Regulamento IVA Com as Actualizações Efectuadas Na Lei OGE de 2011

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Fala do imposto sobre o valor acrescentado em Cabo Verde

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  • Lei n 21/VI/2003

    de 14 de Julho

    Por mandato do povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alnea b) do

    artigo 174 da Constituio, o seguinte:

    Artigo 1

    (Aprovao)

    aprovado o Regulamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado, o qual contm

    uma lista anexa de bens sujeitos a iseno completa ou iseno com direito a deduo, que faz

    parte integrante da presente lei.

    Artigo 2

    (Entrada em vigor)

    A presente Lei entra em vigor no dia 1 de Janeiro de 2004.

    Aprovada em 24 de Abril de 2003.

    O Presidente da Assembleia Nacional, Aristides Raimundo Lima.

    Promulgada em 3 de Julho de 2003.

    Publique-se

    O Presidente da Repblica, PEDRO VERONA RODRIGUES PIRES.

    Assinada em 4 de Julho de 2003.

    O Presidente da Assembleia Nacional, Aristides Raimundo Lima.

    ________

    Regulamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)

    CAPTULO I

    Incidncia

    Artigo 1

    (mbito de aplicao)

    1. Esto sujeitas a Imposto sobre o Valor Acrescentado:

    a) As transmisses de bens e as prestaes de servios, realizadas, a ttulo oneroso no territrio nacional, nos termos do artigo 6, pelos sujeitos passivos agindo nessa

    qualidade;

    b) As importaes de bens.

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    2. O territrio nacional abrange toda a superfcie terrestre, a zona martima e o espao

    areo, delimitados pelas fronteiras nacionais, tal como se encontra definido no artigo 6 da

    Constituio da Repblica de Cabo Verde.

    Artigo 2

    (Sujeito passivo)

    1. So sujeitos passivos do imposto todas as empresas e demais pessoas singulares ou

    colectivas que:

    a) Sendo residentes ou tendo estabelecimento estvel ou representao em territrio nacional, exeram, de modo independente e com carcter de habitualidade, com ou

    sem fim lucrativo, actividades de produo, de comrcio ou de prestao de

    servios, incluindo as actividades extractivas, agrcolas, silvcolas, pecurias e de

    pesca;

    b) Sendo residentes ou tendo estabelecimento estvel ou representao em territrio nacional e, no exercendo uma actividade, realizem, todavia, tambm de modo

    independente, qualquer operao tributvel, desde que a mesma preencha os

    pressupostos de incidncia real do Imposto nico sobre os Rendimentos das

    Pessoas Singulares ou das Pessoas Colectivas;

    c) Sendo no residentes e no tendo estabelecimento estvel ou representao em territrio nacional, realizem, ainda de modo independente, qualquer operao

    tributvel, desde que tal operao esteja conexa com o exerccio das suas

    actividades empresariais onde quer que ela ocorra ou quando, independentemente

    dessa conexo, tal operao preencha os pressupostos de incidncia real do

    Imposto nico sobre os Rendimentos das Pessoas Singulares ou das Pessoas

    Colectivas;

    d) Realizem importaes de bens, segundo a legislao aduaneira;

    e) Mencionem indevidamente Imposto sobre o Valor Acrescentado em factura ou documento equivalente.

    2. As empresas e demais pessoas singulares ou colectivas referidas nas alneas a) e b)

    do nmero anterior sero tambm sujeitos passivos pela aquisio dos servios constantes do

    nmero 6 do artigo 6, nas condies neles referidas.

    3. O Estado e as demais pessoas colectivas de direito pblico no sero, no entanto,

    sujeitos passivos do imposto quando:

    a) Realizem operaes no mbito dos seus poderes de autoridade, mesmo que por elas recebam taxas ou quaisquer outras contraprestaes;

    b) Realizem operaes a favor das populaes sem que exista uma contrapartida directa.

    4. O Estado e as demais pessoas colectivas de direito pblico referidas no nmero

    anterior sero, em qualquer caso, sujeitos passivos do imposto quando exeram algumas das

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    seguintes actividades e pelas operaes tributveis delas decorrentes, salvo quando se

    verifique que as exercem de forma no significativa:

    a) Telecomunicaes;

    b) Distribuio de gua, gs e electricidade;

    c) Transporte de bens;

    d) Transporte de pessoas;

    e) Transmisso de bens novos cuja produo se destina a venda;

    f) Operaes de organismos agrcolas;

    g) Cantinas;

    h) Radiodifuso e Radioteleviso;

    i) Prestao de servios porturios e aeroporturios;

    j) Explorao de feiras e de exposies de carcter comercial;

    k) Armazenagem.

    5. Para efeitos do n 4 do presente artigo, o membro do Governo responsvel pela rea

    das finanas definir, caso a caso, as actividades que so exercidas de forma no significativa.

    Artigo 3

    (Transmisso de bens)

    1. Considera-se, em geral, transmisso de bens a transferncia onerosa de bens

    corpreos por forma correspondente ao exerccio do direito de propriedade.

    2. Para efeitos do nmero anterior, a energia elctrica, o gs, o calor, o frio e

    similares so considerados bens corpreos.

    3. Consideram-se ainda transmisses nos termos do n 1 deste artigo:

    a) A entrega material de bens em execuo de um contrato de locao com clusula, vinculante para ambas as partes, de transferncia de propriedade;

    b) A entrega material de bens mveis decorrentes da execuo de um contrato de compra e venda, em que se preveja a reserva de propriedade at ao momento do

    pagamento total ou parcial do preo;

    c) As transferncias de bens entre comitente e comissrio, efectuadas em execuo de um contrato de comisso definido no Cdigo Comercial, incluindo as

    transferncias entre consignante e consignatrio de mercadorias enviadas

    consignao. Na comisso de venda considerar-se- comprador ou comissrio; na

    comisso de compra ser considerado comprador ou comitente;

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    d) A no devoluo, no prazo de um ano a contar da data da entrega ao destinatrio, das mercadoria enviadas consignao;

    e) A afectao permanente de bens da empresa a uso prprio do seu titular, do pessoal ou, em geral, a fins alheios mesma, bem como a sua transmisso gratuita,

    quando relativamente a esses bens ou aos elementos que os constituem, tenham

    havido deduo total ou parcial do imposto. Excluem-se do regime estabelecido

    nesta alnea as amostras e as ofertas de pequeno valor, conforme aos usos

    comerciais, cujos limites sero fixados por despacho do membro do Governo

    responsvel pela rea das Finanas, sob proposta da Direco Geral das

    Contribuies e Impostos;

    f) A afectao de bens por um sujeito passivo a um sector de actividade isento e bem assim a afectao ao activo imobilizado de bens referidos na alnea a) do n 1 do

    artigo 19 quando relativamente a esses bens ou elementos que os constituem,

    tenha havido deduo total ou parcial do imposto.

    4. Salvo prova em contrrio, so considerados como tendo sido objecto de transmisso

    os bens adquiridos, importados ou produzidos que no se encontrarem nas existncias dos

    estabelecimentos do sujeito passivo e bem assim os que tenham sido consumidos em

    quantidades que, tendo em conta o volume de produo, devam considerar-se excessivas. Do

    mesmo modo so considerados como tendo sido adquiridos pelo sujeito passivo os bens que

    se encontrarem em qualquer dos referidos locais.

    5. Embora sejam consideradas transmisses de bens, o imposto no devido nem

    exigvel nas cesses a ttulo oneroso ou gratuito de um estabelecimento comercial, da

    totalidade de um patrimnio ou de uma parte dele que seja susceptvel de constituir um ramo

    de actividade independente, quando, em qualquer dos casos, o adquirente seja, ou venha a ser,

    pelo facto da aquisio, um sujeito passivo de entre os referidos na alnea a) do n 1 do artigo

    2 que pratique apenas operaes que concedam direito a deduo.

    Artigo 4

    (Prestao de servios)

    1. Considera-se prestao de servios qualquer operao, efectuada a ttulo oneroso,

    que no constitua transmisso ou importao de bens, na acepo dos artigos 3 e 5,

    respectivamente.

    2. Consideram-se ainda prestaes a ttulo oneroso:

    a) As prestaes de servios gratuitas efectuadas pela prpria empresa com vista s necessidades particulares do seu titular, do pessoal ou, em geral, a fins alheios

    mesma;

    b) A utilizao de bens da empresa para uso prprio do seu titular, do pessoal, ou em geral, para fins alheios mesma e ainda em sectores de actividade isentos quando,

    relativamente a esses bens ou aos elementos que os constituem tenha havido

    deduo total ou parcial do imposto.

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    3. Quando a prestao de servios for efectuada por interveno de um mandatrio

    agindo em nome prprio, este ser, sucessivamente, adquirente e prestador do servio.

    Redaco alterada pela Lei n. 4/VII/2006, de 11 de Janeiro

    4. O disposto nos ns 4 e 5 do artigo 3 aplicvel, em idnticas condies, s

    prestaes de servios.

    5. Legislao especial regulamentar a aplicao do imposto s agncias de viagens e

    organizadores de circuitos tursticos.

    Artigo 5

    (Importao)

    1. Considera-se importao de bens a entrada destes no territrio nacional.

    2. Todavia, sempre que os bens sejam colocados, desde a sua entrada no territrio

    nacional, numa das situaes previstas no n 1 do artigo 14, a entrada efectiva dos mesmos

    no territrio nacional para efeitos da sua qualificao como importao s se considerar

    verificada se e quando forem introduzidos no consumo.

    Artigo 6

    (Localizao das operaes)

    1. So tributveis as transmisses de bens que estejam situados no territrio nacional

    no momento em que se inicia o transporte ou a expedio para o adquirente ou, no caso de

    no haver expedio ou transporte, no momento em que so postos disposio do

    adquirente.

    2. No obstante o disposto no nmero anterior, so tambm tributveis a transmisso

    feita pelo importador e eventuais transmisses subsequentes de bens transportados ou

    expedidos do estrangeiro, quando as referidas transmisses tenham lugar antes da importao.

    3. Sem prejuzo do disposto nos nmeros seguintes, so tributveis as prestaes de

    servios cujo prestador tenha no territrio nacional sede, estabelecimento estvel ou domiclio

    a partir do qual os servios sejam prestados.

    4. O disposto no nmero anterior no ter aplicao relativamente s seguintes

    operaes:

    a) Prestaes de servios relacionadas com um imvel situado fora do territrio nacional, incluindo as que tenham por objecto preparar ou coordenar a execuo

    de trabalhos imobilirios e as prestaes de peritos e agentes imobilirios;

    b) Trabalhos efectuados sobre bens mveis corpreos e peritagens a eles referentes, executados total ou essencialmente fora do territrio nacional;

    c) Prestaes de servios de carcter artstico, cientifico, desportivo, recreativo, de ensino e similares, compreendendo as dos organizadores destas actividades e as

    prestaes de servios que lhe sejam acessrias, que tenham lugar fora do territrio

    nacional;

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    d) Prestaes de servios de transporte, pela distncia percorrida fora do territrio nacional.

