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MERITUS PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS MERITUS EDITORA Atendimento: Meritus Concursos Públicos (31) 3194-8080 fax (31) 3194-8080 Meritus Editora (31) 3194-8081 www.editorameritus.com.br EDIÇÃO 01/2012 Editoração Eletrônica: Meritus Editora Ltda LÍNGUA PORTUGUESA (TODAS AS TURMAS)

Exercicio de Portugues Fundep

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  • meritus preparatrio para concursos

    meritus eDitora

    Atendimento:Meritus Concursos Pblicos

    (31) 3194-8080fax (31) 3194-8080

    Meritus Editora (31) 3194-8081

    www.editorameritus.com.br

    Edio 01/2012

    Editorao Eletrnica: Meritus Editora Ltda

    lngua portuguesa

    (toDas as turmas)

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    Instruo: As questes de 01 a 20 relacionam-se com o texto abaixo. Leia-o com ateno antes de responder a elas.

    COESO TEXTUAL

    Os vestibulares j esto a. Quem l atentamente o programa de portugus de vestibulares e concursos certamente encontra um item curto e grosso: "coeso textual".

    A coeso se ocupa essencialmente da "costura" do texto, o que inclui, por exemplo, o emprego de termos que conectam as partes (uma palavra que retoma ou substitui outra, j citada, por exemplo). Quando a coeso bem-feita, a leitura do texto flui, isto , no necessrio voltar s passagens anteriores para que se saiba do que ou de quem se fala.

    Um dos expedientes de coeso mais utilizados o lexical. Como se sabe, o lxico o "repertrio de palavras existentes numa determinada lngua" ("Houaiss"). Num texto sobre futebol, ocorre coeso lexical quando se emprega, por exemplo, "o atacante" no lugar de um jogador que exera essa funo. bvio que o emprego de "o atacante" s possvel se o nome do jogador em questo j tiver sido citado no texto.

    Bem, na verdade, a julgar pelo que se anda lendo aqui e ali, o meu " bvio" no to bvio assim. Veja este trecho, retirado de um site: "Duas pessoas morreram e uma ficou ferida aps terem sido atropeladas na manh deste sbado. [...] Segundo o Corpo de Bombeiros, as vtimas eram ajudantes de jardinagem. Eles trabalhavam no local quando o motorista do Toyota Hilux perdeu o controle da direo e invadiu o canteiro. [...] O motorista do carro, um bancrio de 32 anos, foi preso em flagrante por homicdio doloso... [...] O homem se recusou a passar pelo teste do bafmetro, mas, segundo o tenente da PM, Lus Gomes, o motorista apresentava sinais de embriaguez, como... [...] Alm disso, foram encontradas garrafas de bebidas alcolicas no veculo. Na delegacia, ele admitiu que voltava de uma balada, onde havia ingerido bebida alcolica. O bancrio foi levado ao Instituto Mdico Legal para a realizao de exame de dosagem alcolica ou exame clnico". Ufa! Voc, caro leitor, percebeu que, de acordo com o texto, existe apenas um Toyota Hilux na cidade em que ocorreu o acidente? Se no percebeu, volte ao texto, por favor.

    Notou tambm a verdadeira "salada" para se fazer referncia ao motorista do tal veculo? Num dos casos, ocorre um caso tpico de mau emprego do expediente de coeso.

    O caro leitor quer se preparar para as j tradicionais questes que pedem que se reescrevam adequadamente trechos como o que vimos? So muitos os sites que so ultracarregados de textos ruins. Reescreva-os. Material no falta. V luta, pois. isso.

    PASQUALE, Cipro Neto. Folha de S. Paulo, 8 de dezembro 2011(Texto adaptado).

    01) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Assinale a alternativa que no pode ser confirmada pelo texto.a) Quando a coeso bem articulada, ganha-se

    em termos de fluidez da leitura, j que no necessrio retornar a trechos j lidos para se entender bem o texto.

    b) A referncia ao Toyota Hilux no texto transcrito do site exemplo de construo de texto mal elaborado, no que se refere coeso textual.

    c) O autor sugere que o exemplo por ele transcrito exceo, j que, no geral, as publicaes tm se esmerado na produo de textos, sobretudo no que se refere coeso.

    d) O autor faz uso de recursos que o aproximam do leitor, como, por exemplo, quando se dirige ao destinatrio do artigo, mediante o uso de vocativo.

    02) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Assinale a alternativa que contm a nica afirmativa que pode ser confirmada pelo texto.a) O autor confirma, pelo exemplo retirado do

    site, a sua convico de que, para que se utilize um termo no lugar de outro, necessrio que o primeiro termo j tenha sido expresso.

    b) A ambiguidade gerada pela m elaborao do texto transcrito do site d a entender que as vtimas estavam alcoolizadas.

    c) Ao dizer que existia um nico Toyota Hilux na cidade em que ocorreu o acidente, o autor revela uma informao que ele detinha, mas que o texto no explicita.

    d) O autor sugere que existem vrios tipos de mecanismos para se organizar a coeso textual.

    03) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) De acordo com o conceito apresentado no texto, h um exemplo de coeso textual lexicala) quando se usa a expresso as vtimas (linha

    25) para se fazer referncia aos vocbulos destacados em duas pessoas morreram e uma ficou ferida. (linhas 22-23)

    b) na explicitao contida no aposto coeso textual, que segue a expresso item curto e grosso. (linha 3)

    c) na utilizao da palavra costura para ilustrar e explicar o que vem a ser coeso. (linha 5)

    d) quando se introduz o texto com uma expresso como os vestibulares esto a. (linha 1)

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    04) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Assinale a alternativa que contm um termo que no se refere a um mesmo indivduo.a) O tenenteb) O bancrioc) O homemd) O motorista

    05) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Notou tambm a verdadeira salada para se fazer referncia ao motorista do tal veculo? (linha 42-43)

    A salada de que se fala no texto se referea) s diferentes formas de fazer referncia textual

    ao motorista.b) confuso provocada pelo excesso de

    personagens envolvidas no caso narrado.c) mescla de pronomes utilizados para fazer

    aluso a um mesmo indivduo.d) mistura do texto transcrito do site de notcias

    com o texto do articulista.

    06) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) A coeso se ocupa essencialmente da costura do texto, o que inclui, por exemplo, o emprego de termos que conectam as partes (uma palavra que retoma ou substitui outra, j citada, por exemplo). (linhas 5-7)

    Considerando-se o conceito de coeso textual expresso no texto, identifique a alternativa em que a relao de substituio ou retomada do termo destacado, no trecho acima, com o termo entre colchetes esteja correta.a) [...] as partes (uma palavra que retoma ou

    substitui outra [...]) = [parte]b) [...] o que inclui, por exemplo [...] = [o texto]c) [...] o emprego de termos que conectam [...] =

    [ emprego]d) [...] uma palavra que retoma [...] = [palavra]

    07) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Ufa! Voc, caro leitor, percebeu que, de acordo com o texto, existe apenas um Toyota Hilux na cidade em que ocorreu o acidente? (linhas 38-41)

    A interjeio sublinhada passa, sobretudo, a ideia dea) interrogao.b) alvio.c) deboche.d) dvida.

    08) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Assinale a alternativa

    em que o tempo ou o modo da forma verbal sublinhada seja diferente em relao s formas

    sublinhadas nas demais alternativas.

    a) Quem l atentamente o programa de portugus

    de vestibulares e concursos certamente encontra

    um item curto e grosso [...]. (linhas 1-3)

    b) Veja este trecho, retirado de um site. (linha 22)

    c) [...] ocorre coeso lexical quando se emprega, por exemplo, o atacante [...]. (linhas 15-16)

    d) Os vestibulares j esto a. (linha 1)

    09) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Desconsideradas as al-

    teraes de sentido, assinale a alternativa em que a

    nova redao esteja correta quanto concordncia

    verbal.a) Um dos expedientes de coeso mais utilizados

    o lexical. (linhas 12-13)

    Um dos expedientes de coeso mais utilizados

    so o lexical.b) [...], de acordo com o texto, existe apenas

    um Toyota Hilux na cidade em que ocorreu o acidente? (linhas 39-41)

    [...] de acordo com o texto, existe muito poucos

    carros na cidade em que ocorreu o acidente?c) Num texto sobre futebol, ocorre coeso lexical

    quando se emprega [...] (linhas 15-16)

    Num texto sobre futebol, ocorre exemplos de

    coeso lexical quando se emprega [...]

    d) Quem l atentamente o programa [...]

    certamente encontra um item curto e grosso [...]. (linhas 1-3)

    Aqueles que leem atentamente o programa [...] certamente encontram um item curto e

    grosso [...]

