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ÉRICA MENDES FABIANO NATÁLIA SERRA LOVATO Exercício Físico e a Redução de Quedas em Idosos: uma revisão sistemática Londrina 2012

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ÉRICA MENDES FABIANO NATÁLIA SERRA LOVATO

Exercício Físico e a Redução de Quedas em Idosos: uma revisão sistemática

Londrina 2012

ÉRICA MENDES FABIANO NATÁLIA SERRA LOVATO

Exercício Físico e a Redução de Quedas em Idosos: uma revisão sistemática

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Saúde Coletiva e Saúde da Família, para a obtenção do título de especialista. Orientadora: Drª Damares Tomasin Biazin.

Londrina 2012

ÉRICA MENDES FABIANO NATÁLIA SERRA LOVATO

Exercício Físico e a Redução de Quedas em Idosos: uma Revisão Sistemática

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Saúde Coletiva e Saúde da Família, banca examinadora do Centro Universitário Filadélfia-UniFil para obtenção do título de especialista.

Aprovado em: ____/____/____

Prof.ª Dr.ª Damares T. Biazin Orientadora

Prof.ª Ms. Maria Lucia da Silva Lopes Membro da Banca Examinadora

“O temor do Senhor é o princípio da

Sabedoria, e o conhecimento do Santo é

prudência”.

Provérbios 9.10

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................... 05

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS................................................. 07

3 RESULTADOS......................................................................................... 08

3.1 Componente dos Exercícios Físicos................................................... 08

3.2 Período de Acompanhamento e Forma da Avaliação da Ocorrência. de Quedas.......................................................................................................

09

4 DISCUSSÃO.............................................................................................. 19

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................... 21

REFERÊNCIAS.......................................................................................... 22

FABIANO, E. M; LOVATO, N. S. Exercício físico e a Redução de Quedas em idosos: uma revisão sistemática. 2012. 23 f. Monografia (Especialização em Saúde Coletiva e da Família) – UniFil, Londrina, Pr., 2012.

RESUMO As quedas estão relacionadas à alta morbidade e mortalidade em idosos. Desse modo, o objetivo da presente revisão foi sistematizar os achados em relação ao papel do exercício físico na redução da queda em idosos. Realizou-se busca na base de dados Medline/Pubmed, Lilacs, Scielo e no site da efdeportes, nos anos de 2000 a 2012, com os seguintes descritores em Inglês: “accidental falls”; “falls”; “elderly”; ”exercise” e os seus correspondentes em Português. Foram encontrados 134 artigos e, apos a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, selecionaram-se 9 artigos que fizeram parte da análise final. Todos os artigos incluídos avaliaram indivíduos a partir de 60 anos de idade, submetidos a programas de exercícios físicos. Os resultados indicam que o exercício físico, de forma isolada, é capaz de reduzir o risco de quedas, isto ficou claro em sete estudos analisados. Houve predomínio de treinamento de força e equilíbrio trabalhados em um mesmo programa de treinamento, além dos exercícios de flexibilidade, coordenação e aeróbios. Entretanto, não há consenso quanto há padronização de variáveis como frequência, duração e intensidade das sessões. Conclui-se que estudos que associaram componentes de forca e/ou equilíbrio, além de outras formas de intervenção, que tenham sido realizados, no mínimo, duas vezes por semana e que tenham acompanhado os indivíduos, em média, de 3 a 6 meses apos a intervenção, mostraram-se mais efetivos em reduzir e prevenir as quedas em idosos vivendo na comunidade. Palavras-chaves: idosos, quedas e exercícios.

ABSTRACT The falls are associated with high morbidity and mortality in the elderly. Thus, the objective of this systematic literature review findings in relation to the significant role of exercise in reducing falls in the elderly. We conducted searches in Medline / Pubmed, Lilacs, and Scielo site efdeportes in the years 2000 to 2012, with the following key words in English: "accidental falls"; "falls", "elderly"; "exercise "and their counterparts in Portuguese. We found 134 articles, and after applying the inclusion and exclusion criteria, we selected 10 articles that were part of the final analysis. All articles that evaluated individuals from 60 years of age, undergoing physical exercise programs. The results indicate that physical exercise, alone, is able to reduce the risk of falls, it became clear in seven studies analyzed. There was a preponderance of strength training and balance worked in the same training program, in addition to exercise flexibility, coordination and aerobic. However, there is no consensus on standardization of variables such as frequency, duration and intensity of the sessions. It follows that studies associated components of force and / or balance, and other interventions that have been performed at least twice a week and having monitored the subjects on average, 3-6 months after intervention, were more effective in reducing and preventing falls in elderly people living in the community. Keywords: elderly, falls, exercise.

