Exemplos de Composição Textual

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Exemplos de narração, descrição, dissertação e argumentação. Avaliação de textos e identificação das principais características de suas tipologias.

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Formas de composio textual: A narrao, a descrio, a dissertao, a argumentao.

A narraoA coruja e a guiaCoruja e guia, depois de muita briga resolveram fazer as pazes. Basta de guerra disse a coruja. O mundo grande, e tolice maior que o mundo andarmos a comer os filhotes uma da outra. Perfeitamente respondeu a guia. Tambm eu no quero outra coisa. Nesse caso combinemos isso: de agora em diante no comers nunca os meus filhotes. Muito bem. Mas como posso distinguir os teus filhotes? Coisa fcil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheios de uma graa especial, que no existe em filhote de nenhuma outra ave, j sabes, so os meus. Est feito! concluiu a guia.Dias depois, andando caa, a guia encontrou um ninho com trs monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto. Horrveis bichos! disse ela. V-se logo que no so os filhos da coruja.E comeu-os.Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar toca a triste me chorou amargamente o desastre e foi ajustar contas com a rainha das aves. Qu? disse esta admirada. Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha no se pareciam nada com o retrato que deles me fizesteMoral da histria:Para retrato de filho ningum acredite em pintor pai. J diz o ditado: quem ama o feio, bonito lhe parece.(Fbula de Monteiro Lobato, disponvel em: http://contobrasileiro.com.br/?p=1698)

A coruja e a guia um texto narrativo, j que uma sequncia de aes que vo se sucedendo no tempo e no espao, e contm personagens para efetivar as aes. H a presena do o qu (acordo), quem (coruja e guia), como (uma no poder comer o filhote da outra), quando (a partir do tratado), onde (provavelmente perto de seus ninhos), o porqu (ambas, coruja e guia, queriam paz) e o clmax (guia devora os filhotes da coruja).

A descrio

Sem dvida, ningum trabalharia de forma to devotada nem acumularia informaes to precisas sem ter algum objetivo em vista. Leitores fortuitos dificilmente se destacam pela exatido de seus conhecimentos. Homem nenhum sobrecarregaria a mente com mincias, sem ter uma boa razo para isso. A ignorncia de Holmes era to notvel quanto seu conhecimento. O que sabia de literatura, filosofia e poltica contemporneas era praticamente nada. Quando citei Thomas Carlyle (Thomas Carlyle (1795-1881). Escritor ingls, autor de numerosa obra no campo da histria e do pensamento social. (N. do T.), ele me perguntou, da forma mais ingnua, de quem se tratava e o que havia feito.Minha surpresa maior, porm, foi descobrir, incidentalmente, que ele desconhecia a Teoria de Coprnico e a composio do sistema solar. Encontrar um homem civilizado, em pleno sculo XIX, ignorando que a Terra gira em torno do Sol, era algo dfcil de acreditar, de to extraordinrio.(Fragmento do livro Sherlock Holmes, de Arthur Conan Doyle)

A dissertaoRelatos selvagenseO cime excesso e sobriedade Exibidos no Rio em sesses alternadas,Relatos selvagens, do argentino Damin Szifron, eO cime, do francs Philippe Garrel, podem ser assistidos no mesmo cinema, um em seguida ao outro, nessa ordem ou invertendo o programa duplo. O acaso aproximou filmes que primeira vista parecem antitticos, um fundamentado no excesso em cores densas, o outro na sobriedade em preto, branco e gama de cinzas, ambos lidando bem com seus respectivos estilos. Mas, na verdade, violncia do primeiro se equipara odesespero do segundo e eles acabam se aproximando ao mostrarem que resta pouco lugar neste mundo para a delicadeza.Se algum for assistir aos dois filmes de uma vez, recomendvel ver primeiroRelatos selvagens. Szifron despudorado, transitando entre farsa, humor negro, conto moral egrand guignol. Visto logo depois do relato em tom menor deO cime, o choque emocional pode ser demais para o espectador desprevenido.(Fragmento do texto de Eduardo Escorel, para a Revista Piau. Disponvel em: http://revistapiaui.estadao.com.br/blogs/questoes-cinematograficas/geral/relatos-selvagens-e-o-ciume-excesso-e-sobriedade)

Relatos selvagenseO cime excesso e sobriedade um texto dissertativo por se valer de conceitos abstratos para analisar e interpretar e objetos de uma realidade. H predomnio de uma avaliao crtica e h marcas de impessoalidade nas construes sintticas.

Argumentao

A droga do lcoolO consumo de bebidas alcolicasdeve ser controlado, principalmente, para evitar a dependncia. Assim como as drogas ilcitas, a bebida alcolica vem causando transtornos sociedade.Segundo a Organizao Mundial de Sade, o alcoolismo uma doena que pode ser administrada, mas no tem cura. Essa questo mobiliza organizaes nogovernamentais como,os Alcolatras Annimos,com o objetivo de controlar esse distrbio comportamental, evitando outrasdoenas como: hepticas e[doenas, como as hepticas e as]renais.A ingesto de bebidas tornou-se um problema socialdevida[devido]aos seus efeitos colaterais. O consumo exagerado de bebida alcolica pode destruir o convvio familiar, causar dependncia, alm de provocar mortes no trnsito.Por issono possvel admitir que um produto to malfico a todos seja divulgado livremente nos meios de comunicao. Embora a Lei obrigue os empresrios a alertar os consumidores sobre o consumo exagerado, as propagandas contam com a participao de artistas que so formadores de opinio. Isso contribui para o aliciamento dos indivduos. Portanto, o poder pblico e a sociedade organizada devero elaborar leis maisrgidas admitindoa bebida alcolica como droga ilcita e fiscalizar sua aplicabilidade. Dessa forma, quem dirigir em estado de embriaguez ter punies severas,os empresrios sero proibidos de divulgar os produtos nos meios de comunicaoe o servio pblico de sade devero oferecer tratamento especializado para o alcoolismo.(Texto disponvel em: http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/redacao/a-droga-do-alcool.jhtm)

Este texto uma composio argumentativa por conter elementos de defesa de um ponto de vista e por conter a preocupao em formar opinio o leitor. Os argumentos so reforados por comparao ou com exemplos. H uma correlao lgica entre as partes do texto.