    10) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Reescreva-os. Material

    no falta. (linhas 49-50)

    Assinale a alternativa que contm uma redao

    em que se preservam a coerncia e o sentido do

    texto.a) Reescreva-os, visto que no falta material.

    b) Ainda que no falte material, reescreva-os.

    c) Reescreva-os, desde que no falte material.

    d) Reescreva-os para que no falte material.

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    11) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Assinale a alternativa que contm uma afirmativa linguisticamente correta.a) Pelas regras de acentuao grfica, o plural do vocbulo item deve ser grafado com acento agudo.b) A expresso as vtimas (linha 25) totalmente invarivel quanto ao gnero.c) Apesar da grafia utilizada em formas verbais como inclui, flui e substitui, outros verbos com infinitivo em

    UIR tm grafia diferente: possue, institue, restitue.d) Em [...] trechos como o que vimos (linha 48), a forma verbal o passado do verbo VER, que coincide com

    o pretrito de VIR.

    12) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) [...] ocorre um caso tpico de mau emprego do expediente de coeso. (linhas 44-45)

    Desconsideradas as alteraes de sentido, assinale a alternativa que contm um erro de ortografia.a) Surge um caso tpico de m utilizao do expediente de coeso.b) Aparece um tpico caso em que o expediente de coeso foi mal utilizado.c) Nota-se um caso tpico em que se utilizou mal o expediente de coeso.d) Ocorre um tpico caso de utilizao, com mal jeito, do expediente de coeso.

    13) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Assinale a alternativa que apresenta um verbo abundante. O particpio assume forma diferente quando o auxiliar o verbo TER.a) So muitos os sites que so ultracarregados de textos ruins. (linhas 48-49)

    O jornalista tinha _________ os sites com textos ruins.b) Alm disso, foram encontradas garrafas de bebidas alcolicas no veculo. (linhas 33-34)

    A polcia tinha ___________ garrafas de bebidas alcolicas no veculo.c) O bancrio foi levado ao Instituto Mdico Legal [...]. (linhas 36-37)

    A polcia tinha __________ o bancrio para o Instituto Mdico Legal.d) O motorista do carro, um bancrio de 32 anos, foi preso em flagrante por homicdio doloso [...]. (linhas

    28-30)O policial tinha _________ o motorista do carro.

    14) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Na delegacia, ele admitiu que voltava de uma balada, onde havia ingerido bebida alcolica. (linhas 34-36)

    A forma verbal simples que corresponde exatamente ao tempo e modo da forma composta sublinhada acima a) ingeriu.b) ingeria.c) ingerira.d) ingeriria.

    15) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Como se sabe, o lxico o repertrio de palavras existentes numa determinada lngua. (linhas 13-14)

    Assinale a alternativa em que o uso das aspas tem a mesma justificativa que no trecho acima sublinhado.a) A coeso se ocupa essencialmente da costura do texto [...]. (linhas 5-6)b) [...] certamente encontra um item curto e grosso: coeso textual. (linhas 3-4)c) Duas pessoas morreram e uma ficou ferida [...] (linha 22-23) dosagem alcolica ou exame clnico. (linha 38)d) [...] (Houaiss). (linha 15)

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    16) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) [...] no necessrio voltar s passagens anteriores para que se saiba do que ou de quem se fala. (linhas 9-11)

    O uso do acento indicativo de crase continua correto, se substituirmos o trecho sublinhado pora) quilo que j se leu.b) alguma das pginas anteriores.c) pginas que j foram lidas.d) uma pgina anterior.

    17) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Assinale a alternativa em que a anlise apresentada entre colchetes no corresponde ideia expressa pela orao sublinhada.a) [...] o emprego de o atacante s possvel se o nome do jogador em questo j tiver sido citado no texto.

    (linhas 18-19) [IDEIA DE CONDIO]b) [...] ocorre coeso lexical quando se emprega, por exemplo, o atacante no lugar de um jogador que exera

    essa funo. (linhas 15-17) [IDEIA DE MODO]c) Como se sabe, o lxico o repertrio de palavras existentes numa determinada lngua [...]. (linhas 13-14)

    [IDEIA DE CONFORMIDADE]d) Eles trabalhavam no local quando o motorista do Toyota Hilux perdeu o controle da direo [...]. (linhas

    26-28) [IDEIA DE TEMPO]

    18) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Reescreva-os. (linha 49)

    Analise as seguintes afirmativas referentes ao perodo acima.I- O pronome os se refere a sites.II- O verbo est no modo imperativo.III- O pronome os pode ser substitudo, sem prejuzo da correo, por eles.IV- A forma de plural seria reescrevam-os.

    A anlise permite concluir que esto corretasa) trs das afirmativas.b) apenas as afirmativas I e IV.c) apenas as afirmativas I e II.d) apenas as afirmativas III e IV.

    19) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Na delegacia, ele admitiu que voltava de uma balada, onde havia ingerido bebida alcolica. (linhas 34-36)

    O termo sublinhado pode ser substitudo, sem que haja erro lingustico, pora) em cuja.b) aonde.c) de que.d) durante a qual.

    20) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) V luta, pois. (linha 50)

    Assinale a alternativa em que a redao no mantm a ideia bsica do trecho acima e nem preserva a relao de concluso que existe entre as oraes.a) V, todavia, luta.b) Logo, v luta.c) Portanto, v luta.d) V, ento, luta.

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    Instruo: As questes de 21 a 30 se referem ao texto abaixo. Leia-o com ateno antes de responder s questes.

    Excelentssimo Senhor Juiz de Direito,

    O MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no exerccio de suas atribuies legais, vem intentar:

    PEDIDO DE MEDIDAS PROTETIVAS DE URGNCIA, com base na Lei n. 11.340/06, pelas razes que ora se apresentam, em favor de:

    FULANA DE TAL, qualificao, _______________.

    Desta forma, expe e solicita:

    A vtima acima qualificada compareceu sede desta Promotoria esclarecendo que foi ofendida com palavras de baixo calo e ameaada de despejo por seu ex-companheiro, FULANO DE TAL.

    Alega a vtima que Fulano de tal, o agressor, seu ex-amsio, a tem perseguido de forma constrangedora em via pblica, valendo-se para tal atitude do momento em que se dirige portaria do prdio em que reside a vtima, em busca do seu filho menor de idade, j que os genitores compartilham, por determinao legal, a guarda do garoto. Ocorre que o agressor vem humilhando e ameaando a vtima na portaria do edifcio residencial da declarante, no se importando sequer com a presena de testemunhas.

    MM. Juiz, os fatos narrados tm ocorrido devido revogao parcial das medidas protetivas concedidas em 17/03/2008, mediante habeas corpus, fato que levou o agressor a se sentir mais seguro por se ver proibido de frequentar to somente a residncia da declarante. Presume-se, porm, que o hall e a portaria de um edifcio so parte do imvel, por prestarem-se circulao dos moradores, inclusive, no caso, da declarante.

    Podemos, pois, constatar o no cumprimento explcito da nica medida protetiva decorrente do habeas corpus, cujo objetivo a preservao da integridade fsica e psicolgica da ofendida. O desrespeito configura caso de violncia domstica familiar contra a mulher.

    A guarda compartilhada no consiste em transformar o filho em objeto disposio de cada genitor, e, sim, em uma forma de amplo afeto entre eles, o que torna imprescindvel que exista entre os pais uma relao marcada pela harmonia e pelo respeito, na qual no existam disputas nem conflitos. No mais possvel, porm, a relao harmnica entre vtima e agressor devido desobedincia medida protetiva, o que faz a vtima sentir-se ameaada.

    Posto isto e sempre conforme termo de declaraes em anexo, infere-se que a vtima necessita imediatamente do deferimento das medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha, sobremaneira devido aos novos fatos: a reviso das medidas protetivas anteriormente revogadas e a imposio de restries visitao ao menor.

    A Maria da Penha prev que as medidas protetivas de urgncia podero ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministrio Pblico ou a pedido da ofendida, DE IMEDIATO, independentemente de audincia das partes, aplicadas isolada ou cumulativamente, e ser substitudas a qualquer tempo por outras de maior eficcia, caso sejam necessrias proteo da ofendida, de seus familiares e de seu patrimnio e sempre que os direitos reconhecidos na citada Lei forem ameaados ou violados.

    Pelo exposto, o Ministrio Pblico requer o deferimento das medidas protetivas de urgncia ora pleiteadas, por entender que, no caso, cumprem-se os requisitos de urgncia e de necessidade de proteo.

