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Revista Geração C

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jan . 2010 . trimestral . cascais . geração.cmagazine.02

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Mensagem pag.5

Editorial pag.5

01. Semana daJuventude 2009 em Revista pag.6 A Semana da JuventudeCascais Espaço CriativoArtSpace Cascais“A Arte Acessível a Todos”

02. Associativismo/Participação pag.16Associação Rota Jovem - “O que Move a Rota Jovem”Associação Criativa - “ O Criador por Trás da Criativa”Projecto Maré Viva - “Patrulhando o Areal”Projecto Natura Observa - “De Olhos Postos na Serra”Workshop de Fotografia - “Controle de Luz”Workshop de Teatro - “Apagam-se as Luzes, Abrem-se as Cortinas”Intercâmbio com Biarritz - “De Mala às Costas”

03. Comunicação/Informação pag.28 “Da Ocupação de Tempos Livres ao Empreendedorismo”“À Distância de um Clique”“Na Régie de São João”“Um Olho na Rádio, Outro na Televisão”“A Tua Geração na TV”

Directório pag.38

Ficha Técnica pag.39

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Captar, fixar e desenvolver conhecimento, criar condições para uma juventude dinâmica, empreendedora, capaz de conceber o seu futuro com autonomia, segurança, capacidade de interven-ção e participação na comunidade, é a marca Geração C.Geração C, mais do que uma ideia, é uma atitude!

Miguel Pinto Luz Vereador da Juventude Câmara Municipal de Cascais

os jovens que participaram e desenvolveram Projectos e Actividades que de alguma forma estiveram e estão ligados à Geração C. Revelamos as suas vivências, emoções, experiências, expectati-vas e sugestões…

A Geração C

A Revista Eye.D traduz a identidade da juventude, visualiza os seus projectos, iniciativas e realizações. Trimestralmente a Eye.D irá revelar um olhar sobre a identidade das diversas áreas de intervenção das políticas de Juventude do Município de Cascais.No 2o número da revista quisemos levar mais longe esse olhar e humanizámos os projectos. A Eye.D esteve nos locais onde os Projectos se realizam e falámos com os participantes e com as suas equipas.A Geração C tem como eixos de intervenção: Associativismo e Participação / Habitação / Emprego e Formação / Comunica-ção - informação.

Perguntámos e os jovens responderam. Através das suas vivências, experiências e emoções deram a conhecer o outro lado dos projectos da Geração C, menos institucional e mais próximo dos que fazem o sucesso e a concretização dos objec-tivos da Geração C.Mais, a participação em projectos é muitas vezes o inicio de um percurso de novas experiências e constantes mudanças na vida de muitos destes jovens. Através da participação surgem novos rumos, descobertas vocacionais e profissionais e também, os amigos.O Número 2 da Revista Eye.D revela os jovens através dos Projectos. Um conjunto de “conversas” dão a conhecer

MensageM

EYE.D

editorial

as IDEntIDaDEs Da gEração C

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eM reVista27 Junho . 5 Julho . 2009

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CasCais

EspaçoCrIatIvo

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CasCais

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CasCais

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Paulo arraiano

a artEaCEssívEla toDos

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sou curador. Éramos 11 pessoas, cada uma com a sua maneira de estar e com o seu trabalho, mas formámos uma equipa muito boa, todos a trabalhar para o mesmo caminho e com a mesma energia, isso facilitou muito.

A relação entre as pessoas e o vosso trabalho surpreendeu-te?Na galeria que funcionou no Largo de Camões as pessoas abordavam-me e era fácil explicar-lhes o que se passava ali. Quanto aos projectos na rua, jogou-se com o efeito surpresa. As pessoas acabaram por interagir com tudo e é essa característica mais popular, essa forma de tornar a arte em algo mais social, que é interessante de se ver. É giro acordarmos de manhã e o sítio onde moramos estar transformado. Mesmo a nível pessoal, esta é a minha terra, o meu mar, o meu cantinho. Tenho consciência que é aqui que estão as minhas raízes e deu-me imenso prazer ter participado nesta forma de contacto com as pessoas.

Este é um trabalho para continuar…O projecto surgiu de propósito para a Semana da Juventude, que foi um período muito curto. Serviu como projecto-piloto, como forma de testar o feedback das pessoas, e pareceu-nos tão positivo que a ideia agora é continuar, e ligar vários pontos, vários espaços, artistas e pessoas, continuando a levar ao público uma forma diferente de arte. Queremos tentar comunicar a energia que os artistas vivem, e agora com mais tempo de preparação e outra dinâmica. A partilha de ideias e de projectos tem sido espectacular e maior é ainda a vontade de fazer com que as coisas aconteçam.

Coordenou a equipa de 11 artistas que deu vida ao Cascais Art Space, e que durante a

Semana da Juventude trouxe a arte para o ex-terior com peças, instalações, telas de grande formato em diversos edifícios e uma galeria no Largo de Camões. Paulo Arraiano explica como foi transformar as ruas da vila numa exposi-ção ao ar livre.

Como é que surgiu o conceito do Cascais Art Space?Começou tudo com uma proposta que me foi feita para integrar as artes plásticas, o desenho e a arte urbana na Semana da Juventude de Cascais. Essa ideia desenvolveu então para um projecto que quebrasse com algumas das regras formais das exposições, transformando o conceito da galeria como espaço fechado e passando o formato para uma vila que funcionasse como circuito expositivo.

E como é que foi para ti conciliares o trabalho de artista e de curador da exposição?Foi preciso alguma elasticidade e foi muito intenso. Eu sou acima de tudo um artista plástico, não

YUP / Paulo Arraiano32 anosLicenciado em Comunicação,trabalhou como designer e director de arte das revistas de cultura urbana Magnolia e SlangTrabalha hoje em dia ligado ao desenho, à street e perva-sive art, expondo em diversas galerias, no panorama nacio-nal e internacional

ArtspaceProjecto de arte urbana, visa trazer às ruas de Cascais artworks de artistas nacionais e interna-cionais numa perspectiva de galeria ao ar livreÁrea de intervenção: pintura, desenho, streetart, graffiti, escultura e instalaçãoGaleria ArtSpace, Semana da JuventudeCascais 2009www.semanajuventudecascais.com

a rua é a maior galeria que se pode ter e que chega a toda a gente

Paulo arraiano

a artEaCEssívEla toDos

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Com quinze anos de permanência no grupo, Cláudia Fernando mostra-

-nos o coração da Rota Jovem e o que faz mover a associação que conta já com 17 anos, cerca de 1000 sócios, e muitas histórias de intercâmbios, estágios, ocupação de tempos livres, e animações diversas.

