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BÍBLIA E HERMENÊUTICAS JUVENIS

EVANGELHO DE JOÃO – FUNDAMENTALISMOS E DIÁLOGO

INTER-RELIGIOSO

Estrangeiros/as, samaritanos/as e Jesus

Bíblia e Hermenêuticas Juvenis – Módulo 5 – Etapa 3 1

Módulo 5 – Etapa 3

Neste momento, abordaremos o que se costuma chamar de Livro dos Sinais do evangelho de João, que constitui os capítulos compreendidos entre 1.19 – 12.50. É importante perceber, desde já, que estes sinais ou milagres apresentados no evangelho joanino não são um fim em si mesmos. Na verdade, eles estão presentes no texto para servir como uma espécie de introdução a um tema importante da teologia joanina a respeito da identidade e da ação de Jesus enquanto Filho de Deus. Assim, por exemplo, o milagre da multiplicação de pães e peixes (Jo 6.1-15) serve como preparação para se falar de Jesus como o pão que desceu do céu e que mata verdadeiramente a fome (Jo 6.22-59); a cura do cego de nascença (Jo 9) serve para revelar a dureza de coração e a própria cegueira dos fariseus (Jo 9.39-41), inimigos da comunidade joanina na época da redação do evangelho.

Abrindo um parênteses importante: os milagres estão presentes por todo o Novo Testamento; fizeram parte integrante do ministério de Jesus, e sua existência serve de sinal para a percepção da chegada do Reino de Deus pregado por Cristo. Isto está bem claro especialmente nos evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas).

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Nosso objetivo, nesta etapa, é refletir sobre um encontro inusitado que ocorreu entre Jesus e uma mulher samaritana, uma pessoa cuja condição de mulher e estrangeira a colocava num nível sub-humano na perspectiva judaica dos tempos de Jesus.

Mas não é nossa intenção abordar, nesse estudo, o milagre em si mesmo. Isso porque, em nossa opinião, o mais importante não é o milagre, mas sim o que ele implica para devolver a dignidade de um ser humano. Lembremos que ser cego, paralítico, leproso etc. na época de Jesus não representava apenas ser ou estar doente; antes, o sofrimento físico trazia consigo a dor da exclusão social e religiosa. Ao curar, Jesus reintroduz os doentes na vida de seu povo, mostrando-lhes que sua dor não é fruto de algum pecado passado, mas ocasião para que se manifestem as obras de Deus. (cf. Jo 8.1-3).

Aliás, o que caracteriza a espiritualidade cristã não são os milagres que Deus opera, mas sim o amor, que é sempre o mais importante (cf. I Co 12.31-13.13). Resta a pergunta: e nas nossas comunidades? O que priorizamos na nossa relação com Deus?

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Pausa para refletir: antes de pensarmos no texto de João 4, responda:

1. A partir do que já conhece sobre o assunto, como você acha que as mulheres e os(as) estrangeiros(as) eram tratadas pela religião na época de Jesus?

2. Esta situação se repete em nossos dias? Os estrangeiros podem ser considerados aqueles e aquelas que pensam diferente de nós, inclusive no âmbito religioso?

Bem, a título de exemplo, eis uma oração tipicamente farisaica dos tempos de Jesus: “Senhor, te dou graças porque não nasci gentio nem uma mulher.”. Alguns textos, principalmente do século II d.C., nos revelam a situação da mulher na Palestina, como por exemplo, esta citação de um rabino: “Compra-se a mulher por dinheiro, contrato e relações sexuais. Compra-se um escravo pagão por dinheiro, contrato e tomada de posse. Há então diferença entre a aquisição duma mulher e a dum escravo? Não!”1. Sim, era difícil ser mulher nos tempos de Jesus! A bem da verdade, ainda é assim em nossos dias! E, em grande parte, isso ocorre por causa de uma leitura machista e preconceituosa da vida, que, aliás, contamina até mesmo nossa interpretação do texto bíblico. Essa leitura preconceituosa está patente na percepção dos discípulos de Jesus, que se espantaram que o Mestre estivesse conversando com uma mulher (cf. Jo 4.27).

