Evolução da Rede de Mobilidade Metropolitana do Rio de Janeiro

Embed Size (px)

DESCRIPTION

As informações exatas sobre todas as possibilidades e maneiras para se realizar um deslocamento entre dois ou mais pontos em uma cidade, são cruciais e contribuem para a melhoria da qualidade da mobilidade urbana, na medida em que permitem escolha de trajetos inteligentes.Uma vez que a cidade do Rio de Janeiro passa por importantes mudanças estruturais nos Sistemas de Transporte Público, por ocasião dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo, é vital a divulgação adequada dessa nova rede que está se constituindo na cidade.Este trabalho tem por objetivo analisar a Rede Estrutural Metropolitana de Transporte Público e constituir um sistema de informações centralizados acerca dela, constituindo uma base de dados facilmente acessível aos usuários, aos visitantes e aosfuturos estudos a serem desenvolvidos para a cidade.

Citation preview

i Evoluo da Rede de Mobilidade Metropolitanado Rio de Janeiro Pedro Paulo Silva de Souza ProjetoFinaldeCursosubmetidoaoDepartamentodeEngenhariadeTransportesda UniversidadeFederaldoRiodeJaneirocomopartedosrequisitosnecessriospara obteno do grau de Engenheiro Civil nfase em Transportes. Apresentado por: _____________________________ Pedro Paulo Silva de Souza Aprovado por: _____________________________ Profa. Eva Vider _____________________________ Prof. Ana Maria Gonalves _____________________________ Profa. Milena Bodmer RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL FEVEREIRO / 2012 ii RESUMO Evoluo da Rede de Mobilidade Metropolitanado Rio de Janeiro Pedro Paulo Silva de Souza Orientador: Profa. Eva Vider As informaes exatas sobre todas as possibilidades e maneiras para se realizar um deslocamento entre dois oumais pontos em uma cidade, so cruciais e contribuem paraamelhoriadaqualidadedamobilidadeurbana,namedidaemquepermitem escolha de trajetos inteligentes. UmavezqueacidadedoRiodeJaneiropassaporimportantesmudanas estruturaisnosSistemasdeTransportePblico,porocasiodosJogosOlmpicoseda Copa do Mundo, vital a divulgao adequada dessa nova rede que est se constituindo na cidade. EstetrabalhotemporobjetivoanalisaraRedeEstruturalMetropolitanade TransportePblicoeconstituirumsistemadeinformaescentralizadosacercadela, constituindoumabasededadosfacilmenteacessvelaosusurios,aosvisitanteseaos futuros estudos a serem desenvolvidos para a cidade. Palavras-chave:SistemasdeTransporte,TransporteUrbano,TransportePblico, Mapas Octalineares, Sistemas de Informao ao Usurio. iii ABSTRACT Evolution of the Mobility Network in Rio de Janeiro Metropolitan Area Pedro Paulo Silva de Souza Supervisor: Prof. Eva Vider Inordertoachieveasustainableapproachtourbanmobility,itsessentialthat properinformationisprovided,allowingthepassengerstoplantheirtripsacrossthe city, choosing the shortest and most efficient paths. Inthiscontext,RiodeJaneiroisgoingthroughmajortransformationsinits transportationsystem,aimingtheOlympicsGamesandtheWorldCup,andits essencial that these changes are properly spread throughout the users. The objective of this work is to analyze the Structural Public Transport Network anddevelopadatabasethatwillconsolidateallinformationregardingit,makingit easier to be accessed by users, visitors and researchers intending to study future projects for the city. Keywords: Transportation Systems, Urban Transportation, Public Transport, Octalinear maps, Passenger Information Systems. iv Souza, Pedro Paulo Silva de Evoluo da Rede de Mobilidade Metropolitana do Rio de Janeiro/Pedro Paulo Silva de Souza. Rio de Janeiro:UFRJ /Escola Politcnica, 2012. x, 90 f. : il. ; 28 cm. Orientador: Prof. Eva Vider Projeto Final (graduao) UFRJ / Escola Politcnica / Departamento de Engenharia de Transportes, 2012.

1. Sistemas de Transportes 2. Transporte Urbano 3. Transporte Pblico 4. Informao ao Usurio I. Vider, Eva. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politcnica, Curso de Engenharia Civil. III. Ttulo v D-se muita ateno ao custo de se realizar algo. E nenhuma ao custo de no realiz-lo. Philip Kotler vi Agradecimentos Aos meus pais Odeir e Eloisa, minha irm Lourdes e minha amiga Cici, por estarem sempre ao meu lado nos momentos importantes da minha vida. Aoscolegasquevierameseforamnessesseisanosdefaculdade,ajudandonos estudos,nostrabalhos,nomeucrescimentoacadmicoeemtantasoutrascoisas mais. Aosamigosquemeajudaramcominformaesparaodesenvolvimentodesse projeto,cadaumcomoquetinhaaoseualcance;sejanaempresaque trabalhavam, no contedo que compartilharam comigo pela Internet ou nos trabalhos acadmicos que gentilmente me cederam durante congressos. Etambmaosamigosquenoentendiamdoassunto,masquemeajudaramcom seu apoio, incentivo e, principalmente, pacincia com o meu jeito de ser. vii Sumrio 1.INTRODUO 1.1.Descrio do Problema ........................................................................... 2 1.2.Justificativas e Contexto .......................................................................... 3 1.2.1.A importncia da informao ........................................................................................ 3 1.2.2.O compromisso olmpico ................................................................................................. 5 1.3.Objetivos do projeto ................................................................................. 7 2.LEVANTAMENTO DE DADOS 2.1.Aspectos Histricos do Planejamento Urbano ..................................... 8 2.1.1.A Revoluo dos Bondes ................................................................................................. 8 2.1.2.Primrdios do Planejamento ........................................................................................... 9 2.1.3.Dcada de 30: O Plano Agache ................................................................................. 11 2.1.4.Dcada de 60: O Plano Doxiadis ................................................................................. 12 2.1.5.Anos 70 e 80: A expanso metroviria ........................................................................ 13 2.1.6.O Plano de Transporte de Massa (PTM) ...................................................................... 14 2.1.7.O Plano Diretor de Transporte Urbano da RMRJ (PTDU 2003) ............................... 14 2.2.Rede Atual ................................................................................................ 16 2.2.1.Metr ................................................................................................................................. 16 2.2.2.Supervia ............................................................................................................................ 18 2.2.3.Barcas ................................................................................................................................ 20 2.2.4.O Sistema de nibus Municipal .................................................................................... 21 2.3.Rede Futura .............................................................................................. 25 2.3.1.Expanso metroferroviria ............................................................................................. 25 2.3.2.Criao dos Corredores BRT.......................................................................................... 27 2.3.3.Avaliao Comparativa entre os futuros modos ...................................................... 34 2.4.Sistemas de Informaes Existentes Atualmente ............................... 35 2.4.1.No Rio de Janeiro ............................................................................................................ 35 2.4.2.No Brasil ............................................................................................................................. 41 2.4.3.No Mundo ......................................................................................................................... 44 3.DESENVOLVIMENTO DAS SOLUES 3.1.Georreferenciamento da Rede ............................................................ 46 3.1.1.Concepo da rede de ns e links ............................................................................. 46 3.1.2.Gerando a matriz temporal........................................................................................... 51 viii 3.2.O mobiRio ................................................................................................. 54 3.2.1.Desenvolvendo um sistema de informao .............................................................. 54 3.2.2.Informao alm do usurio ......................................................................................... 55 3.3.Aspecto Grfico ...................................................................................... 56 3.3.1.O mapa geogrfico ....................................................................................................... 56 3.3.2.O esquema octalinear ................................................................................................... 58 3.4.Mdias Desenvolvidas .............................................................................. 65 3.4.1.O mobiRio.poli.ufrj.br....................................................................................................... 65 3.4.2.O mapa interativo ........................................................................................................... 68 3.4.3.Interatividade e mdias sociais ...................................................................................... 69 3.4.4.Mdias Impressas .............................................................................................................. 70 4.CONSIDERAES FINAIS 4.1.Concluses e futuro ........................................................................................................ 71 5.REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .............................................................. 73 6.ANEXOS ..................................................................................................... 75 ix Lista de Figuras FIGURA 1 Distribuio das viagens urbanas na cidade do Rio de Janeiro ...................... 1 FIGURA 2 Masterplan de Transporte planejado para os Jogos Olmpicos de 2016 ........ 6 FIGURA 3 Avenida Mem de S, por volta de 1900 ............................................................... 9 FIGURA 4 Rede de bondes do Rio de Janeiro, em sua maior extenso ......................... 10 FIGURA 5 Rede do Metr como prevista para 1990 ........................................................... 13 FIGURA 6 Modelo Fsico Operacional Rede nica de Transporte ................................. 14 FIGURA 7 Sub-rede Estrutural Investimento Pleno (PDTU 2003) .......................................... 15 FIGURA 8 Sub-rede Hidroviria (PDTU 2003) ......................................................................... 15 FIGURA 9 Rede Estrutural Atual de Transporte Pblico da RMRJ ..................................... 16 FIGURA10Representaoesquemticano-oficialdoMetrcariocaesuas extenses rodovirias.................................................................................................................. 