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REPÚBLICA DE ANGOLA CONTA GERAL DO ESTADO EXERCÍCIO FISCAL 2015 CGE E

EXERCÍCIO FISCAL 2015 E · de Julho – Lei do Orçamento Geral do Estado (OGE), combinado com o Decreto Executivo nº 28/11, de 24 de Abril – e demais normas complementares. 02

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REPÚBLICA DE ANGOLA

CONTA GERAL DO ESTADO EXERCÍCIO FISCAL 2015 CGE

E

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |1

FORMA DE APRESENTAÇÃO DA CGE

Parte I

Relatório Descritivo

Parte II

Anexos:

1. Resumo dos Relatórios de Gestão dos Órgãos do Sistema Contabilístico do Estado

a. Órgãos de Soberania

b. Administração Central

c. Administração Local

d. Institutos Públicos

e. Serviços Públicos

f. Fundos Autónomos

2. Quadros das Demonstrações Financeiras

2.1 Balanço Orçamental

2.2 Balanço Financeiro

2.3 Balanço Patrimonial

2.4 Demonstrações das Variações Patrimoniais

2.5 Balancete

2.6 Resumo Geral da Receita por Natureza

2.7 Resumo Geral da Receita por Fonte de Recurso

2.8 Resumo Geral da Despesa por Natureza

2.9 Resumo Geral da Despesa por Função

2.10 Resumo Geral da Despesa de Funcionamento por U.O

2.11 Resumo Geral da Despesa do PIP por Órgão de Governo

2.12 Resumo Geral da Despesa por Unidade Orçamental por O.D

2.13 Resumo Geral da Despesa por Natureza por Província

2.14 Resumo Geral da Despesa do Órgão Orçamental Por Categoria

2.15 Demonstrativo da Execução de Restos a Pagar

2.16 Resumo Geral da Despesa por Programa

3. Resumo Geral do Inventário de Bens

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |2

PARTE I ÍNDICE DOS ASSUNTOS

1. ........ INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................................................................................... 5 1.1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................................................................. 5

1.2. DEFINIÇÃO ......................................................................................................................................................................................................... 5

1.3. QUADRO LEGAL ................................................................................................................................................................................................. 6

2. ........ EVOLUÇÃO DA CGE DE 2011 A 2015 .................................................................................................................................................................. 6

3. ........ CONJUNTURA ECONÓMICA MUNDIAL E NACIONAL ................................................................................................................................. 8 3.1. CONTEXTO INTERNACIONAL .............................................................................................................................................................................. 8

3.1.1. Economia Real ........................................................................................................................................................................................ 8

3.1.2. Comércio Internacional ........................................................................................................................................................................ 10

3.1.3. Inflação ................................................................................................................................................................................................. 11 3.2. CONTEXTO ECONÓMICO NACIONAL ................................................................................................................................................................ 12

3.2.1. Sector Real ............................................................................................................................................................................................ 14 3.2.2. Sector Externo ...................................................................................................................................................................................... 14

3.2.3. Reservas Internacionais Líquidas ......................................................................................................................................................... 16

3.2.4. Endividamento Público em 2015........................................................................................................................................................... 19 3.2.4.1. Dívida Interna – Emissões de Bilhetes do Tesouro e Obrigações do Tesouro ................................................................................. 19

3.2.4.2. Dívida Interna em Contratos Mútuo ................................................................................................................................................ 19

3.2.4.3. O Serviço da Dívida Interna em Bilhetes e Obrigações do Tesouro ................................................................................................ 20

3.2.4.4. Dívida Externa. Desembolsos de Linhas de Crédito ....................................................................................................................... 20

3.2.4.5. O Stock da Dívida Pública. O Rácio Dívida/PIB ............................................................................................................................ 22

3.2.4.6. A Dívida Indirecta. Garantias Emitidas ........................................................................................................................................... 22 3.2.5. Balanço de Implementações das Acções e Desempenho Económico dos Sectores ................................................................................ 23

3.2.5.1. Sector da Educação ......................................................................................................................................................................... 24

3.2.5.2. Sector do Ensino Superior ............................................................................................................................................................... 24 3.2.5.3. Sector da Saúde ............................................................................................................................................................................... 25

3.2.5.4. Sector da Assistência e Reinserção Social....................................................................................................................................... 25

3.2.5.5. Sector Petrolífero ............................................................................................................................................................................ 26 3.2.5.6. Sector da Construção ...................................................................................................................................................................... 26

3.2.5.7. Sector da Indústria .......................................................................................................................................................................... 27

3.2.5.8. Sector dos Transportes .................................................................................................................................................................... 28 3.2.5.9. Sector da Energia e Águas .............................................................................................................................................................. 28

3.2.5.10. Sector do Ambiente ......................................................................................................................................................................... 29

3.2.5.11. Sector da Agricultura ...................................................................................................................................................................... 29 3.2.5.12. Sector das Pescas ............................................................................................................................................................................ 30

3.2.5.13. Sector da Cultura ............................................................................................................................................................................ 30

3.2.5.14. Sector do Urbanismo e Habitação ................................................................................................................................................... 31

3.2.5.15. Sector das Telecomunicações e Tecnologia de Informação ............................................................................................................ 31

3.2.5.16. Sector do Comércio ......................................................................................................................................................................... 31

3.2.5.17. Sector da Ciência e Tecnologia ....................................................................................................................................................... 32 3.2.5.18. Sector da Juventude e Desportos ..................................................................................................................................................... 32

3.2.5.19. Sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria .................................................................................................................. 33

3.2.5.20. Sector da Comunicação Social ........................................................................................................................................................ 33 3.2.5.21. Sector da Justiça e Direitos Humanos ............................................................................................................................................. 33

3.2.5.22. Sector da Administração Pública e Segurança Social ...................................................................................................................... 34

3.2.5.23. Sector da Administração do Território ............................................................................................................................................ 34 3.2.5.24. Sector da Geologia e Minas ............................................................................................................................................................ 35

3.2.5.25. Sector da Hotelaria e Turismo ......................................................................................................................................................... 35

3.2.5.26. Sector da Família e Promoção da Mulher ....................................................................................................................................... 36 3.2.6. Efectivos Civis da Função Pública ....................................................................................................................................................... 36

3.3. BALANÇO ORÇAMENTAL, FINANCEIRO E PATRIMONIAL DE 2015 .................................................................................................................... 37

3.3.1. Introdução ............................................................................................................................................................................................ 37 3.3.2. Mutações Orçamentais por Órgãos do Governo ................................................................................................................................... 37

3.3.3. Balanço Orçamental ............................................................................................................................................................................. 38

3.3.3.1. Execução da Receita ....................................................................................................................................................................... 39

3.3.3.2. Execução da Despesa ...................................................................................................................................................................... 40

3.3.3.3. Execução da Despesa por Função do Governo ................................................................................................................................ 42

3.3.3.4. Despesa por Função dos Programas de Investimentos Públicos ...................................................................................................... 44 3.3.3.5. Receita e Despesa por Província ..................................................................................................................................................... 45

3.3.3.5.1. Receita por Província ...................................................................................................................................................................... 45

3.3.3.5.2. Despesa por Província ..................................................................................................................................................................... 46 3.3.4. Balanço Financeiro .............................................................................................................................................................................. 48

3.3.4.1. Apuramento do Saldo Financeiro .................................................................................................................................................... 48 3.3.4.2. Transacções com a Sonangol/Companhias Petrolíferas e os Custos Recuperáveis .......................................................................... 49

3.3.5. Balanço Patrimonial ............................................................................................................................................................................. 51

3.3.5.1. Fundos da Administração Directa e Indirecta do Estado ................................................................................................................. 53 3.3.5.2. Inventário Geral de Bens Públicos .................................................................................................................................................. 57

3.3.5.3. Restos a pagar ................................................................................................................................................................................. 58

3.3.6. Demonstração das Variações Patrimoniais .......................................................................................................................................... 58 3.3.7. Posição Patrimonial do Banco Nacional de Angola ............................................................................................................................. 59

3.3.8. As Empresas do Sector Empresarial Público - ISEP ............................................................................................................................ 60

3.3.9. Participações Directas do Estado em Empresas Públicas e no Estrangeiro ......................................................................................... 62

3.3.10. Subsídios á Preço Transferidos para as Empresas. Subvenções aos Combustíveis .............................................................................. 63

3.3.11. Benefícios Fiscais concedidos pelo Estado ........................................................................................................................................... 64

4. ........ CONCLUSÃO ......................................................................................................................................................................................................... 66 5. ........ GLOSSÁRIO/ACRÓNIMOS ................................................................................................................................................................................. 67

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |3

ÌNDICE DE TABELAS Quadro 1 - Quadro Legal......................................................................................................................................................................................................... 6

Quadro 2 - SIGFE em Números .............................................................................................................................................................................................. 7

Quadro 3 - Alguns Indicadores Macroeconómicos Internacionais ........................................................................................................................................ 10

Quadro 4 - Quadro Macroeconómico .................................................................................................................................................................................... 14

Quadro 5 – Principais Produtos Importados .......................................................................................................................................................................... 15

Quadro 6 – Quadro Macro Fiscal/Memorando 2015 ............................................................................................................................................................. 18

Quadro 7 – Garantias Emitidas .............................................................................................................................................................................................. 22

Quadro 8 - Desempenho do sector da Educação .................................................................................................................................................................... 24

Quadro 9 - Desempenho do sector do Ensino Superior ......................................................................................................................................................... 25

Quadro 10 - Desempenho do sector da Saúde ....................................................................................................................................................................... 25

Quadro 11 - Desempenho do sector da Assistência Social .................................................................................................................................................... 26

Quadro 12 - Desempenho do sector Petrolífero ..................................................................................................................................................................... 26

Quadro 13 - Desempenho do sector da Construção ............................................................................................................................................................... 27

Quadro 14 - Desempenho do sector da Indústria ................................................................................................................................................................... 27

Quadro 15 - Desempenho do sector dos Transportes ............................................................................................................................................................. 28

Quadro 16 - Desempenho do sector da Energia e Águas ....................................................................................................................................................... 28

Quadro 17 - Desempenho do sector do Ambiente ................................................................................................................................................................. 29

Quadro 18 - Desempenho do sector da Agricultura ............................................................................................................................................................... 29

Quadro 19 - Desempenho do sector das Pescas ..................................................................................................................................................................... 30

Quadro 20 - Desempenho do sector da Cultura ..................................................................................................................................................................... 30

Quadro 21 - Desempenho do sector do Urbanismo e Habitação ............................................................................................................................................ 31

Quadro 22 - Desempenho do sector das Telecomunicações .................................................................................................................................................. 31

Quadro 23 - Desempenho do sector do Comércio ................................................................................................................................................................. 32

Quadro 24 - Desempenho do sector da Ciência e Tecnologia................................................................................................................................................ 32

Quadro 25 - Desempenho do sector da Juventude e Desportos ............................................................................................................................................. 33

Quadro 26 - Desempenho do sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria ........................................................................................................... 33

Quadro 27 - Desempenho do sector da Comunicação Social................................................................................................................................................. 33

Quadro 28 - Desempenho do sector da Justiça e Direitos Humanos ...................................................................................................................................... 34

Quadro 29 - Desempenho do sector da Administração Pública e Segurança Social .............................................................................................................. 34

Quadro 30 - Desempenho do sector da Administração Território.......................................................................................................................................... 35

Quadro 31 - Desempenho do sector da Geologia e Minas ..................................................................................................................................................... 35

Quadro 32 - Desempenho do sector da Hotelaria e Turismo ................................................................................................................................................. 35

Quadro 33 - Desempenho do sector da Família e Promoção da Mulher ................................................................................................................................ 36

Quadro 34 - Número de efectivos da Função Pública ............................................................................................................................................................ 36

Quadro 35 – Mutações/Créditos Orçamentais em 2015......................................................................................................................................................... 37

Quadro 36 - Balanço Orçamental .......................................................................................................................................................................................... 38

Quadro 37 - Resultado Orçamental ....................................................................................................................................................................................... 38

Quadro 38 - Receitas Arrecadadas ........................................................................................................................................................................................ 39

Quadro 39 – Despesa Realizada ............................................................................................................................................................................................ 41

Quadro 40 – Despesas por Função e Sub-Função .................................................................................................................................................................. 43

Quadro 41 – Execução da Despesa PIP sobre a Despesa de Investimento ............................................................................................................................. 44

Quadro 42 – Despesas por Função dos Projectos de Investimentos Públicos ........................................................................................................................ 45

Quadro 43 – Resumo do Balanço Financeiro ........................................................................................................................................................................ 48

Quadro 44 – Síntese dos Fluxos do Balanço Financeiro ........................................................................................................................................................ 48

Quadro 45 – Transacções com a Sonangol/Companhias Petrolíferas .................................................................................................................................... 49

Quadro 46 – Custos Recuperáveis por Companhias Petrolíferas ........................................................................................................................................... 50

Quadro 47 – Custos Recuperáveis por Blocos de Operação .................................................................................................................................................. 50

Quadro 48 – Resumo do Balanço Patrimonial ....................................................................................................................................................................... 51

Quadro 49 – Saldos das Contas Dedicadas ............................................................................................................................................................................ 51

Quadro 50 – Saldos do Fundo de Reserva ............................................................................................................................................................................. 52

Quadro 51 – Doações Recebidas ........................................................................................................................................................................................... 53

Quadro 52 – Fundos Autónomos e Serviços de Protecção Social .......................................................................................................................................... 53

Quadro 53 – Fundos de Investimento - FSDEA .................................................................................................................................................................... 55

Quadro 54 – Indicadores dos Contribuintes/Segurados/Pensionistas ..................................................................................................................................... 57

Quadro 55 – Inventário Geral de Bens Públicos .................................................................................................................................................................... 58

Quadro 56 – Restos a Pagar/Dívida Flutuante ....................................................................................................................................................................... 58

Quadro 57 – Resumo do Apuramento do Resultado Patrimonial .......................................................................................................................................... 59

Quadro 58 – Posição Patrimonial do Banco Central .............................................................................................................................................................. 59

Quadro 59 – Posição Patrimonial das Empresas do SEP ....................................................................................................................................................... 61

Quadro 60 – Resumo por Sector da Demonstração de Resultados das Empresas do SEP ..................................................................................................... 62

Quadro 61 – Indicadores Económicos das Empresas Públicas .............................................................................................................................................. 62

Quadro 62 – Participações Directas do Estado no País .......................................................................................................................................................... 62

Quadro 63 – Participações Directas do Estado no Estrangeiro .............................................................................................................................................. 62

Quadro 64 – Subvenções Operacionais para as Empresas ..................................................................................................................................................... 63

Quadro 65 – Subvenções aos Combustíveis .......................................................................................................................................................................... 63

Quadro 66 – Interferências e Mutações Patrimoniais Activas e Passivas .............................................................................................................................. 65

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |4

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1 - SIGFE em números evolução de 2011 à 2015 ................................................................................................................................................... 7

Ilustração 2 - Taxas de Crescimento Económico 2015 ............................................................................................................................................................ 9

Ilustração 3 - Evolução do Preço das Ramas Angolana e do Brent ....................................................................................................................................... 10

Ilustração 4 - Exportações Mundiais ..................................................................................................................................................................................... 11

Ilustração 5 - Taxas de Inflação em alguns mercados mundiais ............................................................................................................................................ 12

Ilustração 6 - Evolução do PIB Petrolífero e Não Petrolífero/Estrutura do PIB não Petrolífero ............................................................................................ 13

Ilustração 7 – Indicadores do Sector Petrolífero/ Impacto na Taxa de Cambio ..................................................................................................................... 13

Ilustração 8 – Principais Países de Procedência das Importações .......................................................................................................................................... 16

Ilustração 9 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro ................................................................................................................................................ 19

Ilustração 10 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro .............................................................................................................................................. 20

Ilustração 11 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro .............................................................................................................................................. 21

Ilustração 12 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro .............................................................................................................................................. 21

Ilustração 13 - Estrutura da Receita Arrecadada .................................................................................................................................................................... 40

Ilustração 14 - Estrutura da Despesa Realizada ..................................................................................................................................................................... 42

Ilustração 15 – Estrutura da Despesa por Função .................................................................................................................................................................. 43

Ilustração 16 – Estrutura da Despesa Função – PIP ............................................................................................................................................................... 45

Ilustração 17 - Receita arrecadada por província ................................................................................................................................................................... 46

Ilustração 18 - Despesa executada por província ................................................................................................................................................................... 47

Ilustração 19 – Isenções Fiscais 2015 .................................................................................................................................................................................... 64

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |5

1. INTRODUÇÃO

1.1. Apresentação

01. A elaboração da presente Conta Geral do Estado (CGE) obedece às disposições da Lei n.º 15/10, de 14

de Julho – Lei do Orçamento Geral do Estado (OGE), combinado com o Decreto Executivo nº 28/11, de

24 de Abril – e demais normas complementares.

02. A CGE reveste-se de grande importância como acto de demonstração da aplicação dos recursos públicos

disponibilizados e evidenciar os resultados obtidos, em conformidade com a legislação e normas

aplicáveis.

03. O Ministério das Finanças, através da Direcção Nacional de Contabilidade Pública, sustentou o seu

trabalho nos dados constantes do Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado (SIGFE), que se

constitui na base para a elaboração da CGE e no relatório de gestão dos órgãos do sistema contabilístico

do Estado, dos Fundos Autónomos e do Instituto Nacional de Segurança Social.

04. O SIGFE apesar de ser executado desde Janeiro de 2004, numa plataforma informática de última

geração, permitiu a implementação do Sistema Contabilístico do Estado e a introdução da contabilidade

patrimonial, com base no método das partidas dobradas. Desta forma, foi possível obter, de forma

consistente, os relatórios da execução orçamental, financeira e patrimonial, bem como as demonstrações

financeiras exigidas na Lei do OGE, embora de maneira não abrangente, por ficarem excluídas as

situações patrimoniais passadas e cuja incorporação requer o seu inventário.

05. Hoje executam o orçamento directamente no SIGFE os Órgãos da Administração Central e Local do

Estado e as instituições com autonomia administrativa e financeira que recebem transferência do Estado.

1.2. Definição

06. A CGE é o conjunto de demonstrações financeiras, documentos de natureza contabilística, orçamental e

financeira, relatórios de desempenho da gestão, relatórios e pareceres de auditoria correspondentes aos

actos de gestão orçamental, financeira, patrimonial e operacional e a guarda de bens e valores públicos,

devendo ser apresentada aos órgãos de controlo externo, a cada exercício financeiro, nos prazos e

condições previstos nas normas e legislação pertinentes. A CGE compreende as contas de todos os

Órgãos da Administração Central e Local do Estado e dos Serviços, Institutos Públicos e Fundos

Autónomos, bem como da Segurança Social e dos Órgãos de Soberania.

07. A CGE é elaborada pelo Ministério das Finanças através da Direcção Nacional de Contabilidade Pública,

enquanto Órgão Central do Sistema Contabilístico do Estado (SCE) com o suporte dos órgãos que

integram o referido sistema.

08. A Conta Geral do Estado de 2015, foi elaborada de acordo as recomendações do Tribunal de Contas,

referente aos Exercícios de 2011, 2012, 2013 e 2014, de acordo Projecto do Relatório e Parecer sobre a

Conta Geral do Estado 2014, enviado através do ofício 015/GPTC/16, de 1 de Março. Com isso, as

recomendações foram respondidas em conformidade, sendo algumas, resultado de diferenças de

conceitos, e apreciação técnica. Ainda assim, a melhoria na elaboração da CGE é um processo contínuo,

sendo, encontra-se em fase de melhoria: (i) procedimento de reconciliação bancária, (ii) apuramento dos

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |6

projectos estruturantes finalizados e incorporação nas contas do Activo definitivas; (iii) controlo da

execução da Receita e Despesa das UO´s no Exterior (Missões Diplomáticas); e (iv) o nível de registo

no SIGFE dos Institutos, Serviços e Fundos Autónomos.

1.3. Quadro Legal

09. Os diplomas legais que dão suporte à elaboração e apresentação da CGE, são os que constam na tabela

seguinte:

N/O DIPLOMA LEGAL DESCRIÇÃO DISPOSIÇÃO

1 Lei n.º 13/10, de 09 de Julho Aprova a Lei Orgânica e do Processo do

Tribunal de Contas

Artigo 6.º, alínea a), conjugado com o Artigo

2 Lei n.º 13/12 de 18 de Abril Aprova o Regimento da Assembleia Nacional Artigos 244.º a 247.º

3 Lei n.º 15/10, de 14 de Julho Lei do OGE

Artigo 58.º combinado com os nºs 2, 3 e 6 do

Artigo 63.º, bem como a alínea a) do Artigo

64.º

4 Lei n.º 23/14, de 31 de Dezembro Aprova o Orçamento Geral do Estado para o

ano 2015

5 Lei n.º 3/15, de 9 de Abril Lei que Aprova a Revisão do OGE 2015

6 Decreto Presidencial n.º 299/14 de 04

de Novembro

Aprova o Estatuto Orgânico do Ministério das

Finanças Artigo 18.º , alínea p)

7 Decreto n.º 39/09, de 17 de Agosto

Estabelece as normas e procedimentos a

observar pelo Ministério das Finanças na

fiscalização orçamental, financeira,

patrimonial e operacional da Administração

do Estado e dos órgãos que dele dependem

(Decreto dos Ordenadores da Despesa)

Artigo 9.º

8 Decreto n.º 36/9, 12 de Agosto Aprova o Regulamento do Sistema

Contabilístico do Estado

9 Decreto Executivo n.º 28/11, de 24 de

Fevereiro

Aprova as instruções para elaboração da

Conta Geral do Estado

Quadro 1 - Quadro Legal

2. EVOLUÇÃO DA CGE DE 2011 A 2015

10. O presente capítulo, pretende fazer uma breve abordagem da evolução qualitativa, em termos da

apresentação quantitativa dos dados consolidados extraídos dos relatórios da execução orçamental,

financeira e patrimonial, bem como as demonstrações financeiras exigidas na Lei do Orçamento Geral

do Estado. Com isso, notamos que existe um crescimento em termos de utilização do SIGFE, como

veículo de gestão orçamental, financeira e patrimonial do Estado, o que também reflecte o esforço em

trazer de forma clara e transparente todas operações ligadas à execução do OGE de acordo com os

programas emanados pelo Executivo Angolano. Esta evolução, permitiu assim a melhoria sucessiva da

Conta Geral do Estado desde o Exercício de 2011 onde desde então foram incorporados:

Dados de Utilização do SIGFE, como plataforma de gestão do Estado, em sede do processo

constate de Transparência na Execução do OGE;

Informação sobre o desempenho do Comercio/Sector Externo, a nível das Importações e

Exportações, evidenciando o saldo da Conta Corrente e de Capital;

O desempenho do Programa Anual de Endividamento, detalhando o comportamento das

Emissões de Papeis (Obrigações e Títulos do Tesouro), a apresentação das Garantias Emitidas

para financiamento de Projectos agrícolas, e os desembolsos em Linhas de Crédito, o que

garantiu também a apresentação do Rácio de Sustentabilidade;

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |7

O balanço da implementação das acções e actividades dos diversos sectores, na magnitude de

Politicas Nacionais de Desenvolvimento, sendo no sector social, económico, defesa e segurança,

bem como serviços gerais;

As transações com a Sonangol EP e companhias petrolíferas, a título da Receita Declarada, no

processo de pagamento de Impostos, que reflecte directamente na Receita Arrecadada, em função

do Cost Oil/Recuperação de Custos;

A evolução do Fundo de Reservas, recursos domiciliados no Banco Central de Angola,

caracterizados como REPIB – Receita Estratégica para Infraestrutura de Base, e o Diferencial do

Preço do Petróleo;

Os Fundos da Administração Directa e Indirecta, com significância a nível de transações em

fluxos reais e capacidade de contribuição na Economia;

O resultado do processo de Inventariação Geral dos Bens Públicos, a nível Central, Local e no

Sector Empresarial; e

A posição patrimonial do Banco Central de Angola, e das Empresas do Sector Empresarial

Público, plano de privatizações, participações do Estado nas Empresas, o Subsídios Operacionais

e Subvenções aos Combustíveis, bem como as Despesas Fiscais (Beneficio Fiscais).

11. Pode ser observado no quadro 2, o crescimento dos utilizadores, de Unidades Orçamentais, Órgãos

dependentes do SIGFE de 2011 a 2015.

N/O COMPONENTES 2011 2012 2013 2014 2015 Crescim.%

2011-2015

1 Unidades Orçamentais 522 531 547 595 609 17%

2 Órgãos Dependentes 1.544 1.616 1.786 2.116 2.115 37%

3 Utilizadores 3.789 5.789 8.760 11.266 15.326 304%

4 Documentos 5.967.456 8.934.573 12.694.398 19.791.799 23.362.336 291%

5 Registos Contabilísticos 59.345.672 76.234.567 106.709.364 153.789.491 148.237.812 150%

Fonte: MINFIN

Quadro 2 - SIGFE em Números

12. Podemos observar na ilustração 1 que os utilizadores, os documentos gerados e os registos

contabilísticos do SIGFE de 2011 à 2015 aumentaram 304%, 291% e 150% respectivamente.

Ilustração 1 - SIGFE em números evolução de 2011 à 2015

17%

37%

304%291%

150%

0%

50%

100%

150%

200%

250%

300%

350%

Unidades

Orçamentais

Órgãos

Dependentes

Utilizadores Documentos Registos

Contabilísticos

2%

0%

36%

18%

-4%

-10%

-5%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

Unidades

Orçamentais

Órgãos

Dependentes

Utilizadores Documentos Registos

Contabilísticos

Evolução SIGFE 2011-2015 Evolução SIGFE 2014-2015

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |8

3. CONJUNTURA ECONÓMICA MUNDIAL E NACIONAL

3.1. Contexto Internacional

13. Em 2015, a económica mundial observou um desempenho moderado, ao registar um crescimento de

3,1%. O abrandamento da economia mundial foi fortemente influenciado pelo crescimento menor dos

mercados emergentes e em desenvolvimento, enquanto responsável por mais de 70 por cento do

crescimento, viram o seu crescimento reduzir de 4,6% em 2014 para 3,9% no ano de 2015. Quanto as

economias avançadas, observou-se uma ligeira recuperação, ao passarem de 1,8% em 2014 para 1,9%

em 2015.

14. O desempenho das economias emergentes e em vias de desenvolvimento, foi em grande medida,

resultado do contínuo abrandamento gradual e o reequilíbrio da actividade económica na China que

reduziu o investimento e de produção de manufacturas para priorizar o consumo e serviços, por outra,

observou-se a manutenção do impacto dos preços mais baixos para a energia e outras commodities, sobre

o desempenho da economia.

15. Os preços do petróleo em 2015 continuaram a observar o curso decrescente registado na segunda metade

do ano de 2014, reflectindo as expectativas de crescimento sustentado da produção nos países membro

da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) a continuação da produção petrolífera de

Xisto nos EUA. Os preços de outras commodities, especialmente metais, caíram também.

16. Quanto as economias avançadas, a flexibilização da política monetária na zona euro e no Japão decorreu

de forma ampla como o previsto, enquanto em Dezembro de 2015 a Reserva Federal dos EUA elevou a

taxa dos fundos federais a partir do limite inferior zero. No geral, o aumento gradual das taxas de juro

nos Estados Unidos, as preocupações sobre as perspectivas de crescimento de mercados emergentes,

contribuíra para a criação de condições financeiras externas mais apertadas, diminuição dos fluxos de

capital, e depreciações cambiais em muitas economias de mercados emergentes.

3.1.1. Economia Real

17. As projecções do FMI (WEO Outubro de 2015) apontavam para uma taxa de crescimento da economia

global de 3,1%, como consequência das estimativas de crescimento de 4,0% para as economias

emergentes e em desenvolvimento, enquanto as economias avançadas apontavam para um crescimento

de 2,0%.

18. As estimativas mais recentes do FMI (WEO de Abril 2016) para 2015, espelham a manutenção dos

níveis de crescimento efectivo de 3,1% para a economia global, publicadas nas projecções do WEO de

Outubro de 2015, no entanto, registou-se a revisão em baixo das estimativas de crescimento das

economias emergentes e em via de desenvolvimento, ao se fixarem em 3,9% e as economias avançadas

em 1,9%.

