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EXXTRA | 02 de dezembro, 2017 · Diretor Geral As "vergonhas" dos brasileiros ... contratada para fazer o plano de gestão da PGE ... Foi exibida a Identidade Organizacional, que

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EXXTRA | 02 de dezembro, 2017

02 de dezembro, 2017 | EXXTRA

19 | REFORMA AINDAENFRENTA RESISTÊNCIA

22 | NOVA VERSÃO DAREFORMA DA PREVIDÊNCIAPARA FACILITARAPROVAÇÃO

26 | POSSE NA CIDADESPARA REFORMA DAPREVIDÊNCIA

28 | MAIA: DATA PARAVOTAÇÃO SÓ QUANDOHOUVER OS VOTOSNECESSÁRIOS

30 | MEIRELLES PREVÊCRESCIMENTO EXPLOSIVODA DÍVIDA

31 | SERVIDORES PÚBLICOSCRITICAM REFORMA DAPREVIDÊNCIA

32 | REFORMA DAPREVIDÊNCIA ACABA COMPRIVILÉGIOS

34| REGRAS DE IDADEMÍNIMA SERÃO TOTALMENTEAPLICADAS APENAS EM 20ANOS

38 | O DEFICIT DO SETORPÚBLICO ESTÁ"EQUACIONADO"?

40 | EXPECTATIVA DE VIDADO BRASILEIRO AUMENTA

EDIÇÃO 96 - 02 de dezembro/2017

ÍndiceNOTÍCIAS DA SEMANA

04 | Coluna BastidoresIvan Lopes da Silva

08 | Radar EstadualAninha Carolina Silva

14 | Radar Econômico Luciane Junqueira

16 | CAPA

EDIÇÃO ESPECIALPREVIDÊNCIA

MICHEL TEMER ENCARAAS REFORMAS

Governo tem pressa e queraprovar reforma da Previdênciaainda este ano

02

Diretor Geral:

IVAN LOPES DA SILVA

Editora:

ANINHA CAROLINA SILV A

Redação:

JULIANA GONZAGA ,VERA SILVA SILVEIRAe PALOMA MANTELI

Administração :

LUCIANE JUNQUEIRA

Diagramação:

PATRÍCIA JUNQUEIRA

CANAIS :

twitter.com/PortalExxtra

www.facebook.com/pages/Portal-Exxtra/175947749225976

e-mail:[email protected] [email protected]

Exxtra é uma publicação daEditora Exxtra Com Dois Xis eMultimídia Ltda. A revista nãose responsabiliza por concei-tos emitidos em artigosassinados. Distribuição dirigidae comercial.

EXXTRA | 02 de dezembro, 2017 03

www.exxtra.com.brEditorial

Ivan Lopes da SilvaDiretor Geral

As "vergonhas" dos brasileiros

Diante de toda esta mobilização política dos últimos meses, uma coisa é certa, seja qual for odesfecho político, nada vai mudar rapidamente para os brasileiros, seja para o bem ou parao mal. Aliás, para o cidadão comum, fica o dito popular, de "coisa para inglês ver". Este é

um termo dum tempo em que os Ingleses dominavam o mundo. A terra da Rainha era a potênciaque submetia o planeta aos seus desmandos e o Brasil já andava fazendo e causando situaçõesdemagógicas. Enquanto a origem do termo "para inglês ver" nos dá a ideia que era usadosomente para leis, com o avanço do Brasil, ao longo das décadas, aperfeiçoamos isso e hojefazemos não apenas leis como estatísticas, obras faraônicas, e mega-eventos de grande porte,enquanto o povo vive e convive com os mesmos problemas, que ninguém fora do país vê. Nem osingleses. E, diante disso, parece estar havendo uma espécie de vergonha de ser brasileiro,mesmo sabendo que se aqui não é paraíso, está longe de ser o inferno como alguns tentam fazeracreditar.

Mas a vergonha é de ver um pai de família se humilhando pedindo que seu filho sejaatendido nos hospitais que o governo insiste em dizer que reformou e que tem vários médicos,por seis horas e não sendo ouvido. Vergonha de ver que professores, médicos, policiais ebombeiros não serem valorizados.

Vergonha de quando você cai de carro num buraco, que não devia estar ali, mas está,porque a camada de asfalto contratada e paga com o teu dinheiro foi na verdade embolsada pelamáfia de empreiteiros e gente das administrações, e o que foi colocado é 1/5 do licitado, vocêsente vergonha. Quando você se depara com a realidade dos hospitais degradados, pobressofrendo, a falta de moradia, a sujeira, a miséria intelectual que grassa galopante e sem fronteiraspelos estados do país, você sente uma vergonha tremenda.

Vergonha de quando ligamos a televisão é escândalo em cima de escândalo. Vergonha dever que o povo já ficou anestesiado e nem liga mais quando surge uma notícia de esquemaspolíticos levando grana. Dinheiro nas malas, na cueca, troca de interesses, pontes que não ligamnada a lugar nenhum, verbas milionárias para estádio de futebol, licitações estranhas, relaçõessuspeitas entre o poder público e o setor privado. Então dizer que… A vergonha é quase umasensação onipresente para quem tem um mínimo de esclarecimento neste país. Vergonha de vernegociatas, maracutáias, benefícios, prerrogativas…

Empreiteiros, burocratas, a dança dos aditivos contratuais, a inflação, o auto aumento salarial,os super salários acima do teto do funcionalismo, a compra de votos, benefícios governamentaisa banqueiros enquanto o povo é escorchado em juros impagáveis, financiamentos públicos deinteresses privados, questões fundiárias de todo tipo, funcionários fantasmas, verbas e maisverbas com nomes estranhos, como "indenizatória", "auxílios" de todos os tipos. A falta de ordemgeneralizada, o descaramento em se negar a dar explicações sobre situações comprometedoras;a imprensa partidária atuando como cabo eleitoral deste ou daquele grupo; políticos com fichasuja na Interpol, excelências com folhas corridas mais sujas que pau de galinheiro, alguns acusadosde assassinato esperando seus crimes prescreverem, porque no Brasil, sobretudo para"autoridades", a justiça tarda - e também falha…

A violência também dá vergonha, e a hipocrisia de certos setores também. Quando juntas, avergonha atinge graus apocalípticos na nossa alma.

Semana, 02 de dezembro de 2017

02 de dezembro, 2017 | EXXTRA

twitter.com/IvanExxtrawww.facebook.com/ivan.lopesdasilva

COLUNA DIÁRIA EMwww,exxtra,com.br

04

BLOG IVANEXXTRA

Ivan Lopes da Silva

A Internet deu voz aos idiotas?

Desigualdadesalarial entre

homens emulheres

Eu não sei de quem é a "autoria" da frase "a Internet deu voz aos idiotas",pois se tornou repetitiva na mídia, nos últimos anos. A questão é que asnovas tecnologias proporcionam um alcance imediato de qualquer coisa

que seja disponibilizada na rede. Vejo que nos primeiros 15 minutos dasmadrugadas, quando fica disponibilizada esta coluna em exxtra.com.br avisualização diária e média fica em torno três mil visualizações, que culminamem 24 horas em algo 20 mil visitas, com alguns casos excepcionais, como foihá dois anos quando retwittaram a coluna por uma das contas da entãopresidente Dilma Rousseff. Em uma hora alcançaram 60 mil visualizações e aúltima vez que verifiquei a matéria já estava com mais 300 mil visitas. Ouseja, se todos leram ou apenas a bisbilhotaram, eu não posso comprovar.

Eu escrevo estas constatações para "ilustrar" fatos de 1978, há 39 anos,quando eu e o fotógrafo Antonio Venâncio Gomes editamos, em Chapecó, oMOMENTO, o primeiro jornal alternativo de Santa Catarina, em plena ditaduramilitar. A tiragem impressa era de mil exemplares. E para fazer circular eramentregues na cidade basicamente de mão em mão e uma pequena parte eradistribuída as autoridades do estado através dos Correios.

Enfim, demorava 30 dias para que os mil exemplares pelo menoschegassem às mãos de possíveis leitores. Portanto, sem saber se estou ounão na "cota" dos idiotas com voz ilimitada, não cabe a este colunista dizer,pois a avaliação é livre e não podia ser diferente. No entanto, não dá paraignorar o poder da Internet, turbinada com o advento das redes sociais. E,diante desta realidade é preciso de muita responsabilidade do que se escreve,pois os olhos estão atentos a tudo. Cito o caso da assessoria do MinistérioPúblico de Santa Catarina (MPSC) ligou para eu fazer a correção do nome doprocurador-geral do órgão, promotor de Justiça Sandro José Neis.

Da mesma forma, mas por outra situação, as autoridades constituídas,mas principalmente os políticos, precisam lembrar que também saibam o queestão dizendo ou fazendo. E aí eu vou recuar um pouco distante do que 1978,em Chapecó, mais especificamente ao Império Romano. "À mulher de Césarnão basta ser honesta, é preciso parecer honesta". E isso o eleitor poderá secertificar vigiando o comportamento do seu parlamentar sobre que ele diz emdiscurso e como se comporta em votações cabeludas que estão na pauta emBrasília, mas que poderá ser descoberto em seu disfarce. Portanto, isso fazlembrar a política romana.

Já era viúvo de sua primeira mulher e havia se casado novamente, comPompéia Sula. Eis que Pompéia decidiu realizar um festival em sua casa, emhomenagem à bona deia, a "boa deusa", no qual homem nenhum poderiaparticipar.Porém, um jovem chamado Clódio conseguiu entrar disfarçado de mulher,aparentemente com o objetivo de seduzi-la.

"À mulher de César não basta ser honesta, é preciso parecer honesta!",dizia-se, repetindo as palavras atribuídas a Júlio César, o Imperador de Romae eleito pontifex maximus, o sumo-sacerdote da religião estatal romana.

O deputado estadualCesar Valduga(PCdoB) anunciou

na tribuna da Assembleia,durante a sessão ordináriade quinta-feira (30), queprotocolu um projeto delei (número 519.5) queveda a desigualdadesalarial por motivo degênero ou raça nasempresas prestadoras deserviço ou fornecedoras deproduto ao estado de SantaCatarina. As empresas quedescumprirem essescritérios estarão sujeitas amultas e desclassificaçãonos processos licitatórios.A disparidade salarial entrehomens e mulheres foiobjeto de reportagempublicada no jornal DiárioCatarinense, repercutidapelo parlamentar duranteseu pronunciamento.

EXXTRA | 02 de dezembro, 2017

e xtraSemana, 02 de dezembro de 2017 x

05

DeputadoTebaldi e

defende fimdo foro

privilegiado

Voto contra oGoverno do

Estado éjustificado por

deputado do PT

Maldanerapresenta

projeto parainibir candidatos

que tenhamdivida ativa da

União

Procuradoria Geral: planejamentoestratégico para a próxima década

Na terça-feira (22) odeputado federalMarco Tebaldi

(PSDB) retornou à Câmarados Deputados, apósperíodo de l icença paratratamento de saúde. Járetomou sua participaçãonas comissões temáticasque ele faz parte quandocontribui para o novocódigo de mineração,recebeu prefeitos evereadores em seugabinete e das sessões emplenário.

Um dos temaspolêmicos que deve entrarem discussão que é o fimdo foro privilegiado. "Soua favor do fim do fôroprivilegiado. A justiça deveser igual para todos.Defendo que desde osdeputados até opresidente possam estarliberados para seremprocessados e sedefenderem na justiça semeste privilégio", explanouTebaldi em vídeo postadoem redes sociais.

O deputado estadualDirceu Dresch (PT)foi à tribuna para

apresentar os argumentosque o motivaram a votarcontra a aprovação damatéria que trata dascontas do governo relativasao ano de 2014, colocadaem votação. Segundo odeputado, o processodemonstra que o Executivoestadual não cumpriu coma obrigação constitucionalde aplicar 25% das receitasestaduais para a área daeducação e 12% para asaúde, pois incluiu nocômputo dosinvestimentos os gastoscom o pagamento deservidores inativos, ação jávedada pelo judiciário. "Setivéssemos um Tribunal deContas que cumpre as leis,talvez esta matéria nãotivesse sido aprovada",sentenciou. Ele tambémanunciou que tramitam naCasa um projeto paraestipula novas regras paraa nomeação dos membrosdo Tribunal de Contas

O deputado federalCelso Maldaner( P M D B - S C ) ,

protocolou na Câmara dosDeputados nesta semana,um Projeto de Lei que alteraa Lei Complementar n.º 64,de 18 de maio de 1990, paraestabelecer ainelegibilidade, paraqualquer cargo, dos quetenham débito inscrito emdívida ativa da União, deEstado-membro, do DistritoFederal ou de Município. Notexto do projeto, Maldanerexplica que o indivíduo quepossua débito inscrito nadívida ativa não possa secandidatar em eleições, porlhe faltar a moralidade e aconduta ilibadaindispensáveis a quem sepropõe a ocupar as maisaltas funções políticas doEstado. "Eles acabamlegislando em causa

O Conselho Superior da Procuradoria Geral do Estado(PGE) aprovou o planejamento estratégico dainstituição, que servirá como base para definir as

prioridades e as metas para os próximos 10 anos. O projetofoi apresentado por representantes da empresa deconsultoria, contratada para fazer o plano de gestão da PGEe que foi auxiliada por uma equipe técnica formada porcinco procuradores e cinco servidores, que fizeram a análiseprévia de tudo o que foi mostrado aos 11 membros doConselho Superior. Foi exibida a Identidade Organizacional,que abrange Missão, Visão e Valores, além do mapaestratégico e os principais projetos que poderão serimplementados nos próximos anos.

própria", argumentou odeputado.

