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ISSN 1517-3135 Dezembro, 2004

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Anais da I Jornada de Iniciao Cientfica da Embrapa Amaznia Ocidental

Repblica Federativa do Brasil Luiz Incio Lula da Silva Presidente Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento Roberto Rodrigues Ministro Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria Embrapa Conselho de Administrao Luis Carlos Guedes Pinto Presidente Silvio Crestana Vice-Presidente Alexandre Kalil Pires Hlio Tollini Ernesto Paterniani Marcelo Barbosa Saintive Membros Diretoria-Executiva da Embrapa Silvio Crestana Diretor-Presidente Tatiana Deane de Abreu S Jos Geraldo Eugnio de Frana Kepler Euclides Filho Diretores-Executivos Embrapa Amaznia Ocidental Aparecida das Graas Claret de Souza Chefe-Geral Sebastio Pereira Chefe-Adjunto de Administrao Jos Jackson Bacelar Nunes Xavier Chefe-Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento Rosngela dos Reis Guimares Chefe-Adjunto de Comunicao e Negcios

ISSN 1517-3135 Dezembro, 2004Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amaznia Ocidental Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento

Documentos 35Anais da I Jornada de Iniciao Cientfica da Embrapa Amaznia Ocidental

Levy de Carvalho Gomes Jos Jackson Bacelar Nunes Xavier Marcos Vincius Bastos Garcia Eduardo Lleras Prez Luadir Gasparotto Adnis Moreira

Manaus, AM 2004

Exemplares desta publicao podem ser adquiridos na: Embrapa Amaznia Ocidental Rodovia AM-010, km 29, Estrada Manaus/Itacoatiara Caixa Postal 319 Fone: (92) 621-0300 Fax: (92) 3621-0320 / 3621-0317 www.cpaa.embrapa.br [email protected] Comit de Publicaes da Unidade Presidente: Jos Jackson Bacelar Nunes Xavier Membros: Adauto Maurcio Tavares Cntia Rodrigues de Souza Edsandra Campos Chagas Francisco Clio Maia Chaves Gleise Maria Teles de Oliveira Jos Clrio Rezende Pereira Maria Augusta Abtibol Brito Maria Perptua Beleza Pereira Paula Cristina da Silva ngelo Raimundo Nonato Vieira da Cunha Sebastio Eudes Lopes da Silva Revisor de texto: Maria Perptua Beleza Pereira Normalizao bibliogrfica: Maria Augusta Abtibol Brito Diagramao e arte: Gleise Maria Teles de Oliveira Capa: Doralice Campos Castro 1 edio 1 gravao em CD-Room (2004): 50

Todos os direitos reservados. A reproduo no autorizada desta publicao, no todo ou em parte, constitui violao dos direitos autorais (Lei n 9.610). Cip-Brasil. Catalogao-na-publicao. Embrapa Amaznia Ocidental.Gomes, Levy de Carvalho et al. Anais da I Jornada de Iniciao Cientfica da Embrapa Amaznia Ocidental / (editado por) Levy de Carvalho Gomes et al. - Manaus: Embrapa Amaznia Ocidental, 2004. 137 p. (Embrapa Amaznia Ocidental. Documentos; 35).

ISSN 1517-3135

1. Pesquisa. 2. Cincia. I. Ttulo. II. Srie.

CDD 501 Embrapa 2004

Editores

Levy de Carvalho Gomes Bilogo, D.Sc, Embrapa Amaznia Ocidental, Rodovia AM-010, km 29, Caixa Postal 319, 69011-970, Manaus-AM, fone (92) 3621-0300. E-mail: [email protected] Jos Jackson B. Nunes Xavier Eng. Agrn., D.Sc., Embrapa Amaznia Ocidental. E-mail: [email protected]

Marcos Vincius Bastos GarciaEng. Agrn., D.Sc., Embrapa Amaznia Ocidental. E-mail: [email protected] Eduardo Lleras Prez Bilogo, Ph.D., Embrapa Amaznia Ocidental. E-mail: [email protected] Luadir Gasparotto Eng. Agrn., D.Sc., Embrapa Amaznia Ocidental. E-mail: [email protected] Adnis Moreira Eng. Agrn., D.Sc., Embrapa Amaznia Ocidental. E-mail: [email protected]

Apresentao

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Cientfica (Pibic), patrocinado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq) e pela Fundao de Amparo Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), tem por objetivo proporcionar a bolsistas vinculados a cursos de graduao a aprendizagem de tcnicas e mtodos cientficos, sob a orientao de um pesquisador qualificado, estimulando-os prtica de aes de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para a melhoria da qualidade de vida da populao, com sustentabilidade social, econmica e ambiental. O documento evidencia o interesse dos pesquisadores em colaborar efetivamente com a qualificao dos jovens estudantes vinculados s instituies de ensino superior que atuam no Estado do Amazonas. Nesta I Jornada de Iniciao Cientfica foram apresentados 24 trabalhos relacionados aos projetos de pesquisa da Embrapa Amaznia Ocidental, nas suas 13 grandes reas de pesquisa, destacando-se o empenho e a seriedade com que a Comisso do Pibic desta Unidade, juntamente com o Comit Local de Publicaes - CLP, organizou e consolidou as informaes aqui constantes que, por sua abrangncia, so de grande importncia para todos os envolvidos no programa, principalmente para os autores, pelos conhecimentos adquiridos para sua formao acadmica e profissional. Aparecida das Graas Claret de Souza Chefe-Geral

SumrioBASE DE DADOS Mapeamento preditivo da distribuio de rvores matrizes no Parque Fenolgico do Distrito Agropecurio da Suframa - DAS. M. M. Ferreira, K. E. da Silva.....................9 Melhoramento das interfaces grficas e digitais dos modelos de apresentao da Embrapa Amaznia Ocidental. A.C.A. de Azevedo, V L. N. de Souza, A. das G. C. de Souza................................................................................................15 Sistema de Informao do Banco de Germoplasma de Cupuauzeiro - Sigeram. R. N. da Conceio, V. L. N. de Souza, A. das G. C. de Souza................................19 BIOTECNOLOGIA Ajustes para purificao pr-seqenciamento de produtos de amplificao de insertos de DNA de Paullinia cupana var. sorbilis utilizando exonuclease e fosfatase alcalina. C. L. Oliveira, P. C. da S. Angelo............................................23 Estabelecimento de protocolo para o cultivo in vitro do guaran [Paullinia cupana (Mart.) Ducke]. C. B. Barbosa, L. A. C. Moraes..................................................30 Variabilidade gentica de isolados de Crinipellis perniciosa. T. do P. Sotero, M. G. de Souza, P. C. da S. Angelo, K. P. de A. Bichara, J. C. da Cruz......................37 BOTNICA Pteridfitas e monocotiledneas da Amaznia Brasileira com nfase nas espcies teis. A. A. P. Piza, E. L. Prez.........................................................................41 ENTOMOLOGIA Efeito de herbicidas sobre a fauna do solo. M. P. Santana, T. B. Garcia, M. V. B. Garcia........................................................................................................47 FITOPATOLOGIA Produo de basidiocarpos de Crinipellis perniciosa e avaliao de clones de cupuauzeiro quanto a resistncia vassoura-de-bruxa. W. N. de Melo, M. G. de Souza...........................................................................................57 FITOTECNIA Caracterizao morfo-agronmica de acessos de pimenta (Capsicum sp.) nas condies de Manaus - AM. J. V. do Bomfim Neto, S. I. C. de Carvalho, F. C. M. Chaves, R. F. Berni.............................................................................62 FLORESTA Desempenho de espcies florestais para produo de lenha na regio de Iranduba AM. K. de S. Barbosa, C. R. de Souza..............................................................66

FRUTICULTURA Aspectos do comportamento da broca-do-fruto Conotrachelus sp. (Coleoptera: Curculionidae) em estdios de vida no solo. H. A. Campos, A. M. Tavares, S. L. Martins......................................................................................................71 Caracterizao fenotpica da coleo de germoplasma de cupuauzeiro na Embrapa Amaznia Ocidental. N. M. M. de Araujo, A. das G. C. de Souza...........................75 Efeito do nitrognio, do fsforo e do potssio no desenvolvimento do porta-enxerto tangerina Clepatra. I. C. de Souza, S. E. L. da Silva...........................................80 GUARAN Comprimento, densidade e resistncia estomtica de cinco clones de guaranazeiro (Paulinia cupana var. sorbilis). E. P. Silva, L. A. C. de Moraes, M. R. de Arruda..........86 MANDIOCA Caracterizao botnica e agronmica de clones de mandiocas brava e mansa na Amaznia. C. M. M. de Arajo, J. J. B. N. Xavier, M. C. Dias.................................90 Caracterizao botnico-agronmica de mandiocaba nas condies de Manaus - AM. I. O. V. L Costa, J. J. B. N. Xavier, M. C. Dias......................................................98 PISCICULTURA CL50 de permanganato de potssio e efeito da exposio concentrao subletal sobre o tambaqui (Colossoma macropomum). A. L. F. da Silva, E. C. Chagas.........102 Densidade de estocagem de juvenis de matrinx durante a recria em tanques-rede. F. R. Brando, L. de C. Gomes.....................................................................108 Efeito da taxa e freqncia alimentar no crescimento e na produtividade do tambaqui na fase de recria em tanques-redes. C. R. Silva, L. de C. Gomes...........114 Toxicidade da formalina para o tambaqui (Colossoma macropomum). L. D. de Arajo, E. C. Chagas, J. C. de O. Malta...........................................................118 PLANTAS MEDICINAIS Produo de biomassa de caapeba, em funo de pocas de colheita, nas condies de Manaus - AM. E. de A. Pena, A. C. da S. Pinto, A. M. Pohlit, F. C. M. Chaves..........................................................................................124 SOLOS Estabilidade de agregados como indicador da qualidade fsica do solo em sistemas de uso de terra da Amaznia Ocidental. C. C. Costa, G. C. Martins.........128 Determinao da densidade de partculas de diferentes solos da Amaznia. R. S. Macedo, W. G. Teixeira........................................................................132

Mapeamento preditivo da distribuio de rvores matrizes no Parque Fenolgico do Distrito Agropecurio da Suframa - DASMarcelo Marques Ferreira(1) e Ktia Emdio da Silva(2)Instituto de Tecnologia da Amaznia (Utam), Av. Darcy Vargas, Manaus/AM. E-mail: [email protected]; (2)Embrapa Amaznia Ocidental, Rodovia AM 010, km 29, Zona Rural, Caixa Postal 319, 69010-970. Manaus/AM. E-mail: [email protected](1)

Resumo - Este trabalho foi desenvolvido no Parque Fenolgico da Embrapa Amaznia Ocidental, Km 54 da BR 174, Manaus - AM. Com intuito de se avaliar a distribuio de indivduos arbreos potenciais para rvores matrizes e sua relao com o ambiente fsico, foram demarcadas quatro parcelas de 10 x 1.000 m, onde efetuou-se o inventrio em 3,7 hectares, nas toposseqncias plat, encosta e baixio, sendo os indivduos georreferenciados no sistema de coordenadas planas UTM. Por meio da anlise fitossociolgica, determinaram-se as famlias mais representativas na rea, mediante o ndice de Valor de Importncia da Famlia (FIV). Amostras de solo para anlise qumica foram coletadas nas parcelas, no plat, encosta e baixio. Os dados foram integrados ao mapa de solos na escala de 1:50.000, determinando-se a ocorrncia predominante das espcies nas classes de solo e tambm em relao aos nveis de matria orgnica. Foram identificados 834 indivduos, 156 espcies, 113 gneros e 42 famlias, predominantes na toposseqncia plat e a classe Latossolo Amarelo. A famlia Lecythidaceae a mais representativa na rea, principalmente no plat e na encosta, demonstrando, tambm, distribuio com ampla variao nos nveis de matria orgnica, com maior nmero de indivduos nos nveis entre 12 a 20 g/kg. Termos para indexao: distribuio de espcies, fitossociologia, Sistemas de InformaesGeogrficas- SIG.