19. A manutenção da desaceleração do crescimento da economia mundial em 2015, deveu-se à frágil

recuperação da economia dos EUA e dos países da União Europeia, agravada pela manutenção da crise

fiscal instalada na Grécia e Espanha, das tenções geopolíticas na Ucrânia e nos países do Médio Oriente,

bem como da crise económica instalada na Rússia e no Brasil contribuíram para o aumento do clima de

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |9

incertezas relativamente aos mercados. Esse cenário pode ser mensurado com os dados mais recentes

divulgados pelas principais instituições multilaterais, em especial, o Fundo Monetário Internacional.

Fonte: FMI

Ilustração 2 - Taxas de Crescimento Económico 2015

20. Nos mercados emergentes e em vias de desenvolvimento, o crescimento desacelerou ligeiramente,

passando de 4,0% em 2014 para 3,9% no ano de 2015. O comportamento das economias emergentes e

em vias de desenvolvimento, foi marcado, sobretudo, pelo crescimento negativo observado da economia

brasileira e da russa, do menor crescimento da economia sul-africana que apresentaram políticas

domésticas fracas, condições financeiras desfavoráveis e restrições a nível da oferta e dos investimentos.

Por outro lado, enquanto o abrandamento da economia Chinesa continua, por conta da restruturação que

tem sofrido, a India tem observado níveis de crescimento favoráveis.

21. Relativamente à actividade petrolífera mundial, o ano de 2015 foi marcado pela manutenção do curso

decrescente do preço do petróleo nos mercados internacionais, com início na segunda metade do ano de

2014 e resultante da fraca procura essencialmente por parte das economias emergentes e em vias de

desenvolvimento, pelo aumento da produção do petróleo de Xisto nos EUA e as incertezas relativamente

as reacções da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) quanto a redução ou não das

quotas de produção.

22. Com o aumento da oferta do crude, em consequência do aumento da produção do petróleo bruto, o preço

do petróleo bruto no mercado internacional manteve o ritmo de queda, conforme é possível verificar na

ilustração 3.

3,1

3,1

3

1,6

1,04

2,7

-3,8

6,7

6

7,5

-1,02

2,0

4,7

5

-6

-4

-2

0

2

4

6

8

10

Mundo EUA Zona Euro Japão Reino

Unido

Rússia China Índia Brazil Africa do

Sul

Nigeria

ECONOMIAS AVANÇADAS MERCADOS EMERGENTES E EM VIAS DE

DESENVOLVIMENTO

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |10

Fonte: MINFIN

Ilustração 3 - Evolução do Preço das Ramas Angolana e do Brent

23. A redução do preço do petróleo teve impacto negativamente sobre alguns países produtores e

profundamente dependentes das receitas das exportações petrolífera, como a Rússia, Venezuela, Irão, e

Angola que viram a sua posição fiscal agravada. Embora a Arábia Saudita e diversos países do Golfo

também sejam grandes exportadores de petróleo, o baixo custo de extracção do petróleo permitiu-lhes

manter as operações com margens de lucro considerável. No Entanto, impacto sobre o crescimento dos

países exportadores dos derivados do petróleo, o impacto foi positivo, sobretudo no resultado das

empresas e no consumo das famílias.

Indicadores Macroeconómicos Internacionais

Fonte: FMI

Quadro 3 - Alguns Indicadores Macroeconómicos Internacionais

3.1.2. Comércio Internacional

24. Em 2015, a actividade de comércio a nível mundial, registou uma considerável queda, justificado pela

queda do volume das exportações de bens e serviços de 3,4% em 2014 para 2,8% em 2015. O volume

de exportações de bens e serviços nas economias avançadas reduziu de 3,5% em 2014 para 3,3 em 2015,

com maior destaque para os Estados Unidos que viram as suas exportações a caírem de 3,4% em 2014

para 1,1% em 2015. Quanto as importações também, observou-se uma redução a nível mundial, ao

N/O Descrição Taxa de crescimento do PIB (%)

Inflação (%)

Saldo da Conta

Corrente (%PIB))

2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015

1 MUNDO 3.3 3.4 3.1 3.3 2.9 2.9 - - -

2 Economias Avançadas 1.2 1.8 1.9 1.3 0.7 0.6 0.5 0.5 0.7

3 EUA 1.5 2.4 2.4 1.5 1.6 0.1 -2.3 -2.3 -2.7

4 Zona Euro -0.3 0.9 1.6 0.8 -0.2 0.2 1.9 2.4 2.9

5 Japão 1.4 -0.03 0.5 1.5 2.5 0.3 0.8 0.5 3.3

6 Reino Unido 2.2 2.9 2.2 2.6 1.5 0.1 -4.5 -5.1 -4.3

7 Economias Emergentes 4.9 4.6 3.9

5.0 4.7 4.7 0.6 0.5 -0.2

8 Rússia 1.3 0.7 -3.7 6.8 7.8 15.5 1.5 2.9 4.9

9 China 7.7 7.3 6.9 2.6 1.9 1.4 1.6 2.1 2.6

10 Índia 6.6 7.2 7.5 9.4 5.9 4.9 -1.7 -1.3 1.2

11 Brasil 3.0 0.1 -3.8 6.2 6.3 9.0 -3.0 -4.3 -3.3

12 África do Sul 2.2 1.5 1.3 5.7 6.1 4.5 -5.7 -5.4 -4.4

13 Nigéria 5.4 6.3 2.6 8.5 8.0 9.0 3.8 0.2 -2.4

“Começa a Queda

do Preço”

108,8 108,1 112,0103,4

98,688,0

63,0

50,9 57,065,8

56,548,4

49,5

39,2

107,1 106,2 110,098,2

93,2

84,5

58,9 50,2 51,1

61,953,9

45,7 46,5

35,9

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

Janei

ro

Fev

erei

ro

Mar

ço

Abri

l

Mai

o

Jun

ho

Julh

o

Ago

sto

Set

embro

Outu

bro

Nov

emb

ro

Dez

embro

Janei

ro

Fev

erei

ro

Mar

ço

Abri

l

Mai

o

Jun

ho

Julh

o

Ago

sto

Set

embro

Outu

bro

Nov

emb

ro

Dez

embro

2014 2015

Brent Ramas Angolanas

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |11

passar de 3,6% em 2014 para 2,9% em 2015, justificada pelo decréscimo acentuado do nível das

importações nas economias emergentes e em vias de desenvolvimento que passaram de 3,7% em 2014

para 0,5% em 2015.

25. Vários factores contribuíram para o enfraquecimento do comércio e da produção em 2015, a queda do

preço das commodities, a queda das importações na América Latina, o abrandamento das exportações

nos mercados asiáticos e incluindo o impacto persistente da recessão na Zona Euro.

Fonte: Organização Mundial do Comércio (OMC)

Ilustração 4 - Exportações Mundiais

26. No geral, o fraco desempenho do comércio mundial deveu-se a redução da actividade comercial

registada em mercados emergentes e em desenvolvimento, o que gerou a manutenção do desequilíbrio

das contas correntes a nível mundial.

3.1.3. Inflação

27. No que toca à inflação mundial em 2015, a baixa dos preços das commodities tais como o petróleo bruto

e os seus derivados, assim como os alimentos, contribuíram para a recente diminuição da variação do

índice de preços, posicionando-se em 4,6% para as economias emergentes de acordo com dados do FMI.

Nas economias avançadas, a inflação esteve abaixo das expectativas de inflação de longo prazo (1%),

fixando-se em 0,6%.

28. Comparativamente a 2014, a inflação na Zona Euro sofreu um ligeiro aumento passando de -0,17% para

os 0,2% em 2015, enquanto as economias emergentes e em desenvolvimento observaram a manutenção

da taxa de inflação a 4,7% de 2014 a 2015. Nas economias da África Sub-Sahariana, a taxa de inflação

registou uma subida considerável, justificada pela redução dos investimentos em infra-estruturas e a sua

consequência sobre oferta agregada

3,2

69 3

,60

1

2,9

1

3,5

05

3,3

77

2,7

51

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

2013 2014 2015

%

Volume das Importações de

Bens e Serviços

Volume das Exportações de

Bens e Serviços

Potencial (Volume das

Importações de Bens e

Serviços)

Potencial (Volume das

Exportações de Bens e

Serviços)

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |12

Fonte: FMI

Ilustração 5 - Taxas de Inflação em alguns mercados mundiais

29. Nos quatro anos que antecederam 2015, Angola conheceu uma fase de estabilidade macroeconómica.

De acordo com o FMI, as taxas de referência de depósitos (London InterBank Offered Rate – LIBOR),

de seis meses, em dólares norte-americano fixaram-se em 0,48% em 2015. Adicionalmente, de acordo

com a BBA (British Banker´s Association), as taxas de juro apresentaram um comportamento estável,

sendo que na Zona Euro e no Japão as taxas fixaram-se próximas de zero (0,1% em média).

3.2. Contexto Económico Nacional

30. No ano de 2015, a economia nacional foi marcada pela desaceleração do seu crescimento em cerca de

1,8%, em comparação ao crescimento de 4,8% do PIB global registada em 2014. Este desempenho

menos favorável é consequência da desaceleração de cerca de 6,7% no sector não petrolífero, ao passar

de um crescimento de 8,2%, em 2014, para cerca de 1,5%, em 2015. A desaceleração do sector não

petrolífero resultou do abrandamento generalizado dos níveis de produção, com destaque para a redução

da produção agrícola, da indústria transformadora e da energia, que cresceram 11%, 10,2% e 14,8%,

respectivamente, quando tinham crescido em 11,9%, 8,1% e 17,3%, em 2014.

31. Relativamente ao sector petrolífero, o desempenho foi positivo, ao registar um crescimento de cerca de

6,5%, contra os (-2,6) % de 2014. Os níveis de produção física do petróleo bruto registaram uma variação

positiva, em consequência da expansão da actividade petrolífera dos Blocos 31 operado pela BP, dos

Blocos 17 e 15 (juntos representaram cerca de 57% do total das exportações petrolíferas de Angola em

2015) e do Bloco 18 que suportaram os níveis de produção de 1,8 milhões de barris em 2015.

32. De acordo com dados disponíveis, no decorrer de 2015 os sectores que mais contribuíram na formação

do PIB-Não Petrolífero foram os das pescas e seus derivados e da construção, com taxas de 8,1%, 3,5%,

respectivamente. Os restantes sectores representam em média 1,1% do PIB.

3,32,9 2,8

1,3

0,7

0,6

5,04,6 4,6

6,1 6

,3

8,1

-1

0

1

2

3

4

5

6

7

8

2013 2014 2015

Mundo Economias Avançadas Mercados Emergentes Sub-Saharan Africa

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |13

Fonte: MPDT

Ilustração 6 - Evolução do PIB

Petrolífero e Não Petrolífero/Estrutura do PIB não Petrolífero

33. Nos quatro anos que antecederam o ano de 2015, Angola conheceu uma fase de estabilidade

macroeconómica, com a taxa de crescimento médio a rondar em torno dos 5,2% do PIB, inflação

reduzida e em ritmo decrescente e estabilidade cambial, interrompida pela queda acentuada do preço do

petróleo no princípio do segundo semestre de 2014 e o consequente alastramento ao longo de 2015,

impactando negativamente sobre a Produção nacional, via exportações petrolíferas e taxa de câmbio e

negativamente o desempenho do sector não petrolífero, a principal fonte de receitas do OGE.

Fonte: MPDT/BNA

Ilustração 7 – Indicadores do Sector Petrolífero/ Impacto na Taxa de Cambio

34. De acordo com o Relatório de Fundamentação do OGE 2015, assente nas metas económico-sociais do

PND 2013-2017, o OGE Revisto 2015 foi elaborado com a previsão de um crescimento real do Produto

Interno Bruto (PIBpm) de 6,6%, um aumento de 1,8% em relação a 2014 (4,8%). No entanto, dados

preliminares de fecho do exercício económico apontam um crescimento menor para 2015 de 3,0%. De

um modo geral, o quadro macroeconómico que sustentou o OGE Revisto 2015 resume-se na tabela

seguinte:

Indicadores Macroeconómicos Nacionais

-- PIB global

4,8 3,0

-2,6

6,5

PIB - Sector não

petrolífero 8,2

1,5

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

8

10

12

2011 2012 2013 2014 2015

%

PIB - Sector

petrolifero

Agricultura

0,8%

Pescas e

derivados

8,1%

Diamantes e

outros

2,2%

Indústria

transformadora

-2,1%

Construção

3,5%

Energia

2,5%

Serviços

mercantis

2,2%

Outros

5%

60

5,9 6

33

,6

62

6,3

61

0,2

64

9,5

110,1 111,6 107,796,9

50

94 95,496,6 98,3

120,1

0

20

40

60

80

100

120

140

580

590

600

610

620

630

640

650

660

2011 2012 2013 2014 2015

Mil

hões

de

Bb

ls

Prod. Petróleo Bruto (milhões BBL)Preço Médio do Petróleo Bruto (US$/BBL)Taxa de Câmbio

104,5 106,3108,3 109,3 110,3

122,2125,8 125,8

135,3 135,3 135,3 135,3

72,40

50,59 51,12 50,7059,51 59,96 59,93

48,48 47,97 48,16 43,5042,00

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

160,0

OIl

Pri

ce U

$D

/T

axa d

e C

am

bio

U$D

/Ak

z

Taxa de Cambio Oil Price

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |14

Fonte: MPDT/BNA

Quadro 4 - Quadro Macroeconómico

3.2.1. Sector Real

35. De acordo com dados mais recentes de fecho do ano 2015, o sector não petrolífero registou um

crescimento de 1,5%, enquanto o petrolífero terá assinalado um crescimento de 6,5%. Nesta perspectiva,

estima-se que o PIB nominal tenha atingido KZ 12.320,8 mil milhões.

36. No período em análise o desempenho do sector não petrolífero foi determinado, pelo crescimento de

cerca de 8,1% da actividade pesqueira e seus derivados, da construção que registou um crescimento de

3,5% e da produção energética com cerca de 2,5%. O sector da Agricultura foi a que menos cresceu, ao

registar a taxa de 0,8%, enquanto a indústria transformadora cresceu a taxas negativa (-2,1).

37. O desempenho do sector petrolífero foi fortemente influenciado pelo aumento da produção física do

petróleo que passou de 610,2 milhões Bbls em 2014, para 649,2 milhões Bbls em 2015, não obstante o

declínio do preço do petróleo no mercado internacional ao longo período em análise, até se fixar à volta

dos US$ 39,2 em Dezembro. Neste período o PIB nominal petrolífero reduziu cerca de 33,0%, passando

de KZ 4.304,3 mil milhões em 2014, para KZ 2.884,4 mil milhões em 2015.

3.2.2. Sector Externo

38. A informação da Balança de Pagamentos reflecte o conjunto de transacções reais e financeiras realizadas

por Angola com o resto do mundo durante o ano de 2015.

39. A redução do preço médio do petróleo bruto e a consequente queda das receitas de exportação das ramas

angolanas reflectiu-se negativamente na posição externa da economia angolana. Assim, não obstante a

evolução positiva da Conta Financeira, o saldo global da Balança de Pagamentos revelou-se deficitário

em 2015, na ordem dos USD 3.069,2 milhões (contra os USD 4.417,2 milhões do período homólogo),

impulsionado essencialmente, pelo fraco desempenho da Conta Corrente.

40. A Conta Corrente apresentou um saldo deficitário de USD 8.748,11 Milhões, registando um

agravamento de 135,01% em relação a 2014, cujo saldo também foi deficitário na ordem dos USD

3.722,4 Milhões. Desta forma, o défice da Conta Corrente correspondeu a 8,38% do PIB, contra um

défice equivalente de 2,86% verificado em 2014.

N/O Indicadores de Base 2013 2014 2015

1 Inflação acumulada anual (%) 7,7 7,5 14,3

2 Produção de petróleo (milhões/Bbls) 626,3 610,2 649,5

3 Taxa de câmbio 96,6 98,3 120,1

4 Preço médio do petróleo (USD/Bbls) 107,7 96,9 50

5 Taxa de crescimento real do PIB (%) 6,8 4,8 3,0

6 Sector petrolífero (%) -0,9 -2,9 6,5

7 Sector não-petrolífero (%) 10,9 8,2 1,5

8 Saldo primário Não Petrolífero (% do PIB Não petrolífero)

-44,6 -16,9 -48,3

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |15

41. A Conta de Bens apresentou uma redução de 57,01% do seu saldo superavitário, tendo passado para os

USD 13.148,7 Milhões em 2015, contra os USD 30.583,1 Milhões em 2014, continuando assim a

desempenhar um papel importante nas contas externas de Angola, ainda que substancialmente inferior

ao ano precedente. Este comportamento é explicado, essencialmente, pela queda das receitas de

exportação em 43,9%, tendo as despesas de importação reduzido em 29,9%.

42. A evolução negativa das exportações em 2015 deveu-se sobretudo à redução das exportações de petróleo

(que representam 94,7% do total das exportações), associado exclusivamente à queda do preço médio

do petróleo bruto em cerca de 48%, já que o volume de exportações de petróleo aumentou em 6,9%. O

preço médio de petróleo das ramas angolanas caiu, passando de USD 96 por barril em 2014 para USD

50 em 2015, ao passo que o volume de exportações de petróleo aumentou, passando de 586,9 Milhões

de barris para 627,3 Milhões de barris, respectivamente. Por sua vez, as exportações de Diamantes e de

outros bens, que representam 3,2% e 2,1% do total das exportações, reduziram em 20,8% e 51,9% face

ao ano anterior, respectivamente.

43. As importações de bens registaram uma redução em termos absolutos de USD 8.535,2 Milhões,

correspondendo a uma queda de cerca de 29,9%, devido sobretudo ao decréscimo nas importações de

“Outros Bens” (-26,4%) representando 41,7% do total das importações, seguida das importações de

“Reactores nucleares, Caldeiras, Máquinas e Aparelhos e instrumentos mecânicos” (em -3,6%),

“Combustíveis, óleos e cereais minerais” (em -40,1%), “Obras de ferro fundido, ferro ou aço” (em -

20,1%) e “Máquinas, Aparelhos e Materiais eléctricos (em -36,1%). As importações de Alimentos e

Combustíveis, que representam 14,7% e 14,0% do total das importações de bens, por sua vez, registaram

reduções em termos absolutos de USD 1.069,73 Milhões e USD 1.959,49 Milhões, correspondendo a

quedas de cerca de 26,6% e 41,1%, face ao ano anterior, respectivamente.

Principais Produtos Importados

N/O DESCRIÇÃO 2014 2015 Var.%

Homóloga

1 Comb. Minerais/Óleos/Prod.da sua Destilação/ Cer.Minerais 2 552 1 529 -40% 2 React. Nucleares/Caldeiras/Máq./ Apar. E Instr. Mecânicos/ Partes 4 175 4 023 -4%

3 Veíc. Automóveis/Tractores /Out.Terrestres/Partes/Acessóres 3 410 1 074 -69%

4 Máq./Aparelhos/Mat.Eléct./ Partes, Apar.gravação/Repro Som/MA 2 239 1 432 -33% 5 Embarcações de Estrutura Flutuantes 58 162 77%

6 Obras de Ferro Fundido, Ferro e Aço 1 860 1 487 -20%

7 Carnes e Miudezas, Comestíveis 912 612 -33% 8 Obras de Ferro Fundido, Ferro e Aço 760 565 -26%

9 Bebidas, Lìquidos Alcoólicos e Vinagres 639 374 -41%

10 Plástico e suas Obras 593 451 -24%

11 Outros 11 388 8 344 27%

12 Total 28 587 20 052 -30%

Fonte: BNA

Quadro 5 – Principais Produtos Importados

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |16

Fonte: BNA

Ilustração 8 – Principais Países de Procedência das Importações

44. A Conta de Capital e Financeira apresentou um saldo excedentário de USD 5.678,9 Milhões,

correspondendo a 5,4% do PIB, contra um saldo deficitário em 2014 de USD 961,2 Milhões (-0,7% do

PIB), determinada fundamentalmente, pela conta financeira, já que a conta de capital tem apresentado

valores nulos desde 2013.

45. A evolução favorável da Conta Financeira deveu-se ao comportamento positivo registado no

investimento directo líquido e nos Outros Capitais (líquidos).

46. O investimento directo líquido apresentou um saldo positivo de USD 6.788,5 Milhões contra um défice

no ano anterior de USD 2.331,4 Milhões, devido essencialmente, à redução das saídas de investimento

directo para o estrangeiro em menos USD 10.472,2 Milhões face ao ano anterior (-55,5%). De realçar

que, este fluxo, de natureza essencialmente privada não financeira, relaciona-se com a execução de

projectos ligados maioritariamente ao sector petrolífero. As entradas de investimento directo estrangeiro

(IDE) alcançaram o valor total de USD 15.186,9 Milhões representado, contudo, uma redução de 8,2%

relativamente ao ano anterior, que foi de USD 16.543,1 Milhões. Os Outros Capitais (líquidos), por sua

vez, apresentaram um saldo deficitário de USD 5.176,8 Milhões representando, contudo, uma melhoria

de USD 635,3 Milhões (10,9%) relativamente ao ano anterior.

3.2.3. Reservas Internacionais Líquidas

47. A posição das reservas brutas no final de 2015 foi de USD 24.550 milhões, 21,7% do Produto Interno

Bruto, contra os USD 28.173 milhões, 21,7% do Produto Interno Bruto no exercício de 2014. No entanto,

apesar disso, assiste-se a um aumento do rácio de cobertura das importações de 6,5 meses em 2014 para

os 8,0 meses de importações de bens e serviços em 2015. A redução das RIL em 2015 deveu-se

essencialmente, à redução dos Depósitos em moeda estrangeira do Governo e dos Bancos em 14,4% e

67,3%, situando-se nos USD 9.845 milhões e USD 974 milhões, respectivamente, tendo as Reservas do

BNA aumentado em cerca de 4% face ao ano anterior, fixando-se nos USD 13.883 milhões. Por sua vez,

as Obrigações de curto prazo reduziram em 70% para os USD 154 milhões, tendo tido por conseguinte

um contributo positivo na variação das RIL.

2.8

62

2.6

72

1.8

79

1.5

26

1.3

19

1.3

08

79

5

78

7

76

8

63

8

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

Mil

es

de U

SD

Exercício 2015

3.4

76

4.1

42

4.1

03

37

5

1.7

24

1.9

43

1.2

53

44

9 1.0

20

1.1

57

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

Mil

es

de U

SD

Exercício 2014

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |17

Quadro Macro Fiscal para 2015 (Valores em Mil Milhões de Kz)

N.º Descrição

2015

OGE

Revisto

2015

SIGFE

2015

Compromisso*

1 Receitas 2.692,6 2.620,4 3.366,7

1.1 Receitas correntes 2.691,6 2.619,4 3.365,7

1.1.1 Impostos 2.476,0 2.296,9 3.042,0

1.1.1.1 Petrolíferos 1.039,2 1.152,6 1.897,7

Dos quais: Direitos da concessionária 800,1 643,5 1.305,6

1.1.1.2 Não petrolíferos 1.436,8 1.144,3 1.144,3

1.1.1.2.1 Impostos sobre rendimentos, lucros e ganhos de capital 626,0 663,7 663,7

1.1.1.2.2 Impostos sobre folha de salários e força de trabalho 0,0 0,0 0,0

1.1.1.2.3 Impostos sobre propriedades 37,0 30,4 30,4

1.1.1.2.4 Impostos sobre bens e serviços 371,2 176,6 176,6

1.1.1.2.5 Impostos sobre transações e comércio internacional 260,3 130,5 130,5

1.1.1.2.6 Outros impostos 142,2 143,1 143,1

1.1.2 Contribuições sociais 127,5 150,7 150,7

1.1.3 Doações 0,0 0,0 1,2

1.1.4 Outras receitas 88,1 171,8 171,8

1.2 Receitas de capital 1,0 1,0 1,0

2 Despesas 3.499,1 3.473,7 3.773,7

2.1 Despesas correntes 2.862,3 2.887,5 3.037,5

2.1.1 Remuneração dos empregados 1.487,9 1.390,0 1.390,0

2.1.1.1 Vencimentos 1.408,7 1.313,2 1.313,2

2.1.1.2 Contribuições sociais 79,2 76,8 76,8

2.1.2 Bens e serviços 692,2 637,2 787,2

2.1.3 Juros 231,0 248,5 248,5

2.1.3.1 Externos 93,5 105,9 105,9

2.1.3.2 Internos 137,5 142,6 142,6

2.1.4 Transferências 451,2 611,9 611,9

2.1.4.1 Subsídios 154,3 278,5 278,5

Dos quais: Subsídios ao preço 103,5 224,4 224,4

2.1.4.2 Doações 0,0 3,8 3,8

2.1.4.3 Prestações sociais 184,8 283,2 283,2

2.1.4.4 Outras despesas 112,1 46,5 46,5

2.2 Despesas de capital 636,8 586,2 736,2

2.2.1 Aquisição de activos não financeiros 622,1 569,4 719,4

2.2.1.1 Activos fixos 622,1 568,9 718,9

2.2.1.2 Outros activos não financeiros 0,0 0,5 0,5

2.2.2 Outras 14,7 16,7 16,7

Saldo corrente sem doações -170,8 -268,2 327,0

Saldo corrente -170,8 -268,2 328,2

Saldo global sem doações -806,5 -853,3 -408,2

Saldo global (compromisso) -806,5 -853,3 -407,0

3 Restos a pagar e a receber 0,0 484,8 137,7

3.1 Internos 0,0 484,8 137,7

3.1.1 Activos 0,0 0,0 -347,1

3.1.1.1 Dívida fiscal 0,0 0,0 -347,1

3.1.1.1.1 Petrolífera 0,0 0,0 -347,1

3.1.1.1.2 Não Petrolífera 0,0 0,0 0,0

3.1.2 Passivos 0,0 484,8 484,8

3.1.2.1 Remunerações 0,0 0,0 0,0

3.1.2.2 Uso de bens e serviços 0,0 167,5 167,5

3.1.2.3 Juros 0,0 0,0 0,0

3.1.2.4 Transferências 0,0 68,1 68,1

3.1.2.4.1 Subsídios 0,0 50,2 50,2

Dos quais: Subsídios ao preço 0,0 48,3 48,3

3.1.2.4.2 Doações 0,0 0,0 0,0

3.1.2.4.3 Prestações sociais 0,0 12,5 12,5

3.1.2.4.4 Outras despesas 0,0 5,5 5,5

3.1.2.5 Despesas de capital 0,0 249,2 249,2

3.2 Externos 0,0 0,0 0,0

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |18

*Dados da Receita Petrolífera na óptica do compromisso/Receita Declarada

Fonte: MINFIN

Quadro 6 – Quadro Macro Fiscal/Memorando 2015

48. O Quadro Fiscal compreende todos os dispositivos, procedimentos, regras e instituições que sustentam

a condução da política fiscal da administração pública, sendo portanto, sinônimo de governança fiscal.

Nele é assegurada a sustentabilidade das finanças públicas e da divida publica.

49. Recentemente, o impacto fiscal decorrente da actual conjuntura económica aumentou o rácio da dívida,

intensificando assim a necessidade de consolidação fiscal. Nesta senda, para o exercício económico de

2015, um conjunto de medidas de política (fiscal, monetária e cambial) foram consideradas de formas a

fortalecer a governança fiscal.

