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REPÚBLICA DE ANGOLA CONTA GERAL DO ESTADO EXERCÍCIO FISCAL 2016 CGE E

EXERCÍCIO FISCAL 2016 Eedisp/minfin056451.pdf · CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |5 1. INTRODUÇÃO 1.1. Apresentação 01. A elaboração da presente Conta

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REPÚBLICA DE ANGOLA

CONTA GERAL DO ESTADO EXERCÍCIO FISCAL 2016 CGE

E

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |1

FORMA DE APRESENTAÇÃO DA CGE

Parte I

Relatório Descritivo

Parte II

Anexos:

1. Resumo dos Relatórios de Gestão dos Órgãos do Sistema Contabilístico do Estado

a. Órgãos de Soberania

b. Administração Central

c. Administração Local

d. Institutos Públicos

e. Serviços Públicos

f. Fundos Autónomos

2. Quadros das Demonstrações Financeiras

2.1 Balanço Orçamental

2.2 Balanço Financeiro

2.3 Balanço Patrimonial

2.4 Demonstrações das Variações Patrimoniais

2.5 Balancete

2.6 Resumo Geral da Receita por Natureza

2.7 Resumo Geral da Receita por Fonte de Recurso

2.8 Resumo Geral da Despesa por Natureza

2.9 Resumo Geral da Despesa por Função

2.10 Resumo Geral da Despesa de Funcionamento por U.O

2.11 Resumo Geral da Despesa do PIP por Órgão de Governo

2.12 Resumo Geral da Despesa por Unidade Orçamental por O.D

2.13 Resumo Geral da Despesa por Natureza por Província

2.14 Resumo Geral da Despesa do Órgão Orçamental Por Categoria

2.15 Demonstrativo da Execução de Restos a Pagar

2.16 Resumo Geral da Despesa por Programa

3. Resumo Geral do Inventário de Bens

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |2

PARTE I ÍNDICE DOS ASSUNTOS

1. ..........INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................................................................................................... 5

1.1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................................................................................................ 5

1.2. DEFINIÇÃO ....................................................................................................................................................................................................................................... 5

1.3. QUADRO LEGAL ............................................................................................................................................................................................................................... 6

2. ..........EVOLUÇÃO DA CGE DE 2012 A 2016 ................................................................................................................................................................................................. 6

3. ..........CONJUNTURA ECONÓMICA MUNDIAL E NACIONAL................................................................................................................................................................. 8

3.1. CONTEXTO INTERNACIONAL ............................................................................................................................................................................................................. 8

3.1.1. Economia Real .................................................................................................................................................................................................................... 9

3.1.2. Comércio Internacional ..................................................................................................................................................................................................... 11

3.1.3. Inflação ............................................................................................................................................................................................................................. 13

3.2. CONTEXTO ECONÓMICO NACIONAL ................................................................................................................................................................................................ 13

3.2.1. Sector Real ........................................................................................................................................................................................................................ 15

3.2.2. Sector Externo ................................................................................................................................................................................................................... 16

3.2.3. Reservas Internacionais Líquidas ...................................................................................................................................................................................... 18

3.2.4. Endividamento Público em 2016 ....................................................................................................................................................................................... 20

3.2.4.1. Dívida Interna – Emissões de Bilhetes do Tesouro e Obrigações do Tesouro ............................................................................................................. 20

3.2.4.2. Dívida Interna em Contratos Mútuo ............................................................................................................................................................................ 21

3.2.4.3. O Serviço da Dívida Interna em Bilhetes e Obrigações do Tesouro ............................................................................................................................ 21

3.2.4.4. Dívida Externa. Desembolsos de Linhas de Crédito .................................................................................................................................................... 22

3.2.4.5. O Stock da Dívida Pública. O Rácio Dívida/PIB ......................................................................................................................................................... 23

3.2.4.6. A Dívida Indirecta. Garantias Emitidas ....................................................................................................................................................................... 24

3.2.5. Balanço de Implementações das Acções e Desempenho Económico dos Sectores ............................................................................................................. 24

3.2.5.1. Sector da Educação ..................................................................................................................................................................................................... 26

3.2.5.2. Sector do Ensino Superior ........................................................................................................................................................................................... 26

3.2.5.3. Sector da Saúde .......................................................................................................................................................................................................... 27

3.2.5.4. Sector da Assistência e Reinserção Social ................................................................................................................................................................... 27

3.2.5.5. Sector Petrolífero ........................................................................................................................................................................................................ 28

3.2.5.6. Sector da Construção .................................................................................................................................................................................................. 29

3.2.5.7. Sector da Indústria ...................................................................................................................................................................................................... 29

3.2.5.8. Sector dos Transportes ................................................................................................................................................................................................ 30

3.2.5.9. Sector da Energia e Águas .......................................................................................................................................................................................... 30

3.2.5.10. Sector do Ambiente .................................................................................................................................................................................................... 31

3.2.5.11. Sector da Agricultura .................................................................................................................................................................................................. 31

3.2.5.12. Sector das Pescas ........................................................................................................................................................................................................ 32

3.2.5.13. Sector da Cultura ........................................................................................................................................................................................................ 32

3.2.5.14. Sector do Urbanismo e Habitação ............................................................................................................................................................................... 33

3.2.5.15. Sector das Telecomunicações e Tecnologia de Informação ......................................................................................................................................... 33

3.2.5.16. Sector do Comércio .................................................................................................................................................................................................... 34

3.2.5.17. Sector da Ciência e Tecnologia ................................................................................................................................................................................... 34

3.2.5.18. Sector da Juventude e Desportos ................................................................................................................................................................................. 35

3.2.5.19. Sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria............................................................................................................................................... 35

3.2.5.20. Sector da Comunicação Social .................................................................................................................................................................................... 36

3.2.5.21. Sector da Justiça e Direitos Humanos ......................................................................................................................................................................... 36

3.2.5.22. Sector da Administração Pública e Segurança Social .................................................................................................................................................. 37

3.2.5.23. Sector da Administração do Território ........................................................................................................................................................................ 37

3.2.5.24. Sector da Geologia e Minas ........................................................................................................................................................................................ 38

3.2.5.25. Sector da Hotelaria e Turismo ..................................................................................................................................................................................... 38

3.2.5.26. Sector da Família e Promoção da Mulher .................................................................................................................................................................... 38

3.2.6. Efectivos Civis da Função Pública .................................................................................................................................................................................... 39

3.3. BALANÇO ORÇAMENTAL, FINANCEIRO E PATRIMONIAL DE 2016 ..................................................................................................................................................... 39

3.3.1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................................... 39

3.3.2. A Revisão do Orçamento Geral do Estado no Exercício de 2016 ...................................................................................................................................... 40

3.3.3. Balanço Orçamental .......................................................................................................................................................................................................... 40

3.3.3.1. Execução da Receita ................................................................................................................................................................................................... 41

3.3.3.2. Execução da Despesa .................................................................................................................................................................................................. 43

3.3.3.3. Execução da Despesa por Função do Governo ............................................................................................................................................................ 45

3.3.3.4. Despesa por Função dos Programas de Investimento Público ..................................................................................................................................... 47

3.3.3.5. Receita e Despesa por Província ................................................................................................................................................................................. 48

3.3.3.5.1. Receita por Província .................................................................................................................................................................................................. 48

3.3.3.5.2. Despesa por Província................................................................................................................................................................................................. 49

3.3.4. Balanço Financeiro ........................................................................................................................................................................................................... 50

3.3.4.1. Apuramento do Saldo Financeiro ................................................................................................................................................................................ 51

3.3.4.2. Transacções com a Sonangol/Companhias Petrolíferas e os Custos Recuperáveis ...................................................................................................... 51

3.3.5. Balanço Patrimonial ......................................................................................................................................................................................................... 53

3.3.6. Critério de valorimetria ..................................................................................................................................................................................................... 54

3.3.7. Disponível ......................................................................................................................................................................................................................... 55

3.3.7.1. Fundos da Administração Directa e Indirecta do Estado ............................................................................................................................................. 56

3.3.7.2. Inventário Geral de Bens Públicos .............................................................................................................................................................................. 61

3.3.7.3. Restos a pagar ............................................................................................................................................................................................................. 62

3.3.8. Demonstração das Variações Patrimoniais ....................................................................................................................................................................... 62

3.3.9. Posição Patrimonial do Banco Nacional de Angola .......................................................................................................................................................... 63

3.3.10. As Empresas do Sector Empresarial Público - ISEP ......................................................................................................................................................... 65

3.3.11. Participações Directas do Estado em Empresas Públicas e no Estrangeiro ...................................................................................................................... 66

3.3.12. Subsídios a Preços Transferidos para as Empresas ........................................................................................................................................................... 67

3.3.13. Benefícios Fiscais concedidos pelo Estado ........................................................................................................................................................................ 68

4. ..........CONCLUSÃO ......................................................................................................................................................................................................................................... 72

5. ..........GLOSSÁRIO/ACRÓNIMOS ................................................................................................................................................................................................................. 73

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |3

ÌNDICE DE TABELAS Quadro 1 - Quadro Legal.......................................................................................................................................................................................................................................... 6

Quadro 2 - SIGFE em Números ............................................................................................................................................................................................................................... 7

Quadro 3 – Projeccções de crescimento do PIB mundial .......................................................................................................................................................................................... 9

Quadro 4 - Alguns Indicadores Macroeconómicos Internacionais .......................................................................................................................................................................... 11

Quadro 5 - Quadro Macroeconómico ..................................................................................................................................................................................................................... 15

Quadro 6 – Principais Produtos Importados ........................................................................................................................................................................................................... 17

Quadro 7 – Quadro Macro Fiscal/Memorando 2016 .............................................................................................................................................................................................. 20

Quadro 8 – Garantias Emitidas ............................................................................................................................................................................................................................... 24

Quadro 9 - Desempenho do sector da Educação ..................................................................................................................................................................................................... 26

Quadro 10 - Desempenho do sector do Ensino Superior ......................................................................................................................................................................................... 27

Quadro 11 - Desempenho do sector da Saúde......................................................................................................................................................................................................... 27

Quadro 12 - Desempenho do sector da Assistência Social ...................................................................................................................................................................................... 28

Quadro 13 - Desempenho do sector Petrolífero ...................................................................................................................................................................................................... 28

Quadro 14 - Desempenho do sector da Construção ................................................................................................................................................................................................ 29

Quadro 15 - Desempenho do sector da Indústria .................................................................................................................................................................................................... 30

Quadro 16 - Desempenho do sector dos Transportes .............................................................................................................................................................................................. 30

Quadro 17 - Desempenho do sector da Energia e Águas ........................................................................................................................................................................................ 31

Quadro 18 - Desempenho do sector do Ambiente .................................................................................................................................................................................................. 31

Quadro 19 - Desempenho do sector da Agricultura ................................................................................................................................................................................................ 32

Quadro 20 - Desempenho do sector das Pescas ...................................................................................................................................................................................................... 32

Quadro 21 - Desempenho do sector da Cultura ...................................................................................................................................................................................................... 33

Quadro 22 - Desempenho do sector do Urbanismo e Habitação ............................................................................................................................................................................. 33

Quadro 23 - Desempenho do sector das Telecomunicações .................................................................................................................................................................................... 34

Quadro 24 - Desempenho do sector do Comércio................................................................................................................................................................................................... 34

Quadro 25 - Desempenho do sector da Ciência e Tecnologia ................................................................................................................................................................................. 35

Quadro 26 - Desempenho do sector da Juventude e Desportos ............................................................................................................................................................................... 35

Quadro 27 - Desempenho do sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria ............................................................................................................................................. 36

Quadro 28 - Desempenho do sector da Comunicação Social .................................................................................................................................................................................. 36

Quadro 29 - Desempenho do sector da Justiça e Direitos Humanos ....................................................................................................................................................................... 36

Quadro 30 - Desempenho do sector da Administração Pública e Segurança Social ................................................................................................................................................ 37

Quadro 31 - Desempenho do sector da Administração Território ........................................................................................................................................................................... 38

Quadro 32 - Desempenho do sector da Geologia e Minas ...................................................................................................................................................................................... 38

Quadro 33 - Desempenho do sector da Hotelaria e Turismo ................................................................................................................................................................................... 38

Quadro 34 - Desempenho do sector da Família e Promoção da Mulher .................................................................................................................................................................. 39

Quadro 35 - Número de efectivos da Função Pública ............................................................................................................................................................................................. 39

Quadro 36 – Revisão OGE/Contrapartidas Internas................................................................................................................................................................................................ 40

Quadro 37 - Balanço Orçamental ........................................................................................................................................................................................................................... 41

Quadro 38 - Receitas Arrecadadas.......................................................................................................................................................................................................................... 42

Quadro 39 – Despesa Realizada ............................................................................................................................................................................................................................. 43

Quadro 40 – Despesas por Função e Sub-Função ................................................................................................................................................................................................... 46

Quadro 41 – Execução da Despesa PIP sobre a Despesa de Investimento .............................................................................................................................................................. 47

Quadro 42 – Despesas por Função dos Projectos de Investimento Público ............................................................................................................................................................. 48

Quadro 43 – Resumo do Balanço Financeiro.......................................................................................................................................................................................................... 51

Quadro 44 – Síntese dos Fluxos do Balanço Financeiro ......................................................................................................................................................................................... 51

Quadro 45 – Transacções com a Sonangol/Companhias Petrolíferas ...................................................................................................................................................................... 52

Quadro 46 – Custos Recuperáveis por Companhias Petrolíferas ............................................................................................................................................................................ 52

Quadro 47 – Custos Recuperáveis por Blocos de Operação ................................................................................................................................................................................... 53

Quadro 48 – Resumo do Balanço Patrimonial ........................................................................................................................................................................................................ 53

Quadro 49 – Saldos das Contas Dedicadas ............................................................................................................................................................................................................. 55

Quadro 50 – Saldos do Fundo de Reserva .............................................................................................................................................................................................................. 55

Quadro 51 – Doações Recebidas ............................................................................................................................................................................................................................ 56

Quadro 52 – Fundos Autónomos e Serviços de Protecção Social ........................................................................................................................................................................... 57

Quadro 53 – Entidades participadas pelo FSDEA .................................................................................................................................................................................................. 58

Quadro 54 – Investimentos em subsidiárias ............................................................................................................................................................................................................ 58

Quadro 55 – Balanço Patrimonial FSDEA ............................................................................................................................................................................................................. 59

Quadro 56 – Indicadores dos Contribuintes/Segurados/Pensionistas ...................................................................................................................................................................... 61

Quadro 57 – Inventário Geral de Bens Públicos ..................................................................................................................................................................................................... 62

Quadro 58 – Restos a Pagar/Dívida Flutuante ........................................................................................................................................................................................................ 62

Quadro 59 – Resumo do Apuramento do Resultado Patrimonial ............................................................................................................................................................................ 63

Quadro 60 – Posição Patrimonial do Banco Central ............................................................................................................................................................................................... 64

Quadro 61 – Posição Patrimonial das Empresas do SEP ........................................................................................................................................................................................ 65

Quadro 62 – Resumo por Sector da Demonstração de Resultados das Empresas do SEP ....................................................................................................................................... 66

Quadro 63 – Indicadores Económicos das Empresas Públicas ................................................................................................................................................................................ 66

Quadro 64 – Participações Directas do Estado no País ........................................................................................................................................................................................... 67

Quadro 65 – Participações Directas do Estado no Estrangeiro ................................................................................................................................................................................ 67

Quadro 66 – Quadro detalhado dos Dividendos recebidos...................................................................................................................................................................................... 67

Quadro 67 – Privatizações em 2016 ....................................................................................................................................................................................................................... 67

Quadro 68 – Subvenções Operacionais para as Empresas ...................................................................................................................................................................................... 68

Quadro 69 – Requisitos para Incentivos Fiscais ..................................................................................................................................................................................................... 69

Quadro 70 – Incentivos às Pequenas e Médias Empresas ....................................................................................................................................................................................... 69

Quadro 71 – Incentivos Fiscais no Exercício 2016 ................................................................................................................................................................................................. 69

Quadro 72 – Interferências e Mutações Patrimoniais Activas e Passivas ................................................................................................................................................................ 71

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |4

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1 - SIGFE em números evolução de 2011 à 2016 ................................................................................................................................................... 7

Ilustração 2 - Taxas de Crescimento Económico 2016 .......................................................................................................................................................... 10

Ilustração 3 - Evolução do Preço das Ramas Angolanas e do Brent ...................................................................................................................................... 11

Ilustração 4 – Exportações e Importações Mundiais .............................................................................................................................................................. 12

Ilustração 5 - Taxas de Inflação em alguns mercados mundiais ............................................................................................................................................ 13

Ilustração 6 - Evolução do PIB Petrolífero e Não Petrolífero/Estrutura do PIB não Petrolífero ............................................................................................ 14

Ilustração 7 – Indicadores do Sector Petrolífero/ Impacto na Taxa de Câmbio ..................................................................................................................... 15

Ilustração 8 – Indicadores do Sector Petrolífero/ Impacto na Taxa de Cambio ..................................................................................................................... 16

Ilustração 9 – Principais Países de Procedência das Importações .......................................................................................................................................... 17

Ilustração 10 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro .............................................................................................................................................. 21

Ilustração 11 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro .............................................................................................................................................. 22

Ilustração 12 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro .............................................................................................................................................. 22

Ilustração 13 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro .............................................................................................................................................. 23

Ilustração 14 - Estrutura da Receita Arrecadada .................................................................................................................................................................... 43

Ilustração 15 - Estrutura da Despesa Realizada ..................................................................................................................................................................... 45

Ilustração 16 – Estrutura da Despesa por Função .................................................................................................................................................................. 46

Ilustração 17 – Estrutura da Despesa Função – PIP ............................................................................................................................................................... 48

Ilustração 18 – Receita Arrecadada por Província ................................................................................................................................................................. 49

Ilustração 19 - Despesa executada por província ................................................................................................................................................................... 50 Ilustração 20 – Evolução do Disponível em Banco………………..………………………………………………………………………………………… 55

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |5

1. INTRODUÇÃO

1.1. Apresentação

01. A elaboração da presente Conta Geral do Estado (CGE) obedece às disposições da Lei n.º 15/10, de 14

de Julho – Lei do Orçamento Geral do Estado (OGE), combinado com o Decreto Executivo nº 32/17, de

26 de Janeiro – e demais normas complementares.

02. A CGE reveste-se de grande importância como acto de demonstração da aplicação dos recursos públicos

disponibilizados e evidenciar os resultados obtidos, em conformidade com a legislação e normas

aplicáveis.

03. O Ministério das Finanças, através da Direcção Nacional de Contabilidade Pública, sustentou o seu

trabalho nos dados constantes do Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado (SIGFE), que se

constitui na base para a elaboração da CGE e no relatório de gestão dos órgãos do sistema contabilístico

do Estado, dos Fundos Autónomos e do Instituto Nacional de Segurança Social.

04. O SIGFE apesar de ser executado desde Janeiro de 2004, numa plataforma informática de última

geração, permitiu a implementação do Sistema Contabilístico do Estado e a introdução da contabilidade

patrimonial, com base no método das partidas dobradas. Desta forma, foi possível obter, de forma

consistente, os relatórios da execução orçamental, financeira e patrimonial, bem como as demonstrações

financeiras exigidas na Lei do OGE, embora de maneira não abrangente, por ficarem excluídas as

situações patrimoniais passadas e cuja incorporação requer o seu inventário.

05. Hoje executam o orçamento directamente no SIGFE os Órgãos da Administração Central e Local do

Estado e as instituições com autonomia administrativa e financeira que recebem transferência do Estado.

1.2. Definição

06. A CGE é o conjunto de demonstrações financeiras, documentos de natureza contabilística, orçamental e

financeira, relatórios de desempenho da gestão, relatórios e pareceres de auditoria correspondentes aos

actos de gestão orçamental, financeira, patrimonial e operacional e a guarda de bens e valores públicos,

devendo ser apresentada aos órgãos de controlo externo, a cada exercício financeiro, nos prazos e

condições previstos nas normas e legislação pertinentes. A CGE compreende as contas de todos os

Órgãos da Administração Central e Local do Estado e dos Serviços, Institutos Públicos e Fundos

Autónomos, bem como da Segurança Social e dos Órgãos de Soberania.

07. A CGE é elaborada pelo Ministério das Finanças através da Direcção Nacional de Contabilidade Pública,

enquanto Órgão Central do Sistema Contabilístico do Estado (SCE) com o suporte dos órgãos que

integram o referido sistema.

08. A Conta Geral do Estado de 2016, foi elaborada de acordo as recomendações do Tribunal de Contas,

referente aos Exercícios de 2012, 2013, 2014 e 2015, atendendo ao Relatório e Parecer sobre a Conta

Geral do Estado 2015. Com isso, as recomendações foram respondidas em conformidade, sendo

algumas, resultado de diferenças de conceitos, e apreciação técnica. Ainda assim, a melhoria na

elaboração da CGE é um processo contínuo, que deverá ter sempre em conta os seguintes aspectos: (i)

procedimento de reconciliação bancária, (ii) apuramento dos projectos estruturantes finalizados e

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |6

incorporação nas contas do Activo definitivas; (iii) controlo da execução da Receita e Despesa das UO´s

no Exterior (Missões Diplomáticas); e (iv) o nível de registo no SIGFE dos Institutos, Serviços e Fundos

Autónomos.

1.3. Quadro Legal

09. Os diplomas legais que dão suporte à elaboração e apresentação da CGE, são os que constam na tabela

seguinte:

N/O DIPLOMA LEGAL DESCRIÇÃO DISPOSIÇÃO

1 Lei n.º 13/10, de 09 de Julho Aprova a Lei Orgânica e do Processo do

Tribunal de Contas Artigo 6.º, alínea a), conjugado com o Artigo 7º

2 Lei n.º 13/12 de 18 de Abril Aprova o Regimento da Assembleia Nacional Artigos 244.º a 247.º

3 Lei n.º 15/10, de 14 de Julho Lei do OGE

Artigo 58.º combinado com os nºs 2, 3 e 6 do

Artigo 63.º, bem como a alínea a) do Artigo

64.º

4 Lei nº 12/13, de 11 de Dezembro Lei de alterações à Lei nº 15/10

5 Lei n.º 28/15, de 31 de Dezembro Aprova o Orçamento Geral do Estado para o

ano 2016

6 Lei n.º 19/16, de 24 de Outubro Lei que Aprova a Revisão do OGE 2016

7 Decreto Presidencial n.º 299/14 de 04

de Novembro

Aprova o Estatuto Orgânico do Ministério das

Finanças Artigo 18.º , alínea p)

8 Lei nº 21/16, de 29 de Dezembro Altera alguns art. da Lei da Divida Pública Artigo 2º e 4º

9 Decreto n.º 39/09, de 17 de Agosto

Estabelece as normas e procedimentos a

observar pelo Ministério das Finanças na

fiscalização orçamental, financeira,

patrimonial e operacional da Administração

do Estado e dos órgãos que dele dependem

(Decreto dos Ordenadores da Despesa)

Artigo 9.º

10 Decreto n.º 36/9, 12 de Agosto Aprova o Regulamento do Sistema

Contabilístico do Estado

11 Decreto Executivo n.º 32/17, de 26 de

Janeiro

Aprova as instruções para elaboração da

Conta Geral do Estado

Quadro 1 - Quadro Legal

2. EVOLUÇÃO DA CGE DE 2011 A 2016

10. O presente capítulo, pretende fazer uma breve abordagem da evolução qualitativa, em termos da

apresentação quantitativa dos dados consolidados extraídos dos relatórios da execução orçamental,

financeira e patrimonial, bem como as demonstrações financeiras exigidas na Lei do Orçamento Geral

do Estado. Com isso, notamos que existe um crescimento em termos de utilização do SIGFE, como

veículo de gestão orçamental, financeira e patrimonial do Estado, o que também reflecte o esforço em

trazer de forma clara e transparente todas operações ligadas à execução do OGE de acordo com os

programas emanados pelo Executivo Angolano. Esta evolução, permitiu assim a melhoria sucessiva da

Conta Geral do Estado desde o Exercício de 2011, onde desde, então foram incorporados:

Dados de Utilização do SIGFE, como plataforma de gestão do Estado, em sede do processo

constante de Transparência na Execução do OGE;

Informação sobre o desempenho do Comércio/Sector Externo, a nível das Importações e

Exportações, evidenciando o saldo da Conta Corrente e de Capital;

O desempenho do Programa Anual de Endividamento, detalhando o comportamento das

Emissões de Papéis (Obrigações e Títulos do Tesouro), a apresentação das garantias emitidas

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |7

para financiamento de projectos agrícolas, e os desembolsos em linhas de crédito, o que garantiu

também a apresentação do Rácio de Sustentabilidade;

O balanço da implementação das acções e actividades dos diversos sectores, na magnitude de

Políticas Nacionais de Desenvolvimento, sendo no sector social, económico, defesa e segurança,

bem como serviços gerais;

As transações com a Sonangol EP e companhias petrolíferas, a título da Receita Declarada, no

processo de pagamento de Impostos, que reflecte directamente na Receita Arrecadada, em função

do Cost Oil/Recuperação de Custos;

A evolução do Fundo de Reservas, recursos domiciliados no Banco Nacional de Angola,

caracterizados como REPIB – Receita Estratégica para Infraestrutura de Base, e o Diferencial do

Preço do Petróleo;

Os Fundos da Administração Directa e Indirecta, com significância a nível de transações em

fluxos reais e capacidade de contribuição na Economia;

O resultado do processo de Inventariação Geral dos Bens Públicos, a nível Central, Local e no

Sector Empresarial; e

A posição patrimonial do Banco Nacional de Angola, e das Empresas do Sector Empresarial

Público, plano de privatizações, participações do Estado nas Empresas, o Subsídios Operacionais

e Subvenções aos Combustíveis, bem como as Despesas Fiscais (Benefícios Fiscais).

11. Pode ser observado no quadro 2, o crescimento dos utilizadores, de Unidades Orçamentais, Órgãos

dependentes do SIGFE de 2011 a 2016.

N/O COMPONENTES 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Crescim.%

2011-2016

1 Unidades Orçamentais 522 531 547 595 609 621 19%

2 Órgãos Dependentes 1.544 1.616 1.786 2.116 2.115 2.314 50%

3 Utilizadores 3.789 5.789 8.760 11.266 15.326 16.536 336% 4 Documentos 5.967.456 8.934.573 12.694.398 19.791.799 23.362.336 26.803.322 349%

5 Registos Contabilísticos 59.345.672 76.234.567 106.709.364 153.789.491 148.237.812 155.691.709 162% Fonte: MINFIN

Quadro 2 - SIGFE em Números

12. Podemos observar na ilustração 1 que os utilizadores, os documentos gerados e os registos

contabilísticos do SIGFE de 2011 à 2016 aumentaram 336%, 349% e 162% respectivamente.

Ilustração 1 - SIGFE em números evolução de 2011 à 2016

19%50%

336% 349%

162%

0%

50%

100%

150%

200%

250%

300%

350%

400%

Unidades

Orçamentais

Órgãos

Dependentes

Utilizadores Documentos Registos

Contabilísticos

2%

9%8%

15%

5%

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

Unidades

Orçamentais

Órgãos

Dependentes

Utilizadores Documentos Registos

Contabilísticos

Evolução SIGFE 2011-2016

Evolução SIGFE 2015-2016

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |8

3. CONJUNTURA ECONÓMICA MUNDIAL E NACIONAL

3.1. Contexto Internacional

13. Angola continua a enfrentar ameaças externas nomeadamente relativas aos baixos preços do petróleo e

à incerteza macroeconómica. A médio prazo, é expectável que os mercados financeiros e de capitais

permaneçam voláteis, e Angola, tal como outros mercados emergentes, enfrentará pressões

inflacionárias e de falta de liquidez, como resultado de condições macroeconómicas desafiantes.

14. Em 2016 um invulgar risco político teve origem tanto em mercados emergentes como em economias

avançadas. Uma extrema volatilidade do mercado seguiu-se às notícias do resultado do referendo no

Reino Unido para deixar a UE, e ao resultado da eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA.

Estes acontecimentos recentes indicam um avanço em direcção a políticas proteccionistas e criam

incertezas na UE numa altura em que esta se depara com questões económicas urgentes e uma crise

migratória. Os ataques terroristas também representaram um risco contínuo para a Europa em 2016 e

permanecerão no centro das agendas políticas, como testemunhado pelos ataques na Turquia no início

de 2017. No Médio Oriente, o levantamento das sanções ao Irão colocou um novo conjunto de desafios

que continuarão a moldar a dinâmica regional. O mercado aberto do Irão mudou o tipo de relações dentro

da OPEP e também reforçou as tensões existentes com países vizinhos como Arábia Saudita e Israel.

15. Em 2016, a economia mundial observou um ligeiro abrandamento, ao registar um crescimento de 3,1%,

contra os 3,4% observados no ano de 2015. O abrandamento da economia mundial foi fortemente

influenciada pelo desempenho desfavorável dos mercados emergentes e em desenvolvimento, enquanto

responsável por mais de 70 % do crescimento, viram o seu crescimento reduzir de 4,2% em 2015 para

4,1% no ano de 2016. De igual modo, as economias avançadas, registaram um arrefecimento, ao

passarem de 2,1% em 2015 para 1,7% em 2016.

16. Apesar do fortalecimento global do impulso na demanda, observado na segunda metade de 2016, o fraco

desempenho da economia mundial, foi em grande medida, devido dos resultados menos favoráveis para

a produção industrial e as trocas comerciais, associados ao contínuo abrandamento e reequilíbrio da

actividade económica na China que reduziu o investimento e de produção de manufacturas para priorizar

o consumo e serviços, por outro lado, observou-se a manutenção do impacto dos preços mais baixos

para a energia e outras commodities.

17. O desempenho económico no conjunto das economias emergentes e em vias de desenvolvimento

manteve-se moderado, considerando que o crescimento económico da China reduziu, reflectindo a

manutenção da política de reestruturação do tecido económico, a diminuição da actividade económica

na India, bem como, a entrada do Brasil para um estado profundo de recessão. Quanto às economias

avançadas, a flexibilização da política fiscal e monetária assumida na zona euro e no Japão foram

implementadas de formas a impulsionar uma recuperação cíclica, de facto o crescimento observado

excedeu as expectativas anteriores em 1,8% (WEO – Abril/2016).

18. O preço do petróleo em 2016 registou ligeira estabilidade, com a inversão do curso decrescente

observado até Janeiro/2016, mês em que registou o seu mínimo de USD 28,2/Barril, reflectindo as

expectativas de redução dos níveis de produção nos países membros da Organização dos Países

Exportadores de Petróleo (OPEP) e das condições geopolíticas no Médio Oriente.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |9

3.1.1. Economia Real

19. A crise financeira global de 2008 marcou o início de um período de estagnação económica e baixas taxas

de juros. Os governos e os bancos centrais procuraram formas criativas de estimular a procura através

do corte das taxas de juros e da política fiscal, mas encontraram dificuldades em obter ganhos

significativos em termos de crescimento económico. No entanto, e cada vez mais, parece haver um

consenso entre as instituições financeiras internacionais de que o baixo crescimento já não é um sintoma

de uma economia pós-crise financeira, mas sim uma característica que a define.

