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A SAÚDE NA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA A SAÚDE E A LEI 8.080/90 F A C U L D A D E L E G A L E AULA - 11/11/2017 FACULDADE LEGALE PROF: DR. JAIME

F A C U L D A D E L E A SAÚDE NA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA · Principais medidas – Estabeleceu o presidencialismo, conferindo maior autonomia aos estados da federação e garantindo

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A SAÚDE NA CONSTITUIÇÃO

BRASILEIRA

A SAÚDE E A LEI 8.080/90

F

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AULA -

11/11/2017

FACULDADE

LEGALE

PROF: DR. JAIME

A SAÚDE E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL

A SAÚDE E A LEI 8.080/90 EVOLUÇÃO HISTÓRICA FUNDO

DE PENSÕES.

A par de assegurar o direito à saúde, a

Constituição Federal de 1988 não delimitou

objeto desse direito fundamental, não

especificando “se o direito à saúde como

direito a prestações abrange todo e qualquer

tipo de prestação relacionada à saúde

humana”.

NÃO DELIMITOU?

Então de verdade quando falamos em saúde pública, falamos no

dever da União, Estado e Município, prover a saúde do Cidadão

Brasileiro e do Alienígena em todos os aspectos:

Tratamento Médico – Em consultas seletivas e eletivas.

Internações

Cirurgias

Equipamentos

Próteses de qualquer natureza

Consultas em emergência

Home Care

Medicamentos

Terapias

TRATAMENTOS + MEDICAMENTOS + PROTOCOLOS

INTERNACIONAIS.

Se no Brasil, não houver protocolo para um tratamento, seja

cirurgico ou medicamentoso, tendo em vista que a Constituição

não Delimitou o direito social previsto no artigo 6º, é cabível

entender que para salvar a vida ou minimizar o sofrimento do

paciente cidadão Brasileiro, o SUS deverá bancar o tratamento

fora do nosso território, mesmo que não haja protocolos nos anais

da nossa literatura médica.

MIL DOENÇAS CATALOGADAS.

No Brasil nós temos aproximadamente 1000 doenças

catalogadas, sendo que destas efetivamente conhecemos e

dominamos apenas um terço, embora todas possuam protocolos

clínicos, cirúrgicos e terapeuticos.

Portanto se algum paciente vier a apresentar algum sintoma que

não corresponda aos protocolos já conhecidos e reconhecidos

em nossa literatura, havendo protocolos em outros países, é

dever do SUS do Governo Brasileiro, bancar o tratamento deste

paciente em outro País, ou dentro do País, mas com a utilização

de técnicas e medicamentos externos, haja vista que não houve

limitação no texto constitucional.

Discute-se se o Estado, em seu dever de prestação dos serviços de

saúde, obriga-se a disponibilizar o atendimento médico-hospitalar e

odontológico, o fornecimento de todo tipo de medicamento indicado

para o tratamento de saúde, a realização de exames médicos de

qualquer natureza, o fornecimento de aparelhos dentários, próteses,

óculos, dentre outras possibilidades.

HOSPITAIS SUCATEADOS –

PACIENTES ATENDIDOS EM MACAS –

NOS CORREDORES

BANHEIROS

CHÃO

BANCOS

CADEIRAS DE RODAS

ISSO É DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA?

AO SE DEPARAR COM ESSAS CENAS PUBLICADAS PELA IMPRENSA.

QUAL O SEU SENTIMENTO?

TÔ NEM AI?

ÓDIO?

INDIGNAÇÃO?

AGORA ME PERGUNTEM

QUAL O MEU SENTIMENTO?

PREPARE-SE PARA A RESPOSTA.

RAIVA

INDIGNAÇÃO

IMPOTENCIA

E AGRADECIMENTO.

A HISTÓRIA DO SUS.

Em 1920 surge o DNSP ( Departamento Nacional de Saúde Pública ).

Defendia a criação de um Ministério autônomo como ocorria em

alguns Países Latino Americanos. ( enfrentou resistências políticas ).

Foco principal- Combate aos Problemas Sanitários – Atividade

Primária Prevenção.

Em 1923 com Eloy Chaves através do Decreto 4.682/23, instituiu-se

a Caixa de Aposentadoria e Pensões para os ferroviários.

-Socorro Médico em caso de doenças.

-Medicamentos ( preço especial ) e pensão para herdeiros em

caso de morte.

1930/1945 – é criado o Ministério da Educação e da Saúde Publica. (

1930/1934 ).