50. Os resultados apurados apontam que, em termos gerais, para o exercício fiscal de 2015, a receita total

registou o montante de Kz 3.366,7 mil milhões, representando uma redução de cerca de 23,5% face ao

3.2.1 Juros 0,0 0,0 0,0

Saldo global (caixa) -806,5 -368,4 -269,3

4 Financiamento líquido 806,5 368,4 269,3

4.1 Financiamento interno (líquido) 93,7 160,1 28,8

4.1.1 Activos -279,9 -64,2 -579,6

4.1.1.1 Moeda e depósitos 0,0 -31,0 -484,0

4.1.1.1.1 Depósitos (líquido) 0,0 -31,0 -484,0

4.1.1.1.1.1 Bancos 0,0 -31,0 -484,0

4.1.1.4 Acções e outras participações -279,9 -33,2 -95,6

4.1.1.4.1 Aquisição -281,7 -33,6 -96,1

4.1.1.4.2 Venda 1,8 0,4 0,4

4.1.2 Passivos 373,5 224,3 608,4

4.1.2.1 Crédito líquido obtido 463,9 224,3 608,4

4.1.2.1.1 Desembolsos 1.654,1 786,5 1.378,6

4.1.2.1.1.1 Obrigações do Tesouro 1.410,1 786,5 929,5

4.1.2.1.1.2 Bilhetes do Tesouro 0,0 0,0 428,3

4.1.2.1.1.3 Outros 244,0 0,0 20,8

4.1.2.1.2 Amortizações -1.190,2 -562,2 -770,2

4.1.2.1.2.1 Obrigações do Tesouro -791,1 -504,9 -274,2

4.1.2.1.2.2 Bilhetes do Tesouro 0,0 0,0 -357,6

4.1.2.1.2.3 Outros -399,2 -57,3 -138,4

4.1.2.2 Acções e outras participações (só empresas públicas) 0,0 0,0 0,0

4.1.2.3 Reservas técnicas de seguro -90,3 0,0 0,0

4.1.2.4 Derivados financeiros 0,0 0,0 0,0

4.1.2.5 Outras contas a pagar 0,0 0,0 0,0

4.2 Financiamento externo (líquido) 712,9 208,4 240,5

4.2.1 Activos 0,0 0,0 0,0

4.2.2 Passivos 712,9 208,4 240,5

4.2.2.1 Empréstimos líquidos recebidos 712,9 208,4 240,5

4.2.2.1.1 Desembolsos 1.105,5 531,1 578,6

4.2.2.1.1.1 Empréstimos financeiros 0,0 531,1 0,0

4.2.2.1.1.2 Linhas de crédito 0,0 0,0 578,6

4.2.2.1.1.3 Projectos 1.105,5 0,0 0,0

4.2.2.1.2 Amortizações -392,6 -322,7 -338,1

N/O Memorando

1 Inflação ac. (%) 9,0 14,3 14,3

2 Taxa de câmbio média (Kz/US$) 112,5 120,1 120,1

3 Produção de petróleo bruto (milhões de barris) 669,8 649,5 649,5

4 Exportação de petróleo bruto (milhões de barris) 628,3 628,3 5 Preço do petróleo bruto (US$/barril) 40,0 50,0 50,0

6 Produto Interno Bruto (mil milhões de Kz) 11.534,9 12.320,8 12.320,8

7 PIB petrolífero 2.230,5 2.884,4 2.884,4 8 PIB não petrolífero 9.304,4 9.436,4 9.436,4

9 Taxa de Cresc. Produto Real (% chg) 6,6 3,0 4,8

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |19

2014. Relativamente as despesas, totalizou o montante de KZ 3.773,70, cerca de 31,5% abaixo do

executado em 2014. Da combinação receita despesas resultou no saldo fiscal deficitário de KZ 407,0

mil milhões, cerca de 3,3% do PIB.

3.2.4. Endividamento Público em 2015

3.2.4.1. Dívida Interna – Emissões de Bilhetes do Tesouro e Obrigações do Tesouro

51. A Dívida Interna Titulada compreende os Bilhetes do Tesouro (BT), as Obrigações do Tesouro em

Moeda Nacional (OT MN) e as Obrigações do Tesouro em Moeda Externa (OT ME).

52. As emissões dos Bilhetes do Tesouro realizadas ao longo de 2015 totalizaram cerca de Kz 686 mil

milhões, distribuídos pelas maturidades de 63/91, 182 e 364 dias que corresponderam aos montantes de

Kz 323 mil milhões, kz 94 mil milhões e Kz 269 mil milhões, respectivamente. As Obrigações do

Tesouro MN, pode-se salientar que foi emitido um total de Kz 731 mil milhões, sendo o IIº trimestre

(com 34% do total) o que mais contribuiu para este desempenho. Atribui-se uma boa parte deste

resultado, à redução da procura pelos investidores por títulos mais longos, dada a maior incerteza do

cenário macroeconómico internacional e também doméstico.

53. Referente as emissões de Obrigações Tesouro ME, no mês de Dezembro, após consulta aos bancos

comerciais, procedeu-se, através de uma única operação, a emissão de um montante total de U$D 1,47

mil milhões (Kz 198 mil milhões), com maturidade de 7 anos e uma taxa de cupão de 5% a.a.,

proporcionando assim, para além de uma fonte doméstica de financiamento interno em moeda externa,

um rendimento aliciante para os depósitos em moeda externa nos bancos comerciais.

Ilustração 9 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro

3.2.4.2. Dívida Interna em Contratos Mútuo

54. Em 2015, ocorreram desembolsos de Contratos de Mútuo na ordem de Kz 21 mil milhões, cuja execução

é explicada essencialmente pelo nível de implementação de projectos abaixo do programado.

55. Entretanto, deve-se notar que os ajustes realizados no sistema financeiro para garantir maior equilíbrio

e minimizar a volatilidade do mercado cambial impulsionou os bancos a reduzir a capacidade de

financiar novas operações e em alguns casos de continuar o financiamento de projectos já iniciados.

216,80

197,34

92,44

178,99

-

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

Iº Trimestre IIº Trimestre IIIº Trimestre IVº Trimestre

Kz

Mil

mil

hões

235,80 246,71

81,62

167,21

-

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

Iº Trimestre IIº Trimestre IIIº Trimestre IVº Trimestre

Kz

Mil

mil

hões

Obrigações do Tesouro

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |20

3.2.4.3. O Serviço da Dívida Interna em Bilhetes e Obrigações do Tesouro

56. O levantamento dos dados do serviço da dívida dos Bilhetes de Tesouro executado no período em

referência indica que foram efectuados pagamentos na ordem de Kz 632, mil milhões, cerca de 101,47%

do montante previsto Kz 623 mil milhões. Este ligeiro desvio é explicado pela subida das taxas de

remunerações destes títulos no final do ano.

57. O serviço da dívida das Obrigações do Tesouro cifrou-se em Kz 382 mil milhões, repartido em

Despesas com Capital na ordem dos Kz 274 mil milhões e de Juros de Kz 108 mil milhões. Quanto ao

volume previsto, foi programado um montante de Kz 365 mil milhões, representando um desvio de 4%

relativamente ao programado. Este ligeiro desvio é explicado pela volatilidade da taxa de câmbio que

afectou o serviço das OT indexada e em moeda externa.

Ilustração 10 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro

3.2.4.4. Dívida Externa. Desembolsos de Linhas de Crédito

58. No que concerne a análise dos desembolsos para o ano de 2015, registou-se uma execução de Kz 589

mil milhões (U$D 4,37 mil milhões) para os desembolsos efectivos, com destaque para o III Trimestre

do ano em referência, com um montante de Kz 349 mil milhões o que representou cerca de 59,34% dos

desembolsos do período. Quanto a distribuição por linha de crédito pode-se realçar as boas relações

com os parceiros como, República Popular da China, Israel e Japão, que representam do total

desembolsado 18%, 14% e 9%, respectivamente.

142,33

105,38

119,98

79,07

139,40

86,72

77,58 71,08

-

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

140,00

160,00

Iº Trimestre IIº Trimestre IIIº Trimestre IVº Trimestre

Kz

Mil

mil

hões

Programado Executado

20,31

71,84 62,20

210,62

21,59

76,42 73,58

210,37

-

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

Iº Trimestre IIº Trimestre IIIº Trimestre IVº Trimestre

Kz

Mil

mil

hões

Programado Executado

Obrigações do Tesouro

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |21

Ilustração 11 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro

59. No âmbito da distribuição dos desembolsos por Unidades Orçamentais, destaca-se o Ministério da

Energia e águas (18%), Ministério do Interior (7%), Ministério da Construção (6%), sendo o IV

Trimestre com maior nível de fluxo em Desembolsos, resultado o investimento em EUROBONDS.

Ilustração 12 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro

60. Relativamente ao serviço da Dívida Externa, as amortizações executadas até o mês de Dezembro

cifravam-se em, Kz 297 mil milhões, correspondente a cerca de 69% do projectado. Por outro lado, os

Juros pagos Kz 88 mil milhões e as Comissões Kz 10 mil milhões. Assim sendo, o serviço da Dívida

Externa executada no de 2015 foi de cerca de Kz 394 mil milhões, 64% do programado. Importa

sublinhar que o nível de serviço é função do nível dos desembolsos.

104,08

50,59

349,34

84,69

-

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

400,00

Iº Trimestre IIº Trimestre IIIº Trimestre IVº Trimestre

Kz

Mil

mil

hões

República

Popular da

China

18%

Instituições

Multilaterais

42%

Israel

14%

Japão …

Inglaterra

8%

Outros

9%

Credores Externos

Ministério da

Energia e

Águas

18%

Ministério do

Interior

7%

Ministério da

Construção

6%

Ministério da

Industria

3%

Ministério da

Defesa

Nacional

3%

Outros

63%

• Contrato para a construção de uma Linha de Transmissão de 400 Kv, Soyo-Kapari e Substações

Iº Trimestre (Março)

AKZ 16,60 milhões • Contrato para a

construção das Linhas associadas ao projecto da Central Térmica do Ciclo Combinado do Soyo CMEC (1ª Fase)

IIº Trimestre (Abril)

AKZ 6,05milhões

• Apoio a Tesouraria. DPL

IIIº Trimestre (Setembro)

AKZ 46,98 milhões.

• Eurobonds

IVº Trimestre (Outubro)

AKZ 156,60milhões

Desembolsos por Unidade Orçamental Desembolsos por Projectos

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |22

3.2.4.5. O Stock da Dívida Pública. O Rácio Dívida/PIB

61. O Stock de Dívida titulada a 31 de Dezembro de 2015 posicionou-se em cerca de Kz 3.075 mil

milhões, dos quais as Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional contribuíram com a maior fatia

correspondente a 86% em Kz 2.510 mil milhões, a seguir os Bilhetes do Tesouro com 14% Kz 428 mil

milhões.

62. O Stock da Dívida com Contratos Mútuos, encontra-se em 136 mil milhões, sendo 4% da equivalente

do total da Dívida Interna.

63. Igualmente o Stock da Dívida Pública Externa, no período em análise, é composto por 99% Kz 3.168

mil milhões, equivalente U$D 23,53 mil milhões de Dívida Externa Governamental e 1% Kz 39 mil

milhões, equivalente a USD 0,29 mil milhões de Dívida das empresas Públicas, totalizando uma Dívida

Externa Pública de Kz 3.208 mil milhões.

64. Sendo assim, a posição do Stock da Dívida Pública no Exercício de 2015, é de Kz 6.244 mil milhões,

onde Kz 3.075 milhões representa Dívida Interna e Kz 3.208 mil milhões referente a Dívida Externa.

65. A evolução do Stock da Dívida Governamental em função do Produto Interno Bruto (PIB) ao longo do

ano de 2015, evidenciando uma estratégia de endividamento conservadora e sustentável em função do

panorama financeiro internacional, e que resultou num Rácio Dívida Pública/PIB de 51% ao final de

Dezembro de 2015 bem como o comportamento semelhante na óptica da dívida Governamental e das

empresas públicas.

3.2.4.6. A Dívida Indirecta. Garantias Emitidas

66. O processo de concessão de garantias controladas pela UGD segue os parâmetros definidos no Regime

Jurídico de Emissão da Dívida Pública Directa e Indirecta (Lei 1/14, de 06 de Fevereiro) e tem como

base uma análise criteriosa dos projectos e das entidades a serem avalizadas. É necessário lembrar que

deve-se considerar aquelas Garantias emitidas, e não aquelas programadas, mas que não foram

activadas.

Garantias Emitidas (Valores em Kwanzas/U$D)

N/O Solicitante Exercício Banco Financiador Valor Kz Valor U$D Statu do Processo

1 SODIAM 2012 BIC - 120.000.000 Garantia Emitida 2 Alassola 2013 BAI 6.590.000.000 Garantia Emitida

3 Marina Yetu 2013 BAI 10.857.540.683 Garantia Emitida

4 Hotel Miramar São Tomé 1984 BNA - 1.500.000 Garantia Emitida 5 Hotel Miramar São Tomé 1984 BNA - 1.500.000 Garantia Emitida

6 Ferrangol, EP 2014 BDA 978.400.000 Garantia Emitida

7 Ferrangol, EP 2014 BDA 978.400.000 Garantia Emitida 8 Batas Holding 2014 BPA - 10.000.000 Garantia Emitida

9 Crédito Agrícola 2015 BPC 1.718.560.000 Garantia Emitida

10 Crédito Agrícola 2015 BCI 1.374.848.000 Garantia Emitida 10 Crédito Agrícola 2015 BSOL 859.280.000 Garantia Emitida

11 Total 23.357.028.683 133.000.000

Fonte: MINFIN

Quadro 7 – Garantias Emitidas

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |23

3.2.5. Balanço de Implementações das Acções e Desempenho Económico dos Sectores

67. No sentido de melhor acompanhar o desempenho dos sectores via acções e actividades, abaixo

apresenta-se o balanço de implementações das acçoes e o desempenho económico dos Sectores, sendo

estes realizados na magnitude de Políticas Nacionais de Desenvolvimento, onde destacam-se:

Políticas da População, apoiada pelo Recenseamento Geral da População, permitindo adquirir

dados chaves para a definição das Politicas no geral;

Políticas de Apoio à Reintegração Socioeconómica dos Ex-Militares, no enquadramento dos

mesmos nas diversas actividades laborais, tais como Agricultura, Construção Civil, Serralharia,

Mecânica, Informática na Optica do Utilizador, Carpintaria, Electricidade, Costura e

Informática na Optica do Utilizador;

Política da Reforma Tributária e das Finanças Públicas, a criação da Administração Geral

Tributária, e a revisão e o ajustamento das diferentes classes de impostos, como o Imposto

Industrial e do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho, bem como ajustados os Códigos do

Imposto de Selo, Regulamento do Imposto de Consumo e o Código do Imposto sobre a

Aplicação de Capitais;

Política de Promoção do Crescimento Económico, do Aumento do Emprego e de

Diversificação Económica, a execução o Programa Angola Investe, a instalação dos pólos

agroindustriais de Capanda, Cubal, Longa, Quizenga, Pedras Negras e Camabatela e a

construção do matadouro industrial em Camabatela (Cuanza Norte) e de 5 entrepostos

frigoríficos (Caxito, Dombe Grande, Namibe, Chibia e Dondo);

Política de Repartição Equitativa do Rendimento Nacional e de Protecção Social, a

implementação dos Programas de Cuidados Primários de Saúde nos Municípios, da Água para

Todos e da Merenda Escolar, no âmbito do Programa Municipal Integrado de Desenvolvimento

Rural e Combate à Pobreza (PMIDRCP);

Política de Modernização da Administração e Gestão Públicas, a prestação de serviço a

cidadãos e agentes económicos, na rede SIAC (2.280.764 cidadãos e agentes económicos, com

uma média de atendimento diária de 7.784 utentes) e a execução do Plano Nacional de Formação

de Quadros;

No âmbito da Política Integrada para a Juventude, a elaboração e entrada em execução do

Plano Nacional de Desenvolvimento da Juventude 2014-2017, a inauguração da Casa da

Juventude da Província do Cuanza Norte, a atribuição de 7.800 habitações sociais a jovens, no

quadro do programa dos 200 fogos habitacionais;

Política de Promoção do Desenvolvimento Equilibrado do Território, a construção das

infraestruturas integradas do Uíge, Negage, Menongue e Saurimo, do Projecto Nova Vida

(Luanda) – 2ª fase e das infraestruturas básicas das reservas fundiárias da Zona Sul de Benguela,

Mungo (Huambo), Chitato (Lunda Norte), Catapa (Uíge), Quissama (Luanda), Mabubas

(Bengo) e Missombo (Cuando Cubango), aprovação e execução dos Planos de Desenvolvimento

Provincial 2013-2017 de todas as províncias e a elaboração de 11 Planos de Requalificação

Urbana, 53 Planos Directores Municipais (em 15 províncias), 73 Planos de Urbanização e 6

Planos de Requalificação; e

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |24

Política de Reforço do Posicionamento de Angola no Contexto Internacional e Regional, a

eleição de Angola a membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas,

para o período 2015-2016, e a Presidência dos países dos Grandes Lagos.

68. Com isso, foi possivel extrair dados para a avaliação do desempenho de cada sector com base nos

objectivos, avaliação das metas e execução das medidas de política.

3.2.5.1. Sector da Educação

69. Em promover o desenvolvimento humano e educacional, com base numa educação e aprendizagem

ao longo da vida para todos e cada um dos angolanos, no Exercício de 2015 o sector da Educação

continuou a prestar maior atenção à Expansão do Ensino Pré-Escolar, ao Desenvolvimento do Ensino

Primário e Secundário, à Intensificação da Alfabetização de Adultos e ao Desenvolvimento e

Estruturação da Formação Técnico- Profissional de Professores.

Desempenho do sector da Educação

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Número de Alunos matriculados por Níveis de Ensino (Mil) (S) 7.202 7.988 7.203 8.539

2 Alfabetização (Mil) (S) 589.890 731 596 781

3 Ensino Especial (Mil) (S) 25.343 32 26 26

4 Iniciação (Mil) (S) 618.261 645 642 727

5 Ensino Primário (Mil) (S) 4.702 5.190 4.521 5.300

6 Ensino Secundário, 1º ciclo (Mil) (S) 775 940 844 1.083

7 Ensino secundário, 2º ciclo (Mil) (S) 491 450 574 622

8 Nº de Professores por Níveis de Ensino (Mil)* (S) ND 193 ND 185

9 Número de salas de aula (Mil) (S) ND 69 ND 82

10 Taxa Bruta de Escolarização (%) (S) ND ND ND 93

11 Iniciação (S) 96 100 97 110

12 Ensino Primário (S) 137 152 128 144

13 Ensino Secundário, 1º ciclo (S) 52 63 55 70

14 Ensino secundário, 2º ciclo (S) 38 26 43 46

15 Taxa de Aprovação (%)**(S) 75 78 77 ND

16 Taxa de Reprovação (%)** (S) 11 11 10 ND

17 Taxa de Abandono (%)**(S) 14 11 13 ND

18 Rácio aluno/sala de aula (S) 99 104 93 95

19 Rácio aluno/professor (S) 40 36 40 48

20 Construção de Magistérios Primários *** (S) 2 0 2 0

21 População em idade escolar (Mil) (S) 6.866 7.298 7.072 7.517

22 Iniciação (5 anos) (Mil) (S) 645 645 664 664

23 Ensino Primário (6-11 anos) (Mil) (S) 3.421 3.421 3.524 3.524

24 Ensino Secundário, 1º ciclo (12-14 anos) (Mil) (S) 1.495 1.495 1.540 1.540

25 Ensino secundário, 2º ciclo (15-17 anos) (Mil) (S) 1.304 1.736 1.343 1.788

Fonte: MPDT

Quadro 8 - Desempenho do sector da Educação

3.2.5.2. Sector do Ensino Superior

70. Em Estimular e desenvolver um ensino superior qualificado, o sector realizou as suas actividades no

sentido de garantir as condições para a melhoria do subsistema do ensino superior, dotando as

Instituições de Ensino Superior (IES) de instrumentos para implementar novos cursos no âmbito do

PNFQ.

Desempenho do sector do Ensino Superior

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Nº de empregos directos (S) 13.889 7.583 14.950 14.538

2 Nº de docentes (S) 7.900 4.129 9.500 8.660

3 Não docentes (auxiliares e pessoal técnico de apoio) (S) 1.194 3.454 1.278 5.878

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |25

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

4 Taxa bruta de escolarização (S) 8 4 8 7

5 Nº de estudantes matriculados (S) 221.434 146.001 269.042 218.433

6 Nº de vagas no ensino superior (F) 34.530 87.319 41.871 111.290

7 Nº de docentes no ensino superior público (S) 4.436 3.049 4.569 3.715

8 Nº de candidatos inscritos pela 1ª vez no ensino superior público (F) 37.961 36.992 43.276 19.711

9 Nº de candidatos por vaga no ensino superior público (F) 5 2 4 5

10 Nº de novas bolsas de estudo interna (F) 7.000 7.200 8.000 8.000

11 Nº de novas bolsas de estudo externa (F) 1.200 827 1.200 899

Fonte: MPDT

Quadro 9 - Desempenho do sector do Ensino Superior

3.2.5.3. Sector da Saúde

71. O sector da Saúde tem por objectivo promover de forma sustentada o estado sanitário da população

angolana, assegurar a longevidade da população apoiando os grupos sociais mais desfavorecidos e

contribuir para o combate à pobreza, onde desenvolveu as suas actividades com vista a melhorar a

prestação de cuidados de saúde, de modo a assegurar a longevidade da população, apostando na

prevenção e na melhoria de prestação de cuidados de saúde, assim como a capacitação dos técnicos

de saúde.

Desempenho do sector da Saúde

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Taxa de morbilidade atribuída a malária (todas idades) em % (S) 18 7 17 29

2 Taxa de Incidência da Tuberculose (novos casos por 100 mil habitantes) (S) 29 18 20 22 3 Incidência da Tripanossomíase (novos casos notificados) (S) 90 61 75 77

4 Taxa de Prevalência do VIH/SIDA na População Adulta (em %) (S) 2 2 2 2

5 Partos Assistidos por Pessoal de Saúde Qualificado (%) (MICS de 2001, somente áreas acessíveis) (S) 57 ND 60 ND 6 Nº de Médicos por 10.000 Habitantes (S) 2 1 2 2

7 Crianças menores de 1 ano vacinadas (%) (S) 90 87 95 34

8 Relação de leitos hospitalares por habitante (%) (S) 12 11 13 11 9 Crianças com 1 ano de idade imunizadas de sarampo (S) 90 118 90 103

10 Mulheres grávidas que beneficiaram de Tratamento Intermitente e Preventivo da malária (TIP) (%) (S) 45 43 55 43

11 Mulheres grávidas que receberam mosquiteiros impregnados (%) (S) 65 1 75 36

12 Crianças menores de 5 anos que receberam mosquiteiros tratados (%) (S) 50 1 60 5

13 Crianças entre 0-4 anos de idade que estiveram doentes com febre e tomaram anti-palúdicos (%) (S) 45 30 50 8 14 Taxa de Cura da Tuberculose alcançada através da estratégia DOTS (%) (S) 60 ND 70 ND

15 Três ou mais consultas Pré-natal (%) (S) 75 83 80 44

16 Cobertura de vitamina A em crianças dos 6 aos 59 meses (%) (S) 85 93 90 37 17 Parto Institucional (%) (S) 45 54 50 60

18 Planeamento familiar (% de mulher em idade fértil) (S) 20 19 30 15

19 Taxa de mortalidade em menores de cinco anos (por 1.000 nados vivos) (S) 140 ND 130 ND 20 Taxa de mortalidade infantil (por 1.000 nados vivos) (S) 85 ND 80 ND

21 Rácio da mortalidade materna (mortes maternas por 100.000 nascidos vivos) (S) 400 271 350 283

Fonte: MPDT

Quadro 10 - Desempenho do sector da Saúde

3.2.5.4. Sector da Assistência e Reinserção Social

72. Em contribuir activamente para a redução da pobreza, através da assistência aos grupos mais

vulneráveis para a sua reintegração social e produtiva, as acções previstas centraram-se no (i) apoio

social às pessoas carenciadas e em situação de vulnerabilidade, às populações afectadas por

calamidades naturais (chuvas e seca), às crianças com leite e papa, às crianças e idosos em

instituições sob tutela do Executivo e às pessoas, na comunidade, com doenças crónicas, assim

como na atribuição de meios de locomoção e dispositivos de compensação; (ii) na geração de

trabalho e renda com atribuição de equipamentos e kits profissionais; (iii) na protecção e promoção

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |26

dos direitos das crianças, (iv) na formação e capacitação de quadros sociais, (v) na reintegração

socioprofissional dos ex-militares e (vi) na desminagem.

Desempenho do sector da Assistência Social

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Nº de Famílias assistidas (F) 25.000 23.589 20.000 23.062

2 Nº de crianças assistidas nas instituições (F) 150.000 46.278 200.000 46.276

3 Nº de crianças protegidas/denúncias (F) 2.125 1.385 1.700 2.079

4 Nº de Idosos assistidos (F) 24.000 9.784 16.000 37.876

5 Nº de idosos nas instituições (F) 1.850 910 2.050 929

6 Nº de pessoas c/deficiência assistidas em meios de locomoção e ajudas técnicas (F) 22.000 12.773 25.000 3.185

7 Nº de vítimas de sinistros e calamidades assistidas (F) 125.000 670.794 100.000 366.764

8 Nº de (criança dos 0-2 anos), assistidas com leite e papas (F) 20.000 23.694 16.000 13.552

9 Nº de beneficiários assistidos com kits profissionais e equipamentos (F) 25.000 12.96 20.000 1.233

10 Nº de kits profissionais e equipamentos atribuídos (F) 15.000 6.213 10.000 798

11 Nº de oportunidades de ocupação criadas (F) 37.500 12.683 30.000 1.237

12 Nº de doentes assistidos (F) 26.500 21.151 21.200 1.406

13 Nº de ex- militares e deficientes de guerra reintegrados (F) 40.332 23.469 25.779 8.918

14 Verificação e desminagem de Vias rodoviárias e projectos de telecomunicações (km) (F) 5.000 828 5.000 1.239

15 Verif.. e desminagem de áreas de expan. das linhas de transp. de energia eléctrica de alta tensão 20.000 98.277 20.000 124.484

16 Verif. e Desminagem de Áreas Agrícolas, Fundiárias, Polos Industriais e agro-pecuários (Mil m²) (F) 50.000 22.963 55.000 28.984

17 Admissão e formação de técnicos de desminagem (F) 150 1.081 250 288

18 Admissão, capacitação e formação de trabalhadores sociais e funcionários (F) 4.750 1.570 3.800 2.468

Fonte: MPDT

Quadro 11 - Desempenho do sector da Assistência Social

3.2.5.5. Sector Petrolífero

73. Com o objectivo de assegurar a inserção estratégica de Angola no conjunto dos países produtores

de energia e desenvolver o cluster do petróleo e gás natural, contribuindo para financiar o

desenvolvimento da economia e sua diversificação, o sector continuou a desenvolver actividades

no sentido de alcançar os seus objectivos, nomeadamente: intensificar as actividades de prospecção,

pesquisa de petróleo bruto e gás natural; aumentar a capacidade de refinação de petróleo bruto;

desenvolver a Indústria do Gás Natural, assim como incrementar a inserção do empresariado

nacional no sector de petróleo e gás.

Desempenho do sector Petrolífero

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Produção de petróleo bruto (milhões de bbls) (F) 704 610 733 650 2 Produção média diária de petróleo bruto (milhões de bbls) (F) 2 2 2 2

3 Exportações de petróleo bruto (milhões de barris) (F) 619 587 624 628 4 Preço estimado de exportação de petróleo bruto (USD/bbl) (F) 93 96 92 50

5 Capacidade de armazenagem em terra (mil m3) (S) 1.290 358 1.526 358

6 Postos de abastecimento (novos) (F) 58 100 29 78

7 Venda de produtos refinados (mil TM) (F) 5.291 6.876 5.591 6.422

8 Investimentos (milhões USD) (F) 16.474 25.691 14.121 10.661

9 Força de trabalho (S) 87.880 115.423 96.668 110.000* Fonte: MPDT

Quadro 12 - Desempenho do sector Petrolífero

3.2.5.6. Sector da Construção

74. Para este sector o objectivo é contribuir para o esforço de construção nacional, promovendo a

reabilitação e a construção das infraestruturas adequadas às necessidades do processo de

desenvolvimento do País e continua a desenvolver acções centradas na construção e reabilitação de

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |27

infra-estruturas integradas, na expansão e recuperação de estradas e pontes, na construção de

edifícios administrativos e nas obras dos novos corredores rodoviários estruturantes.

Desempenho do sector da Construção

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Rede fundamental (km) (F) 3.500 1.336 3.500 400 2 Rede secundária (km) (F) 1.500 805 1.500 36

3 Rede terciária (km) (F) 15.000 864 15.000 1.244

4 Avaliação patrimonial (un) (F) 5.000 751 5.000 315

Edifícios Públicos e Monumentos

5 Reabilitação (un) (F) 15 13 17 1

6 Avaliação patrimonial (un) (F) 15 11 15 0

Infraestruturas Integradas

7 Projectos de execução (un) (F) 0 0 0 5

8 Construção (un) (F) 5 5 6 0 9 Infra-estruturas Aeroportuárias

10 Reabilitação (un)* (F) 2 2 3 1

Emprego

11 10 Emprego (un) (F) 32.800 4.413 33.700 1.968

Fonte: MPDT

Quadro 13 - Desempenho do sector da Construção

3.2.5.7. Sector da Indústria

75. Este sector tem o objectio de promover o desenvolvimento do sector, no contexto do cluster da

alimentação e da diversificação da economia nacional, em bases sustentáveis, contribuindo para a

geração de empregos, o aproveitamento de matérias-primas agrícolas e minerais, a distribuição

territorial das actividades, o equilíbrio da balança comercial e a economia de divisas.