1 SAULNIER, Christiane & ROLLAND, Bernard. A Palestina do tempo de Jesus, p. 65

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Mas, além de mulher, trata-se de uma samaritana. Os samaritanos sempre foram odiados pelos judeus, em grande parte devido à recusa daqueles em aceitar e reconhecer Jerusalém como cidade religiosa e o Templo de Salomão como santuário central e monopolizador da adoração a Deus. Na verdade, os samaritanos tinham seu próprio lugar de adoração, vinculado a textos importantes do Pentateuco. O lugar era o monte Garizim (ou Gerizim), localizado em Siquém, e os textos bíblicos que autorizavam o culto nesse lugar eram: Dt 11.29 e 27.12. Leiamos juntos esses textos:

É importante perceber nesse ponto como a presença e atuação da mulher é constante no evangelho joanino. É uma mulher, por exemplo, a primeira a ouvir de Jesus sua confissão de que é o Messias (Jo 4. 26), e é uma mulher a primeira a ver o Jesus ressuscitado (Jo 20.16). Já se disse, (e, aliás, com muita razão) que “no quarto evangelho a mulher se sente em casa” (KONINGS, Johan, Evangelho segundo João: amor e fidelidade, p. 41). Nesse sentido, o Discípulo Amado do evangelho joanino pode muito bem ser identificado com uma mulher.

Resta a pergunta: e nas nossas comunidades? Acontece o mesmo?

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“Quando, porém, o Senhor teu Deus te introduzir na terra a que vais para possuí-la, então pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim e a maldição sobre o monte Ebal.” (Dt 11.29)

“Quando houveres passado o Jordão, estarão sobre o monte Gerizim, para abençoarem o povo, estes: Simeão, Levi, Judá, Issacar, José e Benjamim.” (Dt 27.12)

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Agora, tendo esse pano de fundo como ponto de partida, leia o texto de Jo 4.1-42.

O texto inicia falando do “sucesso” de Jesus que era motivo de grande preocupação para os fariseus (4.1-3). Transparece nessa parte um dos motivos de conflito vivenciado pela comunidade joanina: sua relação com os representantes e defensores do judaísmo no período pós-Templo. Ao que parece, a mensagem e a proposta de Jesus, agora assumidas e aprofundadas na vivência da comunidade cristã, eram um problema para o judaísmo dominante, muito maior que havia sido João Batista até então. Também já é possível perceber que o texto está estruturado em três grandes blocos: o primeiro relata o encontro de Jesus com a mulher samaritana; o segundo, relata outra conversa, mas dessa vez entre Jesus e seus discípulos; o terceiro bloco, por fim, volta-se para outros samaritanos que, motivados pelo testemunho da mulher, vão em busca de Jesus para ouvi-lo e conversar com ele. Vejamos cada um destes blocos separadamente:

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Jesus e a mulher samaritana (Jo 4.4-30)

O cenário deste encontro é a cidade samaritana de Sicar, no interior do território da Samaria. Observe no mapa abaixo a localização desta região:

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O texto nos informa que Jesus chega ao poço de Jacó, nessa região de Sicar, por volta do meio-dia. Está cansado, e o sol escaldante aumenta seu desconforto. Jesus ergue os olhos e vê uma mulher se aproximando. É samaritana, provavelmente moradora de uma das vilas próximas ao poço. Ela vem ao poço para tirar água. É uma atitude curiosa, pois o melhor horário para se fazer esse serviço seria por volta do entardecer, quando o sol já tinha se escondido e o frescor da noite se aproximava. Será que esta mulher tem algum motivo para vir ao poço nesta hora tão imprópria? Será que ela não convive bem com seus vizinhos? Será que tem alguma “fama” de pecadora que a mantinha afastada dos outros? Não sabemos.

Jesus pede água à mulher. O seu pedido causa espanto na samaritana. “Como tu sendo judeu”, diz ela, “pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?” (Jo 4.9). Habituada como estava a não ser considerada como interlocutora de uma conversa, especialmente com um judeu, a mulher questiona a Jesus. Na verdade, e quem sabe por força da sua própria experiência, a mulher já havia internalizado a impossibilidade de diálogo entre judeus e samaritanos. Em sua concepção de mundo, não havia espaço para conversas entre integrantes de propostas religiosas diferentes. Isso se reflete, aliás, em toda a conversa da mulher; ela apresenta uma visão exclusivista: ou se adora em Garizim, ou em Jerusalém (Jo 4.20). Um dos dois, nunca os dois. Caso se escolha Garizim, como seus antepassados faziam, tem que se rejeitar Jerusalém; caso se prefira esta, Garizim deve ser abandonado.

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Para refletir um pouco:

1) Será que nossa vivência de fé reproduz a compreensão da mulher samaritana de ser sempre exclusivista, isto é, de escolher ou Jerusalém ou Garizim? Nossa maneira de pensar a própria fé é incapaz de dialogar com o que pensa de forma diferente?