    Local, data.Promotor de Justia

    www.mp.mg.gov.br, transcrito em 19/05/2012 (Texto adaptado)

    21) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Assinale a alternativa que contm uma afirmativa que no pode ser totalmente confirmada pelo texto.a) Um membro do Ministrio Pblico o signatrio do documento em que se solicitam a quem de direito

    providncias urgentes.b) O agressor se aproveita do momento em que vai buscar o filho para ofender a me do garoto.c) O membro do Ministrio Pblico, no uso de suas competncias, fixa uma determinao compulsria para

    o Juiz.d) O Promotor de Justia alega que a segurana da vtima foi afetada por uma deciso judicial.

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    22) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) FULANA DE TAL, quali-ficao (linha 8)

    Assinale a alternativa que contm uma expresso ou nome que no se refira pessoa a quem se faz aluso no trecho acima transcrito.a) Maria da Penhab) a declarantec) a ofendidad) a vtima qualificada

    23) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Pelo exposto, o Ministrio Pblico requer o deferimento das medidas protetivas de urgncia ora pleiteadas por entender que, no caso, cumprem-se [...]. (linhas 38-39)

    Se especificssemos, depois da expresso o Ministrio Pblico requer, o destinatrio natural e lgico do pedido, a forma mais adequada, coerente e correta de redao seria.a) a Vossa Senhoria, caro Juiz,b) a Sua Exa., Senhor Juiz,c) a V. Exa., Senhor Juiz,d) a voc, Senhor Juiz,

    24) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) MM. Juiz, os fatos narrados tm ocorrido devido revogao parcial das medidas protetivas concedidas em 17/03/2008 [...] (linhas 19-20)

    A expresso destacada significaa) Muito Digno Juiz.b) Magnnimo Juiz.c) Magnificentssimo Juiz.d) Meritssimo Juiz.

    25) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Desta forma, expe e solicita: (linha 10)

    Gramaticalmente, os dois verbos do perodo acima tm como agente da aoa) o Senhor Juiz de Direito.b) o Ministrio Pblico do Estado de Minas Gerais.c) a Fulana de Tal.d) o Advogado, em nome do menor.

    26) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Alega a vtima que Fulano de tal, o agressor, seu ex-amsio, a tem perseguido de forma constrangedora em via pblica [...] (linhas 14-15)

    O trecho sublinhado pode ser corretamente subs-titudo pora) tem perseguido ela.b) tem-na perseguido.c) tem perseguido-a.d) lhe tem perseguido.

    27) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Assinale a alternativa que contenha uma dupla de palavras cujos acentos grficos no podem ser justificados pela mesma regra de acentuao.a) Imvel / imprescindvelb) Eficcia / ex-amsioc) Excelentssimo / psicolgicod) Porm / tm

    28) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) [...] o Ministrio Pblico requer o deferimento das medidas ora pleiteadas por entender que cumprem os requisitos de urgncia e necessidade de proteo. (linhas 38-39)

    Desconsideradas as alteraes de sentido, assinale a alternativa em que a redao apresenta erro na conjugao do verbo.a) O Ministrio Pblico j requereu o deferimento

    das medidas ora pleiteadas.b) Se o Ministrio Pblico requisesse o deferimento

    das medidas ora pleiteadas, a vtima se sentiria mais protegida.

    c) Quando o Ministrio Pblico requerer o deferimento das medidas ora pleiteadas, a vtima se sentir mais protegida.

    d) importante que o Ministrio Pblico requeira o deferimento das medidas ora pleiteadas.

    29) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Assinale a alternativa que contm um comentrio improcedente.a) No trecho em busca do seu filho menor de idade

    (linhas 15-16), a excluso do vocbulo seu no afeta o sentido e a compreenso do texto.

    b) Em aplicadas isolada ou cumulativamente (linha 35), a palavra destacada um advrbio de modo equivalente a isoladamente.

    c) Em na qual no existam disputas nem conflitos (linha 28), o verbo poderia, facultativamente, ser flexionado no singular.

    d) Na expresso que o hall e a portaria de um edifcio so parte do imvel (linhas 21-22), as aspas que isolam a palavra hall se justificam por se tratar de palavra estrangeira.

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    30) (FUNDEP/Oficial/MPE/12) Assinale a alternativa que contm uma redao gramaticalmente correta, extrada de hipottica correspondncia do Procurador-Geral a ser dirigida ao Governador do Estado.a) Solicita-se que V. Exa. e vossos auxiliares diretos manifesteis vosso imprescindvel apoio proposta

    apresentada pelo Ministrio Pblico.b) Solicita-se que V. Exa. - bem como vossos auxiliares diretos - manifeste seu imprescindvel apoio proposta

    apresentada pelo Ministrio Pblico.c) Solicita-se que V. Exa. e ainda seus auxiliares diretos manifesteis vosso imprescindvel apoio proposta

    apresentada pelo Ministrio Pblico.d) Solicita-se que V. Exa. e seus auxiliares diretos manifestem seu imprescindvel apoio proposta apresentada

    pelo Ministrio Pblico.

    Instruo: As questes de 31 a 40 relacionam-se com o texto abaixo. Leia-o com ateno antes de responder a elas.

    A VERDADE

    O Brasil sempre lidou mal com sua histria. Nossas rupturas no so para valer, mesmo quando deveriam ser. Muda-se tudo para manter-se tudo como estava, na clebre frase do romance de Lampedusa, O Leopardo. Ou faamos a revoluo antes que o povo a faa, como disse o governador de Minas Gerais, Antonio Carlos, em 1930. Da que nossas mudanas fiquem truncadas.

    Vejamos os grandes acontecimentos de nossa histria. A independncia foi proclamada pelo prncipe herdeiro de Portugal, a conselho do pai (Pedro, toma essa coroa antes que um aventureiro lance mo dela). A abolio foi assinada pela princesa regente do Imprio. A Repblica foi proclamada por Deodoro, que o imperador fizera marechal. A revoluo de 1930 foi liderada por Getlio Vargas, ex-ministro da Fazenda do presidente que ele deps. A ditadura Vargas foi derrubada em 1945 por Gaspar Dutra, ex-ministro da Guerra do presidente que ele deps. A segunda ditadura caiu em 1985, colocando na presidncia Jos Sarney, que um ano antes chefiava o partido do regime.

    Com tudo isso, como passar o Brasil a limpo? Cada coisa ruim de nossa histria a colnia, a escravido, o despotismo, a fraude eleitoral da oligarquia, o golpe militar de 1964 - sai de cena derrotada, mas na hora de mudar no se vai adiante. No se cobra, no se conserta, no se renova.

    No precisamos ter medo da verdade nem da Comisso. A Comisso da Verdade a tentativa, simblica e mais que simblica, de ir alm disso. O Brasil demorou a criar a sua. Vrios pases o fizeram, mal haviam sado de regimes autoritrios. Finalmente o fizemos. Pela primeira vez em nossa histria, tratamos o passado vergonhoso de maneira consequente. Se ele infame, por que devemos cal-lo? Se foi repudiado nas ruas, por que no apurar o que ele efetivamente foi? preciso deixar claro o que efetivamente aconteceu. V l uma anistia, mas anestesia e amnsia por qu?

    O Supremo Tribunal decidiu no rever a anistia autoconcedida pelos mesmos que violaram leis humanas e acima do humano. Mas como perdoar, sem antes saber a quem perdoar e o que est sendo perdoado? Na verdade, a lgica da Comisso a mesma da lei do governo FHC, que manda indenizar as vtimas da ditadura. tambm a lgica das aes afirmativas, que o Supremo recentemente validou por unanimidade.

    Em todos esses casos se reconhece que quem mandava no Brasil agiu mal: fosse o regime militar, fosse a oligarquia escravagista. Essa ao m e injusta causou vtimas e danos. Ora, numa linha de ao consistente, mas indita em nosso pas, desde a iniciativa do citado presidente, o Estado brasileiro explicitamente condena a ao m desses grupos e, consequncia lgica tambm nova entre ns, busca reverter os resultados igualmente maus que produziram. Essa a razo, por exemplo, de compensar os afrodescendentes para que seu terrvel nus histrico, que os situou nas camadas subalternas da sociedade, seja temporria e instrumentalmente convertido em bnus.

    Isso tambm exige trabalhar a memria. Mentiras e silncios precisam ser substitudos pela verdade.Uma tradio forte que provm da Grcia antiga celebra o bem, o belo e o verdadeiro. Essa trindade de valores

    deveria andar junta. A verdade sobre o passado exige expor o que nele representa o mal. S assim produziremos algo do bem. Tratando-se de uma histria construda a partir do poder, tem que ser revelado o mal exercido com e pela dominao. Quando passamos, gradualmente, democracia, a contnua linha histrica baseada na excluso e na opresso no deve subsistir. Mas no basta distribuir renda. preciso abrir o pensamento, a compreenso do passado, a construo do futuro. Nada disso se far com a mentira ou a ignorncia.

