Upload
others
View
3
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
FACULDADE MERIDIONAL – IMED ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO
Elton Kolzenti
Condomínio Residencial e Comercial
Passo Fundo 2016
Elton Kolzenti
Condomínio Residencial e Comercial
Relatório do Processo Metodológico de Concepção do Projeto Arquitetônico e Urbanístico e Estudo Preliminar do Projeto apresentado na Escola de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Meridional – IMED, como requisito parcial para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I, sob orientação da professora Esp. Camila Ricci.
Passo Fundo 2016
Elton Kolzenti
Condomínio Residencial e Comercial
Banca Examinadora:
Profª. Esp. Camila Ricci – Orientadora
Profª. Me. Renata Postay - Integrante
Passo Fundo 2016
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, que me deu saúde, força e coragem de
lutar, para que pudesse tornar esse momento uma realidade. Agradeço a mim por
acreditar na minha capacidade e que mesmo nos momentos mais difíceis sempre
encontrei um motivo para encarar este desafio.
A Minha mãe Sônia Kolzenti, pelo seu cuidado e dedicação, engrenagem de
sustentação e esperança, motivação para prosseguir. Sempre demonstrou apoio nos
momentos difíceis e emoção nos momentos de vitória, sua presença no decorrer
deste curso significou segurança e certeza de que a vida é mais bonita e mais
serena quando não caminhamos só. Seus ensinamentos serão um legado de paz e
honestidade.
A minha noiva Eloise Bacega por acreditar, apoiar, reprender e aprender
junto. Quando me propus a estudar este assunto você se demonstrou interessada,
seu apoio foi extremamente fundamental, sua ajuda e seu interesse vestiram meu
esforço de beleza e me fizeram sentir recompensado. A você minha eterna gratidão
e amor.
Agradeço a Professora Camila Ricci, que na qualidade de minha orientadora
foi uma grande amiga; pela sua dedicação, acompanhamento e sugestões, sempre
passadas com firmeza, as quais permitiram o aperfeiçoamento e a conclusão deste
trabalho com sucesso.
Ao professor Érico Sperotto que auxiliou na parte estrutural com dicas e ideias
para melhorar a funcionalidade da estrutura. Aos demais professores pelos
ensinamentos que ajudaram para minha formação.
Aos amigos em geral especialmente os ciclistas pelas companhias,
conselhos, apoio, também por compreenderem sempre que foi preciso recusar
eventos, passeios, jantas para ficar em casa fazendo os trabalhos da faculdade.
Enfim, a todos que de uma maneira ou outra contribuíram para esta
conquista, o meu muito OBRIGADO.
Resumo
O desenvolvimento sustentável é o maior desafio do século XXI. A crescente diminuição das áreas verdes, o aumento da temperatura nos centros urbanos, a impermeabilização do solo e a redução das áreas públicas adequadas ao lazer, afeta diretamente a qualidade de vida da população. A poluição é o maior vilão da qualidade de vida das aglomerações humanas. A degradação do meio ambiente provoca uma deterioração desenfreada dessa qualidade, uma vez que boas às condições ambientais são imprescindíveis para a vida, tanto no sentido biológico como no social. Quando o foco é a comodidade e facilidade de deslocamento, os condomínios residenciais/comerciais proporcionam além da redução do tempo gasto com locomoção, uma maior qualidade de vida para o indivíduo, visto que limita o estres causado pelo trânsito. O projeto investe na esfera comunitária e no ambiente natural, incentivando a intercomunicação através de uma rede de espaços verdes compartilhados, busca elevar a qualidade de vida dos cidadãos. O objetivo principal do presente projeto é contribuir para a diminuição do tempo gasto com deslocamento residência-trabalho. O trabalho será realizado na cidade de Passo Fundo/RS, bairro Cidade Nova, em terreno desocupado com facilidade de acesso para a rodovia BR 285. Além de impulsionar o comércio local por ser um loteamento novo, diminuir o percurso de deslocamento de casa até o trabalho, trazer a natureza mais próximo possível da rotina diária, com áreas abertas e terraços com espaços para trabalho e lazer. A localização do projeto é estratégica, sendo Passo Fundo uma das cidades com mais conexões com BR e RS do estado contando com mais de sete acessos no entorno do eixo viário. Uma das principais é a BR 285 que liga para Lagoa Vermelha/Carazinho interligando principais eixos econômicos como São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Montevidéu e o litoral gaúcho e catarinense, entre outras cidades e estados.
Palavras-chave: Arquitetura, Condomínio, Residencial, Comercial, Vegetação.
Abstract
Sustainable development is the biggest challenge of the XXI century. The increasing reduction of green areas, the temperature rise in urban areas, soil sealing and the reduction of public areas suitable leisure, directly affects the quality of life of the population. Pollution is the biggest villain of the quality of life in human settlements. The environmental degradation causes a rampant deterioration of this quality, as good environmental conditions are essential for life, both in the biological sense and the social. When the focus is on convenience and ease of travel, residential / commercial condominiums provide in addition to reducing the time spent on getting a higher quality of life for the individual, since it limits the estres caused by traffic. The project invests in the community sphere and the natural environment by encouraging the intercom via a network of shared green spaces, seeks to elevate the quality of life of citizens. The main objective of this project is to contribute to the reduction of time spent on shift-work residence. Work will be performed in the city of Passo Fundo / RS, New Town neighborhood of vacant land with easy access to the highway BR 285. In addition to boosting local trade to be a new development, lower house of displacement ride to the work, bring as close to nature's daily routine, with open areas and terraces with spaces for business and pleasure. The project location is strategic, and Passo Fundo one of the cities with more connections with BR and RS state with more than seven hits in the vicinity of the road axis. One of the main is the BR 285 that connects to the Lagoa Vermelha/Carazinho linking major economic hubs such as Sao Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Montevideo and Rio Grande do Sul and Santa Catarina coast, among other cities and states. Keywords: Architecture, House, Residential, Commercial, vegetation.
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 – Perscpetiva Bosco Verticale. ............................................................................... 6
Figura 02 – Implantação Bosco Verticale. .............................................................................. 6
Figura 03 – Perscpetiva do Parque Bosco Verticale. ............................................................. 7
Figura 04 – Fachadas Bosco Verticale Estações do ano. ...................................................... 8
Figura 05 – Estudo de manchas Planta Tipo Torre 01. .......................................................... 8
Figura 06 – Fluxograma Torre 01 . ......................................................................................... 8
Figura 07 – Estudo de manchas Planta Tipo Torre 02. .......................................................... 9
Figura 08 – Fluxograma Torre 02........................................................................................... 9
Figura 09 – Forma e Espaço Livro Ching. ............................................................................ 11
Figura 10 – Detalhe Vegetação Bosco Verticale. ................................................................. 12
Figura 11 – Corte Detalhado da Vegetação ......................................................................... 12
Figura 12 – Estrutura, Tecnologia Bosco Verticale. ............................................................. 12
Figura 13 – Perspectiva Criativa e Espaço Economico Dali. ................................................ 13
Figura 14 – Implantação Criativa e Espaço Economico Dali. ............................................... 13
Figura 15 – Perspectiva Externa Dali. .................................................................................. 14
Figura 16 – Percpectiva Topografia. .................................................................................... 14
Figura 17 – Corte Topografia. .............................................................................................. 15
Figura 18 – Estudo de manchas Planta Pavimento 01. ........................................................ 15
Figura 19 – Fluxograma Pavimento 01. ............................................................................... 15
Figura 20 – Estudo de manchas Planta Pavimento 02. ........................................................ 16
Figura 21 – Fluxograma Pavimento 02. ............................................................................... 16
Figura 22 – Estudo de manchas Planta Pavimento 03. ........................................................ 16
Figura 23 – Fluxograma Pavimento 03. ............................................................................... 16
Figura 24 – Estudo de manchas Planta Pavimento 04. ........................................................ 17
Figura 25 – Fluxograma Pavimento 04. ............................................................................... 17
Figura 26 – Diagrama de processos dos acessos. ............................................................... 18
Figura 27 – Forma e Espaço Livro Ching. ............................................................................ 18
Figura 28 –Cortes Criativa Dali. ........................................................................................... 19
Figura 29 – Diagrama de Secão Ambiental. ......................................................................... 20
Figura 30 – Perspectiva Prime Life Garden e Business. ...................................................... 21
Figura 31 – Implantação Prime Life Garden e Business. ..................................................... 21
Figura 32 – Estudo de manchas Planta Pavimento Térreo .................................................. 22
Figura 33 – Fluxograma Pavimento Térreo. ......................................................................... 22
Figura 34 – Estudo de manchas Planta Pavimento Tipo Business....................................... 23
Figura 35 – Fluxograma Pavimento Tipo Business. ............................................................. 23
Figura 36 – Estudo de manchas Pavimento Tipo 01 Prime Life Garden . ............................ 23
v
Figura 37 – Fluxograma Pavimento Tipo 01 Prime Life Garden. .......................................... 23
Figura 38 – Estudo de manchas Pavimento Tipo 02 Prime Life Garden. ............................. 24
Figura 39 – Fluxograma Pavimento Tipo 02 Prime Life Garden. .......................................... 24
Figura 40 – Fachada Prime Life Business. ........................................................................... 25
Figura 41 – Forma e Espaço Livro Ching. ............................................................................ 25
Figura 42 – Forma e Espaço Livro Ching. ............................................................................ 25
Figura 43 – Fachada Prime Life Garden. ............................................................................. 26
Figura 44 – Mapa Brasil e Rio Grande do Sul. ..................................................................... 28
Figura 45 – Mapa de Passo Fundo. ..................................................................................... 28
Figura 46 – Localização Terreno.......................................................................................... 28
Figura 47 – Cheios e Vazios/Positivos e Negativos. ............................................................ 29
Figura 48 – Planta das Vistas do Skyline. ............................................................................ 30
Figura 49 – Skyline Vista A.. ................................................................................................ 30
Figura 50 – Skyline Vista B. ................................................................................................. 30
Figura 51 – Skyline Vista C. ................................................................................................. 30
Figura 52 – Skyline Vista D. ................................................................................................. 30
Figura 53 – Sistema Viário e Mapeamentos do Entorno. ..................................................... 31
Figura 54 – Sistema Viário do Bairro. .................................................................................. 32
Figura 55 – Uso e Ocupação do Solo. ................................................................................. 33
Figura 56 – Gráfico dos Usos. ............................................................................................. 33
Figura 57 – Infraestrutura Urbana. ....................................................................................... 34
Figura 58 – Caida da Chuva. ............................................................................................... 35
Figura 59 – Linhas de Ônibus. ............................................................................................. 35
Figura 60 – Implantação do Terreno. ................................................................................... 36
Figura 61 – Corte AA Terreno. ............................................................................................. 36
Figura 62 – Corte BB Terreno. ............................................................................................. 36
Figura 63 – Insolação e Ventos Dominantes. ....................................................................... 37
Figura 64 – Classificação das Edificações. .......................................................................... 45
Figura 65 – Panorâmica da Avenida. ................................................................................... 49
Figura 66 – Passeio Público. ............................................................................................... 49
Figura 67 – Perspectiva Avenida. ........................................................................................ 49
Figura 68 – Sinalização das Ruas........................................................................................ 50
Figura 69 – Entorno do Terreno. .......................................................................................... 50
Figura 70 – Localização do Bairro. ....................................................................................... 50
Figura 71 – Localização dos Acessos Terreno..................................................................... 50
Figura 72 – Cortes do Terreno. ............................................................................................ 50
Figura 73 – Volumetria de Alturas. ....................................................................................... 51
Figura 74 – Perspectiva Shopping. ...................................................................................... 51
Figura 75 – Organograma Externo Condomínio. .................................................................. 53
Figura 76 – Organograma Centro Comercial. ...................................................................... 53
Figura 77 – Organograma Residencial. ............................................................................... 53
Figura 78 – Fluxograma Externo. ......................................................................................... 54
Figura 79 – Fluxograma Térreo. .......................................................................................... 54
Figura 80 – Fluxograma Comericial Consultórios. ................................................................ 55
Figura 81 – Fluxograma Comericial Escritórios. ................................................................... 55
Figura 82 – Fluxograma Residencial 02 e 03 Dormitórios. ................................................... 56
Figura 83 – Fluxograma Residencial 01 Dormitório. ............................................................ 56
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Estudo de caso 01. Quadro de áreas da Torre 01. ........................................... 09
Tabela 02 – Estudo de caso 01. Quadro de áreas da Torre 02. ........................................... 10
Tabela 03 – Estudo de caso 02. Quadro de áreas da Torre 01. ........................................... 17
Tabela 04 – Estudo de caso 03. Quadro de áreas Prime Life Garden. ................................ 24
Tabela 05 – Estudo de caso 03. Quadro de áreas Prime Life Business. .............................. 25
Tabela 06 – Quadro Comparativo dos Estudo de Casos. .................................................... 27
Tabela 07 – Plano Diretor, Índices Urbanísticos. ................................................................. 38
Tabela 08 – Diretrizes Urbanas, Problemas e Potencialidades. ........................................... 49
Tabela 09 – Programa de Necessidades Externo, Comercial e Residencial. ....................... 52
