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Jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná - Nº 76 - outubro - novembro - dezembro - 2005 - ISSN 1517-0217 [email protected] http://www.sindijorpr.org.br Impresso Especial 3600137940-DR/PR SIND. DOS JORNALISTAS CORREIOS Diploma Justiça restabelece exigência da formação superior em Jornalismo Páginas 3 a 5 Convenção Coletiva Jornalistas vão a dissídio e fecham convenção Página 6 EXTRA PAUTA O Sindijor fechou as comemorações de seus 60 anos da forma mais apropriada: prestigiando aqueles que são a razão de ser da instituição, os jornalistas. O sucesso da primeira edição do Prêmio Sangue Bom do Jornalismo Paranaense mostrou o enorme talento dos profissionais do Estado e a importância de iniciativas de estímulo para os jornalistas. Nascido na trajetória de sucesso do Prêmio Sangue Novo, para acadêmicos, o Sangue Bom promete crescer ainda mais. Nesta primeira edição, foram 78 trabalhos inscritos em oito categorias, julgados por profissionais de outros Estados. Páginas 9 a 12 1º SANGUE BOM Sonia Melle Julio Covelo

Extra Pauta Ed. 76

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Outubro - Novembro - Dezembro/2005

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Page 1: Extra Pauta Ed. 76

Jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná -Nº 76 - outubro - novembro - dezembro - 2005 - ISSN 1517-0217

[email protected]

http:/ /www.sindijorpr.org.br

ImpressoEspecial

3600137940-DR/PRSIND. DOS

JORNALISTAS

C O R R E I O S

Diploma

Justiça

restabelece

exigência da

formação superior

em Jornalismo

Páginas 3 a 5

Convenção

Coletiva

Jornalistas vão a

dissídio e fecham

convenção

Página 6

EXTRA PAUTA

O Sindijor fechou as

comemorações de seus 60 anos da

forma mais apropriada:

prestigiando aqueles que são a

razão de ser da instituição, os

jornalistas. O sucesso da primeira

edição do Prêmio Sangue Bom do

Jornalismo Paranaense mostrou o

enorme talento dos profissionais

do Estado e a importância de

iniciativas de estímulo para os

jornalistas. Nascido na trajetória de

sucesso do Prêmio Sangue Novo,

para acadêmicos, o Sangue Bom

promete crescer ainda mais. Nesta

primeira edição, foram 78

trabalhos inscritos em oito

categorias, julgados por

profissionais de outros Estados.

Páginas 9 a 12

1º SANGUE BOM

Sonia Melle

Julio Covelo

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EDITORIAL

Classe fecha o ano mostrando força e coesãoSindijor fecha o ano comduas importantesconquistas: o fechamentoda Convenção Coletiva deTrabalho - uma tarefa que

se demonstrou árdua ao longo danegociação - e a realização doPrêmio Sangue Bom no JornalismoParanaense, uma iniciativaimportante para reconhecer otrabalho dos profissionais doEstado.

Os últimos meses de 2005foram marcados pela tensão no

O

Extra Pauta é órgão de divulgação oficial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná.Endereço: Rua José Loureiro, 211, Curitiba/Paraná. CEP 80010-140. Fone/Fax (041) 3224-9296. E-mail: [email protected]

Expediente

Jornalista Responsável - Ricardo Medeiros - Reg. prof. 24866/106/81 - Redação - Adir Nasser Junior - [email protected] - Colaboraram - EmersonCastro, Aniela Almeida, AJAP, Ciranda, Claudio Stringari - Fotografias - Sonia Melle, Julio Covello - Ilustrações - Simon Taylor - Edição Gráfica - Leandro Taques -

Tiragem - 4.000 - exemplares - Impressão - Helvética - Composições Gráficas Ltda.

As matérias deste jornal podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte. Não são de responsabilidade deste jornal os artigos de opinião e as opiniões emitidas em entrevistas, por nãorepresentarem, necessariamente, a opinião de sua diretoria.

fechamento da Convenção, queculminou no dissídio da categoria,em dezembro, quando tivemos derecorrer à Justiça para a conclusãodo acordo. Tudo por conta de umasérie de atitudes desrespeitosaspor parte dos patrões, quetentaram criar saláriosdiferenciados para o interior doEstado e congelar o piso dacategoria - propostas que, seaceitas, representariam o fim daisonomia entre os profissionais e ageração de perdas irreparáveis.

A mobilização dos jornalistasfoi sentida por diversasmanifestações recebidas peloSindijor: maciçamente, osprofissionais rejeitaram aspropostas patronais e exigiram amanutenção dos direitos e arecuperação das perdas. E assimfoi. Na primeira audiência dodissídio, obtivemos um acordopara renovar as cláusulas daconvenção anterior e repusemos ainflação do período, mantendo opoder aquisitivo do trabalhador.

Igual participação pudemosconstatar no Prêmio SangueBom. Superando asexpectativas, foram registrados78 trabalhos nas oitocategorias. É um bom começopara uma iniciativa que vaiperiodicamente reconhecer omérito dos profissionais doParaná, aos quais certamentenão falta talento. A todos oscolegas, que deram estamostra preciosa demobilização, um feliz 2006.

Nilson Lage (*)

em-se falado -principalmente a partir dopremiado portal de FernandoRodrigues - em bancos dedados relacionando-os com

o controle público dos órgãos doEstado, a partir da disposição doImpério (Banco Mundial, FMI etc.) deperseguir os corruptos, aos quaisatribui parte significativa da pobrezados países do Terceiro Mundo (e sódeles...).

No entanto, bancos de dados têmutilidade potencial muito mais amplaem Jornalismo. Acredito que umaeditoria de economia, de política, deassuntos da cidade, de esportes,sobretudo em veículos impressos,ganharia muito se destinasse partede seu tempo e custos a montarbancos de dados e a colecionar osdados que o preenchem, o que podeser feito, em parte,automaticamente.

Os bancos de dadosrepresentam, na verdade, o único

Guarde seus dados no banco

instrumento capaz de tornarcompetitivos os jornais diários erevistas semanais nãoespecializadas sem fazer de uns eoutras depósito de palpites eopiniões abalizadas ou não, sobre osmais variados assuntos. Em suma,jornais de colunas assinadas pormedalhões, políticos escolhidos adedo ou sujeitos tidos por sábios,com algum espaço entre elas parapress releases e matérias quereproduzem textos já divulgados, naessência, por páginas da internet ouprogramas de televisão. Talvezescapem a isso as páginas deeconomia com cotações e câmbio eas revistas de fofocas, como Caras.

Além da concorrênciaCom bancos de dados será

possível contextualizar e apresentarem poucas horas fatos anterioresarticulados a partir de um fatogerador de interesse. Por exemplo,se a bomba atômica for algum diautilizada, a história dos explosivosnucleares; se morreu o papa, umarevisão cuidadosa de sua gestão (no

caso de João Paulo II, suaaproximação com a direitafundamentalista, Opus Dei, cleropolonês) e seu esforço para apressara derrocada do socialismo; se ospreços do café atingem nível muitobaixo, a busca de uma constantenas flutuações do produto diante devariáveis como a produção, os altose baixos da economia mundial, ascampanhas contra a cafeína etc. Ecorrelacionar eventos simultâneos,como o tamanho do buraco deozônio e a incidência de doençascausadas pela radiação solar.

Outra possibilidade é daspróprias fontes, que tem interesseem divulgar fatos, montar seusbancos de dados, como fez, peloque sei, o Tribunal de Contas de SãoPaulo.

Uma terceira, de jornalistas dedada área (digamos, mercado decapitais, ou moda e costumes) seassociarem para construir o bancode dados independentemente deveículos. Acho que isso é menosprovável por causa do clima de

concorrência que se instalou nacategoria, da dificuldade dediscernir, num primeiro momento, oque é matéria exclusiva ou não; edo custo de suporte que, com atecnologia atual, esses bancosexigem para ser construídos -assunto, basicamente, dasciências da informação,sucessores informatizados dosbibliotecários de antigamente. Aaliança entre esses doissegmentos, ficando os jornalistascom a incumbência de acrescentartratamento semântico aosthesaurus e acervos de acessopúblico ou restrito, ainda é umsonho que a comunicóloga impedede se implantar; é, no entanto,empreendimento empresarial depequeno porte que pode se tornarauto-sustentável e até muitolucrativo.

(*) Jornalista, professor titular daUniversidade Federal de Santa

Catarina, originalmente publicado noObservatório da Imprensa.

T

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NÁDIA FONTANA COM NOVAS ATRIBUIÇÕES NA GAZETAA jornalista Nádia Fontana, do núcleo de coordenadores da Gazeta do Povo, dividiutarefas com Marleth Silva. Nádia tem sob sua responsabilidade agora as editorias deProjetos Especiais, Imóveis, Caderno do Automóvel, Construção e Decoração e Opinião

TIAGO RECCHIA NA GAZETA DO POVOO cartunista Tiago Recchia, criador dos personagens "Los 3 Inimigos" - Atleticon,Corisco e Paranito - , deixou após 9 anos a editora O Estado do Paraná, eingressou na Gazeta do Povo.

pós quatro anos tendo suaprofissão depreciada porequívocos, finalmente osjornalistas podemcomemorar: decisão do dia

26 de outubro do Tribunal RegionalFederal da 3ª Região, no julgamentode recurso de apelação da União,Fenaj e Sindicato dos Jornalistas deSão Paulo, fez voltar a exigência deformação específica em Jornalismopara o exercício da profissão. Aaprovação por unanimidade do voto dorelator, juiz convocado ManoelÁlvares, restaurou a ordem nadisciplina legal da profissão dejornalista, que por cerca de três anosficou entregue ao oportunismo e aodescrédito. O relatório e os votos dasdesembargadoras Salette Nascimento e AldaBasto deixaram clara a distinção entre liberdadede manifestação do pensamento ou deexpressão e regulamentação profissional.

Este foi o resultado de uma longa e árdua lutada categoria. A mobilização no Outubro

Vermelho, campanha da Fenaj para sensibilizar aopinião pública às vésperas do julgamento dorecurso, foi vitoriosa. O envio massivo de e-mailshavia sido estimulado pela federação, e os juízesforam informados pelos colegas dos riscosrepresentados por aquilo que, na prática, seria o

A

Justiça restaura obrigatoriedade

da formação em Jornalismo

DIPLOMA

Profissionais livram-se de um período obscuro de desvalorização da atividade

HISTÓRICO

OUTUBRO DE 2001 - A juízafederal Carla Abrantkoski Risterconcede liminar em ação doMinistério Público Federalsuspendendo a exigência deformação superior em Jornalismopara o registro profissional.JANEIRO DE 2003 - Publicada adecisão dada em dezembro de2002 que ratifica a suspensão daexigência do diploma.FEVEREIRO DE 2003 - Em novadecisão, num mandado desegurança individual, Carla Risterobriga a Fenaj a emitir a carteirade jornalista a quem obtiver oregistro precário.

ABRIL DE 2003 - No dia 7, Dia doJornalista, profissionais e estudantesem todo o país se mobilizam contraa decisão.JULHO DE 2003 - A liminarconcedida na ação do MinistérioPúblico Federal foi derrubada peladesembargadora Alda Basto. Voltatemporariamente a valer a exigênciada formação.DEZEMBRO DE 2003 - Sob aalegação de ameaça de "danosirreparáveis" aos precários, o juizfederal Manoel Álvares confirmadecisão de Carla Rister e determinaque a Fenaj emita carteiraprofissional e as Delegacias

Regionais do Trabalho façam oregistro de quem não possui nívelsuperior em Jornalismo.MARÇO DE 2004 - Em outra ação, oentão procurador-geral da república,Claudio Fonteles envia parecer aoSupremo Tribunal Federaldemostrando que é necessária aformação superior específica emJornalismo para quem quer exercer aprofissão.MARÇO DE 2004 - Em contestaçõesjudiciais, a Fenaj começa a barrar aconcessão de carteira de jornalistasa precários.ABRIL DE 2004 - Jornalistasentregam ao presidente Lula o

projeto de criação de umconselho para a profissão. Seriauma forma de consolidar aregulamentação.JUNHO DE 2005 - Dia 21 émarcado como data da Nacionalem Defesa da Formação eRegulamentação Profissional doJornalista, com manifestações emtodo o país.OUTUBRO DE 2005 - Apelaçãoda União, Fenaj e Sindicato dosJornalistas de São Paulo éjulgada no Tribunal RegionalFederal da Terceira Região. Porunanimidade, a exigência daformação específica

fim da regulamentação da profissão dejornalista no Brasil.