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    Pessoalmente, no defendo a reviso da anistia. Mas isso porque a verdadeira discusso sobre a memria. Notem que j esquecemos os presidentes da ditadura. O ltimo governante de que no nos esquecemos e que lembramos com admirao, antes dos recentes, foi Kubitschek, que a ditadura cassou; antes dele, Getlio, cuja herana ela quis liquidar. Contra o mal na poltica, a verdade o que h de mais precioso. S precisa ter medo dela quem tem razes para tem-la. bom separar o joio, raro, do trigo, abundante. Dezenas de milhares de oficiais das nossas Foras Armadas, que nada tm a ver com a tortura, s podem se sentir bem ao se demarcarem da minoria que, um dia, agiu contra a honra da farda.

    O Brasil ganha, desenvolvendo um processo de mudana consistente, pelo qual no s reduz a pobreza medida em poder de compra mas tambm, e sobretudo, revisa a fundo os significados atribudos pela sociedade ao que so liberdade e opresso, crescimento econmico e explorao do outro, florescimento da pessoa e sua escravizao ou humilhao.

    Isso no ocorre s no Brasil. Um sculo atrs, trs por cento da populao mundial, se tanto, tinham direitos humanos em ampla escala. Hoje, mesmo no sendo otimista, essa proporo ter passado a trinta, talvez quarenta por cento no mundo. Falta muito. Mas nunca tanta gente incluindo mulheres, povos de cor, como os chamava Sukarno, minorias comportamentais, como homossexuais desfrutou de direitos como esses. Essa multiplicao do porcentual de seres humanos respeitados um avano que nunca antes ocorreu e nunca mais ocorrer nessa dimenso. Se e quando todos os habitantes do mundo tiverem reconhecidos seus direitos humanos, o avano a partir de hoje ser uma multiplicao por dois ou trs e no a que conseguimos nas ltimas geraes. Ora, para realizar este processo, preciso acabar com a mentira. Saber o que foram (ou, infelizmente, ainda so) a tortura e a opresso extrema uma condio para se construir um mundo melhor.

    RIBEIRO, Renato J. Valor Econmico, 28 maio 2012. (Texto adaptado)

    31) (FUNDEP/Analista/MPE/12) Assinale a alternativa que contm uma afirmativa que no pode ser confirmada pelo texto.a) Para os oficiais militares pessoas que, em sua enorme maioria, no tiveram qualquer envolvimento com

    os desmandos daquele perodo conveniente a apurao dos fatos e o desvelamento dos eventos que comprometeriam as Foras Armadas.

    b) Deixa-se entrever um sentimento revanchista com a divulgao da ideia de que a justia deve ser feita ainda que tardiamente e que os algozes descumpridores da lei possam de fato ser penalizados, como ocorreu em outros pases latino-americanos.

    c) Na lei promulgada no governo Fernando Henrique mirou-se mais nas consequncias do que nas causas, com mais ateno s vtimas do que aos possveis culpados, sem a expressa condenao dos que agiram mal.

    d) O autor estima que o nmero de pessoas no mundo consideravelmente protegidas pelos direitos humanos aumentou, em cem anos, no mnimo, dez vezes.

    32) (FUNDEP/Analista/MPE/12) Assinale a alternativa que contm uma assertiva que no pode ser confirmada pelo texto.a) Um ponto comum a vrios momentos da histria do Brasil a ausncia de mudana efetiva, na base,

    marcando-se a ruptura por certa superficialidade, em alguns casos at conveniente para alguma das partes envolvidas.

    b) A Comisso tem cunho pedaggico, j que teria a responsabilidade de recuperar e registrar episdios que no foram bem explicitados, situao que no ajuda o povo brasileiro a aprender com os desmandos de uma certa poca.

    c) S com a criao da Comisso reconheceu-se, pela primeira vez, que tenha havido excessos ou injustias com certos grupos em diferentes momentos do passado histrico do Pas e que os governantes da poca agiram contra os direitos humanos.

    d) As palavras amnsia e anestesia, no texto, podem ser associadas falta de ao e de memria em relao aos acontecimentos daquela poca.

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    33) (FUNDEP/Analista/MPE/12) Assinale o comentrio improcedente em relao ao trecho transcrito.a) [...] nas camadas subalternas da sociedade, seja temporria e instrumentalmente convertido em bnus.

    (linha 29)Comentrio: o vocbulo temporria qualifica a palavra sociedade.

    b) A Repblica foi proclamada por Deodoro, que o imperador fizera marechal. (linha 7)Comentrio: pode-se substituir, sem prejuzo de sentido e preservando-se o tempo e o modo, a forma verbal destacada por havia feito ou tinha feito.

    c) Um sculo atrs, trs por cento da populao mundial, se tanto, tinham direitos humanos em ampla escala. (linhas 48-49)Comentrio: pode-se substituir a expresso um sculo atrs por h um sculo, preservando-se o sentido e a correo.

    d) Pessoalmente, no defendo a reviso da anistia. Mas isso porque a verdadeira discusso sobre a memria. (linha 37)Comentrio: a palavra pessoalmente redundante e pode ser excluda sem prejuzo para o sentido bsico.

    34) (FUNDEP/Analista/MPE/12) preciso deixar claro o que efetivamente aconteceu. (linha 18)

    Desconsideradas as alteraes de sentido, a alternativa que contm uma nova redao gramaticalmente incorreta a) preciso deixar claro para a sociedade todos os acontecimentos referentes ao perodo.b) preciso deixar claras as aes efetivas a serem tomadas em relao quele momento da histria.c) preciso deixar claro quantas coisas obscuras aconteceram durante aquele perodo.d) preciso deixar claro se houve mesmo excessos naquele perodo.

    35) (FUNDEP/Analista/MPE/12) Assinale a alternativa que contm uma afirmativa incorreta.a) Ser mantido o acento grave indicativo de crase se trocarmos o termo destacado em Quando passamos,

    gradualmente, democracia [...] pela expresso avanamos, gradualmente, rumo.b) A orao nada disso se far com a mentira ou a ignorncia pode ser substituda por essas coisas no se

    faro com a mentira ou a ignorncia, sem que se incorra em erro gramatical.c) Na frase Pedro, toma essa coroa antes que um aventureiro lance mo dela, o tratamento atribudo a

    Pedro TU. Se fosse VOC, a forma verbal deveria ser adaptada para TOME.d) No trecho se e quando todos os habitantes do mundo tiverem reconhecidos seus direitos humanos [...],

    a flexo do particpio reconhecidos no singular manteria integralmente o sentido e a correo.

    36) (FUNDEP/Analista/MPE/12) Desconsideradas as alteraes de sentido, assinale a alternativa em que a nova redao no apresenta erros gramaticais.a) S precisa ter medo dela quem tem razes para tem-la. (linhas 40-41)

    S precisa ter medo dela aqueles que tm razes para tem-la.b) Essa multiplicao do porcentual de seres humanos respeitados um avano que nunca antes ocorreu e

    nunca mais ocorrer nessa dimenso. (linhas 51-53)Nunca havia ocorrido e nunca mais ocorrer, na histria da humanidade, indicadores to significativos de avano percentual na respeitabilidade aos direitos humanos.

    c) Mas nunca tanta gente incluindo mulheres, povos de cor, como os chamava Sukarno, minorias comportamentais, como homossexuais desfrutou de direitos como esses. (linhas 50-51)Mas nunca na histria tantas pessoas, incluindo-se mulheres, povos de cor, como os chamavam Sukarno, minorias comportamentais, como homossexuais, desfrutaram de direitos como esses.

    d) [...] s podem se sentir bem ao se demarcarem da minoria que, um dia, agiu contra a honra da farda. (linhas 42-43)A maioria dos oficiais se sentir bem quando for demarcada da minoria dos colegas que um dia agiram contra a honra da farda.