17 FIGURA11EsquemadelinhasdaSupervia(aindasemainclusodoramalde Guapimirim) .................................................................................................................................. 19 FIGURA 12 Excerto da Carta de Navegao da Baa de Guanabara, destacando a prioridade de navegao para o trajeto das barcas .......................................................... 20 FIGURA 13 Padronizao visual adotada aps a concesso das linhas ........................ 21 FIGURA14ExcertodepanfletoexplicativosobreaimplantaodoBRSem Copacabana ............................................................................................................................... 23 FIGURA 15 Mapa de abrangncia das redes municipal e intermunicipal de nibus na RMRJ .............................................................................................................................................. 24 FIGURA 16 Detalhe do projeto da Linha 4 entre a Pa Gal Osrio e So Conrado ..... 25 FIGURA 17 Fases de execuo da Linha 3 do Metr ......................................................... 26 FIGURA 18 Estao-tipo de BRTadotada nos corredores ................................................. 27 FIGURA 19 Estaes da Transcarioca no trecho Barra-Penha .......................................... 28 FIGURA 20 Infogrfico informativo sobre a Transcarioca .................................................. 29 FIGURA 21 Estaes da Transoeste ........................................................................................ 30 FIGURA 22 Infogrfico informativo sobre a Transoeste ....................................................... 31 FIGURA 23 Infogrfico informativo sobre a Transolmpica ................................................. 32 x FIGURA 24 Concepo preliminar da estao-tipo da Transbrasil ................................. 33 FIGURA 25 Capacidade de Oferta de Diferentes Modos ................................................. 34 FIGURA 26 Site das Barcas S/ A................................................................................................ 35 FIGURA 27 Diagrama de rede da Supervia ......................................................................... 36 FIGURA28Nomapadometr,leveslinhastracejadasindicamaexistnciadeum outro sistema ferrovirio ............................................................................................................. 37 FIGURA 29 Mapas tursticos do Metr voltados para as regies centrais da cidade ... 37 FIGURA 30 Mapa do Metr apresentado em perspectiva ............................................... 38 FIGURA 31 Exemplares de mapas estudados no projeto .................................................. 39 FIGURA 32 RioMAPA de Transportes ...................................................................................... 40 FIGURA 33 Amostras de mapas tursticos de diversas cidades brasileiras ...................... 41 FIGURA 34 Verso infantil do mapa da rede de So Paulo .............................................. 42 FIGURA 35 Mapa do Transporte Metropolitano de So Paulo .......................................... 43 FIGURA 36 Tube Map de Londres, Inglaterra ....................................................................... 44 FIGURA 37 Mapa da rede de Transportes de Berlin, Alemanha ....................................... 44 FIGURA 38 Rede noturna de transportes da cidade de Dresden, Alemanha ............... 45 FIGURA39EsquemticoIntermodaldofuniculardosGuindais,nacidadedoPorto, Portugal ......................................................................................................................................... 45 FIGURA 40 Arquivo .kmz contendo toda a rede futura de BRTs para a cidade do Rio de Janeiro ..................................................................................................................................... 46 FIGURA 41 Arquivo shapefile (.shp) da rede ferroviria brasileira obtida junto ao IBGE ........................................................................................................................................................ 47 FIGURA42Detalhedolevantamentovisualdaredenumtrechodosistemade bondes de Santa Teresa............................................................................................................. 48 FIGURA 43 Janela de importao de arquivo Google Earth para o AutoCAD ............ 49 FIGURA 44 Representao da rede de links e ns no arquivo AutoCAD ....................... 49 FIGURA 45 Representao final da rede no Transcad ....................................................... 51 FIGURA 46 Diferena entre a rede com e sem penalidades de transferncia ............. 52 FIGURA 47 Detalhe da matriz de tempos deslocamentos ................................................ 53 FIGURA 48 Identidade visual adotada para as linhas da rede ........................................ 56 xi FIGURA 49 Interao dos obstculos naturais com a rede de transporte ..................... 57 FIGURA 50 Publicao oficial de Henry Beck para o Tube Map ...................................... 58 FIGURA 51 Representao esquemtica preliminar da rede de transportes, ainda sem observar os preceitos dos mapas octalineares ...................................................................... 61 FIGURA52Representaoposterior,jconsiderandoumamaiorcoerncia geogrfica .................................................................................................................................... 62 FIGURA53Bemmaisprximadoidealoctalinear,estaversosemelhanteao esquemaatualmentedesenvolvido,excetopelapresenadeprojetosnoto consagrados. ............................................................................................................................... 63 FIGURA54Versomaisrecentedomapaesquemtico,aindanototalmente octalinear ...................................................................................................................................... 64 FIGURA 55 Pgina inicial do mobirio.poli.ufrj.br ................................................................... 65 FIGURA 56 Parte Inferior da pgina inicial do mobirio.poli.ufrj.br ..................................... 66 FIGURA 57 Navegao pelas diversas reas do site .......................................................... 67 FIGURA 58 Visualizao do mapa interativo no website ................................................... 68 FIGURA 59 Facebook e twitter do mobiRio .......................................................................... 69 FIGURA 60 Verso final do ZCARD mobiRio esquemtico ano base 2016 ..................... 70 FIGURA 61 Prefeito Eduardo Paes diante do mobiRio, na inaugurao da estao de BRTNovo Leblon, na Barra da Tijuca ........................................................................................ 72 xii Lista de Tabelas TABELA1ResultadosdaPesquisadaCoppesobreograudeconhecimentodos projetos de BRTem fase de implantao no Rio de Janeiro ................................................ 3 TABELA 2 Comparativo de velocidade entre as diferentes modalidades ..................... 50 xiii Lista de Abreviaturas BRT Bus Rapid Transit FETRANSPOR Federao das empresas de transportes de passageiros do estado do Rio de Janeiro GERJ Governo do Estado do Rio de Janeiro IPP Instituto Pereira Passos ITS Sistemas Inteligentes de Transportes PDF Portable Document Format PDTU Plano Diretor de Transportes Urbanos NTU Associao Nacional das Empresas de Transportes Urbanos RMRJ Regio Metropolitana do Rio de Janeiro SIG Sistema de Informaes Geogrficas VLT Veculo Leve sobre Trilhos 1 1. INTRODUO Para cidades com mais de meio milho de habitantes, a questo da modalidade nos eixosprincipaistoimportantequantoaoperaoemformaderedeintegrada, ondeopassageiropodeescolherotrajeto(ouatamodalidade)erealizar transbordos em ambientes confortveis e seguros, com o menor custo possvel. Qualquersistemaqueoferealinhasisoladasrestringeseumercadoaospassageiros cujosdestinoseorigensestonafaixaservida.Paragarantiraacessibilidadeda populao ao sistema necessrio que as linhas de nibus, de metr, de barcas, de trem suburbano operem como uma Rede Integrada de Transporte. SegundoaNTU(1),ac oncepodarededetransportepblicodeveserpartedo processodeplanejamentodamobilidadeurbanacomo um todo,quecompreende, desdeotrnsitoeacirculaogeraldeveculos,atosdeslocamentosapepor veculos no motorizados. S assim possvel abordar os servios do ponto de vista dos clientes,superandooenfoquedaoferta,quasesemprerestritoaumdeterminado mododetransporteisolado.Aoclienteinteressacumpriroseuobjetivodeviagem, sendoaopomodalapenasumaentreasmuitasescolhasnecessriasparase locomover na rea urbana. Em muitas cidades brasileiras, as redes de transporte pblico so definidas apenas no nveldoplanejamentooperacional,semqualquervisoestratgicaouttica. Procedendo dessa forma, so muito altos os riscos de um afastamento progressivo dos serviosdaredeemrelaosexignciasmaisamplasdomercado,implicando perda de atratividade e de passageiros. FIGURA 1 Distribuio das viagens urbanas na cidade do Rio de Janeiro Fonte: Comunicados do IPEA (2) 2 Nessecontextodeperdadeatratividadepodemosanalisaraevoluoda distribuiomodalnacidadedoRiodeJaneiro,retratadanogrficodaFIGURA1. Percebem-seduasmudanasessenciaisnoperfildamobilidadedapopulao:no mundodotransportepblico,nota-seodesaparecimentodobondeeogrande aumentodousodonibus;nareadotransporteindividual,apareceaampla utilizao do automvel.Ouseja,acidademudoudeumamobilidadeessencialmentepblicaemovida eletricidade(obondeeotrem)paraoutraquemisturaamobilidadepblicae privada e depende essencialmente de combustveis fsseis.DadoessequadroeobservandoointensocrescimentourbanodoBrasil,muitas cidadeseregiesmetropolitanaspassaramaapresentarsistemasdemobilidadede baixaqualidadeede alto custo,comimpactosnegativosna vidadaspessoas enos custos econmicos e ambientais para a sociedade.Esses problemas relacionados mobilidade nos centros urbanos afetam diretamente a qualidadedevidadapopulao,comasexternalidadesgeradasnaproduode transportee,tambm,odesempenhoeconmicodasatividadesurbanas.Maisdo que isso, sistemas de mobilidade ineficientes pioram as desigualdades scioespaciais e pressionam as frgeis condies de equilbrio ambiental no espao urbano.Assim,oestudodascondiesefetivasdemobilidadefundamentalparaavaliara qualidadedevidanascidadesdopaseidentificaraesdepolticaspblicasque possamreduzirosproblemasurbanosdemobilidade,dandomaioreficinciana movimentaodeindivduosemercadoriasegarantindospessoasoseudireito cidade. 