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MANUAL DE PROCEDIMENTOS EXPORTAÇÃO DE FRUTA FRESCA, UVA PARA A CHINA Procedimento a adoptar nas Centrais de Armazenagem e Embalagem (CAE) registadas, candidatas à exportação de uva para a China 18-06-2019 Versão 01 Objectivo Verificar o cumprimento nas CAE das condições fitossanitárias necessárias para a correta observância dos requisitos estabelecidos pela China, que se encontram vertidos no Plano de Trabalho para a exportação de fruta fresca de uva para aquele país. De forma a garantir que as remessas de fruta possam ser exportadas para a China, as CAE registadas obrigam-se a cumprir a totalidade das condições vertidas neste documento. 1. Pré requisitos Apenas serão consideradas as CAE e UP que tiverem sido autorizadas e registadas pela DGAV, na fase de candidaturas que decorre em até 15 de março de cada ano. 2. Exigências de transporte da UP até à CAE O transporte da fruta da UP elegível (que tiver cumprido com as exigências previstas no Plano), até à CAE, deve ser feito em contentores devidamente identificados com o nº do lote e da UP, garantindo assim a rastreabilidade 3. Exigências a satisfazer pelas CAE 3.1. Exigências gerais O Técnico responsável pela CAE (referido na candidatura) é a pessoa que deve assinar todos os registos e controlos internos, exigidos neste manual; A CAE compromete-se a facultar, sempre que lhe for solicitado pelo GACC, DRAP ou DGAV, toda a informação sobre os registos e controlos dentro da CAE ou relativos às UP que gere; A CAE deve providenciar uma sala de inspecção apropriada, iluminada, limpa e espaçosa, equipada com material de escritório (incluindo uma lupa 40x), mesas de inspecção para dissecação da fruta, caixas para manusear as amostras a inspeccionar e contentores de lixo para depositar a fruta inspeccionada. Deve ser uma sala afastada dos corredores e portas transitadas pelas empilhadoras, por questões de segurança.

EXPORTAÇÃO DE 18-06-2019 FRUTA FRESCA, UVA PARA A …

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS – EXPORTAÇÃO DE FRUTA FRESCA, UVA PARA A CHINA

Procedimento a adoptar nas Centrais de Armazenagem e Embalagem (CAE) registadas, candidatas à exportação de uva para a China

18-06-2019

Versão 01

Objectivo

Verificar o cumprimento nas CAE das condições fitossanitárias necessárias para a correta observância dos requisitos estabelecidos pela China, que se encontram vertidos no Plano de Trabalho para a exportação de fruta fresca de uva para aquele país. De forma a garantir que as remessas de fruta possam ser exportadas para a China, as CAE registadas obrigam-se a cumprir a totalidade das condições vertidas neste documento.

1. Pré requisitos

Apenas serão consideradas as CAE e UP que tiverem sido autorizadas e registadas pela DGAV, na fase de candidaturas que decorre em até 15 de março de cada ano.

2. Exigências de transporte da UP até à CAE

O transporte da fruta da UP elegível (que tiver cumprido com as exigências previstas no Plano), até à CAE, deve ser feito em contentores devidamente identificados com o nº do lote e da UP, garantindo assim a rastreabilidade

3. Exigências a satisfazer pelas CAE

3.1. Exigências gerais

O Técnico responsável pela CAE (referido na candidatura) é a pessoa que deve assinar todos os registos e controlos internos, exigidos neste manual;

A CAE compromete-se a facultar, sempre que lhe for solicitado pelo GACC, DRAP ou DGAV, toda a informação sobre os registos e controlos dentro da CAE ou relativos às UP que gere;

A CAE deve providenciar uma sala de inspecção apropriada, iluminada, limpa e espaçosa, equipada com material de escritório (incluindo uma lupa 40x), mesas de inspecção para dissecação da fruta, caixas para manusear as amostras a inspeccionar e contentores de lixo para depositar a fruta inspeccionada. Deve ser uma sala afastada dos corredores e portas transitadas pelas empilhadoras, por questões de segurança.

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A CAE deve assegurar um sistema de etiquetagem que garanta a rastreabilidade da fruta em todo o processo. Para o cumprimento desta condição a DGAV considera suficiente o cumprimento das normas exigidas no Regulamento 178/2002 de 28 de janeiro, que estabelece as normas da segurança alimentar, nomeadamente do seu artigo 18º. No entanto, no cumprimento do Plano cada embalagem deve ter uma etiqueta que identifique o lote rastreável às UP’s aptas à certificação (que cumpriram o Plano na campanha em curso).

