

X -

C3.2) Há utilização de tubo fone em combinação com outro sistema de comunicação

X -

C3.3) Há placa com a logomarca da empresa na torre do guincho

X -

C3.4) O guincho está na posição mais próxima possível do baricentro do pavimento tipo

X -

C3.5) O guincho está em frente a parede cega X - C3.6) A área próxima ao guincho está desobstruída, permitindo livre circulação dos equipamentos de transporte

X -

C3.7) As peças para acesso nos pavimentos são amplas, facilitando a carga/descarga e o estoque provisório de materiais nestes locais

X -

C4) ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS CIMENTO C4.1) Existe estrado sob o estoque de cimento X 1 C4.2) As pilhas de cimento tem no máximo 10 sacos

X 1

C4.3) O estoque está protegido da umidade em depósito fechado e coberto (Caso não exista depósito há cobertura com lona ou outro dispositivo)

X 1

C4.4) Havendo depósito fechado é praticada estocagem do tipo PEPS ( o primeiro saco à entrar é o primeiro à sair)

X 0

103

C4.5) No caso das pilhas estarem adjacentes à paredes ( do depósito ou não) há uma distância mínima de 0,30 m para permitir a circulação de ar

X 1

AGREGADOS E ARGAMASSAS SIM NÃO Não se aplica

Nota

C4.6) As baias para areia/brita/argamassa tem contenção em três lados

X

0

C4.7) As baias tem fundo cimentado para evitar contaminação do estoque

X 0

C4.8) A areia é descarregada no local definido de armazenagem (não há duplo manuseio)

X 1

C4.9) A argamassa é descarregada no local definido de armazenagem (não há duplo manuseio)

X 1

C4.10) As baias de areia e argamassa estão em locais protegidos da chuva ou tem cobertura com lona

X 0

C4.11) As baias de areia e argamassa estão próximas da betoneira. *Estime as distâncias em metros:_5 metros____________

X 1

TIJOLOS/BLOCOS C4.12) O estoque está em local limpo e nivelado, sem contado direto com o solo

x 1

C4.13) É feita a separação de tijolos por tipo x - C4.14) As pilhas de tijolos tem até 1,80 m de altura

x 0

C4.15) Os tijolos são descarregados no local definitivo de armazenagem

x 1

C4.16) O estoque está em local protegido da chuva ou tem cobertura com lona

x 1

C4.17) O estoque está próximo do guincho. *Estime a distância em metros:_____10 metros________

x 1

AÇO C4.18) O aço é protegido do contato com o solo x 1 C4.19) As barras de aço são separadas de acordo com a bitola (NR-18)

x 1

TUBOS DE PVC C4.20) Os tubos são armazenados em camadas, com espaçadores, separados de acordo com a bitola das peças (NR-18)

x 1

C4.21) Os tubos estão estocados em locais livres da ação direta do sol, ou tem cobertura com lona

x 1

C5)PRODUÇÃO DE ARGAMASSA/CONCRETO C5.1) A boca da betoneira descarga do lado mais próximo ao acesso do guincho

x 0

C5.2) A betoneira está próxima do guincho. Distância em metros___50 metros_____

x 0

C5.3) A betoneira descarga diretamente nos carrinhos/masseira ou existe base preparada para a argamassa produzida

x 1

C5.4) Há indicações de traço para a produção de argamassa ,e as mesmas estão em local visível

x 1

104

C5.5) A dosagem do cimento é feita com equipamento dosador

x 0

C5.6) A dosagem da areia é feita com equipamento dosador

x 0

C5.7) A dosagem da água é feita com equipamento dosador

x 0

NOTA - MOVIMENTO E ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS

PONTOS POSSÍVEIS (PP) PONTOS OBTIDOS

(PO)

(PO/PP) X 10

34 19 5,58

NOTA GLOBAL DO CANTEIRO:

(Nota da instalação Provisória + Nota de Segurança + Nota Movimentação e

Armazenagem) / 3 =

105

OBRA 02: PIAZZA

A) INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS SIM NÃO Não se

Aplica Nota

A1) TIPOLOGIA DAS INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS * São utilizadas instalações móveis (containers)? ( )Sim ( x )Não

SIM NÃO Não se

Aplica Nota

A1.1) Há modulação dos barracos. X -

A1.2) Os painéis são unidos com parafusos, grampos ou solução equivalente que facilite o processo de montagem e desmontagem. X -

A1.3) Os painéis são pintados e estão em bom estado de conservação

X -

A1.4) Foram aproveitadas construções existentes para instalações da obra.

X -

A1.5) Os barracos estão em locais livres da queda de materiais, ou então a sua cobertura tem proteção.

X -

A2) TAPUMES SIM NÃO Não se

Aplica Nota

A2.1) Existe alguma espécie de pintura decorativa e/ou logomarca da empresa.

x 1

A2.2) Os tapumes são constituídos de material resistente e estão em bom estado de conservação.

x 1

A3) ACESSOS

A3.1) Existe portão exclusivo para entrada de pedestres (cliente e operários)

x 1

A3.2) Existe caminho ,calçado e coberto, desde o portão de entrada até a área edificada

x 1

A3.3) Há possibilidade de entrada de caminhões no canteiros x 0

A3.4) Caso a obra localize - se em uma esquina, o acesso de caminhões é pela rua com trânsito menos movimentado.

x -

A4) GUARITA DO VIGIA / PORTARIA ( x )existe ( )não existe SIM NÃO Não se

Aplica Nota

A4.1) Esta junto ao portão de entrada de pessoas x 1

A4.2) Na guarita são distribuídos capacetes para os visitantes x 1

A4.3) Há campainha no portão de entrada de pessoas x 0

A5) ESCRITÓRIO (Sala de mestre /Engenheiro) ( x )existe ( )não existe

A5.1) Tem visão global do terreno x 0

A5.2)A documentação técnica da obra está à vista e é de fácil localização

x 1

A5.3) Tem estojo com materiais para primeiros socorros x 1

A6) ALMOXERIFADO ( x )existe ( )não existe

A6.1) Está perto do ponto de descarga de caminhões x 0

A6.2) Existem etiquetas com nomes de materiais e equipamentos

x 1

A6.3) É dividido em dois ambientes, um para armazenamento de materiais ferramentas e outro para a sala do almoxarife com janela de expediente.

x 1

106

A7) LOCAL PARA REFEIÇÕES ( X ) existe ( ) não existe

A7.1) Há lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior (NR-18)

x 1

A7.2) Tem fechamento que permite isolamento durante as refeições(NR-18)

x 1

A7.3) Tem piso de concreto, cimentado ou outro material lavável (NR-18)

x 1

A7.4) Tem depósito com tampa para detritos (NR-18) x 1

A7.5) Há assentos em números suficiente para atender aos usuários (NR-18)

x 1

A7.6) As mesas são separadas de forma que os trabalhadores agrupem-se segundo sua vontade .

x 1

A8) VESTIÁRIO ( X )Existe ( ) Não existe SIM NÃO Não se

aplica Nota

A8.1) Tem piso de concreto, cimentado ou material equivalente (NR- 18)

x 1

A8.2) Tem bancos e cabides que não sejam de pregos x 0

A8.3) Tem armários individuais dotados de fechaduras e cadeado (NR-18)

x 1

A9) INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ( X ) Existem ( ) Não existem

SIM NÃO Não se

aplica Nota

No de chuveiros ___15 ____ No de vasos sanitários:___12 ____ No de Lavatórios:____5_____ No de mictórios:___2______

A9.1) Os banheiros estão ao lado do vestiário x 1

A9.2) O mictório e o lavatório são passíveis de reaproveitamento

x 1

A9.3) Há banheiros volantes nos andares (somente para prédios com 5 ou mais pavimentos

x 0

A9.4) Há papel higiênico e recipientes para depósito de papéis usados no banheiro (NR-18)

x 1

A9.5) Nos locais onde estão os chuveiros há piso de material antiderrapante ou estrado de madeira

x 0

A9.6) Há suporte para sabonete e cabide para toalha correspondente à cada chuveiro ( NR-18).

x 1

A9.7) Há um banheiro somente para as pessoas da administração da obra (mestre , eng., e técnico )

x 1

A9.8) Para deslocar-se do posto de trabalho até as instalações sanitárias é necessário percorrer menos de 150,0 m (NR-18)

x 1

A9.9) As paredes internas dos locais onde estão instalados os chuveiros são de alvenaria ou revestidos com chapas galvanizadas ou outro material impermeável.

x 1

A.10) ÁREAS DE LAZER

A10.1) O refeitório ou outro local é aproveitado como área de lazer, possuindo televisão ou jogos.

x 1

107

NOTA- INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS

PONTOS POSSÍVEIS (PP) PONTOS OBTIDOS

(PO)