O envolvimento dos jornalistascontinuou durante e após o julgamento,com a vigília em frente ao TRF porprofissionais e estudantes, quecomemoraram a decisão com abraçosimbólico ao prédio e passeata até asede do Sindicato dos Jornalistas de SãoPaulo, onde houve plenária da Campanhaem Defesa da Formação,Regulamentação Profissional e doJornalismo.

PRECÁRIOSNo dia 30 de novembro foi publicado,

no Diário Oficial da Justiça, o acórdão dojulgamento. Com isso, as DelegaciasRegionais do Trabalho deixaram de emitir

novos registros precários. Os sindicatos e aFenaj já solicitaram ao Ministério do Trabalho eEmprego o cancelamento dos mais de 13 milregistros irregulares concedidos a título precáriodurante a vigência das decisões judiciaiscontrárias à exigência da formação específica.

Jornalistas e estudantes se manifestam em frente ao Tribunal

Sonia Melle

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KÖNIG E ROSA GANHAM O VLADIMIR HERZOGOs jornalistas Mauri König e Albari Rosa, da Gazeta do Povo, receberam o Prêmio VladimirHerzog pelo primeiro lugar na categoria Jornal, obtido com a série de reportagens "A Infânciano Limite".

ÂNGELO BINDER NO PARANÁ CLUBEO jornalista Ângelo Binder, ex-repórter do jornal Arquibancada,continua na área de esportes. Ele assumiu a assessoria deimprensa do Paraná Clube.

Juiz concorda com

argumentos dos jornalistas

O

DIPLOMA

Manoel Álvares muda de postura e rejeita teses contra a regulamentação

voto do relator, juizconvocado ManoelÁlvares, aprovadopor unanimidade nasessão do Tribunal

Regional Federal (TRF),refutou todos os argumentosusados contra aqueles quetentavam acabar com aregulamentação da profissão.Ele considerou que todas asnormas do Decreto-Lei 972/69, que regulamenta aprofissão, foramintegralmente recepcionadaspela Constituição, sendo,portanto, legítima a exigênciados requisitos para oexercício da profissão(registro profissional eformação superior emJornalismo). “Democrático éque a profissão de jornalistacomporta regulamentação eexigência de qualificaçãopara seu exercício, sem qualquerofensa ao princípio daproporcionalidade e razoabilidade. Aocontrário, a limitação é permitida nopróprio texto constitucional, elevando,inclusive, o princípio da dignidadehumana como um de seus principaisfundamentos”, afirmou o juiz.

Álvares considerou ainda oportunaa manifestação do Sindicato dosJornalistas de São Paulo quedefendeu no processo que oJornalismo não fosse praticado porpessoas sem preparo, ainda quetenham uma vasta cultura ou sejamaltamente especializadas. “Assimcomo o advogado que estuda astécnicas jurídicas e deve serhabilitado par exercer a suaprofissão, respondendo civilmente

pelos seus atos, o mesmo do médicoresponsável pela boa aplicação daciência e conhecimento técnico parasalvar vidas, o jornalista é pelacorreta apuração dos fatos e melhorapresentação da informação aopúblico”, argumentou o sindicato,lembrando que o jornalista tem umapreparação específica para oprocessamento da notícia, bem comoque a própria regulamentação daprofissão reserva a possibilidade daatuação de especialistas naimprensa, desde que na condição decolaboradores, não impedindo amanifestação do pensamento.

Os autores da ação apontavamque a regulamentação da profissãode jornalista afrontaria a ConvençãoAmericana de Direitos Humanos, no

que tange a liberdade de pensamentoe expressão. O juiz, analisando osargumentos, disse que não houveincompatibilidade entre a convenção,que integra o sistema jurídiconacional, e os direitos constitucionaisde liberdade de manifestação depensamento, de expressão einformação, da mesma forma que nãoafeta a liberdade de profissão. Álvaresobservou em seu voto que existejurisprudência sobre a obrigatoriedadedo diploma para a profissão, nãoocorrendo incompatibilidade entre aregulamentação da profissão noBrasil e o parecer da CorteInteramericana de Direitos Humanos.

“A imprensa configura-se comoum importante instrumento dasociedade para a defesa e a

manutenção do EstadoDemocrático de Direito. Porcorolário, imprensa eliberdade são termosinseparáveis, sendoinconcebível a existência daimprensa sem a garantia daliberdade de expressão emanifestação depensamento, quandosomente por meio dela asociedade pode concretizaro direito à informação,tutelado no textoconstitucional vigente”,afirmou o magistrado,justificando, assim, aimportância da atividade dojornalista e a necessidadede que ele tenha umapreparação adequada.

Embora tenhadesconsiderado asquestões preliminares daFenaj e da União – que

alegavam a inadequação da açãocivil pública para discutir o mérito, ailegitimidade do Ministério Públicono caso e cerceamento de defesa –,o importante é que o juiz relator,que anteriormente havia seposicionado contrariamente àexigência da formação superiorespecífica, reconheceu o mérito dademanda dos jornalistas, no que foiseguido pelas duasdesembargadoras, SaletteNascimento e Alda Basto, estaúltima já tendo se posicionadoanteriormente contra o “vale-tudo”instaurado pela decisão de CarlaRister. “Imprescindível eextremamente importante que seaprenda jornalismo na faculdade”,afirmou Alda Basto, em seu voto.

Sonia Melle

Aspecto do Tribunal durante a sustentação oral de um dos advogados

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KÖNIG RECEBE PRÊMIO DE DIREITOS HUMANOSMauri König ainda dividiu com Fábio França de Gusmão, do Extra-RJ, o primeirolugar na categoria Reportagem do Prêmio XXII Prêmio Direitos Humanos deJornalismo, do Movimento de Justiça e Direitos Humanos e a OAB-RS

MARCO ASSEF DE VOLTA A CURITIBAO jornalista Marco Assef, que estava em João Pessoa trabalhando na afiliada doSBT na Paraíba, voltou para Curitiba, onde passou a atuar na Rede Independênciade Comunicação (RIC).

Projeto de funções jornalísticas

segue tramitando no Senado

DIPLOMA

stá tramitando desde maiona Comissão de AssuntosSociais do Senado oprojeto da novaregulamentação da

profissão de jornalista (PLC 79/2004). Em dezembro, ele teveparecer favorável aprovado e agoraestá na Subsecretaria deCoordenação Legislativa do Senado.O projeto, elaborado pela Fenaj eapresentado pelo deputado PastorAmarildo (PSC-TO), foi aprovado na

ECâmara no final de 2004, e ficousem tramitar no Senado por força deum pedido de sobrestamento (nãodiscussão temporária) do senadorEduardo Azeredo (PSDB-MG). Oparlamentar queria que só houvessetramitação do projeto quando fosseapresentado o projeto de criação doentão Conselho Federal deJornalismo. Desde maio, o projetovoltou à tramitação normal.

O novo projeto altera dispositivosdo Decreto-Lei n.º 972/69, que

regulamentou a profissão dejornalista. São consideradas pelonovo projeto novas funções,acompanhando as mudançasocorridas na profissão. De 11,passa-se a 23 funções próprias dosjornalistas profissionais. O novo roldas funções inclui editorresponsável, editor de jornalismo,subdiretor de jornalismo,coordenador de reportagem,pauteiro, coordenador de revisão,coordenador de imagens, editor,

coordenador de pesquisa, redator,noticiarista, repórter, comentarista,arquivista-pesquisador, revisor,repórter-fotográfico, repórter-cinematográfico, diagramador,processador de texto, professor deJornalismo, ilustrador, produtorjornalístico, além de assessor deimprensa, uma antiga reivindicaçãoda categoria, que coloca sobamparo legal a atividade exercidapor mais de 50% dos jornalistas doBrasil.

Luta pelo CFJ ganha corpo após a vitória pela formação

A vitória obtida na Justiça contribuidecisivamente na campanha emdefesa da valorização da profissão dejornalista e reforça a luta pelaconstituição do Conselho Federal dosJornalistas (CFJ). Esta foi a opiniãounânime dos presentes na plenáriada Fenaj realizada em São Paulo,após o julgamento. Segundo opresidente do Sindijor, RicardoMedeiros, que participou juntamentecom outros líderes sindicais daplenária, a categoria precisa de umconselho para evitar novas aventurasjurídicas contra ela.

A luta pela concretização doconselho, obstruída por um acordo delideranças no Congresso Nacional noano passado, se insere na propostados jornalistas de uma comunicaçãomais ética e responsável. A Fenaj jáanunciou que continuará com otrabalho de aproximação e debatescom professores e estudantes noscursos de Jornalismo, em defesa da

qualidade do ensino.Esse debate inclui aretomada do tema doconselho, que tem umaagenda até o XXXIICongresso Nacionaldos Jornalistas, emOuro Preto (MG), emjulho do ano que vem,passando peloSeminário Nacional deÉtica, entre março, emLondrina.

LUTASApesar da força

dada a nós pela vitóriana questão daformação, o Jornalismocontinua sofrendo revezes etentativas de depreciação, queprecisam ser combatidas. Uma delasé a proposta de retorno do ciclobásico, com a redução do tempo deformação dos futuros jornalistas e da

volta da dicotomia teoria e prática,previstos no Projeto de ReformaUniversitária encaminhado peloExecutivo ao Congresso Nacional.Outra é a exclusão injustificada doJornalismo como subárea da

Comunicação no modelopreliminar de Tabela dasÁreas de Conhecimento(TAC) divulgado pelaComissão EspecialCNPq/Capes/Finep.Reagindo a estamudança, que fariaaumentar a distânciaentre a demanda porinovações nacomunicação jornalísticae a oferta de pesquisascientíficas nestesegmento, a AssociaçãoBrasileira dePesquisadores emJornalismo (SBPJor), oFórum Nacional deProfessores em

Jornalismo e a Fenaj manifestaram-se contrários e sugeriram aoMinistério da Educação uma novatabela de subáreas da Comunicação,na qual o Jornalismo voltaria a figurar.

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NEY HERMANN EXPANDE ATUAÇÃOO jornalista Ney Hermann está atuando agora como consultor de comunicação.Sua empresa, a NH Comunicação atua na produção de vídeos e documentários,cursos e palestras e planejamento estratégico em comunicação.

ANDRÉA KRUEGER EDITANDO REVISTA EM ESPANHOLAndréa Greca Krueger é a jornalista responsável pela edição em espanhol darevista especializada em geoprocessamento InfoGEO, publicação da EditoraMundoGEO, fundada em 1998 e que publica a InfoGEO em português.

campanha derenovação daConvenção Coletivade Trabalho 2005-2006 foi tumultuada,

com algumas situaçõesimprováveis e chegou aodissídio da categoria, mas oempenho da categoria fez comque fechássemos o ano com arenovação dos artigos daconvenção com o reajuste dainflação do período anterior,para evitar perdas. Segundo opresidente do Sindijor, RicardoMedeiros,....

A vitória foi conseguida nodia 16 de dezembro, naaudiência de conciliação dodissídio no Tribunal Regionaldo Trabalho, em Curitiba, naqual ficou estabelecido que ossalários serão corrigidos emjaneiro em 4,99%, percentualreferente ao INPC/IBGE doperíodo de outubro de 2004 asetembro de 2005, inclusivesobre o piso salarial dacategoria, que passará a R$1.698,28. Os jornalistas aindareceberão a diferença referente ao atraso noreajuste dos meses de outubro, novembro edezembro, bem como do décimo terceiro salário.Esta diferença será paga em duas parcelasiguais, em janeiro e abril.

O pomo da discórdia, que levou os jornalistasao dissídio, era o congelamento do piso, tese emque os patrões insistiram até serem convencidospelos argumentos dos jornalistas, que foramendossados pela juíza que instruiu o processo,Rosalie Bacila Batista. O Sindijor e o Sindicatodos Jornalistas de Londrina mostraram naaudiência que o congelamento, ao beneficiarapenas as empresas, acabava com a isonomiaentre os profissionais e que não se somaria aoutros encargos, já que a convenção seriarenovada nos termos atuais. Sem argumentos

A

pelo congelamento, os patrões aceitaram oacordo e foi feito o termo de conciliação. Até odia 9 de janeiro, quando será protocolada apetição no tribunal, deve ser divulgado opercentual exato das diferenças, que está sendocalculado pelo Dieese.