A Lei Complementarn.º 64, de 1990, alterada pelaLei Complementar n.º 135,de 2010 (popularmenteconhecida como "Lei daFicha Limpa"), trazexatamente essasexigências de moralidade,honestidade, reputaçãoilibada e bons antecedentesdos candidatos às eleições."Ocorre que essa legislaçãoainda não proíbe acandidatura de quem possuidébitos com o PoderPúblico, o que consideramosinadmissível, tendo em vistaos requisitos morais e éticosindispensáveis a umdetentor de mandatoeletivo", defende odeputado.

Deputado Marco Tebaldi Deputado Dirceu Dresch Deputado Celso Maldaner

02 de dezembro, 2017 | EXXTRA06

e xtra Semana, 02 de dezembro de 2017x

Senador Paulo Bauer responde adiscurso de Lindbergh sobre

quadro político do país

Um ano depoisda tragédia daChapecoenserepercute naAssembleia

O narcotráficonos morros deFlorianópolis

O líder do PSDB, senador Paulo Bauer (SC), contestouconteúdo do pronunciamento do senadorLindbergh Farias (PT-RJ) no qual este fez diversas

críticas aos tucanos. Diferentemente do que dizLindbergh, disse Paulo Bauer, "os tucanos não estão emdepressão, não andam de cabeça baixa e não têm do quese envergonhar". Bauer declarou que o PSDB segue naconstrução de um país melhor.

O senador ainda lembrou que o PSDB foi o campeãonacional de votos na última eleição municipal. Em 2016,os tucanos receberam 17,6 milhões de votos, número 25%maior que o registrado no pleito de 2012.

Enquanto isso, disse Bauer, o PT ocupou a quintaposição, tendo perdido 60% dos votos recebidos em 2012.Ele acrescentou que, durante a gestão petista napresidência da República, os cidadãos sofreram com altainflação e desemprego.

Bauer também negou que o PSDB tenha apoiadoum golpe de Estado, com a destituição da entãopresidente da República, Dilma Rousseff. O parlamentarafirmou que maioria dos senadores aprovou oimpeachment num processo cujo andamento foi deacordo com a legislação. Por isso, concluiu o líder do PSDB,o impeachment não foi um "ato de covardia" que ajudoua projetar novos nomes para a disputa da presidência daRepública, como acusou Lindbergh.

- Melhor que tenhamos muitos candidatos, melhorque surjam novas lideranças, melhor que tenhamoscandidatos de esquerda, de direita, de centro em todo opaís, buscando votos e discutindo os problemas do país.Não temos mais a hegemonia, não temos mais a ditadurade um Estado governado por um partido chamado PT.

O deputado estadual,de Chapecó, AltairSilva (PP) lembrou,

durante sessão naAssembleia, ontem (29) apassagem de um ano doacidente com o avião daLamia que vitimoujogadores, dirigentes eequipe técnica daChapecoense, bem comoconvidados do clube ejornalistas. "Recebemos anotícia triste lá pelas quatroe pouco da manhã, eramligações de parentes eamigos preocupados com oavião da Chape, choveumuito e foi um dia de muitaslágrimas no mundo todopela partida dos nossosheróis, dirigentes ejornalistas", recordou Altair."Começaram a reconstruçãodo zero, como um filho queperde o pai e honra o nome,a tradição e a família e segueadiante para construir umatrajetória", discursou Altair.

O deputado estadualRoberto Salum (PRB)defendeu a

preservação dos policiaisnos enfrentamentos com asfacções que dominam onarcotráfico nos morros deFlorianópolis. "Fiz um apeloao comandante-geral daPolícia Militar, não deixamais subir o morro, não vaininguém enquanto acomunidade não ajudar, acomunidade que se esquivare disser que não sabe quematirou no policial, não entramais lá", sugeriu Salum. Parao policial civil no exercíciodo mandato de deputado, oaumento da violência estávinculada ao assédio que asquadrilhas estão sofrendono Rio de Janeiro e em SãoPaulo. "O aperto é no Rio eem São Paulo, mas está aí oresultado, precisamos deRaio-X nos presídios paracortar o contato do presocom o mundo exterior,advogado, agentes, presos,familiares, todos tem passarpelo Raio-X", diz Salum.

Deputado Roberto SalumDeputado Altair Silva

Senador Paulo Bauer discursa na tribuna do Senado

EXXTRA | 02 de dezembro, 2017 07

e xtraSemana, 02 de dezembro de 2017 xNovo juiz

substituto tomaposse no

Tribunal RegionalEleitoral de SC

Revisão do eleitorado tem 82% decomparecimento em 28 cidades

Homologas ascandidaturas e TJaguarda eleiçõespara o dia 6 de

dezembro

TJ posiciona-seem defesa demagistradoscriticados por

OAB-SC

Tomou posse, nasegunda-feira (27),como juiz substituto

do Tribunal RegionalEleitoral de Santa Catarina,na classe jurista, AlexandreEvangelista Neto. Em seudiscurso, o advogadoafirmou que esperacorresponder à expectativae ao padrão de excelência doTribunal.O advogado foi nomeadopara o cargo de juizsubstituto do TRE-SC na vagadecorrente do término doprimeiro mandato deFernando Luz da Gama LoboD'Eça, que toma posse comojuiz titular do Tribunal napróxima quinta-feira (30).O jurista foi empossadopelo presidente do TRE-SC,desembargador Antonio doRêgo Monteiro Rocha, queafirmou "Vossa Excelênciairá honrar a Justiça Eleitoral,que é um dos pilares danossa democracia, vendo a

O Tribunal de Justiça deSanta Catarina, pordecisão unânime do

Tribunal Pleno extraída nasessão do último dia 24 denovembro, posicionou-secontrário às críticas desferidaspela Ordem dos Advogados doBrasil, Seccional de SantaCatarina, aos magistradoslotados na comarca de SãoJoaquim, por entender que:1. A fixação de verba honoráriapara defensores dativos/assistentes judiciários estáinserida no âmbito decisório dojulgador da causa, merecendoem cada processo acuradoexame à luz da legislação emvigor, jamais admitindocondição, compromisso oudeliberação prévia.2. Já a discussão política destamatéria, para a construção denovas e claras regras quecomponham os diversosinteresses e alargados custosem jogo, há de ser travada emseara própria entre os PoderesExecutivo e Legislativoestadual, assim como pelaDefensoria Pública e pelaOrdem dos Advogados doBrasil.3. De outro lado, a organizaçãodos trabalhos cartorários, coma unificação e centralização doatendimento das duas varasinstaladas na referida comarca,respaldada pela Corregedoria-Geral da Justiça, e a adoção desistema de controle de acesso ede segurança no prédio doFórum alinham-se às diretrizesde natureza administrativatraçadas por este Tribunal,voltadas à melhoria dosserviços forenses e à prevençãoe proteção de bens maiorescomo a integridade física e aprópria vida.

Terminou na última sexta-feira (24) a revisão doeleitorado com cadastramento biométrico obrigatórioem 28 municípios de Santa Catarina. A média de

comparecimento nessas cidades foi de 82% dos eleitores.Entre os municípios com maior comparecimento doeleitorado estão Santiago do Sul (90,87%), Palmitos (88,90%)e Pinheiro Preto (88,24%). Já entre as cidades com menorfrequência estão Ermo (68,53%), Pescaria Brava (70,61%) eRomelândia (75,52%). Os números de todas as cidadespodem ser conferidos nesta tabela.Os dados ainda não são definitivos e serão atualizados apóso cancelamento dos títulos eleitorais daqueles que nãorealizaram a revisão do eleitorado, processo que já está emandamento.

O Pleno do Tribunal deJustiça deferiu ascandidaturas dos 20

desembargadores que seinscreveram com vistas naseleições aos cargos efunções dirigentes doJudiciário para o biênio 2018/2019. O desembargadorAlexandre d'Ivanenko, quehavia ingressado compedido de impugnação dacandidatura dadesembargadora Maria doRocio Luz Santa Ritta,desistiu do pleito,enfatizando que "jamaisteve a intenção de causarqualquer tipo deconstrangimento". Adesistência foi homologadapelo Pleno do TJ. A eleiçãoestá prevista para ocorrer naprimeira quarta-feira dedezembro (6), em sessão doPleno. Em disputa, os cargosde presidente, 1º vice-presidente e corregedor-geral da Justiça, e as funçõesde 2º vice-presidente, 3ºvice-presidente e vice-corregedor-geral da Justiça.

diferenciação entre o bom eo mau político. A sua vindairá oxigenar o aparelhoconstitucional".Além do presidente e dovice-presidente do TRE-SC,desembargador CesarAugusto Mimoso RuizAbreu, dos membros doPleno do TRE-SC e dodiretor-geral, Sérgio ManoelMartins, estavam presentestambém na posse oscoordenadores e secretáriosdo TRE-SC, assim comofamiliares e convidados doempossado. A cerimôniaaconteceu no Gabinete daPresidência, às 16h, na Sededo Tribunal.

Desembargadora Maria doRocio Luz Santa Ritta

Posse do juiz AlexandreEvangelista Neto

02 de dezembro, 2017 | EXXTRA

COLUNA DIÁRIA EMwww,exxtra,com.br

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08

Secretaria da Justiça eCidadania cria Central

de Vagas para oSistema Socioeducativo

TJ recebe comitiva de magistrados da Colômbiainteressada em avanços tecnológicos

Proibição do uso do amianto no Brasilé noticiada em sessão da Assembleia

O secretário de Estado da CasaCivil, Nelson Serpa, e osecretário Adjunto de Estado da

Justiça e Cidadania (SJC), Leandro Limaao Supervisor do Grupo deMonitoramento e Fiscalização (GMF)do Tribunal de Justiça de Santa Catarina(TJSC), desembargador Roberto LucasPacheco, a resolução que formaliza acriação da Central de Vagas do SistemaSocioeducativo catarinense. Odocumento, que já foi publicado noDiário Oficial de segunda-feira, 27,regulamenta a entrada deadolescentes nos centros deatendimento socioeducativo deacordo com o número de vagasoferecido pelo Estado. Para asecretária de Estado da Justiça eCidadania, Ada Faraco De Luca, SantaCatarina inova e sai na frente dosoutros estados da federação com acriação da Central de Vagas. Osecretário da Casa Civil destacou otrabalho conjunto que foi realizado emtorno da regulamentação. "Oimportante é estarmos todosarticulados em torno de uma causacomum", sublinhou Serpa.

O Tribunal de Justiça recebeu neste mês a visita de comitiva integrada pormagistrados da Colômbia, interessados em conhecer as boas práticas doJudiciário catarinense, especialmente as desenvolvidas no âmbito da

informática. Os colombianos vieram mais especificamente conhecer o processode informatização do TJ. Para tanto, acompanharam a rotina das unidades judiciaise cartórios. Com o Sistema de Automação da Justiça (SAJ), o TJSC é pioneiro naadoção do processo digital na Justiça brasileira. A visita ao Tribunal foi organizadapela Embaixada do Brasil em Bogotá. O juiz Luiz Felipe Canever, auxiliar daPresidência e integrante do Conselho Gestor de Tecnologia da Informação do TJ,e o diretor de Tecnologia da Informação, Cassiano Reis, foram os principaisanfitriões da comitiva sul-americana. Por ocasião da visita, o desembargadorJorge Schaefer Martins contou sobre sua experiência no uso da tecnologia digital.Com o tema "Planejamento Estratégico e os desafios da informatização", Schaefercompartilhou o histórico de investimentos em tecnologia do TJSC e abordou astendências no cenário.

Proibição do uso do amianto no Brasil énoticiada em sessão da AssembleiaA deputada estadual (foto) Ana Paula Lima (PT)noticiou a decisão do Supremo Tribunal Federal(STF) de proibir a fabricação ecomercialização de produtos que utilizemamianto crisotila no Brasil. "Isso é uma boanotícia para todos, principalmente para ostrabalhadores, que ficam expostos a essasubstância cancerígena", disse Ana Paula. Elalembrou que Santa Catarina já havia proibidoa utilização de amianto, por iniciativa parlamentar,assim como outros oito estados brasileiros. A deputada recomendou que apopulação faça a troca imediata das caixas d´águas e telhas à base de amianto.

Comitiva de magistrados da Colômbia foi recebida na sede do TJ

EXXTRA | 02 de dezembro, 2017

e xtraSemana, 02 de dezembro de 2017 x

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Brasileiroflagradodirigindo

embriagadono Canadá

Falta de demédicos

especializadospara SC Saúde

Pedido de promoções da Polícia Civilencaminhado pelo governo de SC

TJ hipoteca apoià campanha pelofim da violência contra as mulheres

O deputado estadualIsmael dos Santos(PSD) exibiu na

tribuna vídeo de umbrasileiro contando asconsequência de ter sidoflagrado dirigindoembriagado no Canadá. "Ocarro foi detido, a carteiraapreendida por três anos,além de adotar umamáquina que o carro não ligasem soprar ela e o carro emmovimento também pedepara soprar", contou obrasileiro, referindo-se a umbafômetro instalado noautomóvel. "É um exemplodo primeiro mundo, na Itáliao carro também éconfiscado", contou Ismael,que revelou que de 2013 a2016 o Ministério Público doestado denunciou 21.940motoristas por dirigiremembriagados.

O deputado estadualMauricio Eskudlark(PR) lamentou a falta

de credenciamento demédicos especializados paraatendimento pelo SC Saúdeno Extremo Oestecatarinense. De acordo como parlamentar, há médicosde diversas especialidadesque poderiam atender aospacientes, mas a falta decredenciamento faz comque as pessoas precisem sedeslocar até Chapecó. Elefalou ainda sobre aformatura de novosdelegados e agentes daPolícia Civil, ocorrida nasegunda-feira (27), e sobreas reclamações constantesde queda de energia elétricaem diversos municípios dointerior do estado. Um doscasos citados pelo deputadofoi Camboriú, que estáperdendo novas empresaspor falta de estabilidade nosistema elétrico.

A Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situaçãode Violência Doméstica e Familiar do TJ hipotecouseu apoio à campanha mundial "16 dias de Ativismo

pelo Fim da Violência contra as Mulheres", desenvolvidaem Santa Catarina pela Coordenadoria Estadual da Mulher -CEM/SC -SST. Neste sentido, um de seus primeiros atos foidar ampla divulgação à recém-aprovada Lei Estadual n.17.278/2017, que dispõe sobre o embarque e o desembarquede idosos, pessoas com deficiência e mulheres usuários dotransporte rodoviário intermunicipal de passageiros, emqualquer local do trajeto da linha, independente daexistência de pontos de ônibus. "Entendo que a novalegislação é de suma importância para magistradas,servidoras do Poder Judiciário e suas famílias", afirmou adesembargadora Cinthia Beatriz da Silva BittencourtSchaefer. A campanha mundial, iniciada no último dia 20, seestenderá até 5 de dezembro.

O deputado estadual Roberto Salum (PRB) relatouaudiência que teve com o secretário de SegurançaPública, César Grubba, na qual apelou que as

promoções da Polícia Civil sejam encaminhadas pelogoverno do Estado. Entre outros temas tratados no encontro,o deputado pediu ao secretário que sejam chamados os 30cargos excedentes aprovados no concurso dos Bombeiros.Ainda em seu pronunciamento, Salum reclamou que ascomissões permanentes protelam a decisão sobre projetosbons. Enquanto isso, os projetos do Ministério Público sãoaprovados rapidamente, conforme o deputado.

Deputado Ismael dos Santos Deputado Mauricio Eskudlark Desembargadora Cinthia Beatriz Bittencourt Schaefer

02 de dezembro, 2017 | EXXTRA10

e xtra Semana, 02 de dezembro de 2017xSecretaria exige

cumprimentocontratual daprestação dosserviços em

hospital

Deputado lamentafalecimento docomunicador

Antunes SeveroPrimeira etapa de retirada das

barras de olhal da Ponte Hercílio Luz é concluída

A Secretaria de Estado daSaúde informa que, em

reunião emergencialrealizada no sábado, 25,decidiu tomar todas as

medidas legais cabíveis dianteda decisão unilateral da

Associação Paulista Para oDesenvolvimento da Medicina

- empresa responsável pelagestão do Hospital Regional

de Araranguá - decontingenciar os

atendimentos naquelaunidade. O secretário Vicente

Caropreso, juntamente aosecretário-adjunto André

Bazzo e a equipe desuperintendentes, exige o

cumprimento contratual daprestação dos serviços paraevitar que cerca de 900 mil

pessoas dos 47 municípios quedependem do hospital fiquemdesassistidas por uma decisão

unilateral da SPDM. Asecretaria informa ainda que

foi surpreendida com adecisão da organização social,uma vez que na última quinta-

feira, 23, o secretárioCaropreso e a equipe

responsável pela gerência doscontratos com as

Organizações Sociais,estiveram reunidos com o

representante legal da SPDM,Mario Monteiro, e não houvenotificação de abandono da

prestação de serviço,conforme o contrato de

gestão que possuem desdemaio de 2013 com a

Secretaria de Estado daSaúde.

Foi concluída na terça-feira, 28, a retirada de 272 barrasde olhal do total de 360, processo que faz parte darestauração da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis. As

88 peças restantes, que ficam na parte central da ponte eestão na parte superior das treliças, serão retiradas nasegunda quinzena de dezembro deste ano.

"Para retirada destas peças será necessário executara quarta fase da transferência de carga, que consistirá emrebaixar a treliça do vão central trazendo do ponto inicialem que foi levantada. Ou seja, baixar 53 centímetros e apósesta operação elevar somente os dois extremos da treliça.O objetivo é de comprimir a corda superior da treliça paraque seja possível retirar as barras de olhal. Essa operaçãodeverá ocorrer em 15 dias", explicou o engenheiro fiscal daobra, Wenceslau Diotallévy.

A próxima etapa é a recuperação das treliças e aomesmo tempo, a substituição de rótulas e celas, que sãopeças nas bases e nas pontas, respectivamente, das torresprincipais. "As torres se mantém em equilíbrio por causados cabos que formam o estaiamento. Depois de instaladasas novas barras, retiramos os cabos. Isso é para que ela nãosaia do ponto de equilíbrio", concluiu o engenheiro.

A instalação das novas barras, dependendo dascondições climáticas, começa a partir de abril de 2018. Aspeças, fornecidas pela Usiminas, já estão no canteiro deobras da empresa Teixeira Duarte. A empresa é aresponsável pela restauração da Ponte Hercílio Luz.

O deputado estadualJoão Amin (PP)utilizou suas mídias

para lamentar o falecimentodo profissional, amigo eprofessor Antunes Severo,considerado um dosprincipais nomes dacomunicação e do marketingem Santa Catarina. Locutor,repórter, radialista,produtor e apresentador,trabalhou em emissoras doRio Grande do Sul, SãoPaulo, Paraná e SantaCatarina."Foi com tristeza que recebina noite de ontem (22) anotícia do falecimentodaquele que é um dos maisrespeitados homens dacomunicação catarinense",registrou o parlamentar, queprometeu para a próximasemana um discurso noPlenário da Assembleiaenaltecendo o amigo eprofessor.

Deputado João Amin

EXXTRA | 02 de dezembro, 2017 11

e xtraSemana, 02 de dezembro de 2017 x

Debatida aviabilização desistema único

de trâmitede processos

Udesc evolui noíndice do MEC e

se mantém entreas melhores

universidadesestaduais

Exposição marca os 15 anos doArquivo do Ministério Público de

Santa Catarina de SC

A Procuradoria Geral doEstado de SantaCatarina esteve

representada pelaprocuradora-geral adjunta paraAssuntos Administrativos,Rejane Maria Bertoli, noencontro do Colégio Nacionalde Procuradores Gerais dosEstados e do DF, em Foz doIguaçu (PR). A ministra GraceMaria Fernandes Mendonça,advogada geral da União,reforçou a importância doFórum Nacional da AdvocaciaPública para a padronização etroca de experiências no âmbitoda conciliação e do contenciosode massa, inclusive com acriação de súmulas eapresentação e propostaslegislativas, e ofertou ocompartilhamento com asPGEs do Sistema de InteligênciaJurídica (Sapiens), ferramentacriada pela AGU para gerir atramitação de processosjurídicos e administrativos,através da assinatura de termode cooperação a ser delineadoentre os envolvidos.

Com avaliação de 230universidades einstitutos federais e

estaduais no Brasil, o ÍndiceGeral de Cursos (IGC) de 2016foi divulgado nesta segunda-feira, 27, pelo InstitutoNacional de Estudos e PesquisasEducacionais Anísio Teixeira(Inep), do Ministério daEducação (MEC). Na escala de1 a 5, a Universidade do Estadode Santa Catarina (Udesc)recebeu conceito geral 4, comIGC de 3,45 (em 2015, foi de3,42), e ganhou uma posição noranking de quase 40universidades estaduais,passando a ser a oitavacolocada. Nos quesitos quecompõem a avaliação do MEC,a universidade catarinense teveas seguintes notas: 3,14 nagraduação; 4,33 no mestrado;e 4,62 no doutorado.

O IGC é um indicador dequalidade que analisa asinstituições de ensino superiortodos os anos. O cálculo inclui amédia de desempenho dasgraduações nos últimos trêsanos - definida com base nosConceitos Preliminares deCurso (CPC) - e a combina comos conceitos da Coordenação deAperfeiçoamento de Pessoal deNível Superior (Capes), queavalia os programas de pós-graduação. O CPC é o resultadode cada curso, calculado com anota do Exame Nacional deDesempenho de Estudantes(Enade), além da avaliação decorpo docente, infraestruturae recursos didáticos.

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) abriu,na segunda-feira (27) em Florianópolis, a exposiçãoArquivo MPSC - 15 anos. A exposição, que acontece

no hall de entrada da sede da Procuradoria-Geral do MPSC,tem como propósito exibir documentos que registram ahistória da Instituição e dar destaque ao trabalho do Arquivodo MPSC. Entre as peças que ficarão expostas estão: umlivro com pareceres criminais de 1941, um livro detelegramas de 1945, um livro de portarias manuscritas de1975, fichas funcionais de Promotores de Justiçasemelhantes aos originais, entre outros. Além disso, aexposição traz uma homenagem à primeira gerente dearquivos e documentos do MPSC, Selma Machado, produzidapela servidora aposentada Terezinha Weber, ex-gerente deBiblioteca.

Para o Diretor do Centro de Estudos eAperfeiçoamento Funcional, Promotor de Justiça MarceloGomes Silva, essa exposição objetiva "destacar aimportância do serviço de guarda e conservação dosdocumentos institucionais, que preservam a história doMinistério Público de Santa Catarina e nos permite projetaro futuro da Instituição". A Gerência de Arquivo eDocumentos do MPSC é responsável por receber, conferir,classificar, guardar, conservar, preservar e disponibilizar paraconsulta a documentação produzida por todos os Órgãos eSetores que compõem o Ministério Público de SantaCatarina. O acervo é composto hoje por procedimentosextra-judiciais, documentação contábil e de recursoshumanos, expedientes da Secretaria Geral e Centros deApoio, diários oficiais e da justiça de SC distribuídos emtrês depósitos.

Rejane Maria Bertoli

02 de dezembro, 2017 | EXXTRA12

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Governador Colombo,Raul Velloso e

executivos debatemgestão e investimentos

Filipinas anuncia reabertura do mercado decarnes para o Brasil; SC é o maior fornecedor

O especialista em finançaspúblicas Raul Velloso, ogovernador Raimundo Colombo, o

presidente da Federação das Indústrias deSanta Catarina, Glauco José Côrte, acolunista de economia do jornal Estado deSão Paulo Adriana Fernandes, além docolunista e professor de finanças da FGVFábio Gallo são alguns dos nomesconfirmados para o Fórum RegionalEstadão - Santa Catarina. O evento, queainda terá executivos da Arcelor Mittal ePortonave, ocorre na próxima terça-feira(5), na FIESC. O foco são o cenário e osdesafios para 2018, e as oportunidades deinvestimentos e negócio em Santa Catarina.Serão dois painéis, mediados pela editorada Agência Estado Silvia Araújo. O primeiro,sobre gestão pública, terá a participaçãode Adriano Pitoli, da Tendência Consultoria,que realiza o ranking de competitividadedos Estados, no qual SC acaba deconquistar a segunda posição. Debaterãocom ele o secretário da Fazenda, RenatoLacerda, o consultor Raul Velloso, da ARDConsultores Associados, e Fabio Gallo. Asoportunidades de investimento, tema dosegundo painel, serão abordadas por Côrte,Osmari de Castilho Ribas (Portonave) eSandro Sambaqui (ArcelorMittal).

O Departamento de Agricultura do Governo das Filipinas emitiu esta semanaum memorando reabrindo o mercado do país para a carne de frangos, desuínos e de bovinos do Brasil. A notícia tem impacto direto em Santa

Catarina, já que o Estado é o maior fornecedor brasileiro de carne suína e defrango para o país asiático.

As Filipinas deixaram de importar produtos brasileiros em setembro desteano. E o documento emitido pelo Governo Filipino afirma que o sistema brasileiroatende às normas de segurança alimentar e saúde animal, cumprindo com todasas determinações impostas pelos órgãos reguladores daquele país. De acordocom as estimativas do United States Department of Agriculture (USDA) para oano de 2017, Filipinas é o 10º maior consumidor de carne suína do mundo e o 9ºmaior importador.

Santa Catarina responde por toda carne suína exportada pelo Brasil para asFilipinas. E só este ano, de janeiro a setembro, já foram embarcadas 1.667toneladas de carne suína, faturando US$ 2,83 milhões. Segundo o secretário deEstado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, a retomada das exportaçõespara as Filipinas dá um novo fôlego para o agronegócio catarinense. "Em SantaCatarina sanidade animal e vegetal são prioridades. Investimos muito para queo nosso Estado fosse referência em saúde animal e isso tem um impacto muitogrande na busca e manutenção de mercados importantes", afirma.

Grande parte da carne de frango que o Brasil exporta para aquele paístambém tem origem em Santa Catarina. Nos últimos nove meses, o Estadovendeu 22.590 toneladas de carne de frango (67% do total brasileiro), gerandouma receita de US$ 22,5 milhões.

Exportações do Brasil - De janeiro a setembro deste ano, o Brasil exportou35.452 toneladas de carne de frango para as Filipinas, com um faturamento quepassa de US$ 19,2 milhões. Deste total, 67% foram produzidos em Santa Catarina.A carne suína enviada pelo Brasil foi toda produzida no estado. Portanto foram1.667 toneladas e uma receita de US$ 2,83 milhões.

Secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa

EXXTRA | 02 de dezembro, 2017 13

COLUNA SEGUNDA, QUARTA E SEXTAwww,exxtra,com.br

e xtraSemana, 02 de dezembro de 2017 x

Semana Nacional da Conciliaçãoencerrará com ótimos resultados

Cultivos de ostras e mexilhões de SCestão livres da toxina paralisante

Vale dasCervejas:

municípiosdo Médio Vale

do Itajaí

Governo federalvai comprar leite

em pó dascooperativas de

pequenosagricultores

De iniciativa dadeputada estadualAna Paula Lima (PT), a

Comissão de Constituição eJustiça da Assembleia aprovouo PL 340/2017, que denominaVale das Cervejas a regiãoformada pelos municípios quecompõem a Associação dosMunicípios do Médio Vale doItajaí (AMMVI). O texto foiaprovado com uma emendasubstitutiva global do deputadoDirceu Dresch (PT), acolhidapelo relator, deputado JeanKuhlmann (PSD). Tambémrelatado por Jean Kuhlmann, foiaprovado o projetogovernamental 168/2017, quealtera o artigo 2º da Lei 14.652,de 2009, que institui aavaliação integrada da baciahidrográfica para fins delicenciamento ambiental. Aindana pauta do dia, os deputadosaprovaram uma série deprojetos de origemgovernamental que autorizama doação de imóveis ou cessãode uso compartilhado amunicípios catarinenses.