Desempenho do sector da Indústria

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Óleo Alimentar (Klt) (F) 5.000 490 5.250 1.823 2 Leite Pasteurizado (Klt) (F) 2.700 3.339 4.200 2.659

3 Leite em Pó (Ton) (F) 3.100 5.564 3.250 9.668 4 Iogurtes (mil copos) (F) 2.500 4.225 2.600 7.826

5 Rações para Animais (Ton) (F) 20.085 22.391 25.085 51.029

6 Produção de Bebidas (Mil Hlt) (F) 18.506 20.137 19.096 21.257 7 Produção de Têxteis (F) 8.000 7.094 11.000 ND

8 Confecções (Unidades) (F) 48.620 541.783 110.620 371.659

9 Produção de Couro e Calçado (F) 3.500 ND 5.000 ND

10 Produção de Madeira (m3) (F) 21.000 6.118 22.950 6.958

11 Produção de Papel (Embal. Cartão) (Ton) (F) 4.500 2.197 6.100 5.386 12 Produção de Livros Escolares (Mil) (F) 64.000 37.332 72.500 16.394

13 Produção de Acetileno (Mm3) (F) 445 65 545 88

14 Produção de Oxigénio (Mm3) (F) 7.825 1.781 8.225 1.332

15 Gás Carbónico (Ton) (F) 15.305 2.475 15.755 1.918

16 Produção de Pesticidas-HIDROSIL (mil lts) (F) 5.940 ND 6.534 ND 17 Produção de Insecticidas (Ton) (F) 0 ND 0 ND

18 Produção de Tintas e Similares (Klt) (F) 7.790 8.611 8.300 13.363

19 Sabão (Ton) (F) 30.350 23.637 30.850 23.070

20 Detergentes Líquidos (Kl) (F) 11.525 20.144 12.025 16.018

21 Detergentes Sólidos (Ton) (F) 900 19.144 1.000 18.420

22 Produção de Explosivos (Ton) (F) 6.500 7.512 6.500 6.447 23 Cartuchos de Caça (Mil) (F) 230 ND 230 ND

24 Produção de Injectados (Ton) (F) 3.130 13.771 3.630 18.800

25 Produção de Vidros de Embalagem (Mil) (F) 250 196 300 212 26 Produção de Metais (ton) (F) 44.600 195.109 53.600 132.698

27 Produção de Maquinas e Equipamentos (tractores-

unidades) (F) 15.201 ND 16.721 ND

28 Emprego Gerado (nº de pessoas) (F) 111.002 5.457 70.210 6.339

29 Investimento Privado (Mil USD) (F) 7.167 1.239 4.551 619

Fonte: MPDT

Quadro 14 - Desempenho do sector da Indústria

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |28

3.2.5.8. Sector dos Transportes

76. Com o objectivo de Dotar o País de uma rede de transportes integrada e adequada aos objectivos de

desenvolvimento nacional e regional, facilitador do processo de desenvolvimento económico e

potenciador das políticas territorial e populacional, o sector dos transportes continuou a desenvolver

acções no sentido de aumentar o volume de carga transportada e manipulada, assim como o número

de passageiros transportados nos vários meios de transporte (rodoviário, aéreo, ferroviário,

marítimo/fluvial), que neste último caso, atingiu os cerca de 13.117 milhões de passageiros

(incluindo os autocarros públicos e privados nas carreiras urbanas, intermunicipais, interprovinciais

e táxis/colectivos, em Luanda).

Desempenho do sector dos Transportes

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Nº Passageiros Transportados (Rede Pública) (mil) (F) 52.750 16.627 55.368 13.117

2 Nº Carga Manipulada/ Transportada (Rede Pública) (Mil Ton) (F) 20.396 19.148 22.016 12.700

3 Emprego no sector (F) 17.377 16.707 18.420 16.029

4 Profissionais do sector de transportes treinados (F) 3.160 1.522 3.540 2.128

5 Novas escolas e centros de formação instaladas. (F) - 0 0 0

6 Cidades beneficiadas com expansão da rede de táxis. (F) - 2 0 0

Fonte: MPDT

Quadro 15 - Desempenho do sector dos Transportes

3.2.5.9. Sector da Energia e Águas

77. O objectivo do sector da Energia é aumentar e melhorar a qualidade do fornecimento de energia

eléctrica para satisfazer as necessidades de consumo induzidas pelo desenvolvimento económico e

social do País e utilizar os recursos energéticos nacionais de forma racional e com protecção

ambiental. Já o sector das Águas, tem por objectivo promover, em bases sustentáveis, o

abastecimento de água potável à população e de água para uso no sector produtivo, bem como

serviços adequados de saneamento de águas residuais, que são fundamentais para a melhoria do

bem-estar das populações, bem como assegurar a oferta permanente de água e melhorar a qualidade

da sua prestação, garantindo o seu uso racional e sustentável.

Desempenho do sector da Energia e Águas

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Potência Total Instalada (MW) (S) 2.861 2.220 3.561 2.354

2 Produção de Electricidade (GWH) (F) 12.618 9.502 17.018 9.625

3 Energia Distribuída (GWH) (F) 10.725 7.971 14.465 8.383

4 Produção média de água potável nas sedes provinciais (m3/ dia)

(F) 1.294.066 636.343 1.488.176 585.851

5 Número de pontos de água existentes (S) 6.867 5.216 7.117 6.272

6 Número de chafarizes/Fontenários construídos (S) 5.900 5.927 7.820 6.901

7 Número de pequenos sistemas de água (S) 610 764 742 979

8 Número de furos de água abertos (S) 6.161 5.683 6.383 6.272

9 Número de cacimbas melhoradas (S) 706 ND 734 ND

10 Taxa de cobertura da população servida com água (%) (S) 62 60 65 65

Fonte: MPDT

Quadro 16 - Desempenho do sector da Energia e Águas

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |29

3.2.5.10. Sector do Ambiente

78. Com o objectivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável, garantindo a preservação do meio

ambiente e a qualidade de vida dos cidadãos, este sector continuou a realizar as suas acções tendo em

vista a materialização das Políticas e Estratégias Nacionais e dos compromissos internacionais, tendo

sido executadas actividades e implementados projectos, como a construção e manutenção de

infraestruturas dos Parques Nacionais e Regionais, o combate a seca e a desertificação, acções no

domínio da biodiversidade e áreas de conservação, campanhas de educação, formação, sensibilização

e consciencialização ambiental.

Desempenho do sector do Ambiente

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Nº de aldeias ecológicas (existentes) (F) 3 0 3 0

2 Nº Campanhas de educação, sensibilização e formação das populações (F) 3 1.243 2 165

3 Nº de Beneficiários de Educação, Sensibilização e Formação (F) 600 1.716.619 500 222.539

4 Nº de Estações de Tratamento de Resíduos com Tecnologias Ambientais (F) 6 1 6 0

5 Número de Projectos com Impacte Ambiental (aprovados) (F) ND 273 ND 196

6 Nº de Parques Nacionais e Transfronteiriços (existentes) (F) ND 12 ND 12

7 Nº de Reservas Naturais Integradas (existentes) (F) ND 2 ND 2

8 Nº de Áreas de Conservação Terrestre (existentes) (F) 12 14 13 14

9 Projectos de Eficiência Energética e Captação de Carbono (F) 15 11 5 0

10 Projecto de Combate à Seca e à Desertificação (F) ND 1 ND 1

Parques Naturais Regionais (existentes) (F) ND 1 ND 1

Fonte: MPDT

Quadro 17 - Desempenho do sector do Ambiente

3.2.5.11. Sector da Agricultura

79. Com o objectivo de promover o desenvolvimento integrado e sustentável do sector agrário, tomando

como referência o pleno aproveitamento do potencial dos recursos naturais produtivos e a

competitividade do sector, visando garantir a segurança alimentar e o abastecimento interno, bem como

realizar o aproveitamento das oportunidades relacionadas aos mercados regional e internacional, o sector

deu prosseguimento às acções centradas no fomento da actividade produtiva, desenvolvimento da

agricultura comercial, saúde pública, veterinária, desenvolvimento da fileira das carnes e leite,

construção e reabilitação dos perímetros irrigados.

Desempenho do sector da Agricultura

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Produção de Cereais (mil toneladas) (F) 2.602 1.820 2.873 2.016

2 Produção de Leguminosas (feijão, amendoim e soja) (mil toneladas) (F) 836 668 1.034 679

3 Produção de Raízes e tubérculos (mandioca, batata rena e batata doce)

(mil toneladas) (F) 26.865 10.239 30.622 10.328

4 Produção de frangos (toneladas) (F) 20.390 32.288 25.668 29.386

5 Produção de carne bovina (toneladas) (F) 14.169 27.019 16.861 23.745

6 Produção de carne caprina (toneladas) (F) 205.261 171.606 210.803 149.640

7 Produção de ovos (toneladas) (F) 7.948 7.871 8.169 25.064

8 Evolução da procura de Leite (Milhares de Litros/Ano) (F) 429.817 ND 63.367 ND

9 Volume da produção nacional de leite (toneladas) (F) 34.385 3.061 69.704 3.570

10 Efectivo pecuário leiteiro empresarial (F) 3.271 ND 7.234 ND

11 Procura interna de açúcar (Milhares de Ton/Ano) (F) 410.523 ND 421.607 ND

12 Volume de produção de açúcar (Ton/Ano) (F) 28.737 ND 67.457 ND

Fonte: MPDT

Quadro 18 - Desempenho do sector da Agricultura

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |30

3.2.5.12. Sector das Pescas

80. Com o objectivo de promover a competitividade e o desenvolvimento da pesca industrial e artesanal, de

modo sustentável, contribuindo para a promoção de emprego, com o objectivo de combater a fome e a

pobreza e garantir a segurança alimentar e nutricional, este sector das Pescas deu seguimento às acções

centradas no desenvolvimento da aquicultura; na melhoria da sustentabilidade da exploração dos

recursos pesqueiros; no apoio à pesca artesanal; no reforço do sistema de formação técnica e científica

do sector e melhoria da operacionalidade da frota pesqueira, no âmbito da estratégia do executivo para

o combate à fome e à pobreza.

Desempenho do sector das Pescas

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Volume total da Produção do Sector Pesqueiro (Tons) (F) 412.400 442.074 442.850 496.213

2 Industrial e Semi Industrial (Tons) (F) 280.000 304.165 290.000 318.149

3 Artesanal marítima (Tons) (F) 87.000 118.787 87.000 138.678

4 Artesanal continental (Tons) (F) 5.400 18.817 5.850 38.514

5 Aquicultura (Tons) (F) 40.000 305 60.000 872

6 Produção de peixe seco (Tons) (F) 35.000 25.200 40.000 57.024

7 Produção do sal (Tons) (F) 90.000 45.300 120.000 42.845

8 Produção de conservas (Tons) (F) 800 0 3.400 0

9 Emprego Gerado (Nº Pessoas) (F) 14.065 671 14.293 1.567

Fonte: MPDT Quadro 19 - Desempenho do sector das Pescas

3.2.5.13. Sector da Cultura

81. Com o objectivo da promoção do acesso de todos os cidadãos aos benefícios da cultura sem qualquer

tipo de discriminação, tomando em linha de conta as aspirações dos diferentes segmentos da população,

promovendo a liberdade de expressão e a mais ampla participação dos cidadãos na vida cultural do

País, o fortalecimento livre e harmonioso da sua personalidade e o respeito dos usos e costumes

favoráveis ao desenvolvimento, o que contribuirá para a consolidação da identidade nacional,

caracterizada pela diversidade cultural, o sector da Cultura realizou várias actividades que visaram

preservar, proteger e valorizar o património histórico material e imaterial, fomentar a indústria cultural

e divulgar a cultura

Desempenho do sector da Cultura

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Nº de leitores e consulentes na Biblioteca Nacional (F) 73.965 44.082 92.456 50.284

2 Nº de leitores e consulentes no Arquivo Nacional de Angola (F) 2.000 369 2.700 719

3 Nº de alunos matriculados nas Escolas técnicas de artes (F) 816 0 1.036 244

4 Nº de visitantes à Museus (F) 66.294 48.068 68.283 59.085

5 Nº de participantes ao Carnaval (F) 372.000 900.000 374.000 1.020.000

6 Nº de peças de artesanato seladas para exportação (F) 16.296 7.970 16.785 4.334

7 Nº de documentários produzidos (F) 6 3 7 5

8 Nº de casas de cultura (F) 12 0 20 1

Fonte: MPDT Quadro 20 - Desempenho do sector da Cultura

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |31

3.2.5.14. Sector do Urbanismo e Habitação

82. Na promoção da requalificação, reabilitação e valorização dos centros urbanos e rurais, possibilitando a

fixação ordenada das populações, bem como a dinamização e interacção dos espaços, o sector do

Urbanismo e Habitação tive suas baterias viradas no ordenamento do território, urbanismo, geodesia e

cartografia, de Cadastramento e recadastramento do património habitacional do Estado, de Promoção

do programa de habitação social.

Desempenho do sector do Urbanismo e Habitação

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Nº de províncias beneficiadas com instrumentos de ordenamento do território (S) 15 18 16 18

2 Nº de municípios beneficiados com instrumentos de ordenamento do território (S) 40 60 56 86

3 Nº de centros urbanos com projectos de requalificação urbanística executados ou em execução (F) 3 5 3 5

4 Nº de centros rurais com projectos de requalificação urbanística executados ou em execução (F) 7 6 3 6

5 Parcelas de terra cadastradas na Rede Geodésica Nacional (Km2) (F) 480 454 500 3.327

6 Nº de fogos habitacionais (F) 103.023 82.871 103.023 9.412

7 Desenvolvimento de novas centralidades (S) 2 19 2 19

8 Reservas fundiárias (hectares) (S) 152 0 165 0

9 Alienação do património habitacional do Estado (un) (F) 18.500 5.930 18.500 220

Fonte: MPDT

Quadro 21 - Desempenho do sector do Urbanismo e Habitação

3.2.5.15. Sector das Telecomunicações e Tecnologia de Informação

83. Com o objectivo de garantir a disponibilidade, com eficácia e a custos baixos, de todas as formas de

troca de informação entre os agentes económicos e a difusão das mais modernas tecnologias de

informação, foram desenvolvidas acções visando o fortalecimento da estrutura organizativa do Estado,

com destaque para a implementação do Plano Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que tem

como fim o desenvolvimento de uma estratégia que permita o país recuperar o atraso e avançar na

geração, difusão e criação de conhecimentos que contribuam para o desenvolvimento socioeconómico

Desempenho do sector das Telecomunicações

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Nº de Linhas Fixas Instaladas (S) 571.313 802.259 579.883 813.432 2 Nº de Linhas Fixas Ligadas (S) 328.094 281.327 354.342 286.178

3 Taxa de Teled. Fixa (%) (S) 2 1 2 1

4 Nº de Usuários da rede Móvel (mil) (S) 13.430 14.052 13.873 13.884 5 Taxa de Teled. Móvel (%) (S) 66 71 66 54

6 Subscritores Internet (mil) (S) 3.340 3.721 3.888 4.502

7 Taxa de Teled. Digital (%) (S) 16 19 19 18 8 Correspondências Manuseadas (Mil Und) (F) 31.115 23.765 32.349 1.731

9 Estações Postais Informatizadas (F) 12 0 15 1

10 Estações Postais com Sala de Internet (F) 12 1 15 1 11 Estações Postais Reabilitadas (F) 8 1 10 0

12 Estações Postais Construídas (F) 4 1 5 1 13 Estações Sísmicas (existentes) (F) 1 0 0 0

Fonte: MPDT Quadro 22 - Desempenho do sector das Telecomunicações

3.2.5.16. Sector do Comércio

84. O objectivo deste sector é promover e manter um conjunto de infraestruturas logísticas, de circuitos

comerciais e uma rede de distribuição que, possibilita a realização de excedentes de produção e o

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |32

abastecimento de todo o território com “inputs” produtivos e bens de consumo essenciais, contribuindo

activamente para a eliminação da fome e da pobreza bem como para o desenvolvimento harmonioso do

território e a valorização da posição geo-estratégica, onde o sector desenvolveu as suas actividades e

acções nos domínios do comércio interno e externo, defesa do consumidor, formação e capacitação

institucional, inspecção, controlo de qualidade, segurança alimentar e combate à pobreza.

Desempenho do sector do Comércio

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Volume total da Produção do Sector Pesqueiro (Tons) (F) 412.400 442.074 442.850 496.213

2 Industrial e Semi Industrial (Tons) (F) 280.000 304.165 290.000 318.149

3 Artesanal marítima (Tons) (F) 87.000 118.787 87.000 138.678 4 Artesanal continental (Tons) (F) 5.400 18.817 5.850 38.514

5 Aquicultura (Tons) (F) 40.000 305 60.000 872

6 Produção de peixe seco (Tons) (F) 35.000 25.200 40.000 57.024 7 Produção do sal (Tons) (F) 90.000 45.300 120.000 42.845

8 Produção de conservas (Tons) (F) 800 0 3.400 0

9 Emprego Gerado (Nº Pessoas) (F) 14.065 671 14.293 1.567 Fonte: MPDT

Quadro 23 - Desempenho do sector do Comércio

3.2.5.17. Sector da Ciência e Tecnologia

85. Com o objectivo de promover o avanço científico e tecnológico do País e adaptar, criativamente, os

conhecimentos científicos e tecnológicos disponíveis no mundo e criar uma base nacional de inovação

de produtos e processos e o sector desenvolveu acções no sentido de promover o avanço científico e

tecnológico do país, adoptar os conhecimentos científicos e tecnológicos disponíveis no mundo, e criar

uma base nacional de inovação, produtos e processos.

Desempenho do sector da Ciência e Tecnologia

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Nº de Unidades de I&D (S) 41 26 41 26 2 Nº de Investigadores em Ciência e Tecnologia* (F) 26 259 36 259

3 Não Investigadores (Auxiliares e pessoal técnico de apoio da Ciência e Tecnologia /MESCT) (F) 41 884 41 884

4 Técnicos de Investigação em Formação Avançada** (F) 82 22 82 22 5 Nº de Pessoas Empregadas (S) 2.974 3.799 2.986 3.799

Fonte: MPDT

Quadro 24 - Desempenho do sector da Ciência e Tecnologia

3.2.5.18. Sector da Juventude e Desportos

86. Este sector tem o objectivo promover a generalização da prática desportiva nas diferentes camadas da

população, em particular os jovens e as mulheres, dando especial atenção ao desporto na escola, e foram

desenvolvidas actividades que permitiram a execução do Programa de Desenvolvimento e Promoção

Desportiva, destacando-se a prospecção e detecção de novos talentos, com vista a valorização do

desporto como factor de unidade nacional, bem-estar, equidade e qualidade de vida dos cidadãos.

Desempenho do sector da Juventude e Desportos

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Federações (S) 24 26 25 26

2 Associações Provinciais (S) 105 176 108 211 3 Clubes (S) 815 927 815 1.274

4 Técnicos (S) 3.700 3.250 3.750 3.537

5 Árbitros (S) 1.657 2.300 1.660 3.607 6 Atletas (S) 58.257 71.800 65.560 133.544

7 N.º de praticantes desportistas (S) 55.659 2.380.000 58.079 2.565.269

8 N.º de técnicos desportivos formados (S) 5.060 5.058 5.080 5.058

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |33

9 N.º de treinadores formados 1.080 1.200 1.090 1.270 10 N.º de novos talentos descobertos (S) 1.313 2.000 1.500 2.056

11 N.º de animadores desportivos (S) 3.030 3.000 3.040 3.000

12 N.º de atletas inseridos na alta competição (S) 16.000 7.400 16.500 7.477 13 N.º de crianças inseridas na prática desportiva (S) 24.150 2.050.000 25.200 2.058.765

14 Nº de Atletas registados (S) 56.500 50.500 57.000 50.500

Fonte: MPDT

Quadro 25 - Desempenho do sector da Juventude e Desportos

3.2.5.19. Sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria

87. Tendo o objectivo de promover a dignificação dos antigos combatentes veteranos da Pátria, em

reconhecimento à sua participação na luta de libertação nacional e na defesa da Pátria Sector

desenvolveu a sua actividade com o objectivo da melhoria das condições de vida dos Antigos

Combatentes, Veteranos da Pátria, Deficientes de Guerra e Familiares de Combatentes Tombados, bem

como a capacitação técnica dos seus quadros.

Desempenho do Sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Recenseados Existentes (S) 175.000 159.798 180.000 159.394

2 Recenseados Deficientes (S) 24.000 24.168 22.000 24.154 3 Beneficiários de Pensão de Reforma (F) 175.000 159.171 180.000 159.394

4 Assistidos Recadastrados (F) 120.000 159.171 115.000 149.121

5 Assistidos Bancarizados (F) 155.000 134.438 160.000 139.057 Fonte: MPDT

Quadro 26 - Desempenho do sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria

3.2.5.20. Sector da Comunicação Social

88. Com o objectivo de materializar uma política que garanta a veiculação de uma informação plural, isenta,

independente, responsável e que amplie as conquistas alcançadas no que concerne aos direitos e

garantias das liberdades de expressão, no quadro dos ditames do Estado democrático e de direito, o

sector centrou as suas as acções no reforço do sistema de comunicação social, na valorização e

mobilização dos recursos humanos e na valorização dos serviços públicos, destacando-se a expansão

da Rede de Difusão em todo Território Nacional.

Desempenho do Sector da Comunicação Social

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Expansão e cobertura do Sinal da Rádio (%) (S) 85 75 95 90

2 Expansão e cobertura do Sinal de Televisão (S) 70 70 80 72 3 Aumento da distribuição das publicações da Edições Novembro (dia) (F) 73.800 43.904 81.700 35.500

Fonte: MPDT Quadro 27 - Desempenho do sector da Comunicação Social

3.2.5.21. Sector da Justiça e Direitos Humanos

89. Com o objectivo de consolidar a reforma do sector da justiça, dando continuidade à política de

modernização e de informatização, assente nos princípios da desburocratização e simplificação de

procedimentos, bem como na proximidade dos serviços junto das comunidades, garantindo o acesso dos

cidadãos ao direito e à justiça, colocando o sistema de justiça ao serviço dos direitos humanos este sector

da justiça, no cumprimento dos objectivos plasmados no Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-

2017, desenvolveu um conjunto de actividades ligadas à promoção dos direitos humanos, à

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |34

massificação e simplificação do registo civil e à atribuição do bilhete de identidade, ao combate ao uso

de drogas e à elaboração de propostas de leis que viabilizam a organização e o funcionamento deste

sector. As acções e medidas de políticas executadas

Desempenho do Sector da Justiça e Direitos Humanos

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Número de BI´s (F) 2.569.212 1.632.114 2.169.462 1.543.888

2 Certificados de Registo Criminal (F) 380.608 837.347 396.702 647.489

3 Nº de Lojas de Registo e Notariado (F) 14 18 16 2 4 Nº Conservadores e Notários (F) 341 319 397 334

5 Nº de Oficiais de Registo e Notariado (F) 2.800 2.627 2.950 2.687

6 N.º de Técnicos Superiores de identificação (F) 90 472 89 0 7 N.º de Técnicos de Identificação (F) 217 629 217 443

8 N.º de Técnicos Superiores do Regime Geral (F) 28 66 18 0

9 Nº de técnicos do Regime Geral (F) 28 156 18 16 10 Nº Magistrados em função dos Tribunais e Órgãos de Polícia (F) 50 24 50 47

11 Nº Magistrados Municipais (F) 100 64 120 64

12 Nº Magistrados Provinciais (F) 70 299 80 326 Fonte: MPDT

Quadro 28 - Desempenho do sector da Justiça e Direitos Humanos

3.2.5.22. Sector da Administração Pública e Segurança Social

90. O sector da Administração Publica tem como objectivo prosseguir o interesse público, qualificando e

fortalecendo o Estado; adaptar o papel do Estado à sua missão e capacidade de gestão; melhorar a

governação e promover a boa governação; prestar serviços adequados e de forma eficiente aos cidadãos

e aos agentes económicos, melhorando a sua receptividade e acolhimento; contribuir para o

desenvolvimento económico e social, sendo que continua a desenvolver actividades com vista à

melhoria da prestação dos serviços públicos e à divulgação e acompanhamento da implementação dos

Decretos Presidenciais nº 2/13 e 3/13, de 25 de Junho e 23 de Agosto, respectivamente.

91. Já o sector da Segurança Social tem como objectivo estabilizar uma nova gestão de risco social, em que

a intervenção do Estado visa assistir indivíduos, agregados familiares e comunidades a melhor gerir os

riscos a que estão expostos, bem como apoiar aqueles que se encontram em situação de extrema pobreza.

O Sistema de Protecção Social Obrigatório prosseguiu com o desenvolvimento de actividades no

sentido de aumentar o número de contribuintes da Segurança Social, e assegurar a assistência aos

segurados e pensionistas.

Desempenho do Sector da Administração Pública e Segurança Social

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Pessoal ao Serviço da Administração Pública – a Nível Central (S) 47.105 43.370 47.539 45.574 2 Segurados (S) 1.766.980 1.288.899 2.041.657 1.430.258

3 Pensionistas (S) 126.205 103.783 142.058 116.551

4 Contribuintes (S) 75.571 95.547 897.580 110.957 Fonte: MPDT

Quadro 29 - Desempenho do sector da Administração Pública e Segurança Social

3.2.5.23. Sector da Administração do Território

92. Com objectivo de darantir uma eficaz prestação dos serviços no âmbito da Governação Local e melhoria

da gestão pública inclusiva em prol do desenvolvimento e redução da pobreza, no âmbito das suas

atribuições, e tendo em conta as medidas de políticas inseridas no Plano Nacional de Desenvolvimento

2013-2017, no que diz respeito ao ano de 2015, o Ministério da Administração do Território (MAT)

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |35

continuou a desenvolver acções com vista a fortalecer a capacitação Institucional Técnica e Humana

para uma governação local mais eficiente e efectiva.

Desempenho do Sector da Administração Território

NO Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Criação da carreira do funcionário da Administração Local e Autárquica (F) 3.450 0 3.500 0

2 Infra-estruturas Autárquicas (F) 70 0 69 0 3 Divisão Política Administrativa (Nível Provincial) (F) 0 0 1 0

4 Divisão Politica Administrativa (Nível Municipal) (F) 10 0 10 1

5 Recursos Humanos Capacitados a Nível Central (F) 400 132 400 74 6 Recursos humanos capacitados a nível Local (F) 260.000 20.923 260.000 1.647

7 Reforma da Administração do Estado a nível dos Municípios (F) 100 44 36 1

8 Implementação do Sistema Integrado de informação de gestão da Administração do território, em Municípios (F)

100 44 36 1

9 Autoridades tradicionais reagrupadas e reordenadas em zonas (F) 10.389 6.947 10.389 597

Fonte: MPDT

Quadro 30 - Desempenho do sector da Administração Território

3.2.5.24. Sector da Geologia e Minas

93. Com o objectivo de promover o desenvolvimento do sector em bases sustentáveis, gerando empregos e

contribuindo para o desenvolvimento territorial, diversificação produtiva e expansão da economia, este

sector continuou a desenvolver as suas actividades direccionadas para os domínios do licenciamento e

cadastro mineiro, regulamentação da actividade geológico-mineira, capacitação dos recursos humanos

e formação profissional, inspecção e fiscalização mineira, negociação de contratos mineiros,

cooperação internacional, bem como acompanhar a evolução dos projectos públicos e privados, nos

domínios da prospecção e exploração mineira.