    5. Sero, no entanto, sempre tributveis, mesmo que o prestador no tenha sede,

    estabelecimento estvel ou domicilio no territrio nacional:

    a) Prestaes de servios relacionadas com um imvel situado no territrio nacional, incluindo as que tenham por objecto preparar ou coordenar a execuo de

    trabalhos imobilirios e as prestaes de peritos e agentes imobilirios;

    b) Trabalhos executados sobre bens mveis corpreos e peritagens a eles referentes, executados total ou essencialmente no territrio nacional;

    c) Prestaes de servios de carcter artstico, cientifico, desportivo, recreativo, de ensino e similares, compreendendo as dos organizadores destas actividades e as

    prestaes de servios que lhes sejam acessrias, que tenham lugar no territrio

    nacional;

    d) Prestaes de servios de transporte, pela distncia percorrida no territrio nacional.

    6. So ainda tributveis as prestaes de servios a seguir enumeradas, cujo prestador

    no tenha no territrio nacional sede, estabelecimento estvel ou domicilio a partir do qual o

    servio seja prestado, sempre que o adquirente seja um sujeito passivo do imposto dos

    referidos nas alneas a) e b) do nmero 1 do artigo 2, cuja sede, estabelecimento estvel ou

    domicilio se situe no territrio nacional, e ainda que pratique exclusivamente operaes

    isentas sem direito a deduo:

    a) Cesso ou autorizao para utilizao de direitos de autor, licenas, marcas de fabrico e de comrcio e outros direitos anlogos;

    b) Servios de publicidade;

    c) Servios de telecomunicaes;

    d) Servios de consultores, engenheiros, advogados, economistas e contabilistas, gabinetes de estudo em todos os domnios, compreendendo os de organizao,

    investigao e desenvolvimento;

    e) Tratamento de dados e fornecimento de informaes;

    f) Operaes bancrias, financeiras e de seguro e resseguro;

    g) Colocao de pessoal disposio;

    h) Servios de intermedirios que intervenham em nome e por conta de outrem no fornecimento das prestaes de servios enumeradas nas alneas deste nmero;

    i) Obrigao de no exercer, uma actividade profissional ou um direito mencionado nas alneas deste nmero, ainda que o no exerccio ocorra apenas a ttulo parcial;

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    j) Locao de bens mveis corpreos, bem como a locao financeira dos bens.

    7. As prestaes de servios referidas no nmero anterior no sero tributveis ainda

    que o prestador tenha no territrio nacional a sua sede, estabelecimento estvel ou domiclio,

    sempre que o adquirente seja pessoa estabelecida ou domiciliada no estrangeiro.

    8. Para efeitos do disposto nos nmeros anteriores, entende-se por servios de

    telecomunicaes os que possibilitem a transmisso, a emisso ou a recepo de sinais, texto,

    imagem e som ou de informaes de todo o tipo atravs de fios, da rdio, de meios pticos ou

    de outros meios electromagnticos, incluindo a cesso ou a concesso com elas

    correlacionadas de direitos de utilizao de instalaes de transmisso, emisso ou recepo e

    a disponibilizao do acesso a redes de informao mundiais.

    Artigo 7

    (Facto gerador)

    1. Sem prejuzo do disposto nos nmeros seguintes, o imposto devido e torna-se

    exigvel:

    a) Nas transmisses de bens, nos momentos em que os bens so colocados disposio do adquirente;

    b) Nas prestaes de servios, no momento da sua realizao;

    c) Nas importaes, no momento estabelecido pelas disposies aplicveis aos direitos aduaneiros, sejam ou no devidos esses direitos.

    2. Se a transmisso de bens implicar transporte efectuado pelo fornecedor ou por

    terceiros, considera-se que os bens so postos a disposio do adquirente no momento em que

    se inicia o transporte; se implicar obrigao de instalao ou montagem, por parte do

    fornecedor, consideram-se que so postos a disposio do adquirente no momento em que

    essa instalao ou montagem estiver concluda.

    3. Nas transmisses de bens e prestaes de servios de carcter continuado,

    resultantes de contratos que dem lugar a pagamentos sucessivos, considera-se que os bens

    so postos a disposio e as prestaes de servios so realizadas no termo do perodo a que

    se refere cada pagamento, sendo o imposto devido e exigvel pelo respectivo montante.

    4. Nas transmisses de bens e prestaes de servios referidas, respectivamente, no

    artigo 3, n 3, alneas e) e f), e no artigo 4, n 2, o imposto devido e exigvel no momento

    em que as afectaes de bens ou as prestaes de servios nelas previstas tiverem lugar.

    5. Nas transmisses de bens entre comitente e comissrio, referidas na alnea c) do n 3

    do artigo 3, o imposto devido e torna-se exigvel no momento em que o comissrio os puser

    disposio do seu adquirente.

    6. No caso referido na alnea d) do n 3 do artigo 3, o imposto devido e exigvel no

    termo do prazo a referido.

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    7. Quando os bens forem postos a disposio de um contratante antes de se terem

    produzido os efeitos translativos do contrato, o imposto devido e exigvel no momento em

    que esses efeitos se produzirem, salvo se se tratar das transmisses de bens referidas nas

    alneas a) e b) do n 3 do artigo 3.

    8. Sempre que os bens sejam colocados sob um dos regimes ou procedimentos

    referidos no n 2 do artigo 5, o facto gerador e a exigibilidade do imposto s se verificam no

    momento em que deixem de estar sujeitos a esses regimes ou procedimentos.

    Artigo 8

    (Exigibilidade)

    1. No obstantes o disposto no artigo anterior, sempre que a transmisso de bens ou a

    prestao de servios d lugar obrigao de emitir uma factura ou documento equivalente,

    nos termos do artigo 25, o imposto torna-se exigvel:

    a) Se o prazo previsto para a emisso for respeitado, no momento da sua emisso;

    b) Se o prazo previsto para a emisso no for respeitado, no momento em que termina;

    c) Se a transmisso de bens ou a prestao de servios, j ocorridas, derem, todavia, lugar ao pagamento, ainda que parcial, anteriormente emisso da factura ou

    documento equivalente, no momento do recebimento desse pagamento, pelo

    montante recebido, sem prejuzo do disposto na alnea anterior.

    2. O imposto ser ainda exigvel, no caso das prestaes de servios, sempre que se

    verifique a emisso da factura ou documento equivalente, ou pagamento, precedendo o

    momento da sua realizao, tal como este definido no artigo anterior.

    3. Para efeitos do nmero anterior a exigibilidade incidir sobre o valor facturado ou

    pago, consoante o caso.

    CAPTULO II

    Isenes

    SECO I

    Isenes nas operaes internas

    Artigo 9

    (Transmisses de bens e prestaes de servios isentas)

    Esto isentas do imposto:

    1. As prestaes de servios mdicos e sanitrios e as operaes com elas

    estreitamente conexas, efectuadas:

    a) No exerccio da respectiva profisso por mdicos, odontologistas, enfermeiros e outros paramdicos;

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    b) Por estabelecimentos hospitalares, clnicas, dispensrios e similares.

    2. As actividades das empresas pblicas de rdio e de televiso que no tenham

    carcter comercial.

    3. As transmisses de rgos, sangue e leite humanos.

    4. O transporte de doentes ou feridos em ambulncias ou outros veculos apropriados

    efectuado por organismos devidamente autorizados.

    5. As transmisses de bens e as prestaes de servios ligadas previdncia e

    assistncia sociais e as transmisses de bens com elas conexas, efectuadas por entidades

    pblicas ou organismos sem finalidade lucrativa, cujos fins e objecto sejam reconhecidos

    pelas autoridades competentes, incluindo as efectuadas por pessoas fsicas ou jurdicas que

    efectuem prestaes de previdncia social por conta do respectivo sistema nacional, desde que

    no recebam em troca das mesmas qualquer contraprestao dos adquirentes dos bens ou

    destinatrios dos servios.

    6. As prestaes de servios e as transmisses de bens estreitamente conexas,

    efectuadas no exerccio da sua actividade habitual por creches, jardins de infncia, centros de

    actividade de tempos livres, estabelecimentos para crianas e jovens desprotegidos de meio

    familiar normal, lares residenciais, casas de trabalho, estabelecimentos para crianas e jovens

    deficientes, centros de reabilitao de invlidos, lares de idosos, centros de dia e centros de

    convvio para idosos, colnias de frias, albergues de juventude e outros equipamentos sociais

    pertencentes a entidades pblicas ou organismos sem finalidades lucrativas cujos fins e

    objecto sejam reconhecidos pelas autoridades competentes.

    7. As prestaes de servios efectuadas por entidades pblicas ou organismos sem

    finalidade lucrativa que explorem estabelecimentos ou instalaes destinados prtica de

    actividades artsticas, desportivas, recreativas e de educao fsica a pessoas que pratiquem

    essas actividades.

    8. As prestaes de servios que tenham por objecto o ensino, bem como as

    transmisses de bens e prestaes de servios conexas, efectuadas por estabelecimentos

    integrados no Sistema Nacional de Ensino ou reconhecidos como tendo fins anlogos pelo

    departamento governamental responsvel pela rea da Educao.

    9. As prestaes de servios que tenham por objecto a formao profissional, bem

    como as transmisses de bens e prestaes de servios conexas, como sejam o fornecimento

    de alojamento, alimentao e material didctico, efectuadas por entidades pblicas ou por

    entidades reconhecidas como tendo competncia nos domnios da formao e reabilitao

    profissionais pelos Ministrios competentes.

    10. As prestaes de servios que consistam em lies ministradas a ttulo pessoal, ao

    nvel da educao pr-escolar e bsica do ensino secundrio, tcnico-profissional, mdio e

    superior.

    11. As prestaes de servios que consistam em proporcionar a visita guiada ou no, a

    museus, galerias de arte, monumentos, parques, permetros florestais, jardins botnicos,

    zoolgicos e similares, pertencentes ao Estado, outras entidades pblicas ou entidades sem

    finalidade lucrativa, desde que efectuadas unicamente por intermdio dos seus prprios

  • 10

    agentes. A presente iseno abrange tambm as transmisses de bens estritamente conexas

    com as prestaes de servios referidas.

    12. As prestaes de servios e as transmisses de bens com elas conexas, efectuadas

    por entidades pblicas e organismos sem finalidade lucrativa, relativas a congressos,

    colquios, conferncias, seminrios, cursos e manifestaes anlogas de natureza cientfica,

    cultural, educativa ou tcnica.

    13. A transmisso de direitos de autor e a autorizao para utilizao de obra

    intelectual, definidas na Lei n 101/III/90, de 29 de Dezembro, quando efectuadas pelos

    prprios autores, seus herdeiros ou legatrios.