1. INTRODUÇÃO

O envelhecimento pode ser conceituado como um processo dinâmico e

progressivo onde há modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e

psicológicas que determinam progressiva perda da capacidade de adaptação do

indivíduo ao meio ambiente, que tornam os idosos mais fragilizados e susceptíveis a

eventos incapacitantes, dentre eles as quedas1.

Cerca de 30% dos idosos em países ocidentais sofrem queda ao menos

uma vez ao ano; aproximadamente metade sofre duas ou mais quedas. A frequência

é menor nos países orientais, onde cerca de 15% dos idosos caem uma vez ao ano

e apenas 7,2% caem de forma recorrente2.

A queda pode ser caracterizada como um deslocamento não intencionado

do corpo para um nível inferior à posição inicial, com incapacidade de correção em

tempo hábil, determinado por circunstâncias multifatoriais e heterogêneas que

comprometem a estabilidade3. Atualmente, a queda representa uma possibilidade

muito grande de incapacitação nos idosos, constituindo um risco à sua saúde física e

bem-estar psicológico, podendo levar idosos em uma faixa etária mais elevada à

morte4.

Os fatores associados à queda podem ser classificados em intrínsecos e

extrínsecos. Dentre os fatores de risco extrínsecos pode-se destacar a iluminação

inadequada, superfícies escorregadias, tapetes soltos ou com dobras, degraus altos

ou estreitos, obstáculos no caminho, ausência de corrimão em corredores e

banheiros, prateleiras excessivamente baixas ou elevadas, roupas e sapatos

inadequados, via pública mal conservada com buracos ou irregularidades e órteses

inapropriadas5. Dentre os fatores intrínsecos destaca-se história prévia de quedas6,

idade6, sexo feminino7, medicamentos 8,9, condição clínica 6,10, distúrbios da marcha

e do equilíbrio6,9,10, sedentarismo10, estado psicológico10, deficiência nutricional9,

declínio cognitivo6,10, deficiência visual6, doenças ortopédicas9 e estado funcional6.

O sedentarismo é considerado um importante fator de risco, visto que, pode

antecipar e agravar o declínio decorrente do envelhecimento, transformando-se em

fator determinante para uma velhice mais complexa, com aumento da probabilidade

de quedas, prejudicando, assim, a qualidade de vida da pessoa idosa11. Desse

modo, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia12 recomenda que seja

implementado um programa de exercícios físicos como uma das estratégias para

minimizar o risco de quedas.

Logo, com o intuito de corroborar com a recomendação da Sociedade

Brasileira de Geriatria e Gerontologia e diante do envelhecimento acelerado e da

grande ocorrência de quedas e de suas consequências negativas para o idoso,

realizou-se uma revisão sistemática com o objetivo de analisar os achados em

relação ao papel do exercício físico na redução da queda em idosos.

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Realizou-se uma revisão sistemática, que segundo Sampaio e Mancini

(2007,p.85), “é uma forma de pesquisa que utiliza como fonte de dados a literatura

sobre determinado tema”.

A pesquisa foi realizada por meio de uma busca de artigos através das

bases de dados Medline/Pubmed, National Library of Medicine (Medline), Literatura

Latino-Americana e do Caribe em Informação em Ciências da Saúde, (Lilacs) e

Scientific Eletronic Library Online, (Scielo), entre os anos de 2000 e 2012 e através

do site da revista efdeportes. No total, foram encontrados 134 artigos. Em

consonância com os critérios de inclusão (quadro 1), restaram 9 artigos (6,71%),

sendo que do total (93,29%) foram excluídos.