20. Em Outubro de 2016, o FMI reviu em baixa as projecções de crescimento global. A projecção do

crescimento do PIB mundial é de 3,1%, abaixo dos 3,2% de 2015, como se pode verificar na Tabela

seguinte.

N/O PIB real (% variação face ao ano anterior) 2013 2014 2015 2016P 2017P 2018P

1 Mundo 3,3 3,4 3,2 3,1 3,4 3,6

2 África Subsaariana 5,2 4,9 3,4 1,5 2,9 3,6

3 África do Sul 2,3 1,6 1,3 0,1 0,8 1,6

4 Nigéria 5,4 6,3 2,7 -1,7 0,6 1,6

5 Angola 6,8 4,8 3 0 1,5 2,4

Fonte: FMI

Quadro 3 – Projeccções de crescimento do PIB mundial

21. Apesar da forte produção petrolífera, o FMI prevê que Angola venha a registar um crescimento de 0,0%

em 2016. A partir de taxas de crescimento anual do PIB superiores a 20% em 2006 e 2007, as

perspectivas económicas para Angola transformaram-se drasticamente nos últimos dez anos.

22. As estimativas mais recentes do FMI (WEO de Abril 2017) para 2016, espelham a manutenção dos

níveis de crescimento efectivo de 3,1% para a economia global, publicadas nas projecções do WEO de

Outubro de 2016, no entanto, registou-se a revisão em baixa das estimativas de crescimento das

economias emergentes e em via de desenvolvimento, ao se fixarem em 4,1% e as economias avançadas

registaram uma revisão em alta ao se fixarem em 1,7%.

23. A manutenção da desaceleração do crescimento da economia mundial em 2016, deveu-se ao

arrefecimento da economia dos EUA e dos países da União Europeia, do conjunto dos BRIC´S,

observou-se o arrefecimento da China e India, das tenções geopolíticas na grande maioria dos países do

Médio Oriente, bem como a manutenção da crise económica instalada na Rússia e no Brasil contribuíram

para o aumento do clima de incertezas relativamente aos mercados.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |10

Fonte: FMI

Ilustração 2 - Taxas de Crescimento Económico 2016

24. Nos mercados emergentes e em vias de desenvolvimento, o crescimento desacelerou ligeiramente,

passando de 4,2% em 2015 para 4,1% no ano de 2016. O comportamento das economias emergentes e

em vias de desenvolvimento, foi marcado, sobretudo, pelo crescimento negativo observado da economia

brasileira e da russa, e do menor crescimento da economia chinesa que apresentou elevada volatilidade

do mercado de capitais, desvalorizações sucessivas do Yuan face ao dólar, diminuição das importações

e das exportações, indiana e sul-africana que apresentaram políticas domésticas fracas, condições

financeiras desfavoráveis e restrições a nível da oferta e dos investimentos. Por outro lado, enquanto o

abrandamento da economia chinesa se mantem, por conta do programa de reformas estruturais de

transição económica para um modelo com maior predominância do consumo interno e do sector de

serviços.

25. Relativamente à actividade petrolífera mundial, o ano de 2016 foi marcado por uma ligeira recuperação

do preço do petróleo nos mercados internacionais, com início no princípio do ano, após um período

relativamente longo de declínio que teve início na segunda metade do ano de 2014. A inversão na

tendência decrescente do preço do petróleo, foi consequência das espectativas criadas à volta e resultante

dos acordos de redução das cotas de produção por parte da OPEP (Organização dos Países Exportadores

de Petróleo) e do ligeiro recuo nos níveis de produção do petróleo de Xisto nos EUA, dado os elevados

níveis de custos num contexto de preços baixos.

26. O ligeiro recuo do nível de oferta do crude, pelos motivos acima mencionados, o preço do petróleo bruto

no mercado internacional registou um incremento de cerca de 18% na segunda metade do ano de 2016,

conforme é possível verificar na ilustração 3.

3,1

1,6 1

,71 1

,8 -0,2

6,7

6,8

-3,6

0,3

-1,5

-6

-4

-2

0

2

4

6

8

Mundo EUA Zona Euro Japão Reino

Unido

Rússia China Índia Brazil Africa do

Sul

Nigeria

ECONOMIAS AVANÇADAS MERCADOS EMERGENTES E EM VIAS DE DESENVOLVIMENTO

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |11

Fonte: MINFIN

Ilustração 3 - Evolução do Preço das Ramas Angolanas e do Brent

27. Apesar de inversão da tendência de queda do preço do petróleo, a recuperação não foi o suficiente para

gerar um impacto positivo sobre uma grande maioria de países produtores e profundamente dependentes

das receitas das exportações petrolíferas, como a Rússia, Venezuela, Irão, Angola entre outros, que viram

melhoradas as suas posições fiscais. Embora a Arábia Saudita e diversos países do Golfo também sejam

grandes exportadores de petróleo, o baixo custo de extração do petróleo permitiu-lhes alcançar ligeira

melhoria nas margens de lucro.

Indicadores Macroeconómicos Internacionais

N/O Descrição Taxa de crescimento do PIB (%) Inflação (%) Saldo da Conta Corrente (%PIB))

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

1 MUNDO 3,5 3,4 3,1 2.9 2.8 3.1 - - -

2 Economias Avançadas 2,0 2,1 1,7 1,4 0,3 0,8 0.5 0,7 0,8

3 EUA 2.4 2,6 1,6 1,6 0,1 1,3 -2.3 -2,6 -2,6

4 Zona Euro 1,2 2,0 1,7 0,4 0,0 0,2 2.4 3,0 3,4

5 Japão 0,3 1,2 1,0 2,8 0,8 -0,1 0,8 3,1 3,9

7 Economias Emergentes 4,7 4,2 4,1 4,7 4,7 4,4 0.5 -0,2 -0,3

8 Rússia 0.7 -2,8 -0,2 7.8 15,5 7,0 2,8 5,1 1,7

9 China 7.3 6,9 6,7 2,0 1,4 2,0 2,2 2,7 1,8

10 Índia 7.2 7,9 6,8 5.9 4,9 4,9 -1.3 -1,1 -0,9

11 Brasil 0,5 -3,7 -3,5 6.3 9,0 8,7 -4,2 -3,3 -1,3

12 África do Sul 1,7 1,3 0,3 6.1 4,6 6,3 -5,3 -4,4 -3,3

13 Nigéria 6.3 2,6 -1,5 8.0 9,0 15,7 0.2 -3,2 0,6

Fonte: FMI

Quadro 4 - Alguns Indicadores Macroeconómicos Internacionais

3.1.2. Comércio Internacional

28. Os mercados continuam voláteis à medida que os países adoptam políticas proteccionistas. Angola

enfrenta ameaças externas, particularmente sob a forma dos preços baixos do petróleo e da incerteza

50,2 51,1 50,9

57,8

61,959,5

53,9

44,8 45,7 46,5

52,9

35,9

28,530,0

36,1

39,9

44,7 46,142,8

44,6 45,447,6

44,2

52,1

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Jan

eir

o

Fevere

iro

Março

Ab

ril

Maio

Ju

nh

o

Ju

lho

Agost

o

Sete

mb

ro

Ou

tub

ro

Novem

bro

Dezem

bro

Jan

eir

o

Fevere

iro

Março

Ab

ril

Maio

Ju

nh

o

Ju

lho

Agost

o

Sete

mb

ro

Ou

tub

ro

Novem

bro

Dez

emb

ro

2015 2016

U$D

Brent Ramas Angolanas

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |12

macroeconómica. Os grandes acontecimentos políticos globais, o referendo da UE no Reino Unido e a

eleição presidencial dos EUA, sugerem uma potencial mudança para políticas proteccionistas e voltadas

para o interior em duas das economias mais avançadas do mundo.

29. Os analistas preveem dois impactos externos importantes nas regiões da África Subsaariana, da China e

dos EUA. Enquanto a China pretende reequilibrar a sua economia em direcção a um modelo orientado

para os serviços e o consumo, muitos esperam que o crescimento do seu PIB vá desacelerar em 2018. A

OCDE prevê um crescimento na China de 6,1% em 2018, enquanto a Economist Intelligence Unit

("EIU") prevê um crescimento de 4,2%. Uma desaceleração económica na China terá um impacto directo

sobre Angola e outros países exportadores de matérias-primas através de uma diminuição dos

investimentos directos estrangeiros e uma redução nas compras de petróleo. No entanto, há projecções

de crescimento mais positivas para 2017, com a previsão de 6,4% da Bloomberg e 6,3% da Moody's.

Também é esperado que a China continue a implementar importantes políticas de estímulo fiscal e

monetário que apoiem o crescimento.

30. O anúncio efectuado pelo Financial Action Task Force em Fevereiro de 2016 de que Angola deixou de

estar sujeita ao seu processo de monitorização representou um feito significativo.

31. Em 2016, observou-se a manutenção da tendência de queda da actividade comercial a nível mundial,

justificado pela queda do volume das exportações de bens e serviços das economias avançadas de 3,7%

em 2015 para 2,1% em 2016, enquanto o nível das importações reduziu de 4,4% em 2015 para 2,4% no

ano de 2016. A queda do volume de importações de bens e serviços nas economias avançadas em 2016,

foi fortemente impactada pela redução das transações observada nos Estados Unidos da América que

viram as suas importações a caírem de 4,5% em 2015 para 1,1% em 2016. Quanto às exportações, a

redução observada nas economias avançadas, foi consequência justificada pelo decréscimo acentuado

do nível das exportações na França, Reino Unido, Alemanha e Itália, ao registarem 1,1%, 1,8%, 2,6% e

2,4%, no ano de 2016, contra os 6,1%, 6,0%, 5,2% e 4,4% observados em 2015.

32. No geral, o fraco desempenho do comércio mundial deveu-se à redução da actividade comercial

registada em mercados emergentes e em desenvolvimento, o que gerou a manutenção do desequilíbrio

das contas correntes a nível mundial.

Fonte: WEO-Abril de 2017 (FMI)

Ilustração 4 – Exportações e Importações Mundiais

3,5

2,8

2,3

3,9

2,52,2

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

2014 2015 2016

%

Volume das Exportações de Bens e Serviços Volume das Importações de Bens e Serviços

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |13

3.1.3. Inflação

33. No que toca à inflação mundial em 2016, apesar da manutenção dos preços baixos para as commodities

tais como o petróleo bruto e os seus derivados, assim como os alimentos, a redução dos níveis de

investimento e da produção mundial de manufacturas, contribuíram para o incremento da variação do

índice de preços, posicionando-se em 3,1% de acordo com dados do FMI. Nas economias avançadas, a

inflação esteve abaixo das expectativas de inflação de longo prazo (1%), fixando-se em 0,7%.

34. Comparativamente a 2015, a inflação na Zona Euro sofreu um ligeiro aumento passando de 2,2% para

os 1,1% em 2016, enquanto as economias emergentes e em desenvolvimento observaram ligeira redução

da taxa de inflação de 4,7% de 2015 para 4,3% em 2016. Nas economias da África Sub-Sahariana, a

taxa de inflação registou uma subida considerável, justificada pela redução dos investimentos e a sua

consequência sobre oferta agregada.

Fonte: FMI Ilustração 5 - Taxas de Inflação em alguns mercados mundiais

35. No que diz respeito às taxas de juro, de acordo com o FMI, as taxas de referência de depósitos (London

InterBank Offered Rate – LIBOR), de seis meses, em dólares norte-americano fixaram-se em 0,3% em

2016. Adicionalmente, a nível mundial, as taxas de juro reais de longo-prazo sofreram considerável

redução, ao fixarem-se próximas de zero (0,5% em média).

3.2. Contexto Económico Nacional

36. No ano de 2016, a economia nacional foi marcada pela contínua desaceleração do seu crescimento, ao

atingir taxa de crescimento de 0,1% do PIB, contrariamente ao crescimento de 3,0% do PIB global

registada em 2015. Este desempenho menos favorável, é consequência da desaceleração de cerca de

0,7% no sector não petrolífero, ao passar de um crescimento de 1,5% em 2015 para cerca de 0,8 no ano

de 2016. Esta desaceleração do sector não petrolífera resultou da redução generalizada dos níveis de

produção, com destaque para a redução da produção de pescados e seus derivados, dos diamantes e

outros minérios, da indústria transformadora e da construção, ao passarem de um crescimento de cerca

2,9 2,8 3,10,7 0,5

1,5

4,7 4,6 4,4

6,1

8,1

12,6

-1

1

3

5

7

9

11

13

2014 2015 2016

Mundo Economias Avançadas Mercados Emergentes Sub-Saharan Africa

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |14

de 8.1%, 2,2%, (2,1) % e 3,5%, respectivamente, para níveis de crescimento da produção de 1,7%, (0,6)

%, (5,2) % e 1,3% alcançados em 2016.

37. Relativamente ao sector petrolífero, o desempenho foi negativo, ao registar no seu crescimento taxas

negativas de cerca de 1,7%, contra o crescimento favorável de 6,5% observado em 2015. Os níveis de

produção física do petróleo bruto registaram uma variação negativa, ao se fixar em cerca de 638,3

MMbl/ano, contra os 649,5 MMbl/ano.

38. De acordo com dados disponíveis, no decorrer de 2016 os sectores que mais contribuíram na formação

do PIB-Não Petrolífero foram o sector da agricultura e o da energia, com taxas de 6,7%, 19,9%,

respectivamente. Os restantes sectores tiveram um contributo negativo na formação do PIB.

Fonte: MPDT

Ilustração 6 - Evolução do PIB Petrolífero e Não Petrolífero/Estrutura do PIB não Petrolífero

39. As estimativas actuais mostram que a taxa de crescimento do PIB real passou de um médio de 5,8%, de

2013 a 2014, para 1,3%, entre 2015 e 2016, tendo o sector petrolífero registado, em quase todos estes

anos, um crescimento negativo. Apesar do fraco desempenho do sector petrolífero, que tem implicações

no resto da actividade económica, importa realçar que o sector não petrolífero observou, ainda assim,

taxas de crescimento positivas.

5,2

6,8

4,8

3

0,1

4,3

-0,9 -2,6

6,5

-1,7

5,6

10,9

8,2

1,50,8

-4

-2

0

2

4

6

8

10

12

2012 2013 2014 2015 2016

%

PIB - Sector

petrolifero

Agricultura

19%

Pesca e seus

derivados

5%

Diamantes e

outros

-2%Industria

transforma

dora

-15%Construção

3%

Energia

56%

Serviços

Mercantis

0%

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |15

Fonte: MPDT/BNA

Ilustração 7 – Indicadores do Sector Petrolífero/ Impacto na Taxa de Câmbio

40. De acordo com as estimativas de fecho do exercício económico de 2016, os resultados alcançados

estiveram longe das metas económico-sociais do PND 2013-2017 que previa como objectivo de

crescimento real do Produto Interno Bruto (PIBpm) de 7,5%, para o ano de 2016. No entanto, dados

preliminares de fecho do exercício económico apontam um crescimento menor para 2016 de 0,1%. De

um modo geral, o quadro macroeconómico que sustentou o ano de 2016 resume-se na tabela seguinte:

Indicadores Macroeconómicos Nacionais

N/O Indicadores de Base 2014 2015 2016

1 Inflação acumulada anual (%) 7,5 14,3 42,0

2 Produção de petróleo (milhões/Bbls) 610,2 649,5 638,3

3 Taxa de câmbio 98,3 120,1 164,0

4 Preço médio do petróleo (USD/Bbls) 96,9 49,9 41,8

5 Taxa de crescimento real do PIB (%) 4,8 3,0 0,1

6 Sector petrolífero (%) -2,9 6,5 -1,7

7 Sector não-petrolífero (%) 8,2 1,5 0,8

8 Saldo primário Não Petrolífero (% do PIB Não petrolífero) -44,6 -16,9 -12,0

Fonte: MPDT/BNA

Quadro 5 - Quadro Macroeconómico

3.2.1. Sector Real

41. De acordo com dados mais recentes de fecho do ano 2016, o sector não petrolífero registou um

crescimento de 0,8%, enquanto o petrolífero terá assinalado taxa negativa no seu crescimento de 1,7%.

Nesta perspectiva, estima-se que o PIB nominal tenha atingido Kz 16.662,3 mil milhões.

42. No período em análise o desempenho do sector não petrolífero foi determinado, pelo crescimento de

cerca de 19,9% da produção energética e da agricultura que registou um crescimento de 6,7%. O sector

da Construção foi o que menos cresceu, ao registar a taxa de 1,3%, enquanto a indústria transformadora

cresceu a taxas negativa (5,2).

10

876,0

2

12

056,3

4

12

457,8

8

12

320,7

8

16

620,0

2

9,0 7,7 7,5

14,3

42,0

5,2 6,8 4,83,0

0,1

-5

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

18000

2012 2013 2014 2015 2016

PIB Nominal Inflação Taxa de crescimento

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |16

43. O desempenho do sector petrolífero foi fortemente influenciado pela redução da produção física do

petróleo que passou de 649,5 milhões Bbls em 2015, para 638,2 milhões Bbls em 2016, conjugada com

a manutenção do cenário de baixos preços do petróleo no mercado internacional ao longo período em

análise. O preço médio do barril petróleo em 2016 fixou-se à volta dos US$ 41,8

Fonte: MPDT/BNA

Ilustração 8 – Indicadores do Sector Petrolífero/ Impacto na Taxa de Cambio

44. Angola tornou-se em 2016 o maior produtor de petróleo de África com níveis de produção atingindo 1,8

milhões de barris por dia. Em comparação, a média anual de produção da Nigéria foi de 1, 5 milhões de

barris por dia. Como parte de um acordo mais amplo dos países produtores de petróleo da OPEP e não-

OPEP, não foi pedido à Nigéria que cortasse a sua produção em 2016, o que significa que a produção

Nigeriana poderá aumentar, se os recentes ataques aos poços de petróleo no Delta do Níger cessarem ou

forem menos frequentes. Em contrapartida, foi pedido a Angola que diminua a partir de Janeiro de 2017

a sua produção em 78.000 barris por dia.

3.2.2. Sector Externo

45. A informação da Balança de Pagamentos reflecte o conjunto de transacções reais e financeiras realizadas

por Angola com o resto do mundo durante o ano de 2016.

46. A redução do preço médio do petróleo bruto e a consequente queda das Receitas de exportação das ramas

angolanas conduz a um impacto negativo a posição externa da economia angolana. Assim, o saldo global

da balança de pagamentos poderá ser deficitário em 2016, na ordem de USD 17,3 milhões contra USD

3.035,7 milhões do período homólogo, cujo desempenho será impulsionado principalmente pela redução

do défice da Conta Corrente.

47. A Conta Corrente da balança de pagamentos apresenta uma melhoria do seu saldo deficitário em

36,9%, ao passar de USD 10.272,8 milhões em 2015 para USD 6.484,4 milhões em 2016. Deste modo,

o défice da conta corrente em 2016 corresponde a 6,4% do PIB, contra os 9,8% observados em 2015.

48. Para obtenção deste resultado, a conta de bens surge como o principal factor ao apresentar uma melhoria

do seu saldo superavitário na ordem dos 14,6%, situando-se em USD 14.309,3 milhões em 2016, contra

USD 12.488,6 milhões apurados em 2015, continuando assim a desempenhar um papel importante nas

contas externas. Esta melhoria deveu-se a redução das despesas de importação em 40,9%, apesar da

queda das receitas de exportação em 20%.

633

,6

626,3

610,2

649,5

638,3

111,6 107,7

96,9

49,941,8

95,4 96,6 98,3

120,1

164,0

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

590

600

610

620

630

640

650

660

2012 2013 2014 2015 2016

Prod. Petróleo Bruto (milhões BBL) Preço Médio do Petróleo (US$/BBL) Taxa de Câmbio

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |17

49. Para as restantes contas, verificou-se uma melhoria do saldo deficitário das contas de serviços na ordem

dos 8,5%, de rendimentos primários (que inclui salários, lucros e juros) em 10,4% e um ligeiro

agravamento dos rendimentos secundários (que inclui acções, remessa e outras transferências) na ordem

dos 0,1%.

50. As importações de mercadorias registaram uma diminuição de USD 8.471,5 milhões, com realce para a

queda das importações de máquinas, aparelhos mecânicos e eléctricos (USD 2.503,4 milhões),

combustíveis (USD 1.527,6 milhões), material de construção (USD 1.378,3 milhões), veículos (USD

819,7 milhões), bem como os bens alimentares (USD 722,6 milhões).

Principais Produtos Importados

N/O DESCRIÇÃO 2016 2016 Var.% Homóloga

1 Máquinas, aparelhos mecânicos e eléctrios 5.600 3.097 -45%

2 Bens alimentares 3.007 2.284 -24%

3 Combustível 3.018 1.490 -51%

4 Material de construção 2.509 1.131 -55%

5 Produtos químicos 1.088 856 -21%

6 Obras diversas 1.026 559 -46%

7 Aeronaves e embarcações 225 419 86%

8 Plásticos, borrachas, pele e couros 651 417 -36%

9 Veículos 1.156 337 -71%

10 Têxteis e vestuário 434 258 -41%

11 Outros 1.978 1.666 -16%

12 Total 20.692 12.514 -40%

Fonte: BNA

Quadro 6 – Principais Produtos Importados

Ilustração 9 – Principais Países de Procedência das Importações

51. Previu-se que a conta Capital e Financeira em 2016 apresentariam um superavit de USD 6.467,1

milhões contra USD 6.927.3 milhões em 2015, o que corresponderia a uma redução de USD 460,2

milhões. Este resultado poderá ser explicado, essencialmente, pela redução da entrada de investimento

estrangeiro (IDE), permitindo assim que o saldo do investimento directo atingisse um superavit de

apenas USD 638,2 milhões registado em 2015. De realçar que o investimento directo estrangeiro

manteve uma forte relação com o desempenho do sector petrolífero, uma vez que o fluxo de entrada do

IDE dependeu, sobretudo, da execução de projectos ligados maioritariamente ao sector petrolífero.

28

62

26

72

18

79

15

26

13

19

13

08

79

5

78

7

76

8

63

8

0

500

1 000

1 500

2 000

2 500

3 000

3 500

Mil

es

de U

SD

Exercício 2015

Exercício 2016

17

35

14

33

13

99

91

2

59

4

49

6

47

6

40

3

39

2

-

200

400

600

800

1 000

1 200

1 400

1 600

1 800

2 000

Mil

es

d e

Usd

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |18

52. Esperava-se que a entrada de investimento directo estrangeiro em Angola viria a atingir USD 8.257,6

milhões em 2016, contra USD 16.176,4 milhões do período homólogo de 2015, representando uma

redução de 49%.

53. A saída de capitais tanto através de investimento angolano no exterior como pela recuperação do

investimento directo estrangeiro em Angola, fixou-se em USD 7.619,5 milhões, contra USD 7.940,9

milhões em 2015, representando uma redução de 4%.

54. No que concerne ao endividamento externo, estimou-se um aumento dos desembolsos em USD 7.260,3

milhões, ao passar de USD 5.694,8 milhões em 2015 para USD 12.955 milhões em 2016, enquanto a

amortização da dívida externa passou de USD 6.086,3 milhões em 2015 para USD 5.746,4 milhões do

período em análise. Assim, em termos líquidos, os fluxos da dívida externa apresentaram um superavit

na ordem de USD 7.208,7 milhões em 2016, contra o saldo negativo de USD 391,5 milhões do período

homólogo de 2015.

55. As reservas internacionais brutas têm como princípios-base da sua gestão a preservação do capital, a

elevada liquidez dos activos financeiros que a compõem e a obtenção de retorno ajustado ao perfil

conservador do Banco Nacional de Angola, à luz da política de investimentos aprovada pelo comité de

investimentos. As metas da gestão das reservas internacionais materializadas através da política de

investimentos visam:

Garantir a liquidez necessária para cumprimento das obrigações soberanas de curto prazo em moeda

estrangeira e os objectivos da estabilidade do valor da moeda nacional;

Diversificar a carteira tendo em conta as oportunidades de investimento;

Gerir com parcimónia os activos que compõem as reservas internacionais, considerando que estes

representam, quer uma garantia para o país, quer uma parcela significativa da sua riqueza.

56. Para efeitos do cumprimento da política de investimento, as reservas internacionais estão segmentadas

em três tranches: a) de liquidez; b) intermédia; e c)de investimento, sendo elegíveis, de acordo com a

política de investimento, os instrumentos do mercado monetário, os instrumentos de rendimento fixo

(soberanos, supranacionais, agências governamentais e corporativa com elevada qualidade), os

instrumentos de renda variável que garantem a preservação de capital e o Ouro Monetário.

57. Com referência a 31 de Dezembro de 2016, as Reservas Internacionais Brutas expandiram 1% no ano,

situando-se em USD 24.438,1 milhões, devido a uma gestão prudente das disponibilidades cambiais e

uma maior contenção da despesa fiscal.

3.2.3. Reservas Internacionais Líquidas

58. A posição das reservas brutas no final de 2015 foi de USD 24.550 milhões, 21,7% do Produto Interno

Bruto, contra os USD 28.173 milhões, 21,7% do Produto Interno Bruto no exercício de 2014. No entanto,

apesar disso, assiste-se a um aumento do rácio de cobertura das importações de 6,5 meses em 2014 para

os 8,0 meses de importações de bens e serviços em 2015. A redução das RIL em 2015 deveu-se

essencialmente, à redução dos Depósitos em moeda estrangeira do Governo e dos Bancos em 14,4% e

67,3%, situando-se nos USD 9.845 milhões e USD 974 milhões, respectivamente, tendo as Reservas do

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |19

BNA aumentado em cerca de 4% face ao ano anterior, fixando-se nos USD 13.883 milhões. Por sua vez,

as Obrigações de curto prazo reduziram em 70% para os USD 154 milhões, tendo tido por conseguinte

um contributo positivo na variação das RIL.

Quadro Macro Fiscal para 2016 (Valores em Mil Milhões de Kz)

N.º Descrição

Mil Milhões de Kz

2016

OGE

Revisto

2016

Total

2016

I Trim.

2016

II Trim.

2016

III Trim.

2016

IV Trim.

1 Receitas 3.484,6 2.900,0 602,7 760,5 781,7 755,1

1.1 Receitas correntes 3.484,6 2.899,1 602,5 760,3 781,3 755,0

1.1.1 Impostos 3.092,0 2.599,3 527,9 692,5 700,4 678,6

1.1.1.1 Petrolíferos 1.535,5 1.372,6 264,8 349,8 380,2 377,8

Dos quais: Direitos da concessionária 968,1 905,6 168,7 228,9 249,9 258,1

1.1.1.2 Não petrolíferos 1.556,5 1.226,7 263,0 342,7 320,2 300,8

1.1.1.2.1 Impostos sobre rendimentos, lucros e ganhos de capital 917,1 719,5 148,5 227,2 198,6 145,1

1.1.1.2.2 Impostos sobre propriedades 43,9 35,2 9,5 8,8 8,3 8,6

1.1.1.2.3 Impostos sobre bens e serviços 372,6 209,8 46,1 47,8 49,7 66,2

1.1.1.2.4 Impostos sobre transacções e comércio internacional 152,6 89,4 21,3 18,6 19,9 29,7

1.1.1.2.5 Outros impostos 70,3 172,9 37,6 40,3 43,7 51,2

1.1.2 Contribuições sociais 153,0 158,7 37,6 39,0 40,9 41,1

1.1.3 Doações 0,0 1,8 0,2 0,5 0,7 0,5

1.1.4 Outras receitas 239,6 139,2 36,8 28,3 39,3 34,9

1.2 Receitas de capital 0,0 0,9 0,3 0,2 0,4 0,1

2 Despesas 4.484,6 3.534,2 665,6 726,9 909,5 1.232,2

2.1 Despesas correntes 3.523,5 2.889,2 626,1 673,8 738,1 851,2

2.1.1 Remuneração dos empregados 1.562,6 1.396,9 326,3 325,6 362,7 382,3

2.1.1.1 Vencimentos 1.484,0 1.316,6 305,6 305,3 342,1 363,6

2.1.1.2 Contribuições sociais 78,7 80,3 20,8 20,3 20,5 18,7

2.1.2 Bens e serviços 847,6 624,1 85,7 131,6 149,3 257,5

2.1.3 Juros 441,7 356,5 77,4 111,2 111,1 56,8

2.1.3.1 Externos 221,5 155,2 28,0 48,4 28,5 50,2

2.1.3.2 Internos 220,2 201,3 49,4 62,8 82,6 6,5

2.1.4 Transferências 671,5 511,7 136,6 105,4 115,0 154,6

2.1.4.1 Subsídios 361,9 160,9 30,3 50,3 27,5 52,8

Dos quais: Subsídios ao preço 319,2 71,1 4,8 20,9 21,1 24,3

2.1.4.2 Doações 0,0 8,2 0,2 2,8 4,6 0,7

2.1.4.3 Prestações sociais 200,1 295,7 97,3 41,4 70,2 86,7

2.1.4.4 Outras despesas 109,5 46,9 8,8 10,9 12,7 14,4

2.2 Despesas de capital 961,1 645,0 39,5 53,1 171,4 381,0

2.2.1 Aquisição de activos não financeiros 961,1 634,3 39,5 53,1 161,2 380,5

2.2.2 Outras 0,0 10,8 0,0 0,0 10,3 0,5

Saldo corrente sem doações -38,9 8,0 -23,8 86,0 42,6 -96,7

Saldo corrente -38,9 9,9 -23,6 86,5 43,2 -96,2

Saldo global sem doações -1.000,0 -636,1 -63,1 33,1 -128,5 -477,6

Saldo global (compromisso) -1.000,0 -634,2 -62,9 33,6 -127,8 -477,2

3 Restos a pagar e a receber 0,0 22,3 -56,8 24,6 -41,2 95,8

3.1 Internos 0,0 22,3 -56,8 24,6 -41,2 95,8

3.1.1 Activos 0,0 -295,5 -92,1 -117,8 -172,9 87,3

3.1.1.1 Impostos 0,0 -295,5 -92,1 -117,8 -172,9 87,3

3.1.1.1.1 Petrolíferos 0,0 -295,5 -92,1 -117,8 -172,9 87,3

3.1.2 Passivos 0,0 317,8 35,3 142,4 131,7 8,5

3.1.2.1 Remunerações 0,0 0,5 2,4 70,2 -61,3 -10,8

3.1.2.2 Uso de bens e serviços 0,0 65,4 5,6 32,5 24,4 2,9

3.1.2.4 Transferências 0,0 27,6 9,7 28,9 7,4 -18,4

3.1.2.4.1 Subsídios 0,0 27,3 6,0 12,9 17,1 -8,7

Dos quais: Subsídios ao preço 0,0 27,3 0,0 18,7 17,1 -8,5

3.1.2.4.2 Doações 0,0 0,0 0,1 -0,1 0,0 -0,1

3.1.2.4.3 Prestações sociais 0,0 0,2 1,1 13,9 -13,8 -0,9

3.1.2.4.4 Outras despesas 0,0 0,0 2,4 2,2 4,1 -8,7

3.1.2.5 Despesas de capital 0,0 224,3 17,6 10,9 161,2 34,7

Saldo global (caixa) -1.000,0 -611,9 -119,7 58,2 -169,0 -381,4

4 Financiamento líquido 1.000,0 611,9 119,7 -58,2 169,0 381,4

4.1 Financiamento interno (líquido) 189,4 -1.386,7 90,3 -1.856,0 -22,8 401,8

4.1.1 Activos -406,6 -2.560,9 -176,5 -1.981,0 -323,1 -80,3

4.1.1.1 Moeda e depósitos 0,0 -768,6 522,9 -1.238,4 -272,3 219,2

4.1.1.1.1 Depósitos (líquido) 0,0 -768,6 522,9 -1.238,4 -272,3 219,2

4.1.1.1.1.1 Bancos 0,0 -768,6 522,9 -1.238,4 -272,3 219,2

4.1.1.4 Acções e outras participações -406,6 -1.136,0 -699,3 -86,5 -50,8 -299,4

4.1.1.4.1 Aquisição -408,1 -1.136,6 -699,4 -86,8 -50,9 -299,5

4.1.1.4.2 Venda 1,5 0,6 0,1 0,3 0,1 0,1

4.1.1.7 Outras contas a receber 0,0 -656,2 0,0 -656,2 0,0 0,0

4.1.2 Passivos 596,0 1.174,2 266,8 125,0 300,3 482,1

4.1.2.1 Crédito líquido obtido 656,4 1.174,2 266,8 125,0 300,3 482,1

4.1.2.1.1 Desembolsos 2.089,4 2.135,5 323,7 376,0 672,3 763,4

4.1.2.1.1.1 Obrigações do Tesouro 1.510,0 321,6 236,6 515,1 436,7

4.1.2.1.1.2 Bilhetes do Tesouro 597,9 0,0 137,7 145,6 314,6

4.1.2.1.1.3 Outros 27,5 2,1 1,7 11,6 12,1

4.1.2.1.2 Amortizações -1.433,0 -961,3 -57,0 -251,0 -372,0 -281,3

4.1.2.1.2.1 Obrigações do Tesouro -454,8 -42,0 -115,1 -81,0 -216,8

4.1.2.1.2.2 Bilhetes do Tesouro -155,2 0,0 -118,2 -16,0 -20,9

4.1.2.1.2.3 Outros -351,3 -15,0 -17,7 -275,0 -43,6

4.1.2.3 Reservas técnicas de seguro -60,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

4.2 Financiamento externo (líquido) 810,5 1.998,6 29,4 1.797,8 191,8 -20,4

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |20

N.º Descrição

Mil Milhões de Kz

2016

OGE

Revisto

2016

Total

2016

I Trim.