3.2. Exigências relativas às instalações

As CAE devem manter uma área de selecção prévia da fruta, separada do resto da instalação e uma área igualmente separada para armazenamento. Estas áreas devem respeitar o ponto 3.4.

3.3. Plano de higienização da CAE

A CAE deve dispor de um plano de higienização das instalações e equipamentos (camaras de tratamento pelo frio), que inclua também as áreas envolventes dos edifícios. A DGAV aceita os planos de higienização que estejam implementados pelas CAE. Para além do plano, as CAE devem garantir uma limpeza no equipamento da linha de selecção e calibração dos frutos antes do início de cada operação de exportação para a China. Todo o plano de higiene deve estar bem documentado.

3.4. Exigências sanitárias e fitossanitárias dos equipamentos e instalações

Para garantir as condições sanitárias e fitossanitárias exigidas no Plano, a CAE deve:

No dia anterior ao início da recepção da fruta destinada à exportação para a China a CAE deve proceder a uma inspeção das áreas de resguardo (áreas de protecção do exterior), para garantir que se encontram livres da presença das pragas objecto do Plano.

Em caso de detecção de inconformidades a CAE deve implementar de imediato as medidas correctivas necessárias, para a reposição das boas condições fitossanitárias do local.

3.5. Exigências relativas aos frutos destinados à exportação

A CAE deve garantir uma inspeção aos frutos à entrada da CAE e durante a fase de selecção e armazenamento. Os lotes onde se detete a presença de Ceratitis capitata, Lobesia botrana, Spodoptera littoralis, Planococcus ficus, Eulecanium tiliae, Ceroplastes rusci, Caleptrimerus vitis, Daktulosphaira vitifoliae, Xylophilus ampelinus, Neofusicoccum mangiferae, Phaeoacremonium minimum e Phaeomoniella chlamydospora, devem ser rejeitados para o envio para a China.

Desde a entrada até à expedição, os lotes dos frutos destinados à China devem ser mantidos completamente separados de outros frutos. Do mesmo modo, os frutos

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rejeitados por outros motivos, devem ser mantidos separados dos frutos que forem elegíveis para certificação;

Após a inspeção e embalamento, os frutos elegíveis devem ser submetidos a tratamento pelo frio para a C. Capitata, de acordo com o ponto 4;

A CAE deve garantir que não processa na mesma linha de selecção e embalagem qualquer fruta proveniente de UPs que não tenham cumprido as mesmas exigências fitossanitárias;

As embalagens para as uvas devem ser novas e limpas de modo a garantir que estejam isentas das pragas reguladas pelo Plano;

As caixas deverão estar etiquetadas na parte frontal com a seguinte informação:

UVA DE MESA (Table grapes)

VARIEDADE (1)(Variety)

PORTUGAL (Country)

REGIÃO (2) (Region)

CAE (3)

UNIDADE DE PRODUÇÃO (3)

(1)Indicar variedade; (2)

Indicar Região, Distrito, Concelho; (3)

Nome/Código

Todas as caixas e paletes montadas deverão ter colada a seguinte etiqueta:

输往中华人民共和国 (1)

(1) EXPORTADO PARA A RÉPUBLICA POPULAR DA CHINA

A CAE deve assegurar a utilização de etiquetas com boa aderência, de modo a garantir que estas permanecerão fixas nas caixas de fruta durante todo o processo de manejo, tratamento e expedição.

As caixas paletizadas devem ser totalmente cobertas com uma rede de malha [Mesh: 1,6 mm] ou em alternativa devem ser utilizados sacos micro-perfurados específicos para embalamento de frutos ou uma cobertura para as aberturas de respiração das embalagens, ambos com uma malha de 1.6 mm;

Qualquer movimentação de fruta, em caixas ou bins, ao exterior ou através de “áreas sujas” da CAE deve ser feita em contentores fechados ou sob protecção de redes anti-inseto;

Os frutos elegíveis a ser expedidos para a China devem ser submetidas, obrigatoriamente, ao tratamento pelo frio;

As remessas devem apresentar-se totalmente isentas de folhas, resíduos vegetais e solo.

As uvas embaladas devem ser imediatamente armazenadas numa camara que apenas pode conter uvas que se encontrem na mesma condição fitossanitária.

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4. Tratamento pelo frio para mitigação do risco de C. Capitata

Apenas se aceitam, para este fim, camaras de tratamento e armazenamento, que tenham sido registadas na fase de candidatura.

