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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA (HANDEBOL)
EXMO. SR. DR. DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DE SERGIPE
Agravo de Instrumento nº: 201700807541
Agravante: MANOEL LUIZ OLIVEIRA
Agravado: CONFEDERACAO BRASILEIRA DE HANDEBOL
Agravado: SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA (STJD - HANDEBALL)
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA DO
HANDEBOL, neste ato representado por seu Presidente Caio Pompeu Medauar de Souza,
advogado inscrito na OAB/SP sob o n. 162.565, ambos já qualificados nos autos, do AGRAVO
DE INSTRUMENTO interposto contra decisão proferida pelo MM. Juizo da 10a Vara Cível da
Comarca de Aracaju, em sede da AÇÃO DECLARATÓRIA, proposta por MANOEL LUIZ
OLIVEIRA, vem, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTRAMINUTA, com pedido de
revogação da liminar deferida, conforme razões juntadas em anexo.
Requer, ainda, seja presente Contraminuta recebida, dispensada a
juntada de instrumento procuratório, dada a incontroversa capacidade deste subscritor em
representar a instituição STJD, sendo processada na forma da legislação processual vigente,
conforme se fundamenta nas razões ora juntadas, declarando, desde já que concorda com o
julgamento virtual do presente agravo, se esta for a prática deste E. TJ.
Com a presente Contraminuta são juntados os seguintes
documentos:
1) Composição do STJD publicada no site da CBHb.
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2) Termos de indicação dos membros do STJD, conforme
determina a lei 9615/98 e o Estatutos da CBHb.
3) Sentença Arbitral
Por fim, requer que as intimações sejam realizadas na pessoa
deste subscritor e Presidente do STJD do Handebol, Dr. CAIO POMPEU MEDAUAR DE SOUZA,
inscrito na OAB/SP sob o n. 162.565, com endereço na cidade de São Paulo – SP, na Rua Lino
Coutinho, 75, ap. 162, bl. 3 – Ipiranga, CEP 04207-000.
Termos em que,
Pede deferimento.
São Paulo, 10 de maio de 2017.
CAIO POMPEU MEDAUAR DE SOUZA
OAB/SP 162.565
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA (HANDEBOL)
AO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE
Agravo de Instrumento nº: 201700807541
Agravante: MANOEL LUIZ OLIVEIRA
Agravado: CONFEDERACAO BRASILEIRA DE HANDEBOL
Agravado: SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA (STJD - HANDEBALL)
CONTRAMINUTA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO
Colenda Câmara,
Exmos. Desembargadores,
Exmo. Desembargador Relator,
A r. decisão de agravada, deve ser mantida por seus próprios
fundamentos, senão vejamos:
1. Breve síntese dos fatos.
1.1. Trata-se de agravo de Instrumento, manejado contra decisão
que indeferiu liminar para sobrestar procedimento arbitral, instaurado perante o STJD da
modalidade handebol, no qual são tecidas graves denúncias, sobretudo a não contabilização de
dívidas vultosas da Confederação (CBHb|) com a Federação Internacional de Handebol.
1.2. Alega o Agravante, que após ter sido eleito Presidente da
Confederação Brasileira de Handebol, a chapa de oposição manejou pedido de Instauração de
Procedimento Arbitral perante o STJD, para o fim de ver impugnada a candidatura do
agravante, e por conseguinte, de sua chapa, sob a alegação de que teriam ocorrido atos de
gestão temerária e falta de prestação de contas adequadas o que tornaria inelegível para
disputar mais uma mandato, juntando documentos e as seguintes matérias jornalísticas dando
conta de irregularidades:
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA (HANDEBOL)
Confederac aࡤ Ѻo atrasou bolsas-atletas em mais de um ano e tem suspeita de
superfaturamento em hospedagens.