Foram inseridos no campo de pesquisa na base de dados as seguintes

palavras chave: “accidental falls”; “falls”; “elderly”; ”exercise”. A busca foi realizada

pelas duas pesquisadoras, de forma independente, obedecendo aos critérios de

inclusão definidos no protocolo de pesquisa.

Critérios de Inclusão

Idosos que não estivessem ativos pelo menos 3 meses antes de serem

feitos os estudos iniciais

Artigos que incluíssem pessoas idosas de acordo com as leis nacionais13

(60 anos ou mais)

Artigos destinados a avaliar os fatores de risco de quedas

Exercícios realizados em grupo ou individualmente com um programa

estruturado e regular

Artigos que incluíssem somente o exercício físico como fator de

intervenção

Artigos originais

Critérios de Exclusão

Estudos que avaliaram as modificações do medo em relação às quedas

Estudos que estivessem em outra língua que não fosse a língua inglesa,

devido à menor quantidade desses artigos em relação aos artigos da

língua inglesa.

Artigos de revisão, teses, dissertações, cartas aos editores, protocolos

Quadro 1. Critérios de inclusão e exclusão empregados para seleção de estudos. Londrina, 2012.

3. RESULTADOS

A partir dos 134 artigos selecionados e após a verificação dos critérios

propostos, foram incluídos 9 artigos para análise na revisão (figura 1).

134 artigos encontrados

80 exclusões por não atenderem aos objetivos propostos verificados através dos resumos

54 artigos elegíveis para estudo

45 exclusões por não atenderem aos objetivos propostos verificados na íntegra

9 artigos relevantes

incluídos na revisão

3.1 Componentes dos Exercícios Físicos

Foram encontradas modalidades de exercícios que compreenderam:

ciclismo14, caminhada14, 15, Tai Chi16, 17, 18, dança17 e exercícios em água22. Nitz &

Choy19 propuseram um treinamento alternativo, o qual foi denominado de

“Workstation”, um circuito de exercícios com atividades cotidianas e estímulos para

desafiar o equilíbrio.

Dentre os principais componentes de cada programa, houve o predomínio

do treinamento de força e equilíbrio, além dos exercícios aeróbios, coordenação,

de estudo, comentários.

Programas de exercícios com solicitação/incentivo aos indivíduos

realizarem exercícios em casa.

Programas de intervenção associado à suplementação ou medicação

flexibilidade. Os artigos que visavam aumentar os níveis de força muscular usaram

como forma de sobrecarga, o próprio peso corporal19,20 elásticos14,21 e pesos e

implementos em sua execução14, 15, 17,19-21. A intensidade proposta foi relativa à

carga máxima observada em teste de uma repetição (1RM) em apenas um estudo17.

Nos outros estudos a intensidade foi relatada em termos absolutos14, com base na

percepção subjetiva de esforço15. Em alguns casos somente foi relatado de que a

intensidade foi progressiva16, 19,20.

O treinamento voltado para o equilíbrio, mesmo que não tenha sido o

principal componente, foi a forma utilizada em todos os estudos incluídos nesta

revisão. O treinamento de equilíbrio foi associado ao treinamento de força em quatro

estudos14,17,19,20, também incluíram exercícios de equilíbrio que foram associados a

diferentes tipos de exercícios (alongamento, força, aeróbio e coordenação motora).

O Tai Chi, como única forma de exercício, também foi utilizado16,18. O treinamento de

equilíbrio sem estar associado a outro tipo de treinamento (força, flexibilidade e

resistência), foi desenvolvido em apenas um estudo22.

Foram aplicados nos estudos exercícios de equilíbrio estático17, equilíbrio

dinâmico14,16 enquanto outras19,20 combinaram as duas formas de intervenção.

O tempo mínimo de duração dos programas foi de seis semanas15 e máximo de 6

meses. Foram encontrados estudos com duração de dez19, doze14,17,18,22, vinte21,

vinte e seis meses16. Em relação à frequência semanal, apenas um estudo19realizou

intervenção uma única vez na semana e dois estudos duas vezes na semana21,22. A

maioria dos estudos foi realizada com uma frequência de três sessões semanais14,15,

16,17,18,22.