2016

II Trim.

2016

III Trim.

2016

IV Trim.

4.2.2 Passivos 810,5 1.998,6 29,4 1.797,8 191,8 -20,4

4.2.2.1 Empréstimos líquidos recebidos 810,5 1.998,6 29,4 1.797,8 191,8 -20,4

4.2.2.1.1 Desembolsos 1.384,2 2.390,2 94,0 1.916,4 274,2 105,7

4.2.2.1.1.2 Linhas de crédito 2.390,2 94,0 1.916,4 274,2 105,7

4.2.2.1.2 Amortizações -573,7 -391,6 -64,6 -118,5 -82,3 -126,2

*Dados da Receita Petrolífera na óptica do compromisso/Receita Declarada

Fonte: MINFIN

Quadro 7 – Quadro Macro Fiscal/Memorando 2016

59. O Quadro Fiscal compreende todos os dispositivos, procedimentos, regras e instituições que sustentam

a condução da política fiscal da administração pública, sendo portanto, sinônimo de governança fiscal.

Nele é assegurada a sustentabilidade das finanças públicas e da dívida pública.

60. Recentemente, o impacto fiscal decorrente da actual conjuntura económica aumentou o rácio da dívida,

intensificando assim a necessidade de consolidação fiscal. Nesta senda, para o exercício económico de

2016, um conjunto de medidas de política (fiscal, monetária e cambial) foram consideradas de formas a

fortalecer a governança fiscal.

61. Os resultados apurados apontam que, em termos gerais, para o exercício fiscal de 2016, a Receita Fiscal

excluindo a Receita de Financiamento registou o montante de Kz 2.900,0 mil milhões, representando

uma redução de cerca de 13,8% face ao 2015. Relativamente as Despesas Fiscais excluindo a

Amortização de Passivos Financeiros, totalizou o montante de KZ 3.534,2 mil milhões, cerca de 6,3%

abaixo do executado em 2015, sendo que a combinação Receita e Despesas resultou no Saldo Fiscal

deficitário de KZ 634,2 mil milhões, cerca de 3,8% do PIB.

3.2.4. Endividamento Público em 2016

3.2.4.1. Dívida Interna – Emissões de Bilhetes do Tesouro e Obrigações do Tesouro

62. A Dívida Interna Titulada compreende os Bilhetes do Tesouro (BT), as Obrigações do Tesouro em

Moeda Nacional (OT MN) e as Obrigações do Tesouro em Moeda Externa (OT ME).

63. As emissões dos Bilhetes do Tesouro realizadas ao longo de 2016 totalizaram cerca de Kz 1.689,10 mil

milhões, distribuídos pelas maturidades de 91, 182 e 364 dias que corresponderam aos montantes de Kz

633,02 mil milhões (37%), Kz 519,12 mil milhões (31%) e Kz 536,97 mil milhões (32%),

respectivamente. Quanto às Obrigações do Tesouro MN, pode-se salientar que foi prevista a emissão

em leilão um total de Kz 661,98 mil milhões, revisto na reestruturação para Kz 748,30 mil milhões.

Neste contexto, e considerando que as OT são títulos indexados à taxa de câmbio, registou-se uma maior

procura por este título, ao passo que as Obrigações em moeda externa (ME) não apresentaram nenhuma

procura.

N/O Memorando

1 Inflação ac. (%) 38,5 42,0 10,5 21,7 33,6 42,0 2 Taxa de câmbio média (Kz/US$) 184,7 164 156,8 165,3 165,9 165,9

3 Exportações de petróleo bruto (milhões de barris) 654,6 638,3 158,2 152,5 153,8 146,8 4 Preço do petróleo bruto (US$/barril) 40,9 41,8 31,5 43,7 44,3 48,5

5 Produto Interno Bruto (mil milhões de Kz) 16 879,6 16 662,3

6 PIB petrolífero 3 659,2 3 149,2 7 PIB não petrolífero 13 220,4 13 513,1

8 Taxa de Cresc. Produto Real (% chg) 1,1 0,1

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |21

Ilustração 10 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro

3.2.4.2. Dívida Interna em Contratos Mútuo

64. Em 2016, ocorreram desembolsos de Contratos de Mútuo na ordem de Kz 54,77 mil milhões em relação

ao montante inicialmente programado de Kz 50,36 mil milhões, representando um grau de execução de

9% acima do programado.

3.2.4.3. O Serviço da Dívida Interna em Bilhetes e Obrigações do Tesouro

65. O levantamento dos dados do serviço da dívida dos Bilhetes de Tesouro executado no período em

referência indica, que foram efectuados pagamentos na ordem de Kz 1.176,01 mil milhões, cerca de

105% do montante previsto Kz 1.117,68 mil milhões. Este ligeiro desvio é explicado pela subida das

taxas de remunerações destes títulos no final do ano.

66. O serviço da dívida das Obrigações do Tesouro cifrou-se em Kz 627,71 mil milhões, repartido em

despesas com capital na ordem dos Kz 454,81 mil milhões e de juros de Kz 172,89 mil milhões. Quanto

ao volume previsto, foi programado um montante de Kz 666,09 mil milhões, representando uma

execução de 94%.

545,51

1 709,40 1 689,10

0,00

200,00

400,00

600,00

800,00

1 000,00

1 200,00

1 400,00

1 600,00

1 800,00

PAE Inicial PAE Reestruturado Execução

AK

Z M

il m

ilh

ões

661,98

748,30

740,72

600,00

620,00

640,00

660,00

680,00

700,00

720,00

740,00

760,00

Programação (PAE inicial) Programação (PAE

reestruturado)

Execução

AK

Z M

il m

ilh

ões

Obrigações do Tesouro

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |22

Ilustração 11 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro

3.2.4.4. Dívida Externa. Desembolsos de Linhas de Crédito

67. No que concerne à análise dos desembolsos para o ano de 2016, foram projectados um montante total

de Kz 526,79 mil milhões, de modo a acomodar as operações de financiamento do PIP e para o apoio

à tesouraria. Em conformidade com os dados do Debit Management Financing Analysis System

(DMFAS), em 2016, registou-se uma execução de Kz 1.069,87 mil milhões (USD 6,56 mil milhões)

para os desembolsos efectivos. Quanto à distribuição de desembolsos por banco credor pode-se realçar

que os bancos China Development Bank e Eximbank da China apresentaram uma maior quantidade de

desembolsos para o ano de 2016, que representam do total desembolsado de 58% e 13%,

respectivamente.

Ilustração 12 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro

68. No âmbito da distribuição dos desembolsos por Unidades Orçamentais, destaca-se o Ministério das

Finanças (58%), Ministério da Energia e Águas (27%), Ministério da Construção (5%).

601,70

34,26

1 043,82

73,86

1 116,32

59,69

-

200,00

400,00

600,00

800,00

1 000,00

1 200,00

Amortização Juros

Kz

Mil

mil

hões

Programado (PAE Inicial) Programado (PAE Reestruturado) Executado

450,71

137,91

481,82

184,28

454,81

172,89

-

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

Amortização Juros

Kz

Mil

mil

hões

Programado (PAE Inicial) Programado (PAE Reestruturado) Executado

Obrigações do Tesouro

Credores Externos

BAD

8%

CHINA

DEVELOPMEN

T BANK

58%

EXIMBANK

OF CHINA

13%

HSBC

6%

ICBC

4%

LUMINAR

FINANCE

2%

OUTROS

9%

-

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Kz

Mil

Mil

hões

Programado Executados

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Ilustração 13 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro

69. No âmbito do serviço da dívida externa, as amortizações executadas até o mês de Dezembro cifravam-

se em, Kz 391,56 mil milhões, correspondente a cerca de 85% do projectado. No que concerne ao

pagamento de juros, foram pagos cerca de Kz 184,54 mil milhões, com um grau de execução de 99%

em relação ao projectado; as comissões pagas perfazem um montante total de Kz 19,26 mil milhões

(42%). Assim sendo, o serviço da dívida externa executada foi de cerca de Kz 595,36 mil milhões, 86%

do programado.

3.2.4.5. O Stock da Dívida Pública. O Rácio Dívida/PIB

70. O stock da Dívida Interna a 31 de Dezembro de 2016 posicionou-se em cerca de Kz 5.070,54 mil

milhões (USD 30,72 mil milhões), dos quais as Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional

contribuíram com a maior fatia correspondente a 67% do total (Kz 3.385,74 mil milhões – USD 20,51

mil milhões), a seguir os Bilhetes do Tesouro com 19% (Kz 941,36 mil milhões – USD 5,70 mil

milhões), as Obrigações do Tesouro em Moeda Externa com 11% (Kz 572,19 mil milhões – USD 3,47

mil milhões), e os contratos de mútuo com 3% (Kz 171,25 mil milhões – USD 1,04 mil milhões).

71. Igualmente o stock da Dívida Pública Externa, no período em análise, é composto por 79% equivalente

a Kz 5.788,45 mil milhões (USD 35,07 mil milhões) de dívida Externa governamental e 21% (Kz

1.537,76 mil milhões, equivalente a USD 9,32 mil milhões) de dívida das empresas públicas,

totalizando uma Dívida Externa Pública de Kz 7.326,21 mil milhões (USD 44,38 mil milhões).

72. O stock da dívida pública em Dezembro de 2016, posicionou-se em Kz 12.396,75 mil milhões (USD

75,10 mil milhões), dos quais cerca de 41% (Kz 5.070,54 mil milhões - USD 30,72 mil milhões),

correspondem a dívida interna e 59% (Kz 7.326,21 mil milhões - USD 44,38 mil milhões) à dívida

externa.

Ministério da

Agricultura

1%

Ministério da

Construção

5%Ministério da

Defesa Nacional

1%

Ministério da

Energia e Águas

27%

Ministério Da

Justiça E Dos

Direitos

Humanos

2%

Ministério da

Saúde

1%

Ministério das

Finanças

58%

Ministério Do

Planeamento E

Do Desenv.

Territorial

1%

OUTROS

4%

Desembolsos por Unidade Orçamental Desembolsos por Projectos

3ª Facilidade do CDB- Apoio à

Tesouraria. Kz 378,00 mil milhões

Contrato para a construção de

uma Linha de Transmissão de

400 Kv, Soyo-Kapari e

Substações (Ciclo Combinado

do Soyo) TBEA 1ª Fase Kz 26,72 mil milhões

Fornecimento, montagem e

comissionamento dos

Equipamentos electromecânicos

da da Segunda Central

Hidroeléctrica de Cambambe no

âmbito do Aproveitamento

Hidroeléctrico de Cambambe,

Fase II. kz 17,42 mil mihões

Contrato para a construção

da Central Térmica do Ciclo

Combinado do Soyo. kz 22,97

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |24

73. O stock da dívida governamental em Dezembro de 2016 estava composto por 48% de dívida Externa

(Kz 5.788,45 mil milhões, equivalente a USD 35,07 mil milhões) e 52% por dívida interna (Kz 5.070,54

mil milhões, equivalente a USD 30,72 mil milhões), perfazendo um total de dívida governamental de

Kz 10.858,99 mil milhões (USD 65,78 mil milhões).

3.2.4.6. A Dívida Indirecta. Garantias Emitidas

74. O processo de concessão de garantias controladas pela UGD, segue os parâmetros definidos no Regime

Jurídico de Emissão da Dívida Pública Directa e Indirecta (Lei n.º 21/16, de 29 de Dezembro) e tem

como base uma análise criteriosa dos projectos e das entidades a serem avalizadas. É necessário lembrar

que, devem-se considerar aquelas Garantias emitidas, e não aquelas programadas, mas que não foram

activadas dando um stock até 31 de Dezembro de Kz 65,68 mil milhões (USD 0,4 mil milhões).

Garantias Emitidas (Valores em Kwanzas/U$D)

N/O Descrição Valor Kz Valor USD Data de Emissão Banco Financiador

1 Angola Cables (CA) - 130 000 000 2017 BDA

2 Angola Cables (SACS) / BDA - 109 795 000 2016 JBIC

3 Banco de Poupança E Crédito - 325 214 602 2016 BAD

4 Biocom - 210 000 000 2016 BPA

5 Sodiam / Adenda - 32 789 434 2015 BIC

6 Ministério das Finanças / BPC 1 718 560 000 - 2015 BPC

7 Ministério das Finanças / BCI 1 374 848 000 - 2015 BCI

8 Ministério das Finanças / B.SOL 859 280 000 - 2015 B.SOL

9 TAAG 2 - 25 267 769 2014 Consorcio (BPC, BNI E BAI )

10 TAAG 2 - 130 199 651 2014 HSBC

11 TAAG 2 - 131 449 151 2014 HSBC

12 TAAG 2 - 30 000 000 2014 HSBC

13 Ferrangol E:P 978 400 000 - 2014 BDA

14 Ferrangol E:P 978 400 000 - 2014 BDA

15 Batas Holding 943 567 122 - 2014 BPA

16 Total 6 853 055 122 1 124 715 608

Fonte: MINFIN

Quadro 8 – Garantias Emitidas

3.2.5. Balanço de Implementações das Acções e Desempenho Económico dos Sectores

75. No sentido de melhor acompanhar o desempenho dos sectores via acções e actividades, abaixo

apresenta-se o balanço de implementações das acções e o desempenho económico dos Sectores, sendo

estes realizados na magnitude de Políticas Nacionais de Desenvolvimento, onde se destacam:

Políticas da População, Realizado o Recenseamento Geral da População e Habitação e

divulgados os seus Resultados Preliminares, estando em curso, a preparação da publicação dos

Resultados Definitivos;

Políticas de Apoio à Reintegração Socioeconómica dos Ex-Militares, Foi prestada

assistência médica e medicamentosa ao Hospital Militar Principal, na Clínica Multiperfil e nos

Hospitais Provinciais e Regionais das FAA, formação nas especialidades de Construção Civil,

Serralharia, Mecânica, Informática na óptica do utilizador, Restauração, Carpintaria, Mesa e

Bar, Corte-costura, Electricidade, Operador de Máquina, Agricultura, Alvenaria, Educador

Social, Contabilidade, Artes e Ofícios, Informática e Empreendedorismo;

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |25

Política da Reforma Tributária e das Finanças Públicas, A elaboração da proposta

conceptual para o novo modelo de tributação do rendimento das pessoas singulares e colectivas

e a proposta do Imposto Único sobre a Micro Actividade Empresarial, Revistos os códigos do

Imposto Industrial e do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho, bem como ajustados os

códigos do Imposto de Selo, Regulamento do Imposto de Consumo e o Código do Imposto

sobre a Aplicação de Capitais;

Política de Promoção do Crescimento Económico, do Aumento do Emprego e de

Diversificação Económica, Aprovados 16 Programas Dirigidos aos sectores de Agricultura,

Pescas e Indústria, orientados para o desenvolvimento de projectos empresariais públicos e

privados, Introduzido o serviço de emprego móvel através das Unidades Móveis de Serviços de

Emprego, nas províncias de Benguela, Cuanza Sul e Uíge;

Política de Repartição Equitativa do Rendimento Nacional e de Protecção Social

Desenvolvido o programa de ajuda para o trabalho (PROAJUDA), que visa aumentar a

produtividade das famílias mais pobres, Apoiadas as famílias vulneráveis, através do fomento

ao empreendedorismo e integração da população rural na economia, e do Programa de Ajuda

para o Trabalho, cujo foco são as transferências sociais;

Política de Modernização da Administração e Gestão Públicas, A rede SIAC - Sistema

Integrado de Atendimento ao Cidadão, constituída pelas unidades de Talatona, Caxito, Malange,

Uíge, Zango, Cazenga, Benguela, Huambo, Saurimo e Cabinda, prestou serviços a 10.061.297

cidadãos e agentes económicos;

No âmbito da Política Integrada para a Juventude, Prosseguida a criação de “Incubadora de

pesca artesanal”, no âmbito da promoção e criação de incubadoras de negócios, e o Programa

de formação profissional para jovens, ajustado às necessidades do mercado de trabalho, com

destaque para as tecnologias de informação e comunicação, no Instituto de Ciência e

Tecnologia;

Política de Promoção do Desenvolvimento Equilibrado do Território, a construção de infra-

estruturas integradas, nas províncias de Cabinda, Zaire (Mbanza Congo, Soyo e Nzeto),

Malanje, Benguela (Benguela, Lobito, Catumbela e Baía Farta), Cuanza Sul (Sumbe, Porto

Amboim e Gabela), Uíge (Negage e Uíge), Lunda Sul (Saurímo) e Cuando Cubango

(Menongue), Elaborados 11 Planos de Requalificação Urbana, 53 Planos Directores Municipais,

73 Planos de Urbanização e 6 Planos de Requalificação, bem como prosseguida a

implementação dos Planos Directores Municipais, em 15 províncias;

Política de Reforço do Posicionamento de Angola no Contexto Internacional e Regional,

A aprovação por unanimidade pela Cimeira, a proposta da República de Angola da promoção e

difusão da língua portuguesa na região da SADC, Eleição de Angola a membro não permanente

do Conselho de Segurança das Nações Unidas, no período 2015-2016, e a candidatura ao Comité

de Direitos Humanos.

76. Com isso, foi possivel extrair dados para a avaliação do desempenho de cada sector com base nos

objectivos, avaliação das metas e execução das medidas de política.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |26

3.2.5.1. Sector da Educação

77. Em promover o desenvolvimento humano e educacional, com base numa educação e aprendizagem ao

longo da vida para todos e cada um dos angolanos, no Exercício de 2016 o sector da Educação

continuou a prestar maior atenção à Expansão do Ensino Pré-Escolar, ao Desenvolvimento do Ensino

Primário e Secundário, à Intensificação da Alfabetização de Adultos e ao Desenvolvimento e

Estruturação da Formação Técnico- Profissional de Professores.

Desempenho do sector da Educação

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Número de Alunos matriculados por Níveis de Ensino (Mil) (S) 7.203 8.539 7.189 9.087

2 Alfabetização (Mil) (S) 596 781 602 571

3 Ensino Especial (Mil) (S) 26 26 27 27

4 Iniciação (Mil) (S) 642 727 666 712

5 Ensino Primário (Mil) (S) 4.521 5.300 43.245 5.938

6 Ensino Secundário, 1º ciclo (Mil) (S) 844 1.083 912 1.136

7 Ensino secundário, 2º ciclo (Mil) (S) 574 622 658 702

8 Nº de Professores por Níveis de Ensino (Mil)* (S) ND 185 ** 180

9 Número de salas de aula (Mil) (S) ND 82 ** 88

10 Taxa Bruta de Escolarização (%) (S) ND 93 ** 120

11 Iniciação (S) 97 110 97 108

12 Ensino Primário (S) 128 144 114 168

13 Ensino Secundário, 1º ciclo (S) 55 70 57 74

14 Ensino secundário, 2º ciclo (S) 43 46 47 52

15 Taxa de Aprovação (%)**(S) 77 78 78 80

16 Taxa de Reprovação (%)** (S) 10 11 9 10

17 Taxa de Abandono (%)**(S) 13 11 12 10

18 Rácio aluno/sala de aula (S) 93 95 86 96

19 Rácio aluno/professor (S) 40 48 40 65

20 Construção de Magistérios Primários *** (S) 2 0 ND ND

21 População em idade escolar (Mil) (S) 7.072 7.517 7.284 7 284

22 Iniciação (5 anos) (Mil) (S) 664 664 684 684

23 Ensino Primário (6-11 anos) (Mil) (S) 3.524 3.524 3.630 3 630

24 Ensino Secundário, 1º ciclo (12-14 anos) (Mil) (S) 1.540 1.540 1.586 1 586

25 Ensino secundário, 2º ciclo (15-17 anos) (Mil) (S) 1.343 1.788 1.384 1 384

Fonte: MPDT

Quadro 9 - Desempenho do sector da Educação

3.2.5.2. Sector do Ensino Superior

78. Em estimular e desenvolver um ensino superior qualificado, o sector realizou as suas actividades no

sentido de garantir as condições para a melhoria do subsistema do ensino superior, dotando as

Instituições de Ensino Superior (IES) de instrumentos para implementar novos cursos no âmbito do

PNFQ.

Desempenho do sector do Ensino Superior

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Nº de empregos directos (S) 14.950 14.538 16.080 16.520

2 Nº de docentes (S) 9.500 8.660 10.800 9.603

3 Não docentes (auxiliares e pessoal técnico de apoio) (S) 1.278 5.878 1.367 6.917

4 Taxa bruta de escolarização (S) 8 7 9 7

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |27

5 Nº de estudantes matriculados (S) 269.042 218.433 326.886 241.284

6 Nº de vagas no ensino superior (F) 41.871 111.290 43.266 104.305

7 Nº de docentes no ensino superior público (S) 4.569 3.715 4.706 4.162

8 Nº de candidatos inscritos pela 1ª vez no ensino superior público (F)

43.276 19.711 49.335 23.809

9 Nº de candidatos por vaga no ensino superior público (F) 4 5 4 6

10 Nº de novas bolsas de estudo interna (F) 8.000 8.000 9.000 9.000

11 Nº de novas bolsas de estudo externa (F) 1.200 899 1.200 692

Fonte: MPDT

Quadro 10 - Desempenho do sector do Ensino Superior

3.2.5.3. Sector da Saúde

79. O sector da Saúde tem por objectivo promover de forma sustentada o estado sanitário da população

angolana, assegurar a longevidade da população apoiando os grupos sociais mais desfavorecidos e

contribuir para o combate à pobreza, onde desenvolveu as suas actividades com vista a melhorar a

prestação de cuidados de saúde, de modo a assegurar a longevidade da população, apostando na

prevenção e na melhoria de prestação de cuidados de saúde, assim como a capacitação dos técnicos de

saúde.

Desempenho do sector da Saúde

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Taxa de morbilidade atribuída a malária (todas idades) em % (S) 17 29 15 39

2 Taxa de Incidência da Tuberculose (novos casos por 100 mil habitantes) (S) 20 22 16 9

3 Incidência da Tripanossomíase (novos casos notificados) (S) 75 77 35 73

4 Taxa de Prevalência do VIH/SIDA na População Adulta (em %) (S) 2 2 2 2

5 Partos Assistidos por Pessoal de Saúde Qualificado (%) (MICS de 2001, somente áreas

acessíveis) (S) 60 50 65 50

6 Nº de Médicos por 10.000 Habitantes (S) 2 2 3 2

7 Crianças menores de 1 ano vacinadas (%) (S) 95 34 95 39

8 Relação de leitos hospitalares por habitante (%) (S) 13 11 14 11

9 Crianças com 1 ano de idade imunizadas de sarampo (S) 90 103 90 52

10 Mulheres grávidas que beneficiaram de Tratamento Intermitente e Preventivo da malária

(TIP) (%) (S) 55 43 65 59

11 Mulheres grávidas que receberam mosquiteiros impregnados (%) (S) 75 36 85 9

12 Crianças menores de 5 anos que receberam mosquiteiros tratados (%) (S) 60 5 70 1

13 Crianças entre 0-4 anos de idade que estiveram doentes com febre e tomaram anti-

palúdicos (%) (S) 50 8 60 8

14 Taxa de Cura da Tuberculose alcançada através da estratégia DOTS (%) (S) 70 ND 75 ND

15 Três ou mais consultas Pré-natal (%) (S) 80 44 85 27

16 Cobertura de vitamina A em crianças dos 6 aos 59 meses (%) (S) 90 37 95 7

17 Parto Institucional (%) (S) 50 60 55 48

18 Planeamento familiar (% de mulher em idade fértil) (S) 30 15 40 36

19 Taxa de mortalidade em menores de cinco anos (por 1.000 nados vivos) (S) 130 68 120 68

20 Taxa de mortalidade infantil (por 1.000 nados vivos) (S) 80 44 75 44

21 Rácio da mortalidade materna (mortes maternas por 100.000 nascidos vivos) (S) 350 283 300 155

Fonte: MPDT

Quadro 11 - Desempenho do sector da Saúde

3.2.5.4. Sector da Assistência e Reinserção Social

80. Em contribuir activamente para a redução da pobreza, através da assistência aos grupos mais

vulneráveis para a sua reintegração social e produtiva, as acções previstas centraram-se no (i) apoio

social às pessoas carenciadas e em situação de vulnerabilidade, às populações afectadas por

calamidades naturais (chuvas e seca), às crianças com leite e papa, às crianças e idosos em instituições

sob tutela do Executivo e às pessoas, na comunidade, com doenças crónicas, assim como na atribuição

de meios de locomoção e dispositivos de compensação; (ii) na geração de trabalho e renda com

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |28

atribuição de equipamentos e kits profissionais; (iii) na protecção e promoção dos direitos das crianças,

(iv) na formação e capacitação de quadros sociais, (v) na reintegração socioprofissional dos ex-militares

e (vi) na desminagem.

Desempenho do sector da Assistência Social

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Nº de Famílias assistidas (F) 20.000 23.062 15.000 6.496

2 Nº de crianças assistidas nas instituições (F) 200.000 46.276 20.000 42.944

3 Nº de crianças protegidas/denúncias (F) 1.700 2.079 1.275 4.921

4 Nº de Idosos assistidos (F) 16.000 37.876 12.000 18.655

5 Nº de idosos nas instituições (F) 2.050 929 2.050 973

6 Nº de pessoas c/deficiência assistidas em meios de locomoção e ajudas técnicas (F)

25.000 3.185 20.000 4.033

7 Nº de vítimas de sinistros e calamidades assistidas (F) 100.000 366.764 75.000 26.961

8 Nº de (criança dos 0-2 anos), assistidas com leite e papas (F) 16.000 13.552 12.000 3.700

9 Nº de beneficiários assistidos com kits profissionais e equipamentos (F) 20.000 1.233 15.000 397

10 Nº de kits profissionais e equipamentos atribuídos (F) 10.000 798 5.000 271

11 Nº de oportunidades de ocupação criadas (F) 30.000 1.237 22.500 397

12 Nº de doentes assistidos (F) 21.200 1.406 15.900 644

13 Nº de ex- militares e deficientes de guerra reintegrados (F) 25.779 8.918 10.163 210

14 Verificação e desminagem de Vias rodoviárias e projectos de telecomunicações (km) (F)

5.000 1.239 5.000 210

15 Verif.. e desminagem de áreas de expan. das linhas de transp. de energia

eléctrica de alta tensão 20.000 124.484 20.000 182.406

16 Verif. e Desminagem de Áreas Agrícolas, Fundiárias, Polos Industriais e agro-

pecuários (Mil m²) (F) 55.000 28.984 60.000 58.532

17 Admissão e formação de técnicos de desminagem (F) 250 288 250 3486

18 Admissão, capacitação e formação de trabalhadores sociais e funcionários (F) 3.800 2.468 2.850 2.073

Fonte: MPDT

Quadro 12 - Desempenho do sector da Assistência Social

3.2.5.5. Sector Petrolífero

81. Com o objectivo de assegurar a inserção estratégica de Angola no conjunto dos países produtores de

energia e desenvolver o cluster do petróleo e gás natural, contribuindo para financiar o desenvolvimento

da economia e sua diversificação, o sector continuou a desenvolver actividades no sentido de alcançar

os seus objectivos, nomeadamente: intensificar as actividades de prospecção, pesquisa de petróleo bruto

e gás natural; aumentar a capacidade de refinação de petróleo bruto; desenvolver a Indústria do Gás

Natural, assim como incrementar a inserção do empresariado nacional no sector de petróleo e gás.

Desempenho do sector Petrolífero

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Produção de petróleo bruto (milhões de bbls) (F) 733 650 760 632

2 Produção média diária de petróleo bruto (milhões de bbls) (F) 2 1,78 2 1,7

3 Exportações de petróleo bruto (milhões de barris) (F) 624 628 610 611*

4 Preço estimado de exportação de petróleo bruto (USD/bbl) (F) 92 50 90 42

5 Capacidade de armazenagem em terra (mil m3) (S) 1.526 360 1.650 367

6 Postos de abastecimento (novos) (F) 29 102 66 110

7 Venda de produtos refinados (mil TM) (F) 5.591 6.479 5.909 5.672

8 Investimentos (milhões USD) (F) 14.121 20.084 10.255 8.683*

9 Força de trabalho (S) 96.668 130.273 106.306 130.273*

Fonte: MPDT

Quadro 13 - Desempenho do sector Petrolífero

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |29

3.2.5.6. Sector da Construção

82. Para este sector o objectivo é contribuir para o esforço de construção nacional, promovendo a

reabilitação e a construção das infraestruturas adequadas às necessidades do processo de

desenvolvimento do País e continua a desenvolver acções centradas na construção e reabilitação de

infra-estruturas integradas, na expansão e recuperação de estradas e pontes, na construção de edifícios

administrativos e nas obras dos novos corredores rodoviários estruturantes.