1.1.Descrio do Problema Todo processo de anlise emprica se inicia pela fase de levantamento de dados. E no casodarededetransportespblicosdacidadedoRiodeJaneironotriaa carnciadeumsistemadeinformaescentralizado,concentrado,quepossaservir depontodepartidaparaodesenvolvimentodepesquisasacadmicasouat mesmo de uma simples pea de informao. Omodocomoseorganizouagestodotransportepbliconaregiometropolitana criou uma situao onde diversos operadores privados agem de forma independente, tanto no que tange a operao quanto na divulgao de suas informaes. Sem um conceitoderededefinido,soboqualtodospudessemseabrigar,cadaempresa operadoradivulgaainformaodoseusistemadeformaisolada,criandouma 3 nuvemdifusadeinformaesquedificultaaobtenodeinformaosobretempos de viagens multimodais, estaes de transbordo, tarifas de integrao, etc. sabidoqueumdosfatoresmaiscrticosparaoplanejamentodeumaredede transportejustamenteanecessidadedeexistnciadeambientesinstucionalede mercado favorveis. este cenrio de desintegrao que deve ser revertido. Mais do que aumentar a eficincia da operao e qualidade do servio prestado,o estabelecimentodeumaredeintegradacriaumaidentidadeparaosistema, tornando-o um produto atrativo e facilitando sua aceitao perante o pblico.1.2.Justificativas e Contexto 1.2.1.A importncia da informao AcidadedoRiodeJaneiroesuareadeinflunciaestosendoalvodegrandes transformaes na sua estrutura de transportes. Mas ser que a populao tem a real noo da dimenso dessas intervenes? NaTABELA1temosretratadaumapesquisadesenvolvidaporALEXANDRE,Richard [2011]daCOPPE/ UFRJ,orientadopeloProf.RonaldoBalassiano,acercada implantao dos novos meios de transporte na cidade visando os jogos olmpicos de 2016. Neste caso especfico, os BRTs. TABELA 1 Resultados da Pesquisa da Coppe sobre o grau de conhecimento dos projetos de BRTem fase de implantao no Rio de Janeiro Grupos Pesquisados Conhece os projetos de BRTem implanta o no RJ? Sabe o que um BRT? Usaria o BRT? SIMNOSIMNOSIMNOTALVEZ Motoristas de Txi 27%77%29%71%20%43%37% Motoristas de nibus 10%90%20%80%74%14%12% Usurio de nibus 5%95%20%80%54%9%37% Usurio de Carro 26%74%77%23%20%66%14% Fonte: Apresentao do MobiRio no 18Congresso Brasileiro de Transporte e Trnsito (3) Agregandoosdados,podemosobservarque84%daspessoaspesquisadasno conhecem os projetos de BRT, 76% no sabem o que um BRT, e apenas 41% usariam o BRT. 4 Pormelhorquesejamossistemasemimplantaonacidade,asuautilizaoser vinculada ao grau de conhecimento que os usurios tero sobre ele. Mais do que isso, necessrio saber onde e quando os servios so oferecidos. Por isso, um sistema de informao ao usurio essencial para qualquer programa de promoo. Um bom sistema de informao ao usurio deve ser visto como uma questo essencial noplanejamentodeumarededetransportespblicos.Questescomoatrairmais usurios,aumentarasatisfaodoservioprestado,diferenciarosservios,c riar vantagenscompetitivas,melhoraraimagemdosistema,entreoutras,devemfazer parte da lista de prioridades do transporte coletivo. Orealsignificadodomarketingestnanoodequeumaempresadeveprocurar satisfazer as necessidades e desejos de seus clientes, ao mesmo tempo em que busca alcanarsuasprpriasmetas,deformalucrativa.Ouseja,aatuaodaempresa deveestarfocadanomercado,desenvolvernovosservios,definirseuspreos, promover e comunicar. No Brasil, os servios de transporte pblico so operados em regime de concesso ou permisso,numasituaoondeapreocupaocomusurionodestacada.Na maioria dos casos, a qualidade dos servios vista como uma condio de contrato, enocomoumobjetivodasempresasoperadoras.Assim,apreocupaodas empresassempreestevefocadanaproduo,naadministraodoscustoseno gerenciamento da frota, e no nos usurios. Segundo DRUCKER (4), Marketing o negcio visto pela perspectiva de seu resultado final,ouseja,dopontodevistadocliente .Dessemodo,percebe-sequesefaz necessriaumamudanadefoconavisogerencialdessasempresas.Aoinvsde encararseusveculoscomo produtos quedevemserinexoravelmenteconsumidos, devem enxergar as viagens e as necessidades de deslocamentos dos usurios, agora encarados como clientes. Apartirdessesconceitos,percebe-sequemarketingbemdiferentedevendae promoo.Oconceitodevendaerroneamenteadotadopelosoperadoresde transportepblicoatualmenteassumeumaperspectivadedentroparafora.A vendaeapromoocomeamnaempresa,centradasnosprodutosouservios existentes, e enfatizam a obteno de lucro.O conceito de marketing, por sua vez, assume uma perspectiva de fora pra dentro. O marketingcomeacomummercadobemdefinido,centra-senasnecessidadesdos clientes,pressupeaescoordenadasdentrodaorganizaoeconsideraolucro comoresultantedasatisfaodoconsumidor.Soboc onceitodemarketing,as 5 empresas produzem o que os consumidores desejam, satisfazendo-os e obtendo lucro com isso. Segundo KOTLER (5), Somente empresas centradas nos clientes so verdadeiramente capazes e construir clientes, e no apenas produtos, e so hbeis em engenharia de mercados, no apenas em engenharia de produtos . 1.2.2.O compromisso olmpico OprocessodeseleodacidadesedeparaosJogosOlmpicosde2016trouxe consigoumaoportunidadempardereverteressequadrodedesinformao.Os grandesprojetosemdesenvolvimentoeasgrandesexpectativastursticastrouxeram consigoumagrandenecessidadedeumabasededadosorganizada.Sejapara auxiliarnodesenvolvimentodessesempreendimentos,sejaparaorientarosfuturos usurios dessa nova rede. comumdestacarasOlimpadascomoumimpulsionadordedesenvolvimentopelo simplesfatodesetratardeumcompromissofirmado,comumadatalimitee observadoresinternacionais.Masmaisdoqueisso,aolevarascompetiespara partes mais afastadas da cidade, os jogos olmpicos quebram o paradigma da cidade partida.Seantescadancleofuncionavadeformaquasequeindependente,com ligaesradiaisconvergindoparaocentro,agoracriaram-seasnecessidadesde transportemaisdiversasparausuriosquenoestoacostumadosautilizaro transporte pblico.Dadaestasituao,espera-sequecadaoperadordosistemapercebaqueno conseguiratenderessasdemandasisoladamente.Vistoquecadamodode transportepossuisuaregiogeogrficadeatuaomaisintensa,saintegrao entre os modos ser capaz de atender satisfatoriamente a todos os anseios de viagens dos turistas durante os jogos olmpicos. E aps isso, os anseios da populao em geral, que ter descoberto um novo e eficiente modo de se deslocar pela cidade, aliviando a presso imobiliria nas reas centrais e criando novos vetores de desenvolvimento. 6 FIGURA 2 Masterplan de Transporte planejado para os Jogos Olmpicos de 2016 Fonte: Dossi de candidatura aos Jogos Olmpicos de 2016 (6) 7 1.3.Objetivos do projeto Apropostainicialparaesteprojetoerarealizarumaanliseholsticadaredede transportepblicodoRiodeJaneiro,everificarcomoosprojetosdetransporteem desenvolvimentopara2016iriamafetararededeformaintegradaemultimodal. Porm,iniciaresseestudomostrou-sequasequeinvivel,pelainexistnciadeum simplesdesenhoumarededetransportepblico,bemcomodeumconjuntode dadosagregadosdaoperaopresenteeosprojetofuturos,planejadoscomuma viso de longo prazo e coerentes entre si. Diantedessanecessidade,prope-seaquicriarumabasededadosamplae interativaque,sobumnomeeidentidadevisualdefinidos,sejacapazdecentralizar todas as informaes da rede de transporte pblico da cidade sob a guarda de uma s entidade, que seria localizada dentro da Escola Politcnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.Funcionando como um ator isento e idneo, o meio acadmico tem a oportunidade de servir de elo de comunicao entre os diversos operadores e gestores de transporte pblico,aomesmotempoquesemunedeumainteressantebasededados,que poderservirdepontodepartidaparafuturaspesquisasquepossamviraser desenvolvidas por outros alunos.8 2. LEVANTAMENTO DE DADOS Nestecaptuloseroabordadosalgunsconceitosbsicosnecessriosparaa compreensodessetrabalho,bemcomolevantadososdadossobreossistemasde transportes necessrios para a montagem da rede integrada.Passando por uma breve reviso da histria do planejamento de transportes no Rio de Janeiro,serfeitoumlevantamentodecadasistemaatualefuturodaredede transportes,seguidoporumapesquisasobreossistemasdeinformaoexistentesna cidade, no Brasil e no mundo. 2.1.Aspectos Histricos do Planejamento Urbano Desde os primrdios, a cidade do Rio de Janeiro sempre careceu de continuidade no seuplanejamentourbano.Emboratenhahavidovriosplanoseconcepes, geralmenteelasnosolevadasadiantesemgestesfuturas,eapenasalguns conceitos seus so reaproveitados nos planos diretores mais recentes.Em ltima instncia, esta falta de continuidade acabou por resultar em redes extensas sendoextintasesubstitudas,emdetrimentodaconcepodeumaredeintegrada que fosse evoluindo com o tempo. 2.1.1.A Revoluo dos Bondes ORiodeJaneirofoiaprimeiracidadedaAmricadoSulaorganizarumserviode transportescoletivossobretrilhosdeferro.Aintroduodessetipodeveculona cidadetransformoudetalmaneiraomododevidaeaestruturaurbanaquealguns autoresdividemahistriadoRioemantesedepoisda"revoluo"dostransportes coletivos.Em1870,quandoaEstradadeFerroD.PedroIIaumentouonmerodeseustrens suburbanos e o servio de bondes, iniciado em 1868, comeou a se consolidar, os dois elementosresponsveispelaexpansodacidadepassaramaterumaatuao conjunta.Otransportedemassapermitiuodesafogodocentro,ondese concentravamtantoosricosquantoospobres,porfaltadetransportesrpidose regulares. As companhias de carris ampliaram a malha urbana muito alm do antigo centro e mesmo da Cidade Nova que comeava a se formar em meados do sculo passado.Aformacomosedeuesseprocessolevouaumanovaestruturaosocial na diviso do espao da capital.9 FIGURA 3 Avenida Mem de S, por volta de 1900 Fonte: MORRISON, Allen (7) Naverdade,obondefoiumelementofundamentalnodesenvolvimentodacidade doRiodeJaneiro.Pode-seentenderaexpansodocentro,aformaodenovos bairros,asetorizaosocial,atravsdaevoluodaslinhasdecarris.Durante muitas dcadasobondefoiotransportecoletivoporexcelncia,permitindoaqualquer pessoa ir, de qualquer ponto da cidade, aonde bem entendesse. As linhas de bonde interligadas cobriam absolutamente toda a zona urbana do Rio e seus subrbios mais prximos. 2.1.2.Primrdios do Planejamento O Rio multiplicou vrias vezes sua populao no sculo XIX, mas sua transformao em umagrandecidadesocorreuduranteoSculoXX.Em1902,quandoopresidente RodriguesAlvesassumiuaPresidnciadaRepblica,oRio,capitaldoBrasil,possua 840.000habitantes.Comfinanciamentoingls,oPresidentedecidiumodernizara cidade tendo como projeto principal a construo de um porto capaz de atracar os maioresnaviosdapocaeabriramplasavenidasparafacilitarotrnsitoearejara cidade,cujascondiessanitriaseramprecrias.Confiouessaempreitadaao ministro Lauro Muller, a Pereira Passos que ele fez prefeito da cidade e ao engenheiro Paulo de Frontin. 10 FIGURA 4 Rede de bondes do Rio de Janeiro, em sua maior extenso Fonte: MORRISON, Allen (7) 11 Essa misso modernizadora promoveu o aterro dos antigos trapiches que se estendiam desde a praa Mau ao Caju, onde foram construdos o cais do porto e os armazns alfandegrios. Separando a rea do porto da cidade foi implantada a Av. Rodrigues Alves. O brao de mar que penetrava at a altura da atual Av. Presidente Vargas foi transformadoemumcanalquecolheasguasdoCanaldoMangue,doRio Comprido e do Rio Trapicheiro. Deum lado e outro desse canal foi implantada a Av. Francisco Bicalho.AsobrasincluramaconstruodaAv.Central,hojeRioBranco,quefoidotadade prdiosmodernos,dentreosquaisimportantesequipamentossociaiscomooTeatro Municipal,oMuseuNacional,aBibliotecaNacional,oConselhoMunicipal,hoje denominadoPalcioPedroErnesto,oSupremoTribunalFederaleoPalcioMonroe, onde funcionou o Senado at a transferncia da Capital para Braslia. TambmsofreramsignificativasintervenesoCampodeSoCristvo,nas proximidades da Quinta da Boa Vista, onde residiu o Imperador, o Catete, onde est o antigo Palcio presidencial, e o Morro do Senado que foi demolido, construindo-se em seu lugar a Praa da Cruz Vermelha.Foiumaintervenoquedeixouseqelas,gerougravesconflitossociaiscomos desalojados, e grandemente criticada por urbanistas e antroplogos, por seu carter radical,mascorresponderamexpectativadanovaburguesiarepublicanaparaa qual a modernidade era fundamental. Outras intervenes importantes ocorreram no centro do Rio, com os desmontes do Morro do Castelo, que produziu o aterro onde foi construdooAeroportoSantosDumont,nadcadade20,edoMorrodeSanto AntnioquedeuprosseguimentoaoaterroaolongodaAv.BeiraMaredaPraiado Flamengo at a enseada de Botafogo, nos anos 50. 