(PO/PP) X10

33 26 7,87

B)SEGURANÇA NA OBRA SIM NÃO Não se

aplica Nota

B1) ESCADAS B1.1) Há corrimão provisório constituído de madeira ou outro material de resistência equivalente (NR -18)

X 1

B1.2) Há escada ou rampa provisória para transposição de pisos com desnível superior há 40 cm(NR-18)

x -

B1.3) Quando da concretagem da escada já é deixada alguma espécie de espera para servir de montante para os corrimãos

x -

B1.4) Os corrimãos são pintados e estão em bom estado de conservação.

x 0

B1.5) As lâmpadas dos patamares das escadas possuem proteção gradeada contra batidas

x 1

B2) ESCADAS DE MÃO SIM NÃO Não se

aplica Nota

B2.1) As escadas de mão ultrapassam em cerca de 1,0 m o piso superior (NR - 18)

x -

B2.2) As escadas de mão estão fixadas nos pisos superior e inferior , ou são dotadas de dispositivo que impeça escorregamento (NR-18)

x -

B3) POÇO DO ELEVADOR B3.1) Há fechamento provisório, com um guarda-corpo e um rodapé ,de no minimo1,20 m de altura (NR-18)

x 1

B3.2)O fechamento provisório é constituído de material resistente e está seguramente fixado à estrutura (NR-18)

x 1

B3.3) Há assoalhamento de madeira ou malha de ferros dentro dos poços para amenizar eventuais quedas

x 0

B4) PROTEÇÃO CONTRA QUEDA NO PERÍMETRO DOS PAVIMENTOS SIM NÃO

Não se

aplica Nota

*Há andaime fachadeiro ( x )sim ( ) não *Se a resposta for sim passe para B4.1) Há proteção efetiva, constituída por anteparo rígido com guarda-corpo e rodapé revestido com tela (NR-18)

x 1

B5) ABERTURAS NO PISO B5.1) Todas as aberturas nos pisos de lajes tem fechamento provisório resistente (NR-18)

x 1

B6) PLATAFORMA DE PROTEÇÃO (bandeja salva-vidas) B6.1) A plataforma principal de proteção está na primeira Laje que esteja no mínimo um pé-direito acima do nível do terreno (NR-18).

X 1

108

B6.2) Existem plataformas secundárias de proteção a cada 3 lajes, a partir da plataforma principal (NR-18)

X 1

B6.3) As plataformas contornam toda a periferia da edificação (NR-18)

X 1

B6.4) Os painéis das bandejas são fixados com parafusos ou borboletas

X 1

B6.5) A fixação das treliças é feita através de furo na viga, espera na Laje ou solução equivalente

X 1

B6.6) A plataforma principal e as secundárias tem largura de 2,50 m + 0,80 m (à 45º) e 1,40 m + 0,80 m (à 45º) respectivamente (NR-18)

X 1

B6.7) O conjunto bandejas/treliças é pintado e está em bom estado de conservação

X 1

B7) SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA B7.1) Há identificação dos locais de apoio (banheiros, escritório, almoxarifado, etc.) que compõe o canteiro (NR-18)

X 1

B7.2) Há alertas quanto a obrigatoriedade do uso de EPI, especifico para a atividade executada, próximos ao posto de trabalho (NR-18)

X 1

b7.3) Existe identificação dos andares da obra X 0 B7.4) Há advertências quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho e guindaste (NR-18)

x 1

B7.5) Há uma placa no elevador de materiais, indicando a carga máxima e a proibição do transporte de pessoas (NR-18)

x 1

B8) EPI"s SIM NÃO Não se

aplica Nota

B8.1) São fornecidos capacetes para os visitantes X 1 B8.2) Independente da função todo trabalhador está usando botinas e capacetes

X 1

B8.3) Os trabalhadores estão usando uniforme cedido pela empresa (NR-18)

X 1

B8.4) Trabalhadores em andaimes externos ou quaisquer outro serviço à mais de 2,0m de altura, usam cinto de segurança com cabo fixado na construção (NR-18)

X 1

B9) INSTALAÇÕES ELÉTRICAS B9.1) Circuitos e equipamentos não tem partes vivas expostas, tais como fios desencapados (NR-18)

x 1

B9.2) Os fios condutores estão em locais livres do trânsito de pessoas e equipamentos, de modo que está preservada sua isolação(NR-18)

x 0

B9.3) Todas as máquinas e equipamentos elétricos estão ligados por conjunto plugue e tomada (NR-18)

X 1

B9.4) As redes de alta tensão estão protegidas de modo a evitar contatos acidentais com veículos, equipamentos e trabalhadores (NR-18)

X 1

B10) ANDAIMES SUSPENSOS B10.1) Os andaimes dispõe de guarda-corpo e rodapé em todo o perímetro, exceto na face de trabalho (NR-18)

X -

B10.2) Existe tela de arame, náilon ou outro material de resistência equivalente presa no guarda-corpo e rodapé (NR-18)

X -

109

B11) PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO B11.1) O canteiro possui extintores para combate à princípios de incêndio (NR-18). No. de extintores:___10_______

X 1

B12) GUINCHO B12.1) A torre do guincho é revestida com tela (NR-18) x 1 B12.2) As rampas de acesso à torre são dotadas de guarda-corpo e rodapé, sendo planas ou ascendentes no sentido da torre (NR-18)

x 1

B12.3) Há pneus ou outra espécie de amortecimento para a plataforma do elevador no térreo

x 1

B12.4) O posto de trabalho do guincheiro é isolado e possui cobertura de proteção contra queda de materiais (NR-18)

x 1

B12.5) Há assento ergonômico para o guincheiro (NR-18)

x 1

B12.6) A plataforma do elevador é dotada de contenção nas laterais em que não há carga-descarga

x 1

B12.7) No térreo o acesso a plataforma do elevador é plano, não exigindo esforço adicional no empurramento de carrinhos/jericas

x 0

B12.8) Nas concretagens são deixados ganchos de ancoragem nos pavimentos para atirantar a torre do guincho

X -

B12.9) Caso o guincho utilize campainha, o operário pode acioná-la sem subir na plataforma do elevador

X -

B13) GRUA B13.1) Existe delimitação das áreas de carga e descarga de materiais (NR-18)

X -

B13.2) a grua possui alarme sonoro que é acionado pelo operador quando há movimentação de carga (NR-18)

X -

NOTA - SEGURANÇA NA OBRA

PONTOS POSSÍVEIS (PP) PONTOS OBTIDOS

(PO)

(PO/PP) X 10

36 31 8,6

C) SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM DE MATERIAIS SIM NÃO Não se

aplica Nota

C1) VIAS DE CIRCULAÇÃO C1.1) Há contrapiso nas áreas de circulação de materiais ou pessoas

x 1

C1.2) Existe cobertura para transporte de materiais da betoneira até o guincho

x 1

C1.3) É permitido o trânsito de carrinhos/jericas perto dos estoques em que tais equipamentos fazem-se necessários

x 1

C1.4) Há caminhos previamente definidos para os principais fluxos de materiais, próximo ao guincho, e nas áreas de produção de argamassa e armazenamento

x 1

110

C2)ENTULHO C2.1) São utilizadas caixas para desperdícios nos andares e/ou depósito central de desperdícios

x 1

C2.2) O entulho é transportado para o térreo através de calha ou tubo coletor

x 1

C2.3) O canteiro está limpo sem caliça e sobras de madeira espalhadas, de forma que não está prejudicada a segurança e circulação de materiais e pessoas

x 0

C2.4) O entulho é separado por tipo de material e reaproveitado

x 0

C3) GUINCHO C3.1) A comunicação com o guincheiro é feita através de botão em cada pavimento que aciona lâmpada ou campainha junto ao guincheiro (NR-18). *Se for outro sistema

x 1

C3.2) Há utilização de tubo fone em combinação com outro sistema de comunicação

x 0

C3.3) Há placa com a logomarca da empresa na torre do guincho

x 0

C3.4) O guincho está na posição mais próxima possível do baricentro do pavimento tipo

x 1

C3.5) O guincho está em frente a parede cega x 0 C3.6) A área próxima ao guincho está desobstruída, permitindo livre circulação dos equipamentos de transporte

x 1

C3.7) As peças para acesso nos pavimentos são amplas, facilitando a carga/descarga e o estoque provisório de materiais nestes locais

x 1

C4) ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS CIMENTO C4.1) Existe estrado sob o estoque de cimento x 1 C4.2) As pilhas de cimento tem no máximo 10 sacos x 0 C4.3) O estoque está protegido da umidade em depósito fechado e coberto (Caso não exista depósito há cobertura com lona ou outro dispositivo)

x 1

C4.4) Havendo depósito fechado é praticada estocagem do tipo PEPS ( o primeiro saco à entrar é o primeiro à sair)

x 0

C4.5) No caso das pilhas estarem adjacentes à paredes ( do depósito ou não) há uma distância mínima de 0,30 m para permitir a circulação de ar

x 1

AGREGADOS E ARGAMASSAS SIM NÃO Não se

aplica Nota

C4.6) As baias para areia/brita/argamassa tem contenção em três lados

x

0

C4.7) As baias tem fundo cimentado para evitar contaminação do estoque

x 1

C4.8) A areia é descarregada no local definido de armazenagem (não há duplo manuseio)

x 0

C4.9) A argamassa é descarregada no local definido de armazenagem (não há duplo manuseio)

x 0

C4.10) As baias de areia e argamassa estão em locais protegidos da chuva ou tem cobertura com lona

x 0

C4.11) As baias de areia e argamassa estão próximas da betoneira.