http://espn.uol.com.br/noticia/662840_confederacao-atrasou-bolsas-
atletas-em-mais-de-um-ano-e-tem-suspeita-de-superfaturamento-em-
hospedagens
Atas e datas de assinaturas indicam fraudes em licitações de R$ 6 milhões
http://espn.uol.com.br/noticia/640503_atas-e-datas-de-assinaturas-
indicam-fraudes-em-licitacoes-de-r-6-milhoes-no-handebol
Sem nenhum empregado, firma que geria projetos organizava festas; veja
gastos http://espn.uol.com.br/noticia/642706_sem-empregados-empresa-
que-geria-projetos-organizava-festas-veja-orcamentos-e-gastos
Auditorias mostram mais de R$ 800 mil sem recibos; cartolas levaram
benesses http://espn.uol.com.br/noticia/640619_auditorias-mostram-
mais-de-r-800-mil-sem-recibos-cartolas-levaram-benesses-olimpicas
CBHb teve pleito com diretor eleito e pediu aumento a técnico pelo título de
outro http://espn.uol.com.br/noticia/641433_cbhb-teve-pleito-com-diretor-
eleito-e-pediu-aumento-a-tecnico-pelo-titulo-de-outro
Após reportagens, procurador pede abertura de inquérito policial contra a
CBHb http://espn.uol.com.br/noticia/647642_apos-reportagem-da-espn-
procurador-pede-abertura-de-inquerito-policial-contra-a-cbhb
Em torneio na mira da Polícia Federal, Confederação deu calote em
cheerleaders http://espn.uol.com.br/noticia/649004_em-mundial-de-
handebol-na-mira-da-policia-federal-cbhb-deu-calote-em-cheerleaders
Atas com indícios de fraudes também foram assinadas por esposa de
presidente http://espn.uol.com.br/noticia/649043_atas-com-indicios-de-
fraudes-tambem-foram-assinadas-por-esposa-de-presidente-da-cbhb
Handebol realizou licitac oࡤ Ѻes com empresa que nem sequer existia, e
vencedor na Ѻo tinha funcionrios
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http://espn.uol.com.br/noticia/662782_handebol-realizou-licitacoes-com-
empresa-que-nem-sequer-existia-e-vencedor-nao-tinha-funcionarios
1.3. O Agravante, interpôs o presente recurso e o fundamenta, em
apertada síntese, na suposta incompetência do STJD para determinar a inelegibilidade do
Agravante, uma vez que tal situação, em sua opinião, não seria “conflito de ordem associativa
no âmbito da CBHb”, fato este, levado em conta na r. liminar deferida.
1.4. Alega que o trâmite do processo arbitral cria riscos para seu
mandato, e para a estabilidade da CBHb, razão pela qual requereu liminar, primeiramente
indeferida, e posteriormente deferida em juízo de retração pelo relator do presente Agravo,
que decretou o sobrestamento do Processo Arbitral, decisão da qual este STJD não foi intimada
nos termos do CPC.
1.5. O presente agravo merece improvimento, devendo ser a
liminar revogada como se passa a demonstrar.
2. PRELIMINAR DE PERDA DO OBJETO
2.1. Em que pese o sobrestamento do feito determinado pelo
Exmo. Relator, medida que suspende os prazos no processo, até a presente data não houve
qualquer intimação formal da parte de tal decisão, uma vez que este Agravado não se fazia
representado nos autos até a presente data.
2.2. Neste contexto, em 03 de maio de 2017, o Painel arbitral
proferiu sentença arbitral, terminando o processo, não sendo objeto do presente agravo a
suspensão dos efeitos da sentença arbitral, mas sim o sobrestamento do andamento do painel
arbitral.
2.3. A intimação do despacho é ato formal, devendo seguir os
trâmites do Código de Processo Civil, não podendo ser feita simplesmente pela informação de
uma parte a outra. A publicação da liminar, ocorrida por duas vezes nos dias 03 de maio de
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2017 e 04 de maio de 2017 no Diário de Justiça de Sergipe, não continham os advogados da
CBHb, tampouco este representante do STJD, ora agravado.
2.4. Nestes termos, a sentença arbitral não foi proferida em
descumprimento da liminar, uma vez que não havia intimação deste Agravado, muito menos
do Presidente do Painel Arbitral, ou os demais membros, sendo portanto válida e eficaz a r.
decisão do Painel Arbitral.
2.5. Portanto, do ponto de vista específico deste Agravo, não há
procedimento a ser sobrestado ou suspenso, uma vez que o provimento arbitral já foi
prestado, exarando-se uma sentença, não se podendo suspender processo finalizado.
2.6. Ademais, o mandato dos membros do STJD se encerrará até o
final de maio de 2017, motivo pelo qual, qualquer adiamento de tal decisão traria a discussão
da autonomia do painel arbitral em relação ao mandato no STJD.
2.7. Em verdade, o único objetivo do Agravante com o processo e
o presente Agravo era postergar a decisão até o final do mandato dos atuais membros do
STJD, na esperança de poder indicar membros que não tenham a independência dos atuais.