Quanto aos indivíduos recrutados para os experimentos, um artigo utilizou

idosos com osteoporose21 e o outro com osteoartrite22, enquanto os outros utilizaram

como amostra indivíduos idosos sem comprometimentos nos sistemas

osteomioarticulares.

3.2 Período de Acompanhamento e Forma da Avaliação da Ocorrência de

Quedas

O período de acompanhamento foi de seis16,15 meses. Período mais curto de

acompanhamento foi observado, sendo este período de doze semanas17,19. Dos 9

estudos analisados, um deles não fizeram acompanhamento após o período de

intervenção proposto14,18,20-22.

Nos nove estudos analisados, as avaliações sobre a ocorrência de quedas

foram realizadas no período de seguimento, mediante anotações dos participantes

em diário, enviados por correio ou telefone com periodicidade mensal16,19,20,21 ou

quinzenal14,17.

A maneira de análise em relação à ocorrência de quedas, durante ou após o

período de exercício, variou entre os diferentes estudos. Clemson et al20 procuraram

descrever o número de quedas imediatamente antes da intervenção e no terceiro e

sexto mês durante a intervenção. Nitz & Choy19 buscaram comparar a quantidade

de quedas referentes ao ano anterior (ano início do estudo) com as quedas

ocorridas durante a intervenção e durante o período de acompanhamento. Means et

al15. Por sua vez, compararam o número de quedas relatadas 6 meses antes da

intervenção, durante os seis semanas de intervenção e por um período de seis

meses pós-intervenção. Este estudo, igualmente ao estudo de Nitz & Choy19

registraram o número de quedas retrospectivas, 6 meses e 12 meses

respectivamente, a fim de garantir a maior fidedignidade dos resultados. Hauer et

al17 realizaram a pesquisa durante e após um período de intervenção, porém

agruparam os dois períodos para analisar os dados, o que impossibilitou a

verificação do efeito do programa de exercícios e seu efeito após o término do

mesmo.

Destes 9 estudos analisados apenas dois17,20 compararam o risco relativo

(RR) de quedas dos grupos que participaram de exercício físico com aqueles que

receberam outro tipo de intervenção. Rubenstein et al14, que apesar de não terem

realizado um acompanhamento após a intervenção, avaliaram o nível de atividade

física e a taxa de quedas e compararam com o grupo controle, estabelecendo uma

taxa de quedas por hora de atividade física realizada.

Dois artigos21,22 analisados não verificaram necessariamente o número de

quedas antes, durante ou depois da intervenção, mas sim, o risco de quedas através

de testes para avaliação do perfil fisiológico, o teste do step e o teste time up & GO,

equilíbrio estático, equilíbrio dinâmico e força de extensão de joelho.

Os programas de exercícios propostos nos estudos com o objetivo de

reduzir ou prevenir o risco de quedas foram variados em sua duração, frequência,

intensidade e modo de exercício. No quadro 2, é apresentada uma síntese dos

artigos que relaciona os desenhos experimentais, a intervenção e os principais

resultados. Cabe salientar que para o objetivo do estudo o desfecho analisado em

cada estudo foi em relação ao risco de quedas e a ocorrência de quedas durante e

após o término da intervenção e no período de acompanhamento.

Tabela 1. Desenho dos estudos e suas características quanto ao ano, país de publicação, delineamento, tipo de amostra, idade e sexo dos

participantes.

Continuação

Autor(es)/Ano País/Delineamento Amostra/Forma de seleção Faixa etária (média)/Sexo

Rubensteinet al14./2000 EUA/ECR N = 59 GE = 31 e GC = 28/Participantes foram

recrutados por meio de folhetos informativos.

74 anos/homens

Hauer et al17./2001 Alemanha/ECR N = 57 GE = 31 e GC = 26/Os pacientes foram recrutados consecutivamente no final da

ala de reabilitação de um hospital geriátrico que providencia cuidado agudo

e reabilitação.

82±4,8 anos / ambos.