    14. A transmisso feita pelos prprios artistas, seus herdeiros ou legatrios, dos

    seguintes objectos de arte, de sua autoria:

    a) Quadros, pinturas e desenhos originais, com excluso dos desenhos industriais;

    b) Gravuras, estampas e litografias de tiragem limitada a 200 exemplares, com excluso das obtidas por processos mecnicos ou fotomecnicos;

    c) Objectos de arte no domnio da escultura e estatutria, desde que produzidos pelo prprio artista, com excluso dos artigos de ourivesaria e joalharia;

    d) Exemplares nicos de cermica, executados e assinados pelo artista.

    15. A transmisso de jornais, revistas e livros, considerados de natureza cultural,

    educativa, tcnica ou recreativa, constantes do n 2 da lista Anexa a este Regulamento.

    16. A cedncia de pessoal por instituies religiosas ou filosficas para a realizao de

    actividades isentas nos termos deste Regulamento ou para fins de assistncia espiritual.

    17. As prestaes de servios efectuadas no interesse colectivo dos seus associados por

    organismos sem finalidade lucrativa, desde que esses organismos prossigam objectivos de

    natureza poltica, sindical, religiosa, patritica, humanitria, filantrpica, recreativa,

    desportiva, cultural, ambiental, cvica ou de representao de interesses econmicos, e a nica

    contraprestao seja uma quota fixada nos termos dos estatutos.

    18. As transmisses de bens e as prestaes de servios efectuados por entidades cujas

    actividades habituais se encontram isentas nos termos dos nmeros 1, 5, 6, 7, 8, 10, 12, 13 e

    17 deste artigo, aquando de manifestaes ocasionais destinadas angariao de fundos em

    seu proveito exclusivo, desde que o seu nmero no seja superior a oito por ano.

    19. As transmisses, pelo seu valor facial, de selos do correio em circulao de valores

    selados e bem assim as respectivas comisses de venda, e as prestaes de servios e

    transmisses de bens conexas, efectuadas pelos servios pblicos postais, com excepo das

    telecomunicaes.

    20. O servio pblico de remoo de lixos.

    21. As prestaes de servios e as transmisses de bens acessrias aos mesmos

    servios, efectuadas por empresas funerrias e de cremao.

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    22. As operaes bancrias e financeiras.

    23. As operaes de seguro e resseguro, bem como as prestaes de servios conexas

    efectuadas pelos corretores e intermedirios de seguro.

    24. A locao de imveis, excluindo, porm:

    a) As prestaes de servios de alojamento, efectuadas no mbito da actividade hoteleira ou de outras com funes anlogas, incluindo os parques de campismo;

    b) A locao de reas especialmente preparadas para recolha ou estacionamento colectivo de veculos;

    c) A locao de mquinas e outros equipamentos de instalao fixa, bem como qualquer outra locao de bens imveis de que resulte a transferncia onerosa da

    explorao de estabelecimento comercial ou industrial;

    d) A locao de espaos preparados para exposies ou publicidade.

    25. As operaes sujeitas a Imposto nico sobre o Patrimnio, ainda que dele isentas.

    26. A lotaria nacional, os sorteios, as apostas mtuas desportivas, bem como as

    respectivas comisses e todas as actividades sujeitas a imposto sobre o jogo.

    27. As transmisses de bens afectos exclusivamente a um sector de actividade isento

    ou que, em qualquer caso, no foram objecto de direito a deduo e bem assim as

    transmisses de bens cuja aquisio tenha sido feita com excluso do direito a deduo nos

    termos do artigo 20.

    28. As transmisses dos bens essenciais, constantes do n 1 da Lista Anexa a este

    Regulamento.

    Redaco alterada pela Lei n 48/VI /2004, de 26 de Julho.

    Foram aditados alguns cereais em 2008, pela lei n. 29/VII/2008, de 21 de Julho.

    29. As transmisses de material, instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia e

    veterinria, bem como as transmisses de medicamentos, incluindo os destinados a aplicao

    veterinria e as especialidades farmacuticas e outros produtos farmacuticos destinados

    exclusivamente a fins teraputicos e profilticos, todos constantes do n 3 da lista anexa a este

    Regulamento.

    30. As transmisses de bens efectuadas no mbito de uma actividade agrcola,

    silvcola, pecuria ou de pesca, incluindo nas actividades acima referidas as de transformao

    efectuadas por um produtor sobre os produtos provenientes da respectiva produo, mas

    apenas com os meios normalmente utilizados nas exploraes agrcolas, silvcolas, pecurias

    ou de pesca.

    31. As prestaes de servios efectuadas por agricultores atravs de mquinas

    especificamente agrcolas, bem como as prestaes de servios efectuadas por cooperativas

    que, no sendo de produo agrcola, silvcola, pecuria ou de pesca, desenvolvam uma

    actividade de prestao de servios aos seus associados no mbito dessas actividades.

  • 12

    32. As raes destinadas alimentao de animais de reproduo e abate para

    consumo humano, constantes do n. 4 da Lista Anexa a este Regulamento.

    Foram efectuadas alguns aditamentos em 2008, pela lei n. 29/VII/08, de 21 de Julho.

    33. As transmisses de bens de equipamento, de sementes, de espcies reprodutoras,

    de adubos, pesticidas, herbicidas, fungicidas e similares, constantes do n. 4 da Lista Anexa a

    este Regulamento.

    34. As prestaes de servios efectuadas aos respectivos promotores, por profissionais

    da respectiva rea, para a execuo de espectculos teatrais, coreogrficos, musicais, de circo,

    desportivos ou outros, realizao de filmes, edio de discos e de outros suportes de som e

    imagem.

    Aditado pela Lei n 48/VI /2004, de 26 de Julho.

    35. Os artigos para pesca constantes do n 5 da Lista Anexa a este Regulamento.

    Aditado pela Lei n 53/VI /2005, de 3 de Janeiro

    36. As transmisses de areia.

    Artigo 10

    (Organismos sem finalidade lucrativa)

    Para efeitos do disposto no artigo 9, apenas sero considerados organismos sem

    finalidade lucrativa os que cumulativamente:

    a) Em caso algum distribuam lucros e os seus corpos gerentes no tenham, por si ou por interposta pessoa, algum interesse directo ou indirecto nos resultados da

    explorao;

    b) Disponham de escriturao que abranja todas as suas actividades e a ponham disposio dos servios fiscais, designadamente para comprovao do referido na

    alnea anterior;

    c) Pratiquem preos homologados pelas autoridades pblicas competentes ou, para as operaes no susceptveis de homologao, preos inferiores aos exigidos para

    operaes anlogas pelas empresas comerciais sujeitas de imposto;

    d) No entrem em concorrncia directa com sujeitos passivos do imposto.

    Artigo 11

    (Renncia iseno)

    1. Podero renunciar iseno, optando pela aplicao do imposto s suas operaes,

    os sujeitos passivos que beneficiem das isenes constantes do n. 30 do artigo 9.

  • 13

    2. O direito de opo ser exercido mediante a entrega, na Repartio de Finanas

    competente, de declarao adequada e produzir efeitos a partir de 1 de Janeiro do ano civil

    seguinte, salvo se o sujeito passivo iniciar a sua actividade no decurso do ano, caso em que a

    opo, a fazer constar da respectiva declarao, produzir efeitos desde o incio da

    actividade.

    3. Tendo exercido o direito de opo nos termos dos nmeros anteriores, o sujeito

    passivo obrigado a permanecer no regime por que optou durante um perodo de, pelo menos,

    cinco anos. Findo tal prazo, continuar sujeito a tributao, salvo se desejar a sua passagem

    situao de iseno, caso em que dever informar disso a Administrao Fiscal, mediante a

    entrega, antes de expirado aquele prazo, na Repartio de Finanas competente, de declarao

    adequada, a qual produzir efeitos a partir de 1 de Janeiro do ano civil seguinte.

    SECO II

    Isenes na importao

    Artigo 12

    (Importaes isentas)

    1. Esto isentas de imposto:

    a) As importaes definitivas de bens cuja transmisso no territrio nacional seja isenta de imposto;

    b) As importaes de bens, sempre que gozem de iseno do pagamento de direitos aduaneiros, nos termos das seguintes disposies:

    Redaco alterada pela Lei n 48/VI /2004, de 26 de Julho.

    i. Lei n. 102/V/99, de 19 de Abril;

    ii. Sejam efectuadas por organismos sem finalidade lucrativa e instituies nacionais, de relevante interesse pblico e fins sociais, desde que tais

    bens sejam inteiramente adequados natureza da instituio

    beneficiria e venham por esta a ser utilizados em actividades de

    evidente interesse pblico e na condio de que a iseno seja

    autorizada por deciso prvia do membro do Governo responsvel pela

    rea das Finanas;

    iii. No mbito dos artigos 1 e 3 do Decreto-Lei n. 39/88, de 28 de Maio;

    iv. Equipamentos musicais e seus acessrios, quando no sejam fabricados no pas, importados por conjuntos e agrupamentos musicais e por

    escolas de msica;

    v. Sejam qualificadas como pequenas remessas sem valor comercial, nas condies e montantes estabelecidos em legislao complementar;

  • 14

    vi. As importaes efectuadas pelas companhias de transporte areo, concessionrias de servios pblicos, empresas concessionrias de

    explorao de aeroportos e aerdromos, bem como empresas que

    prestam assistncia a aeronaves, nos termos da alnea d) do artigo 2 da

    Lei n. 126/V/2001, de 22 de Janeiro.

    Aditados pela Lei n 48/VI /2004, de 26 de Julho.

    vii. As importaes de mquinas, instrumentos e utenslios, bem como os respectivos acessrios e peas separadas para edifcios e equipamentos

    fabris de estabelecimentos industriais, e o material de carga e de

    transporte de mercadorias, quando isentos de direitos, no mbito do

    Estatuto Industrial, aprovado pelo Decreto-Lei n. 108/89, de 30 de

    Dezembro;

    viii. As importaes de instrumentos e utenslios necessrios instalao dos estabelecimentos hoteleiros, barcos de recreio, pranchas e

    utenslios necessrios instalao de empreendimentos de animao

    cultural e desportiva, bem como os autocarros e veculos automveis

    para transporte de mercadorias destinadas ao uso exclusivo de

    estabelecimentos hoteleiros, quando isentos de direito no mbito da Lei

    n. 42/IV/92, de 6 de Abril.

    Aditado pela Lei n 53/VI /2005, de 3 de Janeiro

    ix. As importaes de mquinas, instrumentos e utenslios, incluindo tubagens e material reutilizvel contra a propagao de areia pelo ar,

    no produzidos no territrio nacional, bem como os respectivos

    acessrios e peas separadas e material de carga e de transporte de

    mercadorias, destinados ao uso exclusivo das empresas de importao e

    ou produo de areia, no mbito dessa actividade.

    a) A reimportao de bens por quem os exportou, no mesmo estado em que foram exportados, quando beneficiem da iseno de direitos aduaneiros;

    b) As prestaes de servios cujo valor esteja includo na base tributvel das importaes de bens a que se refiram, conforme o estabelecido na alnea b) do n.