2.8. Note que, mesmo sendo matéria de direito, em que a prova
documental é farta, tanto para a defesa como para os requerentes, o Agravante insistiu em
requerer prova testemunhal, requerendo sucessivos adiamentos da Sessão do Painel Arbitral,
adiamento deferido uma vez, sendo que, mesmo sendo franqueada a utilização de meios
eletrônicos para ouvir as testemunhas, o agravante levou apenas uma testemunha, e
pretendia adiar mais o procedimento arbitral, na esperança de obter a liminar antes da r.
sentença arbitral ser proferida.
2.9. Portanto, o Agravante usou de meios procrastinatórios para
atrasar a sentença do procedimento arbitral, unicamente para tentar o provimento do presente
agravo. E foi além, apesar de discordar da competência do procedimento arbitral, como se
disse ele compareceu nos autos, produziu provas, requereu adiamentos, e apresentou razões
finais escritas.
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2.10. Nunca é demais lembrar que os requerentes do
Procedimento arbitral não foram incluídos no polo passivo do processo principal ou do presente
agravo.
2.11. Assim, deve ser improvido o presente Agravo, pela perda do
objeto do mesmo, e pelo abuso do direito de recorrer.
3. Aplicação do princípio “kompetenz-kompetenz” à
arbitragem esportiva
3.1. Manejar medidas preventivas a impedir a instauração e
julgamento de painel arbitral não encontra respaldo no ordenamento pátrio, sobretudo para as
regras atinentes à arbitragem, onde vige o princípio da “kompetenz-kompetenz”, no qual é
prerrogativa dos árbitros avaliar sua competência diante de compromisso arbitral.
3.2. Tal princípio encontra guarda no inciso VII do artigo 485 do
CPC vigente:
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
(...)
VII - acolher a alegação de existência de convenção de
arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua
competência;
3.3. O artigo supra, cumulado com o § 1º. do artigo 3º do mesmo
CPC, e com o parágrafo único do artigo 8º1, artigo 202 e artigo 333 da Lei 9.307/96 (Lei de
1 Art. 8º A cláusula compromissória é autônoma em relação ao contrato em que estiver inserta, de tal sorte que a nulidade deste não implica, necessariamente, a nulidade da cláusula compromissória. Parágrafo único. Caberá ao árbitro decidir de ofício, ou por provocação das partes, as questões acerca da existência, validade e eficácia da convenção de arbitragem e do contrato que contenha a cláusula compromissória. 2 Art. 20. A parte que pretender argüir questões relativas à competência, suspeição ou impedimento do árbitro ou dos árbitros, bem como nulidade, invalidade ou ineficácia da convenção de arbitragem, deverá fazê-lo na primeira oportunidade que tiver de se manifestar, após a instituição da arbitragem. § 1º Acolhida a argüição de suspeição ou impedimento, será o árbitro substituído nos termos do art. 16 desta Lei, reconhecida a incompetência do árbitro ou do tribunal arbitral, bem como a nulidade, invalidade ou ineficácia da convenção de arbitragem, serão as partes remetidas ao órgão do Poder Judiciário competente para julgar a causa.
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Arbitragem), não deixa dúvida da aplicação de tal princípio para arbitragens no ordenamento
pátrio, podendo a parte que se sentir prejudicada atacar a suposta irregularidade do
compromisso arbitral somente após a sentença arbitral, quando tentar anular a sentença, mas
nunca de forma preventiva, sob pena de se inviabilizar a utilização do meio alternativo e
rápido para a solução do litígio.
3.4. Esse é o entendimento pacífico do E. STJ que assim já decidiu
no REsp 1302900 / MG, de relatoria do Ministro Sidney Benetti:
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. ARBITRAGEM. ACORDO
OPTANDO PELA ARBITRAGEM HOMOLOGADO EM JUÍZO.
PRETENSÃO ANULATÓRIA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO ARBITRAL.
INADMISSIBILIDADE DA JUDICIALIZAÇÃO
PREMATURA.(grifei)
1.- Nos termos do artigo 8º, parágrafo único, da Lei de Arbitragem a alegação
de nulidade da cláusula arbitral instituída em Acordo Judicial homologado e,
bem assim, do contrato que a contém, deve ser submetida, em primeiro
lugar, à decisão do próprio árbitro, inadmissível a judicialização prematura
pela via oblíqua do retorno ao Juízo.
2.- Mesmo no caso de o acordo de vontades no qual estabelecida a cláusula
arbitral no caso de haver sido homologado judicialmente, não se admite
prematura ação anulatória diretamente perante o Poder Judiciário, devendo
ser preservada a solução arbitral, sob pena de se abrir caminho para a
frustração do instrumento alternativo de solução da controvérsia.