x 1

111

TIJOLOS/BLOCOS C4.12) O estoque está em local limpo e nivelado, sem contado direto com o solo

x 1

C4.13) É feita a separação de tijolos por tipo x 1 C4.14) As pilhas de tijolos tem até 1,80 m de altura x 0 C4.15) Os tijolos são descarregados no local definitivo de armazenagem

x 0

C4.16) O estoque está em local protegido da chuva ou tem cobertura com lona

x 1

C4.17) O estoque está próximo do guincho. *Estime a distância em metros:____40 metros_________

x 0

AÇO C4.18) O aço é protegido do contato com o solo x 0 C4.19) As barras de aço são separadas de acordo com a bitola (NR-18)

x 0

TUBOS DE PVC C4.20) Os tubos são armazenados em camadas, com espaçadores, separados de acordo com a bitola das peças (NR-18)

x 1

C4.21) Os tubos estão estocados em locais livres da ação direta do sol, ou tem cobertura com lona

x 1

C5)PRODUÇÃO DE ARGAMASSA/CONCRETO C5.1) A boca da betoneira descarga do lado mais próximo ao acesso do guincho

x 1

C5.2) A betoneira está próxima do guincho. * Estime a distância em metros________

x 0

C5.3) A betoneira descarga diretamente nos carrinhos/masseira ou existe base preparada para a argamassa produzida

x 1

C5.4) Há indicações de traço para a produção de argamassa ,e as mesmas estão em local visível

x 1

C5.5) A dosagem do cimento é feita com equipamento dosador

x 0

C5.6) A dosagem da areia é feita com equipamento dosador

x 1

C5.7) A dosagem da água é feita com equipamento dosador

x 1

NOTA - MOVIMENTO E ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS

PONTOS POSSÍVEIS (PP) PONTOS OBTIDOS

(PO)

(PO/PP) X 10

43 25 5,81

NOTA GLOBAL DO CANTEIRO:

(Nota da instalação Provisória + Nota de Segurança + Nota Movimentação e Armazenagem) / 3

=

7,43

112

OBRA 03: TERRAZZOS

A) INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS SIM NÃO Não se

Aplica Nota

A1) TIPOLOGIA DAS INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS * São utilizadas instalações móveis (containers)? ( )Sim ( x )Não

SIM NÃO Não se

Aplica Nota

A1.1) Há modulação dos barracos. X -

A1.2) Os painéis são unidos com parafusos, grampos ou solução equivalente que facilite o processo de montagem e desmontagem.

X -

A1.3) Os painéis são pintados e estão em bom estado de conservação

X -

A1.4) Foram aproveitadas construções existentes para instalações da obra.

x 1

A1.5) Os barracos estão em locais livres da queda de matérias, ou então a sua cobertura tem proteção.

X -

A2) TAPUMES SIM NÃO Não se

Aplica Nota

A2.1) Existe alguma espécie de pintura decorativa e/ou logomarca da empresa.

x 0

A2.2) Os tapumes são constituídos de material resistente e estão em bom estado de conservação.

x 0

A3) ACESSOS A3.1) Existe portão exclusivo para entrada de pedestres (cliente e operários)

x 1

A3.2) Existe caminho ,calçado e coberto, desde o portão de entrada até a área edificada

x 0

A3.3) Há possibilidade de entrada de caminhões no canteiros

x 0

A3.4) Caso a obra localize - se em uma esquina, o acesso de caminhões é pela rua com trânsito menos movimentado.

x -

A4) GUARITA DO VIGIA / PORTARIA ( x )existe ( )não existe

SIM NÃO Não se

Aplica Nota

A4.1) Esta junto ao portão de entrada de pessoas x 1

A4.2) Na guarita são distribuídos capacetes para os visitantes

x 1

A4.3) Há campainha no portão de entrada de pessoas x 0 A5) ESCRITÓRIO (Sala de mestre /Engenheiro) ( x )existe ( )não existe

A5.1) Tem visão global do terreno x 1

A5.2)A documentação técnica da obra está à vista e é de fácil localização

x 1

A5.3) Tem estojo com materiais para primeiros socorros x 1 A6) ALMOXERIFADO ( x )existe ( )não existe A6.1) Está perto do ponto de descarga de caminhões x 0

A6.2) Existem etiquetas com nomes de materiais e equipamentos

x 0

A6.3) É dividido em dois ambientes, um para armazenamento de materiais ferramentas e outro para a sala do almoxarife com janela de expediente.

x 1

113

A7) LOCAL PARA REFEIÇÕES ( X ) existe ( ) não existe A7.1) Há lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior (NR-18)

x 1

A7.2) Tem fechamento que permite isolamento durante as refeições(NR-18)

x 0

A7.3) Tem piso de concreto, cimentado ou outro material lavável (NR-18)

x 1

A7.4) Tem depósito com tampa para detritos (NR-18) x 1

A7.5) Há assentos em números suficiente para atender aos usuários (NR-18)

x 1

A7.6) As mesas são separadas de forma que os trabalhadores agrupem-se segundo sua vontade .

x 1

A8) VESTIÁRIO ( X )Existe ( ) Não existe SIM NÃO Não se

aplica Nota

A8.1) Tem piso de concreto, cimentado ou material equivalente (NR- 18)

x 1

A8.2) Tem bancos e cabides que não sejam de pregos x 1

A8.3) Tem armários individuais dotados de fechaduras e cadeado (NR-18)

x 1

A9) INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ( X ) Existem ( ) Não existem

SIM NÃO Não se

aplica Nota

No de chuveiros ___ 10 ____ No de vasos sanitários:__8 ____ No de Lavatórios:___6_____ No de mictórios:___3_____

A9.1) Os banheiros estão ao lado do vestiário x 1

A9.2) O mictório e o lavatório são passíveis de reaproveitamento

x 1

A9.3) Há banheiros volantes nos andares (somente para prédios com 5 ou mais pavimentos

x 0

A9.4) Há papel higiênico e recipientes para depósito de papéis usados no banheiro (NR-18)

x 1

A9.5) Nos locais onde estão os chuveiros há piso de material antiderrapante ou estrado de madeira

x 0

A9.6) Há suporte para sabonete e cabide para toalha correspondente à cada chuveiro ( NR-18).

x 0

A9.7) Há um banheiro somente para as pessoas da administração da obra (mestre , eng., e técnico )

x 1

A9.8) Para deslocar-se do posto de trabalho até as instalações sanitárias é necessário percorrer menos de 150,0 m (NR-18)

x 0

A9.9) As paredes internas dos locais onde estão instalados os chuveiros são de alvenaria ou revestidos com chapas galvanizadas ou outro material impermeável.

x 1

A.10) ÁREAS DE LAZER A10.1) O refeitório ou outro local é aproveitado como área de lazer, possuindo televisão ou jogos.

x 0

114

NOTA- INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS

PONTOS POSSÍVEIS (PP) PONTOS OBTIDOS

(PO)

(PO/PP) X10

34 21 6,17

B)SEGURANÇA NA OBRA SIM NÃO Não se

aplica Nota

B1) ESCADAS B1.1) Há corrimão provisório constituído de madeira ou outro material de resistência equivalente (NR -18)

X 1

B1.2) Há escada ou rampa provisória para transposição de pisos com desnível superior há 40 cm(NR-18)

x -

B1.3) Quando da concretagem da escada já é deixada alguma espécie de espera para servir de montante para os corrimãos

x -

B1.4) Os corrimãos são pintados e estão em bom estado de conservação.

