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ano 02 número 07 exemplar de cortesia JOSÉ MACIA, PEPE ENTREVISTA: MEIO SÉCULO DE HISTÓRIAS DO CANHÃO DA VILA BELMIRO PANTANAL O PARAÍSO ECOLÓGICO BRASILEIRO É EXCELENTE OPÇÃO DE LAZER DURANTE O ANO INTEIRO. MAS O MEIO AMBIENTE DA REGIÃO NECESSITA DE CUIDADOS SANTOS ARQUIDECOR SUSTENTABILIDADE NO MODELO VIÁVEL DE BANHEIRO ECOLÓGICO

exemplar de cortesia ano 02 número 07 - jardimacapulco.comjardimacapulco.com/pdf/acapulcomagazine_07.pdf · Brasil, “A Escola dos Deuses” pela editora ProLíbera. Aproveite a

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ano 02 número 07

exemplar de cortesia

JOSÉ MACIA, PEPEENTREVISTA: MEIO SÉCULO DE HISTÓRIAS DO CANHÃO DA VILA BELMIRO

PANTANALO PARAÍSO ECOLÓGICO BRASILEIRO É EXCELENTE OPÇÃO DE LAZER DURANTE O ANO INTEIRO. MAS O MEIO AMBIENTE DA REGIÃO NECESSITA DE CUIDADOS

SANTOS ARQUIDECORSUSTENTABILIDADE NO MODELO VIÁVEL DE BANHEIRO ECOLÓGICO

08 A ICONOMIA DE GILSON SCHWARTZ

10 toques e dicas

14 CONSUMO

16 elevador a vácuo

18 SANTOS ARQUIDECOR

22 educação conectada

A ESCOLA DOS DEUSES26entrevista com pepe32PANTANAL SELVAGEM44

Realizar uma reportagem no Pantanal é uma experiência muito gratificante.

Estivemos em Cuiabá (MT), Centro-Oeste, no mês de julho. Neste período

visitamos regiões entre Poconé e Porto Jofre, nos hospedamos na pousada

Rio Claro no Pantanal. Agradecemos a todos os guias turísticos, que nos

conduziram em barcos, pickups e cavalos, possibilitando a realização das

magníficas imagens para a revista.

Nosso repórter colaborador, Roberto Aló Filho, remete-nos aos tempos

áureos do futebol brasileiro, na entrevista com José Macia, o Pepe. As histórias

do Santos Futebol Clube, na época de Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e

Pepe, são contadas nesta curiosa matéria.

Angélica Ramacciotti, estréia sua coluna Educação Conectad@, mais uma

colaboração da jornalista para a Acapulco Magazine. Ramacciotti também

assina mais duas matérias: A Iconomia de Gilson Schwartz e a entrevista com

o escritor italiano Stefano D’Anna, que fala do lançamento do seu livro no

Brasil, “A Escola dos Deuses” pela editora ProLíbera.

Aproveite a programação dos feriados, em toques e dicas, que selecionamos

para você e sua família. Um grande abraço e boa leitura!

direção e produção

Alexandrina Vilar

Jeifferson R. Moraes

jornalista

Angélica Ramacciotti

MTb 29.987

diagramação

Ana Lúcia Vilar

colaborador

Roberto Aló Filho

revisão

Silvia Repetto

impressão

Prol Gráfica

A Revista Acapulco Magazine tem periodicidade trimestral e

distribuição gratuita

Todas as publicidades, textos assina-dos, informes e fotos fornecidas são

de responsabilidade exclusiva de seus autores, não representando

a opinião da Revista

Proibida a reprodução total ou parcialde texto e imagem sem a prévia

autorização da Almav

para anunciar

(13) 2138.3398 ou (13) 3019.8266

[email protected]

críticas ou sugestões

(13) 3113.3777

[email protected]

na internet

www.acapulcomagazine.com.br

A Revista Acapulco Magazine é uma

publicação trimestral da Almav Comu-

nicação Ltda ME, Caixa Postal: 73.915

Santos - SP - CEP: 11025-972

sobre o jardim acapulcoLoteamento aprovado em 1974.

O lançamento oficial ocorreu em 1976. Hoje com quatro milhões de metros quadrados e duas mil residências. Localizado na região da Praia de

Pernambuco em Guarujá - SP

circulação e distribuiçãoUma publicação dirigida ao público do Jardim Acapulco, distribuída de porta

em porta. A revista também é entregue em outros condomínios da região,

como: Park Lane, Jardim Pernambu-co, Golf Clube, Península, Tortugas,

Albamar, Marinas, Tijucopava, Taguaíba, Sorocotuba, Granville e outros.

SUMÁRIO

ANO 02 • NÚMERO 07 • 2007

Foto da Capa: Jeifferson Moraes

AO LEITOR

8 acapulcomagazine

texto Angélica Ramacciotti ilustração Nancy Edmonds | Dreamstime

Você já ouviu falar em Iconomia? Calma.

A grafia está correta e não é preciso correr

para o oftalmologista. Escreve-se Iconomia

com i mesmo. A expressão foi cunhada pelo

economista americano Michael Kaplan e vem

sendo difundida pelo economista brasileiro

Gilson Schwartz. Surgiu pela primeira vez em

um documento acadêmico na tentativa de in-

terpretar o discurso de Alan Greenspan, en-

tão presidente do banco central americano.

Durante anos, a fala de Greespan era mo-

nitorada por analistas e investidores ávidos

por sinais que indicassem o cenário futuro

dos juros.

No artigo, Kaplan batizou a nova verten-

te da economia com uma maneira inova-

dora de olhar o mercado por meio de seus

ícones. Gilson Schwartz, que ministra a disci-

plina Iconomia para alunos da graduação da

Universidade de São Paulo (USP) e tem um

blog com o mesmo nome na Revista Época

Negócios, explica que Iconomia é a econo-

mia da informação que produz valor por meio

de imagens, ícones e idéias.

“São destacadas dimensões antes mal

consideradas, fatores intangíveis e ima-

teriais que pesam cada vez mais na cria-

ção de riqueza de nações e empresas”,

afirma Schwartz.

Segundo o professor, a Iconomia tem no-

vos indicadores que consideram

não apenas os tradicionais PIB e ju-

ros, mas também o investimento na for-

mação de profissionais preparados para

ler sinais, inovar e criar valor.

Ele lembra que na era industrial, esses

recursos humanos não entravam nos ba-

lanços das empresas ou nas contas na-

cionais, mas atualmente o Banco Mundial

classifica países segundo o “Indicador da

Economia do Conhecimento”. São consi-

derados o incentivo à produção, a educa-

ção, a qualidade das redes digitais e a ca-

pacidade de inovação.

“Bancos públicos e privados já olham

com redobrada atenção os ativos intangíveis

de cada empresa, setor ou país antes de in-

vestir numa operação”, alerta.

Inovação – Defensor de idéias inovado-

ras, Schwartz procura agir em coerência com

suas teorias. Prova disto é o recente lan-

çamento da Cidade do Conhecimento, da

USP, no Second Life, que teve ampla divul-

gação da mídia nacional. A Cidade do Co-

nhecimento é um campus virtual criado

há sete anos, pelo próprio professor, com

o objetivo de aproximar o mundo acadê-

mico e escolar de empresas, ONGs e go-

verno, através de cursos de capacitação e

pesquisas. Mas Schwartz não está sozinho

A ICONOMIA DE GILSON SCHWARTZ

O Banco Mundial classifica países segundo o incentivo à produção, a educação, a qualidade das redes digitais e a capacidade de inovação

economiamercado

nesta empreitada.