Mapping predictive of the distribution of sedding trees in the Phenological Site of the Suframa Agropecuary District - DASAbstract - This work was developed in the Phenological Site of the Embrapa Western Amazon, km 54, BR 174, Manaus-AM, Brazil. The distribution of the trees with potential for seedding trees and its connect with the physical environment were evaluated. Four parcels of 10 x 1.000 m were implanted where has been maked the inventorie and got the geographic position of the trees in 3,7 ha in the toposequence top, hillside and shoal, using the coordinate system UTM. The analysis of the phytosociological inventories was used to identify the most important families in the area. Soil samples to chemicals analysis were collected in top, hillside and shoal. Data were integrated with soil database, scale 1:50.000, where has been determinated the occurrence of the trees in the class of soil and the relation with the levels of organic matter. In this work were identified 834 trees, 156 species, 113 genus and 42 families, with predominancy of the toposequence top and yellow latosoil. The most important family in the area is the Lecythidaceae, with large distribution in the top and hillside, showing has a large distribution in different levels of the organic matter, with bigger number of the trees between levels from 12 to 20 g/kg. Index terms: Species distribution, phytosociology, Geographical Information SystemGIS.

Anais da I Jornada de Iniciao Cientfica da Embrapa Amaznia Ocidental, Manaus-AM, 137p., Nov. 2004

Figura 1. Localizao do Parque Fenolgico no Campo Experimental do DAS - Embrapa Amaznia Ocidental, Manaus, AM.

M. M. Ferreira

11parcelas-

As rvores com DAP igual ou superior a 25 cm foram identificadas com plaquetas metlicas numeradas. Foram confeccionadas fichas de campo que possuam tpicos para a tabulao de azimute, distncia da linha base, distncia da linha lateral e posicionamento das rvores em relao ao caminhamento (direita/esquerda). O posicionamento geogrfico das rvores no campo foi obtido por coleta de ponto de controle com GPS e posterior uso de azimute, derivando-se, a partir dos pontos de controle, o posicionamento dos indivduos, em funo de suas distncias da linha base e lateral de cada parcela. Com o intuito de selecionar as famlias e as espcies mais representativas na rea, foram feitos clculos fitossociolgicos, utilizando-se o ndice de valor de importncia da famlia (FIV) para as trs toposseqncias, onde selecionaram-se as dez famlias com o maior FIV. Avaliou-se tambm o ndice de valor de importncia (IVI) para as espcies, utilizandose informaes sobre abundncia, rea basal, freqncia e dominncia. Realizou-se a coleta de 3 amostras simples de solo num raio aproximado de 2 metros das rvores j identificadas no inventrio, coletando-se 8 amostras em cada toposseqncia, distribudas pelas 4 parcelas, totalizando 24 amostras. As amostras foram encaminhadas ao Laboratrio de Anlise de Solos e Plantas (Lasp) da Embrapa Amaznia Ocidental, para a realizao de anlises qumicas, sendo considerados os teores de matria orgnica para as avaliaes. As informaes temticas de solos, na escala de 1:50.000 (Fonte: Convnio IPEAAOc-Suframa), foram digitalizadas para integrao s informaes obtidas por meio dos inventrios florsticos. Os dados georreferenciados (distribuio das rvores) foram integrados ao mapa de solos da rea, atravs do software Arcview-GIS e planilha eletrnica Excel.

Tabela 1. Localizao das coordenadas UTM e azimute.

Localizao das parcelas (UTM) Norte (m) Parcela Parcela Parcela Parcela 1 2 3 4 9.719.941,46 9.719.150,26 9.720.263,64 9.718.862,25 Leste (m) 833.037,30 833.154,63 833.166,20 833.236,07 Azimute 100 130 180 90

A rea em estudo possui 834 indivduos, distribudos em 156 espcies, 113 gneros e 42 famlias, na qual distribuem-se de forma que 559 indivduos encontram-se no plat, 225 na encosta e 50 no baixio (Figura 2). A anlise fitossociolgica identificou que a famlia Lecythidaceae a mais numerosa, com 147 indivduos, e as famlias menos numerosas so Anacardiaceae, Caryocaraceae, Flacourtiaceae, Mytrtaceae, Rutaceae e Sterculiaceae, com apenas 1 indivduo (Figuras 3, 4 e 5). Da avaliao do mapa de solos e da distribuio das rvores por toposseqncia encontraram-se duas classes de solos predominantes: Latossolo Amarelo com textura muito pesada, relevo ondulado, e hidromrficos indiscriminados (Figura 6). Os dados de matria orgnica analisados para a famlia Lecythidaceae demonstram que a maior parte dos indivduos pertencentes a essa famlia est distribuda em teores que variam de 12 a 20 g/kg, e considerando-se a toposseqncia, h maior distribuio dos indivduos no plat (81 indivduos), seguido pela encosta (63) e apenas 3 indivduos no baixio.

Resultados e DiscussoA partir de um ponto de controle conhecido, obteve-se o ponto de coordenada central das parcelas, no sistema de coordenadas plana UTM, zona 20, elipside SAD 69 (Tabela 1).

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M. M. Ferreira

Lecythidaceae Sapotaceae Chrysobalanaceae 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0Figura 2. Nmero de indivduos por famlia (dez primeiras com maior FIV).

Moraceae Mimosaceae Vochysiaceae Fabaceae Burseraceae Caesalpinaceae Myristicaceae

Lecythidaceae Sapotaceae Mimosaceae Chrysobalanaceae 160 140 120 100 80 60 40 20 0Figura 3. ndice de valor de importncia da famlia (FIV) para a toposseqncia plat.

Moraceae Fabaceae Caesalpinaceae Vochysiaceae Burseraceae Myristicaceae

M. M. Ferreira

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Lecythidaceae Sapotaceae Mimosaceae 60 40 50 30 20 10 0Figura 4. ndice de valor de importncia da famlia (FIV) para a toposseqncia encosta.

Caesalpinaceae Moraceae Fabaceae Chrysobalanaceae Myristicaceae Euphorbiaceae Olaceceae

Sapotaceae Caesalpinaceae Chrysobalanaceae Lecythidaceae Euphorbiaceae 40 35 25 30 20 15 10 5 0Figura 5. ndice de valor de importncia da famlia (FIV) para a toposseqncia baixio.

Apocynaceae Myristicaceae Moraceae Humiriaceae Vochysiaceae

14350

M. M. Ferreira

300Plat 250 200 150 100 50 0Figura 6. Distribuio dos indivduos por classe de solo nas tosseqncias plat, encosta e baixio.

Encosta Baixio

ConclusesA famlia Lecythidaceae a mais representativa da rea, seguida por Sapotaceae, Mimosaceae e Chrysobalanaceae. As menos representativas so Myrtaceae, Sterculiaceae, Rutaceae e Flacourtiaceae; A toposseqncia predominante para toda a rea o plat; A classe de solo predominante o Latossolo Amarelo, textura muito pesada; A famlia Lecythidaceae apresenta distribuio em solos com diferentes teores de matria orgnica, evidenciando boa adaptao aos diferentes nveis, mas com maior distribuio em teores entre 12 a 20 g/kg; A ausncia de base de dados temticos e cartogrficos (mapas de vegetao, geologia, drenagem, etc), em escala de maior detalhe, dificultou a gerao de informaes mais precisas e detalhadas; A ferramenta de SIG, aliada ao trabalho de campo, permite maior preciso e conhecimento da rea, auxiliando na validao dos dados temticos disponveis.

pesquisa e por ter proporcionado o contato com a pesquisa; Embrapa Amaznia Ocidental, pelo apoio para a realizao do trabalho; Ao Sipam, pela disponibilizao da infraestrutura para consolidao do trabalho; pesquisadora Ktia Emdio da Silva, pela orientao; ao tcnico de laboratrio Sebastio Sales, pelo apoio nos trabalhos de campo; e a todos que indiretamente me auxiliaram neste trabalho.

Referncias BibliogrficasCLARK, D. B. Los factores edficos y la distribucin de las plantas. In: GUARIGUATA, M. R.; CATAN, G. H. (Ed.) Ecologa y conservacin de bosques neotropicales. Cartago: Ediciones LUR, 2002. p. 193-322. FRANKLIN, J. Predictive vegetations mapping: geographic modeling og biospatial patterns in relation to environmental gradients. Progress in Physical Geography, v. 19, n. 4, p. 474-499, 1995. GENTRY, A. H. Tree species richness of upper Amazonian Forest. Proceedings of the National Academy of Sciences of the States of America, v. 85, n. 1, p. 156-159, 1998. RIBEIRO, J. E. L. et al. Flora da Reserva Ducke: guia de identificao das plantas vasculares de uma floresta de terra-firme na Amaznia Central. Manaus: Inpa/DIFD, 1999. 816 p.

Agradecimentos Fapeam, pelo fornecimento da bolsa de

Melhoramento das interfaces grficas e digitais dos modelos de apresentao da Embrapa Amaznia OcidentalAnna Carolina Azulay de Azevedo(1),Victor Leonard Nascimento de Souza(2) e Aparecida das Graas Claret de Souza(2)Bolsista Pibic/Fapeam. E-mail: [email protected]; (2)Embrapa Amaznia Ocidental, Rodovia AM 010, km 29, Zona Rural, Caixa Postal 319, 69010-970. Manaus - AM. E-mail: [email protected], [email protected](1)

Resumo - A identidade corporativa de uma empresa percebida de acordo como ela se coloca diante do mundo. Para construo deste projeto, foram levados em considerao conceitos como simplicidade, elegncia, objetividade e, acima de tudo, clareza, em uma interface moderna, agradvel e de fcil navegao. importante criar um padro e seguir uma interface limpa, com muito equilbrio e coerncia, para se obter um resultado uniforme e consonante. Este trabalho teve como objetivo o melhoramento das interfaces grficas e digitais dos modelos de apresentao da Embrapa Amaznia Ocidental. Foram usados softwares como Flash, Dreamweaver, Corel Draw 11 e PhotoShop, para montagem e tratamento de imagens. Os principais resultados encontrados foram: apresentao visual de material de publicao; nova pgina da Embrapa; interface do sistema "Agrometeorolgico". Esses resultados mostram que possvel a empresa possuir identidade visual prpria, sem poluio visual e com padronizao. Termos para indexao: design, criatividade, website, identidade.

Upgrade of the graphic and digital interphases of presentation models at Embrapa Western AmazoniaAbstract -The corporate identity of an institution is perceived according to how it presents itselfto the public. For preparation of the proyect, concepts such as simplicity, which is synonymous with elegance, objetivity and mainly clarity will be taken into account, in a modern, attractive easy to use interphase. It is important to create a standard based on a clean, coherent and balanced interphase in order to obtain a uniform, integrated product. The objective of the proyect was to enhance the graphic and digital interphases of the presentation models of Embrapa Western Amazonia. For the construction of the site, softwares such as Flash, Dreamweaver, Corel 11 and PhotoShop, were used to prepare and treat images. The main results obtained were: visual presentation of material for publication; new homepage and interphase of the agrometereological system. The results show that it is possible for the institution to have its own visual identity without visual pollution and following the general guidelines established by Embrapa.