Tabela 10 – Programa de necessidades para Pré-dimensionamento. ................................. 57
Tabela 11 – Proposta Zoneamento 01. ................................................................................ 62
Tabela 12 – Proposta Zoneamento 02. ................................................................................ 63
Tabela 13 – Proposta Zoneamento 03. ................................................................................ 64
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................................. v
LISTA DE TABELAS .......................................................................................................................... viii
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 1
1.1. JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................... 2
1.2. OBJETIVOS ............................................................................................................................... 3
1.2.1. Objetivo Geral ................................................................................................................... 3 1.2.2. Objetivos Específicos ...................................................................................................... 3
1.3. DELIMITAÇÃO DO TEMA .......................................................................................................... 3
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................................................... 4
2.1. PROGRESSÃO HISTÓRICA ARQUITETÔNICA ...................................................................... 4
2.2. ESTUDOS DE CASOS .............................................................................................................. 5
2.2.1. Ficha Técnica do Projeto 01 ............................................................................................ 6 2.2.1.1 Implatação ................................................................................................................................. 6
2.2.1.2 Função ....................................................................................................................................... 8
2.2.1.3 Dimensão Dos Espaços ..........................................................................................................09
2.2.1.4 Acessibilidade ..........................................................................................................................10
2.2.1.5 Habitabilidade ..........................................................................................................................11
2.2.2.7 Tecnologia ...............................................................................................................................12
2.2.2. Ficha Técnica do Projeto 02 ..........................................................................................13 2.2.2.1 Implatação ...............................................................................................................................13
2.2.2.2 Função .....................................................................................................................................15
2.2.2.3 Dimensão Dos Espaços ..........................................................................................................17
2.2.2.4 Acessibilidade ..........................................................................................................................18
2.2.2.5 Forma ......................................................................................................................................18
2.2.2.6 Habitabilidade ..........................................................................................................................19
2.2.2.7 Tecnologia ...............................................................................................................................20
2.2.3. Ficha Técnica do Projeto 03 ..........................................................................................21 2.2.3.1 Implatação ...............................................................................................................................21
2.2.3.2 Função .....................................................................................................................................22
2.2.3.3 Dimensão Dos Espaços ..........................................................................................................24
2.2.3.4 Forma ......................................................................................................................................25
2.2.3.5 Habitabilidade ..........................................................................................................................26
2.2.3.6 Tecnologia ...............................................................................................................................26
3. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO ...........................................................................28
3.1. DIAGNÓSTICO DA ÁREA ......................................................................................................28
3.2. MAPA NOLLI ............................................................................................................................29
3.3. VISTAS E SKYLINE .................................................................................................................29
3.4. INFRAESTRUTURA: SISTEMA VIÁRIO .................................................................................31
3.5. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ...............................................................................................33
3.6. INFRAESTRUTURA URBANA .................................................................................................34
3.7. TRANSPORTE .........................................................................................................................35
3.8. ÁREA DE IMPLANTAÇÃO .......................................................................................................36
3.8.1. Dimensões, Topografia e Cortes ..................................................................................36
3.9. CONDICIONANTES CLIMÁTICAS ..........................................................................................37
3.10. SÍNTESE DA LESGISLAÇÃO GERAL E ESPECÍFICA DO TEMA .........................................38
3.10.1. Plano Diretor ...................................................................................................................38
3.11. CÓDIGO DE OBRAS ...............................................................................................................41
3.11.1. Os edifícios residenciais deverão ter ...........................................................................41 3.11.2. Partes Comerciais deverão ter .....................................................................................42 3.11.3. Garagens não Comerciais deverão ter ........................................................................42
3.12. NORMATIZAÇÃO ESPECÍFICA ..............................................................................................43
3.12.1. NBR 9050 Acessibilidade a Edificações, Mobiliários, Espaços e Equipamentos Urbanos. .......................................................................................................................................43
3.12.1.1 Sinalização Tátil E Visual No Piso ..........................................................................................44
3.12.1.2 Rotas de Fuga .........................................................................................................................44
3.12.1.3 Rampas ...................................................................................................................................44
3.12.1.4 Circulação Interna ...................................................................................................................44
3.12.1.5 Serviços De Saúde ..................................................................................................................44
3.12.1.6 Piscinas ...................................................................................................................................45
3.13. NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edifícios ....................................................................45
4. CONCEITO E DIRETRIZES DO PROJETO ..................................................................................47
4.1. CONCEITO DA PROPOSTA ...................................................................................................47
4.2. CARTA DE INTENÇÕES .........................................................................................................47
4.3. DIRETRIZES DE PROJETO ....................................................................................................48
4.4. DIRETRIZES URBANAS PROPOSTAS ..................................................................................49
5. PROGRAMA DE NECESSIDADES DO PROJETO ......................................................................52
5.1. ORGANOGRAMA ....................................................................................................................53
5.2. FLUXOGRAMA ........................................................................................................................54
5.3. PRÉ-DIMENSIONAMENTO .....................................................................................................57
5.4. PARTIDO GERAL - ZONEAMENTO .......................................................................................62
6. CONCLUSÕES ...............................................................................................................................65
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................................66
8. APÊNDICES ...................................................................................................................................69
1
1. INTRODUÇÃO
A segunda Revolução Industrial, que transformou a sociedade a partir de
meados do século XIX, se caracterizou pelo novo papel atribuído a ciência de
promover a inovação tecnológica. A mente humana deixou de ser apenas um
elemento de decisão dentro do sistema produtivo e passou a ser a força direta de
produção. Os conhecimentos científicos tornaram-se os principais artifícios de
sustentação e de direção do desenvolvimento tecnológico. As inovações
tecnológicas passaram a ser um elemento crucial em uma economia baseada cada
vez mais no desenvolvimento do conhecimento (LEITE, AWAD, 2012).
Foi partir da revolução industrial que a poluição passou a constituir um
problema para a humanidade. A indústria é a principal responsável pelo lançamento
de poluentes no meio ambiente, a industrialização culminou com a aglomeração
urbana, que já é por si só uma fonte de poluição, pois implica numerosos problemas
ambientais, como o acumulo de lixo, o enorme volume de esgotos e os
congestionamentos de tráfego.
As grandes cidades, que lideraram o progresso da sociedade em suas épocas
de auge, sempre enfrentaram ciclos de decadência e ressurgimento, uma
reinvenção longa e pacata que vêm de medidas sociais e econômicas, muitas vezes
duras, mas necessárias para a reestruturação. Essa reinvenção no século 21, passa
pelos novos indicadores que mostram mais oportunidades em termos de cidades
mais sustentáveis e mais inteligentes, como novas gestões de território, bairros
sustentáveis ou cidades inteiras verdes, diferente do que as que cresceram e
expandiram no século XX (LEITE, AWAD, 2012).
A forma urbana que veio sendo moldada ao longo do tempo atingiu e
modificou vários setores da infraestrutura. E um dos que mais foram atingidos foram
às redes urbanas de arborização. A crescente diminuição das áreas verdes afeta
diretamente a qualidade de vida da população, a temperatura nos centros urbanos, a
impermeabilização do solo a redução das áreas públicas adequadas ao lazer, entre
demais fatores que se interligam com a morfologia urbana (ECKERT, MASCARÓ,
2014).
O desenvolvimento sustentável é o maior desafio do século XXI. Visto que
dois terços da do consumo mundial de energia vem das cidades, 75% dos resíduos
2
são gerados nas cidades e vive-se um processo dramático de esgotamento dos
recursos hídricos e de consumo exagerado de água potável (LEITE, AWAD, 2012).
A poluição é o maior vilão à qualidade de vida das aglomerações humanas. A
degradação do meio ambiente provoca uma deterioração desenfreada dessa
qualidade, pois as condições ambientais são imprescindíveis para a vida, tanto no
sentido biológico como no social. Se a degradação ambiental continuar ao mesmo
ritmo que se verifica hoje, as possibilidades das gerações futuras desenvolverem
estará muito limitada, pois as condições necessárias para que haja vida estarão
comprometidas.
O presente trabalho propõe uma nova tipologia residencial e comercial por
meio da arquitetura. O projeto investe na esfera comunitária e no ambiente natural,
incentivando a intercomunicação através de uma rede de espaços verdes
compartilhados, busca elevar a qualidade de vida dos cidadãos.
Analisando os problemas gerais do planejamento urbano e dos projetos
arquitetônicos que influenciaram diretamente a vida na cidade moderna, com este
trabalho busca-se, identificar e incorporar os atributos de um estilo de vida mais
sustentável, ambientalmente consciente e cívico, reintroduzindo um sentido de
identidade no paradigma urbano moderno.
1.1. JUSTIFICATIVA
A diversidade de ofertas e o fácil acesso ao credito para o mercado imobiliário
permite aos consumidores buscar por maior quantidade no momento de fechar
negócio. Os empreendedores possuem no mínimo dois imóveis, seu lar e seu
ambiente de trabalho, que muitas vezes se encontram distantes um dos outros.
A comodidade e o rápido deslocamento é algo intensamente buscado pelos
compradores de imóveis, e o trânsito é o fator que fomenta essa escolha.
O aumento desordenado populacional das cidades gera uma quantidade
significativa na frota automobilística, causando em horários de pico,
congestionamentos, dificuldade de locomoção, maior risco desenvolvimento em
acidentes e o estresse gerado durante o período dentro do veículo.
Os condomínios comerciais/residenciais proporcionam além da redução do
tempo de locomoção, uma maior qualidade de vida para o indivíduo. Este novo
modelo de edificação projeta inúmeros benefícios aos seus usuários, dentre eles
3
podemos citar, a preservação do meio ambiente através da diminuição de poluição
expelida pelos automóveis, proporciona mais lazer, centralização das necessidades
básicas dos moradores.
1.2. OBJETIVOS
1.2.1. Objetivo Geral
O objetivo principal do presente projeto é propor uma edificação de uso misto:
Residencial e Comercial em Passo Fundo/RS, bairro Cidade Nova, em um terreno
desocupado com facilidade de acesso para o centro da cidade e a rodovia BR 285.
1.2.2. Objetivos Específicos
• Impulsionar o comércio local por ser um loteamento novo.
• Diminuir o trajeto deslocamento de casa até o trabalho.
• Trazer a natureza mais próxima possível da rotina diária, com áreas abertas e
terraços com espaços para trabalho e lazer.
1.3. DELIMITAÇÃO DO TEMA
O projeto beneficia tanto a população empreendedora que deseja associar
moradia ao local de trabalho, com amplo espaço para o trabalho e lazer, como
pessoas mais conservadoras que buscam um espaço para lazer que queiram
somente aproveitar a melhor idade usufruindo o local.
O bairro no qual o projeto será inserido possui aproximadamente 817.000
metros quadrados, divididos em trinta e seis quarteirões. O projeto do loteamento
foi feito de acordo com o plano diretor de Passo Fundo prevendo locais de
ocupação residencial, comercial e mista.
O loteamento abre um novo caminho para se deslocar do centro da cidade
para a UPF ou para chegar a Passo Fundo vindo pela BR 285.
O projeto será realizado em uma área de 32,625 m². As torres serão
direcionadas para o uso residencial, possuindo aproximadamente vinte andares,
cada andar abrigará apartamentos com um, dois e três dormitórios. O primeiro,
segundo e terceiro piso serão destinados para vagas de garagem. O comercial
será direcionado para o comércio varejista, escritórios, consultórios incluindo
lojas de departamentos.
4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo descreve teoricamente estudos de casos selecionados conforme
a semelhança estrutural ou conceitual, a partir da proposta da elaboração de um
projeto para um condomínio residencial e comercial. No decorrer desta escrita serão
abordados assuntos como a historicidade do local e da cidade selecionados para a
possível efetivação deste projeto.
2.1 PROGRESSÃO HISTÓRICA ARQUITETÔNICA
Quando tentamos resgatar o passado da arquitetura atravessamos um abismo
entre o final do século XIX e início século XX, durante o qual a força característica do
estilo arquitetônico para expressar significados definidos desapareceu
completamente. O ecletismo moderno não está mais ideologicamente ativo como no
século XIX. O modernismo e o pós modernismo, são duas faces da mesma moeda,
ambos são essencialmente “modernos” e estão igualmente distantes das atitudes
em relação a história dos séculos passados (COLQUEHOUN, 2004).