Desempenho do Sector da Geologia e Minas

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Produção Industrial de Diamantes (Mil Qlts) (F) 9.411 7.816 9.882 8.148

2 Produção Artesanal de Diamantes (Mil Qlts) (F) 525 935 543 871 3 Receitas Brutas da Produção Industrial (Milhões USD) (F) 1.150 976 1.207 944

4 Receitas Brutas da Produção Artesanal (Milhões USD) (F) 182 332 189 239

5 Produção de Rochas Ornamentais (m3) (F) 51.271 49.216 55.371 42.658 6 Exportação de Rochas Ornamentais (m3) (F) 30.762 26.981 33.223 28.315

7 Valores das Vendas de Rochas Ornamentais (Mil USD) (F) 6.136 7.550 6.626 8.521

Fonte: MPDT

Quadro 31 - Desempenho do sector da Geologia e Minas

3.2.5.25. Sector da Hotelaria e Turismo

94. O sector do Hotelaria e Turismo tem por objectivo promover o desenvolvimento sustentável do sector

hoteleiro e turístico, valorizando o património histórico e arquitectónico, os recursos naturais, culturais

e contribuindo para a geração de rendimento e emprego sector continuou a desenvolver as suas

actividades de acordo com o seu objectivo.

Desempenho do Sector da Hotelaria e Turismo

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Chegada de visitantes (F) 562.813 545.013 578.125 592.495 2 Número de quartos (novos) (F) 3.941 1.273 5.255 2.275

3 Nº de camas da rede hoteleira (novas) (F) 7.882 2.048 10.510 2.569

4 Nº de pessoas empregadas (F) 13.038 29.354 13.149 16.583

5 Nº de unidades hoteleiras (novas) (F) 359 355 363 537

Fonte: MPDT

Quadro 32 - Desempenho do sector da Hotelaria e Turismo

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |36

3.2.5.26. Sector da Família e Promoção da Mulher

95. Com objectivo da criação de condições económicas, sociais, culturais e politicas para que a família possa

desempenhar a sua função nuclear na sociedade, como unidade social base, com respeito da sua

identidade, unidade, autonomia e valores tradicionais, a promoção dos direitos humanos das mulheres e

a igualdade de oportunidades e benefícios entre mulheres e homens em Angola, o sector garantiu a

participação em todas as reuniões, eventos, conferências, seminários, palestras, workshops realizados,

quer no interior, como no exterior do país.

Desempenho do Sector da Família e Promoção da Mulher

N/O Indicadores 2014 2015

Meta Real Meta Real

1 Recursos humanos qualificados (%) (S) 60 48 60 83

2 Centros de aconselhamento familiares de referência (S) 2 0 2 0

3 Casas de Abrigo (S) 1 0 1 0

4 Conselheiros familiares formados (F) 600 250 600 384

5 Formação profissional realizada (F) 1.200 432 1.200 392

6 Casos de violência e aconselhamento feitos (F) 10.000 8.322 10.000 6.420

7 Nº de mobilizadores e activistas em género formados (F) 500 102 500 538

8 Mobilizadores e activistas sociais formados (F) 1.200 1.162 1.200 289

9 Beneficiários de micro crédito (F) 20.000 9.462 20.000 147

10 Parteiras tradicionais capacitadas (F) 564 1.265 564 1.491

11 Kits de parteira tradicional distribuída (F) 564 1.759 564 948

12 Seminários sobre género e família realizados (F) 200 203 200 39

13 Palestras sobre género e família realizadas (F) 400 1.430 400 960

14 Nº de aldeias rurais requalificadas (S) 108 0 130 0

15 Nº de aldeias rurais integradas construídas (S) 5 0 10 0

16 Nº de habitações rurais requalificadas (F) 21.600 0 25.900 0

17 Nº de famílias beneficiárias com o Programa de Estruturação Produtiva (F) 27.900 8.636 41.850 635

18 Nº de famílias beneficiárias com o Programa de Desenvolvimento Comunitário (F) 108.300 6.099 130.000 484

19 Nº de famílias beneficiárias com o Programa de Apoio à Mulher Rural (F) 76.900 6.406 92.280 160

Fonte: MPDT

Quadro 33 - Desempenho do sector da Família e Promoção da Mulher

3.2.6. Efectivos Civis da Função Pública

96. O número de efectivos da Função Publica até Dezembro de 2015, situou-se em 347.178. Vale lembrar

que pelo trabalho de recadastramento dos funcionários da função pública, que teve o seu início nos

meados do Exercício de 2015, irá apresentar o seu impacto significativo no Exercício de 2016.

Efectivos Civis na Função Pública N/O Órgãos do Governo 2015 2014 2013

1 Órgãos Soberania 5 234 1 146 965 2 Ministérios 58 159 43 039 41 580

3 Governos Provinciais 283 695 306 280 311 167

4 Outros Serviços e Entidades 90 3 502 3 401

5 Total Geral 347 178 353 967 357 113

Fonte: MINFIN

Quadro 34 - Número de efectivos da Função Pública

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |37

3.3. Balanço Orçamental, Financeiro e Patrimonial de 2015

3.3.1. Introdução

97. Nesta secção do documento apresentam-se os dados da execução Orçamental, financeira e patrimonial,

bem como a demonstração das variações patrimoniais do ano fiscal de 2015, conforme a composição

definida nos artigos 59.º a 62.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho – Lei do Orçamento Geral do Estado.

98. Um conjunto de quadros demonstrativos presentes na Parte II auxilia a compreensão das informações

apresentadas ao longo desta secção.

99. De acordo com número 1 do artigo 58.º da Lei do OGE, a CGE compreende as contas de todos os órgãos

integrados no OGE. Assim, para além de incluir as contas das entidades com autonomia financeira, há

que se destacar na composição da CGE as demonstrações financeiras e os relatórios de execução do

Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), acompanhado do relatório de gestão do período a que

corresponde.

100. Importa referir, entretanto, que as Contas da Segurança Social têm a limitação de apenas integrarem os

demonstrativos da Receita e Despesa realizadas em 2015.

3.3.2. Mutações Orçamentais por Órgãos do Governo

101. Em função do Artigo 15, do Decreto Presidencial nº 1/15, de 2 de Janeiro, que Aprova o Orçamento

Geral do Estado, durante o exercício de 2015 diferentes Unidades Orçamentais solicitaram

contrapartidas, dentro dos seus limites e quadros orçamentais, tendo como propósito o ajustamento da

Despesa de acordo o crédito disponível, como apresentado no Quadro 35.

Mutações/Créditos Orçamentais (valores em milhões de Kz)

N/O Categoria da Despesa Valor Partic.%

1 Bens E Serviços 86.017 22%

2 Despesas De Capital 58.171 15%

3 Salário 224.790 57%

4 Transferência 26.721 7%

5 Total 395.699 100%

Fonte: MINFIN

Quadro 35 – Mutações/Créditos Orçamentais em 2015

102. Tais mutações orçamentais, tiveram como objectivo o suplemento para:

Continuidade dos Projectos de Investimento Públicos prioritários, no domínio dos Transportes,

Energia e Construção de Infraestruturas;

Pagamento e Manutenção dos Salários da Função Publica;

Compromisso para o Pagamento de Despesas ligadas a Dívida Interna e Externa.

Bens E

Serviços

86.017

Despesas De

Capital

58.171Salário

224.790

Transferência;

26.721

Page 39: EXERCÍCIO FISCAL 2015 E · de Julho – Lei do Orçamento Geral do Estado (OGE), combinado com o Decreto Executivo nº 28/11, de 24 de Abril – e demais normas complementares. 02

CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |38

3.3.3. Balanço Orçamental

103. O Orçamento Geral do Estado revisto, estimou uma Receita de Kz 5.454.023 milhões e fixou a Despesa

em igual montante, que incluem, respectivamente, a Receita decorrente do endividamento

(Financiamentos Internos e Externos) e as Despesas com amortização da Dívida (Despesa de Capital

Financeiro), como representado no Balanço Orçamental no seu Quadro 36.

Balanço Orçamental (Valores em milhões de Kz)

N/O Receita Estimada Arrecadada Exec.% Despesa Autorizada Realizada Exec.%

2015 2015

1 Correntes 2.692.029 2.619.397 97% Correntes 3.287.731 2.887.548 88%

2 Tributárias 1.832.722 1.894.933 103% Pessoal e Contrib. Empreg. 1.491.358 1.381.014 93% 3 Patrimonial 816.678 670.163 82% Bens 215.646 151.159 70%

4 Serviços 23.064 54.028 234% Serviços 600.164 486.019 81%

5 Transferências Correntes 0 0 0% Juros da Dívida 258.479 248.469 96%

6 Rec. Correntes Diversas 18.889 9 0,0% Subsídios 350.281 278.477 80%

7 Indeminizações e Restituição 676 263 39% Transferências Correntes 371.803 342.410 92%

8 Capital 2.761.994 1.319.068 48% Capital 2.139.494 1.507.325 70%

9 Alienações 2.381 1.474 62% Investimentos 780.020 569.416 73%

10 Financiamentos 2.515.590 1.317.594 52% Transferências de Capital 33.747 12.500 37%

11 Reversão De Result. Ant. 244.023 0 0% Despesas de Capital Finan. 1.306.825 921.169 70%

12 Outras Desp. De Capital 18.902 4.240 22%

13 Total da Receita 5.454.023 3.938.464 72% Total da Despesa 5.427.225 4.394.873 81%

13 Saldo Orçamental Negativo 456.409 Reserva Orçamental 26.798 0

14 Totais 5.454.023 4.394.873 81% Totais 5.454.023 4.394.873 81%

Fonte: MINFIN

Quadro 36 - Balanço Orçamental

104. O Quadro 37, apresenta o Saldo Orçamental Global, apurado pelo Saldo Orçamental Fiscal. Assim, o

Saldo Fiscal para o Exercício de 2015, foi na ordem dos Kz 852.834 milhões negativos, sendo o

mesmo resultado das Receitas e Despesas Fiscais, retirando aquela Receita proveniente de Recursos

alheios, bem como aquelas Despesas para honrar o compromisso com as instituições (Interna e Externa)

credoras. Com isso, incluindo as Receitas de Financiamento e as Despesas com a Amortização da Dívida,

obtemos um Déficit, no valor de Kz 456.409 milhões, sendo o mesmo 3,7% negativos por percentagem

do PIB para o Exercício de 2015 em Kz 12.320 mil milhões, sendo o PIB Petrolífero em Kz 2.884 mil

milhões, e o PIB Não Petrolífero em Kz 9.436 mil milhões.

Apuramento do Saldo Orçamental Fiscal/Global (valores em milhões de Kz)

N/O Descrição Previsão Execução Var.%

2014 2015 2014 2015 Homologa 1 Apuramento Saldo Orçamental

2 Receitas Fiscais (Excluindo Receitas de Financiamento) 5.552.129 2.938.433 5.115.383 2.620.870 -49%

3 Despesas Fiscais (Excluindo Despesas de Capital Financeiro) 6.196.090 4.120.400 5.911.961 3.473.704 -41%

4 Saldo Fiscal Negativo -643.961 - 1.181.967

-796.578 -852.834 7%

5 Receitas de Financiamento (Títulos e Desembolsos) 1.706.256 2.515.590 1.467.531 1.317.594 -10%

6 Despesas de Capital Financeiro (Amortização da Dívida) 1.062.295 1.306.825 948.962 921.169 -3%

7 Reserva Orçamental 140 26.798

8 Saldo de Operações Financeira 643.961 1.181.967 518.569 396.425 -24%

9 Saldo Global Orçamental - - - 278.009 - 456.409 64%

Fonte: MINFIN

Quadro 37 - Resultado Orçamental

105. Devemos aqui frisar, que o Resultado Orçamental é apurado pela Receita Arrecadada na Óptica de

Caixa (Fluxo Real) e a Despesa Realizada na Óptica do Compromisso (Especialização do Exercício), o

que representa uma medida rigorosa, tendo em vista que pertence ao exercício financeiro a Receita nele

arrecadada, e porque o compromisso considera a Despesa realizada, independentemente do seu

pagamento, em alinhamento ao axioma das doutrinas e teorias relativas aos princípios contabilísticos

universalmente similares, propriamente o princípio da prudência.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |39

3.3.3.1. Execução da Receita

106. A Receita Arrecadada, na óptica de Caixa, incluindo a Receita do Instituto Nacional de Segurança

Social, que foi de Kz 3.938.465 milhões, correspondeu a 72% da Receita Estimada para o Exercício de

2015, com destaque para as Receitas Correntes arrecadadas, sobretudo pela Receita Fiscal não

Petrolífera, com um contributo de 33% em relação a Receita Total Arrecadada, o que reforça e incentiva

ainda mais o processo de potenciação da Receita Não Petrolífera, nas diferentes anatomias do sistema

Tributário.

Receitas Realizadas (Valores em milhões de Kz)

N/O RECEITAS Prevista Arrecadada

Taxa

Exec.%

Taxa

Exec.% Var.% Part.% Exec. %

2014 2015 2014 2015 2014 2015 Homóloga 2015 2014 2013

1 Correntes 4.859.618 2.692.029 4.423.859 2.619.397 91% 97% -41% 67% 91% 97%

2 Petrolíferas 3.313.093 1.039.221 2.993.103 1.152.914 90% 111% -61% 29% 90% 109%

3 Concessionária 2.504.606 800.108 1.986.266 643.488 79% 80% -68% 16% 79% 100% 4 Companhias 808.487 239.113 1.006.837 509.426 125% 213% -49% 13% 125% 133%

5 Diamantíferas 17.815 5.490 8.472 8.638 48% 157% 2% 0% 48% 77%

6 Outras Receit. Tributárias 991.504 1.501.731 1.248.068 1.307.110 126% 87% 5% 33% 126% 86% 7 Outras Receitas Correntes 371.875 18.062 87.360 0 23% 0,0% -100% 0% 23% 17%

8 Receitas das Contrib. Sociais 165.331 127.525 86.856 150.735 53% 118% 74% 4% 53% 167%

8 Capital 2.398.767 2.761.993 2.159.055 1.319.068 90% 48% -39% 33% 90% 84%

9 Alienações 1.643 2.380 912 1474 56% 62% 62% 0% 56% 100%

10 Financiamentos 1.706.257 2.515.589 1.467.531 1.317.594 86% 52% -10% 33% 86% 77%

11 Internos 670.404 1.410.077 723.366 786.483 108% 56% 9% 20% 108% 95% 12 Externos 1.035.853 1.105.512 744.165 531.111 72% 48% -29% 13% 72% 66%

13 Outras Receitas de Capital 690.867 244.024 690.612 100% 0% -100% 0% 100% 100%

14 Totais 7.258.385 5.454.022 6.582.914 3.938.465 91% 72% -40% 100% 91% 64%

Fonte: MINFIN

Quadro 38 - Receitas Arrecadadas

107. As Receitas Correntes Arrecadadas totalizaram Kz 2.619.397 milhões, correspondendo a uma

execução de 97% em relação a Receita Prevista, onde para o Exercício de 2015, já é notório o

crescimento da Receita do Sector Não Petrolífero, com uma execução de 87%, e uma contribuição sobre

a Receita Total em 33%.

108. Para as Receitas Correntes, podemos constatar que:

A redução da hegemonia da Receita Petrolífera, com um nível de arrecadação de 111%, como

resultado da contínua baixa do preço de referência internacional desta Commodity, que em sede

de Receita Petrolífera é caracterizada pelos impostos pagos pelas Companhias petrolíferas (i.e

imposto sobre rendimento do Petróleo) e pelos encargos pagos pela Sonangol concessionária á

título de Partilha de Produção de Petróleo nos diferentes blocos de operação;

Receita de Diamantes, executada em 157%, demonstrando um crescimento no rigor sobre os

impostos sobre a produção e rendimento de Diamantes, ainda que apresente uma participação

muito reduzida em relação a Receita global arrecadada, no que se refere a actividade de

exploração em alguns projectos já existentes e o surgimento das novas concessões, e o

afinamento conjunto que as empresas do grupo Endiama para o cumprimento ao rigor no

pagamento dos impostos devidos, pelos contribuintes Sociedade Mineira de Catoca; Sociedade

Mineira do Cuango; Sociedade Mineira do Chitotolo; Tecmad – Mining Services; Luo –

Sociedade Mineira; Somiluana – Sociedade Mineira; Jestar Diamonds; Uari – Sociedade

Mineira; Projecto Luo e Sociedade Mineira da Calonda;

Uma execução para Outras Receitas Tributárias em 87%, caracterizado pelas diferentes naturezas

de impostos (imposto sobre a importação e exportação, imposto industrial, imposto predial

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |40

urbano) e diferentes naturezas de Taxas, emolumentos consulares e aduaneiros, e as Receitas

Parafiscal; e

Receitas das Contribuições Socias, com 118% de execução, arrecadadas pelo INSS, sendo esta

representada pelos pagamentos das Contribuições Sociais dos empregados e das instituições

empregadoras, no momento do pagamento das remunerações.

109. As Receitas de Capital, no valor de Kz 1.319.068 milhões, registaram uma participação de 33% no

Total da Receita Arrecadada, com maior peso vindo da Receita de Financiamentos:

Execução de 56% em Receitas de Financiamento Interno, caracterizada pela Emissão de Papeis,

no sentido de acomodar Despesas, e/ou evitando assim desequilíbrios orçamentais;

Execução de 48% em Receitas de Financiamento Externo, e uma diminuição de 29% em relação

ao Exercício de 2014, pelos fluxos de Desembolsos em pagamento directos ao fornecedores de

serviços, bem como financiamento directos as contas do Tesouro; e

Receitas em Alienações de habitações, empresas e bens diversos, com uma execução de 62% em

relação a Receita Prevista, e apresentando um aumento em relação ao exercício fiscal de 2014

em 62%.

110. Sendo assim, abaixo é apresentada a estrutura gráfica para a execução da Receita:

Ilustração 13 - Estrutura da Receita Arrecadada

3.3.3.2. Execução da Despesa

111. A Despesa Realizada, sendo esta na óptica do Compromisso ou Especialização do Exercício,

incluindo a Despesa do Instituto Nacional de Segurança Social, foi de Kz 4.394.873 milhões,

correspondendo a 81% da Despesa Prevista, como se pode observar no Quadro 39. No Exercício fiscal

de 2015 a Despesa Realizada foi inferior em 36% em relação ao Exercício de 2014.

Concessionária

79%

Companhias

125%

Diamantíferas

48%

Outras Receit.

Tributárias

115%

Outras Receitas

Correntes

23%

Alienações

56%

Financiamento

Internos

108%

Financiamento

Externos

72%

Outras

Receitas de

Capital

100%

Execução da Receita 2015 Execução da Receita 2014

Concessionária

80%

Companhias

213%

Diamantíferas

157%

Outras Receit.

Tributárias

87%

Outras Receitas

Correntes

0%

Receitas das

Contribuições

Sociais

118%

Alienações

62%

Financiamento

Internos

56%

Financiamento

Externos

48%

Outras Receitas

de Capital

0%

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |41

Despesas Realizadas (Valores em milhões de Kz)

N/O Natureza da Despesa Prevista Realizada

Exec.

% Var.% Part.% Exec. %

2014 2015 2014 2015 2015 Homologa 2015 2014 2013

1 Correntes 4.156.846 3.287.731 3.948.647 2.887.548 88% -27% 66% 95% 94%

2 Pessoal e Contrib.do Empregador 1.364.276 1.491.358 1.309.375 1.381.014 93% 5% 31% 96% 95%

3 Bens 432.130 215.646 383.675 151.159 70% -61% 3% 89% 86%

4 Serviços 1.083.782 600.164 987.645 486.019 81% -51% 11% 91% 93%

5 Juros da Dívida 149.495 258.479 147.161 248.469 96% 69% 6% 98% 86%

6 Subsídios e Outras Transferências 1.127.163 722.084 1.120.791 620.887 86% -45% 14% 99% 99%

7 Capital 3.101.399 2.139.494 2.912.276 1.507.325 70% -48% 34% 96% 89%

8 Investimentos 1.981.516 780.020 1.905.956 569.416 73% -70% 13% 96% 84%

9 Transferências de Capital 4.361 33.747 4.315 12.500 37% 100% 0% 99% 0%

10 Despesas de Capital Financeiro 1.062.295 1.306.825 948.962 921.169 70% -3% 21% 89% 99%

11 Outras Despesas De Capital 53.227 18.902 53.043 4.240 22% -92% 0% 100% 99%

12 Reserva Orçamental 140 26.798 0 0 0% 0% 0% 0% 0%

13 Totais 7.258.385 5.454.023 6.860.923 4.394.873 81% -36% 100% 95% 92%

Fonte: MINFIN

Quadro 39 – Despesa Realizada

112. As Despesas Correntes, no valor de Kz 2.887.548 milhões, foram executadas em cerca de 88% em

relação a Despesa Corrente Autorizada, e 27% abaixo em relação a Despesa Realizada no Exercício de

2014, onde notamos uma maior execução nas Despesa com Vencimentos, Juros da Dívida Interna e

Externa.

113. As Despesas Correntes, na estrutura do orçamental pelas diferentes naturezas constituem-se por:

Encargos com o pessoal civil e militar, e as contribuições do empregador, como IRT e sobre

INSS, com uma execução de 93%, e 5% superior ao ano de 2014, demonstrando a capacidade

do Estado em agregar cada vez mais capital humano nas instituições e redução do desemprego

involuntário;

Despesas com Bens, tais como bens hospitalares, alimentícios e para processamentos

tecnológicos de dados, com uma execução de 70%, 61% inferior em relação ao exercício 2014;

Despesas em Serviços, tais como estudos e consultoria, e ainda a Despesa indispensável de

fiscalização e supervisão da Sonangol Concessionária, com uma execução de 81%, inferior em

51% em relação ao ano de 2014;

O Juros da Dívida Interna e Externa, considerado como custo do financiamento via Bilhetes e

Obrigações do Tesouro, bem como o financiamento proveniente do Exterior, executado em 96%

em relação ao previsto, 69% superior em relação o exercício fiscal de 2014, demonstrando a

capacidade e o comprometimento do Estado em reembolsar os passivos contraídos; e

Subsídios a preços e operacionais sustentados no funcionamento contínuo das empresas públicas

e as transferências em sede das pensões de reforma e para instituições sem fins lucrativos, com

uma execução de 86%, e uma redução em 45% em relação ao Exercício de 2014, resultado do

processo de redução constante do Peso dos Subsídios a Preço no Despesa do Estado.

114. As Despesas de Capital cifraram-se em Kz 1.507.325 milhões, com um nível de execução de 70% e

uma participação de 34% no total das Despesas, sendo que o peso maior foi para as Despesas em

Investimentos com 73% e nas Despesas com a Amortização de Passivos em 70%.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |42

115. Portanto, as Despesas de Capital realizaram-se em :

Investimentos, albergando assim os projectos de investimento públicos, com ênfase em

construções de infra-estruturas e reabilitações de instalações, e outras aquisições de imóveis, que

para o exercício em análise realizou 73% em relação a autorizada, com uma redução em 70%,

em relação ao Exercício de 2014, ainda assim, abrangendo as infraestruturas em estradas,

aeroportos, e projectos de reconstrução, estendido a todo território nacional como: (i) Construção

auto-estrada Luanda-Soyo; (ii) Reabilitação das Ruas Secundárias e Terciárias de Luanda; (iii)

Construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca e sistema de transporte associado; (iv)

Ciclo Combinado do Soyo e sistema de transporte associado; (v) Construção de Infra-estruturas

de Centralidades; e (vi) Construção do novo Aeroporto Internacional de Luanda;

Despesas em Transferências de Capital, com uma taxa de execução de 37%, caracterizada pelo

reforço de recursos efectuados para o Fundo Rodoviário, a BODIVA, e o reforço a favor da

empresa SODEPAC na aquisição de imóvel; e.

As Despesas em Capital financeiro, ou seja, amortização de passivos financeiros como a Dívida

interna (i.e resgate de Bilhetes do Tesouro) e externa como amortização do capital para com as

instituições financeiras internacionais, com execução de 70% em relação a previsão, sendo

apenas 3% inferior ao Exercício de 2014.

116. Com isso, abaixo a ilustração gráfica 14, da execução da Despesa nas diferentes naturezas:

Ilustração 14 - Estrutura da Despesa Realizada

3.3.3.3. Execução da Despesa por Função do Governo

117. A Despesa por Função, apresenta o maior nível de agregação das diversas áreas de actuação no sector

público, sendo uma relação institucional dos órgãos do governo, representando a aplicação de recursos

no Sector Social, nas actividades de âmbito Económico, na esfera da Defesa e Segurança, e nos Serviços

Públicos Gerais, como apresentado no Quadro 40.

Pessoal e

Contrib.do

Empregador

93%

Bens

70%

Serviços

81%

Juros da Dívida

96%

Subsídios e

Outras

Transferências

86%

Investimentos

73%

Transferências

de Capital

37%

Despesas de

Capital

Financeiro

70%

Outras

Despesas De

Capital

22%

Reserva

Orçamental

0%

Pessoal e

Contrib.do

Empregador

95%

Bens

96%

Serviços

89%

Juros da

Dívida

91%

Subsídios e

Outras

Transferências

98%

Investimentos

96%

Transferências

de Capital

99%

Despesas de

Capital

Financeiro

89%

Outras

Despesas De

Capital

100%

Reserva

Orçamental;

0%

Execução da Despesa 2015Execução da Despesa 2014

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |43

Despesa por Função e Sub-Funcão (Valores em milhões de Kz)

N/O FUNCÕES DO GOVERNO Autorizada Realizada Exec.% Var.% Part.% Exec.%

2014 2015 2014 2015 2015 Homologa 2015 2014 2013

1 Sector Social 2.342.888 1.815.897 2.202.738 1.387.566 76% -37% 42% 94% 92%

2 Educação 458.971 476.508 405.103 420.349 88% 4% 13% 88% 88%

3 Saúde 319.348 269.149 276.185 193.199 72% -30% 6% 86% 91%

4 Protecção Social 869.298 674.800 858.822 543.988 81% -37% 16% 99% 98% 5 Habitação e Serviços Comunitários 571.688 316.836 551.885 174.518 55% -68% 5% 97% 81%

6 Recreação Cultura e Religião 81.683 47.502 73.673 34.170 72% -54% 1% 90% 85%

7 Proteção Ambiental 41.900 31.102 37.070 21.342 69% -42% 1% 88% 84%

8 Assuntos Económicos 1.415.439 574.674 1.378.698 466.757 81% -66% 14% 97% 87%

9 Agricultura, Sivicult, Pesca e Caça 60.916 39.404 50.657 30.671 78% -39% 1% 83% 81%

10 Combustíveis e Energia 289.053 187.873 287.180 182.015 97% -37% 5% 99% 89% 11 Industria Extractiva, construção 57.306 20.396 52.526 13.661 67% -74% 0% 92% 89%

12 Assuntos Econ Gerais, Com E Laborais 572.069 154.482 568.703 82.440 53% -86% 2% 99% 98%

13 Transportes 386.411 146.558 377.749 133.784 91% -65% 4% 98% 83% 14 Comunicações E Tecn Da Informação 37.741 24.412 31.072 22.868 94% -26% 1% 82% 77%

15 Outros Serviços Económicos 10.641 1.547 9.807 1.316 85% -87% 0% 92% 81%

16 Invest. E Desen. (I&D)Em Assunt.Econ. 1.302 2 1.004 2 100% -100% 0% 77% 98%

17 Defesa e Segurança 1.207.411 971.915 1.183.070 948.195 98% -20% 29% 98% 94%

18 Defesa Nacional 687.794 802.573 672.319 788.963 98% 17% 24% 98% 98%

19 Segurança e Ordem Pública 519.617 169.342 510.751 159.232 94% -69% 5% 98% 88%

20 Serviços Públicos Gerais 2.292.646 790.970 2.096.417 516.225 65% -75% 16% 91% 96%

21 Totais 7.258.385 4.153.456 6.860.923 3.318.743 80% -52% 100% 95% 92%

Fonte: MINFIN

Quadro 40 – Despesas por Função e Sub-Função

118. Abaixo, na ilustração gráfica 15, da execução da Despesa por Função:

Ilustração 15 – Estrutura da Despesa por Função

119. A execução da Despesa por Função, apresentada no Quadro 40, retrata a execução para:

Despesas no Sector Social, com uma taxa de execução de 76% em relação a Despesa autorizada

por Lei, sendo 37% inferior em relação ao exercício fiscal e 2014, demonstrando o compromisso

em responder aos desafios no sector da educação desde o ensino primario, pós-graduação, bem

como na educação especial, numa perspectiva base para o desenvolvimento; aumentar os

serviços de saúde nos serviços hospitalares gerais e especializados; o atendimento nas questões

da família, desemprego, velhice e doença e incapacidade; o compromisso para com o crescimento

habitacional, abastecimento de água, saneamento básico e iluminação das vias públicas; os

serviços culturais, de comunidade, desportos e a promoção dos serviços religiosos; e gestão dos

residuos sólidos, redução da poluição, e os serviços de protecção ambiental;

Sector Social

81%

Assuntos

Económicos

81%

Defesa e

Segurança;

98%

Serviços

Públicos Gerais

65%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

Sector Social

94%

Assuntos

Económicos

97%

Defesa e

Segurança

98%

Serviços Públicos

Gerais

91%

86%

88%

90%

92%

94%

96%

98%

100%

Sector Social

92%

Assuntos

Económicos

87%

Defesa e

Segurança

94%

Serviços Públicos

Gerais

96%

82%

84%

86%

88%

90%

92%

94%

96%

98%

Despesa por Função 2015 Despesa por Função 2014 Despesa por Função 2013

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |44

Assuntos Económicos, uma taxa de execução em 81%, em relação a Despesa autorizada, e em

66% inferior em relação a execução do ano de 2014, significando o contínuo atendimento nas

questões da agricultura como base para diversificação da economia, os transportes ferroviário,

fluvial e rodoviário; a indústria transformadora e extrativa como sector secundário do tecido

económico; o investimento em tecnologias de informação; e a actividade de comércio no geral;

Defesa e Segurança, apresentando a taxa de execução em 98%, sendo 20% inferior em relação

ao exercício fiscal de 2014, afirmando o empenho em manter a defesa militar, bem como a

redução da criminalidade por via da ordem pública, via serviços policiais, e pelos serviços de

justica, ou seja, os tribunais; e

Serviços Públicos Gerais, com taxa de execução de 65%, que em relação ao exercício fiscal de

2014 apresenta 75% abaixo, no sentido de executar as Despesas ligadas á ajudas económica

externas, as estruturas de funcionamento dos órgãos legislativos e relações exteriores, bem como

os Serviços para o atendimento da Dívida Pública no geral.

