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Emater - Exportação de Plantas Medicinais Curitiba Postado em: 29/08/2012 O Estado do Paraná destaca-se dos demais por ser aquele que possui maior tradição no cultivo de plantas medicinais. Em 2004, o Paraná já era fornecedor de 90% da demanda nacional de plantas cultivadas. A diversidade climática permite o cultivo de mais de 100 espécies (camomila, menthas, espinheira santa, guaco, gengibre, fáfia...). As plantas potenciais como as palmáceas (pupunha, palmeira-real, juçara, coco-anão, palmeiras para biodiesel, etc.), nozes (macadâmia, etc.), estévia, cana-de-açúcar para produção de mascavo e bebidas, urucum, açafrão para corantes, oliveiras, lúpulo, entre outras, apresentam-se como alternativa de renda a agricultura familiar. Propostas de atuação do Instituto Emater Atendimento às demandas de tecnologia de produção destas espécies via metodologia massal (encontros, cursos, palestras,...), unidades técnicas, consultorias... - Fortalecer integração entre empresas de plantas medicinais (Klabin, Herbarium, Baldo, Tribal,...) com instituto Emater e produtores e suas organizações. Dessa forma, possibilitar a ampliação de 500-600 ha e de 400 novos agricultores na atividade. - Estruturar um programa de produção e industrialização de estévia para atendimento a crescente demanda (em 2010 houve abertura do mercado europeu) por este edulcorante para o mercado interno e externo, podendo envolver inicialmente 200 produtores em 300 ha de área a ser cultivada com 01 agroindústria. -Introduzir a colheita mecanizada (projeto na SEAB) e outras técnicas na cultura da camomila visando atender o déficit de 30% do mercado nacional e assim estruturar a sua cadeia para atendimento a demanda externa. Ou seja, passar dos 1800 ha de área cultivada atuais para 2600 ha. - Validar e solidificar a cadeia da oliveira no estado, em base as unidades experimentais instaladas, com 60-100 ha a ser cultivados e 30 agricultores na atividade. - Ampliar o cultivo e o manejo de palmáceas com ênfase na pupunheira (Bactris gasipaes) e juçara (Euterpe edulis) visando à produção racional de palmitos e frutos, e dessa forma suprir as indústrias existentes Paraná, à maioria delas está atuando com sua capacidade ociosa em cerca de 50%. Aumentar o numero de produtores destas espécies de 1100 para 2000 e um aumento de área de 3000 ha para 5000 ha. Assim proporcionar o aumento de renda anual média dos produtores em 87,5%, ou seja, de R$8.000,00 para R$15.000,00/ha/ano e adicionar 3500 toneladas de palmito à cadeia produtiva, com destaque para a pupunha irrigada no noroeste. Esta ampliação pode gerar 10.000 novos empregos. Segundo Corrêa Júnior e Scheffer (2004), o Estado do Paraná destaca-se pela maior tradição no cultivo de plantas medicinais, que iniciou há mais de 100 anos com o cultivo de camomila como cultura alternativa de inverno na Região Metropolitana de Curitiba - RMC, que logo se tornou referência para esta espécie no Brasil. Em 1994, o Estado do Paraná já era fornecedor de 90% da demanda nacional de plantas medicinais cultivadas. Do trabalho da Emater, através dos técnicos Cirino Corrêa Júnior e Osvaldo Antônio Andrade, junto a um produtor e a empresa de exportação FCI Brasil, realizou-se a primeira exportação de camomila do Brasil. Foram cerca de 8 toneladas ( 01 contêiner) , enviada para a Itália, que considerou nosso produto de boa qualidade. O produtor recebeu 50% a mais do preço de mercado para uma camomila de primeira qualidade. O Paraná, neste ano, tem cerca de 2000 ha de área cultivada com a camomila e pelas boas condições http://www.emater.pr.gov.br 11/7/2015 8:58:50 - 1

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Exportação de Plantas MedicinaisCuritibaPostado em: 29/08/2012

O Estado do Paraná destaca-se dos demais por ser aquele que possui maior tradição no cultivo deplantas medicinais. Em 2004, o Paraná já era fornecedor de 90% da demanda nacional de plantascultivadas. A diversidade climática permite o cultivo de mais de 100 espécies (camomila, menthas,espinheira santa, guaco, gengibre, fáfia...). As plantas potenciais como as palmáceas (pupunha,palmeira-real, juçara, coco-anão, palmeiras para biodiesel, etc.), nozes (macadâmia, etc.), estévia,cana-de-açúcar para produção de mascavo e bebidas, urucum, açafrão para corantes, oliveiras,lúpulo, entre outras, apresentam-se como alternativa de renda a agricultura familiar.