Index terms: design, criativity, website, identity.

Introduo"Imagem, antes de tudo, uma identidade" (Radfahrer, 2001). A identidade de uma empresa como ela se coloca perante o mundo. Essa identidade est em todas as publicaes que saem da empresa, sejam elas folderes ou um grande web site. Para construo do novo web site, sero levados em considerao conceitos como simplicidade, que sinnimo de elegncia,

objetividade e, acima de tudo, clareza, em uma interface moderna, agradvel e de fcil navegao. "Coerncia se caracteriza por uma organizao visual do objeto em que o resultado formal se apresenta absolutamente integrado e harmonioso em relao ao seu todo" (Gomes Filho, 2000). importante criar um padro e seguir uma interface limpa, com muito equilbrio e coerncia, para se obter um resultado uniforme e consonante.

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A.C.A.de Azevedo

necessrio admitir que design no se limita mais ao mtodo, representao, tecnologia e a qualquer outra caracterstica que no seja inerente criatividade, especialmente em seu processo. Para Munari (1987), a criatividade usada no campo do design, considerando este como modo de projetar que, embora livre como a fantasia e exato como a inveno, compreende todos os aspectos de um problema, no s a imagem como a fantasia, no s a funo como inveno, mas tambm o aspecto psicolgico, o aspecto social, econmico e humano. Isso significa que o design deve caracterizar-se como um processo completamente criativo. Para Baxter (2000), a criatividade o corao do design, em todos os estgios do projeto. Dado seu carter inovador - mesmo naqueles projetos de redesenho ou extenso de uma linha de produtos a partir de uma plataforma - a criatividade fator essencial para o sucesso do projeto, especialmente quando se trata da forma e da funo do produto. Entretanto, no se conhecem plenamente os processos da criatividade. Algumas vezes considerou-se a criatividade como sendo inata, mas alguns estudiosos da rea de psicologia afirmam que a criatividade no inata, alm de poder ser estimulada e desenvolvida. Alm dos processos da criatividade, importante destacar o uso dos tipos em uma interface, pois o maior de todos os objetivos do designer o bom senso e a criatividade bem aplicada. Ele precisa comunicar algo a algum, e tem que chamar a ateno. Segundo Jaque (2000), a parte escrita muito importante num projeto grfico, e saber utilizar de forma correta os tipos ou fontes fundamental. Alguns passos so abordados na construo de uma pgina, como o contraste, pois ela possui tamanho, peso, estrutura, forma, direo, cor. E algumas regras valem como dicas permanentes na diagramao com tipos: fontes com serifa facilitam a leitura, mas cuidado, na tela do computador as serifas podem atrapalhar, uma vez que ficam serrilhadas nos pixels. Fonte sem serifa ideal para ttulos, frases de cartaz, outdoor e textos de leitura rpida. O que cria identidade visual com o leitor a repetio, ou seja, a padronizao dos tipos, estabelecendo hierarquia, como fontes em

determinados pontos da sua pgina, como ttulos, subttulos, e em pontos estratgicos. A legibilidade um ponto fundamental, sendo muito importante saber utilizar estilos de fontes em determinados casos. As fontes desconstrudas e modernas so mais adequadas em sites modernos e jovens; j as fontes clssicas e manuscritas, muitas vezes, se adaptam melhor em sites clssicos e srios; e fontes normais e srias se encaixam perfeitamente em sites institucionais e moderados.

Material e MtodosNa construo da nova interface do site da Embrapa Amaznia Ocidental, foram utilizados os softwares: Macromomedia Studio MX, Dreamwaver, Flash, que servem para o desenvolvimento de pginas Web; Corel Draw 11, para a realizao de ilustraes vetoriais, edio, captura e converso de imagens; e Adobe Photo Shop, um programa que realiza tratamento de imagens. Algumas etapas do processo criativo foram usadas para a composio e desenvolvimento do projeto da nova interface do site da Embrapa, dentre elas: a inspirao, a preparao, o desenvolvimento e, ainda, o descanso. Existem tambm algumas tcnicas que foram utilizadas para acelerar esse processo: desenho, prototipagem, teste e redesenho (refinamento). Houve vrias verses do projeto; com o desenvolvimento do primeiro prottipo, foi necessrio redesenh-lo vrias vezes, at chegar ao modelo atual (Figuras 1 e 2). Esse processo uma forma de refinar as idias para alcanar um projeto aceitvel, tornando-se muito mais simples e com interface limpa e de fcil navegao.

A.C.A.de Azevedo

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Figura 1.Interface da pgina do sistema agrometeorolgico para internet.

Figura 2. Proposta de nova interface para pgina da Embrapa Amaznia Ocidental.

Resultados e DiscussoNo incio dos trabalhos estava programado apenas o estudo de tcnicas e modelos para desenvolvimento de uma nova interface do site da Embrapa Amaznia Ocidental. Contudo percebeu-se que era possvel, empregando as tcnicas estudadas, contribuir com diversos setores da Empresa, como o de editorao, apoiando a sua equipe no desenvolvimento de folderes. Mais tarde, outro processo entrou no projeto, tambm

com estudo de tcnicas de design que possibilitassem o desenvolvimento do site, agora para o sistema Agrometeorolgico (controle de dados meteorolgicos dos campos experimentais da Embrapa Amaznia Ocidental). A partir de todos os itens e conceitos utilizados, dentre eles definio de prioridades e objetivos, arquitetura da informao, navegabilidade, usabilidade, cores, fontes, resoluo de tela, prtica e tratamento de imagens, foram obtidos excelentes

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A.C.A.de Azevedo

resultados, surgindo nova pgina da Embrapa Amaznia Ocidental, com uma interface mais limpa, clara e objetiva. Uma nova proposta para o site da Unidade, que viria a modernizar a apresentao visual da pgina na internet (Figura 2). A nova interface do sistema Agrometeorolgico (Figura 1), que um projeto da Embrapa a ser utilizado em breve, teve como principais exigncias a simplicidade e a limpeza visual (no poluio do visual), permitindo ao usurio o acesso s funcionalidades do sistema logo nos primeiros segundos de sua visualizao. Outro resultado foi a apresentao visual dos materiais de publicao da Embrapa, como os folderes para cada setor, distribudos no evento Amazontech 2003 (Figuras 3 e 4).

AgradecimentosEm primeiro lugar a Deus; aos meus pais; e aos meus orientadores.

Referncias BibliogrficasBAXTER, M. Projeto de produto: guia prtico para o desenvolvimento de novos produtos. So Paulo: Edgard Blcher, 2000. 272 p. GOMES FILHO, J. Gestalt do objeto. So Paulo: Escrituras, 2000. 127 p. JAQUE, J. P. Tipografia ps moderna. 2. ed. Rio de Janeiro: Ed. Base design 2AB, 2000. 44 p. MUNARI, B. Fantasia: inveno, criatividade e imaginao na comunicao visual. Lisboa: Editorial Presena, 1987. 251 p. RADFAHRER, L. Design/Web/Design2. Rio de Janeiro: Chesterman, 2001. 505 p.

Figura 3. Folder criado para a Amazontech - Acacia mangium.

Figura 4. Folder criado para a Amazontech - Laboratrio de Entomologia.

Sistema de Informao do Banco de Germoplasma de Cupuauzeiro SigeramRoseane Nogueira da Conceio(1), Victor Leonard Nascimento de Souza(2) e Aparecida das G. Claret de Souza(2).(1) Bolsista Pibic/CNPq. E-mail: [email protected]; (2)Embrapa Amaznia Ocidental, Rodovia AM 010, km 29, Zona Rural, Caixa Postal 319, 69010-970. Manaus - AM. E-mail: [email protected], [email protected]

Resumo - O Banco Ativo de Germoplasma (BAG) de cupuauzeiro formado pelo conjunto dascolees de germoplasma existentes em cada Unidade da Embrapa na Regio Norte. As informaes sobre o BAG de cupuauzeiro so armazenadas de forma irregular e imprecisa, e de difcil acesso. No intuito de organizar essas informaes e torn-las disponveis aos interessados, especialmente para o programa de melhoramento gentico da cultura, este trabalho teve como objetivo o estudo de tcnicas de desenvolvimento de sistemas de informao, cujo resultado ser a criao de um sistema que armazene e processe as informaes sobre o banco de germoplasma de cupuauzeiro.

Termos para indexao: germoplasma, cupuau, base de dados.

Information System for the Amazonian Cupuassu Genebank SideramAbstract - The Cupuassu Active Genebank (BAG) is composed of the the germplasm collection found in each Embrapa center in the Northern region. At present, the data of the Cupuassu Genebank is maintained in an irregular, haphazard, dificult to use manner. In order to organize the available information and to make it more available to the user, especially for the breeding program, a proyect was designed to study and establish an information system to store, process and make available the information of the Cupuassu Active Genebank. Indexterms: germoplasm, cupuassu, data-base, information system.

IntroduoO Sigeram - Sistema de Informao do Banco de Germoplasma de Cupuauzeiro, ser um sistema baseado em banco de dados, centralizado e disponibilizado em carter restritivo, quando necessrio, para acesso via Internet. A alimentao do sistema dar-se- de forma descentralizada pela equipe de pesquisadores vinculados Embrapa Amaznia Ocidental e demais usurios responsveis pela sua manuteno. Eles sero os responsveis pela qualidade e veracidade das informaes introduzidas e disponibilizadas para acesso.

Material e MtodosNo Sigeram, os usurios podero entrar com dados de germoplasma pelo prprio Web Browser, o que lhes proporcionar a comodidade de estarem em qualquer lugar. O

contedo do sistema ser restrito aos usurios cadastrados e ficar armazenado no site da Embrapa Amaznia Ocidental. Para tanto so necessrias tecnologias de desenvolvimento modernas, voltadas para o ambiente da Web e, pensando na poltica da Embrapa de utilizao de software livre, foram selecionadas ferramentas que esto disponveis gratuitamente na Internet, a saber: Postgree - Banco de dados voltado para ambiente Web, relacional, considerado um dos melhores bancos de dados livres disponveis; Java - Linguagem de desenvolvimento que proporcionar a comunicao entre usurio e base de dados; Java Script - Linguagem que poder ser usada juntamente com HTML para criao de pequenas rotinas; PHP - Linguagem de desenvolvimento que proporcionar a comunicao entre usurio e base de dados;

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HTML - Linguagem de marcao que proporcionar ao usurio criar as telas e formulrios do sistema para Web. Como mtodo de anlise para criao do Sigeram, ser adotado o modelo Orientado a Objeto, por ser considerado como um modelo mais simples e de entendimento mais claro do mundo real do que outros modelos. Para o seu desenvolvimento tambm poder ser utilizada a Orientao a Objetos, por meio de aplicaes como: Java e Java Script. J para a criao da base de dados (Banco de Dados) ser utilizada a metodologia Orientada a Objeto e a Modelagem Entidade Relacionamento, que, apesar de serem dois extremos, podem dar mais consistncia ao projeto e garantir o uso de todos os recursos do banco de dados Postgree.