Relativamente às camaras de tratamento é obrigatório que tenham instalado um sistema fixo de monotorização e registo da temperatura que apresente os seguintes requisitos técnicos:

Equipamento de medição de temperaturas, com um mínimo de 4 sondas de frutos e 2 sondas de ar (todas identificadas de forma permanente), que permita medir a temperatura ambiente e a temperatura dos frutos;

Equipamento de registo de temperaturas em que a unidade de leitura apresente os seguintes parâmetros de registo de dados: data, hora, identificação da camara, identificação de todos os sensores de temperatura, registo horário automático da temperatura ambiente e das medições da temperatura de todas as sondas de polpa.

Painel de leitura de temperaturas localizado no exterior da camara de tratamento;

Efectue o armazenamento dos dados recolhidos e permita a consulta dos registos de temperatura ao longo de todo o processo de tratamento, sob forma de tabela e gráfico;

O registo deve incluir informações específicas de cada camara e a documentação relativa às especificações técnicas e localização na CAE deve ser disponibilizada sempre que solicitada:

Nome e morada da CAE;

Identificação das camaras de frio;

Localização identificada na planta da CAE;

Capacidade (m3) e capacidade aproximada (nº caixas) por tipo de caixas;

Documentação com as características técnicas da camara de refrigeração;

Documentação com as características técnicas dos componentes do sistema de refrigeração (Compressor, evaporador e sistema de ventilação) [Fabricante, modelo, tipo de refrigeração e capacidade];

Documentação com as características técnicas do sistema de monitorização e registo de temperaturas, incluindo o tipo e nº de sensores [Fabricante, modelo e tipo de equipamento];

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PROGRAMA DE TRATAMENTO

Temperatura da polpa Período de exposição

1.11ºC (34ºF) ou abaixo 15 dias consecutivos

1.67ºC (35ºF) ou abaixo 17 dias consecutivos

2.22ºC (36ºF) ou abaixo 22 dias consecutivos

4.1. Tratamento pelo frio em trânsito

Este modelo de tratamento pelo frio deve ser efectuado no navio em trânsito para a China, no interior de contentores marítimos, devidamente autorizados pela DGAV1.

A CAE deve assegurar que o contentor possua um sistema monotorização da temperatura que inclua 3 sondas de fruta e 2 sondas de ar, assim como a presença de um técnico responsável pela sua instalação. É requisito obrigatório para validação do tratamento que existam registos das temperaturas de 3 sondas de fruta, no final do período de tratamento prescrito.

É recomendada a utilização de sondas de temperatura com resistência de platina PT100, com tubos de sensores com ø 3 ou 4 milímetros.

A CAE deve garantir que o contentor está em boas condições operativas, limpo, com portas ajustáveis e estanques e que o sistema de expulsão de ar frio se encontra em funcionamento.

A CAE deve assegurar que o sistema de frio do contentor seja colocado em funcionamento pelo menos 30 minutos antes do início do carregamento a uma temperatura abaixo da temperatura de tratamento.

Poderão ser utilizados outros sistemas de monitorização de temperatura (Ex: Data-loggers descartáveis), mas apenas os registos do sistema de monitorização e registo de temperaturas integrado no contentor permitirão validar o tratamento.

1 A lista de contentores aprovados e de documentos adicionais necessários a apresentar serão fornecidos pela DGAV, caso haja manifestação de

interesse por parte dos operadores económicos na utilização desta modalidade de tratamento pelo frio.

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4.1.1. Pré-arrefecimento para Tratamento pelo frio

A CAE deve proceder, obrigatoriamente, antes do carregamento no contentor, ao pré-arrefecimento de todos frutos que tiverem cumprido com as exigências previstas no Plano e que estejam aptos à exportação para a China.

É obrigatório o pré-arrefecimento dos frutos e do contentor, à altura do carregamento, a uma temperatura igual ou abaixo de 4ºC.

Será verificada a temperatura das paletes de frutos, com os termómetros de mão, à entrada do contentor. A temperatura de todas as paletes de frutos, durante todo o processo de carregamento, deverá ser mantida abaixo desse valor.

O tratamento pelo frio será iniciado apenas após o sistema de monotorização do tratamento pelo frio ser instalado pelo técnico responsável e o contentor ser devidamente encerrado e selado pelos inspectores fitossanitários. Calibração das

sondas de tratamento

Todas as sondas (polpa e ar) devem ser calibradas, antes do carregamento do contentor, seguindo o método estabelecido no ponto 5.