Ele entrou no ambien-

te virtual tridimensional junto

com pesquisadores de insti-

tuições como Pontifícia Universi-

dade Católica (PUC-SP), Cásper

Líbero, Mackenzie, Universidade de

Brasília (UNB) e Universidade Federal do

Rio de Janeiro.

A idéia é desenvolver projetos educacio-

nais, ambientais, culturais e empreendimen-

tos tecnológicos dentro do Second Life. Se-

gundo Schwartz, as ações serão iniciadas

em breve. Vamos aguardar.

Cerca de 8 milhões de pessoas já ingres-

saram no Second Life desde seu lançamen-

to em 2003. Seu criador, o americano Philip

Rosedale, movimentou US$ 6,8 milhões em

junho, com a Linden Lab, empresa que ad-

ministra o site.

A versão em português do Second

Life foi lançada no Brasil há cerca de

quatro meses e estima-se que já tenha

sido utilizada por 300 mil pessoas.

acapulcomagazine 9

10 acapulcomagazine

toquesdicas

tubarõesMERGuLHONo Acqua Mundo, em outubro, será possível

mergulhar com os tubarões, meros e cardu-

mes de peixes. O evento é realizado em par-

ceria com a operadora de mergulho Mar Sub.

O público-alvo são os portadores de cartei-

ra internacional de mergulho autônomo. Já os demais interessados, a partir de 12 anos, passam por

um treinamento “Dive Camp”, que habilita o visitante a realizar o mergulho no recinto. Durante todo o

mergulho, o visitante tem a assistência de um “dive master”. Os peixes do tanque “Oceânico” têm

sido alimentados pelos mergulhadores do aquário por quatro anos. Hoje, totalmente acostumados

à presença do homem, proporcionam um espetáculo aos visitantes nadando e se alimentando di-

retamente das mãos dos mergulhadores. Para participar é necessário agendar o mergulho pelo te-

lefone, mergulhadores habilitados R$ 250 e demais R$ 300. E para quem quiser visitar o aquário,

os ingressos custam R$ 20 para adultos, R$ 10 para idosos acima de 60 anos, crianças de 2 a 12 anos,

aposentados e estudantes. Em outubro, aberto de terça a quinta das 10h às 18h, sexta e domingo das 10h

às 20h e sábado das 10h às 22h. No dia 11/10 das 10h às 20h e no feriado do dia 12/10 das 10h às 22h.

O Acqua Mundo fica na Av. Miguel Estéfano, 2001, Praia da Enseada, Guarujá (SP).

* www.aquarioguaruja.com.br ) (13) 3351-8793 ou 3351-8867

rotas doGuARuJÁ

City tour com quatro opções de passeios da cabeça à cauda do dragão, em

referência ao mapa do Guarujá que lembra um dragão alado. Os passeios

são realizados por micro-ônibus sempre com a orientação de um monitor.

Todos os trajetos têm em média 3 horas de duração e são realizados

nos fins de semana e feriados, às 9 e às 14 horas. Eles custam entre

R$ 6,00 e R$ 10,00 (saídas de barco). O ponto de partida é a Praia de

Pitangueiras, em frente ao Shopping La Plage. Nos sábados às 9h, ida

as ruínas da Igreja Ermida do Guaibê, às 14h visita à Fortaleza de San-

to Amaro da Barra Grande (foto ao lado), datada de 1584 época das

invasões de piratas, nos domingos às 9h, visita à casa da artista Wega

Nery e às 14 horas, passeio de Catraia ao Forte e Farol do Itapema.

* www.guaruja.sp.gov.br ) (13) 3344.4600

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ime

Jeifferson Moraes

12 acapulcomagazine

DIVERSÃO PARACRIANçAS E ADuLTOS

No dia da criança e nos feriados, o Guarujá terá

várias opções de lazer que os pais podem aprovei-

tar com seus filhos. Cinema, shopping, brinquedo,

shows e aquário são dicas para diversão.

O shopping La Plage possui 3 salas

para 418 pessoas, com lugares para

deficientes e obesos, terá diversas

estréias de filmes para os meses de

outubro e novembro, informações

: www.shoppinglaplage.com.br ou no

) (13) 3386-6819, segunda e terça-

feira, quinta-feira a domingo R$ 12 (inteira)

e R$ 6 (meia), na quarta-feira todos pagam R$ 5

(meia). O Cine 3 Ferry Boat’s Plaza também pos-

sui 3 salas, e suas estréias estão na programação

do site : www.cine3.com.br/programacao ou

no ) (13) 3348-4415, segunda: R$ 7 (inteira) e

R$ 3 (meia), terça e quinta: R$ 10 (inteira) e

R$ 5 (meia), quarta: todos pagam R$ 5 (meia),

sexta a domingo: R$ 7 (até 17h59) e R$ 12

(após 18h). Na Villa Jequitimar no dia 12/out às

19h30, um show muito interessante com “Mario-

netes Guarujá”, : www.marionetesguaruja.com.

br, os shows de marionetes duram em média 1

hora e o público pode conferir, em uma mesma

apresentação, exibições de Ivete Sangalo, Ro-

berto Carlos, Xuxa, Kelly Key entre outros astros,

será aberto ao público no deck gastronômico,

primeiro piso, ala norte, que fica na Av. Marjory

da Silva Prado, 1100, Praia de Pernambuco,

Guarujá (SP). O Shopping Center Acapulco vai

oferecer um espaço com brinquedos e brinca-

deiras a partir das 15h nos dias 12 e 13/out, o

show High School Music Cover acontece a partir

das 19h no dia 13/out, o shopping fica na Rua

Nelson Bozzi, 25, dentro do Jardim Acapulco

em frente ao mercado Lago Azul. A Administra-

dora Jardim Acapulco, no dia 13/out das 10h às

12h, na Av. Kensei Tamayose (antiga av. 1), pró-

ximo a portaria, irá realizar distribuição de bolas

para as crianças, e ainda terá a participação de

palhaços com o grupo “Cia da Paçoca”, infor-

mações : www.jardimacapulco.com.br ou pelo

) (13) 3353-1010. No Acqua Mundo haverá

sorteios para alimentar os pinguins, através do

preenchimento de uma ficha de inscrição para

crianças (de 2 a 12 anos acompanhadas por

um responsável), sempre às 10h30 entre os

dias 9 e 14/out, o aquário fica na Av. Miguel Es-

téfano, 2001, Praia da Enseada , Guarujá (SP).

: www.aquarioguaruja.com.br ) (13) 3351-8793

ou 3351-8867.

toquesdicas

CASA WEGA NERYARTE E ARQuITETuRA

Wega Nery Gomes Pinto, artista plástica de renome, faleceu em 21 de maio de 2007, aos 95 anos.