    1 do artigo 16;

    c) As importaes de ouro efectuadas pelo Banco de Cabo Verde;

    d) As importaes efectuadas por armadores de navios do produto da pesca resultante das capturas por eles efectuadas que no tenha sido objecto de

    operaes de transformao, no sendo consideradas como tais as destinadas a

    conservar os produtos para comercializao, se efectuadas antes da primeira

    transmisso dos mesmos;

    e) As importaes das embarcaes referidas na alnea f) do n. 1 do artigo 13 e dos objectos, incluindo o equipamento de pesca, nelas incorporados ou que sejam

    utilizados para a sua explorao;

  • 15

    f) As importaes de bens de abastecimento que, desde a sua entrada em territrio nacional at chegada ao porto ou aeroporto nacionais de destino e durante a

    permanncia nos mesmos pelo perodo normal necessrio ao cumprimento das

    suas tarefas, sejam consumidos ou se encontrem a bordo das embarcaes que

    efectuem navegao martima internacional ou de aeronaves que efectuem

    navegao area internacional;

    g) As importaes dos objectos de arte referidos no n. 14 do artigo 9, quando efectuadas pelos artistas-autores, seus herdeiros ou legatrios.

    2. Esto isentas de imposto as importaes de bens efectuadas:

    a) No mbito de tratados e acordos internacionais de que a Repblica de Cabo Verde seja parte, nos termos previstos nesses tratados e acordos, e com as

    condies e procedimentos previstos em legislao especfica;

    b) No mbito de relaes diplomticas e consulares que beneficiem de franquia aduaneira;

    c) Por organizaes internacionais reconhecidas pela Repblica de Cabo Verde e bem assim, pelos membros dessas organizaes, nas condies e limites fixados

    nas convenes internacionais que instituram as referidas organizaes ou nos

    acordos de sede.

    3. Beneficiam de iseno ou reduo do imposto, na mesma proporo em que gozam da

    reduo de direitos nos termos da respectiva legislao aduaneira, as importaes de bens dos

    emigrantes, funcionrios civis ou militares do Estado, estudantes e bolseiros, que regressem

    definitivamente a Cabo Verde, nos termos e limites da respectiva legislao aduaneira, com

    excepo das viaturas;

    4. A iseno referida na alnea h) do n. 1 no ser aplicvel:

    a) s provises de bordo que se encontrem nas seguintes embarcaes:

    i. As que estejam a ser desmanteladas ou utilizadas em fins diferentes da realizao dos fins prprios da navegao martima internacional, enquanto

    durarem tais circunstncias;

    ii. As utilizadas como hotis, restaurantes ou casinos flutuantes ou para fins semelhantes, durante a sua permanncia num porto ou em guas territoriais ou

    interiores do territrio nacional;

    iii. As de recreio, durante a sua permanncia num porto ou em guas territoriais ou interiores do territrio nacional;

    iv. As de pesca costeira.

    b) Aos combustveis e carburantes que no sejam os contidos nos depsitos normais.

    5. A concesso da iseno prevista na alnea b) iii) do n. 1 depende de despacho

    favorvel do Membro do Governo responsvel pela rea das Finanas, mediante requerimento

    prvio apresentado pela entidade promotora e acompanhado de lista discriminada dos bens a

  • 16

    importar e respectivo plano de importaes, sendo concedida pelos servios aduaneiros

    segundo esse mesmo plano e sempre aps conferncia por confronto com a lista aprovada

    naquele despacho.

    SECO III

    Isenes na exportao, operaes assimiladas e transportes internacionais

    Artigo 13

    (Exportaes, operaes assimiladas e transportes internacionais e equiparados)

    1. Esto isentas do imposto:

    a) As transmisses de bens expedidos ou transportados com destino ao estrangeiro pelo vendedor ou por um terceiro por conta deste;

    b) As transmisses de bens expedidos ou transportados com destino ao estrangeiro por um adquirente sem residncia ou estabelecimento no territrio

    nacional ou por um terceiro por conta deste, com excepo dos bens destinados ao

    abastecimento de barcos desportivos e de recreio, avies de turismo ou qualquer

    outro meio de transporte de uso privado. A presente iseno ser regulamentada

    em diploma autnomo;

    c) As transmisses de bens de abastecimento postos a bordo das embarcaes que efectuem navegao martima em alto mar ou entre as ilhas do territrio nacional

    e que assegurem o transporte remunerado de passageiros ou o exerccio de uma

    actividade comercial, industrial ou de pesca;

    d) As transmisses de bens de abastecimento postos a bordo das embarcaes de salvamento, assistncia martima e pesca costeira, com excepo, em relao a

    estas ltimas, das provises de bordo;

    e) As transmisses de bens de abastecimento postos a bordo das embarcaes de guerra, quando deixem o pas com destino a um porto ou ancoradouro situado no

    estrangeiro;

    f) As transmisses, transformaes, reparaes, manuteno, frete e aluguer, incluindo a locao financeira, de embarcaes afectas s actividades a que se

    referem as alneas c) e d), assim como as transmisses, aluguer, reparao e

    conservao dos objectos, incluindo o equipamento de pesca, incorporados nas

    referidas embarcaes ou que sejam utilizados para a sua explorao;

    g) As transmisses, transformaes, reparaes e as operaes de manuteno, frete e aluguer, incluindo a locao financeira, de aeronaves utilizadas pelas

    companhias de navegao area que se dediquem principalmente ao trfego

    internacional ou entre as ilhas do territrio nacional, assim como as transmisses,

    reparaes, operaes de manuteno e aluguer dos objectos incorporados nas

    referidas aeronaves ou que sejam utilizados para a sua explorao;

    h) As transmisses de bens de abastecimento postos a bordo das aeronaves referidas na alnea anterior;

  • 17

    i) As prestaes de servios no mencionadas nas alneas e) e f) do presente nmero, efectuadas com vista s necessidades directas das embarcaes e

    aeronaves ali referidos e da respectiva carga;

    j) As transmisses de bens efectuadas no mbito de relaes diplomticas e consulares, cuja iseno resulte de acordos e convnios internacionais celebrados

    pelo Estado de Cabo Verde;

    k) As transmisses de bens destinados a organismos internacionais reconhecidos pelo Estado de Cabo Verde ou a membros dos mesmos organismos, nos limites e

    com as condies fixados em acordos e convnios internacionais celebrados pelo

    Estado de Cabo Verde;

    l) As transmisses de bens para organismos devidamente reconhecidos que os exportem para o estrangeiro no mbito das suas actividades humanitrias,

    caritativas ou educativas, mediante prvio reconhecimento do direito iseno,

    pela forma que ser determinada em diploma autnomo;

    m) As prestaes de servios, com excepo das referidas no artigo 9, que estejam directamente relacionadas com o trnsito, exportao ou importao de

    bens isentos de imposto por terem sido declarados em regime de importao

    temporria, aperfeioamento activo ou trnsito interno ou terem entrado em

    entrepostos pblicos ou privados de armazenagem ou outras reas referidas no

    artigo seguinte;

    n) O transporte de pessoas provenientes ou com destino ao estrangeiro, bem como o transporte de pessoas entre as ilhas que integram o territrio nacional;

    o) As prestaes de servios que consistam em trabalhos realizados sobre bens mveis, adquiridos ou importados para serem objecto de tais trabalhos em

    territrio nacional e expedidos de seguida ou transportados com destino ao

    estrangeiro por quem os prestou, pelo seu destinatrio no estabelecido no

    territrio nacional ou por terceiro em nome e por conta de qualquer deles;

    p) As prestaes de servios realizadas por intermedirios que actuam em nome e por conta de outrem, quando intervenham em operaes descritas no presente

    artigo ou em operaes realizadas fora do territrio nacional.

    2. As isenes das alneas c), d) e h) do n1, no que se refere s transmisses de

    bebidas, efectivar-se-o atravs do exerccio do direito a deduo ou da restituio do

    imposto, no se considerando, para o efeito, o disposto na alnea d) do nmero 1 do artigo 20.

    3. Para efeitos deste Regulamento, entende-se por bens de abastecimento:

    a) As provises de bordo, sendo consideradas como tais os produtos destinados exclusivamente ao consumo da tripulao e dos passageiros;

    b) Os combustveis, carburantes, lubrificantes e outros produtos destinados ao funcionamento das mquinas de propulso e de outros aparelhos de uso tcnico

    instalados a bordo;

  • 18

    c) Os produtos acessrios destinados preparao, tratamento e conservao das mercadorias transportadas a bordo.

    SECO IV

    Outras isenes

    Artigo 14

    (Regimes aduaneiros especiais e outras)

    1. Esto isentas do imposto as operaes a seguir indicadas, desde que os bens a que se

    referem no tenham utilizao nem consumo finais:

    a) As transmisses de bens que, sob controlo alfandegrio e com sujeio s disposies especificamente aplicveis, se destinem a empresas francas,

    entrepostos pblicos ou privados, de armazenagem ou industriais, ou a ser

    introduzidos em lojas francas, situaes cuja definio feita de acordo com as

    disposies aduaneiras em vigor, enquanto permanecerem sob tais regimes;

    b) As transmisses de bens expedidos ou transportados para as zonas ou depsitos mencionados na alnea anterior, bem como as prestaes de servios directamente

    conexas com tais transmisses;

    c) As transmisses de bens que se efectuem nas zonas ou depsitos a que se refere a alnea a), assim como as prestaes de servios directamente conexas com tais

    transmisses, enquanto os bens permanecerem naquelas situaes;

    d) As transmisses de bens que se encontrem nos regimes de trnsito, aperfeioamento activo ou importao temporria e as prestaes de servios

    directamente conexas com tais operaes, enquanto os mesmos forem

    considerados abrangidos por aqueles regimes.

    2. As situaes referidas no n. 1 so as definidas na legislao aduaneira em vigor.

    3. O membro do Governo responsvel pela rea das Finanas pode conceder a iseno

    deste imposto relativamente aquisio de bens destinados a ofertas a organismos sem fim

    lucrativo e a instituies nacionais de interesse pblico e de relevantes fins sociais, desde que

    tais bens sejam inteiramente adequados natureza da instituio beneficiria e se destinem a

    ser utilizados em actividades de evidente interesse pblico.

    Alterado pelo artigo 30 da Lei n 20/VII /2007, de 28 de Dezembro, que aprova o OE

    para 2008.

