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1 RELATÓRIO 2    COLISÕES  Data: 02 de abril de 2014. Grupo Nº 02: Danielle de Cassia Afonso Suely Bezerra de Oliveira INTRODUÇÃO Colisão é uma interação entre corpos em que há conservação do momento linear do sistema, isto é, o momento linear antes é o mesmo antes e depois da colisão. O mesmo nem sempre acontece com a sua energia cinética. Assim, consideramos diferentes tipos de colisões: elástica (conserva a energia cinética do sistema), inelástica (não conserva a energia cinética do sistema) e perfeitamente inelástica  (não existe conservação da energia cinética e os corpos seguem juntos após a colisão). é = 2    OBJETIVO Verificar se existe conservação do momento linear e da energia cinética numa colisão inelástica e numa colisão elástica unidimensional. MATERIAL UTILIZADO - 01 trilho de 120cm conectado a uma unidade de fluxo de ar; - 01 Y de final de curso com fixador U para elástico; - 01 Y de final de curso com roldana raiada e fixador em U para choque; - 01 cronômetro digi tal multifunções com fonte DC 12 V; - 02 sensores fotoelétricos com suporte fixador (S 1  e S 2 ); - 02 carrinhos para trilho (Kit 08); - 02 barreiras para choque com comprimento ~ 0,100m; - 01 pino para carrinho com agulha;

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    RELATRIO 2 COLISES

    Data: 02 de abril de 2014.

    Grupo N 02: Danielle de Cassia Afonso

    Suely Bezerra de Oliveira

    INTRODUO

    Coliso uma interao entre corpos em que h conservao do momento linear do

    sistema, isto , o momento linear antes o mesmo antes e depois da coliso. O mesmo nem

    sempre acontece com a sua energia cintica. Assim, consideramos diferentes tipos de colises:

    elstica (conserva a energia cintica do sistema), inelstica (no conserva a energia cintica do

    sistema) e perfeitamente inelstica (no existe conservao da energia cintica e os corpos

    seguem juntos aps a coliso).

    = 2

    2

    OBJETIVO

    Verificar se existe conservao do momento linear e da energia cintica numa coliso

    inelstica e numa coliso elstica unidimensional.

    MATERIAL UTILIZADO

    - 01 trilho de 120cm conectado a uma unidade de fluxo de ar;

    - 01 Y de final de curso com fixador U para elstico;

    - 01 Y de final de curso com roldana raiada e fixador em U para choque;

    - 01 cronmetro digital multifunes com fonte DC 12 V;

    - 02 sensores fotoeltricos com suporte fixador (S1 e S2);

    - 02 carrinhos para trilho (Kit 08);

    - 02 barreiras para choque com comprimento ~ 0,100m;

    - 01 pino para carrinho com agulha;

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    - 01 pino para carrinho com massa aderente;

    - 01 fixador em U para choque com elstico;

    - 01 balana digital de uso comum;

    - 01 paqumetro de uso comum;

    - Cabos de ligao.

    PROCEDIMENTOS E DADOS EXPERIMENTAIS

    Identificamos na montagem que se encontra na bancada (N 07) do laboratrio todos os

    itens da relao de materiais. Conferimos as ligaes do cronmetro. Medimos com o

    paqumetro o comprimento das barreiras de choque dos dois carrinhos (Tabela 1).

    Tabela 1: Comprimento das barreiras de choque em metros.

    Barreira de choque Comprimento (m)

    Carrinho 1 0,1010

    Carrinho 2 0,0990

    Erro instrumental: 0,0003m

    Fixamos nos carrinhos as barreiras de choque e os acessrios para o choque inelstico.

    Num deles o pino com agulha e no outro o pino com massa aderente. Esses acessrios fixam

    um carrinho no outro e fazem com que os dois carrinhos se desloquem juntos aps o choque.

    Em seguida medimos as massas dos carrinhos (Tabela 2).

    Tabela 2: Massas (em quilogramas) dos carrinhos com acessrios para choque inelstico.

    Massa do Carrinho 1 (Kg) Massa do Carrinho 2 (Kg)

    0,21910 0,22010

    Erro instrumental: 0,00001Kg

    Ligamos a unidade de fluxo de ar e ajustamos a posio do seletor no meio da escala.

    Verificamos que o trilho estava com uma inclinao tal que o atrito fosse compensado. Para

    isso deixamos o carrinho flutuar sobre o trilho. Montamos o equipamento e fixamos os sensores

    no trilho conforme a Foto 1.