Em Berlin foi criado os primeiros conjuntos habitacionais da década de vinte,
sendo na maioria das vezes situados na periferia das cidades, frequentemente
próximo às áreas industriais e atendidas por serviço público. Nesses tipos de
projetos eram pensados como extensões da grande cidade, sendo subúrbio-modelo,
autossuficientes (COLQUEHOUN, 2004).
A segregação foi-se construindo em paradigma da cidade industrial moderna.
Determinada pelas necessidades da economia (umas atividades são antagônicas,
outras têm vantagens de coesão como salientaram foi assumida como modelo pelo
urbanismo funcionalista moderno que tem no zoneamento um dos seus pilares,
tendendo depois a reproduzir-se). Já a homogeneidade das áreas sociais traduzia o
novo papel que o espaço assumiu na identificação das pessoas quando o
industrialismo acelerou a mobilidade social e o reconhecimento do estatuto se
passou a fazer pela posse de bens. A casa e, mais do que isso, os bairros de
residência entram no conjunto de bens que oferecem reconhecimento. A
homogeneidade social dos bairros e a sua defesa dos intrusos podem radicar em
razões culturais e sociais, mas adquire rapidamente uma tradução econômica em
termos de valorização ou desvalorização do solo (SALGUEIRO, 1998).
5
A forma urbana que veio sendo moldada ao longo do tempo atingiu e
modificou vários setores da infraestrutura. E um dos que mais foram atingidos foram
às redes urbanas de arborização. A crescente diminuição das áreas verdes afeta
diretamente a qualidade de vida da população, a temperatura nos centros urbanos, a
impermeabilização do solo a redução das áreas públicas adequadas ao lazer, entre
demais fatores que se interligam com a morfologia urbana (ECKERT, MASCARÓ,
2014).
A poluição ambiental é a maior vilã para à qualidade de vida das
aglomerações humanas. A degradação do meio ambiente provoca uma deterioração
desenfreada dessa qualidade, tornando-se urgente construir sem poluir e mais
importante ainda elaborar projetos que permitam ao ser humano usufruir sem
esgotar os recursos naturais que ainda existem. Aos poucos os seres humanos
começam a se mobilizar pela preservação das condições ambientais que são
necessárias para a vida, tanto forma biológica como social.
Se a degradação ambiental continuar no mesmo ritmo que se verifica hoje, as
gerações futuras estarão sendo prejudicadas, visto que existirá pouca possibilidade
de se desenvolverem, nosso planeta esta perdendo sua natureza, o meio ambiente
está sendo consumido e a vida humana também estará muito limitada, pois as
condições necessárias para que haja vida estarão comprometidas.
2.2. ESTUDOS DE CASOS
Os estudos de casos selecionados são três obras, sendo duas internacionais
e uma nacional, uma em Milão (Bosco Verticale), na China (Criativa e Espaço
Económico Dali) e outra no Brasil na cidade de Passo Fundo (Prime Life). Por ser
uma arquitetura diferenciada faz uso de materiais tecnológicos e acabamentos
diferenciados.
O fragmento a seguir fundamenta a afirmativa acima: “A qualidade do ar
interno afeta a produtividade, a saúde e o conforto dos trabalhadores. A sindrome da
edificação doente inclui uma variedade de sintomas, como irritação nos ouvidos e no
nariz, agravamento das alergias e sintomas de asma, alem de resfriados e doenças
infecciosas mais frequentes.” (Keeler e Burke, 2010, pág 87).
6
2.2.1 Ficha Técnica do Projeto 01
Nome do Projeto 01: Edifício Bosco Verticale,
Arquitetos responsáveis: Stefano Boeri, Gianandrea Barreca e Giovanni La
Varra.
Área do terreno: Não Informado.
Área construída: Torre 01: 18.717 m², Torre 2: 75.782 m²
Local de implantação: Milão, Itália.
2.2.1.1 Implantação
Figura 02: Implantação Bosco Verticale
Fonte: archdaily.com.br. 2016
Figura 01: Perspectiva Bosco Verticale.
Fonte: archdaily.com.br. 2015
7
A (figura 02) ilustra o conceito de implantação relacionada à malha urbana.
Trata-se de um modelo extremamente diferente das outras edificações, pois a
linguagem da arquitetura se harmoniza com a vegetação, tornando-se um atrativo
coo-relacionado com as construções ao seu entorno. Tamanha sua beleza se tornou
um ponto de referência para a cidade, conforme a estação do ano as cores das
plantas variam de acordo com o clima, mudando a tonalidade e alterando a vista do
entorno das edificações (figura 04).
A relação entre os espaços acontece através de vegetação, os amplos
espaços cobertos de vegetação marquem presença e possibilitam sentir rodeado
pela natureza o tempo todo. Visto do interior a vegetação parece adentra-lo e trás a
sensação de estar inserida no ambiente, integrando de forma harmoniosa o interior
e o exterior.
A parte externa das torres é composta por espaços abertos, com caminhos
livres para o deslocamento entre ambos os lados das ruas estreitas, na parte lateral
e nos fundos das torres, foi construído um parque totalmente aberto para o público
utilizar com área de uso infantil, (figura 03). Em frente ao condomínio existe um vazio
urbano dedicado à agricultura urbana.
Figura 03: Perspectiva Bosco Verticale
Fonte: Google Street View. 2015
8
2.2.1.2 Função
O acesso principal da torre 01 (figura 05) é demarcado por uma entrada
simples sem muita marcação. O nível térreo é cercado por estrutura de vidro dando
um aspecto de leveza na fachada. Na torre 02 (figura 06) o acesso localiza-se nos
fundos da edificação, oferecendo maior privacidade aos usuários, uma vez que a
edificação esta totalmente alinhada com a rua e o entorno do terreno é aberto.
Figura 05: Planta Tipo Torre 01
Fonte: archdaily.com.br. 2015, Adaptado.
Figura 04: Fachadas Bosco Verticale Estações do ano
Fonte: archdaily.com.br. 2016
Figura 06: Fluxograma Torre 01.
Fonte: Autor, 2016.
9
2.2.1.3 DIMENSÃO DOS ESPAÇOS
Tabela 01. Quadro de áreas da Torre 01.
Setor Nome do compartimento
Dimensões
Área útil em m²
Mobiliário existente (quando possível de ser indicado)
Social
Sala de Estar/ Sacada, Circulação
_ 270 m² Sofás, mesa 8
lugares, TV, lareira, Escritório e Poltrona
Serviço
Cozinha/ Área de Serviço
_ 55 m²
Pia, Geladeira, Fogão, Armários, Bancada 3 lug, Máq. de roupas, Tanque e Armário.
Intimo Quartos _ 170 m²
Camas, Roupeiros, Mesa para estudos.
Público Circulação/Serviço _ 80,00 m²
Cadeiras, Mesa, Copa, Lavabo, Armários.
Sub Total do Setor _ 575 m²
Área Total 18.717 m²
Fonte: Autor, 2016.
Figura 07: Planta Tipo Torre 02
Fonte: archdaily.com.br. 2015, Adaptado.
Figura 08: Fluxograma Torre 02.
Fonte: Autor, 2016.
10
Tabela 02. Quadro de áreas da Torre 02.
Setor Nome do compartimento
Dimensões
Área útil em m²
Mobiliário existente (quando possível de ser indicado)
Social
Salas de Estar, Sacadas, Circulação
_ 220 m² Sofás, mesa 8
lugares, TV, lareira, Escritório e Poltrona
Serviço Cozinhas/
Área Serviço _ 115 m²
Pia, Geladeira, Fogão, Armários, Bancada 3 lug, Máq de roupas, Tanque.
Intimo Quartos/Banheiros
_ 195 m² Camas, Roupeiros, Mesa para estudos.
Público Auditório/ Circulação/Sacada
_ 215 m² Cadeiras, Mesa, Copa, Lavabo, Armários.
Sub Total do Setor
_ 745 m²
Área Total 75.782 m²
Fonte : Autor, 2016.
2.2.1.4 Acessibilidade
Por se tratar de um terreno totalmente plano, e o parque contornar as torres,
os acessos ficaram em nível do térreo, sem precisar de rampas para o deslocamento
ou acesso dos edifícios. A torre 01 possui dois elevadores de uso público e um
monta-carga para uso geral, todos com acessibilidade para cadeirantes (Figura 06).
Na torre 02 existem duas escadas, uma de frente para outra dando uma
passagem central para um corredor que dá acesso aos dois elevadores, com a
finalidade de incentivar o uso de escadas para deslocamento entre os andares.
Os acessos em geral são separados, na parte do estacionamento que se
localiza no subsolo possui uma rampa destinada somente para uso veículos.
O projeto apresenta a organização dos espaços e plantas baixas de forma
aglomerada, por se tratar de um conjunto de apartamentos alinhados formando um
retângulo, com sacadas irregulares (Figura 09).
11
Possui volume central totalmente regular e aglomerado com balanços de
sacadas irregulares. A obra é marcada pelas sacadas com vegetação e peles de
vidro.
A marcação de acesso é sem hierarquia, o arquiteto fez parecer não existir
entradas nas torres, por ser um ambiente totalmente aberto, de livre circulação
pública, gerando uma entrada mais privada.
2.2.1.5 Habitabilidade
A técnica utilizada nas torres foi o uso das vegetações, denominada de
florestas verticais, com mais de onze mil tipos de plantas (perenes e rasteiras) e com
cinco mil arbustos (Figura 10).
Este conceito arquitetônico substituiu materiais tradicionais na construção e
criou um microclima para a filtragem da luz solar, dispersando o uso de tecnologias
para o ambiente, além de contribuir para a sustentabilidade (Figura 11).
O uso desse sistema de floresta vertical culminou no aumentando da
biodiversidade, visto que várias plantas e pássaros criaram um ecossistema urbano,
contribuindo para a reprodução da flora e da fauna local.
As plantas ajudaram a produzir um microclima e filtrar partículas
contaminadas. O tamanho do espaço cultivado e as diversas espécies de plantas
desenvolveram um microclima capaz de gerar umidade e absorver dióxido de
carbono (CO2) entre outros elementos poluidores. Por outro lado, contribuem com a
diminuição poluição sonora, radiação solar e ainda aumentam a produção e
melhoram a qualidade do oxigênio (Figura 10).
Figura 09: Forma e Espaço Fonte: Livro CHING, 2002.
“Podem ter seus volumes interseccionados e
fundir-se em uma única forma com uma
variedade de faces.” (CHING, 2002, pág 60).
12
2.2.1.6 Tecnologia
O sistema estrutural utilizado é concreto armado. O fechamento do térreo é
com pele de vidro, trazendo um aspecto de leveza ao edifício por estar alinhado ao
limite da rua (figura 12).
A partir do segundo pavimento o material de acabamento utilizado, foram
placas modulares. A fachada foi decorada com painéis de vegetação ao invés de
materiais tradicionais.
O sistema de irrigação das plantas é através de captação da água da chuva,
variando de cada pavimento e dependendo de cada fachada.Com este sistema de
reaproveitamento da agua da chuva, limita-se o desperdício deste recurso natural.
Figura 10: Detalhe Vegetação
Fonte: archdaily.com.br, 2015.
Figura 11: Corte Vegetação
Fonte: archdaily.com.br, 2012.
Figura 12: Estrutura, Tecnologia. Fonte: archdaily.com.br. 2012.
13
2.2.2 Ficha Técnica do Projeto 02
Nome do Projeto 02: Criativa e Espaço Econômico Dali.
Arquiteto responsável: PWD Arquitetura.
Área do terreno: 53.000 m².
Área construída: 25.000 m².
Local de implantação: Dali, Yunnan, China.
2.2.2.1 Implantação
Figura 13: Perspectiva Criativa e Espaço Económico
Fonte: archdaily.com.br. 2015
Figura 14: Implantação Criativa e Espaço Económico
Fonte: aasarchitecture.com. 2015.
14
Há um grande espaço de exposição ligado a espaços de escritórios, o novo
modelo incluiu um hotel, centro de conferências, restaurante, estacionamento e
transporte e algumas outras comodidades. Estes variados espaços foram
organizados em torno de uma área paisagística, situada ao nível do solo,
combinando as características existentes do terreno com o projeto da paisagem
conforme mostra na (Figura 15).
Próximo a esses edifícios existe um hotel de bem-estar e spa com vistas
panorâmicas sobre a paisagem. A fase construtiva posterior, o Belvedere incluirá
edifícios com estilos comerciais, disponibilizados para as pequenas empresas. O
local do empreendimento é próximo das históricas portas da cidade de Dali; sua
altura total foi mantida ao máximo, reduzindo o impacto visual em um local tão
proeminente dentro da cidade (Figura 16).