X 1

B1.5) As lâmpadas dos patamares das escadas possuem proteção gradeada contra batidas

x 0

B2) ESCADAS DE MÃO SIM NÃO Não se

aplica Nota

B2.1) As escadas de mão ultrapassam em cerca de 1,0 m o piso superior (NR - 18)

x -

B2.2) As escadas de mão estão fixadas nos pisos superior e inferior , ou são dotadas de dispositivo que impeça escorregamento (NR-18)

x -

B3) POÇO DO ELEVADOR B3.1) Há fechamento provisório, com um guarda-corpo e um rodapé ,de no minimo1,20 m de altura (NR-18)

X -

B3.2)O fechamento provisório é constituído de material resistente e está seguramente fixado à estrutura (NR-18)

X -

B3.3) Há assoalhamento de madeira ou malha de ferros dentro dos poços para amenizar eventuais quedas

X -

B4) PROTEÇÃO CONTRA QUEDA NO PERÍMETRO DOS PAVIMENTOS SIM NÃO

Não se

aplica Nota

*Há andaime fachadeiro ( )sim ( ) não *Se a resposta for sim passe para B4.1) Há proteção efetiva, constituída por anteparo rígido com guarda-corpo e rodapé revestido com tela (NR-18)

X -

B5) ABERTURAS NO PISO B5.1) Todas as aberturas nos pisos de lajes tem fechamento provisório resistente (NR-18)

X -

B6) PLATAFORMA DE PROTEÇÃO (bandeja salva-vidas) B6.1) A plataforma principal de proteção está na primeira laje que esteja no mínimo um pé-direito acima do nível do terreno (NR-18).

X -

B6.2) Existem plataformas secundárias de proteção a cada 3 lajes, a partir da plataforma principa.

X -

115

B6.3) As plataformas contornam toda a periferia da edificação (NR-18)

X -

B6.4) Os painéis das bandejas são fixados com parafusos ou borboletas

X -

B6.5) A fixação das treliças é feita através de furo na viga, espera na laje ou solução equivalente

X -

B6.6) A plataforma principal e as secundárias tem largura de 2,50 m + 0,80 m (à 45º) e 1,40 m + 0,80 m (à 45º) respectivamente (NR-18)

X -

B6.7) O conjunto bandejas/treliças é pintado e está em bom estado de conservação

X -

B7) SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA B7.1) Há identificação dos locais de apoio (banheiros, escritório, almoxarifado, etc.) que compõe o canteiro (NR-18)

x 0

B7.2) Há alertas quanto a obrigatoriedade do uso de EPI, especifico para a atividade executada, próximos ao posto de trabalho (NR-18)

x 0

b7.3) Existe identificação dos andares da obra x 1 B7.4) Há advertências quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho e guindaste (NR-18)

X -

B7.5) Há uma placa no elevador de materiais, indicando a carga máxima e a proibição do transporte de pessoas (NR-18)

x 0

B8) EPI"s SIM NÃO Não se

aplica Nota

B8.1) São fornecidos capacetes para os visitantes X 1 B8.2) Independente da função todo trabalhador está usando botinas e capacetes

X 1

B8.3) Os trabalhadores estão usando uniforme cedido pela empresa (NR-18)

X 1

B8.4) Trabalhadores em andaimes externos ou quaisquer outro serviço à mais de 2,0m de altura, usam cinto de segurança com cabo fixado na construção (NR-18)

x -

B9) INSTALAÇÕES ELÉTRICAS B9.1) Circuitos e equipamentos não tem partes vivas expostas, tais como fios desencapados (NR-18)

x 1

B9.2) Os fios condutores estão em locais livres do trânsito de pessoas e equipamentos, de modo que está preservada sua isolação(NR-18)

X 1

B9.3) Todas as máquinas e equipamentos elétricos estão ligados por conjunto plugue e tomada (NR-18)

x 0

B9.4) As redes de alta tensão estão protegidas de modo a evitar contatos acidentais com veículos, equipamentos e trabalhadores (NR-18)

X 1

B10) ANDAIMES SUSPENSOS B10.1) Os andaimes dispõe de guarda-corpo e rodapé em todo o perímetro, exceto na face de trabalho (NR-18)

x -

B10.2) Existe tela de arame, náilon ou outro material de resistência equivalente presa no guarda-corpo e rodapé (NR-18)

x -

B11) PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO B11.1) O canteiro possui extintores para combate à princípios de incêndio (NR-18). No. de extintores:___5_______

X 1

116

B12) GUINCHO B12.1) A torre do guincho é revestida com tela (NR-18)

X -

B12.2) As rampas de acesso à torre são dotadas de guarda-corpo e rodapé, sendo planas ou ascendentes no sentido da torre (NR-18)

X -

B12.3) Há pneus ou outra espécie de amortecimento para a plataforma do elevador no térreo

X -

B12.4) O posto de trabalho do guincheiro é isolado e possui cobertura de proteção contra queda de materiais (NR-18)

X -

B12.5) Há assento ergonômico para o guincheiro (NR-18)

X -

B12.6) A plataforma do elevador é dotada de contenção nas laterais em que não há carga-descarga

X -

B12.7) No térreo o acesso a plataforma do elevador é plano, não exigindo esforço adicional no empurramento de carrinhos/jericas

X -

B12.8) Nas concretagens são deixados ganchos de ancoragem nos pavimentos para atirantar a torre do guincho

X -

B12.9) Caso o guincho utilize campainha, o operário pode acioná-la sem subir na plataforma do elevador

X -

B13) GRUA B13.1) Existe delimitação das áreas de carga e descarga de materiais (NR-18)

X -

B13.2) a grua possui alarme sonoro que é acionado pelo operador quando há movimentação de carga (NR-18)

X -

NOTA - SEGURANÇA NA OBRA

PONTOS POSSÍVEIS (PP) PONTOS OBTIDOS

(PO)

(PO/PP) X 10

15 10 6,66

C) SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM DE MATERIAIS

SIM NÃO Não se

aplica Nota

C1) VIAS DE CIRCULAÇÃO C1.1) Há contrapiso nas áreas de circulação de materiais ou pessoas

x 1

C1.2) Existe cobertura para transporte de materiais da betoneira até o guincho

x 1

C1.3) É permitido o trânsito de carrinhos/jericas perto dos estoques em que tais equipamentos fazem-se necessários

x 1

C1.4) Há caminhos previamente definidos para os principais fluxos de materiais, próximo ao guincho, e nas áreas de produção de argamassa e armazenamento

x 0

C2)ENTULHO C2.1) São utilizadas caixas para desperdícios nos andares e/ou depósito central de desperdícios

x 1

C2.2) O entulho é transportado para o térreo através de calha ou tubo coletor

x 1

117

C2.3) O canteiro está limpo sem caliça e sobras de madeira espalhadas, de forma que não está prejudicada a segurança e circulação de materiais e pessoas

x 0

C2.4) O entulho é separado por tipo de material e reaproveitado

x 1

C3) GUINCHO C3.1) A comunicação com o guincheiro é feita através de botão em cada pavimento que aciona lâmpada ou campainha junto ao guincheiro (NR-18). *Se for outro sistema

x -

C3.2) Há utilização de tubofone em combinação com outro sistema de comunicação

x -

C3.3) Há placa com a logomarca da empresa na torre do guincho

x -

C3.4) O guincho está na posição mais próxima possível do baricentro do pavimento tipo

x -

C3.5) O guincho está em frente a parede cega x - C3.6) A área próxima ao guincho está desobstruída, permitindo livre circulação dos equipamentos de transporte

x -

C3.7) As peças para acesso nos pavimentos são amplas, facilitando a carga/descarga e o estoque provisório de materiais nestes locais

x -

C4) ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS CIMENTO C4.1) Existe estrado sob o estoque de cimento x 1 C4.2) As pilhas de cimento tem no máximo 10 sacos x 0 C4.3) O estoque está protegido da umidade em depósito fechado e coberto (Caso não exista depósito há cobertura com lona ou outro dispositivo)

x 1

C4.4) Havendo depósito fechado é praticada estocagem do tipo PEPS ( o primeiro saco à entrar é o primeiro à sair)

x 1

C4.5) No caso das pilhas estarem adjacentes à paredes ( do depósito ou não) há uma distância mínima de 0,30 m para permitir a circulação de ar

x 0

AGREGADOS E ARGAMASSAS SIM NÃO Não se

aplica Nota

C4.6) As baias para areia/brita/argamassa tem contenção em três lados

x

0

C4.7) As baias tem fundo cimentado para evitar contaminação do estoque

x -

C4.8) A areia é descarregada no local definido de armazenagem (não há duplo manuseio)

x 0

C4.9) A argamassa é descarregada no local definido de armazenagem (não há duplo manuseio)

x 0

C4.10) As baias de areia e argamassa estão em locais protegidos da chuva ou tem cobertura com lona

x 1

C4.11) As baias de areia e argamassa estão próximas da betoneira. *Estime as distâncias em metros:__20_______

x 1

TIJOLOS/BLOCOS C4.12) O estoque está em local limpo e nivelado, sem contado direto com o solo

x 1

C4.13) É feita a separação de tijolos por tipo x 1 C4.14) As pilhas de tijolos tem até 1,80 m de altura x 0