Como é que chegaste à Rota Jovem?Eu participei no Intercâmbio de Biarritz, promovido pela CMC em 1993 e quando voltei os monitores provocaram-nos a manter o espírito formando uma associação. Éramos um pequeno grupo de amigos. No início não fui tão participativa, mas depois regressei e não consegui voltar a sair!

A que mudanças assististe na Rota dessa altura até agora?Gigantes! Éramos um grupo de amigos

de estar e encontrar um sorriso quando se entra aqui é a nossa imagem de marca. T de Trajecto Há quem saia daqui com competências para o futuro e quem faça parte de actividades mais leves mas que continuam a fazer parte da história da associação. Temos espaço para toda a gente e todos os trajectos. A de Amizade Fazemos muitas, incluindo internacionais. Tornamo-nos emocionalmente envolvidos e os países ganham outra dimensão diferente daquela a que estamos habituados nos livros. É um construir do mundo a partir das pessoas.

O que é que os jovens podem encon-trar quando chegam à vossa sede?Um local diferente, que é deles, e de todos. Quem vem cá tem a oportunidade de experimentar ideias e iniciativas diferentes, mas também de propor as suas próprias iniciativas, de aprender e crescer.

Numa só frase, como é que descreve-rias a Rota Jovem?Uma fábrica de sonhos.

ClÁudiaFernando

o QUEMovE a

rotaJovEM

as pessoas reconhe-cem-se no espírito e nos valores da associação

que se encontrava de vez em quando na garagem de alguém, com vontade de fazer coisas, cativar pessoas e ter um impacto na comunidade à volta. Em 2002 chegámos ao espaço onde estamos agora, que reestrutu-rámos com a ajuda de todos. É um espaço de trabalho e de convívio. E por vezes já é pequeno!

De que forma a Rota se insere no teu dia-a-dia?O voluntariado foi sempre e continuará a ser o motor e a dinâmica de base da Rota Jovem, mas como crescemos muito, decidimos criar uma pequena equipa a trabalhar semi-profissionalmente e eu faço parte dessa equipa. Neste momento a Rota ocupa todo o espaço da minha vida.

Cláudia, jogando com as letras da palavra Rota... R de ResponsabilidadeMuitas e todas boas. Quem por aqui passa faz crescer a associação e multiplicar as nossas experiências. É nossa responsabi-lidade continuar o trabalho para darmos a mesma oportunidade a outros. O de Optimismo Faz parte da nossa maneira

Cláudia Fernando31 anosLicenciada em Economia

Membro da Rota Jovemhá 15 anos

Rota JovemAssociação Juvenil

Áreas de acção: actividades internacionais, formação,

ambiente, ocupação de tempos livres nas áreas do

desporto, aventura e culturawww.rotajovem.com

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E em que contexto é que a Criativa surgiu?Nós surgimos há cerca de 11 anos, informalmente, de forma a conseguirmos sustentar uma ideia que tínhamos para uma fanzine e alguns projectos culturais. Chegámos a uma altura em que precisámos de formalizar as coisas, e aí decidimos fazer o Festival MUSA para angariarmos verbas. A partir daí a associação começou a crescer, com mais pessoas e mais projectos.

O associativismo tem então com certeza um papel fundamental na tua vida...Eu estive nos escoteiros, o que foi uma

grande formação não-formal na minha vida, e como já tinha esta metodologia e o background de pertencer a um grupo, achei que fazia sentido formar uma associação. Com o passar destes anos noto que ganhei outra postura face às coisas e um grande sentido de gestão de liderança. Para todos, foi um passar para a fase adulta. Houve quem desenvolvesse as suas capacidades na associação e que as tenha aproveitado para a vida profissional, e houve até quem tivesse começado a namorar no MUSA!

O MUSA é um projecto vosso com muita visibilidade. Como é montar um evento dessa dimensão?Neste momento já temos muita experiência e aprendemos muito. É uma coisa nossa, todos vestimos a camisola e as coisas correm bem. Temos voluntários que vêm até de Vila Real ou de Espanha, e cada um participa dentro da sua área de especi-alidade. O MUSA não é só da Criativa, mas de todos e para todos. E com o Ciclo de Cinema, que é um projecto cada vez mais forte, as coisas passam-se de forma idêntica.

Qual é o peso da Geração C na vossa existência como associação?A Geração C foi o instrumento que faltava em Cascais e que veio com uma parte muito importante que foi a Internet. Nesse âmbito o associativismo encontra lugar no Portal Geração C, de forma leve e dinâmica, com um espaço onde as associações se podem dar a conhecer e no qual os associados podem participar com conteúdos. Este é um ponto muito importante, e acho que tanto a Geração C como o Portal, e o associativismo no âmbito dos mesmos, têm tudo para dar certo!

o Musa foi uma rampa de lançamento para muita coisa

Pedro Martins

o CrIaDorpor trÁsDa CrIatIva

Pedro Martins31 anos

Studio Manager, Gestor Cultural, Presidente da Associação Criativa

CriativaAssociação JuvenilProjectos de maior relevância: Festival MUSA- musical e de temáticas ambientais, Ciclo de Cinema da Criativa - cinema alternativowww.criativa.org

Há uma década a dar

vida à Criativa, Pedro Martins falou da associação que reúne diversos voluntários e pro-jectos tão carismáticos como o Ciclo de Cinema ou o Festival MUSA, nos últimos anos dedicado à temática do lifestyle sustentável, com a questão “Preocupas-te?”.

Como é que defines a Criativa?A Criativa é uma associação que pode ser usada como veículo de apoio para aquilo que se quiser. Para pessoas com ideias e projectos que queiram levar esses mesmos projectos para a frente. 19

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PrograMa Maré ViVa 2009

patrUlhanDo o arEal

Maré VivaPrograma da Divisão de Juventude da Câmara de Cascais

Área de intervenção: assegurar o bem-estar dos utentes das praias do concelho de Cascais ao nível da prevenção,

vigilância e segurança.Em parceria com a Agência Cascais Atlântico: “Tiralô - praia

para todos”, “CSI Cascais” e “Marézinhas Em Movimento”Estrutura: de Junho a Setembro, dividido em 3 turnos, de 2

períodos - manhã e tarde, distribuídos por 11 postosDestinatários: jovens dos 15 aos 21 anos

www.geracao-c.com

Sara Faria 27 anos Coord. das Novas Áreas de Intervenção /Agência Cascais AtlânticoJoana Martins 24 anos Coord. Adjunta da Zona 1 (Abano - Poça) Joana Picado 30 anos Coord. do ProgramaGonçalo Aguiar 23 anos Apoio logísticodo ProgramaCristóvão Caxaria 28 anos Coord. da Zona 2 (S. Pedro - Carcavelos)

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A coordenadora assim que o Verão se aproxima forma a sua equipa

que durante 4 meses não pára, acompanhando de perto as equipas dos líderes de Praia, de Grupo e os “Marézinha”, e como dizem: “Traba-lhamos para que muita gente possa passar um bom momento na praia”, “Somos uma extensão da Câmara nas praias”.