2) Somos capazes de perceber que Deus ultrapassa lugares e formas religiosas que tentam controlar sua adoração, pois “vem a hora e já chegou em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade” (Jo 4.23)?

A resposta de Jesus à mulher rompe com essa visão dualista. “Nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai”, diz Jesus. Por detrás desta fala, existe uma intenção do evangelho joanino de apresentar o próprio Jesus como centro da fé. Jesus é maior que o poço de Jacó, pois a água que ele oferece mata verdadeiramente a sede do ser humano (Jo 4.10-14). O ponto chave deste texto é: a espiritualidade, para o Ev. de João, se dá por meio de Cristo, e não por uma religião específica. Para o evangelho, o culto a Deus se realiza na pessoa de Jesus, por isso, tanto o judaísmo ortodoxo como a proposta religiosa samaritana são superados.

No que diz respeito ao nosso tema – diálogo inter-religioso – importa destacar o seguinte: para o texto joanino, Jesus é judeu e tem sua identidade muito bem formada. Jesus sabe quem é e qual sua origem: “nós

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adoramos o que conhecemos porque a salvação vem dos judeus” (Jo 4.22). Contudo, isso não impede que ele converse com a mulher samaritana, nem que encontre nela alguém a quem pode se revelar como o Messias (Jo 4.26). Percebemos, portanto, que diálogo inter-religioso só pode ocorrer num ambiente de convicção da própria identidade, sem que isto signifique, por outro lado, uma espécie de vida fechada em si mesma, incapaz de se abrir para o outro.

Por isso, o diálogo com aqueles e aquelas que pensam diferente de nós não é sinônimo de abandono do que se pensa, pois esta convicção é essencial para qualquer postura de diálogo inter-religioso, pois este nunca significa rejeitar, a priori, as próprias convicções em favor do ponto de vista alheio. Antes, todo diálogo só pode existir quando há duas posturas distintas que, sendo diferentes conseguem sentar-se juntos para conversar sem destruir-se mutuamente. Isto é o que pensa, por exemplo, Hans Küng:

“O cristão não tem nenhum monopólio da verdade, e tampouco o direito de renunciar ao testemunho da verdade em nome de um pluralismo convencional. Diálogo e testemunho não se excluem. O testemunho da verdade inclui a coragem de detectar e denunciar a mentira.”

KUNG, Hans, Teologia a caminho: fundamentação para o diálogo ecumênico, p. 272

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Além disso, também podemos perceber que a construção da própria identidade se dá na relação com o/a outro/a. No encontro com Jesus, a mulher samaritana reencontra sua esperança na pessoa do Messias aguardado (Jo 4.29), tornando-se ela mesma uma anunciadora desta esperança aos/às outros/as. No encontro com a mulher, Jesus se reconhece como Messias, reafirmando sua vontade de cumprir os desejos do Pai e encontrando nos samaritanos um campo propício, pronto para a ceifa (Jo 4.26,34-35).

Isso nos remete novamente à forma de ser no mundo proposta pelo Deus que se revela em Jesus: a relacionalidade que gera uma verdadeira conversão de um eu fechado em si mesmo a um nós comunitário e frutífero. Esta nova forma de ser no mundo faz com que este mundo creia (cf. Jo 13.34-35). Fechado em si mesmo, o ser humano coisifica tudo e todos à sua volta. Aberto, o ser humano vivencia a alteridade2, o reconhecimento, a aceitação do/a outro/a em sua diferença. Numa perspectiva cristã, viver para fora de si (não como negação de si, mas como afirmação do outro) é a única maneira de não perder a própria vida (cf. Mt 16.25). Esta dimensão de imanência3, voltada para o outro, deve ser acompanhada da dimensão da transcendência4. Rumar em direção à alteridade é o caminho para nossa humanização plena, que se traduz numa abertura ao mundo (tanto em sua representação como cultura, quer como natureza), numa abertura aos

2 Alteridade tem relação com a ideia do/a outro/a, do/a diferente. No entanto, alteridade é a concepção que

parte do pressuposto básico de que no âmbito social todos interagem e interdepende. Neste sentido, perceber

a dignidade do/a outro/a, de seus direitos e sua diferença.

3 O que é característico ou está no objeto. Em teologia seria o que é presente no ou próximo do mundo:

Deus ou sua força/presença. É o contrário de transcendente.

4 É o que está além do transitório, do histórico. É o contrário de imanência.