Figura 15 Perspectiva
Fonte: aasarchitecture.com. 2015.
Figura 16 Perspectiva Topografia
Fonte: aasarchitecture.com. 2015.
15
As etapas da construção foram de acordo com a mudança natural em níveis,
oferecendo o melhor uso das generosas vistas sobre as encostas Yunnan e
minimizando interrupções de paisagem. A massa do edifício Splays se destaca na
paisagem, alternando espaços interiores e espaços verdes, criando pátios facilmente
acessíveis e terraços com sombra para serem desfrutados pelos usuários e
visitantes (Figura 17).
2.2.2.2 Função
Figura 17 Corte Topografia Fonte: aasarchitecture.com. 2015.
Figura 18: Planta Pavimento 01
Fonte: aasarchitecture.com. 2015, Adaptado.
Figura 19: Fluxograma Pav 01
Fonte: Autor, 2016.
16
Figura 20: Planta Pavimento 02
Fonte: aasarchitecture.com. 2015, Adaptado.
Figura 22: Planta Pavimento 03
Fonte: aasarchitecture.com. 2015, Adaptado.
Figura 23: Fluxograma Pav 03
Fonte: Autor, 2016.
Figura 21: Fluxograma Pav 02
Fonte: Autor, 2016.
17
2.2.2.3 Dimensão dos espaços
Tabela 03. Quadro de áreas da Torre 01.
Setor Nome do compartimento
Dimensões
Área útil em m²
Mobiliário existente
Social Salas de estar, lazer,
áreas de convívios. 410 m²
Sofás, Mesas, Cadeiras, Bancadas
Serviço
Copa/ Área de Serviço/ Depósitos
155 m² Pia, Armários, Bancada, Tanque, Máquinas.
Privado
Salas, Escritórios 255 m² Mesas, Cadeiras, Armários, Poltronas.
Público
Áreas abertas, Praças de alimentação.
325 m² Mesas, Cadeiras, Bancos, Sofás, Esculturas.
Estacionamento
Garagem, Vagas abertas, Espaços para veículos.
430 m²
Circulação
Corredores, Escadas Elevadores,
265 m²
Sub Total do Setor 2415 m²
Área Total
25.000 m²
Fonte: Autor, 2016
Figura 25: Fluxograma Pav 04
Fonte: Autor, 2016.
Figura 24: Planta Pavimento 04
Fonte: aasarchitecture.com. 2015, Adaptado.
18
2.2.2.4 Acessibilidade
A acessibilidade foi adequada em maior parte do projeto, por se tratar de um
terreno totalmente inclinado, sendo assim os acessos ficaram através de rampas e
escadarias contornando toda a topografia (Figura 26).
Contudo os acessos internos são a partir de escadas e elevadores, com
espaços abertos e pé direito duplo com mezaninos as escadas são integradas para
a paisagem local.
.
2.2.2.5 Forma
Os Volumes são lineares, (Figura 27) colocados em ângulos sobrepostos um
em cima do outro. A marcação de acesso é com uma hierarquia de caminhos
levando diretamente para as entradas principais. O arquiteto fez parecer existir
Figura 26: Diagrama de processos
Fonte: aasarchitecture.com. 2015.
Figura 27: Forma e Espaço Fonte: Livro CHING. 2002.
“Uma forma Linear pode dar frente para um espaço
exterior, definir uma aresta dele ou definir um plano
de entrada nos espaços que estão atrás desta.”
(CHING,2002, pág 60)
19
entrada continua, por ser um ambiente totalmente com ritmo de repetição em vidro,
de livre circulação pública, gerando um acesso mais livre e sem limitação.
A composição arquitetônica empregada valoriza o equilíbrio com a topografia
e o entorno do projeto, ocupada de maneira harmônica com blocos acompanhando o
nível do terreno, proporcionando maior aproveitamento do espaço, como terraços,
iluminação natural, ventilação cruzada, uso de espaços verdes com uma cascata
passando pelo local.
O equilíbrio entre os elementos é dado pelo balanço dos terraços sobre outros
blocos, (Figura 28) gerando assim uma forma de colocação irregular com simetria
aplicada na distribuição das plantas.
2.2.2.6 Habitabilidade
O objetivo da PWD foi criar um complexo que promovesse a beleza natural da
região. Assim, os arquitetos desenharam uma secção que vai otimizar a luz do dia e
as condições de ventilação e com efeito maximizar a vista para a paisagem (Figura
29).
Os dois edifícios estão distribuídos em forma de zigzag, com um espaço verde
no centro. Os espaços públicos são integrados por espaços de terraços verdes ao ar
livre.
Figura 28: Cortes
Fonte: aasarchitecture.com. 2015.
20
Este local, denominado de Dali Creative Área, terá espaços para área de
exposições, salas destinadas para mídia, vários escritórios, salas, restaurantes, um
centro de conferências, hotel e um SPA.
2.2.2.7 Tecnologia
Os edifícios são envidraçados e construídos com um sistema de barras
empilhadas. A modulação estrutural em formato de malha, para melhor distribuir os
balanços e vãos livres.
As fachadas receberam tratamento de materiais como alumínio e madeira,
para não afetar a paisagem envolvente, para minimizar ao máximo a alteração do
cenário natural, os edifícios reduziram o número de andares previstos, para coincidir
com a topografia natural do local.
Este empreendimento será criado em harmonia com a paisagem: os edifícios
terão telhados verdes e arquitetura moderna, entrando nos exuberantes subúrbios
da província montanhosa de Yunnan.
A obra é marcada pelas peles vidro e grandes terraços com vistas para o lago
que contorna a cidade de Dali.
Figura 29: Diagrama de Seção Ambiental
Fonte: aasarchitecture.com. 2015.
21
2.2.3 Ficha Técnica do Projeto 03
Nome do Projeto 03: Prime Life
Arquitetos responsáveis: MML Arquitetura e Engenharia.
Área do terreno: 2328,83 m²
Área construída: Garden: 9.930,98 m², Business: 5174,95 m².
Local de implantação: Passo Fundo, Rio Grande Do Sul, Brasil.
2.2.3.1 Implantação
A implantação está localizada em uma área central da cidade de Passo
Fundo, conforme figura 31, com sua frente voltada para a Avenida Brasil, está área é
servida por ciclovia que garante aos moradores aproveitar o conforto e segurança do
sistema de transporte sustentável.
Figura 30: Perspectiva Prime Life Garden e Business.
Fonte: sejaprimelife.com.br, 2015.
Figura 31: Implantação Prime Life Garden e Business.
Fonte: sejaprimelife.com.br, 2015.
22
O Prime Life terá bikesharing (bicicletário compartilhado) exclusivo para os
moradores, também fica próximo de dois principais hospitais HSVP (Hospital São
Vicente de Paula) e o IOT.
Poucas quadras do Prime Life se encontra o Bella Città Shopping Center, com
diversas opções de lazer, comércio, estacionamento e hotel. Além de contar com
quatro instituições de ensino próximas, a Praça Tamandaré é um marco referencial e
histórico do entorno, assim, como a Igreja Nossa Senhora da Conceição.
O Prime Life Garden possui dois pavimentos de áreas de uso comum, o
acesso à torre residencial conta com pátio privado e acesso dos veículos pelo port-
cochère, dando mais proteção e segurança aos moradores com guarita na entrada.
Dispõe de diversos espaços de uso público como: prime hall, bike parking, smart
laundry, multi space, piscina com aquecimento, academia com vestiário, espaço
goumet e mirador na cobertura oferecendo o privilégio do visual da cidade.
2.2.3.2 Função
Figura 32: Implantação Prime Life Garden
Fonte: sejaprimelife.com.br, 2015. Adaptado.
Figura 33: Fluxograma Térreo Garden
Fonte: Autor, 2016.
23
Figura 34: Planta Tipo Business
Fonte: sejaprimelife.com.br, 2015. Adaptado.
Figura 36: Planta tipo Prime Life Garden (01 dormitório)
Fonte: sejaprimelife.com.br, 2015. Adaptado.
Figura 35: Fluxograma Business Fonte: Autor, 2016.
Figura 37: Fluxograma Garden Aptos 01 dormitório
Fonte: Autor, 2016.
24
Dimensão dos espaços
2.2.3.3 Dimensão dos Espaços
Tabela 04. Quadro de áreas Prime Life Garden.
Setor Nome do compartimento
Dimensões
Área útil em m²
Mobiliário existente
Social Sala de Estar/ Sacada, Circulação
- 220 m² Sofás, mesa 4 lugares, TV, Escritório e Poltrona
Serviço Cozinha/Á Serviço - 105m²
Pia, Geladeira, Fogão, Armários
Intimo Quartos - 160 m²
Camas, Roupeiros, Mesa para estudos.
Público Circulação/Serviço - 95 m²
Cadeiras, Mesa, Copa, Lavabo, Armários.
Sub Total do Setor 580 m²
Área Total 9.930 m²
Tabela 05. Quadro de áreas Prime Life Business.
Figura 38: Planta tipo Prime Life Garden (02 dormitórios)
Fonte: sejaprimelife.com.br, 2015, Adaptado.
Figura 39: Fluxograma Garden Aptos 02 dormitórios
Fonte: Autor, 2016.
Fonte: Autor, 2016.
25
Setor Nome do compartimento
Dimensões
Área útil em m²
Mobiliário existente
Social Salas de estar, lazer, áreas de convívios.
60 m² Sofás, Mesas,
Cadeiras, Bancadas
Serviço Copa/Serviço/Depósito 20 m²
Pia, Bancada, Máquinas. Armários
Privado Salas, Escritórios. 70 m²
Mesas, Cadeiras, Armários, Poltronas.
Circulação Elevadores, Escadas 50 m²
Sub Total do Setor 200 m²
Área Total 5175 m²
O Prime Life é totalmente acessível, conforme figura 40, por estar em um
terreno com topografia baixa, foram usadas rampas com baixa inclinação e
elevadores para acesso aos demais andares. Os acessos para veículos no subsolo
com conexão direta com a rua é realizado através de rampas.
2.2.3.4 Forma
Figura 41: Forma e Espaço Fonte: Livro CHING. 2002.
Figura 42: Forma e Espaço Fonte: Livro CHING. 2002.
Figura 40: Fachada Prime Life Business
Fonte: sejaprimelife.com.br, 2015.
Fonte: Autor, 2016.
26
A base geográfica da composição arquitetônica é uma mistura de linear com
aglomerado. O volume da torre Business está totalmente simétrico, já o Garden
possui uma base maior e linear, a partir de uma altura são duas opções de plantas
gerando um detalhe na fachada (Figura 41).
A marcação de acesso é feita com uma hierarquia de caminho levando
diretamente para a entrada principal passando por um jardim e o espaço de port-
cochère (Figura 42).
2.2.3.5 Habitabilidade
A técnica utilizada nas torres foi o uso de base maior e recuo nas laterais,
para melhor iluminação natural, ventilação e acústica sobre os prédios (Figura 43).
2.2.3.6 Tecnologia
O sistema estrutural utilizado é concreto armado. O fechamento do térreo é
somente para entrada com espaços de serviços e circulação.
A partir do terraço foi feita uma área de lazer. A fachada utiliza um painel
metálico, e aberturas de vidro.
Figura 43: Fachada Prime Life Garden
Fonte: sejaprimelife.com.br, 2015.
27
Tabela 06. Quadro comparativo dos estudos de casos.
Questões Estudo 01 Estudo 02 Estudo 03
Como é a relação da implantação do projeto com a malha urbana?
Implantação de livre acesso do publico.
Implantação relacionada através da topografia.
Implantação totalmente privada e na parte comercial livre acesso.
Questões Estudo 01 Estudo 02 Estudo 03
Como são os espaços abertos em relação à malha urbana?
Espaços com calçadão e parque com vegetação.
Espaços integrados com o projeto pelos níveis de cada andar.
Espaços privados de áreas verdes nas entradas das torres.
Quais setores são comuns entre os estudos analisados?
Setores de terraços e áreas verdes.
Setores com vegetação integrando o ambiente.
Somente Setor de lazer destinado em um terraço.
Programa de necessidades, quais os compartimentos os estudos tem em comum?
Apartamentos pequenos 1 e 2 dormitórios
Salas Comerciais, Espaços livre de uso Publico.
Apartamentos pequenos 1 e 2 dormitórios e salas comerciais.
Como acontece a organização das plantas? (Ching)
Forma aglomerada
Forma Linear Forma mista, Linear e aglomerada
Como é a composição das fachadas?