3.- Extingue-se, sem julgamento do mérito (CPC, art. 267, VII), ação que visa
anular acordo de solução de controvérsias via arbitragem, preservando-se a
jurisdição arbitral consensual para o julgamento das controvérsias entre as
partes, ante a opção das partes pela forma alternativa de jurisdição.
4.- Recurso Especial provido e sentença que julgou extinto o processo
judicial restabelecida.
§ 2º Não sendo acolhida a argüição, terá normal prosseguimento a arbitragem, sem prejuízo de vir a ser examinada a decisão pelo órgão do Poder Judiciário competente, quando da eventual propositura da demanda de que trata o art. 33 desta Lei. 3 Art. 33. A parte interessada poderá pleitear ao órgão do Poder Judiciário competente a declaração de nulidade da sentença arbitral, nos casos previstos nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.129, de 2015) (Vigência)
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3.5. Basta uma interpretação sistemática com o inciso IV do artigo
1012 do CPC, para constatar que a regra geral determina que não se suspenda os
procedimentos arbitrais, mesmo na pendência de recursos em processos em que se discute a
instalação de painel.
3.6. Portanto, a legislação pátria determina que somente após o
proferimento da sentença arbitral, a parte poderá propor medidas perante o poder judiciário
para discutir a competência do Juízo Arbitral.
3.7. Assim, improcedente o Agravo, devendo o mesmo ser
improvido.
4. Competência do STJD para funcionar como órgão arbitral
4.1. Conforme consta expressamente da inicial, a entidades
desportivas gozam de autonomia reconhecida pela Constituição da República, em seu artigo
217, I4 o qual já se pede expresso prequestionamento.
4.2. Tal autonomia, difere em parte daquela prevista no artigo 5º.
da Carta Magna, mas serve para garantir às entidades sua adesão o princípio da Lex Sportiva,
que significa que para uma mesma modalidade, ou sistema desportivo, há princípios universais
e regras válidas em todos os países do mundo independentemente de edição de leis locais, o
que inclui a utilização da arbitragem esportiva para a resolução de litígios desta natureza.
Neste sentido ensina o festejado jurista Cearense Álvaro de Mello Filho:
4 CF/88 - Seção III - DO DESPORTO Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observados: I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e funcionamento; II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento; III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não- profissional; IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional. § 1º O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei. § 2º A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do processo, para proferir decisão final. § 3º O Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção social.
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“De outra parte, numa sociedade globalizada, o desporto, tal como direitos
humanos, ecologia, comunicação e espaço aéreo são matérias que refogem a
uma normação exclusivamente nacional, e, por isso mesmo, a lex sportiva
internacionalis não compromete a soberania do País, ou seja, as normas
jurídicas das entidades internacionais são aplicáveis à comunidade
desportiva dos respectivos países filiados, sem que isso implique em infirmar
ou malferir a soberania, do mesmo modo que o direito canônico incide sobre
toda comunidade católica, sem afetar a soberania dos países católicos. Por
sinal, é preciso ter cautela com as tendências daqueles legisladores que,
equivocada e incoerentemente, defendem ser socialmente benéfica e
desejável publicização do desporto, quando em todos os outros setores
constata-se a implementação de uma filosofia oposta, ou seja, a ênfase na
privatização e na desregulamentação. (Melo Filho. 2002).”
4.3. Neste contexto, a lei 9.615/98, Lei Geral sobre Desportos, que
regula a prática desportiva no Brasil, absorve e aceita os conceitos de autonomia das
entidades e de lex sportiva já em seu início:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES INICIAIS
Art. 1º. O desporto brasileiro abrange práticas formais e não-
formais e obedece às normas gerais desta Lei, inspirado nos
fundamentos constitucionais do Estado Democrático de Direito.
§ 1o A prática desportiva formal é regulada por normas nacionais
e internacionais e pelas regras de prática desportiva de cada
modalidade, aceitas pelas respectivas entidades nacionais de
administração do desporto.
§ 2o A prática desportiva não-formal é caracterizada pela
liberdade lúdica de seus praticantes.
§ 3o Os direitos e as garantias estabelecidos nesta Lei e
decorrentes dos princípios constitucionais do esporte não
excluem outros oriundos de tratados e acordos internacionais
firmados pela República Federativa do Brasil. (Incluído pela
Medida Provisória nº 718, de 2016)
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA (HANDEBOL)
CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 2º. O desporto, como direito individual, tem como base os
princípios:
I - da soberania, caracterizado pela supremacia nacional na
organização da prática desportiva;
II - da autonomia, definido pela faculdade e liberdade de pessoas
físicas e jurídicas organizarem-se para a prática desportiva;
(...)