O deputado federalCelso Maldaner( P M D B - S C ) ,

coordenador da FrenteParlamentar daBovinocultura de Leite daCâmara dos Deputadosinforma, que o governofederal vai investir cerca deR$ 17 milhões na compra deleite em pó de cooperativasde agricultores familiares. Acompra será realizada pormeio da modalidade CompraDireta do Programa deAquisição de Alimentos(PAA), coordenado peloMinistério doDesenvolvimento Social -MDS em parceria com oMinistério da Agricultura -MAPA. A ação tem o objetivode minimizar a queda dopreço do leite em pó queocorreu nos últimos mesespor conta da grandeimportação do produtovindo do Uruguai. "É umaforma de ajudar ospequenos produtores. Avinda do produto de outrospaíses criam esse tipo decrise para os agricultores,então, o governo estáfazendo a sua parte pararegular e estabilizar opreço", afirmou Maldaner.

Segundo o SecretárioNacional de SegurançaAlimentar e Nutricional doMDS, Caio Rocha,cooperativas de pequenosagricultores de todo o Paíspoderão participar dachamada pública que deveráser lançada nos próximosdias pela Conab.

Os dados do terceiro dia da Semana Nacional daConciliação em Santa Catarina, consolidados naúltima quarta-feira (29/11), registraram a realização

de 1.075 audiências, com 460 acordos que resultaram nototal de R$ 4,4 milhões em valores homologados. Osnúmeros são de caráter estadual e englobam audiências de1º e 2º graus, pré-processuais, em fase de conhecimentoou fase de execução. Foram atendidas na quarta-feira 2.642pessoas por um universo de 363 participantes entre juízes(47), juízes leigos (5), conciliadores (162) e colaboradores(149). O juiz Vitoraldo Bridi, titular da 2ª Vara Cível dacomarca da Capital, colaborou com a programação daSemana e comandou audiências de conciliação no âmbitodo Tribunal de Justiça, já em segundo grau de jurisdição.Foram, no total, 36 audiências realizadas pelo TJ. Um balançoparcial da semana, que ainda se estende até amanhã (1º/12), mostra que já foram realizadas em todo o Estado trêsmil audiências, com cerca de 1,4 mil acordos e mais de R$ 7milhões em valores homologados.

A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca anunciaque todas as áreas de cultivos de ostras, vieiras,mexilhões e berbigões de Santa Catarina estão

desinterditadas. Portanto, está liberada a retirada, acomercialização e o consumo destes animais e seusprodutos, inclusive nos costões e beira de praia. As últimaslocalidades interditadas eram Laranjeiras, em BalneárioCamboriú, e Praia Alegre, em Penha. Com o segundoresultado negativo para presença da toxina paralisante(PSP), nesta terça-feira, 28, elas foram liberadas.

Deputada Ana Paula Lima Os dados do terceiro dia da Semana Nacional daConciliação em SC foram apresentados em reunião

02 de dezembro, 2017 | EXXTRA14

e xtra Semana, 02 de dezembro de 2017x

Celesc permaneceno Índice de

SustentabilidadeEmpresarialda Bovespa

Foco errado nodéficit da

previdência,segundo

argumentadeputadoestadual

Governador fala sobre geraçãode empregos e obras de saúde

e infraestrutura

Senado aprova proposta quepermite venda fracionada demedicamentos veterinários

Os esforços em prol das u s t e n t a b i l i d a d e ,com diversas

melhorias implementadasnos campos socioambientale econômico-financeiro,estão garantindo, mais umavez, a presença da Celesc naprestigiada carteira deempresas que integram oÍndice de SustentabilidadeEmpresarial da Bovespa - ISE.A nova carteira do ISE terávigência de 8 de janeiro de2018 a 4 de janeiro de 2019 econtempla 33 ações de 30companhias (quatro a menosque no ano passado),consideradas sustentáveispor rígidos critériosinternacionais. O presidenteCleverson Siewert explicaque o ISE foi criado com ointuito de apoiar osinvestidores na tomada dedecisão sobreinvestimentos socialmenteresponsáveis e promover asmelhores práticas des u s t e n t a b i l i d a d eempresarial.

A geração de empregos em Santa Catarina e as obras desaúde e infraestrutura na Serra Catarinense foram osprincipais temas do Com a Palavra, o Governador

desta semana. Raimundo Colombo (PSD) abriu a entrevistacomentando os números do Cadastro Geral de Empregadose Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério doTrabalho. Em outubro, Santa Catarina gerou 8,6 mil vagas detrabalho com carteira assinada e desde o início de 2017acumula mais de 45 mil, se mantendo como um dos estadosdo país que mais gera empregos.

"É uma vitória que gera todo um cenário positivonesse momento em que a economia começa a dar sinais deretomada de crescimento", disse o governador.

Outros assuntos da entrevista foram a entrega dobloco de serviços do Hospital Infantil Seara do Bem e asobras do Hospital Tereza Ramos, em Lages. O início dapavimentação da SC-390, na região da Coxilha Rica, e aavaliação da situação do Estado para o fechamento do anocompletaram a entrevista desta semana.

O Plenário do Senado aprovou, na terça-feira (28), oprojeto que permite a venda fracionada demedicamentos veterinários em clínicas e pet shops

(PLC 59/2017). A ideia é evitar desperdícios e diminuir opreço dos remédios. A relatora da proposta na Comissão deAssuntos Sociais, senadora Lídice da Mata (PSB-BA),observou que a venda fracionada já é adotada nos remédiospara seres humanos e explicou que a divisão deve ser feitapelo médico veterinário responsável pelo estabelecimento.

O deputado estadualSerafim Venzon(PSDB) avaliou que o

governo federal erra aofocar o déficit da previdênciacomo argumento a favor dareforma. "No meu entenderestá errando no foco deporquê reformar aprevidência, enfatiza odéficit, já os contráriosjustificam que não precisareformar porque existe umgrande número dedevedores, então nãohaveria déficit", descreveu odeputado, acrescentandoque dos 500 bilhões gastosnos últimos 12 meses comaposentadorias, R$ 220bilhões foram bancados portodos os brasileiros,"inclusive por quem nãopaga a previdência".

Cleverson Siewert,presidente da Celesc Raimundo Colombo durante a gravação do programa

Deputado Serafim Venzon

EXXTRA | 02 de dezembro, 2017 15

e xtraSemana, 02 de dezembro de 2017 x

Alterações noConsea e Funsea

são acatadas

Senado devevotar uso decores para

indicação dealimentossaudáveis

Indústria de bebidas pede igualdadetributária com os grandes do setor

A Comissão de Finançase Tributação daAssembleia Legislativa

acatou o parecer favorável dodeputado Rodrigo Minotto(PDT) ao PL 225/2017, quealtera o artigo 3º da Lei 12.911,de 2004, que dispõe sobre acriação do Conselho Estadual deSegurança Alimentar eNutricional (Consea-SC) e doFundo Estadual de SegurançaAlimentar e Nutricional(Funsea-SC). De acordo comMinotto, a iniciativagovernamental atende àsrecentes alterações naestrutura organizacional daadministração pública estaduale visa designar como novomembro do Consea orepresentante da Diretoria deSegurança Alimentar eNutricional, em substituição aorepresentante da SecretariaExecutiva de Políticas Sociais eCombate a Fome. Aindasegundo o relator, a ação nãoacarretará impacto financeiro,nem adequação das peçasorçamentárias vigentes.

Debate sobre aspolíticas públicasdesenvolvidas no

Pantanal, sabatina de indicadospara a Anvisa e o DepartamentoNacional de Infraestrutura dosTransportes e votação deprojetos são alguns dos temasque constarão das pautas devotações das comissõestécnicas do Senado na semanaque se inicia hoje, 27. Entre osprojetos em pauta na Comissãode Educação, Cultura e Esportedo Senado (CE) está o PLC 91/2014, que torna obrigatória acontrapartida social paraeventos culturais beneficiadoscom isenções fiscais da LeiRouanet. Já na Comissão deAssuntos Econômicos doSenado (CAE) deve ser votadoo PLS 489/2008, do senadorCristovam Buarque (PPS-DF),determinando que os rótulosdas embalagens tragamidentificação de cores, deacordo com a composiçãonutricional do alimento. Osenador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que relatou o projeto naComissão de Defesa doConsumidor, explicou que ascores serão definidas pelasautoridades responsáveis ecitou o exemplo do Reino Unido."No Reino Unido adotaram ascor vermelha aqueles que sãoaltamente nefastos; amarela,para o que precisa de atenção,e verde para os que sãosaudáveis", explicou.

Atendendo a um requerimento do deputado AntonioAguiar (PMDB), representantes da indústria debebidas não alcoólicas compareceram à Comissão de

Finanças e Tributação da Assembleia Legislativa para falarsobre a política de subvenção fiscal do Estado e seu impactona concorrência do setor. De acordo com o presidente daAssociação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil(Afrebras), Fernando Rodrigues de Bairros, os incentivosfiscais concedidos às grandes corporações, que controlam80% do mercado, impactam negativamente nodesenvolvimento do segmento em Santa Catarina,sobretudo na participação fábricas de pequeno porte. Taiscorporações, disse, atualmente ficam com a quasetotalidade dos financiamentos disponibilizados pelo BNDES(94,54%), contando ainda com os benefícios proporcionadospela Zona Franca de Manaus, onde estão instaladas, comoredução da tarifa de ICMS e isenção do IPI.

A situação, que impacta diretamente nacompetitividade das empresas locais, disse, fica aindaagravada pela diferenciação tributária concedida pelogoverno catarinense. "Então, estas empresas já vêm da ZonaFranca incentivadas e aqui o governo de Santa Catarinaconcede mais benefícios fiscais. Tudo isso acaba indo paraos preços dos produtos e a concorrência acaba." FernandoRodrigues de Bairros criticou ainda a suposta falta detransparência na política de renúncia fiscal implementadapelo governo. "Fizemos um requerimento sob a Lei deInformação e foi negado. Fizemos uma notificação judicialà Secretaria da Fazenda para obter estas informações e nada.Esta questão não deve ser tratada como sigilo fiscal, poisenvolve recursos públicos." Já o presidente do Sindicatodas Indústrias de Refrigerantes de Santa Catarina, SérgioMurilo Sell, afirmou que a situação vem gerando extremasdificuldades às fábricas regionais de médio e pequeno porteno estado, algumas delas com mais de 90 anos de existência.

Deputado Rodrigo Minotto

Deputado Antonio Aguiar é o autor do requerimento

02 de dezembro, 2017 | EXXTRA16

e xtra Semana, 02 de dezembro de 2017x

TEMER ENCARA REFORMASGoverno tem pressa e quer aprovar

reforma da Previdência ainda este ano

O tempo é curto, mas após se livrar dadenúncia, na Câmara dos Deputadospara que o STF abrisse processo contrao presidente Michel Temer, o Planaltovoltou todas as forças para que areforma da Previdência seja votada nas

próximas semanas, antes do Papai-Noel chegar.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidênciada República, Moreira Franco, disse na sexta-feira(24) que o governo federal t rabalha para aaprovação da reforma da Previdência ainda esteano. O Planalto atua para a retirada de "todos osobstáculos" e assim permitir a aprovação do textopelo Congresso.

EXXTRA | 02 de dezembro, 2017 17

Deputado estadual Padre Pedro Baldissera

"A reforma da Previdência éfundamental para o país. Não é umaquestão de governo. É uma questãode país. As contas públicas nãosuportam o sistema atuarial quecaracteriza a Previdência no Brasil",disse Moreira Franco.

O ministro usou com exemploa situação do estado do Rio deJaneiro que enfrenta problemas parao pagamento de benefícios dosservidores públicos aposentados,além da dificuldade do governofluminense para manter os saláriosdos servidores da ativa.

No caso específico da reforma,Moreira Franco afirmou que acredita"no espírito público" dosparlamentares. Segundo ele, aCâmara dos Deputados e o SenadoFederal têm votado "com muitaclareza e firmeza". "Os deputados e

e xtraSemana, 02 de dezembro de 2017 x

senadores saberão votar embenefício do país", completou.

O ministro destacou aimportância de concluir o processoainda este ano. E, para isso, ogoverno tem usado sua "capacidadede convencimento". "Política se dápor meio do diálogo". "E nãoqueremos que o sistemaprevidenciário brasileiro seja meia-sola", concluiu.

Rejeiçãopopular àreforma

A perspectiva para a data davotação da reforma da previdência naprimeira semana de dezembroanimou o mercado na última quinta-

feira (23). Porém, segundo destacamos jornais, sua aprovação ainda é umaincógnita. Conforme aponta o jornalFolha de S. Paulo, apesar do textomais enxuto, deputados afirmam que"nada mudará" em relação ao apoioparlamentar - o que mostra osdesafios para o presidente MichelTemer para passar as mudanças.

Mas há um porém: o apoio nãoaumenta a não ser que a atualcampanha publicitária do governotenha êxito em reduzir a rejeiçãopopular à reforma.

Assim, apesar de importante, areforma ministerial que está sendodesenhada nos últimos dias - e quedeve levar à saída de AntônioImbassahy (PSDB) da Secretaria doGoverno nos próximos dias - é umfator importante, mas não suficientepara angariar apoio à previdência.

Para o presidente Michel Temer, Os brasileiros não aceitam mais queuma parcela da população pague pelo privilégio de poucos

02 de dezembro, 2017 | EXXTRA18

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EXXTRA | 02 de dezembro, 2017 19

e xtraSemana, 02 de dezembro de 2017 x

Na semana passada, aconsultoria de risco político Eurasiajá havia ressaltado: "o sinal maisimportante para ficar de olho, noentanto, é como o debate públicoestá evoluindo. Se, de fato, a mídia,as associações empresariais e ogoverno puderem reformular essanova proposta com o discurso de queela enfrentará os privilégios do setorpúblico, tornará o trabalho mais fácilpara o governo no congresso",avaliam os consultores. Elesdestacam que os parlamentaresestão muito de olho em como se daráa cobertura política, uma vez que aeleição se aproxima e os efeitos devotar numa reforma altamenteimpopular são observados comatenção.