Desempenho do sector da Construção

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Rede fundamental (km) (F) 3.500 400 3.000 120

2 Rede secundária (km) (F) 1.500 36 1.000 40

3 Rede terciária (km) (F) 15.000 1.244 10.000 214

4 Avaliação patrimonial (un) (F) 5.000 315 5.000 100

Edifícios Públicos e Monumentos

5 Reabilitação (un) (F) 17 1 18 0

6 Avaliação patrimonial (un) (F) 15 0 17 0

Infraestruturas Integradas

7 Projectos de execução (un) (F) 0 5 0 17

8 Construção (un) (F) 6 0 5 4

9 Reabilitação (un)* (F) 3 1 3 0

Emprego

10 10 Emprego (un) (F) 33.700 1.968 34.800 990

Fonte: MPDT

Quadro 14 - Desempenho do sector da Construção

3.2.5.7. Sector da Indústria

83. Este sector tem o objectio de promover o desenvolvimento do sector, no contexto do cluster da

alimentação e da diversificação da economia nacional, em bases sustentáveis, contribuindo para a

geração de empregos, o aproveitamento de matérias-primas agrícolas e minerais, a distribuição

territorial das actividades, o equilíbrio da balança comercial e a economia de divisas.

Desempenho do sector da Indústria

N/O Indicadores 2.015 2.016

Meta Real Meta Real

1 Óleo Alimentar (Klt) (F) 5.250 2.129 6.500 1.286

2 Leite Pasteurizado (Klt) (F) 4.200 2.504 4.700 3.716

3 Leite em Pó (Ton) (F) 3.250 9.668 3.500 7.473

4 Iogurtes (mil copos) (F) 2.600 7.732 2.800 11.811

5 Rações para Animais (Ton) (F) 25.085 44.073 30.085 56.792

6 Produção de Bebidas (Mil Hlt) (F) 19.096 21.204 19.677 20.950

7 Produção de Têxteis (F) 11.000 - 140.000 -

8 Confecções (Unidades) (F) 110.620 358.678 168.620 130.752

9 Produção de Couro e Calçado (F) 5.000 - 6.000 -

10 Produção de Madeira (m3) (F) 22.950 6.067 234.500 12.486

11 Produção de Papel (Embal. Cartão) (Ton) (F) 6.100 6.010 8.000 4.459

12 Produção de Livros Escolares (Mil) (F) 72.500 15.681 85.000 1.690

13 Produção de Acetileno (Mm3) (F) 545 88 545 87

14 Produção de Oxigénio (Mm3) (F) 8.225 1.239 8.225 1.417

15 Gás Carbónico (Ton) (F) 15.755 1.926 16.950 843

16 Produção de Pesticidas-HIDROSIL (mil lts) (F) 6.534 - 7.187 -

17 Produção de Insecticidas (Ton) (F) - - - -

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |30

N/O Indicadores 2.015 2.016

Meta Real Meta Real

18 Produção de Tintas e Similares (Klt) (F) 8.300 16.822 8.300 11.155

19 Sabão (Ton) (F) 30.850 23.070 31.850 19.135

20 Detergentes Líquidos (Kl) (F) 12.025 16.504 12.630 13.954

21 Detergentes Sólidos (Ton) (F) 1.000 16.723 1.000 6.455

22 Produção de Explosivos (Ton) (F) 6.500 6.447 8.000 4.104

23 Cartuchos de Caça (Mil) (F) 230 - 240 -

24 Produção de Injectados (Ton) (F) 3.630 19.272 4.330 21.798

25 Produção de Vidros de Embalagem (Mil) (F) 71.094 43.506 81.758 46.279

26 Produção de Metais (ton) (F) 53.600 134.071 67.600 128.981

27 Produção de Maquinas e Equipamentos (tractores-unidades) (F) 16.721 - 18.393 -

28 Emprego Gerado (nº de pessoas) (F) 70.210 6.339 37.497 3.882

29 Investimento Privado (Mil USD) (F) 4.551 618.864 2.421 456.993

Fonte: MPDT

Quadro 15 - Desempenho do sector da Indústria

3.2.5.8. Sector dos Transportes

84. Com o objectivo de dotar o País de uma rede de transportes integrada e adequada aos objectivos de

desenvolvimento nacional e regional, facilitador do processo de desenvolvimento económico e

potenciador das políticas territorial e populacional, o sector dos transportes continuou a desenvolver

acções no sentido de aumentar o volume de carga transportada e manipulada, assim como o número de

passageiros transportados nos vários meios de transporte (rodoviário, aéreo, ferroviário,

marítimo/fluvial), que neste último caso, atingiu os cerca de 9.980 milhões de passageiros (incluindo

os autocarros públicos e privados nas carreiras urbanas, intermunicipais, interprovinciais e

táxis/colectivos, em Luanda).

Desempenho do sector dos Transportes

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Nº Passageiros Transportados (Rede Pública) (mil) (F) 55.368 13.117 60.127 9.980

2 Nº Carga Manipulada/ Transportada (Rede Pública) (Mil Ton)

(F) 22.016 12.700 24.291 9.948

3 Emprego no sector (F) 18.420 16.029 19.709 16.158

4 Profissionais do sector de transportes treinados (F) 3.540 2.128 3.565 1.507

5 Novas escolas e centros de formação instaladas. (F) 0 0 0 0

6 Cidades beneficiadas com expansão da rede de táxis. (F) 0 0 0 0

Fonte: MPDT

Quadro 16 - Desempenho do sector dos Transportes

3.2.5.9. Sector da Energia e Águas

85. O objectivo do sector da Energia é aumentar e melhorar a qualidade do fornecimento de energia

eléctrica para satisfazer as necessidades de consumo induzidas pelo desenvolvimento económico e

social do País e utilizar os recursos energéticos nacionais de forma racional e com protecção ambiental.

Já o sector das Águas, tem por objectivo promover, em bases sustentáveis, o abastecimento de água

potável à população e de água para uso no sector produtivo, bem como serviços adequados de

saneamento de águas residuais, que são fundamentais para a melhoria do bem-estar das populações,

bem como assegurar a oferta permanente de água e melhorar a qualidade da sua prestação, garantindo

o seu uso racional e sustentável.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |31

Desempenho do sector da Energia e Águas

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Potência Total Instalada (MW) (S) 3.561 2.354 5.828 3.129

2 Produção de Electricidade (GWH) (F) 17.018 9.625 21.168 10.908

3 Energia Distribuída (GWH) (F) 14.465 8.383 17.993 9.054

4 Produção média de água potável nas sedes provinciais (m3/ dia) (F) 1.488.176 585.851 1.637 587

5 Número de pontos de água existentes (S) 7.117 6.272 7.337 6.417

6 Número de chafarizes/Fontenários construídos (S) 7.820 6.901 8.620 7.252

7 Número de pequenos sistemas de água (S) 742 979 853 1.066

8 Número de furos de água abertos (S) 6.383 6.272 6.578 6.440

9 Número de cacimbas melhoradas (S) 734 ND 759 ND

10 Taxa de cobertura da população servida com água (%) (S) 65 65 75 67

Fonte: MPDT

Quadro 17 - Desempenho do sector da Energia e Águas

3.2.5.10. Sector do Ambiente

86. Com o objectivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável, garantindo a preservação do meio

ambiente e a qualidade de vida dos cidadãos, este sector continuou a realizar as suas acções tendo em

vista a materialização das Políticas e Estratégias Nacionais e dos compromissos internacionais, tendo

sido executadas actividades e implementados projectos, como a construção e manutenção de

infraestruturas dos Parques Nacionais e Regionais, o combate à seca e à desertificação, acções no

domínio da biodiversidade e áreas de conservação, campanhas de educação, formação, sensibilização

e consciencialização ambiental.

Desempenho do sector do Ambiente

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Nº de aldeias ecológicas (existentes) (F) 3 0 3 0

2 Nº Campanhas de educação, sensibilização e formação das populações (F)

2 165 3 8.286

3 Nº de Beneficiários de Educação, Sensibilização e Formação (F) 500 222.539 600 734.222

4 Nº de Estações de Tratamento de Resíduos com Tecnologias

Ambientais (F) 6 0 8 0

5 Número de Projectos com Impacte Ambiental (aprovados) (F) 3 196 33 186

6 Nº de Parques Nacionais e Transfronteiriços (existentes) (F) ND 12 ND ND

7 Nº de Reservas Naturais Integradas (existentes) (F) ND 2 ND ND

8 Nº de Áreas de Conservação Terrestre (existentes) (F) 13 14 14 14

9 Projectos de Eficiência Energética e Captação de Carbono (F) 5 0 10 0

10 Projecto de Combate à Seca e à Desertificação (F) ND 1 ND ND

Parques Naturais Regionais (existentes) (F) ND 1 ND ND

Fonte: MPDT

Quadro 18 - Desempenho do sector do Ambiente

3.2.5.11. Sector da Agricultura

87. Com o objectivo de promover o desenvolvimento integrado e sustentável do sector agrário, tomando

como referência o pleno aproveitamento do potencial dos recursos naturais produtivos e a

competitividade do sector, visando garantir a segurança alimentar e o abastecimento interno, bem como

realizar o aproveitamento das oportunidades relacionadas aos mercados regional e internacional, o sector

deu prosseguimento às acções centradas no fomento da actividade produtiva, desenvolvimento da

agricultura comercial, saúde pública, veterinária, desenvolvimento da fileira das carnes e leite,

construção e reabilitação dos perímetros irrigados.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |32

Desempenho do sector da Agricultura

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Produção de Cereais (mil toneladas) (F) 2.873 2.016 3.177 2.380

2 Produção de Leguminosas (feijão, amendoim e soja) (mil toneladas) (F) 1.034 679 1.192 686

3 Produção de Raízes e tubérculos (mandioca, batata rena e batata doce) (mil toneladas) (F)

30.622 10.328 34.162 10.531

4 Produção de frangos (toneladas) (F) 25.668 29.386 36.602 27.579

5 Produção de carne bovina (toneladas) (F) 16.861 23.745 251.134 21.121

6 Produção de carne caprina (toneladas) (F) 210.803 149.640 225.155 125.376

7 Produção de ovos (toneladas) (F) 8.169 25.064 8.395 34.800

8 Evolução da procura de Leite (Milhares de Litros/Ano) (F) 63.367 ND 848.228 ND

9 Volume da produção nacional de leite (toneladas) (F) 69.704 3.570 118.752 3.872

Fonte: MPDT

Quadro 19 - Desempenho do sector da Agricultura

3.2.5.12. Sector das Pescas

88. Com o objectivo de promover a competitividade e o desenvolvimento da pesca industrial e artesanal, de

modo sustentável, contribuindo para a promoção de emprego, com o objectivo de combater a fome e a

pobreza e garantir a segurança alimentar e nutricional, este sector das Pescas deu seguimento às acções

centradas no desenvolvimento da aquicultura; na melhoria da sustentabilidade da exploração dos

recursos pesqueiros; no apoio à pesca artesanal; no reforço do sistema de formação técnica e científica

do sector e melhoria da operacionalidade da frota pesqueira, no âmbito da estratégia do executivo para

o combate à fome e à pobreza.

Desempenho do sector das Pescas

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Volume total da Produção do Sector Pesqueiro (Tons) (F) 442.850 496.213 445 533

2 Industrial e Semi Industrial (Tons) (F) 290.000 318.149 290 306

3 Artesanal marítima (Tons) (F) 87.000 138.678 89 208

4 Artesanal continental (Tons) (F) 5.850 38.514 6 18

5 Aquicultura (Tons) (F) 60.000 872 60 0,66

6 Produção de peixe seco (Tons) (F) 40.000 57.024 40 33

7 Produção do sal (Tons) (F) 120.000 42.845 120 93

8 Produção de conservas (Tons) (F) 3.400 0 4.600 2

9 Emprego Gerado (Nº Pessoas) (F) 14.293 1.567 14.303 2.025

Fonte: MPDT Quadro 20 - Desempenho do sector das Pescas

3.2.5.13. Sector da Cultura

89. Com o objectivo da promoção do acesso de todos os cidadãos aos benefícios da cultura sem qualquer

tipo de discriminação, tomando em linha de conta as aspirações dos diferentes segmentos da população,

promovendo a liberdade de expressão e a mais ampla participação dos cidadãos na vida cultural do

País, o fortalecimento livre e harmonioso da sua personalidade e o respeito dos usos e costumes

favoráveis ao desenvolvimento, o que contribuirá para a consolidação da identidade nacional,

caracterizada pela diversidade cultural, o sector da Cultura realizou várias actividades que visaram

preservar, proteger e valorizar o património histórico material e imaterial, fomentar a indústria cultural

e divulgar a cultura

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |33

Desempenho do sector da Cultura

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Nº de leitores e consulentes na Biblioteca Nacional (F) 92.456 50.284 115.570 152.555

2 Nº de leitores e consulentes no Arquivo Nacional de Angola (F) 2.700 719 3.000 1555

3 Nº de alunos matriculados nas Escolas técnicas de artes (F) 1.036 244 1.236 375

4 Nº de visitantes à Museus (F) 68.283 59.085 70.331 70.771

5 Nº de participantes ao Carnaval (F) 374.000 1.020.000 376.000 1.224.000

6 Nº de peças de artesanato seladas para exportação (F) 16.785 4.334 17.289 5.873

7 Nº de documentários produzidos (F) 7 5 8 6

8 Nº de casas de cultura (F) 20 1 36 10

Fonte: MPDT Quadro 21 - Desempenho do sector da Cultura

3.2.5.14. Sector do Urbanismo e Habitação

90. Na promoção da requalificação, reabilitação e valorização dos centros urbanos e rurais, possibilitando a

fixação ordenada das populações, bem como a dinamização e interacção dos espaços, o sector do

Urbanismo e Habitação teve suas baterias viradas no ordenamento do território, urbanismo, geodesia e

cartografia. Garantir o direito a uma habitação condigna para todos os cidadãos, especialmente para as

camadas de menor poder aquisitivo, e fomentar a habitação no quadro do realojamento e melhorar o

saneamento básico das cidades, o sector continuou a prestar maior atenção à implementação do

Programa Nacional de Urbanismo e Habitação, do qual se destacam os sub-programas de

desenvolvimento de novas centralidades, de promoção de habitação social, de gestão e alienação de

imóveis e o sub-programa dos 200 fogos por municípios, urbanização de reservas fundiárias, infra-

estruturação e fomento da auto-construção dirigida

Desempenho do sector do Urbanismo e Habitação

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Nº de províncias beneficiadas com instrumentos de ordenamento do território (S) 16 18 17 18

2 Nº de municípios beneficiados com instrumentos de ordenamento do território (S) 56 86 74 86

3 Nº de centros urbanos com projectos de requalificação urbanística executados ou em

execução (F) 3 5 3 5

4 Nº de centros rurais com projectos de requalificação urbanística executados ou em

execução (F) 3 6 3 6

5 Parcelas de terra cadastradas na Rede Geodésica Nacional (Km2) (F) 500 3.327 550 8.063

6 Nº de fogos habitacionais (F) 103.023 9.412 41.218 418

7 Desenvolvimento de novas centralidades (S) 2 19 2 23

8 Reservas fundiárias (hectares) (S) 165 0 170 0

9 Alienação do património habitacional do Estado (un) (F) 18.500 220 7.500 2.368

Fonte: MPDT

Quadro 22 - Desempenho do sector do Urbanismo e Habitação

3.2.5.15. Sector das Telecomunicações e Tecnologia de Informação

91. Com o objectivo de garantir a disponibilidade, com eficácia e a custos baixos, de todas as formas de

troca de informação entre os agentes económicos e a difusão das mais modernas tecnologias de

informação, foram desenvolvidas acções visando o fortalecimento da estrutura organizativa do Estado,

com destaque para a implementação do Plano Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que tem

como fim o desenvolvimento de uma estratégia que permita o país recuperar o atraso e avançar na

geração, difusão e criação de conhecimentos que contribuam para o desenvolvimento socioeconómico

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |34

Desempenho do sector das Telecomunicações

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Nº de Linhas Fixas Instaladas (S) 579.883 813.432 588.581 924.560

2 Nº de Linhas Fixas Ligadas (S) 354.342 286.178 382.689 30.449

3 Taxa de Teled. Fixa (%) (S) 2 1 1,77 1,16

4 Nº de Usuários da rede Móvel (mil) (S) 13.873 13.884 14.324 13.001

5 Taxa de Teled. Móvel (%) (S) 66 54 66,35 49,4

6 Subscritores Internet (mil) (S) 3.888 4.502 4.666 4.133

7 Taxa de Teled. Digital (%) (S) 19 18 21,61 15,7

8 Correspondências Manuseadas (Mil Und) (F) 32.349 1.731 3.354 1.711

9 Estações Postais Informatizadas (F) 15 1 18 1

10 Estações Postais com Sala de Internet (F) 15 1 18 1

11 Estações Postais Reabilitadas (F) 10 0 12 0

12 Estações Postais Construídas (F) 5 1 6 0

13 Estações Sísmicas (existentes) (F) 0 0 0 0

Fonte: MPDT Quadro 23 - Desempenho do sector das Telecomunicações

3.2.5.16. Sector do Comércio

92. O objectivo deste sector é promover e manter um conjunto de infraestruturas logísticas, de circuitos

comerciais e uma rede de distribuição que, possibilita a realização de excedentes de produção e o

abastecimento de todo o território com “inputs” produtivos e bens de consumo essenciais, contribuindo

activamente para a eliminação da fome e da pobreza bem como para o desenvolvimento harmonioso do

território e a valorização da posição geo-estratégica, onde o sector desenvolveu as suas actividades e

acções nos domínios do comércio interno e externo, defesa do consumidor, formação e capacitação

institucional, inspecção, controlo de qualidade, segurança alimentar e combate à pobreza.

Desempenho do sector do Comércio

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Estabelecimentos Comerciais Licenciados (F 12.656 20.470 13.921 25.463

2 Empregos Criados (F) 37.967 59.875 41.764 27.875

3 Armazéns de Retenção de Reserva de Estado Construídos (F) 0 7 0 0

4 Armazéns Provinciais Construídos (F) 4 39 3 0

5 Centros de Recolha, Lavagem, Calibragem e Embalagem Construídos (F)

3 3 2 0

6 CLODS Construídos (F) 1 1 ND 1

7 Mercados Municipais Construídos (F) 15 41 20 0

8 Lojas de Proximidade Criadas (F) 30 9620 20 11640

9 Formandos / ENCO / Loja Pedagógica (F) 1.900 2.617 1.995 1.079

Fonte: MPDT

Quadro 24 - Desempenho do sector do Comércio

3.2.5.17. Sector da Ciência e Tecnologia

93. Com o objectivo de promover o avanço científico e tecnológico do País e adaptar, criativamente, os

conhecimentos científicos e tecnológicos disponíveis no mundo e criar uma base nacional de inovação

de produtos e processos e o sector desenvolveu acções no sentido de promover o avanço científico e

tecnológico do país, adoptar os conhecimentos científicos e tecnológicos disponíveis no mundo, e criar

uma base nacional de inovação, produtos e processos.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |35

Desempenho do sector da Ciência e Tecnologia

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Nº de Unidades de I&D (S) 41 26 42 26

2 Nº de Investigadores em Ciência e Tecnologia* (F) 36 259 37 259

3 Não Investigadores (Auxiliares e pessoal técnico de apoio da Ciência e Tecnologia /MESCT) (F) 41 884 42 884

4 Técnicos de Investigação em Formação Avançada** (F) 82 22 83 22

5 Nº de Pessoas Empregadas (S) 2.986 3.799 2.997 3.799

Fonte: MPDT

Quadro 25 - Desempenho do sector da Ciência e Tecnologia

3.2.5.18. Sector da Juventude e Desportos

94. Este sector tem o objectivo promover a generalização da prática desportiva nas diferentes camadas da

população, em particular os jovens e as mulheres, dando especial atenção ao desporto na escola, e foram

desenvolvidas actividades que permitiram a execução do Programa de Desenvolvimento e Promoção

Desportiva, destacando-se a prospecção e detecção de novos talentos, com vista a valorização do

desporto como factor de unidade nacional, bem-estar, equidade e qualidade de vida dos cidadãos.

Desempenho do sector da Juventude e Desportos

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Federações (S) 25 26 25 26

2 Associações Provinciais (S) 108 211 110 211

3 Clubes (S) 815 1.274 817 1.274

4 Técnicos (S) 3.750 3.537 3.800 3.537

5 Árbitros (S) 1.660 3.607 1.662 3.607

6 Atletas (S) 65.560 133.544 72.844 133.544

7 N.º de praticantes desportistas (S) 58.079 2.565.269 60.499 2.565.269

8 N.º de técnicos desportivos formados (S) 5.080 5.058 5.100 5.198

9 N.º de treinadores formados 1.090 1.270 1.100 1.320

10 N.º de novos talentos descobertos (S) 1.500 2.056 1.688 2.056

11 N.º de animadores desportivos (S) 3.040 3.000 3.050 3.000

12 N.º de atletas inseridos na alta competição (S) 16.500 7.477 17.000 7.477

13 N.º de crianças inseridas na prática desportiva (S) 25.200 2.058.765 26.250 2.058.765

14 Nº de Atletas registados (S) 57.000 50.500 57.500 50.500

Fonte: MPDT

Quadro 26 - Desempenho do sector da Juventude e Desportos

3.2.5.19. Sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria

Tendo o objectivo de promover a dignificação dos antigos combatentes e veteranos da Pátria, em

reconhecimento à sua participação na luta de libertação nacional e na defesa da Pátria, o Sector

desenvolveu a sua actividade com o objectivo da melhoria das condições de vida dos Antigos

Combatentes, Veteranos da Pátria, Deficientes de Guerra e Familiares de Combatentes Tombados, bem

como a capacitação técnica dos seus quadros.

Desempenho do Sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Recenseados Existentes (S) 180.000 159.394 185.000 159.445

2 Recenseados Deficientes (S) 22.000 24.154 21.000 24.020

3 Beneficiários de Pensão de Reforma (F) 180.000 159.394 185.000 159.250

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N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

4 Assistidos Recadastrados (F) 115.000 149.121 110.000 159.250

5 Assistidos Bancarizados (F) 160.000 139.057 165.000 140.582

Fonte: MPDT

Quadro 27 - Desempenho do sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria

3.2.5.20. Sector da Comunicação Social

95. Com o objectivo de materializar uma política que garanta a veiculação de uma informação plural, isenta,

independente, responsável e que amplie as conquistas alcançadas no que concerne aos direitos e

garantias das liberdades de expressão, no quadro dos ditames do Estado democrático e de direito, o

sector centrou as suas as acções no reforço do sistema de comunicação social, na valorização e

mobilização dos recursos humanos e na valorização dos serviços públicos, destacando-se a expansão

da Rede de Difusão em todo Território Nacional.

Desempenho do Sector da Comunicação Social

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Expansão e cobertura do Sinal da Rádio (%) (S) 95 90 100 92

2 Expansão e cobertura do Sinal de Televisão (S) 80 72 85 75

3 Aumento da distribuição das publicações da Edições Novembro (dia)

(F) 81.700 35.500 93.400 16.164

Fonte: MPDT Quadro 28 - Desempenho do sector da Comunicação Social

3.2.5.21. Sector da Justiça e Direitos Humanos

96. Com o objectivo de consolidar a reforma do sector da justiça, dando continuidade à política de

modernização e de informatização, assente nos princípios da desburocratização e simplificação de

procedimentos, bem como na proximidade dos serviços junto das comunidades, garantindo o acesso dos

cidadãos ao direito e à justiça, colocando o sistema de justiça ao serviço dos direitos humanos este sector

da justiça, no cumprimento dos objectivos plasmados no Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-

2017, desenvolveu um conjunto de actividades ligadas à promoção dos direitos humanos, à

massificação e simplificação do registo civil e à atribuição do bilhete de identidade, ao combate ao uso

de drogas e à elaboração de propostas de leis que viabilizam a organização e o funcionamento deste

sector. As acções e medidas de políticas executadas

Desempenho do Sector da Justiça e Direitos Humanos

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Número de BI´s (F) 2.169.462 1.543.888 3.169.462 1.086.404

2 Certificados de Registo Criminal (F) 396.702 647.489 410.000 713.510

3 Nº de Lojas de Registo e Notariado (F) 16 2 18 1

4 Nº Conservadores e Notários (F) 397 21 431 0

5 Nº de Oficiais de Registo e Notariado (F) 2.950 267 3.120 0

6 N.º de Técnicos Superiores de identificação (F) 89 5 89 0

7 N.º de Técnicos de Identificação (F) 217 20 217 0

8 N.º de Técnicos Superiores do Regime Geral (F) 18 0 18 0

9 Nº de técnicos do Regime Geral (F) 18 104 18 0

10 Nº Magistrados em função dos Tribunais e Órgãos de Polícia (F) 50 22 50 0

11 Nº Magistrados Municipais (F) 120 0 140 0

12 Nº Magistrados Provinciais (F) 80 27 80 36

Fonte: MPDT Quadro 29 - Desempenho do sector da Justiça e Direitos Humanos

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |37

3.2.5.22. Sector da Administração Pública e Segurança Social

97. O sector da Administração Pública tem como objectivo prosseguir o interesse público, qualificando e

fortalecendo o Estado; adaptar o papel do Estado à sua missão e capacidade de gestão; melhorar a

governação e promover a boa governação; prestar serviços adequados e de forma eficiente aos cidadãos

e aos agentes económicos, melhorando a sua receptividade e acolhimento; contribuir para o

desenvolvimento económico e social, sendo que continua a desenvolver actividades com vista à

melhoria da prestação dos serviços públicos e à divulgação e acompanhamento da implementação dos

Decretos Presidenciais nº 2/13 e 3/13, de 25 de Junho e 23 de Agosto, respectivamente.

98. Já o sector da Segurança Social tem como objectivo estabilizar uma nova gestão de risco social, em que

a intervenção do Estado visa assistir indivíduos, agregados familiares e comunidades a melhor gerir os

riscos a que estão expostos, bem como apoiar aqueles que se encontram em situação de extrema pobreza.

O Sistema de Protecção Social Obrigatório prosseguiu com o desenvolvimento de actividades no

sentido de aumentar o número de contribuintes da Segurança Social, e assegurar a assistência aos

segurados e pensionistas.

Desempenho do Sector da Administração Pública e Segurança Social

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Pessoal ao Serviço da Administração Pública – a Nível Central (S) 47.539 45.574 48.179 44.047

2 Segurados (S) 2.041.657 1.430.258 2.359.034 1.656.681

3 Pensionistas (S) 142.058 116.551 159.903 117.195

4 Contribuintes (S) 897.580 110.957 106.609 123.557

Fonte: MPDT

Quadro 30 - Desempenho do sector da Administração Pública e Segurança Social

3.2.5.23. Sector da Administração do Território

99. Com objectivo de garantir uma eficaz prestação dos serviços no âmbito da Governação Local e melhoria

da gestão pública inclusiva em prol do desenvolvimento e redução da pobreza, no âmbito das suas

atribuições, e tendo em conta as medidas de políticas inseridas no Plano Nacional de Desenvolvimento

2013-2017, no que diz respeito ao ano de 2015, o Ministério da Administração do Território (MAT)

continuou a desenvolver acções com vista a fortalecer a capacitação Institucional Técnica e Humana

para uma governação local mais eficiente e efectiva.

Desempenho do Sector da Administração Território

NO Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Criação da carreira do funcionário da Administração Local e Autárquica (F) 3.500 0 500 0

2 Infra-estruturas Autárquicas (F) 69 0 70 0

3 Divisão Política Administrativa (Nível Provincial) (F) 1 0 N.D. 0

4 Divisão Politica Administrativa (Nível Municipal) (F) 10 1 10 2

5 Recursos Humanos Capacitados a Nível Central (F) 400 74 400 59

6 Recursos humanos capacitados a nível Local (F) 260.000 1.647 260.000 1.610

7 Reforma da Administração do Estado a nível dos Municípios (F) 36 1 10 0

8 Implementação do Sistema Integrado de informação de gestão da Administração do território, em Municípios (F)

36 1 10 0

9 Autoridades tradicionais reagrupadas e reordenadas em zonas (F) 10.389 597 106.306 0

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |38

Fonte: MPDT

Quadro 31 - Desempenho do sector da Administração Território

3.2.5.24. Sector da Geologia e Minas

100. Com o objectivo de promover o desenvolvimento do sector em bases sustentáveis, gerando empregos

e contribuindo para o desenvolvimento territorial, diversificação produtiva e expansão da economia, este

sector continuou a desenvolver as suas actividades direccionadas para os domínios do licenciamento e

cadastro mineiro, regulamentação da actividade geológico-mineira, capacitação dos recursos humanos

e formação profissional, inspecção e fiscalização mineira, negociação de contratos mineiros,

cooperação internacional, bem como acompanhar a evolução dos projectos públicos e privados, nos

domínios da prospecção e exploração mineira.

Desempenho do Sector da Geologia e Minas

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Produção Industrial de Diamantes (Mil Qlts) (F) 9.882 8.148 10.376 8.662

2 Produção Artesanal de Diamantes (Mil Qlts) (F) 543 871 562 359

3 Receitas Brutas da Produção Industrial (Milhões USD) (F) 1.207 944 1.268 994

4 Receitas Brutas da Produção Artesanal (Milhões USD) (F) 189 239 195 85

5 Produção de Rochas Ornamentais (m3) (F) 55.371 42.658 59.802 55.711

6 Exportação de Rochas Ornamentais (m3) (F) 33.223 28.315 35.881 40.850

7 Valores das Vendas de Rochas Ornamentais (Mil USD) (F) 6.626 8.521 7.157 90.807

Fonte: MPDT

Quadro 32 - Desempenho do sector da Geologia e Minas

3.2.5.25. Sector da Hotelaria e Turismo

101. O sector do Hotelaria e Turismo tem por objectivo promover o desenvolvimento sustentável do sector

hoteleiro e turístico, valorizando o património histórico e arquitectónico, os recursos naturais, culturais

e contribuindo para a geração de rendimento e emprego sector continuou a desenvolver as suas

actividades de acordo com o seu objectivo.