IX - da qualidade, assegurado pela valorização dos resultados
desportivos, educativos e dos relacionados à cidadania e ao
desenvolvimento físico e moral;
(...)
XII - da eficiência, obtido por meio do estímulo à competência
desportiva e administrativa.
Parágrafo único. A exploração e a gestão do desporto profissional
constituem exercício de atividade econômica sujeitando-se,
especificamente, à observância dos princípios: (Incluído pela Lei
nº 10.672, de 2003)
I - da transparência financeira e administrativa; (Incluído pela
Lei nº 10.672, de 2003)
II - da moralidade na gestão desportiva; (Incluído pela Lei nº
10.672, de 2003)
III - da responsabilidade social de seus dirigentes; (Incluído
pela Lei nº 10.672, de 2003)
IV - do tratamento diferenciado em relação ao desporto não
profissional; e (Incluído pela Lei nº 10.672, de 2003)
V - da participação na organização desportiva do País. (Incluído
pela Lei nº 10.672, de 2003)
4.4. Tal contexto normativo é fundamental para entender que as
entidades esportivas tem total autonomia para incluir em seus estatutos cláusulas arbitrais, e
instituir instâncias arbitrais, sendo de todo estranho que o agravante, Presidente da CBHb há
28 anos, e um dos responsáveis pela aprovação do Estatuto vigente, tendo assinado o mesmo,
nege competência arbitral para o STJD.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA (HANDEBOL)
4.5. No presente caso, a simples leitura dos Estatutos da CBHb
demonstra que a Assembleia Geral aprovou por unanimidade e com a assinatura e rubrica da
ata, por todos os presentes, cláusula arbitral expressa para a solução de conflitos associativos:
4.6. Portanto, é incontroversa a existência de Cláusula
compromissória para a aceitação da arbitragem esportiva, uma vez que aprovada pela
Assembleia Geral da entidade, com a rubrica específica de todos, nas páginas que contem tais
cláusulas.
4.7. Resta, pois, demonstrado de forma inequívoca a existência de
Cláusula de Compromisso Arbitral, para a instituição de arbitragem esportiva, na qual “§ 2º -
As partes envolvidas com a modalidade em razão deste Estatuto renunciam expressamente
ao direito de buscar a tutela do Poder Judiciário para dirimir os conflitos conforme
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estabelecido no parágrafo anterior sujeitando-se ao que vier a ser decidido pelo Órgão
Arbitral eleito no parágrafo anterior”.
4.8. No caso do procedimento arbitral instaurado, a subsunção
dos fatos à norma é cristalina. O pleito eleitoral visa eleger de forma democrática os
representantes do Handebol do Brasil, sendo que a tanto o Estatuto como a Lei 9615/98
trazem requisitos de elegibilidade para tal pleito, o que inclui o cumprimento das leis e do
estatuto. Ora. A avaliação do cumprimento do estatuto e dos requisitos de elegibilidade é, sem
sombra de dúvidas relação de ordem associativa, afinal, nas eleições os filiados, os clubes e os
representantes de atletas e árbitros elegem seus representantes. Nada mais associativo que
eleger os condutores da “associação”, no caso, a CBHb.
4.9. Nesta esteira, o inciso I do artigo 5º do Estatuto da CBHb,
proposto pelo Agravante e aprovado pela Assembleia Geral, é absolutamente objetivo ao dar
competência para o STJD, através do painel de arbitragem para “dirimir quaisquer conflitos
decorrentes:
I - da interpretação e cumprimento deste estatuto;”
4.10. Conforme constou da sentença arbitral, não há como se
considerar o Agravante inelegível sem que o mesmo não tenha infringido normas estatutárias
ou legais, sendo esta a primeira e principal competência arbitral do STJD no Estatuto.
4.11. Note-se que os órgãos interno de controle, como o conselho
fiscal ou auditorias externas, podem aprovar contas, nas quais não constam dívidas, tal como
alegado na impugnação, e tais contas serem aprovadas pela Assembleia Geral, mesmo
estando irregulares pela falta de contabilização de tais dívidas.
4.12. Não se trata de fenômeno atinente somente ao desporto,
uma vez que se vê inúmeras contas de mandatários públicos, que são aprovadas pro Tribunais
de Contas e pelo Legislativo, mas que estavam eivadas de algum vício ou inconsistência. Daí a
necessidade de uma instância arbitral autônoma, nos moldes do que seguem todas as
entidades desportivas internacionais.