E o tempo é curto para angariarapoio, em meio aos sinais de que areforma pode ser votada entre osdias 5 e 7 de dezembro. Conformeinforma a Bloomberg, o governoacredita ter 250 votos na Câmarafavoráveis à reforma da Previdênciae usará as próximas duas semanas

para tentar alcançar de 70 a 80 novosapoios para que a proposta sejavotada.

Mas, além de contar com maiorapoio de parte da população para areforma, o governo também segue ométodo de seguir abrindo os cofrespúblicos em troca de apoio, conformeinforma o Estadão de hoje. De acordocom o jornal, a retomada dasarticulações vai exigir do governo opagamento de uma "fatura extra" depelo menos R$ 14,5 bilhões em trocados votos do parlamentares.

Os prefeitos já conseguiram deTemer a promessa de R$ 2 bilhões emrecursos e o aval para a derrubada deum veto no Congresso que, na prática,pode beneficiar os municípios em"pelo menos" R$ 10 bilhões, nascontas da Confederação Nacional dosMunicípios (CNM). Os Estadosquerem também fechar um acerto decontas das perdas com a Lei Kandir,que desonera exportações dopagamento de ICMS. Outra medidaque deve ajudar a melhorar o climacom o Congresso Nacional é a recente

liberação de R$ 7,5 bilhões doOrçamento deste ano, que resultouem R$ 600 milhões a mais ememendas parlamentares. Resta saberse as estratégias de Temer serãosuficientes.

Reforma aindaenfrenta

resistênciaA reforma da Previdência já

tem um novo texto, mais simplesque o original, mas isso está longede garantir que ela será aprovadapelos parlamentares. Além da faltade definição de um calendário, quedepende da agilidade da base aliadaem conseguir o apoio de mais de 308deputados, e da perigosaproximidade das eleições de 2018,ainda devem-se esperar novosembates, na Câmara dos Deputados,por mudanças na proposta.

Os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha na linha de frente com o presidenteMichel Temer para aprovar a reforma Previdenciária aida em 2017

02 de dezembro, 2017 | EXXTRA20

e xtraxA avaliação, tanto de parte do

governo, nos bastidores, quanto deconsultores e parlamentares, é queainda há brechas para que osdeputados invistam em destaques -sugestões de mudanças que serãodiscutidas no plenário.

Um grupo que não estásatisfeito é o dos servidores públicos,que terão o l imite de benefíciosequiparado ao da iniciativa privada,além da idade mínima para requereraposentadoria elevada de 55 para 62anos, para mulheres, e de 60 para 65,no caso dos homens.

Outro ponto que deve gerardiscussão é a pensão por morte, cujoacúmulo com aposentadorias ficoulimitado a dois salários mínimos (oequivalente, hoje, a R$ 1,8 mil)."Certamente, será demanda demuitos deputados, porque há outrassugestões para esse acúmulo, comoaumentar para três saláriosmínimos", avaliou um consultorlegislativo da Câmara. Há dezenas deemendas que tocam no assunto epodem ser recuperadas.

O clima instável na Câmaratambém pesa no andamento dareforma. O desgaste gerado pela

quase nomeação do deputado CarlosMarun (PMDB-MS) para a Secretariade Governo é um ponto que divideos deputados. Os tucanosgovernistas, por exemplo, pedirampara que Antonio Imbassahy sejamantido no comando da pasta até aconvenção do PSDB, em 9 dedezembro, para não perder os votos

da ala alinhada ao Palácio doPlanalto. "Agora não é maiseconomia, é política", resumiu odeputado Beto Mansur (PRB-SP),vice-líder do governo na Câmara. Eleacredita que o momento é de oslíderes conversarem e de opresidente da Casa, Rodrigo Maia(DEM-RJ), atuar.

A quase nomeação do deputado Carlos Marun para a Secretariade Governo causou desgastes entre os peemedebistas

Semana, 02 de dezembro de 2017

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xe xtraSemana, 02 de dezembro de 2017

CorridaRodrigo Maia voltou a defender

a reforma, mas não estipulou umadata para colocar a matéria na pautado plenário. Se ela não for para afrente, o risco é de "desmontar todaa recuperação econômica que foiconstruída nos últimos 12 meses",alertou. "Redução da taxa de juros,recuperação dos empregos, reduçãoda inflação. Tudo isso pode ir emborase perdermos essa janela deoportunidade de aprovar a reformaprevidenciária na Câmara, pelomenos, ainda este ano",considerou.O objetivo do governo éque a reforma seja aprovada pelosdeputados na primeira semana dedezembro. Para o relator do texto,Arthur Maia (PPS-BA), o prazo ideal éaté 15 de dezembro. "Esse é umobjetivo, uma tentativa, mas nósprecisamos de votos para isso",avaliou Rodrigo Maia. Hoje, ogoverno conta com cerca de 260 dos308 votos necessários para aaprovação da matéria no plenário daCâmara.

Maia não nega a corrida contra

o tempo. "Claro que todos essesprazos, em relação ao que a gentepensava no início do ano, são muitocurtos, são muito pequenos", disse."Mas o que a gente faz? Deixa o Brasilentrar em 2018 e, principalmente,projetar para 2019 uma crise fiscalenorme, que pode tirarinvestimento?", questionou.

Em geral, o convencimentoestá "muito complicado", avaliou olíder do PR na Câmara, José Rocha(BA). "Se for para não aprovar,

melhor nem colocar em votação paranão desgastar o governo. Se ogoverno colocar para votar e perder,dólar sobe e bolsa cai. Se não votar, oestrago é menor", acredita. O líder doPP na Casa, deputado Artur Lira (AL),acredita que o projeto será votado,mas não arrisca um calendário. "Éuma construção que temos de irfazendo. Mas o clima está mudando,as associações empresariais estão nojogo. Temos que bater na questão dosprivilégios", afirmou.

O líder do PP na Câmara, deputado Artur Lira, acredita queo projeto será votado, mas não arrisca um calendário

02 de dezembro, 2017 | EXXTRA22

e xtrax Nova versão

da reforma daPrevidênciapara facilitaraprovaçãoO relator da reforma da

Previdência (PEC 287/16), deputadoArthur Oliveira Maia (PPS-BA),apresentou na quarta-feira (23) osprincipais pontos da nova proposta dereforma da Previdência em discussãocom o governo, com ajustes paragarantir o apoio da base aliada naCâmara dos Deputados.

A versão é um pouco maissimples do que a aprovada em maioem uma comissão especial. Ela reduzo tempo de contribuição na iniciativaprivada, mas mantém as regras detransição e as idades mínimas deaposentadoria no futuro.

O texto exclui os artigosrelativos ao trabalhador rural e àconcessão do benefício assistencialaos idosos e às pessoas com

deficiência (BPC). Para o serviçopúblico, não há mudanças em relaçãoao parecer da comissão especial.

Segundo Arthur Oliveira Maia,os ajustes se centraram sobre osprincipais pontos criticados pelosadversários da reforma e vão facilitar"imensamente" a sua votação naCâmara. Apesar disso, ele afirmouque a aprovação vai demandar muito

esforço do governo. "Nós temos pelafrente um trabalho árduo de construir308 votos. Não será fácil", disse.

A afirmação foi feita ementrevista coletiva dada no intervalodo jantar oferecido pelo presidenteMichel Temer a parlamentares dabase aliada, no Palácio da Alvorada.No encontro, Arthur Maia apresentoua nova versão aos parlamentares.

Para o relator do texto da reforma da Previdência, ArthurMaia, o prazo ideal para votação é até 15 de dezembro

Semana, 02 de dezembro de 2017

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e xtraSemana, 02 de dezembro de 2017 xO presidente da Câmara dos

Deputados, Rodrigo Maia, tambémparticipou do jantar, que contouainda com a presença de ministros eeconomistas alinhados à agendaeconômica do governo. Rodrigo Maiatem sido um dos principaisdefensores da votação das mudançasna Previdência Social. O texto precisapassar por dois turnos de votação noPlenário.

Tempo decontribuição

A "proposta enxuta", disse orelator, estabelece em 15 anos otempo de contribuição dotrabalhador da iniciativa privada parase aposentar (o do serviço públicocontinua 25 anos).

No tempo mínimo (15 anos), osegurado do Instituto Nacional doSeguro Social (INSS) terá direito a60% do valor da aposentadoria para aqual contribuiu. Ele receberá 100% dobenefício somente se chegar a 40anos de contribuição.

Regra de transiçãoPermanece a regra de aumento

da idade mínima durante a fase detransição entre o modeloprevidenciário atual e o proposto.Com isso, o trabalhador da iniciativaprivada poderá se aposentar com aidade mínima de 53/55 anos (mulher/

homem) a partir de 2018.As idades sobem um ano a cada

dois anos, de modo que, em 2036, asmulheres atingem o patamardesejado pelo governo (62 anos). Oshomens atingem a idade mínima de65 anos em 2038.

Comissão da reforma da Previdência debate aposentadoria paraservidores públicos, item que polêmico entre os parlamentares

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e xtraxPara o setor público, a regra de

transição é semelhante: um ano deacréscimo na idade mínima deaposentadoria a cada dois anos. Oque muda é o patamar inicial: asmulheres poderão se aposentar apartir dos 55 anos, e os homens aos60 anos. Em 2028, os homens atingema idade mínima defendida pelogoverno, de 65 anos. As mulheresatingem seu patamar (62 anos)apenas em 2032.

As regras de transição paraprofessores, policiais, trabalhadoresque atuam em atividadesprejudiciais à saúde e pessoas comdeficiência também não mudam. Emlinhas gerais, elas permitem aaposentadoria em um tempoinferior.

Fora dareforma

Em relação aos textosapresentados anteriormente, serãoexcluídas todas as mudanças naaposentadoria rural e no Benefício dePrestação Continuada (BPC),destinado aos idosos e às pessoascom deficiência. Ambos

permanecem como são hoje.Ou seja, o trabalhador se

aposenta com 15 anos decontribuição e a idade de 60 anos(homem) ou 55 anos (mulher). Acontribuição permanece sobre acomercialização da produção. Emrelação ao BPC, continua garantido ovalor de um salário mínimo (R$ 937neste ano) para idosos acima de 65anos ou pessoas com deficiência debaixa renda.

O presidente da Câmaratambém elogiou o novo ministro e

disse ter certeza que "a competênciadele na Câmara como deputado e narelatoria de vários projetosimportantes se refletirá no governo".

Maia falou da importância daaprovação de reformas peloCongresso e lembrou que a reformada Previdência, em análise naCâmara, é essencial para o Brasil eque interessa muito aos pobres.Rodrigo Maia também afirmou tercerteza que a agenda de reformas dogoverno é também a agenda daCâmara.

Em 2028, os homens atingem a idade mínima de 65 anos. Asmulheres atingem seu patamar de 62 anos apenas em 2032

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e xtraSemana, 02 de dezembro de 2017 xO presidente Temer agradeceu

ao ex-ministro Bruno Araújo pelotrabalho à frente do ministério e pelaparceria com o governo. Por sua vez,Bruno Araújo falou da situação emque assumiu a pasta e dasdificuldades. Segundo Bruno,programas estavam paralisados emuitas dívidas acumuladas e quehoje a pasta está reorganizada.

O novo ministro agradeceu aopresidente a confiança depositada aele ao nomeá-lo para o Ministério dasCidades e prometeu trabalhar paraajudar milhões de brasileiros quesonham com a casa própria,modernizar as cidades e atuar parapromover a igualdade social.

FinanciamentoArthur Maia também adiantou

que o governo enviará ao CongressoNacional uma proposta de emenda àConstituição para retirar ascontribuições sociais daDesvinculação de Receitas da União .Ele afirmou que a mudança temresultado apenas contábil, pois oOrçamento F iscal repõe ao daSeguridade Social toda a receitadesvinculada.

Mas disse que a medida "temefeito simbólico", pois uma dascríticas mais recorrentes contra areforma é de que a Previdência só édeficitária porque o governo retirarecursos da Seguridade Social pormeio da DRU.

A DRU permite que sejamdesvinculados 30% das receitas daUnião referentes às taxas e às

contribuições econômicas e sociais,com objetivo de permitir maiorflexibilidade ao governo na alocaçãodos recursos. O mecanismo nãoincide sobre as contribuiçõesdestinadas à Previdência e àeducação, bem como sobre asparcelas da Cide Combustíveisdestinadas aos estados.

Previdência não retira recursos da Seguridade Social por meio daDesvinculação de Receitas da União, segundo o relator do texto

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Para 2018, por exemplo, aproposta orçamentária prevê que aDRU vai representar R$ 123,9 bilhões,dos quais R$ 117 bilhões (94,4%) vêmde contribuições sociais. Por outrolado, o Orçamento Fiscal destina R$279,8 bilhões para cobrir o deficit daseguridade social.

Posse naCidades parareforma daPrevidência

O deputado federal AlexandreBaldy (GO) tomou posse no dia 22como novo ministro das Cidades.Baldy assumiu a pasta no lugar dotambém deputado Bruno Araújo(PSDB-PE), que pediu para deixar ogoverno na semana passada.

Ao dar posse ao novo ministro,o presidente Michel Temer elogiou aatuação de Baldy como deputado,que está em seu primeiro mandato,e destacou o seu trabalho como

secretário de Indústria e Comércio deGoiás. Temer disse ter certeza queBaldy levará para o ministério suaexperiência.

Ao iniciar o discurso, opresidente disse que a posse do novoministro era a mais prestigiada, commuitos deputados de vários partidos,

governadores e prefeitos,autoridades, parentes e amigos donovo ministro. Segundo Temer, apresença de deputados de diversospartidos é uma demonstração daunidade em torno do nome deAlexandre Baldy para o Ministériodas Cidades.