    4. As transmisses e importaes de cadeiras de rodas e veculos automveis

    adaptados para deficientes motores, cuja a deficincia seja comprovada por documento

    mdico e mediante parecer tcnico da Direco Geral dos Transportes Rodovirios, aparelhos,

    artefactos e demais material de prtese ou compensao destinados a substituir, no todo ou em

    parte, qualquer membro ou rgo do corpo humano ou a tratamento de fracturas e, bem assim,

    os que se destinam a ser utilizados por invisuais ou a corrigir a audio, desde que prescritos

    por receita mdica.

  • 19

    4. As transmisses e importaes de cadeiras de rodas e veculos semelhantes,

    accionados manualmente ou por motor, para deficientes, aparelhos, artefactos e demais

    material de prtese ou compensao destinados a substituir, no todo ou em parte, qualquer

    membro ou rgo do corpo humano ou a tratamento de fracturas e, bem assim, os que se

    destinam a ser utilizados por invisuais ou a corrigir a audio, desde que prescritos por receita

    mdica.

    Aditado pela Lei n 53/VI /2005, de 3 de Janeiro

    5. Esto isentas do imposto as aquisies de bens e prestaes de servio destinadas a execuo de obras e projectos financiados no mbito da cooperao internacional, nas

    condies e limites fixados em acordos e convnios internacionais celebrados pelo Estado de

    Cabo Verde.

    CAPTULO III

    Valor tributvel

    SECO I

    Valor tributvel nas operaes internas

    Artigo 15

    (Base do imposto nas operaes internas)

    1. Sem prejuzo do disposto no n. 2, o valor tributvel das transmisses de bens e das

    prestaes de servios sujeitas a imposto ser o valor da contraprestao obtida ou a obter do

    adquirente, do destinatrio ou de um terceiro.

    2. Nos casos das transmisses de bens e prestaes de servios a seguir enumeradas, o

    valor tributvel ser:

    a) Para as operaes referidas na alnea d) do n. 3 do artigo 3, o valor constante da factura a emitir nos termos da alnea a) do n. 1 do artigo 34;

    b) Para as operaes referidas nas alneas e) e f) do n. 3 do artigo 3, o preo de aquisio ou, na sua falta, o preo de custo, reportados ao momento de realizao

    das operaes;

    c) Para as operaes referidas no n. 2 do artigo 4, o valor normal do servio, definido no n. 4 do presente artigo;

    d) Para as transmisses de bens e prestaes de servios resultantes de actos de autoridades pblicas, a indemnizao ou qualquer outra forma de compensao;

    e) Para as transmisses de bens entre comitente e comissrio ou entre comissrio e comitente, respectivamente, o preo de venda acordado pelo comissrio,

    diminudo da comisso, e o preo de compra acordado pelo comissrio, aumentado

    da comisso;

  • 20

    f) Para as transmisses de bens em segunda mo, objectos de arte, de coleco e antiguidades, efectuadas por sujeitos passivos do imposto que hajam adquirido tais

    bens para revenda, a diferena, devidamente justificada, entre o preo de venda e o

    preo de compra, salvo opo expressa pela aplicao do disposto no n. 1;

    g) Para as transmisses de bens resultantes de actos de arrematao ou venda judicial ou administrativa, de conciliao ou de contratos de transaco, o valor por que as

    arremataes ou vendas tiverem sido efectuadas ou, se for caso disso, o valor

    normal dos bens transmitidos;

    h) Para as operaes resultantes de um contrato de locao financeira, o valor da renda recebida ou a receber do locatrio.

    3. Nos casos em que a contraprestao no seja definida, no todo ou em parte, em

    dinheiro, o valor tributvel ser o montante recebido ou a receber, acrescido do valor normal dos

    bens ou servios dados em troca.

    4. Entender-se- por valor normal de um bem ou servio o preo, aumentado dos

    elementos referidos no n. 5 deste artigo, na medida em que nele no estejam includos, que

    um adquirente ou destinatrio, no estdio de comercializao onde efectuada a operao e

    em condies normais de concorrncia, teria de pagar a um fornecedor independente, no

    tempo e lugar em que efectuada a operao ou no tempo e lugar mais prximos, para obter o

    bem ou servio.

    5. O valor tributvel das transmisses de bens e das prestaes de servios sujeitas a

    imposto incluir:

    a) Os impostos, direitos, taxas e outras imposies, com excepo do prprio Imposto sobre o Valor Acrescentado;

    b) As despesas acessrias debitadas quando respeitem a comisses, embalagem, transporte e seguros por conta do cliente.

    6. Do valor tributvel referido no nmero anterior sero excludos:

    a) As quantias recebidas a ttulo de indemnizao declarada judicialmente, por incumprimento total ou parcial de contratos;

    b) Os descontos, abatimentos ou bnus concedidos;

    c) As quantias pagas em nome e por conta do adquirente dos bens ou do destinatrio dos servios, registadas pelo contribuinte em adequadas contas de terceiros;

    d) As quantias respeitantes a embalagens, desde que as mesmas no tenham sido efectivamente transaccionadas, e da factura ou documento equivalente constem os

    elementos referidos na parte final da alnea b) do n. 5 do artigo 32.

    7. Para efeitos do n. 1 quando o valor da contraprestao seja inferior ao que deveria

    resultar da utilizao dos preos correntes ou normais de venda, porta da fbrica, por grosso, ou

    a retalho, ou aos preos correntes ou normais do servio, consoante a natureza das transaces,

    pode a Administrao Fiscal proceder sua correco.

  • 21

    8. Legislao especial regulamentar o apuramento do imposto quando o valor

    tributvel houver de ser determinado de harmonia com o disposto na alnea f) do n.2.

    9. Sempre que os elementos necessrios determinao do valor tributvel sejam

    expressos em moeda diferente da moeda nacional, a equivalncia em escudos efectuar-se-

    pela aplicao da taxa de cmbio de venda fixada pelo Banco de Cabo Verde.

    10. Para os efeitos previstos no nmero anterior, os sujeitos passivos podem optar

    entre a adopo da taxa do dia em que se verificou a exigibilidade do imposto ou a do

    primeiro dia til do respectivo ms.

    SECO II

    Valor tributvel na importao

    Artigo 16

    (Base do imposto na importao)

    1. O valor tributvel dos bens importados ser o valor aduaneiro, determinado nos

    termos das leis e regulamentos alfandegrios, adicionado dos elementos a seguir indicados, na

    medida em que nele no estejam compreendidos:

    a) Direitos de importao e quaisquer outros impostos ou taxas efectivamente devidos na importao, com excepo do prprio Imposto sobre o Valor

    Acrescentado;

    b) Despesas acessrias tais como embalagem, transportes, seguros e outros encargos, incluindo as despesas porturias ou aeroporturias a que haja lugar, que se

    verifiquem at ao primeiro lugar de destino dos bens no interior do Pas.

    2. Considerar-se- primeiro lugar de destino o que figura no documento de transporte

    ao abrigo do qual os bens so introduzidos no territrio nacional ou, na sua falta, o lugar em

    que se efectuar a primeira ruptura de carga no interior do Pas.

    3. Do valor tributvel dos bens importados sero excludos os descontos por pronto

    pagamento e os que figurem separadamente na factura.

    4. Nos casos de reimportao no isenta de imposto nos termos da alnea c) do n1 do

    artigo 12, de bens exportados temporariamente e que no estrangeiro tenham sido objecto de

    trabalhos de reparao, transformao ou complemento de fabrico, o valor tributvel ser o

    que corresponder operao efectuada no estrangeiro, determinado de acordo com o disposto

    no n. 1 do presente artigo.

    CAPTULO IV

    Taxas

    Artigo 17

    (Taxa do imposto)

    1. A taxa do imposto de 15%.

  • 22

    Aditado pela Lei n 53/VI /2005, de 3 de Janeiro

    2. Exceptua-se do disposto no numero anterior as prestaes de servios de

    alojamento, em estabelecimentos do tipo hoteleiro e similar, e de restaurao, cujo o imposto

    aplicado com uma taxa de 6%.

    3. A taxa aplicvel a que vigorar no momento em que o imposto se tornar exigvel.

    4. Nas transmisses de bens constitudos pelo agrupamento de mercadorias isentas

    constantes da Lista anexa a este Regulamento e de mercadorias tributadas, aplicar-se- a

    seguinte disciplina:

    a) Quando as mercadorias que compem a unidade de venda no sofram alteraes da sua natureza nem percam a sua individualidade, a taxa aplicvel ao valor global

    das mercadorias ser a que lhes corresponder ou, se lhes couberem iseno

    completa e tributao, respectivamente, ser aplicvel a iseno ou a taxa do n. 1,

    consoante a que se apresente como mercadoria predominante na composio ou

    essencial no preo praticado;

    b) Quando as mercadorias que compem a unidade de venda sofram alteraes da sua natureza e qualidade ou percam a sua individualidade, a taxa aplicvel ao

    conjunto ser a que, como tal, lhes corresponder.

    5. Nas prestaes de servios respeitantes a contratos de locao financeira, o imposto

    aplicado com a mesma taxa que seria aplicvel no caso de transmisso dos bens dados em

    locao financeira.

    CAPTULO V

    Liquidao e pagamento do imposto

    SECO I

    Direito deduo

    Artigo 18

    (Imposto suportado)

    1. Para o apuramento do imposto devido, os sujeitos passivos deduziro, nos termos

    dos artigos seguintes, ao imposto incidente sobre as operaes tributveis que efectuaram:

    a) O imposto que lhes foi facturado na aquisio de bens e servios por outros sujeitos passivos;

    b) O imposto devido pela importao de bens;

    c) O imposto pago pela aquisio dos servios indicados no nmero 6 do artigo 6;

    d) O imposto pago como destinatrio de operaes tributveis efectuadas por sujeitos passivos estabelecidos no estrangeiro, quando estes no tenham no territrio

    nacional um representante legalmente acreditado e no houverem facturado o

    imposto.

  • 23

    2. S confere direito a deduo o imposto mencionado em facturas, documentos

    equivalentes e exemplares-recibo de declaraes de importao para consumo, passados em

    forma legal, na posse do sujeito passivo.

    3. No poder deduzir-se imposto que resulte de operao simulada ou em que seja

    simulado o preo constante da factura ou documento equivalente.

    4. No ainda permitido o direito a deduo do imposto nas aquisies de bens em

    segunda mo, objectos de arte, de coleco e antiguidades, quando o valor tributvel da sua

    transmisso posterior for a diferena entre o preo de venda e o preo de compra, nos termos

    da alnea f) do n.2 do artigo 15.

    5. No pode, igualmente, deduzir-se o imposto que resulte de operaes em que o

    transmitente dos bens, ou prestador dos servios, no entregar aos cofres do Estado o imposto

    liquidado, quando o sujeito passivo tenha ou deva ter conhecimento de que o transmitente dos

    bens, ou prestador de servios, no dispe de adequada estrutura empresarial susceptvel de

    exercer a actividade declarada.