Desempenho do Sector da Hotelaria e Turismo

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Chegada de visitantes (F) 578.125 592.495 636.061 391.305

2 Número de quartos (novos) (F) 5.255 2.275 6.183 1.002

3 Nº de camas da rede hoteleira (novas) (F) 10.510 2.569 13.466 1.169

4 Nº de pessoas empregadas (F) 13.149 16.583 13.466 2.498

5 Nº de unidades hoteleiras (novas) (F) 363 537 366 328

Fonte: MPDT

Quadro 33 - Desempenho do sector da Hotelaria e Turismo

3.2.5.26. Sector da Família e Promoção da Mulher

102. Com objectivo da criação de condições económicas, sociais, culturais e políticas para que a família

possa desempenhar a sua função nuclear na sociedade, como unidade social base, com respeito da sua

identidade, unidade, autonomia e valores tradicionais, a promoção dos direitos humanos das mulheres e

a igualdade de oportunidades e benefícios entre mulheres e homens em Angola, o sector garantiu a

participação em todas as reuniões, eventos, conferências, seminários, palestras, workshops realizados,

quer no interior, como no exterior do país.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |39

Desempenho do Sector da Família e Promoção da Mulher

N/O Indicadores 2015 2016

Meta Real Meta Real

1 Recursos humanos qualificados (%) (S) 60 259 60 11

2 Centros de aconselhamento familiares de referência (S) 2 0 2 0

3 Casas de Abrigo (S) 1 0 1 0

4 Conselheiros familiares formados (F) 600 384 600 111

5 Formação profissional realizada (F) 1.200 392 1.200 24

6 Casos de violência e aconselhamento feitos (F) 10.000 6.240 10.000 6.167

7 Nº de mobilizadores e activistas em género formados (F) 500 538 500 219

8 Mobilizadores e activistas sociais formados (F) 1.200 289 1.200 269

9 Beneficiários de micro crédito (F) 20.000 147 20.000 0

10 Parteiras tradicionais capacitadas (F) 564 1491 564 1.591

11 Kits de parteira tradicional distribuída (F) 564 948 564 244

12 Seminários sobre género e família realizados (F) 200 39 200 27

13 Palestras sobre género e família realizadas (F) 400 960 400 1176

14 Nº de aldeias rurais requalificadas (S) 130 0 155 0

15 Nº de aldeias rurais integradas construídas (S) 10 0 15 0

16 Nº de habitações rurais requalificadas (F) 25.900 0 31.000 0

17 Nº de famílias beneficiárias com o Programa de Estruturação Produtiva (F) 41.850 26.467 62.775 0

18 Nº de famílias beneficiárias com o Programa de Desenvolvimento Comunitário (F) 130.000 77.462 156.000 843

19 Nº de famílias beneficiárias com o Programa de Apoio à Mulher Rural (F) 92.280 62.259 110.700 344

Fonte: MPDT

Quadro 34 - Desempenho do sector da Família e Promoção da Mulher

3.2.6. Efectivos Civis da Função Pública

103. O número de efectivos da Função Pública até Dezembro de 2016, situou-se em 367.842. Se adicionado

aos efectivos civis do Ministério do interior, perfaz um total de efectivos correspondentes a 374.506.

Efectivos Civis na Função Pública N/O Órgãos do Governo 2016 2015 2014 2013

1 Órgãos Soberania 5.072 5. 234 1. 146 965

2 Ministérios 53.801 58. 159 43.039 41.580

3 Governos Provinciais 303.370 283. 695 306.280 311.167

4 Outros Serviços e Entidades 3.583 90 3.502 3. 401

5 Total Geral 367.842 347.178 353.967 357.113

Fonte: MINFIN

Quadro 35 - Número de efectivos da Função Pública

3.3. Balanço Orçamental, Financeiro e Patrimonial de 2016

3.3.1. Introdução

106. Nesta secção do documento apresentam-se os dados da execução Orçamental, financeira e

patrimonial, bem como a demonstração das variações patrimoniais do ano fiscal de 2016, conforme

a composição definida nos artigos 59.º a 62.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho – Lei do Orçamento

Geral do Estado.

107. Um conjunto de quadros demonstrativos presentes na Parte II auxilia a compreensão das informações

apresentadas ao longo desta secção.

108. De acordo com número 1 do artigo 58.º da Lei do OGE, a CGE compreende as contas de todos os

órgãos integrados no OGE. Assim, para além de incluir as contas das entidades com autonomia

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |40

financeira, há que se destacar na composição do CGE as demonstrações financeiras e os relatórios de

execução do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), acompanhado do relatório de gestão do

período a que corresponde.

109. Importa referir, entretanto, que as Contas da Segurança Social têm a limitação de apenas integrarem

os demonstrativos da Receita e Despesa realizadas em 2016.

3.3.2. A Revisão do Orçamento Geral do Estado no Exercício de 2016

110. A revisão do OGE de 2016, teve como objectivo a criação de mecanismos e metodologias orçamentais

que se adequem a um permanente ajustamento da Receita e da Despesa capaz de garantir a

sustentabilidade do continuado crescimento económico de Angola, sem prejuízo do respeito pela

unicidade e universalidade na execução da Despesa e das regras orçamentais.

111. A proposta do OGE revisto consagrou fluxos totais de Receitas e Despesas no valor de Kz 6.959.728

milhões, 8,3% acima em relação ao OGE inicial, que estimou Receitas e Despesas no valor de Kz

6.429.288 milhões. Em termos de natureza económica da Despesa, os incrementos incidiram

significativamente sobre as Despesas: i Custo com o Pessoal (4,3%); ii Subsistidos Operacionais (77%);

iii Juro da Dívida Externa (44%), e tendo redução principalmente para o Subsídios a Preço (-51%).

112. O OGE/Revisto permitiu ainda o reajustamento da política fiscal em conformidade com as novas

perspectivas da programação macroeconómica, culminando no processo de descativação inicialmente

efectuado para realização de algumas despesas primordiais em determinados órgãos do sistema

orçamental.

Revisão do OGE 2016/Contrapartidas Internas (Valores em milhões de Kz)

Revisão OGE 2016

N/O Categoria Económica da Despesa OGE Inicial Incremento => OGE Revisto

Var.%

OGE

Revisto

Contrapartidas

Saídas =>

Contrapartidas

Entradas

1 Amortização - Dívida Externa 459.076 64.588 523.663 14,1% 50.000 -

2 Amortização - Dívida Interna 1.068.022 214.809 1.282.831 20,1% 1.297.677 1.297.207 3 Bens E Serviços 905.176 68.652 973.828 7,6% 295.410 487.420

4 Juros - Dívida Externa 155.036 31.192 186.228 20,1% - 50.000

5 Juros - Dívida Interna 152.316 67.866 220.182 44,6% - - 6 Outras Despesas De Capital 1.235.106 198.218 1.433.325 16,0% 541.362 503.327

7 Outras Transferências 403.198 44.046 447.244 10,9% 54.432 99.207

8 Pessoal 1.499.288 65.187 1.564.475 4,3% 292.240 293.553 9 Reservas 90.000 -89.094 906 -99,0% 73.969 1.000

10 Transferência De Capital 92.000 -11.070 80.930 -12,0% 11.823 753

11 Transferência Subsídio A Preço 319.234 -163.122 156.112 -51,1% 494.912 331.790 12 Transferência Subsídios Operacionais 50.835 39.170 90.004 77,1% 18.666 66.233

13 Total Geral 6.429.288 530.441 6.959.728 8,3% 3.130.492 3.130.492

Fonte: MINFIN

Quadro 36 – Revisão OGE/Contrapartidas Internas

3.3.3. Balanço Orçamental

113. O Orçamento Geral do Estado revisto estimou uma Receita de Kz 6.959.728 e fixou a Despesa em

igual montante, que incluem, respectivamente, a Receita decorrente do endividamento (Financiamentos

Internos e Externos) e as Despesas com amortização da Dívida (Despesa de Capital Financeiro), como

representado no Balanço Orçamental no seu Quadro 37.

Balanço Orçamental (Valores em milhões de Kz)

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |41

N/O Receita Estimada Arrecadada

Despesa Autorizada Realizada

2016 Exec.% Part.% 2016 Exec.% Part.%

1 Receitas Correntes 3.484.031 2.601.718 75% 44% Despesas Correntes 3.565.838 2.887.329 81% 54%

2 Tributária 2.337.044 2.010.202 86% 34% Pessoal e Contrib. Empreg. 1.562.988 1.387.563 89% 26% 3 Patrimonial 970.677 575.759 59% 10% Bens 309.474 184.274 60% 3%

4 Serviços 11.580 15.645 135% 0% Serviços 660.411 439.785 67% 8%

5 Transfreências Correntes 0 0 0% 0% Juros da Dívida 406.410 356.490 88% 7% 6 Rec. Corr.Diversas 164.560 4 0% 0% Subsídios 245.886 160.933 65% 3%

7 Indemnizações 170 109 64% 0% Transferências Correntes 380.668 358.284 94% 7%

8 Receitas de Capital 3.475.697 3.293.958 95% 56% Despesas de Capital 3.392.984 2.492.161 73% 46%

9 Alienações 2.139 1.518 71% 0% Investimentos 1.040.214 634.255 61% 12%

9.1 Financiamentos 3.473.558 2.221.440 95% 56% Transferências de Capital 89.421 6.653 7% 0%

9.2 Titulos e Obrig. Tesouro 2.089.350 1.288.918 62% 22% Despesas de Capital Finan. 2.259.172 1.847.131 82% 34% 10 Desemb. Linhas de Crédito 1.384.208 2.003.522 145% 34% Outras Despesas de Capital 4.177 4.122 99% 0%

11 Reservas 906 0 0% 0%

12 Total da Receita 6.959.728 5.895.676 85% 100% Total da Despesa 6.959.728 5.379.490 77% 100%

13 Saldo Orçamental Positivo 516.186

14 Total 6.959.728 5.895.676 85% 100% Total 6.959.728 5.895.676 85% 100%

Fonte: MINFIN

Quadro 37 - Balanço Orçamental

114. O Quadro 37, apresenta o Saldo Orçamental Global, via Receitas arrecadada no valor de Kz

5.895.676 milhões, e Despesas realizadas na ordem dos Kz 5.379.490 milhões, resultando num Saldo

Orçamental positivo no valor de Kz 516.186 milhões, significativamente suportado pelas Receitas de

Financiamento, provenientes das instituições bancarias no Exterior do País, (i.e. China).

115. Devemos aqui frisar, que o Resultado Orçamental é apurado pela Receita Arrecadada na Óptica de

Caixa (Fluxo Real) incluindo as Receitas de Financiamento e a Despesa Realizada na Óptica do

Compromisso (Especialização do Exercício) incluindo a Amortização de Passivos Financeiros, o que

representa uma medida rigorosa, tendo em vista que pertence ao exercício financeiro a Receita nele

arrecadada, e porque o compromisso considera a Despesa realizada, independentemente do seu

pagamento, em alinhamento ao axioma das doutrinas e teorias relativas aos princípios contabilísticos

universalmente similares, propriamente o princípio da prudência.

3.3.3.1. Execução da Receita

116. A Receita Arrecadada, na óptica de Caixa, incluindo a Receita do Instituto Nacional de Segurança

Social, que foi de Kz 5.895.676 milhões, correspondeu a 85% da Receita Estimada para o Exercício de

2016, com destaque para as Receitas Correntes arrecadadas, sobretudo pela Receita Fiscal não

Petrolífera, com um contributo de 26% em relação a Receita Total Arrecadada, o que reforça e incentiva

ainda mais o processo de potenciação da Receita Não Petrolífera, nas diferentes anatomias do sistema.

Tributário, bem com a Receita de Financiamento Externo com um contributo em 34%, explicando a

capacidade de cobertura do défice fiscal.

Receitas Realizadas (Valores em milhões de Kz)

N/O Receitas Prevista Arrecadada Exec.% Exec.% Var.% Part.% Exec.%

Percentual

2015 2016 2015 2016 2015 2016 Homóloga 2016 2014 2013

1 Correntes 2.692.029 3.484.031 2.619.397 2.601.718 97% 75% -1% 44% 91% 97%

2 Petrolíferas 1.039.221 1.536.504 1.152.914 1.073.171 111% 70% -7% 18% 90% 109%

3 Concessionária 800.108 968.068 643.488 563.745 80% 58% -12% 10% 79% 100%

4 Companhias 239.113 568.436 509.426 509.426 213% 90% 0% 9% 125% 133%

5 Diamantíferas 5.490 11.000 8.638 12.779 157% 116% 48% 0,2% 48% 77%

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |42

N/O Receitas Prevista Arrecadada Exec.% Exec.% Var.% Part.% Exec.%

Percentual

2015 2016 2015 2016 2015 2016 Homóloga 2016 2014 2013

6 Outras Receitas Tributárias 1.501.731 1.580.520 1.307.110 1.357.061 87% 86% 4% 23% 115% 86%

7 Outras Receit. Patrim. e Corr. 18.062 164.560 0 4 0% 0% 0% 0,0% 23% 17%

8 Receitas de Contrib. Sociais 127.525 191.447 150.735 158.703 118% 83% 5% 3% 126% 125%

9 Capital 2.761.993 3.475.697 1.319.068 3.293.958 48% 95% 150% 56% 90% 84%

10 Alienações 2.380 2.139 1.474 1.518 62% 71% 3% 0% 56% 100%

11 Financiamentos 2.515.589 3.473.558 1.317.594 3.292.440 52% 95% 150% 56% 86% 77%

12 Internos 1.410.077 2.089.350 786.483 1.288.918 56% 62% 64% 22% 108% 95%

13 Externos 1.105.512 1.384.208 531.111 2.003.522 48% 145% 277% 34% 72% 66%

14 Outras Receitas de Capital 244.024 0 0 0 0% 0% 0% 0% 100% 100%

15 Totais 5.454.022 6.959.728 3.938.465 5.895.676 72% 85% 50% 100% 91% 94%

Fonte: MINFIN

Quadro 38 - Receitas Arrecadadas

117. As Receitas Correntes Arrecadadas totalizaram Kz 2.601.718 milhões, correspondendo a uma

execução de 75% em relação à Receita Prevista, onde para o Exercício de 2016, já é notório o

crescimento da Receita do Sector Não Petrolífero, com uma execução de 78%, e uma contribuição sobre

a Receita Total em 26%.

118. Para as Receitas Correntes, podemos constatar que:

A redução da hegemonia da Receita Petrolífera, com um nível de arrecadação de 70%, como

resultado da contínua baixa do preço de referência internacional desta Commodity, que em sede

de Receita Petrolífera é caracterizada pelos impostos pagos pelas Companhias petrolíferas (i.e

imposto sobre rendimento do Petróleo) e pelos encargos pagos pela Sonangol concessionária a

título de Partilha de Produção de Petróleo nos diferentes blocos de operação;

Receita de Diamantes, executada em 116%, demonstrando um crescimento no rigor sobre os

impostos sobre a produção e rendimento de Diamantes, ainda que apresente uma participação

muito reduzida em relação à Receita global arrecadada, no que se refere a actividade de

exploração em alguns projectos já existentes e o surgimento das novas concessões, e o

afinamento conjunto das empresas do grupo Endiama para o cumprimento ao rigor no pagamento

dos impostos devidos, pelos contribuintes Sociedade Mineira de Catoca; Sociedade Mineira do

Cuango; Sociedade Mineira do Chitotolo; Tecmad – Mining Services; Luo – Sociedade Mineira;

Somiluana – Sociedade Mineira; Jestar Diamonds; Uari – Sociedade Mineira; Projecto Luo e

Sociedade Mineira da Calonda;

Uma execução para Outras Receitas Tributárias em 86%, caracterizado pelas diferentes naturezas

de impostos (imposto sobre a importação e exportação, imposto industrial, imposto predial

urbano) e diferentes naturezas de Taxas, emolumentos consulares e aduaneiros, e as Receitas

Parafiscal; e

Receitas das Contribuições Socias, com 83% de execução, arrecadadas pelo INSS, sendo esta

representada pelos pagamentos das Contribuições Sociais dos empregados e das instituições

empregadoras, no momento do pagamento das remunerações.

119. As Receitas de Capital, no valor de Kz 3.293.958 milhões, registaram uma participação de 56% no

Total da Receita Arrecadada, com maior peso vindo da Receita de Financiamentos:

Execução de 62% em Receitas de Financiamento Interno, caracterizada pela Emissão de Bilhetes

e Obrigações do Tesouro, no sentido de acomodar Despesas, e/ou evitando assim desequilíbrios

orçamentais;

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |43

Execução de 145% em Receitas de Financiamento Externo, e um aumento de 277% em relação

ao Exercício de 2015, pelos fluxos de Desembolsos em pagamento directos ao fornecedores de

serviços, bem como financiamento directo as contas do Tesouro; e

Receitas em Alienações de habitações, empresas e bens diversos, com uma execução de 71% em

relação a Receita Prevista, e apresentando um aumento em relação ao exercício fiscal de 2015

em 3%.

Sendo assim, abaixo é apresentada a estrutura gráfica para a execução da Receita:

Ilustração 14 - Estrutura da Receita Arrecadada

3.3.3.2. Execução da Despesa

120. A Despesa Realizada, sendo esta na óptica do Compromisso ou Especialização do Exercício,

incluindo a Despesa do Instituto Nacional de Segurança Social, foi de Kz 5.379.490 milhões,

correspondendo a 77% da Despesa Prevista, como se pode observar no Quadro 39. No Exercício fiscal

de 2016 a Despesa Realizada foi superior em 22% em relação ao Exercício de 2015.

Despesas Realizadas (Valores em milhões de Kz)

N/O Natureza da Despesa Prevista Realizada Exec. % Exec. % Var.% Part.%

Exec. %

2015 2016 2015 2016 2015 2016 Homologa 2016 2014 2013

1 Correntes 3.287.731 3.567.517 2.887.548 2.887.329 88% 81% 0% 54% 95% 94%

2 Pessoal e Contrib.do Empr. 1.491.358 1.562.988 1.381.014 1.387.563 93% 89% 0% 26% 96% 95% 3 Bens 215.646 297.986 151.159 184.274 70% 62% 22% 3% 89% 86%

4 Serviços 600.164 655.232 486.019 439.785 81% 67% -10% 8% 91% 93%

5 Juros da Dívida 258.479 406.410 248.469 356.489 96% 88% 43% 7% 98% 86% 6 Subsídios e Outras Transf. 722.084 644.901 620.887 519.217 86% 81% -16% 10% 99% 99%

7 Capital 2.139.494 3.391.305 1.507.325 2.492.161 70% 52% 65% 46% 96% 89%

8 Investimentos 780.020 1.047.008 569.416 634.255 73% 61% 11% 12% 96% 84% 9 Transferências de Capital 33.747 143.940 12.500 6.653 37% 5% -47% 0% 99% 0%

10 Desp. de Capital Financeiro 1.306.825 2.196.027 921.169 1.847.131 70% 84% 101% 34% 89% 99%

11 Outras Despesas De Capital 18.902 4.330 4.240 4.122 22% 95% -3% 0% 100% 99%

12 Reserva Orçamental 26.798 906 0 0 0% 0% 0% 0% 0% 0%

13 Totais 5.454.023 6.959.728 4.394.873 5.379.490 81% 77% 22% 100% 95% 92%

Fonte: MINFIN

Quadro 39 – Despesa Realizada

Concessionária;

58%

Companhias;

90%

Diamantífera

s; 116%

Outras

Receit.

Tributárias;

86%

Outras

Receitas

Correntes;

0%

Receitas das

Contrib.

Sociais; 83%

Alienações ;

71%

Financiamentos

Internos; 62%

Financiamentos

Externos;145%

Outras

Receitas de

Capital; 0%

Concessionária;

80%

Companhias;

213%

Diamantíferas;

157%Outras

Receit.

Tributárias;

87%

Outras

Receitas

Correntes;

0%

Receitas das

Contrib.

Sociais; 118%

Alienações

; 62%

Financiamentos

Internos; 56%

Financiamento

Externos; 48%

Outras

Receitas de

Capital; 0%

Execução da Receita 2016 Execução da Receita 2015

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |44

121. As Despesas Correntes, no valor de Kz 2.887.329 milhões, foram executadas em cerca de 81% em

relação à Despesa Corrente Autorizada, onde notamos uma maior execução nas Despesa com

Vencimentos, Juros da Dívida Interna e Externa, bem como a Amortização dos Empréstimos.

122. As Despesas Correntes, na estrutura orçamental pelas diferentes naturezas constituem-se por:

Encargos em Remunerações com o pessoal civil e militar, e as contribuições do empregador,

como IRT e sobre INSS, com uma execução de 89%, demonstrando a capacidade do Estado em

agregar cada vez mais capital humano nas instituições e redução do desemprego involuntário;

Despesas com Bens, tais como bens hospitalares, alimentícios e para processamentos

tecnológicos de dados, com uma execução de 62%, 22% superior em relação ao exercício de

2015;

Despesas em Serviços, tais como estudos e consultoria, e ainda a Despesa indispensável de

fiscalização e supervisão da Sonangol Concessionária, com uma execução de 67%, inferior em

10% em relação ao ano de 2015;

O Juros da Dívida Interna e Externa, considerado como custo do financiamento via Bilhetes e

Obrigações do Tesouro, bem como o financiamento proveniente do Exterior, executado em 88%

em relação ao previsto, 43% superior em relação o exercício fiscal de 2015, demonstrando a

capacidade e o comprometimento do Estado em reembolsar os passivos contraídos; e

Subsídios a preços e operacionais sustentados no funcionamento contínuo das empresas públicas

e as transferências em sede das pensões de reforma e para instituições sem fins lucrativos, com

uma execução de 81%, e uma redução em 16% em relação ao Exercício de 2015, resultado do

processo de redução constante do Peso dos Subsídios a Preços na Despesa do Estado.

123. As Despesas de Capital cifraram-se em Kz 2.492.161 milhões, com um nível de execução de 52% e

uma participação de 46% no total das Despesas, sendo que o peso maior foi para as Despesas em

Investimentos com 12% e nas Despesas com a Amortização de Passivos em 34%.

124. Portanto, as Despesas de Capital realizaram-se em :

Investimentos, albergando assim os projectos de investimento públicos, com ênfase em

construções de infra-estruturas e reabilitações de instalações, e outras aquisições de imóveis, que

para o exercício em análise realizou 61% em relação a autorizada, com um aumento em 11%,

em relação ao Exercício de 2015, ainda assim, abrangendo as infraestruturas em estradas,

aeroportos, e projectos de reconstrução, estendido a todo território nacional como: (i) Construção

auto-estrada Luanda-Soyo; (ii) Reabilitação das Ruas Secundárias e Terciárias de Luanda; (iii)

Construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca e sistema de transporte associado; (iv)

Ciclo Combinado do Soyo e sistema de transporte associado; (v) Construção de Infra-estruturas

de Centralidades; e (vi) Construção do novo Aeroporto Internacional de Luanda;

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |45

Despesa em Transferências de Capital, com uma taxa de execução de 5%, recursos atribuídos ao

Fundo Rodoviário no âmbito da conservação e manutenção das Estradas, e a regularização de

alguns passivos com a consultoria.

A Despesas em Capital financeiro, ou seja, amortização de passivos financeiros como a Dívida

interna (i.e resgate de Bilhetes do Tesouro) e externa como amortização do capital para com as

instituições financeiras internacionais, com execução de 84% em relação a previsão, sendo 101%

superior ao Exercício de 2015.

125. Com isso, abaixo a ilustração gráfica 14, da execução da Despesa nas diferentes naturezas:

Ilustração 15 - Estrutura da Despesa Realizada

3.3.3.3. Execução da Despesa por Função do Governo

126. A Despesa por Função, não contempla as Operações da Dívida Pública e apresenta o maior nível de

agregação das diversas áreas de actuação no sector público, sendo uma relação institucional dos órgãos

do governo, representando a aplicação de recursos no Sector Social, nas actividades de âmbito

Económico, na esfera da Defesa e Segurança, e nos Serviços Públicos Gerais, como apresentado no

Quadro 40.

Despesa por Função e Sub-Funcão (Valores em milhões de Kz)

N/O Funções do Governo Autorizada Realizada Exec.% Var. % Part.% Exec. %

2015 2016 2015 2016 2015 2016 Homóloga 2016 2014 2013

1 Sector Social 1.815.897 1.807.768 1.387.566 1.092.325 76% 60% -21% 28% 94% 92%

2 Educação 476.508 474.567 420.349 382.162 88% 81% -9% 10% 88% 88%

3 Saúde 269.149 303.570 193.199 197.156 72% 65% 2% 5% 86% 91%

4 Protecção Social 674.800 592.559 543.988 371.886 81% 63% -32% 9% 99% 98%

5 Habitação e Serviços Comunitários 316.836 406.923 174.518 121.323 55% 30% -30% 3% 97% 81%

6 Recreação Cultura e Religião 47.502 23.879 34.170 17.891 72% 75% -48% 0% 90% 85%

7 Proteção Ambiental 31.102 6.270 21.342 1.906 69% 30% -91% 0% 88% 84%

8 Assuntos Económicos 574.674 790.270 466.757 605.412 81% 77% 30% 15% 97% 87%

9 Agricultura, Sivicult, Pesca e Caça 39.404 48.636 30.671 34.713 78% 71% 13% 1% 83% 81%

10 Combustíveis e Energia 187.873 352.713 182.015 326.451 97% 93% 79% 8% 99% 89%

11 Industria Extractiva, construção 20.396 34.244 13.661 21.529 67% 63% 58% 1% 92% 89%

12 Assuntos Econ Gerais, Com E Laborais 154.482 103.186 82.440 39.107 53% 38% -53% 1% 99% 98%

13 Transportes 146.558 229.026 133.784 170.075 91% 74% 27% 4% 98% 83%

14 Comunicações E Tecn Da Informação 24.412 21.780 22.868 13.188 94% 61% -42% 0% 82% 77%

15 Outros Actividades Económicos 1.547 675 1.316 349 85% 52% -73% 0% 92% 81%

16 Invest. E Desen.(I&D) em Assunt.Econ. 2 10 2 0 100% 0% -100% 0% 77% 98%

17 Defesa e Segurança 971.915 1.048.430 948.195 975.588 98% 93% 3% 25% 98% 94%

18 Defesa Nacional 802.573 561.023 788.963 507.846 98% 91% -36% 13% 98% 98%

Execução da Despesa 2015Execução da Despesa 2016

Pessoal e

Contrib.do

Empregador;

89%

Bens; 62%

Serviços; 67%

Juros da

Dívida; 88%

Subsídios e

Outras

Transferências

; 81%

Investimentos;

61%

Transferências

de Capital; 5%

Despesas de

Capital

Financeiro;

50%

Outras

Despesas De

Capital; 95%

Reserva

Orçamental;

0%

Pessoal e

Contrib.do

Empregador;

93%

Bens; 70%

Serviços; 81%

Juros da Dívida;

96%

Subsídios e Outras

Transferências;

86%

Investimentos;

73%

Transferências de

Capital; 37%

Despesas de

Capital

Financeiro; 70%

Outras Despesas

De Capital; 22% Reserva

Orçamental; 0%

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |46

N/O Funções do Governo Autorizada Realizada Exec.% Var. % Part.% Exec. %

2015 2016 2015 2016 2015 2016 Homóloga 2016 2014 2013

19 Segurança e Ordem Pública 169.342 487.407 159.232 467.742 94% 96% 194% 12% 98% 88%

20 Serviços Públicos Gerais 790.970 1.653.353 516.225 1.287.046 65% 78% 149% 32% 91% 96%

21 Totais 4.153.456 5.299.821 3.318.743 3.960.371 80% 75% 19% 100% 95% 92%

Fonte: MINFIN

Quadro 40 – Despesas por Função e Sub-Função

127. Abaixo, na ilustração gráfica 16, da execução da Despesa por Função:

Ilustração 16 – Estrutura da Despesa por Função

128. A execução da Despesa por Função, apresentada no Quadro 40, retrata a execução para:

Despesas no Sector Social, com uma taxa de execução de 60% em relação à Despesa autorizada

por Lei, sendo 21% inferior em relação ao exercício fiscal de 2015 e com uma participação de

28% do total da despesa realizada. Demonstra o compromisso em responder aos desafios no

sector da educação desde o ensino primario, pós-graduação, bem como na educação especial,

numa perspectiva base para o desenvolvimento; aumentar os serviços de saúde nos serviços

hospitalares gerais e especializados; o atendimento nas questões da família, desemprego, velhice

e doença e incapacidade; o compromisso para com o crescimento habitacional, abastecimento de

água, saneamento básico e iluminação das vias públicas; os serviços culturais, de comunidade,

desportos e a promoção dos serviços religiosos; e gestão dos residuos sólidos, redução da

poluição, e os serviços de protecção ambiental;

Assuntos Económicos, uma taxa de execução em 77%, em relação a Despesa autorizada, e em

30% superior em relação a execução do ano de 2015, e com um peso de 15% da despesa total

realizada. Significa o contínuo atendimento nas questões da agricultura como base para

diversificação da economia, os transportes ferroviário, fluvial e rodoviário; a indústria

transformadora e extrativa como sector secundário do tecido económico; o investimento em

tecnologias de informação; e a actividade de comércio no geral.

Defesa e Segurança, apresentando a taxa de execução em 93%, sendo 3% superior em relação ao

exercício fiscal de 2015 e com peso um de 25%, afirmando o empenho em manter a defesa

militar, bem como a redução da criminalidade por via da ordem pública, via serviços policiais, e

pelos serviços de justica, ou seja, os tribunais; e

Sector

Social;

60%

Assuntos

Económico

s; 77%

Defesa e

Segurança;

93%

Serviços

Públicos

Gerais;

78%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Sector

Social

81%

Assuntos

Económicos

81%

Defesa e

Segurança; 98%

Serviços Públicos

Gerais

65%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

Sector

Social

94%

Assuntos

Econ. 97%

Defesa e

Seguran

ça 98%

Serviços

Públicos Gerais

91%

86%

88%

90%

92%

94%

96%

98%

100%

Despesa por Função 2015Despesa por Função 2014Despesa por Função 2016

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |47

Serviços Públicos Gerais, com taxa de execução de 78%, que em relação ao exercício fiscal de

2015 apresenta 149% acima, com uma participação de 32% no total Despesa realizada, no sentido

de executar as Despesas ligadas as ajudas económicas externas, as estruturas de funcionamento

dos órgãos legislativos e relações exteriores.

3.3.3.4. Despesa por Função dos Programas de Investimento Público

129. As Despesas por Função arroladas para os Programas de Investimento Público, espelham de forma

numérica a execução financeira dos projectos em linha com a visão do executivo, e com o Plano Nacional

de Desenvolvimento 2013-2017, que para o exercício fiscal de 2016 realizaram-se em Kz 583.265

milhões.

130. É pertinente mencionar que as Despesas de Programas de Investimento Público é parte integrante na

execução da Despesa Fiscal anteriormente apresentada. Com isso, o Quadro 41 demonstra a taxa de

execução dos projectos de investimento públicos em relação à Despesa Fiscal autorizada.

Despesa PIP sobre as Despesas de Investimento (Valores em milhões de Kz)

N/O Descrição 2014 2015 2016 Var. %

Homóloga

1 Despesa de Investimento Global Autorizada 1.981.516 780.020 1.047.008 34%

2 Despesas PIP Realizada 1.382.597 556.643 583.265 5% 3 Execução da Despesa PIP/Despesa Investimento 70% 71% 56% -22%

Quadro 41 – Execução da Despesa PIP sobre a Despesa de Investimento

131. No Quadro 41, constatamos que boa parte da execução da Despesa Fiscal é resultado da execução

financeira conducente aos programas de investimento público, onde para o exercício fiscal de 2016 a

execução dos Programas em relação à Despesa fiscal autorizada é de 56%, sendo o remanescente 44%

ao cuidado de outras Despesas Fiscais.

132. O Quadro 42, apresenta as Despesas de Investimento Público distribuídas na forma funcional dos

sectores do governo.