1945 – É criado o Ministério do Trabalho e com ele nascem os

Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs), a partir daí surge o

Sistema Público de Previdencia Privada Social.

1966 – Com a fusão dos Institutos de Aposentadoria, nasce o INPS,

que se fundiu com o IAPAS ( INSTITUTO DE ADMINISTRAÇÃO

FINANCEIRA DA PREVIDENCA E ASSISTENCIA SOCIAL),que

formou o INSS que por sua vez funcionava com o INPS, que depois

tornou-se INAMPS e deságua por fim no SUS – SISTEMA ÚNICO

DE SAÚDE.

QUANTOS ERAM OS INSTITUTO DE PENSÕES E QUAIS

ERAM?

10

1933 - IAPM - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos;

(Decreto n° 22.872, de 29 de junho de 1933);

1934 - IAPC - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários

(Decreto n° 24.272, de 21 de maio de 1934);

1934 - IAPB - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários

(Decreto nº 24.615, de 9 de julho de 1934);

1936 - IAPI - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários

(Lei n° 367, de 31 de dezembro de 1936) ;

1938 - IPASE - Instituto de Pensões e Assistência dos Servidores do

Estado (Decreto-Lei n° 288, de 23 de fevereiro de 1938);

1938 - IAPETC - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos

Empregados em Transportes e Cargas (Decreto-Lei n° 651, de 26 de

agosto de 1938);

1939 - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Operários

Estivadores (Decreto-Lei n° 1.355, de 19 de junho de 1939);

1945 - ISS - O Decreto n° 7.526, de 7 de maio de 1945, dispôs sobre a

criação do Instituto de Serviços Sociais do Brasil.

1945 - IAPETEC - O Decreto-Lei n° 7.720, de 9 de julho de 1945,

incorporou ao Instituto dos Empregados em Transportes e Cargas o da

Estiva e passou a se chamar Instituto de Aposentadoria e Pensões dos

Estivadores e Transportes de Cargas.

1953 - CAPFESP - Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários

e Empregados em Serviços Públicos (Decreto nº 34.586, de 12 de

novembro de 1953);

1960 - IAPFESP - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários

e Empregados em Serviços Públicos (Lei nº 3.807, de 26 de agosto de

1960, art. 176 - extinta a CAPFESP).

QUANTAS CONSTIUIÇÕES O BRASIL TEVE?

O BRASIL TEVE 07 ( SETE ) CONSTITUIÇÕES.

A CONSTITUIÇÃO DE 1824 – Primeira Constituição do país, outorgada

por dom Pedro I. Mantém os princípios do liberalismo moderado.

Principais medidas – Fortalecimento do poder pessoal do imperador com a

criação do Poder Moderador acima dos poderes Executivo, Legislativo e

Judiciário. As províncias passam a ser governadas por presidentes

nomeados pelo imperador. Eleições indiretas e censitárias, com o voto

restrito aos homens livres e proprietários e condicionado à seu nível de

renda.

Reformas – Ato Adicional de 1834, que criou as Assembléias Legislativas

provinciais. No curso deste, sobreveio a Legislação eleitoral de 1881, que

eliminou os dois turnos das eleições legislativas.

Tratou da saúde em seu artigo 179 inciso XXXI

A CONSTITUIÇÃO DE 1891 – Promulgada pelo Congresso

Constitucional que elege Deodoro da Fonseca presidente. Teve

espírito liberal, inspirado na tradição republicana dos Estados Unidos.

Principais medidas – Estabeleceu o presidencialismo, conferindo

maior autonomia aos estados da federação e garantindo a liberdade

partidária.

Instituiu eleições diretas para a Câmara, o Senado e a Presidência da

República, com mandato de quatro anos. O voto era universal e não-

secreto para homens acima de 21 anos e vetado a mulheres,

analfabetos, soldados e religiosos. Determinava a separação

oficial entre o Estado e a Igreja Católica e eliminava o Poder

Moderador. (g.n)

Cabia ao Estado a responsabilidade pelas ações na área da

saúde.

A CONSTITUIÇÃO DE 1934 – Promulgada pela Assembléia

Constituinte durante o primeiro governo do presidente Getúlio

Vargas, reproduziu a essência do modelo liberal anterior.

Principais medidas – Conferiu maior poder ao governo federal.

Estabeleceu o voto obrigatório e secreto a partir dos 18 anos e o

direito de voto às mulheres, já instituídos pelo Código Eleitoral de

1932. Previu a criação da Justiça Eleitoral e da Justiça do Trabalho.

(g.n).