3.3.3.4. Despesa por Função dos Programas de Investimentos Públicos

120. As Despesas por Função arroladas para os Programas de Investimentos Públicos, espelham de forma

númerica a execução financeira dos projectos em linha com a visão do executivo, e com o Plano Nacional

de Desenvolvimento 2013-2017, que para o exercício fiscal de 2015 realizaram-se em Kz 635.960

milhões.

121. É pertinente mencionar que as Despesas de Programa de Investimento é parte integrante na execução

da Despesa Fiscal anteriormente apresentada. Com isso, o Quadro 41 demonstra a taxa de execução

dos projectos de investimento públicos em relação à Despesa Fiscal autorizada.

Despesa PIP sobre as Despesas de Investimento (Valores em milhões de Kz)

N/O Descrição 2014 2015 Var. %

Homóloga

1 Despesa de Investimento Global Autorizada 5.911.961 3.553.022 -40%

2 Despesas PIP Realizada 1.382.597 635.960 -54%

3 Execução da Despesa PIP/Despesa Investimento 23% 18%

Quadro 41 – Execução da Despesa PIP sobre a Despesa de Investimento

122. No Quadro 41, constatamos que boa parte da execução das Despesas Fiscal é resultado da execução

financeira conducente aos programas de investimentos públicos, onde para o exercício fiscal de 2015 a

execução dos Programas em relação a Despesa fiscal autorizada é de 18%, sendo o remanescente 82%

ao cuidado de outras Despesas Fiscais.

123. O Quadro 42, apresenta as Despesas de Investimentos Públicos distribuídas na forma funcional dos

sectores do governo.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |45

Despesas por Função dos Programas de Investimentos Públicos (Valores em milhões de Kz)

N/O FUNCÕES DO Autorizada Realizada Exec.% Var. % Part.%

GOVERNO 2014 2015 2014 2015 2015 2014 Homóloga 2015

1 Sector Social 1.265.462 389.975 594.578 219.100 56% 47% -63% 39%

2 Educação 124.771 21.373 49.801 13.666 64% 40% -73% 2% 3 Saúde 119.631 32.238 53.116 19.473 60% 44% -63% 3%

4 Protecção Social 19.175 7.254 8.271 6.294 87% 43% -24% 1%

5 Habitação e Serviços Comunitários 938.948 306.703 455.173 168.548 55% 48% -63% 30% 6 Recreação, Cultura e Religião 51.184 12.954 23.485 3.824 30% 46% -84% 1%

7 Protecção Ambiental 11.753 9.453 4.732 7.295 77% 40% 54% 1%

8 Sector Económico 1.289.359 346.576 632.764 318.364 92% 49% -50% 57%

9 Agricultura, Sivicult., Pescas e caça Ambiente 46.503 15.446 20.990 12.193 79% 45% -42% 2% 10 Combustíveis e Energia 400.486 164.361 199.201 161.081 98% 50% -19% 29%

11 Industria Extrac. Transf. E Construção 15.871 12.709 6.851 6.857 54% 43% 0% 1%

12 Assuntos Econ. Gerais, Com. E Laborais 70.832 18.230 32.526 13.831 76% 46% -57% 2% 13 Comunicação 44.189 12.548 20.788 12.281 98% 47% -41% 2%

14 Transportes 696.031 122.625 344.805 111.466 91% 50% -68% 20%

15 Invest. E Des. Em Assunt. Económicos 1.980 2 990 2 100% 50% -100% 0%

16 Outros Serviços Económicos 13.467 655 6.613 653 100% 49% -90% 0%

17 Defesa e Segurança 91.481 9.699 42.313 5.951 61% 46% -86% 1%

18 Defesa Nacional 42.950 3.165 19.385 2.769 87% 45% -86% 0% 19 Segurança e Ordem Pública 48.531 6.534 22.928 3.182 49% 47% -86% 1%

20 Serviços Públicos Gerais 233.794 17.767 112.942 13.228 74% 48% -88% 2%

21 Totais 2.880.096 764.017 1.382.597 556.643 73% 48% -60% 100%

Fonte: MINFIN

Quadro 42 – Despesas por Função dos Projectos de Investimentos Públicos

124. Os projectos do programa de investimento públicos inscritos no Orçamento Geral do Estado, são

executados em naturezas economicas da Despesa de construção, apetrechamento, , estudos para

construção, melhoramento e expansão de instalações, bem como reabilitação de instalações.

Ilustração 16 – Estrutura da Despesa Função – PIP

3.3.3.5. Receita e Despesa por Província

3.3.3.5.1. Receita por Província

125. A Ilustração a seguir demonstra a receita arrecadada em cada uma das 18 províncias de Angola.Os

valores da Receita apresentados por província, implicam que tenha sido prevista a sua arrecadação nessa

região por Unidades Orçamentais, pertencentes a essa mesma província.

126. Para uma análise mais perceptível da arrecadação da Receita a nível provincial, a informação por

província é apresentada através do mapa de Angola. Devemos destacar a Receita arrecadada na província

Sector Social

47%

Sector

Económico

49%

Defesa e

Segurança

46%

Serviços

Públicos

Gerais

48%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%Sector

Social

80%

Sector

Económico

81%

Defesa e

Segurança

80%

Serviços

Públicos

Gerais

85%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Despesa por Função PIP 2015 Despesa por Função PIP 2014 Despesa por Função PIP 2013

Sector

Social; 56%

Sector

Económico;

92%

Defesa e

Segurança;

61%

Serviços

Públicos

Gerais; 74%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |46

de Luanda, com um volume de Kz 2.294.119 milhões, atingindo 57% da totalidade da Receita arrecadada

por províncias.

Receita arrecadada por Província

Ilustração 17 - Receita arrecadada por província

3.3.3.5.2. Despesa por Província

127. Os valores da Despesa apresentados por província implicam, que tenha sido prevista a sua execução

nessa região por Unidades Orçamentais pertencentes a essa mesma província. Para uma análise mais

perceptível da execução da Despesa a nível provincial, a informação por província é apresentada através

do mapa de Angola.

128. A Ilustração seguinte demonstra a Despesa realizada em cada uma das 18 províncias de Angola.

129. Destaque para as províncias de Luanda, Benguela, Huambo e Huíla que apresentaram um valor

realizado de Despesa superior a Kz 55.000 milhões.

130. Por outro lado, as províncias de Bengo, Cuanza Norte, Lunda Sul, Zaire, Namibe e Cunene

apresentaram os montantes de Despesa inferiores a Kz 30.000 milhões.

*Valores em milhões de Kwanzas

Cabinda

Zaire Uíge

Bengo

Luanda Cuanza

Norte Malange Lunda Norte

Lunda Sul Cuanza

Sul

Bié

Moxico Huambo Benguela

Namibe

Huíla

Cunene

Cuando Cubango

555

17.878

18.386

858

3.989 1.326 1.581

894

770

1.751

1.209

14.465

8.122

31.419 3.948

3.077

7.177

2.294.119

- 200

200 1.000

1.000 2.000

2.000 3.000

3.000 10.000

10.000

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |47

Despesa executada por Província

Ilustração 18 - Despesa executada por província

*Valores em milhões de Kwanzas

Cabinda

Zaire Uíge

Bengo

Luanda Cuanza

Norte Malange Lunda Norte

Lunda Sul

Cuanza

Sul

Bié

Moxico Huambo

Benguela

Namibe

Huíla

Cunene

Cuando Cubango

23.348

22.397

30.920

45.117

23.920 30.083

34.240

18.925

41.085

31.070

35.771

22.010

55.257

70.120 59.350

34.496

21.745

153.417

- 7.000

7.000 10.000

10.000 12.000

12.000 16.000

16.000 25.000

25.000

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |48

3.3.4. Balanço Financeiro

131. O Balanço Financeiro demonstra a Receita na óptica de Caixa e a Despesa na óptica do compromisso,

bem como os pagamentos e recebimentos de natureza extra-orçamental conjugado com os saldos em

espécie provenientes do exercício anterior e os que se transferem para o exercício seguinte.

132. Nesta demonstração são incluídas apenas as contas de natureza financeira, ou seja, aquelas que têm

como contrapartida contas de Receitas e Despesas orçamentais bem como as disponibilidades

financeiras (Bancos).

Resumo do Balanço Financeiro (Valores em milhões de Kz)

N/O Receitas 2015 2014 Var.%

Despesas 2015 2014 Var.%

Homóloga Homóloga

1 Orçamentais 3.938.465 6.551.035 -40% Orçamentais 4.394.874 6.860.923 -36%

2 Correntes 2.619.397 4.423.859 -41% Correntes 2.887.548 3.948.472 -27%

3 Capital 1.319.068 2.127.176 -38% Capital 1.507.326 2.912.451 -48%

4 Extra Orçamentais 9.022.059 10.144.023 -11% Extra Orçamentais 7.805.096 9.306.123 -18%

5 Activos a Realizar-Ex. Anter 0 726.079 -100% Activos a Realizar-Ex. Actual - - 0%

6 Passivos a Pagar – Ex. Actual 1.268.175 1.143.372 11% Passivos a Pagar – Ex. Ant. 1.143.371 539.015 112%

7 Interferências Activas 5.959.389 6.064.835 -2% Interferências Passivas 4.828.642 5.766.242 -16% 8 Mutações Activas 1.794.495 2.257.787 -21% Mutações Passivas 1.833.083 3.202.679 -43%

9 Disponibilidades – Ex. Ant. 2.919.434 2.513.337 16% Disponibilidades- Ex. Actual 3.679.988 2.986.181 26%

10 Em Moeda Nacional 1.723.036 399.094 332% Em Moeda Nacional 2.169.084 1.783.687 22% 11 Em Moeda Estrangeira 1.196.398 2.114.243 -43% Em Moeda Estrangeira 1.510.904 1.202.494 26%

12 Total 15.879.958 19.208.395 -17% Total 15.879.958 19.208.395 -17%

Fonte: MINFIN

Quadro 43 – Resumo do Balanço Financeiro OBS: Verificar nota explicativa sobre Interferências Activas e Passivas, Mutações Activas e Passivas no Quadro 66

133. Convém aqui destacar que a expressão Extra-orçamental não se refere a pagamentos ou recebimentos

efectuados fora do OGE, mas sim às contas de Activo, Passivo e as Interferências e Mutações Activas e

Passivas de natureza financeira, portanto, não orçamentais. A forma de elaboração desse Balanço leva a

que no grupo Extra-Orçamental sejam considerados saldos das contas de Activos e Passivos Financeiros

do exercício anterior e actual com o fim de se estabelecer a variação entre eles (aumento ou redução).

134. Em síntese, o que o Balanço Financeiro procura ressaltar, é o resultado financeiro do exercício, ou seja,

o fluxo líquido da movimentação dos recursos financeiros do período (variação entre a disponibilidade

dos dois últimos exercícios), como se pode ver no Quadro 44, que evidencia o Resultado Financeiro

positivo em 2015, no valor de Kz 760.554 milhões, acumulado com o saldo proveniente do exercício

anterior.

3.3.4.1. Apuramento do Saldo Financeiro (Valores em milhões de Kz)

N/O Especificação Valor

2015

Valor

2014

Var.%

Homológa

1 Saldo das Disponibilidades Exerc. Anterior 2.919.434 2.513.337 16%

2 (+) Receitas Orçamentais (Corrente e Capital) 4.013.569 6.551.035 -40%

3 (-) Despesas Orçamentais (Corrente e Capital) 4.394.874 6.860.923 -36%

4 (+) Aumento dos Passivos 124.802 604.357 -79% 5 (+) Redução do Activo - 726.079 -100%

6 (+) Saldo das Interferências Activas 5.959.389 6.064.835 0%

7 (-) Saldo das Interferências Passivas 4.828.642 5.766.242 -15% 8 (+) Saldo das Mutações Activas 1.794.495 2.257.787 -17%

9 (-) Saldo das Mutações Passivas 1.833.083 3.202.679 -40%

10 (=) Saldo das Disponibilidades Exerc. Em Análise 3.679.988 2.919.465 27%

11 Superavit Financeiro 760.554 374.249 100%

Fonte: MINFIN

Quadro 44 – Síntese dos Fluxos do Balanço Financeiro

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |49

3.3.4.2. Transacções com a Sonangol/Companhias Petrolíferas e os Custos Recuperáveis

135. Com relação a este capitulo, apresentamos as operações com a Sonangol Concessionária no Quadro

45, que para o Exercício de 2015 as exportações de petróleo atingiram um total de 643 milhões de barris,

7% acima em relação ao ano de 2014, tendo uma produção média de 1,7 milhões de barris dia,

igualmente 7% acima em relação ao Exercício anterior. O aumento em 7% na Produção diaria, bem

como nas exportações, foi insuficiente em termos de captação de Receita, uma vez que a variante preço

teve uma redução de 49%, já que o preço médio no Exercício de 2015 foi de U$D 53, significativamente

abaixo em relação aos U$D 102 no Exercício de 2014.

136. Ainda assim, a Receita Declarada (Óptica do Compromisso) atingiu o valor de USD 8 802 milhões

para o Exercício fiscal de 2015, 44% inferior quando comparado com o Exercício de 2014, o que

demonstra uma redução consideravel na arrecadação da Receita Fiscal Petrolifera para o Exercício em

analise, o que de certa forma exige um esforço no sentido de aumentar a qualidade da Despesa.

Transacções com a Sonangol/Companhias Petrolíferas (Valores em USD)

N/O Descrição da Operaç 2015 2014 Var.%

1 Exportação (Bbls) 643.507.416 599.465.706 7%

2 Produção diária 1.763.708 1.642.527 7%

3 Preço Médio 53 102 -49%

4 Receita Declarada – Sonangol

5 Concessionária Nacional 100% 8.802.582.346 15.658.299.647 -44%

6 Concessionária Nacional (93%) 8.190.108.998 19.167.223.793 -57%

8 Receita Declarada – Companhias

9 Total Companhias 4.213.779.455 9.737.401.937 -57%

10 Sonangol EP 448.457.777 1.257.677.136 -64%

11 Outras 3.765.321.678 8.479.724.801 -56%

Fonte: MINFIN Quadro 45 – Transacções com a Sonangol/Companhias Petrolíferas

137. No lado das Companhias Petroliferas, ainda no Quadro 45, assistimos também uma redução

significante, em 57% em relação ao periodo de 2014, sendo que para o exercício em análise a Receita

Declarada pelas demais Companhias Operadores foi na ordem dos U$D 4.213 milhões, e para o

Exercício de 2014 em U$D 9.737 milhões.

138. No que concerne às Companhias Petrolíferas, não se deve deixar de abordar sobre os Custos

Recuperáveis. Face a complexidade do sector, a indústria é rigorosa na classificação dos custos

associados às operações, pelo que usualmente, categoriza-os em função das fases do projecto de

investimento. A Lei n.º 13/04, de 24 de Dezembro, define o Petróleo para recuperação de custo (Cost

Oil) como sendo “ a parte do petróleo produzido e arrecadado das áreas de desenvolvimento necessário

para recuperar as despesas de Pesquisa, Desenvolvimento, Produção e Administração e Serviços. Na

prática, o petróleo para recuperação de custos (Cost Oil), característico nos Contractos de Partilha de

Produção (CPP), aglutina vários tipos de custos, designadamente, (i) custos de pesquisa, (ii) custos de

desenvolvimento, (iii) custos de produção e (iv) custos de administração e serviços. Afigura-se

necessário realçar que cada tipo de custo, obedece a metodologia própria de recuperação, conforme

estabelecido nas regras contratuais.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |50

Custos Recuperáveis das Companhias Petrolíferas (Valores em milhões de kz)

N/O Companhia Vendas

Custos

Recuperáveis

Petróleo

Lucro Imposto RP

1 Ajex - - - - 2 Ajoco 17.570 13.368 4.202 2.101

3 Ajoco91 - 8.227 - -

4 Angola Block 14 B. V. 46.166 25.838 10.379 5.190 5 Angola LNG - - - -

6 Angolan Consulting Resources 2.079 1.808 271 81

7 BP 450.667 297.847 142.740 71.370 8 BP Angola BV 123.277 84.323 35.413 17.706

9 BP Beta 32.770 22.415 9.414 4.707

10 Cabgoc 350.194 48.638 14.915 13.338 11 Chevron - - - -

12 China Sonangol International Limited 71.762 28.018 8.781 4.390

13 ENI 249.123 122.492 53.145 28.420 14 Esso 426.137 321.907 128.765 64.382

15 Force Petroleum 594 560 87 26

16 GALP Energia Overseas Block 14 B.V. 21.760 16.035 4.553 2.276

17 Ina-Naftaplin 2.617 2.883 906 453

18 KOTOIL S.A 1.171 - - -

19 Naftagas 2.892 2.883 906 453 20 PlusPetrol 1.625 1.466 248 124

21 POLIEDRO OIL CORPORATION S.A 1.223 - - -

22 Prodoil, SA 885 1.833 275 82 23 Somoil 9.237 3.469 2.014 604

24 Sonangol EP 261.626 - - 1.273

25 Sonangol P&P 243.107 140.327 97.508 29.252 26 SSI 248.787 157.031 80.933 40.467

27 Statoil 307.941 218.482 74.318 37.159

28 Statoil Dezassete AS 144.244 97.669 35.218 17.609 29 Statoil Quatro AS 7.401 6.298 1.102 551

30 Svenska - - - 8.454

31 Total 571.671 322.904 158.475 74.326 32 Total Exploration M'Bridge 74.274 44.792 25.897 10.978

33 Total LNG - - - -

34 Total 3.670.801 1.991.516 890.464 435.774

Fonte: MINFIN Quadro 46 – Custos Recuperáveis por Companhias Petrolíferas

Custos Recuperáveis Por Blocos (Valores em milhões de Kz)

N/O Bloco Vendas Custos

Recuperáveis

Petróleo

Lucro Imposto RP

1 0 A Cabinda 434.307 - - 875

2 0 B Nemba 256.750 - - 9.697

3 01/85 - - - -

4 02/05 - - - -

5 02/85 - - - -

6 03/05 97.635 75.100 22.535 10.091

7 03/05A 5.563 3.273 2.291 1.008

8 03/80 - - - -

9 03/85 - - - -

10 03/91 - - - -

11 04/05 21.050 18.168 2.883 1.085

12 14 205.353 159.366 45.988 21.349

13 14 K/A-IMI 2.507 2.137 370 146

14 15 472.096 357.446 114.650 57.325

15 15/06 109.605 63.406 46.199 20.273

16 17 1.396.525 882.041 417.441 208.720

17 18 318.900 226.442 92.458 46.229

18 31 347.312 201.348 145.965 59.164

19 FS-FST - - - -

20 LNG - - - -

21 Zona Sul Terrestre Cabinda 3.199 2.789 410 173

22 Total 3.670.801 1.991.516 890.464 435.774

Fonte: MINFIN Quadro 47 – Custos Recuperáveis por Blocos de Operação

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |51

3.3.5. Balanço Patrimonial

139. Esta demonstração financeira, Quadro 48, apresenta o Activo e o Passivo Líquido, as contas de Ordem

Activa e Passiva, sendo a única peça contabilística que representa uma posição estática “fotografia” de

todo o património, diferente das outras que têm uma característica dinâmica em função dos fluxos e

movimentação financeira do período.

Resumo do Balanço Patrimonial (Valores em milhões de Kz)

N/O ATIVO 2015 2014 Var.%

PASSIVO 2015 2014 Var. %

Homóloga Homóloga

1 Activo Circulante 4.906.112 3.070.739 60% Passivo Circulante 1.832.780 1.562.636 17%

2 Disponível 3.679.988 2.986.181 23% Depósitos Exigíveis 4.616 2.361 96%

3 Disponível no País 2.169.084 1.783.687 22% Obrigações em circulação 1.218.483 1.430.730 -15%

4 Moeda Nacional 804.085 461.023 74% Fornec.de Bens e Serviços 422.573 788.403 -46%

6 Moeda Estrangeira 1.364.999 1.202.494 0% Pessoal e Contrib. Empr. a

Recolher 7.861 4.134 90%

7 Disponível no Exterior 1.510.904 1.202.494 26% Dívida Púb. em Proc.de Pag. 95.965 68.201 41%

8 Moeda Estrangeira 1.510.904 1.202.494 26% Outras Obrigações A Pagar 22.369 -100%

9 Créditos a Receber 1.226.124 84.558 1350% Adiantamento Recebidos - - 0%

10 Valores Activos Pendentes - - 0% Operações de Crédito 692.084 547.623 26%

11 Realizável a Longo Prazo 891.240 324.361 175% Divida Interna 678.164 536.880 26%

12 Instituições e Agentes Devedores

324.362 324.361 0% Divida Externa 13.920 10.743 30%

13 Investimento de Longo Prazo 566.878 - 100% Subsídios e Transf.a Conceder 63.131 33.126 91%

14 Activo Permanente 9.213.256 9.334.505 -1% Outros Passivos Circulantes 124.950 21.551 480%

15 Investimento Financeiros 481.642 443.130 9% Dívidas de Exercício Anteriores 421.600 74.868 463%

16 Imobilizado 8.731.614 8.891.375 -2% Exigível a Longo Prazo 6.816.388 4.052.450 68%

17 Bens Móveis 1.694.358 1.688.011 0% Dívida Interna 2.655.147 1.732.102 53%

18 Bens Imóveis 7.020.063 7.162.256 -2% Dívida Externa 3.154.570 1.980.864 59%

19 Activos Intangíveis 17.193 17.193 Dívidas Venc. Super. a Um ano 439.793

20 Total do Activo 15.010.608 12.729.605 18% Outras Obrig. A Pagar A L. Prazo 566.878 339.484 67%

21 Outras Cont. de Ord. Activa 178.923 178.923 0% Património Líquido 6.361.440 7.114.519 -11%

22 Saldo Patrimonial 6.361.440 7.114.519 -11%

23 Total do Passivo 15.010.608 12.729.605 18%

24 Outras Contas de Ordem Passiva 178.923 178.923 0%

26 Total Geral 15.189.531 12.908.528 18% Total Geral 15.189.531 12.908.528 18%

Fonte: MINFIN

Quadro 48 – Resumo do Balanço Patrimonial

140. O Disponível de Kz 3.679.988 milhões é formado pelas disponibilidades existentes no País e no

Exterior.

141. O Disponível, apresentado como Activo no Balanço Patrimonial incorpora o valor respeitante aos

Fundos de Reserva, ou seja, a Receita Estratégica para as Infra-estruturas de Base e, a Receita resultante

do Diferencial do Preço do Petróleo, bem como os saldos resultantes dos Carregamentos de Petróleo, ao

título da Receita Dedicada ao serviço da Dívida Externa.

Saldo das Contas Dedicadas (Valores em Milhões de kz)

N/O Linha Crédito I T 2015 II T 2015 III T 2015 IV T 2015

1 Brasil 578 744 737 669

2 China 1.176 910 885 550

3 LR Finance 257 23 36 1

Fonte: MINFIN Quadro 49 – Saldos das Contas Dedicadas

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |52

Comportamento do Fundo de Reserva (Valores em milhões de USD)

N/O Descrição 2014 2014 2014 2014 2015 2015 2015 2015

IQ IIQ IIIQ IVQ IQ IIQ IIIQ IVQ

1 Fluxos/Flows

2 Compromisso 1.063 1.091 593 352 902 1.456 798 135

3 REPIB – Infraestrutura de Base 518 420 555 352 294 297 234 41

4 Diferencial de Preço de Petróleo 545 671 38 608 1.158 564 94

5 Fluxos de Caixa - 1.924 100 -1.560 -1.440 102 7 -514

6 REPIB - Infraestrutura - 1.924 - - -295 102 7 0

7 Entradas - - - - 144 102 7 0

8 Utilizações - 1.924 - - 439 - - - 9 Diferencial de Preço de Petróleo - - 100 -1.560 -1.145 - - -514

10 Diferença - 1.063 - 3.015 -493 -1.912 1.158 - - -

11 REPIB – Infraestrutura de Base -518 -2.344 -555 -352 -589 -195 -227 -41 12 Diferencial de Preço de Petróleo -545 -671 62 -1.560 -1.753 -1.158 -564 -608

13 Saldos /Stocks

14 Fluxos de Caixa 16.769 16.769 16.869 15.310 14.309 14.410 14.418 13.904

15 REPIB – Infraestrutura de Base 10.739 10.739 10.739 10.739 10.883 10.985 10.992 10.993

16 Saldo 5.284 3.360 3.360 3.360 3.065 3.167 3.174 3.175

17 Utilizações 5.455 7.379 7.379 7.379 7.818 7.818 7.818 7.818

18 Diferencial de Preço de Petróleo 6.030 6.030 6.130 4.571 3.426 3.426 3.426 2.911 Fonte: MINFIN

Quadro 50 – Saldos do Fundo de Reserva

142. No exercício de 2015, as utilizações feitas com recurso à Receita Estratégica Petrolífera de Infra-

estrutura de Base (REPIB), continuaram a honrar compromissos inerentes ao Ciclo Combinado do Soyo,

no valor de USD 148 milhões, bem como Despesas ligadas à Constução do Novo Aeroporto de Luanda,

no valor de USD 291 milhões.

143. Com isso, com um saldo de abertura em USD 3.360 milhões, e utilizações no valor de USD 439

milhões, encerra o exercício com um saldo/stock de USD 3.175 milhões para o REPIB, uma vez que

obteve entradas de recursos no valor de USD 253 milhões, provientes da Receita Petrolífera.

144. Para o Diferencial do Preço de Petróleo, obtiveram-se entradas perfazendo o valor de USD 755 milhões

provenientes de regularizações do Exercício de 2014, que somando ao Saldo do Anterior de UDD 4.571

milhões, permitiu cumprir compromissos com o Serviço da Dívida, bem como transferências para contas

operadores para financiamento de Tesouraria.

145. É de notar, que a baixa entrada de recursos para o REPIB, bem como para ao Diferencial, é resultado

da baixa no preço do petróleo nas praças internacionais, já que os mesmos fundos, são alimentados em

função do comportamento desta Commodity.

146. O saldo dos Créditos em Circulação, no valor de Kz 1.226.124 milhões, acomoda a Dívida Fiscal do

sector Petrolífero, apurado após deduções dos pagamentos feitos pela Sonangol Concessionária, bem

como a Dívida Fiscal do sector Não Petrolífero resultado do novo processo de intervenção para a

captação da Receita Não Petrolífera.

147. A Dívida Fiscal não Petrolífera, irá ser regularizada em Exercícios futuros, de acordo com os

pagamentos por efectuar pelas Empresas devedoras, apurada pela Administração Geral Tributária, a

título do Imposto Industrial e Outros Tributos.