Nery residia em uma casa na Praia do Pernambuco desde o início dos anos 70, onde hoje se tor-

nou roteiro cultural do Guarujá. Premiada diversas vezes, Nery fez parte de importantes movimen-

tos artísticos do país. Foi casada com o jornalista já falecido, Geraldo Galvão Ferraz. A casa, que

contém obras da autora, também faz parte do roteiro turístico “Rotas do Guarujá” (leia na página

10), para agendar uma visita na residência, o interessado deve ligar para a Secretaria de Turismo,

) (13) 3344-4600, outras informações: : www.guaruja.sp.gov.br

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14 acapulcomagazine

O Sistema de Posiciona-

mento Global (GPS) foi

criado e é controlado pelo

Departamento de Defesa

dos EuA. Pode ser utiliza-

do por qualquer pessoa,

gratuitamente, necessita apenas de um receptor que capte o sinal emitido pelos satélites.

No Brasil o aparelho já está se tornando popular, mas os preços ainda estão salgados devido

à enorme carga tributária que recai sobre o produto. O navegador GPS portátil da Navisystem

sai por R$ 1.850 que pode ser parcelado em 3x no cartão, : www.navisystem.com.br, possui ma-

pas de 1004 cidades que compreendem todos os estados brasileiros. Por R$ 350 é possível instalar

mapas dos EUA ou da Europa. A cada seis meses a empresa realiza uma atualização pela internet

ou via CD-ROM, que não é cobrada. Já o iPAQ hw6945 da HP é um PDA que alia telefonia GSM, WI-

FI, Bluetooth e GPS, e tudo isso custa R$ 2.599, : www.hp.com.br, mais o programa de navegação

e mapas que o usuário terá que comprar (entre R$ 300 a R$ 500). O GPS portátil realmente é muito

útil no trânsito e, durante o percurso, o motorista é orientado através de comandos de voz que indicam

a direção a ser seguida, às vezes, sem a necessidade de olhar para o visor. A tela é sensível ao toque, e

através do visor digita-se o endereço destino e o aparelho se encarrega de processar qual será o melhor

caminho, com opção entre o mais rápido ou o mais curto. É possível ver o mapa no modo 2D (visão

do alto) ou em 3D (visão do motorista), além de informações sobre a velocidade do veículo, tempo ou

distância restante do percurso e os nomes das vias por onde se passa. O navegador também possui

um banco de dados com informações sobre restaurantes, hotéis, estacionamentos e diversos pontos

de interesses que são apresentados durante o trajeto.

GPSPO

RTÁTEIS

R$ 40 MILTRÈS CHIC

A empresa WatchMasters traz ao País as marcas de artigos da

alta relojoaria européia. Os relógios da marca Andersen Gené-

ve custam acima de R$ 40 mil. O relógio (ao lado) com a caixa

em ouro branco 18 K, e a frente é em ouro azul, guilocheada a

mão, vidros de safira, pulseira de couro de avestruz. Andersen

Genéve pertence ao dinamarquês Svend Andersen, que ficou

famoso em 1969 quando mostrou um relógio construído dentro

de uma garrafa, ganhando o título de “relojoeiro do impossível”.

: www.watchmasters.com.br ) (11) 4192.3611

objetosconsumoD

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Publicidade

16 acapulcomagazine

elevador A VÁCuOO Elevac 200 foi instalado na Aca-

pulco Casa Show, em agosto pas-

sado, e já está à disposição para

quem quiser ver o equipamento em

funcionamento. A revista apresen-

tou o elevador a vácuo na edição

anterior, com a matéria “Elevado-

res do Futuro”. Diversos leitores

despertaram interesse pela maté-

ria e foram conferir de perto o sofis-

ticado elevador. “Antes mesmo do

elevador ser instalado pelo menos

dez pessoas estiveram aqui para

ver o equipamento”, afirma Mar-

celo Simões, sócio-proprietário

da Acapulco Casa Show, desta-

cando a curiosidade dos leitores.

O outro sócio-proprietário, Rodrigo

Salgado, explica que o elevador

apresenta todas as características

que foram publicadas na revista,

e salienta: “O elevador é utilizado

constantemente, todos os dias,

pelos funcionários e por pessoas quem vêm conhecer, e não percebemos ne-

nhuma alteração significante no consumo de energia”, conclui Salgado. A

equipe da revista Acapulco Magazine foi conferir de perto o funcionamento

deste elevador. A primeira vista, chama a atenção pelo seu design futurista. Instalado na sala da

recepção da empresa, a sua estrutura tubular e transparente, com acabamento na cor branca,

combinou perfeitamente com a decoração do local. A sensação de subir é a mesma que nos

elevadores tradicionais, com a diferença de ter uma visão completa (360 graus) do ambiente.

“A primeira vez, quando apertei o botão para descer, o elevador subiu alguns centímetros e depois

iniciou a descida. Estranhei, mas depois entendi que isso ocorre devido a trava de segurança

existente”, explica Alexandrina Vilar, diretora da Acapulco Magazine. O Elevac 200 está dispo-

nível para visitação na Av. Pernambuco, 10 (próximo a portaria do Jardim Acapulco), em

Guarujá (SP). * [email protected], ) (11) 7236.5276 ou no local (13) 3353.2309

: www.elevac.com.br ou : www.acapulcoweb.com/noticia/2007/06/18/id/356

casaeconstrução

Jeifferson Moraes

18 acapulcomagazine

SUSTENTABILIDADEtexto e fotos Jeifferson Moraes

Sustentabilidade é uma realidade que já vem

sendo aplicada por muitas empresas e pessoas

no mundo inteiro. Mas o que é sustentabilidade?

uma empresa de arquitetura do Guarujá conse-

guiu aplicar muito bem esta idéia, numa versão

de banheiro ecológico criado para a Santos Ar-

quidecor, uma mostra do setor de arquitetura e

decoração da região.

Promover ações de recuperação do equi-

líbrio ambiental, suprir as necessidades de

recursos naturais sem inviabilizar a sobrevi-

vência, para respeitar e preservar o meio am-

biente, tudo isso é sustentabilidade.

Quando Alexandre Ferraz, arquiteto da

empresa Raiz Arquitetura, aceitou o desafio

de construir um banheiro sustentável para

a mostra, tinha em mente alguns requisitos:

realizar um projeto que deveria ser ecologi-

camente correto, economicamente viável e

culturalmente aceito. Com esses objetivos

Ferraz e sua equipe desenvolveram um ba-

nheiro modelo que você pode construir em

sua própria casa.

“Queriamos abranger um mercado ain-

da pouco explorado e, por se tratar de uma

mostra, provar para os visitantes que com

soluções alternativas pode-se realizar pro-

jetos com alto requinte estético, funcional,

econômico e sustentável”, afirma Ferraz.

Segundo o arquiteto, o primeiro passo para

a execução do projeto, após estudo sobre

produtos e materiais a serem utilizados, foi

conseguir parcerias com fornecedores que

pudessem suprir as necessidades da constru-

ção na versão ecológica do banheiro.

Versão ecológica do banheiro público na mostra Santos Arquidecor, Av. cel. Joaquim Montenegro, 117, Ponta da Praia (canal 6), em Santos, que ocorre até 14 de outubro.Informações: www.santosarquidecor.com.br

NA SANTOS ARQuIDECOR

casaeconstrução

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20 acapulcomagazine

Os materiais utilizados foram adequados

desde as tubulações de esgoto produzidas

com garrafas PET recicladas, pisos com ma-

térias-primas renováveis, pintura com tinta

de terra natural, teto com forração de fibra

de bananeira, torneiras e válvulas inteligen-

tes que economizam água como também o

uso de LED para a economia de consumo

de energia, revestimentos de madeiras de

demolição, objetos de decorações e vidros

com materiais reciclados, orgânicos e não

poluentes.