Carter et al21./2002 Canadá/ECR N = 80 GE = 40 e GC = 40/Foram identificadas todas as mulheres de 65 a 75 anos que eram moradoras de Vancouver e que

tinham sido diagnosticadas com osteoporose no Hospital da Mulher e no

Centro de Saúde como potenciais participantes.

GE = 69,6 ± 3,0 anos e GC = 69 ± 3,5 anos/mulheres

Choiet al18./2004 Coréia do Sul/ EQE N = 59 GE=29 e GC=30/ Os participantes foram

selecionados a partir de uma lista de instalações para idosos fornecidos pelo

Conselho de Assistência Social da Coréia.

78,8 anos/ ambos.

Nitz& Choy19/ 2004 Austrália/ECR N=73

GE (workstation) = 37 e GC = 36/

Participantes recrutados através de

anúncios nos jornais e panfletos enviados

75,8 anos / ambos.1

ECR: Ensaio Clínico Randomizado.

aos médicos, grupos de idosos e

fisioterapeutas na comunidade local.

Li et al16. / 2005 EUA/ECR N = 256 GTC (Tai Chi) = 125

GC (alongamento) = 131/ Participantes foram recrutados a partir do conjunto de pacientes inscritos no Sistema de Saúde

Legacy em Portland, Oregon, entre fevereiro de 2001 e novembro de 2002.

77,48±4,95 /ambos.

Meanset al15./2005 EUA/ECR N = 338 GE = 181 e GC =157/Participantes foram recrutados entre as pessoas atendidas entre os 17 centros do envelhecimento

operados pela Agência Central do Arkansas.

73,5/ambos.

Clemsonet al20./2010 Austrália/ECR N= 34 GE = 16 e GC = 18/Os participantes foram

recrutados por e-mail do ....e uma lista gerada da Clínica Médica Geral. A carta

convidava os destinatários a nos contactar caso eles tivessem interesse em

participar.

GE = 81 ± 5.6 anos e GC = 82 ± 6,3 anos /ambos.

Haleet al22. / 2012 Nova Zelândia/ ECR N=39 GE = 23 e GC = 16/Os participantes foram recrutados através de anúncios públicos

em jornais locais, rádio, televisão, cartazes e folhetos colocados em centros

comunitários locais, clínicas gerais, consultório de fisioterapeutas, bibliotecas,

igrejas e organização de idosos.

74 ± 6 anos/ambos.

Tabela 2. Características dos estudos segundo seus objetivos, variáveis analisadas, intervenção e resultados.

Continuação

2Autor (es) Objetivo (s) Variável (is) Intervenção (es) Resultado (s)

Rubensteinet al14./2000 Estudar os efeitos de um programa de baixa a

moderada intensidade envolvendo força,

resistência, mobilidade e taxas de queda em homens

idosos com deficiências crônicas.

Força (MMII), Funcionalidade, QV, NAF

Número de quedas durante a

intervenção

GE: 3x sem/ 90 min / 12 sem.

Força (MMII) + exercícios aeróbicos + exercícios de equilíbrio.

GC: nada

GE: 6 quedas/ 1000 horas X

GC: 16,2 quedas/1000horas

Redução de quedas ajustado pelo NAF no GE

(p≤0,05).

Hauer et al17./2001 Determinar a segurança e eficácia de um protocolo de exercício concebido para melhorar a mobilidade,

força e equilíbrio e reduzir as quedas subsequentes em pacientes geriátricos com história de quedas

prejudiciais.

AVD´s, escada e alcance funcional, TUG, cognição,

depressão, força (legpress, pressão manual).

Número de quedas em 6

meses (intervenção + seguimento).

GE: 3x sem/ 12 sem Força (MMII) 2-3 séries/ 10-15 rep. 70-90% 1 RM Equilíbrio (dança e Tai

Chi: 45 min).

GC: atividades placebo 3x sem/60min/12sem

Incidência de quedas: GC: 60% X GE: 45%

Redução de 25% na

incidência de quedas para o GE (RR 0,753; CI 95%:

0,455-1,245) (NS).

Carter et al21./2002 Verificar a efetividade de um programa de exercícios

físicos na redução dos fatores de risco de quedas em idosos de 65-75 anos

com osteoporose.

Medidas realizadas na 20ª semana.