2.1.3.Dcada de 30: O Plano Agache Nadcadade30foielaboradoumprojetourbanstico,oPlanoAgache,quehoje identificadopelosprdioscomfachadasempilotisquecobreospasseiosdemuitas dasruasdacidade.NamesmadcadafoiimplantadaaAv.PresidenteVargase iniciada a construo da Estao Ferroviria D. Pedro II, conhecida tambm como a estao da Central. 12 2.1.4.Dcada de 60: O Plano Doxiadis O segundo plano diretor para a cidade, poca Estado da Guanabara, entregue em 1965, de autoria do escritrio grego "Doxiadis Associates". Entregue ao Governador CarlosLacerda,denomina-seumplanodedesenvolvimento,enfocandotodosos problemasdacidade,fazendousodateoriaEqsticadesenvolvidapeloautorede tcnicas para projees e anlise de transportes.Soderivadasdesseplanoaschamadaslinhaspolicromticas,concebidaspelo DepartamentodeEstradasdeRodagemdoantigoEstadodaGuanabara,hoje popularizadaspelaLinhaVermelhaepelaLinhaAmarela,edasquaistambmfaz parte a Linha 2 do metr, a ento Linha Verde, no leito da antiga Estrada de Ferro Rio d Ouro. No plano esto vrios conceitos de Doxiadis, no que se refere a planejamento e onde possvelidentificarapreocupaocomoeconmicoeosocial,sendocontudo consideradas confiveis no nvel do plano as intervenes fsicas. Na sua abordagem da cidade, j considera o seu entorno, a rea Metropolitana. A parte mais tcnica a relativa ao sistema virio. Aqui, alm da forma como o plano aborda os demais temas, levando problemas e quantificando necessidades e custos, elaboradoumestudodetransporte,combaseemmodelosmatemticos, objetivando a determinao do comportamento futuro do sistema. Paraoplano,asoluoresidenarededeviaspropostas,isto,amalha hierarquizada, segundo a qual o Estado da Guanabara deve se adequar, da mesma forma que deve se adaptar ao modelo estrutural dividido em comunidades. Osistemaradialqueconvergeparaocentrotransformadonumsistemaxadrez, reticular,compostodeartriasnortesulelesteoeste,quesepropeaafastarda rea central um considervel volume de trfego. Esse sistema est intimamente ligado s comunidades hierarquizadas, conectando-as, limitando-as, ou constituindo ligaes internas. Emrelaoaosistemaferrovirio,oplanoalertaparaofatodequeotransportede carga,queconstituiumdosmelhoresdesempenhosdequalquersistemaferrovirio, aqui no levado em considerao. Oplanoprope,ainda,quatroconexessobreaBaadeGuanabara,ligandoas comunidadesdentrodoEstadodaGuanabaracomasdoEstadodoRio,sendoque umadelas,amaisprximadareaCentraldeNegcios,devesedarsobformade tnel sobre a baa. 13 2.1.5.Anos 70 e 80: A expanso metroviria Nasdcadasde70e80osestudostiveramcomofocoosistemametroviriorecm implantadonacidadedoRiodeJaneiropreocupando-se,essencialmente,nas anlises sobre as novas linhas e nas extenses das Linhas 1 e 2 do metr. FIGURA 5 Rede do Metr como prevista para 1990 Fonte: RioTrilhos 14 2.1.6.O Plano de Transporte de Massa (PTM) Em1994foielaboradooPlanodeTransportedeMassa(PTM),decarter metropolitano,queestabeleceuumaredemnimaondeforamanalisados25 corredoresclassificadosem3grupospriorizadosdeacordocomademandade passageirosobservada,osmodosenvolvidoseacaractersticasgeogrficasdos mesmos. 2.1.7.O Plano Diretor de Transporte Urbano da RMRJ (PTDU 2003) Em 2003 foi elaborado o Plano Diretor de Transporte Urbano da Regio Metropolitana doRiodeJaneiro(PDTU/ RMRJ)quefoiomaisamploecompleto planojelaborado quedefiniuasdiretrizesepropostasdeaoparaametrpole,apoiadoemampla pesquisadedemandaeoferta,diagnstico,simulaesdealternativaseavaliaes econmico-financeiras e ambientais dos impactos das intervenes. ComrelaocidadedoRiodeJaneiro,hmuitotempoelacareciadeumPlano queapresentassedeformaabrangente,propostasparaosistemadetransportesda cidade,levandoemconsideraoosmltiplosaspectoscomoaracionalizao,a integrao, a modernizao e a organizao institucional para a melhoria global das condies de transportes da sua populao. Utilizando-se do conceito de sub-redes estruturais e categorizando as linhas de nibus dentrodeumsistematronco-alimentado,oPDTU2003oprimeiroesboodo conceito de uma rede integrada de transportes. FIGURA 6 Modelo Fsico Operacional Rede nica de Transporte Fonte: PDTU 2003 (8) 15 FIGURA 7 Sub-rede Estrutural Investimento Pleno (PDTU 2003) Fonte: PDTU 2003 (8) FIGURA 8 Sub-rede Hidroviria (PDTU 2003) Fonte: PDTU 2003 (8) 16 2.2.Rede Atual AconfiguraoatualdarededetransportepblicodaregiometropolitanadoRio deJaneirocompostapeloselementosestruturaisprincipais2linhasdemetr,8 linhasdetreme4ligaeshidroviriasporbarcas.Aatualredemetroferroviriada RegioMetropolitanadoRiodeJaneirocompostapor230kmdetrilhoscom107 estaes ferrovirias e 48 km de trilhos com 35 estaes metrovirias. Soma-seaissoaslinhasdenibusmunicipaiseintermunicipais,ostransportes alternativos e os demais elementos de capilaridade geogrfica, tais como telefricos, planos inclinados (funiculares) e elevadores. Nas pginas seguintes ser detalhado cada um desses sistemas de forma resumida. FIGURA 9Rede Estrutural Atual de Transporte Pblico da RMRJ 2.2.1.Metr Quando foi inaugurado, em maro de 1979, o Metr do Rio de Janeiro contava com 4,3 quilmetros de trilhos ligando cinco pontos prximos da cidade. Nos primeiros dez diasdeoperao,seustrenstransportarammaisdemeiomilhodepessoas,numa mdiadiriade60milclientes.Entreasestaespioneiras,omaiormovimentoda 17 operaofoinaCinelndia,que,commaisdeumterodototaldepassageiros, dividiaentoofluxocomPraaOnze,Central,PresidenteVargaseGlria.Naquele primeiromomentodosistema,oMetroperavacomapenasquatrotrensdequatro carrosquecirculavamcomintervalosmdiosdeoitominutosentre9he15h,horrio que foi esticado at as 23h em dezembro do mesmo ano. A expanso veio rpido. J no ano seguinte, as Estaes Uruguaiana e Estcio foram inauguradas.Emjaneirode1981,foiavezdeaEstaoCariocaserconcluda.No mesmoanoforaminauguradastambmasEstaesCatete,MorroAzulhoje, Flamengo e Botafogo. Ainda em novembro do mesmo ano foi inaugurada a Linha 2, quecontavaapenascomasEstaesSoCristvoeMaracan.Emdezembro, completando o trecho Sul da Linha 1, foi a vez da Estao Largo do Machado entrar no mapa. Novas inauguraes no trecho Norte chegaram em 1982, com o incio das operaes dasEstaesdeAfonsoPena,SoFranciscoXaviereSaensPea.Seguindoo cronogramadeexpanso,aEstaoTriagemfoiinauguradaemjulhode1988. NoventaeumfoioanoEstaoEngenhoRainha.Delat1996,duasestaes entraram no circuito: Thomaz Coelho (1996) e Vicente de Carvalho. Emjulhode1998,ainauguraodaEstaoCardealArcoverde,emCopacabana, representouummarcoparaumdosbairrosmaistradicionaisdoRio.Emagostoe setembro do mesmo ano foram iniciadas ainda as operaes de mais cinco estaes: Iraj,Colgio,CoelhoNeto,EngenheiroRubensPaiva,Acari/ FazendaBotafogoe Pavuna. asegundaredemaisextensadopas,com48kmdistribudosemduaslinhase35 estaes. Transporta diariamente cerca de 1,1 milho de passageiros.FIGURA 10 Representaoesquemticano-oficialdoMetrcariocaesuasextenses rodovirias Fonte: Maximilian Drrbecker (Wikimedia Commons) 18 2.2.2.Supervia Em 16 de maro de 1957, a Lei 3.115 criou a Rede Ferroviria Federal S.A. (RFFSA). Uma das principais conseqncias foi a diviso dos diversos sistemas suburbanos que faziam parte da Estrada de Ferro Central do Brasil, alm do fechamento das linhas deficitrias e da absoro de alguns segmentos por outros sistemas ferrovirios. Em 22 de fevereiro de 1984 fundada a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), a partir da mudana de razo social e objetivos da Empresa de Engenharia Ferroviria S.A.ENGEFER,substituindoaentoDiretoriadeTransportesMetropolitanosdaRede Ferroviria Federal. Seria subsidiria da Rede Ferroviria Federal (RFFSA), com a misso demodernizar,expandireimplantarsistemasdetransportedepassageirossobre trilhos. Foi aprovada em 27 de julho de 1994, a Lei Estadual 2.143 que permitia o governo do EstadodoRiodeJaneirocriaraCompanhiaFluminensedeTrensUrbanos FLUMITRENS, uma sociedade por aes, transferindo(nodia 22 de dezembro de 1994) para o Governo do Estado do Rio de Janeiro a operao dos trens urbanos no Rio de Janeiro. O montante era de US$ 272 milhes, sendo US$ 128,5 milhes financiados pelo BancoMundialeUS$143,5milhesdecontrapartidadaUnio.Compreendialinhas partindo de Belford Roxo, Japeri/ Paracambi, Santa Cruz/ Itagua at a antiga estao Dom Pedro II; Baro deMau a Gramacho/ Saracuruna; Saracuruna a Vila Inhomirim; Saracuruna a Mag/ Guapimirim e Visconde de Itabora a Niteri. Em1998,aoperaodaFlumitrensforaprivatizada,tendooconsrcioSuperVia ganho o leilo. Atualmente, o servio de trens urbanos na regio metropolitana do Rio de Janeiro operado em 8 linhas, todas com destino a Estao Central do Brasil: Linha Japeri,LinhaSantaCruz,LinhaDeodoro,LinhaSaracuruna,LinhaBelfordRoxo,Linha Paracambi, Linha Vila Inhomirim e Linha Guapimirim. 19 FIGURA 11 Esquema de linhas da Supervia (ainda sem a incluso do ramal de Guapimirim) Fonte: Supervia 20 2.2.3.Barcas OsistemadenavegaoentreascidadesdoRiodeJaneiroeNiteriexistedesde 1853 e o entre o Rio de Janeiro e a ilha de Paquet desde 1877. Em 1977 foi criada a CompanhiadeNavegaodoEstadodoRiodeJaneiro(Conerj),pertencenteao Governo do Estado, que passou a operar todo o sistema de transporte aquavirio do estado do Rio de Janeiro. Em1998umconsrciodeempresasprivadasassumiuocontroleacionrioda CompanhiadeNavegaodoEstadodoRiodeJaneiro(Conerj),sobregimede concesso,dandoorigemBarcasS/ A.Afrotaherdadaeracompostapor embarcaestradicionais.Foramfeitosinvestimentosnamelhoriadoservioena reforma de 8 embarcaes. No incio da concesso somente as linhas Rio Paquet, Rio Ribeira e Rio Niteri estavam em atividade. FIGURA 12 Excerto da Carta de Navegao da Baa de Guanabara, destacando a prioridade de navegao para o trajeto das barcas Fonte: Marinha do Brasil 21 2.2.4.O Sistema de nibus Municipal O sistema de nibus municipal da cidade do Rio de Janeiro atualmente operado por 47empresascomumafrotaoperacionalde8935nibusdistribudosem985linhas. Atualmente o sistema responsvel pelo deslocamento de 3.500 mil passageiros/ dia.FIGURA 13 Padronizao visual adotada aps a concesso das linhas Fonte: SMTR Quanto organizao da frota, a classificao adotada para as linhas e servios a seguinte, segundo a SMTR (9): I - Radiais Sul so aquelas que ligam a rea Central da Cidade aos bairros da Zona Sul, cuja numerao varia de 100 a 199; II - Radiais Norte/ Oeste so aquelas que ligam a rea Central da Cidade aos bairros daZonaNorteedaZonaOeste,c ujanumeraovariade200a399,sendoqueas Radiais Oeste sero numeradas obrigatoriamente entre 300 e 399; III - Diametrais so aquelas que ligam a Zona Sul da Cidade Zona Norte, passando, a maioria delas, pela rea Central da Cidade, cuja numerao varia de 400 a 499; IV-AuxiliaresSulsoaquelasquecirculaminternamentenaZonaSuldaCidade, cuja numerao varia de 500 a 599; 22 V - Auxiliares Norte I - so aquelas que tm como origem a regio da Grande Tijuca e doGrandeMier,sendoosdestinosoutroscentrosdaZonaNorteedaZonaOeste, cuja numerao varia de 600 a 699; VI-AuxiliaresNorteIIsoaquelasquetmcomoprincipaisorigensosbairrosde CascaduraeMadureira,sendoosdestinosoutrosbairrosdaZonaNorteedaZona Oeste, cuja numerao varia de 700 a 799; VII-AuxiliaresNorteIII-soaquelasquetmcomoprincipaisorigensosbairrosde Bonsucesso,PenhaePavuna,sendoosdestinosoutrosbairrosdaZonaNorteeda Zona Oeste, cuja numerao varia de 900 a 999; VIII - Auxiliares Oeste so aquelas que circulam internamente na Zona Oeste, tendo comoprincipaisorigensosbairrosdeBangu,CampoGrandeeSantaCruz,cuja numerao varia de 800 a 899; IX-AuxiliaresCentrosoaquelasquecirculaminternamentenareaCentralda Cidade cuja numerao varia de 01 a 99. Em 2010, as linhas de nibus foram licitadas pela prefeitura e, pela primeira vez no Rio deJaneiro,asempresasdenibuspassaramaterstatusdeconcessionrias,com obrigaes legais, e passveis de sanes por parte do poder concedente em caso de descumprimento das regras.Acidadefoidivididaemcincoregies.Aregio1(Centroereaporturia)foi consideradadestino,sendoreacomumatodososconsrcios.Ospercursosdessa reaentraramnoblocodaregio2(ZonaSul,Tijucaeadjacncias).Naregio3, estoincludos83bairrosdaZonaNorteenaregio4,Barra,Jacarepague adjacncias.Paranibusqueintegramregies,prevaleceuaquelacommaior nmero de embarques.Almdisso,nestamesmalicitaofoiprevistaaregularizaodoBilhetenico Carioca que prev integrao temporal para at duas viagens em nibus municipais eoinciodaimplantaodoscorredoresexclusivosparatrfegodenibus, batizados de BRS. Umadasprioridadesprevistasparaosistemafoiaorganizaodotrfego,gerando maisfluidezaotrnsitoemaiscomodidadeparaosusuriosaodarmelhores condies de circulao ao transporte pblico em detrimento do individual 23 FIGURA 14 Excerto de panfleto explicativo sobre a implantao do BRS em Copacabana Fonte: Fetranspor DepoisdeuminciopelaAvenidaNossaSenhoradeCopacabanaenasruasBarata Ribeiro e Raul Pompia (Copacabana), o BRS atualmente j est implantado nas ruas Visconde de Piraj e Prudente de Morais (Ipanema), nas avenidas Ataulfo de Paiva e General San Martin (Leblon), nas avenidas 1 de maro e Presidente Antnio Carlos, e na avenida Rio Branco (Centro). Apesardasmelhoriasqueessasegregaotrouxe,osmalescomosquaisosistema sofre ainda so muito, e tem como origem sua concepo mais bsica. A integrao ainda deficiente, principalmente no que tange os outros modos, e inexiste qualquer tipo de integrao fsica. Abilhetagememborasejaemgrandeparteeletrnicaaindadeficiente, causandograndeperdadetemponasoperaesdeembarque/ desembarque. Veculos de piso baixo e motor traseiro ainda so minoria no sistema, trazendo grandes prejuzos qualidade da viagem sob a tica do usurio. Almdisso,comosepodeobservarapartirdaFIGURA15,abaixaabrangnciada redeestruturalesuasdeficinciasdequalidadeacabaramporcriarumasituao onde o nibus convencional no funciona apenas como alimentador do sistema, mas possui tambm um carter tanto concorrente quanto complementar rede estrutural principal. 24 FIGURA 15 Mapa de abrangncia das redes municipal e intermunicipal de nibus na RMRJ Fonte: Fetranspor 25 2.3.Rede Futura AcidadedoRiodeJaneiropassaporimportantesmudanasestruturaisnosSistemas deTransportePblicoeVirio,comaconstruodaLinha4dometredonovo sistemadetransporte,oBRT,c ompostopor4corredoresdenibusdegrande capacidade,interconectandoosbairrosdazonaoeste,legadodoseventosque sero realizados nesta metade da dcada. Aconstruodessenovosistemadetransportedemassa,interconectandodezenas de bairros da Zona Oeste, Zona Norte , Centro e Baixada Fluminense, beneficiar mais de10milhesdepessoas,distribudasem20Municpios,quepassaroaternovas opes de escolha para seus deslocamentos. 2.3.1.Expanso metroferroviria At2016arededoMetrdoRiodeJaneiroterumacrscimode53quilmetros divididosemduaslinhase23estaes.Alinha4,de16quilmetros,ligaraEstao deGeneralOsrioemIpanemaestaoJardimOceniconaBarradaTijuca, passando por Ipanema, Leblon, Gvea e So Conrado. FIGURA 16 Detalhe do projeto da Linha 4 entre a Pa Gal Osrio e So Conrado Fonte: Apresentao GERJ (Fev/ 2011) J a Linha 3 do Metr caracteriza-se como um empreendimento de transporte de alta capacidade,destinadoaatenderaligaodiretadareaCentraldeNegciosda cidadedoRiodeJaneirocomoCentroeRegioNortedeNiterieareade urbanizaoconsolidadadeSoGonalo.Emfunodalocalizaodaestao Guaxindiba,prximaaomunicpiodeItabora,deveratender,tambm,a populao de Itabora, alm do fluxo a ser provocado com a implantao prevista do Complexo Petroqumico do Rio de Janeiro COMPERJ. 26 O processo de ocupao populacional dessa rea tem se constitudo, principalmente nastrsltimasdcadasporumcrescimentomoderadonascidadesdoRiode Janeiro e Niteri, e por um vigoroso incremento na rea de urbanizao consolidada de So Gonalo e municpio de Itabora.Noprocessodeurbanizaocomoprolongamentonaturaldaperiferiadascidades de Niteri e do Rio de Janeiro, a populao de So Gonalo, no perodo, duplicou, e o municpio de Itabora chegou a crescer 2,4 vezes.Ocupandoreasanteriormentecaracterizadascomorurais,aolongodasvias principais,comdestaqueparaaNiteri/ Manilha,eexercendofortepressosobre reas protegidas e remanescentes vegetais da regio, esse processo foi realizado por populao de baixa renda, concentrando-se em reas desprovidas de infra-estrutura urbana e de transportes e carncia de servios sociais bsicos. FIGURA 17 Fases de execuo da Linha 3 do Metr Fonte: Apresentao GERJ (Fev/ 2011) AreadocorredorRiodeJaneiro-SoGonalocaracteriza-sepelaausnciadeum sistemade transportedemassa epelasprecriascondiesdos transportesurbanos, operadospreponderantementepormeiosrodovirios.Estimou-seem2003que,neste trecho,cercade1,5milhodeviagens/ diaeramrealizadasemtransportepblico, sendo95%pornibus,4%pelasbarcase1%poroutrasmodalidades,acrescidasde cerca de 178 mil de viagens/ dia em veculos particulares atravs da Ponte Rio-Niteri. O lote a ser construdo da Linha 3 sero os 37 quilmetros da sua primeira fase, ligando a estao Araribia no centro de Niteri estao Guaxindiba, em So Gonalo.27 2.3.2.Criao dos Corredores BRT Oconceito deBRTcomosistemadenibusdealtacapacidade,operandoempista exclusiva,surgiuem1974comaimplantaodosprimeiros20kmdeviasexclusivas para nibusExpressosnacidadedeCuritiba.Ousodelinhasdiferenciadas (paradoraediretas)conformeasconcentraesdedemanda,aliadoaosterminais deintegrao,permiteousodeveculosdealtacapacidade.Assim,possvel transportar em condies de conforto e segurana grandes volumes de passageiros. OsprincipaiselementosdoBRT sonibusdealtacapacidade,linhasdenibus exclusivas,sistemadebilhetagempr-pago,embarqueanveldonibus,prioridade nas intersees, controle de trfego e informaes aos passageiros. OplanejamentoeaimplementaosomuitomaisrpidoscomoBRT doquecom um sistema de transporte ferrovirio. Alm disso, o custo de um sistema BRT de cerca deumvigsimoemrelaoaumsistemademetreconsideravelmentemenordo queoutrossistemasbaseadosemtrens.Oinvestimentoeminfraestruturalimitadoe sem grandes interrupes na cidade.ParaacidadedoRiodeJaneiroestosendoconstitudos4corredoresBRT:A Transcarioca, a Transoeste, a Transolmpica e a Transbrasil. FIGURA 18 Estao-tipo de BRTadotada nos corredores Fonte: Divulgao Prefeitura 28 ATransCariocater39kmdeextensoe45estaesentreoTerminalAlvoradaeo Aeroporto do Galeo. O projeto original era de 28 km entre a Barra e a Penha, porm, a Casa Civil da presidncia da Repblica condicionou a liberao do emprstimo do BNDESprefeituraextensodoprojetoatoAeroportodoGaleo,poisestudos mostravamqueoacrscimofariaosistemaatendermaiscem milusuriospordia.A TransCariocapassarporviascomoaAvenidaAyrtonSennanaBarradaTijuca, NelsonCardosoeCndidoBencioemJacarepagu,eaAvenidaMinistroEdgar RomeroemMadureira.TerintegraescomaTransOeste,estaesdetrem,linhas de nibus convencionais e a Linha 2 do Metr. Acriaodecanaletassegregadasporondecircularoveculosarticuladosexigir, nos trechos de trfego mais pesado, a construo de mergulhes (na Barra da Tijuca) eumnovoviadutodeacessoentreCampinhoeMadureira.Deacordocoma PrefeituradoRio,3630imveisteroqueserdesapropriadosintegralmenteou parcialmenteparaviabilizarocorredordetransporte.Aprevisoadequeo corredorviriopodecustarR$790milhes,esomando-seaovalordas desapropriaes,deR$300milhes,ogastototalultrapassarR$1bilho.A Transcariocadevereceberpelomenos300milpessoaspordia,segundoestimativas do governo. FIGURA 19 Estaes da Transcarioca no trecho Barra-Penha Fonte: Prefeitura 29 FIGURA 20 Infogrfico informativo sobre a Transcarioca Fonte: Site Cidade Olmpica 30 ATransoestepartirdoJardimOc enico,naBarradaTijuca,ondefarintegrao comafuturaestaodoMetrLinha4.Del,seguirportodaaAvenidadas Amricas, passando pelo viaduto no entroncamento com a Avenida Salvador Allende epeloTneldaGrotaFunda,atchegarestaodetremdeSantaCruz.Outro trecho da via passar pela Avenida Cesrio de Melo at o centro de Campo Grande. OsistemaBRT daTransOestesernamaioriadotrechototalmenteseparadodo trfegogeral,compostoporlinhasexpressaseparadoras,quevoligaraBarraa SantaCruz.Ocorredorvirioteraindalinhasalimentadoras,ligadasabairros perifricos.Atualmente,otrajetoSantaCruz-BarradaTijucatemaproximadamente50kmde extenso, que, de nibus, so percorridos, em mdia, em uma hora e 40 minutos. Nos horrios de pico, a viagem pode levar at duas horas e 30 minutos. Com a construo da Transoeste, o tempo de viagem cair para menos de uma hora. FIGURA 21 Estaes da Transoeste Fonte: Prefeitura JoprojetodaTransolmpica-viaexpressade26quilmetrosqueligaraBarrada Tijuca a Deodoro - prev aproximadamente 60 nibus articulados para transportar, em corredores exclusivos, 100 mil passageiros por dia. Alm de duas pistas com trs faixas derolamentoparaoscarros,oBRT ter18estaes.Conformeoprojeto,a 31 Transolmpicater30quilmetrosdecicloviasaolongodotraado,nasduaslaterais da via, alm de ciclovias alimentadoras. FIGURA 22 Infogrfico informativo sobre a Transoeste Fonte: Site Cidade Olmpica 32 FIGURA 23 Infogrfico informativo sobre a Transolmpica Fonte: Site Cidade Olmpica 33 Finalmente,oprojetodoBRT Transbrasilincluicincoterminais(Deodoro,Margaridas, Misses,FiocruzeCentro),extensode20Kmecapacidadeestimadapara40mil passageiros por hora em momentos de pico. Este projeto tem como objetivo completar o anel de transportes de alta performance, ligando Deodoro ao centro da cidade e, assim, gerar benefcios econmicos, sociais e ambientais atravs da reorganizao do sistema de transporte pblico e da melhoria na qualidade do ar. Oprolongamentonotrajetoirfacilitaraacessoviriodeespectadoresoriundosda Via Dutra e da Rodovia Washington Luiz, principais acessos rodovirios cidade. FIGURA 24 Concepo preliminar da estao-tipo da Transbrasil Fonte: Transmetropolitano 34 2.3.3.Avaliao Comparativa entre os futuros modos Ahierarquizaoadequadadeumsistemadetransportespassapelacompreenso dopapeldecadaumdosmodosdentrodarede,efundamentalnoprocessode evitar a informao em excesso, facilitando o usurio na sua utilizao; Antesdeconhecerosnovos modosde transporteaseremimplantadosnacidade, fundamentalcompreenderonichodeoperaodecadaumdeles,paramelhor podermosvislumbrarcomoseraredefuturadaRMRJ.OgrficodaFIGURA25 apresenta essa informao de forma resumida. FIGURA 25 Capacidade de Oferta de Diferentes Modos Fonte: Apresentao Escolha da tecnologia para um transporte urbano sustentvel(10) 35 2.4.Sistemas de Informaes Existentes Atualmente EmcomplementeaoprocessodeLevantamentodeDados,foifeitaumaanlise qualitativadealgunsexemplosdemapas,esquemasesistemasdeinformaoao usurio de diversos sistemas de transporte no Brasil e no mundo. Porm, no sem antes dedicarumolharmaisprofundosituaodainformaonacidadedoRiode Janeiro, principal temtica deste projeto. 