Tratou da saúde em seu artigo 10º inciso II.

A CONSTITUIÇÃO DE 1937 – Outorgada por Getúlio Vargas, foi

inspirada nos modelos fascistas europeus. Institucionaliza o regime

ditatorial do Estado Novo.

Principais medidas – Institui a pena de morte, suprime a liberdade

partidária e anula a independência dos poderes e a autonomia

federativa. Permite a suspensão de imunidade parlamentar, a prisão

e o exílio de opositores. Estabelece eleição indireta para presidente

da República, com mandato de seis anos.

Tratou da saúde em seu artigo 16º inciso XXVII

A CONSTITUIÇÃO DE 1946 – Promulgada durante o

governo Dutra, refletiu a derrota do nazi-fascismo na II

Guerra Mundial e a queda do Estado Novo.

Principais medidas – Restabelece os direitos individuais,

extinguindo a censura e a pena de morte. Devolve a

independência dos três poderes, a autonomia dos estados e

municípios e a eleição direta para presidente da República,

com mandato de cinco anos.

Tratou da saúde em seu artigo 5º inciso XV letra “b”.

Reformas – Em 1961 sofre importante

reforma com a adoção do

parlamentarismo, posteriormente anulada

pelo plebiscito de 1963, que restaurou o

regime presidencialista.

A CONSTITUIÇÃO DE 1967 – Promulgada pelo Congresso Nacional

durante o governo Castello Branco. Institucionalizou a ditadura do

Regime Militar de 1964.

Principais medidas– Manteve o bipartidarismo criado pelo Ato

Adicional nº 2 e estabeleceu eleições indiretas para presidente da

República, com mandato de quatro anos.

Tratou da saúde em seu artigo 8º inciso XIV.

Reformas – Emenda Constitucional nº 1, de 1969, outorgada pela Junta

Militar. Incorporou, nas suas Disposições Transitórias os dispositivos do

Ato Institucional nº 5 (AI-5), de 1968, permitindo que o presidente, entre

outras coisas, fechasse o Congresso, caçasse mandatos e suspendesse

direitos políticos. Concedeu aos governos militares, completa liberdade

de legislar em matéria política, eleitoral, econômica e tributária. Na

prática, o Executivo substitui o Legislativo e o Judiciário. No período da

abertura política, várias outras emendas preparam o restabelecimento

de liberdades e instituições democráticas.

Manteve o texto da CF/67 onde tratou da saúde em seu artigo 8º

inciso XIV.

FINALMENTE A CONSTITUIÇÃO DE 1988 – A sétima constituição

brasileira foi promulgada durante o governo José Sarney, ainda sobre a

comoção e luto pela perda do então Presidente da República Tancredo de

Almeida Neves, cujo falecimento ocorreu 1985. A carta política de 1988

define maior liberdade e direitos ao cidadão, reduzidos durante o Regime

Militar, viabiliza a incorporação de emendas populares e mantém o status

do Estado como república presidencialista.

Conclui-se, portanto, que esta Constituição é a guardiã dos Direitos

Individuais e Coletivos desta Nação, Pátria que zela sobremaneira pelos

princípios da Dignidade da Pessoa Humana, que zela pelos direitos e

garantias fundamentais daquele ou daquela, que busca no judiciário o

amparo, o socorro imediato a ofensa de um direito, ou a constituição de

um direito e quíça também de uma obrigação.

E trás como bem jurídico tutelado o DIREITO À SAÚDE.

Com efeito, esta ponderação encontra guarida no

pensamento do Legislador de 1.988, o qual ao

descerrar o conteúdo incipiente da vontade do poder

constituinte originário, manifestou-se, insculpindo

dentre outros fundamentos da República Federativa

do Brasil e, conseqüentemente, do Estado

Democrático de Direito implantado pela nova ordem

constitucional, a dignidade da pessoa humana, e

aliando-se a esta, veio também em proteção da

ampla defesa do Cidadão Brasileiro, cláusula pétrea

prescrita no artigo 5º inciso LV da novel política.

A constituição Federal de 1988 tratou com relevância esse tema, e

podemos observar a preocupação dos Legisladores, já na tipificação do

Artigo 1º inciso III desta Carta Política quando prima pela Dignidade da

Pessoa Humana.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união

indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se

em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V - o pluralismo político.

Mais adiante o mesmo Diploma Político, o Legislador Pátrio nos brinda com

a preservação “ DO SOCIAL” quando no artigo 6º prescreve que:

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho,

a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a

proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados,

na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda

Constitucional nº 90, de 2015).