    6. Para efeitos do exerccio do direito deduo, consideram-se passados em forma legal, as

    facturas ou documentos equivalentes que contenham os elementos previstos no nmero 5 do

    artigo 32.

    Aditado pela lei n. 3/VIII/2011, de 28 de Julho, que aprova Oramento de Estado para

    2011.

    Artigo 19

    (Condies para o exerccio do direito a deduo)

    1. S poder deduzir-se o imposto que tenha incidido sobre bens ou servios

    adquiridos, importados ou utilizados pelo sujeito passivo para a realizao das operaes

    seguintes:

    a) Transmisses de bens e prestaes de servios sujeitas a imposto e dele no isentas;

    b) Transmisses de bens e prestaes de servios que consistam em:

    i. Exportaes e restantes operaes isentas nos termos do artigo 13;

    ii. Operaes efectuadas no estrangeiro que seriam tributveis se fossem efectuadas no territrio nacional;

    iii. Prestaes de servios cujo valor esteja includo na base tributvel dos bens importados, nos termos da alnea b) do n. 1 do artigo 16;

    Redaco alterada pela Lei n. 4/VII/2006, de 11 de Janeiro

    iv. Transmisses de bens e prestaes de servios abrangidos pelos ns. 1, 3, 4 e 5 do artigo 14;

  • 24

    v. Transmisso de bens constante da Lista anexa a este Regulamento.

    2. No haver, porm, direito a deduo do imposto respeitante a operaes que dem

    lugar aos pagamentos referidos na alnea c) do n. 6 do artigo 15.

    Artigo 20

    (Excluses do direito a deduo)

    1. Exclui-se, todavia, do direito a deduo o imposto contido nas seguintes despesas:

    a) Despesas relativas aquisio, fabrico ou importao, locao, incluindo a locao financeira, utilizao, transformao e reparao de viaturas de

    turismo, barcos de recreio, helicpteros, avies, motos e motociclos.

    considerada viatura de turismo qualquer veculo automvel, com incluso do

    reboque, que, pelo seu tipo de construo e equipamento, no seja destinado

    unicamente ao transporte de mercadorias ou a uma utilizao com carcter

    agrcola, comercial ou industrial ou que, sendo misto ou de transporte de

    passageiros, no tenha mais de nove lugares, com incluso do condutor;

    b) Despesas respeitantes a combustveis normalmente utilizveis em viaturas automveis, com excepo da aquisio de gasleo, cujo imposto ser dedutvel

    na proporo de 50%, a menos que se trate dos bens a seguir indicados, caso em

    que o imposto relativo aos consumos de gasleo totalmente dedutvel:

    i. Veculos pesados de passageiros;

    ii. Veculos licenciados para transportes pblicos, com excepo dos rent a car;

    iii. Mquinas consumidoras de gasleo, que no sejam veculos matriculados;

    iv. Tractores com emprego exclusivo ou predominante na realizao de operaes de cultivo inerentes actividade agrcola.

    c) Despesas de transportes e viagens do sujeito passivo e do seu pessoal;

    d) Despesas respeitantes a alojamento, alimentao, bebidas e tabaco e despesas de recepo, incluindo as relativas ao acolhimento de pessoas estranhas

    empresa;

    2. No se verificar, contudo, a excluso do direito a deduo nos seguintes casos:

    a) Despesas mencionadas na alnea a) do nmero anterior, quando respeitem a bens cuja venda ou explorao constitua objecto de actividade do sujeito passivo, sem

    prejuzo do disposto na alnea b) do mesmo nmero, relativamente a combustveis

    que no sejam adquiridos para revenda;

    b) Despesas de alojamento e alimentao efectuadas por viajantes comerciais, agindo por conta prpria, no quadro da sua actividade profissional.

  • 25

    Artigo 21

    (Nascimento e exerccio do direito a deduo)

    1. O direito a deduo nasce no momento em que o imposto dedutvel se torna

    exigvel, de acordo com o estabelecido nos artigos 7 e 8.

    2. O valor do imposto dedutvel ser subtrado ao valor do imposto devido pelas

    operaes tributveis realizadas, em cada perodo de tributao.

    3. A deduo deve ser efectuada na declarao do perodo em que se tiver verificado a

    recepo das facturas, documentos equivalentes ou exemplar-recibo da declarao de

    importao, sem prejuzo da correco prevista no artigo 65.

    4. Sempre que a deduo de imposto a que haja lugar supere o montante devido pelas

    operaes tributveis no perodo correspondente, o excesso ser deduzido nos perodos de

    imposto seguintes.

    5. Se passados doze meses relativos ao perodo em que se iniciou o excesso, persistir

    crdito a favor do sujeito passivo superior a 50 000$00 (cinquenta mil escudos), poder este,

    se no desejar manter, no todo ou em parte, o procedimento estabelecido no nmero anterior,

    solicitar o correspondente reembolso.

    6. Independentemente do prazo referido no nmero anterior, pode o sujeito passivo

    solicitar o reembolso quando:

    a) Se verifique cessao de actividade;

    Redaco alterada pela Lei n. 4/VII/2006, de 11 de Janeiro

    b) O sujeito passivo passe a enquadrar-se no n. 3 do artigo 21, ou no regime dos artigos 47 ou 54;

    c) O valor do crdito de imposto exceda o limite a fixar por despacho do Membro do Governo responsvel pela rea das Finanas.

    7. Em qualquer caso, a Direco Geral das Contribuies e Impostos pode exigir,

    quando a quantia a reembolsar exceder 2 000 000$00 (dois milhes de escudos), cauo,

    fiana bancria ou outra garantia adequada, que dever ser mantida at comprovao da

    situao pelos servios competentes daquela Direco Geral, mas nunca por prazo superior a

    um ano.

    8. Os reembolsos, quando devidos, devem ser efectuados pela Direco Geral das

    Contribuies e Impostos at ao fim do terceiro ms seguinte ao da apresentao do

    respectivo pedido, findo o qual acrescero quantia a restituir juros indemnizatrios,

    calculados nos termos do n. 3 do artigo 24 do Cdigo Geral Tributrio, por cada ms ou

    fraco, desde o termo do prazo para pagamento do reembolso at data da emisso do

    respectivo meio de pagamento, quando o atraso for imputvel Administrao Fiscal.

    9. Legislao especfica regulamentar o reembolso em condies diferentes das

    estabelecidas nos nmeros anteriores aos sujeitos passivos cuja situao de crdito de imposto

  • 26

    resulte essencialmente da realizao de operaes isentas com direito a deduo do imposto

    pago nas aquisies.

    Artigo 22

    (Deduo parcial)

    1. Quando, no exerccio da actividade, sejam realizadas conjuntamente operaes que

    conferem direito a deduo e operaes que no conferem esse direito, o imposto suportado

    nas aquisies apenas ser dedutvel na percentagem correspondente ao montante anual das

    operaes realizadas que confiram direito a deduo.

    2. No obstante o disposto no nmero anterior, pode o sujeito passivo efectuar a

    deduo, segundo a afectao real de todos ou parte dos bens e servios utilizados, desde que

    previamente comunique o facto Direco Geral das Contribuies e Impostos, sem prejuzo

    de esta lhe vir a impor condies especiais ou a fazer cessar esse procedimento no caso de se

    verificarem distores significativas na tributao.

    3. A Administrao Fiscal pode obrigar o sujeito passivo a proceder de acordo com o

    disposto no nmero anterior quando:

    a) O sujeito passivo exera actividades econmicas distintas;

    b) A aplicao do processo referido no n. 1 conduza a distores significativas na tributao.

    4. A percentagem de deduo referida no n. 1 resulta de uma fraco que comporta,

    no numerador, o montante anual, o imposto excludo, das transmisses de bens e prestaes

    de servios que do lugar a deduo nos termos do artigo 18 e n. 1 do artigo 19 e, no

    denominador, o montante anual, imposto excludo, de todas as operaes efectuadas pelo

    sujeito passivo, incluindo as fora do campo de aplicao do imposto.

    5. No clculo referido no nmero anterior no so, no entanto, includas as

    transmisses de bens do activo imobilizado que tenham sido utilizados na actividade da

    empresa nem as operaes imobilirias ou financeiras que tenham um carcter acessrio em

    relao actividade exercida pelo sujeito passivo.

    6. A percentagem de deduo, calculada provisoriamente com base no montante de

    operaes efectuadas no ano anterior, ser corrigida de acordo com os valores referentes ao

    ano a que se reporta, originando a correspondente regularizao das dedues efectuadas, a

    qual dever constar da declarao do ltimo perodo do ano a que respeita.

    7. Os sujeitos passivos que iniciem a actividade ou a alterem substancialmente podem

    praticar a deduo do imposto com base numa percentagem provisria estimada, a inscrever

    nas declaraes a que se referem os artigos 27 e 28.

    8. Para determinao da percentagem de deduo, o quociente da fraco ser

    arredondado para a centsima imediatamente superior.

    9. Para efeitos do disposto neste artigo, pode o membro do Governo responsvel pela

    rea das Finanas, relativamente a determinadas actividades, considerar como inexistentes as

    operaes que dem lugar deduo, ou as que no confiram esse direito, sempre que as

  • 27

    mesmas constituam uma parte insignificante do total do volume de negcios e no se mostre

    vivel o procedimento previsto nos nmeros 2 e 3.

    SECO II

    Pagamento do imposto

    Artigo 23

    (Pagamento do imposto liquidado pelo contribuinte)

    1. Sem prejuzo do regime especial previsto nos artigos 54 e seguintes, os sujeitos

    passivos so obrigados a entregar s entidades competentes, e simultaneamente com a

    declarao a que se refere o artigo 37, o montante do imposto exigvel apurado nos termos

    dos artigos 18 a 22 e do artigo 65, atravs dos meios de pagamento legalmente permitidos.

    2. Tambm os sujeitos passivos adquirentes dos servios indicados no n. 6 do artigo

    6, bem como os abrangidos pelo n. 3 do artigo 26, so obrigados a entregar s entidades

    competentes, e simultaneamente com a declarao a que se refere o artigo 25 n. 4, o

    montante do imposto exigvel, atravs dos meios de pagamento legalmente permitidos.

    3. No caso de no ser pago o imposto juntamente com a entrega da declarao, nos

    termos dos nmeros anteriores, pode o pagamento ser ainda efectuado durante os quinze dias

    seguintes, nos termos do artigo 77.

    4. As pessoas referidas na alnea e) do n. 1 do artigo 2 e no artigo 38 devem entregar

    s entidades competentes o correspondente imposto, nos prazos de, respectivamente, 15 dias,

    a contar da data da emisso da factura ou documento equivalente, e at ao ltimo dia do ms

    seguinte ao da concluso da operao.

    5. Legislao especfica conter o desenvolvimento de todos os procedimentos

    envolvidos no sistema de cobrana e reembolsos do imposto.