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4.13. Da mesma forma, a atuação da Comissão Eleitoral não
afasta a competência arbitral do STJD, uma vez que tal Comissão tem a atribuição de
conduzir o pleito eleitoral, em todos os aspectos, mas que, especificamente no tocante à
avaliação de denúncias de irregularidades, a referida Comissão se declarou incompetente para
julgar o mérito das denúncias e avaliar se houve ou não descumprimento do estatuto, o que só
reforça a competência do Painel Arbitral do STJD para dirimir questões atinentes ao
cumprimento ou descumprimento dos Estatutos.
4.14. Mesmo a alegada participação da Advogada Sergipana Dra.
Leila, indicada por este Presidente do STJD para compor a comissão eleitoral, não afasta a
competência do STJD, pois a mesma não é membro deste Tribunal desportivo, não tendo
qualquer representação dos mesmo, tendo cumprido seu papel, com zelo, mas sem vincular
qualquer decisão a decisão do Painel instaurado, que tem normas próprias estatutárias para
sua instalação, proferindo decisão colegiada.
4.15. Por outro lado, a Comissão Eleitoral não encontra
regulamentação específica de funcionamento e instauração, o que é definido por Portaria do
Presidente, ora agravante, e que teve sua chapa impugnada. Em outras palavras, não se pode
dar competência absoluta a tal comissão em contraposição ao previsto nos estatutos.
4.16. Já o STJD é formado por membros com notório saber jurídico
desportivo, e segue os requisitos da Lei 9.615/98 e do Estatuto da Confederação.
4.16.1. O Dr. André Menezes Bio, presidente do Painel, tem
especialização em Direito Desportivo pelo IBDD, é membro do Pleno do STJD há 7 anos, é
membro do TJD/SP da modalidade Judô, e ex-atleta de Judô.
4.16.2. A Dra. Mércia Polisel tem especialização em Direito
Desportivo, foi Procuradora de Justiça Desportiva do STJD do Futebol, tendo atuação
destacada em Tribunais Desportivos das Modalidades Handebol, Atletismo, Desporto para
Deficientes Visuais e no Tribunal Disciplinar Paralímpico.
4.16.3. O Dr. Roberto Armelin é Professor de Direito da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, Presidente da Comissão de Direito Desportivo do Instituto
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA (HANDEBOL)
dos Advogados de São Paulo, ex-atleta de handebol, com atuação destacada como advogado e
diretor Jurídico do São Paulo Futebol Clube por mais de uma década.
4.17. Portanto, os membros do STJD encarregados de conduzir e
julgar as denúncias através de procedimento arbitral são pessoas preparadas, com
conhecimento da legislação.
4.18. Outro aspecto fundamental, é que a competência arbitral
atribuída ao STJD, não colide com as decisões precedentes trazidas pelo agravante, pois
tomadas em contextos distintos. O STJD não pode, ex oficio, e sem qualquer previsão ou
cláusula arbitral, funcionar como órgão revisor de decisões.
4.19. Não se pode confundir a competência constitucional da
Justiça Desportiva para decidir questões de disciplina e competição, com outras atribuições
que lhe são conferidas, decorrentes da autonomia das entidades desportivas. Não se trata de
normas baixadas e impostas pela Entidade de Administração como regulamentos e portarias,
mas sim de norma Estatutária, que poderia, inclusive, ter indicado outra entidade ou tribunal
arbitral como competente.
4.20. A lei não impede, de forma alguma, que o STJD funcione
como órgão arbitral, desde que haja cláusula compromissória em seus estatutos. O que a lei
proíbe, é que no âmbito da disciplina e da competição, não poderá ser aplicada legislação
estranha, ou ainda, que não poderá dirimir outros conflitos sem que haja previsão expressa
nos estatutos das entidades.
4.21. Atribuir ao STJD outras funções além das previstas no CBJD,
depende exclusivamente da vontade das partes e dos filiados que, em razão do princípio
constitucional da autonomia da vontade associativa (CF art. 5º, inciso XVIII cc. 217, I),
livremente aprovaram o Estatuto em Assembleia Geral com tal previsão, muito diferente das
decisões juntadas nos autos, em que não havia tais previsões.
4.22. Reitere-se que a arbitragem esportiva é uma realidade em
todo o mundo esportivo, em alinhamento ao princípio da Lex Sportiva, sendo, inclusive,
prevista nos Estatutos da Federação Internacional de Handebol (IHF) em seu artigo 22,
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA (HANDEBOL)
reconhecendo inclusive o Código do CAS (Court of Arbitration for Sport), como competente
para dirimir questões associativas e aplicável ao presente caso.
