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Jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná - Nº 70 - Agosto/Setembro - 2004 - ISSN 1517-0217 [email protected] http://www.sindijorpr.org.br Impresso Especial 3600137940-DR/PR SIND. DOS JORNALISTAS CORREIOS Defesa Corporativa Jornalistas lutam pela renovação da convenção coletiva de trabalho. Página 16 Congresso Em João Pessoa, jornalistas debatem a produção regional e a identidade nacional. Página 5 Artigo O jornalista Osni Gomes comenta a angústia em que vivem os editores de jornais. Página 6 Formação Entenda qual é a posição do Sindijor sobre estágio de estudantes de Jornalismo. Página 12. Os jornalistas estão prestes a dar um passo decisivo no seu fortalecimento como classe e na antiga luta pela ética na comunicação e pela regulamentação da profissão. O Poder Executivo enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei que cria o Conselho Federal de Jornalismo (CFJ), uma reivindicação que surgiu há mais de 20 anos em debates abertos na categoria. No entanto, detratores de imediato tentaram esvaziar o projeto, tachando-o como peça de uma maquinação conspiratória contra a liberdade de expressão. Além de um completo absurdo, é uma ironia, pois, quando argumentavam, não era a liberdade de imprensa que os inimigos do CFJ tentavam defender, mas a “liberdade de empresa”. Cabe aos jornalistas agora mostrar ao resto da sociedade que o conselho vem para valorizar a informação ética e para regulamentar a profissão, como já fazem os médicos, farmacêuticos, advogados e diversas outras categorias, em seus conselhos profissionais Páginas 3 e 4 EXTRA PAUTA A LUTA PELA CONCRETIZAÇÃO DO CONSELHO FEDERAL DE JORNALISMO

Extra Pauta Ed. 70

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Agosto - Setembro/2004

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Jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná - Nº 70 - Agosto/Setembro - 2004 - ISSN 1517-0217

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ImpressoEspecial

3600137940-DR/PRSIND. DOS

JORNALISTAS

C O R R E I O S

DefesaCorporativaJornalistas lutampela renovaçãoda convenção

coletiva detrabalho.

Página 16

CongressoEm João Pessoa,

jornalistasdebatem a

produção regionale a identidade

nacional.Página 5

ArtigoO jornalista OsniGomes comenta aangústia em quevivem os editores

de jornais.Página 6

FormaçãoEntenda qual é a

posição doSindijor sobre

estágio deestudantes deJornalismo.

Página 12.

Os jornalistas estão prestes a dar umpasso decisivo no seu fortalecimento comoclasse e na antiga luta pela ética nacomunicação e pela regulamentação daprofissão. O Poder Executivo enviou aoCongresso Nacional o projeto de lei quecria o Conselho Federal de Jornalismo(CFJ), uma reivindicação que surgiu há maisde 20 anos em debates abertos nacategoria. No entanto, detratores deimediato tentaram esvaziar o projeto,tachando-o como peça de umamaquinação conspiratória contra a

liberdade de expressão. Além de umcompleto absurdo, é uma ironia, pois,quando argumentavam, não era a liberdadede imprensa que os inimigos do CFJtentavam defender, mas a “liberdade deempresa”. Cabe aos jornalistas agoramostrar ao resto da sociedade que oconselho vem para valorizar a informaçãoética e para regulamentar a profissão,como já fazem os médicos, farmacêuticos,advogados e diversas outras categorias,

em seus conselhos profissionais

Páginas 3 e 4

EXTRA PAUTA

A LUTA PELA CONCRETIZAÇÃO DO

CONSELHO FEDERALDE JORNALISMO

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Extra Pauta é órgão de divulgaçãooficial do Sindicato dos JornalistasProfissionais do Paraná. Endereço:

Rua José Loureiro, 211, Curitiba/Paraná. CEP 80010-140. Fone/Fax

(041) 224-9296. E-mail:[email protected]

Jornalista ResponsávelRicardo Medeiros

Reg. prof. 24866/106/81

RedaçãoAdir Nasser Junior

[email protected]

FotografiasPedro Serápio, Irany Carlos Magno

IlustraçõesSimon Taylor

Edição GráficaLeandro Taques

Tiragem3.500 exemplares

ImpressãoHelvética Composições Gráficas Ltda.

As matérias deste jornalpodem ser reproduzidas, desdeque citada a fonte. Não são deresponsabilidade deste jornal

os artigos de opinião e asopiniões emitidas ementrevistas, por não

representarem,necessariamente, a

opinião de sua diretoria.

Expediente

editorial

Jornal istas unidos pelo CFJ e pela renovação da convenção

Os jornalistas Antonio Roberto de Paula,Ronaldo Tavares e Simone Labegaline,de Maringá, estrearam na Record oprograma Beca. Muita informação para omeio estudantil é a proposta do BecaTV, que vai a ar todos os sábados às12h30, na RIC.

Jornalistas do Jornal CorreioParanaense estão concorrendo aprêmios internacionais, que darãoao vencedor viagens à Alemanhaentre 28 de novembro e 3 dedezembro. O chefe de redação,Teodolino Sousa Lima Neto, oeditor de Política, Donaldo Primo, eo repórter fotográfico RogérioTheodorovy participaram comtrabalhos aos concursos BayerYoung Enviromental Envoy e BayerEnviromental Award.

O jornalista Paulo Mosimann ingressoucom ação no Juizado Especial Cívelcontra o diretor de Esportes da RádioEldorado, Sidnei Campos. No dia do jogodecisivo do Campeonato Paranaense deFutebol, Mosimann e Campos discutiramem plena transmissão esportiva. Naocasião, Campos demitiu Mosimann no ar,sem maiores explicações. PauloMosimann ajuizou ação por danos moraiscontra o radialista Sidnei Campos.

O jornalista Ricardo Belinski é umdos mais novos professores deJornalismo nas Faculdades CampoReal em Guarapuava. Também é umdos coordenadores da recém-criada Agência Experimental deNotícias da Campo Real. Tambémestá completando seu mestradoem administração na PUC-PR naárea de Inteligência Competitiva.

rádio corredor rádio corredor rádio corredor

Achegada ao Congresso Nacional do projeto de lei que cria o Conselho Federal de

Jornalismo (CFJ) representa um passodecisivo na regulamentação da nossaprofissão. E, como era de se esperar,aqueles que tentam a todo custo acabarcom a exigência do diploma e outrasconquistas de imediato se insurgiramcontra a iniciativa. Diariamente, pululamna imprensa informações absurdas,incorretas, eivadas de má-fé, acerca doConselho. A fim matar no nascedouroeste projeto – que contribui nãosomente à organização dos jornalistas,mas, sobretudo, à responsabilidade daimprensa e ao aprimoramento dademocracia –, os detratores se valemdos mais vis expedientes, inclusive

elaborar uma teoria conspiratóriasegundo a qual os jornalistas criariamum veículo de censura. A queminteressa toda esta avalanche deinformações falsas?

Por um lado aos grupos políticos eempresariais que estão contrários aogoverno federal e, no afã de boicotar atotalidade das ações do Estado,tentam desqualificar também oconselho. E, para isto tudo: atémesmo vincular a organização dosjornalistas ao atual governo, quando ésabido que a luta pelo projeto remontahá mais de 20 anos de discussõessucessivas em congressos dacategoria, incluindo-se aí umatentativa de levar adiante o projeto nogoverno Fernando Henrique Cardoso.

Do outro estão, os velhos econhecidos barões da mídia, quesempre ansiaram por minar ascondições de trabalho dos jornalistase nunca iriam se satisfazer com umconselho que fiscalizasse ativamenteo cumprimento da profissão. Tentamvincular tudo o que é de ruim aoconselho, cujo projeto a maioria nemsequer leu. Os que leramesqueceram-se de compará-lo com osprojetos que criam outros conselhos efizeram um estardalhaço sobre umaredação que é comum na constituiçãodeste tipo de autarquia. Dizendo-sedefensores da liberdade de imprensa,os patrões querem que continuevigendo a “liberdade de empresa”, queconsiste em eles poderem publicar

tudo o que quiserem, a despeito dotrabalho dos jornalistas.

Exatamente neste momento emque tentam intimidar nossa iniciativa,temos de unir forças e reafirmar acondição de classe eempreendermos esforços tambémpela concretização da novaConvenção Coletiva de Trabalho, cujaproposta prevê aumento real desalário, tendo em vista que aeconomia do país vive um momentoparticularmente auspicioso. Masnosso objetivo é ir além dos itenseconômicos e avançar em outrasáreas, como saúde, condições detrabalho e garantias profissionais.Mas, para isso, precisamos doenvolvimento de todos na luta.

A jornalista Teresa Urban e seu irmão, ofotógrafo João Urban, lançaram o livro Tui Tam – Memórias da Imigração Polonesano Paraná. A obra traz um ensaiofotográfico realizado por João Urban aolongo de mais de vinte anos, no qual sãorecolhidas imagens dos lugares, pessoas,residências, dos costumes, dos aspectosda religiosidade e do trabalho dosimigrantes e descendentes de imigrantespoloneses no Brasil. O texto de TeresaUrban retoma o contexto histórico dascomunidades de imigrantes e seusdescendentes no Brasil.

O jornalista Eduardo Sganzerla lançouo livro Os últimos artesãos, em queaborda a contribuição dos imigrantesartesãos para a construção do Brasilmoderno. A obra retrata a vida depersonagens de Curitiba e regiãometropolitana que lutam para tirar oseu sustento e de suas famíliasatravés ofícios que aprenderam compais e avós e que representam suasculturas.

No recém-lançado site Factorama, osjornalistas Andye Iore e Fábio Martinsmostram os bastidores do Jornalismomaringaense e fazem um resgate político,humorístico e histórico da imprensa noBrasil. Para acessá-lo, vá em http://www.factorama.cjb.net

O diretor de Defesa Corporativa doSindijor, Marcus Vinícius Gomes, ex-Gazeta do Povo, estreou uma colunapolítica no Jornal do Estado. A seção,na página 3 do diário, chama-se TodaPolítica. O espaço era ocupado pelacoluna Política em Debate dojornalista Alexandre Zraik, falecidono final de julho.

Os repórteres Mauri König e Albari Rosa,da Gazeta do Povo, são os vencedoresdo 2° Concurso Tim Lopes para Projetosde Investigação Jornalística, nacategoria Jornal. Os profissionaisganharão uma bolsa de incentivo de R$8.500,00 para realizar uma série dereportagens sobre abuso e exploraçãosexual de crianças com cuja pautaconcorreram. O tema exato permanecesob sigilo. Mauri König também é um dosfinalistas na categoria Regional Sul doPrêmio de Imprensa Embratel.

A revista InVerso, dirigida pelajornalista Marilúcia RamiroGonçalves, lançou sua terceiraedição, com matérias sobre apersonalização de automóveis, jazzpelo mundo, a vida sexual demulheres maduras, a história docinema no Brasil e muitos outrosassuntos.

O jornalista Levis Litz está lançando ojornal Entretanto, um tablóide de ediçãoúnica (2004) de informação eentretenimento. Em Entretanto, o jornalistatraz a público uma entrevista com o âncorada TV Cultura de São Paulo, o jornalistaHeródoto Barbeiro, fotografias de ZigKoch, poesia de Iris Boff (escritora e irmãdo teólogo Leonardo Boff), trechos do livroO que o Tio Sam Realmente Quer, dolingüista norte-americano Noam Chomsky edesenhos de humor crítico. O jornal, comdistribuição dirigida, está sendo remetidopara as Bibliotecas Nacionais dos setepaíses de língua portuguesa e para 19países da América Latina. Em Curitiba,Entretanto já está disponível para leitura naBiblioteca Pública do Paraná, no Café Ritz,em bibliotecas de estabelecimentos deensino e na biblioteca do Sindijor.

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Defesa CorporativaADVOGADO SIDNEI MACHADO EM NOVO ENDEREÇO

O Escritório Sidnei Machado & Advogados Associados, que presta assessoria jurídica ao Sindijor,está atendendo em uma nova e ampla sede própria. O endereço é Rua Brasilino Moura, 434, Ahú, em

Curitiba. São mais de 600m² de área construída, com amplo ambiente e estacionamento.