Despesas por Função dos Programas de Investimento Público (Valores em milhões de Kz)

N/O FUNCÕES DO Autorizada Realizada Exec.% Var. % Part.%

GOVERNO 2015 2016 2015 2016 2015 2016 Homóloga 2016

1 Sector Social 389.975 810.634 219.100 112.385 56% 14% -49% 19%

2 Educação 21.373 38.068 13.666 3.436 64% 9% -75% 1%

3 Saúde 32.238 54.481 19.473 4.566 60% 8% -77% 1%

4 Protecção Social 7.254 3.458 6.294 2 87% 0% -100% 0%

5 Habitação e Serviços Comunitários 306.703 705.132 168.548 103.845 55% 15% -38% 18%

6 Recreação, Cultura e Religião 12.954 7.153 3.824 432 30% 6% -89% 0%

7 Protecção Ambiental 9.453 2.342 7.295 104 77% 0% -99% 0%

8 Sector Económico 346.576 1.103.431 318.364 459.684 92% 42% 44% 79%

9 Agricultura, Sivicult., Pescas e caça

Ambiente 15.446 38.030 12.193 11.052 79% 29% -9% 2%

10 Combustíveis e Energia 164.361 610.811 161.081 288.586 98% 47% 79% 49%

11 Industria Extrac. Transf. E Construção 12.709 27.541 6.857 11.482 54% 42% 67% 2%

12 Assuntos Econ. Gerais, Com. E Laborais

18.230 22.712 13.831 8.577 76% 38% -38% 1%

13 Comunicação 12.548 28.612 12.281 8.747 98% 31% -29% 1%

14 Transportes 122.625 375.226 111.466 131.240 91% 35% 18% 23% 15 Invest. E Des. Em Assunt. Económicos 2 20 2 0 100% 0% -100% 0%

16 Outros Serviços Económicos 655 479 653 0 100% 0% -100% 0%

17 Defesa e Segurança 9.699 39.409 5.951 7.350 61% 19% 24% 1%

18 Defesa Nacional 3.165 11.231 2.769 151 87% 1% -95% 0%

19 Segurança e Ordem Pública 6.534 28.178 3.182 7.199 49% 26% 126% 1%

20 Serviços Públicos Gerais 17.767 61.790 13.228 3.846 74% 6% -71% 1%

21 Totais 764.017 2.015.264 556.643 583.265 73% 29% 5% 100%

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |48

Fonte: MINFIN

Quadro 42 – Despesas por Função dos Projectos de Investimento Público

133. Os projectos do programa de investimento públicos inscritos no Orçamento Geral do Estado, são

executados em naturezas económicas da Despesa de construção, apetrechamento, estudos para

construção, melhoramento e expansão de instalações, bem como reabilitação de instalações.

Ilustração 17 – Estrutura da Despesa Função – PIP

3.3.3.5. Receita e Despesa por Província

3.3.3.5.1. Receita por Província

134. A Ilustração a seguir demonstra a receita arrecadada em cada uma das 18 províncias de Angola. Os

valores da Receita apresentados por província, implicam que tenha sido prevista a sua arrecadação nessa

região por Unidades Orçamentais, pertencentes a essa mesma província.

135. Para uma análise mais perceptível da arrecadação da Receita a nível provincial, a informação por

província é apresentada através do mapa de Angola. Devemos destacar a Receita arrecadada na província

de Luanda, com um volume de Kz 2.294.119 milhões, atingindo 57% da totalidade da Receita arrecadada

por províncias.

Sector

Social

47%

Sector

Económic

o 49%

Defesa e

Seguranç

a 46%

Serviços

Públicos

Gerais

48%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Despesa por Função PIP 2015 Despesa por Função PIP 2014

Sector

Social;

56%

Sector

Económic

o; 92%

Defesa e

Segurança

; 61%

Serviços

Públicos

Gerais;

74%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Sector

Social;

14%

Assuntos

Económicos;

42%

Defesa e

Segurança;

19%

Serviços

Públicos

Gerais; 6%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

Despesa por Função PIP 2016

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Receita arrecadada por Província

Ilustração 18 – Receita Arrecadada por Província

3.3.3.5.2. Despesa por Província

136. Os valores da Despesa apresentados por província implicam, que tenha sido prevista a sua execução

nessa região por Unidades Orçamentais pertencentes a essa mesma província. Para uma análise mais

perceptível da execução da Despesa a nível provincial, a informação por província é apresentada através

do mapa de Angola.

137. A Ilustração seguinte demonstra a Despesa realizada em cada uma das 18 províncias de Angola.

138. Destaque para as províncias de Luanda, Benguela, Huambo e Huíla que apresentaram um valor

realizado de Despesa superior a Kz 47.000 milhões.

139. Por outro lado, as províncias de Bengo, Cuanza Norte, Lunda Sul, Zaire, Namibe, Cunene e Cuando

Cubango apresentaram os montantes de Despesa inferiores a Kz 20.000 milhões.

- 200

200 1.000

1.000 2.000

2.000 3.000

3.000 10.000

10.000

*Valores em milhões de Kw anzas

Cabinda

ZaireUíge

Bengo

Luanda CuanzaNorte Malange Lunda Norte

Lunda SulCuanza

Sul

Bié

MoxicoHuamboBenguela

Namibe

Huíla

Cunene

Cuando Cubango

555

17 878

18 386

858

3 989 1 326 1 581

894

770

1 751

1 20914 465

8 122

31 419 3 948

3 077

7 177

2 294 119

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Despesa executada por Província

Ilustração 19 – Despesa Realizada por Província

3.3.4. Balanço Financeiro

140. O Balanço Financeiro demonstra a Receita na óptica de Caixa e a Despesa na óptica do compromisso,

bem como os pagamentos e recebimentos de natureza extra-orçamental conjugado com os saldos em

espécie provenientes do exercício anterior e os que se transferem para o exercício seguinte.

141. Nesta demonstração são incluídas apenas as contas de natureza financeira, ou seja, aquelas que têm

como contrapartida contas de Receitas e Despesas orçamentais bem como as disponibilidades

financeiras (Bancos).

Resumo do Balanço Financeiro (Valores em milhões de Kz)

N/O Receitas 2016 2015 Var.%

Despesas 2016 2015 Var.%

Homóloga Homóloga

1 Orçamentais 5 895 676 3 938 465 50% Orçamentais 5 379 490 4 394 874 22%

2 Correntes 2 601 719 2 619 397 -1% Correntes 2 887 329 2 887 548 0%

3 Capital 3 293 957 1 319 068 150% Capital 2 492 161 1 507 326 65%

4 Extra Orçamentais 7 623 542 9 022 058 -16% Extra Orçamentais 7 843 960 7 805 096 0%

6 Passivos a Pagar – Ex. Actual 1 379 837 1 268 174 9% Passivos a Pagar – Ex. Ant. 1 268 175 1 143 372 11%

7 Interferências Activas 4 990 699 7 753 884 -36% Interferências Passivas 5 084 669 6 661 724 -24% 8 Mutações Activas 1 253 006 1 794 495 -30% Mutações Passivas 1 491 116 1 833 083 -19%

- 7.000

7.000 10.000

10.000 12.000

12.000 16.000

16.000 25.000

25.000

*Valores em milhões de Kw anzas

Cabinda

ZaireUíge

Bengo

CuanzaNorte Malange Lunda Norte

Lunda SulCuanza

Sul

Bié

MoxicoHuamboBenguela

Namibe

Huíla

Cunene

Cuando Cubango

17 897

15 426

21 739

35 667

15 035 23 510 21 990

14 887

38 966

26 559

19 18916 598

47 603

62 95151 375

29 332

19 262

Luanda

133 965

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |51

N/O Receitas 2016 2015 Var.%

Despesas 2016 2015 Var.%

Homóloga Homóloga

9 Disponibilidades – Ex. Ant. 3 680 001 2 919 435 26% Disponibilidades – Ex. Actual 3 975 769 3 679 988 8%

10 Em Moeda Nacional 2 169 097 1 723 036 26% Em Moeda Nacional 1 981 660 2 169 084 -9%

11 Em Moeda Estrangeira 1 510 904 1 196 399 26% Em Moeda Estrangeira 1 994 109 1 510 904 32%

12 Total 17 199 219 15 879 958 8% Total 17 199 219 15 879 958 8%

Fonte: MINFIN

Quadro 43 – Resumo do Balanço Financeiro OBS: Verificar nota explicativa sobre Interferências Activas e Passivas, Mutações Activas e Passivas no Quadro 72

142. Convém aqui destacar que a expressão Extra-orçamental não se refere a pagamentos ou recebimentos

efectuados fora do OGE, mas sim às contas de Activo, Passivo e as Interferências e Mutações Activas e

Passivas de natureza financeira, portanto, não orçamentais. A forma de elaboração desse Balanço leva a

que no grupo Extra-Orçamental sejam considerados saldos das contas de Activos e Passivos Financeiros

do exercício anterior e actual com o fim de se estabelecer a variação entre eles (aumento ou redução).

143. Em síntese, o que o Balanço Financeiro procura ressaltar, é o resultado financeiro do exercício, ou seja,

o fluxo líquido da movimentação dos recursos financeiros do período (variação entre a disponibilidade

dos dois últimos exercícios), como se pode ver no Quadro 44, que evidencia o Resultado Financeiro

positivo no valor de Kz 295.768 milhões.

3.3.4.1. Apuramento do Saldo Financeiro (Valores em milhões de Kz)

N/O Especificação Valor Valor Var.%

Homológa 2016 2015

1 Saldo das Disponibilidades Exerc. Anterior 3.680.001 2.919.435 26%

2 (+) Receitas Orçamentais (Corrente e Capital) 5.895.676 4.013.570 47%

3 (-) Despesas Orçamentais (Corrente e Capital) 5.379.490 4.394.875 22%

4 (+) Aumento dos Passivos 111.663 124.803 -11%

5 (+) Saldo das Interferências Activas 4.990.699 5.959.390 -16%

6 (-) Saldo das Interferências Passivas 5.084.669 4.828.643 5%

7 (+) Saldo das Mutações Activas 1.253.006 1.794.496 -30%

8 (-) Saldo das Mutações Passivas 1.491.116 1.833.084 -19%

9 (=) Saldo das Disponibilidades Exerc. Em Análise 3.975.769 3.679.989 8%

10 Resultado do Período (Superávit) 295.768 760.555 -61%

Fonte: MINFIN

Quadro 44 – Síntese dos Fluxos do Balanço Financeiro

3.3.4.2. Transacções com a Sonangol/Companhias Petrolíferas e os Custos Recuperáveis

144. Com relação a este capitulo, apresentamos as operações com a Sonangol Concessionária no Quadro

45, que para o Exercício de 2016 as exportações de petróleo atingiram um total de 632 milhões de barris,

2% abaixo em relação ao ano de 2015, tendo uma produção média de 1,7 milhões de barris dia,

igualmente 2% abaixo em relação ao Exercício anterior. A diminuição em 2% na Produção diaria, bem

como nas exportações, foi insuficiente em termos de captação de Receita, uma vez que a variante preço

teve uma redução de 24%, já que o preço médio no Exercício de 2016 foi de U$D 41,8 significativamente

abaixo em relação aos U$D 53 no Exercício de 2015.

145. Ainda assim, a Receita Declarada (Óptica do Compromisso) atingiu o valor de USD 5.664 milhões

para o Exercício fiscal de 2016, 36% inferior quando comparado com o Exercício de 2015, o que

demonstra uma redução consideravel na arrecadação da Receita Fiscal Petrolífera para o Exercício em

análise, o que de certa forma exige um esforço no sentido de aumentar a qualidade da Despesa.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |52

Transacções com a Sonangol/Companhias Petrolíferas (Valores em USD)

N/O Descrição 2016 2015 2014

Var.%

Homologa

2016-2015

1 Exportação (Bbls) 632.705.448 643.507.416 599.465.706 -2%

2 Produção diária 1.727.780 1.763.708 1.759.789 -2%

3 Preço Médio 41,8 53 102 -24%

4 Receita Declarada – Sonangol

5 Concessionária Nacional 100% 5.664.951.189 8.802.582.346 20.470.299.647 -36%

6 Concessionária Nacional (93%) 5.235.283.154 8.190.108.998 19.167.223.793 -36%

8 Receita Declarada – Companhias

9 Total Companhias 2.825.431.595 4.213.779.455 9.737.401.937 -33% 10 Sonangol EP 294.540.624 448.457.777 1.257.677.136 -34%

11 Outras 2.530.890.971 3.765.321.678 8.479.724.801 -33%

Fonte: MINFIN Quadro 45 – Transacções com a Sonangol/Companhias Petrolíferas

146. No lado das Companhias Petroliferas, ainda no Quadro 45, assistimos também uma redução

significante, em 33% em relação ao período de 2015, sendo que para o exercício em análise a Receita

Declarada pelas demais Companhias Operadoras foi na ordem dos U$D 2.825 milhões, e para o

Exercício de 2015 em U$D 4.213 milhões.

147. No que concerne às Companhias Petrolíferas, não se deve deixar de abordar sobre os Custos

Recuperáveis. Face á complexidade do sector, a indústria é rigorosa na classificação dos custos

associados às operações, pelo que usualmente, categoriza-os em função das fases do projecto de

investimento. A Lei n.º 13/04, de 24 de Dezembro, define o Petróleo para recuperação de custo (Cost

Oil) como sendo “ a parte do petróleo produzido e arrecadado das áreas de desenvolvimento necessário

para recuperar as despesas de Pesquisa, Desenvolvimento, Produção e Administração e Serviços. Na

prática, o petróleo para recuperação de custos (Cost Oil), característico nos Contractos de Partilha de

Produção (CPP), aglutina vários tipos de custos, designadamente, (i) custos de pesquisa, (ii) custos de

desenvolvimento, (iii) custos de produção e (iv) custos de administração e serviços. Afigura-se

necessário realçar que cada tipo de custo, obedece a metodologia própria de recuperação, conforme

estabelecido nas regras contratuais.

Custos Recuperáveis das Companhias Petrolíferas (Valores em milhões de kz)

N/O Companhia Vendas Custos Recuperáveis Petróleo Lucro Imposto RP

1 Ajoco 14.381 7.023 3.536 1.768

2 Angola Block 14 B. V. 40.046 36.976 6.893 3.447 3 Angolan Consulting Resources 2.139 1.860 279 84

4 BP 418.921 297.874 121.047 60.524

5 BP Angola BV 96.370 76.245 20.125 10.062 6 BP Beta 25.617 20.268 5.350 2.675

7 Cabgoc 314.557 56.397 13.554 9.715

8 China Sonangol International Limited 6.744 5.155 1.589 794 9 ENI 282.720 178.474 42.997 21.499

10 Esso 428.235 295.667 132.567 66.284

11 Force Petroleum 717 624 94 28 12 GALP Energia Overseas Block 14 B.V. 20.899 16.871 4.027 2.014

13 Ina-Naftaplin 2.958 2.230 729 364

14 Naftagas 2.958 2.231 727 364 15 PlusPetrol 1.943 1.689 253 127

16 Prodoil, SA 2.531 899 1.632 490

17 Somoil 17.398 9.140 2.172 652 18 Sonangol EP 244.875 11.379 - -

19 Sonangol P&P 283.455 197.243 89.773 26.932

20 SSI 231.582 154.609 70.396 35.198 21 Statoil 266.306 197.847 62.795 31.398

22 Statoil Dezassete AS 114.728 82.274 29.453 14.726

23 Statoil Quatro AS 543 472 71 35

24 Total 454.106 294.796 95.029 47.514

25 Total Exploration M'Bridge 58.152 43.244 14.908 7.454

26 Total 3.332.881 1.991.487 719.995 344.146

Fonte: MINFIN Quadro 46 – Custos Recuperáveis por Companhias Petrolíferas

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |53

Custos Recuperáveis Por Blocos (Valores em milhões de Kz)

N/O Bloco Vendas Custos Recuperáveis Petróleo Lucro Imposto RP

1 0 A Cabinda 389.313 - - - 2 0 B Nemba 225.698 - - 2.938

3 02/05 558 545 14 4

4 03/05 58.244 44.803 13.441 5.519 5 03/05ª 3.970 2.335 1.635 684

6 04/05 17.953 14.309 3.644 1.107

7 14 180.357 144.644 35.713 16.504 8 14 K/A-IMI 31.460 25.604 5.856 2.582

9 15 490.954 367.604 123.350 61.675

10 15/06 181.542 147.785 33.757 14.519 11 17 1.141.825 840.224 301.601 150.800

12 18 252.678 189.486 63.192 31.596

13 31 348.421 211.126 137.296 56.017 14 FS-FST 6.388 - - -

15 Zona Sul Terrestre Cabinda 3.520 3.022 498 200

16 Total 3.332.881 1.991.487 719.995 344.146

Fonte: MINFIN Quadro 47 – Custos Recuperáveis por Blocos de Operação

3.3.5. Balanço Patrimonial

148. Esta demonstração financeira, Quadro 48, apresenta o Activo e o Passivo Líquido, as contas de Ordem

Activa e Passiva, sendo a única peça contabilística que representa uma posição estática “fotografia” de

todo o património, diferente das outras que têm uma característica dinâmica em função dos fluxos e

movimentação financeira do período.

Resumo do Balanço Patrimonial (Valores em milhões de Kz)

N/O ACTIVO 2016 2015 Var. %

PASSIVO 2016 2015 Var. %

Homóloga Homóloga

1 Activo Circulante 5.377.765 4.906.112 10% Passivo Circulante 2.117.169 1.832.779 16%

2 Disponível 3.975.769 3.679.988 8% Depósitos Exigíveis 4.578 4.616 -1%

3 Disponível no País 1.981.660 2.169.084 -9% Obrigações em circulação 1.594.625 1.218.483 31% 4 Moeda Nacional 459.778 804.085 -43% Obrigações a Pagar 517.641 526.400 -2%

5 Moeda Estrangeira 1.521.882 1.364.999 11% Fornecedores de Bens e Serviços 400.214 422.573 -5%

6 Disponível no Exterior 1.994.109 1.510.904 32% Pessoal e Contrib. Empr. a Rec. 8.246 7.861 5%

7 Moeda Estrangeira 1.994.109 1.510.904 32% Dívida Púb, em Proc.de

Pagamento 109.181 95.966 14%

8 Créditos a Receber 1.401.996 1.226.124 14% Outras Obrigações A Pagar - - 0% 9 Realizável a Longo Prazo 768.909 891.240 -14% Operações de Crédito 1.076.984 692.083 56%

10 Instit. e Agentes Devedores 328.870 324.362 1% Divida Interna 1.059.991 678.163 56%

11 Investimentos Do Pnuh 440.039 566.878 -22% Divida Externa 16.994 13.920 22% 12 Activo Permanente 8.932.988 9.213.256 -3% Subsídios e Transf.a Conceder 60.617 63.131 -4%

13 Investimento Financeiros 1.237.559 481.642 157% Outros Passivos Circulantes - 2.531 -100%

14 Imobilizado 7.695.430 8.731.614 -12% Instituições e Agentes Devedores 122.418 122.418 0% 15 Bens Móveis 1.279.674 1.694.358 -24% Dívidas de Exercício Anteriores 334.931 421.600 -21%

16 Bens Imóveis 6.413.536 7.020.063 -9% Exigível a Longo Prazo 10.529.369 6.816.388 37%

17 Activos Intangíveis 2.220 17.193 -87% Dívida Interna 5.200.180 2.655.147 57% 18 Depreciações e Amort. 3.451.620 2.921600 18% Dívida Externa 4.450.409 3.154.570 36%

19 Dív. Venc. ant. ao Ano Anterior 438.739 439.793 0%

20 Obrigações com Pnuh 440.039 - 0% 21 Outras Obrig, A Pagar A L. Prazo - 566.878 0%

22 Total do Activo 15.079.662 15.010.608 0% Património Líquido 2.433.124 6.361.440 -60%

23 Outras Cont. de Ord. Activa 178.923 178.923 0% Saldo Patrimonial 2.433.124 6.361.440 -60% 24 Total do Passivo 15.079.662 15.010.607 -7%

25 Outras Contas de Ordem Passiva 178.923 178.923 0%

26 Total Geral 15.258.585 15.189.531 1% Total Geral 15.258.585 15.189.531 1%

Fonte: MINFIN

Quadro 48 – Resumo do Balanço Patrimonial

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |54

3.3.6. Critério de valorimetria

149. Os componentes do património são avaliados em moeda corrente oficial e os expressos em moeda

estrangeira são convertidos ao valor da moeda corrente oficial, à taxa de câmbio da data de avaliação.

As taxas de câmbio utilizadas para apresentar os valores em moeda estrageira a 31/12/2016, para as

contas de activos e passivos, são as taxas de câmbio médias diárias definidas pelo BNA.

150. Os componentes do Activo são avaliados da forma seguinte:

Disponível – as disponibilidades em moeda estrangeira são convertidas ao valor da moeda oficial,

à taxa de câmbio da data de fecho, e às aplicações financeiras são acrescidos os rendimentos

proporcionais auferidos até à data de fecho.

Créditos – os créditos de terceiros, conhecidos ou calculáveis, são computados pelo valor

actualizado até à data de fecho.

Stocks – os stocks existentes no almoxarifado de material de consumo são valorizados ao custo

médio ponderado.

Investimentos permanentes – são valorizados pelo custo de aquisição, ou com base no valor

patrimonial líquido da entidade investida.

Imobilizado – os componentes do activo imobilizado são valorizados pelo seu custo de aquisição

ou construção, reavaliado ou actualizado monetariamente, deduzido das respectivas depreciações

e amortizações acumuladas, calculadas com base na estimativa da sua utilidade económica. Nos

casos em que o bem não esteja valorizado no momento da inserção no património público,

designadamente: doação, herança, legado, reversão, transferência, ou permuta, são avaliados.

Depreciações e Amortizações – são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo Método

das Quotas Constantes, por duodécimos, em conformidade com o período de vida útil previsto

para cada grupo de bens do Classificador Patrimonial, contado a partir do mês de

aquisição/utilização. O Classificador Patrimonial aprovada pelo Decreto Presidencial nº177/10,

de 13 de Agosto, apresenta códigos, natureza do bem, designação e número de anos de vida útil

para bens novos e usados.

151. Os componentes do Passivo são avaliados da forma seguinte:

As obrigações e os encargos, conhecidos ou calculados, devem ser computados pelo valor

actualizado até à data de fecho.

Os passivos contingentes decorrentes de obrigações laborais, de segurança social, contratuais,

operacionais, administrativas e judiciais são aprovisionadas pelo seu valor esperado de

realização.

As obrigações em moeda estrangeira são convertidas na moeda corrente oficial, à taxa de câmbio

da data de fecho.

As obrigações decorrentes de empréstimos, financiamentos, operações de crédito interna, são

actualizadas segundo as condições contratadas e a dívida interna, pelo valor fixado no resgate.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |55

3.3.7. Disponível

152. O Disponível de Kz 3.975.769 milhões é formado pelas disponibilidades existentes no país e no

exterior, sendo que se continua a verificar um aumento significativo face aos anos anteriores.

Evolução do Disponível

Ilustração 20 – Evolução do Disponível em Banco

153. O Disponível, apresentado como Activo no Balanço Patrimonial incorpora o valor respeitante aos

Fundos de Reserva, ou seja, a Receita Estratégica para as Infra-estruturas de Base e, a Receita resultante

do Diferencial do Preço do Petróleo, bem como os saldos resultantes dos Carregamentos de Petróleo, ao

título da Receita Dedicada ao serviço da Dívida Externa.

Saldo das Contas Dedicadas (Valores em Milhões de USD)

N/O Linha Crédito Período

I Trim 2016 II Trim 2016 III Trim 2016 IVTrim 2016

1 Brasil 637 500 396 235

2 China 496 555 1.662 1.189 3 LR Finance 4 4 2 -

Fonte: MINFIN Quadro 49 – Saldos das Contas Dedicadas

Comportamento do Fundo de Reserva (Valores em milhões de USD)

N/O Descrição 2014 2015 2015 2015 2015 2016 2016 2016 2016

IVT IT IIT IIIT IVT IT IIT IIIT IVT

1 Fluxos/Flows

2 Fluxos de Caixa -1.560 -1.440 102 7 -514 -585 - - -808

3 REPIB – Infraestrutura de Base - -295 102 7 0 - - - -

4 Entradas - 144 102 7 0 - - - -

5 Utilizações - 439 - - - - - - -8 6 Diferencial de Preço de Petróleo -1.560 -1.145 - - -514 -585 - - -801

7 Saldos /Stocks

8 Fluxos de Caixa 15.310 14.309 14.410 14.418 13.904 13.319 13.319 13.319 12.518

9 REPIB – Infraestrutura de Base 10.739 10.883 10.985 10.992 10.993 10.993 10.993 10.993 10.993

10 Saldo 3.360 3.065 3.167 3.174 3.175 3.175 3.175 3.175 3.167 11 Utilizações 7.379 7.818 7.818 7.818 7.818 7.818 7.818 7.818 7.826

12 Diferencial de Preço de Petróleo 4.571 3.426 3.426 3.426 2.911 2.326 2.326 2.326 1.525

Fonte: MINFIN Quadro 50 – Saldos do Fundo de Reserva

154. Durante o Exercício de 2016, por força da baixa entrada de Receitas Fiscais Petroliferas, não foi

possivel aprovisionar as contas do Fundo de Reserva. Ainda assim, recorrendo aos Saldos existentes,

ocorreram utilizações para aprovisionamento da CUT para reforço de Tesouraria, e para financiamento

do PIP Provincial.

155. Com isso, para o Exercício de 2016, o fundo de Reserva encerrou com um saldo de USD 4.692 milhões,

resultado das utilizações e dos Saldos dos Exercícios Anteriores.

1783 687

1202 494

2169 084

1510 904

1981 660 1994 109

-

500 000

1000 000

1500 000

2000 000

2500 000

Disponível No País Disponível No Exterior

2014 2015 2016

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |56

156. É de notar, que a baixa entrada de recursos para o REPIB, bem como para ao Diferencial, é resultado

da baixa no preço do petróleo nas praças internacionais, já que os mesmos fundos, são alimentados em

função do comportamento desta Commodity.

157. O saldo dos Créditos em Circulação, no valor de Kz 1.874.673 milhões, acomoda a Dívida Fiscal do

sector Petrolífero, apurado após deduções dos pagamentos feitos pela Sonangol Concessionária, bem

como a Dívida Fiscal do sector Não Petrolífero resultado do novo processo de intervenção para a

captação da Receita Não Petrolífera.

158. A Dívida Fiscal não Petrolífera, irá ser regularizada em Exercícios futuros, de acordo com os

pagamentos por efectuar pelas Empresas devedoras, apurada pela Administração Geral Tributária, a

título do Imposto Industrial e Outros Tributos.

159. O saldo do Activo Permanente, no valor de Kz 8.932.988 milhões, é composto por Investimento

Financeiros e por Imobilizado.

160. Os Investimentos de Natureza Financeira, são caracterizados pelo aumento de Participações do Estado

nas Empresas, bem como Aplicações Financeiras, sendo de Kz 1.237.559 milhões, tendo como exemplos

os Recursos transferidos para o Banco de Desenvolvimento de Angola, especificamente para alimentar

o FND, bem como a transferência de recursos para o Fundo Africano de Investimento.

161. Os valores totais do Imobilizado contemplam contas de Activos Fixos em Curso e contas dos activos

finais em inventário.

162. Convém referir que a rubrica Imobilizado do Balanço Patrimonial, não agrega o valor referente ao

inventário de bens das empresas do Sector Empresarial Público.

163. No exercício em questão, foram recebidas doações e distribuídas a alguns sectores do governo

(MINSA, MINARS e MED), na ordem dos Kz 1.321 milhões, em Bens Alimentares (farinhas de soja e

alimentos terapêuticos), e Bens não Alimentares, sendo estes em equipamentos hospitalares,

electrodomésticos, e carteiras e livros, no sentido de melhorar a qualidade do ensino nacional.

Doações Recebidas (Valores em Kwanzas)

N/O Doações 2015 I T 2016 II T 2016 III T 2016 IV T 2016 Total

1 Ministério da Saúde 94.747.403 191.174.505 345.440.612 50.013.209 681.375.729

2 Ministério da Assist. e Reinserção Social 34.969.992 74.660.779 298.944.964 177.470.861 586.046.596 3 Ministério da Educação 0 0 11.622.451 30.465.047 42.087.498

4 Ministério da Energia e Águas 0 0 11.645.452 0 11.645.452

5 Total Geral 129.717.395 265.835.284 667.653.479 257.949.117 1.321.155.275

Fonte: IPROCAC

Quadro 51 – Doações Recebidas

3.3.7.1. Fundos da Administração Directa e Indirecta do Estado

164. É sabido que, constitui Fundo Autónomo o produto de Receitas especificadas que, por dispositivo

legal se vinculam à realização de determinados objectivos ou serviços de acordo com normas especiais

de aplicação. Tais Receitas, fazem-se através de dotação consignada na Lei do OGE ou em Créditos

Adicionais.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |57

165. O Quadro 52, espelha de forma resumida, a origem e a aplicação de recursos que foram transferidos

pelo Ministério das Finanças, para o exercício económico de 2016, aos fundos de maior dimensão.

Fundos Autónomos e Caixas de Protecção Social (Valores em milhões de Kz)

N/O DESIGNAÇÃO Saldo Inicial Var. Var. Saldo Final

2016 Aumentativas Diminutivas 2016

1 Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior 118.532 53.287 11.188 160.631

2 Fundo Soberano de Angola 829.515 110.538 7.155 932.898

3 Fundo de Garantia de Crédito 14.303 7.251 1.115 20.439 4 Caixa Social das Forças Armadas Angolanas 252 147.438 142.297 5.393

6 Fundo Nacional de Desenvolvimento 257.300 10.629 4.048 263.881

7 Fundo Activo de Capital de Risco Angolano 5.383 0,7 1.395 3.989 8 Fundo de Apoio para o Desenvolvimento Agrário 255 139 270 124

Total 1.225.540 329.114 167.198 1.387.231

Fonte: Fundos Autónomos e Caixa Social

Quadro 52 – Fundos Autónomos e Serviços de Protecção Social

Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior

166. A Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior, foi criada pelo decreto n º43/08, de 14 de Julho,

e tem como objectivo captar e gerir recursos, de forma a garantir o pagamento das prestações da

protecção social obrigatória dos funcionários do regime especial de carreiras do Ministério do Interior,

tais como a Polícia Nacional, Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Serviços Penitenciários e Serviço

de Migração e Estrangeiros.

167. Para o exercício de 2016, a Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior arrecadou Receitas no

valor de Kz 53.287 milhões, distribuídos por Contribuições dos Trabalhadores e Entidade Empregadora;

Transferências provenientes do Tesouro Nacional (OGE); Descontos do Condomínio Acácias; Juros de

Aplicações em Rendas Fixas; Comparticipação de Funcionários na Aquisição de Bens Alimentares.

168. No lado das Despesas, a Caixa Social realizou o valor de Kz 11.188 milhões, referente a Despesas com

a Protecção Civil e com a Administração, Dedução do Imposto de Aplicação de Capitais, pagamento da

pensão de reforma, sobrevivência, subsídio por morte, subsídio de desmobilização dos ex-Minse, bem

como, o pagamento das despesas administrativas. Ainda, foram realizados investimentos no montante

de Kz 3.251 milhões, em projectos habitacionais para melhorias de condições dos efectivos do Ministério

do Interior. Estes investimentos foram suportados com recursos provenientes dos exercícios anteriores.