Ainda no mesmo Diploma Político nos artigos 196 a 200, o Legislador

Constituinte tratou diretamente sobre a SAUDE, o DEVER LEGAL DA

UNIÃO, DO ESTADO E DO MUNICÍPIO em conceder esse benefício para

a Cidadã e Cidadão Brasileiro, estendendo esse beneficio ao Cidadão

Alienígena.

____________________________________________________________

Mas até o Alienígena tem esse direito?

Sim, basta que analisemos o conteúdo do artigo 5º cabeça do

Diploma Político que assim prescreve:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de

qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos

estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à

vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos

termos seguintes:

Mas então o que diz o artigo 196 , qual foi a idéia do Legislador?

Simples reconhecer a saúde como direito de todos e dever do Estado,

garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do

risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário

às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante

políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e

de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços

para sua promoção, proteção e recuperação.

Os artigo subseqüentes 197 a 200, norteiam a política voltada à

saúde e seus limites:

Art. 197 = Relevância Pública nas Ações e Serviços da Saúde – (

exemplos – vacinas, mutirões de procedimentos cirúrgicos,

cataratas, vazectomia, laqueadura, prevenção odontológica,

palestras em comunidades etc ).

Determina que o Poder Público deve exercer a fiscalização e o

controle, podendo também esse controle ser exercido por

instituições não governamentais, sempre com a supervisão do

Poder Público.

SIGA-ME

DESCENTRALIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO/GESTÃO

MAS COM OBEDIÊNCIA AO PODER CENTRAL CF/88

Artigo 198 – Hierarquia no Sistema da Saúde – Descentralização com direção

Única em cada esfera do governo. ( A UNIÃO, ESTADO, MUNICIPIO TEM O

CONTROLE A DIREÇÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NA ÁREA DA SAÚDE,

GERINDO “PER SI”, SEM SE AFASTAR DA NORMA PRINCIPAL ORIENTADORA

CUJOS PRECEITOS ESTÃO ELENCADOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E SÃO

FISCALIZADOS PELO PODER PUBLICO, PELO PARTICULAR SEJA PESSOA

FÍSICA OU JURÍDICA ).

Atendimento integral priorizando as atividades preventivas.

Chama a Comunidade para participar . ( INDEPENDENTE DO GOVERNO SEJA O

FEDERAL, ESTADUAL OU MUNICIPAL TER O PERFIL NOSOLÓGICO DAQUELA

COMUNIDADE, É IMPORTANTE OUVIR A COMUNIDADE, SUAS QUEIXAS SEUS

ANSEIOS, ASSIM COMO TAMBÉM EMPRESTAR A ELA, CURSOS, PALESTRAS

E AÇÕES PREVENTIVAS ).

Artigo 199 – O Governo por sua letargia propositada $$$$$$, permitiu que

funcionários públicos de todos os escalões participassem de grandes fraudes

contra o sistema de saúde, desde o antigo INPS Instituto Nacional de Previdência

Social,órgão público previdenciário federal brasileiro criado em 1966 a partir da

fusão dos Institutos de Aposentadoria e Pensões existentes na época.

DERROCADA & MÁ GESTÃO CULPOSA E DOLOSA –

SURGIMENTO DOS PLANOS DE SAÚDE –

TERCEIRIZAÇÃO.

SONEGAÇÃO DE IMPOSTOS

FRAUDES EM LICITAÇÕES

DESVIOS DE VERBAS

DESLOCAMENTO DE COMPETÊNCIA POR RÚBRICAS

MÁFIA DO JALECO BRANCO ( CIRURGIAS E PROCEDIMENTOS

INEXISTENTES QUE ERAM COBRADOS – APROPRIAÇÃO

INDÉBITA DE MATERIAIS ETC ).

AUMENTO DA POPULAÇÃO.

Foram algumas das pseudo causas, que contribuíram para a

terceirização da obrigação do Governo, transferindo a questão da

SAUDE, para terceiros, donde então vieram os famosos planos de

saúdes, cujos proprietários estão “MILIONÁRIOS” em detrimento de um

POVO HONESTO E TRABALHADOR, QUE SE QUISER TER ACESSO

A SAÚDE, SÓ O TERÁ PAGANDO UM CONVENIO MÉDICO.

MAS O QUE RESTOU ENTÃO PARA O SUS?