PERDA DE DIREITOSOs percalços enfrentados na negociação

foram causados pelas propostas esdrúxulasapresentadas pelos patrões. A primeira delas,apresentada logo na segunda reunião, realizadaainda em setembro, era o condicionamento doavanço das negociações à discussão dascláusulas econômicas, com ênfase naimplantação de um piso diferenciado - leia-semenor - para trabalhadores do Interior do Estado.

DEFESA CORPORATIVA

Jornalistas fecham acordo

para nova convenção coletivaCategoria teve de ir a dissídio para garantir a reposição da inflação

Uma medida não apenasabsurda e conceitualmenteinsustentável, mas tambémproblemática, pois ofereceria orisco de demissões, uma vez queas empresas teriam apossibilidade de dispensartrabalhadores com maioressalários para contratarprofissionais pelo salário-basereduzido. Os jornalistas reagiramde imediato às pretensões dospatrões de reduzir os salários noInterior. "Que proposta maisindecente. Querem dizer quenosso trabalho, no interior, valemenos? Que lástima!!!", foi umadas respostas.

Anteriormente, na primeirarodada, os patrões trataram dedesqualificar a pauta dereivindicações dos jornalistas, quepropunha originalmente areposição da inflação e ainda umaumento a título de produtividade.A proposta, baseada em estudosde desempenho do setor decomunicação, ameaçava, segundoos patrões, "fechar empresas".

A rejeição pelos jornalistas daabsurda proposta levou a uma parada nasnegociações - na qual não faltaram ao Sindijoracusações de tentativas de usurpação da gestãodas empresas -, até que os jornalistas procuraramretomar o diálogo, que - esperava-se - ocorresseem termos mais respeitosos. Mas não foi isso oque ocorreu. Em novembro, os jornalistas foramnovamente surpreendidos pela iniciativa patronalde tentar congelar o valor do piso da categoria.Mas não era só: eles propunham ainda o fim doanuênio e a extinção do adicional de 100% sobreas horas extras. Foi neste momento que osjornalistas propuseram a manutenção dos termosda Convenção Coletiva de Trabalho anterior e orepasse da inflação do período, tese que acabousendo aceita pelos patrões, quando pedimos ainstauração do dissídio.

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FISCALIZAÇÃO

Sindijor notifica e pede

vistoria em empresas

Diretoria de Fiscalizaçãodo Sindijor tem feito umasérie de notificações ajornais e instituições quedescumprem a

Convenção Coletiva de Trabalho dosjornalistas, a CLT e aregulamentação da profissão. Nocaso de não resposta ou de novasuspeita de irregularidade sobreuma mesma empresa, os casossão encaminhados diretamentepara a Delegacia Regional doTrabalho (DRT), com pedido defiscalização. As denúncias sãorecebidas anonimamente pelosindicato.

Uma das notificadas foi a UniãoPan-Americana de Ensino, deCascavel, por contar com um assessor de imprensaque desempenhava funções jornalísticas sempossuir registro. Situação semelhante estavaocorrendo na Viação Colombo, do município deColombo, que, após ser notificada pelo Sindijor,regularizou a situação, contratando um jornalistaprofissional. Resposta no mesmo sentido foirecebida do jornal A Folha da Cidade, da Lapa,notificado pelo sindicato semanas antes. Umaresposta veio da Minerais do Paraná S/A(Mineropar), sobre suposto uso irregular deestagiário, o que a empresa negou. A PrefeituraMunicipal de Pato Branco, denunciada por não terassessor jornalista e notificada pelo Sindijor,informou que, após uma reestruturação, haviaprovidenciado a contratação de um profissionalhabilitado.

Por problemas de não publicação do nome dojornalista responsável, foram notificados ainda o

Falta de registro e inexistência de jornalista responsável são os casos mais comuns

PROJETO DE REGIONALIZAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO DE TV ESTÁ PARADO

O projeto de lei 59/03, originário do PL 256/91, da deputadaJandira Feghali (PCdoB-RJ), que estabelece critérios para aregionalização da programação cultural, artística e jornalística dasemissoras de rádio e TV permanece desde maio na Comissão de

Constituição e Justiça do Senado para receber parecer do senadorCésar Borges (PFL-BA), que está com a relatoria. O projeto, queregulamenta um dispositivo constitucional, foi aprovado na Câmara emagosto de 2003.

jornal Guarujá em Páginas, de Cascavel, aadministradora de planos de saúde Clinipam (pelasegunda vez por seu Informativo Clinipam), jornalPlaneta Rural, de Curitiba, o jornal Gazeta dePalotina e a Copel (por seu Informativo Copel). ACâmara Municipal de Paranaguá, que nomeou paraum cargo de confiança como assessor de imprensauma pessoa que não é jornalista, foi informada dairregularidade e instada a tomar providências.

Também foi notificado o site Motor Online, comsede em Curitiba, por contar com uma repórter quetambém não possuía registro profissional. Osindicato assumiu posição contrária a uma iniciativade criação de jornais para ONGs em que seriamrecrutados jornalistas apenas para "revisar eassinar" os periódicos, sem que tivessemparticipação ativa na redação e edição das matérias,o que vai contra a ética profissional. O Sindijortambém se manifestou contrariamente a um projeto

de lei do município de Quatro Barrasque criaria o credenciamento dejornalistas para a cobertura desessões e eventos na CâmaraMunicipal, procedimento queinviabilizaria a atividade deprofissionais que não fazemrotineiramente cobertura da casa.

Em novembro, o Sindijor emitiuainda dois ofícios à DelegaciaRegional do Trabalho (DRT). Um delesera uma solicitação de fiscalização nojornal Diário de Guarapuava, ematendimento a uma denúncia, e outrose refere a um pedido de mesa-redonda com a PNB Publicidade ePropaganda, num caso de falta depagamento de salário.

RELATÓRIOSAinda em outubro, o Sindijor recebeu relatório do

Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre umafiscalização feita na assessoria de imprensa daSecretaria de Estado da Educação, atendendo a umpedido do Sindijor, que havia recebido denúncia deexistência de estagiários irregulares e de pessoas nãohabilitadas executando tarefas exclusivas da profissão.A fiscalização não encontrou irregularidades, e osestagiários tinham parecer favorável dado pelo Sindijor.

Já a fiscalização da Delegacia Regional do Trabalho(DRT) autuou a Gráfica e Editora Graper Ltda. por faltade registro de funcionários na Carteira de Trabalho ePrevidência Social (CTPS). A empresa funciona nomesmo endereço da Gráfica e Editora ND Ltda., queeditava o jornal Correio Metropolitano, e que era oobjeto inicial da fiscalização, pedida pelo Sindijor, porconta de denúncias de atraso no pagamento desalários e falta de registro dos funcionários em CTPS.

MARIA DUARTE E RICARDO ROSSI NA OCEPARAlém de Maria González Duarte, o jornalista Ricardo Rossi também está atuandona assessoria de imprensa da Organização das Cooperativas do Estado doParaná (Ocepar).

CRISTINA CASSIANO VAI PARA A ABCRCristina Lopes Cassiano saiu do Jornal do Estado e está assumindo aassessoria de Imprensa da Associação Brasileira de Concessionárias deRodovias (ABCR)

A

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8 - E X T R A P A U T A - O U T U B R O / N O V E M B R O / D E Z E M B R O - 2 0 0 5

VÂNIA SAI DA FOLHA DE LONDRINA; SÂMAR DE OEPA jornalista Vânia Casado, repórter de Agricultura da Folha de Londrina, deixou apublicação, onde trabalhou por vários anos. Atua agora como free-lancer. De OEstado do Paraná saiu Sâmar Razzak.

ROGÉRIO PEREIRA SAI DA GAZETA DO POVOO jornalista Rogério Pereira saiu da Gazeta do Povo, mas continua editando ojornal de literatura Rascunho, com periodicidade mensal e que vai para osexto ano.

Professores de Jornalismo

defendem a formação e

qualidade de ensino

I Encontro do Fórum deProfessores de Jornalismodo Paraná, realizado entreos dias 28 e 30 de outubro,no Centro Universitário de

Maringá (Cesumar), reafirmou anecessidade de defesa da formaçãoespecífica em Jornalismo, a luta pelaqualidade de ensino e a permanentediscussão dos temas que envolvema profissão. O evento celebrou comouma vitória para o Jornalismo ojulgamento de recurso pelo TribunalRegional Federal da 3.ª Região, queconsiderou necessária a graduaçãopara quem pretenda trabalhar noJornalismo.

Esta foi a primeira oportunidade emque professores do Paraná sereuniram para discutir questõesrelacionadas ao curso e à formaçãoprofissional, nos 40 anos daexistência dos cursos de Jornalismono Estado. O encontro, coordenadopela jornalista Astrid Façanha,professora da Cesumar, contou comrepresentantes de diversos cursos deJornalismo do Estado, do presidentedo Sindijor, Ricardo Medeiros, dapresidente do Sindicato dosJornalistas de Londrina, RaquelCarvalho, do presidente do FórumNacional de Professores de

O

Jornalismo, Gerson Martins, e dadiretora da regional Sul do FNPJ, ValciZucoloto, além do professor FranciscoKaram, da Universidade Federal deSanta Catarina, que fez uma palestrasobre "A Reforma Universitária e aFormação do Jornalista".

Algumas novas diretrizes foramtraçadas a partir do encontro,propondo algumas reformas noensino e inovações na busca de

melhoria das condições para oexercício da profissão de jornalista,da formação profissional e algumasreivindicações, como a publicaçãodos pareceres dos processos deavaliação das instituições de ensino,pelo Inep. As resoluções foramsistematizadas na chamada Carta deMaringá, disponível na seção denotícias do site do Sindijor(www.sindijorpr.org.br).

11º Prêmio Sangue

Novo no Jornalismo

Paranaense

O 11º Prêmio Sangue Novo noJornalismo Paranaense, iniciativa doSindijor para reconhecer a produçãode acadêmicos de graduação emJornalismo no Estado, recebeu até ofechamento desta edição mais de146 inscrições de trabalhosrealizados ao longo do ano letivo de2005. Uma novidade é a criação dacategoria Fotojornalismo (em quepodem se inscrever fotos individuaisde flagrantes), que substitui acategoria Reportagem Fotográfica,para flexibilizar a admissão detrabalhos. Outra novidade é a deDocumentário Jornalístico, categoriaespecífica que anteriormente eraabarcada pela de Projeto emTelejornalismo, mas que teve de serdesmembrada numa à parte devidoao grande número de trabalhos.

Ficam mantidas as categoriasconstantes na última edição:Reportagem Impressa, Reportagempara Rádio, Reportagem paraTelevisão, Projeto em Telejornalismo,Projeto em Radiojornalismo, Projetoem Jornalismo Impresso, ProjetoJornalístico para Internet, Projeto/Produto Jornalístico Livre, JornalLaboratório, Telejornal Laboratório,Radiojornal Laboratório, JornalLaboratório On-line, ProjetoJornalístico para Assessoria deImprensa, Monografia e LivroReportagem. Nesta edição, nãohaverá a categoria Especial deRelevância Social. Ficha deinscrição e regulamento, na páginaweb do Sindijor(www.sindijorpr.org.br).

No site de relacionamentosOrkut, foi aberta uma comunidade deganhadores das edições anterioresdo prêmio. Ela se chama "Eu jáganhei o Sangue Novo-PR". Acomunidade foi formada por RodrigoSimões, que ganhou, juntamentecom Lúcia Mara Formigueri e MartaMaraschin, o terceiro lugar nacategoria Projeto em Telejornalismocom o trabalho Dicionário Eletrônico,na 10ª edição do prêmio.

Projeto de lei de estágio é debatido na Assembléia

Uma audiência pública naAssembléia Legislativa no dia 27 desetembro serviu para apresentar edebater a minuta de um projeto de leiestadual que cria regras para estágiostanto do ensino médio como noscursos superiores. Representantes devárias entidades, entre instituições deensino, sindicatos e centros de

integração de estágio, participaram eofereceram subsídios ao projeto,encaminhado pelo deputado TadeuVeneri (PT).