Como foi esta vossa experiência?Cristóvão - Nunca tinha trabalhado num programa da área da juventude. Aprendi que gosto realmente de trabalhar com jovens. Permitiu-me uma experiência profissional e social muito enriquecedora.Gonçalo - Já tinha tido uma experiência de trabalhar com jovens, na Associação Rota Jovem, mas nunca no programa. Foi uma experiência muito boa, melhor do que esperava. Pensava que por estar mais no back office não iria lidar tanto com os jovens participantes.Sara - Nunca tinha trabalhado com jovens, foi uma experiência muito gratificante. Aprendi muito.J. Martins - Em 2009 fiquei com a zona 1, já conhecia como marézinha e depois como líder. Não conhecia as outras praias, para mim também foi uma descoberta.

Qual o perfil para pertencer à equipa de Coordenação?J. Picado - São cargos de confiança e requerem alguma experiência. Tem que se ser jovem, falar a mesma linguagem e ser capaz de compreender os marézinhas.Cristóvão - Ser responsável, comunicativo e tolerante.

Quanto tempo demora a preparar o Programa MV?J. Picado - Não é só colocar jovens nas praias, desconhece-se todo o trabalho que está por trás. Para se ter uma ideia, em Outubro começamos a preparar a edição do ano seguinte. Temos que apresentar a candidatura ao Turismo de Portugal. Angariar e reunir com patrocinadores e parceiros; fazer a aquisição do equipamento e fardamento; marcar as salas para os testes psicotécnicos pelos psicólogos, fazer o planeamento da Formação; a divulgação do Programa; preparação das fichas de inscrição (lembra a J. Martins); recepção de inscrições e inserção na base de dados

(acrescenta o Gonçalo); proceder à selecção por praia e turno; montar os postos; fazer a distribuição do fardamento pela nova equipa; preparar a Sessão de Abertura do Programa, que terminará com uma grande Festa para atribuição dos Certificados e Prémios. Gonçalo - A equipa dos psicólogos e dos formadores que apesar de exteriores ao programa são fundamentais. É uma parte não visível do Programa.Cristóvão - Junho e Julho são meses muito intensos. Temos que assegurar e gerir a formação, preparar os turnos e a gestão do dia-a-dia.

Acham que o Programa Maré Viva é uma marca da Geração C da Câmara de Cascais?Gonçalo- Agora, mais do que nunca. Temos um número elevado de inscrições para as vagas que dispomos.J. Martins - Já não é apenas um projecto, funciona muito com o “passa palavra”. Os jovens participam e falam com os amigos sobre a sua experiência.J. Picado - Os utentes das praias vêem o Programa MV como essencial nas praias tal como vêem o nadador-salvador.

Consideram que um jovem que parti-cipe no Programa sai valorizado?J.Martins - Sim, por exemplo tomam no-ção de responsabilidade, de hierarquia, do cumprimento de tarefas, e até de postura.J.Picado - Crescem muito a nível pessoal e a nível profissional. Para a maioria é o primeiro emprego. Aprendem a respeita-rem-se uns aos outros.Gonçalo - Adquirem experiência de tra-balho, ganham confiança, tornam-se mais extrovertidos e desenvolvem a comunicação. Passam a perceber o que é realmente uma praia, reconhecendo as autoridades (além do nadador-salvador), aprendem as regras da praia e ganham a noção de civismo.

aprendi que gosto realmente de trabalhar com jovens

Cristóvão

PrograMa Maré ViVa 2009

patrUlhanDo o arEal

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nais, e estabeleci um elo com a serra que não tinha previamente.

A tua participação no programa correu tão bem que acabaste por ficar!É verdade. Gostei muito de ver a dedicação de todos, a preocupação com as problemá-ticas actuais e com o lado verde do mundo. É importante fazermos um trabalho que sabemos contribuir também para o futuro. Quando surgiu a oportunidade de ficar a coordenar dois projectos do programa, nem hesitei!

O que achas que vais levar para a tua vida depois de saíres do programa?

Começou com o programa de volun-tariado de Verão no Natura Obser-

va, passou por um estágio, e acabou como coordenador de dois projectos. José Maria Pamplona revela como a serra e esta experiência influenciaram o seu modo de estar na vida.

Conta-nos o percurso que te fez che-gar ao Natura Observa…Eu comecei por participar num estágio escolar numa das Lojas Geração C. Foi aí que tomei conhecimento do programa Natura Observa. Inscrevi-me sem ter noção da escala do projecto e acabei por aprender muito, tive contacto com grandes profissio-

Tudo isto tem sido um acrescento ao meu curriculum profissional, aprendi muito e lidei com a polivalência de profissionais de áreas diferentes da minha, que me mostraram que é possível moldarmo-nos positivamente ao ambiente em que estamos. Sinto que cresci também como pessoa, sobretudo ao nível da interacção com os outros.

Porque razão achas que os jovens se devem inscrever no Natura Observa?Muito simples! Face a outros trabalhos de voluntariado, aqui está-se em contacto com a serra e com o lado verde do planeta. É um bom projecto para sensibilizar os jovens

natura oBserVa/José Maria PaMPlona

DE olhos postos na sErra

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a saírem mais de casa e perceberem que é preciso proteger os nossos espaços. É um programa em que nos sentimos úteis e nos divertimos ao mesmo tempo.

as pessoas aqui são muito dedicadas à causa, mostram bom desempenho e trabalho

José Maria Pamplona19 anos, Curso profissional de Marke-

ting, Relações Públicas e PublicidadeCoordenador no programa Natura Obser-

va 2009, da Agência Cascais Natura

Natura ObservaPrograma da Agência

Cascais NaturaÁrea de intervenção:

conservação e protecção da natureza no concelho

de CascaisDestinatários:jovens dos 16 aos 30 anos

www.cascaisnatura.org

Já que falas em diversão, de certeza que num trabalho na serra ao qual não estão habituados, devem aconte-cer episódios mais caricatos…Sim, por exemplo na última edição, em 2009, achámos muita graça a um volun-tário que caiu de bicicleta e ficou aflito no chão a gritar “ambulância, ambulância!”, e quando chegámos lá… ele nem estava magoado!