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    37) (FUNDEP/Analista/MPE/12) Assinale a alternativa na qual as palavras sublinhadas pertencem a classes de palavras diferentes.a) O Brasil sempre lidou mal com sua histria. (linha 1)

    Em todos esses casos se reconhece que quem mandava no Brasil agiu mal [...] (linha 24)b) A verdade sobre o passado exige expor o que nele representa o mal. (linhas 32)

    Tratando-se de uma histria construda a partir do poder, tem que ser revelado o mal exercido com e pela dominao. (linhas 33-34)

    c) [...] busca reverter os resultados igualmente maus que produziram. (linhas 27-28)Essa ao m e injusta causou vtimas e danos. (linha 25)

    d) Contra o mal na poltica, a verdade o que h de mais precioso. (linha 40)Vrios pases o fizeram mal haviam sado de regimes autoritrios. (linhas 15-16)

    38) (FUNDEP/Analista/MPE/12) Assinale a alternativa em que o verbo foi utilizado com a MESMA regncia nas duas estruturas sublinhadas.a) Pela primeira vez em nossa histria, tratamos o passado vergonhoso de maneira consequente. [...] Tratando-

    se de uma histria construda a partir do poder [...] (linhas 16-17 e 33)b) Essa multiplicao do porcentual de seres humanos respeitados um avano que nunca antes ocorreu e

    nunca mais ocorrer nessa dimenso. (linhas 51-53)c) Mas como perdoar, sem antes saber a quem perdoar e o que est sendo perdoado? (linha 21)d) Notem que j esquecemos os presidentes da ditadura. O ltimo governante de que no nos esquecemos

    e que lembramos com admirao [...] (linhas 38-39)

    39) (FUNDEP/Analista/MPE/12) O Brasil ganha, desenvolvendo um processo de mudana consistente, pelo qual no s reduz a pobreza medida em poder de compra mas tambm, e sobretudo, revisa a fundo os significados atribudos pela sociedade ao que so liberdade e opresso, crescimento econmico e explorao do outro, florescimento da pessoa e sua escravizao ou humilhao. (linhas 44-47)

    Desconsideradas as alteraes de sentido, assinale a alternativa que contm uma redao inteiramente correta.a) Os conceitos de liberdade e opresso, crescimento econmico e explorao do outro, florescimento da

    pessoa ou sua escravizao ou humilhao, so revistos com profundidade, quando o Brasil, desenvolver um processo de mudana consistente, em decorrncia do qual seria reduzida a pobreza medida pelo poder de compra.

    b) Ganha o Brasil, quando desenvolve um processo de mudana consistente, mediante o qual o Pas possa promover, tanto a reduo da pobreza medido pelo poder compra quanto, especialmente, a reviso profunda de conceitos tal quais liberdade e opresso, crescimento econmico e explorao do semelhante, florescimento da pessoa ou sua escravizao ou ainda sua humilhao.

    c) Ganha-se, no Brasil, ao se desenvolver um processo de mudana consistente, mediante a qual, alm de o Brasil reduzir a pobreza avaliada pelo poder de compra, o Pas revisa, com profundidade, os conceitos de liberdade e opresso, crescimento econmico e explorao do semelhante, florescimento da pessoa e sua escravizao ou humilhao.

    d) O desenvolvimento pelos brasileiros de um processo, que a mudana consistente dele decorre a reduo da pobreza que se mede pelo poder de compra e, principalmente, a reviso profunda dos significados de liberdade e opresso, crescimento econmico e explorao do outro, florescimento da pessoa e sua escravizao ou humilhao, de acordo com os conceitos da sociedade do Brasil.

    40) (FUNDEP/Analista/MPE/12) Assinale a alternativa que contm um comentrio correto em relao ao trecho transcrito.a) S precisa ter medo dela quem tem razes para tem-la. (linhas 40-41)

    Comentrio: o primeiro pronome destacado substitui a palavra verdade; o segundo se refere palavra poltica.

    b) Vrios pases o fizeram [...]. Finalmente o fizemos. (linhas 15-16)Comentrio: ambos os pronomes demonstrativos se referem a criar a Comisso da Verdade.

    c) [...] antes dele, Getlio, cuja herana ela quis liquidar. (linhas 39-40)Comentrio: os dois primeiros pronomes se referem a Kubitschek, o ltimo se refere ditadura.

    d) Se ele infame, por que devemos cal-lo? (linha 17)Comentrio: o primeiro pronome se refere a passado, o segundo a infame.

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    Instruo: As questes de 41 a 55 relacionam-se com o texto abaixo. Leia-o atentamente, antes de responder a elas.

    A FORA DA TECNOLOGIA

    difcil argumentar contra a ideia de que a tecnologia vai mudar mais nos prximos 10 anos do que j mudou nos ltimos 100. A velocidade dos avanos tecnolgicos tende a dobrar a cada dcada, o que significa que, at o fim deste sculo, a tecnologia estar mil vezes mais avanada que nos dias atuais. A base para essas estimativas parecida com a dos juros compostos: os avanos j alcanados aceleram novas descobertas que, por sua vez, servem de ferramenta para novos avanos, num ciclo virtuoso que cresce em progresso geomtrica. Para se ter uma ideia, foram necessrios 14 anos para sequenciar o vrus do HIV, mas apenas 31 dias para se chegar ao genoma da gripe asitica um esforo semelhante feito apenas alguns anos depois.

    No precisamos ir muito longe. H poucos meses, congelei clulas-tronco da minha filha recm-nascida, procedimento que, hoje, serve para curar meia centena de doenas (inclusive leucemia), mas que, h poucos anos, no passava de fico cientfica. Igualmente pertenciam ao terreno da fantasia coisas que, hoje, so reais como nanorrobs que entram no organismo para limpar artrias, em vez das antigas cirurgias de alto risco. Tambm j so realidade organismos geneticamente modificados para coisas to fteis como peixinhos fosforescentes ou to teis como limpar os vazamentos de leo nos oceanos, s para citar alguns exemplos. Nesse contexto, no d para saber ao certo onde o mundo estar daqui a 50 ou 100 anos. Podem-se prever carros eltricos que se autodirigiro a destinos programados usando rotas controladas por computador, ou aparelhos de telefone integrados com TV, rdio e internet e demais canais de comunicao implantados diretamente em nossos rgos sensoriais. Se aceitarmos o fato de que, nos prximos 10 anos, a tecnologia avanar mil vezes mais do que j avanou em toda a nossa histria, simplesmente impossvel prever o futuro.

    Por outro lado, h coisas que evoluem to lentamente que permitem, sim, imaginar como sero no prximo sculo. Coisas que fazem parte da nossa constituio humana, das nossas tradies, cujas mudanas ocorrem com velocidades infinitamente mais lentas do que as da tecnologia. Refiro-me a questes como preconceito, avareza, egosmo. A cada minuto, morrem, por causa da fome ou de doenas curveis, cerca de 10 crianas. No mesmo mundo em que os recursos naturais de uma nao, como o petrleo ou a soja, respondem por boa parte de sua riqueza, as mesmas pessoas que participam da sua extrao e produo pertencem s camadas mais pobres, mais miserveis da populao, deixando essa riqueza na mo de uns poucos privilegiados. A tecnologia capaz de ajudar uma me a dar luz uma criana em condies que, outrora, seriam impossveis. No entanto, morrem, ou so mutilados, milhes de seres humanos, simplesmente por terem nascido do lado errado das fronteiras, ou por terem determinada cor de pele ou crena religiosa. As naes se unem na busca da paz, e o organismo mximo que as coordena, a Organizao das Naes Unidas (ONU), controlado pelos cinco pases que tm poder de veto e, no por acaso, so os cinco maiores fabricantes de armas do planeta que gastam em campanhas militares, a cada minuto, mais de US$3 milhes.

    A boa notcia que h luz no fim do tnel. A mesma perenidade das nossas atitudes mais vis tambm se aplica s nossas emoes mais nobres. Posso prever, com alguma dose de certeza, que daqui a 20 ou 100 anos, ainda valorizaremos a tica, a integridade e o respeito ao prximo. Posso garantir, at onde pode um mortal oferecer garantias, que sero as nossas escolhas no presente que determinaro o futuro das prximas geraes. Ento, se por um lado, certo que a tecnologia pode ser usada para o mal, tambm o que ela pode ser aplicada para o bem e que sempre haver pessoas de boa ndole que, talvez, em algum momento da nossa histria futura, aprendam a no ficar omissas, a no aceitar o mal de forma pacfica, a assumir a responsabilidade de agir para defender aquilo em que acreditam. E, quem sabe, nesses tempos, a humanidade possa comear a se tornar mais justa, distribuindo melhor a riqueza, eliminando as fronteiras que nunca existiram de verdade e fazendo deste mundo, finalmente, um lugar onde impere a paz, a justia e a felicidade no s de alguns, mas de todos os seus habitantes.

    (NASAJON, 2009, p.10 Texto adaptado)

    41) (FUNDEP/Tcnico/GASMIG/12) Com base na leitura do texto, conclui-se que, ao tratar de tecnologia, o objetivo do autor , principalmente,a) apresentar fatos que comprovem a velocidade dos avanos tecnolgicos que aceleram diversas descobertas

    cientficas, tornando impossvel imaginar como ser o mundo no futuro.b) criticar a condio dos cinco pases que controlam a Organizao das Naes Unidas (ONU), os quais, no por

    acaso, so os maiores fabricantes de armas do planeta e gastam milhes de dlares em campanhas militares.c) evidenciar a importncia dos avanos tecnolgicos nos procedimentos e aparatos relativos s reas da

    medicina, robtica, eletrnica, comunicao e outras.d) refletir sobre o avano e o poder das descobertas tecnolgicas, as quais, ainda que sejam teis ao mal,

    podem propiciar, tambm, o bem, mediante aes que podero tornar a humanidade melhor, e o mundo, mais justo, pacfico e feliz.