118

C4.15) Os tijolos são descarregados no local definitivo de armazenagem

x 0

C4.16) O estoque está em local protegido da chuva ou tem cobertura com lona

x 1

C4.17) O estoque está próximo do guincho. *Estime a distância em metros:_____10 metros________

x 1

AÇO C4.18) O aço é protegido do contato com o solo x - C4.19) As barras de aço são separadas de acordo com a bitola (NR-18)

x -

TUBOS DE PVC C4.20) Os tubos são armazenados em camadas, com espaçadores, separados de acordo com a bitola das peças (NR-18)

x -

C4.21) Os tubos estão estocados em locais livres da ação direta do sol, ou tem cobertura com lona

x -

C5)PRODUÇÃO DE ARGAMASSA/CONCRETO C5.1) A boca da betoneira descarga do lado mais próximo ao acesso do guincho

x 1

C5.2) A betoneira está próxima do guincho. * Estime a distância em metros___10 metros_____

x 1

C5.3) A betoneira descarga diretamente nos carrinhos/masseira ou existe base preparada para a argamassa produzida

x 1

C5.4) Há indicações de traço para a produção de argamassa ,e as mesmas estão em local visível

x 1

C5.5) A dosagem do cimento é feita com equipamento dosador

x 1

C5.6) A dosagem da areia é feita com equipamento dosador

x 1

C5.7) A dosagem da água é feita com equipamento dosador

x 1

NOTA - MOVIMENTO E ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS

PONTOS POSSÍVEIS (PP) PONTOS OBTIDOS

(PO)

(PO/PP) X 10

31 22 7,09

NOTA GLOBAL DO CANTEIRO:

(Nota da instalação Provisória + Nota de Segurança + Nota Movimentação e

Armazenagem) / 3 =

6,64

119

OBRA 04: PARNASO

A) INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS SIM NÃO Não se

Aplica Nota

A1) TIPOLOGIA DAS INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS * São utilizadas instalações móveis (containers)? ( )Sim ( x )Não

SIM NÃO Não se

Aplica Nota

A1.1) Há modulação dos barracos. X - A1.2) Os painéis são unidos com parafusos, grampos ou solução equivalente que facilite o processo de montagem e desmontagem. X -

A1.3) Os painéis são pintados e estão em bom estado de conservação X -

A1.4) Foram aproveitadas construções existentes para instalações da obra. x 1

A1.5) Os barracos estão em locais livres da queda de materiais, ou então a sua cobertura tem proteção.

X -

A2) TAPUMES SIM NÃO Não se

Aplica Nota

A2.1) Existe alguma espécie de pintura decorativa e/ou logomarca da empresa. x 1

A2.2) Os tapumes são constituídos de material resistente e estão em bom estado de conservação.

x 1

A3) ACESSOS

A3.1) Existe portão exclusivo para entrada de pedestres (cliente e operários) x 1

A3.2) Existe caminho ,calçado e coberto, desde o portão de entrada até a área edificada x 1

A3.3) Há possibilidade de entrada de caminhões no canteiros x 1

A3.4) Caso a obra localize - se em uma esquina ,o acesso de caminhões é pela rua com trânsito menos movimentado.

x 0

A4) GUARITA DO VIGIA / PORTARIA ( x )existe ( )não existe SIM NÃO Não se

Aplica Nota

A4.1) Esta junto ao portão de entrada de pessoas x 1 A4.2) Na guarita são distribuídos capacetes para os visitantes x 1

A4.3) Há campainha no portão de entrada de pessoas x 1

A5) ESCRITÓRIO (Sala de mestre /Engenheiro) ( x )existe ( )não existe

A5.1) Tem visão global do terreno x 0 A5.2)A documentação técnica da obra está à vista e é de fácil localização x 1

A5.3) Tem estojo com materiais para primeiros socorros x 1

A6) ALMOXERIFADO ( x )existe ( )não existe

A6.1) Está perto do ponto de descarga de caminhões x 1

A6.2) Existem etiquetas com nomes de materiais e equipamentos x 1

120

A6.3) É dividido em dois ambientes, um para armazenamento de materiais ferramentas e outro para a sala do almoxarife com janela de expediente.

x 1

A7) LOCAL PARA REFEIÇÕES ( X ) existe ( ) não existe

A7.1) Há lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior (NR-18) x 1

A7.2) Tem fechamento que permite isolamento durante as refeições(NR-18) x 1

A7.3) Tem piso de concreto, cimentado ou outro material lavável (NR-18) x 1

A7.4) Tem depósito com tampa para detritos (NR-18) x 1

A7.5) Há assentos em números suficiente para atender aos usuários (NR-18) x 1

A7.6) As mesas são separadas de forma que os trabalhadores agrupem-se segundo sua vontade .

x 1

A8) VESTIÁRIO ( X )Existe ( ) Não existe SIM NÃO Não se

aplica Nota

A8.1) Tem piso de concreto, cimentado ou material equivalente (NR- 18) x 1

A8.2) Tem bancos e cabides que não sejam de pregos x 1

A8.3) Tem armários individuais dotados de fechaduras e cadeado (NR-18) x 0

A9) INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ( X ) Existem ( ) Não existem

SIM NÃO Não se

aplica Nota

No de chuveiros ___ 15 ____ No de vasos sanitários:__20 ____ No de Lavatórios:__5_______ No de mictórios :____2______

A9.1) Os banheiros estão ao lado do vestiário x 1 A9.2) O mictório e o lavatório são passíveis de reaproveitamento x 0

A9.3) Há banheiros volantes nos andares (somente para prédios com 5 ou mais pavimentos

x 0

A9.4) Há papel higiênico e recipientes para depósito de papéis usados no banheiro (NR-18)

x 1

A9.5) Nos locais onde estão os chuveiros há piso de material antiderrapante ou estrado de madeira

x 1

A9.6) Há suporte para sabonete e cabide para toalha correspondente à cada chuveiro ( NR-18).

x 1

A9.7) Há um banheiro somente para as pessoas da administração da obra (mestre , eng., e técnico )

x 1

A9.8) Para deslocar-se do posto de trabalho até as instalações sanitárias é necessário percorrer menos de 150,0 m (NR-18)

x 1

A9.9) As paredes internas dos locais onde estão instalados os chuveiros são de alvenaria ou revestidos com chapas galvanizadas ou outro material impermeável.

x 1

121

A.10) ÁREAS DE LAZER

A10.1) O refeitório ou outro local é aproveitado como área de lazer, possuindo televisão ou jogos.

x 1

NOTA- INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS

PONTOS POSSÍVEIS (PP) PONTOS OBTIDOS

(PO)

(PO/PP) X10

35 30 8,57

B)SEGURANÇA NA OBRA SIM NÃO Não se

aplica Nota

B1) ESCADAS B1.1) Há corrimão provisório constituído de madeira ou outro material de resistência equivalente (NR -18)

X 1

B1.2) Há escada ou rampa provisória para transposição de pisos com desnível superior há 40 cm(NR-18)

x -

B1.3) Quando da concretagem da escada já é deixada alguma espécie de espera para servir de montante para os corrimãos

x -

B1.4) Os corrimãos são pintados e estão em bom estado de conservação. x 0

B1.5) As lâmpadas dos patamares das escadas possuem proteção gradeada contra batidas

x 1

B2) ESCADAS DE MÃO SIM NÃO Não se

aplica Nota

B2.1) As escadas de mão ultrapassam em cerca de 1,0 m o piso superior (NR - 18) x -

B2.2) As escadas de mão estão fixadas nos pisos superior e inferior , ou são dotadas de dispositivo que impeça escorregamento (NR-18)

x -

B3) POÇO DO ELEVADOR B3.1) Há fechamento provisório, com um guarda-corpo e um rodapé ,de no minimo1,20 m de altura (NR-18)

X 1

B3.2)O fechamento provisório é constituído de material resistente e está seguramente fixado à estrutura (NR-18)

X 1

B3.3) Há assoalhamento de madeira ou malha de ferros dentro dos poços para amenizar eventuais quedas

X 1

B4) PROTEÇÃO CONTRA QUEDA NO PERÍMETRO DOS PAVIMENTOS SIM NÃO

Não se

aplica Nota

*Há andaime fachadeiro ( )sim ( x ) não *Se a resposta for sim passe para B4.1) Há proteção efetiva, constituída por anteparo rígido com guarda-corpo e rodapé revestido com tela (NR-18)

x 1

122

B5) ABERTURAS NO PISO B5.1) Todas as aberturas nos pisos de lajes tem fechamento provisório resistente (NR-18) x 0

B6) PLATAFORMA DE PROTEÇÃO (bandeja salva-vidas) B6.1) A plataforma principal de proteção está na primeira laje que esteja no mínimo um pé-direito acima do nível do terreno (NR-18).