Qual é o termo que pensas descrever melhor este programa e as pessoas nele envolvidas?Verde!

natura oBserVa/José Maria PaMPlona

DE olhos postos na sErra

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o fotómetro da máquina. Sou freelancer, encaro a fotografia de forma aberta. Gosto de ir até um determinado local, ver uma imagem deslumbrante, poder reflectir e trabalhar a imagem com calma. Conseguir absorver essa pouca luz, a imagem fica com o efeito das luzes, criando uma harmonia. É o oposto do fotojornalismo que é uma foto muito rápida, requer outra técnica. De facto, a fotografia é para mim uma paixão e uma arte. Para se criar uma obra de arte temos que ter paixão.

És o formador do Workshop de Fotografia, qual é o objectivo do Workshop?Comecei a dar formação pelo profissio-nalismo que vi nos meus professores, que me deram não só a conhecer toda a engrenagem da fotografia, como fizeram com que o meu entusiasmo fosse crescendo. O Workshop de Fotografia da Câmara de Cascais, é uma formação inicial que constitui um primeiro contacto com o mundo da fotografia. Pretende-se sensi-

Pela fotografia deixa o Fundão e muda-se definitivamente para

Cascais, onde descobre o cinema, o som, áreas a que hoje se dedica.

Como surgiu o interesse pela fotografia?Curiosamente foi através de um grande amigo que trabalhava nesta área. Comecei a acompanhá-lo, adquiri a minha máquina e comecei a fazer pequenos trabalhos e a colaborar nos seus projectos. Fomos estudar para a Escola Secundária Artística António Arroio, tirei o Curso de Audiovisuais - Cinema, Som e Fotografia. Sempre com muito entusiasmo continuei a apostar na formação e fui para o CENJOR, onde fiz o Curso de Fotojornalismo.

Qual o tema que gostas mais de fotografar?Sem dúvida que são as longas exposições nocturnas, aplicamos toda a técnica, temos que fotografar em manual. É preciso saber medir a luz. A visão humana tem maior capacidade e conseguimos focar e obter uma melhor leitura de luz, do que com

bilizar e alargar os horizontes dos jovens nesta matéria artística. Cascais é uma zona muito bonita, para o olhar fotográfico. Em termos práticos podem aplicar os conheci-mentos para ilustrar trabalhos escolares, ou simplesmente saber tirar uma boa foto de um passeio com os amigos. Sinto-me útil, porque se cria um certo relacionamento com os alunos, contactam-me muitas vezes, pedem opinião sobre o material fotográfico ou porque estão a fotografar e têm uma dúvida.

O que dirias a um jovem que nunca tenha frequentado um Workshop mas que se interessa pela fotografia?Para frequentar uma acção de formação de iniciação à fotografia, adquirir uma boa máquina fotográfica, e ter um bom livro sobre fotografia. São elementos que se complementam, se temos paixão, logo vamos ler o livro, ao lermos aprendemos a trabalhar melhor com a máquina, e com a formação inicial, podemos solucionar muitas das dúvidas.

sérgio lourenço

ControlEDE lUz

desafio-me criando imagens diferentes

Sérgio Lourenço 28 anos, Curso de Fotojornalismo, CENJORFormador do Workshop de Verão de Fotografia

Workshops de VerãoDivisão de Juventude da Câmara de CascaisÁreas: Teatro, Fotografia, Dança, Cinema de Animação, Joalharia, Música, Animação de VolumesA decorrer nos meses de VerãoDestinatários: Jovens dos 15 aos 25 anoswww.geracao-c.com

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foram 15 dias muito intensivos. Percebi que queria seguir Teatro, voltei no ano seguinte, comecei a participar em peças e fui para o Conservatório. Passei por várias Companhias de Teatro, por tantas terras do nosso país, fiz televisão, dobragem de desenhos animados, passei por todas as vertentes que estão ligadas ao teatro. Em Abril fiz 25 anos de carreira.

O Workshop de Teatro em Cascais faz parte da tua vida?Sim, muito mesmo. Apresentei a proposta à Câmara de Cascais em 2002, desde aí tenho conseguido desenvolver um trabalho contínuo. Para além de actor sou também

Vive de uma forma intensa, Cascais, o Teatro,

a Juventude e contagia-nos com o seu entusiasmo.

Quando é que descobriste que a tua vocação era o Teatro?Desde os 3, 4 anos que fazia as minhas “teatrices”. A minha família estava ligada a uma colectividade, e participava nas Festas de Carnaval de Cascais. Na escola de Cascais, onde andei, envolvi-me no teatro e na Associação de Estudantes, o que me deu ainda mais força para poder trabalhar e seguir teatro. Com 15 anos participei num Workshop, no antigo Casino Estoril, com bolseiros de Macau. Foi a minha primeira formação teatral, com professores com as devidas competências - de voz, de corpo, de interpretação -

formador. Gosto de trabalhar com jovens, não consigo ser só formador tenho que também estar a representar, ganhei o gosto e tento equilibrar as duas coisas. Como mu-nícipe sinto que devo contribuir com aquilo que sei para com os jovens de Cascais e gosto muito de trabalhar com eles.

O que se pretende com o Workshop de Teatro?Não é formar actores. É para experimenta-rem, para se desinibirem e se descobrirem a si próprios, aos outros, ao mundo que os rodeia. Para que sejam um público formado e que ganhem o gosto pelo teatro. Faz-se muito bom teatro em Portugal. Aparecem jovens que simplesmente querem aprender a falar, a respirar, a projectar a voz, a fazer apresentações de trabalhos na escola.

Muitos jovens que têm passado pelo Workshop têm seguido a vertente do teatro?Muitos acabam em grupos das colectivida-des, outros aplicam os conhecimentos ad-quiridos em Área Projecto. O ano passado, um jovem de 17 anos estava interessado em Dramaturgia, ajudei-o. Participámos na Semana da Juventude de Cascais, com o Teatro de Rua, foi muito bom.

ViCtor de Freitas

apagaM-sE as lUzEs, abrEM-sE as CortI-

nas...

o Workshop é um trabalho de amizade

Victor de Freitas43 anos, Licenciado em Teatro - Formação de ActoresConservatório Nacional - Escola Superior de Teatro e Cinema

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João Moreira

DE Mala às Costas

João Moreira 27 anos, Licenciado em DireitoMonitor do Intercâmbio Cascais-Biarritz 2009Intercâmbio Cascais-BiarritzObjectivo: intercâmbio de jovens das cidades geminadas de Cascais e Biarritz (França)Projecto anual a funcionar desde 1993Destinatários: jovens entre os 12 e os 16 anoswww.geracao-c.com

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João Moreira

DE Mala às Costas

Munido de espírito de aventura e boa disposição, João Moreira

embarcou na aventura de monitorizar o grupo de 15 jovens participantes na edição de 2009 do Intercâmbio Cascais-Biarritz. Desde os momentos de responsabilidade aos de diversão, ficámos com o testemunho da sua experiência.