Nível de atividade física total, qualidade de vida, equilíbrio estático, equilíbrio dinâmico,

extensão de joelho.

GE: 2x sem/20 sem GE: Programa Osteofit,

inclui trabalho de equilíbrio, postura,

marcha e estabilização de tronco e quadril.

GC: continuar suas atividades de rotina.

Melhora significativa do GE em relação ao GC do

equilíbrio estático Melhoria de 4,9%; 95%

IC; 0,3%-9,7% p< 0, 044. Força de extensão de

joelho Melhora de 12,8% maior; 95% o IC; 0,2%-25,8% p

= 0,047. GE tendeu a ter uma

melhora maior do equilíbrio dinâmico,

porém não

Continuação

estatisticamente

significativo. Melhora de 6,3% maior;

95% IC; - 0,9%-11,6% p = 0,06.

Choiet al18./2004 Determinar as mudanças na aptidão física (força muscular de joelho e tornozelo, equilíbrio,

flexibilidade e mobilidade), eficácia em evitar quedas e

episódios de quedas de idosos institucionalizados depois de participar de 12 semanas de Tai Shi Sun-

Style.

Medidas realizadas antes e após 12 semanas de

intervenção.

Aptidão física (força muscular de joelho e tornozelo,

equilíbrio, flexibilidade e mobilidade).

Eficácia em evitar quedas e

episódios de quedas.

GE: 3x sem/12 sem Exercícios de Tai Chi

GC: nada

Pós-teste

GE melhorou significativamente a força dos flexores (p<0,001) e extensores (p<-0,01) de

joelho e tornozelo, a flexibilidade (p< 0,01) e mobilidade (p< 0,001)

comparada ao GC.

Não houve diferença significativa nos episódios

de quedas.

GE reportou significativamente mais

confiança em evitar queda que o GC.

Nitz&Choy19 / 2004 Determinar se um programa de treinamento estratégico

para equilíbrio formatado no modelo3 de estação foi

superior às típicas aulas de exercícios de equilíbrio

realizadas na comunidade para redução de quedas.

Alcance funcional, alcance lateral, equilíbrio e TGU.

Número de quedas 12 meses

antes do início do estudo (retrospectivo) e durante a intervenção e seguimento.

GE (workstation) 1x sem/ 60 min/ 10 sem Sentar e levantar, passo a frente e atrás; alcance

e jogos com bola.

GC: 1x sem / 40min / 10 sem

Quedas 12 meses antes: GE = 41 e GC = 44

Quedas intervenção: GE: 12 e GC = 13

Quedas seguimento 3 meses:

GE: 9 e GC: 9

Continuação

Exercícios similares ao GE de intensidade mais

leves.

GE mostrou uma maior

redu4ção às quedas (p=0,000) e GC também (p=0,024) sem diferença

entre os grupo. Li et al16 / 2005 Avaliar a eficácia de 6

meses de intervenção de Tai Chi para diminuir o

número de quedas e o risco de quedas em pessoas

idosas.

Equilíbrio, marcha e alcance funcional.

Número de quedas durante a

intervenção e durante o seguimento (pós-

intervenção).

GTC: 3x sem / 60 min / 26 sem.

GC: 3x sem/ 60 min/ 26

sem (alongamento apenas para parte superior do corpo).

Quedas (intervenção): GTC: 38 quedas x GC: 73

quedas (p=0,007). GTC: (N=27/28%)

X GC (N = 43/46%) (p

=0.01) Tempo para primeira queda (ajustado pelo

baseline): GTC comparado com GC (HR: 0,46; IC 95% 0,26-

0,80; p= 0,009). Número de múltiplas

quedas (ajustado pelo baseline):

GTC comparado com GC (HR: 0,45; IC 95% 0,30-

0,60; p = < 0,001). Quedas (seguimento 6

meses): GTC: 18 quedas (N = 15) X GC: 49 quedas (N= 43)

(p<0,001). Taxa de incidência

GTC: 3,16 quedas por 100 participantes/mês X

GC: 8,96 quedas por 100 participantes/mês

(p<0,001). Meanset al15./2005 Avaliar o efeito em curto

prazo de um exercício de reabilitação baseado no equilíbrio, mobilidade,

quedas e injúrias.