Deverá ser elaborado o relatório de calibração das sondas e preenchida a informação no documento “Loading and Sensor Calibration for Cold Treatment in Self refrigerated containers”, na secção “Temperature sensor calibration record”.

O preenchimento do documento “Loading and Calibration for Cold Treatment in Self refrigerated containers” é obrigatório.

4.1.2. Localização das sondas de monitorização de temperatura

As duas sondas de ar devem estar colocadas junto dos pontos de saída e retorno de ar do contentor.

O número mínimo de sondas de polpa requerido pelo programa de tratamento, são três sondas de polpa e devem apresentar a seguinte localização:

Uma sonda de polpa (S1) deve ser colocada no centro da camada superior da primeira linha de paletes a entrar no contentor.

Uma sonda de polpa (S2) deverá ser colocado na zona central a 1,5 metros (Contentor 40 pés) ou 1 metro (Contentor 20 pés) da entrada do contentor na linha média da palete.

Uma sonda de polpa (S3) deverá ser colocado junto da parede do lado esquerdo a 1,5 metros (Contentor 40 pés) ou 1 metro (Contentor 20 pés) da entrada do contentor na linha média da palete.

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Nota: As sondas identificadas nos esquemas por S1, S2 e S3 correspondem às sondas de polpa, as sondas não identificadas correspondem às duas sondas de ar.

4.1.3. Encerramento do Contentor refrigerado

O Contentor refrigerado deverá ser encerrado e selado pelo Inspector fitossanitário. Deverá ser preenchido o documento “Loading and Sensor Calibration for Cold Treatment in Self refrigerated containers” (em anexo) e apenso ao Certificado de Exportação.

O contentor, durante o carregamento da fruta, deverá manter-se limpo e permanecer livre da presença das pragas objecto do Plano, para tal deverá ser equipado com um sistema de fecho ajustado à porta da área de carga de modo a prevenir a entrada de qualquer pragas ou insectos no seu interior.

4.1.4. Validação do tratamento pelo frio em trânsito

O tratamento pelo frio será efectuado em trânsito durante a viagem entre Portugal e o porto de destino na República Popular da China.

O registo das temperaturas pelo sistema de monitorização de temperaturas poderá ser iniciado a qualquer altura, mas o início do tratamento apenas começará quando a temperatura de todas as sondas de polpa atingirem as temperaturas específicas do programa de tratamento.

Caso o tratamento pelo frio em trânsito seja finalizado antes da chegada, devem ser extraídos do sistema de monitorização de temperatura, os registos de temperatura de tratamento (Cold Treatment Report) e enviados antecipadamente para verificação pelos serviços alfandegários chineses.

Será permitido a finalização do período de tratamento no porto de destino, na eventualidade deste não ter terminado durante a viagem.

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O tratamento será validado após verificação do cumprimento dos requisitos do programa de tratamento através da análise dos registos de temperatura (Cold Treatment Report) e do relatório de calibração das sondas de polpa (Temperature sensor Calibration Record) constante no documento “Loading and Sensor Calibration for Cold Treatment in Self refrigerated containers”.

4.2. Tratamento pelo frio na CAE

4.2.1. Procedimentos pré tratamento

A CAE deve apresentar o inventário dos frutos a tratar com a seguinte informação:

Quantidade de frutos tratados, tipo e nº de caixas, incluindo informação sobre todas as UP, as espécies/variedades e datas de processamento.

A CAE deve associar o inventário de frutos tratados a um nº de tratamento específico [EX: Tratamento - 01/2019 ; XX/XX (Data de início: Dia/Mês)].

A CAE deve garantir que o sistema de iluminação da camara permita efectuar as verificações pertinentes e que o armazenamento das paletes de frutos é efectuado de modo a permitir a correcta colocação das sondas de temperatura, assim como a verificação dos códigos de identificação.

A CAE deve assegurar que as camaras de tratamento são estanques e que o sistema de fecho das portas garante essa estanquicidade.

A CAE deve assegurar o correcto funcionamento do equipamento e da unidade de leitura do sistema de monotorização e registo da temperatura. 4.2.2. Monitorização do programa de tratamento e registo das temperaturas

Em cada camara a monitorização durante o tratamento é assegurada por 2 sondas de ar e por um mínimo de 4 sondas de polpa.

Todas as sondas (polpa e ar) devem ser calibradas,

As sondas de polpa e de ar deverão ser colocadas em locais que estejam acessíveis do exterior ao final do tratamento.