  • 3

    Foto 1: Montagem do equipamento para choque inelstico.

    No cronmetro selecionamos a funo F3. Nesta funo o cronmetro mede o tempo

    enquanto o sensor estiver interrompido. Primeiro ele mediu o tempo de interrupo do sensor

    1 ( esquerda) e depois o sensor 2 ( direita). Aps as medidas feitas o sensor apresentou os

    tempos no visor alternadamente com a indicao tp1 para o tempo 1 (sensor 1) e tp2 para o

    tempo 2 (sensor 2).

    Ao primeiro carrinho, demos um impulso, movimentando-o para se chocar com o

    segundo carrinho, que estava em repouso ( = 0). Quando o primeiro carrinho passou pelo S1

    o cronmetro foi acionado e mediu um intervalo de tempo (tp1) correspondente um

    deslocamento do comprimento da barreira de choque fixada no carrinho 1. O primeiro carrinho

    se chocou com o segundo e os dois se deslocaram juntos depois do choque. Quando o segundo

    carrinho passou pelo S2 o cronmetro foi acionado e mediu um intervalo de tempo (tp2)

    correspondente a um deslocamento do comprimento da barreira de choque fixada no carrinho

    2. Para cada coliso o cronmetro indicou os dois intervalos de tempo.

    O procedimento foi repetido dez vezes (Tabela 3), para isso o boto reset do

    cronmetro foi acionado entre as colises.

    Tabela 3: Tempo (em segundos) de interrupo dos sensores S1 e S2 pelo Carrinho 1 antes da

    coliso (tp1) e pelo Carrinho 2 depois da coliso (tp2) para a coliso inelstica.

    N da coliso tp1 (s) tp2 (s)

    1 0,192 0,416

    2 0,225 0,510

    3 0,138 0,306

    4 0,133 0,313

    5 0,152 0,344

    6 0,140 0,327

    7 0,109 0,259

  • 4

    8 0,184 0,415

    9 0,102 0,246

    10 0,107 0,252

    Erro instrumental: 0,001s

    Sem retirar os pinos, colocamos o fixador em U para choque com elstico em um dos

    carrinhos e medimos novamente as massas (Tabela 4) dos mesmos para verificar se houve

    mudana significativa. Em seguida, montamos o equipamento conforme a Foto 2.

    Tabela 4: Massas (em quilogramas) dos carrinhos com acessrios para choque elstico.

    Massa do Carrinho 1 (Kg) Massa do Carrinho 2 (Kg)

    0,21910 0,23660

    Erro instrumental: 0,00001Kg

    Foto 2: Montagem do equipamento para choque elstico.

    Repetimos os procedimentos de medir os tempos de interrupo (Tabela 5) pelo carrinho

    1 antes da coliso e pelo carrinho 2 depois da coliso.

    Tabela 5: Tempo (em segundos) de interrupo dos sensores S1 e S2 pelo Carrinho 1 antes

    da coliso (tp1) e pelo Carrinho 2 depois da coliso (tp2) para a coliso elstica.

    N da coliso tp1 (s) tp2 (s)

    1 0,122 0,122

    2 0,086 0,087

    3 0,092 0,092

    4 0,103 0,095

    5 0,078 0,080

    6 0,196 0,084

    7 0,092 0,093

    8 0,089 0,089

    9 0,075 0,075

    10 0,071 0,070

  • 5

    Erro instrumental: 0,001s

    ANLISE DE DADOS

    Coliso inelstica

    Para a coliso inelstica esperamos verificar que o momento linear total do sistema o

    mesmo antes e depois da coliso.

    =

    Para tanto, calculamos a velocidade desenvolvida pelo carrinho antes e depois da coliso

    e o erro experimental. A velocidade do carrinho calculada dividindo o comprimento da

    barreira () pelo tempo de interrupo ():

    =

    /

    O erro experimental da velocidade do carrinho a soma da diviso do erro instrumental

    do paqumetro () pelo comprimento da barreira () com o quociente do erro instrumental do

    cronmetro () pelo tempo ().

    =

    +

    Tabela 6: Clculo da velocidade desenvolvida pelo carrinho antes da coliso inelstica (V1A)

    e a velocidade desenvolvida pelos carrinhos depois da coliso inelstica (V2D).