Fechamento em placas, vegetação.
Estrutura metálica e pele de vidro
Fechamento em alvenaria, placas modulares e painéis.
Marcação de acesso, como foi obtida?
Marcação através de simples porta.
Diversas portas de vidro com vários acessos.
Único acesso por entrada principal.
Habitabilidade, foi utilizada alguma técnica para tornar a edificação habitável?
Uso de Vegetação nas sacadas.
Terraços amplos com visual atrativo.
Recuo das edificações laterais, por ser em área central da cidade.
Qual o sistema estrutural? Qual a Modulação Estrutural?
Concreto armado, modulação em malha.
Concreto armado, modulação em malha.
Concreto armado, modulação de acordo o projeto.
Fonte: Autor, 2016.
28
3. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO
Passo Fundo é um município localizado na região sul do Brasil, no interior do
Estado do Rio Grande do Sul. É a maior cidade do Norte do Estado, com população
estimada em 196.739 habitantes, com área aproximada de 759,40 km² e uma
densidade demográfica de 223 habitantes por km², de acordo com estimativa do
IBGE. Possui uma vasta quantidade de edifícios, sendo uma das cidades mais
densas do Estado. O PIB do município, em 2012, foi de R$ 6.275.589,33 e a renda
per capita, de R$ 33.506,00. As economias do município são de setores da
agricultura, saúde, comércio e educação, tanto de escolas particulares como
Universidades e Faculdades. A cidade é conhecida como a "Capital do Planalto
Médio", "Capital Nacional da Literatura", "Lugar de ser Feliz" e "Capital do Norte".
3.1 DIAGNÓSTICOS DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO
Contextualização Regional
O local escolhido para implantação da proposta de projeto está situado no
bairro, Cidade Nova, (Figura 46) espaço urbano criado há pouco tempo próximo ao
centro da cidade, fazendo frente para BR 285, uma das principais vias que cortam a
região.
O terreno encontra-se na rua Atílio Giaretta, esquina com avenida DR. Álvaro
Severo de Miranda que faz conectividade direta com a BR 285, entre a Avenida
Thadeu Annoni Nedeff e a Travessa Celso Ribeiro que faz ligação com as outras
ruas e outro bairro.
Figura 44: Mapa Brasil e Rio Grande do Sul
Fonte: Google. 2016.
Figura 45: Mapa de Passo Fundo.
Fonte: Google. 2016.
Figura 46: Localização Terreno.
Fonte: Google Earth, Adaptado. 2016.
29
3.2 MAPA NOLLI
Nessa etapa, o levantamento das edificações é apresentado em um mapa de
cheios e vazios, positivo e negativo do entorno da área de intervenção para
realização do projeto, foram pesquisados dados sobre uso do solo, volumetria do
entorno, parcelamento e a localização de uma sanga que passa próximo do bairro.
A figura 47, apresenta a atual situação de ocupação e os espaços vazios.
3.3 VISTAS E SKYLINE
O terreno escolhido tem um declive acidentado de vinte e dois metros voltado
para esquina Avenida Thadeu Annoni Nedeff com a Travessa Celso Ribeiro, com
visuais voltadas para maior parte acompanhando a topografia e os lotes no entorno,
com poucas edificações vizinhas. Apresentando a orientação do local conforme as
vistas do entorno de acordo com a figura 48.
Figura 47: Cheios e Vazios/Positivo e Negativo.
Fonte: Autor, 2016.
30
Figura 49: Vista A
Fonte: Autor, 2016.
Figura 50: Vista B Fonte: Autor, 2016.
Figura 51: Vista C
Fonte: Autor, 2016.
Figura 52: Vista D
Fonte: Autor, 2016.
Figura 48: Planta das Vistas. Fonte: Autor, 2016.
31
3.4 INFRAESTRUTURA: SISTEMA VIÁRIO
Passo Fundo é uma das cidades do estado com mais ligações com RS e BR,
contando com mais de sete acessos no entorno do eixo viário. Uma das principais é
a BR 285 que liga Lagoa Vermelha/Carazinho interligando principais eixos
econômicos como: São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Montevidéu e
pincipalmente o litoral gaúcho e o catarinense, entre outras cidades e estados,
conforme figura 53.
A BR 153 faz conexão com Erechim por estrada de chão e liga a outros
estados do Brasil, assim, como a RS 135 que se conecta em Erechim com a BR
153, além de vários municípios da região que usam essas estradas para
deslocamento. Dando continuidade a partir de Passo Fundo a RS 153 que faz
ligação com Soledade e a capital do estado, Porto Alegre.
Outra rota importante é a RS 324, fazendo ligação coma cidade de Marau,
Bento Gonçalves, Caxias do Sul e Porto Alegre, rota utilizada para o turismo da
região da serra gaúcha. Outro lado da RS 324 faz conexão com Pontão/Ronda Alta
e toda região Noroeste do estado.
Figura 53: Sistema Viário e Mapeamentos do Entorno
Fonte: Prefeitura de Passo Fundo, Adaptado. 2016.
32
O sistema do entorno é composto de vias por duplo sentido de tráfego, com
ruas estreitas, largas e com canteiro central. Por ser um loteamento novo, todas as
ruas são de composição asfáltica. A sinalização para pedestres é somente marcada
na avenida principal que faz conexão com a BR 285 e o centro da cidade, a qual
possui fluxo constante de veículos, diferente das outras ruas que contém pouco
trânsito.
Os cruzamentos na avenida são todos conflitantes por se tratar de uma via
arterial, em outras ruas somente onde acontece o encontro das vias coletoras com
as locais conforme mostra a figura 54.
Figura 54: Sistema Viário.
Fonte: Autor, 2016.
33
3.5 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Conforme a análise feita no entorno do terreno o uso do solo é bastante
variado, predominando maior parte por residências unifamiliares de um a três
pavimentos de padrão médio/alto. Outra observação relevante (figura 55) é a
quantidade de espaços vazios, por se tratar de um loteamento novo em fase de
desenvolvimento, há muitas edificações em construção, com pouco comércio e
serviço local.
De acordo com o estudo feito no entorno (figura 56) a ocupação de 67% é de
uso residencial unifamiliar comparando com somente 3% de residencial vertical.
Outra parte que predominante são as construções com 18% em geral, ao total do
loteamento.
67%
1%
1%
3% 7%
18%
1% 1% 1% Unifamiliar
M Familiar Horizontal
M Familiar Vertical
Serviço
Comércio
Em construção
Praça
Educação
Templo
Figura 55: Uso e Ocupação do Solo
Fonte: Autor, 2016.
Figura 56: Gráficos dos Usos
Fonte: Autor, 2016.
34
3.6 INFRAESTRUTURA URBANA
No loteamento em geral não existe vegetação de grande porte, somente
árvores plantadas recentemente de pequeno e médio porte. Estas foram distribuídas
de forma linear nos passeios e canteiros centrais. A infraestrutura é servida de rede
de água, pluvial, cloacal, eletricidade trifásica e telefônica, conforme figura 57.
A rede de água abastece todos os lotes de acordo com o sistema
convencional.
A rede pluvial existe na maior parte do bairro, contudo em algumas ruas
existem poucos pontos de captação (bocas de lobo), evidenciando a necessidade de
mais pontos, conforme figura 58 apresenta o fluxo de caída da chuva no terreno.
O sistema da rede cloacal é feito através de coleta e destinado a uma
subestação, que transmite para uma estação de tratamento da Corsan.
Rede de energia convencional através de postes instalados nas ruas e
distribuindo para os lotes.
Figura 57: Infraestrutura Urbana
Fonte: Autor, 2016.
35
3.7 TRANSPORTE
O bairro Cidade Nova ainda não tem linhas de transporte público, nem pontos
de taxi, devido ao local ser novo e de baixo índice de moradores. As linhas mais
próximas que passam são dos bairros Vera Cruz, Vila Fatima e Annes, de acordo
com a figura 59.
Figura 59: Linhas de Ônibus
Fonte: Coleurb, 2016, Adaptado.
Figura 58: Caída da Chuva
Fonte: Autor, 2016.
36
3.8 ÁREA DE IMPLANTAÇÃO
3.8.1 Dimensões, Topografia e Cortes.
O terreno escolhido possui uma área total de 32,625 m², tendo um formato
retangular com medidas para rua Trav. Celso Ribeiro e rua Atílio Giaretta de 225
metros, as testadas menores fazem frente com as Avenidas, e possuem 145 metros,
conforme na figura 60. Sua topografia tem um desnível de 22 m para a esquina da
rua Trav. Celso Ribeiro com a Avenida Thadeu Annoni Nedeff.
Figura 60: Implantação
Fonte: Autor, 2016.
Figura 61: Corte AA
Fonte: Autor, 2016.
Figura 62: Corte BB
Fonte: Autor, 2016.
37
3.9 CONDICIONANTES CLIMÁTICAS
O Municipio pela classificação de Köppen, Passo Fundo (28º15´ S, 52º 24´´ W
e 687 m de altitude) está localizada na Zona Climática fundamental temperada (C),
apresentando clima do tipo fundamental úmido (f) e variedade específica subtropical
(Cfa).
Desse modo, o clima local é descrito como subtropical úmido (Cfa), com
chuva bem distribuída durante o ano e temperatura média do mês mais quente
superior a 22 ºC. Em sequência, são apresentadas as normais climatológicas, do
período 1961-1990, estabelecido como padrão internacional pela Organização
Meteorológica Mundial (OMM).
Disponível em:
http://www.cnpt.embrapa.br/pesquisa/agromet/pdf/Clima_de_Passo_Fundo.pdf.
Figura 63: Insolação e ventos dominantes
Fonte: Autor, 2016.
38
3.10 SÍNTESES DA LEGISLAÇÃO GERAL E ESPECÍFICA DO TEMA
3.10.1 Plano Diretor
Conforme o PDDI de Passo Fundo, capítulo IV, artigo 100 do Plano Diretor o
terreno encontra-se na Zona de Transição, com os seguintes Índices Urbanísticos:
TO (Taxa de Ocupação) de 60% e CA (Coeficiente de Aproveitamento) de 2,8,
indicados na tabela 1.
Observação: No TO (Taxa de Ocupação) não serão computados para a
definição da área de projeção máxima da edificação as floreiras. A área máxima
edificável computará a totalidade da área real construída, exceto: Terraços
destinados exclusivamente ao uso comum, garagens e estacionamentos, áreas
destinadas exclusivamente ao uso comum, situados em pavimentos caracterizados
como subsolo, térreo e superiores, estabelecidos dentro da altura máxima de 10
metros, contados a partir da soleira de entrada do prédio até a laje de forro do último
pavimento e casa de máquinas e reservatório superior quando a área destes, em
projeção, não ultrapassar 15% da área do último pavimento.
Tabela 07. Índices Urbanísticos
ZONA TO CA CID LM
ZT (Zona de Transição) 60% 2.8 15 m² 300 m²
Área do Terreno: 32.625 m²
TO Permitido para o Terreno 19.575 m²
TO Projeto 9,000 m²
CA Permitido para o Terreno 91.350 m²
CA Projeto 61,190 m²
O empreendimento se enquadra nos usos:
R.3 – Residencial Multifamiliar Vertical: Edificação ou conjunto de edificações
verticais que agrupam várias economias residenciais em um mesmo lote ou gleba,
submetidas às exigências quanto à cota ideal por dormitório (CID).
CS. 18 – Serviços Profissionais: Escritórios diversos, Serviços de profissionais
Fonte: Autor, 2016.
Fonte: Prefeitura de Passo Fundo, Plano Diretor. 2016.
39
liberais e autônomos. Estabelecimentos de prestação de serviços profissionais
autônomos ou liberais.
CS.27 – Serviços Médicos: Clínicas Especializadas Médicas, Odontológicas
de Psicologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia. Estabelecimentos de prestação de
serviços de saúde, caracterizados pela permanência apenas eventual de pacientes.
Sendo todos os setores caracterizados dentro da zona C (Conformes) e na Zona ZT
(Zona de Transição).
Na área contida no recuo frontal poderão ser aprovadas e licenciadas
guaridas, obras de paisagismo, escadas, rampas de acesso, central de gás,
compartimento fechado de armazenamento de lixo e medidor de água. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 251/2010)
Na área contida no recuo frontal, poderá ser aprovada e licenciada área para
estacionamento não privativo, para as atividades de comércio e serviços, desde que
o rebaixamento de meio-fio não ultrapasse 50% da testada do lote e o recuo frontal
mínimo de 5m. (Redação acrescida pela Lei Complementar n° 299/2012).