148. Os Investimentos de Natureza Financeira, são caracterizados pelo aumento de Participações do Estado

nas Empresas, bem como Aplicações Financeiras, sendo de Kz 481.642 milhões, tendo como exemplos

os Recursos transferidos para o Banco de Desenvolvimento de Angola, especificamente para alimentar

o FND, bem como a transferência de recursos para o Fundo Africano de Investimento.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |53

149. Convém referir que a rubrica Imobilizado do Balanço Patrimonial, não agrega o valor referente ao

inventário de bens das empresas do Sector Empresarial Público.

150. No exercício em questão, foram recebidas doações e distribuídas a alguns sectores do governo

(MINSA, MINARS e MED), na ordem dos Kz 1.120 milhões, em Bens Alimentares (farinhas de soja e

alimentos terapêuticos), e Bens não Alimentares, sendo estes em equipamentos hospitalares,

electrodomésticos, e carteiras e livros, no sentido de melhorar a qualidade do ensino nacional.

Doações Recebidas (Valores em Kwanzas)

N/O Doações 2015 I T 2015 II T 2015 III T 201 IV T 2015 Total

1 Ministério da Saúde 41.504.396 42.759.204 870.428.406 34.976.312 989.668.318

2 Ministério da Assist. e Reinserção Social 24.849.218 61.106.345 13.526.869 18.530.727 118.013.159

3 Ministério da Educação 9.980.288 - 3.289.367 - 13.269.655

13 Total Geral 76.333.902 103.865.549 887.244.642 53.507.039 1.120.951.132

Fonte: IPROCAC

Quadro 51 – Doações Recebidas

3.3.5.1. Fundos da Administração Directa e Indirecta do Estado

151. É sabido que, constitui Fundo Autónomo o produto de Receitas especificadas que, por dispositivo

legal se vinculam à realização de determinados objectivos ou serviços de acordo com normas especiais

de aplicação. Tais Receitas, fazem-se através de dotação consignada na Lei do OGE ou em Créditos

Adicionais.

152. O Quadro 52, espelha de forma resumida, a origem e a aplicação de recursos que foram transferidos

pelo Ministério das Finanças, para o exercício económico de 2015, aos fundos de maior dimensão.

Fundos Autónomos e Caixas de Protecção Social (Valores em milhões de Kz)

N/O DESIGNAÇÃO Saldo Inicial Var. Var. Saldo Final

2015 Aumentativas Diminuitivas 2015

1 Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior 76.530 78.520 36.518 118.532

2 Fundo Soberano de Angola 481.420 133.924 53.340 562.004

3 Fundo de Garantia de Crédito 6.074 10.351 2.122 14.303 4 Caixa Social das Forças Armadas Angolanas 23.147 101.752 124.647 252

6 Fundo Nacional de Desenvolvimento 250.394 8.635 1.729 257.300

7 Fundo Activo de Capital de Risco Angolano 4.680 1.115 412 5.383 8 Fundo de Apoio para o Desenvolvimento Agrário 45 306 44 307

Total 842.290 334.603 218.812 958.081

Fonte: Fundos Autónomos e Caixa Social

Quadro 52 – Fundos Autónomos e Serviços de Protecção Social

Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior

153. A Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior, foi criada pelo decreto n º43/08, de 14 de Julho,

e tem como objectivo captar e gerir recursos, de forma a garantir o pagamento das prestações da

protecção social obrigatória dos funcionários do regime especial de carreiras do Ministério do Interior,

tais como a Polícia Nacional, Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Serviços Penitenciários e Serviço

de Migração e Estrangeiros.

154. Para o exercício de 2015, a Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior arrecadou Receitas no

valor de Kz 78.520 milhões, distribuídos por Contribuições dos Trabalhadores e Entidade Empregadora;

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |54

Transferências provenientes do Tesouro Nacional (OGE); Descontos do Condomínio Acácias; Juros de

Aplicações em Rendas Fixas; Comparticipação de Funcionários na Aquisição de Bens Alimentares.

155. No lado das Despesas, a Caixa Social realizou o valor de Kz 36.518 milhões, referente a Despesas com

a Protecção Civil e com a Administração, Dedução do Imposto de Aplicação de Capitais, pagamento da

pensão de reforma, sobrevivência, subsídio por morte, subsídio de desmobilização dos ex-Minse, bem

como, o pagamento das despesas administrativas. Ainda, foram realizados investimentos no montante

de Kz 1.038 milhões, em projectos habitacionais para melhorias de condições dos efectivos do Ministério

do Interior. Estes investimentos foram suportados com recursos provenientes dos exercícios anteriores.

Com a Receita obtida, foi possível o início das obras das Direcções Provinciais da CPS/Minint a nível

de algumas províncias, estudos de mercado, de forma a identificar e melhorar a política de investimentos

do fundo de financiamento do sistema de protecção social, com a menor exposição de risco e capacitação

dos quadros do sector para atender a novos desafios.

Fundo Soberano de Angola

156. O Fundo Soberano de Angola (FSDEA), é uma instituição pertencente ao Estado, que integra a

administração indireta do Executivo. A actividade do FSDEA, é regulada pelos (i) Decretos

Presidenciais 89/13, de 19 de Junho e, 135/15, de 12 de Junho, que define o Estatuto Orgânico, (ii)

Decreto Presidencial 107/13, de 28 de Julho, que desenvolve a Política de Investimento e (iii) Decreto

Presidencial 108/13, de 28 de Junho, que estipula os Regulamentos de Gestão.

157. Na aplicação dos seus activos, numa medida de rentabilização e não só, o Fundo Soberano de Angola

obteve Receitas no valor de Kz 133.924 milhões, que permitiu o pagamento de Despesas no valor de Kz

53.340 milhões, com Pessoal, Despesa básicas para o funcionamento da instituição, auditorias e

consultorias para Gestão de Projectos, permitindo a implementação da estratégia de investimento, a

diversificação da carteira de activos, incluindo formação do pessoal

158. O Fundo Soberano de Angola tem os seus activos maioritáriamente em Private Equity, 58%, sendo o

restante em Activos de Renda Fixa, Renda Variável, e um aumento em Hedge Funds, sendo as activos

finais em Fundos Globais e Dinheiro Disponível.

159. Além dos investimentos financeiros, o FSDEA apoia projectos de desenvolvimento dos quais

Hotelaria, infraestruturas, agricultura, mineração, madeira e saúde, que foram de forma estratégica

implementados em vários países da África Subsariana.

160. Com relação a Gestão de Risco, houve um reforço das posições de renda fixa com uma Yield alta em

detrimento das Yield baixa. O risco de preços das acções também permaneceu dentro do limite

estabelecido, no entanto, alguns derivativos usados na cobertura da carteira venceram, aumentando

ligeiramente o risco no final do Exercício.

Valor dos Fundos de Investimento - FSDEA (Valores em milhões de Kz)

N/O Investimentos Alternativos Em: Capital Valor Actual

Líquido

% Capital

Subscrito

% Valor Actual

Liquido Subscrito

1 Infraestrutura 171.173 146.382 40,0% 39,8%

2 Imobiliário 77.806 66.256 18,2% 18,0%

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |55

N/O Investimentos Alternativos Em: Capital Valor Actual

Líquido

% Capital

Subscrito

% Valor Actual

Liquido Subscrito

3 Financiamento Mezanino 31.122 26.884 7,3% 7,3%

4 Saúde 38.903 33.737 9,1% 9,2% 5 Agricultura 35.013 30.456 8,2% 8,3%

6 Ramo Florestal 35.013 30.508 8,2% 8,3%

7 Ramo Mineiro 38.903 33.739 9,1% 9,2%

8 Total 427.933 367.962 100% 100%

Fonte: FSDEA

Quadro 53 – Fundos de Investimento - FSDEA

161. Para os Fundos de Investimentos temos:

Fundo de Infraestrutura:

o 2% em operacionalização; 16% em negociação, e 81% em selecção;

o 16% em Angola; 2% no Quénia e 81% em selecção.

Fundo Hoteleiro:

o 28% em Fase de negociação e 72% em fase de seleção;

o 15% em Angola; 13% na Nigéria e 72 em selecção.

Fundo de Garantia de Crédito

162. O Fundo de Garantia de Crédito, como pessoa colectiva dotada de personalidade Jurídica e autonomia

administrativa e financeira, competindo-lhe a defesa, promoção e desenvolvimento equilibrado do

Sistema Nacional de Garantias, tem como objectivo:

Garantir o cumprimento das obrigações assumidas pelos agentes económicos no âmbito do

mecanismo de Garantias Públicas;

Servir de Contra garantias às garantias prestadas pelas Sociedades de Garantia, destinadas a

assegurar o cumprimento das obrigações contraídas por Beneficiários;

Promover e realizar as acções necessárias para assegurar a solvabilidade das Sociedades de

Garantia de Crédito, bem como fixar, em função dos capitais próprios das sociedades, o montante

fixo em cada momento, do saldo vivo da carteira de garantias concedidas.

163. Com a emissão de garantias, para a implementação de projectos estratégicos no ramo da Agricultura,

Indústria Transformadora, Materiais de Construção e serviços de apoio ao Sector Produtivo, o Fundo de

Garantia de Crédito obteve Receitas no valor de Kz 10.351 milhões, permitindo com isso, o pagamento

de vencimentos e as Despesas inerentes aos vencimentos (INSS/IRT), pagamentos aos serviços de

auditoria e consultoria, seguros, alugueres e rendas, bem como o investimento em obras e reabilitação

de instalações.

Caixa Social das Forças Armadas Angolanas

164. A Caixa Social das Forças Armadas, continua com as suas actividades consignadas em:

Aprimorar a metodologia de cobrança das contribuições;

Continuar a trabalhar no processo de transformação da Caixa de Segurança em instituto público;

Implementar planos de introdução das tecnologias de informação e comunicação;

Contínua qualificação técnica dos recursos humanos;

Melhor controlo e a gestão dos beneficiários do Sistema Social; e

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |56

Modernizar o sistema de Segurança Social das Forças Armadas.

165. Para responder às demandas agregadas nas activadades acima arroladas, a Caixa Social das FAA,

obteve Receitas no valor de Kz 101.752 milhões, sendo estas provinientes do OGE, Juros de Aplicações

em Depósitos a Prazo, e Contribuições dos Militares, permitindo assim o pagamento de Despesas no

valor de Kz 124.647 milhões, com reforço ao saldo do Exercício Anterior, em vencimento com pessoal

civil e pensões, Despesas básicas para o funcionamento das instalações, e Outros serviços essenciais,

bem como obras de investimento.

Fundo Activo de Capital de Risco Angolano

166. O Fundo Activo de Capital de Risco Angolano, foi instituído através do Decreto Presidencial nº108/12,

de 7 de Junho. Durante o período em análise, o FACRA foi contactado por 92 entidades para recolha de

informação e recebeu 63 propostas de investimento, das quais 7 para o sector das TIC´s; 15 para o sector

Agrícola, 25 do sector Industrial e 15 ligadas ao sector dos Serviços, sendo os prioritários a Agriculutra

e Indústria.

167. As actividades do FACRA estiveram centradas na execução integral dos seus compromissos de

investimento e no acompanhamento a nível estratégico, financeiro e operacional dos projectos cuja a

assinatura do contrato de investimento e escritura pública estivessem executadas, designadamente,

pagamentos móveis, contact center e padaria industrial.

168. Pagamento Móveis, trata-se de um projecto consubstanciado na gestão de pagamentos à base de

telemóveis, com Receitas provenientes das comissões de cada transacção. O Contact Center está focado

na oferta de serviços alargados de call center inbound/outbound, como apoio ao cliente, telemarketing,

serviços especializados de cobrança e recuperação de crédito, retenção/fidelização de clientes, gestão de

redes sociais, SMS para campanhas promocionais e entre outros produtos. A Padaria Industrial, trata-

se do primeiro micro-investimento do FACRA, estando relacionado com a implementação de uma mini-

indústria, com a capacidade de 2000 pães/dia.

Fundo Nacional de Desenvolvimento

169. Como estipulado na Lei 9/06, de 29 de Setembro, o Fundo Nacional de Desenvolvimento (FND),

gerido pelo Banco de Desenvolvimento de Angola, foi criado para fomentar a actividade produtiva do

sector privado nacional, no âmbito dos programas de desenvolvimento do país. O Fundo Nacional de

Desenvolvimento é uma conta registada no Banco de Desenvolvimento de Angola, como depósito de

fundos do Tesouro Nacional, suplementares ao capital do Banco de Desenvolvimento de Angola.

170. No desenrolar das suas actividades, o FND obteve Receitas no valor de Kz 8.635 milhões, provenientes

do Tesouro Nacional e pela sua remuneração bruta. Isso permitiu ao longo do Exercício efectuar

Despesas no valor de Kz 1.729 milhões. No financiamento aos sectores productivos, o FND é testemunha

em criar Empregos, sendo Agricultura 6.694; Comércio e Serviços 1.561 e Indústria Transformadora

7.363, gerando um VAB Potencial por sectores até o período em análise de Kz 2 milhões.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |57

Instituto Nacional de Segurança Social

171. O Instituto Nacional de Segurança Social, é um instituto público dotado de personalidade jurídica e de

autonomia administrativa, financeira, patrimonial e de gestão sob a tutela do Ministério da

Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, com os seguintes objectivos:

Arrecadar directamente as contribuições que lhe são devidas;

Conceder prestações de Segurança Social; e

Gerir directamente os fundos de reserva constituído.

172. Em função do quadro de implementação do Plano de Gestão e Sustentabilidade da Segurança Social,

foi possível obter as estatísticas básicas de contribuintes, segurados e pensionistas, como apresentado no

Quadro 54.

Indicadores Sociais

N/O Descrição 2015 2014 2013 2012 2011 Var.%

2014-2015

Cresc.%

2011-2015

1 Contribuintes 110.957 95.547 79.285 45.273 37.016 16% 200% 2 Segurados 1.430.258 1.288.899 1.164.377 1.061.766 97.985 11% 1360%

3 Pensionistas 111.196 103.783 93.909 102.281 76.698 7% 45%

Fonte: INSS

Quadro 54 – Indicadores dos Contribuintes/Segurados/Pensionistas

173. Nota-se um aumento de 16% em comparação com o Exercício de 2014, sendo tal aumento, resultado

do incremento na constituição de pequenas empresas, significando a geração de emprego na economia,

e também pela actualização das empresas, que há muito deixaram de efectuar as suas contribuições. Com

isso, aumentou também o número de segurados em 11%, como processo convencional da Segurança

Social, nos direitos e obrigações que os mesmos têm como trabalhadores.

Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário

174. O Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário, instituição com dependência directa do Ministério da

Agricultura, criado por Decreto Executivo, conjunto nº2/86 de 20 de Janeiro, dos Ministério das Finanças

e da Agricultura, tem como objectivo garantir a cobertura financeira das acções viradas para o

desenvolvimento da produção alimentar camponesa, através da generalização das inovações técnicas e

culturais que permitem o aumento da produção e da produtividade.

175. Tem como origem das suas Receitas, doações em espécie recebidas de ajudas multilaterais e bilaterais

que não sejam objectos de acordos específicos e de recursos ordinários, provenientes do Orçamental

Geral do Estado, quando os recursos financeiros do FADA se demonstrem insuficientes, sendo essas

doações depositadas num prazo de 90 dias em conta bancária titulada pelo FADA.

3.3.5.2. Inventário Geral de Bens Públicos

176. Pelo trabalho de inventariação dos Bens Públicos no Exercício em análise, apurou-se um valor de Kz

4.548.971 milhões, para os Órgãos Centrais e Locais, sendo 15% acima em relação ao Exercício de

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |58

2014. Ainda, incorporando o Sector Empresarial Público, o Bens Públicos aumentaram para Kz

7.465.461 milhões, representando um aumento de 33%, quando comparado com o Exercício anterior.

177. Ainda que com o impacto das Amortizações no Exercício de 2015, na verdade reflecte o valor líquido

dos bens, o valor dos Bens Públicos aumentou, demonstrando avanços significativos no processo de

inventariação, e o compromisso das UO´s/OD´s em conformar os Activos do Estado com o seu valor

real.

Inventário Geral de Bens Públicos (Valores em milhões de Kz)

N/O Tipo de

Administração

Inventário Líquido Part.% Part.% Part.% Var. %

2015 2014 2013 2015 2014 2013 Homóloga

1 Central 1.064.495 724.439 657.819 14% 13% 11% 47%

2 Local 3.484.476 3.227.072 3.579.217 47% 58% 59% 8%

3 Sub - Total 4.548.971 3.951.511 4.237.036 61% 71% 70% 15% 4 Sector Empresarial 2.916.490 1.644.244 1.837.074 39% 29% 30% 77%

5 Total 7.465.461 5.595.755 6.074.110 100% 100% 100% 33%

Fonte: MINFIN

Quadro 55 – Inventário Geral de Bens Públicos

3.3.5.3. Restos a pagar

178. É considerado Restos a Pagar, toda a Despesa que incorreu ao processo convencional da Despesa, pela

emissão da nota de Cabimentação, permitindo assim a geração da Liquidação da Despesa suportado na

figura do Liquidador em função da entrega do bem pela prestação do serviço, e que não tenha sido

efectuado o pagamento da mesma Despesa no ano de competência, que para o Exercício de 2015, é de

Kz 491.786 milhões, dos quais aqueles com impacto de Tesouraria o valor de Kz 328.231 milhões, e

remanescente suportados com Financiamento Interno e Externo, sendo no global 2% inferior em relação

ao Exercício de 2014.

Restos a Pagar/Dívida Flutuante (Valores em milhões de Kz)

N/O Descrição de Restos a Pagar Valor 2015 Valor 2014 Var.%

Homóloga

1 Liquidação OS 65.989 249.706 -74%

2 Bens E Serviços 33.243 40.878 -19% 3 Outras Despesas De Capital 24.327 184.000 -87%

4 Outras Transferências 1.343 9.555 -86%

5 Pessoal 6.468 4.981 30% 6 Transferência Subsídio A Preço 608 10.292 -94%

7 Ordem De Saque Electrónica 425.797 254.273 67%

8 Bens E Serviços 130.458 119.544 9%

9 Outras Despesas De Capital 227.469 121.440 87%

10 Outras Transferências 16.643 0 100% 11 Pessoal 1.404 0 100%

12 Transferência Subsídio A Preço 47.648 0 100%

13 Juros - Dívida Interna 280 29 866% 14 Transferência Subsídios Operacionais 1.897 13.260 -86%

15 Total 491.786 503.979 -2%

Fonte: MINFIN

Quadro 56 – Restos a Pagar/Dívida Flutuante

3.3.6. Demonstração das Variações Patrimoniais

179. A Demonstração das Variações Patrimoniais, evidencia as mutações verificadas no Património, bem

como apura o Resultado no Exercício, que para o Exercício de 2015, foi Kz 350.148 milhões positivos,

apurado pelo Resultado Orçamental, e as Mutações Patrimoniais Activas e Passivas.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |59

Resumo do Apuramento do Resultado Patrimonial (Valores em milhões de Kz)

N/O ESPECIFICAÇÃO 2015 2014 Var.%

Homóloga

1 (+)Receitas Orçamentais (Correntes e Capital) 3.938.465 6.551.035 -40%

2 (-) Despesas Orçamentais (Correntes e Capital) 4.394.874 6.916.092 -36%

3 Resultado Orçamental (Déficit) -456.409 -365.057 25%

4 (+) Mutações Patrimoniais Activas Orçamentais 2.999.436 3.671.569 -18%

5 (-) Mutações Patrimoniais Passivas Orçamentais 2.754.972 4.711.140 -42%

6 (+) Interferências Activas Orçamentais 1.477.036 1.941.424 -24%

7 (-) Interferências Passivas Orçamentais 1.440.285 1.987.117 -28%

8 (+) Mutações Patrimoniais Activas Extra Orçamentais 13.286.317 4.336.447 206%

9 (-) Mutações Patrimoniais Passivas Extra Orçamentais 13.854.972 4.885.203 184%

10 (+) Interferências Activas Extra Orçamentais 4.482.354 4.096.069 9%

11 (-) Interferências Passivas Extra Orçamentais 3.388.357 3.624.890 -7%

12 (=) Resultado Patrimonial do Exercício 350.148 -1.527.898 77%

Fonte: MINFIN

Quadro 57 – Resumo do Apuramento do Resultado Patrimonial

180. O Resultado Patrimonial apresentado, respeitante ao exercício de 2015, utiliza o resultado orçamental

no período em análise, sendo este negativo, em Kz 456.409 milhões, bem como as Mutações Activas e

Passivas, sendo estas apuradas a título de contas de resultado, que regista a emissão de papéis

(Obrigações do Tesouro) para efeitos de pagamento dos Atrasados, e a própria compensação da

diminuição das Receitas Fiscais em virtude da diminuição do preço do petróleo.

181. O Quadro 66, apresenta os conceitos das contas das Interferências Activas e Passivas e das Mutações

Patrimoniais Activas e Passivas. Cabe destacar neste contexto, que a utilização destas contas decorre da

obrigatoriedade de se registar contabilisticamente a execução do orçamento (conforme o que dispõe a

Lei do OGE). Este registo contabilístico, constitui-se no fundamento básico da contabilidade pública e,

caracteriza-se na principal diferença em relação aos fundamentos da contabilidade aplicada ao sector

empresarial, que não está sujeita a contabilização orçamental.

3.3.7. Posição Patrimonial do Banco Nacional de Angola

182. A posição patrimonial do Banco Nacional de Angola está de acordo as orientações técnicas e os

princípios consagrados nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) emitidas pelo

International Accounting Standards Board (IASB), sendo o seu Activo em Kz 4.074.424 milhões, e um

Passivo de Kz 3.452.173 milhões, como apresentado no Quadro 58.

Balanço Patrimonial do Banco Central (Valores em milhões de Kz)

N/O Activos 2015 2014 Var.%

Passivos 2015 2014 Var.%

Homologa Homologa

1 Ouro 85.106 72.232 18% Notas e Moedas em Circulação 519.588 477.975 9% 2 Activos sobre o Exterior 3.422.881 2.951.415 16% Reservas Bancárias 1.111.718 759.715 46%

3 Activos Internos 464.629 340.292 37% Mercado Monet. Interbancário 43.914 342.956 -87%

4 Activos Tangíveis e Intang 31.727 26.786 18% Conta Única do Tesouro 1.380.718 1.203.526 15% 5 Outros Activos 70.081 40.852 72% Outras Responsab. Bancárias 138 0 100%

6 - - 0% Fundo Monetário Internacional 103.081 159.107 -35%

7 - - 0% Outros Passivos 293.016 179.755 63% 8 - - 0% Total do Passivo 3.452.173 3.123.034 11%

9 - - 0% Capitais Próprios 622.251 308.542 102%

10 Total 4.074.424 3.431.576 19% Total 4.074.424 3.431.576 19%

Fonte: BNA

Quadro 58 – Posição Patrimonial do Banco Central

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |60

183. O Activo do Banco Nacional apresenta um valor de Kz 4.074.424 milhões, aumento de 19%

comparando com o Exercício de 2014:

Aumento dos Activos Internos em 37%, associado essencialmente ao aumento de Kz 98.318

milhões das operações de financiamento às instituições de crédito relacionadas com operações

de política monetária;

Investimento na construção e reabilitação do património do Banco, que se reflectiu num aumento

líquido de Kz 4.941 milhões, do Activos Intangíveis; e

Reconhecimento de Kz13.539 milhões em Outros Activos, referente aos valores monetários a

serem repatriados no âmbito do Acordo de Conversão Monetária com o Banco da Namíbia;

184. O Passivo apresenta um saldo de Kz 3.452.173 milhões, um aumento de 11% comparado com o

Exercício de 2014, em que:

Aumento de 46% das Reservas Bancárias, decorrente da publicação dos Instrutivos nº 03/2015

de 23 de Fevereiro e nº 16/2015 de 22 de Julho, que aumentaram a percentagem das reservas

obrigatórias em moeda nacional de 15% para 20% e de 20 para 25%, respectivamente, sobre os

activos elegíveis;

Diminuição de 87% do Mercado Monetário Interbancário, decorrente da diminuição das

operações ocasionais de absorção de liquidez das instituições de crédito;

Aumento de Kz177.192 milhões do saldo da Conta Única do Tesouro (CUT), explicada

essencialmente pelo efeito da actualização cambial das posições em moeda estrangeira, tendo

este efeito sido parcialmente compensado pela redução destas posições decorrente dos

pagamentos efectuados em nome do Tesouro;

Redução de 35% das responsabilidades para o Fundo Monetário Internacional (FMI), decorrente

da contínua amortização do empréstimo celebrado no Standby Arrangement.

185. Os Capitais Próprios do Banco Nacional de Angola, reportam um valor de Kz 622.251 milhões,

aumento 102% comparando com 2014, explicado por:

Aumento nas Reservas de Reavaliação Cambial em Kz 328.668 milhões,

Resultado do Exercício de 2015 de Kz 12.949 milhões, e

Compensação pela distribuição de dividendos ao Ministério das Finanças, referente ao resultado

do Exercício de 2014, no valor de Kz 8.737 milhões, e pela redução de Kz 19.151 milhões da

Reserva de Reavaliação de justo valor, justificada maioritariamente pela desvalorização da

cotação do ouro no Mercado.

3.3.8. As Empresas do Sector Empresa Público - ISEP

186. O Instituto para o Sector Empresarial Público cumpre com a missão de natureza técnica de:

Acompanhar e auxiliar a gestão das empresas públicas, com vista à realização de valor

acrescentado em máximas condições de eficiência;

Dar continuidade aos processos de privatizações e reprivatizações, redefinindo a política

subjacente a estes processos; e

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |61

Gerir e supervisionar a função accionista do Estado nas Empresas em que esse detém

participações.

187. As empresas que integram este sector, desempenham um papel importante na estratégia económica e

social do executivo, na medida em que são detentoras de capacidade administrativa, financeira e

patrimonial, e estão inseridas nos mais diversos sectores de actividade, destacando-se os sectores em que

o Estado detém reserva absoluta e relativa.

188. Para o Exercício de 2015, as empresas dos diversos sectores da nossa economia e actividade,

apresentaram os seus relatórios de gestão e contas, referente ao exercício em análise, permitindo assim

o processo anual de homologações de contas, a uma avaliação abrangente nos domínios da: (i)

governação pública, (ii) governação corporativa, (iii) estratégia, (iv) operações, (v) contabilidade e

prestação de contas, e (vi) a conformidade legal das respectivas empresas. Com isso, foi possível apurar

e avaliar a capacidade em termos de desempenho em todos os campos das respectivas empresas,

acompanhadas pelo ISEP, pelo “core business”, permitindo apurar a posição patrimonial nos sectores

de actuação, bem como o fluxo resumido da Demonstração dos Resultados.