    Para calcularmos o momento linear antes da coliso utilizamos a seguinte expresso:

    =

    E para o erro experimental do momento linear antes da coliso:

    N da Coliso V1A (m/s) V1A V2D (m/s) V2D V1/V1

    1 0,526 0,008 0,238 0,005 0,015

    2 0,449 0,007 0,194 0,005 0,016

    3 0,732 0,010 0,324 0,006 0,014

    4 0,759 0,011 0,316 0,006 0,014

    5 0,664 0,010 0,288 0,006 0,015

    6 0,721 0,010 0,303 0,006 0,014

    7 0,927 0,012 0,382 0,007 0,013

    8 0,549 0,008 0,239 0,005 0,015

    9 0,990 0,013 0,402 0,007 0,013

    10 0,944 0,012 0,393 0,007 0,013

  • 6

    = (

    +

    )

    Tabela 7: Clculo do momento linear e erro experimental antes da coliso inelstica.

    N da Coliso PA (Kg.m/s) PA

    1 0,115 0,002

    2 0,098 0,002

    3 0,160 0,002

    4 0,166 0,002

    5 0,145 0,002

    6 0,158 0,002

    7 0,203 0,003

    8 0,120 0,002

    9 0,217 0,003

    10 0,207 0,003

    Para calcularmos o momento linear depois da coliso utilizamos a seguinte expresso:

    =

    E para o erro experimental do momento linear depois da coliso:

    = (

    +

    )

    Tabela 8: Clculo do momento linear e erro experimental depois da coliso inelstica.

    N da Coliso PD (Kg.m/s) PD

    1 0,052 0,001

    2 0,043 0,001

    3 0,071 0,001

    4 0,070 0,001

    5 0,063 0,001

    6 0,067 0,001

    7 0,084 0,002

    8 0,053 0,001

    9 0,088 0,002

    10 0,086 0,002

    Comparando os intervalos de valores previstos para e , no podemos afirmar que

    houve conservao do momento linear nas colises inelsticas. Isso acontece porque houve

    foras externas atuando no sistema.

  • 7

    Para confirmar que no houve conservao do momento linear nas colises inelsticas,

    calculamos o erro percentual de acurcia utilizando a seguinte expresso:

    % = (| |

    ) 100%

    Tabela 9: Clculo do erro percentual de acurcia do momento linear nas colises inelsticas.

    N da Coliso PA (Kg.m/s) PD (Kg.m/s) E%

    1 0,115 0,052 54,8

    2 0,098 0,043 56,1

    3 0,160 0,071 55,6

    4 0,166 0,070 57,8

    5 0,145 0,063 56,6

    6 0,158 0,067 57,6

    7 0,203 0,084 58,6

    8 0,120 0,053 55,8

    9 0,217 0,088 59,4

    10 0,207 0,086 58,5

    Considerando a tolerncia de 5% de erro, verificamos que realmente no houve

    conservao do momento linear em nenhuma das colises inelsticas.

    Clculo da energia cintica das colises inelsticas

    Para calcularmos a energia cintica antes da coliso utilizamos a seguinte expresso:

    =1

    2

    2

    E para o erro experimental,

    = (2

    +

    )

  • 8

    Tabela 10: Clculo da energia cintica antes da coliso inelstica.

    N da Coliso KA (Kg.m/s) KA

    1 0,0000070 0,0000502

    2 0,0000054 0,0000502

    3 0,0000110 0,0000503

    4 0,0000133 0,0000504

    5 0,0000110 0,0000503

    6 0,0000110 0,0000503

    7 0,0000158 0,0000504

    8 0,0000070 0,0000502

    9 0,0000186 0,0000505

    10 0,0000158 0,0000504

    Para calcularmos a energia cintica depois da coliso utilizamos a seguinte expresso:

    =1

    2

    2

    E para o erro experimental,

    = (2

    +

    )

    Tabela 11: Clculo da energia cintica depois da coliso inelstica.

    N da Coliso KD (Kg.m/s) KD

    1 0,0000028 0,0000001

    2 0,0000028 0,0000001

    3 0,0000040 0,0000001

    4 0,0000040 0,0000002

    5 0,0000040 0,0000002

    6 0,0000040 0,0000002

    7 0,0000054 0,0000002

    8 0,0000028 0,0000001

    9 0,0000054 0,0000002

    10 0,0000054 0,0000002

    Comparando os intervalos de valores previstos para e , podemos afirmar que

    houve conservao da energia cintica nas colises inelsticas, uma vez que, a energia cintica

    depois das colises inelsticas foi menor que a energia cintica antes das colises.

    Coliso elstica

  • 9

    A velocidade do carrinho calculada dividindo o comprimento da barreira () pelo

    tempo de interrupo ():

    =

    /

    O erro experimental da velocidade do carrinho a soma da diviso do erro instrumental

    do paqumetro () pelo comprimento da barreira () com o quociente do erro instrumental do

    cronmetro () pelo tempo ().