Resultados e DiscussoAt o momento, avanou-se no desenvolvimento do sistema Agrometeorolgico (Figura 1), que uma ferramenta de apoio ao Sigeram, o qual servir tambm para outros sistemas. Trata-se de um sistema que gerencia uma base de dados com informaes sobre dados meteorolgicos dos campos experimentais da Embrapa Amaznia Ocidental, armazenando informaes, como: temperatura, umidade, precipitao,

insolao e vento. Suas principais funes podero possibilitar a consulta (Figura 2), a incluso manual de dados (Figura 3), importao direta de arquivo texto e alterao desses dados. Estes so muito importantes para estudantes, pesquisadores e at produtores, pois, atravs desses dados, observaro em que condies climatolgicas os experimentos sero estabelecidos, ou para explicar qualquer resultado positivo ou negativo das atividades desenvolvidas em campo. A base de dados do Agrometeorolgico prover algumas informaes ao Sigeram, no momento em que o usurio estiver consultando o sistema de dados, como produtividade de determinada amostra, poder saber em que experimento se deu tal desenvolvimento e ainda quais eram as condies climticas da poca, tudo isso mediante interligao entre as bases de dados. O Sigeram est em fase de levantamento de informaes e modelagem. O projeto de modelagem est em fase final. Conforme o cronograma, at dezembro esse processo dever ser finalizado e passaremos ento para a prxima etapa, a de desenvolvimento de sua aplicao.

Figura 1. Interface principal do sistema Agrometeorolgico.

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Figura 2. Interface com resultado de uma consulta no sistema.

Figura 3. Interface do sistema para insero manual de dados.

22Concluso

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Referncias BibliogrficasMORALES, E. A. V. Documentao e informtica de recursos genticos. In: ENCONTRO SOBRE RECURSOS GENTICOS, 1., 1988, Jaboticabal. Jaboticabal: FCAV, 1988. p.135-147. COSTA, I. R. S. 1999. Documentao e informatizao de recursos genticos. In: SIMPSIO DE RECURSOS GENTICOS PARA AMRICA LATINA E CARIBE-SIRGEALC, 2., 1999, Braslia. Braslia: Embrapa Recursos Genticos e Biotecnologia, 1999. GOEDERT, C. O.; WETZEL, M. M. V. S.; COSTA, I. R. S. Rede de bancos de germoplasma de recursos genticos. Braslia: Embrapa Recursos Genticos e Biotecnologia, 2001. No prelo. CAJUEIRO, E. V. M.; COSTA, I. R. S; MONTEIRO, J. S. Sistema brasileiro de informao de recursos genticos. In: CONGRESSO NACIONAL DE BOTNICA, 51., 2000, Braslia. Anais... Braslia: Embrapa Recursos Genticos e Biotecnologia, 2000. p. 4.

Este trabalho est sendo de grande valia como aprendizagem, principalmente pelo volume de conhecimento envolvido. Estudar bem os processos, realizar estudos de caso no s como desenhar o barco antes de constru-lo, tambm estudar as condies martimas em que esse barco vai navegar para que se possa projet-lo com segurana. Acredita-se que, aps a concluso desse sistema, a Unidade pode armazenar todas as informaes do BAG de cupuau e, se oportuno, tambm de outras culturas. O mais importante fazer com que esse sistema tenha um mdulo de interao com o Sistema Brasileiro de Germoplasma (Sisbragem), desenvolvido pela Embrapa.

AgradecimentosEm primeiro lugar a Deus; a meus pais e esposo; aos meus orientadores.

Ajustes para purificao pr-seqenciamento de produtos de amplificao de insertos de DNA de Paullinia cupana var. sorbilis utilizando exonuclease e fosfatase alcalinaChristiane Lopes Oliveira(1) e Paula Cristina da Silva Angelo(2).Bolsista Pibic/CNPq. (2)Embrapa Amaznia Ocidental, Rodovia AM 010, km 29, Zona Rural, Caixa Postal 319, 69010-970. Manaus AM. E-mail: [email protected](1)

Resumo - O guaranazeiro (Paullinia cupana var. sorbilis) uma planta da famlia botnica dasSapindaceae, cuja rea de ocorrncia geogrfica abrange os Estados do Acre, Amazonas e Par, chegando at o Rio Pindar, no Estado do Maranho; a maior parte das Guianas; parte da Venezuela; Bolvia; Colmbia e Loreto, no Peru. Na Amaznia Brasileira, atualmente, muito difcil encontrar populaes naturais da espcie. , ainda, uma espcie de valor comercial pouco explorada do ponto de vista da diversidade gentica. Foi eleita como objeto de estudos do primeiro projeto da Rede da Amaznia Legal de Pesquisas Genmicas - Realgene, do qual faz parte a Embrapa. Para este primeiro projeto foram propostos o seqenciamento de at 50 mil ESTs ("expressed sequence tags") de frutos e folhas de guaranazeiro e a gerao de bibliotecas genmicas enriquecidas para loci microssatlite que devero ser seqenciadas para permitir a construo de "primers" especficos para amplificar estes loci. Neste trabalho esto descritos resultados da evidenciao do DNA clonado em plasmdio via PCR e da preparao para o seqenciamento automtico, via tratamento dos insertos amplificados com as enzimas exonuclease I (EXO) e fosfatase alcalina de camaro (SAP). Foi avaliado o nmero de seqncias com boa qualidade de leitura obtido aps o seqenciamento automtico, utilizando condies diferentes para as PCRs e quantidades diferentes das enzimas EXO e SAP.

Termos para indexao: guaran, ESTs, EXO/SAP.

Adjustment for purifying the amplification products from guanazeiro (Paullinia cupana var. sorbilis) DNA inserts using exonuclease i and shrimp alkaline phosphataseAbstract - Guaranazeiro (Paullinia cupana var. sorbilis) is a Sapindaceae, naturally found in the Brazilian States of Acre, Amazonas, Par, and Maranho, in the region of River Pindar most of the Guyanas; part of Venezuela; Bolivia; Colombia and Loreto, in Peru. Actually in the Brazilian Amazon region it is very difficult to find native populations of this species, which genetic intraespecific diversity has not been properly explored for the improvement of commercially valuable agricultural characteristics. It was elected as the first target for REALGENE Rede da Amaznia Legal de Pesquisas Genmicas (The Genomic Research Group of the Brazilian Amazon Region) that is prompted to sequence up to 50.000 ESTs (expressed sequence tags) from fruits and leaves and to develop primers for guaranazeiro microssatelite loci. In this work are described and discussed the results attained by treating the products from amplification reactions of guaranazeiro DNA inserts with exonuclease I (EXO) and shrimp alkaline phosphatase (SAP) as a pre-sequencing purification step. The number of automatic sequenced reads with good and acceptable scores of quality counted after the application of different PCR conditions for amplification and using different EXO/SAP concentrations per purification reaction was evaluated. Index terms: guarana, ESTs, EXO/SAP.

24Introduo

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O guaran (Paullinia cupana var. sorbilis) uma planta trepadeira que pode atingir at dez metros de altura na mata. Quando cultivada em reas abertas, atravs de estacas, as razes so fasciculadas, sem sistema pivotante, e as plantas crescem no mximo at dois a trs metros. A inflorescncia tem forma de cacho, com cerca de 25 cm de comprimento (Faria, 2000; Souza et al., 1996). As flores so parcialmente unissexuais e apresentam simetria irregular, com cinco spalas, quatro ptalas, oito estames e trs carpelos fundidos. Flores masculinas tm ovrios rudimentares, e flores femininas apresentam estames com anteras indeiscentes. O ovrio trilocular, com um vulo por lculo, podendo ser fecundados um, dois ou os trs vulos. O estigma trfido (Escobar et al., 1984). So atribudas ao guaran, entre outras, as seguintes propriedades: estimulante, afrodisaco, ao tnica cardiovascular, desinfetante intestinal, combate a clicas, nevralgias e enxaquecas. Proposta de pesquisa aprovada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq), em dezembro de 2002, includa em ao induzida para o desenvolvimento de Projetos Genoma Regionais, previa a organizao de uma rede de laboratrios na Regio Amaznica, a Realgene, que se dedica, numa primeira instncia, ao seqenciamento do genoma funcional e gentica genmica do guaranazeiro. Devero ser seqenciadas at 50 mil ESTs ("expressed sequences tags") de frutos/sementes e folhas da planta e desenvolvidos marcadores microssatlites para utilizao no estudo da variabilidade gentica preservada no Banco de Germoplasma da Embrapa Amaznia Ocidental. Este trabalho teve como objetivo testar a purificao, com as enzimas exonuclease I e fosfatase alcalina, do DNA de guaranazeiro clonado em plasmdios, depois de amplificado por PCR, como preparao para as reaes de marcao com dideoxinucleotdeos ligados a grupos cromognicos e para o processo de seqenciamento automtico. Estes procedimentos, que se pretende sejam mais rpidos e baratos e igualmente eficientes, podero ser adotados como alternativa ao

cultivo de clulas bacterianas hospedeiras de bibliotecas de cDNA ou genmicas e extrao de plasmdios de cada clone antes da marcao e do seqenciamento automtico.

Material e MtodosPrimeira EtapaO lisado de clulas bacterianas hospedeiras das seqncias recombinantes de DNA foi preparado com 2 L do estoque de glicerol (30%) dos clones, previamente organizado em placas "multiwell" identificadas. Esta frao do estoque de cada clone foi aquecida a 95 oC, por 10 minutos, em 50 L de tampo TTE (Triton X-100 1%; 20 mM de Tris-HCl, pH 8,5; e 2 mM de EDTA, pH 8,0) e centrifugada, por 5 minutos, a 4.000 rpm (CYMMIT). Foram utilizados 2 L do lisado para amplificar o DNA clonado em plasmdio e o resultado foi analisado em gel de agarose a 1%. Para reao de amplificao com volume final de 25 L foram utilizados o PAR DE "PRIMERS" I (5' GTAAAACGACGGCCAG 3' e 5'- CAGGAAACAGCTATGAC - 3'), a 5 pmoles, cada; dNTPs a 0,25 mM; cloreto de magnsio a 2,5 mM e 1,5 U de Taq DNA polimerase. O termociclador (Perkin Elmer 2.400) foi programado para o ciclo I: pr-ciclo: o o 95 C, por 2 minutos; 35 ciclos de: 94 C por 40 o o segundos, 55 C por 1 minuto; 72 C por 2 o minutos e ps-ciclo: 72 C por 10 minutos e o 4 C por tempo indeterminado. Aps a evidenciao do DNA clonado utilizando PCR, os produtos de amplificao foram submetidos ao tratamento de purificao com as enzimas EXOI/SAP (exonuclease I e fosfatase alcalina de camaro, Amersham) em duas concentraes (preparo dos mix, conforme a Tabela 1). A concentrao do cloreto de magnsio foi ajustada para alcanar a concentrao tima de atividade para a fosfatase alcalina de camaro (10 mM), depois da adio aos produtos de amplificao por PCR.

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Tabela 1. Mix preparados para os testes de purificao de produtos de amplificao de 24 insertos de DNA de guaranazeiro, como preparao para o processo de marcao com dideoxinucleotdeos e de seqenciamento. Embrapa Amaznia Ocidental, Manaus/AM. 2003.Reagentes EXO I [diluda para 1U/L] SAP [1 U/L] MgCl2 [500 mM] GUA Volume total do mix Tratamento trmico Protocolo 1 (L) Protocolo 2 (L) 9,9 9,9 3,6 q.s.p.

94oC por 40 segundos, 60oC por 1 minuto, 72oC por 2 minutos; ps-ciclo: 72oC por 10 minutos e 4oC por tempo indeterminado.