Com a Receita obtida, foi possível o início das obras das Direcções Provinciais da CPS/Minint a nível

de algumas províncias, estudos de mercado, de forma a identificar e melhorar a política de investimentos

do fundo de financiamento do sistema de protecção social, com a menor exposição de risco e capacitação

dos quadros do sector para atender a novos desafios.

Fundo Soberano de Angola

169. O Fundo Soberano de Angola (FSDEA), é uma instituição pertencente ao Estado, que integra a

administração indireta do Executivo. A actividade do FSDEA, é regulada pelos (i) Decretos

Presidenciais 89/13, de 19 de Junho e, 135/15, de 12 de Junho, que define o Estatuto Orgânico, (ii)

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Decreto Presidencial 107/13, de 28 de Julho, que desenvolve a Política de Investimento e (iii) Decreto

Presidencial 108/13, de 28 de Junho, que estipula os Regulamentos de Gestão.

170. Os resultados da valorização dos investimentos em subsidiárias de acordo com os respectivos justos

valores são conhecidos na rubrica ``Resultados de Investimentos em Subsidiárias´´ quando são

cumpridos os requisitos previstos na norma IAS39-Instrumumentos Financeiros: reconhecimento e

mensuração. Em 2016, a valorização deduzida da comissão de performance da entidade Capoinvest

Limited, BVI, foi registada directamente nos Capitais próprios do Fundo na rubrica de ``Reservas´´ por

ter sido considerada como um aporte de capital realizado pelo accionista único (República de Angola).

171. A 31 de Dezembro de 2016 e 2015, os principais indicadores financeiros das entidades participadas

pelo Fundo são as seguintes:

Entidades participadas pelo FSDEA (Valores em milhões de Usd) 31-12-2016

N/O Entidade Sede Activo

Líquido

Capital

Próprio

Resultado

Líquido

1 FSDEA Africa Investment(LP) Ltd Maurícias 628.190 628.173 167.365

2 FSDEA Hotel Investment(LP) Ltd Maurícias 466.388 466.370 9.322

3 FSDEA Africa Agriculture(LP) Ltd Maurícias 335.388 335.382 114.421

4 FSDEA Africa Mezzanine(LP) Ltd Maurícias 197.607 197.601 3.781

5 FSDEA Africa Timber(LP) Ltd Maurícias 270.337 270.331 11.541

6 FSDEA Africa Healthcare(LP) Ltd Maurícias 234.734 234.727 8.927

7 FSDEA Africa Mining(LP) Ltd Maurícias 240.262 240.256 5.791

8 Kijinga Angola 61.293 57.883 2.182

Fonte: FSDEA Quadro 53 – Entidades participadas pelo FSDEA

172. Os investimentos em subsidiárias efectuados pelo Fundo Soberano de Angola a 31 de Dezembro de

2016 e 2015 é composto pelas participações societárias detidas pelo Fundo nas seguintes entidades:

Investimentos em subsidiárias

N/O Entidade Sede %

Participação

Custo de

aquisição

(mUsd)

Valor de

Balanço(m

Usd)

Valor de

Balanço(m

Akz)

Custo de

aquisição

(mUsd)

Valor de

Balanço(

mUsd)

Valor de

Balanço(m

Akz)

1 FSDEA Africa Investment(LP) Ltd Port Louis 100% 443.645 628.173 104.215.787 1.100.060 1.060.808 143.543.206

2 FSDEA Hotel Investment(LP) Ltd Port Louis 100% 500.060 466.370 77.372.182 500.060 475.692 64.368.262

3 FSDEA Africa Agriculture(LP) Ltd Port Louis 100% 225.100 335.382 55.640.848 225.100 220.297 29.809.453

4 FSDEA Africa Mezzanine(LP) Ltd Port Louis 100% 198.700 197.601 32.782.599 198.700 193.820 26.226.764

5 FSDEA Africa Timber(LP) Ltd Port Louis 100% 225.486 270.331 44.848.755 225.486 258.497 34.978.512 6 FSDEA Africa Healthcare(LP) Ltd Port Louis 100% 249.355 234.727 38.941.875 249.355 242.367 32.795.948

7 FSDEA Africa Mining(LP) Ltd Port Louis 100% 249.363 240.256 39.859.241 249.363 244.932 33.142.991

8 Kijinga Luanda 100% 96.185 57.883 9.602.963 96.185 73.322 9.921.556 Fonte: FSDEA

Quadro 54 – Investimentos em subsidiárias

173. O quadro abaixo mostra a composição do Balanço Patrimonial do Fundo Soberano

Balanço Patrimonial FSDEA (Valores em milhões de Kz)

N/O Activo Valor Passivo Valor

1 Disponibilidades e Caixa 116.089 Valores a Pagar 10.257

2 Activos Financeiros 303.760 Passivos por Acréscimo e Diferimentos 282 3 Investimentos em Subsidiarias 403.264 Provisões 616

4 Outros Activos Tangíveis 365 Passivos por Impostos 7

6 Activos Intangíveis 2.022 Dotação de Capital 829.515

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N/O Activo Valor Passivo Valor

7 Outros Activos 2.464 Reservas 36.370

8 Resultados Transitados - 56.381 9 Resultado Liquido do Exercício 7.298

10 Total de Capital Próprio 816.802

11 Total do Activo 827.964 Total do Passivo e Capital Próprio 827.964

Fonte: FSDEA Quadro 55 – Balanço Patrimonial FSDEA

Fundo de Garantia de Crédito

174. O Fundo de Garantia de Crédito, como pessoa colectiva dotada de personalidade Jurídica e autonomia

administrativa e financeira, competindo-lhe a defesa, promoção e desenvolvimento equilibrado do

Sistema Nacional de Garantias, tem como objectivo:

Garantir o cumprimento das obrigações assumidas pelos agentes económicos no âmbito do

mecanismo de Garantias Públicas;

Servir de Contra garantias às garantias prestadas pelas Sociedades de Garantia, destinadas a

assegurar o cumprimento das obrigações contraídas por Beneficiários;

Promover e realizar as acções necessárias para assegurar a solvabilidade das Sociedades de

Garantia de Crédito, bem como fixar, em função dos capitais próprios das sociedades, o montante

fixo em cada momento, do saldo vivo da carteira de garantias concedidas.

175. Com a emissão de garantias, para a implementação de projectos estratégicos no ramo da Agricultura,

Indústria Transformadora, Materiais de Construção e serviços de apoio ao Sector Produtivo, o Fundo de

Garantia de Crédito obteve Receitas no valor de Kz 7.251 milhões, permitindo com isso, o pagamento

de vencimentos e as Despesas inerentes aos vencimentos (INSS/IRT), pagamentos aos serviços de

auditoria e consultoria, seguros, alugueres e rendas, bem como o investimento em obras e reabilitação

de instalações.

Caixa Social das Forças Armadas Angolanas

176. A Caixa Social das Forças Armadas, continua com as suas actividades consignadas em:

Aprimorar a metodologia de cobrança das contribuições;

Continuar a trabalhar no processo de transformação da Caixa de Segurança em instituto público;

Implementar planos de introdução das tecnologias de informação e comunicação;

Contínua qualificação técnica dos recursos humanos;

Melhor controlo e a gestão dos beneficiários do Sistema Social; e

Modernizar o sistema de Segurança Social das Forças Armadas.

177. Para responder às demandas agregadas nas activadades acima arroladas, a Caixa Social das FAA,

obteve Receitas no valor de Kz 147.438 milhões, sendo estas provinientes do OGE, Juros de Aplicações

em Depósitos a Prazo, e Contribuições dos Militares, permitindo assim o pagamento de Despesas no

valor de Kz 142.297 milhões, com reforço ao saldo do Exercício Anterior, em vencimento com pessoal

civil e pensões, Despesas básicas para o funcionamento das instalações, e Outros serviços essenciais,

bem como obras de investimento.

Fundo Activo de Capital de Risco Angolano

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |60

178. O Fundo Activo de Capital de Risco Angolano, foi instituído através do Decreto Presidencial nº108/12,

de 7 de Junho. Durante o período em análise, o FACRA foi contactado por 60 entidades para recolha de

informação, e recebeu 51 propostas de investimento, das quais 10 eram referentes ao sector das

telecomunicações (TIC), 14 do sector agrícola, 14 do sector industrial e 13 ligadas ao sector de serviços

e outros. Por dimensão de empresa, o FACRA recebeu 10 propostas de micro empresas, 27 propostas de

pequenas empresas e 14 propostas de médias empresas.

179. As actividades do FACRA estiveram centradas na execução integral dos seus compromissos de

investimento e no acompanhamento a nível estratégico, financeiro e operacional dos projectos cuja a

assinatura do contrato de investimento e escritura pública estivessem executadas, designadamente,

pagamentos móveis, contact center e padaria industrial.

180. O FACRA encerrou o Exercício de 2016, com a perspectiva de augurar em 2017 investimentos em

projectos já aprovados pela sua Comissão de Investimento em 2016, assim como continuar a envidar

esforços para identificar oportunidades de investimento que melhor se enquadram no âmbito do FACRA.

Também, perspectiva-se a intensidade na actividade de marketing do FACRA no sentido de captar

projectos com alto potencial para o seu investimento e com maior foco nas tecnologias de informação e

comunicação.

Fundo Nacional de Desenvolvimento

181. Como estipulado na Lei 9/06, de 29 de Setembro, o Fundo Nacional de Desenvolvimento (FND),

gerido pelo Banco de Desenvolvimento de Angola, foi criado para fomentar a actividade produtiva do

sector privado nacional, no âmbito dos programas de desenvolvimento do país. O Fundo Nacional de

Desenvolvimento é uma conta registada no Banco de Desenvolvimento de Angola, como depósito de

fundos do Tesouro Nacional, suplementares ao capital do Banco de Desenvolvimento de Angola.

182. No desenrolar das suas actividades, o FND obteve Receitas no valor de Kz 10.629 milhões,

provenientes do Tesouro Nacional e pela sua remuneração bruta. Isso permitiu ao longo do Exercício

efectuar Despesas no valor de Kz 4.048 milhões. No financiamento aos sectores productivos, o FND é

testemunha em criar Empregos, sendo Agricultura 10.532; Comércio e Serviços 6.666 e Indústria

Transformadora 8.020, esperando gerar um VAB Potencial por sectores até o período em análise de Kz

320.831 milhões.

Instituto Nacional de Segurança Social

183. O Instituto Nacional de Segurança Social, é um instituto público dotado de personalidade jurídica e de

autonomia administrativa, financeira, patrimonial e de gestão sob a tutela do Ministério da

Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, com os seguintes objectivos:

Arrecadar directamente as contribuições que lhe são devidas;

Conceder prestações de Segurança Social; e

Gerir directamente os fundos de reserva constituído.

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184. Em função do quadro de implementação do Plano de Gestão e Sustentabilidade da Segurança Social,

foi possível obter as estatísticas básicas de contribuintes, segurados e pensionistas, como apresentado no

Quadro 56.

Indicadores Sociais

N/O Descrição 2016 2015 2014 2013 2012 2011 Var.%

2015-2016

Cresc.%

2011-2016

1 Contribuintes 123.557 110.957 95.547 79.285 45.273 37.016 11% 234% 2 Segurados 1.626.681 1.430.258 1.288.899 1.164.377 1.061.766 97.985 16% 1591%

3 Pensionistas 117.195 111.196 103.783 93.909 102.281 76.698 5% 53%

Fonte: INSS

Quadro 56 – Indicadores dos Contribuintes/Segurados/Pensionistas

185. Nota-se um aumento de 11% em comparação com o Exercício de 2015, sendo tal aumento, resultado

do incremento na constituição de pequenas empresas, significando a geração de emprego na economia,

e também pela actualização das empresas, que há muito deixaram de efectuar as suas contribuições. Com

isso, aumentou também o número de segurados em 11%, como processo convencional da Segurança

Social, nos direitos e obrigações que os mesmos têm como trabalhadores.

Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário

186. O Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário, instituição com dependência directa do Ministério da

Agricultura, criado por Decreto Executivo, conjunto n.º 2/86 de 20 de Janeiro, dos Ministério das

Finanças e da Agricultura, tem como objectivo garantir a cobertura financeira das acções viradas para o

desenvolvimento da produção alimentar camponesa, através da generalização das inovações técnicas e

culturais que permitem o aumento da produção e da produtividade.

187. Em 2016, com o culminar das actividades da Comissão de Reestruturação e Gestão, foi aprovado o

Estatuto Organico do FADA através do Decreto Presidencial n.ç233/16 de 9 de Dezembro, e

consequentemente nomeado o respectivo Conselho de Administração, por intermedio do Despacho

Conjunto n.º569/16 de 23 de Dezembro, tendo o FADA reposicionado como instituição financeira não

bancária, sujeitando-se a Lei das Instituições Financeiras e outros normativos que disciplinam a

organização e funcionamento do sector financeiro, sob a supervisão do Banco Nacional de Angola.

3.3.7.2. Inventário Geral de Bens Públicos

188. Pelo trabalho de inventariação dos Bens Públicos no Exercício em análise, apurou-se um valor de Kz

3.383.216 milhões, para os Órgãos Centrais e Locais, sendo 26% abaixo em relação ao Exercício de

2015. Ainda, incorporando o Sector Empresarial Público, o valor inventariado é na ordem dos Kz

6.198.470 milhões.

189. A partir de 2013, passou a ser efectuada a integração do inventário no SIGFE, com a transposição dos

dados dos sistemas SIGPE para o SIGFE. O processo de inventário abrangeu 1.961 Órgãos Dependentes,

tendo todas entidades efectuado o procedimento de inventariação dos seus bens no SIGPE, que

posteriormente foram integrados no SIGFE.

190. Ainda que com o impacto das Amortizações no Exercício de 2015, na verdade reflecte o valor líquido

dos bens, o valor dos Bens Públicos aumentou, demonstrando avanços significativos no processo de

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |62

inventariação, e o compromisso das UO´s/OD´s em conformar os Activos do Estado com o seu valor

real.

Inventário Geral de Bens Públicos (Valores em milhões de Kz)

N/O Tipo de Administração Inventário Líquido

Part.% Part.% Part.% Var. %

2016 2015 2014 2016 2015 2014 Homóloga

1 Central 1.042.960 1.064.495 724.439 55% 14% 13% -2% 2 Local 2.340.257 3.484.476 3.227.072 0% 47% 58% -33%

3 Sub - Total 3.383.216 4.548.971 3.951.511 55% 61% 71% -26%

4 Sector Empresarial 2.815.254 2.916.490 1.644.244 45% 39% 29% -3%

5 Total 6.198.470 7.465.461 5.595.755 100% 100% -17%

Fonte: MINFIN

Quadro 57 – Inventário Geral de Bens Públicos

3.3.7.3. Restos a pagar

191. É considerado Restos a Pagar, toda a execução orçamental que incorreu ao processo convencional da

Despesa, pela emissão da nota de Cabimentação, permitindo assim a geração da Liquidação da Despesa

suportado na figura do Liquidador em função da entrega do bem pela prestação do serviço, e que não

tenha sido efectuado o pagamento da mesma Despesa no ano de competência, que para o Exercício de

2016, é de Kz 313.573 milhões, dos quais aqueles com impacto de Tesouraria o valor de Kz 94.537

milhões, e remanescente suportados com Financiamento Interno e Externo, sendo no global -36%

inferior em relação ao Exercício de 2015.

Restos a Pagar/Dívida Flutuante (Valores em milhões de Kz)

N/O Descrição de Restos a Pagar Valor 2016 Valor 2015 Valor 2014 Var.%

Homóloga

1 Liquidação OS 59.730 65.989 249.706 -9%

2 Bens E Serviços 26.078 33.243 40.878 -22% 3 Outras Despesas De Capital 32.194 24.327 184.000 32%

4 Outras Transferências 30 1.343 9.555 -98%

5 Pessoal 30 6.468 4.981 -100% 6 Transferência Subsídio A Preço 1.398 608 10.292 130%

7 Ordem De Saque Electrónica 253.843 425.797 254.273 -40%

8 Bens E Serviços 39.327 130.458 119.544 -70% 9 Outras Despesas De Capital 187.283 227.469 121.440 -18%

10 Outras Transferências 297 16.643 - -98%

11 Pessoal 162 1.404 - -88% 12 Transferência Subsídio A Preço 25.936 47.648 - -46%

13 Juros - Dívida Interna 838 280 29 199%

14 Transferência Subsídios Operacionais - 1.897 13.260 -100%

15 Total 313.573 491.786 503.979 -36%

Fonte: MINFIN

Quadro 58 – Restos a Pagar/Dívida Flutuante

3.3.8. Demonstração das Variações Patrimoniais

192. A Demonstração das Variações Patrimoniais, evidencia as mutações verificadas no Património, bem

como apura o Resultado no Exercício, que para o Exercício de 2016, foi Kz 3.270.355 milhões negativos,

apurado pelo Resultado Orçamental, e as Mutações Patrimoniais Activas e Passivas.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |63

Resumo do Apuramento do Resultado Patrimonial (Valores em milhões de Kz)

N/O ESPECIFICAÇÃO 2016 2015 Var.%

Homóloga

1 (+)Receitas Orçamentais (Correntes e Capital) 5.895.676 3.938.464 50%

2 (-) Despesas Orçamentais (Correntes e Capital) 5.379.490 4.394.873 22%

3 Resultado Orçamental (Superávit) 516.186 -456.409 -213%

4 (+) Mutações Patrimoniais Activas Orçamentais 2.187.201 2.999.435 -27%

5 (-) Mutações Patrimoniais Passivas Orçamentais 4.915.974 2.754.972 78%

6 (+) Interferências Activas Orçamentais 2.718.246 1.477.035 84%

7 (-) Interferências Passivas Orçamentais 2.970.619 1.440.284 106%

8 (+) Mutações Patrimoniais Activas Extra Orçamentais 1.700.099 13.286.317 -87%

9 (-) Mutações Patrimoniais Passivas Extra Orçamentais 2.663.898 13.854.972 -81%

10 (+) Interferências Activas Extra Orçamentais 2.272.453 4.482.353 -49%

11 (-) Interferências Passivas Extra Orçamentais 2.114.049 3.388.356 -38%

12 (=) Resultado Patrimonial do Exercício -3.270.355 350.147 -1034%

Fonte: MINFIN

Quadro 59 – Resumo do Apuramento do Resultado Patrimonial

193. O Resultado Patrimonial apresentado, respeitante ao exercício de 2016, utiliza o resultado orçamental

no período em análise, positivo neste caso, em Kz 516.186 milhões, bem como as Mutações Activas e

Passivas, sendo estas apuradas a título de contas de resultado, que regista a emissão de Títulos (Bilhetes

e Obrigações do Tesouro) para efeitos de pagamento dos Atrasados, e a própria compensação da

diminuição das Receitas Fiscais em virtude da diminuição do preço do petróleo.

194. O Quadro 72, apresenta os conceitos das contas das Interferências Activas e Passivas e das Mutações

Patrimoniais Activas e Passivas. Cabe destacar neste contexto, que a utilização destas contas decorre da

obrigatoriedade de se registar contabilisticamente a execução do orçamento (conforme o que dispõe a

Lei do OGE). Este registo contabilístico, constitui-se no fundamento básico da contabilidade pública e,

caracteriza-se na principal diferença em relação aos fundamentos da contabilidade aplicada ao sector

empresarial, que não está sujeita a contabilização orçamental.

3.3.9. Posição Patrimonial do Banco Nacional de Angola

195. Em 31 de Dezembro de 2016, o Activo do Banco apresenta um saldo de KZ 6.036.254 millões,

traduzindo um acréscimo de KZ 1.961.830 milhões comparativamente a 31 de Dezembro de 2015. Esta

variação de 48%, deve-se essencialmente à reavaliação cambial dos investimentos financeiros

denominados em moeda estrangeira, decorrente da desvalorização de 18% do Kwanza face ao Dólar dos

Estados Unidos. Por outro lado, o Passivo do Banco apresenta um saldo de KZ 5.179.785 milhões, que

se traduz num acréscimo de KZ 1.727.611 milhões (50%), face a 31 de Dezembro de 2015, sendo

justificado maioritariamente pelas reservas bancárias dos bancos comerciais e os valores a aguarda da

CUT. Já os Capitais próprios aumentaram 38% em resultado das diferenças de reavaliação ainda por

força da variação cambial potencial., como apresentado no Quadro 60.

Balanço Patrimonial do Banco Central (Valores em milhões de Kz)

N/O Activos 2016 2015 Var.%

Passivos 2016 2015 Var.%

Homologa Homologa

1 Ouro 112.873 85.106 33% Notas e Moedas em Circulação 506.005 519.588 -3% 2 Activos sobre o Exterior 4.247.748 3.422.881 24% Reservas Bancárias 1.659.893 1.111.718 49%

3 Activos Internos 1.603.004 464.629 245% Mercado Monet. Interbancário 69.092 43.914 57%

4 Activos Tangíveis e Intang 37.174 31.727 17% Conta Única do Tesouro 1.674.193 1.380.718 21% 5 Outros Activos 35.455 70.081 -49% Outras Responsab. Internas 317.785 222.106 43%

6 - - 0% Outras Responsab. Externas 826.780 103.081 702%

7 - - 0% Outros Passivos 126.037 71.048 77%

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |64

N/O Activos 2016 2015 Var.%

Passivos 2016 2015 Var.%

Homologa Homologa

8 - - 0% Total do Passivo 5.179.785 3.452.173 50%

9 - - 0% Capitais Próprios 856.469 622.251 38%

10 Total 6.036.254 4.074.424 48% Total 6.036.254 4.074.424 48%

Fonte: BNA

Quadro 60 – Posição Patrimonial do Banco Central

196. O Activo do Banco Nacional apresenta um valor de Kz 6.036.254 milhões, aumento de 48%

comparando com o Exercício de 2015:

Aumento de KZ 27.766 milhões do “Ouro” (33%), explicado pela desvalorização do Kwanza

face ao Dólar dos Estados Unidos e pela valorização em cerca de 8,2% da cotação de marcado

do ouro de 1.060,80 USD em 31 de Dezembro de 2015 para 1.147,50 USD em 31 de Dezembro

de 2016;

Aumento de 24% dos “Activos sobre o exterior”, explicado essencialmente pelo aumento das

aplicações em instituições de crédito e pelo aumento dos activos financeiros disponíveis para

venda; e

Aumento de 245% dos “Activos internos” associado, essencialmente, ao registo Títulos em

moeda nacional, Títulos em moeda estrangeira e Contratos de financiamentos, todos afectos para

o cumprimento de Reservas obrigatórias, respectivamente, em linha com a decisão de política

monetária que resultou no instrutivo nº 2 e 4/2016

197. O Passivo apresenta um saldo de Kz 5.179.785 milhões, um aumento de 50% comparado com o

Exercício de 2015, em que:

Aumento de 49% das reservas bancárias, explicado essencialmente pela contabilização das

Obrigações do Tesouro e contratos de financiamento entregues pelos bancos comerciais para

cumprimento de reservas obrigatórias em moeda nacional e moeda estrangeira, em linha com a

decisão da política monetária que resultou no instrutivo nº 2 e 4/2016;

Aumento de 57% do “Mercado monetário interbancário”, decorrente do aumento de aplicações

junto do BNA por parte dos bancos comerciais devido a entrada no mercado de um novo

instrumento (aplicações de curto prazo – 7 dias) substituindo as facilidades permanentes de

cedência e absorção de liquidez overnight;

Aumento de KZ 293.474 milhões do saldo da “Conta Única do Tesouro” (CUT) (21%), explicada

essencialmente pelo efeito de actualização cambial das posições em moeda estrangeira, tendo

este efeito sido parcialmente compensado pela redução destas posições decorrente dos

pagamentos efectuados em nome do Tesouro e pelo financiamento concedido pelo BNA;

Aumento de 702% das “Outras responsabilidades externas”, explicado maioritariamente pelo

aumento dos financiamentos obtidos por entidades externas em operações de venda com acordo

de recompra colaterizados por títulos da carteira própria (REPO);

Aumento de 77% dos “Outros valores passivos”, no montante de KZ 54.989.098 mil, explicado

essencialmente pelo registo das “Responsabilidades o fundo habitacional” e do adiantamento

referente a constituição do Banco da China;

198. Os Capitais Próprios do Banco Nacional de Angola, reportam um valor de Kz 856.469 milhões,

aumento 38% comparando com 2015, explicado por:

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |65

Aumento das diferenças de reavaliação cambial em KZ 236.103 milhões, bem como das

diferenças de justo valor do ouro e dos títulos de dívida soberana estrangeira em KZ 6.430

milhões,

Resultado do exercício de 31 de Dezembro de 2016 de KZ 4.521 milhões, e

Resultados transitados no montante de KZ 5.067 milhões, resultante da correcção de um erro

relativo a exercícios anteriores, identificado na rubrica “Notas e moedas em circulação”.

3.3.10. As Empresas do Sector Empresarial Público - ISEP

199. O Instituto para o Sector Empresarial Público cumpre com a missão de natureza técnica de:

Acompanhar e auxiliar a gestão das empresas públicas, com vista à realização de valor

acrescentado em máximas condições de eficiência;

Dar continuidade aos processos de privatizações e reprivatizações, redefinindo a política

subjacente a estes processos; e

Gerir e supervisionar a função accionista do Estado nas Empresas em que esse detém

participações.

200. As empresas que integram este sector, desempenham um papel importante na estratégia económica e

social do executivo, na medida em que são detentoras de capacidade administrativa, financeira e

patrimonial, e estão inseridas nos mais diversos sectores de actividade, destacando-se os sectores em que

o Estado detém reserva absoluta e relativa.

201. Para o Exercício de 2016, as empresas dos diversos sectores da nossa economia e actividade,

apresentaram os seus relatórios de gestão e contas, referente ao exercício em análise, permitindo assim

o processo anual de homologações de contas, a uma avaliação abrangente nos domínios da: (i)

governação pública, (ii) governação corporativa, (iii) estratégia, (iv) operações, (v) contabilidade e

prestação de contas, e (vi) a conformidade legal das respectivas empresas. Com isso, foi possível apurar

e avaliar a capacidade em termos de desempenho em todos os campos das respectivas empresas,

acompanhadas pelo ISEP, pelo “core business”, permitindo apurar a posição patrimonial nos sectores

de actuação, bem como o fluxo resumido da Demonstração dos Resultados.

Posição Patrimonial por Sector das Empresas Públicas (Valores em milhões de Kz)

N/O Sector Activo Passivo Capital Próprio

2016 2015 2016 2015 2016 2015

1 Finanças 2.847.627 1.894.245 2.526.406 1.648.312 321.025 245.396

1.1 Banca 2.198.608 1.768.805 1.953.744 1.585.634 244.674 182.635

1.2 Seguros 648.444 124.860 572.421 62.378 76.023 62.482 1.3 Finanças (Outros) 575 580 241 300 328 279

2 Petróleos 7.508.680 6.346.760 4.372.575 3.817.645 3.136.105 2.529.114

3 Economia 1.286.138 1.285.627 16.122 15.412 1.270.016 1.270.215 4 Agricultura 8.085 7.610 4.632 4.444 3.453 3.165

5 Pescas 4.222 3.624 1.625 1.709 2.597 1.915

6 Comércio 15.030 7.958 13.254 7.264 1.776 693 7 Geologia e Minas 68.042 65.801 37.041 34.139 31.000 31.663

8 Energia e Águas 1.543.333 1.217.403 824.180 534.625 719.153 682.778

9 Transportes 397.230 336.555 355.353 275.223 41.876 61.333 10 Defesa Nacional 14.031 17.074 5.520 8.527 8.511 8.564

11 Telecomunicações TI 6.699 6.174 3.444 2.975 3.255 3.722

12 Comunicação Social 77.089 77.470 32.923 29.667 44.166 47.803

13 Conselho de Ministros 10.591 10.080 9.081 8.652 1.708 1.427

14 Gov. Prov. Luanda 27.742 21.614 30.914 24.683 -3.172 -3.070

15 Total 13.814.539 11.297.995 8.233.070 6.413.277 5.581.469 4.884.718

Fonte: ISEP

Quadro 61 – Posição Patrimonial das Empresas do SEP

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |66

Resumo por Sector da Demonstração dos Resultados das Empresas do SEP (Valores em milhões de Kz)

N/O Sector Proveitos Resultados Operacionais RAI Resultados Líquidos

2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015

1 Finanças 203.678 159.165 -48.541 -14.691 -41.740 -13.034 -40.717 26.691

1.1 Banca 188.142 140.068 -49.519 -15.239 -41.596 -13.406 -41.596 25.606

1.2 Seguros 15.373 18.946 1.275 1.004 157 836 1.170 1.541 1.3 Finanças (Outros) 163 151 -297 -456 -301 -464 -291 -456

2 Petróleos 2.451.894 2.349.686 155.677 58.997 97.272 222 13.282 47.169

3 Economia 645 505 -156 -527 -199 -639 -199 -639 4 Agricultura 6.572 5.757 1.164 269 590 13 473 17

5 Pescas 7.923 6.779 210 181 141 57 141 39

6 Comércio 7.348 5.907 409 162 -161 -618 -161 -618

7 Geologia e Minas 2.132 3.834 -6.839 -3.877 1.597 1.858 1.984 1.858

8 Energia e Águas 466.211 262.399 24.507 -5.326 -5.471 -29.211 -14.637 -20.681

9 Transportes 152.896 138.309 -1.724 -10.420 -20.361 -58.946 -22.997 -61.684 10 Defesa Nacional 1.372 476 -326 -1.034 -25 -223 -53 -223

11 Telecomunicações TI 1.747 1.618 -78 -194 56 -121 56 -121

12 Comunicação Social 2.780 3.360 -326 -127 -357 -118 -357 -66 13 Conselho de Ministros 3.026 2.621 157 268 0 0 82 118

14 Gov. Prov. Luanda 12.568 16.431 156 115 0 91 126 91

15 Total 3.320.792 2.956.847 124.290 23.796 31.342 -100.669 -62.977 -8.049

Fonte: ISEP

Quadro 62 – Resumo por Sector da Demonstração de Resultados das Empresas do SEP

202. Ainda assim, abaixo apresentamos os indicadores económicos das Empresas Públicas com maior

volume de negócio, o que permite assim, avaliar o desempenho financeiro, bem como a robustez

económica das respectivas Empresas.