Propostas de atuação do Instituto Emater Atendimento às demandas de tecnologia de produçãodestas espécies via metodologia massal (encontros, cursos, palestras,...), unidades técnicas,consultorias... - Fortalecer integração entre empresas de plantas medicinais (Klabin, Herbarium,Baldo, Tribal,...) com instituto Emater e produtores e suas organizações. Dessa forma, possibilitar aampliação de 500-600 ha e de 400 novos agricultores na atividade. - Estruturar um programa deprodução e industrialização de estévia para atendimento a crescente demanda (em 2010 houveabertura do mercado europeu) por este edulcorante para o mercado interno e externo, podendoenvolver inicialmente 200 produtores em 300 ha de área a ser cultivada com 01 agroindústria.-Introduzir a colheita mecanizada (projeto na SEAB) e outras técnicas na cultura da camomilavisando atender o déficit de 30% do mercado nacional e assim estruturar a sua cadeia paraatendimento a demanda externa. Ou seja, passar dos 1800 ha de área cultivada atuais para 2600ha. - Validar e solidificar a cadeia da oliveira no estado, em base as unidades experimentaisinstaladas, com 60-100 ha a ser cultivados e 30 agricultores na atividade. - Ampliar o cultivo e omanejo de palmáceas com ênfase na pupunheira (Bactris gasipaes) e juçara (Euterpe edulis)visando à produção racional de palmitos e frutos, e dessa forma suprir as indústrias existentesParaná, à maioria delas está atuando com sua capacidade ociosa em cerca de 50%. Aumentar onumero de produtores destas espécies de 1100 para 2000 e um aumento de área de 3000 ha para5000 ha. Assim proporcionar o aumento de renda anual média dos produtores em 87,5%, ou seja,de R$8.000,00 para R$15.000,00/ha/ano e adicionar 3500 toneladas de palmito à cadeia produtiva,com destaque para a pupunha irrigada no noroeste. Esta ampliação pode gerar 10.000 novosempregos. Segundo Corrêa Júnior e Scheffer (2004), o Estado do Paraná destaca-se pela maiortradição no cultivo de plantas medicinais, que iniciou há mais de 100 anos com o cultivo decamomila como cultura alternativa de inverno na Região Metropolitana de Curitiba - RMC, que logose tornou referência para esta espécie no Brasil. Em 1994, o Estado do Paraná já era fornecedor de90% da demanda nacional de plantas medicinais cultivadas. Do trabalho da Emater, através dostécnicos Cirino Corrêa Júnior e Osvaldo Antônio Andrade, junto a um produtor e a empresa deexportação FCI Brasil, realizou-se a primeira exportação de camomila do Brasil. Foram cerca de 8toneladas ( 01 contêiner) , enviada para a Itália, que considerou nosso produto de boa qualidade. Oprodutor recebeu 50% a mais do preço de mercado para uma camomila de primeira qualidade. OParaná, neste ano, tem cerca de 2000 ha de área cultivada com a camomila e pelas boas condições

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climáticas apresentadas até o momento, deve colher uma excelente safra. Novas remessas decamomila devem ser exportadas. O Brasil ainda importa 30% de suas necessidades e, o grandefoco de atuação está na melhoria da qualidade da produção. Para tanto está tramitando naSecretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento e no MDA, um projeto para importação deuma máquina colheitadeira da Itália. O ginseng brasileiro já exporta cerca de 200 t/ano para o Japãoe a hortelã também têm boas perspectivas de exportação. Nós temos que melhorar nosso produto,em especial na colheita e pós-colheita para atingir novos mercados e melhores preços. Temospotencial para ser o Pais maior produtor dessas espécies. Dr. Cirino Corrêa Júnior - 0xx41-3250-2145 - [email protected]

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