Resultados e DiscussoPara seqenciar um fragmento de DNA amplificado por PCR necessrio "purificar" o produto da amplificao, eliminando o excedente de nucleotdeos e "primers" antes de executar a reao de marcao com dideoxinucleotdeos vinculados a grupos cromognicos e injeo no seqenciador automtico. O presente trabalho props, como alternativa para diminuir gastos, mo-de-obra e tempo para a obteno de seqncias marcadas, a evidenciao do DNA por PCR e utilizao de protocolos desenvolvidos para a purificao pr-seqenciamento com as enzimas exonuclease I e fosfatase alcalina de camaro. O procedimento prseqenciamento utilizado atualmente nos laboratrios da Realgene a cultura das clulas bacterianas, obteno do DNA plasmidial atravs de lise alcalina em minipreps para, s ento, realizar a marcao com os dideoxinucleotdeos vinculados a grupos cromognicos e injetar no seqenciador automtico. Durante a primeira etapa deste trabalho, observou-se um pequeno nmero de seqncias (5,26%) com qualidade boa e aceitvel de leitura, geradas pelo protocolo 1 (Tabela 1) para EXO /SAP (0,1 U de cada enzima). Utilizando-se o protocolo 2 (3,3 U de cada enzima, Tabela 1) houve um aumento no nmero de seqncias com qualidade boa e aceitvel (88,89%) geradas pelo MegaBACE (Figura 2), o que superou inclusive a quantidade de seqncias com a mesma qualidade obtida pelo cultivo de clulas bacterianas, extrao plasmidial, marcao com dideoxinucleotdeos e s ento injeo no seqenciador automtico MegaBACE (65,12%) (Figura 1).

3,0 3,0 3,6 q.s.p. 30,0

60,0

15' a 37oC e 15' a 80oC

30' a 37oC e 15' a 80oC

Para o pr-tratamento com EXO/SAP, foram adicionados a 6 L dos produtos de cada reao de amplificao dos insertos, 1 L do mix preparado para o protocolo 1, ou, a 5 L dos produtos de cada reao de amplificao, 2 L do mix preparado para o protocolo 2 e as reaes foram submetidas aos tratamentos trmicos indicados na Tabela 1. As concentraes finais das enzimas EXO/SAP nas reaes de purificao, de volume final igual a 7 L, realizadas conforme o protocolo I foram 0,1 unidade de cada uma e, nas reaes realizadas conforme o protocolo II, foram 3,3 unidades de cada uma. Prosseguiu-se com as reaes de marcao com dideoxinucleotdeos: tomou-se 5 L de cada reao de purificao descrita acima para 3 L de soluo Big Dye (Amersham) e 5 pmol de "primer", sendo o volume final de 10 L. O termociclador foi programado para as temperaturas descritas no ciclo I. As reaes de marcao foram precipitadas (1/10 volume de acetato de amnia e 2 volumes de etanol absoluto), ressuspendidas para 10 L, e parte delas foi injetada no seqenciador automtico MegaBACE (Amersham).

Segunda EtapaPara a segunda etapa foi utilizado o PAR D E " P R I M E R S " I I : 5 ' CGTGACTGGGAAAACCCTGC - 3' e - 5' TCACACAGGAAACAGCTATGAC - 3'. Foram testados dois ciclos de amplificao: o ciclo I, descrito para a primeira etapa e o ciclo o II: pr-ciclo: 95 C, por 2 minutos; 35 ciclos de:

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A fim de verificar se o problema fora causado por baixas concentraes de DNA resultante das amplificaes ineficazes (Figura 1) ou concentrara-se realmente na atividade enzimtica pouco eficiente durante a purificao, para a segunda etapa do experimento adotaram-se "primers" redesenhados com objetivo de aumentar a quantidade de DNA obtido por PCR. No entanto, estes "primers" utilizados para a segunda etapa geraram fragmentos "secundrios" em quase todas as reaes de amplificao (Figura 3), quando foi utilizado o ciclo I para o termociclador. Ento, um ciclo diferente para as PCR - ciclo II - foi utilizado para reamplificar os fragmentos gerados utilizando o ciclo I. Nas reaes de reamplificao (Figura 4) verificou-se o surgimento de um nmero ainda maior de fragmentos "secundrios", e concluiu-se que as reaes estavam contaminadas e que o DNA contaminante fora reamplificado tambm.

Figura 4. Imagem negativa do gel de eletroforese (agarose 1%) para a resoluo dos fragmentos gerados por reamplificao dos produtos de PCR mostrados na Figura 3. Foram utilizados o ciclo II do termociclador e o par de "primers" II. Observar o aumento, inesperado, do nmero de fragmentos amplificados na maioria das reaes (exemplo indicado pela seta branca). Embrapa Amaznia Ocidental, Manaus/AM, 2004.

Figura 3. Imagem negativa do gel de eletroforese (agarose 1%) para a resoluo de produtos de amplificao de insertos de DNA de guaranazeiro (clone BRS-Amazonas) contidos em lisado de clulas bacterianas, utilizando o ciclo I do termociclador e o par de "primers" II. Observar que, para a maioria dos clones, foi gerado mais de um fragmento (setas indicando fragmentos "secundrios"), o que indica que os "primers" utilizados para essas reaes no anelaram em stios nicos de um nico plasmdio. Embrapa Amaznia Ocidental, Manaus/AM, 2004.

Para minimizar o problema gerado pela contaminao, mais experimentos foram realizados tomando novas alquotas, diretamente do lisado de clulas bacterianas, para amplificaes segundo o ciclo II do termociclador utilizando o par de "primers" II. Fragmentos "secundrios" continuaram a ser percebidos, mas em nmero menor de reaes (Figura 5). A presena de mais de um fragmento amplificado em uma reao de seqenciamento certamente prejudica a qualidade da leitura pelo seqenciador automtico. Ainda assim, os experimentos foram conduzidos at a fase de seqenciamento e os testes de purificao foram realizados com 0,1; 1,5 e 3,3 U de enzimas por reao (Figura 6). O nmero de seqncias com boa qualidade e qualidade aceitvel, verificado entre reaes preparadas utilizando 0,1 U de enzimas (26,67%), foi superior ao verificado na primeira etapa (5,26%, Figura 2). O nmero de seqncias com boa qualidade ou qualidade aceitvel verificado para reaes preparadas utilizando 1,5 U de enzima foi 66,67% do total, superior que foi alcanada pela preparao para seqenciamento via cultivo de clulas e

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extrao de plasmdios, na primeira etapa (65,12%, Figura 2), segundo os scores fornecidos pelo software associado ao MegaBACE. Reaes com qualidade boa e aceitvel produzidas pelo pr-tratamento com 3,3 unidades de enzima atingiram, na segunda etapa, apenas 75% das seqncias que foram lidas (Figura 6). Uma vez que a maior diferena entre as reaes tratadas com EXO/SAP na primeira etapa (Figura 1, amplificao pouco eficiente e especfica) e na segunda etapa (Figura 5, amplificao eficiente mas pouco especfica) do trabalho foi a quantidade e a qualidade dos fragmentos amplificados submetidos purificao, e j que houve tanto melhora (para reaes com 0,1 U de enzima, 5,26% na primeira etapa e 26,67% na segunda etapa) quanto piora (para reaes com 3,3 U de enzima, 88,89% na primeira etapa e 75,00% das reaes, na segunda etapa) nos resultados da segunda etapa com relao aos resultados alcanados na primeira etapa, sugere-se que o processo de purificao por tratamento com EXO/SAP seja testado novamente, quando todos os outros passos do seqenciamento - qualidade e quantidade de inserto amplificado por PCR - estiverem estabilizados.

Figura 5. Imagem negativa do gel de eletroforese (agarose 1%) para a resoluo de produtos de amplificao de insertos de DNA de guaranazeiro (clone BRS-Amazonas) contidos no lisado de clulas bacterianas, utilizando o ciclo II do termociclador e o par de "primers" II. Observar, por comparao com a Figura 3, o desaparecimento (seta preta) dos fragmentos "secundrios" em algumas das reaes e a persistncia (seta branca) desses fragmentos em outras reaes. Embrapa Amaznia Ocidental, Manaus/AM, 2004.

Figura 6. Imagem do score card gerado pelo software vinculado ao seqenciador automtico MegaBACE, indicando a qualidade das seqncias de DNA. A qualidade indicada pelas cores: vermelho = seqncia de m qualidade (interferncia na leitura no permitiu boa resoluo dos dideoxinucleotdeos marcados com grupamentos cromognicos); amarelo = seqncia com qualidade aceitvel e verde = seqncia com boa qualidade. Os fragmentos foram amplificados utilizando o ciclo II, par de "primers" II e o nmero de unidades de enzimas EXO/SAP indicadas acima dos scores. Universidade Federal do Amazonas, Manaus/AM, 2004.

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ConclusesA qualidade dos produtos de amplificao para evidenciao do DNA clonado influiu diretamente no sucesso das reaes de purificao com EXO/SAP; Os resultados indicaram que a utilizao de 1,5 unidade de exonuclease e fosfatase alcalina por reao de purificao prseqenciamento foi suficiente para atingir nmero semelhante de seqncias com qualidade boa e aceitvel quele que atingido utilizando o cultivo das clulas bacterianas transformadas e a extrao de plasmdios, quando as reaes de PCR para evidenciao dos insertos que foram seqenciados eram relativamente boas; Os testes com quantidades menores que 1,5 unidade das enzimas podem apresentar melhores resultados do que os que foram aqui descritos, quando as reaes de PCR para evidenciao dos insertos que sero seqenciados estiverem aprimoradas.

laboratrio de biotecnologia vegetal da Embrapa, Jeferson Chagas da Cruz; ao Prof. Spartaco Astolfi Filho e Enedina Nogueira Assuno, por terem cedido tempo para me orientarem e fazer meu trabalho na Ufam.

Referncias BibliogrficasC Y M M I T . D i s p o n v e l e m : . Acesso em: 15 nov. 2004. ESCOBAR, J. R.; CORREA, M. P. F; AGUILERA, F. J. P. Estruturas florais, florao e tcnicas para a polinizao controlada do guaranazeiro. In: SIMPSIO BRASILEIRO DO GUARAN, 1., 1983, Manaus. Anais... Manaus: EMBRAPA-UEPAE de Manaus, 1984. 547 p. (EMBRAPA-UEPAE de Manaus. Documentos, 3). FARIA, J. J. P. Manual de produo do guaran. Cuiab, MT: SEBRAE, 2000. No paginado. GSC (GenomicSequencingConsortium). Disponvel em: . Acesso em: 10 dez. 2001. SOUZA, A. G. C. et al. Fruteiras da Amaznia. Braslia, DF: EMBRAPA-SPI; Manaus: EMBRAPA-CPAA, 1996. 204 p. (Biblioteca Botnica Brasileira, 1).