X 1

B6.2) Existem plataformas secundárias de proteção a cada 3 lajes, a partir da plataforma principal (NR-18)

X 1

B6.3) As plataformas contornam toda a periferia da edificação (NR-18) X 1

B6.4) Os painéis das bandejas são fixados com parafusos ou borboletas X 1

B6.5) A fixação das treliças é feita através de furo na viga, espera na laje ou solução equivalente

X 1

B6.6) A plataforma principal e as secundárias tem largura de 2,50 m + 0,80 m (à 45º) e 1,40 m + 0,80 m (à 45º) respectivamente (NR-18)

X 1

B6.7) O conjunto bandejas/treliças é pintado e está em bom estado de conservação x 0

B7) SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA B7.1) Há identificação dos locais de apoio (banheiros, escritório, almoxarifado, etc.) que compõe o canteiro (NR-18)

X 1

B7.2) Há alertas quanto a obrigatoriedade do uso de EPI, especifico para a atividade executada, próximos ao posto de trabalho (NR-18)

X 1

b7.3) Existe identificação dos andares da obra x 1 B7.4) Há advertências quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho e guindaste (NR-18)

x 1

B7.5) Há uma placa no elevador de materiais, indicando a carga máxima e a proibição do transporte de pessoas (NR-18)

x 1

B8) EPI"s SIM NÃO Não se

aplica Nota

B8.1) São fornecidos capacetes para os visitantes X 1 B8.2) Independente da função todo trabalhador está usando botinas e capacetes X 1

B8.3) Os trabalhadores estão usando uniforme cedido pela empresa (NR-18) X 1

B8.4) Trabalhadores em andaimes externos ou quaisquer outro serviço à mais de 2,0m de altura, usam cinto de segurança com cabo fixado na construção (NR-18)

X 1

B9) INSTALAÇÕES ELÉTRICAS B9.1) Circuitos e equipamentos não tem partes vivas expostas, tais como fios desencapado

x 1

B9.2) Os fios condutores estão em locais livres do trânsito de pessoas e equipamentos, de modo que está preservada sua isolação(NR-18)

X 1

B9.3) Todas as máquinas e equipamentos elétricos estão ligados por conjunto plugue e tomada (NR-18)

X 1

123

B9.4) As redes de alta tensão estão protegidas de modo a evitar contatos acidentais com veículos, equipamentos e trabalhadores (NR-18)

X 1

B10) ANDAIMES SUSPENSOS B10.1) Os andaimes dispõe de guarda-corpo e rodapé em todo o perímetro, exceto na face de trabalho (NR-18)

x -

B10.2) Existe tela de arame, náilon ou outro material de resistência equivalente presa no guarda-corpo e rodapé (NR-18)

x -

B11) PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO B11.1) O canteiro possui extintores para combate à princípios de incêndio (NR-18). No. de extintores:____40______

X 1

B12) GUINCHO B12.1) A torre do guincho é revestida com tela (NR-18) x 1

B12.2) As rampas de acesso à torre são dotadas de guarda-corpo e rodapé, sendo planas ou ascendentes no sentido da torre (NR-18)

x 1

B12.3) Há pneus ou outra espécie de amortecimento para a plataforma do elevador no térreo

x 0

B12.4) O posto de trabalho do guincheiro é isolado e possui cobertura de proteção contra queda de materiais (NR-18)

x 0

B12.5) Há assento ergonômico para o guincheiro (NR-18) x 0

B12.6) A plataforma do elevador é dotada de contenção nas laterais em que não há carga-descarga

x 0

B12.7) No térreo o acesso a plataforma do elevador é plano, não exigindo esforço adicional no empurramento de carrinhos/jericas

x 1

B12.8) Nas concretagens são deixados ganchos de ancoragem nos pavimentos para atirantar a torre do guincho

x 0

B12.9) Caso o guincho utilize campainha, o operário pode acioná-la sem subir na plataforma do elevador

x -

B13) GRUA B13.1) Existe delimitação das áreas de carga e descarga de materiais (NR-18) X -

B13.2) a grua possui alarme sonoro que é acionado pelo operador quando há movimentação de carga (NR-18)

X -

NOTA - SEGURANÇA NA OBRA

PONTOS POSSÍVEIS (PP) PONTOS OBTIDOS

(PO)

(PO/PP) X 10

37 29 7,8

124

C) SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM DE MATERIAIS SIM NÃO Não se

aplica Nota

C1) VIAS DE CIRCULAÇÃO C1.1) Há contrapiso nas áreas de circulação de materiais ou pessoas x 0

C1.2) Existe cobertura para transporte de materiais da betoneira até o guincho x 1

C1.3) É permitido o trânsito de carrinhos/jericas perto dos estoques em que tais equipamentos fazem-se necessários

x 1

C1.4) Há caminhos previamente definidos para os principais fluxos de materiais, próximo ao guincho, e nas áreas de produção de argamassa e armazenamento

x 1

C2)ENTULHO C2.1) São utilizadas caixas para desperdícios nos andares e/ou depósito central de desperdícios

x 0

C2.2) O entulho é transportado para o térreo através de calha ou tubo coletor x 0

C2.3) O canteiro está limpo sem caliça e sobras de madeira espalhadas, de forma que não está prejudicada a segurança e circulação de materiais e pessoas

x 1

C2.4) O entulho é separado por tipo de material e reaproveitado x 1

C3) GUINCHO C3.1) A comunicação com o guincheiro é feita através de botão em cada pavimento que aciona lâmpada ou campainha junto ao guincheiro (NR-18). *Se for outro sistema

x 1

C3.2) Há utilização de tubofone em combinação com outro sistema de comunicação x 0

C3.3) Há placa com a logomarca da empresa na torre do guincho x 1

C3.4) O guincho está na posição mais próxima possível do baricentro do pavimento tipo x 1

C3.5) O guincho está em frente a parede cega x 1 C3.6) A área próxima ao guincho está desobstruída, permitindo livre circulação dos equipamentos de transporte

x 1

C3.7) As peças para acesso nos pavimentos são amplas, facilitando a carga/descarga e o estoque provisório de materiais nestes locais

x 0

C4) ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS CIMENTO C4.1) Existe estrado sob o estoque de cimento x 1 C4.2) As pilhas de cimento tem no máximo 10 sacos x 0

C4.3) O estoque está protegido da umidade em depósito fechado e coberto (Caso não exista depósito há cobertura com lona ou outro dispositivo)

x 1

C4.4) Havendo depósito fechado é praticada estocagem do tipo PEPS ( o primeiro saco à entrar é o primeiro à sair)

x 1

125

C4.5) No caso das pilhas estarem adjacentes à paredes ( do depósito ou não) há uma distância mínima de 0,30 m para permitir a circulação de ar

x 0

AGREGADOS E ARGAMASSAS SIM NÃO Não se

aplica Nota

C4.6) As baias para areia/brita/argamassa tem contenção em três lados x -

C4.7) As baias tem fundo cimentado para evitar contaminação do estoque x -

C4.8) A areia é descarregada no local definido de armazenagem (não há duplo manuseio) x 0

C4.9) A argamassa é descarregada no local definido de armazenagem (não há duplo manuseio)

x 0

C4.10) As baias de areia e argamassa estão em locais protegidos da chuva ou tem cobertura com lona

x -

C4.11) As baias de areia e argamassa estão próximas da betoneira. *Estime as distâncias em metros:_____5 metros____________

x 1

TIJOLOS/BLOCOS C4.12) O estoque está em local limpo e nivelado, sem contado direto com o solo x 1

C4.13) É feita a separação de tijolos por tipo x 1 C4.14) As pilhas de tijolos tem até 1,80 m de altura x 0

C4.15) Os tijolos são descarregados no local definitivo de armazenagem x 0

C4.16) O estoque está em local protegido da chuva ou tem cobertura com lona x 1

C4.17) O estoque está próximo do guincho. *Estime a distância em metros:_____5 metros_________

x 1

AÇO C4.18) O aço é protegido do contato com o solo x - C4.19) As barras de aço são separadas de acordo com a bitola (NR-18) x -

TUBOS DE PVC C4.20) Os tubos são armazenados em camadas, com espaçadores, separados de acordo com a bitola das peças (NR-18)

x 1

C4.21) Os tubos estão estocados em locais livres da ação direta do sol, ou tem cobertura com lona

x 1

C5)PRODUÇÃO DE ARGAMASSA/CONCRETO C5.1) A boca da betoneira descarga do lado mais próximo ao acesso do guincho x 1