    =

    +

    Tabela 12: Clculo da velocidade desenvolvida pelo carrinho antes da coliso elstica (V1A)

    e a velocidade desenvolvida pelos carrinhos depois da coliso elstica (V2D).

    N da Coliso V1A (m/s) V1A V2D (m/s) V2D

    1 0,828 0,011 0,811 0,011

    2 1,174 0,015 1,138 0,014

    3 1,098 0,014 1,076 0,014

    4 0,981 0,013 1,042 0,014

    5 1,295 0,016 1,238 0,016

    6 0,515 0,008 1,179 0,015

    7 1,098 0,014 1,065 0,014

    8 1,135 0,014 1,112 0,014

    9 1,347 0,016 1,32 0,016

    10 1,423 0,017 1,414 0,017

    Para a coliso elstica esperamos verificar que o momento linear total do sistema o

    mesmo antes e depois da coliso.

    =

    Para calcularmos o momento linear antes () e depois () da coliso elstica

    utilizamos a seguinte expresso:

    =

    E para o erro experimental do momento linear antes () e depois () da coliso

    elstica:

    = (

    +

    )

  • 10

    Tabela 13: Clculo do momento linear e erro experimental antes e depois da coliso elstica.

    N da Coliso PA (Kg.m/s) PA PD (Kg.m/s) PD

    1 0,181 0,002 0,192 0,003

    2 0,257 0,003 0,269 0,003

    3 0,241 0,003 0,255 0,003

    4 0,215 0,003 0,247 0,003

    5 0,284 0,004 0,293 0,004

    6 0,113 0,002 0,279 0,004

    7 0,241 0,003 0,252 0,003

    8 0,249 0,003 0,263 0,003

    9 0,295 0,004 0,312 0,004

    10 0,312 0,004 0,335 0,004

    Comparando os intervalos de valores previstos para e , no podemos afirmar se

    houve ou no conservao do momento linear nas colises elsticas. Para tanto, calculamos o

    erro percentual de acurcia.

    % = (| |

    ) 100%

    Tabela 14: Clculo do erro percentual de acurcia do momento linear nas colises elsticas.

    N da Coliso PA (Kg.m/s) PD (Kg.m/s) E%

    1 0,181 0,192 6,1

    2 0,257 0,269 4,7

    3 0,241 0,255 5,8

    4 0,215 0,247 14,9

    5 0,284 0,293 3,2

    6 0,113 0,279 146,9

    7 0,241 0,252 4,6

    8 0,249 0,263 5,6

    9 0,295 0,312 5,8

    10 0,312 0,335 7,4

    Ponderando a tolerncia de 5% de erro, verificamos que houve conservao do momento

    linear nas colises elsticas 2, 5 e 7.

    Clculo da energia cintica das colises elsticas

    Para calcularmos a energia cintica utilizamos a seguinte expresso:

  • 11

    =1

    2

    2

    E para o erro experimental,

    = (2

    +

    )

    Tabela 15: Clculo da energia cintica antes e depois da coliso elstica.

    N da Coliso KA (Kg.m/s) KA KD (Kg.m/s) KD

    1 0,0000133 0,0000004 0,0000143 0,0000004

    2 0,0000248 0,0000006 0,0000231 0,0000006

    3 0,0000216 0,0000006 0,0000231 0,0000006

    4 0,0000186 0,0000005 0,0000231 0,0000006

    5 0,0000282 0,0000007 0,0000302 0,0000008

    6 0,0000070 0,0000002 0,0000266 0,0000007

    7 0,0000216 0,0000006 0,0000231 0,0000006

    8 0,0000216 0,0000005 0,0000231 0,0000006

    9 0,0000282 0,0000007 0,0000302 0,0000007

    10 0,0000318 0,0000008 0,0000341 0,0000008

    Considerando que a energia cintica total depois da coliso sempre menor ou igual a

    energia cintica total antes da coliso, de acordo com a Tabela 15, podemos afirmar que houve

    conservao da energia cintica somente na coliso 2, essa variao est associada a algum

    mecanismo de transferncia de energia durante o experimento, tal como calor, atrito, som etc.

    CONCLUSO

    Os dados colhidos neste experimento possibilitaram ver que h mecanismos externos de

    transferncia de energia que podem interferir no momento linear e na energia cintica tanto das

    colises elsticas quanto das colises inelsticas.