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    42) (FUNDEP/Tcnico/GASMIG/12) Considerando as informaes do texto e, em especial, seu ttulo, correto afirmar que a palavra fora sugere, sobretudo, a ideia dea) competio.b) construo.c) funo.d) poder.

    43) (FUNDEP/Tcnico/GASMIG/12) Considerando as ideias expressas no ltimo pargrafo do texto, correto afirmar que elas configuram, especialmente, um ideal dea) esperana e transformao.b) fora e adaptao.c) estabilidade e regenerao.d) responsabilidade e desafio.

    44) (FUNDEP/Tcnico/GASMIG/12) A boa notcia que h luz no fim do tnel. (linha 31)

    Com base na leitura do ltimo pargrafo, assinale a alternativa em que h uma palavra que remete ao sentido da expresso sublinhada na frase acima.a) Pazb) Esperanac) Coragemd) Emoo

    45) (FUNDEP/Tcnico/GASMIG/12) Relacionando o 2 e o 3 pargrafos do texto, correto afirmar que, entre eles, ocorre, predominantemente, uma relao dea) adio.b) alternncia.c) causa.d) oposio.

    46) (FUNDEP/Tcnico/GASMIG/12) Assinale a alternativa em que, no trecho transcrito do texto, a palavra sublinhada no se classifica como um adjetivo.a) Se aceitamos o fato de que nos prximos 10

    anos [...]. (linhas 16-17)b) No entanto, morrem, ou so mutilados,

    milhes de seres humanos [...]. (linhas 26-27)c) [...] cujas mudanas ocorrem com velocidades

    infinitamente mais lentas [...]. (linhas 20-21)d) Podem-se prever carros eltricos que se

    autodirigiro a destinos programados [...]. (linhas 14-15)

    47) (FUNDEP/Tcnico/GASMIG/12) Com base na leitura do texto, assinale alternativa em que no h correspondncia entre o pronome sublinhado na frase e o termo apresentado entre colchetes.a) A base para essas estimativas parecida com

    a dos juros compostos: [...]. (linhas 3-4) [A BASE]

    b) As naes se unem na busca da paz, e o organismo mximo que as coordena, [...]. (linha 28) [AS NAES]

    c) [...] das nossas tradies, cujas mudanas ocorrem com velocidades infinitamente mais lentas [...]. (linhas 20-21) [COM VELOCIDADES]

    d) E, quem sabe, nesses tempos, a humanidade possa comear a se tornar mais justa [...]. (linha 38) [A HUMANIDADE]

    48) (FUNDEP/Tcnico/GASMIG/12) Leia a seguinte frase transcrita do texto.

    [...] e o organismo mximo que as coordena, a Organizao das Naes Unidas (ONU), controlado pelos cinco pases [...]. (linhas 28-29)

    Considerando os termos sintticos sublinhados nesse trecho da frase, correto afirmar que exercem, respectivamente, a funo dea) objeto direto, sujeito e adjunto adverbial.b) objeto direto, aposto e agente da passiva.c) sujeito, adjunto adverbial e agente da

    passiva.d) aposto, objeto direto e adjunto adverbial.

    49) (FUNDEP/Tcnico/GASMIG/12) No entanto, morrem, ou so mutilados,

    milhes de seres humanos [...]. (linhas 26- 27) Por outro lado, h coisas que evoluem to

    lentamente que permitem, sim, imaginar [...]. (linha 19)

    Se aceitarmos o fato de que, nos prximos 10 anos, a tecnologia avanar mil vezes mais [...]. (linhas 16-17)

    Considerando as palavras sublinhadas nesses trs perodos, correto afirmar que elas iniciam, respectivamente, oraes que expressam um sentido dea) concluso, condio e consequncia.b) explicao, comparao e concluso.c) oposio, consequncia e condio.d) oposio, explicao e comparao.

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    50) (FUNDEP/Tcnico/GASMIG/12) Com base na leitura do texto, assinale a alternativa em que a nova redao da frase no apresenta erro gramatical no tocante concordncia do verbo sublinhado com o termo a que se refere.a) [...] e que sempre haver pessoas de boa ndole [...]. (linha 36)

    [...] e que sempre havero pessoas de boa ndole.b) [...] onde impere a paz, a justia e a felicidade no s de alguns, [...]. (linha 40)

    [...] onde imperem a paz, a justia e a felicidade no s de alguns, mas de todos os seus habitantes.c) Podem-se prever carros eltricos que se autodirigiro a destinos programados [...]. (linhas 14-15)

    Pode-se prever carros eltricos que se autodirigiro a destinos programados.d) Para se ter uma ideia, foram necessrios 14 anos para sequenciar o vrus do HIV [...]. (linhas 5-6)

    Para se ter uma ideia, foi necessrio 14 anos para sequenciar o vrus do HIV.

    51) (FUNDEP/Tcnico/GASMIG/12) Assinale a alternativa em que, no trecho transcrito do texto, h uma forma verbal no modo subjuntivo.a) [...] de ajudar uma me a dar luz uma criana em condies que, outrora, seriam impossveis. (linhas 25-26)b) [...] eliminando as fronteiras que nunca existiram de verdade [...]. (linha 39)c) [...] finalmente, um lugar onde impere a paz, a justia e a felicidade no s de alguns [...]. (linhas 39-40)d) Posso prever, [...] que daqui a 20 ou 100 anos, ainda valorizaremos a tica, [...]. (linhas 32-33)

    52) (FUNDEP/Tcnico/GASMIG/12) Com base no texto, assinale a alternativa em que, no trecho transcrito, a forma verbal est na voz ativa.a) [...] a tecnologia pode ser usada para o mal [...]. (linha 35)b) [...] o organismo mximo [...] controlado pelos cinco pases [...]. (linhas 28-29)c) [...] para se chegar ao genoma da gripe asitica [...]. (linhas 6-7)d) Podem-se prever carros eltricos [...]. (linha 14)

    53) (FUNDEP/Tcnico/GASMIG/12) [...] aceleram novas descobertas que, por sua vez, servem de ferramenta [...]. (linhas 4-5)

    Considerando o pronome sublinhado nessa frase, correto afirmar que ele exerce a funo sinttica dea) sujeito indeterminado.b) sujeito inexistente.c) sujeito oculto.d) sujeito simples.

    54) (FUNDEP/Tcnico/GASMIG/12) [...] foram necessrios 14 anos para sequenciar o vrus do HIV [...]. (linha 6)

    A regra gramatical que justifica o acento grfico na palavra vrus no a mesma que justifica o acento grfico na palavra sublinhada ema) [...] mas que, h poucos anos, no passava de fico cientfica. (linhas 9-10)b) [...] simplesmente impossvel prever o futuro. (linha 18)c) [...] em algum momento de nossa histria futura [...]. (linha 36)d) [...] para coisas to fteis como peixinhos fosforescentes [...]. (linha 12)

    55) (FUNDEP/Tcnico/GASMIG/12) Leia os seguintes trechos transcritos do texto. Para se ter uma ideia, foram necessrios 14 anos [...]. (linhas 5- 6) A cada minuto, morrem, [...] cerca de 10 crianas. (linha 22) Nesse contexto, no d para saber [...]. (linhas 13-14) No entanto, morrem, [...]. (linha 26)

    Considerando a pontuao nesses quatro trechos, correto afirmar que o uso da vrgula se justificaa) pela mesma razo em dois deles.b) pela mesma razo em trs deles.c) pela mesma razo em quatro deles.d) por razes diferentes nos quatro trechos.

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    Instruo: As questes de 56 a 70 relacionam-se com o texto abaixo. Leia-o com ateno antes de responder a elas.

    A REAL QUESTO DE BELO MONTE: TER OU NO TER

    As questes ambientais vm preocupando a sociedade brasileira. Quando o Ministrio das Minas e Energia toma a deciso de construir a terceira maior usina hidreltrica do mundo, Belo Monte, natural que surjam crticas sobre a viabilidade ambiental e econmica. Por se tratar de uma obra estratgica, que afetar o bem-estar futuro de milhes de brasileiros, a discusso deve pautar-se em anlises tcnicas, econmicas e jurdicas, evitando-se uma avaliao sem a necessria racionalidade. A anlise deve partir de trs premissas bsicas: (a) o Brasil precisa de energia eltrica em volumes crescentes para sustentar seu crescimento; (b) qualquer nova usina eltrica impacta o meio ambiente e (c) os recursos energticos so escassos e nem todos so renovveis.