Foto 1. A preocupação estética na mostra

de decoração é grande, por isso a utilização

dos painéis de vidro foi uma solução inteli-

gente. São cacos de vidros provenientes de

material de demolição montados entre duas

placas através de uma fusão de calor.

Foto 2. O sofisticado com o rústico. O vi-

dro do lavabo e a torneira de acionamento

por sensor (para economia de água) contras-

ta com a madeira de demolição (assoalho de

peroba) perfazendo uma harmonia estética

muito interessante.

Foto 3. A válvula de descarga, possui um

sistema de acionamento duplo, que despe-

jam diferentes volumes de água, um para

limpeza parcial (líquidos) e outro para limpe-

za total (sólidos), racionalizando o consumo

de água.

Foto 4. O forro decorativo do teto foi pro-

duzido de papel feito de fibra da bananeira,

extraído a partir de seu caule, que necessa-

riamente tem que ser cortado para dar novos

frutos. Pela propriedade translúcida do mate-

rial, os LEDs utilizados atrás da forração, além

de economizar energia, proporcionam uma ilu-

minação atraente para o ambiente.

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3 4

Os interessados no projeto e nos materiais utilizados podem ob-ter informações com Alexandre Ferraz, Elias de Souza e Lean-dro Alejandro, da Raiz Arquitetura, pelo telefone (13) 3382.4588 * [email protected] : www.raiz.arq.br

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22 acapulcomagazine

educaçãoconectada

AngélicaRamacciotti

Santos foi palco para o maior evento científico da área de Comunicação do País entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro: O 30° Congresso Brasileiro de Ciências da Co-municação, promovido pela Sociedade Brasileira de Es-tudos Interdisciplinares (In-tercom). O Congresso reuniu personalidades do mundo da

Comunicação nas Universida-des Católica de Santos, San-ta Cecília e Monte Serrat em torno do tema “Mercado e Co-municação na Sociedade Digi-tal”. Cerca de 3 mil congres-sistas estiveram presentes e os trabalhos digitalizados já estão disponíveis em: http://www.portcom.intercom.org.br/ index.php

Intercom 2007 em SantosCOMuNICAçÃO

Paidéi@ é o nome da re-vista científica, em formato digital, que a Unimes Vir-tual lançará em 7 de de-zembro. Semestral, a re-vista terá trabalhos na área de Educação a Distância, de caráter interdiscipli-nar, com pesquisas rea-lizadas no Brasil e no ex-terior. Segundo a editora Elisabeth dos Santos Ta-vares, foi adotado o Sis-tema Eletrônico de Edito-ração de Revistas (SEER) que atende aos requisitos da Coordenação de Aper-feiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Os artigos publicados po-dem ser baixados gratuita-mente. Outras informações estão disponíveis no site: www.unimesvirtual.com.br

Revista Científica Paidéi@LANçAMENTO

Com o desafio de discutir e fo-mentar novas formas de apren-dizagem em Educação Aber-ta e a Distância, a Associação Brasileira de Educação a Dis-tância (ABED) promoveu o 13° Congresso Internacional da ABED entre os dias 2 e 5 de

setembro na cidade de Curi-tiba (PR). Informações em: http://www.abed.org.br/con gresso2007 Vale a pena con-ferir a cobertura não-oficial do Congresso mantida por pes-quisadores voluntários: http://abed2007.blogspot.com/

CONGRESSO ABED 2007ASSOCIAçÃO

Interfaces Digitais na Educa-ção - @lucinações Consenti-das é leitura obrigatória para quem considera a possibilida-de da construção coletiva do conhecimento por meio de co-munidades virtuais de aprendi-zagem. A obra resulta da tese

de livre-docência da professo-ra doutora Brasilina Passarelli (USP) e apresenta como tema central a experiência nos pro-jetos: Jornal To Ligado, Co-nexão Escola, Nexus e Crian-do Comunidades Virtuais de Aprendizagem e de Prática.

COMUNIDADES VIRTUAISLEITuRA

A Educação a Distância (EAD) vem ganhando cada vez mais destaque no cenário nacional e internacional. Recente pesquisa do Inep aponta que, em 7 das 13 áreas avaliadas no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), os alunos provenientes de EAD tiveram melhor desempenho que os de

cursos presenciais. O número de matriculados em cursos supe-riores de EAD no Brasil aumen-tou 151% em três anos. Atenta a essas mudanças, a Acapulco Magazine decidiu inovar e a partir desta edição estréia com a colu-na Educação Conectad@, espa-ço para notícias sobre educação, comunicação e tecnologia.

INTERNET

Educação a Distância

O escritor Stefano Elio D’Anna per-manecerá no Brasil entre os dias 21 e 28 de outubro. O lançamento do livro A Escola dos Deuses será no Circolo Italiano, Capital, a partir das 19 horas do dia 24 de outubro. O evento também marca a es-tréia da ProLíbera Editora no mercado editorial e uma gran-de festa é planejada. “O autor ministrará uma palestra e, na opor-tunidade, serão homenageados empreendedores das mais diver-sas áreas de atuação”, revela a pu-

blisher/editora Júlia Bárány Yaari. Só-cia-fundadora da Editora Mercuryo, onde atuou durante 20 anos, Júlia é educadora, filósofa, artista plástica e tradutora. Segundo ela, a Editora nasceu literalmente do casamento com o Instituto ProLíbera, presidi-do pelo seu marido, o educador, psicólogo, farmacêutico e bio-químico, Josef David Yaari, so-nhador pragmático assumido. Site: www.proliberaeditora.com.br Leia a entrevista com o autor na página 26.

Stefano D’Anna no BrasilESCRITOR

É jornalista colaboradora da Acapulco Magazine. Há dez anos trabalha como repórter, roteirista, redatora, colunista e assessora de imprensa. Atua como pesquisadora na área de Educação a Distância. * [email protected]

Gregorius G

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AOS SONHADORES Angélica Ramacciotti

um executivo de sucesso investe pesadamen-

te no campo material e profissional, sem opor re-

sistência aos chamarizes da vida executiva, que

atraem sua atenção para fora de si: crescimen-

to profissional, boa situação financeira, compro-

missos sociais, festas e adulações.

Deixando para terceiro plano a vida espiri-

tual e a qualidade dos seus relacionamentos,

ele acaba se tornando um ser isolado, sem

ninguém, amigo ou parente, a quem possa

chamar de “próximo” até que

encontra um Dreamer, um guia

interior, que estava à sua esprei-

ta para tirá-lo do torpor. Entre-

tanto, o Dreamer nada poderá

fazer se o executivo não utilizar

o livre-arbítrio para empreender

com sinceridade a viagem para

dentro de si mesmo.