O presidente Michel Temer na cerimônia de posse do deputadoAlexandre Baldy no dia 22 como novo ministro das Cidades

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Temer disse, no discurso, quea primeira pessoa a lembrá-lo donome do deputado Alexandre Baldypara substituir Bruno Araújo no cargofoi o presidente da Câmara,deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Aorecordar o fato, Temer elogiou aatuação de Maia e disse que ele temsido um parceiro fundamental dogoverno e tem atuado para ajudar naaprovação de reformas que sãoimportantes para o país.

"Eu quero cumprimentar atodos mais uma vez, e até agradecer- viu, Baldy? -, agradecer a você pelasomatória que você fez aqui. Eagradecer ao Rodrigo Maia, porquevocê sabe que a primeira pessoa a melembrar do seu nome foi o RodrigoMaia. Portanto eu digo: o RodrigoMaia tem olho clínico, não é verdade?E por isso eu quero dirigir tambémuma palavra ao Rodrigo - viu, Marun,viu Imbassahy e todos amigos? -, euquero dirigir uma palavra a ele,porque ele tem sido um parceirofundamental", disse o presidente.

De acordo com o presidente, aparceria entre governo e o Congressotem sido importante. "Para que opresidencialismo seja coeso, que é oque está na Constituição, nós demosuma nova significação, novacoloração ao presidencialismobrasileiro. A partir do nosso governo,creio que o Congresso Nacionaldeixou de ser um apêndice do PoderExecutivo, mas passou a ser umparceiro, ou seja, andamos juntos,que é quase umsemipresidencialismo, e tem dadocerto."

PerfilFormado em Direito pela PUC

Goiás, Alexandre Baldy deixou oempreendedorismo e assumiu aSecretaria de Indústria e Comércio nogoverno de Marconi Perillo. Foi eleitodeputado federal em 2014 peloPSDB. Em 2016, deixou o PSDB filiou-se ao PTN, atual Podemos, o qual foi

líder por 8 meses. Ele foi desfiliadodo partido para assumir o Ministériodas Cidades.

Como deputado, foi autor doprojeto que garante a agricultoresgoianos o abatimento de até 85% dasdívidas com o Banco do Brasil. Emoutro projeto, propôs limitação daconcessão de empréstimos do BancoNacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES) porpaíses estrangeiros. Um de seuprojetos foi aprovado em Plenáriolimita o uso que o governo federalfaz do Fundo de Garantia por Tempode Serviço (FGTS) e redistribui oslucros do fundo aos trabalhadores.Baldy tem 37 anos, é casado e temdois filhos.

Temer reúne governadores embusca de apoio para reforma daPrevidênciaCom a proximidade do recessoparlamentar, que começaoficialmente no dia 23 de dezembro,o presidente da República, MichelTemer, teve ontem nova maratona dereuniões em busca de apoio paraaprovação - ainda este ano - dareforma da Previdência, pelo menos

na Câmara dos Deputados.Desde o meio dia, Temer

recebeu no Palácio da Alvoradagovernadores de estados e doDistrito Federal, Rodrigo Rollemberg(PSB-DF), responsável por articular areunião que será seguida de umalmoço. A expectativa é de que, aolado dos ministros HenriqueMeirelles (Fazenda), RonaldoNogueira (Trabalho) e do secretárionacional da Previdência, MarceloCaetano, Temer apresente númerose reforce a importância da reformapara todos. Também participaram dareunião o relator da reforma daPrevidência na Câmara, deputadoArthur Maia (PPS-BA) e o líder dogoverno no Senado, Romero Jucá(PMDB-RR)Jantar

O dia de Michel Temerterminou em um jantar comdeputados da base aliada. Em buscados 308 votos necessários paraaprovar a reforma, o presidentepretende apresentar uma versãofinal da PEC e convencer osparlamentares da urgência davotação.

Michel Temer oferece jantar para parlamentares da base aliada eapresentar a nova versão da proposta de reforma da Previdência

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Maia: data paravotação só

quando houveros votos

necessáriosO presidente da Câmara

sugeriu que, em primeiro lugar, sejamconstruídas as condições para aprovara reforma da Previdência. "Que textoé possível ser aprovado? Vamosdiscutir, e quando isso tiverorganizado, vamos ao Plenário",disse. "Se a gente tiver voto, ótimo"O presidente da Câmara dosDeputados, Rodrigo Maia, afirmouque o calendário para a votação dareforma da Previdência (PEC 287/06)será definido apenas quando ogoverno tiver condições de aprová-la - são necessários 308 votos emPlenário, em dois turnos. Ele disseainda que o governo não vai deixarde votar a proposta.

Rodrigo Maia participou de

reunião hoje no Palácio do Planaltocom o ministro da Fazenda, HenriqueMeirelles; com o secretário daPrevidência, Marcelo Caetano; e comos deputados Arthur Maia (PPS-BA),relator da proposta, e Carlos Marun(PMDB-MS), um dos vice-líderes dogoverno e presidente da comissãoespecial que analisou o textoenviado pelo Executivo.

O presidente da Câmarasugeriu que, em primeiro lugar, sejamconstruídas as condições para aprovara reforma da Previdência. "Que textoé possível ser aprovado? Vamosdiscutir, e quando isso tiverorganizado, vamos ao Plenário como texto que é possível", disse. "Se agente tiver voto, ótimo."

Maia também comentoudeclarações de Meirelles, que esperaa aprovação da proposta ainda nesteano. "Quando um ministro da áreaeconômica fala do tempo para votar,fala só do ponto de vista daimportância para as contas públicas.Ele [Meirelles] nunca foi parlamentarpara entender que a Câmara é umacasa do diálogo, e é com diálogo quevamos conseguir escolher uma data

para votar a reforma da Previdência,com os votos necessários paraaprovar",

Deputadosdivergem

sobre novaproposta

Líderes partidários da Câmaracomentam nova proposta de reformada Previdência (PEC 287/16),negociada entre deputadosgovernistas e o Executivo eapresentada na última quarta-feira(22). Entre as mudanças, o governoretirou do texto os benefíciosassistenciais e a aposentadoria parao trabalhador rural; o que, segundo ovice-líder do governo na Câmaradeputado Beto Mansur (PRB-SP),deve ampliar o apoio à reforma.

"Você tem aí uma série demedidas que acabaram facilitandomuito a possibilidade de a gente teressa aprovação dentro da Câmara etambém no Senado", avaliou.

Deputado Rodrigo Maia: "Quando um ministro da área econômica fala do tempo paravotar, fala só do ponto de vista da importância para as contas públicas”

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O líder do PT, deputado CarlosZarattini , por sua vez, não acreditaem aprovação.

"A rejeição popular é tamanhaque é difícil para o deputado votar afavor. Os deputados que votaram afavor da reforma trabalhista estãosentindo agora na carne. Agora que opovo entendeu o que é a reformatrabalhista, o povo está repudiandoe quer saber se o deputado votou afavor ou contra", alertou.

O relator da proposta,deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), disse que a reforma deveráeconomizar R$ 480 bilhões em 10anos, 60% do que previa a propostaoriginal.

"O ótimo é inimigo do bom.Então, é melhor economizar 60% daproposta original do que nãoeconomizar absolutamente nada. Éaquela frase da sabedoria nordestina:do perdido, a metade", disse.

Servidores

Maia afirmou também que areforma acaba com privilégios dosservidores. Os servidores públicosque entraram antes de 2003 só terãodireito ao benefício integral e ao

reajuste igual ao dos servidoresativos se esperarem as novas idadesmínimas para se aposentarem. Nessecaso, não há regra de transiçãoprevista.

Os que entraram depois e ostrabalhadores em geral precisamcumprir, como regra de transição, 30%de pedágio sobre o tempo decontribuição que faltar para aaposentadoria. Desde 2013, todos osnovos servidores só têm direito aoteto do INSS (R$ 5.531). Para terdireito a um benefício maior, épreciso aderir a um fundocomplementar.

Também foi mantida no textoa redução das pensões por morte. Obenefício será de 60% daaposentadoria para quem já temfilhos maiores. Só será possívelacumular pensão e aposentadoria atéo máximo de dois salários mínimos.

Weliton Prado (PROS-MG)também informou que votará contraa proposta. Ele defendeu que antesde fazer uma reforma da Previdência,há muitos meios de o governoaumentar a arrecadação. Pradosugeriu, por exemplo, a taxação dosbancos, o fortalecimento do combateà sonegação, o fim dos supersalários

no serviço público e o fim daDesvinculação de Receitas da União(DRU).

Tempo deContribuição

O novo texto da reforma daPrevidência reduz o tempo mínimode contribuição na iniciativa privadade 25 para 15 anos, mas, nesse caso,o benefício corresponderá a 60% damédia de salários.

Para ter 100%, o trabalhadorcontinuará tendo que cumprir 40anos de contribuição. A idade mínimaserá de 53 anos para a mulher e 55anos para o homem, subindogradualmente para 62 anos e 65 anosaté 2038.

Prazo

O governo tem a expectativade ter a nova proposta de reforma daPrevidência votada na Câmara até odia 6 de dezembro em Plenário. Paraser aprovada, a reforma precisa de308 votos em dois turnos, na Câmarae no Senado.

Líder do PT, deputado Carlos Zarattini, nãoacredita em aprovação da proposta

Deputado Weliton Prado, do PROS-MG,informou que votará contra a proposta

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COMÉRCIO DE ANABOLIZANTES

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Meirellesprevê

crescimentoexplosivo da

dívidaPara o ministro da Fazenda,

Henrique Meirelles, o problema dascontas públicas não será resolvidocom uma reforma tributária e semuma reforma da Previdência (PEC287/16) haverá "o crescimentoexplosivo da dívida pública".

Ele disse a deputados dequatro comissões da Câmara(Finanças e Tributação; FiscalizaçãoF inanceira e Controle;Desenvolvimento Econômico,Indústria e Comércio; e Trabalho,Administração e Serviço Público) queo país não dá conta de aumentar acarga tributária em 10% do ProdutoInterno Bruto ao ano, que seria oritmo de crescimento do déficitprevidenciário.

Vários deputados da oposiçãosugeriram a regulamentação dataxação sobre grandes fortunas e atributação de lucros e dividendos,mas Meirelles disse que o governoestá tributando grandes fortunas aomudar a taxação dos chamadosfundos exclusivos.

O ministro traçou um cenáriodo que, na visão dele, vai acontecercom o Brasil sem a reforma daPrevidência.

"Nós temos certamente umatrajetória de crescimento explosivoda dívida pública se não for aprovadaa reforma da Previdência. Nomomento em que 10% de PIB, emalguns anos, não será possívelaumentar a carga tributária nessaproporção, nós teremos um aumentoda dívida. E um aumento da dívidajunto com um aumento dos juros,produto deste aumento da dívida,produto da queda da confiança na

economia, com tudo isso, nósvoltaríamos a uma recessão, desta vezmuito mais grave do que tudo quetivemos até hoje", previu.

Vice-líder do governo, odeputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) disse que a oposição não temcomo votar contra a nova proposta dereforma da Previdência, porque elavai estar concentrada nos servidorespúblicos federais que, segundo ele,são "privilegiados".

"Se não votar, vai estar votandocom os salários milionários e vaicontinuar essa transferência derenda absoluta, absurda, nojenta,que existe. Injusta. E esta reforma vaicorrigir essa injustiça social",defendeu.

Demografia - O deputado SílvioCosta (Avante-PE) disse que adiscussão da reforma é necessáriapor causa do aumento da sobrevidada população, mas afirmou que vaivotar contra porque falta"legitimidade" ao governo.

"Como é que a gente podevotar a reforma da Previdência comum governo que efetivamente tirou

a presidente sem ela cometer crime?Eu voto contra a reforma daPrevidência. O meu voto é político, oBrasil vem aguentando 500 anos elamentavelmente vai ter queaguentar mais um ano para a genteeleger um presidente e aí simdiscutir contabilidade pública",argumentou.

Para o deputado Enio Verri (PT-PR), o governo prega o ajuste fiscal,mas reduziu tributos de empresas,parcelando dívidas, e das petroleirasque vão explorar o pré-sal.

Dívida - Em sua apresentação inicial,o ministro Henrique Meirellesdivulgou um quadro com osdetentores da dívida pública (vejaquadro), que havia sido solicitadopelos parlamentares.Segundo ele, os bancos detêm 22,3%do total da dívida, que está em tornode R$ 3,5 trilhões. Ou seja, os bancostêm a receber do governo R$ 780bilhões, ou um pouco mais dametade do que o governo arrecadaem um ano. A maior parcela da dívida,porém, está com os fundos deprevidência, ou 25,5%.

Henrique Meirelles: "Nós temos certamente uma trajetóriade crescimento explosivo da dívida pública se não for

aprovada a reforma da Previdência”

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Servidorespúblicoscriticam

reforma daPrevidência

Servidores públicos criticaramna quinta-feira (23) a proposta dereforma da Previdência encaminhadaao Congresso pelo Poder Executivo.Representantes de entidadessindicais da categoria participaramde uma audiência pública daComissão de Direitos Humanos eLegislação Participativa (CDH) sobreo tema.

O presidente Michel Temerapresentou na última quarta-feira(22), durante jantar comparlamentares, uma nova versão dareforma. A intenção do governo éconvencer a base no Congresso avotar a proposta de emenda àConstituição antes do fim do ano.

O novo texto endurece asregras de aposentadoria paraservidores públicos. O tempo mínimode contribuição passa para 25 anos,enquanto os empregados do setorprivado precisariam cumprir os atuais15 anos. Para receber o valor total dobenefício, todos devem somar 40anos de contribuição. A idade mínimapara aposentadoria é de 65 anos parahomens e 62 anos para mulheres.

O presidente da AssociaçãoNacional dos Auditores F iscais daReceita Federal do Brasil (Anfip),Floriando Martins de Sá Neto, disseque a nova versão da reformaprejudica os servidores públicos. Eleafirmou que a intenção do governo éentregar a previdênciacomplementar do funcionalismo abancos privados.