Como é que surgiu a hipótese de participares como monitor nesta experiência?A Rota Jovem tem um papel muito impor-tante neste intercâmbio e quando a Cláudia Fernando me convidou, imaginei que seria uma experiência agradável, divertida, e que envolveria alguma responsabilidade no

sentido de passarmos os nossos conhe-cimentos aos jovens. Foi uma coisa logo aceite à partida!

Quando falas nessa responsabilidade, que tipo de conhecimentos, conceitos, ou ideias, tentaram transmitir aos participantes?Sobretudo partilhámos a ideia de que existe um mundo lá fora, e pessoas com gostos semelhantes aos deles e ideias parecidas com as suas. O mundo não é só aquilo que conhecem pela internet ou os colegas de escola. Acho que atingimos o objectivo, pois todos os participantes vêm com boas memó-rias e vontade de continuar o caminho que iniciaram agora.

E a nível pessoal? De que forma é que esta actividade te enriqueceu?Para mim foi importante perceber que sou capaz. Foi um trabalho cansativo mas de um cansaço bom, e quando a participação termina, continuam os laços e as ligações pessoais. É bom saber que influenciámos a vida de alguém de forma positiva. Neste caso, de 15 alguéns!

O que dirias a um jovem que estivesse interessado em participar?Esta é toda uma nova experiência que faz com que os participantes regressem totalmente diferentes de quando partiram. E é uma diferença para melhor. Acho que mais do que dizer algo, mostrava as fotografias que tirámos onde estão sorrisos genuínos e verdadeiros de quem se está a divertir e a crescer.

Numa palavra, como é que descrevias este intercâmbio?“Cascaitz”. Foi uma forma de juntarmos Cascais e Biarritz e acho que algures ali no meio das duas cidades conseguiu criar-se precisamente uma terceira, “Cascaitz”.

Mais importante queo meu papel é o papel dos participantes

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de contacto com o público foi essencial para mim. Sinto-me mais à-vontade agora, mais confiante. Foi um bom início para o desenvolvimento da minha carreira e era isso que eu mais gostava em trabalhar na Geração C, sentir que estava a aprender, a desenvolver as minhas capacidades.

E quando a Ocupação de Jovens ter-minou, qual foi o teu passo seguinte?No final dos seis meses da Ocupação de Jovens, foi-me apresentada a possibilidade de fazer um prolongamento por mais seis meses. O que aconteceu foi que durante este trabalho no atendimento, eu tomei conhecimento da Agência DNA, vocacionada para ajudar jovens empreendedores. E como até já tinha uma ideia para um negócio na área da animação turística e com energias renováveis, resolvi apresentar o meu próprio projecto. Com a DNA aprendi tudo aquilo que me fazia falta para me lançar no mundo empresarial e optei por seguir esse caminho. Neste momento está tudo a correr bem, já temos muitos apoios, e agora é continuar para a frente!

O teu laço com a Geração C termina aqui?De modo algum! Há muitas maneiras de usufruir da Geração C e eu vou continuar a aceder ao Portal em casa e a visitar as Lojas para ler os jornais, informar-me sobre trabalhos, e milhares de outras coi-sas! Acho que é muito importante estar-se informado e eu não vou deixar de estar a par de todas as coisas novas que acontecem na Geração C.

FranCisCo Catalão

Da oCUpação DE tEMpos lIvrEs aoEMprEEnDEDorIsMoDo atendimento numa Loja Geração

C à constituição da própria em-presa com o apoio da DNA, foi apenas um passinho! Aqui o Francisco conta, na primeira pessoa, como se tornou um jovem empreendedor.

Como é que vieste ter à Geração C?É engraçado porque foi um pouco por acaso. Tinha decidido procurar trabalho e passei no Centro de Emprego, mas como a fila era muito grande, vim embora e acabei por entrar na Loja Geração C de Cascais que fica mesmo ao lado. Aí falaram-me nos programas Jovens Activos e Ocupação de Jovens, este último que se enquadrava mais naquilo que eu procurava, e inscre-vi-me. Uma semana mais tarde tive uma entrevista e depois comecei a trabalhar no atendimento da Loja.

Esse trabalho no atendimento ajudou--te de alguma forma no curso ou na área onde estás?As minhas funções passavam por dar informações às pessoas e nesse sentido foi uma experiência muito útil. Eu quero seguir gestão hoteleira e por isso este tipo

Francisco Catalão 20 anos, 2o Ano de Gestão Turística na Universidade Lusíada

Rede de Lojas Geração CEspaços de informação destinados a um público jovemÁrea de informação: emprego, formação, ocupação de tempos livres, workshops, eventos e turismo jovem/RVCC/Posto de Turismo Juvenil, Cartão-jovem e Alberguista,Áreas de estudo e internet/Serviço de orientação vocacional e profissional/Espaço S, de saúde e sexualidade; Rede de Lojas Geração C: Cascais, Alcabideche, Carcavelos, Trajouce e S. Miguel das Encostaswww.geracao-c.com

eu trabalhava na loja geração C e comecei a perceber que o meu projecto com a dna estava a ganhar consistência

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FranCisCo Catalão

Da oCUpação DE tEMpos lIvrEs aoEMprEEnDEDorIsMo

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susana ataíde/diana Mendonça

a gEração C à DIstânCIaDE UM ClIQUE

Trabalham em equipa para levar o conceito Geração C a todos. A funcionar há mais de

um ano, o Portal Geração C conta com uma actualização permanente, que se traduz em conteúdos gerais de 2a a 5a feira e sugestões de fim-de-semana de 6a a Domingo. Paralelamente este espaço serve ainda de arquivo a toda a informação do concelho com relevância para os jovens.

Qual é a ideia por trás do Portal Geração C?Diana: Nos tempos que correm faz todo o sentido a Geração C usar a internet para passar a sua identidade, e desta forma, a ideia do Portal é servir como um veículo de comunicação acessível a todos.Susana: Criámos um estilo, uma forma de comunicar que pretende ser muito próxima da do nosso utilizador. Divulgamos de forma clara e concisa os projectos da Geração C e de todos os que possam contribuir para a valorização do jovem. Temos um portal dinâmico, com actualizações diárias, e essa é a nossa estratégia de comunicação.