Recuos são afastamentos entre as edificações e os limites do lote onde estas
estiverem inseridas, destinados à qualificação do ambiente urbano, em especial a
ventilação e a iluminação natural. Para os efeitos da Lei serão considerados os
seguintes recuos:
Frontais: Mínimo 4,00 m.
Recuos laterais e de fundos serão calculados pela fórmula: R = N x 0,15 + 2
(sendo: N = H/2,8, onde: H = altura total da edificação e 2,8 = pé-direito de
referência (constante).
Na Zona de Transição (ZT), Zona de Ocupação Extensiva (ZE), Eixos
Indutores (EI), Zona Residencial Dois (ZPR2), Zona de Produção Urbana (ZPU),
Zona Industrial (ZI) e Zona de Ocupação Controlada Um (ZOC 1) será dispensado o
recuo lateral e de fundos para os pavimentos caracterizados como subsolo, térreo e
um pavimento acima do térreo, até um limite de 7,5m contados a partir da soleira de
entrada do prédio até a laje de forro do pavimento superior ao térreo. Não será
permitida a construção de balanços sobre o passeio publico, exceto a construção de
marquise.
Considera-se recuo viário o afastamento das edificações do alinhamento
previsto nesta lei para alargamento ou abertura de via. Não poderá haver nenhum
tipo de edificação na área destes recuos, inclusive vagas para estacionamento,
40
sendo que rampas, escadas ou qualquer tipo de acesso à edificação deverão ter o
seu desenvolvimento fora da área contida no recuo.
Será exigida a construção de garagens ou a reserva de áreas para
estacionamento, cobertas ou não, observando-se as seguintes proporções.
Uma vaga por unidade com área privativa de construção menor que 120 m²:
Duas vagas por unidade com área privativa de construção maior que 120 m² e
menor que 240 m²;
Três vagas por unidade com área privativa de construção maior que 240 m²;
Será obrigatório em edifícios de quitinetes e JKs, uma vaga para cada duas
unidades;
Para o uso CS.18, uma vaga pra cada 80 m² de área construída, com no
mínimo uma vaga por unidade. Para uso CS.27, uma vaga a cada 50 m² de área
construída.
Para o cálculo do número de vagas para estacionamento em lotes ou
edificações, onde existam dois ou mais usos, o número de vagas deverá ser
proporcional à área efetiva de objeto destinada a cada atividade/uso. (Redação
acrescida pela Lei Complementa nº 330/2012).
Para efetivo de cálculo as áreas das vagas de estacionamento deverão
obedecer às dimensões de 2,40(largura) por 5,00m (comprimento).
O relatório do impacto de vizinhança tem por finalidade avaliar os efeitos
positivos e negativos de empreendimentos ou atividades quanto à qualidade de vida
da população residente na área e suas proximidades, devendo compreender o
adensamento populacional, a necessidade de equipamentos urbanos e
comunitários, os usos, a ocupação do solo, a valorização imobiliária, a geração de
tráfego, a demanda por serviços públicos, a ventilação, a iluminação, o nível de
ruído, a paisagem e o patrimônio natural, paisagístico, histórico cultural.
São empreendimentos de significativa repercussão ambiental, considerados
potencialmente incômodos:
Os empreendimentos com área construída superior a 5.000 m².
Os empreendimentos residenciais multifamiliares verticais com área construída
superior a 7.000 m²
Fonte: Prefeitura de Passo Fundo, Plano Diretor. 2016.
41
3.11 CÓDIGO DE OBRAS
Os requisitos que o Código de Obras do município de Passo Fundo dispõe
para a elaboração do projeto de um Condomínio Residencial e Comercial. A
edificação Residencial Multifamiliar deverá obedecer aos seguintes requisitos:
Nos prédios residenciais multifamiliares só poderão existir conjuntos
comerciais (escritórios, consultórios), ocupando ou não pavimentos distintos desde
que com acessos e circulações independentes dos destinados aos conjuntos
residenciais, salvo quando o hall de acesso ao conjunto residencial se der por
galeria comercial.
3.11.1 Os edifícios residenciais deverão ter:
Estrutura e entrepisos resistentes ao fogo.
Materiais e elementos da construção de acordo com os Artigos nº 45 e
46. Circulação de uso condominal de acordo com os artigos nº 60 e 61.
Iluminação e ventilação de acordo com os Artigos nº 80 a 87 e com o
anexo Instalação e equipamentos atendendo aos Artigos nº 92 a 111. Instalações
sanitárias de serviços composta de, no mínimo, vaso sanitário, lavatório e local para
chuveiro dimensionado de acordo com o Art. 124.
No pavimento de acesso, caixa receptora de correspondência de acordo
com as normas da EBCT.
Depósito para guarda de lixo ensacado, conforme anexo 03, localizado no
pavimento térreo.
Garagens deverão atender ao disposto no Artigo 159.
Cada unidade autônoma será construída por compartimentos
principais, um sanitário, uma cozinha e uma lavanderia, cujas áreas úteis somadas
determinarão a área mínima útil da unidade.
Os compartimentos principais deverão ter pé-direito mínimo de 2,60m.
As cozinhas deverão ter, no mínimo, o seguinte:
Pé direito de 2,40 e pisos e paredes revestidos até a altura de 1,50m com
material liso, lavável, impermeável e resistente;
Dimensões tais que permitam a instalação de um refrigerador, um fogão e
um balcão para pia, garantindo acesso aos mesmos com largura não inferior a 80
cm.
42
As lavanderias deverão ter, no mínimo, o seguinte:
Pé-direito de 2,40m;
Pisos e paredes revestidos até a altura de 1,50m com material liso, lavável,
impermeável e resistente;
As lavanderias das unidades autônomas poderão ser substituídas por
lavanderia coletiva, dimensionadas à razão de um tanque para cada cinco unidades
autônomas ou fração. Metade do número de tanques poderá ser substituído por
equivalente número de máquinas de lavar.
3.11.2 Partes Comerciais deverão ter:
Os edifícios de escritórios, consultórios ou congêneres, além das disposições
específicas deste Código, deverão;
Ter portaria quando a edificação contar com mais de 20 salas ou conjuntos;
Ter, no mínimo, um comprimento principal com área útil de 12,00m² por
unidade autônoma;
Ter em cada pavimento, sanitário coletivo separado por sexo, sendo o
número total calculado na proporção de um conjunto de vaso, lavatório (e mictório
quando masculino), para cada grupo de 20 pessoas ou fração, na razão de uma
pessoa para cada 20,00m² de área de sala.
Quando houverem sanitários privativos em todas as unidades autônomas
serão dispensados os sanitários coletivos.
Será exigido apenas um sanitário nos conjuntos e unidades autônomas com
área máxima de 150,00m².
3.11.3 Garagens não Comerciais deverão ter:
As edificações destinadas a garagens não comerciais, além das disposições
do presente Código que lhes forem aplicáveis, deverão ter:
Pé-direito mínimo de 2,40m com passagem livre mínima de 2,10m.
Vão de entrada com largura mínima livre de 2,40m e, no mínimo, dois
vãos quando comportar mais de 50 locais para estacionamento, independentes do
acesso social.
Os locais de estacionamento para cada carro, largura mínima livre de
2,40m, e comprimento mínimo de 4,50m, numerados sequencialmente;
Ter vãos de ventilação permanente de acordo com o Anexo l.
43
Os locais de estacionamento para cada carro, a distribuição dos pilares na
estrutura e a circulação prevista, deverão permitir a entrada e saída independente
para cada veículo.
O corredor de circulação deverá ter largura mínima de 3,00m, 3,50m,
4,00m ou 5,00m, quando os locais de estacionamento formar em relação aos
mesmos, ângulos de 30º. 45º 60º ou 90º respectivamente.
Não serão permitidas quaisquer instalações de abastecimento,
lubrificação ou reparos em garagens não comerciais.
O rebaixamento dos meios-fios de passeios para acessos de veículos,
não poderá exceder a extensão de 5,00m para todos os vão de entrada da garagem,
nem ultrapassar a extensão de 50% da testada do lote, com afastamento mínimo,
entre eles, de 1,00m.
Os locais de estacionamento quando delimitados por paredes, deverão ter a
largura mínima de 2,50.
Servidos por rampas, as mesmas não poderão ter inclinação superior a 20%.
3.12 NORMATIZAÇÃO ESPECÍFICA
3.12.1 NBR 9050 Acessibilidade a Edificações, Mobiliários, Espaços e
Equipamentos Urbanos.
Esta Norma tem como objetivo estabelecer critérios e parâmetros técnicos a
serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de
edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de
acessibilidade.
Acima de 100 vagas de estacionamento 1% deve ser destinado aos
deficientes físicos. De 11 a 100 vagas, deve haver uma vaga reservada.
Considera-se o módulo de referência à projeção de 0,80 m por 1,20 m no piso,
ocupada por uma pessoa utilizando cadeira de rodas motorizadas ou não, Área de
circulação mínima de 90 cm para passagem de apenas um cadeirante, 1,50 m para
a passagem de um cadeirante e um pedestre juntos e 1,80 m para a passagem de
dois cadeirantes juntos, para uma rotação de 90º 1,20 m para 180° 1,50 m e para
360° de um cadeirante sem deslocamento, diâmetro mínimo de 1,50 m.
Fonte: Prefeitura de Passo Fundo, Código de Obras, 2016.
44
3.12.1.1 Sinalização tátil e visual no piso
A sinalização tátil e visual no piso pode ser de alerta e direcional, conforme
critérios definidos em normas específicas. Deve ser instalada no sentido do
deslocamento das pessoas, quando da ausência ou descontinuidade de linha-guia
identificável, em ambientes internos ou externos, para indicar caminhos preferenciais
de circulação.
3.12.1.2 Rotas de fuga
As rotas de fuga devem atender ao disposto na ABNT NBR 9077 e outras
regulamentações locais contra incêndio e pânico. As portas de corredores, acessos,
áreas de resgate, escadas de emergência e descargas integrantes de rotas de fuga
acessíveis devem ser dotadas de barras antipânico, conforme ABNT NBR 11785.
3.12.1.3 Rampas
São consideradas rampas às superfícies de piso com declividade igual ou
superior a 5 %. As rampas devem ter inclinação de acordo com os limites
estabelecidos para inclinação entre 6,25 % e 8,33 %, é recomendado criar áreas de
descanso nos patamares do percurso.
3.12.1.4 Circulação interna
Os corredores devem ser dimensionados de acordo com o fluxo de pessoas,
assegurando uma faixa livre de barreiras ou obstáculos. As larguras mínimas para
corredores em edificações e equipamentos urbanos são:
0,90 m para corredores de uso comum com extensão até 4,00 m;
1,20 m para corredores de uso comum com extensão até 10,00 m;
1,50 m para corredores com extensão superior a 10,00 m;
1,50 m para corredores de uso público;
3.12.1.5 Serviços de saúde
Os ambulatórios, postos de saúde, prontos-socorros, laboratórios de
análises clínicas, centros de diagnósticos, entre outros, devem ter pelo menos 10 %
de sanitários acessíveis.
Nos pavimentos onde houver sanitários deve ser garantido no mínimo um
sanitário acessível.
45
3.12.1.6 Piscinas
O piso no entorno das piscinas não pode ter superfície escorregadia ou
excessivamente abrasiva.
As bordas, degraus de acesso à água, corrimãos e barras de apoio devem
ter acabamento arredondado, bancos de transferências, degraus submersos,
rampas submersas, equipamentos de transferência para piscinas com profundidade
máxima de 1,20 m.
Ter barras para facilitar a transferência para piscina.
3.13 NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edifícios
Esta Norma fixa as condições exigíveis que as edificações devem possuir:
A fim de que sua população possa abandoná-las, em caso de incêndio,
completamente protegida em sua integridade física e para permitir o fácil acesso de
auxílio externo (bombeiros) para o combate ao fogo e a retirada da população.
De acordo com a figura 64, o projeto é classificado no grupo A-2 e D-1.
Necessitando de unidade de passagem definida em 1,00m para acessos e
descargas e portas e de 60 cm para escadas e rampas e as demais 1,00m.
Figura 64: Classificação das Edificações
Fonte: NBR 9077/1993, 2016.
Fonte: NBR 9050 - Acessibilidade a Edificações, Mobiliários, Espaços e Equipamentos Urbanos, 2016.
46
Para dimensionamento da largura das saídas de emergência, isto é, dos
acessos, escadas, descargas, e outros, é dada pela seguinte fórmula:
N = __P__
C
N = número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro
P = população.
C = capacidade da unidade de passagem.
As larguras mínimas das saídas, em qualquer caso, devem ser de 1,10 m,
correspondendo a duas unidades de passagem e 55 cm, para as ocupações em
geral.