AgradecimentosAo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq), pela Bolsa e apoio financeiro ao projeto; Embrapa Amaznia Ocidental, por ter cedido instalaes e pelo fornecimento de transporte e alimentao para que a bolsista pudesse cumprir estgio; ao tcnico do

Estabelecimento de protocolo para o cultivo in vitro do guaran [Paullinia cupana (Mart.) Ducke]Crystianne Bentes Barbosa(1) e Larissa Alexandra Cardoso Moraes(2).(1) Bolsista CNPq/Pibic; (2)Embrapa Amaznia Ocidental, Rodovia AM 010, km 29, Zona Rural, Caixa Postal 319, 69010-970. Manaus AM. E-mail: [email protected]

Resumo - O desenvolvimento de protocolo que permita o cultivo do guaran in vitro podercontribuir para a reduo dos custos de manuteno da conservao de germoplasma e ainda elevar a taxa de germinao e de sobrevivncia das plntulas obtidas por meio de seleo recorrente. Para tal, foram inoculados, em diferentes meios de cultura, explantes obtidos de mudas estabelecidas em viveiro e segmentos de sementes contendo o embrio. No estabelecimento dos explantes, o tratamento com fungicida e antibitico (benlate- 50 mg L-1 e agrimicina- 150 mg L-1) apresentou taxa de 100% de contaminao pelos microorganismos endgenos e, ainda, alta em explantes previamente estiolados (74%). A maior taxa de germinao de sementes, que, em mdia, ocorreu aos 18 dias aps a inoculao, foi de 25% (tratamento sem reguladores), sendo esse baixo valor atribudo alta taxa de contaminao (75% - 95%). As plntulas obtidas foram transferidas para meios de multiplicao, obtendo-se brotao das gemas laterais apenas nos tratamentos com quebra da dominncia apical. Houve taxa de 100% de enraizamento utilizando-se metade da concentrao dos sais do meio de -1 crescimento de Murashigue & Skoog no meio de crescimento, suplementado com 0,2 mg L de cido indol actico.

Termo para indexao: guaran, cultivo in vitro, micropropagao, melhoramento gentico.

Establishment of a protocol for the in vitro cultivation of guarana [Paullinia cupana (Mart.) Ducke]Abstract - Establishment of a protocol for the in vitro cultivation of guarana (Paullinia cupana): the development of a protocol which enables the in vitro cultivation of guarana may contribute to the reduction the cost of germplasm maintenance and conservation as well as to increase the germination and survival rates of the seedling obtained through recurrent selection. For this purpose, expants from nursery plants and seed segments containing the embryo were inoculated in different cultivation media. In the establishment of explants, the treatment with fungicide plus -1 -1 antibiotic (benlate 50mg L and agrimicina 150 mg L ) present 100% contamination with endogenous microorganisms and 75% with explants previously etiolated. The higher rate of seed germination, which occurred in average 18 days after inoculation, was 25% (treatment without growth regulators). This value being attributed to the high contamination rate (75%-95%). The seedling obtained were transferred to propagation media, the sprouting of lateral buds having occurred only with the suppression of the apical dominance. The rooting success was 100% with the use of half the salt concentration of the Murashigue Skoog in the growing medium supplemented with 0,2 mg L-1 indolacetic acid. Index terms: guaran, in vitro culture, micropropagation, plant breeding.

C. B. Barbosa

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IntroduoO guaran (Paullinia cupana var. sorbilis (Mart.) Ducke) uma espcie amaznica de relevante valor industrial, sendo o Brasil o nico produtor comercial de guaran do mundo, excetuando-se pequenas reas de plantio na Venezuela e no Peru. Estima-se que a produo nacional esteja em torno de 2.492 toneladas/ano, das quais o Estado do Amazonas responsvel por aproximadamente 1.300 toneladas/ano. Atualmente, quase toda a produo nacional consumida no mercado interno. Estima-se que da demanda nacional de amndoas de guaran cerca de 70% seja absorvida pelas fbricas de refrigerantes e o restante comercializado na forma de xarope, basto, p e extrato (Cravo, 2001). O guaran uma cultura cultivada por pequenos e grandes produtores, destacandose como um dos produtos de alto potencial econmico e de grande significado social no meio rural amaznico e nas outras regies produtoras (Cravo, 2001). O principal problema da cultura a baixa produtividade, obtida com o uso de gentipos no melhorados. O programa de melhoramento obteve diversos clones, propagados por enraizamento de estacas, cuja utilizao pode aumentar em at dez vezes os atuais ndices de produtividade, alm de serem gentipos com tolerncia principal doena do guaran, a antracnose (Nascimento Filho et al., 2000). O programa de melhoramento dessa espcie consta de duas linhas de pesquisas: seleo recorrente intra-especfica e selees clonais, sendo a conservao de seu germoplasma, atualmente mantido in vivo, atividade fundamental como suporte a esse programa (Atroch, 2001). A utilizao da cultura de tecidos para a conservao de germoplasma tem sido especialmente til para espcies propagadas vegetativamente, como batata (Solanum tuberosum), mandioca (Manihot esculenta) e alho (Allium sativum). Entre as vantagens do emprego dessa tcnica inclui-se a reduo dos custos e a facilidade do intercmbio de germoplasma em condies asspticas (Torres, 1998). O cultivo in vitro consiste em uma tcnica para desenvolver, em condies de

laboratrio, um segmento da planta chamado explante, partindo de um meio de cultura artificial, slido ou lquido, sob condies ambientais controladas e total assepsia. Por meio dessa tcnica possvel a obteno de uma massa desorganizada de clulas em constante diviso e elongao, denominada calo. A formao de calo detm considervel importncia como processo intermedirio na organognese, assim como em estudos de morfognese, bioqumica, citologia, gentica e etiologia de doenas nas plantas. Conforme Bottino (1981), o calo ocorre naturalmente como resposta a injrias, infestao de insetos ou patgenos, na unio de um enxerto, ou pode ainda ser induzido colocando-se um pedao de tecido vegetal dissecado em contato com um meio de cultura apropriado. Hartman et al. (1990) afirmaram que o calo produzido nos explantes cultivados in vitro, como resultado do ferimento ocorrido por ocasio da dissecao do tecido e em resposta a reguladores do crescimento endgeno ou supridos pelo meio de cultura. Segundo Pasqual (1985), teoricamente qualquer parte da planta pode ser utilizada para iniciar a cultura de tecidos, porm melhores resultados so alcanados com tecidos mais jovens e ativos, que so prontamente estimulados e tm maior potencial morfogentico. Dentre os problemas enfrentados na fase inicial de estabelecimento do explante in vitro destacam-se a contaminao e a oxidao fenlica. A contaminao pode ser por bactrias e fungos presentes na superfcie dos tecidos de folhas, gemas e segmentos nodais ou ainda por microorganismos presentes no interior dos tecidos, conhecida como contaminao endgena. Este tipo de contaminao mais freqente em explantes derivados de plantas cultivadas no campo. rgos e tecidos com contaminao endgena so de difcil desinfestao (Torres et al., 1998). A oxidao fenlica um dos srios problemas que podem dificultar o estabelecimento inicial do cultivo in vitro. A liberao de compostos fenlicos ocorre por dano causado nas clulas durante a exciso dos explantes. Algumas enzimas oxidam os fenis formando quinonas (Maier & Metzler, 1965). As quinonas so responsveis pela colorao marrom das culturas, alm de

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C. B. Barbosa

causarem a inibio do crescimento e morte dos explantes em grande nmero de espcies (Monaco et al., 1977). Existem substncias naturais das plantas que possuem atividade antioxidante. O cido ascrbico, considerado antioxidante biolgico, est presente em altas concentraes em muitos compartimentos celulares, como o estroma dos cloroplastos (Larson, 1988). A preveno oxidao pode ser obtida ainda com o uso de cistena, outro antioxidante, ou de adsorventes como carvo ativado e polivinil pirrolidona (PVP) (Torres et al., 1998). O objetivo deste trabalho foi determinar, para a cultura do guaranazeiro, as condies para estabelecimento in vitro de explantes provenientes de mudas de viveiro e germinao in vitro de sementes obtidas de seleo recorrente.

Estabelecimento in vitro do guaranazeiroMeio acrescido de antibitico Foram utilizados como explantes pices caulinares e segmentos nodais das mudas estabelecidas em viveiro. Esses explantes foram submetidos inicialmente a prtratamento de desinfestao por meio de imerso em Benomyl (5 g L-1), seguido do processo de assepsia na cmara de fluxo laminar, em diferentes concentraes de soluo de gua sanitria e lcool comercial. Os pices caulinares e os segmentos nodais foram seccionados em torno de 1,5 cm de comprimento inoculados em tubo de ensaio contendo 10 mL de meio. Nessa fase, foi testado o meio de cultura MS (Murashigue & Skoog, 1962), acrescido de 3% de sacarose, solidificado com 0,6% de gar, pH 5,8, 250 g -1 -1 -1 L de cido ascrbico e Benomyl (0 g L , 1 g L -1 e 2 g L ), suplementado com 6-1 -1 benzilaminopurina (BAP) (0 mg L e 0,1 g L ). O experimento teve delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 x 3 x 2 (dois explantes x trs dosagens de Benomyl x duas dosagens de BAP), com 15 repeties por tratamento, sendo cada tubo uma unidade amostral contendo um explante. Ao final de 15 a 20 dias, as culturas foram avaliadas quanto ao vigor e porcentagem de explantes contaminados. Explante com estiolamento induzido Fololos jovens das mudas estabelecidas na casa de vegetao receberam uma cobertura em dupla camada de TNT da cor preta para induzir o estiolamento (Karam & AlMajathoub, 2000) (Figura 1). Aps duas semanas foram coletados e imersos em soluo 5% de gua sanitria.

Material e MtodosOs experimentos foram desenvolvidos no laboratrio de cultura de tecidos da Embrapa Amaznia Ocidental.

Obteno de explantesEstacas dos clones CMU 300 e CMU 613, caracterizados como clones produtivos, resistentes a antracnose e de fcil enraizamento, foram coletadas do Banco Ativo de Germoplasma localizado na Embrapa Amaznia Ocidental do km 29, Rodovia AM 010, no Municpio de Manaus-AM. As estacas foram tratadas por 20 minutos em soluo de Benomyl (50 mg L-1) e mais 20 minutos em soluo de Agrimicina (150 mg L-1) para reduzir os microorganismo endofticos. As pontas inferiores das estacas foram colocadas em contato com um hormnio enraizador (AIB 2000 ppm) e em seguida plantadas em tubetes suspensos contendo como substrato areia mais vermiculita autoclavadas (2:1). Durante o perodo em que permaneceram na casa de vegetao receberam aplicao quinzenal dos produtos comerciais Benlate 500 (4 g L-1) e Agrimicina (12 g L-1).

C. B. BarbosaFotos: Larissa A.C. Moraes

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Figura 2. Parte area de sementes de guaran germinadas in vitro. Embrapa Amaznia Ocidental, Manaus-AM, 2004.

Fotos: Larissa A.C. Moraes

34Resultados e Discusso

C. B. Barbosa

Estabelecimento in vitro do guaranazeiroMeio suplementado com antibitico Os tratamentos utilizados no promoveram o efeito esperado, uma vez que, em 100% do experimento, no foi possvel controlar a contaminao. Comprovadamente essa espcie apresenta nmero elevado de microorganismos endofticos (Cantarin et al., 1996), o que provavelmente contribuiu para a perda total do experimento. Explante com estiolamento induzido A taxa de contaminao foi alta em todos os tratamentos (74%). O tratamento segmentos foliares na ausncia de cido ascrbico apresentou perda adicional de 10% por oxidao, indicando a necessidade de tratamento antioxidante para esse tipo de explante, uma vez que o corte facilita a liberao de compostos fenlicos, provocando oxidao e morte do tecido vegetal. Na Figura 3 esto representados os dois tipos de explantes em condies de serem subcultivados.Fotos: Larissa A.C. Moraes

fitorreguladores indutores de germinao. Na Figura 4 pode-se notar o desenvolvimento inicial da plntula.Fotos: Larissa A.C. Moraes

Figura 4. Embrio germinado aos 18 dias aps a inoculao. Embrapa Amaznia Ocidental, Manaus-AM, 2004.