CFJ: UM BEM PARA OSJORNALISTAS E PARA A SOCIEDADEUma luta de 20 anos em favor

da ética na comunicação e daregulamentação da profissão

de jornalista está prestes a obter êxito.Está no Congresso Nacional o Projetode Lei 3985/04, que cria o ConselhoFederal de Jornalismo (CFJ), entidadeque ficará responsável pela emissão efiscalização dos registros profissionais,pela observância do Código de Éticados jornalistas, pela defesa e proteçãodo jornalista no exercício da profissão,defesa da liberdade de imprensa, dodireito de expressão e à informação doscidadãos brasileiros, além de colaborarpara o aperfeiçoamento do ensino doJornalismo.

O projeto é resultado de umanteprojeto da Federação Nacional dosJornalistas (Fenaj) discutido ampla eabertamente em Congressos Nacionaisde Jornalistas ao longo de mais de 20anos. Após diversos ajustes, a versãoque o governo encaminhou para oCongresso tem 19 artigos e não inclui alegislação regulamentadora da profissão(obrigatoriedade do diploma, que estásub judice) nem o Código de Ética, quedeverá ser elaborado com base no atual,mas que será mais detalhado.

Como explica o presidente doSindijor, Ricardo Medeiros, a criaçãodo CFJ (dos respectivos conselhosregionais) representará o fortalecimentoda classe e, por outro lado, nãoesvaziará o papel dos sindicatos, quecontinuarão lutando pela melhoria nossalários e nas condições de trabalhodos jornalistas.

DEBATE ESCLARECE PONTOS DA CRIAÇÃO DO CFJ

Como classe jornalística forte nãointeressa aos patrões, eles deimediato tentaram sepultar oconselho, dizendo que se tratava deuma inic iat iva autor i tár ia queameaçava a liberdade de expressão.Logo eles, que praticam diariamenteem TV, rádios, jornais a censura ainformações contra seus interesses.O que se seguiu foi umaenxurrada de informa-ções falsas tentandodemonstrar que setratava de um projetomaquiavélico do gover-no Lula que só revelariasua real face quandoestivesse concretizado.Para isso valia tudo,inclusive tentar vinculara proposta do Conselho(oriunda dos jornalistase que teve de sair doExecutivo por se tratarde uma autarquia) coma da Agência Nacionaldo Cinema e Audio-visual (Ancinav, estasim de inic iat iva dogoverno federal).

É bem verdade que areação não se deveusomente aos interessesde desmobilização dos senhores damídia, mas especialmente àdesinformação de alguns profissionaisque viram no conselho uma forma decensura ou de restrição à atividadejornalística. Profissionais como Boris

Casoy, Alberto Dines, GilbertoDimenstein, Dora Kramer e Carlos HeitorCony ficaram realmente convencidos deque o conselho se tratava de umaartimanha de um grupo de jornalistasgovernistas para controlar o resto damídia. Tudo porque não leramdevidamente o projeto, que estipulaquais são as funções do conselho e

como ele funcionará. Muitos dos críticosreviram suas posições e já encaram oconselho com mais realismo.

Por outro lado, pessoas queacompanharam mais de perto asdiscussões - ou simplesmente leram o

Um debate promovido pelo Sindijor no Teatro daReitoria em Curitiba, no dia 20 de setembro, sobre acriação do Conselho Federal de Jornalismo foi umaótima oportunidade para profissionais e estudantesde se informar a respeito. O debate se somou a umasérie de iniciativas que o Sindijor está tomando paraconseguir respaldo no Parlamento e na opinião públicaao projeto.

Mediado pelo presidente do Sindijor, RicardoMedeiros, o encontro contou com a presença dosdeputados federais Gustavo Fruet e Clair da FloraMartins (integrantes das comissões responsáveis pela

análise do projeto do CFJ na Câmara), da jornalistaElza Oliveira e do presidente do Sindicato dos Jornalistasde São Paulo e vice-presidente da Federação Nacionaldos Jornalistas (Fenaj), Fred Ghedini. Perguntas eintervenções do público, composto também por pessoasde fora do meio jornalístico, enriqueceram a discussão.

Aos participantes ficou claro que a intenção doprojeto é fazer valer regras éticas para o Jornalismo– e não exercer qualquer tipo de coerção sobre asdiversas opiniões exteriorizadas por profissionais – eregulamentar o acesso à profissão. Também foilembrado que a grande exigência da categoria – a

obrigatoriedade do diploma específico para oexercício da profissão – continua sub judice eprecisa ainda ser reconquistada. Também foilembrado que o Código de Ética da profissão contarácom instrumentos mais efetivos de punição dejornalistas que o transgridam.

Fred Ghedini observou ainda que o projeto, semperder em nada seu espírito, pode passar pormudanças, para afastar em definitivo qualqueraspecto que se mostre – aos olhos de pessoasnão envolvidas diretamente com o debate – comoantidemocrático.

projeto - o apoiaram desde o início. Foi ocaso do secretário-geral da Ordem dosAdvogados do Brasil (OAB), RaimundoCezar Britto, e dos jornalistas NilsonLage, Luiz Gonzaga Motta e BartolomeuRodrigues. O frade dominicano ejornalista Frei Betto declarou apoio aoconselho, dizendo que “é necessária aregulamentação do exercício da

profissão, já que a Lei deImprensa no Brasil não ésuficiente, não há direito deresposta se você é atacado eisso é muito grave”.

Também foi o caso dosConselhos Federais deProfissões Regulamentadas,que se manifestaram, emreunião realizada no 18 deagosto, em Brasília, com apresença do presidente daFenaj, Sérgio Muril lo. Osconselhos entenderam anecessidade dos jornalistas,assim como eles, fazeremvaler sua condição deprofissão regulamentada,fiscalizando ativamente ascondições de trabalho eestabelecendo critérios deingresso e manutenção daprofissão. Agora faltaconvencer a opinião pública e

os parlamentares de que o ConselhoFederal de Jornalismo é um bem paraa sociedade. É isto o que estão fazendoa Fenaj, o Sindijor e demais sindicatosdo Brasil com palestras, debates emobilizações.

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Defesa CorporativaESTUDANTES DISCUTEM CFJ E DIPLOMA NA WEB

Um grupo de discussão virtual de estudantes de Jornalismo está debatendo a Criação do Conselho Federal deJornalismo e a não exigência do diploma. Além dos contatos virtuais, o grupo quer realizar ações concretas

contra as ameaças à profissão. O endereço é http://br.groups.yahoo.com/group/conselhofederaldejornalismo/

CFJ: ESCLARECIMENTOS IMPORTANTES

Abarafunda em que alguns colegasequivocados e os donos da mídiatransformaram a criação do Conselho Federal

de Jornalismo (CFJ) parece não ter fim. Dizendo quetemem a censura, os barões da informação posam dedefensores da liberdade de expressão, enquantodiariamente impedem a publicação de assuntos deinteresse público para atender amigos ou interessesparticulares. É necessário esclarecer pontos que estapolêmica – cheia de equívocos e uma boa dose decinismo – parece encobrir.

O CFJ vai impor uma série de regras para acondução do trabalho jornalístico. O Código deÉtica a ser elaborado deixará o jornalista com umamargem muito estreita de atuação.

Não é verdade. Todos concordam que o atual códigoé por demais vago e não permite punições efetivas,porém o novo código não entrará em minúcias sobre osprocedimentos operacionais da atividade jornalística,portanto não “engessará” ou controlará dos profissionais.A proposta do CFJ é de um código mais objetivo, masque não entre em meandros da prática profissional.Apesar de o projeto do CFJ determinar que o jornalistadeva se pautar pelos parâmetros do código, ele observaque o profissional manterá “independência em qualquercircunstância”.

O conselho será uma ameaça à liberdade deimprensa.

O CFJ não representará nenhuma forma decontrole da liberdade de expressão, direito consagradona Constituição. Qualquer iniciativa em sentidocontrário à liberdade de expressão teria não apenasimediata reprovação do conselho, mas seria carentede respaldo legal. O conselho será uma instituiçãoda classe, para, entre outras atribuições,regulamentar e fiscalizar a profissão – hoje ameaçadapela desregulamentação propiciada pela retirada daobrigatoriedade do diploma. A liberdade de imprensatem de ser compreendida como um instrumento deação e fomento da democracia. O esforço do CFJserá no sentido de valorizá-la e fazer com que elaseja exercida com ética e responsabilidade, para obem da sociedade. Não haverá censura prévia, nemdirigismo ideológico nenhum. Em hipótese alguma oconselho vai desistir da conquista que a liberdade deimprensa representa para se colocar a serviço dequalquer iniciativa opressiva de caráter político oueconômico.

Todos os jornalistas, para exercer a atividade,precisam se inscrever no conselho. É uma formade tolher o acesso à liberdade de expressão.

Outro equívoco. Hoje, já há necessidade de registro.Para praticar o Jornalismo é necessário ter inscriçãono Ministério do Trabalho, já que se trata de umaprofissão regulamentada. Esta atribuição apenas serárepassada ao CFJ, que também poderá aprimorar aqualidade profissional, exigindo melhor formação efazendo testes de ingresso, a exemplo do que faz a

OAB. É preciso também diferenciar acesso ao exercícioprofissional e liberdade de expressão, equívoco no qualincidiu a juíza Carla Rister, ao suspender aobrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão.

O projeto é uma forma de censura à atividadejornalística.

Muito ao contrário do que querem fazer crer os donosda mídia, o CFJ lutará pela liberdade imprensa e pelopluralismo. As formas de expressão são diversificadas,e assim precisam ser. A atividade do conselho será deauto-regulamentação profissional, para melhorar a

qualidade do Jornalismo e manter e diversificar aindamais a pluralidade de vozes na sociedade.

O projeto é uma proposta elaborada pelogoverno Lula.

Não é. O anteprojeto de lei surgiu na própriacategoria, por meio de discussões nos congressosrealizados pela Federação Nacional dos Jornalistas(Fenaj). A redação final foi dada em setembro de 2002 eentregue ao governo este ano. O Executivo apenas oencaminhou ao Congresso Nacional, após análise.

Por que, então, partiu do governo (Executivo)o projeto de lei que foi enviado ao Congresso?

Por se tratar de uma autarquia, é necessário quetenha que partir do Poder Executivo.

Mas o presidente da Câmara, João PauloCunha, afirmou que os jornalistas deveriamprocurar o Legislativo para encaminhar oanteprojeto.

A Fenaj fez isto, mas foi informada que o projetoprecisava partir do Executivo, que tem a atribuição diretade mandar para o Congresso Nacional iniciativas decriação de autarquias.

O projeto saiu um momento “oportuno” para fazersilenciar a “onda de denuncismo” contra o governode que falou o ministro Marcio Thomaz Bastos.

O anteprojeto é uma reivindicação de mais de 20anos da classe. Após ser apresentado ao Executivo,ele seguiu todos os trâmites nos ministérios do Trabalhoe da Casa Civil. No governo Fernando Henrique Cardoso,uma versão do projeto foi encaminhada pela Fenaj, masnão obteve êxito na tramitação. Além disto, o CFJ nãopoderia servir de censor da imprensa em nome dosinteresses dos governantes, por se tratar de um órgãode classe e não de governo.

Governo federal indicará nomes ao conselho,o que configura uma notória interferência indevidano órgão.

Isto é improcedente, já que o próprio texto dalei informa que será o conselho de representantesda Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)que terá este papel (artigo 17). Outra crítica é deque a composição provisória terá muitasatribuições na estruturação do conselho, já queo texto do projeto de criação é genérico demais.A crítica em parte é procedente, porém asdiscussões no Parlamento devem aprimorar oprojeto e dar um formato mais consistente aoconselho.

O Jornalismo não precisa de conselho.O que regula a comunicação em geral – e oJornalismo em particular – é o mercado, eo público sabe distinguir o mau Jornalismo.