As escadas quando não enclausuradas, devem oferecer nos elementos
estruturais, resistência ao fogo de no mínimo 2 horas, corrimãos de ferro de 1,05m
de altura ao longo dos patamares, piso antiderrapante, altura máxima dos degraus
de 19cm. Nas saídas de emergência, as portas das rotas de saída e aquelas das
salas com capacidade acima de 50 pessoas e em comunicação com os acessos e
descarga devem abrir no sentido do trânsito de saída, para fora.
Fonte: NBR 9077- Saídas de Emergência em Edifícios, 2016.
47
4. CONCEITO E DIRETRIZES DO PROJETO
4.1 CONCEITO DA PROPOSTA
O presente projeto busca propor uma nova tipologia residencial e comercial da
arquitetura utilizando a natureza com o objetivo de integração, trazendo inúmeros
benefícios para a saúde de seus usuários tanto mental como física. Seu foco tem
como base a utilização de iluminação e ventilação natural, assim, oferece o ar mais
puro, além do constante contato com áreas verdes. Com o investimento na esfera
comunitária e no ambiente natural, incentivando a intercomunicação através de uma
rede de espaços verdes compartilhados, buscando elevar a qualidade de vida dos
cidadãos.
As edificações carregam a finalidade de promover principalmente a qualidade
de vida de seus moradores, potencializando a economia de tempo e a eficiência
energética através de estratégias sustentáveis do condomínio. A fachada das torres
seguirá uma linha assimétrica, mutável e policromática de acordo com as estações
do ano, com plantas de pequeno e médio porte, perenes e caducas. Essa vegetação
promoverá um microclima ideal para a manutenção da umidade e filtragem do ar,
diminuição de ruídos, filtragem dos raios solares, estabelecendo um ambiente
aconchegante em qualquer estação do ano.
4.2 CARTA DE INTENÇÕES
O presente trabalho abordará o projeto de um condomínio residencial e
comercial, que possuirá áreas privadas para utilização dos moradores, com espaços
abertos e públicos para uso geral da população, baseado na arquitetura
contemporânea, dos edifícios Bosco Verticale em Milão na Itália, construído em uma
espécie de floresta vertical com vegetação rasteira de pequeno porte, sendo
inaugurado em 2014. Outra referência é o Dali Área Criativa na província de Yunnan,
Cidade de Dali na China. Este projeto será desenvolvido de forma mista, integrando
os espaços construídos com a paisagem da região.
O local de implementação deste projeto não possui histórico significativo nem
herança cultural relevante, assim, trabalha-se com a ideia de fazer um contraste das
edificações com o entorno do bairro que está em desenvolvimento. Nos arredores
começam a serem construídas edificações residenciais unifamiliares de padrão
48
arquitetônico contemporâneo. Projeta-se construir um mirante que aviste no
horizonte um lago próximo ao bairro, esta vista e os demais espaços interativos irão
proporcionar mais convívio entre as pessoas.
A proposta arquitetônica para a criação da volumetria com estilo moderno é
semelhante a usada no Bosco Verticale, fazendo que as torres sejam marcadas
pelas linhas das sacadas em ritmo assimétrico e variadas.
A floresta vertical é o conceito arquitetônico que vai substituir o uso de
materiais tradicionais, baseado em uma grande biodiversidade para criação de um
ecossistema urbano, onde varias plantas criam um habitat para pássaros e insetos,
constituindo um fator de repopulação da fauna e da flora. Além das variedades das
plantas ajudarem a produzir oxigênio e filtrar partículas poluentes do ambiente
urbano ainda protege contra radiação solar e poluição sonora.
4.3 DIRETRIZES DE PROJETO
Através de analises realizadas percebeu-se que o método para o sistema
construtivo adequado para esse projeto é o sistema de planta livre, com o uso de
estruturas mistas, sendo que internamente serão utilizadas divisórias leves.
Este projeto adotará técnicas construtivas que visam à sustentabilidade, por
exemplo, a iluminação e ventilação natural, vegetação integrada nos ambientes,
brise-soleil, espaços abertos e placas fotovoltaicas para áreas de uso comum.
A base comercial será erguida com estrutura metálica, pela facilidade de
cobrir grandes vãos livres, flexibilidade, maior área útil, compatibilidade com
materiais, menor peso gerado nas estruturas das fundações, precisão construtiva,
estruturas totalmente recicláveis inócuas ao meio ambiente.
As torres possuirão estruturas em concreto armado, devido a sua maior
durabilidade, manutenção e conservações praticamente nulas, resistência ao fogo,
impermeabilidade, monolitismo, resistência ao desgaste mecânico, choques,
vibrações e facilidade de execução.
As esquadrias serão em PVC, pois garante máxima eficiência térmica,
mantêm a temperatura ideal, bom isolamento acústico, reduz o ruído externo, são
livres de materiais pesados como chumbo e cádmio e totalmente reciclável.
A demarcação de acessos da porção privada será separada da parte
comercial, com acessos diferenciados para cada função.
49
O sistema de tratamento do esgoto adotado é de Plantas Macrófitas, um
sistema de filtro com plantas em flutuação que é ecologicamente sustentável. Este
sistema utiliza a natureza para purificar os resíduos, sendo autossustentáveis e
autorregenerativas por motivo da espécie Thyphadominguensis, em relação aos
métodos de tratamentos tradicionais.
A função principal é transformar a matéria orgânica em alimento para plantas
macrófitas, com eliminação de subprodutos (lodos e gases), de forma a garantir o
tratamento eficiente do efluente gerado. O tratamento de plantas permite dissolver
os lodos, eliminando os gases com uma alta taxa de oxigenação, pela entrada do
oxigênio presente no ar, que as folhas absorvem, levando até as raízes das plantas
por diferença de pressão isostática. Após este processo os efluentes tratados já
podem ser liberados nos córregos, sem incutir efeito nocivo ao meio ambiente.
4.4 DIRETRIZES URBANAS PROPOSTAS
Tabela 08. Problemas e Potencialidades
Problema
Problema Diretriz Estratégia Imagem
Trânsito
intenso na
avenida
Facilitar o
acesso do
pedestre
Criar faixa
elevada nos
pontos
conflitantes
Passeio
público
Melhorar
deslocamento
do pedestre
Colocação
de
pavimentaçã
o nas
calçadas.
Falta de
mobiliário
urbano
Preservação
do meio
ambiente e
comodidade
dos usuários
Instalação
de
containers subterrâneos, bancos, iluminação de led.
Figura 65: Panorâmica Avenida
Fonte: Autor. 2016.
Figura 66: Passeio Público
Fonte: Autor, 2016.
Figura 67: Perspectiva Avenida
Fonte: Autor, 2016.
50
Sinalização
Melhorar a
segurança
das pessoas
e veículos.
Locar
semáforos
em pontos
conflitantes,
placas
explicativas,
faixas de
pedestres.
Árvores
escassas
Promover
sombreament
o e reduzir a
poluição
sonora.
Plantação de
variedades
nos
canteiros.
Potencialidade
Potencialida
de
Diretriz Estratégia Imagem
Área bem
localizada
Promover
integração da
região com a
cidade
Utilizar a
construção
para atração
de novos
investidores.
Acessos
Varias vias de
acessos.
Utilizando
ruas menos
movimenta-
das para
criar
acessos.
Topografia
Reduzir
impacto
ambiental/
degradação do
solo.
Integrar a
edificação
com a
topografia
em vários
níveis.
Figura 68: Sinalização
Fonte: Autor, 2016.
Figura 69: Entorno Terreno
Fonte: Autor, 2016.
Figura 72: Corte Terreno
Fonte: Autor, 2016.
Figura 70: Localização Bairro
Fonte: Google Earth, adaptado 2016.
Figura 71: Localização Terreno
Fonte: Google Earth, adaptado 2016.
51
Altura
Aproveitament
o dos índices
construtivos.
Construir
torres em
altura e
salas
comerciais
no térreo.
Shopping
Center
Geração de
movimentação
maior de
pessoas no
comércio local.
Aproveitar o
shopping
para agregar
o valor ao
condomínio.
Figura 74: Perspectiva Shopping
Fonte: bolsapar.com.br, 2016.
Figura 73: Volumetria Alturas
Fonte: Autor, 2016.
Fonte: Autor, 2016.
52
5. PROGRAMA DE NECESSIDADES DO PROJETO
O programa de necessidades foi criado a partir de estudos realizados, com as
informações obtidas foi possível visualizar as adaptações necessárias para que seja
proposto e efetivado um conjunto residencial e comercial, este programa mostra o
que cada setor vai abordar. Projetado para atender de dois a três pavimentos de
salas comerciais, prevendo uso residencial de vinte andares com três torres
separadas por suas modalidades.
Tabela 09. Corresponde ao Programa de necessidades.
Comercial Externo Residencial
Estacionamento Público
Estacionamento Privado
Sala de convivência
Sanitários/vestiários - PNE
DML
Sala Funcionários
Almoxarifado
Restaurante:
(Praça Alimentação + Buffet
+ Cozinha + Limpeza
Alimentos + DML + Deposito
Bebidas + Câmara Fria +
Sanitários/vestiários)
Escritório contábil
Escritório Advocacia
Escritório Arquitetura
Escritório Engenharia
Consultório Psicológico
Consultório Fisioterapeuta
Consultório Fonoaudiologia
Clinica Médica Especializada
Clinica Odontológica
Especializada
Pórtico de entrada com
guarita
Horta comunitária
Bicicletário
Quiosques
Webspace
Salão de festas
Espaço gourmet
Academia
Piscina
Espaços Pergolados
Playground
Quadras poliesportivas
Sanitários/vestiários - PNE
Espaço Zen
Pátio de Serviço
Energia solar
Cisternas
Central de gás e lixo
Gerador de Energia
Estação de Tratamento dos
Efluentes por Plantas
macrófitas.
Hall Social
Brinquedoteca
Sala de Jogos
Sanitários/vestiários –
incluindo PNE
Playground
Lavanderia (Pátio de
Serviço)
Terraços
Estacionamento Privado
Bicicletário Compartilhado
Hall Apartamento
Sala de Estar
Sala de Jantar
Espaço Gourmet
Cozinha
Área de Serviço
Banheiros
Dormitórios
Sacadas
Fonte: Autor, 2016.
53
5.1 ORGANOGRAMA
A partir do desenvolvimento do programa de necessidades, estudos de casos,
foram elaboradas as setorizações para criação do organograma do condomínio
residencial e comercial. Em seguida serão desenvolvidos os fluxogramas de cada
setor.
Figura 76: Organograma Centro Comercial
Fonte: Autor. 2016.
Figura 77: Organograma Residencial
Fonte: Autor. 2016.
Figura 75: Organograma Externo Condomínio
Fonte: Autor. 2016.
54
5.2 FLUXOGRAMA
Figura 78: Fluxograma Externo
Fonte: Autor. 2016.
Figura 79: Fluxograma Térreo
Fonte: Autor. 2016.
55
Figura 80: Fluxograma Comercial (Consultórios)
Fonte: Autor. 2016.
Figura 81: Fluxograma Comercial (Escritórios)
Fonte: Autor. 2016.
56
Figura 82: Fluxograma Residencial (Apartamentos 02 e 03 dormitórios)
Fonte: Autor. 2016.
Figura 83: Fluxograma Residencial (Apartamentos 01dormitório)
Fonte: Autor. 2016.
57
5.3 PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Tabela 10: Programa de necessidades para o pré-dimensionamento.
Setor Nome do compartimento Mobiliário necessário Área útil em
m²
Externo
Pórtico Entrada Guarita
Balcão atendimento, cadeiras,
Mesa, Computadores, TV
monitoria.
15,00
Lavabo Guarita Cuba e Vaso Sanitário. 5,00
Estacionamento Público Carros, PNE, Motos. 100,00
Estacionamento Privado Carros, PNE, Motos. 500,00
Bicicletário público Barras Apoio, bicicletas Públicas
da Prefeitura. 10,00
Quiosques Mesas, Cadeiras, Pias,
Churrasqueiras, 30,00
Banheiros M/F e PNE 04 Vasos, 04 Cubas, 04 Barras
de apoios. 50,00
WebSpace Poltronas, Cadeiras. 10,00
Horta Comunitária Mesa, Pia, Armários. 40,00
Salão de Festas
Mesas, Cadeiras, Pias, Fogão,
geladeira, Poltronas, Bancada,
Sofás, Churrasqueira, Som e Luz,
Mesa, Buffet.
150,00
Banheiros M/F e PNE 04 Vasos, 04 Cubas, Barras de
apoios. 50,00
Espaço Gourmet
Mesas, Cadeiras, Pias,
Geladeira, Fogão, Poltronas,
Bancada, Churrasqueira.