Multiplicao in vitro de plntulas de guaranOs tratamentos com as doses mais altas -1 -1 -1 de BAP (1 mg L , 2 mg L e 5 mg L ) mostraram sintomas de toxidez, provavelmente pela alta concentrao do regulador utilizado (Torres et al., 1998), com perda de 70% a partir do segundo subcultivo. Essa alta taxa de perda levou eliminao desses tratamentos nas etapas seguintes do trabalho. As brotaes laterais ocorreram nos tratamentos cujos pices foram decapitados, com ou sem a presena do BAP, indicando a pouca influncia desse regulador no processo de induo de multiplicao.

Figura 3. Explantes previamente estiolados, inoculados em meio MS. a) segmento de pecolo com formao de calo na extremidade (seta); b) segmento de fololo. Embrapa Amaznia Ocidental, Manaus-AM, 2004.

Enraizamento in vitro de plntulas de guaranO tratamento com metade das concentraes dos sais de MS promoveu 100% de enraizamento (Figura 5), enquanto o tratamento MS completo foi de 0%.

Germinao in vitro de sementes de guaranA germinao dos embries ocorreu aos 18 dias aps a inoculao, em todos os tratamentos, com percentagem de germinao mais alta (75%) no tratamento constitudo de MS acrescido de 0,5% de carvo ativado, o que demonstra que a espcie no necessita de suplementao com

C. B. BarbosaFotos: Larissa A.C. Moraes

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CRAVO, M. S. Programa de pesquisa com a cultura do guaran da Embrapa Amaznia Ocidental. In: REUNIO TCNICA DA CULTURA DO GUARAN, 1., 2001, Manaus, AM. Manaus: Embrapa Amaznia Ocidental, 2001. p. 11-25. (Embrapa Amaznia Ocidental. Documentos, 16). GEORGE, E. F.; SHERRINGTON, P. D. Plant propagation by tissue culture: handbook and directory of Commercial Laboratories. Basingstone: Exegetics Limited, 1984. 709 p. HARTMANN, T. H.; KESTER, D. E.; DAVIES JR., F. T. Plant propagation: principles and practices. 5. ed. New Jersey: Englewood Cliff, 1990. 647 p.

Figura 5. Formao de uma raiz sem ramificaes secundrias. Embrapa Amaznia Ocidental, ManausAM, 2004.

ConclusoO estabelecimento in vitro do guaran poder ser obtido com menor taxa de contaminao a partir de explantes obtidos de ramos estiolados de mudas enviveiradas. possvel se reduzir o tempo de germinao de sementes de guaran em 80% com a tcnica de germinao in vitro sem a adio de reguladores de crescimento.

HUSSEY, G. Problems and prospects in the in vitro propagation of herbaceous plants. In: WITHERS, L. A.; ALDERSON, P. G. Plant tissue culture and its agricultural applications. London: Butterworths, 1986. p. 69-84. KARAM, N. S.; AL-MAJATHOUB, M. In vitro shoot regeneration from mature tissue of wild C yc l a m e n p e r s i c u m M i l l . S c i e n t i a Horticulturae, v. 86, n. 4, p. 323-333, 2000. LARSON, R. A. The antioxidants of higher plants. Biochemistry, v. 27, n. 4, p. 969-978, 1988. MAIER, V. P.; METZLER, D. M. Changes in individual date polyphenols and their relation to browning. J. Food Sci., v. 30, p. 747, 1965. LLOYD, G.; MCCOWN. B. Commercially Feasible micropropagation of mountain laurel, Kalmia latifolia, by use of shoot-tip culture. Comb. Proc. Intl. Plant Prop. Soc. v. 30, p. 421-426, 1980. MONACO, L. C. et al.. Applications of tissue culture in the improvement of coffee. In: REINERT, J.; BAJAJ, Y. P. S. Applied and fundamental aspects of plant cell, tissue, and organ culture. Berlin: Springer-verlag, 1977. p. 109-126.

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C. B. Barbosa

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Variabilidade gentica de isolados de Crinipellis perniciosaThiago do Prado Sotero(1), Maria Geralda de Souza(2), Paula Cristina da Silva Angelo(2), Karina Pryscilla de Araujo Bichara (2) e Jeferson Chagas da Cruz(2).Bolsista CNPq/Pibic; (2)Embrapa Amaznia Ocidental, Rodovia AM 010, km 29, Zona Rural, Caixa Postal 319, 69010-970. Manaus AM. E-mail: [email protected] , [email protected].(1)

Resumo - O fungo Crinipellis perniciosa, nativo da Regio Amaznica, causa a vassoura-de-bruxa no cupuauzeiro, doena que vem limitando a expanso da cultura na regio. Com o objetivo de averiguar a eficincia de marcadores moleculares RAPD na deteco da diversidade gentica entre isolados de C. perniciosa, foi extrado DNA de miclios encontrados em frutos e ramos de cupuauzeiros mantidos na Embrapa Amaznia Ocidental, Manaus (AM), e de miclios isolados de cacaueiro fornecidos pela Universidade Federal de Lavras (MG). Foi tambm utilizado um isolado de Colletotrichum guaranicola. O DNA de cada isolado foi amplificado utilizando-se 8 "primers" decmeros de seqncia arbitrria, que geraram 92 bandas, das quais 89 polimrficas com o nmero mdio de l1,5 bandas RAPD por "primer". Os miclios de C. perniciosa, isolados de ramos e frutos de cupuauzeiro na Embrapa Amaznia Ocidental, apresentaram menor diversidade entre si (0,16667, 0,372555 e 0,36735) do que a que foi calculada entre estes e a mesma espcie do fungo, isolado do caucaueiro proveniente da Universidade Federal de Lavras (0,50476, 0,54455 e0,61446). O miclio de Colletrotrichum guaranicola, inserido na anlise como espcie outside, apresentou valores entre 0,67213 e 0,71053 para os ndices de diversidade de Nei & Li (1979). Termos para Indexao: cupuau, vassoura-de-bruxa, fitopatologia.

Genetic variability of isolated of Crinipellis perniciosaAbstract - Crinipellis perniciosa a native fungus from Amazon region, causes witches' broom in cupuau trees. That desease has been limiting the development of that culture in the region. Aiming to inquire if RAPD marks would be capable to detect genetic diversity among the isolate of Crinipellis perniciosa; DNA was extracted from mycelium found in fruits and branches of cupuau maintained in Embrapa Amaznia Ocidental from isolate mycelium from cocoa provided from Federal University of Lavras. It was either used an isolate of Colletotrichum guaranicola. The DNA from each isolate was amplified, been used 8 arbitrary sequency "primers", that generated 92 bands, 89 been polymorfic with an average of 11, 5 bands per "primer". Mycelim from Crinipellis perniciosa isolate from branches and fruits of cupuau trees in Embrapa Amaznia Ocidental presented less diversity among itselves (0,16667; 0,372555; and 0,36735) that what was calculated for these ones and the same specie of fungus, isolated from cocoa, from Federal University of Lavras (0,54076; 0,54455 and 0,61446). Colletotrichum guaranicola's mycelium, inserted at the analyses as "outside" specie, presented values among 0,67213 e 0,71053 for tables of diversity by Sorenso/Nei & Li (1979).Index terms: cupuau, witches' broom, phytopathology.

T. do P. Sotero

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Tabela 1. Meio de cultura lquido de Mills, Sreenivasaprasad e Bronn (1994).Ingredientes Extrato de levedura Glicose (NH4)2HPO4 KCL MgSO4.7H2O CuSO4.7H2O ZnSO4.7H2O Quantidades necessrias para 1 5g 10 g 1g 0,2 g 0,2 g 1 ml(5% P/V) 1 ml(5% P/V)

30 segundos; 33C por 45 segundos; 72C por 45 segundos e ps-ciclo - 72C por 7 minutos. A eletroforese foi realizada a 120 V/250 mA, por 2 horas. Os padres de RAPD foram registrados utilizando cmera digital Kodak e aplicativos do mesmo fornecedor. O aplicativo GENES (Cruz, 2001) foi utilizado para o clculo dos ndices de diversidade de Nei e Li/Sorenson.

Resultados e DiscussoPara o estudo da diversidade gentica dos isolados de Crinipellis perniciosa do cupuau, cacau e do Colletrotrichum guaranicola, utilizaram-se 8 "primers" decmeros de seqncia arbitrria, os quais geraram 92 bandas, sendo 89 polimrficas e 3 monomrficas, com o nmero mdio de l 1,5 marcadores por "primer" (Figura 1), o que est dentro do esperado, pois outros trabalhos realizados com mesma espcie de fungo apresentaram nmeros semelhantes de bandas por "primer" (Niella, 2000}.

O miclio produzido foi macerado em diferentes almofarizes, sendo pesados 3 g de miclio de cada isolado, enquanto midos, submersos em nitrognio lquido. Posteriormente, adicionaram-se 700 ul de tampo de extrao a esta quantidade de miclio, aps a macerao, (Tabela 2) - Doyle & Doyle (1987), modificado por Ferreira et al. (1998). Tabela 2. Soluo tampo de extrao CTAB.Ingredientes Quantidades 2g 2% CTAB 8,12 g 1,4 M NaCl 4 ml de um estoque 0,5 m 20 mM EDTA 10 ml de um estoque 1 m 100 mM Tris-HCl pH 8,0 1g gua q.s.p 100 ml 1,0% polyvinylypyrrolidone 2 ul/ml de tampo 0,2% 2-mercaptoetanol (adicionar antes do uso)

O precipitado foi ressuspendido em 100 ul de tampo TE pH 8,0 (10 mM Tris-HCl e 1 mM EDTA), contendo 10 ug/ml de RNAse e incubados a 37C por 30 minutos para ingesto de RNA, quantificados por espectrofotometria e em seguida armazenado a 20C . Condies de PCR para gerao de fragmentos RAPD: As reaes de PCR foram preparadas com 0,1% de BSA, 2 mM de MgCl2, 400 uM de dNTPs, 400 nM de "primer" decmero, 1,5 U de Taq DNA polimerase e 10 ng de DNA, em 25 ul de volume final de reao. Foram utilizados 8 "primers" de seqncia: 5'-AAT CGG GCT G3'; 5'-AGG GAA CGA G-3'; 5'-ACT TCG CCA C-3'; 5'-CTT CCG CAG T-3'; 5'-CCA GAT GCA C-3'; 5'-GGT TGT ACC C-3'; 5'-ACT TCG CCA C-3' e 5'-ACC CGA CCT G-3'. O termociclador foi ajustado para: pr-ciclo 94C por 5 minutos; 35 ciclos de - 94 C por

Figura 1. Padres de RAPD gerados para fungos das espcies Crinipellis perniciosa e Colletotrichum guaranicola, em gis de agarose 1,5%. 1 a 5: primer 1; 6 a 10: primer 2; 11 a 15: primer 3; 16 a 20: primer 4; 21 a 25: primer 5; 26 a 30: primer 5; 31 a 35: primer 7; 36 a 40: primer 8. 1, 6, 11, 16, 21, 26, 31 e 36: miclio polisprico isolado do fruto do cupuauzeiro; 2, 7, 12, 17, 22, 27, 32 e 37: miclio polisprico isolado do ramo do cupuauzeiro; 3, 8, 13, 18, 23, 28, 33 e 38: miclio polisprico isolado do basidiocarpo do cupuauzeiro; 4, 9, 14, 19, 24, 29, 34 e 39: miclio polisprico isolado na Universidade de Lavras; 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40: miclio de Colletotrichum guaranicola (Embrapa Amaznia Ocidental Manaus/2004).