Não é necessário ser filósofo para saber queo mercado não é um critério metafísico. O quetem leitura/audiência não é necessariamentebelo, bom ou verdadeiro. Num mercado livre,publicações de péssima qualidade podemsobreviver por anos, amparando-se nas mais

diversas formas de sustentação. Infelizmente, o mauJornalismo pode estar concentrado em certos veículosou difuso nos mais diversos produtos editoriais. Comisso, o público pode se “acostumar” com o pior,tornando-se até mesmo incapaz de distinguir releasespublicados na íntegra. Sem privar os veículos de livremanifestação, o conselho vai servir para, por exemplo,evitar a “divulgação de fatos de caráter mórbido econtrários aos valores humanos”, como estipula hojeo Código de Ética.

Já temos Lei de Imprensa. Para queconselho?

Se a imprensa é o contra-poder, fiscal do poderou ainda o quarto poder, é necessário que sejatambém observada criteriosamente. Acreditar-seacima do bem e do mal é extremamente perigoso. ALei de Imprensa estipula indenizatórias e até dedetenção (de difícil aplicação prática), e nenhumaoutra sanção de cunho moral é imposta. Publicaçõesofensivas e discriminatórias, quando se retratam dealgum crime, o fazem de forma discreta e sem omesmo destaque editorial. O conselho servirá paragarantir que a lei seja cumprida e se estabeleçambalizas para o exercício responsável e ético daprofissão, o que a Lei de Imprensa hoje não abarca.

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Imprensa NacionalPRÊMIO JORNALISMO SOLIDÁRIO RECEBE INSCRIÇÕES

A Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania recebe até o dia 15 de novembro as inscrições para o PrêmioJornalismo Solidário, para reportagens que ajudem na prevenção ao uso de drogas. As categorias são

impresso, rádio e TV, com prêmio de R$ 3 mil em cada. Informações: www.pr.gov.br/seju

CONGRESSO DOS JORNALISTAS REAFIRMACOMPROMISSO COM A PLURALIDADE

De 4 a 8 de agosto, João Pessoa,na Paraíba, recebeu jornalistas de todoo Brasil para o XXXI Congresso Nacionaldos Jornalistas, que além de discutiros grandes temas da categoria, foiocasião também para a realização doIII Encontro Nacional dos Jornalistas deImagem, do Encontro dos Jornalistasdo Mercosul e da posse da novadiretoria da Fenaj, eleita em julho.Representando o Sindijor participaramdo congresso o presidente, RicardoMedeiros, e o diretor de DefesaCorporativa, Marcus Vinícius Gomes.

Com o tema Produção Regional: aGarantia da Identidade Nacional, ocongresso debateu assuntos como aestética regional x padrão “Global”, atradição e as novas tecnologias e aidentidade nacional por meio da mídia.O evento contou ainda com oficinas defotojornalismo, fotografia no cinema,cinejornalismo, diagramação eilustração, uso da voz e assessoria deimprensa, produção de conteúdoalternativo para rádio, entre outros.

Na abertura do congresso, oSecretaria de Imprensa e Divulgação daPresidência da República, RicardoKotscho, anunciou o envio aoCongresso Nacional do projeto de leique cria o Conselho Federal deJornalismo, antiga reivindicação daclasse que foi apresentada ao

presidente Luiz Inácio Lula da Silva emaudiência no dia 7 de abril, Dia doJornalista. No sábado, a nova diretoriada Fenaj, tendo à frente o jornalistaSérgio Murillo de Andrade, tomouposse no cargo.

Das dezenas de teses apresentadasao Congresso, uma das maispolêmicas foi a que propõe o apoio daFenaj a políticas de cotas parajornalistas negros nas redações, a títulode políticas focalistas para melhorar acondição de profissionais vítimas deracismo. A tese, intitulada “Visibilidadeàs Questões Étnicas nos Meios deComunicação e no Mercado de

- A Tese sobre a Formação, apresentada peloDepartamento de Educação da Fenaj, recomendou,entre outras medidas, a cobrança de uma avaliaçãodos cursos de Jornalismo em funcionamento nopaís. Uma das recomendações da tese foi a de que,a fim de evitar que os portadores de registrosprovisionados fiquem desamparados após ainstituição do Conselho Federal de Jornalismo –que extinguirá esta modalidade de registro –, fossefacilitado o acesso destes profissionais ao cursosuperior de Jornalismo.

- A tese Jornalista de Imagem é Jornalistalamenta a não-caracterização, na prática, derepórteres fotográficos e cinematográficos eoutros profissionais de imagem comojornalistas. Uma das iniciativas apresentadasfoi de incentivar os jornalistas de imagem queainda não são formados em Jornalismo a que

PRINCIPAIS TESES APROVADAS NO CONGRESSO NACIONAL DOS JORNALISTAS

obtenham a graduação, já que no futuro oConselho Federal de Jornalismo deve exigir aformação superior a todos os profissionais.

- A tese A Democratização do Jornalismo -Propostas contra a privatização e a Espetacularizaçãoda Notícia, apresentada pela Diretoria da Fenaj eaprovada no XXXI Congresso Nacional dos Jornalistastraz alternativas ao Jornalismo como espetáiculo, àprivatização da opinião pública e a “commoditização”da informação.

- Uma tese, apresentada pelo Sindicato dosJornalistas Profissionais do Distrito Federal,propõe a constituição de um fundo de apoio àradiodifusão comunitária e universitária.

- A tese Quatro Bandeiras que Exigem Mobilizaçãodos Jornalistas, proposta por Fred Ghedini (Sindicatode São Paulo e Fenaj), propõe a defesa daregulamentação profissional; a defesa do mercado

de trabalho dos jornalistas - contra a precarizaçãodas relações trabalhistas, a luta pela aprovação, noCongresso Nacional, da Lei que institui o ConselhoFederal e os Conselhos Regionais de Jornalismo e ademocratização da comunicação.

- A tese A Previdência Complementar dosJornalistas Brasileiras, de Fred Ghedini e NelsonSato, sugeriu a consulta a várias empresas como objetivo de escolher uma que possa viabilizarum fundo de pensão dos jornalistas.

- Tese apresentada por Fred Ghedini e por RubensChiri (Arfoc) prevê estudos de uma tabela de preçosde referência de âmbito nacional para trabalhosjornalísticos.

- A tese A Responsabilidade da Mídia, de FredGhedini e Paulo Cannabrava Filho, propõe queos jornalistas tornem a discussão da mídia umaconstante na profissão.

Trabalho”, sugere que seja feito umcenso racial dos jornalistas. Ainda foirecomendado que os sindicatosincluam a auto-declaração de raça nasfichas de registro.

Ao final do XXXI Congresso, aPlenária da Fenaj aprovou umadeclaração de princípios que defendea regionalização da produção da mídiae repudia a precarização das relaçõesde trabalho. Chamada Carta daParaíba, o documento celebra comouma vitória da classe o envio pelopresidente Lula ao Legislativo do projetode lei que cria o Conselho Federal deJornalismo.

A carta também reivindica a adoçãode uma política de comunicação pelogoverno federal voltada para nademocratização da comunicação,amplamente discutida, e que – numacrítica ao Promídia –”prevejafinanciamento publico, mas evite“socorros” financeiros imediatistas”. Odocumento também celebra o envio aoCongresso do projeto do ConselhoFederal de Jornalismo como umaconquista da classe e de toda asociedade brasileira – para apreservação da ética, da liberdade deexpressão, do exercício do jornalismoresponsável, independente e plural.

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Ricardo Medeiros (esq.), na mesa de trabalhos na plenária do XXXI Congresso Nacional dos Jornalistas

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OpiniãoI ENCONTRO DE RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA, EM BRASÍLIA

Está previsto para ocorrer nos dias 13 e 14 de novembro, em Brasília, o I Encontro Nacional de Radiodifusão Comunitária. Oevento será preparatório para uma conferência da área das comunicações. Um quarto das vagas é destinada a movimentos

sociais envolvidos com a luta pelo direito à comunicação.

A CLAUSURA QUE ANIQUILAOsni Gomes *

Isso é uma apenas uma pura e dura constatação.Num mercado de trabalho cada vez maisescasso e onde as promoções são conseguidas

muito raramente, a função de editor setorial nosjornais paranaenses é extremamente nociva para oprofissional.

Para ganhar um pouco mais do que um repórter,que geralmente recebe piso salarial e onde não háplano de carreira, com salário compatível, o jornalistase vê obrigado a aceitar o cargo de editor. Valeressaltar que o editor precisa de experiência, “péna estrada”, discernimento, senso crítico, paraganhar quase nada além de repórter, hoje umagrande maioria de recém-formados tambémescravizados ao piso salarial. O jornalista é escaladoentão para uma editoria: Política, Geral, Economia,Internacional ou qualquer segmento dos nossosdiários e fica “dançando” dentro da redação, comoum prisioneiro, condenado ao anonimato e aoisolamento, até chegar o dia em que deixa a empresaou é dispensado. A permanência na editoria quantomais durar pior será.

O cargo de editor, que concede ao jornalistaum adicional miserável de 30% sobre o valordo salário do repórter, custa muito caro aolongo dos anos. Enclausurado dentro daredação, raramente tem oportunidade decontatar as fontes, de manter vínculosfora da empresa, ficar na vitrine. Amenos que desempenhe função emoutro órgão, l imita seurelacionamento aos colegas deredação. Se ele, a propósito deganhar mais um pouco ainda, sedispuser a acumular outro cargodentro do quadro, estarásujeito a mais clausura e amais esquecimento. Quandose der conta, ficará totalmentefora do mercado de trabalho.

Na surpresa por uma saídarepentina, vai sentir na pele adif iculdade de conseguir sereposicionar no mercadocompetitivo. Falsa ilusão de queum, dois ou três pisos possamrepresentar um bom ganho. Podeser durante o tempo em quepermanecer na editoria, masterá seu nome esquecido parasempre.

Nesta função, o editor,jamais assina uma matériae quando contata fora do

jornal, o faz é por telefone, longe dos olhos daspessoas. É praticamente uma carta fora do baralho.Só quem conhece o dia-a-dia de uma redação sabequal é a missão de um editor setorial: páginas parafechar, matérias para revisar e consertar, fotos paraescolher, decisões a serem tomadas a todo instante,numa forte pressão entremeada pela rapidez comque acontecem os fatos e os prazos de fechamentodas editorias.

E quanto pega um texto sofrível, uma foto malfeita, as NQMs da vida, a pentelhaçãoda chefia, a dependência dadiagramação, o entra e sai daprogramação comercial emuitas vezes a máv o n t a d e

dos colegas também assoberbados? É uma loucura.O editor vira um Houdini, obrigado a se livrar dasamarras, cadeados, correntes e compartimentosfechados todos os dias.

A l iberdade mesmo só chega quando saiverdadeiramente da redação e corre em busca deoutros serviços ou atrativos.

É de se apostar que, ao se oferecer aos editores,de qualquer dos nossos órgãos de imprensa, um

salário condizente para retornar ao cargo derepórter, ninguém vai hesitar. Quem não trocariaa clausura que esconde e aniquila pelo direitode sair às ruas, respirar ar puro e convivercom o dia-a-dia da cidade? Nem que fossepara entregar a matéria editada, pronta para

ir para a fotolitagem.Do mesmo mal sofrem os revisores

e os pauteiros, tristes condenados aajeitar os erros e desacertos dos

outros e a ficar no esquecimento,no anonimato. E editor não temo direito de assinar a páginaque edita, mesmo que eletenha refeito praticamenteinteiras as matérias queestavam mal escritas,checado as informaçõesque não batiam ou tenhasalvado um “lead” que foilá para o pé da matéria.

E aqui não vai críticaao trabalho nobre dosrepórteres, que tambémvivem lá suas dificuldadese pressões. Vale apenaspara registrar o ladoesquecido e por demais

importante que é o dasolitária editoria, relegada

aos míseros 30% a mais enada mais.

*Osni Gomes([email protected]) é

jornalista e ex-editorenclausurado,

graças a Deus.

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ExecutivaPRÊMIO DE JORNALISMO OCEPAR COM INSCRIÇÕES ABERTAS

Até 1º de novembro, a Ocepar recebe inscrições ao seu Prêmio de Jornalismo. Com o tema As Cooperativas e oDesenvolvimento Econômico e Social do Paraná, o prêmio vai distribuir R$ 13 mil. Informações podem ser

obtidas no site www.ocepar.org.br, ou pelo telefone (41) 352-2276.