4.23. Portanto, sob todos os aspectos é competente o Painel
Arbitral instituído junto ao STJD para decidir a questão.
5. Necessidade de Revogação da Liminar – ausência dos
requisitos para a Tutela de Urgência.
5.1. Em primeiro lugar, nunca é demais reiterar que a legislação
brasileira, e a internacional, reconhecem a arbitragem como meio próprio para a resolução de
litígios, sendo que a norma processual, contida no inciso IV do artigo 1012 do CPC determina,
como regra, que a discussão judicial a cerca de necessidade ou não de instituição de Painel
Arbitral não será processada como efeito suspensivo.
4.2. Ademais, tem-se que a quantidade de denúncias e fatos
imputados a gestão do Agravante demonstram a necessidade de avaliação e decisão célere
sobre a sua elegibilidade, sob pena de se permitir que o mesmo cumpra um mandato, mesmo
sem ter condições legais e estatutária para tal, sob o escudo de liminares e recursos com
efeitos suspensivos.
5.3. Já se demonstrou que, pelo princípio da “Kompetenz-
Kompetenz”, devem as partes aguardar a solução arbitral antes de levar o litígio para o poder
Judiciário, evitando a judicialização precoce do litígio.
5.4. Assim, inexiste fumaça de bom direito, ou eventual
verossimilhança das alegações a permitir se entender por razoável qualquer discussão,
sobretudo pela falta de interesse de agir da parte que não poderia ter proposto a demanda
antes da solução arbitral, assim como pela vasta quantidade de denúncias e situações em que
se deve preservar a entidade CBHb, e de seus estatutos.
5.5. Suspender o feito para aguardar a solução judicial, mostra-se
contrário ao objetivo do instituto da arbitragem, conforme decisão do STJ supramencionada,
pois se pretende uma decisão mais rápida, proferida por árbitro especializado no tema da lide,
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sendo incontroverso que os árbitros que compuseram o painel são especializados em Direito
Desportivo.
5.6. O risco de dano ao agravante é irrelevante diante da dívida
por ele deixada na entidade, e da ausência de um plano de pagamento ou previsão em
assembleia, de modo que, a se permitir o sobrestamento do Processo Arbitral e sua resolução,
perderá tal previsão estatutária sua razão de ser e manterá no cargo, Presidente que não tinha
condições legais de concorrer.
5.7. Os interesses da CBHb e do desporto devem se sobrepor aos
direitos individuais do Agravante, que se mantem a frente da CBHb há 28 anos consecutivos, e
não conseguiu criar novas lideranças. Não pode a entidade ser conduzida por quem não
deveria sequer ter-se candidatado, que poderá, inclusive conduzir a formação da nova
composição do STJD.
5.8. Assim, o risco de dano alegado é fato da vida e mero
aborrecimento, devendo a liminar ser revogada, seja em respeito a norma processual que
determina como regra a validade e andamento do processo arbitral, seja pela total ausência de
6. Das Irregularidades noticiadas e elucidação imperiosa
6.1. No primeiro despacho de indeferimento do efeito suspensivo,
o Desembargador Relator Dr. Ricardo Múcio Santana de A. Lima foi enfático ao ressaltar que
“A paralisação do procedimento, sem a oitiva da parte contrária, como bem ressaltado na
decisão de piso, representará medida precipitada e inequívoco prejuízo às partes, vez que
aquele visa a APURAR SUPOSTAS IRREGULARIDADES NOTICIADAS, CUJA ELUCIDAÇÃO
SE FAZ IMPERIOSA.”
6.2. Pois bem, o painel arbitral fez detida análise das
irregularidades noticiadas e elucidou de forma inequívoca o problema, vazando a decisão nos
seguintes termos, em síntese:
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“No mérito, deve-se avaliar se os fatos e provas trazidas pelo
impugnante são suficientes para caracterizar gestão temerária e
inadimplência na prestação de contas.
Com efeito, o número de denúncias de irregularidades divulgados
pela imprensa é volumoso, e indica que há problemas na gestão
da CBHb. Ressalte-se que sobre tais reportagens (diga-se sérias,
investigativas e produzidas, por renomado e isento órgão de
imprensa) não houve impugnação especifica quanto à forma e
conteúdo, sendo, portanto, plenamente válidas para efeito de
provas.
Note-se que a gestão temerária envolve atos contrários à lei e às
normas da entidade, sem que se tenha análise do dolo ou da
culpa, ao passo que a gestão fraudulenta pressupõe dados
inverídicos ou falsos e intencionais. A doutrina sedimentou o
conceito que a intenção do agente define a aplicação de uma ou
outra hipótese.