- É uma denúncia que fazemos.Esse é um dos objetivos nãodeclarados da reforma: municípios,estados e União vão passar mais

dinheiro ainda para a administraçãodos bancos. Não há nada de erradocom a Previdência Social. Não hánada de errado com o orçamento daSeguridade Social - disse.

O presidente da FederaçãoNacional do Fisco Estadual e Distrital,Charles Alcântara, disse que ogoverno federal demoniza osservidores públicos, enquantoprivilegia o poder econômico. Elelembrou que os seis brasileiros maisricos concentram a riquezaequivalente à dos 100 milhões debrasileiros mais pobres.

- E esse governo ainda noschama de privilegiados? Quem éprivilegiado no Brasil? Não seriam ossonegadores da Previdência,beneficiados por anistias? Temosque derrotar esse governo e essespolíticos golpistas, que queremmanter os privilégios de uma casta desuper ricos hipócritas e traidores -afirmou.

A presidente do SindicatoNacional dos Auditores-F iscais doTrabalho, Rosangela Silva Rassy, disseque a proposta de reforma daPrevidência é injusta com os

servidores públicos.- O governo federal diz que

somos causadores do déficit e nosdeprecia como nunca fomosdepreciados neste país. Nós semprecontribuímos para a Previdência com11% sobre a nossa remuneração.Agora, o governo quer aumentar para14%. Mesmo aposentados,continuamos contribuindo. E agoranós somos culpados e vamos pagaresse pato? Não é justo - disse.

A presidente da FundaçãoAnfip de Estudos da SeguridadeSocial, Maria Inez Rezende, avaliaque a nova versão da reforma daPrevidência é ainda mais severa comos servidores públicos do que aanterior.

- De "meia sola" não tem nada.É arrasadora. Ela retira direitos depessoas que estão prestes a seaposentar. Por que é só o servidor? Équase uma retaliação. Isso édesestruturar o Estado, inclusive naaposentadoria dos que trabalharama vida toda. Se essa PEC passar comoestá, os servidores serão arrasados.É a hora de levar essa verdade para oBrasil - afirmou.

Representantes de entidades sindicais da categoriaparticiparam de uma audiência pública na Câmara

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Reforma daPrevidênciaacaba comprivilégiosOs brasileiros não aceitam mais

que uma parcela da população paguepelo privilégio de poucos. Paraatender a essa demanda dasociedade e promover um País maisjusto, o Governo do Brasil propõeuma reforma da Previdência, quebusca mais igualdade entre osbrasileiros e fazer que políticos,juízes e servidores públicos passema seguir regras semelhantes às dostrabalhadores da iniciativa privada.Essa reforma não retira direitos, pelocontrário: ela promove igualdade.Com as regras atuais uma grandeparcela da população se aposentacom idade avançada e recebe umsalário mínimo. Ao mesmo tempo,uma outra parcela de brasileiros,

menor, trabalha por menos tempo, seaposenta precocemente e recebealtos salários de aposentadoria num

sistema que privilegia poucos emdetrimento de muitos. Isso tem quemudar.

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Investimentopúblico

As normas ainda em vigorgeram outras distorções e problemaspara o País. Além de criar um grupode privilegiados, faz a Previdênciaabocanhar a maior parte doorçamento, impedindo o governo deaumentar os investimentos emeducação, segurança, saúde e emoutras áreas, também importantespara a vida do brasileiro.

Reformar a Previdência éessencial para o futuro do Brasil edeterminante para que o País nãosofra o que ocorreu em outros países,como na Grécia, após a crise de 2008.Lá, o valor das aposentadorias tevede ser cortado para evitar o colapsodo sistema. Recentes atrasos nospagamentos de aposentadorias epensões no Rio de Janeiro são umademonstração do que pode acontecerno país todo se nada for feito. Areforma proposta pelo governopreserva os direitos dos aposentadose busca equilibrar o sistema antesque seja tarde. O governo age comresponsabilidade ao promover umareforma que assegure asaposentadorias e pensões a todos osseus cidadãos.

Déficit daPrevidência

Sim, o déficit existe, segundodados divulgados pelo governo. Semmudança nas regras, o Brasil corre orisco de entrar em colapso fiscal. Em2016, o déficit da Previdência atingiuinéditos R$ 227 bilhões. Isso querdizer que o total de contribuições nãoé suficiente para bancar os gastos comaposentados e benefíciosprevidenciários. Todo esse dinheiroé equivalente a quase dez vezes oque se investe no Bolsa Família; étambém mais que o dobro do

orçamento do Ministério da Saúde.Para 2017, a previsão é de que esserombo chegue a R$ 263 bilhões.É responsabilidade do Governo doBrasil evitar futuras crises e garantirum País com investimentos em todasas suas áreas estratégicas, comosaúde, educação, infraestrutura esegurança. Com gastos dePrevidência que avançam como no

ritmo atual, em algum momento nãohaverá mais dinheiro para manter oBrasil em funcionamento, e isso vaialém do setor público.

Quando as contas do governose tornam tão desequilibradas, ainiciativa privada também écontaminada, empregos são perdidose famílias inteiras ficam sem renda.Não podemos deixar que isso ocorra.

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Confira casosem que as

regrascontinuam

iguaisA reforma da Previdência não

tira direitos dos mais necessitados,pelo contrário, ela garante umsistema mais justo para todos osbrasileiros. As regras atuais, com opagamento de superaposentadoriaspara políticos e para parte dofuncionalismo público, cria umaclasse de privilegiados que seaposentam precocemente e comvalores que deixam o sistemainsustentável.

A Reforma da Previdência vempara acabar com essa desigualdade epromover um sistema que garanta opagamento de aposentadorias epensões de forma mais equilibradae sustentável. Por um lado, o projetoproposto pelo governo, que tramitaatualmente na Câmara dosDeputados, acaba com privilégios.Por outro, protege as camadas maispobres e vulneráveis da sociedade.

Garantias para otrabalhador rural

A reforma tem como um deseus pontos mais essenciais aproteção para quem trabalha naagricultura e na pecuária. Para eles,todos os direitos serão mantidos. Naprática, tudo deve permanecer igual:para se aposentar, o trabalhadorrural, quando chegar aos 55 anos(mulher) ou 60 anos (homem), devecomprovar, junto ao InstitutoNacional do Seguro Social (INSS), otrabalho no campo por pelo menos15 anos. Declarações do sindicato detrabalhadores rurais, declaração de

beneficiário da reforma agráriaemitida pelo Instituto Nacional deReforma Agrária (Incra) ou notas devenda de produtos agrícolas podemservir como documentoscomprobatórios.

Responsabilidadesocial

Pessoas que recebem oBenefício de Prestação Continuada(BPC), que garante um salário mínimoao idoso, no campo ou na cidade, e a

pessoas com deficiência de baixarenda, também permanecem sob asregras atuais. Para eles, nada muda.

Direitoadquirido

Aqueles que já se aposentaramou, de acordo com as regras atuais, jácumpriram os requisitos para seaposentar não terão nenhum direitorevogado ou retirado. Com a reformada Previdência, o sistema, além deacabar com benesses injustas,protege quem mais precisa.

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Regras deidade mínima

serãototalmenteaplicadas

apenas em 20anos

Regras de Transição - O Brasilnão pode mais adiar a reforma daPrevidência. Sem ela, fica ameaçadoo bem-estar de milhões debrasileiros, principalmente dos quemais precisam dos serviços públicosde saúde, educação e segurança. Nãomudar as regras é aceitar um futurode crise, com um poder públicoincapaz de honrar seus compromissosmais básicos, como salários deservidores e aposentadorias. OGoverno do Brasil, quando propõeuma mudança nas regras, trabalhapara evitar que famílias de todos osestados tenham de passar pelo quetem ocorrido no Rio de Janeiro.

As novas regras não retiramdireitos, elas criam um sistema maisjusto para todos os brasileiros,ajudam a organizar o País para quepossamos evitar crises e todos osefeitos que acompanham os períodosde instabilidade, como queda deinvestimentos, desemprego eproblemas que podem travar o setorprodutivo. Reformar é uma forma degarantir que o privilégio de poucosnão destrua o futuro de todos.

A reforma vai alterar as coisasaos poucos. Foi criada uma regra detransição para que todos possam seadaptar as mudanças. Somente daqui20 anos a idade mínima para seaposentar será de 62 anos para asmulheres e de 65 anos para oshomens. A reforma da Previdênciacombate privilégios, evita quealgumas pessoas trabalhem pouco,

ganhem muito e se aposentem cedo.

Como fica aidade mínima

Pelo novo texto da Reforma daPrevidência, em discussão noCongresso Nacional, f icaestabelecida uma idade mínima deaposentadoria: 65 anos para oshomens, e 62 anos para as mulheres.Mas, para se aposentar não bastaatingir a idade mínima. É necessáriocontribuir por, no mínimo, 15 anoscom o Instituto Nacional do SeguroSocial (INSS). Esse tempo mínimo decontribuição é o mesmo que está emvigor atualmente.

Se cumprir essas regras, otrabalhador já terá direito a 60% dosalário de contribuição. Casocontinue a trabalhar, ele terá ganhos

graduais até atingir o teto daaposentadoria, que hoje é de R$5.531,31.A cada ano adicional entreos 16 e 25 anos de contribuição, seráacrescentado 1 ponto percentualsobre a média dos salários; 1,5 pontopercentual a cada ano entre os 26 e30 anos de contribuição; 2 pontospercentuais ao ano entre os 31 e 35anos de contribuição; e 2,5 pontospercentuais a partir dos 36 anos decontribuição.

Com essa regra, umtrabalhador que se aposentar apóscontribuir por 16 anos, receberá deaposentadoria 61% do salário decontribuição. Outro que contribuirpor 30 anos, receberá 76,5%. Quemcontribuir por 42 anos, terá direito àaposentadoria integral. As regras detransição continuam as mesmas.Entram na regra de transição homenscom, no mínimo, 55 anos de idade, emulheres a partir dos 53.

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TransiçãoA partir de 2020, o limite de

idade irá subir gradualmente. A cadadois anos, a idade mínima vai avançardois anos. Essa evolução será mantidaaté chegar aos 65 anos. Parasegurados do Regime Geral dePrevidência Social (RGPS),trabalhadores regidos pela CLThaverá um acréscimo de 30% para otempo que faltar para essas pessoasse aposentarem, uma espécie depedágio. No caso dos homens, essepedágio será cobrado sobre o quefalta para cumprir 35 anos decontribuição. Já para as mulheres,esse acréscimo valerá sobre o quefalta para completar 30 anos decontribuição.

Maia diz quenovo texto

garantedireitos

O presidente da Câmara,Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou noúltimo dia 23 que o encontro no diaseguinte, quarta-feira (22) à noiteentre o presidente Michel Temer, osdeputados da base e algunseconomistas vai ajudar a convenceros parlamentares a aprovar a reformada Previdência. Segundo Maia, onovo texto está mais bem explicado,porque prova que a reforma não vairetirar direitos.

Ele reafirmou que o objetivo dareforma proposta pelo governo écorrigir a distorção existente entre osetor público e privado.

"A comunicação no primeirosemestre ficou muito confusa, egerou nas pessoas uma expectativade que vinha para tirar direitos. Areforma vem para desmontar umadistorção na qual os que ganhammenos financiam os que ganham

mais. Se conseguirmos resolver isso,vamos conseguir uma economiamuito grande", disse o presidente.Sobre a baixa adesão dos deputadosao jantar oferecido pelo Planalto,Rodrigo Maia informou que ontemhouve muitas atividades envolvendoparlamentares, como posse deministro e sessão do Congresso, e queisso pode ter contribuindo para obaixo quórum no encontro. Eleexplicou que as apresentações doseconomistas foram didáticas e serãoutil izadas para convencer osparlamentares da importância dareforma.

PrazoDe acordo com o presidente da

Câmara, a versão apresentada é umpouco mais simples do que a

aprovada em maio em uma comissãoespecial. Ela reduz o tempo decontribuição na iniciativa privada,mas mantém as regras de transição eas idades mínimas de aposentadoriano futuro.

O texto exclui os artigosrelativos ao trabalhador rural e àconcessão do benefício assistencialaos idosos e às pessoas comdeficiência (BPC). Para o serviçopúblico, não há mudanças em relaçãoao parecer da comissão especial.

Maia reconheceu que o prazopara votação é curto, mas ressaltouque a reforma é urgente. "O que agente faz? Deixa o Brasil entrar em2018 e projeta para 2019 uma crisefiscal enorme que pode tirarinvestimentos e desmontar todarecuperação econômica dos últimos12 meses?", questionou.

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CPI daPrevidência: Orombo existe

mesmo?Na última quarta-feira (22),

justamente quando a Câmaramandava para a gaveta o pedido paraprocessar o presidente, no Senado, aComissão Parlamentar de Inquérito(CPI) da Previdência imprimia umaderrota ao governo ao aprovar porunanimidade um relatório que negaa existência de deficit nas contas daaposentadoria e rejeita anecessidade de mudanças.

"A reforma não anda (noCongresso). Como é embasada empremissas falsas, conforme a CPIcomprovou, ela vai empacar por sisó", disse o senador Hélio José (Pros-DF), autor do relatório baseado emuma investigação de seis meses.

Essas supostas premissas falsas

podem ser resumidas em três itensprincipais: inclusão de servidoresfederais (civis e militares) no rombo,projeções "exageradas" deenvelhecimento da população e mágestão dos recursos.

O ministro da Fazenda,Henrique Meirelles, reagiu dizendoque o rombo na Previdência éinquestionável. O governo consideraessencial a reforma para tirar ascontas públicas do vermelho. "Não émomento para demagogia", criticou.Mas afinal, há ou não deficit? A BBCBrasil ouviu autoridades eespecialistas e explica abaixo osprincipais argumentos dos dois ladosdessa discussão.