    O Brasil, sexta maior economia do mundo, apresenta perspectivas macroeconmicas muito promissoras. Nessa trajetria de crescimento, a sociedade quer melhorar os padres sociais e econmicos e superar as graves desigualdades existentes. Para tanto, ser preciso aumentar a produo industrial e a oferta de servios, o que pressupe, obrigatoriamente, maior consumo e gerao de energia eltrica.

    O Brasil tem uma matriz eltrica com 87% de energias renovveis, enquanto que a mdia mundial de 19%. As 956 usinas hidreltricas construdas ao longo do sculo XX geram energia limpa e sustentvel. Manter a matriz eltrica renovvel ser, cada vez mais, um diferencial internacional competitivo, econmico e ambiental. com esse objetivo que a poltica energtica do MME vem priorizando o aproveitamento do 3o maior potencial hdrico do mundo, de 160 mil MW, abaixo somente da Rssia e da China. A construo de Belo Monte faz parte dessa estratgia de manter a matriz eltrica brasileira entre as mais sustentveis e competitivas do planeta.

    A crtica central a Belo Monte relaciona-se aos impactos ambientais e sociais e ao argumento de que seria possvel atender demanda eltrica de 6 mil MW/ano somente com energia elica, biomassa e solar, deixando-se de lado o imenso potencial hdrico.

    A construo da hidreltrica respeita a legislao ambiental. O Brasil hoje uma democracia consolidada: quem se sente prejudicado recorre Justia. A legislao obriga que esses empreendimentos apliquem mais de 10% do custo total das obras em aes que mitiguem os impactos na flora, fauna e que se invista nos sistemas de sade, educao, saneamento etc., buscando melhorar a qualidade de vida das populaes de ndios, ribeirinhos e citadinos, afetados pelas usinas. Com essas aes, a legislao busca manter o equilbrio ecolgico, melhorar a qualidade de vida das populaes afetadas usando recursos das receitas da venda de energia eltrica e, ao mesmo tempo, garantir o aumento da oferta de eletricidade de que o Brasil precisa para o seu desenvolvimento. Trata-se de uma legislao inteligente e eficiente, que no foi usada no passado por falta de conscincia social ambiental.

    Sobre o uso de outras fontes de energia renovvel, uma primeira questo que a hidreletricidade a fonte mais barata do mundo. As novas usinas em construo iro vender energia a R$ 80 por MW em contratos de 30 anos, garantindo s geraes futuras eletricidade barata, limpa e sustentvel.

    O MME adota poltica de explorao de fontes renovveis, buscando criar sinergia operacional, mas priorizando a fonte em que temos mais experincia, maior abundncia e menor custo: a hidreletricidade.

    Para garantir a segurana do suprimento de eletricidade frente a perodos de hidrologia crtica, como j ocorreu no passado, necessrio investir, marginalmente, em usinas termeltricas. O Brasil conta com grandes reservas de gs natural do pr-sal. Alm disso, o gs natural a menos poluidora entre todas as fontes derivadas do petrleo. Dessa forma, no se trata de excluir fontes de energia da matriz eltrica, mas de somar as fontes e buscar uma complementaridade mais eficiente do ponto de vista eltrico, ambiental e econmico.

    Diferente do resto do mundo, o Brasil totalmente autossuficiente em recursos energticos. Toda a energia eltrica que consumimos hoje e a de que precisaremos para as prximas dcadas esto dentro de nossas fronteiras. Temos completa e absoluta segurana energtica. Nesse sentido, o setor eltrico brasileiro apresenta um cenrio de desenvolvimento muito promissor, em que cada fonte, em especial a hidreletricidade, trar sua contribuio, de forma direta, para o almejado desenvolvimento econmico e social brasileiro.

    Valor Econmico, 03 janeiro 2012. (Texto adaptado)

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    56) (FUNDEP/Analista/GASMIG/12) Assinale a alterna-tiva que no pode ser confirmada pelo texto.a) H uma negativa peremptria e veemente de que haja qualquer forma de dano e consequncias de cunho

    ambiental como decorrncia da construo da usina.b) No que se refere dependncia externa, no suprimento das necessidades quanto gerao de energia

    eltrica, o Brasil uma exceo em relao aos demais pases.c) O investimento em usinas termeltricas mais caras que as hidreltricas justifica-se pela necessidade de

    preveno para os perodos mais secos.d) Os eventuais danos sociais decorrentes da obra so reduzidos com a aplicao de recursos financeiros, que

    visam a reduzir o impacto da construo no quotidiano da populao local.

    57) (FUNDEP/Analista/GASMIG/12) Assinale a alterna-tiva que no pode ser confirmada pelo texto.a) Apresenta-se, com argumentos e dados, uma defesa categrica da construo da usina hidreltrica.b) Defende-se que, embora no se possa negar a existncia de um previsvel e inevitvel custo, a obra trar

    grandes benefcios para o conjunto da populao brasileira.c) Embora se acredite na necessidade e na viabilidade da obra, revela-se certo ceticismo em relao aos

    aspectos jurdicos e legais do projeto.d) Os crticos da construo da nova usina defendem que se deveriam utilizar outras formas de energia,

    valendo-se, entre outras possibilidades, da energia produzida a partir dos ventos.

    58) (FUNDEP/Analista/GASMIG/12) A anlise deve partir de trs premissas bsicas: (a) o Brasil precisa de energia eltrica em volumes crescentes para sustentar seu crescimento; (b) qualquer nova usina eltrica impacta o meio ambiente e (c) os recursos energticos so escassos e nem todos so renovveis. (linhas 5-7)

    Assinale a redao em que melhor se preserva o sentido do texto, mantendo-se o paralelismo da enumerao e a correo gramatical.a) Devem ser consideradas, para se fazer a anlise, trs premissas bsicas, a saber: a sustentao do crescimento

    do Brasil prescinde de volumes crescentes de energia eltrica; o impacto causado ao meio ambiente por qualquer usina eltrica; so escassos os recursos energticos, alm de sua renovao, muitas vezes, no serem factveis.

    b) Os pilares bsicos, que devem ser analisados so em nmero de trs: o Brasil pode prescindir de volumes crescentes de energia eltrica para sustentar o seu crescimento; todas as novas usinas eltricas geram impacto no meio ambiente e a escassez e a inexequibilidade caractersticas da renovao dos recursos energticos.

    c) Os trs pressupostos de que se deve partir para a anlise so: impossvel o Brasil prescindir de volumes crescentes de energia eltrica na sustentao do crescimento; impacto no meio ambiente gerado pelas usinas eltricas e ser invivel, a renovao dos recursos energticos em decorrncia da sua escassez.

    d) Trs premissas bsicas devem ser levadas em conta para que se proceda anlise: a necessidade, no Brasil, de energia eltrica em volumes crescentes para que se sustente o crescimento; o impacto que toda nova usina eltrica provoca no meio ambiente e a escassez de recursos energticos aliada ao fato de nem todos eles serem renovveis.

    59) (FUNDEP/Analista/GASMIG/12) As questes ambientais vm preocupando a sociedade brasileira. (linha 1)

    Desconsideradas as alteraes de sentido, assinale a alternativa que apresenta um erro na grafia da forma verbal.a) As preocupaes dos brasileiros provm das dificuldades em lidar com as questes ambientais.b) As questes ambientais mantm a sociedade brasileira preocupada.c) Os brasileiros veem com preocupao as questes ambientais.d) Os brasileiros interveem quando vm mente as questes ambientais.

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    60) (FUNDEP/Analista/GASMIG/12) Assinale a alterna-tiva em que a nova redao no apresenta erros lingusticos.a) [...] natural que surjam crticas sobre a viabilidade ambiental e econmica. (linhas 2-3)

    [...] natural que surja crticas sobre a viabilidade econmico-ambiental.b) O Brasil tem uma matriz eltrica com 87% de energias renovveis, enquanto que a mdia mundial de

    19%. (linha 12)87% da matriz eltrica brasileira so constitudos de energias renovveis, enquanto a mdia mundial de 19%.

    c) Para garantir a segurana do suprimento de eletricidade frente a perodos de hidrologia crtica, como j ocorreu no passado, necessrio investir, marginalmente, em usinas termeltricas. (linhas 34-35) necessrio, marginalmente, investimentos em usinas termeltricas para garantir a segurana do suprimento de eletricidade, j que ocorreu no passado perodos de hidrologia crtica.

    d) Toda a energia eltrica que consumimos hoje e a de que precisaremos para as prximas dcadas esto dentro de nossas fronteiras. (linhas 39-40)Toda energia eltrica que se consome hoje e a de que precisaremos para as prximas dcadas est dentro de nossas fronteiras.