A iniciativa do projeto foi do Sindijor,preocupado não só com a complexaquestão do estágio na nossa área, mascom o prejuízo social na recorrência dealguns abusos observados nesta

atividade, que deveria ser formativa paraos estudantes. Pelo projeto, seriaestabelecida jornada máxima deestágio, bem como a vedação doestágio em séries iniciais. Novasdiscussões com entidades envolvidasdeverão ocorrer, para se aprimorar otexto, até que seja concretizado oprojeto de lei.

ENCONTRO

Imagem da mesa de trabalhos durante o encontro

Divulgação/Cesumar

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Sangue Bomnasce com a marca do sucessoNos seus 60 anos, Sindijor cria concurso para premiar o talento dos profissionais do Estado

oi um sucesso a primeiraedição do Prêmio SangueBom do JornalismoParanaense, promovido peloSindijor ao completar 60

anos para se repetir anualmente. Nasoito categorias do prêmio -Reportagem Impressa (jornal/revista);Reportagem para Rádio; Reportagempara Televisão; Reportagem paraInternet; Fotografia; Ilustração/Charge;Página Diagramada (jornal/revista);Projeto para Assessoria de Imprensa -, concorreram 78 trabalhos.

Criado na esteira de sucesso doPrêmio Sangue Novo, instituído parareconhecer o talento de estudantes degraduação em Jornalismo do Paraná,o Sangue Bom visa reconhecer otrabalho dos jornalistas profissionaisdo Estado, e contou nesta primeiraedição com patrocínio do Banco doBrasil, apoio do Sebrae, Prefeitura deCuritiba, Fundação Cultural deCuritiba, e Sindicato dos Jornalistasde Londrina e organização da GrifoConsultoria em Viagens.

A entrega aconteceu no dia 16 dedezembro, na Cinemateca de

FCuritiba. Os três classificados emcada categoria receberamcertificados e troféus. A fim deconferir maior isenção na avaliação,todos os julgadores foram escolhidosentre profissionais especializadosresidentes e atuantes em outrosEstados. Dois deles, o presidente doSindicato dos Jornalistas de Santa

Catarina, Rubens Lunge, e WalmorFernando Costa Parente, da RádioJovem Pan, em Brasília, estiverampresentes.

Antes da entrega, o presidente doSindijor, Ricardo Medeiros, lembrouque 2005 foi um ano importante para aclasse, que viu restabelecida pelaJustiça a exigência de formação

superior específica para o exercício daprofissão. A cerimônia de entregacontou ainda com a exibição decurtas-metragens realizados porjornalistas paranaenses - "O rei estádoente", de Adriano Justino, e "Fotosde Família", de Eduardo Baggio -, umamostra dos trabalhos classificados eum coquetel de confraternização.

OS VENCEDORES

Ilustração/ Charge1º lugar: Benett Macedo - Severino2º lugar: Ademir Paixão - Combate à fome3º lugar: Benett Macedo - Armas emquestão

Fotografia1º lugar: Marcelo Luiz Elias - Vivendo nolixo2º lugar: Valquir Danilo Aureliano - Doeu...a lógica3º lugar: Valterci Jose dos Santos - Pegono ato

Reportagem para televisão1º lugar: Andressa Miranda Almeida - Diada infância2º lugar: Simone Munhoz Linhares eNivacir do Valle - Calçadão Rua XV3º lugar: Simone Munhoz Linhares eNivacir do Valle - Trânsito em Curitiba

Reportagem para Internet1º lugar: Gisele Rossi - Capoeira: um jogode verão2º lugar: Samuel E. Reuse - Templos dofutebol Sul-Americano3º lugar: Pedro Ribeiro - Fera mostra asgarras em MaringáPágina Diagramada1º lugar: Lucio Barbeiro e Osvalter Filho - Aordem é improvisar2º lugar: Dino Ricardo Pezzole -Libertadores – Era uma vez na América3º lugar: Edson Luiz Szalbot - Onda

Tuning Acir Nadolny e Luciane Stocco - Subversivo e Engajado

Reportagem Impressa1º lugar: Guilherme Luís Voitch e ÉricaBusnardo - O fim de um povo paranaense

2º lugar: Mauri König - Adrianópolis sob opeso do passado3º lugar: Mauri König - Miséria e violênciaem uma ilha policiada por brasileirosProjeto para Assessoria de Imprensa1º lugar: Lorena Nogaroli - Inauguração daTravel Clin2º lugar: Elisa Carneiro & Rodrigo Browne- Revista SEEC – Ações da Secretaria deEstado da Cultura3º lugar: Elisa Carneiro - Documentário:“As muitas faces de um só Paraná”

Reportagem para Rádio1º lugar: Denise Cardoso Morini - Jogo dobicho2º lugar: Fábio Tomich Buchmann -Abusos motoqueiros3º lugar: Dimitri do Valle - Prato Popular

Jornalistas

paranaenses,

reunidos na

Cinemateca de

Curitiba receberam

prêmios em oito

categorias

Julio Covello

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10 - E X T R A P A U T A - O U T U B R O / N O V E M B R O / D E Z E M B R O - 2 0 0 5

Os vencedores

Ilustração/Charge:

Representante

recebe os prêmios

de terceiro e

primeiro lugares

para Benett

Macedo, por

“Armas em

questão” e

“Severino”

Ilustração/Charge:

Ademir Paixão

recebe o prêmio

de segundo lugar

por “Combate à

fome”

Fotografia:

Valterci José

dos Santos

recebe de

Pedro Serápio o

troféu pelo

terceiro lugar,

pelo trabalho

“Pego no ato”

Fotografia:

Marcelo Luiz

Elias, primeiro

lugar por

Vivendo no lixo,

recebe o prêmio

Reportagem para

televisão:

Simone Munhoz

Linhares e

Nivacir do Valle

recebem os

troféus de

segundo e

terceiro lugares

pelos trabalhos

“Trânsito em

Curitiba” e

“Calçadão Rua

XV”

Reportagem para

televisão: Andressa

Miranda Almeida

recebe de Eloi Zanetti

o prêmio pelo

trabalho “Dia da

infância”

Reportagem para

Internet: Thaís Faccio

recebe por Pedro

Ribeiro, autor da

matéria “Fera mostra

suas garras em

Maringá, o troféu de

terceiro lugar.

Reportagem para

Internet: Aurélio

Munhoz entrega a

Samuel Estevam

Reuse, autor de

“Templos do futebol

sul-americano”, o

troféu de segundo

lugar.

Reportagem para

Internet: Gisele

Rossi, grande

vencedora na

categoria, por

“Capoeira: um

jogo de verão”,

recebe seu

prêmio.

Página Diagramada:

Edson Luiz Szalbot

(autor de “Onda

Tuning”) e Acir Nadolny

(autor, juntamente com

Luciane Stocco, de

“Subversivo e

Engajado”) recebem os

prêmios de terceiro

lugar.

Fotos: Julio Covello

Page 11: Extra Pauta Ed. 76

E X T R A P A U T A - O U T U B R O / N O V E M B R O / D E Z E M B R O - 2 0 0 5 - 11

Página Diagramada:

Edson Faxina passa

a Dino Ricardo

Pezzole o troféu de

segundo lugar por

“Libertadores – Era

uma vez na

América”.

Página Diagramada: Lucio

Barbeiro e Osvalter Filho

recebem o troféu de

primeiro lugar pelo

trabalho “A ordem é

improvisar”

Reportagem

Impressa: Mauri

König faz uso da

palavra após

receber os prêmios

de segundo e

terceiro lugares

por “Miséria e

violência em uma

ilha policiada por

brasileiros” e

“Adrianópolis sob o

peso do passado”.

(f. 85)

Reportagem

Impressa:

Guilherme Luís

Voitch (autor,

junto com Érica

Busnardo, de “O

fim de um povo

paranaense”)

recebe de Marcos

Morgenstern o

grande prêmio na

categoria

Projeto para

Assessoria de

Imprensa:

Elisa Carneiro

recebe o

prêmio de

terceiro lugar

pelo

Documentário:

“As muitas

faces de um

só Paraná”

Projeto para

Assessoria de

Imprensa: Elisa

Carneiro e Rodrigo

Browne recebem de

Rubens Lunge o

troféu de segundo

lugar pela “Revista

SEEC – Ações da

Secretaria de Estado

da Cultura”

Projeto para

Assessoria de

Imprensa: Cláudio

Stringari recebe

por Lorena

Nogaroli o grande

prêmio da

categoria pelo

trabalho

“Inauguração da

Travel Clin”

Reportagem para

Rádio: Walmor

Parente entrega a

Dimitri do Valle o

troféu de terceiro

lugar por “Prato

Popular”

Reportagem para

Rádio: Fábio

Tomich

Buchmann

recebe o

segundo lugar

por “Abusos

motoqueiros”

Reportagem para

Rádio: Denise

Cardoso Morini,

autora de “Jogo do

bicho”, faz uso da

palavra

Os vencedores

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12 - E X T R A P A U T A - O U T U B R O / N O V E M B R O / D E Z E M B R O - 2 0 0 5

Charges e fotos vencedoras

Marcelo Luiz Elias

Vivendo no lixo

(1º lugar)

Valquir Danilo

Aureliano -

Doeu... a

lógica (2º

lugar)

Valterci

José dos

Santos -

Pego no ato

(3º lugar)

Benett Macedo - Severino (1º lugar)

Ademir Paixão -

Combate à fome

(2º lugar)

Benett Macedo - Armas em

questão (3º lugar)

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14 - E X T R A P A U T A - O U T U B R O / N O V E M B R O / D E Z E M B R O - 2 0 0 5

MICHELE THOMÉ INCIA MESTRADOA jornalista Michele Thomé, chefe de reportagem da CBN-Curitiba, ingressou nocurso de pós-graduação em Sociologia em nível de mestrado na UniversidadeFederal do Paraná (UFPR).

MARA SAI DO JE; ANDREOLA, DO DIÁRIO POPULARA jornalista Mara Andrich deixou a redação do Jornal do Estado. Ele está naRevista Metropolitana e Portal Colombo e deve começar a trabalhar em O Estadodo Paraná. O jornalista Alessandro Andreola saiu da Editora Diário Popular.

m 2005, quando o Sindijorcompleta 60 anos, o saldode nossas lutas é bempositivo. Na nossa maissensível área, fomos

vitoriosos, com o fechamento daConvenção Coletiva de Trabalho apósuma longa e tumultuada negociaçãoem que tivemos de recorrer aodissídio coletivo para que nossosdireitos fossem mantidos (maisdetalhes, na página 6). O Sindijorobteve decisões favoráveis nasações movidas contra CNT, Folha deLondrina e TV Tarobá (pordescumprimento de convenção) econtra a Gazeta do Povo na questãoda gratificação (veja detalhes napágina 21).

Também não seria um ano deconquistas se não tivéssemos, comtodos os jornalistas do país, obtido arestauração pela Justiça daobrigatoriedade da formação superiorespecífica para o exercício daprofissão. O Sindijor se engajou namobilização e esteve presente nosmomentos cruciais desta luta peladignidade da profissão.

O Sindijor intensificou acampanha de fiscalização contrapessoas sem registro profissional ede estagiários atuando em atividadesprivativas de jornalista. A categoriatambém passou a ser informada pormeio do Boletim Extra Pauta dosresultados do encaminhamento dasdenúncias recebidas (se notificação,pedido de fiscalização do Ministériodo Trabalho etc.), bem como dosrelatórios de vistorias recebidos daDelegacia Regional do Trabalho e doMinistério Público do Trabalho e dasrespostas das empresas àsnotificações, como também dasações do Sindijor em caso deomissão frente à notificação.

E

INSTITUCIONAL

Na festa dos 60 anos, saldo

de realizações é positivoConquistas e vitórias em diversas áreas deram a tônica de 2005 no Sindijor

Na área de Formação, o Sindijorrealizou a entrega da 10ª edição doPrêmio Sangue Novo do JornalismoParanaense, ampliando ascategorias, criando as categorias detelejornais laboratórios, radiojornaislaboratórios e jornais laboratórios on-line, além de livro-reportagem, bemcomo experimentalmente a derelevância social. Neste ano ainda foilançada 11ª edição do prêmio, com aampliação da categoria de fotografiae a criação do item DocumentárioJornalístico. Como resultado dosucesso do êxito do Sangue Novo,foi criado o Prêmio Sangue Bom,para profissionais (veja mais naspáginas 9-12).