O cumprimento do programa de tratamento seleccionado será monitorizado pelas sondas de polpa e ar.

O tratamento apenas se inicia quando se registarem as temperaturas adequadas, indicadas no quadro acima, em todas as sondas de polpa.

O intervalo mínimo de registo da leitura da temperatura das sondas de monitorização deverá ser de 60 minutos.

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4.2.4. Calibração das sondas de tratamento

Todas as sondas (polpa e ar) devem ser calibradas, previamente ao carregamento da camara, seguindo o método estabelecido no ponto 5. e elaborado um “Relatório inicial de calibração”.

Todas as sondas (polpa e ar) devem ser novamente calibradas no final do tratamento, seguindo o método estabelecido no ponto 5., e elaborado um “Relatório final de calibração”. A calibração final das sondas é efectuada, obrigatoriamente, com a camara de tratamento carregada.

A conformidade da calibração das sondas de monitorização de tratamento apenas será verificada no final do período de tratamento através da comparação dos valores determinados pelos dois relatórios de calibração.

Deverá ser preenchido o documento “Loading and Sensor Calibration for Cold Treatment At Location [In Approved Storaged and Packing Facilities (ASPF)]” (em anexo), na secção “Temperature sensor calibration record” com a informação relativa aos relatórios de calibração.

O preenchimento do documento “Loading and Sensor Calibration for Cold Treatment At Location [In Approved Storaged and Packing Facilities (ASPF)]”é obrigatório

4.2.4. Localização das sondas de monitorização de temperatura

As duas sondas de ar devem estar colocadas junto ao evaporador, uma perto do ponto de saída de ar e outra perto do ponto de retorno de ar.

O número mínimo de sondas de polpa requerido pelo programa de tratamento, são quatro sondas e devem apresentar a seguinte localização:

Uma sonda no meio dos frutos, no centro da camara de tratamento (S1);

Uma sonda no canto da camada superior de frutos, no centro da camara de tratamento (S2);

Uma sonda perto do retorno de ar, na porção intermédia da fruta carregada (S3);

Uma sonda perto do retorno de ar no topo da fruta carregada (S4).

A camara de tratamento deverá ser carregada de modo a que todas as sondas estejam acessíveis no final do tratamento para que o procedimento de re-calibração seja efectuado.

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Nota: As sondas identificadas nos esquemas por S1, S2, S3 e S4 correspondem às sondas de polpa, as sondas não identificadas correspondem às duas sondas de ar.

Caso a CAE coloque sondas adicionais, terá de apresentar o registo das medições da temperatura de todas as sondas colocadas. No caso de falha de uma das sondas do programa, existe a possibilidade de ser validada uma das sondas extras como substituta, caso esta esteja colocada na proximidade das localizações indicadas pelo esquema.

4.2.5. Validação do tratamento pelo frio na CAE

A CAE deve solicitar, com antecedência, a presença de um inspector fitossanitário.

A camara de tratamento permanecerá encerrada durante todo o período prescrito no programa de tratamento.

Deverá ser fornecido pela CAE toda a informação relativamente ao tratamento, particularmente, os registos de temperaturas, na forma de tabela e gráfico quando solicitados pelo GACC, a DRAP ou a DGAV.

O tratamento pelo frio será validado pelo inspector fitossanitário após a verificação da conformidade da informação existente no inventário de tratamento, do cumprimento do esquema do programa de tratamento pelo frio (data de início e de fim do tratamento; nº exacto de dias cumpridos; temperaturas máximas atingidas) e da confirmação dos valores dos relatórios de calibração das sondas de tratamento.

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Se as temperaturas registadas nalgum ponto no decurso do período de tratamento estiverem acima dos valores indicados no quadro, por mais de 4 horas consecutivas, o tratamento deve ser repetido desde o início.

Caso se verifique a existência de diferenças nos valores, entre o relatório de calibração inicial e o relatório de calibração final, deverá ocorrer um reajuste das leituras de temperatura efectuadas durante o tratamento. Se as temperaturas corrigidas não forem conformes o estabelecido pelo plano, o tratamento será considerado inválido.

Na eventualidade de um tratamento ser considerado inválido, as sondas poderão ser re-conectadas e os registos prévios permaneceram válidos se:

Existir informação válida de registos de temperatura fornecidos pelo sistema de monitorização e registo de temperatura e;

O período decorrido entre o fim do tratamento e a re-conecção das sondas for inferior a 24 horas.