PASMEM, PARECE IRÔNICO, MAS MESMO COM O DÉFICIT DE R$

151,9 BILHÕES DE REAIS, O LEGISLADOR PÁTRIO INSISTE EM

MANTER OS TERMOS DO ARTIGO 200 DA CONSTITUIÇÃO

FEDERAL, QUE PERMANECE FIRME E FORTE, ATRIBUNDO AO

SISTEMA ÚNICO DA SAÚDE, AS SEGUINTES FUNÇÕES:

APONTAMENTOS DESTINAÇÃO DE VERBAS SUS.

Apenas 18 Hospitais gerenciados por Oss acumulam um rombo de 147 milhões

de reais.

Nº DE BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ( EXPRESSÃO MONETÁRIA )

Alocação de 33,7 milhões de reais divididos entre “previdenciárias e

acidentárias. ( ATÉ SETEMBRO DE 2017 ).

CÁLCULO MÉDIO FINANCEIRO PROVIDOS E DISPENSADOS.

Média dos benefícios ( 68,8% ) – ref. Salário mínimo destinado por pedido.

MÉDIA ARRECADAÇÃO

NO ANO DE 2016 A ARRECADAÇÃO MÉDIA FOI DE 364 BILHÕES UMA

QUEDA DE 6,4% (2015 ) ACRESÇA EM 2017 MÊS REFERÊNCIA SET.

ARRECADAÇÃO DE 30,1 BILHOES DE REAIS 7% A MAIS DO QUE SET/2016.

PROJEÇÃO APOSENTADORIA 2017

730 BILHÕES.

COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA E DELIBERATIVA

Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras

atribuições, nos termos da lei:

I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de

interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos,

equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;

II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como

as de saúde do trabalhador;

III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;

IV - participar da formulação da política e da execução das ações de

saneamento básico;

V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e

tecnológico e a inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional

nº 85, de 2015)

VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu

teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;

VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda

e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;

VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do

trabalho.

UÉ ?

MAS ESSE NÃO É O MESMO DAQUELE DE 1966 INSTITUIDO PELO DECRETO

LEI 72/11/1966, CUJOS MANDATÁRIOS FIZERAM E CONTINUAM FAZENDO

PARTE DO PROBLEMA “ ROBALHEIRA”?.

ENGRAÇADO NÉ?

QUEM FINANCIA O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE?

A GROSSO MODO, EU E VOCÊ, QUANDO COMPULSÓRIAMENTE SE NOS É

RETIDO/ DESCONTADO DOS NOSSOS VENCIMENTOS O VALOR DO INSS DO

EMPREGADO.

IDÊNTICA OPERAÇÃO OCORRE COM AS EMPRESAS E DIVERSAS

OPERAÇÕES COMERCIAIS.

QUEM REGULA?

O art. 198 em seu parágrafo 1º que assim estabelece:

§ 1º O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com

recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios, além de outras fontes. (Parágrafo único renumerado para

§ 1º pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

A administração das Loterias Federais foi delegada à Caixa

em 1962, quando a União tornou-a responsável por sua

exploração e por repassar ao Governo os valores destinados

aos beneficiários legais, provenientes da arrecadação com a

venda dos produtos lotéricos.

Em 2016, mais de R$ 6,1 bilhões tiveram essa destinação.

Veja como ficou a distribuição:

-A Seguridade Social recebeu R$ 2,1 bilhões para garantir

benefícios previdenciários aos cidadãos;

-- O Fundo Nacional de Saúde (FNS) recebeu mais de R$

8,9 milhões para prover, em caráter supletivo, os programas

de trabalho relacionados com a saúde individual e coletiva

coordenados ou desenvolvidos pelo Ministério da Saúde.

REPASSE

CIDE

Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico relativa às

atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus

derivados, gás natural e seus derivados e álcool – a CIDE-

Combustíveis –

NÃOOOOOOOO

VIDE LEI 10.336/2001

VIDE ARTIGO 159 E 177 DA CF.

QUAIS OS CRITÉRIOS PARA A DISTRIBUIÇÃO DA CIDE-

COMBUSTÍVEIS?

40% proporcionalmente à extensão da malha viária federal e estadual

pavimentada existente em cada UF, conforme estatísticas do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT;

30% proporcionalmente ao consumo de combustíveis de cada UF,

conforme estatísticas da Agência Nacional do Petróleo – ANP;

20% proporcionalmente à população, conforme apurada pela

Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE;

10% distribuídos em parcelas iguais entre as UFs. Já o critério de

repartição entre os Municípios deveria ser estabelecido em lei federal,

de acordo com determinação do art. 159 da Constituição Federal;

enquanto essa lei não é editada, vale o definido pela Lei 10.336/01

CPMF

Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, um imposto

cobrado por todas as movimentações financeiras feitas por pessoas

jurídicas e físicas. Esta cobrança incidia sobre as movimentações

bancárias dos contribuintes e vigorou entre 1996 e 2007.