TORNEIO SINDIJOR DE FUTEBOL É RETOMADO

No dia 17 de setembro, ocinegrafista da Televisão Tarobá,Alcionir Nenevê, foi impedido a socose a pontapés de registrar as imagensde um acidente envolvendoespectadores de uma corrida daFórmula Truck, em Cascavel. Eleteve o nariz fraturado e precisoupassar por cirurgia de reparação.

Em nota, o Sindijor e aAssociação dos Jornalistas deCascavel repudiaram a agressão epediram a apuração dos fatos epunição dos culpados. “A liberdadede imprensa, que pressupõe odireito constitucional inalienável deinformação do cidadão e que seconfigura como o mais importantesustentáculo da democracia,

OSindijor retomou este ano o Torneio de Futebol, um evento para congregar, em ummomento de descontração, a classe, que

também precisa de períodos de confraternização erelaxamento, diante da faina pesada do dia-a-dia. Ocampeonato aconteceu no dia 28 de agosto na sededa Associação dos Cronistas Esportivos do Paraná(Acep), em Curitiba.

Na final, a equipe Meia Bola venceu a Amarelapor 7x3. Ambas receberam medalhas. Pela Meia Bolaos gols foram de José Antônio (3), Eduardo (2), TomásBarreiros e Émerson Castro. Pela Amarela, marcaramRodrigo Werneck, Carlos Simon e André Gonçalves.A arbitragem ficou por conta de Renato Cseh, daFederação Paranaense de Árbitros. O encontro teveainda lingüiçada, cerveja e torneio de truco.

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As equipes

vencedoras:

Meia Bola

e Amarela.

No dia 6 de outubro, a Assessoria de Imprensado Ministério Público do Paraná realiza palestrapara jornalistas com o tema Criança eAdolescente: MP e Imprensa na Defesa dosDireitos da Infância, com o procurador de JustiçaOlympio de Sá Sotto Maior Neto, coordenador doCentro de Apoio Operacional das Promotorias daCriança e do Adolescente.

O projeto recebe apoio da ONG Ciranda e doSindijor e é parte do programa de semináriosdirecionados a jornalistas. Além dos profissionaisda área, a palestra, gratuita, é aberta a estudantesde Comunicação Social, Direito e pessoasinteressadas. O encontro tem como objetivoapresentar de maneira informal noções básicasde legislação da área, com destaque para aConstituição Federal e o Estatuto da Criança eAdolescente (ECA), debater os principaisequívocos no tratamento a questões relacionadasà infância na imprensa e discutir como osjornalistas podem ajudar na defesa dos direitosdas crianças e adolescentes.

ELEIÇÕESNo dia 6 de agosto, o Ministério Público do

Paraná havia promovido seu primeiro semináriotemático para jornalistas, abordando O MinistérioPúblico e as Eleições. O evento deu continuidadeao programa de eventos realizado a partir do ISeminário para Jornalistas: o Ministério Público,esse (des) conhecido, realizado em 22 e 23 dejunho. Na pauta estavam aspectos gerais daJustiça Eleitoral e o funcionamento do MinistérioPúblico Eleitoral, entre outros temas.

MP REALIZA PALESTRAPARA JORNALISTASSOBRE INFÂNCIA E

ADOLESCÊNCIA

JORNALISTAS SOFREM AGRESSÕESEM CASCAVEL E NA SERRA DO MAR

Num ato de reconhecimento doSindijor como legítimo representanteda classe dos jornalistas, DeiseSilveira, assessora de imprensa, eAna Claudia Tourinho, gerente deComunicação da América LatinaLogística (ALL), vieram à sede doSindijor para se reunir com opresidente, Ricardo Medeiros. Elasapresentaram o pedido dedesculpas pelos lamentáveisincidentes envolvendo jornalistas. Asrepresentantes admitiram o evidenteabuso por parte dos seguranças eexplicaram que estes profissionais,contratados por meio de umaempresa terceirizada, já foraminstruídos a não coibir o trabalho daimprensa.

freqüentemente sofre violências,seja de ordem econômica, políticaou agressões físicas. Seja qual foro caso, esta violência contra odireito de informar é intolerável e deveser repudiada com a veemência quemerece”, diz a nota.

TREMNo final de julho, após uma

agressão aos jornalistas GersonKleina, da Tribuna do Paraná, eJonathan Campos, da Gazeta doPovo, que cobriam o acidente comum trem na Serra do Mar,seguranças da empresa ferroviáriaAmérica Latina Logística voltaram atentar cercear o trabalho de outroprofissional, Rodolfo Bührer, que faziafotos da ponte sobre o Rio São João.

SINDIJOR FAZ PESQUISA DE JORNALISTAS NOINTERIOR E DE PRECARIZAÇÃO NO TRABALHO

Uma pesquisa sobre jornalistas que atuam emcidades no interior do Estado, bem como de veículosde imprensa e assessorias nestes municípios, estásendo desenvolvida pelo Sindijor. A pesquisa querlevantar quantos profissionais há em cada município,discriminando profissionais formados, repórteresfotográficos e cinematográficos e jornalistas comregistros provisionados e precários.

A pesquisa vai nortear novas ações do sindicato,especialmente na distribuição de novas subsedesregionais e na aproximação da categoria. Estãosendo remetidos e-mails a alguns profissionais para

que eles informem os dados dos demais jornalistase veículos de sua cidade. Quem quiser oferecerestes dados espontaneamente pode fazê-lo peloe-mail regionais@ sindijorpr.org.br.

O Sindijor também está recebendo relatos dejornalistas que viveram situações de precarização daprofissão (redução de direitos, diminuição de salários,férias continuamente postergadas etc.) entre sua base.O objetivo é coletar histórias para a confecção doinformativo da Fenaj sobre o tema. Os profissionaisque tiverem algum relato de precarização devem relatá-lo e enviar para o e-mail sindijor@ sindijorpr.org.br.

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Quarenta jornalistas são candidatosnas eleições municipais de 3 de outubrono Paraná. Um deles, Homero BarbosaNeto (PDT), é candidato a prefeito deLondrina. Já Fernando José Guiné (PTB)é candidato a vice-prefeito emGuarapuava na chapa de Julio Agner, e,em Ponta Grossa, Rogério BocchiSerman (PFL) é candidato a vice-prefeitode Pedro Wosgrau Filho. Os demaisestão postulando vagas nas CâmarasMunicipais.

Embora seja uma fração pequena dosmais de 26 mil candidatos no Estado (o

ImprensaCCS QUER QUE CÂMARA VOTE NOVA LEI DE IMPRENSA

O Conselho de Comunicação Social (CCS) do Congresso Nacional aprovou uma moção que pede àCâmara dos Deputados que vote o mais breve possível a nova Lei de Imprensa. Entre as inovações do

projeto está a obrigação de as empresas do setor apresentarem os nomes de seus acionistas e cotistas.

O Sindijor enviou uma carta aoTribunal Regional Eleitoral (TRE)solicitando que lembre aos candidatosque os boletins impressos e sitesinformem quem são os jornalistasresponsáveis. É comum na campanhacircularem jornais apócrifos ousimplesmente sem constar o nome dojornalista responsável, conformedetermina a Lei de Imprensa. A carta foiencaminhada aos partidos e coligações,que, de modo geral, passaram a cumpriro que determina a lei.

JORNALISTAS NA

CAMPANHA

ENCONTRO DEFINE REAÇÃO A PROJETO DE REFORMA SINDICAL

OEncontro Sindical Nacional, realizado em 21 de agosto emSão Paulo, definiu posições

dentro da Central Única dosTrabalhadores (CUT) para a luta contra oprojeto de Reforma Sindical do governo,com base nos ditos “consensos” doFórum Nacional do Trabalho (FNT), queengessa o movimento sindical e osubmete à ingerência do Estado. Emboranão seja filiado à CUT, o Sindijor enviou

ao encontro um representante, o diretoradministrativo Guilherme de Carvalho,para acompanhar as discussões.

Os 269 sindicalistas reunidosconsideraram a proposta inaceitável. Entreos pontos mais nocivos à organização dostrabalhadores estão a criação do ConselhoNacional de Relações do Trabalho, queatrelaria a CUT ao Estado, a substituiçãodo Imposto Sindical por uma taxa negocialcompulsória (sem direito de oposição dos

trabalhadores) e limitações ao direito degreve. Os “consensos” do fórum ainda nãoafirmam claramente quais dos atuaisdireitos trabalhistas não se negociam.Outro problema apontado é a prerrogativaconferida às centrais de decidir o quepoderia ou não ser modificado nasassembléias de base, atacando suasoberania.

Como ação, o encontro definiu arealização de uma manifestação contra

a reforma. Também ficou acertado queos sindicalistas vão continuardefendendo o que 8º Concut (junho de2003) decidiu como pré-condições parauma Reforma Sindical e Trabalhista queatenda aos interesses dostrabalhadores, como a ratificaçãoimediata da Convenção 87 da OIT,garantindo a Liberdade e AutonomiaSindical e a garantia da organização porlocal de trabalho, entre outros itens.

JORNALISTAS SE CANDIDATAM NO PARANÁcandidatos não sejam privilegiados nacobertura jornalística, em especial damídia eletrônica. Está proibido dartratamento privilegiado a candidato,partido ou coligação, divulgar entrevistaou pesquisa eleitoral em que possa seidentificar o entrevistado, difundir opiniãofavorável ou contrária a candidato, partido,coligação, a seus órgãos ourepresentantes. A lei e a resolução tratamainda das medidas que os veículos devemobservar para dar tratamento isonômicoaos candidatos, bem como daorganização de debates no rádio e TV.

número de colegas é menos da metadedo número de vigilantes inscritos e menosainda que o número de taxistas), osjornalistas demonstram que estãoatentos às demandas da sociedade ealguns são candidatos à reeleição, comoTito Zeglin (PDT) e Mário Celso Cunha(PSB), de Curitiba.

RESTRIÇÕESA cobertura jornalística das eleições

municipais requer uma série de cuidadospelos jornalistas. Uma lei (9504) e umaresolução do Tribunal Superior Eleitoral(21.610) determinam normas para que

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ExecutivaJORNALISTA PASSA POR CIRURGIA NO CORAÇÃO

O jornalista Eduardo Goulart, assessor de imprensa do Conselho Regional de Fisioterapia e TerapiaOcupacional, recupera-se de uma cirurgia para colocação de uma ponte de safena e agradece a

solidariedade dos amigos e colegas que o ajudaram num momento particularmente delicado.

A partir desta edição, o jornal Extra Pauta vai trazer os assuntos tratadosno boletim eletrônico Extra Pauta, a fim de que todos acompanhem os temasque o Sindijor informa à classe diariamente. Quem ainda não recebe osbolet ins eletrônicos pode se inscrever mandando um e-mail [email protected]

27/07

Assembléia no Sindijor definirá pauta da CCT Reunião de diretoria no SindijorLivro “Tu i Tam” retrata imigração polonesa no Estado Jornalismo paranaensesem Aurélio Benitez Jornalista João Evangelista de Noronha perde carteira daFenaj Curso de oratória oferece descontos para jornalistas.

28/07

Hoje, assembléia no Sindijor define pauta da CCT Dia 4, CongressoNacional dos Jornalistas, na Paraíba Jornalista (Eduardo Sganzerla) mostraem livro a contribuição do mestre-artesão imigrante De Maringá, um novosite de jornalistas (Factorama) 18º Congresso Paranaense de Rádio eTelevisão em Foz do Iguaçu.

29/07

Jornalismo paranaense perde Alexandre Zraik Seguranças da ALL voltama agredir jornalista Aprovada pauta de reivindicações à CCT 2004-2005.

30/07

Legislação eleitoral impõe limites a jornalistas Jornalista César Bondprecisa de doações de sangue.

02/08

Sindi jor promove Torneio de Futebol no dia 28 A part i r de quarta,Congresso Nacional dos Jornalistas, na Paraíba Pauta de reivindicaçõesà CCT é entregue aos patrões. Representantes da ALL desculpam-se porincidentes com jornalistas.