Pteridfitas e monocotiledneas da Amaznia Brasileira com nfase nas espcies teisAdriana Arajo Pompeu Piza(1) e Eduardo Lleras Prez(2)Centro Universitrio Nilton Lins, Av. Prof. Nilton Lins, 3.259, CEP 69058-040, Manaus, AM. E-mail: [email protected]; Embrapa Amaznia Ocidental, Rodovia AM 010, km 29, Zona Rural, Caixa Postal 319, 69010-970. Manaus - AM. E-mail: [email protected].(2) (1)

Resumo - Este trabalho faz parte do projeto Pibic "Plantas teis da Amaznia Brasileira, com nfase no Estado do Amazonas". Teve como objetivo contribuir para a disponibilizao da informao sobre plantas teis, completando e revisando a base de dados PlantAmaznia. Foram revisadas e completadas as bases de dados para pteridfitas, gimnospermas e monocotiledneas quanto a sinnimos, pases de ocorrncia, usos e grau de freqncia de ocorrncia na natureza, com base no nmero de coletas. Para isso foi consultada a literatura e as bases de dados dos Jardins Botnicos de Missouri e Nova Iorque, e do International Plant Nomenclature Index, e as informaes foram incorporadas base de dados de plantas da Amaznia. Os resultados obtidos neste trabalho contribuem para esclarecer alguns pontos sobre o conhecimento da diversidade vegetal na Amaznia. Ficou claro que ela no desconhecida e no devemos esperar muitas novidades em termos de espcies novas. Por outro lado, a flora til no a mais comum, o que contradiz a idia de que nossos antepassados simplesmente utilizaram as espcies mais comuns. Tambm sugere que no vamos aumentar muito nosso acervo de espcies teis - estas j foram encontradas. Tambm foi mostrado que pelo menos para monocotiledneas, a flora amaznica no nem muito maior nem mais importante que as floras do restante do Pas. Termos para indexao: Plantas teis, diversidade, raridade.

Pteridophytes and monocots of Brazilian Amaznia with emphasis on useful species.Abstract - The purpose of this research was to contribute to the knowledge of the flora of Amazonia, especially its useful species. The databases for pteridophytes, gimnosperms and monocots were revised and completed in terms of synonymy, ocurrence, uses and rarity in nature based on number of exsicata in collections. Literature and the databases of the Missouri and New York Botanical Gardens, as well as the International Plant Nomenclature Index, were surveyed, and the information inserted in the database on plants of Amazonia. Our results help elucidate some questions on plant diversity in Amazonia. It is clear that the Flora of Amazonian is fairly well known, and that we should not expect many new species. Furthermore, the useful species are not the most common ones, negating the idea that our ancestors simply use what was most available. It also suggests that we will not find many new useful species they have already been found. It was also shown that at least for monocots, the flora of Amazonia in neither much larger nor more important than those of the rest of the country. Index terms: Useful plants, diversity, rarity.

42Introduo

A. A. P. Piza

Os dados sobre o tamanho e composio da flora brasileira so muito divergentes, com estimativas que variam entre 35 mil (dcada de 1970) a 56 mil (dcada de 1990) espcies, com estimativas para a Regio Amaznica variando entre 17 (Gentry, 1997) e 60 mil (Salati, 1983), sendo a mais citada em torno de 30 mil (McNeely et al., 1990). O levantamento dos herbrios regionais indica que o tamanho da flora da Amaznia Brasileira no deve ultrapassar 11 mil espcies, com cerca de 90% ocorrendo tambm em outros pases e/ou biomas, o que sugere ser a estimativa de Gentry a mais prxima da realidade (Lleras et al., 2000a). A informao sobre espcies vegetais com uso conhecido na Amaznia que possam ser incorporadas ao processo produtivo tambm apresenta grande variao. Alguns levantamentos na Amaznia Peruana, a regio melhor estudada neste sentido, citam apenas 1.250 espcies (Vsquez, 1989), com estimativas de pouco mais de 2 mil para a Amaznia como um todo (Bennett, 1992; UNDP, 1992; Duke & Vsquez, 1994). No outro extremo, outros autores citam mais de 5 mil somente para o Peru (CADMA, 1994). Para a Amaznia Brasileira, Giacometti & Coradin (1990) reportaram menos de 800 espcies com uso conhecido. Porm, pesquisas em andamento indicam que este nmero pode aproximar-se ao da Amaznia peruana (Leite et al., 2000; Lleras et al., 2000b). Como no caso da flora em geral, a grande maioria da flora til ocorre em outras regies e pases, alm do Brasil. O objetivo deste trabalho foi contribuir para o conhecimento, sistematizao e disponibilizao da informao sobre plantas teis da Amaznia com nfase no Estado do Amazonas, completar e revisar a base de dados e determinar a ocorrncia (grau de raridade) das espcies teis.

nmero de amostras, sinnimos e grau de raridade. Para testar a idia de que a Amaznia regio onde existem mais espcies endmicas e que merece maior ateno em termos de proteo contra biopirataria, foi criada uma base de dados para as monocotiledneas do Brasil, compilando as informaes de PlantAmaznia, o levantamento do Cerrado realizado pela Embrapa em parceria com a UnB e a base de dados "Plants of Northeast Brazil" disponibilizada na Internet pelo Jardim Botnico de Nova Iorque. Foi feito levantamento do uso de fruteiras nativas vs. exticas em pequenas propriedades na regio geoeconmica de Manaus. Para confirmar que as espcies nativas esto perdendo espao no mercado para as espcies exticas foi realizado um levantamento em 80 stios em um raio de 100 km de Manaus, incluindo os Municpios de Presidente Figueiredo, Manacapuru, Novo Airo, Iranduba e Itacoatiara. A documentao fotogrfica das espcies teis (fruteiras) foi realizada utilizando cmera fotogrfica digital para material vivo e obteno de imagens via internet de material de livre acesso e utilizao. Todos os dados obtidos foram includos na base de dados PlantAmaznia e compatibilizados em planilhas especiais do Excel, as informaes adicionais, como fotografias e mapas foram includos individualmente. Foram montadas tabelas com o nmero de espcies e indivduos de cada uma, dividindo-as no grupo de frutas exticas e nativas, segundo observao feita em campo de pesquisa, e confeccionados grficos demonstrando o ndice de raridade/freqencia das espcies teis, e a taxa de coleta de amostras entre 1753 e 2000.

Resultados e DiscussoPara confirmar que a flora amaznica relativamente bem conhecida, e no futuro somente coletaremos raridades, foi completada e revisada a lista de monocotiledneas da base de dados. Embora a maioria das coletas na regio tenha sido realizada nos ltimos 40 anos, o nmero de espcies novas muito pequeno, e a taxa de publicao de novas espcies de monocotiledneas vem diminuindo a cada ano (Figura 1). Como de se esperar, nos ltimos 20 anos somente tm sido publicadas espcies consideradas entre raras e extremamente raras (Figura 2).

Material e MtodosFoi realizado um levantamento de literatura onde foram consultadas obras nas bibliotecas locais (Embrapa, Inpa e universidades), e bases na internet (Jardim Botnico de Missouri e Nova York), com informaes sobre espcies teis. Foram utilizadas listas de espcies teis encontradas na Amaznia, registrados e revisados seus pases de ocorrncia, ano de publicao,

A. A. P. Piza

43

Nmero de Espcies

Dcada publicao

Figura 1. Taxa de publicao de novas espcies de monocotiledneas entre 1753 e 2000. A faixa avermelhada representa o intervalo com maior nmero de coletas absolutas.

140 130 120

Nmero de espcies publicadas

110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 1780 1800 1820 1840 1860 1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000 Data de publicao E. raro M. raro Raro Mdio Freqente M. Freqente E. Freqente

Figura 2. Nmero de espcies publicadas entre 1753 e 2000, conforme o grau de raridade encontrado nos herbrios.

Atualmente muitos cientistas aceitam a hiptese de que a maioria das espcies utilizadas pelo homem de reas perturbadas vizinhas s vivendas, e de ampla distribuio. Para testar a hiptese de que as espcies teis tendem a ser freqentes e de ampla distribuio, foi estudada a freqncia de algumas categorias de espcies teis -

ornamentais, aromticas e medicinais. Para as famlias estudadas, os resultados mostram que a maioria dessas espcies so raras (Figura 3).

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Figura 3. ndice de raridade para monocotiledneas aromticas, medicinais e ornamentais.

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A comparao do uso e oferta de espcies de fruteiras nativas e exticas pode ser observada na Tabela 1. Constatou-se que as plantaes de espcies nativas so muito menores que as de espcies exticas. O mesmo se observou no levantamento de oferta realizado em supermercados, feiras e mercados de Manaus e do interior.Tabela 1. Ocorrncia de espcies nativas e exticas de fruteiras nas mos de produtores e no comrcio. Nativas N de N de espcies indivduos 29 7 3 41.201 Exticas N de N de espcies indivduos 29 94 16 243.558 -

Local visitado Stios e chcaras (82) Supermercados (4) Mercado Central

O total de monocotiledneas do Brasil deve estar em torno de cinco mil espcies, das quais aproximadamente 40% so encontradas exclusivamente no Brasil e 60% compartidas com outros pases. O Cerrado e o Nordeste (que alm da Mata Atlntica, inclui a Regio Sul) apresentam entre 70% e 80% de espcies exclusivamente encontradas no Brasil, enquanto que na Amaznia este nmero no passa de 20%. Como de se esperar, as espcies comuns s trs regies ocorrem tambm em outros pases (Figura 4). Estes resultados apiam a idia de alguns tcnicos do Ministrio do Meio Ambiente (MMA) de que devemos nos preocupar mais em proteger o Cerrado e a Mata Atlntica que a Amaznia.

Figura 4. Ocorrncia de espcies de monocotiledneas nas diferentes regies do Brasil. Encontradas: Azul: Somente no Brasil; Roxo: Brasil e outros pases. A: Amaznia; C: Cerrado; N: Nordeste; AC: Amaznia e Cerrado; ACN: Amaznia, Cerrado e Nordeste.

46Concluses

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Os resultados obtidos neste trabalho contribuem para esclarecer alguns pontos sobre o conhecimento da diversidade vegetal na Amaznia. Em primeiro lugar, fica claro que a diversidade no desconhecida; ao contrrio, no devemos esperar muitas novidades em termos de espcies novas. A flora til, por sua vez, no a mais comum, o que contradiz a idia de que nossos antepassados simplesmente utilizaram o que era mais comum. Como ltima concluso, a flora amaznica, apesar de ser maior, no mais importante que as floras do restante do pas.

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Agradecimentos Embrapa Amaznia Ocidental e ao CNPq pelo apoio a este projeto.

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Efeito de herbicidas sobre a fauna do soloMirne Passos Santana(1), Terezinha Batista Garcia(2) e Marcos Vinicius Bastos Garcia(2)Bolsista Pibic/CNPq. E-mail: [email protected]; (2)Embrapa Amaznia Ocidental, Rodovia AM 010, km 29, Zona Rural, Caixa Postal 319, 69010-970. Manaus - AM. E-mail: [email protected], [email protected](1)

Resumo - O uso de agrotxicos faz parte da rotina da agricultura praticada nas vrzeas amaznicas. Diagnsticos sobre o uso de agrotxicos nessas reas mostr