2.4.1.No Rio de Janeiro Ossistemasdeinformaoaousuriodasdiversasconcessionriasdetransportesna RMRJso,decertaforma,bemsemelhantesentresi.Emborapossuamuma quantidaderelativamentefartadeinformao,tantonosseuswebsitesquantoem seusimpressos,praticamenteimpossvelencontrarinformaesacercada integraocomoutrosmodosdetransporte,excetoemsituaespontuaisepr-determinadas. FIGURA 26 Site das Barcas S/ A Como podemos observar no exemplo daFIGURA 27, as informaes fornecidas pela empresasempreselimitamapenasaoseusistema,semmostraraspossibilidadesde destinosintegrandocomoutrosservios.Nestecaso,asintegraesdoMetrcoma Superviasomostradostimidamente,atravsdepequenossmbolosaoladodas estaes, porm sem indicao de linha, destino ou custo da baldeao. 36 FIGURA 27 Diagrama de rede da Supervia 37 AconcessionriadoMetrtemumhistricodefornecerumagrandevariedadede fontes de informao. Porm, mais uma vez se observa a ausncia dos outros modos nosmapaseinformativos.Pormuitasvezesmostradosemperspectiva,osmapas possuem um vis inteiramente turstico, mostrando centro e zona ao sul em destaque, emdetrimentoaorestodacidade(quenoestnareadeabrangnciadoseu sistema). FIGURA 28 No mapa do metr, leves linhas tracejadas indicam a existncia de um outro sistema ferrovirio FIGURA 29 Mapas tursticos do Metr voltados para as regies centrais da cidade 38 FIGURA 30 Mapa do Metr apresentado em perspectiva 39 Saindo do mbito das concessionrias e indo para os orgos pblicos, os problemas se repetem. Os mapas mais uma vez possuem forte carter turstico, com grande uso da perspectivaenenhumamenoaumsistemadetransportesintegrado.Mesmonos mapas da prefeitura, geralmente apenas o Metr mostrado, e os sistema de trens de subrbio ignorado. FIGURA 31 Exemplares de mapas estudados no projeto Essasfalhasserepetemmesmonosmapasquesepropemaserdeexclusivamente detransportes.ORioMapa,umainiciativaprivadadesenvolvidaparaosJogos Panamericanosde2007,emboratenhasidoomaisprximodoideal,maisumavez incorreunoserrosdaperspectivaedafaltadeinformaosobreintegraes.Para compensar,oversoapresentainformaessobrecadaconcessionria,aindaque no seja de forma integrada. 40 FIGURA 32 RioMAPA de Transportes Nombitoonline,podemosdestacaroexemplopositivodaFetransporeseusiteV denibus.Emboraaindanoapresenteinformaesdeintegraoredede transporte,umaevoluoomodocomoositepermitequeousuriotraceseus itinerrios e monte seu trajeto. Valedestacarque,emboraaindasejaumsiteemdesenvolvimento,essencialque sejadesenvolvidaalgumaferramentediferenciadora,poisatualmenteeleestao mesmonveldesistemascomooGoogleTransit,queprevemintegraoentreos modos. 41 2.4.2.No Brasil Decertomodo,norestantedoBrasilserepeteasituaojobservadanoRiode Janeiro.Deumuniversode12mapastursticosanalisadoscomobasedoprojeto, apenasodacidadedeSoPauloapresentavainformaessobrearedede transportes,comdetalhesdasestaeseummapadossistemasintegrados.Curitiba tambmapresentavaalgumainformaoacercadasuaRedeIntegradade Transportes(RIT),quetratasobretudoacercadoseusistemadeBRTsesuas integraes. FIGURA 33 Amostras de mapas tursticos de diversas cidades brasileiras 42 Embora nessas cidades a integrao ente os modos seja facilitada pela existncia de rgospblicosadministrandoossistemasdetransporte,muitasvezessobaforte aplicao de subsdios, importante destacar a qualidade da informao acerca da Rede de Transporte Metropolitana. Nelatodasosmodosapresentam-sesemelhantemente,c omlevediferenciaode acordocomacapacidadedecadaum,tornandopossvelaousuriotraarseu destinosemdistino.Estaaplicaodoconceitoderedeintegradanaformamais pura foi fortemente usada como base no desenvolvimento deste projeto. FIGURA 34 Verso infantil do mapa da rede de So Paulo 43 FIGURA 35 Mapa do Transporte Metropolitano de So Paulo 44 2.4.3.No Mundo Noexteriorsovastososexemplospositivosdesistemasdeinformao,emesmoos mapas tursticos e produzidos por empresas privadas apresentam informaes acerca dasredesdetransportedascidades.Aseguirseromostradosapenasalgunsdesses exemplos. FIGURA 36 Tube Map de Londres, Inglaterra FIGURA 37 Mapa da rede de Transportes de Berlin, Alemanha 45 FIGURA 38 Rede noturna de transportes da cidade de Dresden, Alemanha FIGURA 39Esquemtico Intermodal do funicular dos Guindais, na cidade do Porto, Portugal 46 3. DESENVOLVIMENTO DAS SOLUES Ressaltandoocarterinterdisciplinardesseprojeto,nestafasededesenvolvimento foramabordadosalmdaengenhariadetransporte,camposdossistemasde informaogeogrfica,dainformticaearquivosdigitais,dodesigngrfico,do marketing e das mdias sociais. 3.1.Georreferenciamento da Rede 3.1.1.Concep o da rede de ns e links Aps a fase de levantamento de dados, o primeiro passo para a criao da rede em sifoiolanamentodossistemaslevantadosnumanicabasegeorreferenciada.A origemdosdadoseramasmaisdiversas,dependendodorgomantenedordo servio, de modo que se fez essencial uma ateno cuidadosa aos tipos de projees geogrficas e formatos de arquivos utilizados. ComoexemplotemososBRTs,c ujostraadosforamobtidosjuntoSecretaria Municipal de Transportes (SMTR) num arquivo .kmz de Google Earth, que trabalha com coordenadas geogrficas de longitude e latitude. FIGURA 40 Arquivo .kmz contendo toda a rede futura de BRTs para a cidade do Rio de Janeiro 47 Desse modo, optou-se por unificar toda a rede num arquivo Drawing Exchange Format (.dxf),pelasuaflexibilidadedesersuportadoportodososprogramasutilizadosneste projeto,epelamaiorfacilidadedefazerosajustesnecessriossbaseutilizandoo software AutoCad. Almdestearquivo.kmzfornecidopelaprefeitura,tambmforamutilizadosarquivos deAutocad.dwggeorreferenciadosobtidosjuntoSupervia.Paracomplementar estasinformaescomasimplantaesferroviriasfuturas,queserofeitassobreo leito de antigas ferrovias, foram utilizados arquivos shapefiles da antiga rede ferroviria, obtidos no site do IBGE.FIGURA 41 Arquivo shapefile (.shp) da rede ferroviria brasileira obtida junto ao IBGE Em complemento a essas informaes, foram feitos levantamentos pontuais nas redes futuras ou existentes que no possuam levantamento. Tais casos foram aplicados nas alteraesdeprojeto,queeramfeitascombasenasinformaesdivulgadasem vdeoseinfogrficos,eemsistemasjexistentecomootelefricodoalemoeos bondesdeSantaTeresa,situaoemqueossistemasforammapeadosatravsde observao visual das imagens de satlite do Google Earth.48 Eainda,nocasodostrajetosmartimosdasbarcas,foifeitoumgeorreferenciamento da carta de navegao da baa de Guanabara, obtida junto ao site da Marinha do Brasil.Destemodo,ostrajetosvetorizadospuderamserobtidosjuntoimagem.jpg georreferenciada no prprio AutoCad. FIGURA 42 Detalhe do levantamento visual da rede num trecho do sistema de bondes de Santa Teresa ParaaconversodosarquivosGoogleEarthparaoformatoDXFfoiutilizadoa extenso ExpGE, programada pelo EngNeyton Luiz Dalle Molle como um plugin para oAutoCAD.AinterfacedetalaplicativopodesercompreendidanaFIGURA43.No momentodaconverso,optou-sepelodatumSADde1969,porseromais comumenteutilizadonasbasescartogrficasbrasileiras,inclusivenasutilizadasnesse projeto. Uma vez importados todos os arquivos, as linhas foram segmentadas em polilinhas que correspondiam aos trechos entre duas estaes consecutivas, formando uma rede de linksquesempretinhamincionumnnico,inclusivequandomaisdeumalinha operava na mesma estao.49 FIGURA 43 Janela de importao de arquivo Google Earth para o AutoCAD FIGURA 44 Representao da rede de links e ns no arquivo AutoCAD 50 Esta simplificao de cada estao ser representada por apenas um n para todos os modaisvisoufacilitarautilizaoposteriordosoftwareTranscad,facessuas limitaes de compreenso da rede multimodal. Alm disso, as distores geogrficas causadaspelanorepresentaofsicadotransbordoforamfacilmentecorrigidas atravsdeumcampocomainformaodocomprimentorealdotrecho,ecoma utilizao das penalizaes de transbordo nos ns. Dandosequnciaaoprocessodecriaodarede,aimportaodoarquivoDXF paraoTranscadfoifeitaatravsdocomandoOpen,importandoosistemade coordenadas com as seguintes configuraes: Coordinate system: Class UTM Zone UTM 23 Ellipsoid GRS 1967 (equivalente ao SAD69) Adjust for southern hemisphere Umavezimportadaarede,estabeleceu-seentoquecadanodedaredepossuiria comoinformaoapenasocampo nome ,correspondenteaonomedaestao. Oslinkspossuiriamoscampos id , tipo , velocidade , comprimento , tempo e penalidade . Desse modo, para os sistemas futuros, o campo tempofoi calculado a partir do clculo entre o comprimento do trecho e a velocidade mdia do sistema em questo, obtido atravs da TABELA 2. TABELA 2 Comparativo de velocidade entre as diferentes modalidades SistemaTipo de Via Velocidade (km/ h) MetrSegregada40 VLT Segregada20 BRT Exclusiva, sem ultrapassagem20 BRT Exclusiva, com ultrapassagem35 nibusCompartilhada17 Fonte: LERNER, Jaime (11) Paraossistemasexistentes,asoluoadotadaalternouentrepreencherostempos reais de cada trecho conforme fornecidos pelos operadores, ou calcular a velocidade mdiadosistemaparaalinhainteiraeatribuirostemposparacadatrechoem funodela.Almdisso,tambmseadicionouaoslinksumcampodeimpedncia chamado penalidade , cuja utilizao ser explicada adiante.51 Umavezterminadaaconstruodarede,elepossua297nse390links,umvalor relativamentepequenoparasoftwaresdognerodoTranscad.Istoporqueestamos trabalhandoapenascomasredesestruturaisdetransportepblico,enocomuma complexa malha viria, como de costume nas simulaes deste gnero. FIGURA 45 Representao final da rede no Transcad 3.1.2.Gerando a matriz temporal Parademonstraraspotencialidadesdosdadostabuladosdeimpednciaqueforam adicionados rede, foi gerada uma matriz temporal entre todas as 297 estaes (ns) da rede.Emboratalmatriz297x297sejamuitoextensaparaserimpressanumsistemade informaoaousurioconvencional(eatmesmoemalgunsarquivosdigitais formatosantigosdeMicrosoftExcelsuportamapenas256colunas),essesdados representamumavaliosainformaoseadicionadosaumbancodedadosque possaseracessadodemodointerativo,atravsdeumainterfacewebsimples,por exemplo. 52 Apsumaprimeirageraodessestemposdeviagem,notou-seanecessidadede associarredeumcustodetransfernciaentreosmodosdetransporte,afimde representar a realidade de forma mais real. AFIGURA46representaesseproblemadeformabemsimples:numhipottico deslocamento a partir do Aeroporto do Galeo com destino zona sul da cidade, o deslocamentoemazulrepresentaodeslocamentosempenalidades.Emboraasua extenso seja menor, esse trajeto inclui duas transferncias modais: BRT para trem em Olaria, e trem para o Metr na Central. Jotraadoroxorepresentao traadorealmentemais vantajoso:emborasejamais longoemextenso,elerepresentaapenasumatransferncia,doBRT paraaLinha2 do Metr em Vicente de Carvalho. FIGURA 46 Diferena entre a rede com e sem penalidades de transferncia Assim,foramcriados25tiposdelinks,correspondentesacadalinhademetr,ramal detrem,serviodeBRT (expresso/ parador),etc.,efoiassociadoacadaumdesses tipos uma penalidade de transferncia para a entrada nele oriunda de um tipo de link diferente. 