Este é apenas o come-

ço do instigante livro A Esco-

la dos Deuses, escrito pelo ita-

liano Stefano Elio D’Anna, que

chega ao Brasil pela ProLíbera

Editora com tradução de Graça

Congro e apresentação de Her-

bert Steinberg. Presidente-fun-

dador da MESA Corporate Governance, da

HPI Brasil - Human Perspectives Internatio-

nal e coordenador do comitê estratégico de

governança corporativa da American Cham-

ber (Amcham) em São Paulo, Steinberg afir-

ma, no prefácio, que sentiu grande afinidade

com o conteúdo do livro porque ele revela a

enorme amplitude de ação que cada ser hu-

mano pode ter.

Bestseller na Turquia desde 2005, onde

vendeu mais de 100 mil exemplares, o livro foi

publicado em italiano, grego e turco, e está

sendo traduzido para o inglês, alemão, ro-

meno e hebraico. A Escola dos

Deuses oferece um itinerário

do autoconhecimento e mos-

tra que o medo de sermos nós

mesmos é o grande obstáculo

a ser vencido. Ao seguir as pis-

tas de um manuscrito milenar

perdido, The School for Gods,

escrito pelo filósofo Lupelius,

um lendário monge-guerreiro,

o protagonista reencontra a si

mesmo e recebe do Dreamer

a mais incrível tarefa: criar uma

Escola, uma universidade sem

fronteiras, que ensina a harmo-

nizar aparentes antagonismos:

Economia e Ética, Ação e Con-

templação, Poder Financeiro e Amor. Com

essa base filosófica nasce, de fato, a Euro-

pean School of Economics (ESE).

A Escola dos Deuses oferece um itinerário do autoconheci-mento e mostra que o medo de sermos nós mesmos é o gran-de obstáculo a ser vencido. Sua leitura é um convite a uma viagem interior por meio de no-vas dimensões que possibili-tam transformar a realidade

PRAGMÁTICOS“Um sonhador crê somente em si mesmo, na sua impecabilidade, e projeta o mundo que deseja. A realidade em que vive é a exata representação do seu paraíso portátil”, Stefano D’Anna

literaturacultura

acapulcomagazine 27

Eis a linha tênue que se apresenta en-

tre ficção e realidade. A ESE realmente exis-

te e é uma escola de economia credencia-

da pela Universidade de Buckingham, com

sede em Londres, Nova York, Roma, Mi-

lão e Lucca. Vale a pena conferir os sites:

www.uniese.it e www.eselondon.ac.uk. O au-

tor da Escola dos Deuses foi diretor da ESE

e, desde 1994, exerce a função de reitor,

além de apresentar um extenso currículo.

D’Anna é economista, sociólogo, peda-

gogo, empreendedor e, sobretudo, um so-

nhador pragmático, um filósofo de ação.

Atuou como executivo em multinacionais

na Europa, nos Estados Unidos e no Orien-

te Médio. Como palestrante, participou de

convenções internacionais e, desde 2006,

ministra Seminários de Integridade, eventos

sobre liderança e longevidade corporativa.

D’Anna também é autor dos livros “Berlus-

coni in Concert” e “The Individual Revolu-

tion”. Acompanhe (quadro ao lado), a entre-

vista que o autor concedeu à revista.

Stefano Elio D’Anna, autor do livro “A Escola dos Deuses”

Como podemos classificar A Escola dos Deuses?A Escola dos Deuses é um romance filosófico que

narra o nascimento de uma Escola, a ESE - The Eu-ropean School of Economics, e reúne as idéias e os princípios sobre os quais foi fundada. O livro é tam-bém o manifesto de uma revolução individual. É um plano de fuga para escapar da prisão da mediocri-dade, do comum, de uma vida mecânica e repetitiva, sem originalidade, sem alegria. Tudo se inicia com o encontro do protagonista com um ser extraordinário, o Dreamer. O narrador percorre o seu passado para modificá-lo e curar as feridas ainda abertas, os nós ainda não desfeitos. É uma viagem de retorno em busca da própria unicidade e originalidade.

Por que o protagonista decide emancipar-se da visão do mundo?

O protagonista encontra o Dreamer quando che-ga ao estado de desilusão extrema. Neste momento o Dreamer lhe diz: “A vida é como você a sonha! Se não lhe agrada, mude o sonho!” Ou seja, o mundo é o reflexo de nós mesmos. Os papéis que assumi-mos, inconscientemente, para nos sentirmos inseri-dos no meio, são prisões. A primeira condição para escapar é dar-se conta de estar vivendo um estado de prisão, de ausência de liberdade. O objetivo da trajetória feita pelo protagonista é o de alcançar uma especial condição como ser humano que o recondu-za ao aparente paradoxo de visionário-pragmático.

O que significa alcançar essa especial condição?Tudo aquilo que vemos se manifestar no mundo

tem origem no sonho. O Dreamer indica o caminho pelo qual podemos ouvir a nós mesmos, chegar às partes mais internas do nosso ser; sair das prisões mentais representadas pelo medo e pela dúvida, li-bertar-nos das armadilhas representadas pelos pa-péis, pela idéia de tempo, pelos hábitos. A isto ele chama a arte de sonhar. Quem sonha guia o jogo. Quem não sonha, sofre, imita os outros, assume ob-jetivos de segunda mão, tem uma vida falsa. Por isso precisamos de escolas do Ser. Precisamos de so-nhadores pragmáticos.

As idéias apresentadas no livro são aplicadas concreta-mente na European School of Economics (ESE)?

Sim. Uma escola de economia como a ESE, que prepara líderes de empresa e homens de negócios de sucesso, só pode ser uma escola que subverte, inverte o sentido, reverte os conceitos comuns, ca-paz, portanto, de conceber novos modos de sentir e de pensar. Exercitar os nossos estudantes a não recuar, a não desprezar de cara aquilo que parece a reversão de tudo que foi ensinado e transmitido como verdade, dá a eles uma incomparável vanta-gem competitiva.

Quais têm sido os efeitos provocados pelas idéias do livro?

Uma ginástica saudável. Conceitos e pensamentos que geram fagulhas de inteligência e potente intui-ção. Infelizmente, passam-se anos e anos, e às vezes toda a nossa vida, sem que nos encontremos diante de idéias com grandeza e que ofereçam uma nova dimensão, novas possibilidades; sem que as nos-sas convicções e prejuízos possam ser desafiados por uma visão completamente diferente da visão de mundo que herdamos e adotamos, por idéias corajo-sas, às vezes insuportavelmente diferentes. A Escola dos Deuses propõe-se exatamente a isto: desafiar a visão comum, os hábitos arraigados, as convicções obsoletas, sem que tenhamos alguma vez ousado colocá-las em discussão.

A Escola dos Deuses, Stefano Elio D’Anna(ProLíbera) - 400 páginas - R$ 49Assunto: Administração - Empreendedorismo: www.proliberaeditora.com.br

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acapulcomagazine 33

JOSÉ MACIAO CANHÃO DA VILAtexto Roberto Aló Filho fotos Jeifferson Moraes

especialesporte

A palavra Pepe no “dicionário futebolístico” é sinônimo de Santos

Futebol Clube. Foi um excepcional jogador de futebol e é idolatrado até

hoje pela torcida alvinegra. O “Menino de Ouro” tinha um potente chute

de canhota que amedrontava os adversários.

Por este motivo era chamado de “O Canhão da Vila”. Disparava

verdadeiras bólides com seu canhão instalado na perna esquerda.