03/08

A partir de amanhã, Congresso Nacional dos Jornalistas, na ParaíbaSindijor promove Torneio de Futebol no dia 28 Vaga para jornalista em TVem Fazenda Rio Grande.

04/08

Sindi jor promove Torneio de Futebol no dia 28. Consultór io denutrição conveniado está em novo endereço Jornalista divulga poesianas redações Evento na UFPR debate sindicalismo no Brasil

05/08

Lula envia ao Congresso projeto que cr ia Conselho Federal deJornalismo. Sindijor promove Torneio de Futebol no dia 28

06/08

Pro je to de le i do Conselho Federa l de Jorna l ismo no s i te doSindijor. Sindijor promove Torneio de Futebol no dia 28. MP realizapara jornalistas seminário sobre eleições.

09/08

Em documento, jornalistas defendem produção regional (Carta daParaíba). Semana Nacional pela Cidadania e Solidariedade. Sindijorpromove Torneio de Futebol no dia 28.

10/08

Discussão equivocada vê restrição à l iberdade de imprensa como CFJ. Fenaj apóia cotas para negros nas redações. Reunião dediretoria hoje no Sindijor. Grupo de Assessoria de Imprensa do Sindijorbusca novos part icipantes. Sindijor promove Torneio de Futebol nodia 28

11/08

Projeto do CFJ tinha que partir do Executivo. Congresso aprovaacesso mais fácil de provisionados à universidade. Sindijor promoveTorneio de Futebol no dia 28. Protesto contra entrega de pesquisasda Petrobrás a multinacionais.

12/08

Liberdade de imprensa, bem que o CFJ valorizará. Fenaj propõealternativas à notícia como espetáculo. MP realiza para jornalistasseminário sobre eleições. Cursos de Comunicação com professoresestrangeiros na PUC-PR.B

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SINDIJOR E

FACULDADES CURITIBA

FECHAM PARCERIA

O Sindijor acaba de fechar umaparceria com a Associação de EnsinoNovo Ateneu (Aena), mantenedora dasFaculdades Integradas Curitiba e dasFaculdades Guarapuava, paraatividades de técnico-científicas,educacionais, sociais, culturais eadministrativas. Entre as atividadesprevistas, estão a realização deprojetos especiais de alunos da Aenasob intermédio do Sindijor, estudos decasos em parceria entre as duasinstituições, palestras e visitas dediretores do Sindijor à Aena e recíprocade professores e alunos ao sindicato,além de uma política de descontos afil iados do Sindijor em cursos nainstituição de ensino. A primeirainiciativa dá descontos progressivos de5% a 15% nas mensalidades doscursos de pós-graduação lato sensuoferecidos nas instituições mantidaspela Aena, dependendo do número deinscritos. Para obter mais informaçõessobre os cursos de pós-graduação, váao site www.aena.br

RPC DEMITE EM MASSANO JORNAL DE

LONDRINAO Jornal de Londrina, veículo

pertencente ao Grupo RPC,demitiu no final de agosto 14jornalistas de sua redação, ouquase 50% do total. Dois dosprofissionais desligados – JanaínaÁvila e Rodrigo Parra – tinhamestabilidade sindical. Asdemissões seriam para contornarproblemas financeiros, segundoinformou a empresa.

Em menos de uma semana, aJustiça do Trabalho determinou areintegração dos jornalistas numaação que o Sindicato dosJornalistas Profissionais deLondrina moveu para que fossem

anuladas as dispensas. O juizconsiderou que elas feriram aConvenção Coletiva de Trabalho, que,em sua cláusula 37, estabelececritérios para demissões coletivas.

Pelo que estabelece a convenção,o jornal deveria dar prioridade àdispensa de pessoas que,previamente consultadas,demonstrassem interesse nademissão, de aposentados e dostrabalhadores com menor tempo decasa. O Grupo RPC também nãorespeitou os trâmites para demissõesquando fechou o diário Primeira Hora,no início de 2002, e remanejoujornalistas com a Gazeta do Povo.

As reintegrações, no entanto,não chegaram a acontecer. Nodia 20 de setembro, uma reuniãode conciliação na Justiça doTrabalho definiu que ostrabalhadores receberiamindenizações equivalentes a duasou quatro remunerações, e asrescisões seriam assinadas comdata de setembro, o que dádireito a um valor maior por contado período de estabilidade dadata-base. Rodrigo Parra, comestabilidade sindical, teve umaindenização diferenciada, eJanaína Ávila permanece emsituação indefinida.

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CulturaJORNALISTA PODE PERDER DIREITO À PRISÃO ESPECIAL

Está tramitando na Câmara dos Deputados um do deputado Valdemar Costa Neto (PL-SP), que retira dealgumas categorias – entre elas a dos jornalistas – o direito à prisão especial. Outro projeto, do deputado

Agnaldo Muniz (PPS/RO), adiciona à lista de categorias com direito à prisão especial os jornalistas.

BAILE DOS JORNALISTAS VOLTA COMTUDO NA SOCIEDADE UCRANIANA

1 3 / 0 8

Horas extras na Gazeta do Povo: Sindijor alerta funcionários.Código de Ética não entrará em detalhes do desempenho daprofissão. Fenaj: apoio a fundo da comunicação comunitária e a TVsul-americana. Psicóloga firma convênio com o Sindijor. Sindijorpromove Torneio de Futebol no dia 28. Mesa-redonda debateexploração sexual de menores. Protesto contra entrega depesquisas da Petrobrás a multinacionais. Vagas para equipe devendas.

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Jornalista da Gazeta do Povo: calcule suas horas extras! Morreo colunista Enio Puccini. Exposição “Quem não se comunica perdeo rumo da história”. Torneio de Futebol: prazo de inscrição.

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Conselho Federal de Jornalismo: esclarecimentos importantes.Profissionais e estudantes discutem CFJ em Ponta Grossa. Tesesdo XXXI Congresso: Regionalização e Jornalismo de imagem.Sindijor pede ao TRE que recomende cumprimento da Lei deImprensa. Sindijor cria jornal-mural para estudantes. Sindijor reúnejornalistas para definir campanha. Torneio de Futebol: inscriçõessó até sexta-feira. Exposição e workshop de fotografia no CentroEuropeu.

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Presidente do Sindijor participa de debate sobre CFJ na RádioEducativa. Texto de esclarecimento vai para entidades e jornalistascontrários ao CFJ. Congresso dos Jornalistas: formação de redes,Apijor. Grupo de Assessoria do Sindijor reúne-se hoje. Torneio deFutebol: inscrições só até sexta-feira. NEF seleciona profissionaise realiza workshop

19/08

Governo federal não indicará nomes ao Conselho Federal deJornalismo. Em debate, presidente do Sindijor esclarece sobre CFJ.XXXI Congresso: aposentados, previdência, comunicação pública ebandeiras da classe. Grupo de assessoria discute realização deprêmio e seminários. Escritório Sidnei Machado em novo endereço.Mestrado em Sociologia da UFPR debate transgênicos.

20/08

Sindijor e Novo Ateneu fecham parceria. CFJ recebe apoios deentidades e profissionais. Presidente do Sindijor debate CFJ comdeputado Gustavo Fruet. Diretores da Fenaj defendem em artigo oCFJ. Prorrogadas inscrições para torneio de futebol. Ciclo dedebates aborda A Era Vargas. Fiep promove mostra fotográfica dahistória da indústria do Estado.

23/08

RPC demite em massa no Jornal de Londrina. Fruet se dizfavorável ao debate sobre o Conselho Federal de Jornalismo.Encontro na Gazeta do Povo discute CFJ. XXXI Congresso: pisonacional, formação, legislação e conjuntura. Prazo para inscriçõespara torneio de futebol. Amanhã, 4º Congresso Brasileiro deComunicação no Serviço Público. Juca lança “Rimas primas &outras constatações”

24/08

Encontro na Gazeta do Povo discute CFJ. Artigo traz os mesmosargumentos contra CFJ. Reunião de diretoria, hoje, no Sindijor. Morreo jornalista César Bond. XXXI Congresso propõe que jornalistasdiscutam a mídia. Associação dos Magistrados Brasileiros lançaprêmio de Jornalismo. Legislação impõe limites à cobertura daseleições. UFSC com vaga para professor de JornalismoB

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Fazendo valer a tradição, os jornalistas vão mostrarque entendem de diversão na festa em comemoraçãoao aniversário de fundação do Sindijor, que aconteceno dia 16 de outubro. No mesmo local do últimoencontro, a Sociedade Ucraniana do Brasil, oconsagrado Baile dos Jornalistas vai ser retomadoapós seis anos.

A música vai ficar por conta da Samjazz Quintet,banda formada há 20 anos e de estilo eclético. Norepertório, haverá desde o jazz standard ao rocknacional, passando pela bossa nova, samba e adiscoteca dos anos 70. O traje é esporte fino. Osingressos custam R$ 10,00 (para jornalistassindicalizados em dia e estudantes pré-sindicalizados, com limite de dois convites), R$ 12,00(para sindicalizados em atraso e estudantes deJornalismo, com limite de dois convites) e R$ 15,00(não-sindicalizados, com limite de dois convites). Asmesas, com quatro lugares, custam respectivamenteR$ 50,00, R$ 55,00 e R$ 65,00. Reservas de mesasapenas até a véspera do baile.

Os ingressos já estão à venda na sede do Sindijor etambém em algumas redações de Curitiba: Gazeta doPovo, Jornal do Estado e O Estado do Paraná. Para

garantir que todos possam aproveitar, caso alguminteressado não trabalhe em nenhuma destas redaçõese também não possa se deslocar até a sede do Sindijor,poderá ser feita a venda no local mais conveniente,bastando para isso ligar para (41) 224-9296.

BAILE DOS JORNALISTASSociedade Ucraniana do Brasil

Alameda Augusto Stellfeld, 795, em CuritibaDia 16 de outubro, a partir das 22h

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Imagem do baile de 1996, quando o Sindijor comemorou 50 anos

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FormaçãoDIA 17 DE OUTUBRO, DESLIGUE A TV!

Dezessete de outubro marca o Dia Nacional contra a Baixaria na TV, quando a campanha Quem Financia aBaixaria é contra a Cidadania e o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) propõem

que os aparelhos de televisão sejam desligados por uma hora, entre 15h e 16h.

MEC ESTABELECE CRITÉRIOSMAIS RÍGIDOS PARA NOVOS

CURSOS SUPERIORES

25/08

Comissão do Congresso aprova audiência pública para debater CFJ.Conselho em debate na Gazeta do Povo. Torneio de Futebol no sábado.Marcus Vinícius Gomes, novo colunista do Jornal do Estado. MEC estabelececritérios mais rígidos para novos cursos superiores. Prêmio Embratelregional tem jornalista paranaense entre finalistas. Prêmio Procel:inscrições só até o dia 30 de setembro. Mesa-redonda no UnicenP debatefotografia e natureza.

Boletim da Campanha - 26/08

Explicação das cláusulas da proposta de CCT. Governo do Estado nãorecolhe INSS de jornalista. Vereador Pedro Paulo esclarece que não votoumoção contra CFJ. No sábado, Torneio de Futebol, aberto a toda classe. NoUnicenp, II Semana de Comunicação Digital. Jornalista lança livro sobregolfe

27/08

Explicação das cláusulas da proposta de CCT. Amanhã, Torneio deFutebol, aberto a toda a classe. Abaixo-assinado da Fenaj pede debate,aprimoramento e implantação do CFJ. Agência Câmara faz enquete sobre oConselho Federal de Jornalismo. Correio Metropolitano inaugura hoje seuparque gráfico. Sindijor não se imiscui em questões fundiárias. Missa emmemória de César Bond no domingo. Governo do Estado não recolhe aoINSS contribuição de jornalista. Prêmio Esso de Jornalismo está cominscrições abertas.

30/08

Explicação das cláusulas da proposta de CCT. Deputados paranaensessinalizam apoio ao CFJ. Artigos em defesa do CFJ no site do Sindijor. Dia16 de outubro, Baile dos Jornalistas. Meia Bola vence Torneio Sindijor deFutebol. Lumina Terapias firma convênio com o Sindijor. Jornalistas daGazeta do Povo devem informar horas extras ao sindicato.