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outros (só quem ama ao próximo pode amar a Deus, segundo João), e numa abertura a Deus, de quem depende toda a vida e a partir de quem qualquer processo de humanização pode se tornar possível.

Jesus e seus discípulos (Jo 4.31-38)

Quando os discípulos chegaram próximo de Jesus e da mulher samaritana, ficaram “admirados de que estivesse falando com uma mulher.” (Jo 4.27). O espanto deles se explica pela visão de mundo, de Deus e do próximo que eles possuem. Na verdade, os discípulos de Jesus não conseguem enxergar a mulher samaritana além da imagem já construída para ela pelos judeus. O estereótipo está tão firmado no coração e na compreensão dos discípulos que o mero fato de Jesus conversar com a mulher gera escândalo e ciúme neles.

Diante dessa postura, Jesus propõe a ilustração dos campos propícios para a ceifa: o tempo da colheita chegou. Também deixa claro para os discípulos (e, consequentemente, para a comunidade joanina) que seu alimento consiste em fazer a vontade do Pai.

Ora, será que, a partir disso, podemos extrair uma lição para nós? Será que podemos compreender que a vontade de Deus não é o escândalo preconceituoso que rejeita o diálogo, mas sim a abertura em relação ao outro, ao diferente, à samaritana? Será que não podemos partir dessa passagem para reafirmar a necessidade de diálogo entre posturas religiosas diferentes? E será também que muitas vezes nosso procedimento reproduz a ótica limitada dos discípulos?

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Jesus e os samaritanos (Jo 4.39-42)

O evangelho de João nos informa que a mulher samaritana logo foi para os/as seus/suas e contou a eles/as tudo o que havia percebido em Jesus. “Será este o Cristo?”, é a sua pergunta constante. Por causa desse testemunho, vários/as samaritanos/as vêm até Jesus e passam a ouvir e dialogar com ele. O resultado disso é que muitos/as creram em Jesus, não mais apenas por causa do testemunho da mulher, mas porque eles/as mesmos/as descobriram em Jesus o Messias, Salvador do mundo (Jo 4.42).

Em outras palavras, os/as próprios/as samaritanos/as chegaram à conclusão de que Jesus era o Cristo, mas não o Messias judaico (não se trata de importação de conceitos religiosos!), mas sim o Messias samaritano. A expectativa samaritana pela vinda do Cristo era bem diferente da dos judeus. Para os/as samaritanos/as, o Cristo que viria não seria da Casa de Davi, mas vinculado aos profetas, conforme preanunciado por Moisés (cf. Dt 18.15). Eles convidam Jesus a permanecer em Samaria.

A resposta de Jesus a este convite também deveria nos fazer pensar. Jesus permanece por dois dias em Samaria, sendo compreendido pelos/as samaritanos/as como o Salvador do mundo (cf. Jo 4.40,42), uma concepção que ultrapassava (e muito!) a ideia judaica sobre o Messias que viria. Não encontramos aqui uma possibilidade de enriquecer nossa própria fé e teologia a partir das percepções de outros/as, inclusive de crenças religiosas distintas das nossas? Parece que sim. É perfeitamente possível (e natural, se não pensarmos

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de forma preconceituosa) que uma visão de fé diferente da nossa pode cooperar para uma compreensão mais completa do Mistério que é Deus.

Jesus aceita permanecer entre os/as samaritanos/as, mas não se preocupa em catequizar os/as samaritanos/as, tornando-os/as judeus e judias. Na verdade, como vimos, na perspectiva do evangelho joanino, tanto o judaísmo ortodoxo como as propostas samaritanas são superadas pelo próprio Jesus. Nos termos do evangelho, poderíamos dizer que Jesus “faz morada” também entre os/as samaritanos/as (cf. Jo 1.14). Dois dias parece pouco para se habitar num lugar e verdadeiramente conhecer sua cultura e jeito de ser, mas ao que tudo indica, essa breve permanência de Jesus entre os/as samaritanos/as foi o suficiente para fazer com que o próprio Jesus fosse identificado como um dos samaritanos (cf. Jo 8.48). Podemos concluir daí que não se compreende o/a outro/a num olhar apressado ou arrogante, de quem se compreende como melhor diante do diferente.

Para refletir mais um pouco antes de seguir para a próxima etapa:

1. Faça um pesquisa na internet sobre o tema: “inculturação da fé”. O que é? Há alguns exemplos? Quais?

2. “Deus é Mistério”. O que você compreende dessa frase e qual sua relação com o cristianismo?