São a mesma equipa desde o lançamento do Por-

Diana Mendonça 29 anos, Gestão de conteúdos, redacção e reportagem

Susana Ataíde 42 anos, Gestão de conteúdos e redacção

Portal Geração CEspaço virtual de informação dedicado ao público jovemConteúdos: rede de lojas, serviços geração C, emprego, associativismo, habitação, workshops, cultura e lazer, notícias, reportagens e muito maiswww.geracao-c.com

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tal há já mais de 1 ano e meio...Susana: Sim, quando me falaram do projecto nem hesitei. Gosto de ler, de escrever, de estar informada e de partilhar informação. Achei que um portal para a juventude de Cascais fazia todo o sentido. Foi um desafio pessoal a vários níveis e considero que é muito importante acreditar naquilo que se faz, e eu acredito.Diana: Eu já colaborava no portal jovem de Lisboa e achava que fazia falta algo idêntico em Cascais, que é o meu concelho. Entrei em contacto com a Divisão de Juventude e manifestei essa opinião. Foi aí que fiquei a saber que o projecto para o Portal existia e estava pres-tes a arrancar. Foi-me feito o convite para participar, e tal como a Susana, nem hesitei! É muito gratificante acompanhar um projecto desde o início e assistir ao seu crescimento e sucesso.

Se pudessem mudavam alguma coisa?Diana: Eu penso que mudar faz parte de crescer, e nesse sentido ainda temos um grande caminho pela frente. Não pretendemos mudar no sentido de tornarmos as coisas diferentes, mas antes melhores. Gostava que todos os jovens percebessem que o Portal é um espaço de todos, e quem tiver ideias, sugestões, ou quiser participar de alguma forma, encontra aqui uma porta aberta.Susana: É verdade, gostávamos que os jovens partici-passem mais no Portal, enviando notícias, reportagens, ou simplesmente informações sobre as actividades que desenvolvem. A participação dos colaboradores dá vida ao portal e pretendíamos também isso de todas as Associações Juvenis do concelho. É claro que ainda não foram exploradas todas as potencialidades do projec-to mas o Portal tem evoluído de uma forma bastante interessante. Se compararmos o nosso crescimento ao ciclo de vida humana, considero que estamos na fase adolescente.

De que forma se revêem no Portal?Susana: Muitas vezes partimos de uma informação que nos parece interessante e depois conseguimos fazer uma notícia que resulta de uma grande pesquisa. Eu realizo-me em cada artigo, entrevista, reportagem que faço e me dizem que está fantástica.Diana: É muito satisfatório ver que aquilo que fazemos interessa às pessoas e ficamos muito contentes quando recebemos e-mails a darem-nos os parabéns pelo trabalho efectuado. Por outro lado, do ponto de vista do utilizador, sei que tenho ali reunidas todas as in-formações que me são úteis. Eu revejo-me dessa forma. Gosto de saber que posso contar com esta plataforma de informação para algo que precise na minha vida. Sinto que encontro no Portal um grande apoio ao meu crescimento pessoal, profissional, e como munícipe.

somos a geração C que acompanha o jovem dis-ponibilizando informações importantes para cada fase da sua vida

susana ataíde

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A Rádio da Escola Secundária de S. João do Estoril é pioneira no projecto de Rádio EscolaProf. Fernando: Apresentámos o projecto à Câmara e foi o mote para se implementar o projecto noutras Escolas Secundárias. Somos a única rádio que emite ininterrup-tamente durante as aulas, e para todos os espaços da escola. Em termos de conteúdos é uma rádio semi-profissional, damos in-formações, produzimos os nossos próprios slogans, spots publicitários, uma agenda semanal. Um projecto de Rádio Escola não é só passar música. Prof. Margarida: Porque a participação nestes projectos é muito importante queremos que os alunos assumam o compromisso de forma contínua e que se auto-responsabilizem.

Participar em Projectos de Comunica-

são espaços de comple-mento de aprendizagem que ajudam os alunos a crescer

Prof. Margarida Constantino

Fernando Ramos39 anos

Margarida Constantino 45 anosResponsáveis pelo Projecto de Rádio e Televisão na Escola (2003/2010)

Projecto Rádio EscolaEstúdios de Rádio nas EscolasÁrea de intervenção: Emissão via rá-dio de conteúdos informativos de interesse jovem.Rádios Escola: Escola Secundária de Cascais; Escola Secundária de São João do Estoril; Escola Frei Gonçalo Azevedo; Escola Secundária de Alvide; Escola Secundária IBN Mucanawww.geracao-c.com

Fernando raMosMargarida Constantino

na régIE DE são João

Para além de serem professores da Escola Secundária de S. João

do Estoril da área da comunicação, dedicam o seu tempo ao Jornal da Escola e ao Projecto Rádio e Televisão na Escola, porque segundo afirmam:“Os projectos dão vida à Escola” (Prof. Fernando Ramos) “Abraço projectos que me dão prazer pessoal e profissional e em que vejo que os alunos trabalham com empe-nho e motivação” (Prof. Margarida Constantino)

Acreditam e dão o vosso tempo para os projectos de comunicação da EscolaProf. Fernando: Os Projectos geram convívio, empatia, cumplicidade. São espaços com uma dinâmica diferente do espaço aula. Os projectos de comunicação implicam um grande envolvimento pessoal, interesse, motivação e gosto, Prof. Margarida: (reforça) E um espírito de sacrifício pessoal. No plano curricular não existe um espaço para estes projectos, nem para eles nem para nós. Têm o tempo muito ocupado com as aulas e com as actividades extracurriculares, têm que fazer opções.

ção é determinante para os jovens que queiram uma carreira nos Mass MediaProf. Margarida: A rádio é um patamar de aprendizagem para o meio televisivo. A linguagem radiofónica e televisiva cruzam-se. O Projecto Rádio e Televisão na Escola funciona como um estágio, dá-lhes as competências académicas, profissionais e força para essa caminhada. Prof. Fernando: Falar pelo microfone assusta, a Rádio ajuda, depois é muito mais fácil enfrentar uma câmara.

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Duas decisões académicas traçaram o seu percurso. Envolve-se no

Jornal da Escola, depois na Rádio Escola e hoje está na Televisão, no programa Curto Circuito.

Pode-se dizer que foi o futebol que te levou para a área da Comunicação?É uma história muito engraçada, no final do 9o a Escola Secundária de S. João do Estoril, foi fazer uma apresentação dos cursos à Escola Básica da Alapraia. O Professor Fernando Ramos falou do Curso Tecnológico de Comunicação, apresentou os vários projectos e até levou algumas capas com entrevistas feitas pelos alunos. Chamou-me a atenção a do João Pinto, sou adepto do Benfica. Pensei, com este curso vou poder entrevistar os jogadores, sempre gostei muito de futebol. Sim, acho que foi aí que nasceu o “bichinho pela comuni-cação”, mas o grande impulsionador, foi o Professor Fernando Ramos, responsável pelo Projecto Rádio Escola, da Escola Secundária de S. João do Estoril.