C5.2) A betoneira está próxima do guincho. * Estime a distância em metros__5 metros______

x 1

C5.3) A betoneira descarga diretamente nos carrinhos/masseira ou existe base preparada para a argamassa produzida

x 0

C5.4) Há indicações de traço para a produção de argamassa ,e as mesmas estão em local visível

x 1

C5.5) A dosagem do cimento é feita com equipamento dosador x 1

126

C5.6) A dosagem da areia é feita com equipamento dosador 1

C5.7) A dosagem da água é feita com equipamento dosador 1

NOTA - MOVIMENTO E ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS

PONTOS POSSÍVEIS (PP) PONTOS OBTIDOS

(PO)

(PO/PP) X 10

38 25 6,57

NOTA GLOBAL DO CANTEIRO:

(Nota da instalação Provisória + Nota de Segurança + Nota Movimentação e

Armazenagem) / 3 =

7,65

127

OBRA 05: TRIUNFO

A) INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS SIM NÃO Não se

Aplica Nota

A1) TIPOLOGIA DAS INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS * São utilizadas instalações móveis (containers)? ( )Sim ( x )Não

SIM NÃO Não se

Aplica Nota

A1.1) Há modulação dos barracos. x - A1.2) Os painéis são unidos com parafusos, grampos ou solução equivalente que facilite o processo de montagem e desmontagem. x -

A1.3) Os painéis são pintados e estão em bom estado de conservação x -

A1.4) Foram aproveitadas construções existentes para instalações da obra. x -

A1.5) Os barracos estão em locais livres da queda de materiais, ou então a sua cobertura tem proteção.

x -

A2) TAPUMES SIM NÃO Não se

Aplica Nota

A2.1) Existe alguma espécie de pintura decorativa e/ou logomarca da empresa. x 1

A2.2) Os tapumes são constituídos de material resistente e estão em bom estado de conservação.

x 1

A3) ACESSOS A3.1) Existe portão exclusivo para entrada de pedestres (cliente e operários) x 0

A3.2) Existe caminho ,calçado e coberto, desde o portão de entrada até a área edificada

x 0

A3.3) Há possibilidade de entrada de caminhões no canteiros x 0

A3.4) Caso a obra localize - se em uma esquina, o acesso de caminhões é pela rua com trânsito menos movimentado.

x -

A4) GUARITA DO VIGIA / PORTARIA ( x )existe ( )não existe

SIM NÃO Não se

Aplica Nota

A4.1) Esta junto ao portão de entrada de pessoas x 1

A4.2) Na guarita são distribuídos capacetes para os visitantes x 1

A4.3) Há campainha no portão de entrada de pessoas x 1

A5) ESCRITÓRIO (Sala de mestre /Engenheiro) ( x )existe ( )não existe

A5.1) Tem visão global do terreno x 0 A5.2)A documentação técnica da obra está à vista e é de fácil localização x 1

A5.3) Tem estojo com materiais para primeiros socorros x 1

A6) ALMOXERIFADO ( x )existe ( )não existe A6.1) Está perto do ponto de descarga de caminhões x 0

A6.2) Existem etiquetas com nomes de materiais e equipamentos x 1

128

A6.3) É dividido em dois ambientes, um para armazenamento de materiais ferramentas e outro para a sala do almoxarife com janela de expediente.

x 1

A7) LOCAL PARA REFEIÇÕES ( X ) existe ( ) não existe A7.1) Há lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior (NR-18) x 1

A7.2) Tem fechamento que permite isolamento durante as refeições(NR-18) x 1

A7.3) Tem piso de concreto, cimentado ou outro material lavável (NR-18) x 1

A7.4) Tem depósito com tampa para detritos (NR-18) x 1

A7.5) Há assentos em números suficiente para atender aos usuários (NR-18) x 1

A7.6) As mesas são separadas de forma que os trabalhadores agrupem-se segundo sua vontade .

x 1

A8) VESTIÁRIO ( X )Existe ( ) Não existe SIM NÃO Não se

aplica Nota

A8.1) Tem piso de concreto, cimentado ou material equivalente (NR- 18) x 1

A8.2) Tem bancos e cabides que não sejam de pregos x 0

A8.3) Tem armários individuais dotados de fechaduras e cadeado (NR-18) x 1

A9) INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ( X ) Existem ( ) Não existem

SIM NÃO Não se

aplica Nota

No de chuveiros __8_ ____ No de vasos sanitários:___12 ____ No de Lavatórios:____3_______ No de mictórios:____2_______

A9.1) Os banheiros estão ao lado do vestiário x 1

A9.2) O mictório e o lavatório são passíveis de reaproveitamento x 1

A9.3) Há banheiros volantes nos andares (somente para prédios com 5 ou mais pavimentos

x 0

A9.4) Há papel higiênico e recipientes para depósito de papéis usados no banheiro (NR-18)

x 1

A9.5) Nos locais onde estão os chuveiros há piso de material antiderrapante ou estrado de madeira

x 1

A9.6) Há suporte para sabonete e cabide para toalha correspondente à cada chuveiro

x 0

A9.7) Há um banheiro somente para as pessoas da administração da obra (mestre , eng., e técnico )

x 1

A9.8) Para deslocar-se do posto de trabalho até as instalações sanitárias é necessário percorrer menos de 150,0 m (NR-18)

x 1

A9.9) As paredes internas dos locais onde estão instalados os chuveiros são de alvenaria ou revestidos com chapas galvanizadas ou outro material impermeável.

x 0

129

A.10) ÁREAS DE LAZER A10.1) O refeitório ou outro local é aproveitado como área de lazer, possuindo televisão ou jogos.

x 1

NOTA- INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS

PONTOS POSSÍVEIS (PP) PONTOS OBTIDOS

(PO)

(PO/PP) X10

33 23 6,97

B)SEGURANÇA NA OBRA SIM NÃO Não se

aplica Nota

B1) ESCADAS B1.1) Há corrimão provisório constituído de madeira ou outro material de resistência equivalente (NR -18)

x 1

B1.2) Há escada ou rampa provisória para transposição de pisos com desnível superior há 40 cm(NR-18)

x -

B1.3) Quando da concretagem da escada já é deixada alguma espécie de espera para servir de montante para os corrimãos

x -

B1.4) Os corrimãos são pintados e estão em bom estado de conservação. x 0

B1.5) As lâmpadas dos patamares das escadas possuem proteção gradeada contra batidas

x 1

B2) ESCADAS DE MÃO SIM NÃO Não se

aplica Nota

B2.1) As escadas de mão ultrapassam em cerca de 1,0 m o piso superior (NR - 18) x -

B2.2) As escadas de mão estão fixadas nos pisos superior e inferior , ou são dotadas de dispositivo que impeça escorregamento.

x -

B3) POÇO DO ELEVADOR B3.1) Há fechamento provisório, com um guarda-corpo e um rodapé ,de no minimo1,20 m de altura (NR-18)

x 1

B3.2)O fechamento provisório é constituído de material resistente e está seguramente fixado à estrutura (NR-18)

x 1

B3.3) Há assoalhamento de madeira ou malha de ferros dentro dos poços para amenizar eventuais quedas

x 1

B4) PROTEÇÃO CONTRA QUEDA NO PERÍMETRO DOS PAVIMENTOS SIM NÃO

Não se

aplica Nota

*Há andaime fachadeiro ( )sim ( x ) não *Se a resposta for sim passe para B4.1) Há proteção efetiva, constituída por anteparo rígido com guarda-corpo e rodapé revestido com tela

x -

B5) ABERTURAS NO PISO B5.1) Todas as aberturas nos pisos de lajes x 1

130

tem fechamento provisório resistente. B6) PLATAFORMA DE PROTEÇÃO (bandeja salva-vidas) B6.1) A plataforma principal de proteção está na primeira laje que esteja no mínimo um pé-direito acima do nível do terreno (NR-18).

x 1

B6.2) Existem plataformas secundárias de proteção a cada 3 lajes, a partir da plataforma principal.

x 1

B6.3) As plataformas contornam toda a periferia da edificação (NR-18) x 1

B6.4) Os painéis das bandejas são fixados com parafusos ou borboletas x 1

B6.5) A fixação das treliças é feita através de furo na viga, espera na laje ou solução equivalente

x 1

B6.6) A plataforma principal e as secundárias tem largura de 2,50 m + 0,80 m (à 45º) e 1,40 m + 0,80 m (à 45º) respectivamente (NR-18)

x 1

B6.7) O conjunto bandejas/treliças é pintado e está em bom estado de conservação x 1