4.3. Encerramento do Contentor refrigerado

O Contentor refrigerado deverá ser encerrado e selado pelo Inspector fitossanitário. Deverá ser preenchido o documento “Loading and Sensor Calibration for Cold Treatment at Location [In Approved Storaged and Packing Facilities (ASPF)]”, assim como a informação relativa aos registos de temperaturas, na forma de tabela e gráfico, deverão acompanhar o Certificado de Exportação.

O contentor, durante o carregamento da fruta, deverá manter-se limpo e permanecer livre da presença das pragas objecto do Plano, para tal deverá ser equipado com um sistema de fecho ajustado à porta da área de carga de modo a prevenir a entrada de qualquer pragas ou insectos no seu interior.

5. Manutenção e calibração do equipamento

A CAE deve manter uma sonda de referência que se encontre devidamente calibrada por entidade acreditada pelo IPAC. A calibração é valida por um período de 2 anos.

A CAE encarrega-se de fazer a calibração interna dos termómetros de mão de que dispõe, pelo menos uma vez por ano com antecedência máxima de um mês antes de se iniciarem os tratamentos.

É obrigatória a presença de um inspector fitossanitário durante o procedimento de calibração das sondas de temperatura da camara de tratamento.

O seguinte procedimento de calibração deverá ser aplicado em ambas as modalidades de Tratamento pelo Frio.

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CALIBRAÇÃO DAS SONDAS DE TRATAMENTO

O procedimento de calibração consiste no registo de 3 leituras de temperatura de cada sonda de temperatura e no cálculo do respectivo erro de sonda, caso exista, para correcção das temperaturas registadas durante o período de tratamento.

O sistema de registo e monotorização deverá estar operacional nos 30 minutos prévios à calibração das sondas de temperatura. Todas as sondas devem estar correctamente ligadas ao sistema e identificadas individualmente no painel de monotorização.

Através do aquecimento manual de cada sonda, deverá ser testada a reactividade a variações na temperatura.

Utilizar uma mistura de água limpa e gelo, à temperatura de 0ºC, para verificar o funcionamento e efectuar a calibração das sondas. Confirmar, com um termómetro de mão, que a temperatura da mistura se mantem constante à temperatura requerida durante toda a operação.

Em cada leitura, cada sonda deverá ser submersa na mistura de água e gelo sem estar em contacto com as paredes ou fundo do recipiente, até à temperatura lida estabilizar. A temperatura da sonda deverá permanecer constante durante pelo menos 1 minuto para que seja validado o registo de leitura. Entre cada leitura, agitar a mistura de água e gelo, confirmar a temperatura a 0ºC e efectuar o aquecimento manual da sonda.

Efectuar relatório de calibração com os registos das leituras de temperatura e cálculo do erro de todas as sondas de temperatura.

Deve ser substituída a sonda que:

Não apresente variações na leitura da temperatura ao ser testada;

Apresente uma variação na leitura de +- 0.3ºC em relação ao 0ºC padrão;

Apresente uma variação superior a 0.1ºC entre leituras;

6. Regras de armazenamento

As paletes devem ser colocadas em armazém com sistema de resguardo. Em caso de utilização de paletes de madeira, as mesmas devem cumprir a NMIF 15 e utilizarem a seguinte marca:

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O local de armazenamento deve encontrar-se devidamente identificado como área de armazenamento de frutos prontos para expedição para a China.

7. Arquivo de documentos

A CAE deve garantir uma base de dados de gestão de todos os registos relativos aos controlos exigidos neste manual de procedimentos. Esta base de dados deve manter-se actualizada e serem conservados pelo menos durante um ano após a campanha. Para além desta base de gestão dos controlos deve haver documentos, assinados e datados pelo técnico responsável, que evidenciem os seguintes controlos

7.1. Documentação que evidencie a existência de um plano de higienização;

7.2. Documentação que evidencie a execução das inspecções previstas no ponto 3.4 e das medidas correctivas adoptadas;

7.3. Documentação que evidencie a execução das inspecções aos frutos previstas no ponto 3.5 e respectivos resultados;

7.4. Documentação relativa às especificações técnicas das camaras de tratamento e armazenamento, assim como do sistema de monitorização e registo de temperaturas;

7.5. Ficha de registo de tratamento pelo frio efetuado e validado, bem como dos registos automáticos das temperaturas;

7.6. Certificados de calibração da sonda de referência. Estes documentos emitidos por entidade acreditada pelo IPAC, devem ser mantidos em arquivo durante 2 anos