    Artigo 24

    (Pagamento do imposto liquidado por iniciativa dos servios)

    1. Sempre que se proceda liquidao do imposto por iniciativa dos servios, sem

    prejuzo do disposto no artigo 71, ser o sujeito passivo imediatamente notificado para

    efectuar o pagamento na entidade competente no prazo de 30 dias a contar da notificao.

    2. No caso previsto no nmero anterior, a falta de pagamento no prazo estabelecido,

    implicar nos termos do n. 4 do artigo 71, a converso da cobrana em virtual para

    pagamento com juros de mora durante o prazo de 60 dias, findo o qual ser extrada a

    respectiva certido de dvida , para cobrana coerciva do imposto.

    3. O imposto devido pelas importaes ser pago nos servios aduaneiros competentes

    no acto do desembarao alfandegrio.

    4. O imposto relativo s transmisses de bens resultantes de actos de arrematao,

    venda judicial ou administrativa, conciliao ou de contratos de transaco ser liquidado no

    momento em que for efectuado o pagamento ou, se este for parcial, no do primeiro pagamento

    das custas, emolumentos ou outros encargos devidos. A liquidao ser efectuada mediante

  • 28

    aplicao da respectiva taxa ao valor tributvel, determinado nos termos da alnea g) do n2

    do artigo 15.

    5. O imposto calculado nos termos dos nmeros 3 e 4 ser includo, pelos servios

    respectivos, com a correspondente classificao oramental, nas primeiras guias de receita

    que forem processadas quer para o pagamento dos direitos de importao, quando devidos,

    quer para o pagamento do preo de arrematao, venda ou adjudicao, quer ainda para

    pagamento das custas, emolumentos ou outros encargos devidos, quando no houver preo.

    SECO III

    Outras obrigaes dos sujeitos passivos

    Artigo 25

    (mbito das obrigaes)

    1. Para alm da obrigao de pagamento do imposto, os sujeitos passivos referidos nas

    alneas a), b) e c) do n. 1 do artigo 2, so obrigados, sem prejuzo do previsto em disposies

    especiais, a:

    a) Entregar, segundo as modalidades e formas prescritas na lei, uma declarao de incio, de alterao ou de cessao da sua actividade;

    b) Emitir uma factura ou documento equivalente por cada transmisso de bens ou prestao de servios, tal como vm definidas nos artigos 3 e 4 do presente

    diploma;

    c) Entregar mensalmente uma declarao relativa s operaes efectuadas no exerccio da sua actividade no decurso do ms precedente, com a indicao do

    imposto devido ou do crdito existente e dos elementos que serviram de base ao

    seu clculo;

    d) Dispor de contabilidade adequada ao apuramento e fiscalizao do imposto.

    2. A obrigao de declarao peridica prevista no nmero anterior subsiste mesmo

    que no haja, no perodo correspondente, operaes tributveis.

    3. Esto dispensados das obrigaes referidas nas alneas b), c) e d) do n. 1 os sujeitos

    passivos que pratiquem exclusivamente operaes isentas de imposto, excepto se essas

    operaes derem direito a deduo nos termos da alnea b) do n. 1 do artigo 19.

    4. O disposto no nmero anterior no se aplica aos sujeitos passivos que embora

    praticando apenas operaes isentas que no conferem direito a deduo, tenham que liquidar

    imposto nos termos do n. 6 do artigo 6, ou n. 3 do artigo 26, os quais, no entanto, s ficam

    obrigados entrega da correspondente declarao peridica em relao aos meses em que se

    tenham verificado aquelas liquidaes.

    5. Quando o julgue conveniente, o sujeito passivo pode, comunicando previamente o

    facto Direco Geral das Contribuies e Impostos, recorrer ao processamento de facturas

    globais, respeitantes a cada ms ou perodos inferiores, desde que por cada transaco seja

    emitida guia ou nota de remessa e do conjunto dos dois documentos resultem os elementos

    referidos no n. 5 do artigo 32.

  • 29

    6. Dever ainda ser emitida factura ou documento equivalente quando o valor

    tributvel de uma operao ou o imposto correspondente sejam alterados por qualquer motivo,

    incluindo inexactido.

    Aditado pela Lei n 53/VI /2005, de 3 de Janeiro

    7. As transmisses de bens e prestaes de servios isentas ao abrigo das alneas a) a

    i), m) e o) do nmero 1 do artigo 13 e os nmeros 1 e 5 do artigo 14, devem ser

    comprovadas, consoante os casos, atravs dos documentos alfandegrios apropriados ou,

    quando no houver interveno dos servios alfandegrios, atravs de declaraes emitidas

    pelo adquirente dos bens ou utilizador dos servios, indicando o destino que a eles ir ser

    dado.

    8. A falta dos documentos comprovativos referidos no nmero anterior determina a

    obrigao para o transmitente dos bens ou prestador dos servios de liquidar o imposto

    correspondente.

    Artigo 26

    (Sujeitos passivos no residentes)

    1. Relativamente a operaes efectuadas no territrio nacional por sujeitos de imposto

    no residentes, sem estabelecimento estvel no territrio nacional, as obrigaes derivadas da

    aplicao do presente diploma devem ser cumpridas por um representante residente no

    territrio nacional, munido de procurao com poderes bastantes. Neste caso, o representante

    responder solidariamente com o representado pelo cumprimento de tais obrigaes.

    2. A nomeao do representante deve ser comunicada outra parte contratante antes

    de ser efectuada a operao.

    3. Na falta de um representante nomeado nos termos do nmero 1, as obrigaes

    previstas neste diploma relativas a transmisses de bens e prestaes de servios efectuadas

    no territrio nacional por sujeitos passivos de imposto no residentes devem ser cumpridas

    pelos adquirentes dos bens ou destinatrios dos servios que o faam no exerccio de uma

    actividade comercial, industrial ou profissional.

    Artigo 27

    (Declarao de incio de actividade)

    1. As pessoas singulares ou colectivas que exeram uma actividade sujeita a imposto

    devem apresentar na Repartio de Finanas competente, antes do incio dessa actividade, a

    respectiva declarao.

    2. No haver lugar entrega da declarao referida no nmero anterior quando se

    trate de pessoas sujeitas ao imposto pela prtica de uma s operao tributvel nos termos das

    alneas b) e c) do n. 1 do artigo 2.

    Artigo 28

    (Declarao de alterao de actividade)

  • 30

    1. Sempre que se verifique alterao de qualquer dos elementos constantes da

    declarao relativa ao incio de actividade, com excluso dos relativos ao volume de negcios,

    deve o contribuinte entregar a respectiva declarao de alteraes.

    2. A declarao prevista no n. 1 ser entregue na Repartio de Finanas competente,

    no prazo de 15 dias a contar da data da alterao, se outro prazo no for expressamente

    estabelecido neste diploma.

    Artigo 29

    (Declarao de cessao de actividade)

    No caso de cessao de actividade, deve o sujeito passivo, no prazo de 30 dias a contar

    da data de cessao, entregar a respectiva declarao na Repartio de Finanas competente.

    Artigo 30

    (Cessao de actividade)

    1. Para efeitos do disposto no artigo anterior, considera-se verificada a cessao da

    actividade exercida pelo sujeito passivo no momento em que ocorra qualquer dos seguintes

    factos:

    a) Deixem de praticar actos relacionados com actividades determinantes da tributao durante um perodo de dois anos consecutivos, caso em que se presumiro

    transmitidos, nos termos da alnea e) do n. 3 do artigo 3, os bens a essa data

    existentes no activo da empresa;

    b) Se esgote o activo da empresa pela venda dos bens que o constituem ou pela sua afectao a uso prprio do titular, do pessoal ou, em geral, a fins alheios mesma,

    bem como pela sua transmisso gratuita;

    c) Seja partilhada a herana indivisa de que faam parte o estabelecimento ou os bens afectos ao exerccio da actividade;

    d) Se verifique a transferncia, a qualquer outro ttulo, da propriedade do estabelecimento.

    2. Independentemente dos factos previstos no nmero anterior, pode ainda a

    Administrao Fiscal, se assim o entender, declarar, oficiosamente, a cessao da actividade

    quando for manifesto que esta no est a ser exercida nem h inteno de a continuar a

    exercer.

    Artigo 31

    (Informao das declaraes)

    1. As declaraes referidas nos artigos 27 a 29 sero apresentadas em triplicado,

    sendo uma das cpias devolvida aos contribuintes.

    2. As declaraes sero informadas no prazo de 30 dias pela Direco Geral das

    Contribuies e Impostos, que se pronunciar sobre os elementos declarados e quaisquer

    outros com interesse para a apreciao da situao.

  • 31

    3. No caso de a Direco Geral das Contribuies e Impostos discordar dos elementos

    declarados fixar os que entender adequados, disso notificando o sujeito passivo.

    Artigo 32

    (Emisso de facturas ou documentos equivalentes)

    1. A factura ou documento equivalente referidos no artigo 25 devem ser emitidos o

    mais tardar no quinto dia til seguinte ao do momento em que o imposto devido nos termos

    do artigo 7. Todavia, no caso de pagamentos relativos a uma prestao de servios ainda no

    efectuada, a data da emisso do documento comprovativo coincidir sempre com a do

    recebimento de tal montante.

    2. Nos casos em que seja utilizada a emisso de facturas globais, o seu processamento

    no poder ir alm do quinto dia til posterior ao termo do perodo a que respeita.

    3. As facturas ou documentos equivalentes sero substitudos por guias ou notas de

    devoluo quando se trate de devolues de bens anteriormente transaccionados entre as

    mesmas pessoas. A sua emisso processar-se-, o mais tardar, no quinto dia til seguinte

    data da devoluo.

    4. Os documentos referidos nos nmeros anteriores devem ser processados em

    duplicado, destinando-se o original ao cliente e a cpia ao arquivo do fornecedor.

    5. As facturas ou documentos equivalentes devem ser datados, numerados

    sequencialmente e conter os seguintes elementos:

    a) Os nomes, firmas ou denominaes sociais e a sede ou domiclio do fornecedor dos bens ou prestador dos servios e do destinatrio ou adquirente, bem como os

    correspondentes nmeros de identificao fiscal dos sujeitos passivos do imposto;

    b) A quantidade e denominao usual dos bens transmitidos ou dos servios prestados, devendo as embalagens, no transaccionadas, serem objecto de

    indicao separada e com meno expressa de que foi acordada a sua devoluo;

    c) O preo lquido de imposto e os outros elementos includos no valor tributvel;

    d) A taxa e o montante de imposto devido;

    e) O motivo justificativo da no aplicao do imposto, se for caso disso.

    6. As guias ou notas de devoluo devero conter, alm da data, os elementos a que se

    referem as alneas a) e b) do nmero anterior, bem como a referncia factura a que

    respeitam.