12 tarefas orientadas envolvendo tarefas

realizadas em casa; AVD´s, mobilidade e força.

Número de quedas relatadas

6 meses antes da intervenção e durante os 6 meses de seguimento (pós-

intervenção).

GE: 3x sem/ 90 min/ 6 sem

Alongamento, controle postural, caminhada, coordenação, força,

intensidade (13-Borg).

GC: seminários de interesse geral (não

relacionados a quedas).

Quedas 6 meses antes: GE: 2,01 e GC: 0,48

quedas / GE: 1,05 e GC: 0,31 lesões relacionadas

a quedas.

Quedas (seguimento 6 meses):

GE: 0,24 e GC: 0,59 quedas/GE: 0,18 e GC:

0,52 lesões relacionadas a quedas.

Clemsonet al20./ 2010 O propósito foi conduzir uma investigação em pequena escala da

viabilidade e eficácia nova LIFE intervenção.

Capacidade física (equilíbrio e força), qualidade de vida e

auto-eficácia.

Taxa de quedas Antes da aleatorização e

passado três e seis meses da intervenção.

GE: 6 meses/participantes

realizavam os exercícios em casa. O objetivo do

programa era levar ações cotidianas, até

elas tornarem-se habituais e incorporadas

na ocupação diária. Exercícios de equilíbrio e treinamento de força. Os exercícios de equilíbrio

foram operacionalizados em quatro estratégias e

o de força em sete estratégias.

GC: nada

Número de quedas depois de seis meses

GE = 12 quedas GC= 35 quedas (RR 0,23;

0,07-0,83)

GE: grupo experimental; GC: grupo controle; NS: não significativo; MMII: membros inferiores; QV: qualidade de vida; NAF: nível de atividade física; AVD´s: atividades da vida diária; TUG: time upandgo; RR: rate ratio; HR: hazardratio; IC: intervalo de confiança.

Haleet al22. / 2012 Investigar a eficácia de um programa de exercícios em água visando o equilíbrio

para reduzir o risco de quedas e melhorar as

medidas de equilíbrio e função física em idosos

com osteoartrite.

Medidas r5ealizadas na 13ª semana.

Risco de queda, medido usando cinco testes para

avaliação do perfil fisiológico; Teste do step e Time up&go.

GE: 2x sem/ 20 min/ 12 sem na primeira semana até 60 minutos na nona semana. Exercícios de

equilíbrio.

GC: 2x sem/ 1 h/ 12 sem Curso de informática.

Nenhuma diferença significativa foi

encontrada entre o GE e GC para todos os testes

analisados.

4. DISCUSSÃO

O objetivo deste estudo foi sistematizar os achados em relação ao papel do

exercício físico na redução da queda em idosos. Dos nove estudos analisados nesta

revisão, cinco apresentaram resultados significativos na redução de quedas em

idosos14,15,16,17,19,20. Dos dois artigos que avaliaram somente os fatores de risco para

quedas, ambos identificaram melhoras significativas do grupo experimental em

relação ao grupo controle18,21.

Estes estudos tiveram em comum principalmente a introdução de exercícios

de força, equilíbrio e flexibilidade. A inclusão destes exercícios como estratégia na

redução de quedas em idosos é oportuna, visto que, com o envelhecimento as

reservas fisiológicas decaem e afetam a capacidade funcional, sendo que as perdas

de reserva fisiológica que contribuem mais diretamente com a fragilidade física são

as da capacidade aeróbia, resistência cardiovascular, força, resistência

motora/esquelética, flexibilidade, equilíbrio e integridade neural23.

Porém, houve discrepância em relação às variáveis utilizadas na prescrição

dos treinamentos, incluindo diferenças quanto ao número de sessões semanais, a

duração do programa e a intensidade das cargas, tornando-se, assim, difícil

padronizar diretrizes para estabelecer protocolos e, por fim, procedimentos que irão

certamente reduzir as quedas em idosos.