Indicadores Económicos das Empresas SEP (Valores em milhões de Kz)

N/O Indicadores Financeiros PRODEL ZEE TAAG PORTO

ENDIAMA TPA SONANGOL ENCTA LUANDA

1 Activo 610.354 1.286.138 179.274 35.580 62.860 21.905 7.508.680 6.699

2 Passivo 323.404 16.122 242.507 15.519 28.343 12.551 4.372.575 3.444 3 Capital Próprio 286.950 1.270.016 63.233 20.061 34.518 9.354 3.136.105 3.255

4 Resultados Líquidos 1863 199 15.124 -2.064 3.682 1.542 13.282 56

5 Autonomia Financeira 47,0% 98,75% -35,3% 56,4% 55,0% 42,7% 41,8% 48,6% 6 Solvabilidade 88,7% 7877,4% -26,1% 129,3% 121,8% 74,5% 71,7% 94,5%

7 Liquidez Geral 60,3% 2,6% 32,5% 179,9% 32,0% 181,5% 95,3% 154,1%

8 Rotação Activo 6,9% 0,03% 47,4% N/D 0,0% 5,2% 32,0% 9,7% 9 ROE (Return On Equity) 0,6% -0,02% 24,0% 36,7% -13,9% -16,5% 0,4% 1,7%

10 ROA (Return On Assets) 0,8% -0,01% -3,4% -10,3% 10,7% -7,2% 3,0% -1,2%

Fonte: ISEP

Quadro 63 – Indicadores Económicos das Empresas Públicas

3.3.11. Participações Directas do Estado em Empresas Públicas e no Estrangeiro

203. O Estado participa nas empresas do sector empresarial público de forma directa, nos diversos sectores

de actividade das respectivas empresas dentro do território angolano, bem como no estrangeiro, sendo

essas participações de forma maioritária ou mesmo de forma minoritária.

Participações Directas do Estado em Empresas Sedeadas no País N/O Sector Empresa Localização Part.%

1 Indústria

CUCA SARL Luanda 1% 2 EKA, SARL K. Norte 4%

3 Comércio FIL - FEIRA INTERNACIONAL DE LUANDA Luanda 33%

4 Hotelaria

HOTEL MOMBAKA Benguela 10% 5 HOTEL MUNDIAL Luanda 10%

6 Indústria

NGOLA, SA Huíla 1%

7 SIGA, SARL Luanda 0% 8 Mineiro SODIAM, SA Luanda 1%

9 Transportes STAR MOTORS ANGOLA, SARL Luanda 10%

Fonte: ISEP

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |67

Quadro 64 – Participações Directas do Estado no País

Participações Directas do Estado em Empresas Sedeadas no Estrangeiro N/O Designação da Sociedade Nº de Acções Detidas Localização

1 Royal Dutch Shel 20.219 REINO UNIDO

2 Abbot Laboratores 51.200 USA

3 Anadarko Petroleum Corp. 1.233 USA 4 BP, PLC 5.606 USA

5 CSX Corporation 3.600 USA

6 Chevron Texaco Corp. 2.648 USA 7 The Dow Chemical Company 2.416 USA

8 Exxcon Mobil Corp. 17.286 USA

9 International Paper Company 2.000 USA 10 Hospira Corporation 5.120 USA

11 Praxair Inc. 3.000 USA

Fonte: ISEP

Quadro 65 – Participações Directas do Estado no Estrangeiro

204. Como informado no relatório de 2015, os dividendos de todas as empresas são pagos directamente

na conta do ISEP. A performance global da carteira cresceu de 5.65% em comparação com 2015, este

crescimento é o fruto de bons resultados na indústria farmacêutica e de uma estabilização dos preços

no sector do petróleo.

205. Em regra, a maior parte das empresas aumentaram os pagamentos dos dividendos relativamente a

2015.

Dividendos recebidos em 2016/ Detalhado N/O Designação da Sociedade Valor Moeda N/O 2014 2015 2016

1 Abbott Laboratories 37.274 USD 1 Total de Dividendos recebidos em USD 93.989 124.238 108.693

2 Anadarko Petroleum Corp. 345 USD 2 Total de Dividendos recebidos em EUR 23.515 36.009 29.362 3 B.P. PLC 13.342 USD 4 Chevron Texaco 7.952 USD 5 CSX Corporation 1.814 USD 6 Dow Chemical Co. 3.112 USD 7 Exxon Mobil 36.059 USD 8 International Paper Company 2.496 USD 9 Praxair, INC 6.300 USD

10 Royal Dutch Shell 29.362 EURO

Fonte: ISEP

Quadro 66 – Quadro detalhado dos Dividendos recebidos

206. Durante o exercício económico de 2016, registaram-se os fluxos financeiros decorrentes dos valores

de alienação patrimonial de 5 (cinco) empresas/unidades de produção, tendo o Estado arrecadado o

valor de Kz. 128.413.848,39 (cento e vinte oito milhões, quatrocentos e treze mil e oitocentos e

quarenta e oito Kwanzas e trinta e nove cêntimos), e o ISEP arrecadou durante o mesmo período

receitas no valor de Kz. 7.829.639,00 (sete milhões, seiscentos e setenta mil e novecentos e quarenta

e seis Kwanzas e oitenta e seis cêntimos) inerente aos encargos emolumentares, que estão

depositados numa conta à sua Ordem no Banco Keve conforme se pode constatar no quadro abaixo:

Privatizações em 2016

N/O Empresa/Unidade de Produção Valor Alienação

USD Valor Pago KZ

Valor

Emolumentos

USD

Valor Pago Beneficiários

Kz

1 Califa/Imavest (5%) 11.591 1.922.744 - SICCAL

2 Fracção Autónoma da Encime 530.000 85.415.845 37.100 5.711.564 RIBER

3 Massas Centro e Sul(10%) 12.203 2.095.260 12.203 2.085.075 SOGEPANG 4 Poliang/Enepa, UEE 300.000 30.000.000 - - TRIMEX e ALNEPA

5 Rofil (30%) 152.428 8.980.000 - - Carlos Botelho/João Namede

6 Total 1.006.221 128.413.848 49.303 7.796.639

Fonte: ISEP

Quadro 67 – Privatizações em 2016

3.3.12. Subsídios a Preços Transferidos para as Empresas

207. A Política de Subsídios a preços é um instrumento de política económica importante, mas com

carácter provisorio, não sendo um modo de financiamento permanente. Tem como objectivo

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |68

fomentar o desenvolvimento de um determinado sector, e promover a transferência de rendas em

benefícios dos produtores, para o interesse público. Com isso, foi apurado um valor em Subsídios na

Ordem dos Kz 86.090 milhões.

Subsídios á Preço para as Empresas (Valores em milhões de kwanzas)

N/O SECTORES Produtos I T II T III T IV T Total

1

Derivados do Petróleo

Gasolina 0 0 0 0 0

2 Gasóleo 0 0 0 0 0

3 Petróleo 247 330 311 260 5.121

4 Ajustamento

SNLL - - - 4.825

5 LPG 5.381 6.748 5.968 4.854 44.737 6 Sub-Total 5.628 7.078 6.279 5.114 24.099

7

Energia Eléctrica

ENE - - 19.364

8 EDEL - - 5.359 9 ENDE 12.303 12.504 11.641 11.742 47.320

10 Sub-Total 12.303 12.504 11.641 11.742 48.190

11

Águas

EPAL 838 914 907 506 5.182 12 EASB 311 350 410 221 1.803

13 EASL 276 359 402 345 1.552 14 Sub-Total 1.425 1.623 1.719 1.072 5.839

15

Transportes Rodoviários

Urbanos

TCUL 134 451 582 459 148

16 Macon 436 685 814 711 3.153 17 TURA 240 228 245 239 1.274

18 Angoaustral-T4 372 479 406 290 2.085

19 SGO 300 267 264 293 1.707 20 Sub-Total 1.482 2.110 2.311 1.992 7.895

21 Transportes Marítimos TMA 21 21 13 12 67

22 Sub-Total 21 21 13 12 67

23 Total 20.859 23.336 21.963 19.932 86.090

Fonte: MINFIN

Quadro 68 – Subvenções Operacionais para as Empresas

208. Alguns produtos deixaram de ser subvencionados pelo Estado em 2016 devido à actual situação do

país:

Os Derivados do Petróleo, a Gasolina e o Gasóleo, deixaram de ser subvencionados quando

passaram para o Regime de Preços Livres; (Decreto Executivo n.º 235/15, de 30 de Abril e

Decreto Executivo n.º706/15, de 30 de Dezembro);

No caso da Energia Eléctrica, a ENE e a EDEL deixaram de ser subvencionadas, aquando da

reestruturação do negócio global da energia eléctrica e da sua estrutura organizativa através da

criação de unidades de negócio de Produção (PRODEL), Transporte (RNT) e Distribuição

(ENDE); (Decreto Presidencial n.º 305/14, de 20 de Novembro)

3.3.13. Benefícios Fiscais concedidos pelo Estado

209. A luz da Lei n.º 14/15 de 11 de Agosto, Lei do Investimento Privado, aos investimentos externos e

internos podem, de forma excepcional, ser concedidos incentivos com carácter temporário e com base

em critérios objectivos.

210. A Despesa Fiscal que ora se reporta resulta em grande parte da entrega destes benefícios cuja extensão

e temporalidade cabe ao Titular do Poder executivo ou aos departamentos ministeriais da actividade

dominante de um determinado investimento, como resulta das normas contidas nos artigos 46.º da citada

Lei 14/15 e 11.º do Decreto Presidencial n.º 182/15 de 30 de Setembro, Lei que aprova o Regulamento

do Investimento Privado.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |69

Requisitos dos Incentivos Fiscais

Fonte: MINFIN

Quadro 69 – Requisitos para Incentivos Fiscais

211. Ainda no que ao quadro legal dos incentivos que vêm sendo atribuídos aos investidores internos diz

respeito, cumpre referir o pacote de incentivos previstos na Lei n.º 30/11 de 13 de Setembro, Lei das

Micro, Pequenas e Médias Empresas, alterada pela Lei n.º 10/17 de 30 de Junho, o qual contribui, ainda

que numa menor escala, para o aumento da despesa fiscal mediante atribuição de incentivos a nível do

Imposto Industrial devido por estas e que de seguida se apresenta.

Incentivos às Pequenas e Médias Empresas

Descrição Localização das Zonas

Redução do

Imposto Industrial

por Zona

Redução do

Imposto Industrial

por Sociedades

Redução do

Imposto Industrial

por Actividades

ZONA A Cabinda, Zaire, Uige, Bengo, Kwanza Norte, Malanje, Kuando Kubango, Cunene, Namibe 50% 15% 7,50%

ZONA B Cuanza Sul, Huambo e Bié. 35% 19,50% 9,75%

ZONA C Benguela (exceptuando os municípios do Lobito e de Benguela) e da Huila (exceptuando o

município do Lubango). 20% 24% 12%

ZONA D Luanda, Municípios de Benguela e Lobito (Província de Benguela) e do Lubango (Província da

Huila). 10% 27% 13,50%

Fonte: MINFIN

Quadro 70 – Incentivos às Pequenas e Médias Empresas

212. O Valor dos benefícios fiscais inclui as Despesas fiscais dos impostos aduaneiros (isenção ao

pagamento de direitos e demais imposições) e Despesas fiscais dos impostos internos (fiscais)

(isenção/reduções ao pagamentos de diferentes impostos).

Incentivos Fiscais para 2016 (Valores em Kwanzas)

N/O Descrição Valor Part.%

1 Isenções Fiscais 92 066 581 884 44%

2 Isenções Aduaneiras 118 988 640 236 56%

3 Total 211 055 222 120 100% Fonte: MINFIN

Quadro 71 – Incentivos Fiscais no Exercício 2016

N/O Descrição Requisitos

1 Criação de Postos de Trabalho para nacionais

Até 50 postos > 50 <100 > 100 <500 > 500

2 5,00% 7,50% 10,00% 12,50%

3

Valor do Investimento em KZ equivalente a:

> USD 500 Mil > USD 5 milhões > USD 20 milhões > USD 50 milhões

4 <USD 5 milhões <USD 20 milhões <USD 50 milhões

5 5,00% 7,50% 10,00% 12,50%

6 Localização do Investimento

Zona «A» Zona «B»

7 7,50% 15,00%

8 Produção Agrícola/Pecuária/Silvícola/Pescas e Agroindústrias

Zona «A» Zona «B»

9 7,50% 15,00%

10

Produção destinada à Exportação Até 25%

> 25% > 50% > 75%

11 <50% <75%

12 7,50% 10,00% 12,50% 15,00%

13

Participação de Accionistas Angolanos

> 10% > 20% <35% > 45%

14 <20% <35% <45% <50%

15 7,50% 10,00% 12,50% 15,00%

16

Valor acrescentado nacional Até 25%

> 25% > 50% > 75%

17 <50% <75%

18 7,50% 10,00% 12,50% 15,00%

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |70

213. Valor total da Despesa fiscal, traduzida em benefícios fiscais em 2016, está estimado em KZ 211.055

milhões sendo que as isenções concedidas as importações de bens representam cerca de 56% do total.

214. O valor dos incentivos fiscais (isenções fiscais) aos projectos de investimentos concedidos no âmbito

da Lei do Investimento Privado representam cerca de 95% do total desta despesa tendo atingido a cifra

de Kz 87.550 milhões, as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) beneficiaram-se de 5% do

respetivo valor, cerca de Kz 4.517 milhões.

215. No entanto, as isenções aduaneiras foram concedidas às importações de bens para o Sector Petrolífero

e Minério no valor de Kz 53.109 milhões (cerca de 45% do valor total das isenções aduaneiras); na

importação de bens da Cesta Básica cerca de Kz 38.364 milhões (representando 32% do total); na

importação de matéria-prima às empresas do sector produtivo e outros bens para a promoção do

investimento privado o equivalente a Kz 15.358 milhões (representando cerca de 13%) e outros com

cerca de 10% do total das isenções aduaneiras concedidos às importações.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |71

Quadro Explicativo das Contas de Interferências e Mutações Patrimoniais Activas e Passivas

Quadro 72 – Interferências e Mutações Patrimoniais Activas e Passivas

CONTA E FUNÇÃO NATUREZA CONCEITO

ORÇAMENTAL

Referem-se as operações de carácter financeiro que envolvem mais de

um Órgão Dependente, tais como as operações das linhas de crédito, nas

quais a despesa ou a receita orçamental está prevista num OD e a gestão

da respectiva dívida em outro OD. Entretanto, os valores se anulam

contabilisticamente em cada operação por serem iguais. Isso se dá em

função do SIGFE contabilizar simultaneamente os factos contabilísticos

em todas Unidades afectadas por tais facto.

EXTRA-ORÇAMENTAL

Esse grupo serve também para registar eventuais ajustes de saldos de

natureza financeira ainda não incorporados ao SIGFE e detectados ao

longo do exercício. Tais saldos não anulam entre si, por serem tratados

de forma individual ao nível de cada OD.

ORÇAMENTAL

Quando estão no contexto da execução orçamental, por exemplo a

aquisição de bens de capital ou a amortização de obrigações previstas no

orçamento. Nessa condição, há uma variação patrimonial positiva pelo

registo da incorporação dos componentes do activo ou pela baixa dos

passivos via extinção da obrigação. Assim é feito o registo contabilístico

no grupo das mutações activas para compensar o valor lançado como

despesa orçamental, sem afectar o resultado patrimonial do exercício

por uma despesa que é exclusivamente orçamental.

EXTRA-ORÇAMENTAL

Quando não estão no contexto da execução orçamental, por exemplo a

incorporação de bens de capital ou a baixa das obrigações não previstas

no orçamento, tais como o recebimento de um bem como doação ou o

cancelamento de uma obrigação. Assim é feito o registo contabilístico

nesse grupo e por consequência afecta somente o resultado patrimonial

do exercício.

ORÇAMENTAL

Quando estão no contexto da execução orçamental da receita, por

exemplo, a alienação de bens de capital ou a contratação de obrigações

previstas no orçamento. Nessa condição, há uma variação patrimonial

negativa pelo registo do abate dos componentes do activo ou pela

incorporação de passivos. Assim é feito o registo contabilístico no grupo

das mutações passivas para compensar o valor lançado como receita

orçamental sem afectar o resultado patrimonial do exercício, por uma

receita que exclusivamente orçamental.

EXTRA-ORÇAMENTAL

Quando não estão no contexto de execução orçamental, por exemplo, o

abate de bens de capital ou a incorporação de obrigações não previstas

no orçamento, tais como a concessão de um bem a título de doação ou a

recuperação de uma obrigação anteriormente cancelada. Assim é feito o

registo contabilístico nesse grupo e por consequência afecta somente o

resultado patrimonial do exercício.

INTERFERÊNCIAS ACTIVAS E

PASSIVAS

MUTAÇÕES PATRIMONIAIS

ACTIVAS (referem-se aos

reflexos dos registos

contabilísticos dos factos que

provocam variação positiva

nos activos e passivos e

podem ser de natureza

orçamental e extra-

orçamental ).

MUTAÇÕES PATRIMONIAIS

PASSIVAS(referem-se aos

reflexos dos registos

contabilísticos dos factos que

provocam variação negativa

nos activos e passivos e

podem ser de natureza

orçamental e extra-

orçamental)

1

2

3

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |72

4. CONCLUSÃO

216. A Conta Geral do Estado (CGE), é um instrumento relevante para mostrar de forma transparente os

fluxos orçamentais e financeiros e as variações patrimoniais ocorridas durante um exercício económico,

bem como a situação financeira e patrimonial do Estado no final de cada ano.

217. Com isso, para o Exercício 2016, caracterizado ainda pela diminuição da Receitas do sector Petrolífero,

o que de certa forma condiciona a execução e/ou cumprir com algumas metas estabelecidas, resumiu-se

no seguinte:

a) O aumento continuo da transparência, ao aumentar o numero de registos no SIGFE, como sendo

a plataforma da execução do OGE;

b) Stock da Dívida Pública fixado em 73% e Dívida Governamental 64% em relação ao Produto

Interno Bruto;

c) Deficit fiscal na ordem dos Kz 634,2 mil milhões, apurado excluindo as Receitas de

Financiamento e Despesas com a Amortização de Passivos Financeiros, equivalente a 3,8% do

Produto Interno Bruto, contra os 5,9% estimado para o OGE revisto;

d) Saldo Orçamental Global Positivo no valor Kz 516.186 milhões, resultado do financiamento da

proveniente do Banco de Desenvolvimento da China no Exercício de 2015, com impacto no

Exercício de 2016 no âmbito dos registos, regularizações e apuramento da Receita Total;

e) Saldo Financeiro positivo no valor de Kz 295.768 milhões numa visão de fluxos reais, 104%

abaixo quando comparado com o Exercício de 2015;

f) Redução dos Restos a Pagar com incidência de tesouraria em 36% em relação ao Exercício de

2015; e

g) Resultado do Exercício Negativo no valor de Kz 3.270.355 milhões, o que afecta o Património

Líquido Acumulado, que para o Exercício de 2016 é de Kz 2.433.124 milhões, uma redução de

60% em relação ao Exercício de 2015.

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |73

5. GLOSSÁRIO/ACRÓNIMOS

Activo Circulante - Disponibilidades de numerário, recursos a receber, antecipações de Despesa, bem como outros

bens e direitos pendentes ou em circulação, realizáveis até o término do exercício seguinte

Activo Patrimonial -Conjunto de valores e créditos que pertencem a uma entidade

Activo Permanente - Bens, créditos e valores cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa

Activo Realizável a longo prazo - Direitos realizáveis normalmente após o término do exercício seguinte

Actividades Permanentes - Componente do Orçamento de Funcionamento referente à actividade básica dos órgãos

que integram a Administração do Estado ou estejam sob a sua tutela

Ajuste Orçamental - Designa alterações às dotações inicialmente inscritas no OGE

AGT - Autoridade Geral Tributária

ANIP - Agência Nacional de Investimento Privado

Balanço - Demonstrativo contabilístico que apresenta, num dado momento, a situação do património da entidade

pública

Balanço Financeiro - demonstrará a receita e a Despesa orçamental, bem como os pagamentos e recebimentos de

natureza extra-orçamental, conjugados com o saldo em espécie proveniente do exercício anterior e os que se

transferem para o exercício seguinte

Balanço Patrimonial - O balanço patrimonial é uma demonstração contabilística que tem por finalidade apresentar

a posição contabilística financeira e económica de uma entidade em determinada data, representando uma posição

estática (posição ou situação do património em determinada data)

Balanço Orçamental - é a demonstração contabilística pública que discrimina o saldo das contas de receitas e

Despesas orçamentais, comparando as parcelas previstas e fixadas com as executadas

Balancete - É um instrumento para verificar se os lançamentos contabilísticos realizados no período estão

correctos Este instrumento, embora de muita utilidade, não detectará toda amplitude de erros que

possam existir, nos lançamentos contabilísticos Bbl - Biliões de barris

BBA - British Banker´s Association

BNA - Banco Nacional de Angola

BDA - Banco de Desenvolvimento Angolano

BRICS - Grupo de países Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul

BODIVA - Bolsa de Valores e Derivados de Angola

Cabimentação – É o acto emanado pela autoridade competente que consiste em se deduzir do saldo de

determinada dotação do orçamento a parcela necessária a realização da Despesa aprovada e que assegura ao

fornecedor que o bem ou serviço é pago, desde que observadas as condições acordadas

Categoria Económica - Elemento agregador de naturezas de receita/Despesa com o mesmo objecto

Classificação Funcional - Classificação da Despesa de acordo com a área de acção governamental que ela permite

atingir

Classificação das Contas Públicas - Agrupamento das contas públicas segundo a extensão e compreensão dos

respectivos termos Extensão de um termo é o conjunto dos indivíduos ou objectos designados por ele;

compreensão desse mesmo termo é o conjunto das qualidades que ele significa, segundo a lógica formal Qualquer

sistema de classificação, independentemente do seu âmbito de actuação (receita ou Despesa), constitui

instrumento de planeamento, tomada de decisões, comunicação e controlo

CGE - Conta Geral do Estado

Défice orçamental/Défice - Considera-se défice orçamental quando o saldo orçamental é negativo, isto é, as

Despesas superam as receitas públicas

A

B

C

D

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |74

Despesa Cabimentada - Corresponde ao total da Despesa para o qual existe nota de cabimentação emitida Sendo

que por cabimentação da Despesa se deve entender o acto pelo qual autoridade competente deduz do saldo de

determinada dotação do orçamento a parcela necessária à realização da Despesa aprovada

Despesas Corrente - Classificam-se aqui as Despesas ligadas à manutenção ou operação de serviços anteriormente

criados, bem como transferências com igual propósito. Enquadram-se aqui as Despesas de carácter operacional,

decorrentes das acções desenvolvidas pelo organismo no cumprimento de sua missão institucional, como por

exemplo, pagamento de pessoal e as contribuições do empregador, a aquisição de materiais de uso corrente (bens)

e a contratação de serviços para o funcionamento do organismo ou ainda as transferências a serem utilizadas, pelo

organismo destinatário, em Despesas desta natureza

Despesa de Capital - Despesas destinadas à formação ou aquisição de activos permanentes, à amortização da

Dívida, à concessão de financiamentos ou constituição de reservas, bem como transferências efectuadas com igual

propósito

Despesa Liquidada - Corresponde ao total da Despesa para com o qual se procedeu já à verificação do direito do

credor, com base nos títulos e documentos comprovativos do respectivo crédito

Demonstração da Variação Patrimonial - Evidenciará as alterações verificadas no património, resultantes ou

independentes da execução orçamental, e indicará o resultado patrimonial do exercício

DNOE - Direcção Nacional do Orçamento do Estado

DNT - Direcção Nacional do Tesouro

Execução Financeira – Utilização dos recursos financeiros visando atender à realização dos subprojectos e/ou

subactividades, atribuídos às unidades orçamentárias

Exercício Financeiro - Período que corresponde à execução orçamental e coincide com o ano civil

Execução Orçamental das Despesa - Utilização dos créditos consignados no Orçamento Geral do Estado e nos

créditos adicionais, visando à realização dos subprojectos / subactividades atribuídos às unidades orçamentárias

EUA - Estados Unidos de América

EP - Empresa Pública

Fonte de Recurso - A Fonte de recurso identifica quer a origem quer o destino das receitas A mesma classificação

quando utilizada para caracterizar as Despesas, visa identificar a origem dos recursos que suportam as mesmas

Função do Estado - Classifica as Despesas de acordo com a área da sociedade que a acção governamental pretende

atingir

FMI - Fundo Monetário Internacional

FEES - Comissões

FSDE - Fundo Soberano de Angola

FND - Fundo Nacional de Desenvolvimento

GERI – Gabinete de Estudos e Relações Internacionais

IPC - Índice de Preços do Consumidor

INSS - Instituto Nacional de Segurança Social

IRT - Imposto sobre o Rendimento de Trabalho

IAS/IFRS - Normas Internacionais de Relato Financeiro

ISEP - Instituto para o Sector Empresarial Público

Kz - Kwanzas

E

F

G

I

K

L

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |75

Liquidação da Despesa – É a verificação do direito do credor, fase em que a Dívida é efectivamente assumida,

com base nos títulos e documentos comprovativos do respectivo crédito

LIBOR - London InterBank Offered Rate

MINFIN - Ministério das Finanças

MINCO - Ministério do Comércio

MINSA - Ministério da Saúde

MINARS - Ministério da Assistência e Reinserção Social

MED - Ministério da Educação

MINCULT - Ministério da Cultura

MPDT - Ministério do Plano e Desenvolvimento Territorial

Natureza - Classificação da receita/Despesa de acordo com a natureza económica da mesma, identificando

claramente o objecto da receita/Despesa

Nota de Lançamento - Permite registar eventos contabilísticos não vinculados a documentos específicos (SIGFE)

ND - Não Disponível

Orçamento Ajustado - Créditos orçamentais que reflectem os ajustes efectuados ao Orçamento Inicial

Orçamento Aprovado/Inicial - Créditos iniciais aprovados pela Assembleia Nacional e instituídos pela Lei

Orçamental

Orçamento de Funcionamento - Componente do Orçamento referente à actividade básica dos órgãos que integram

a Administração do Estado ou estejam sob a sua tutela, bem como projectos e programas específicos que não se

enquadram no Programa de Investimentos Públicos (PIP)

Órgão Dependente (OD) - Unidade administrativa dos órgãos ou de serviços da Administração do Estado ou da

Administração Autárquica, fundos e serviços autónomos, instituições sem fins lucrativos financiadas

maioritariamente pelos poderes públicos ou a segurança social, que constituem as unidades orçamentais

Órgão do Governo - São os departamentos ministeriais, governos provinciais, órgãos sectoriais e não sectoriais

através dos quais o Estado cumpre as atribuições definidas na Constituição

Órgãos de Soberania - São órgãos de soberania o Presidente da República, Assembleia Nacional e os Tribunais

A formação, a composição, a competência e o funcionamento dos órgãos de soberania são os definidos na

Constituição

Ordem de Saque - É um instrumento de pagamento de utilização exclusiva do Estado, que possibilita a realização

da fase de pagamento da Despesa pública

OGE - Orçamento Geral do Estado

OT - Obrigações do Tesouro

OD - Órgão Dependente

Passivo Circulante - Depósitos, restos a pagar, antecipações de receita, bem como outras obrigações pendentes ou em

circulação, exigíveis até o término do exercício seguinte

Património Liquido - Capital autorizado, as reservas de capital e outras que forem definidas, bem como o resultado

acumulado e não destinado Património Público - Conjunto de bens à disposição da colectividade

Programa de Investimentos Públicos (PIP) - Programa de investimento com vista à criação, reabilitação,

ampliação, manutenção ou renovação das capacidades de prestação de serviços e fornecimento de bens pela

administração pública directa ou pela administração pública indirecta do Estado Não se integram no conceito de

investimento público os gastos de natureza corrente aplicados à manutenção e reparações normais e cíclicas dos

empreendimentos

Programa Específico - Programa que traduz uma prioridade do governo, definido em âmbito e em tempo de

execução, mas que apesar de não constituir actividade básica da unidade orçamental não integra o Programa de

Investimentos Públicos

M

N

O

P

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |76

Proposta Orçamental (N+1) - Valor da proposta de orçamento para o ano N+1, registada no SIGFE

PIB - Produto Interno Bruto

PAE - Plano Anual de Endividamento

Receita Ajustada - Previsão de receita que reflecte a revisão da receita inicialmente estimada

Ano fiscal (12 meses)

Receita de Capital - Refere-se às receitas provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de operações

de crédito e da conversão em espécie de bens e de direitos

Receita Corrente - Refere-se às receitas que se renovam em todos os períodos financeiros designadamente,

receitas tributárias, patrimoniais, de serviços ou ainda transferências recebidas

Receita Inicial - Previsão de receita aprovada pela Assembleia Nacional

Restos a Pagar – As Despesas cabimentadas, liquidadas e não pagam até ao encerramento do exercício financeiro,

após devidamente reconhecidas pela autoridade competente

REP - Receita Estratégica Petrolífera

REPIB - Receita Estratégica Petrolífera de Infra-estrutura de Base

ROA (Return on Assets) – indicador da Rentabilidade dos Activos, em gerar retornos financeiros, e/ou procura a

efeciencia e capacidade de gestão dos Activos das Empresas em termos de produção de resultados financeiros

ROE (Retun in Equity) – indicador da Rentabilidade dos Capitais Próprios em gerar retornos financeiros, e/ou

apura a eficiência e capacidade de gestão de investimentos dos detentores de capital da empresa em termos de

produção de resultados financeiros

Saldo Corrente - Representa o valor da diferença entre a receita corrente e a Despesa corrente

Saldo de Capital - Representa o valor da diferença entre a receita de capital e a Despesa de capital

Saldo Orçamental - Representa o valor da diferença entre receitas do Estado e Despesas do Estado

Superavit orçamental - Considera-se superavit orçamental quando o saldo orçamental é positivo, isto é, quando

as receitas superam as Despesas públicas

SIGFE - Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado

SCE - Sistema Contabilístico do Estado

Taxa de Execução (Projecção Linear) - Indicador, em percentagem, do resultado da taxa de execução para o

presente exercício económico tomando por referência a projecção linear da Despesa Paga

Taxa de Execução Efectiva (Despesa Liquidada) - Indicador, em percentagem, resultante da relação entre a

Despesa liquidada no período em análise, para uma dada rúbrica de Despesa e o orçamento inicial

Taxa de Execução Efectiva (Despesa Paga) - Indicador, em percentagem, resultante da relação entre a Despesa

paga no período em análise, para uma dada rúbrica de Despesa e o orçamento inicial

Taxa de Execução Efectiva da Receita - Indicador, em percentagem, resultante da relação entre a receita

arrecadada no período em análise, para uma dada rúbrica de receita e a previsão inicial

Taxa de Execução Padrão - Indicador, em percentagem, que apresenta a taxa de execução esperada para o

período em análise tomando por hipótese uma execução linear

Ton – Toneladas

Unidade Orçamental (UO) - Órgão do Estado ou da Autarquia, ou o conjunto de órgãos, ou de serviços da

Administração do Estado ou da Administração Autárquica, fundos e serviços autónomos, instituições sem fins

lucrativos financiadas Minoritariamente pelos poderes públicos e a segurança social a quem foram consignadas

dotações orçamentais próprias

UGD - Unidade de Gestão da Dívida, faz parte das Direcções do Ministério das Finanças

USD - Dólares dos Estados Unidos da América

R

S

T

U

V

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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |77

Variação Homóloga - Variação relativa (em valor percentual) do valor do ano em análise face ao valor em

idêntico período do ano anterior

VAB - Valor Acrescentado Bruto

WEO - Word Economic Outlook

W