Em cobranças de falta nocauteava de propósito os sem sorte arma-

dos na barreira, para que numa próxima cobrança os componentes

tornassem-na transponível.

Tinha raça e velocidade. Dedicou-se de corpo e alma à camisa

santista. Jogou somente no Santos. Fez 759 jogos e marcou 405

gols. Formou juntamente com outros craques fantásticos o “Time

dos Sonhos” do futebol brasileiro das décadas de 50 e 60.

Pela seleção brasileira foram 22 gols em 40 jogos, porém teve

a frustração de não jogar nenhuma partida de Copa do Mundo.

Era o titular absoluto da ponta esquerda, mas machucou-se antes

do início das duas copas que participaria, ficou na reserva e não

pôde jogar.

O Santos montou grandes times e dominou o futebol paulista en-

tre 1955 e 1969. Se não fossem os títulos do São Paulo (1957) e do

Palmeiras (1959/63/66) o alvinegro praiano seria 15 anos consecuti-

vos campeão paulista. O time tinha excelentes jogadores de defesa

e meio campo, mas foi o ataque que deixou marcas na memória dos

torcedores. A formação de ataque: Dorval, Jair, Pagão, Pelé e Pepe,

era a preferida do Canhão, pois tinha em Pagão um jogador que fa-

cilitava muito seu futebol. “Nós nos comunicávamos só pelo olhar”,

afirma Macia. Outro ataque, mais famoso e ganhador de mais títulos,

foi: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.

“Joguei com excelentes centroavantes todos grandes goleadores

como Del Vecchio, Coutinho, Toninho Guerreiro, mas eles eram defini-

dores. Com eles no ataque eu marcava 20 gols por campeonato, com

o Pagão marcava 40”, compara Macia e ainda ressalta: “Ele saía muito

da área, tinha habilidade e me deixava sempre na cara do gol”.

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Perfil de um craqueJosé Macia nasceu em 25/02/1935 na cidade de Santos, casado com Lélia desde 1964, tem quatro filhos e cinco netos. É recordista de títulos do futebol mundial. Somando os de jogador e treinador, são 93 conquistas. Jogou somente no Santos Futebol Clube. Foram 759 jogos e 405 gols – nenhum ponta tanto pela direita como pela esquerda marcou essa quantidade de gols no mundo. Tem 22 gols em 40 jogos pela seleção brasileira. A velocidade de seu chute chegava a 122 km/h. Seus principais títulos como jogador: bicampeão mundial pelo Brasil, bicampeão Mundial Interclubes, bicampeão da Taça Libertadores, pentacampeão da Taça Brasil e 11 vezes campeão paulista. Em 1969 iniciou a carreira de técnico

de futebol. Seus títulos mais expressivos como treinador: o Campeonato Paulista de 1986 pela Internacional de Limeira e o Campeonato Brasileiro do mesmo ano pelo São Paulo. Teve muitos títulos por outros estados e até em países como Japão e Catar. Hoje, prefere o trabalho de coordenação técnica de equipes de futebol. Na imagem, da esquerda para a direita: Coutinho, Pelé e Pepe, posando para a foto, em uma das partidas do Santos Futebol Clube no início

da década de 60.

Rep

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36 acapulcomagazine

Jogando pelo Santos, Pepe conheceu inúmeros países. Em par-

tidas amistosas jogou contra times fortes, como: Barcelona (ESP),

Juventus (ITA) e Internazional (ITA). Muitas vezes o time jogava par-

tidas um dia após o outro e dormia em aeroportos esperando co-

nexão para embarcar para outros países. Os hotéis próximos as

estações ferroviárias, eram as hospedagens preferidas que eles uti-

lizavam para que o time não perdesse o trem.

“Hoje alguns jogadores reclamam de jogar quarta e domingo,

imagine se jogassem naquela época”, ironiza Pepe e acrescenta:

“Cheguei a jogar com o tornozelo machucado em uma partida, no

intervalo falei com o técnico Lula que não tinha condições de jogo.

Recebi uma infiltração, meu pé esquerdo ficou anestesiado e ainda

fiz um gol de falta no segundo tempo”.

Atualmente os jogadores reclamam de qualquer dor. “Hoje os jo-

gadores têm conforto, viajam de ônibus, avião fretado, naquela épo-

ca o Santos ia jogar, por exemplo, em Bauru e viajávamos dividi-

História de campeãoJosé Macia fez história no futebol, e toda a sua

carreira foi construída na cidade onde nasceu e ainda reside, que tem o mesmo nome do time do seu coração: Santos.

No seu apartamento, uma cobertura no bairro da Ponta da Praia, mantém uma sala com dezenas de fotos nas paredes (reproduzidas nesta matéria), como também, troféus, medalhas, artigos de jornais e suas anotações onde registrava todos os gols marcados como jogador.

Na foto acima, Pepe veste com orgulho a faixa de seu primeiro título importante, campeão paulista 1955, e abaixo a foto do jogo em que fez a sua despedida do futebol em 1959, como jogador, contra o Palmeiras.

O Canhão não jogou, mas foi chamado para dar a volta olímpica no gramado da Vila Belmiro sob aplausos e muita emoção.

Rep

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Pepe em momento de descontração durante a entrevista em seu apartamento em Santos. Abaixo, a linha mágica do Santos Futebol Clube que causava arrepios nas defesas e torcedores adversários: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.

Reprodução de arquivo pessoal

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4

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Pepinho TécnicoAlexandre Macia, o “Pepinho” está seguindo os

passos de seu pai. Começou a árdua carreira de téc-nico de futebol.

Para Pepe é uma emoção diferente: “Estivemos juntos em Santa Catarina no time do Balneário Cam-boriú, eu como coordenador e Alexandre como trei-nador. Em seu primeiro jogo, seu time já perdia por 2x0 com dois minutos de jogo. Me senti na pele dele. Liguei para seu celular e pedi que ficasse calmo. O Camboriú conseguiu empatar o jogo que terminou em 2x2”.

Por falta de recursos financeiros o time teve que ser desfeito, mas terminou invicto. Apesar do filho querer ser reconhecido como Alexandre Macia, Pepe afirma que utilizando o apelido Pepinho, poderá ter muitas portas abertas: “Alexandre é muito inteligente e dedicado, tenho certeza que quando lhe aparecer uma grande oportunidade fará muito sucesso”.

Reprodução de arquivo pessoal

HomenagensJosé Macia foi chamado de :“O Menino de Ouro”,

“O Canhão da Vila” e o “Jogador Símbolo do Santos Futebol Clube”.

Recebeu por meio de Franz Beckenbauer (foto acima: Léia, Beckenbauer e Pepe) uma medalha da FIFA, homenagem a jogadores campeões mundiais de futebol, e desfilou no gramado antes do jogo de abertura da Copa do Mundo de 2006 entre Alemanha e Costa Rica.

Pepe guarda com carinho em sua sala alguns presentes de torcedores como um quadro do jogo Santos 4x2 Milan em que a bola vinda de uma bomba estoura a moldura e encontra o goleiro milanês, um busto, títulos de cidadão em várias cidades, medalhas, placas de honra ao mérito e até um canhão (foto ao lado) com a frase: “Ao velho canhão, um canhão velho”.