Ainda na área de Formação, oSindijor, através da regional deCascavel, realizou nos dias 12 e 13

de maio o I Encontro de JornalismoInvestigativo: Memória ePerspectivas, que discutiu como oJornalismo investigativo como áreaacademicamente pouco desenvolvidae debateu formas de estamodalidade ser aprimorada nosprofissionais. A diretora, AnielaAlmeida, participou dos encontrosem Brasília que debateram a reformauniversitária e os impactos sobre oensino do Jornalismo. Ela tambémestá coordenando uma pesquisasobre a qualidade do ensino doJornalismo nas faculdades doEstado. A diretoria ainda seempenhou na criação de uma leiestadual que regulamentasseaspectos vagos da regulamentaçãode estágios, o que contribuiria paracoibir abusos na área do Jornalismo.

A minuta do projeto já foi debatida.Apoiamos ainda a realização do 1ºEncontro do Fórum de Professoresde Jornalismo do Paraná, emMaringá.

Na área de Cultura, o Sindijorrealizou o tradicional Churrasco doDia do Jornalista, em abril, no Clubeda Bosch, em Curitiba, que contoucom almoço, bebidas, futebol,karaokê e sorteio de brindes. Emagosto, a Diretoria de Culturapromoveu, juntamente com aCinemateca de Curitiba, a mostraCinema e Jornalismo, na qual foramapresentados filmes com temáticano Jornalismo - como os clássicos"A Montanha dos Sete Abutres" e "OPassageiro - Profissão Repórter" - etambém uma coletânea decinejornais rodados no Paraná.

Profissionais reunidos no Churrasco do Dia do Jornalista, em abril.

Arquivo Extra Pauta

Page 15: Extra Pauta Ed. 76

E X T R A P A U T A - O U T U B R O / N O V E M B R O / D E Z E M B R O - 2 0 0 5 - 15

ASSESSORIA DO MP-PR RECEBE RECONHECIMENTOAs jornalistas Patrícia Ribas e Jacqueline Conde, da Assessoria de Imprensa doMinistério Público do Paraná, venceram o 3º Prêmio Nacional de Comunicação eJustiça, na categoria "Relacionamento com a Mídia".

DEISE ROCHA MORRE EM ACIDENTEA jornalista Deise Rocha faleceu num acidente na Rodovia Régis Bittencourt,quando vinha para Curitiba. Ela foi produtora do programa Roda Viva e estavatrabalhando atualmente na produção de documentários.

este ano, o Sindijor iniciouum importante trabalho demapeamento de sua áreade atuação, a fim deredistribuir as regionais,

que hoje existem apenas em PontaGrossa, Pato Branco (delegacia doSudoeste), Cascavel e Foz doIguaçu. Por meio de umlevantamento minucioso do númerode veículos e jornalistas atuantesem cada município, o Sindijorconstatou que será necessário criaroutras sete regionais - Paranaguá,Toledo, União da Vitória, Paranavaí,Umuarama, Campo Mourão, SantoAntônio da Platina. Elas poderãoser constituídas na eleição do anoque vem, se houver na região pelomenos 20 associados em dia.

Nos últimos dois meses de2005, a diretoria do Sindijorintensificou as visitas ao interior do

INSTITUCIONAL

Ações com vistas ao futuroSindijor quer expandir regionais e aumentar contato com a base

Estado, a fim de estreitar os laçoscom a base nas diversas regiões desua área de atuação (veja matériana página 24) e dar início aoscontatos para viabilizar a criação denovas regionais.

Como política de aproximaçãocom a classe, o Sindijor firmouconvênio com a BrasilTelecom paraoferecer aos jornalistassindicalizados desconto emserviços de internet e em celularese passou a oferecer gratuitamente acarteira de do Clube de Descontosda All Sul para filiados em dia como sindicato.

O Sindijor, através do diretor deDefesa Corporativa, Aurélio Munhoz,participou da 7º ConferênciaEstadual de Saúde, realizada noinício de dezembro, com o tema"Saúde do cidadão - pacto degestão, responsabilidade dos três

níveis de governo, controle social".Munhoz tomou parte de outrasimportantes atividades da categoria,como do Conselho deRepresentantes da Fenaj, comomais gerais, a exemplo do eventoDiversidade humana nos locais detrabalho pelo paradigma dainclusão.

Em abril o Núcleo Paranaensede Assessoria de Imprensapromoveu nas Faculdades Curitibauma palestra com o especialista emmarketing Elói Zanetti, com o tema"Criatividade na Comunicação", emque o profissional abordou anecessidade de os jornalistasdesenvolverem tino empresarial eformas de se desenvolver estahabilidade. No final do ano, o núcleoiniciou os preparativos paracomeçar o recadastramento deassessores de imprensa do Estado.

NNa área de imagem, foi realizada

a verificação dos locais de trabalho,que se estendeu a outrosprofissionais. Em imagem ainda, oSindijor instituiu ainda a exposiçãoitinerante de trabalhos deprofissionais do Estado em fotos,ilustrações e páginas diagramadasde jornais e revistas. Por ora, oSindicato está apenas recebendo ostrabalhos, que, a partir de 2006,devem compor uma mostra, emCuritiba e posteriormente emdiversas cidades do Estado, comoforma de divulgar e valorizar ostrabalhos dos profissionais deimagem do Estado, além de divulgá-los. O Sindijor padronizou,juntamente com a Arfoc, os critériospara se retirar o registro de repórterfotográfico e cinematográfico. Agora,exige-se comprovação de um anode atuação na área.

Sindijor fará eleições em 2006: chapas

se inscrevem a partir de janeiro

Em abril do ano quevem, acontece eleição pararenovação da diretoria doSindijor. As chapas deverãoser inscritas a partir dejaneiro e devem tercandidatos a todos ospostos na diretoria. Alémdisto, podem ser montadaschapas nas regionais jáexistentes e também paraas novas. Acesse o site doSindijor(www.sindijorpr.org.br),clique em "legislação" eacesse o Estatuto doSindijor, que contém asregras para as eleições nosindicato.

Mapa mostra a nova distribuição

das regionais do Sindijor.

Page 16: Extra Pauta Ed. 76

16 - E X T R A P A U T A - O U T U B R O / N O V E M B R O / D E Z E M B R O - 2 0 0 5

GLADIMIR NASCIMENTO MONTA EQUIPE DA BAND NEWSGladimir Nascimento está preparando a equipe da Rádio Band News, que entrano ar no início de janeiro. Com ele estã Nelson Martins e Eliberton Cesca, JoyceHasselmann, Margot Scarant e Denise Mello

DE BRUNS E MEDEIROS PREMIADOS PELA AMBRomeu de Bruns e Marcos Medeiros conseguiram o segundo lugar no PrêmioAMB de Jornalismo, edição 2005, na categoria "Associações Filiadas", pela revistaNovos Rumos, da Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar).

MP 255, conhecida comoMP do Bem, aprovada emnova redação pela Lei11.196/2005, vai possibilitarque jornalistas com

microempresas possam pleitear suainscrição no Simples - Regimetributário das microempresas e dasde pequeno porte. No entanto, estaantiga reivindicação da classe,encampada pela Fenaj e sindicatos,pode se transformar num embusteaos interesses dos trabalhadores.Isto porque um de seus artigos (o129) pode significar a legitimação dacontratação de trabalhadoresassalariados como pessoas jurídicas,a chamada "pejotização".

Este artigo, de confusa redação ecomplexa interpretação, estabeleceque as pessoas jurídicas sempreserão tributadas, para fins fiscais e

TRIBUTAÇÃO

A

Artigo 129 estraga

a MP do BemJornalistas, que se beneficiariam da iniciativa, podem ser penalizados

previdenciários, pela legislação aplicávelàs pessoas jurídicas. Com isso segarante que, em caso de fraudecomprovada à CLT, ainda assim, osfraudadores fiquem livres de sançõesfiscais e previdenciárias.

Isto apenas legitimaria a prática dasempresas de fraudar a CLT, utilizando afigura dos contratos de Pessoa Jurídica(PJs). Mesmo que a aprovação desteartigo não represente a autorização paraa contratação de pessoas jurídicas emlugar de empregados, pode dar margensa interpretações mal intencionadas, comprejuízo aos trabalhadores e àPrevidência. A Fenaj, dando continuidadeàs ações da Campanha Nacional contraa Precarização das Relações deTrabalho dos Jornalistas, já manifestoupublicamente repúdio a este artigomalévolo incluído numa iniciativa que viriaapenas beneficiar os jornalistas.

Exploração Sexual de crianças e adolescentes:

o trabalho da imprensa e da comunicação

Uma enorme mobilização socialem Foz do Iguaçu-PR no ano de2002 conseguiu evidenciar oproblema da exploração sexualcomercial de crianças eadolescentes na Tríplice Fronteira.A imprensa assumiu um papelfundamental nesse contexto.Primeiro, ao incorporar aexploração sexual infanto-juvenilcomo um crime. Segundo, aomobilizar-se contra o problema.Terceiro, ao retratar a realidade deFoz do Iguaçu para o restante dopaís.

Com os veículos decomunicação sensibilizados é

possível interferir em políticaspúblicas e ultrapassar padrões eestigmas culturais. A Pesquisa ACriança e o Adolescente na Mídia-PR mostrou que 728 reportagenssobre Violência Sexual forampublicadas em dez jornaisimpressos paranaenses analisadosno ano de 2004. O total de matériassobre infância e adolescênciacontabilizadas foi 28.220.

Paranaguá está entre osmunicípios paranaenses que maissofrem com a exploração sexualinfanto-juvenil. Desde 2004, oPrograma Sentinela (ação dogoverno federal de combate ao

problema) já atendeu 327 crianças eadolescentes vítimas desse crime,sendo 17 meninos e 310 meninas.

Para combater a violência sexualem Paranaguá, a Ciranda – Centralde Notícias dos Direitos da Infânciae Adolescência elaborou o projetoNavegando nos Direitos. A propostafoi aprovada pelo edital PetrobrasFome Zero 2005 e viabiliza açõesque utilizam a comunicação comoferramenta para disseminarinformações de combate àexploração sexual infanto-juvenil naregião.

Mais uma vez, os atores sociaisda imprensa paranaense serão

convocados a expor o significadodesse problema para a sociedade ea mostrar que a solução faz partede ações conjuntas e integradas:políticas que protegem, justiça quepune, polícia que prende, escolaque educa, imprensa que divulga esociedade que denuncia.

Para a Ciranda, é importantedestacar que a realidade daexploração sexual de crianças eadolescentes em Paranaguá nuncahavia sido tão debatida até oenvolvimento mais sólido daimprensa paranaense com o tema.

Mais informações: (41) 32243925.

$$$$

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DENARDIN SAI DA PÁGINA 1Valmir Denardin deixou a empresa de Assessoria de imprensa Página 1Comunicação, onde fazia o atendimento da Case New Holland e do Terminal deContêineres de Paranaguá. Ele foi contratado pela Gazeta do Povo.

PRÊMIO POR MATÉRIA SOBRE PREVENÇÃO DE ACIDENTESDanielle Sommer ficou com o primeiro lugar do prêmio ABS de Jornalismo nacategoria jornal eletrônico/incêndio, por uma reportagem que abordava aprevenção de incêndios em marcenarias, publicada no portal eMóbile.

pós sete anos, o Paraná terá novamenteum congresso estadual de jornalistas. OSindijor promove, o V CongressoEstadual dos Jornalistas do Paraná nosdias 7, 8 e 9 de abril, em Curitiba. Será

a oportunidade de os profissionais do Estadodiscutirem desafios e as propostas para ostrabalhadores da imprensa num período demudanças.

Com o tema "O Futuro do Jornalismo -Desafios da Profissão no Século 21", o evento vaireunir profissionais de todo o Estado para debaterdesde inovações tecnológicas até precarizaçãodas relações de trabalho, passando pela crise nasverbas e pela ética da profissão - temasimportantes para se compreender e se posicionar

EVENTO

A

Em abril, V Congresso de

Jornalistas do ParanáSindijor realiza novamente o encontro, que serve para balizar ações da entidade

sobre grandes assuntos que dominam hoje omutante cenário da comunicação.