01/09

Explicação das cláusulas da proposta de CCT. Sindijor promovedebate sobre CFJ no Teatro da Reitoria. Dia 16 de outubro, Bailedos Jornalistas. Sindijor sem expediente de 6 a 8 de setembro.Hoje, entrega do I Prêmio CCVB de Imprensa. Jornalista Levis Litzlança jornal de informação e entretenimento

02/09

Explicação das cláusulas da proposta de CCT. Sindijor acionaempresas que não cumprem convenção. Sindijor sem expedientede 6 a 8 de setembro. Presidente da RTVE diz que INSS dejornalistas foi recolhido. Lista dos vencedores do I Prêmio CCVBde Imprensa.

03/09

Explicação das cláusulas da proposta de CCT. Sindijor semexpediente de 6 a 8 de setembro. Senado faz audiência públicasobre CFJ. Elba Ramalho no Circuito Cultural Banco do Brasil.

09/09

Explicação das cláusulas da proposta de CCT. Reunião discuteCCT 2004-2005. Dia 16 de outubro, Baile dos Jornalistas.Jornalistas da Gazeta do Povo devem informar horas extras aosindicato. Curso de Jornalismo Internacional no Unicenp. ElbaRamalho no Circuito Cultural Banco do Brasil.

13/09

Explicação das cláusulas da proposta de CCT. Quarta-feira,reunião do Grupo de Assessoria de Imprensa. Sindijor promovedebate sobre CFJ no Teatro da Reitoria. Dia 16 de outubro, Bailedos Jornalistas. Ocepar com inscrições abertas ao Prêmio deJornalismo

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APortaria 2.477 do Ministério da Educaçãodeterminou que autorizações para aabertura de novos cursos superiores só

serão dadas se o novo curso responder àsnecessidades da região e o número de vagassolicitado corresponder à infra-estrutura oferecida.Somente serão autorizadas a funcionar se a regiãonão possuir curso na área específica ou se onúmero de vagas existentes não suprir a demanda.O ministério tem hoje aproximadamente 5 milpedidos de novos cursos e solicitações para ocredenciamento de 800 novas instituições.

A portaria não engloba os pedidos que jáingressaram no ministério antes de maio, quando

SINDIJOR CRIA

JORNAL-MURAL

PARA ESTUDANTES

O Sindijor, por meio da Secretaria Estudantil,criou um jornal-mural que está sendo enviado paraas faculdades de Jornalismo do Estado. Aprimeira edição de Jornalista em (in)Formação,de agosto, traz um chamado para a pré-sindicalização, um breve perfil do jornalista AlbertoDines e uma explicação acerca do estágio emJornalismo.

outra portaria suspendeu a entrada de novospedidos por seis meses. No Paraná existe 27instituições autorizadas a oferecer cursos deJornalismo, situadas nas cidades de Curitiba(UFPR, PUC, Unibrasi l , Tuiut i , Eseei, FAO,Uniandrade, UnicenP), Londrina (UEL, UMP,Unopar), Cascavel (Univel, Unipar, FAG), Maringá(Ceumar, Faculdade Maringá), Ponta Grossa(UEPG, Faculdade Santa Amélia), Guarapuava(Campo Real, Unicentro), Foz do Iguaçu (UDC),Toledo (Fasul), União da Vitória (Face), Apucarana(Facnopar), Pato Branco (Fadep), Santo Antônioda Platina (Fanorpi), Cornélio Procópio (FaculdadesCristo Rei).

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Defesa CorporativaJORNALISTA PUBLICA OBRA SOBRE GOLFE

O jornalista Guillermo Piernes, autor das colunas Swing, no Jornal do Brasil e Gazeta Mercantil, e AHora do Golfe, na Revista Forbes Brasil, lança o livro Tacadas de Vida – Razões para Jogar e Sentir o

Golfe, que resgata fatos, história, histórias, percepções que o universo do golfe oferece.

O SINDIJOR E A QUESTÃO DO ESTÁGIOOs estudantes de Jornalismo têm tido

certa dificuldade em entender a posturado Sindicato dos Jornalistas Profissionaisdo Paraná acerca do estágio. É precisoesclarecer que o Sindijor não é contra oestágio. O Sindijor apenas cumpre as leis,especificamente os decretos 972/69 e83.284/79, que determinam quais são asatividades privativas de jornalista, sendoque o Decreto 83.284 veda a realizaçãode estágios em atividades jornalísticas.Como defensor da classe jornalística, cabeao Sindijor zelar pelo cumprimento destalegislação.

A relação das atividades privativas estásendo ampliada por meio de um projetode lei em tramitação no CongressoNacional, mas continuará valendo avedação de estágios em atividadesjornalísticas (artigo 19 do decreto 83.284:“Constitui fraude a prestação de serviçosprofissionais gratuitos, ou compagamentos simbólicos, sob pretexto deestágio, bolsa de estudo, bolsa decomplementação, convênio ou qualqueroutra modalidade, em desrespeito à

legislação trabalhista e a este regula-mento”).

O Sindijor, em conformidade com o queestabelece a Lei 6.494 (regula-mentaçãodo estágio), entende que o estágio, emboraproibido em funções privativas de jornalistas,

pode ser desempenhado por estudantesde Jornalismo em atividades afins. Oestágio também precisa ter caráterformativo e, para isso, deve seracompanhado e orientado por umprofissional e por um professor.

O QUE O SINDIJOR ACEITA COMO ATIVIDADES AFINS E QUE PODEM SERDESEMPENHADAS POR ESTUDANTES DE JORNALISMO:

Clipping - Rádio-escuta - Secretariar assessores de imprensa - Manter cadastrode e-mail - Realizar pesquisas na internet - Confeccionar peças gráficas nãojornalísticas - Revelar e escanear fotos.

O QUE O SINDIJOR NÃO ACEITA:

Carga horária superior a cinco horas. O objetivo é fazer com que o estudantepossa compatibilizar seu período de estudo com o estágio. Jornadas maiorespodem estar escondendo empregos. Como a jornada diária do jornalista é decinco horas, não seria apropriado que o estagiário tivesse uma carga maior.

Estágio em séries iniciais , pois o estágio requer conhecimentos prévios,fornecidos exatamente pelo embasamento acadêmico. Por outro lado, o estágioprecisa ter caráter formativo, o que não se realiza sem uma bagagem deconhecimentos.

Atividade demasiadamente distante do Jornalismo. Se por um lado não é possívelao estudante atuar em atividades jornalísticas – apenas em trabalhos afins –,tampouco ele pode estagiar para realizar tarefas que nada tenham a ver com oJornalismo. Houve já pedidos de estágio em Jornalismo para revenda deautomóveis e para dar aulas de inglês.

Por conta das violações que setornaram freqüentes neste campo, oSindijor acordou com faculdades eagências de integração critérios mínimospara a realização de estágios porestudantes de Jornalismo. Ficou acertadoque o Sindijor, analisando os planos deestágio, daria pareceres sobre apertinência ou não das atividadesdesempenhadas ao rol das funçõesprivativas de jornalista, bem comoanalisaria a carga horária e o período queo postulante ao estágio está cursando.

A não-concessão do parecer não éuma proibição ao estágio, mesmo porqueo sindicato não tem este poder de veto. Oque se pretende com o parecer é dar umaval a o que o plano de estágio estipula, afim de que estagiário, empresa, agênciade integração e faculdade possam ter umacerta garantia da lisura do procedimento.A fiscalização sobre o correto andamentodo estágio cabe à Delegacia Regional doTrabalho (DRT), enquanto não forconcretizado o Conselho Federal deJornalismo (CFJ).

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HistóriaJUCA LANÇA LIVRO

José Zokner, o Juca, colunista de O Estado do Paraná, lançou o livro Rimas Primas & OutrasConstatações, pela Editora Age. O livro é composto, em sua quase totalidade, de textos extraídos da sua

coluna dominical, intitulada Rumorejando, que é publicada há cerca de 10 anos n’O Estado do Paraná.

CONGRESSOS ESTADUAIS DE JORNALISTASMOSTRAM AS PREOCUPAÇÕES DA CLASSE

Ahistória dos CongressosEstaduais dos Jornalistas doParaná mostra a importância da

discussão coletiva de temas de interesseda categoria. Os quatro congressosrealizados pelos jornalistas no Estado,enquanto uniam os profissionais,discutiam criticamente o trabalho e aprofissão e traçavam diretrizes de açõespara a atividade jornalística. Os planos doSindijor são pela retomada do congressono ano que vem ou em 2006.

O 1º Congresso Nacional dosJornalistas aconteceu em Cascavel de 12a 14 de novembro de 1993 e serviu deprévia para o XXVI Congresso Nacional dosJornalistas, que aconteceria em abril de1994 em Curitiba. Conforme observou aentão presidente do Sindijor, MaigueGueths, o congresso serviu para a maioraproximação dos jornalistas ao mesmotempo em que era uma ferramenta para"o resgate do respeito profissional, da éticae da qualidade na imprensa paranaense".Em debate, estiveram a Lei de Imprensa,o mercado de trabalho, as novastecnologias da comunicação (em especiala cabodifusão), o contrato coletivo e acampanha salarial, a ética e a democraciano Jornalismo.

Em novembro de 1995, foi a vez dePonta Grossa sediar o segundocongresso, que enfatizou a imprensa aserviço do cidadão, com a democratizaçãodos meios de comunicação, a liberdadede informação e a regulamentação

profissional. O congresso votou ainda avolta do estágio, sob minuciosaregulamentação e instituiu um fórumtripartite (Sindijor, universidades esindicato patronal), para discutir o tema.Por outro lado, o congresso defendeu aredução no número de faculdades deJornalismo, que na época já demonstravaser fora da realidade do mercado. Nocongresso ainda foi anunciada uma revisãodos registros profissionais, para purgar osconcedidos de forma indevida. Antevendoa revolução da internet, o jornalista LaerteFerraz mostrava em palestra o potencial

ALEXANDRE ZRAIKAlexandre Zraik, colunistado Jornal do Estado morreuna madrugada de 29 dejulho. Aos 35 anos, Zraik foivítima de um grave acidenteautomobilíst ico no diaanterior, enquanto trafegava

de moto pelo bairro Alto da 15, que resultou emtraumatismo crânio-encefálico. Internado noHospital Cajuru, ele teve uma parada cárdio-respiratória, que não pôde ser revertida. Zraik sepreparava para assumir um programa esportivona Rádio 96 Rock. A combatividade rendeu a elediversos desafetos, mas fez também seu trabalhoser respeitado nos meios políticos e esportivos.

FALECIMENTOS

Formado pela PUC-PR, Alexandre Zraik começoua carreira na Rádio Eldorado. Foi âncora doprograma de esportes da Rádio CBN, passou pelaTransamérica, pelo Programa Tribuna no Esporte,da TV Iguaçu, e há três anos mantinha umacoluna política no Jornal do Estado, Política emDebate.

ÊNIO PUCCINIAos 57 anos, Enio Puccini, colunista do Jornal

do Estado, faleceu após sofrer um acidentevascular cerebral. Natural de Cruzeiro (SP),Puccini morava há oito anos em Curitiba, apóster feito carreira em São José dos Campos. Nacapital paranaense atuou também no apoio aatividades culturais, especialmente na música.

CÉSAR BONDFaleceu na noite do dia 23 deagosto o jornalista, redatorpublicitário e escritor CésarBond, aos 48 anos, na SantaCasa de Curitiba. Ele estavainternado desde o início de julho, quando foisubmetido a um transplante de fígado. César deixouduas filhas, de 27 e 9 anos, e muitos amigos nasredações e agências de Curitiba.

AURÉLIO BENITEZMorreu, aos 77 anos, o jornalista Aurélio Benitez.

Ele trabalhou como repórter e editor de O Estadodo Paraná e se destacou na crítica de arte. Eledeixou viúva a também jornalista Regina Benitez.

de comunicação da informática, que uniaos recursos das mídias impressa eeletrônica.