De Vaney certa vez escreveu: “Pelé é formidável, mas Pepe é indescritível”. Eron Brun publicou no jornal A Cidade de Santos: “Elogiá-lo como jogador de futebol é o mesmo que exaltar a inteligência de Ruy Barbosa.

Pelo jogador que foi, vestindo por toda a sua carreira a camisa alvinegra praiana, Pepe mereceria uma estátua na Vila Belmiro.

Reprodução de arquivo pessoal

dos em cinco táxis”, recorda Pepe.

O Santos daquela época foi um time fantástico, dificilmente sur-

girá algo parecido. Quem viu, viu.

Pelé de outro mundoViu a chegada do menino Pelé à Vila Belmiro. Já nos primeiros

treinos reconheceu no garoto um grande jogador. Não imaginava

que seria o melhor do mundo.

“Não há adjetivos para defini-lo, quando ele jogava já tínhamos

em mente que o jogo estava 1x0 para nós. Enquanto dormia, Pelé

sonhava com a partida, mexia-se, fazia ginástica e gritava gol! No dia

seguinte arrebentava no jogo”, comenta Pepe.

Raras eram as vezes que Pelé jogava mal. Mas Pepe recorda de

um episódio quando o Santos vencia o Nacional (SP) por 2x0 na Vila

Belmiro. A torcida estava acostumada a ver espetáculos e golea-

das, com a vantagem de apenas dois gols, o time começou a tocar

a bola e se acomodar com a provável vitória. Motivo que fez a torci-

da começar a vaiar, querendo que o “peixe” goleasse o adversário,

mas a equipe vinha de muitos jogos e estava se poupando fisica-

mente. Pelé, em um rompante de fúria, pegou a bola e a chutou em

direção à torcida.

Na opinião de Pepe, Pelé era completo. “O atleta do século chu-

tava de direita, de esquerda, batia falta, cabeceava, tinha uma velo-

cidade impressionante, jogou até no gol. Dizia-se que não teríamos

outro Friedreich, outro Leônidas da Silva e apareceu o Pelé. Agora

outro Pelé... Deus o criou e jogou a fórmula fora”.

Despedida e nova carreiraPepe despediu-se do futebol em 1969 num jogo na Vila Belmiro

contra o Palmeiras que o Santos perdeu por 1x0. O Canhão da Vila

não jogou, mas foi homenageado pela torcida santista, deu volta

olímpica junto com sua esposa Lélia em um clima de muita emo-4

38 acapulcomagazine

O livro de MaciaEm 2006 Pepe lançou o livro “Pepe, Bom-

bas de Alegria” (Realejo), onde relata histórias vivenciadas por ele, seus companheiros de Santos, jogadores que dirigiu, outros técnicos, dirigentes, enfim um leque de causos engraça-dos e enriquecedores da cultura futebolística dos últimos 50 anos. Para amantes do esporte, é um livro imperdível.

Várias histórias ficaram de fora desta edi-ção. Provavelmente entrarão em um segundo livro com lançamento previsto para 2008: “Ele trará minha biografia e também mais histórias engraçadas”, salienta Pepe.

A seguir, algumas passagens da vida de Pepe, reveladas por ele durante a entrevista:

Carregado em triunfo. “Como técnico do Santos fui campeão do primeiro turno do campeonato paulista de 1980, título que ga-rantia o alvinegro na final daquele ano. Festa em campo. Fui carregado nos ombros, os jo-gadores e a torcida comemoraram muito. Na conquista do paulista de 1986 pela Inter de Limeira ocorreu o mesmo fato, festa e carre-gado em triunfo nos ombros de um cidadão. O fato curioso é que este cidadão havia sido o mesmo que me carregou em 1980. Co-mentei isso com um dirigente da Federação Paulista de Futebol que me confidenciou: Pepe, a federação paga funcionários para carregarem os técnicos vencedores. E eu achando que tinha um fã que me acompa-nhava em todos os jogos”.

Dalmo marcou, Santos 1x0 Milan. “Todos perguntam por que Dalmo e não Pepe bateu o pênalti na final do mundial interclubes de 1963 contra o Milan no Maracanã. Aconteceu o seguinte: Pelé era o batedor oficial, não ia jogar e Pepe não cobrava uma penalidade máxima havia um ano. Na véspera, ele e Dal-mo treinaram várias cobranças e o aprovei-tamento do lateral santista foi melhor do que o do Canhão. Quando o pênalti foi marcado, o técnico Lula pediu que Dalmo cobrasse, ele foi e converteu: Santos bicampeão mun-dial interclubes!”

um jogaço, três mortes! “Um jogo de 13 gols. Em um clássico. Santos 7x6 Palmei-ras. Estádio do Pacaembu dia 06/03/1958, uma quarta-feira à noite. No primeiro tempo o Santos abriu 5x2 no placar. Jogo ganho? Ledo engano. O Palmeiras voltou fulminan-te no segundo tempo e virou o placar para 6x5. No final do jogo Pepe marcou dois gols, aos 38 e 41 minutos, virando o placar para 7x6. Após a partida veio a notícia que três torcedores ouvindo o jogo pelo rádio

faleceram de emoção. Naquele tempo ha-via emoção.”

Parada para um cafezinho. “O Santos não tinha ônibus naquela época. Os jogadores tinham o “luxo” de irem divididos em cinco táxis para os jogos. Certa vez em um jogo marcado para o estádio do Pacaembu em São Paulo a delegação parou na Vergueiro para tomar um cafezinho, os torcedores pas-savam e falavam: “Olha o time do Santos! Eles vão jogar no Pacaembu”. O curioso é que já era o grande time peixeiro, com Pelé, Pepe e cia. Não havia confusão, havia sim um respeito muito grande. Se fosse hoje...”

Major Valentim. “O presidente do Boavis-ta de Portugal, major Valentim Loureiro, era um homem truculento, bruto que não tinha papas na língua. Aqui no Brasil seria como o presidente do Vasco (RJ), Eurico Miranda, só que pior. Houve um episódio com um funcio-nário da secretaria do clube que cometeu um erro em um trabalho. No dia seguinte o major o colocou para engraxar chuteiras. Outro dia gritou com o garçom do restaurante do clube porque ele quebrou um copo: “Você não tem vergonha?”, e o garçom: “está tudo bem, ma-jor”, o major retrucou: “Tudo bem uma ova! Você acaba de quebrar um copo do Boavista e me diz que tá tudo bem? Isso aqui não é meu nem teu, isso aqui é do Boavista!”, na certa no dia seguinte ele deve ter colocado o garçom para puxar uma carroça.”

Lixo lucrativo. “No Japão a tecnologia dos aparelhos eletrônicos é espantosa. Os japoneses têm o costume de jogar no lixo aparelhos com pequenos defeitos, mas que para consertá-los custariam quase o preço de um novo. Havia brasileiro que ficava per-correndo as casas japonesas garimpando esse “lixo lucrativo” bem diferente dos cata-dores de lixo tupiniquins.”

ção. No mesmo ano foi convidado pelo então diretor e antigo com-

panheiro Zito, para ser técnico dos juvenis do Santos Futebol Clube, ini-

ciando sua também vitoriosa carreira de treinador.