    7. A numerao sequencial a que se referem os nmeros 5 e 6, quando no resulte do

    processamento em sadas de computador, deve ser impressa em tipografias autorizadas pelo

    membro do Governo responsvel pela rea das Finanas.

    8. As facturas, documentos equivalentes e guias ou notas de devoluo, impressas

    tipograficamente, devem conter os elementos identificativos da tipografia, nomeadamente a

  • 32

    designao social, sede e nmero de identificao fiscal, bem como a respectiva autorizao

    ministerial.

    9. Os documentos emitidos pelas operaes assimiladas a transmisses de bens pelas

    alneas e) e f) do n. 3 do artigo 3 e as prestaes de servios pelo n. 2 do artigo 4 devem

    mencionar apenas a data, a natureza da operao, o valor tributvel, a taxa do imposto e o

    montante do mesmo.

    10. Pode o membro do Governo responsvel pela rea das Finanas, relativamente a

    sujeitos passivos que transmitam bens ou prestem servios que, pela sua natureza, impeam o

    cumprimento do prazo previsto no n. 1, determinar prazos mais dilatados de facturao.

    Artigo 33

    (Repercusso do imposto)

    1. A importncia do imposto liquidado deve ser adicionada ao valor da factura ou

    documento equivalente, para efeitos da sua exigncia aos adquirentes das mercadorias ou aos

    utilizadores dos servios.

    2. Nas operaes pelas quais a emisso de factura ou documento equivalente no

    obrigatria, o imposto ser includo no preo para efeitos do disposto no nmero anterior.

    3. A repercusso do imposto no obrigatria nas operaes referidas nas alneas e) e

    f) do n. 3 do artigo 3 e no n. 2 do artigo 4.

    Artigo 34

    (Mercadorias enviadas consignao)

    1. No caso da entrega de mercadorias consignao, proceder-se- emisso de

    facturas ou documentos equivalentes, no prazo de cinco dias teis, a contar:

    a) Do momento do envio das mercadorias consignao;

    b) Do momento em que, relativamente a tais mercadorias, o imposto devido e exigvel nos termos dos nmeros 5 e 6 do artigo 7.

    2. A factura ou documento equivalente processado de acordo com a alnea b) do n. 1

    deve fazer sempre apelo documentao emitida aquando da situao referida na alnea a) do

    mesmo nmero.

    Artigo 35

    (Facturao com imposto includo)

    Nas facturas emitidas por retalhistas e prestadores de servios pode indicar-se apenas o

    preo com incluso de imposto e a taxa, em substituio dos elementos previstos nas alneas

    c) e d) do nmero 5 do artigo 32.

    Artigo 36

    (Dispensa de facturao)

  • 33

    1. dispensada a obrigao de facturao, sempre que o cliente seja um particular que

    no destine os bens ou servios adquiridos ao exerccio de uma actividade comercial ou

    industrial e a transaco seja efectuada a dinheiro nas operaes a seguir mencionadas:

    a) Transmisses de bens efectuadas por retalhistas ou vendedores ambulantes;

    b) Transmisses de bens feitas atravs de aparelhos de distribuio automtica;

    c) Prestaes de servios em que seja habitual a emisso de talo, bilhete de ingresso

    ou de transporte, senha ou outro documento impresso e ao portador comprovativo

    do pagamento;

    d) Outras prestaes de servios cujo valor seja inferior a 1 000$00 (mil escudos).

    2. A dispensa de facturao referida no nmero anterior no afasta porm a obrigao

    da emisso de tales de venda ou de servio prestado, os quais devem ser impressos e

    numerados em tipografias autorizadas.

    3. Os tales de venda ou de servio prestado devem ser datados, numerados

    sequencialmente e conter os seguintes elementos:

    a) Denominao social e nmero de identificao fiscal do fornecedor dos bens ou prestador dos servios;

    b) Denominao usual dos bens transmitidos ou servios prestados;

    c) Preo com incluso do imposto.

    4. Os sujeitos passivos que adquiram bens ou servios aos retalhistas e prestadores de

    servios a que se refere a dispensa de facturao do nmero anterior devem sempre exigir a

    respectiva factura.

    5. A dispensa de facturao de que trata o n. 1 pode ainda ser declarada aplicvel pelo

    membro do Governo responsvel pela rea das Finanas a outras categorias de contribuintes

    que forneam ao pblico servios caracterizados pela sua uniformidade, frequncia e valor

    limitado, sempre que a exigncia da obrigao de facturao e obrigaes conexas se revelem

    particularmente onerosas. O membro do Governo responsvel pela rea das Finanas pode

    ainda, nos casos em que julgue conveniente e para os fins previstos nesta lei, equiparar certos

    documentos de uso comercial habitual a facturas.

    6. O membro do Governo responsvel pela rea das Finanas pode, nos casos em que

    o disposto no n. 1 favorea a evaso fiscal, restringir a dispensa de facturao ou exigir a

    emisso de documento adequado comprovao da operao efectuada.

    Artigo 37

    (Declarao peridica)

    1. Os sujeitos passivos so obrigados a entregar, mensalmente, a declarao prevista

    na alnea c) do n. 1 do artigo 25, at ao ltimo dia do ms seguinte quele a que respeitam as

    operaes nela abrangidas.

  • 34

    2. No caso de cessao de actividade, a declarao, a que se refere o nmero anterior,

    relativa ao ltimo perodo decorrido deve ser apresentada no prazo de 30 dias a contar da data

    da cessao.

    3. A declarao a que se referem os nmeros anteriores ser entregue:

    a) Na entidade competente da rea fiscal do sujeito passivo, quando da mesma resulte imposto a pagar;

    b) Na Repartio de Finanas da sua rea fiscal, em todos os restantes casos de obrigao de entrega da declarao.

    Artigo 38

    (Declarao de operaes isoladas)

    Os sujeitos passivos que pratiquem uma s operao tributvel nas condies referidas

    nas alneas b) e c) do nmero 1 do artigo 2 devem apresentar a declarao respectiva at ao

    fim do ms seguinte ao da concluso da operao, na Repartio de Finanas ou na entidade

    competente nos termos do nmero 3 do artigo anterior.

    Artigo 39

    (Organizao da Contabilidade)

    1. A contabilidade deve ser organizada de forma a possibilitar o conhecimento claro e

    inequvoco dos elementos necessrios ao clculo do imposto, bem como a permitir o seu

    controle, comportando todos os dados necessrios ao preenchimento da declarao peridica

    do imposto.

    2. Para cumprimento do disposto no n. 1, devem ser objecto de registo,

    nomeadamente:

    a) As transmisses de bens e prestaes de servios efectuadas pelo sujeito passivo;

    b) As importaes de bens efectuadas pelo sujeito passivo e destinadas s necessidades da sua empresa;

    c) As transmisses de bens e prestaes de servios efectuadas ao sujeito passivo no quadro da sua actividade empresarial.

    3. As operaes mencionadas na alnea a) do nmero anterior devem ser registadas de

    forma a evidenciar:

    a) O valor das operaes tributadas, lquidas de imposto;

    b) O valor das operaes no sujeitas ou isentas sem direito a deduo;

    b) O valor das operaes isentas com direito a deduo;

  • 35

    c) O valor do imposto liquidado, com relevao distinta do respeitante s operaes referidas nas alneas e) e f) do n. 3 do artigo 3, no n. 2 do artigo 4 e no n. 3 do

    artigo 26.

    4. As operaes mencionadas nas alneas b) e c) do n 2 devem ser registadas de forma

    a evidenciar:

    a) O valor das operaes cujo imposto total ou parcialmente dedutvel, lquido de imposto;

    b) O valor das operaes cujo imposto totalmente excludo do direito a deduo;

    c) O valor das aquisies de gasleo;

    d) O valor do imposto dedutvel.

    Artigo 40

    (Registo das operaes activas)

    1. O registo das operaes mencionadas na alnea a) do n. 2 do artigo anterior deve

    ser efectuado aps a emisso das correspondentes facturas e o mais tardar at ao fim do prazo

    previsto para a entrega das declaraes a que se referem os artigos 37 e 38, caso sejam

    entregues dentro do prazo legal, ou at ao fim desse prazo, se essa obrigao no tiver sido

    cumprida.

    2. Para tal efeito, as facturas, documentos equivalentes e guias ou notas de devoluo

    sero numerados seguidamente, em uma ou mais sries convenientemente referenciadas,

    devendo conservar-se na respectiva ordem os seus duplicados e, bem assim, todos os

    exemplares dos que tiverem sido anulados ou inutilizados, com os averbamentos

    indispensveis identificao daqueles que os substituram, se for caso disso.

    Artigo 41

    (Registo especial para retalhistas e prestadores de servios)

    1. Os retalhistas e prestadores de servios referidos no artigo 36 podem, sempre que

    no emitam factura, efectuar um registo especial para as operaes realizadas diariamente,

    pelo montante global das contraprestaes recebidas pelas transmisses de bens e prestaes

    de servios tributveis, imposto includo, assim como pelo montante global das

    contraprestaes relativas s operaes no tributveis ou isentas, mencionadas nos artigos 9,

    12, 13 e 14.

    2. O registo referido no nmero anterior deve ser efectuado, o mais tardar, no dia til

    seguinte ao da realizao das operaes e apoiado nos documentos adequados.

    3. Os contribuintes referidos no nmero 1, sempre que emitam factura, devem

    proceder ao seu registo pelo valor respectivo, imposto includo, salvo se processarem as suas

    facturas com discriminao de imposto.

    4. Os registos dirios referidos nos nmeros anteriores devem, no prazo previsto no

    artigo 40, ser objecto de relevao contabilstica ou de inscrio nos livros referidos no artigo

    44, conforme os casos.

  • 36

    5. Os documentos referidos no n. 2 devem ser conservados nas condies e prazo

    estabelecidos no artigo 45.

    Artigo 42

    (Registo das operaes passivas)

    1. O registo das operaes mencionadas nas alneas b) e c) do n. 2 do artigo 39 deve

    ser efectuado, aps a recepo das correspondentes facturas, documentos equivalentes e guias

    ou notas de devoluo, o mais tardar at ao fim do prazo previsto para a entrega das

    declaraes a que se referem os artigos 37 e 38, caso sejam entregues dentro do prazo legal,

    ou at ao fim desse prazo se essa obrigao no tiver sido cumprida.

    2. Para tal efeito, as facturas, documentos equivalentes e guias ou notas de devoluo

    sero convenientemente referenciados, devendo conservar-se na respectiva ordem os seus

    originais e, bem assim, todos os exemplares dos que tiverem sido anulados ou inutilizados,

    com os averbamentos indispensveis identificao daqueles que os substituram, se for caso

    disso.

    Artigo 43

    (Apuramento do imposto includo no preo)

    Redaco alterada pela Lei n. 4/VII/2006, de 11 de Janeiro.

    Nos casos em que a facturao ou o seu registo sejam processado