As discussões serão baseadas nas palestrasde profissionais de renome da área, tanto doParaná quanto de outros Estados brasileiros. Oobjetivo é discutir tanto o Jornalismo dentro dasredações como nas assessorias de imprensa. Ocongresso se propõe a discutir não só questõestécnicas, mas também da dimensão ética daprofissão; não apenas textos, mas tambémimagem.

O V Congresso dos Jornalistas já conta com opatrocínio da Itaipu Binacional, AssociaçãoComercial do Paraná, Secretaria de Estado daCultura e TVA, e apoio do Banco do Brasil eSebrae-PR.

O Congresso Estadual dos Jornalistas não érealizado desde 1999. A última edição foi emGuarapuava e centrou atenção no tema formação.As outras edições ocorreram em Cascavel (1993),Ponta Grossa (1995) e Londrina (1997). Oscongressos trouxeram à discussão temasrelevantes, como as condições de trabalho, Lei deImprensa, a ética e a democracia no Jornalismo, omercado profissional, as novas tecnologias dacomunicação, o estágio em Jornalismo, oaprimoramento da formação e o número defaculdades de Jornalismo no Estado. Além detrazer novos conhecimentos para os jornalistas doParaná, os congressos servem e servirão paraembasar a atividade do Sindijor e as discussõesnos congressos nacionais da categoria.

Jornalista, conheça

o Sindijor

Além das atividades de sindicalização, assistênciatrabalhista, confecção de carteiras de identidade profissional, oSindijor disponibiliza a seus filiados vários serviços. Venhaconhecê-los na Casa do Jornalista (Rua José Loureiro, 211):

Biblioteca - Dezenas de livros sobre comunicação, algunsdeles raros, acervo de revistas antigas, disponíveis parajornalistas e estudantes pré-sindicalizados.

Hemeroteca - Jornais diários estão à disposição dos filiados,durante a semana de publicação. Também

há exemplares revistas e de outrosjornais e projetos de jornalistas.

Computadores - O Sindijordisponibiliza a jornalistas filiadoscomputadores, com acesso à internetpara a realização de trabalhos,

conforme disponibilidade.Salão de eventos - Jornalistas

sindicalizados podem utilizar osalão do sindicato, bem como ohall de entrada da Casa doJornalista, para realizar palestrase entrevistas coletivas, medianteautorização prévia.

ABRIL5º Congresso Paranaense dos JornalistasChurrasco anual do Dia do JornalistaLançamento do livro comemorativo “60 anos do Sindijor”Lançamento da Mostra de Imagens dos JornalistasParanaenses (evento itinerante)MAIOEntrega do 11º Prêmio Sangue Novo no JornalismoParanaenseLançamento do livro comemorativo “10 anos do PrêmioSangue Novo”SETEMBRO1º Encontro Estadual de Assessores de Imprensa – Enjac-PRDEZEMBROEntrega do 2º Prêmio Sangue Bom do JornalismoParanaense

Mais informações no site www.sindijorpr.org.br/eventos

O Sindijor divulga a relação de

eventos previstos para 2006

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18 - E X T R A P A U T A - O U T U B R O / N O V E M B R O / D E Z E M B R O - 2 0 0 5

Venha regularizar sua situação no

Sindicato!Aproveite a promoção de final

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Page 19: Extra Pauta Ed. 76

E X T R A P A U T A - O U T U B R O / N O V E M B R O / D E Z E M B R O - 2 0 0 5 - 19

FAGUNDES SAI DO JORNAL DO ESTADO. ENTRA BENÍCIOO jornalista Leonardo Fagundes saiu da redação do Jornal do Estado, onde entrouAbraão Benício. Fagundes trabalha na assessoria de imprensa do Sistema deCrédito Cooperativo (Sicredi) em Curitiba.

FOTOS DE MACAXEIRA ILUSTRAM LIVROCarlos Roberto Zanello de Aguiar, o Macaxeira, é o responsável pelas fotos queilustram o livro "Sentido (in) sano". São desenhos e pinturas de pacientespsiquiátricos da Casa de Saúde Nossa Senhora da Glória, de Curitiba.

DEFESA CORPORATIVA

Sindijor verifica condições

de trabalho em Curitiba

diretor executivo do Sindijor,Pedro Serápio, percorreuredações de jornais e TVsde Curitiba em um trabalhode verificação das

condições trabalhistas e técnicas dosjornalistas. A idéia original daverificação - constatar eventuaissituações de desrespeito àregulamentação da profissão derepórteres fotográficos ecinematográficos - se ampliou eforam verificadas as condições detrabalho dos demais jornalistas. Noentanto, os problemas comprofissionais de imagem foram

Empresas burlam legislação trabalhista, sindicato estuda medidas para cada caso

NÚCLEO DE ASSESSORIA DE IMPRENSA REALIZA RECADASTRAMENTO

O Núcleo Paranaense de Assessoria de Imprensa está realizando orecadastramento de seus participantes. A intenção é identificar osprofissionais que o compõem. Na última reunião, em outubro, na sede doSindicato dos Jornalistas do Paraná, percebeu-se a necessidade desaber o perfil de seus participantes e a opinião deles em relação a açõesa serem realizadas para o crescimento e reconhecimento do trabalho doassessor de imprensa. "Mais de cem pessoas, entre jornalistas erelações públicas, fazem parte do Núcleo, mas até então, não se sabiaquem eram esses profissionais que recebiam as informações por e-mail",diz a coordenadora do Núcleo, a jornalista Brisa Teixeira.

Uma das necessidades identificadas pelo Núcleo, com base nasinformações trazidas pelo jornalista Cláudio Stringari, que participoucomo representante do Paraná, no XV Encontro Nacional de Jornalistasem Assessorias de Comunicação (Enjac), foi a realização de um evento

sobre "Formação de preço: como e quanto cobrar pelos serviçosprestados". O tema envolve questões éticas e a criação de uma tabela depreços.

Outro ponto importante também é a realização de um evento sobre "AsAssessorias de Imprensa na visão dos jornalistas", uma preocupaçãoconstante dos profissionais de AI na realização de seu trabalho comeficiência e ética. O Núcleo Paranaense de Assessoria de Imprensatambém está consultando os profissionais quanto à realização de umaFeira de Negócios, reunindo profissionais de comunicação e empresários.

O primeiro núcleo foi criado em 1999 e, desde então, foram promovidosdebates e eventos. Qualquer profissional da área de Comunicação Socialque esteja trabalhando em assessoria de imprensa pode participar doNúcleo, basta enviar e-mail para a jornalista Brisa Teixeira([email protected]) com nome completo e telefone de contato.

Obastante visíveis. "Repórteresfotográficos são contratados comooperadores de câmera externa,burlando a legislação trabalhista, parase fugir do pagamento do salário dacategoria, o que vem sendo umproblema crônico", afirmou Serápio.

Foi avaliada a carga horária, valorda remuneração, o ambiente físico detrabalho (itens objetivos comomobiliário, ventilação do local detrabalho e equipamentos), número dejornalistas, salário (se de acordo coma Convenção Coletiva de Trabalho),concessão de benefícios, como planode saúde e creche. Um dos principais

Sindijor continua recebendo trabalhos para exposição

O Sindijor continua recebendotrabalhos para a exposição deimagens (fotos e ilustrações) etambém de páginas diagramadas dejornais e revistas. Podem seinscrever jornalistas profissionaisdiplomados ou com registro de

repórter fotográfico, diagramador ouilustrador. Neste último caso,porém, só poderão expor trabalhosnas áreas em que estão habilitados.

Os trabalhos devem serencaminhados para a sede doSindijor em formato digital (CD com

alta resolução para reprodução emtamanho 30 x 40 cm, ou tamanhonatural, no caso de páginas), como crédito, número de registroprofissional, breve legenda (até 350caracteres), veículo para o qual otrabalho foi produzido, data e

página da publicação, bem comodados de contato (endereço,telefone e e-mail). Maisinformações podem ser obtidaspelo telefone (41) 3224-9296 oupelo e-mail [email protected]

problemas apontados foi a"pejotização" de profissionais, ouseja, a contratação de trabalhadorescomo pessoas jurídicas (PJ). Osprincipais problemas foramconstatados na Band e CNT. A RICnem sequer atendeu à solicitação doSindijor para que fosse feita averificação. Os dados estão sendoanalisados pelo Sindijor, que estudaquais medidas tomará em cada caso.Vale lembrar que o sindicato não temas mesmas funções de um conselhoprofissional e não pode realizarfiscalizações minuciosas nasempresas.

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ANTÔNIO COSTA GANHA CONCURSO INTERNACIONALO repórter fotográfico Antônio Costa, o Socó, ganhou um concurso latino-americano de fotografia digital, promovido pela Eastman Kodak e pela revista PCWorld, do qual participaram também fotógrafos amadores e artistas gráficos.

JORNALISTA LANÇA LIVRO SOBRE COMPANHIA DE DANÇAA jornalista Kátia Michelle é responsável pelos textos da obra "Ballet Guaíra", quetraz 117 fotos da companhia feitas pelo fotógrafo Sérgio Vieira, que registraimagens do ballet há 20 anos.

Divulgação FNDC

DEMOCRATIZAÇÃO

A

FNDC realiza plenária e define metas

Evento em Belo Horizonte serviu para discutir a ampliação do fórum

digitalização no rádio e TVe as perspectivas dademocratização dacomunicação no Brasilforam os principais temas

da XII Plenária do Fórum Nacionalpela Democratização daComunicação (FNDC), realizada de28 a 30 de outubro, em BeloHorizonte. Além de formatar umanova estrutura visando a ampliaçãodo fórum, a principal resolução daplenária foi a definição de um planode lutas. Entre outras questões, esteplano inclui um apoio à constituiçãode redes alternativas decomunicação e uma fortemanifestação política contra a

criminalização do movimento dasrádios comunitárias.

Convencida de que o Ministériodas Comunicações vem se pautandopelos interesses dos donos de rádiose televisões nas definições sobre adigitalização, o fórum passou arealizar a campanha Convergência éInteligência, com o objetivo de alertarsobre as potencialidades econômicase culturais possíveis com adigitalização que podem estarameaçadas. No painel Cenários daDemocratização da Comunicação noBrasil, o representante do ministério,ao defender o fechamento de rádioscomunitárias, que chamou de"piratas", foi duramente criticado. Imagem geral da plenária em Belo Horizonte

Agronegócio ou ambientalismo?

Eloy Olindo Setti *

É possível que o ambientalismosubstitua, em importância, oagronegócio?

Formulei essa perguntarecentemente, quando vi escrito naparede de um prédio públicomunicipal na Região Metropolitanade Curitiba: “Secretaria do MeioAmbiente e da Agricultura”. Essaforma de identificar a secretariamunicipal é um sintoma docrescimento da importância dasações voltadas à preservaçãoambiental. É o resultado dodestaque intenso, algumas vezesexagerado e emotivo, que os meiosde comunicação vêm dando aosassuntos ligados ao meioambiente.

Esquecemos que não podemosdar nenhum passo sem interferir nomeio ambiente, do qual fazemos

parte: o computador que nos dáconforto e praticidade ao escrever,o agasalho que nos aquece, o tênisde marca ou o mais simples, osalimentos que nos mantém vivos, aágua e o vinho, tudo foi produzidocom algum impacto ambiental.

Entre o agronegócio e oambientalismo temos que escolheros dois. Entre o radicalismo de umdos lados precisamos buscar, pelarazão, o equilíbrio, evitando que oódio irracional nascido apenas daemoção substitua nossacapacidade de construir pela dematar.

É comum, também entrecomunicadores, encontrar colegasarmados até os dentes deargumentos pela defesa “até amorte” da natureza. É atécompreensível porque, até décadasatrás, pouco se pensava em buscaro equilíbrio entre a extração dos

bens que a natureza nosproporciona e a sua proteção. Maso momento é a busca sensata eracional da recomposição do meioambiente, dividindo com todos oônus dessa tarefa. Por que relegaressa ação apenas à última geraçãode agricultores, se toda asociedade se beneficiou do esbulhoda natureza?