Obteve vários títulos como técnico, os que mais lhe projetaram fo-

ram: o campeonato paulista de 1986 pela Inter de Limeira e o Brasileiro

do mesmo ano pelo São Paulo.

Trabalhou em outros países como Portugal, Peru, Catar e Japão.

Sua família o acompanhava. Em Portugal, trabalhou no Boavista Fute-

bol Clube que tinha como presidente o Major Valentim Loureiro, figura

que gerou histórias para escrever um livro. No Peru andava cercado de

seguranças por causa do grupo guerrilheiro Sendero Luminoso, mas

sempre foi muito respeitado naquele país e nada aconteceu. “No Ja-

pão os problemas eram o frio e os terremotos e no Catar o calor intenso,

mas são países maravilhosos”.

A coleção de títulos ganhos como jogador e somados às conquis-

tas como treinador, conferem à José Macia o recorde mundial individual

de 93 títulos no futebol.

Atualmente prefere trabalhar como coordenador técnico, mas não

lhe faltaria coragem para assumir um grande clube desde que esteja

muito bem assessorado.

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No Japão os problemas eram o frio e os terremotos e no Catar o calor intenso, mas são países maravilhosos

José Macia, Pepe

PANTANALPARAÍSO ECOLÓGICOtexto e fotos Jeifferson Moraes

O Pantanal é poesia para os olhos. Neste paraíso os rios serpen-teiam majestosos, a vida pulsa na sua forma mais natural e selvagem. É quase impossível descrever este lugar apenas com palavras. Tuiuiús, biguás, colhereiros, garças, jacarés e ariranhas se fartam em banquetes preparados pela mãe natureza. Mas a região não vive apenas de belas histórias, o bicho-homem faz questão de reescrever o roteiro e pode colocar esta maravilha em perigo.

Já ouviu falar em invasão do MST no Pantanal? Não, pri-

meiro porque a região é selvagem e segundo as mudanças

são constantes, numa área que é considerada a maior pla-

nície alagada do planeta, o que torna o plantio nesta terra

muito difícil. Mas a pecuária por muitos anos foi a princi-

pal atividade econômica da região. Hoje o turismo flores-

ce dentro das fazendas, tornaram-se pousadas, e aos pou-

cos essa nova oportunidade vai substituindo a pecuária, que

nem sempre viveu em paz com a natureza.

Cerca de 90% dos 140 mil km2 do Pantanal são constituí-

dos por propriedades particulares e a maioria ainda mantém

atividades pecuárias. O Embrapa possui um projeto

de sustentabilidade para a produção animal nes-

te bioma. “Estamos desenvolvendo vários

estudos em busca da sustentabilida-

de do Pantanal. Para tan-

to, temos que buscar

respostas para

os principais

desafios e

problemas que

não são poucos”, expli-

ca a pesquisadora do Embrapa

Pantanal, Sandra Aparecida Santos.

Especialistas e ambientalistas ainda acreditam que a melhor

solução seria o investimento no turismo ecológico que oferece menos

risco a natureza. A adaptação das fazendas em pousadas parece es-

matériadacapa

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Pousadas e passeios:www.pousadabaguari.com.brwww.pousadarioclaro.com.brwww.araraslodge.com.brwww.interativapantanal.com.br

TUIUIÚAve símbolo do Pantanal, com as asas abertas ultrapassa 2,5 metros de envergadura e pesa cerca de 8kg. Sua função no Pantanal é muito importante, uma vez que fazem o papel de “limpadores” das áreas porque, em determinadas épocas, o pescado morto é volumoso na região, atingindo milhares de toneladas, e a decomposição é acentuada.

tar dando certo, peões pantaneiros receberam cursos para formação

de guias turísticos e levam grande vantagem nesta nova profissão,

porque conhecem a região como a palma da mão, não precisam de

GPS, sabem identificar os animais e explicar com detalhes a qualquer

pergunta que lhe são feitas. Visitar o Pantanal sem um guia, é quase

um “suicídio”.

Faça as malasEntre os meses de novembro a março ocorre a cheia, e

nos meses decorrentes é a época de vazão (seca). Mas qual

é o melhor período para visitar o Pantanal? Todos, afinal

sempre que você for ao Pantanal será uma aventura.

Existem centenas de pousadas no Pantanal, os acessos

mais fáceis são pelas capitais: Campo Grande (MS) e Cuia-

bá (MT). As diárias variam entre R$ 200 e R$ 1,5 mil (casal)

com pensão completa (duas ou três refeições diárias).

Pesquise os preços dos pacotes que já venham inclusos:

guia, traslado da pousada para o aeroporto e passeios. Re-

serve pelo menos uma semana (o ideal é 15 dias), menos

que isso você vai deixar de ver muita coisa. Em média é

realizado dois passeios por dia, um de manhã e outro à

tarde. Existem também os safáris noturnos, que reservam

muita emoção. Não se arrisque em dirigir na

Transp a n t a n e i r a , procure transporte es-pecializado. Leve roupas e calçados apropriados. Não es-queça o repelente, protetor solar, lanterna e roupas para o frio. Duran-te o dia o calor é intenso mas à noite, dependendo da estação, a temperatura pode ficar abaixo de 10oC.

O Pantanal é uma região que merece ser vi-sitada mais de uma vez, em diferentes épocas do ano. E lembre-se! Respeite a natureza.4

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ARIRANHAVivem em grupos familiares de 5 a 9 in-divíduos, são raramente solitárias e são especializadas em pescar e comer peixes grandes (na foto detalhe para o peixe na boca), mas provavelmente também po-dem comer crustáceos, moluscos ou ou-tros vertebrados como cobras e filhotes de jacarés. Foram rotuladas como animais ferozes, mas só atacam para se defender.

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JACARÉO Pantanal Mato-Grossense é a região do País que tem a maior quantidade de jaca-rés do Brasil, são 35 milhões de jacarés, 40 para cada habitante da região. Chega a medir 2,5 metros de comprimento e se alimenta basicamente de peixes, inverte-brados, pequenos e médios vertebrados, como aves e roedores. São ovíparas, bo-tando muitos ovos, podendo chegar a 50 ovos, dos quais eclodirão pequenos jaca-rezinhos de 18 a 22 cm de comprimento, após 55 a 70 dias de incubação, depen-dendo da temperatura na região.

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MACACO-PREGOEsses inteligentes macacos permanecem quase todo o tempo nas árvores, descendo ao chão só para beber água. Seus polegares opostos lhes proporcionam grande destreza ao buscar comida e lhes permitem usar rochas como ferramentas para abrir frutas de casca dura.

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GAVIÃO-BELOEspecialista em caçar peixes, sendo uma das poucas espécies com esse hábito alimentar entre os gaviões do Brasil. Perceba na foto a piranha, peixe abundante no Pantanal, nas garras. Fica pousado em poleiros tradicionais durante longas horas, à espera que movimentos de peixes próximos à superfície os denunciem. Carrega o peixe para o galho preferido e o come.

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VEADO-CAMPEIROAlimentam-se principalmente de gramíneas, mas também ingerem ervas, arbustos e até de flores. No Pantanal, as plantas aquáticas e outras que crescem sobre ambientes úmidos são muito importantes na dieta do veado-campeiro. Os machos perdem os chifres no início do inverno, mas até a época de acasalamento (agosto a setembro) eles já estarão crescidos.

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