Bruno BarBaCena

UM olho na rÁDIo

oUtro na tElEvIsão

O Projecto Rádio Escola foi um marco na tua vida?Estive na fase embrionária, em que tudo estava acontecer, fiz um estágio na CSB, antiga Rádio Clube de Cascais. Dedicava todos os intervalos à rádio, dividia o meu tempo livre entre o Jornal da Escola e a Rádio, mas na verdade acabava por me dedicar mais à Rádio. A grelha do progra-ma permitia-nos uma boa gestão. Mesmo depois de terminar o 12o continuei ligado, dei formação aos novos alunos e apoiava os Professores responsáveis do Projecto. Participar na Rádio Escola, é meio caminho andado para sentir o gosto pela rádio, experimenta-se, e aprende-se a comunicar com o público.

Jornal, Rádio, Televisão qual é afinal a tua preferência?A jornalística não tanto, agora entre a Rádio e Televisão, é difícil. A rádio, deixa sempre aquele “bichinho”. O animador quando entra no estúdio transforma-se, tem que ser mesmo muito bom, tem que conseguir captar a atenção. Os grandes comunicadores de televisão começaram

pela rádio. Gosto de comunicar, de criar, por isso escolhi a área da produção. Estou no Curto Circuito, mas sei que posso matar saudades da Rádio na Escola. Aliás, quero continuar a especializar-me em Rádio. Mas, gosto muito daquilo que faço e dá-me um gozo tremendo ir à luta.

O que dirias aos alunos que estão no Projecto na Rádio Escola e Televisão na Escola? Que devem aproveitar bem, a formação começa aí. Uma dose de humildade, muita vontade de aprender. Não desistam, sejam persistentes.

Bruno Barbacena24 anos, Curso de Produção na área de Vídeo/TV /Cinema

Escola Técnica de Imagem e Comunicação

Ex-membro do Projecto Rádio Escola

a rádio dá a “estaleca” do improviso, do saber comunicar com o público

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ProJeCto Canal C

a tUa gEração na tv

Os cinco elementos da equipa do Canal C andam pelo Concelho de

Cascais de câmara na mão, cobrem eventos, editam vídeos. Apostando que “O Canal é uma janela sobre Cascais”

O que vos levou a participar no Projecto Canal C?Lina: Poder montar um projecto de raíz num âmbito absolutamente novo, numa Câmara e reflectir sobre essa área. Rogério: Para concluir o meu curso achei que era uma oportunidade interessante, com potencial. Hoje em dia cada vez mais a televisão está virada para a parte da multimédia e para a Web.Caetano: Precisava de fazer um estágio, o Professor falou-me do Projecto, achei que podia ser uma boa oportunidade, ainda para mais era em Cascais, onde vivo.Guilherme: Um projecto que estava a começar e podia ser um bom meio de divulgação de todas as actividades do concelho para os jovens.Sérgio: Poder contribuir para a divulgação das nossas actividades. Desenvolver um trabalho na minha área, poder contribuir com a minha criatividade, é sempre bom.

Como é que tem sido esta experiência de trabalhar num projecto que existe há muito pouco tempo?Rogério: Este projecto começou de raíz, já tivemos algumas dificuldades, como acontece em qualquer projecto. É bom que surjam no início e sejam logo resolvidas para termos o projecto firme e conseguir-mos estar a 100%. Sérgio: Estamos no inicio, o espírito de equipa está a formar-se, estamos a habituarmo-nos a trabalhar uns com os outros. É gratificante podermos expor as nossas ideias.Lina: Para mim não é uma experiência estar num projecto novo. Tem vantagens e começando pelas desvantagens, demora

algum tempo a estar optimizado. A vanta-gem é que fazes as coisas à tua medida, ou seja, tens a possibilidade de criar rotinas à medida da equipa com quem se trabalha. O trabalho adequa-se mais a ti, do que o contrário.Caetano: Tem sido uma experiência positiva. Tenho-me valorizado profissional e pessoalmente.

O que é que o Canal C tem para oferecer aos jovens de Cascais?Rogério: O nosso principal objectivo é conseguirmos ter jovens informados sobre acontecimentos e actividades de Cascais. Temos informação sobre meteorologia, trânsito, notícias gerais de todo o país e do mundo. Mostrar que estivémos lá, ‘isto foi assim…’, ‘para a semana não faltes! Vai ser ainda melhor’.Lina: A possibilidade de conhecerem o meio onde vivem. Somos uma montra do que se passa. Queremos manter uma relação de proximidade com o nosso público-alvo.Guilherme: Tentamos transmitir as emoções vividas durante os eventos. Sérgio: Somos uma fonte de informação e temos liberdade para apresentar novas ideias, e fazer algo inovador. Somos a Geração C, fazemos parte de uma grande equipa, que trabalha em conjunto para a juventude, em que cada um tem o seu papel. O nosso é ser um meio de acederem aos nossos conteúdos e ver o que de melhor se faz no concelho.

o principal objectivo é manter os jovens bem informados

rogério esteves

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ProJeCto Canal C

a tUa gEração na tv

Caetano Jorge 19 anos, Produção

Sérgio Lourenço28 anos, Pós-produção

Rogério Esteves 19 anos, Emissão

Lina Castro46 anos, Realização e orientação

Guilherme Rodrigues23 anos, Câmara

CANAL CSistema cooperativo de televisão da Geração CEmissão: Rede de Lojas e Portal Geração C / Associações Juvenis e Escolas Secundárias parceiras do projectoParceiros: Escola Secundária de São João do Estoril; Escola Secundária Frei Gonçalo Azevedo; Escola Secundária de Alvide; Escola Secundária IBN MucanaAssociação Juvenil Rota Jovem; Associação Criativa; Associação Academia dos Patinswww.geracao-c.com

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Câmara Municipal de CascaisDivisão de Juventude e ConhecimentoPraça 5 de Outubro, 12754-501 CascaisTel. 214 815 948 [email protected]

Rede de Lojas Geração [email protected]

Loja Geração C - CascaisAv. Valbom no 212750-508 CascaisTel. 214 815 910

Loja Geração C - AlcabidecheJunta de Freguesia de AlcabidechePraceta do Moinho2645-060 AlcabidecheTel. 214 815 940

Loja Geração C - CarcavelosCentro Comunitário de CarcavelosAv. do Loureiro, 3942775-599 CarcavelosTel. 214 578 952

Loja Geração C - TrajouceRua dos Bons Amigos, Loja 106 - A e B2785-667 S. Domingos de RanaTel. 214 454 677