O terceiro congresso aconteceu entre12 e 14 de setembro de 1997, emLondrina, sob os auspícios do sindicatolocal, que atuou em parceria com oSindijor. A qualidade da informação e suacontribuição para a consolidação dademocracia e a Lei de Imprensa foram osprincipais temas. Os jornalistas tiveramainda a oportunidade de discutir aspropostas em tramitação de uma nova Leide Imprensa e os projetos de

aprimoramento da formaçãoprofissional, um deles apresentadopela Executiva Nacional dosEstudantes de ComunicaçãoSocial (Enecos). Ao final do evento,foi redigida a Carta de Londrina, umdocumento-resumo, cujasorientações enfatizavam anecessidade de melhoria naformação acadêmica comomecanismo necessário para amelhoria da informação naimprensa.

A preocupação com a formaçãofoi reafirmada e enfatizada doisanos depois, no CongressoEstadual de Guarapuava, o quarto.Entretanto, a formação, para alémdo aspecto acadêmico, passou aser entendida no sentido amplo, "apartir da universidade, passandopela reciclagem e qualificação

profissional, até a formação do cidadãoque também exerce uma profissão comreconhecida responsabilidade social".Neste espírito, foi defendido o estímulo aações solidárias de jornalistas. Uma dasteses levantadas foi pela criação deComitês de Ética nas redações. O quartocongresso inovou ao transmitir osdebates, por sistema de videocon-ferência, para auditórios em Curitiba eCascavel. As teses também foramdisponibilizadas na internet comantecedência e foram criadas salas dediscussão virtuais sobre elas.

Congresso Estadual dos Jornalistas, realizado em Cascavel, em novembro de 1993

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Samuel. Duas vozes de WainerJoëlle Rouchou, 209 pp., UniverCidade Editora,Rio de Janeiro, 2004, R$ 27,00

A jornalista Joëlle Rouchou lança umnovo olhar sobre o polêmico jornalistaSamuel Wainer com o livro produzidoa par t i r de sua d isser tação demestrado Samuel. Duas vozes deWainer, defendida há oito anos naEscola de Comunicação daUniversidade Federal do Rio de

Janeiro (ECO-UFRJ). Professora da Escola deJornalismo da UniverCidade desde 1987, Joëlle, quetrabalhou no Jornal do Brasil e na Veja, analisa asmemórias de Samuel Wainer como jornalista e comojudeu. As fitas gravadas por Wainer para suaautobiografia (que também deram origem ao livroMinha razão de viver, organizado por Augusto Nunes)foram a base do trabalho, que contou ainda comentrevistas com parentes e amigos do jornalista, paramontar um quadro em que sua vida é encarada peloenfoque do Jornalismo e da identidade judaica. Entreos pontos que a autora sublinha está a cobertura porWainer do Tribunal de Nuremberg. “Ele declara ser oúnico jornalista brasileiro cobrindo o Tribunal. Epercebi que ele também era um judeu assistindo aessa condenação dos carrascos. Nesse momento, osilêncio, a falta de comentário, a ausência do ódio,me indicaram que a identidade judaica aparecia dessavez não verbalizada pelo não-dito, pelo silenciado”,afirmou.

A genealogia do virtual – comunicação, culturae tecnologias do imaginárioFrancisco Menezes Martins e Juremir Machadoda Silva (orgs.), 278 pp., Editora Sulina, PortoAlegre, 2004; R$ 33,00

Partir do cenário presente e percorreras trilhas por onde o virtual se tornouo que é, pode ser definido como oprincipal objetivo deste livro, quereúne uma seleção de pesquisadoresde d iversas nacional idades eportadores de pontos de v is tateóricos bastante distintos. A idéia és inal izar a d i ferença daspossibilidades potencializadas pela

aventura do pensamento humano, tendo como objetode estudo a comunicação no estado de virtualizaçãodo mundo e da vida. Esta publicação se junta à sérieCibercultura editada pela Sulina em seu mais novoprojeto editorial. Trata-se de uma coletânea de textosdividida em duas partes. A primeira parte, “Culturapós-moderna e Teorias da Comunicação”, estádedicada à compreensão da atmosfera culturalcontemporânea, desde estudos de viés pós-moderno,como Morin, Maffesoli, Lipovetsky, Cauduro, atéanálises de hipóteses de comunicação, como asdesenvolvidas por Mattelart, Katz, Garnham eSchudson. A segunda parte, denominada “Tecnologiasdo Imaginário e Pensamento Contemporâneo” abreespaço para as reflexões sobre as tecnologias decomunicação e a revolução do virtual, como nos textosde Wolton, Lévy, Lemos, Pfohl e Vaz. Sobre opensamento filosófico que influenciou os atuaisestudos sobre a técnica e o imaginário, escrevemKellner, Machado da Silva e Menezes.

O Baú de Nelson Rodrigues - Osprimeiros anos de crí t ica ereportagem (1928-35)Nelson Rodrigues, 304 pp. ,Companhia das Letras, São Paulo,2004; R$ 39,50.Nelson Rodrigues (1912-80) começoua escrever profissionalmente aosquinze, dezesseis anos. Filho dojornalista Mário Rodrigues (dono do

Biblioteca da comunicação

Em Curitiba, através da rede ALL Sul: Tobias Grill (churrascaria), Lua Azul (educação infantil), Bom Jesus (laboratório), Esquina Vídeo(locadora), Geneve (fonoaudiologia), Pet Times (banho e tosa de animais), Ambiente’s (academia), Physical Center (academia), Vídeo 1(locadora, lojas 1 e 2), Per Tutti (churracaria), Pizza Set (entrega de pizzas), China Food (entrega de refeições).

Novos convênios Novos convênios Novos convênios

Mais informações no site www.sindicatopr.com.br/sindijor/

diário A Manhã, criado em 1925), Nelson estreou nacrítica e na reportagem escrevendo matérias queserviriam de inspiração para sua obra ficcional etambém para sua dramaturgia, iniciada com a peça Amulher sem pecado (1941). Os textos de O baú deNelson Rodrigues foram coletados entre 1928 e1935, período em que Nelson trabalhou nos jornais AManhã, Crítica e O Globo. Fruto de uma pesquisa desete anos feita pelo diretor teatral Caco Coelho, olivro compila os melhores textos do início da atividadedo então repórter e crítico, que já trazem seu estiloinconfundível e antecipam personagens eprocedimentos de obras posteriores de ficção e deteatro, como os romances O casamento e Meu destinoé pecar, e as peças Álbum de família, A falecida eVestido de noiva, entre outras. Na primeira parte dolivro, que reúne críticas e crônicas, Nelson Rodriguesdiscorre sobre traduções de Edgar Allan Poe e OscarWilde, escritores brasileiros como Raul de Leone,autores estrangeiros como o romancista francês ÉmileZola e outras personagens do mundo artístico dasdécadas de 20 e 30, como a sensual bailarina ErosVolusia (filha da poeta Gilka Machado), por quemNelson foi apaixonado. Há também duas crônicassobre Rui Barbosa e o primeiro texto de Nelson sobreteatro (publicado na Crítica, em 1928), abordando apolêmica que envolveu os atores Procópio Ferreira eLeopoldo Fróes. A segunda parte do volume édedicada à reportagem. Os textos selecionados sãosobretudo policiais e registram casos cotidianos daépoca: acidentes, brigas de rua, desavençasdomésticas e suicídios, universo que seria o embriãodas obsessões de A vida como ela é. Além desses,há uma matéria sobre o pintor Cândido Portinari edois artigos sobre futebol: um perfil do goleiro Jaguaré,o Dengoso, e uma entrevista com Mr. Taylor, o técnicodo Fluminense no tricampeonato de 1918, 1919 e 1920.

A Ditadura Encurralada (O Sacerdote e oFeiticeiro)Elio Gaspari, 560 pp., Companhia das Letras, SãoPaulo, 2004; R$ 56,00

A ditadura encurralada, quarto livrode Elio Gaspari, narra o processo deisolamento político que o presidenteErnesto Geisel e seu chefe doGabinete Civil, Golbery do Couto eSilva, impuseram à linha dura doregime militar. Nos mil dias quetranscorreram entre o final da censuraao jornal O Estado de S. Paulo, poucodepois da derrota eleitoral de 1974

(episódio narrado no terceiro volume da série), e ademissão do general Sylvio Frota, em 77, Geisel eGolbery se v i ram emparedados entre osrepresentantes mais radicais da máquina repressivae os movimentos sociais, que ganhavam novo fôlego.A morte do jornal is ta Vladimir Herzog e asmanifestações estudantis de 77 haviam levado osmilitares a um impasse que Geisel resolveu à suamaneira: reforçando o poder em suas mãos eenfraquecendo a musculatura do regime. Nas palavrasde Gaspari, “queria menos ditadura tornando-se maisditador”. Para escrever A ditadura encurralada, ElioGaspari valeu-se de um precioso arquivo de papéis egravações confidenciais reunidos por Golbery e pelosecretário particular de Geisel, Heitor Ferreira. OSacerdote (Geisel) e o Feiticeiro (Golbery) sãoperfilados num texto de impressionante densidadenarrativa, que completa o relato iniciado em A ditaduraderrotada e conta, em detalhes inéditos, questões deEstado como o apoio brasileiro a um dos grupos deguerrilheiros em Angola, ou as complicadas relaçõesdos militares com o governo americano. Como diz ojornalista Mário Magalhães no texto “Mil dias”, “Geiselpassa de vilão a herói e a vilão de novo a cada página.Hamletiano, encarnava e sintetizava as contradiçõesdo regime militar (1964-85) na sua terceira crise”.

tabela de preçosSALÁRIOS DE INGRESSO JAN 2004/OUT 2004

Repórter, redator, revisor, ilustrador, diagramador,

repórter fotográfico e repórter cinematográfico 1.526,72

Editor 1.984,74

Pauteiro 1.984,74

Editor chefe 2.290,08

Chefe de setor 2.290,08

Chefe de reportagem 2.290,08

Estes são os menores salários que poderão ser pagos nas redações; Os valores

da tabela são para jornada de trabalho de 5 horas.O piso salarial da categoria é

definido em Acordo Coletivo de Trabalho, Convenção Coletiva e/ou Dissídio Coletivo.

FREE LANCE

Assessoria de imprensa

Serviço mensal local 1.526,72

Redação

Lauda de 20 linhas (1.440 caracteres) 81,93

Mais de duas fontes: 50% a mais

Edição por página

Tablóide 106,09

Standard 127,13

Diagramação por página

Tablóide 53,06

Standart 72,36

Revista 39,44

Tablita / Ofício / A4 26,95

Revisão

Lauda (1.440 caracteres) 21,35

Tablóide 44,59

Tablita 33,63

Standard 93,24

Ilustração

Cor 126,58

P&B 84,29

Reportagem fotográfica – ARFOC

Reportagem Editorial

Saída cor ou P&B até 3 horas 266,00

Saída cor ou P&B até 5 horas 401,00

Saída cor ou P&B até 8 horas 678,00

Adicional por foto solicitada 98,00

Foto de arquivo para uso editorial 268,00

Reportagem Comercial/Institucional

Saída cor ou P&B até 3 horas 370,00

Saída cor ou P&B até 5 horas 587,00

Saída cor ou P&B até 8 horas 978,00

Adicional por foto 130,00

Reportagem Cinematográfica

Equipamento e estrutura funcional fornecida pelo contratante

Saída até 5 horas 289,00

Saída até 8 horas 354,00

Adicional por hora 100%

Foto de arquivo para uso em:

Anúncio de jornais (interna) 580,00

Anúncio de Revista (interna) 624,00

Capa de Disco, calendário, revista, jornal 978,00

Outdoor 1230,00

Cartazes, Folhetos e Camisetas 401,00

Audiovisual até 50 unidades 1661,00

Audiovisual acima de 50 unidades a combinar

Diária em reportagem que inclui viagem a combinar

Reportagem aérea internacional a combinar

Hora técnica 78,00

Observações importantes:

A produção (filme, laboratório, hospedagem, transporte, seguro devida, credenciamento, etc.) é por conta do contratante; Narepublicação, serão cobrados 100% do valor da tabela; A fotoeditorial não pode ter Utilização comercial. Trabalhos publicados semcrédito, junto à foto, sofrerão multa de 50% sobre seu valor, conforme alei 9610 de 19/02/98.