O que se espera do administrador de uma entidade que faz a
gestão de recursos de terceiros, muitas vezes públicos (como sói
ocorrer na realidade do desporto nacional) é, minimamente que
atue com zelo e transparência seguindo regras de gestão
impessoais e eficientes, voltadas exclusivamente para o fim
comum da entidade.
No entanto, as dívidas acumuladas pela CBHb, seja com a IHF
(doc. 048, 60 a 62) seja os inúmeros protestos, e o fato de tais
dividas não terem sido lançadas nos balanços da entidade,
demonstram claramente que não houve o cumprimento das
normas de transparência e eficiência determinados pelo estatuto e
pela lei.
Além disso, o Estatuto, no parágrafo único do art. 68, é claro em
proibir que sejam deixadas dívidas para a próxima gestão:
(…)
Como se vê, no lugar de convocar e deliberar em assembleia sobre
as dívidas, o impugnado preferiu não as contabilizar e procrastinar
o pagamento de forma duvidosa, com verbas destinadas aos
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atletas e aos clubes (conforme se infere da prova testemunhal
trazida aos autos pelo impugnado – _doc. 59), tudo de maneira
informal, aparentando que a saúde financeira da Confederação
fosse boa/saudável, o que se comprovou não ser a realidade se
verificada de maneira detida e atenta a questão posta.
Na hipótese, em cumprimento ao disposto no art. 23, II, “d” da Lei
9.615/98, o art. 14, parágrafo único, alínea “d” do Estatuto da
Entidade, determina a inelegibilidade daqueles cuja gestão
patrimonial e financeira se mostre irregular ou temerária:
(…)
Portanto, seja em razão das dívidas evidenciadas, seja em razão
de descumprimento das disposições estatutárias, sobretudo o
parágrafo 1º. do artigo 68, temos em consenso por este Painel
Arbitral por caracterizada a gestão temerária da entidade, sendo,
pois inelegível a chapa HANDBRASIL NOVOS DESAFIOS, dada a
inelegibilidade de seu presidente e, portanto, nulo o registro da
candidatura ao pleito eleitoral.
6.3. Como se denota, o painel arbitral proferiu sentença densa e
fundamentada em provas consistentes, e que merece o doutro juízo também conhecer
porquanto foi também a seu interesse que ocorreu a sugerida elucidação!
7. Pedidos
7.1. Pelo exposto, requer seja revogada a liminar concedida, seja
pela perda do objeto do presente agravo, seja pela comprovada falta de requisitos para a sua
concessão.
7.2. Requer, ademais, seja NEGADO PROVIMENTO ao agravo.
7.3. Requer, por fim, que as intimações sejam realizadas na
pessoa deste subscritor, Caio Pompeu Medauar de Souza, inscrito na OAB/SP sob o n.
162.565, e com endereço na cidade de São Paulo-SP, na Rua Lino Coutinho, 75, apto 162 bl. 3
– CEP 04207-000.
Termos em que,
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pede deferimento. São Paulo, 10 de maio de 2017.
CAIO POMPEU MEDAUAR DE SOUZA OAB/SP 162.565
Protocolo de Envio de Procuração
Enviado para Gabinete Des. Ricardo Múcio Santana de Abreu Lima
OAB: 162565##SP
Advogado: CAIO POMPEU MEDAUAR DE SOUZA
Nº do Protocolo: 20170511141602955Nº do Processo: 201700807541
Data de Envio: 11/05/2017 02:16 PM
Tipo de documento: Procuração - Vinculação deadvogado ao processo.
Descrição Anexo
Outros documentos 000705_STJD - CBHb -2013 - 2017 -Final composição - Copia.pdf
Outros documentos STJD - Indicacão CBHb 2013.pdf Outros documentos Indicação OAB - 2013.pdf Outros documentos Indicação Clubes - 2013.pdf Outros documentos Indicação atletas - 2013.pdf Outros documentos Indicação arbitros - 2013.pdf Outros documentos O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA-
COMPETÊNCIA NA JURISPRUDÊNCIADO STJ.pdf
Outros documentos 068-sentença-arbitral-STJDhand-02052017-assinado.pdf
Petição Contraminuta-agravo-sergipe10052017 - Assinado.pdf
Outros documentos 055 - Ata da Sessão - 24042017.pdf
Outros documentos 043 - Ata da Sessão do Pleno doSTJD da Modalidade Handebol.pdf
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Recibo Virtual https://www.tjse.jus.br/tjnet/portalInfJuv/protocoloProcuracao.wsp?tm...
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