No trato de assunto tão sério, épreciso separar o joio do trigo einiciar ações que minimizem o ódiode uns contra os outros. Ódiocapaz de fazer os profissionais domeio ambiente ou a imprensaagirem mais severamente do quedetermina a própria legislação, poisse consideram arautos da ecologia.Conheço dezenas de agricultoresdispostos a multiplicarem porquatro o número de pinheiros quetêm em suas propriedades se a leipermitir uma troca racional.

Do contrário, veremos se repetiro fato verídico do proprietário de umfaxinal que, impedido de utilizaralguns dos mais de trezentospinheiros que tem na reforma dasua casa, agora circula pelospastos com um facão à cintura. Eao se deparar com um pinheiropequeno, tira o facão e exclamacom raiva: “morre desgraçado!”

Não é com ódio, prepotência emultas que alcançaremos oequilíbrio entre o agronegócio e oambientalismo. É comcompreensão, flexibilização,negociação e educação ambiental.Atitudes sensatas poderiamreverter muito mais rapidamente osdanos ambientais cometidosdurante mais de 500 anos.

* Eloy Olindo Setti é jornalista,conselheiro fiscal da Associação dos

Jornalistas do Agronegócio do Paraná.

Page 21: Extra Pauta Ed. 76

E X T R A P A U T A - O U T U B R O / N O V E M B R O / D E Z E M B R O - 2 0 0 5 - 21

ARFOC ESTÁ EXPEDINDO CARTEIRAS PARA 2006A Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos (Arfoc-Brasil) estáexpedindo carteiras para o ano de 2006. A taxa é de R$ 90,00. Mais informações,pelo telefone (41) 3224-4521.

MUDANÇAS NA GAZETA DO POVOA jornalista Rosa Bittencourt deixou a Gazeta do Povo, onde atuava como editora.Ela está atuando como free-lancer. Na reportagem do jornal entraram BrenoBaldrati, Fernando Jasper e Mariana Londres.

DEFESA CORPORATIVA

E

Tribunal determina volta da

gratificação na Gazeta do PovoQuem recebeu o valor ao menos uma vez terá direito ao benefício

m decisão dd dia 14 de dezembro, aTerceira Turma do Tribunal Regional doTrabalho confirmou a sentença deprimeiro grau que restabelecia aosjornalistas da Gazeta do Povo a

gratificação de aniversário paga anualmente por15 anos e suspensa em fevereiro de 2002.Quem recebeu a gratificação pelo menos umavez terá direito a todos os valores atrasados e acontinuar recebendo os valores enquanto viger ocontrato de trabalho. "Era fundamental a voltada gratificação, já que a empresa, com a

suspensão, reduzia salários, pois ostrabalhadores contavam com o dinheiro, que foicortado de maneira abrupta", afirmou oassessor jurídico do Sindijor, Sidnei Machado.

Na decisão de primeiro grau, a juízaSusimeiry Molina Marques considerouprocedente a exigência do sindicato de que aremuneração, equivalente a um salário doempregado, voltasse a ser dada a todos aquelesque a receberam pelo menos uma vez. Comisso, condenou a empresa a pagar asgratificações a todos os jornalistas que estavam

trabalhando em fevereiro de 2002, fevereiro de2003 e fevereiro de 2004. O valor a ser pago temreflexo nas férias, 13º salários, anuênio e FGTSdo período.

A Gazeta do Povo recorreu com um embargodeclaratório e permaneceu sustentando que agratificação decorria de "liberalidade patronal",sem caráter salarial, o que o Sindijor contesta,pois, sendo pago há mais de 15 anos,transformou-se em direito adquirido e em partede remuneração. Novamente, a tese da empresafoi derrotada.

Sindijor protesta contra cerceamento

de liberdade de imprensa

O Sindijor e a Arfoc-PR protestaram contra aatitude de cerceamento à liberdade deexpressão tomada pelo diretor da Força LivreMotorsport, Roberto Gregoris, contra o repórterfotográfico Marcelo Elias, da Gazeta do Povo,no dia 4 de dezembro, durante o Festival ForçaLivre de Arrancada, em Curitiba. Ao perceber umacidente com um dos carros, Elias foi fazerimagens, mas acabou impedido de registrá-las:Gregoris ameaçou retirar seu equipamento e

Sindijor e Fenaj

protestam contra

atitudes de

Requião

O Sindijor e a Fenaj divulgaram notaconjunta contra a série de agressões dogovernador Roberto Requião aosprofissionais da imprensa. Leia:

"O impedimento ao livre exercício doJornalismo no Paraná vem se transformandonuma prática constante. Infelizmente issovem sendo estimulado pelo mau exemplodado pela principal expressão do poderexecutivo no Estado, o governador RobertoRequião. O Sindijor/PR vem tentando, semsucesso, pôr um fim aos destemperos dogovernador - que é jornalista formado pelaPUC-PR - e seu péssimo relacionamentocom a imprensa. Considerando inaceitáveltal postura, a Fenaj e o Sindijor/PRdenunciam o autoritarismo e tornam públicosos fatos deploráveis registrados até omomento."

A relação dos registros de desrespeito dogovernador com os jornalistas pode serencontrado no endereço http://www.fenaj.org.br/materia.php?id=941

chamou um segurança para expulsá-lo do local.Depois, veio a desculpa "técnica" - o repórterestaria em uma área "de risco", em que acirculação seria vedada a pessoas estranhas àorganização. Marcelo Elias mostrou que outrosprofissionais free-lancers estavam maispróximos do local da ocorrência e não foramincomodados. O Sindijor enviou um ofício àForça Livre Motorsport protestando contra aatitude autoritária.

Outros

fotógrafos que

cobriam o

acidente não

foram

incomodados

Marcelo Elias

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22 - E X T R A P A U T A - O U T U B R O / N O V E M B R O / D E Z E M B R O - 2 0 0 5

TEORIA E TÉCNICA DO TEXTO JORNALÍSTICO - NILSON LAGE, 188 PP.,EDITORA CAMPUS/ELSEVIER, RIO DE JANEIRO, 2005, R$ 39,00O objetivo desta obra, escrita pelo jornalista professor titular da UniversidadeFederal de Santa Catarina, é abordar de forma não rotineira as técnicas doJornalismo, a partir da primeira delas - a produção de textos. O autor considera anotícia em diferentes níveis: a cobertura de fatos em processo em um lapso detempo - um dia, uma semana - e a reportagem temática ou narrativa. Propõe-se oconceito de lead não como invento da indústria cultural, mas como adaptação damaneira tradicional de transmitir informações singulares. Segundo Lage, as

diferentes formas de apresentação dos textos jornalísticos parecem conformar-se ao que sepretende com eles. Outro parâmetro do texto ancora-se na mídia utilizada. De acordo com o autor,durante todo o século 20, as técnicas do Jornalismo foram consideradas desprezíveis pelos queviam e ainda vêem a profissão pela dimensão única da política. O livro tem os seguintes tópicos:Os estilos e seu tempo; O texto moderno; A globalização do estilo; O texto das notícias impressas;Texto e lógica; Modelos da realidade; Linguagem jornalística; O texto da reportagem; Textos namídia eletrônica.

FILME - UM RETRATO DE HOLLYWOOD - LILLIAN ROSS, 312 PP.,COMPANHIA DAS LETRAS, SÃO PAULO, 2005, R$ 47,00Ao saber que o diretor John Huston preparava a adaptação para o cinema doromance clássico da literatura norte-americana "O emblema rubro da coragem", deStephen Crane, Lillian Ross, jornalista da revista The New Yorker, decidiuacompanhar todas as fases da realização do filme. Ross foi para Hollywood e, natentativa de descobrir como realmente funcionava a indústria cinematográfica,seguiu, durante quase dois anos, os passos da equipe de "A glória de um covarde"

(título brasileiro da obra de Huston), desde a confecção do roteiro até o lançamento em Nova York.O resultado deste trabalho - a primeira reportagem escrita em forma de romance - está em"Picture", título original do livro, que resume em uma única palavra múltiplos significados (quadro,retrato, imagem, descrição, filme). Esta economia marca o estilo de Lillian Ross, que se concentrano substantivo e essencial, jamais emite uma opinião e deixa que os fatos e as falas sejameloqüentes por si mesmos. Entre as múltiplas qualidades desse livro, esta a capacidade da autorade escolher com precisão as cenas e os detalhes mais significativos, de pinçar aquelas frasesmais reveladoras do caráter e das intenções das pessoas.

PSICANÁLISE, A PROFISSÃO IMPOSSÍVEL - UMA INVESTIGAÇÃOJORNALÍSTICA SOBRE O OFÍCIO DO PSICANALISTA JANET MALCOLM, 188PP., RELUME DUMARÁ, RIO DE JANEIRO, 2005, R$ 29,90Vinte anos após sua primeira publicação, a grande reportagem investigativa deJanet Malcolm é reeditada. Com um estilo límpido e conciso, que penetra na redeconceitual que circunda a análise freudiana, a autora leva adiante a "inquisição" aAaron Green (pseudônimo), um analista ortodoxo de Manhattan que aceitoucolocar-se na posição de entrevistado. Em poucas páginas o leitor compreenderá,

fascinado, que está ingressando no mundo reservado, incompreendido e as vezes até ridicularizadodos psicanalistas; São estes justamente os segredos que o livro desvenda: a natureza da análise,as limitações da "cura" pela fala e as paixões que a relação analítica desencadeia. Sendo a maisimpessoal das relações íntimas, a autora mostra através de Aaron Green como o papel do analistase constitui num espelho neutro e auto-anulador para permitir o auto-exame do paciente. Acessívelsem ser vulgar, este livro escrito para a leitura de leigos, estudantes e curiosos apresenta aatualidade e o vigor da psicanálise, uma prática aqui apreendida em toda a radicalidade com que foiconcebida por Freud.

ONDE FOI QUE VOCÊS ENTERRARAM NOSSOS MORTOS? ALUÍZIOPALMAR, 366 PP., TRAVESSA DOS EDITORES, CURITIBA, 2005, R$ 30,00Após três décadas de mistério, chega às livrarias a revelação dos últimos passosde seis guerrilheiros que estavam na Argentina e desapareceram ao ingressar noBrasil para promover ações armadas no Sul do país. O paradeiro do grupo estáelucidado em "Onde foi que vocês enterraram nossos mortos?", do jornalista AluízioPalmar. A obra é o resultado de 26 anos de investigação jornalística e verdadeiraobstinação em busca das circunstâncias das mortes e da localização da cova onde

foram enterrados cinco brasileiros e um argentino que insistiram em continuar a luta armada contraa ditadura militar mesmo após a derrota das organizações guerrilheiras em meados de 1974. O livroexpõe detalhes inéditos da cilada armada pela repressão para atrair os remanescentes. A denúnciatraz nova versão sobre o emblemático ex-sargento Alberi Vieira dos Santos, cuja participação naemboscada está evidenciada em documentos pesquisados pelo autor em arquivos empoeirados eem entrevistas com pessoas contemporâneas do agente. O jornalista traz ao público como provacabal o depoimento de uma testemunha ocular do crime encontrada depois do cruzamento daslinhas de investigação.