    61) (FUNDEP/Analista/GASMIG/12) Trata-se de uma legislao inteligente e eficiente, que no foi usada no passado por falta de conscincia social ambiental. (linhas 27-28)

    Assinale a alternativa que contm uma afirmao incorreta em relao ao trecho acima.a) A substituio da expresso uma legislao inteligente e eficiente por leis inteligentes e eficientes

    obrigaria que se adaptasse o verbo para tratam-se.b) Por falta de conscincia social e ambiental atribui uma circunstncia de causa.c) Tanto o termo inteligente quanto o vocbulo eficiente se referem ao substantivo legislao.d) O pronome que, referente ao termo legislao, pode ser substitudo por a qual.

    62) (FUNDEP/Analista/GASMIG/12) Assinale a alternativa em que a forma verbal sublinhada no admite a redao na voz passiva, mesmo que se faam as adaptaes necessrias.a) [...] a poltica energtica do MME vem priorizando o aproveitamento do 3 maior potencial hdrico do

    mundo [...]. (linhas 15-16)b) As 956 usinas hidreltricas construdas ao longo do sculo XX geram energia limpa e sustentvel. (linha 13)c) O Brasil conta com grandes reservas de gs natural do pr-sal. (linhas 35-36)d) [...] uma obra estratgica, que afetar o bem-estar futuro de milhes de brasileiros [...]. (linhas 3-4)

    63) (FUNDEP/Analista/GASMIG/12) A alternativa em que a substituio da expresso sublinhada pelo termo entre parnteses implica a utilizao do acento indicativo de crase a) A crtica central a Belo Monte relaciona-se aos impactos ambientais e sociais e ao argumento de que seria

    possvel [...]. (linhas 18-19) [A CONSEQUNCIAS DE ORDEM AMBIENTAL E SOCIAL]b) [...] garantindo s geraes futuras eletricidade barata, limpa e sustentvel. (linha 31) [A TODA UMA

    GERAO FUTURA]c) Para garantir a segurana do suprimento de eletricidade frente a perodos de hidrologia crtica [...]. (linha

    34) [AQUELES PERODOS DE HIDROLOGIA CRTICA]d) [...] quem se sente prejudicado recorre Justia. (linha 22) [A ALGUMA ESFERA JUDICIAL]

    64) (FUNDEP/Analista/GASMIG/12) [...] o setor eltrico brasileiro apresenta um cenrio de desenvolvimento muito promissor, em que cada fonte, em especial a hidreletricidade, trar sua contribuio, de forma direta [...]. (linhas 41-43)

    O termo sublinhado pode ser substitudo, sem que se incorra em erro, pelo pronomea) aondeb) cujac) no quald) onde

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    65) (FUNDEP/Analista/GASMIG/12) Assinale a alterna-tiva que contm uma afirmativa correta em relao pontuao dos trechos transcritos.a) [...] natural que surjam crticas sobre a viabilidade ambiental e econmica. (linhas 2-3)

    facultativa a utilizao de vrgula depois da palavra natural.b) O Brasil, sexta maior economia do mundo, apresenta perspectivas macroeconmicas muito promissoras.

    (linha 8)As vrgulas que isolam o aposto podem ser substitudas por travesses, sem prejuzo para a correo.

    c) [...] quem se sente prejudicado recorre Justia. (linha 22)Embora no seja obrigatria, a utilizao de vrgula depois da palavra prejudicado seria recomendvel para marcar melhor a pausa.

    d) Trata-se de uma legislao inteligente e eficiente, que no foi usada no passado por falta de conscincia social ambiental. (linhas 27-28)A supresso da vrgula depois da palavra eficiente em nada afeta a correo da redao nem tampouco o sentido do perodo.

    66) (FUNDEP/Analista/GASMIG/12) Assinale a alternativa em que a substituio da expresso sublinhada pelo termo entre colchetes AFETA o significado ou a correo da frase.a) [...] como j ocorreu no passado [...]. (linhas 34-35) [DA FORMA COMO]b) Dessa forma, no se trata de excluir fontes de energia da matriz eltrica, mas de somar as fontes e buscar

    uma complementaridade [...]. (linhas 37-38) [CONTUDO DEVE-SE SOMAR]c) O MME adota poltica de explorao de fontes renovveis, buscando criar sinergia operacional, mas

    priorizando a fonte em que temos mais experincia [...]. (linhas 32-33) [PRIORIZANDO, CONTUDO,]d) Por se tratar de uma obra estratgica [...] a discusso deve pautar-se em anlises tcnicas, econmicas e

    jurdicas [...]. (linhas 3-4) [J QUE SE TRATA]

    67) (FUNDEP/Analista/GASMIG/12) Assinale a alternativa em que o acento grfico de cada vocbulo se justifica por uma regra diferente de acentuao.a) afetar, jurdicas, trs, renovveis, construdas, vmb) bsicas, hidreltrica, econmica, elica, hdrico, dcadasc) crticas, trajetria, ser, possvel, ndios, pr-sal, tcnicasd) necessria, sustentvel, conscincia, gs, petrleo, sade

    68) (FUNDEP/Analista/GASMIG/12) O Brasil hoje uma democracia consolidada: quem se sente prejudicado recorre justia. (linhas 21-22)

    Assinale a alternativa em que a nova redao preserva a coeso e o sentido bsico do texto.a) Hoje o Brasil uma democracia consolidada, na qual quem se sente prejudicado recorre justia.b) O Brasil hoje uma democracia consolidada, contanto que quem se sente prejudicado recorre justia.c) Conquanto quem se sente prejudicado recorre justia, o Brasil hoje uma democracia consolidada.d) O Brasil hoje uma democracia consolidada, no obstante quem se sinta prejudicado recorre justia.

    69) (FUNDEP/Analista/GASMIG/12) A legislao obriga que esses empreendimentos apliquem mais de 10% do custo total das obras em aes que mitiguem os impactos na flora, fauna e que se invista nos sistemas de sade, educao, saneamento [...]. (linhas 22-24)

    Assinale a alternativa que contm uma forma verbal que se encontra no mesmo tempo e modo das formas sublinhadas no perodo acima.a) A anlise deve partir de trs premissas bsicas [...] qualquer nova usina impacta o meio ambiente e os

    recursos energticos so escassos e nem todos so renovveis. (linhas 5-7)b) Para tanto ser preciso aumentar a produo industrial e a oferta de servios, o que pressupe,

    obrigatoriamente, maior consumo e gerao de energia eltrica. (linhas 10-11)c) Toda a energia que consumimos hoje e a de que precisaremos para as prximas dcadas esto dentro de

    nossas fronteiras. (linhas 39-40)d) Quando o Ministrio das Minas e Energia toma a deciso de construir [...] natural que surjam crticas

    sobre a viabilidade ambiental e econmica. (linhas 1-3)

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    70) (FUNDEP/Analista/GASMIG/12) Desconsideradas as alteraes de sentido, assinale a alternativa que contm erro na conjugao verbal da nova redao, ainda que se faam as adaptaes necessrias no restante do perodo.a) [...] o que pressupe, obrigatoriamente, maior consumo e gerao de energia eltrica. (linhas 10-11)

    [...] se se pressupuser maior consumo e maior gerao de energia eltrica.b) As questes ambientais vm preocupando a sociedade brasileira. (linha 1)

    O Ministrio dever tomar providncias, se as questes ambientais vierem a preocupar a sociedade brasileira.

    c) Nessa trajetria de crescimento, a sociedade quer melhorar os padres sociais e econmicos e superar as graves desigualdades existentes. (linhas 9-10)Nessa trajetria de crescimentos, sero necessrias medidas efetivas, se se quiser melhorar o padro socioeconmico da sociedade e superar as graves desigualdades existentes.

    d) Manter a matriz econmica renovvel ser, cada vez mais, um diferencial internacional competitivo, econmico e ambiental. (linhas 13-14)Haver, cada vez mais, um diferencial internacional competitivo, econmico e ambiental, se o Pas manter a matriz econmica renovvel.

    GABARITO

    01- C 02- D 03- A 04- A 05- A 06- D 07- B 08- B 09- D 10- A

    11- B 12- D 13- D 14- C 15- C 16- A 17- B 18- C 19- D 20- A

    21- C 22- A 23- C 24- D 25- B 26- B 27- D 28- B 29- C 30- D

    31- B 32- C 33- A 34- A 35- D 36- D 37- D 38- B 39- C 40- B

    41- D 42- D 43- A 44- B 45- D 46- B 47- C 48- B 49- C 50- B

    51- C 52- C 53- D 54- A 55- A 56- A 57- C 58- D 59- D 60- B

    61- A 62- C 63- C 64- C 65- B 66- B 67- A 68- A 69- D 70- D

    ET-2003_Meritus_Editora_(Lngua_Portuguesa_Todas_as_Turmas_rea_do_Aluno) - 07/12