B7) SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA B7.1) Há identificação dos locais de apoio (banheiros, escritório, almoxarifado, etc.) que compõe o canteiro (NR-18)

x 1

B7.2) Há alertas quanto a obrigatoriedade do uso de EPI, especifico para a atividade executada, próximos ao posto de trabalho (NR-18)

x 1

b7.3) Existe identificação dos andares da obra x 0

B7.4) Há advertências quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho e guindaste.

x 1

B7.5) Há uma placa no elevador de materiais, indicando a carga máxima e a proibição do transporte de pessoas (NR-18)

x 1

B8) EPI"s SIM NÃO Não se

aplica Nota

B8.1) São fornecidos capacetes para os visitantes x 1

B8.2) Independente da função todo trabalhador está usando botinas e capacetes x 1

B8.3) Os trabalhadores estão usando uniforme cedido pela empresa (NR-18) x 1

B8.4) Trabalhadores em andaimes externos ou quaisquer outro serviço à mais de 2,0m de altura, usam cinto de segurança com cabo fixado na construção (NR-18)

x 1

B9) INSTALAÇÕES ELÉTRICAS B9.1) Circuitos e equipamentos não tem partes vivas expostas, tais como fios desencapados (NR-18)

x 0

B9.2) Os fios condutores estão em locais livres do trânsito de pessoas e equipamentos, de modo que está preservada sua isolação(NR-18)

x 1

131

B9.3) Todas as máquinas e equipamentos elétricos estão ligados por conjunto plugue e tomada (NR-18)

x 1

B9.4) As redes de alta tensão estão protegidas de modo a evitar contatos acidentais com veículos, equipamentos e trabalhadores (NR-18)

x 1

B10) ANDAIMES SUSPENSOS B10.1) Os andaimes dispõe de guarda-corpo e rodapé em todo o perímetro, exceto na face de trabalho (NR-18)

x -

B10.2) Existe tela de arame, náilon ou outro material de resistência equivalente presa no guarda-corpo e rodapé (NR-18)

x -

B11) PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO B11.1) O canteiro possui extintores para combate à princípios de incêndio (NR-18). No. de extintores:____7______

x 1

B12) GUINCHO B12.1) A torre do guincho é revestida com tela. x 1

B12.2) As rampas de acesso à torre são dotadas de guarda-corpo e rodapé, sendo planas ou ascendentes no sentido da torre (NR-18)

x 1

B12.3) Há pneus ou outra espécie de amortecimento para a plataforma do elevador no térreo

x 1

B12.4) O posto de trabalho do guincheiro é isolado e possui cobertura de proteção contra queda de materiais (NR-18)

x 1

B12.5) Há assento ergonômico para o guincheiro (NR-18) x 0

B12.6) A plataforma do elevador é dotada de contenção nas laterais em que não há carga-descarga

x 1

B12.7) No térreo o acesso a plataforma do elevador é plano, não exigindo esforço adicional no empurramento de carrinhos/jericas

x 1

B12.8) Nas concretagens são deixados ganchos de ancoragem nos pavimentos para atirantar a torre do guincho

x 1

B12.9) Caso o guincho utilize campainha, o operário pode acioná-la sem subir na plataforma do elevador

x 1

B13) GRUA B13.1) Existe delimitação das áreas de carga e descarga de materiais (NR-18) x -

B13.2) a grua possui alarme sonoro que é acionado pelo operador quando há movimentação de carga (NR-18)

x -

132

NOTA - SEGURANÇA NA OBRA

PONTOS POSSÍVEIS (PP) PONTOS OBTIDOS

(PO)

(PO/PP) X 10

37 33 8,91

C) SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM DE MATERIAIS

SIM NÃO Não se

aplica Nota

C1) VIAS DE CIRCULAÇÃO C1.1) Há contrapiso nas áreas de circulação de materiais ou pessoas x 1

C1.2) Existe cobertura para transporte de materiais da betoneira até o guincho x 1

C1.3) É permitido o trânsito de carrinhos/jericas perto dos estoques em que tais equipamentos fazem-se necessários

x 1

C1.4) Há caminhos previamente definidos para os principais fluxos de materiais, próximo ao guincho, e nas áreas de produção de argamassa e armazenamento

x 0

C2)ENTULHO C2.1) São utilizadas caixas para desperdícios nos andares e/ou depósito central de desperdícios

x 0

C2.2) O entulho é transportado para o térreo através de calha ou tubo coletor x 0

C2.3) O canteiro está limpo sem caliça e sobras de madeira espalhadas, de forma que não está prejudicada a segurança e circulação de materiais e pessoas

x 1

C2.4) O entulho é separado por tipo de material e reaproveitado x 0

C3) GUINCHO C3.1) A comunicação com o guincheiro é feita através de botão em cada pavimento que aciona lâmpada ou campainha junto ao guincheiro (NR-18).

x 1

C3.2) Há utilização de tubofone em combinação com outro sistema de comunicação

x 0

C3.3) Há placa com a logomarca da empresa na torre do guincho x 1

C3.4) O guincho está na posição mais próxima possível do baricentro do pavimento tipo

x 1

C3.5) O guincho está em frente a parede cega x 1

C3.6) A área próxima ao guincho está desobstruída, permitindo livre circulação dos equipamentos de transporte

x 1

C3.7) As peças para acesso nos pavimentos são amplas, facilitando a carga/descarga e o estoque provisório de materiais nestes locais

x 0

C4) ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS CIMENTO C4.1) Existe estrado sob o estoque de cimento x 1

133

C4.2) As pilhas de cimento tem no máximo 10 sacos x 1

C4.3) O estoque está protegido da umidade em depósito fechado e coberto (Caso não exista depósito há cobertura com lona ou outro dispositivo)

x 1

C4.4) Havendo depósito fechado é praticada estocagem do tipo PEPS ( o primeiro saco à entrar é o primeiro à sair)

x 1

C4.5) No caso das pilhas estarem adjacentes à paredes ( do depósito ou não) há uma distância mínima de 0,30 m para permitir a circulação de ar

x 1

AGREGADOS E ARGAMASSAS SIM NÃO Não se

aplica Nota

C4.6) As baias para areia/brita/argamassa tem contenção em três lados x 0

C4.7) As baias tem fundo cimentado para evitar contaminação do estoque x 1

C4.8) A areia é descarregada no local definido de armazenagem (não há duplo manuseio)

x 0

C4.9) A argamassa é descarregada no local definido de armazenagem (não há duplo manuseio)

x 0

C4.10) As baias de areia e argamassa estão em locais protegidos da chuva ou tem cobertura com lona

x 0

C4.11) As baias de areia e argamassa estão próximas da betoneira. *Estime as distâncias em metros:______10 metros__

x 1

TIJOLOS/BLOCOS C4.12) O estoque está em local limpo e nivelado, sem contado direto com o solo x 1

C4.13) É feita a separação de tijolos por tipo x 1 C4.14) As pilhas de tijolos tem até 1,80 m de altura x 1

C4.15) Os tijolos são descarregados no local definitivo de armazenagem x 0

C4.16) O estoque está em local protegido da chuva ou tem cobertura com lona x 1

C4.17) O estoque está próximo do guincho. *Estime a distância em metros:____15 metros_________

x 1

AÇO C4.18) O aço é protegido do contato com o solo x 1

C4.19) As barras de aço são separadas de acordo com a bitola (NR-18) x 1

TUBOS DE PVC C4.20) Os tubos são armazenados em camadas, com espaçadores, separados de acordo com a bitola das peças (NR-18)

x 1

C4.21) Os tubos estão estocados em locais livres da ação direta do sol, ou tem cobertura com lona

x 1

134

C5)PRODUÇÃO DE ARGAMASSA/CONCRETO C5.1) A boca da betoneira descarga do lado mais próximo ao acesso do guincho x 0

C5.2) A betoneira está próxima do guincho. * Estime a distância em metros__29 metros__

x 1

C5.3) A betoneira descarga diretamente nos carrinhos/masseira ou existe base preparada para a argamassa produzida

x 1

C5.4) Há indicações de traço para a produção de argamassa ,e as mesmas estão em local visível

x 1

C5.5) A dosagem do cimento é feita com equipamento dosador x 1

C5.6) A dosagem da areia é feita com equipamento dosador x 1

C5.7) A dosagem da água é feita com equipamento dosador x 1

NOTA - MOVIMENTO E ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS

PONTOS POSSÍVEIS (PP) PONTOS OBTIDOS

(PO)

(PO/PP) X 10

43 30 6,97

NOTA GLOBAL DO CANTEIRO:

(Nota da instalação Provisória + Nota de Segurança + Nota Movimentação e

Armazenagem) / 3 =

7,61

135

Centro de Ciências Naturais e Tecnologia IV Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho

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