Passou a vigorar e, 23 de janeiro de 1997 pela lei 9.311/96 extinta

em 23/01/99 substituída pelo IOF até o seu restabelecimento em

17/06/1999.

Alíquotas de contribuição em repasse para a saúde pública = 0,25%,

0,38%, 0,30%, 0,38%.

Extinta em 12/07.

Tentaram ressuscitar em 2008 sob uma nova roupagem CSS =

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA SAÚDE. Não passou.

Em 2010/2011 – Dilma Rousseff tentou renascer a CPMF mas não

conseguiu.

ARRECADAÇÃO DO PERÍODO

A CPMF arrecadou e repassou para a saúde pública 284 Bilhões de

Reais, no período de 1996 até 2007.

E mesmo assim não conseguiu equilibrar o orçamento da saúde

pública.

Por que será né?

Quer a resposta?

O faturamento das operadoras de planos de saúde aumentou

12,8%, para R$ 158,3 bilhões, em 2016. Os custos, por sua vez,

cresceram 14,4% para R$ 125,5 bilhões, segundo dados da

Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O setor encerrou

o ano passado com lucro de R$ 6,2 bilhões, o que representa um

crescimento de 70,6% quando comparado a 2015.

ANS REVELA QUE AS OPERADORAS DE PLANO DE SAÚDE

TIVERAM UM AUMENTO DE 70,6% NO SEU LUCRO LÍQUIDO.

Se a Constituição Federal determina que saúde é um

direito de todos e dever do Estado, garantido mediante

políticas sociais e econômicas que visem à redução do

risco de doença e de outros agravos e ao acesso

universal e igualitário às ações e serviços para sua

promoção, proteção e recuperação. ( artigo 6º da

CF/88).

Então por que terceirizou a sua responsabilidade,

tornando milionários os proprietários destes Convênios

Médicos, Planos de Saúde?

E por que o Legislador banca parte deste convenio, com

seus recursos, em razão das deduções destes planos

no IR, conforme o artigo 43 da Instrução Normativa IN

15/2001?

INDAGAÇÕES OPORTUNAS TERCEIRIZOU A SAÚDE?

POR QUE ?

CORRUPÇÃO ? LENIÊNCIA ? PASSIVIDADE ?

INTERESSE ESCUSO.

CABRESTO.

O legislador Pátrio terceirizou a saúde para os mais poderosos “

Convenios Médicos”, e esses estão dando as cartas na sociedade e

controlando o cabresto do Judiciário, do Legislativo e do Executivo.

Tanto é verdade que o atual Ministro da Saúde, “ um Engenheiro Civil”,

atua dando as cartas com a conivência da ANS para tentar ab-rogar o

Estatuto do Idoso, para permitir os famosos aumentos por faixa etária,

permitido um aumento de 60% a cada 4 anos além dos 20% anuais.

Quem é esse ministro? Qual a sua origem ? FAMILIA QUALICORP que

ficou Bilionária graças a um Decreto que permitiu que a mesma pudesse

intermediar planos de saúde.

Ministro da Saúde = Ricardo Barros.

Se a Constituição trata a saúde com um BEM

JURÍDICO A SER TUTELADO POR ELA, e elenca

todas as obrigações da União, Estado e Município, por

que então Estado, em seu dever de prestação dos

serviços de saúde, muitas vezes se desobriga-se a

disponibilizar o atendimento médico-hospitalar e

odontológico, o fornecimento de todo tipo de

medicamento indicado para o tratamento de saúde,

a realização de exames médicos de qualquer

natureza, o fornecimento de aparelhos dentários,

próteses, óculos, dentre outras

possibilidades????.

Como então o contribuinte beneficiário fará diante de uma

situação de desobediência do órgão à própria Constituição que o

obriga a agir de forma diferente?

REFLITAM SOBRE ISSO

Material exclusivo do Prof. José Jaime do Valle –

PÓS GRADUAÇÃO EM DIREITO MÉDICO

FACULDADE LEGALE .

Atenção Senhores alunos, autorizo a

reprodução, Xerox, re-xerox, zap zap trip-zap.

USE E ABUSE.

CONTATOS –

[email protected]

OM.BR – FONE 011.98755.0412 011 3159.0002.