Biblioteca da comunicação tabela de preços - Março 2005

SALÁRIOS DE INGRESSORepórter, redator, revisor, ilustrador, diagramador,repórter fotográfico e repórter cinematográfico 1.698,28Editor 2.207,76Pauteiro 2.207,76Editor chefe 2.547,41Chefe de setor 2.547,41Chefe de reportagem 2.547,41Estes são os menores salários que poderão ser pagos nas redações; Os valoresda tabela são para jornada de trabalho de 5 horas.O piso salarial da categoria édefinido em Acordo Coletivo de Trabalho, Convenção Coletiva e/ou Dissídio Coletivo.FREE LANCEAssessoria de imprensaServiço mensal local 1.698,28RedaçãoLauda de 20 linhas (1.440 caracteres) 91,13Mais de duas fontes: 50% a maisEdição por páginaTablóide 118,01Standard 141,41Diagramação por páginaTablóide 59,02Standart 80,48Revista 43,87Tablita / Ofício / A4 29,97RevisãoLauda (1.440 caracteres) 23,75Tablóide 49,60Tablita 37,41Standard 103,72IlustraçãoCor 140,80P&B 93,76Reportagem fotográfica – ARFOCReportagem EditorialSaída cor ou P&B até 3 horas 266,00Saída cor ou P&B até 5 horas 401,00Saída cor ou P&B até 8 horas 678,00Adicional por foto solicitada 98,00Foto de arquivo para uso editorial 268,00Com equipamento digital Editorial InstitucionalSaída 3 horas R$ 360,00 R$ 560,00Saída 5 horas R$ 575,00 R$ 884,00Diária viagem R$ 985,00 R$ 1.627,00Reportagem Comercial/InstitucionalSaída cor ou P&B até 3 horas 370,00Saída cor ou P&B até 5 horas 587,00Saída cor ou P&B até 8 horas 978,00Adicional por foto 130,00Reportagem CinematográficaEquipamento e estrutura funcional fornecida pelo contratanteSaída até 5 horas 289,00Saída até 8 horas 354,00Adicional por hora 100%Foto de arquivo para uso em:Anúncio de jornais (interna) 580,00Anúncio de Revista (interna) 624,00Capa de Disco, calendário, revista, jornal 978,00Outdoor 1230,00Cartazes, Folhetos e Camisetas 401,00Audiovisual até 50 unidades 1661,00Audiovisual acima de 50 unidades a combinarDiária em reportagem que inclui viagem a combinarReportagem aérea internacional a combinarHora técnica 78,00

Observações importantes: Lembramos que os valores acima referem-se apenas aotrabalho do profissional, incluído o uso do equipamento básico necessário para seexecutar uma cobertura fotográfica.Despesas com filmes, revelações, provas -contato, cópias, duplicatas, molduras, transmissões, transporte, alimentação,hospedagem, seguro de vida, credenciamento, dentre outras, correm por conta docontratante.Trabalhos realizados entre 22 e 6 horas, aos domingos e feriados e assaídas mistas (p & b e cor) serão acrescidas em 50%.Conforme a Lei 9610/98 ofotojornalista realiza um trabalho de criação intelectual, que não pode ser confundidocom mera prestação de serviços, portanto a LICENÇA DE REPRODUÇÃO DEOBRA FOTOGRÁFICA é um documento legal de cobrança e deve substituir a notafiscal de serviços. O crédito na foto é um direito do autor, obrigação de quem querque divulgue, previsto pela Lei 9.610, de 19/02/1998. Trabalhos publicados semcrédito, junto à foto, sofrerão multa de 50% sobre seu valor, conforme a Lei 9.610de 19/02/98.Na republicação, será cobrado 100% do valor da tabela.A foto editorialnão pode ter utilização comercial.Certifique-se que a pessoa que vai lhe prestar oserviço de fotojornalismo, é um profissional habilitado. EXIJA A IDENTIFICAÇÃODE REPÓRTER FOTOGRÁFICO.Sugestões deverão ser encaminhadas ao Sindicatoatravés do fax 41 224-9296 ou Correio Eletrônico: [email protected]

Page 23: Extra Pauta Ed. 76

E X T R A P A U T A - O U T U B R O / N O V E M B R O / D E Z E M B R O - 2 0 0 5 - 23

ADVOGADO LANÇA LIVRO "TEMPO E TRABALHO"O assessor jurídico do Sindijor, Christian Marcello Mañas, lança o livro "Tempo eTrabalho: a tutela jurídica do tempo de trabalho e tempo livre", pela Editora LTr,resultado da sua dissertação de mestrado defendida na UFPR.

OLTRAMARI NA ASSESSORIA DA PREFEITURA DE PATO BRANCOAdriano Oltramari assumiu a assessoria da Prefeitura Municipal de Pato Branco edeixou a assessoria de imprensa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro ePequenas Empresas - Sebrae.

Emerson Castro *

gestão iniciada em 1965 e encerrada em1967, com João Dedeus Freitas Neto àfrente, teve em seu único relatório deatividades alguns destaques comoaumento do número de associados

e eliminação dos que não mais exerciam aprofissão; e em especial, aliança aosprotestos contra o ante-projeto da novaLei de Imprensa.

Em seguida, o Sindicato e seusfiliados assistem a um misto dehomenagens, turbulências e a queda deuma diretoria, cuja adaptação aomomento político-sindical pode serclassificada como alienada.

A inexistência de candidatos paraas eleições de final de 1967, fato semprecedentes no Sindicato até aatualidade, explica-se por fatores como oAto Institucional n.º 2, que limita amanifestação livre do pensamento, entreoutros itens; o fim da estabilidade noemprego, substituída pelo Fundo de Garantiapor Tempo de Serviço (FGTS); as mudanças naConstituição em 1967 não toleram a "propagandade guerra, subversão da ordem"; a então nova Leide Imprensa, que vigora até hoje, e que visava umcontrole maior de jornalistas e proprietários deempresas jornalísticas; além da Lei de SegurançaNacional, que incorporava a "evolução dopensamento militar".

Essa situação vai possibilitar a ascensão deuma concepção de direção sindical desligada dasreferências de ação pré-64. Assim, a eleiçãoprogramada para o final de 1967 não acontece, eassume a direção uma junta governativa, tendocomo presidente José Joaquim (membro da diretoriaanterior). O vácuo de poder que se segue até agostode 1968 abre espaço para o que se avalia aqui comouma concepção sindical alienada.

Segundo Mussa José de Assis, que já haviaatuado na direção sindical e integrou essa chapaeleita 1968 ("como membro de algum posto deexpressão secundária"), Edouard Elias Thomé erauma figura obscura, jornalista de pouca atividade."Como ninguém se aventurou, ele montou umachapa, diante do desinteresse geral", explica Assis.

A gestão durou menos de dois anos. Já nasprimeiras ações, diante de um clima político tenso,após a publicação do AI-5, a diretoria além de alterarprocedimentos anteriores nas negociações salariais- relega a um segundo plano a consulta aos

HISTÓRIA

Homenagens, turbulências e a queda de uma diretoria

sindicalizados sobre os acordos salariais coletivos -e inovou ao propor homenagens aos jornalistasEnock Lima Pereira (ex-interventor no Sindicato em1964) e Eugênio Guimarães. A ata da reunião foiassinada pelo presidente Edouard Elias Thomé e o2.º secretário, Jerônimo Clodemar Costa Lima.

No ano seguinte, mais uma vez decidemhomenagear os melhores do ano em diversasfunções - Edson Jansen (melhor repórter fotográfico),Enock Lima Pereira (novamente, como melhorassessor de imprensa), Clemente Comandulli(melhor repórter esportivo), Antonio Brunetti (repórterde política), Colbert Malheiros (repórter de policial) ePaulo Marins (função não identificada).

Dessa vez, curiosamente, a decisão gerou forterepulsa na maior parte dos diretores e, inclusive "naclasse", o que foi assumido pelo relator das atas emreunião de diretoria. Entre os 23 diretores eleitos, 20renunciaram uma semana após a decisão.

Apesar do ato inusitado - renúncia coletiva -, ostrês diretores remanescentes resistiram, marcaram

A

novas eleições para um dia de Carnaval, depois astransferiram. Novos diretores eleitos vão à forra.Denunciam dois ex-diretores, dos que haviam

renunciado - Mussa José de Assis e VictorCelso Muller: eles não estariam exercendo a

profissão. Na ata da reunião, asjustificativas remetiam claramente à

represália de ações de ambos contraa diretoria sindical que permaneceu.

Logo após, a diretoria suportariamenos de dois meses até que em7 de abril (coincidentemente oDia do Jornalista) capituloudiante do Delegado Regional doTrabalho.

Evidenciou-se nessesepisódios uma disputa combase na noção depertencimento ao grupoprofissional. Num primeiromomento, jornalistas "de poucaatividade", ou profissionais quenão atuavam em jornais de

expressão, assumiram oSindicato. Empregaram ali uma

visão sindical desligada dasreferências sindicais até então

reconhecidas como legítimas pelosjornalistas, que por oposição, seriam osde "atividade em jornais de expressão".

Esses dirigentes, portanto, não foramreconhecidos como jornalistas na concepção

dos demais profissionais.Novamente percepções da atividade

profissional se transplantam para a atividadesindical dos jornalistas. A noção de pertencimentoao grupo que compunha a maioria dos jornalistasdeveria ser aplicada à escolha das liderançassindicais.

Isso faz crer que no final de 1969, início de1970, os jornalistas entenderam que precisavamfazer uma opção entre ver o sindicato dominado poruma corrente que imprimia uma não-ação sindicale uma outra, que imprimisse uma ação de tipointegrada aos objetivos do regime militar, mas, aomesmo tempo e naquelas circunstâncias, desseum mínimo de estabilidade ao projeto sindicaliniciado em 1945. Talvez não seja obra do acasoque três meses após ser eleita, a diretoria seguintetenha programado a comemoração de 25 anos daentidade, a primeira menção em ata sobre o 12 deoutubro como data de fundação do sindicato.

* Emerson Castro é jornalista e professor.

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JORNAL OLÁ! É LANÇADO EM CURITIBAO jornalista Thiago Almada está editando o recém-lançado jornal gratuito Olá! Otablóide de 16 páginas, que segue o modelo dos gratuitos europeus, circula emCuritiba com uma tiragem de 35 mil exemplares às terças e quintas-feiras.

JUK COM PROGRAMA DE ECONOMIAO jornalista Luiz Augusto Juk está produzindo o Programa Economia & Negócios,que vai ao ar na CNT e reprisado no canal 20, da NET. No programa, Juk entrevistaeconomistas, autoridades, presidentes de entidades e especialistas.

REGIONAL

Diretores do Sindijor visitam cidades do interior

Em novembro, a diretores doSindijor realizaram viagensao interior do Estado pararealizar um contato maispróximo com jornalistas,

ouvindo demandas, debatendo temasligados à profissão e regularizando asituação dos profissionais quanto adébitos e renovação de carteiras deidentidade profissional, bem comodiscutindo os rumos da classe e daentidade nos próximos anos.

No dia 11, o diretor executivo,Pedro Serápio, foi a Paranaguá, ondevisitou redações e apresentou ajornalistas o projeto de uma novaregional do sindicato no litoral,divulgou os convênios e eventos da

Encontros visam fortalecer os laços da classe e traçar planos para o futuro

entidade. O diretor de DefesaCorporativa, Aurélio Munhoz, esteveem Pato Branco no dia 18, quando fezpalestra na Fadep para estudantes ejornalistas e visitou redações.Seguindo para Francisco Beltrão,Munhoz teve um encontro comprofissionais.

O presidente do Sindijor, RicardoMedeiros, foi a Cascavel, ondeparticipou de uma reunião entreprofissionais e professores deJornalismo que discutiu a criação de umfórum para debater a qualidade doJornalismo na cidade. Esteve naredação de O Paraná e visitou as trêsfaculdades de Jornalismo da cidade(Unipar, FAG e Univel). Um encontro no

dia seguinte na Associação dosJornalistas de Cascavel reuniujornalistas de vários veículos, queconheceram as ações do Sindicato e osplanos de expansão das regionais, queincluem sedes em Paranaguá, PontaGrossa, Pitanga, Campo Mourão,Guarapuava, Francisco Beltrão, Uniãoda Vitória, Pato Branco, Foz do Iguaçu,Cascavel, Toledo, Umuarama, Paranavaí,Santo Antônio da Platina.

No dia 20, Medeiros participou commais de 300 pessoas, entre os quaismuitos jornalistas, de um almoçopromovido pela AJC, rumando no diaseguinte para Toledo, onde falou aalunos da Fasul sobre as ações dosindicato na área de formação,

participou de um debate na RádioEducativa Sul Brasil, visitou os jornaisGazeta de Toledo e Jornal do Oeste. Opresidente do Sindijor foi ainda aGuarapuava, para conversas comestudantes da Unicentro e um almoçocom jornalistas da cidade.

Nos dias 24 e 25, a diretora deFormação, Aniela Almeida, visitouPonta Grossa, onde pôde divulgar aestudantes da UEPG e da FaculdadeSanta Amélia as iniciativas do Sindijor,como o Prêmio Sangue Novo. Elatambém visitou a redação da TVEsplanada, da TV Educativa, dasucursal da Gazeta do Povo, o Diáriodos Campos, Diário da Manhã e doJornal da Manhã.