O período de acompanhamento, é outra variável que pode dificultar o

estabelecimento de conclusões. Nitz & Choy19, compararam o número de quedas

ocorrido no ano anterior ao tratamento com a ocorrência de quedas nos três meses

após o tratamento, discrepância esta de acompanhamento que pode ter

subestimado a ocorrência de quedas. Means et al.15, por sua vez, avaliaram o

número de quedas seis meses antes e seis meses depois da intervenção,

metodologia esta, que trouxe uma maior fidedignidade aos resultados alcançados.

Por outro lado, Rubenstein et al.14 não realizaram acompanhamento após o

término dos exercícios e avaliaram as quedas ocorridas durante o período de

intervenção. Os próprios autores sugerem que para melhor análise dos efeitos do

exercício é necessário realizar um acompanhamento mais longo, pelo menos de um

ano.

As diferenças entre a frequência semanal e a duração total dos programas

que apresentaram redução da ocorrência de quedas sugere que a resposta ao

exercício físico pode estar mais relacionada às características iniciais dos

participantes, uma vez que, estudos com períodos de intervenção tão curto possa ter

provocado diferenças significativas entre GE e GC. No estudo de Nitz& Choy19, além

do período curto de acompanhamento, foi realizada apenas uma sessão semanal de

exercícios durante 10 semanas, os participantes tinham idade média de 75,8 anos e

na maioria baixo nível de atividade física.

Means et al.15, por sua vez, conseguiram resultados satisfatórios apenas

com 6 semanas de intervenção, utilizando indivíduos com média de idade de 73

anos. O programa foi composto por exercícios de força com o uso de elásticos em

intensidade moderada e tarefas do dia-a-dia. Neste estudo, o grupo de exercício e

de controle foi composto por idosos com e sem histórico de quedas, no entanto, o

grupo experimental apresentou uma maior taxa de quedas que o controle, antes do

inicio do programa, o que pode sugerir que o grupo experimental foi composto por

idosos com maior comprometimento físico.

Carter et al21, utilizando idosas com osteoporose e média de idade de 69,3

anos para GE e 69 anos para o GC, conseguiram reduções significativas, com

apenas 20 semanas de intervenção, em todos os fatores de risco para quedas

analisados, sendo estes fatores o equilíbrio estático e força de extensão de joelho.

Porém, teria sido válido o acompanhamento desses indivíduos por um tempo após

ter acabado a intervenção para maiores extrapolações.

Dois estudos desta revisão não apresentaram à redução do número de

quedas. Hauer et al17 observaram uma redução de 25% na incidência de quedas,

que não foram significativos em relação ao GC. No entanto, neste estudo o grupo

controle realizou atividade física envolvendo flexibilidade, exercícios calistênicos e

jogos com bola, que podem explicar a não significância dos resultados. Hale et al.²²

não observaram nenhuma redução para nenhum dos testes analisados (teste do

step e time up & go), porém este estudo somente utilizou o exercício em água e

exercícios de equilíbrio, o que podem ter levado a não significância do estudo, já que

a perda de equilíbrio não é o único fator fisiológico responsável pelo risco de

quedas.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados indicam que o exercício físico, de forma isolada, é capaz de

reduzir os riscos de quedas, visto que, isto ficou evidente na maioria dos estudos

analisados. Exercícios de força muscular e equilíbrio foram as modalidades mais

presentes, no entanto uma indicação clara quanto as variáveis frequência, duração e

intensidade não foi encontrada.

As características iniciais da população parecem influenciar nos resultados,

a idade, a condição física e a presença ou não de alguma patologia podem

determinar o grau dos resultados obtidos, mesmo quando as variáveis estão

divergindo. O período de observação da ocorrência de quedas antes do início da

intervenção, o tempo de duração do acompanhamento pós-exercício, devem ser

considerados, pois podem subestimar a ocorrência de quedas.

Em resumo, parece que estudos que associaram componentes de força e/ou

equilíbrio, além de outras formas de intervenção, que tenham sido realizados, no

mínimo, duas vezes por semana e que tenham acompanhado os indivíduos, em

média, de 3 a 6 meses após a intervenção, mostraram-se mais efetivos em reduzir e

prevenir as quedas em idosos vivendo na comunidade.

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