53 DevidoslimitaesdoTranscaddeagregarnessaimpednciavariveiscomo headway mdio de cada linha, cuja metade representaria o tempo mdio de espera em cada transferncia, optou-se empiricamente pela seguinte srie de penalidades: - BRTs: 2 minutos - Barcas: 2 minutos - Metr: 5 minutos - Trem: 10 minutos Embora nas distncias maiores tenham sido empregados dummy links representando o deslocamentoap(2km/ h)entreduasestaesprximas,optou-seporumamaior impednciadetransferncianasestaesferrovirias,pelascaractersticasqueelas possuemdeterasplataformasdeembarquedistantesdaentradadaestao, principalmentenocasometrovirio.NocasodaSupervia,pesoumaisosgrandes headways operados atualmente no sistema. Esses valores podem ser facilmente refinados no futuro, com a entrada em operao dossistemasfuturosecomamensuraodessestemposdedeslocamentoe integrao. Devidojcitadaimpossibilidadederepresentaraquitodosos88.209intervalosde tempo que foram calculados, sero exibidos no anexo desse projeto apenas a matriz correspondente a 46 estaes notveis. FIGURA 47 Detalhe da matriz de tempos deslocamentos 54 3.2.O mobiRio Asinformaesexatassobretodasaspossibilidadesemaneirasparaserealizarum deslocamentoentredoisoumaispontosemumacidadesocruciaisecontribuem paraamelhoriadaqualidadedamobilidadeurbana,namedidaemquepermitem escolha de trajetos inteligentes. Umdosgrandesfatoresestratgicosparaamelhoriadamobilidadeurbanao acesso a informaes completas e atualizadas sobre a rede disponvel. Neste captulo trataremosdodesenvolvimentodeumsistemadeinformaessobreotransportena RMRJ, com aplicao tanto ao usurio quanto ao planejador do sistema. 3.2.1.Desenvolvendo um sistema de informao Odesenvolvimentodeumsistemadeinformaoaopblicodevelevaremconta nosomenteopassageirohabitual,comotambmaqueleocasionale,ainda,o usuriopotencial.Umsistemadeinformaesdequalidadecontribuinospara aumentarautilizaodosservios,comotambmcontribuiparaumaboaimagem do sistema de transportes. Umsistemadeinformaescompostopordiversoscomponentesquese complementam,natarefadeinformarousurioeopblicoemgeralsobreos servios. No planejamento de um sistema de informao de uma rede de transporte, devem ser respondidas as seguintes questes: que pessoas utilizam o sistema de transportes? que informaes elas necessitam? quando querem us-lo? de que forma estas informaes podem ser distribudas? Quantoaosusuriosdosistema,pode-seidentificarquatrogrupos,divididossegundo suas necessidades crescentes e diferenciadas de informao: usurios regulares de um itinerrio padro (viagens repetitivas para trabalho, escola, compras, etc.); usuriosregularesfazendoumaviagemno-padro(passageirosdeslocando-se para partes da cidade que no lhe so familiares); usurioseventuais(moramnacidadeeaconhecem,masutilizamosistema raramente); visitantes (no tm familiaridade com a cidade e com o sistema). 55 Paracadaumdessesgruposdeveserconsideradaumaestratgiaespecfic a, determinando-seasinformaesnecessrias,taiscomoarededetransportescom indicao de linhas e pontos de parada, a tabela horria de cada linha, informaes sobreosistematarifrio,mecanismosdetransfernciaentrelinhas,etc.Almdisso, tambmdevemserprevistososmeiosdedivulgaodessainformaoeoslocais para sua distribuio. Umpontoimportanteaconsiderarrefere-semanutenodoprogramade informaesaqualidadeeatualidadedasinformaesdivulgadasdevemser valorizadas,poisumainformaoincorretaoudedifcilcompreensoreflete-sena imagem do sistema e na capacidade de atrao de usurios. 3.2.2.Informao alm do usurio Com base nesses parmetros de informao ao usurio e nos j citados princpios de marketing,desenvolveu-seaconcepodonomemobiRio.Umnomequepudesse agregar as funes de tanto representar o nome dessa base de dados acadmica do sistemadetransportepblicocarioca,quantoderepresentarumnomeparaessa prpria rede junto aos seus usurios, colaborando para reparar a imagem negativa do transporte pblico. EssadualidadedomobiRiocriaumprocessoderetroalimentaonoqualoprojeto tratasobreaimportnciadadivulgaodesiprprionaformadaredeintegrada detransportes,acujasinformaestodosdevemteracessoafimdemelhoraras condies de mobilidade na regio metropolitana. Comoobjetivoprincipalservirdeeloentreosdiferentesatoresdosistemade transportepbliconaRegioMetropolitananoRiodeJaneiro,permite-sepela primeira vez a definio de uma rede de transportes nica e integrada. S o estudo e planejamentodela,demaneiraconjunta,permitiroaumentodesuaeficinciaea melhoria da mobilidade urbana na regio. Ainformaocrucialeestratgicaparapromoveroaumentodademandapor transportepblicoaoinvsdotransporteindividualeassimpoderdiminuiros congestionamentoscausadospeloexcessodeautomveisnasruaseaperdade qualidade de vida nas cidades. Assim,emboraoscaptulosaseguirtratemsobretudododesenvolvimentode apresentaes grficas mais aprazveis e fceis de serem compreendidas e acessadas pelopblicoemgeral,asinformaesataquicompiladastambmsero disponibilizadas nesses meios, e sero importante ferramenta para o desenvolvimento de projetos e pesquisas acadmicas futuras. 56 3.3.Aspecto Grfico Embora a rede georreferenciada seja essencial para o desenvolvimento de estudos e no planejamento da rede de transportes, ela nem sempre facilmente compreendida pelopblicoemgeral.Simplificaesgrficasamigveissefazemnecessrias,seja atravs de mapas geogrficos mais intuitivos, seja atravs dos j consagrados mapas de metr , os esquemas octalineares. 3.3.1.O mapa geogrfico ParalelamentesanlisesfeitasnoarquivoTranscad,oarquivodarede georreferenciada em .dxf foi aproveitado para produzir uma apresentao visual mais atraente,utilizandoosoftwareCorelDraw,quetrabalhacomelementosvetorizados tais como os contidos no arquivo de AutoCAD. Aproduodomapageogrficoconsistiuemescolherumarepresentao adequada para as estaes, em acordo com a escala de impresso, e categorizar as linhasporcores.Seguindoospreceitosdefacilitaracompreensogrficadomapa, foramescolhidostonsdeverdeparaosistemadetrensurbanos,tonsdeazulparao metr e tons de vermelho/ laranja para os sistemas BRT. FIGURA 48 Identidade visual adotada para as linhas da rede Emcomplementosinformaesdarede,foramadicionadasbasescontendoos corposd gua,extradosdeumshapefiledisponvelnositedoInstitutoPereiraPassos (IPP). Alm disso, foram adicionadas as manchas verdes correspondentes s florestas e reservas, extradas do mapa de ciclovias cariocas elaborado pela Prefeitura do Rio de Janeiro. 57 A representao desses obstculos geogrficos vital para termos uma compreenso realdarededetransportesdoRiodeJaneiroemodoqueelaseorganizasobreo espaodacidade.Aformapeculiarcomoacidadeseexpandelinearmentepode ser facilmente entendida uma vez que observamos como as barreiras naturais so um obstculo implantao de ligaes transversais na cidade.A FIGURA 49 mostra como essa informao pode ser elucidativa no entendimento das obrasdearteaseremrealizadasnosfuturosprojetosemandamentonacidade,ao mesmo tempo que explicam as solues de engenharia adotadas em cada situao. Nocaso,estorepresentadosoTneldaGrotaFundaeaextensodaLinha4do Metr at So Conrado, com o desvio da estao Gvea sendo construdo na regio do macio rochoso, em detrimento regio de aterro arenoso s margens da Lagoa Rodrigo de Freitas. FIGURA 49 Interao dos obstculos naturais com a rede de transporte Mantendoesseobjetivodeentendimentogeogrficodaabrangnciadaredede transportes,agrandeextensodealgumaslinhasdarededentrodaregio metropolitanaexigiuousodaescala1:100.000,resultandonumacartacujamelhor visualizao se d numa impresso tamanho A1. Para facilitar seu manuseio, este mapa pode ser visualizado em tamanho reduzido no Anexo deste projeto. 58 3.3.2.O esquema octalinear Omapaoctalinearummapacujoobjetivonolocalizargeograficamenteseus usurios de forma precisa em uma regio, como a maioriados mapas. Sua funo permitir a elaborao de itinerrios de viagem de forma gil. Um passageiro, ao usar o transportepblicoestmaisinteressadoemsaberqualasequnciadeparadasque se deseja percorrer ou invs de saber a distncia exata entre dois pontos. Desse modo, asimplificaoesquemticaproporcionadapelomapaoctalineartendeafornecer essa informao de forma mais completa e clara.Issofoipercebidoem1933porHenryBeck,umengenheirode28anosque esquematizouummapaparaaredemetroviriadeLondres.Suapreocupao principal foi restringir o layout do mapa a passar as informaes necessrias de forma maiseficientepossvel.Oresultadofoisucessoimediato,tratava-sedeummapa funcional, claro e agradvel. FIGURA 50 Publicao oficial de Henry Beck para o Tube Map Fonte: The Guardian Orequisitomnimoparaobterummapaoctalinearapenasrestringironmerode orientaesdossegmentosdelinhasaquatro(vertical,horizontal,easduas diagonais).PormBeckeraobcecadopelamelhorsoluo.Elefezumcriterioso estudosobredesign,analisouafisiologiahumana,compreendeuacartografiae 59 desenvolveuregrasparaqueosmapasdemetrficassemmaisprestimosose agradveis.AlexanderWolffidentificouascaractersticascomunsaosmaisdiversos mapas de metr usados no mundo e listou-as. So elas: Regra 1:Manterlinhaseparadasincorporadasnomapaevitandocausaralguma confuso mental nos passageiros. Regra2:Restringirtodosossegmentossquatroorientaesoctalineares, horizontal,vertical,asdiagonaisde45e135.Apesarderestringirograudecada vrtice a oito, esta regra mantm o mapa claro e legvel. Regra3:Assegurar-sequeasparadasadjacenteseno-adjacentesmantenham uma distncia mnima. Isso tambm mantm a legibilidade do mapa. Regra4:Evitaraomximomudanasdedireonodesenhodeumalinha, especialmenteemparadasquerepresentamasintersees.Seissonopuderser evitado,dprefernciaangulosobtusosaoinvsdengulosagudos.Isto,a ordemdeprioridade135,90eporltimo45.Estaregraajudaaospassageirosa acompanhar a linha de transporte com seus olhos. Regra 5: Preservar ao mximo a posio relativa dos pontos de paradas e interesse. Apesardasparadasnorepresentaremobrigatoriamenteasuaposiogeografia real,elasdevemmanterumposicionamentocoerentenomapa.Umaparada localizadaaonortedeoutrasparadasnodeveserdesenhadanomapa parecendoestaraosuldelas.Issoevitaospassageirosdeconfundirquando comparam o mapa da rede com um mapa geogrfico. Regra6:Manterovalordasomadocomprimentodetodasasarestaspequeno. Essaregrajuntocomaregra3mantmadistnciaentreparadasadjacentes uniformes. Como consequncia, as regies mais densas ganham espao de regies mais vazias. Regra 7: Cada linha deve ser representada por uma cor nica, e cada aresta deve possuir a cor com a linha a qual pertence. Se uma aresta pertence a k linhas, ento k cpias da aresta devem ser desenhadas (logo o grafo multiaresta). A ordem dessas karestasdevemanterconsistnciacomaordemdesuasarestasadjacentes.As cores ajudam os usurios a acompanhar uma linha com seus olhos. Regra 8: Rotular as paradas com os seus nomes, e certifique-se que um rtulo no sobreponha ao outro ou mesmo outras partes do mapa. Preferencialmente, todos os rtulos entre duas intersees devem ser escritos em um mesmo lado da linha. Apesar de parecer simples obedecer a essas regras enquanto se desenha um mapa, seobservarcommaisateno,aaplicaodeumaregrapodecomprometera 60 aplicaodeoutra.Porexemplo,aoaplicararegra4eprocurareliminarasflexes nas linhas, pode-se comprometer a regra 5, distorcendo o mapa demasiadamente. E sedesejarpreservarasposiesrelativaspode-seacabarcriandoumnmero desnecessrio de flexes no mapa. Asdiversasfacesdaaplicaodessasregraspodemserobservadasnasfigurasque seromostradasnaspginasaseguir,retratandoaevoluodatentativadese representar a rede estrutural metropolitana de transporte pblico do Rio de Janeiro por meio de um grafo quase octalinear. O software utilizado, assim como no caso do mapa geogrfico, foi o Corel Draw, e a aplicaodasregrasdosmapasoctalineares,assimcomaaplicaodealguns preceitosdodesigngrfico,foramsendoaprimoradoscomodecorrerdo desenvolvimento do projeto. Emborafujaumpoucoaoscamposdaengenharia,odesenvolvimentodestemapa esquemticoabriucaminhoparaodesenvolvimentodeinteressantesartifciosde informaoaousurio,tantonomeiodigitalquantonomeioimpresso,quesero retratados nos captulos a seguir. 