Loja Geração C - S. Miguel das EncostasRua de Santa Maria Madalena, Lote 1 - CaveS. Miguel das Encostas2775-740 CarcavelosTel. 214 533 852

DNAComplexo Multi-serviços CMC Estrada de Manique, 1830 Alcoitão2645-550 AlcabidecheTel. 214 680 185www.dnacascais.pt

Cascais NaturaComplexo Multi-serviços CMC Estrada de Manique, 1830 Alcoitão2645-550 Alcabideche Tel. 210 995 478www.cascaisnatura.org

Cascais AtlânticoComplexo Multi-serviços CMC Estrada de Manique, 1830 Alcoitão2645-550 AlcabidecheTel. 210 995 353 www.cascaisatlantico.org

Prémio Infante D. HenriqueAssociação do Prémio Infante D. Henrique Rua Duques de Bragança no 5 - A1200-162 LisboaTel. 213 430 498

DIrECtórIoAssociações Juvenis

Asocult - Associação JuvenilCentro Paroquial de Talaíde Rua Principal das Escolas2785-601 S. Domingos de [email protected]@gmail.com

Associação Academia dos PatinsRua Sacadura Cabral, no 197 - 7B2765-552 S. Pedro do EstorilTel. /Fax 214 686 [email protected]

Associação Chili com [email protected]

Associação Juvenil M. [email protected]

Associação Juvenil CriativaRua de Santa Maria Madalena, Lote 1 - CaveS. Miguel das Encostas2775-740 [email protected]

Clube Gaivotas da Torre - Associação JuvenilRua das Caravelas, Lote 8 (traseiras)Bairro da Torre 2750-745 CascaisTel. /Fax 214 841 [email protected]

Associação Juvenil da Linha de Cascais - Rota JovemLargo do Mercado2750-431 CascaisTel. /Fax 214 862 [email protected]

Laços de Rua - AssociaçãoRua Serra da Estrela, no 18 - Loja dta., Brejos2785-820 S. Domingos de [email protected]

O Círculo - Associaçã[email protected]

Op’Arte - Associação [email protected] [email protected]

Associação de Estudantes da Escola Secundária de AlvideEscola Secundária de Alvide Rua das Padarias - Alvide2755-062 Alcabideche

Associação de Estudantes da Escola Secundária de CarcavelosEscola Secundária de CarcavelosEstrada de Sassoeiros2775-530 [email protected]

Associação de Estudantes da Escola Secundária de CascaisEscola Secundária de CascaisAv. Pedro Álvares Cabral2754-513 Cascais

Associação de Estudantes da Escola Secundária da CidadelaEscola Secundária da CidadelaRua Jaime Thompson2754-512 Cascais

Corpo Nacional de Escutas - Agrupamento 71Rua de Luanda, s/ no

Parque Baden-Powell (Junqueiro)2775-036 [email protected]

Corpo Nacional de Escutas - Agrupamento 75Apartado 1892766-903 EstorilTel. /Fax 214 673 [email protected]

Corpo Nacional de Escutas - Agrupamento 113Igreja Paroquial de S. Domingos de Rana2785-595 S. Domingos de [email protected]

Corpo Nacional de Escutas - Agrupamento 550Escola Salesiana de Manique2765-463 [email protected]

Corpo Nacional de Escutas - Agrupamento 597Rua do Parque, lote 3 - lojas A e BMatarraque2785-468 S. Domingos de [email protected]

Corpo Nacional de Escutas - Agrupamento 729Apartado 487 - Edifício Golfinho2750-906 [email protected]

Corpo Nacional de Escutas - Agrupamento 1240Apartado 10682775-232 [email protected]

Corpo Nacional de Escutas - Agrupamento 1246Rua Aquilino Ribeiro, lote 1 - Loja2765-465 [email protected]

Associação de Guias de Portugal- Companhia de Guias de CarcavelosAdega da Quinta da Alagoa - Estrada da Rebelva2775-717 [email protected]

Associação de Guias de Portugal - Companhia de Guias de CascaisParque Marechal Carmona2750-314 [email protected]

Associação de Guias de Portugal - Companhia de Guias da ParedeAv. Eng.o Adelino Amaro da Costa, no 247 AJardins da Parede2775-149 [email protected]

Associação de Guias de Portugal - Companhia de Guias de São Domingos de [email protected]

Associação de Estudantes da Escola Secundária Fernando Lopes GraçaEscola Secundária Fernando Lopes Graça Av. Comandante Gilberto D. Duarte, no 4702775-200 [email protected]

Associação de Estudantes da Escola Secundária Frei Gonçalo AzevedoEscola Secundária Frei Gonçalo Azevedo Rua Afonso de Albuquerque - Abóboda2785-578 S. Domingos de Rana

Associação de Estudantes da Escola Secundária Ibn MucanaEscola Secundária Ibn Mucana Rua Cesaltina F. Gouveia2645-038 Alcabideche

Associação de Estudantes da Escola Secundária de S. João do EstorilEscola Secundária de S. João do EstorilRua Brito Camacho - Quinta da Carreira2769-501 S. João do Estoril

Associação de Estudantes da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do EstorilEscola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril Av. Condes de Barcelona2765-470 [email protected]

Associação de Estudantes da Escola Superior de Saúde de AlcoitãoEscola Superior de Saúde de Alcoitão Rua Conde Barão2645-109 [email protected]

Associação dos Escoteiros de Portugal - Grupo 12Rua da Índia, Edifício Jamboree - Sassoeiros2775-776 [email protected]

Associação dos Escoteiros de Portugal - Grupo 16Adega da Quinta da Alagoa - Estrada da Rebelva2775-717 [email protected]

Associação dos Escoteiros de Portugal - Grupo 107Praceta Capitão Mouzinho de Albuquerque,Jardim Tenente Álvaro de Melo Machado2750-442 [email protected]

Associação dos Escoteiros de Portugal - Grupo 150Campo Escotista 150Rua de S. GabrielS. Miguel das Encostas2775-743 [email protected]

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Direcção - Divisão de Juventude e ConhecimentoCoordenação / Edição - Maria João Paulino

reVista da geração C

FICha téCnICaRedacção - Susana Ataíde Carvalho / Diana Mendonça SilvaFotografia - Duarte LourençoFotografia de capa, Artspace e págs. 39 e 40 - www.jorgematreno.comFotografias Semana da Juventude - Divisão de Juventude e ConhecimentoDirecção de Arte - Paulo ArraianoDesign - Duarte Lourenço

Produção - Inês PicciochiDistribuição GratuitaPeriodicidade - TrimestralPropriedade - Câmara Municipal de CascaisData - Janeiro de 2010Tiragem - 3.000 exemplaresImpresso em papel Arjowiggins Satimal Green

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