1) O que deveentrar nessa

conta?Quando se fala em rombo, o primeiroponto de discórdia é o que deve

entrar nesta conta.O governo aponta para um

desequilíbrio tanto no regime queatende os trabalhadores do setorprivado (INSS), quanto no deaposentadoria dos servidorespúblicos.

No caso dos servidoresfederais, as aposentadorias epensões de 982 mil pessoas (civis emilitares) registrou um deficit em2016 de R$ 77,2 bilhões. Já o INSS, queatendeu cerca de 27 milhões deaposentados e pensionistas no anopassado, teve deficit de R$ 149,7bilhões. A diferença fica mais claraquando se calcula o tamanho dodeficit por pessoa nos dois regimes.No INSS, equivale a R$ 5,5 mil porpessoa, enquanto entre servidoresfederais civis e militares chega a 77,2mil.

A conclusão da CPI se baseia noargumento de economistas quedefendem que os regimes deaposentadoria dos setores público eprivado são diferentes e devem sertratados separadamente.

Protestos durante reunião da CPI da Previdência instalada no Senado

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Além disso, sustentam que,segundo o artigo 194 da ConstituiçãoFederal, as contas da Previdência dostrabalhadores privados devem sercontabilizadas dentro da SeguridadeSocial, que inclui ainda as receitascom outras contribuições sociais edespesas com Saúde e benefícioscomo o Bolsa Família.

Segundo cálculos daAssociação Nacional dos AuditoresF iscais da Receita Federal (Anfip)citados pela CPI, a Seguridade Socialapresentou em média saldo anualpositivo de R$ 50 bilhões entre 2005e 2016. O único saldo negativo desseperíodo, de R$ 57 bilhões, ocorreu noano passado - segundo a Anfip issofoi reflexo da crise econômica, quereduziu a arrecadação de tributos,mas trata-se de uma situaçãoconjuntural que será revertida com aretomada da economia.

Para chegar a essa cálculo, aAnfip desconsiderou a aplicação daDRU (Desvinculação de Receitas daUnião), mecanismo que permite aogoverno usar 30% das receitas daSeguridade Social para outrasdespesas.

Já o governo estima resultadosmuito diferentes para o mesmoperíodo. Segundo os dados doMinistério da Fazenda, a SeguridadeSocial registra deficit há muitos anose o rombo chegou a R$ 243 bilhõesno ano passado. A grande diferençanos cálculos é que o governo incluinessa conta o impacto da DRU etambém o deficit da aposentadoriados servidores públicos.

Segundo o procurador doTribunal de Contas da União JúlioMarcelo de Oliveira, a DRU (R$ 92bilhões em 2016) na prática é quasetoda usada para cobrir o rombo daPrevidência do setor público.

"A discordância central é sobrea metodologia para apurar se hádeficit. Olhar o resultado global daseguridade não significa que nãoexiste rombo. Na prática, isso tirarecursos da saúde e assistênciasocial", diz Oliveira.

2) O deficit dosetor público

está"equacionado"?

Para críticos da CPI daPrevidência, o relatório final joga orombo do regime público paradebaixo do tapete. Eles ressaltamque as aposentadorias pagas aosservidores são bem mais altas que asrecebidas pelos trabalhadores dainiciativa privada. Dessa forma, essedéficit, coberto pela receita deimpostos, significa umatransferência de renda de toda asociedade para setores que jáganham mais.

Segundo o Ministério doPlanejamento, a média paga aosinativos do Poder Executivo em 2016foi de R$ 7.620. Já o Poder Judiciário,pagou em média R$ 22.245, enquantoos aposentados do Poder Legislativoreceberam em média R$ 28.593 por

mês. No INSS, por sua vez, o benefíciomédio está em R$ 1.287.

Questionado sobre a falta derecomendações da CPI para revertero rombo do regime público, o senadorHélio José disse à BBC Brasil que aprevidência dos servidores "já estáequacionada pelas reformasanteriores", adotadas desde os anos90.

O teto das aposentadorias dequem foi contratado depois de 2013,por exemplo, é igual ao do INSS (hojeem R$ 5.531,31). Quem quiserreceber mais precisa aderir a umsistema de previdênciacomplementar.

A questão é que, como essasregras só valem para novosfuncionários, seu impacto sobre oorçamento vai demorar décadas. Asprojeções do governo federalindicam que o rombo na previdênciasdos servidores civis da Uniãocontinuará crescendo até 2048, anoem que atingirá R$ 268,6 bilhões.Apenas a partir daí o deficit devecomeçar a recuar, chegando a zero nofinal do século.

Segundo o procurador do TCU, Júlio Marcelo de Oliveira, aDRU na prática é quase toda usada para cobrir o rombo da

Previdência do setor público

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"O atual sistema concentrarenda", crítica o economista NelsonMarconi, professor da FGV-SP.

Por outro lado, os dadosmostram uma estabilidade desserombo em relação ao PIB (riquezagerada pelo país) no patamar de 0,6%nos últimos anos, com pequenasvariações. Para a economista DeniseGentil, professora da UFRJ, um dasprincipais acadêmicas a negar aexistência do deficit da Previdência,esse é o indicador que importa.

3) O problemaé de mágestão?

Outro argumento do relatórioda CPI é que o rombo apontado pelogoverno seria problema de má gestãodas contas da Previdência. Odocumento ressalta que houve umgrande volume de descontos nascontribuições previdenciáriasconcedidas nos últimos anos, comopor exemplo a desoneração da folha,que visava evitar o desemprego, masacabou mostrando pouco resultadonesse sentido. Além disso, o governodá também isenções a algunssetores, como pequenas empresas eentidades filantrópicas. A ReceitaFederal estima que essasdesonerações significam menos R$65 bilhões em arrecadação neste ano.Além disso, o relatório da CPItambém destaca o grande volume dedívida previdenciária - cerca de R$450 bilhões de contribuições nãopagas pelas empresas. Segundo aProcuradoria da Fazenda Nacional,no entanto, somente R$ 175 bilhõescorrespondem a débitosrecuperáveis, já que muitas dasempresas com dívidas são falidas.

O secretário da PrevidênciaSocial, Marcelo Caetano, reconheceser importante acelerar os processosde recuperação dessas dívidas e anecessidade de rever desonerações,

mas diz que isso não resolve oproblema da previdência no longoprazo, já que o processo deenvelhecimento da populaçãomanterá as despesas comaposentadoria em alta.

"Recuperar dívidas e reverterdesonerações são um paliativo",afirmou.

Já Denise Gentil diz que oproblema maior é de má gestão depolítica econômica. Na sua visão, a"agenda neoliberal" adotada pelosgovernos nos últimos anos, comocorte de investimentos e juros altos,deprimiu o crescimento, impactandodiretamente a arrecadação deimpostos, inclusive a receita daPrevidência.

"Temos que nos perguntar: aquem interessa essa reforma? Aosbancos, aos planos de previdênciaprivada. É um rombo produzido paraatender a esses interesses",argumenta a professora.

Floriano Martins reforça oargumento: "Se tiver crescimento

econômico, a previdência some dasmanchetes de jornal", diz.

4) Temorexagerado comenvelhecimento?

A CPI também acusa o governode prever um envelhecimentoexagerado da população. "Ao longodeste relatório é possível verificar ainconsistência de dados e deinformações anunciadas pelo PoderExecutivo, que desenham um futuroaterrorizante e totalmenteinverossímil", diz o documento.

O relatório cita estudorealizado por Gentil e outroseconomistas. Ele diz, por exemplo,que o governo faz suas projeções combase na Pesquisa Nacional porAmostra de Domicílio (PNAD) de 2014em vez de usar os dados do Censo de2010, que seriam mais completos.

Denise Gentil, professora da UFRJ, um das principaisacadêmicas a negar a existência do deficit da Previdência

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Ambas são pesquisas do IBGE -enquanto o Censo vai a todos osdomicílios do país a cada dez anos,com um conjunto menor deperguntas, a Pnad faz levantamentosamostrais, mas com questionáriosmais amplos.

Gentil afirma que fez projeçõescom base no Censo que indicam umcrescimento menor da populaçãoidosa, o que resultaria numaevolução mais lenta dos gastos daprevidência.

Outros especialistas em dadosdemográficos e projeções ouvidosdiscordaram das conclusões daprofessora. "O envelhecimentopopulacional no Brasil é real e é umdos mais velozes do mundo", afirmao demógrafo José Eustáquio Alvez,professor da Escola Nacional deCiências Estatísticas do IBGE.

Já o especialista em projeçõesprevidenciárias Luís Eduardo Afonso,

professor da USP, disse que o cálculodo governo pode ser melhorado, masconsiderou que algumas premissasadotadas, como a evolução daprodutividade do trabalhadorbrasileiro, estão, na verdade,otimistas demais.

O Ministério da Fazenda negouque use apenas dados da Pnad emsuas projeções. O órgão afirmou queconsidera em seu modelo "aevolução das quantidades absolutasde pessoas por sexo e idade ao longodo tempo, que são extraídos dasmatrizes populacionais do IBGE(projeções até 2060 baseadas noCENSO)". Depois disso, "para fins demodelo de projeção previdenciária,aplicam-se taxas obtidas a partir daPnad (taxas de urbanização, deocupação, entre outras) às quantiasabsolutas de população do IBGE".

O IBGE, por sua vez, disse queseus "métodos demográficos estão

em consonância com asrecomendações da ONU".

Expectativa devida do

brasileiroaumenta

No Brasil, por exemplo, apopulação vive, em média, de 75,5anos, segundo o IBGE, um salto emrelação há 116 anos: a média era de33,7 anos em 1900. Ou seja, um bebêbrasileiro nascido hoje pode vivermais do que o dobro do que umnascido naquele ano.

E, não só vivemos mais, comotambém nossas vidas são muito maissaudáveis do que antes. As razõessão relativamente óbvias: isso sedeve em grande parte aos avanços namedicina e na saúde pública.

No entanto, apesar doaumento drástico, a diferença entrea longevidade de homens emulheres quase não diminuiu,destaca um novo estudo publicado narevista Proceedings of the NationalAcademy of Sciences.

Atualmente, brasileiras vivem,em média, 79 anos em comparaçãocom 72 dos homens. É a mesmadiferença de sete anos registrada em1991, quando a expectativa de vidada população em geral era 9,5 anosmenor, de 66 anos.

Otema está do centro de umdebate em curso no país por conta daproposta do governo federal demudar o regime da PrevidênciaSocial.

Uma das mudanças seria acriação de um limite mínimo de 65anos de idade e de 25 anos decontribuição para a aposentadoriatanto de homens quanto mulheres,uma alteração em relação ao regimeem vigor, no qual mulheres podemse aposentar com 30 anos decontribuição e os homens, com 35.

José Eustáquio Alvez, professor da Escola Nacional de CiênciasEstatísticas do IBGE discorda da professora Denise Gentil

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O economista MarceloCaetano, principal formulador dareforma, defendeu a alteração ementrevista ao jornal Folha de S. Pauloao afirmar que as mulheres "custammais para a Previdência, porquevivem mais" e que elas já são"subsidiadas, porque receberão pormais tempo o benefício" do quehomens.

Mas por que essa diferença daexpectativa de vida de homens emulheres não cai com os anos?

Diferenças degênero

"A desvantagem masculina temraízes profundas na evolução", dizSusan Alberts, professora de Biologiada Universidade Duke, nos EstadosUnidos. Mas, esclarece ela, não sesabe exatamente a que isso se deve."Uma das possibilidades é que oshomens assumem mais riscos que asmulheres", o que poderia explicarmortes mais prematuras. Umexemplo desse comportamento é ohábito de fumar, destaca apesquisadora.

"Homens fumam mais do queas mulheres, e sabemos que fumar éo hábito mais prejudicial à saúdeconhecido. Poderíamos dizer quefumar é um comportamento de risco,e isso i lustra como homens searriscam mais do que mulheres",explica Alberts.

"Não me supreenderia se issoexplicasse a diferença na expectativade vida entre homens e mulheres naRússia (que gira em torno de 12anos), mas é importante esclarecerque é apenas uma hipótese."

Outra explicação possível é agenética. As mulheres têm em seuDNA um par do cromossomo X,enquanto homens têm um. Isso querdizer que, "se há genes nestecromossomo que são cruciais para asobrevivência, as mulheres têm umavantagem".

Uma terceira possibilidade "éque os homens tenham sistemasimunológicos menos eficientes",acrescenta Alberts.

Por muitomais anosOs autores do estudo publicado

na Proceedings of the NationalAcademy of Sciences reuniramregistros de nascimentos e mortes demais de 1 milhão de pessoas em todoo mundo desde o século 18 e oscompararam com dados semelhatesde seis espécies de primatas.

Os pesquisadores mostraramque a manutenção da diferença naexpectativa de vida entre os sexosocorre "não só entre humanos, mastambém entre os demais primatas",como explica Fernando Colchero,pesquisador do centro Max Planck, naDinamarca.

A pesquisa também aponta quea expectativa de vida média deve

seguir aumentando. Por outro lado,"não parece haver um limite dequantos anos podemos viver", afirmaColchero, contradizendo umpolêmico estudo publicadorecentemente na revista Nature quegarante haver uma expectativa devida máxima para seres humanos, decerca de 115 anos.

"Não dizemos categoricamenteque não há, mas não achamosevidências desse l imite, comoargumenta a pesquisa publicada naNature", acrescenta o cientista.

Por sua vez, a pesquisadoraSusan Alberts acredita ser possívelque a diferença entre as expectativasde vida de homens e mulheres sejareduzida.

"As chances dos homensalcançarem as mulheres sãoenormes. Só temos que entender ascausas dessa diferença", afirma apesquisadora.

"Uma vez que isso sejacompreendido, poderemos mitigaralgumas das desvantagens."

O economista Marcelo Caetano é um dos principalformulador da reforma da previdência

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