Posição Patrimonial por Sector das Empresas Públicas (Valores em milhões de Kz)

N/O Sector Activo Passivo Capital Próprio

2015 2014 2015 2014 2015 2014

1 Finanças 1.893.822 1.711.558 1.648.168 1.509.741 245.654 201.816

1.1 Banca 1.768.805 1.591.391 1.585.634 1.450.117 183.171 141.274 1.2 Seguros 124.860 86.907 62.378 58.832 62.482 28.075

1.3 Finanças (Outros) 157 33.259 156 792 1 32.467

2 Petróleos 6.346.760 5.357.131 3.817.645 3.212.534 2.529.115 2.144.598 3 Economia 1.285.627 14.991 15.412 14.349 1.270.215 641

4 Agricultura 11.315 11.261 8.470 16.512 2.845 -5.251

5 Pescas 3.577 3.775 1.665 1.599 1.912 2.176 6 Comércio 7.958 7.384 7.264 5.926 694 1.458

7 Indústria 50.435 45.748 28.308 19.348 22.127 26.400

8 Geologia e Minas 65.801 51.369 34.139 16.714 31.662 34.655 9 Energia e Águas 593.994 910.654 275.150 508.260 318.844 402.394

10 Construção 731 2.794 1.496 3.299 -765 -505

11 Transportes 336.554 300.399 275.222 210.299 61.332 90.100 12 Defesa Nacional 8.784 21.973 8.286 13.184 498 8.789

13 Telecomunicações TI 155.109 162.106 157.195 156.031 -2.086 6.075

14 Comunicação Social 77.470 78.638 29.667 30.792 47.803 47.846 15 Conselho de Ministros 10.080 10.644 8.652 9.335 1.428 1.309

16 Gov. Prov. Luanda 21.614 22.243 24.683 28.001 -3.069 -5.759

17 Total 10.869.631 8.712.670 6.341.422 5.755.926 4.528.209 2.956.744

Fonte: ISEP

Quadro 59 – Posição Patrimonial das Empresas do SEP

Resumo por Sector da Demonstração dos Resultados das Empresas do SEP (Valores em milhões de Kz)

N/O Sector Proveitos

Resultados

Operacionais RAI Resultados Líquidos

2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014

1 Finanças 77.469 62.809 -1.583 6.047 - 12.575 8.561 - 12.805 648

1.1 Banca 77.318 62.679 -2.531 4.350 - 13.406 7.034 - 13.644 - 938 1.2 Seguros - - 943 1.704 836 1.584 836 1.584

1.3 Finanças (Outros) 151 130 5 - 7 - 5 - 57 3 2

2 Petróleos 2.349.686 3.498.997 58.997 337.797 222 427 47.169 139.162 3 Economia 505 618 - 527 - 285 - 639 86 - 639 55

4 Agricultura 6.688 5.378 - - - 312 - 2.062 - 674 - 2.114

5 Pescas 6.608 4.870 177 294 55 60 38 42 6 Comércio 5.907 756 162 - 1.389 - 618 - 1.600 - 618 - 1.600

7 Indústria 47.011 47.550 10.556 11.458 5.668 11.384 4.177 8.771

8 Geologia e Minas 3.834 1.687 - 3.877 - 4.061 1.858 1.039 1.858 1.050 9 Energia e Águas 136.561 20.412 - 88.816 1.194 11.049 126 - 3.071 - 915

10 Construção 278 1.135 - 31 31 - 35 - 375 - 35 - 375

11 Transportes 138.309 140.342 - 10.420 1.809 - 58.946 - 12.192 - 61.684 - 16.160 12 Defesa Nacional 243 367 - 514 - 292 251 285 251 199

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |62

N/O Sector Proveitos

Resultados

Operacionais RAI Resultados Líquidos

2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014

13 Telecomunicações TI 21.410 23.605 - 4.111 - 3.890 - 9.597 - 9.580 - 9.596 - 9.579 14 Comunicação Social 26.905 29.055 - - - 1.749 - 3.887 - 1.276 - 3.256

15 Conselho de Ministros 2.621 3.309 268 925 169 807 118 565

16 Gov. Prov. Luanda 16.431 26.663 115 - 453 91 - 445 91 - 445

17 Total 2.840.466 3.867.553 - 39.604 349.185 - 65.108 - 7.366 - 36.696 116.048

Fonte: ISEP

Quadro 60 – Resumo por Sector da Demonstração de Resultados das Empresas do SEP

189. Ainda assim, abaixo apresentamos os indicadores económicos das Empresas Públicas com maior

volume de negócio, o que permite assim, avaliar o desempenho financeiro, bem como a robustez

económica das respectivas Empresas.

Indicadores Económicos das Empresas SEP (Valores em milhões de Kz)

N/O Indicadores Financeiros PRODEL ZEE TAAG PORTO

LUANDA ENDIAMA TPA SONANGOL

ANGOLA

TELECOM

1 Activo 476.804 1.285.627 133.166 33.825 62.860 21.914 6.346.760 148.935

2 Passivo 167.791 15.412 181.275 10.738 28.343 11.008 3.817.645 154.221

3 Capital Próprio 309.013 1.270.215 -48.109 23.087 34.517 10.906 2.529.115 -5.286

4 Resultados Líquidos 231 -639 -60.091 2.404 3.682 -509 47.169 -9.475

5 Autonomia Financeira 65% 99% -36% 68% 55% 50% 39% -4%

6 Solvabilidade 184% 8241% 27% 215% 122% 99% 66% -3%

7 Liquidez Geral 38% 3% 12% 209% 32% 211% 88% 121%

8 Rotação Activo 5% 0,02% 56% N/D 0% 5% 36% 10%

9 ROE (Return On Equity) 0,1% -0,05% 125% 45% -14% -5% 2% 179%

10 ROA (Return On Assets) -2% -0,04% -10% 10% 11% -1% 1% -3%

Fonte: ISEP

Quadro 61 – Indicadores Económicos das Empresas Públicas

3.3.9. Participações Directas do Estado em Empresas Públicas e no Estrangeiro

190. O Estado participa nas empresas do sector empresarial público de forma directa, nos diversos sectores

de actividade das respectivas empresas dentro do território angolano, bem como no estrangeiro, sendo

essas participações de forma maioritária ou mesmo de forma minoritária.

Participações Directas do Estado em Empresas Sedeadas no País N/O Sector Empresa Localização Part.%

1 Agricultura ALDEIA NOVA WACO KUNGO,SA K. Sul 4%

2 Indústria

CUCA SARL Luanda 1% 3 EKA, SARL K. Norte 4%

4 Comércio FIL - FEIRA INTERNACIONAL DE LUANDA Luanda 33%

5 Hotelaria

HOTEL MOMBAKA Benguela 10% 6 HOTEL MUNDIAL Luanda 10%

7 Indústria

NGOLA, SA Huíla 1%

8 SIGA, SARL Luanda 0%

9 Mineiro SODIAM, SA Luanda 1%

10 Transportes STAR MOTORS ANGOLA, SARL Luanda 10% Fonte: ISEP

Quadro 62 – Participações Directas do Estado no País

Participações Directas do Estado em Empresas Sedeadas no Estrangeiro N/O Designação da Sociedade Nº de Acções Detidas Preço Unitário Valor Moeda

1 Royal Dutch Shel 20219 21 428.038 EUROS

2 Abbot Laboratores 51200 45 2.299.392 USD 3 Anadarko Petroleum Corp. 2466 49 119.798 USD

4 BP, PLC 5606 31 175.244 USD

5 CSX Corporation 3600 26 93.384 USD 6 Chevron Texaco Corp. 2648 90 238.214 USD

7 The Dow Chemical Company 2416 51 124.376 USD

8 Exxcon Mobil Corp. 7286 78 567.944 USD

9 International Paper Company 2000 38 75.400 USD

10 Veritiv 38 36 1.378 USD

11 Praxair Inc. 3000 102 307.200 USD

Fonte: ISEP Quadro 63 – Participações Directas do Estado no Estrangeiro

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |63

3.3.10. Subsídios á Preço Transferidos para as Empresas. Subvenções aos Combustíveis

191. A Politica de Subsídios a preços é um instrumento de política económica importante, mas com carácter

provisório, não sendo um modo de financiamento permanente. Tem como objectivo fomentar o

desenvolvimento de um determinado sector, e promover a transferência de rendas em benefícios dos

produtores, para o interesse público. Com isso, foi apurado um valor em Subsídios na Ordem dos Kz

277.844 milhões, sendo que o Estado suportou via Tesouro Nacional, o valor de Kz 145.611 milhões.

Subsídios á Preço para as Empresas (Valores em milhões de kwanzas)

Fonte: MINFIN

Quadro 64 – Subvenções Operacionais para as Empresas

192. Em sede das subvenções, abaixo apresentam-se as subvenções da Sonangol aos combustíveis nos

respectivos produtos/derivados.

Subvenções aos Preços dos Combustíveis (Valores em milhões de kwanzas)

N/O Produto ITrimestre IITrimestre III Trimestre IV Trimestre Total

1 LPG 13.704 9.977 9.482 9.688 42.851

2 Gasolina 2.597 -159 0 0 2.438

3 Petróleo 771 508 482 787 2.547 4 Gasóleo 28.489 25.022 22.754 13.127 89.391

5 Gasolina (Pumangol) 5.860 2.160 0 0 8.020

6 Petróleo (Pumangol) 1.474 1.154 480 341 3.448 7 Gasóleo (Pumangol) 8.318 3.031 5.032 5.537 21.918

8 Gasóleo (Sonangalp) 0 0 0 549 549

9 Reajuste (Jan a Maio 2015) 4.302 1.579 5.881 10 Reajuste SNLL 0 0 0 8.429 8.429

11 Total 61.211 45.994 39.808 38.457 185.470

Fonte: Sonangol, EP Quadro 65 – Subvenções aos Combustíveis

SECTORES Produtos I T II T III T IV T Total

Derivados do Petróleo

Gasolina 8.682 2.001 - - 10.683

Gasóleo 37.889 33.918 28.201 23.455 123.463

Petróleo 2.300 1.132 920 769 5.121

Ajustamento SNLL - - - 4.825 4.825

LPG 14.078 10.815 9.623 10.221 44.737

Sub-Total 62.948 47.866 38.744 39.271 188.829

Energia Eléctrica

ENE 10.326 9.038 - - 19.364

EDEL 3.243 2.116 - - 5.359

ENDE - 6.951 18.267 22.101 47.320

Sub-Total 13.568 18.105 18.267 22.101 72.042

Águas

EPAL 1.238 1.315 1.282 1.347 5.182

EASB 452 466 445 440 1.803

EASL 379 430 385 357 1.552

Sub-Total 2.070 2.210 2.112 2.145 8.537

Transportes Rodoviários

Urbanos

TCUL 33 37 53 25 148

Macon 572 709 929 942 3.153

TURA 223 276 385 390 1.274

Angoaustral-T4 363 466 625 630 2.085

SGO 324 380 497 505 1.707 Sub-Total 1.516 1.869 2.489 2.493 8.367

Transportes Marítimos

(TMA)

Antares 10 11 5 5 31

Altair 12 9 4 3 27

CAT-Angola - - 0 3 4

Panguila - - 1 3 4

Macôco - - 0 2 2

Cacuaco - - - 1 1 Sub-Total 22 20 10 17 69

Total 80.125 70.071 61.622 66.027 277.844

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |64

193. No Quadro 65, é possível notar que para o exercício de 2015 houve um total de subvenções de Kz

185.470 milhões, distribuídos pelos diferentes produtos/derivados do petróleo. Ainda, verifica-se uma

queda considerável a partir dos IV Trimestre de 2015, resultado da estratégia de redução da Despesa

para subvencionar os combustíveis, e canalizar recursos para o atendimento de questões do âmbito

social, como a Educação, Saúde, e Protecção Social.

3.3.11. Benefícios Fiscais concedidos pelo Estado

194. O valor dos Benefícios Fiscais, foi estimado tendo em consideração as isenções concedidas pela extinta

ANIP, com base na lista de projectos e fonte da extinta Direcção Nacional de Impostos Para o Exercício

de 2015, as isenções fiscais foram de Kz 71 mil milhões, sendo Kz 203 mil milhões para Isenções

Aduaneiras

Ilustração 19 – Isenções Fiscais 2015

68,6

216

71,4

203

0

50

100

150

200

250

Isenções Fiscais Isenções Aduaneiras

Kz

Mil

Mil

es

2015

2015

2014

2014

56

10

63

5

66

6

0

10

20

30

40

50

60

70

Imposto Industrial IACapital

Kz

Mil

Mil

es

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |65

Quadro Explicativo das Contas de Interferências e Mutações Patrimoniais Activas e Passivas

Quadro 66 – Interferências e Mutações Patrimoniais Activas e Passivas

CONTA E FUNÇÃO NATUREZA CONCEITO

ORÇAMENTAL

Referem-se as operações de carácter financeiro que envolvem mais de

um Órgão Dependente, tais como as operações das linhas de crédito, nas

quais a despesa ou a receita orçamental está prevista num OD e a gestão

da respectiva dívida em outro OD. Entretanto, os valores se anulam

contabilisticamente em cada operação por serem iguais. Isso se dá em

função do SIGFE contabilizar simultaneamente os factos contabilísticos

em todas Unidades afectadas por tais facto.

EXTRA-ORÇAMENTAL

Esse grupo serve também para registar eventuais ajustes de saldos de

natureza financeira ainda não incorporados ao SIGFE e detectados ao

longo do exercício. Tais saldos não anulam entre si, por serem tratados

de forma individual ao nível de cada OD.

ORÇAMENTAL

Quando estão no contexto da execução orçamental, por exemplo a

aquisição de bens de capital ou a amortização de obrigações previstas no

orçamento. Nessa condição, há uma variação patrimonial positiva pelo

registo da incorporação dos componentes do activo ou pela baixa dos

passivos via extinção da obrigação. Assim é feito o registo contabilístico

no grupo das mutações activas para compensar o valor lançado como

despesa orçamental, sem afectar o resultado patrimonial do exercício

por uma despesa que é exclusivamente orçamental.

EXTRA-ORÇAMENTAL

Quando não estão no contexto da execução orçamental, por exemplo a

incorporação de bens de capital ou a baixa das obrigações não previstas

no orçamento, tais como o recebimento de um bem como doação ou o

cancelamento de uma obrigação. Assim é feito o registo contabilístico

nesse grupo e por consequência afecta somente o resultado patrimonial

do exercício.

ORÇAMENTAL

Quando estão no contexto da execução orçamental da receita, por

exemplo, a alienação de bens de capital ou a contratação de obrigações

previstas no orçamento. Nessa condição, há uma variação patrimonial

negativa pelo registo do abate dos componentes do activo ou pela

incorporação de passivos. Assim é feito o registo contabilístico no grupo

das mutações passivas para compensar o valor lançado como receita

orçamental sem afectar o resultado patrimonial do exercício, por uma

receita que exclusivamente orçamental.

EXTRA-ORÇAMENTAL

Quando não estão no contexto de execução orçamental, por exemplo, o

abate de bens de capital ou a incorporação de obrigações não previstas

no orçamento, tais como a concessão de um bem a título de doação ou a

recuperação de uma obrigação anteriormente cancelada. Assim é feito o

registo contabilístico nesse grupo e por consequência afecta somente o

resultado patrimonial do exercício.

INTERFERÊNCIAS ACTIVAS E

PASSIVAS

MUTAÇÕES PATRIMONIAIS

ACTIVAS (referem-se aos

reflexos dos registos

contabilísticos dos factos que

provocam variação positiva

nos activos e passivos e

podem ser de natureza

orçamental e extra-

orçamental ).

MUTAÇÕES PATRIMONIAIS

PASSIVAS(referem-se aos

reflexos dos registos

contabilísticos dos factos que

provocam variação negativa

nos activos e passivos e

podem ser de natureza

orçamental e extra-

orçamental)

1

2

3

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |66

4. CONCLUSÃO

195. A Conta Geral do Estado (CGE), é um instrumento relevante para mostrar de forma transparente os

fluxos orçamentais e financeiros e as variações patrimoniais ocorridas durante um exercício económico,

bem como a situação financeira e patrimonial do Estado no final de cada ano.

196. Com isso, para o Exercício 2015, caracterizado ainda pela diminuição da Receitas do sector Petrolífero,

o que de certa forma condiciona a execução e/ou cumprir com algumas metas estabelecidas, resumiu-se

no seguinte:

a) O aumento continuo da transparência, ao aumentar o numero de registos no SIGFE, como sendo

a plataforma da execução do OGE;

b) Stock da Dívida Pública fixado em 51% em relação ao Produto Interno Bruto, sendo 7 pontos

percentuais acima, em relação ao Exercício de 2014;

c) Deficit fiscal negativo na ordem dos Kz 852.834 milhões, apurado excluindo as Receitas de

Financiamento e Despesas com a Amortização de Passivos Financeiros;

d) Saldo Financeiro positivo no valor de Kz 760.553 milhões numa visão de fluxos reais, 61% acima

quando comparado com o Exercício de 2014;

e) Redução dos Restos a Pagar com incidência de tesouraria em 40% em relação ao Exercício de

2014; e

f) Resultado do Exercício Positivo no valor de Kz 350.148 milhões, o que afecta o Património

Líquido Acumulado, que para o Exercício de 2015 é de Kz 6.361.440 milhões, uma redução de

11% em relação ao Exercício de 2014.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |67

5. GLOSSÁRIO/ACRÓNIMOS

Activo Circulante - Disponibilidades de numerário, recursos a receber, antecipações de Despesa, bem como outros

bens e direitos pendentes ou em circulação, realizáveis até o término do exercício seguinte

Activo Patrimonial -Conjunto de valores e créditos que pertencem a uma entidade

Activo Permanente - Bens, créditos e valores cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa

Activo Realizável a longo prazo - Direitos realizáveis normalmente após o término do exercício seguinte

Actividades Permanentes - Componente do Orçamento de Funcionamento referente à actividade básica dos órgãos

que integram a Administração do Estado ou estejam sob a sua tutela

Ajuste Orçamental - Designa alterações às dotações inicialmente inscritas no OGE

AGT - Autoridade Geral Tributária

ANIP - Agência Nacional de Investimento Privado

Balanço - Demonstrativo contabilístico que apresenta, num dado momento, a situação do património da entidade

pública

Balanço Financeiro - demonstrará a receita e a Despesa orçamental, bem como os pagamentos e recebimentos de

natureza extra-orçamental, conjugados com o saldo em espécie proveniente do exercício anterior e os que se

transferem para o exercício seguinte

Balanço Patrimonial - O balanço patrimonial é uma demonstração contabilística que tem por finalidade apresentar

a posição contabilística financeira e económica de uma entidade em determinada data, representando uma posição

estática (posição ou situação do património em determinada data)

Balanço Orçamental - é a demonstração contabilística pública que discrimina o saldo das contas de receitas e

Despesas orçamentais, comparando as parcelas previstas e fixadas com as executadas

Balancete - É um instrumento para verificar se os lançamentos contabilísticos realizados no período estão

correctos Este instrumento, embora de muita utilidade, não detectará toda amplitude de erros que

possam existir, nos lançamentos contabilísticos Bbl - Biliões de barris

BBA - British Banker´s Association

BNA - Banco Nacional de Angola

BDA - Banco de Desenvolvimento Angolano

BRICS - Grupo de países Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul

BODIVA - Bolsa de Valores e Derivados de Angola

Cabimentação – É o acto emanado pela autoridade competente que consiste em se deduzir do saldo de

determinada dotação do orçamento a parcela necessária a realização da Despesa aprovada e que assegura ao

fornecedor que o bem ou serviço é pago, desde que observadas as condições acordadas

Categoria Económica - Elemento agregador de naturezas de receita/Despesa com o mesmo objecto

Classificação Funcional - Classificação da Despesa de acordo com a área de acção governamental que ela permite

atingir

Classificação das Contas Públicas - Agrupamento das contas públicas segundo a extensão e compreensão dos

respectivos termos Extensão de um termo é o conjunto dos indivíduos ou objectos designados por ele;

compreensão desse mesmo termo é o conjunto das qualidades que ele significa, segundo a lógica formal Qualquer

sistema de classificação, independentemente do seu âmbito de actuação (receita ou Despesa), constitui

instrumento de planeamento, tomada de decisões, comunicação e controlo

CGE - Conta Geral do Estado

Défice orçamental/Défice - Considera-se défice orçamental quando o saldo orçamental é negativo, isto é, as

Despesas superam as receitas públicas

A

B

C

D

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |68

Despesa Cabimentada - Corresponde ao total da Despesa para o qual existe nota de cabimentação emitida Sendo

que por cabimentação da Despesa se deve entender o acto pelo qual autoridade competente deduz do saldo de

determinada dotação do orçamento a parcela necessária à realização da Despesa aprovada

Despesas Corrente - Classificam-se aqui as Despesas ligadas à manutenção ou operação de serviços anteriormente

criados, bem como transferências com igual propósito. Enquadram-se aqui as Despesas de carácter operacional,

decorrentes das acções desenvolvidas pelo organismo no cumprimento de sua missão institucional, como por

exemplo, pagamento de pessoal e as contribuições do empregador, a aquisição de materiais de uso corrente (bens)

e a contratação de serviços para o funcionamento do organismo ou ainda as transferências a serem utilizadas, pelo

organismo destinatário, em Despesas desta natureza

Despesa de Capital - Despesas destinadas à formação ou aquisição de activos permanentes, à amortização da

Dívida, à concessão de financiamentos ou constituição de reservas, bem como transferências efectuadas com igual

propósito

Despesa Liquidada - Corresponde ao total da Despesa para com o qual se procedeu já à verificação do direito do

credor, com base nos títulos e documentos comprovativos do respectivo crédito

Demonstração da Variação Patrimonial - Evidenciará as alterações verificadas no património, resultantes ou

independentes da execução orçamental, e indicará o resultado patrimonial do exercício

DNOE - Direcção Nacional do Orçamento do Estado

DNT - Direcção Nacional do Tesouro

Execução Financeira – Utilização dos recursos financeiros visando atender à realização dos subprojectos e/ou

subactividades, atribuídos às unidades orçamentárias

Exercício Financeiro - Período que corresponde à execução orçamental e coincide com o ano civil

Execução Orçamental das Despesa - Utilização dos créditos consignados no Orçamento Geral do Estado e nos

créditos adicionais, visando à realização dos subprojectos / subactividades atribuídos às unidades orçamentárias

EUA - Estados Unidos de América

EP - Empresa Pública

Fonte de Recurso - A Fonte de recurso identifica quer a origem quer o destino das receitas A mesma classificação

quando utilizada para caracterizar as Despesas, visa identificar a origem dos recursos que suportam as mesmas

Função do Estado - Classifica as Despesas de acordo com a área da sociedade que a acção governamental pretende

atingir

FMI - Fundo Monetário Internacional

FEES - Comissões

FSDE - Fundo Soberano de Angola

FND - Fundo Nacional de Desenvolvimento

GERI – Gabinete de Estudos e Relações Internacionais

IPC - Índice de Preços do Consumidor

INSS - Instituto Nacional de Segurança Social

IRT - Imposto sobre o Rendimento de Trabalho

IAS/IFRS - Normas Internacionais de Relato Financeiro

ISEP - Instituto para o Sector Empresarial Público

Kz - Kwanzas

E

F

G

I

K

L

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |69

Liquidação da Despesa – É a verificação do direito do credor, fase em que a Dívida é efectivamente assumida,

com base nos títulos e documentos comprovativos do respectivo crédito

LIBOR - London InterBank Offered Rate

MINFIN - Ministério das Finanças

MINCO - Ministério do Comércio

MINSA - Ministério da Saúde

MINARS - Ministério da Assistência e Reinserção Social

MED - Ministério da Educação

MINCULT - Ministério da Cultura

MPDT - Ministério do Plano e Desenvolvimento Territorial

Natureza - Classificação da receita/Despesa de acordo com a natureza económica da mesma, identificando

claramente o objecto da receita/Despesa

Nota de Lançamento - Permite registar eventos contabilísticos não vinculados a documentos específicos (SIGFE)

ND - Não Disponível

Orçamento Ajustado - Créditos orçamentais que reflectem os ajustes efectuados ao Orçamento Inicial

Orçamento Aprovado/Inicial - Créditos iniciais aprovados pela Assembleia Nacional e instituídos pela Lei

Orçamental

Orçamento de Funcionamento - Componente do Orçamento referente à actividade básica dos órgãos que integram

a Administração do Estado ou estejam sob a sua tutela, bem como projectos e programas específicos que não se

enquadram no Programa de Investimentos Públicos (PIP)

Órgão Dependente (OD) - Unidade administrativa dos órgãos ou de serviços da Administração do Estado ou da

Administração Autárquica, fundos e serviços autónomos, instituições sem fins lucrativos financiadas

maioritariamente pelos poderes públicos ou a segurança social, que constituem as unidades orçamentais

Órgão do Governo - São os departamentos ministeriais, governos provinciais, órgãos sectoriais e não sectoriais

através dos quais o Estado cumpre as atribuições definidas na Constituição

Órgãos de Soberania - São órgãos de soberania o Presidente da República, Assembleia Nacional e os Tribunais

A formação, a composição, a competência e o funcionamento dos órgãos de soberania são os definidos na

Constituição

Ordem de Saque - É um instrumento de pagamento de utilização exclusiva do Estado, que possibilita a realização

da fase de pagamento da Despesa pública

OGE - Orçamento Geral do Estado

OT - Obrigações do Tesouro

OD - Órgão Dependente

Passivo Circulante - Depósitos, restos a pagar, antecipações de receita, bem como outras obrigações pendentes ou em

circulação, exigíveis até o término do exercício seguinte

Património Liquido - Capital autorizado, as reservas de capital e outras que forem definidas, bem como o resultado

acumulado e não destinado Património Público - Conjunto de bens à disposição da colectividade

Programa de Investimentos Públicos (PIP) - Programa de investimento com vista à criação, reabilitação,

ampliação, manutenção ou renovação das capacidades de prestação de serviços e fornecimento de bens pela

administração pública directa ou pela administração pública indirecta do Estado Não se integram no conceito de

investimento público os gastos de natureza corrente aplicados à manutenção e reparações normais e cíclicas dos

empreendimentos

Programa Específico - Programa que traduz uma prioridade do governo, definido em âmbito e em tempo de

execução, mas que apesar de não constituir actividade básica da unidade orçamental não integra o Programa de

Investimentos Públicos

M

N

O

P

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |70

Proposta Orçamental (N+1) - Valor da proposta de orçamento para o ano N+1, registada no SIGFE

PIB - Produto Interno Bruto

PAE - Plano Anual de Endividamento

Receita Ajustada - Previsão de receita que reflecte a revisão da receita inicialmente estimada

Ano fiscal (12 meses)

Receita de Capital - Refere-se às receitas provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de operações

de crédito e da conversão em espécie de bens e de direitos

Receita Corrente - Refere-se às receitas que se renovam em todos os períodos financeiros designadamente,

receitas tributárias, patrimoniais, de serviços ou ainda transferências recebidas

Receita Inicial - Previsão de receita aprovada pela Assembleia Nacional

Restos a Pagar – As Despesas cabimentadas, liquidadas e não pagam até ao encerramento do exercício financeiro,

após devidamente reconhecidas pela autoridade competente

REP - Receita Estratégica Petrolífera

REPIB - Receita Estratégica Petrolífera de Infra-estrutura de Base

ROA (Return on Assets) – indicador da Rentabilidade dos Activos, em gerar retornos financeiros, e/ou procura a

efeciencia e capacidade de gestão dos Activos das Empresas em termos de produção de resultados financeiros

ROE (Retun in Equity) – indicador da Rentabilidade dos Capitais Próprios em gerar retornos financeiros, e/ou

apura a eficiência e capacidade de gestão de investimentos dos detentores de capital da empresa em termos de

produção de resultados financeiros

Saldo Corrente - Representa o valor da diferença entre a receita corrente e a Despesa corrente

Saldo de Capital - Representa o valor da diferença entre a receita de capital e a Despesa de capital

Saldo Orçamental - Representa o valor da diferença entre receitas do Estado e Despesas do Estado

Superavit orçamental - Considera-se superavit orçamental quando o saldo orçamental é positivo, isto é, quando

as receitas superam as Despesas públicas

SIGFE - Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado

SCE - Sistema Contabilístico do Estado

Taxa de Execução (Projecção Linear) - Indicador, em percentagem, do resultado da taxa de execução para o

presente exercício económico tomando por referência a projecção linear da Despesa Paga

Taxa de Execução Efectiva (Despesa Liquidada) - Indicador, em percentagem, resultante da relação entre a

Despesa liquidada no período em análise, para uma dada rúbrica de Despesa e o orçamento inicial

Taxa de Execução Efectiva (Despesa Paga) - Indicador, em percentagem, resultante da relação entre a Despesa

paga no período em análise, para uma dada rúbrica de Despesa e o orçamento inicial

Taxa de Execução Efectiva da Receita - Indicador, em percentagem, resultante da relação entre a receita

arrecadada no período em análise, para uma dada rúbrica de receita e a previsão inicial

Taxa de Execução Padrão - Indicador, em percentagem, que apresenta a taxa de execução esperada para o

período em análise tomando por hipótese uma execução linear

Ton – Toneladas

Unidade Orçamental (UO) - Órgão do Estado ou da Autarquia, ou o conjunto de órgãos, ou de serviços da

Administração do Estado ou da Administração Autárquica, fundos e serviços autónomos, instituições sem fins

lucrativos financiadas Minoritariamente pelos poderes públicos e a segurança social a quem foram consignadas

dotações orçamentais próprias

UGD - Unidade de Gestão da Dívida, faz parte das Direcções do Ministério das Finanças

USD - Dólares dos Estados Unidos da América

R

S

T

U

V

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |71

Variação Homóloga - Variação relativa (em valor percentual) do valor do ano em análise face ao valor em

idêntico período do ano anterior

VAB - Valor Acrescentado Bruto

WEO - Word Economic Outlook

W