61 FIGURA 51 Representao esquemtica preliminar da rede de transportes, ainda sem observar os preceitos dos mapas octalineares 62 FIGURA 52 Representao posterior, j considerando uma maior coerncia geogrfica 63 FIGURA 53 Bemmaisprximadoidealoctalinear,estaversosemelhanteaoesquema atualmente desenvolvido, exceto pela presena de projetos no to consagrados. 64 FIGURA 54 Verso mais recente do mapa esquemtico, ainda no totalmente octalinear 65 3.4.Mdias Desenvolvidas Asdiversasmdiasdesenvolvidasnoprojetotemcomoobjetivoapresentartodosa rede metropolitana, com suas rotas, pontos de integrao e os principais terminais. De posse dessas informaes, qualquer pessoa poder planejar seus deslocamentos e optarpelotransportepblico,utilizandoumoumaismodos,realizandoas transferncias e integraes nos pontos e estaes escolhidas. 3.4.1.O mobiRio.poli.ufrj.br Para dar suporte base de dados desenvolvida no projeto, idealizou-se o conceito de umwebsitequepudesseconcentrartodaessainformao,aoalcancedetodos. Embora inicialmente a ideia fosse a de registrar um domnio .com comum, percebeu-se a oportunidade de integrar a universidade ainda mais ao projeto hospedando o site dentro de seus domnios, o .poli.ufrj.br. FIGURA 55 Pgina inicial do mobirio.poli.ufrj.br Oespaonoservidorfoigentilmentecedidopelosresponsveisdosetorde informticadaEscolaPolitcnica,eaferramentaescolhidaparaapublicaofoio Wordpress,pelasuafacilidadedeatualizaoepelasamplasopesde customizao e interatividade que essa plataforma oferece. 66 Dapginainicial,almdedestaquesrotativoscomcontedosdosite,acessa-seo menu superior com os seguintes itens: - Inicial - O que ?: Uma breve descrio sobre o projeto; -ARede:Informaessobrecadamodoexistenteatualmenteeaquelesem desenvolvimento,atualizadoscominformaesdossitesinstitucionais correspondentes; -Mapas:Osmapasesquemticoegeogrficojdesenvolvidos,bemcomoum mapainterativodesenvolvidosobreumaplataformaGoogleMapsequeser detalhado mais adiante. - Notcias: Notcias sobre a mobilidade na regio metropolitana do Rio de Janeiro e o mobiRio; - Contato Naparteinferiordapginaprincipalsoapresentadasalgumasopesde interatividade e um acesso para o aplicativo de acessibilidade mvel, em fase final de desenvolvimento. FIGURA 56 Parte Inferior da pgina inicial do mobirio.poli.ufrj.br 67 FIGURA 57Navegao pelas diversas reas do site 68 3.4.2.O mapa interativo Emcomplementoaomapageogrficoeaoesquemtico,autilizaodeummeio digitalpermitiuacriaodeumabaseinterativamuitomaispoderosa.Aplicandoas linhasgeorreferenciadasdomapageogrficosobreumabasedeGoogleEarth, possvelagregarumainfinidadededadosaomapa,incluindoajcriadamatrizde tempos de viagem. AindaemdesenvolvimentoatravsdaferramentaOpenLayers,aidiacruzaros dadoscom essamatriz de tempos ecomarededenibus,demodoque um clique em qualquer estao apresentaria as opes de viagem a partir dali, tanto pela rede estrutural quanto pela capilaridade alimentadora da rede de nibus. FIGURA 58 Visualizao do mapa interativo no website 69 3.4.3.Interatividade e mdias sociais Alm do campo de comentrios disponvel em cada notcia publicada no Wordpress, essa ferramenta tambm disponibiliza uma srie de plug-ins de integrao entre o site easmdiassociais,aumentandoainteraocomopblicoeprovendoum interessante canal de opinies e publicaes participativas. AsredessociaisescolhidasnesseprincpiosooFacebookeoTwitter,cujaspginas principais do projeto podem ser vistas abaixo: FIGURA 59 Facebook e twitter do mobiRio 70 3.4.4.Mdias Impressas Emboratenhamsidoproduzidosinicialmenteparaseremdistribudosemarquivos digitais do tipo PDF, osmapas geogrfico e esquemtico precisavam de uma escala deimpressodefinida,afimdepermitiradiagramaodostextosedasformasde modolegvel.Apsumasriedeestudos,chegou-seaotamanhoA3paraomapa esquemtico e A1 para o Geogrfico (que inclui tambm uma verso parcial da RMRJ emtamanhoA2).AapresentaodessesmapasestdisponibilizadanoitemAnexo deste projeto. Almdisso,paraaocasiodaapresentaodomobiRiono18CongressoBrasileiro deTransporteeTrnsitodaANTPfoisolicitadodiretoriadaEscolaPolitcnicaa impressode2.000exemplaresdomapaesquemtico,paraseremdistribudosno evento.Inspiradopelolevantamentodedadosfeitonafasepreliminardesseprojeto,o formato escolhido acabou sendo o ZCARD, onde o mapa foi impresso em dimenses de295x235mm,masqueaoserdobradofic acomotamanhodeumcartode crditoconvencional,podendoserguardadonobolsoetrazendograndeapelo esttico. FIGURA 60 Verso final do ZCARD mobiRio esquemtico ano base 2016 71 4. CONSIDERAES FINAIS 4.1.Concluses e futuro Atualmente, os usurios do sistema pblico de transporte da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro carecem de ferramentas adequadas para orient-los no planejamento desuasviagens.Maisdoqueisso,essacarnciadeinformaotambmatingeos planejadores que desejam utilizar a rede de transportes como base de seus projetos e estudos acadmicos. Oobjetivodestetrabalhofoiconstituirumabasededadosqueagregassetodasas informaesdarededetransportes,incluindoasuaevoluohistricaeo planejamentofuturo.Almdisso,tambmfoiiniciadoodesenvolvimentoea concepodeinterfacesdeacessoonlineeinterativasquefacilitassemoacesso rpido e universal ao contedo. Aolongododesenvolvimentopercebeu-seaimportnciadessaagregaodos dados, indo alm do conceito do marketing para o usurio e da criao das diversas mdiasemapas.Oaspectomaisimportantedacriaodeumsistemade informaescomoomobiRioestabelecerumconceitodeRedeIntegrada,que imprescindvelparaoadequadofuncionamentodosistemadetransportescomoum todo. Dandoprosseguimentoaodesenvolvimentodoprojeto,aimportnciaacadmica destabasededadosfoipercebidapeladireodaEscolaPolitcnicadaUFRJ,que apoiouaapresentaodomobiRiono18.CongressoBrasileirodeTransportee TrnsitodaANTPcomomododetranscenderasbarreirasacadmicaseprestarum servio cidade e comunidade como um todo. Almdisso,omobiRiojobteveoutrasutilizaesdedestaque,apesardeseucurto tempo de existncia, realando a carncia de uma ferramenta desse tipo.OmobiRiofoidisseminadoimediatamenteentreosacadmicoseosengenheirosna ocasio do congresso. AversodomapageogrficofoiutilizadopelaFetranspornaestao-modeloNovo Leblon , do BRTTransoeste, para ilustrar arede futura. EssasutilizaesdomobiRiovoaoencontrodaideiaquesetemparaofuturodo projeto, que a atualizao constante e plena do sistema.OmobiRiodeveserumaferramentaopensource,ouseja,delivreacessoatodos, paraconsultaeedio.PorestarabrigadonosdomniosdaUFRJ,asuaatualizao 72 podeserfeitapormeiodeparceriasacadmicas,pelatrocadeinformaes,por cesses de uso de direito grfico, etc. Conclui-sequeomobiRioaconjunodoselementosquecompeme caracterizam a rede metropolitana de transporte de mdia e alta capacidade eno apenas um mapa, website ou folder, mas sim a rede. E dessa maneira que deve ser divulgado incessantemente, seja em um guia de turismo, nopanfleto de um hotel ou emummapaespecialcriadoparafacilitarasinformaessobretransportepblic o, especialmente para os nossos visitantes, que se multiplicaro devido os jogos olmpicos e a copa do mundo.Sugere-se que o mobiRio seja utilizado em projetos futuros, em vrias lnguas e que seja alvo de divulgao permanente junto a todos que buscam informaes sobre a rede de transportes metropolitanos do estado e da cidade do Rio de Janeiro. AopermitirousoamplodomobiRionessassituaes,dentrodecertacondies, estaremoscolaborandoparaadifusodainformaoe,consequentemente, induzindo a melhoria da mobilidade metropolitana como um todo. FIGURA 61 PrefeitoEduardoPaesdiantedomobiRio,nainauguraodaestaodeBRT Novo Leblon, na Barra da Tijuca, em 20 de setembro de 2011 Fonte: twitter.com/ eduardopaes_ 73 5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 1.AssociaoNacionaldasEmpresasdeTransportesUrbanos.FatoresCrticosno Planejamento de Redes. Braslia : NTU, 2004. 2.CARVALHO,CarlosHenriqueRibeiro,etal.,etal.InfraestruturaSocialeUrbanano Brasil: subsdios para uma agenda de pesquisa e formulao de polticas pblicas. s.l. : Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada - IPEA. 3.VIDER,Eva.ApresentaodomobiRiono18 CongressoBrasileirodeTransportee Trnsito. Rio de Janeiro : ANTP, 2011. 4.DRUCKER,Peter.EstratgiaEmpreededora:OmelhordePeterF.Druckersobre administrao. So Paulo : Pioneira, 2000. 5.KOTLER,Philip.AdministraodeMarketing.[trad.]BaznTecnologiaeLingstica. 10 Edio, 7 reimpresso. So Paulo : Prentice Hall, 2000. 6. Comit Olmpico Brasileiro. Dossier de Candidature de Rio de Janeiro l'accueil des Jeux Olympiques et Paralympiques de 2016. Rio de Janeiro : Ministrio do Esporte, 2009. 7. MORRISON, Allen. The Tramways of Brazil. New York : Bonde Press, 1989. 8.SecretariaMunicipaldeTransportes.PlanoDiretordeTransportesda Cidadedo Rio de Janeiro. Rio de Janeiro : SMTR, 2005. 9. . Concorrncia de concesso da prestao do SERVIO PBLICO DE TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS POR NIBUS STCO-RJ. Rio de Janeiro : SMTR, 2010. 10.ALOUCHE,PeterL.Escolhadatecnologiaparaumtransporteurbanosustentvel: Alternativas sobre trilhos. s.l. : Trends Engenharia e Infraestrutura, 2010. 11.LERNER,Jaime.AvaliaoComparativadasModalidadedeTransportePblico Urbano. Curitiba : NTU, 2009. 12.AssociaoNacionaldasEmpresasdeTransportesUrbanos.GuiadeMarketing para o Transporte Coletivo. Braslia : NTU, 2001. 13.HUTCHINSON,B.G.PrinciplesofUrbanTransportSystemsPlanning.Washington, D.C. : McGraw-Hill, 1974. 14.CompanhiaEstadualdeEngenhariadeTransporteseLogstica.PlanoDiretorde TransporteUrbanodaRegioMetropolitanadoRiodeJaneiroPDTU/ RMRJ.Riode Janeiro : CENTRAL, 2003. 15.DRIENDL,TomasGeorg.Guanabara,aplanforurbandevelopment(Plano Doxiadis). Rio de Janeiro : Estado da Guanabara, 1965. 74 16. Volvo Bus Corporation. Volvo BRT- Solucionando hoje os desafios de Transporte em Massa de Amanh. 2011. 17.RevistaFerroviriaJunho/ Julho2010.SoPaulo :EmpresaJornalsticados Transportes Ltda. 18.GALVO,MarcelodeLima.Esquematizaesinfogrficasautomticaspara transporte pblico usando algoritmos genticos. Braslia : UnB, 2010. 19. WEID, Elisabeth von der. O bonde como elemento de expanso urbana no Rio de Janeiro. s.l. : Fundao Casa de Rui Barbosa. 20. SCHEIN, Augusto Leonardo. Sistema de Informaes ao Usurio como Estratgia de Fidelizao e Atrao. Porto Alegre : UFGRS, 2003. 21.BiodinmicaEngenhariaeMeioAmbienteLtda.EstudodeImpactoAmbientaldo Metr Linha 3. Rio de Janeiro : s.n., 2011. 75 6. ANEXOS AAAA 8888 888C CC CCu Cuu CL uC CCCCP u!!CL nMMM An lC 8 xv8S S AS CS CS11v Cv lA A A A 8 8 8 8 8 8 8 C C C C C u C u u C L u C C C C C P u ! ! C L n M M M A n l C 8 xv 8 S