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EntrevistaAGÊNCIA PARANAENSE ESTÁ NO AR

Está no ar desde o último domingo o jornal online Agência Paranaense. O endereço é www.agpr.com.br. AAgência Paranaense é um jornal da Por Extenso Jornalismo Ltda. e pertence aos jornalistas Iuri Branco

Losito, Marco Rafael de Freitas Pires, Miguel Angelo Manasses e Rafael de Carvalho Parreira.

Raquel de Carvalho, presidente doSindicato dos JornalistasProfissionais de Londrina, é a

nova vice-presidente regional Sul daFenaj. Eleita pela chapa Mais Fenaj emDefesa da Dignidade Profissional, elaassumiu o posto no mês passado, coma posse da diretoria durante o XXXICongresso Nacional dos Jornalistas, emJoão Pessoa (PB). Jornalista há 20anos, Raquel foi reeleita em abril de2004 para um segundo mandato à frentedo Sindicato de Londrina, da qual foisecretária-geral e suplente da diretoria.É uma das sócias-fundadoras dosindicato, criado em 1988. Editora(liberada) da Folha de Londrina, ondetrabalha há 17 anos, Raquel éespecialista em Comunicação Populare Comunitária pela UniversidadeEstadual de Londrina. Nesta entrevistaao Extra Pauta, ela falou de seus planospara os três anos na Fenaj Sul.

Extra Pauta - O que motivou a suacandidatura à vice-presidência Sul?

Raquel de Carvalho - Participo doSindicato dos Jornalistas de Londrinadesde a sua criação. Fui suplente dadiretoria executiva, secretária-geral epela segunda vez ocupo a presidênciada entidade. Nesses anos, a minhapreocupação foi sempre a defesa dosdireitos dos jornalistas, comoprofissionais e cidadãos, que lhe fossemgarantidos o direito a exercer o seutrabalho com ética, que tivessemcondições adequadas de trabalho, e odireito à saúde e a uma vida digna.Identifiquei-me com as propostas dachapa "Mais Fenaj" e aceitei o convitepara concorrer à vice-presidência Sul.Entendo que posso estender à Fenaj omeu trabalho como sindicalista e dar aminha contribuição para as atividades epara a luta que a Federação desenvolvena defesa dos jornalistas brasileiros.Considero que os quatro sindicatos daregião Sul têm uma contribuiçãoimportante a dar para o fortalecimentoda Fenaj e espero que as diretoriasdessas entidades estejam empenhadasnessa tarefa.

Extra Pauta - Procedem as críticasfeitas pela chapa "Uma outra Fenaj épossível" de que a gestão anterior erainoperante?

Raquel - As críticas da chapa sãocompletamente infundadas. Nos últimostrês anos, a Fenaj levantou e encaminhouquestões cruciais para a categoria. Aprincipal delas, que aglutinou todos os

RAQUEL DE CARVALHO:DESAFIOS DA FENAJ SUL

sindicatos, foi a luta pela regulamentaçãoda profissão, contra o ataque quesofremos com a sentença da juíza CarlaRister. A Fenaj mobilizou o país inteiro pelamanutenção da exigência da formaçãoespecífica para o jornalista, com a rapidezque a matéria exigia. Várias foram asreuniões com parlamentares, inúmerosforam os manifestos em câmaras devereadores do país inteiro, que resultaramem moções de apoio e solidariedade ànossa luta. No plano jurídico, atuou comolitis consorte, comprovando ser parteinteressada no processo, e tem lançadomão de todos os meios para enfrentar aquestão. Ainda no plano da defesa daregulamentação, mobilizou todo o país emtorno da criação do Conselho Federal deJornalismo, que resultou no projeto de leique o presidente Lula enviou ao CongressoNacional.

Extra Pauta - Quais as metaspráticas para o trabalho da vice-presidência regional?

Raquel - A vice-regional devecumprir o papel de aglutinador dosquatro sindicatos. O trabalho conjuntoé fundamental para enfrentar os nossosdesafios. O tempo tem nos mostradoque a união é uma arma importante(haja vista as campanhas realizadaspelos sindicatos de Londrina e doParaná). Porém, precisamos agir alémdas campanhas salariais e dosmomentos de crise. A unidade regionalpode resultar na redução de problemasfinanceiros. Podemos viabilizar umpool para a produção de materiais epara a assessoria jurídica eeconômica. São necessárias açõesque visem também a capacitação dedirigentes, debates sobre legislação emercado de trabalho nos três estados.Na região Sul há uma grandeconcentração de veículos decomunicação nas mãos de poucosgrupos, o que não deixa de ser umaamostra da situação do Brasil. A

aglutinação dos sindicatos em tornoda vice-sul pode oportunizar o debatesobre o sindicalismo, tema na ordemdo dia da sociedade brasileira.Podemos pensar na vice-Sul comouma entidade interestadual,experienciando aqui a tendência de secriar sindicatos maiores. Podemoscomeçar com unidade de ação, semfusões, mas com atos unif icadosconcretamente.

Extra Pauta - Quais são aspeculiaridades do Jornalismo nos trêsestados do Sul que devem serconsideradas pela vice-presidênciaregional?

Raquel - A concentração dosveículos nas mãos de poucos, asempresas familiares com forte presençana política, como o grupo PauloPimentel, Martinez, RPC, no Paraná ea RBS, no Rio Grande do Sul e SantaCatarina. Temos questões demobilização, do duplo emprego e dodesrespeito aos jornalistas enquantocategoria profissional. Na minha opiniãouma das metas mais importantes nostrês estados é a valorização profissional,que levaria a um estágio em que ojornalista passasse a se considerar umprofissional merecedor do respeito doseu empregador, da sociedade e queestivessem plenamente garantidos osseus direitos de cidadão.

Extra Pauta - Qual será aparticipação dos sindicatos nas açõesda Fenaj Sul?

Raquel - Não conseguimos ver aFenaj sem os sindicatos. A participaçãoé essencial e os sindicatos devemassumir a responsabilidade pelaregional, agindo concretamente. Talcomo a Fenaj, as regionais não têmdinheiro nem estrutura, atuam comoaglutinadoras. A Fenaj Sul temcontribuições importantes a dar àentidade. Ações propostas pela Fenajforam bem-sucedidas no Sul, como oprojeto de estágio e a Cátedra deJornalismo. Pretendemos incentivaroutras regionais e sindicatos do país aadotar essas ações. Essas ações sótiveram êxito pelo empenho e esforçodos sindicatos.

Raquel de Carvalho: Sindicatos são fundamentais

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Defesa corporativaARFOC-PR MONTA EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA

A Arfoc-PR está recebendo fotos para montar a 18ª edição da Mostra de Fotojornalismo. Repórteresfotográficos que quiserem participar devem entregar fotos 30 x 40 cm na sede da Arfoc-PR (Rua José Loureiro,

211, em Curitiba), ou enviar imagem digital em tamanho equivalente para o e-mail [email protected]

JORNALISTAS QUEREMCONCLUIR NEGOCIAÇÃO DA CCT

O Sindijor vai ingressar com umaação contra o INSS, em nome de todosos jornalistas do Estado, para que ostrabalhadores recobrem os valoresdescontados a mais como contribuiçãoprevidenciária do mês de dezembro dosúltimos cinco anos e também queconsigam o desconto na proporçãocorreta.

SINDIJOR VAI COBRAR NA JUSTIÇA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA PAGA A MAISSegundo jurisprudência do Superior

Tribunal de Justiça, a contribuiçãoprevidenciária sobre a remuneração dedezembro deve ter incidência depercentual sobre a soma do salário domês e do 13º. A incidência em separadoacarreta contribuição dupla. Emfundamentação de voto, o ministro do STJLuiz Fux afirmou que “é descabida e ilegal

a contribuição previdenciária incidentesobre a gratificação natalina calculadamediante aplicação, em separado, databela relativa às alíquotas e salários-de-contribuição, conforme previsto no § 7.ºdo art. 70 do Decreto 612/1992”.

Os mais afetados são ostrabalhadores que ganham valorespróximos do teto do INSS (hoje, R$

2.505,00), conforme explica o advogadoSidnei Machado, assessor jurídico doSindijor. Para um empregado querecebeu R$ 1.800,00 em 2003, porexemplo, ao receber o salário emdezembro teve desconto de R$ 396,00de INSS, enquanto o devido seria deapenas R$ 205,62, o que representauma contribuição a maior de R$ 190,38.

Independentemente dos resultados danegociação da nova convenção coletiva, em outubro(recebido até o quinto dia útil de novembro), peloque determina a CCT vigente, os salários de todosos jornalistas do Estado devem receber o reajusteque integraliza a inflação do período anterior. O

EM OUTUBRO, SALÁRIOS SERÃO REAJUSTADOS EM 4,92%

OSindijor espera terminar o mais breve possível a negociação da convençãocoletiva de trabalho 2004-2005 – Campanha

Jornalista Merece Respeito. Com a entrega, no dia 2de agosto, da proposta aprovada em assembléia, oSindijor pretendia ir negociando primeiramente ascláusulas não econômicas para deixar para o final oreajuste salarial. No entanto, os patrões, sob aalegação de que as empresas ainda não saíram daconjuntura econômica desfavorável que abalou o setorde comunicações no país, estão colocando comofundamental a negociação de valores salariais, para,segundo eles, não causar prejuízos às finanças dasempresas.

Com isso não avançaram as discussões da CCT.Os representantes do sindicato patronal disseram quea convenção coletiva não pôde avançar em conquistasde Condições de Trabalho e Garantias Profissionais.As cláusulas da proposta apresentada pelosjornalistas, segundo eles, acarretariam custosfinanceiros diretos e indiretos altos. Ainda segundoeles, as empresas jornalísticas passam por ummomento particularmente ruim e não comportariamnovos encargos, sob risco de terem a continuidadede seus negócios comprometida.

PAUTANas cláusulas econômicas, os jornalistas estão

reivindicando o estabelecimento de um reajustesalarial de 8% a partir de outubro – acima da inflaçãoprojetada – e a criação de um índice de produtividadede 1,5%. Além disto, os jornalistas reivindicam umaparticipação nos lucros e resultados de um salárioa cada seis meses. Outras inovações propostas pelaclasse são a criação de auxílio funeral para osjornalistas e seus parentes de primeiro grau,estabilidade aos profissionais que estão a dois anosda aposentadoria, implantação do vale-refeição eplano de saúde e a criação de comissões de éticanas redações para avaliar casos de assédio moral.

A assistência médica (cláusula 42) é um dospontos principais da proposta, que reivindica também

cobertura odontológica e estipula queé responsabilidade da empresaprovidenciar meios para o tratamento dojornalista até sua completarecuperação, em casos de doençasocupacionais. Uma cláusula extensa (a47) versa sobre as medidas de proteçãoà saúde e à integridade física dojornalista. Ela destaca que osambientes de trabalho têm de serhigiênicos, agradáveis e seguros. Paraisso, os jornalistas reivindicamavaliação de médicos do trabalho, osresultados de exames médicos, a não-exigência de testes de gravidez e Aids,adicional de insalubridade paralaboratoristas, de ambiente comtemperatura, iluminação e nível deruídos controlados, entre outros itens.Também a LER, um dos principaisproblemas de saúde dos jornalistas écontemplada: ao ser constatada, aempresa deve fazer Comunicado deAcidente de Trabalho.

Outra reivindicação é o vale-refeição(25 vales no valor de R$ 9,50). Por váriosanos, os patrões se recusaram a pagar vale-refeiçãosob a alegação de que os jornalistas ou trabalhavampela manhã ou à tarde, não passando o horário dealmoço no trabalho, o que é facilmente desmentidocom o ritmo de trabalho nas redações, pelo qualjornadas de sete horas são comuns. Os jornalistaspleiteiam este direito legítimo, que há tempos é umarealidade comezinha de diversas categorias.

índice a ser aplicado é de 17,51% sobre o saláriorecebido antes do reajuste de 12%, ou então de4,92% sobre o salário já reajustado. O valor de 4,92%sobre o valor já corrigido supre a diferença do índiceainda não pago. A antecipação salarial também devereceber a correção.