60,00
Academia
Equipamentos exercícios,
Bancos, Esteiras, Bicicletas,
Armários.
150,00
58
Banheiros/Vestiários
Masculino
05 Vasos, 05 Cubas,
05 Mictórios, 05 Chuveiros,
Armários, Bancos, Barras de
apoios.
50,00
Banheiros/Vestiários
Feminino
05 Vasos, 05 Cubas, 05
Chuveiros, Armários,
Bancos e Barras de apoios.
50,00
Subtotal do Setor 1270,00
Comercial
Recepção Balcão atendimento, cadeiras,
Poltronas, Balcão Apoio, TV. 20,00
Sala Conveniência Balcão, Mesas, cadeiras,
Poltronas, Sofás, Pia, TV. 50,00
Almoxarifado Balcão, Armários, Prateleiras. 50,00
DML Armário, Pia, Carrinho Serviço. 20,00
Sala Funcionários Mesas, Cadeiras, Bancos, Pia,
Geladeira, Sofás, Armários. 200,00
Sanitários/Vestiários
Funcionários
Cubas, Vasos Sanitários,
Armários, Chuveiros, Bancos. 30,00
Restaurante
Mesas, Cadeiras, Buffet, Pias,
Fornos, Freezer, Geladeiras,
Almoxarifado, Equipamentos,
Armários, Balcão, Depósitos.
800,00
Escritório Contábil
Balcão, Poltronas, Mesa,
Cadeiras, Computadores.
Armários, Almoxarifado, Copa.
100,00
Escritório Advocacia
Balcão, Poltronas, Mesa,
Cadeiras, Computadores.
Armários, Almoxarifado, Copa.
100,00
Escritório Arquitetura Balcão, Poltronas, Mesa,
Cadeiras, TV, Computadores. 50,00
59
Armários, Almoxarifado, Copa.
Escritório Engenharia
Balcão, Poltronas, Mesa,
Cadeiras, TV, Computadores.
Armários, Almoxarifado, Copa.
50,00
Consultório Odontológico
Balcão atendimento, poltronas,
Pia, Mesa, Cadeiras, Armários,
Equipo, Mocho, Balcão, TV.
100,00
Consultório Fisioterapia
Balcão, Poltronas, Armários
Mesa, Equipamentos, Barras de
Apoios.
100,00
Consultório
Fonoaudiologia
Balcão, Poltronas, Cadeiras,
Mesa, Equipamentos, Cabine de
audiometria.
100,00
Consultório
Psicologia
Balcão, Poltronas, Cadeiras,
Mesa, Poltrona, Sofás,
Computador, Armários.
100,00
Clínicas Médicas
Balcão, Poltronas, Cadeiras,
Mesa, Pia, Computador Maca,
Armários, TV.
50,00
Escritórios Diversos
Balcão, Poltronas, Mesa,
Cadeiras, TV, Armários,
Computador.
200,00
Subtotal do Setor 2120,00
Hall/Entrada Aparador, Poltronas. 10,00
Circulação Escada, 02 Elevadores. 40,00
Hall Aparador, Armário. 3,00
Sala de Estar/Jantar
Mesa, Cadeira, Sofás, Poltronas,
TV, Bancada 03 lugares, Pia,
Churrasqueira.
40,00
Cozinha Bancada 04 lugares, Geladeira,
Micro-ondas, Forno, Cooktop, 20,00
60
Residencial
Coifa, Pia, Armários. Mesa e
cadeiras.
Área de Serviço Tanque, Máquina de roupas,
Armários. 10,00
Circulação Armário calçados. 5,00
Banheiros Cuba, Vaso sanitário, Balcão,
Chuveiro. 10,00
Quartos
Roupeiro, Cômoda Cama, TV, 2
criado-mudo, Poltrona, Mesa,
Computador.
15,00
Sacadas Poltrona, Mesa apoio. 7,00
Subtotal do Setor 160,00
Serviço
DML Armários, Carrinhos para limpeza,
Pia. 10,00
Depósito Armários, prateleiras. 20,00
Lavanderia Pública Máquinas, Armários, Tanques, 50,00
Pátio Serviço Varal, bancos. 50,00
Energia Solar
Placas Fotovoltaicas,
Reservatórios, Transformadores,
Medidores.
50,00
Reservatórios Caixas de água 15000L
Bombas, Filtros. 200,00
Cisternas Água chuva Caixas de água 10000L
Bombas, Filtros. 200,00
Gerador de Energia Motores, Reservatórios,
Transformadores. 100,00
Estação de tratamento
dos Efluentes com plantas
Plantas Macrófitas, Reservatório,
Bombas, Almoxarifado, Armários. 300,00
Gás e Lixo Sistema de Reservatório gás, 40,00
61
Medidores, Containers lixo seco e
orgânico, Pia, Armários.
Subtotal do Setor 1020,00
Lazer
Brinquedoteca
Brinquedos, Mesas e cadeiras
infantis, Poltronas, Sofás, TV.
Balcão, Armários,
50,00
Sala de Jogos
Mesa de Jogos, Sinuca, Ping
Pong, Futebol de mesa, Xadrez,
Vídeo Game, TV, Balcão,
Armários,
100,00
Quadras
Poliesportivas
03 quadras, Equipamentos para
esportes, Bancos. 1500,00
Bicicletário
Compartilhado
Armários, Bancos, Bicicletas, Pia,
Balcão, Acessórios. 30,00
Terraços Bancos, Poltronas, Mesas,
Mirante, Pergolados 100,00
WebSpace Poltronas, Cadeiras 10,00
Pergolados Bancos, Balanços 10,00
Espaço Zen Bancos, Balanços 15,00
Piscina
Cadeiras, Guarda sol, prainha,
Solarium, Barras de apoio,
Cadeira PNE, Rampa PNE.
500,00
Sub Total do Setor 2315,00
Área Total 6.875,00
Fonte: Autor, 2016.
62
5.4 PARTIDO GERAL - ZONEAMENTO
Tabela 11: Proposta Zoneamento 01
Proposta 01 – Linear Centralizada
Critérios Avaliação
Funcionalidade O acesso da parte comercial fica voltado para a rua Atílio Giaretta, sendo o mais adequado considerando a acessibilidade pela topografia e o menor fluxo na mesma. A entrada residencial fica pela travessa, Celso Ribeiro, com um visual privilegiado voltado para o norte, com áreas de lazer e convívio social.
Forma As formas retangulares dos edifícios foram distribuídas verticalmente, colocadas de forma irregular com afastamento entre si para melhor aproveitamento permitindo amplo aproveitamento da iluminação e ventilação natural.
Sistema Construtivo
Sistema construtivo foi de estrutura metálica para suprir demanda a da grande área das edificações em altura, o que vai gerar alta carga estrutural pelas plantas assim dispostas nas partes externas das sacadas, agregando ganho de conforto acústico e térmico, como a qualidade do ar.
Conclusões A partir dos estudos realizados, analisa-se que esta proposta tem grande eficiência na setorização dos ambientes como distribuição dos espaços, facilitando o layout das plantas em relação ao dos quartos quanto à orientação solar.
Fonte: Autor, 2016.
63
Tabela 12: Proposta Zoneamento 02
Proposta 02 – Linear Irregular
Critérios Avaliação
Funcionalidade Acesso público posicionado na lateral com a avenida principal criando uma espécie de praça livre para uso de todos. Entrada residencial na rua Atílio Giaretta com facilidade de acesso por ser local de baixo fluxo.
Forma A forma Linear Irregular nessa proposta apresenta setores afastados de maneira encaixada na topografia, diminuindo alterações no terreno.
Sistema construtivo Sistema construtivo deverá suprir demanda de edificações em alturas e grande quantidade de carga gerada pelas plantas, assim, dispostas nas partes externas das sacadas, agregando ganho de conforto acústico e térmico como a qualidade do ar. Nesta proposta o sistema construtivo adotado foi de estruturas de concreto armado.
Conclusões Esta proposta não atingiu as melhores configurações, pois áreas de uso para lazer e social ficaram para sul, tendo menos incidência solar, e aproveitando menos as sombras geradas pelas torres. Os acessos comerciais foram desfavorecidos pela topografia do terreno, exigindo rampas maiores. O posicionamento das torres onde se localizam os dormitórios (sudoeste) não permitem aos usuários fazer um aproveitamento pleno do sol, visto que a posição mais favorável para utilização deste recurso natural é ao norte.
Fonte: Autor, 2016.
64
Tabela 13: Proposta Zoneamento 03
Proposta 03 – Radial
Critérios Avaliação
Funcionalidade A funcionalidade atingiu o objetivo nessa proposta através da setorização, criando acessos pela avenida e ruas laterais, comtemplando as áreas de lazer e convívio social na posição solar.
Forma A forma escolhida para esta proposta foi a Radial que consiste em formas lineares que ligam a um ponto central de formatos irregulares.
Sistema construtivo Através de estudos realizados até essa parte do trabalho, conclui-se que o sistema construtivo mais adequado é o de estruturas mista, metálica para vencer grandes vãos e concreto armado pela carga gerada com a edificação. Fechamentos em materiais leves como steel frame, drywall paredes internas, peles de vidros estruturadas com aço, esquadrias de PVC, todos os materiais escolhidos para diminuir peso sobre a estrutura.
Conclusões Através dos estudos de zoneamentos realizados, conclui-se que esta proposta tem melhor funcionalidade, setorização e métodos construtivos. Integrou de melhor forma os ambientes para o desenvolvimento de um Condomínio Residencial e Comercial, com a finalidade de diminuir o impacto gerado pelo mesmo com estratégias sustentável relacionado aos fatores climáticos e energéticos.
Fonte: Autor, 2016.
65
6. CONCLUSÕES
Diante do exposto conclui-se que: o desenvolvimento sustentável é o maior
desafio do século XXI. A crescente diminuição das áreas verdes, o aumento da
temperatura global, a impermeabilização do solo e a diminuição dos locais públicos
destinados ao lazer, afeta diretamente a qualidade de vida da população.
Buscando a comodidade e a facilitação do deslocamento, os condomínios
residenciais/comerciais proporcionam além da redução do tempo de locomoção,
uma maior qualidade de vida para o indivíduo, o projeto investe na esfera
comunitária e no ambiente natural, incentivando a intercomunicação através de uma
rede de espaços verdes compartilhados, busca promover a qualidade de vida dos
usuários.
A localização da implantação do projeto é estratégica, sendo Passo Fundo
uma das cidades do estado com mais ligações com BR e RS, contando com mais de
sete acessos no entorno do eixo viário, passando pelo bairro Cidade Nova que se
encontra a área do projeto a BR 285, fazendo ligações importantes com outros locais
principalmente o centro da cidade.
66
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AASARCHITECTURE. DALI CREATIVE AREA BY PWD ARCHITECTURE. Disponível em:
http://aasarchitecture.com/2015/05/dali-creative-area-by-pwd-architecture.html. Acesso em:
10 março de 2016.
ARCHDAILY. CTBUH elege o projeto Bosco Verticale como "Melhor Edifício em Altura"
de 2015. Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/777270/ctbuh-elege-o-projeto-
bosco-verticale-como-melhor-edificio-em-altura-de-2015. Acesso em: 06 março de 2016.
ARCHDAILY. Edifício Bosco Verticale / Boeri Studio. Disponível em:
http://www.archdaily.com.br/br/778367/edificio-bosco-verticale-boeri-studio. Acesso em: 06
março de 2016.
ARCHDAILY. Em Construção: O Primeiro Bosque Vertical / Boeri Studio. Disponível em:
http://www.archdaily.com.br/br/01-24818/em-construcao-o-primeiro-bosque-vertical-boeri-
studio. Acesso em: 10 março de 2016.
ARCHDAILY. PWD to Break Ground on Mixed-Use Development in Dali City. Disponível
em: http://www.archdaily.com/629130/pwd-to-break-ground-on-mixed-use-development-in-
dali-city. Acesso em: 10 março de 2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a
Edificações, Mobiliários, Espaços e Equipamentos Urbanos. 2 ed. Rio de Janeiro: [s.n.],
2004. 97 p. Disponível em:
http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/[field_generico_imag
ens-filefield-description]_24.pdf. Acesso em: 03 Abril de 2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077: Saídas de emergência
em edifícios. Rio de Janeiro: [s.n.], 2001. 40 p. Disponível em:
http://www.cnmp.mp.br/portal/images/Comissoes/DireitosFundamentais/Acessibilidade/NBR
_9077_Saídas_de_emergência_em_edifícios-2001.pdf. Acesso em: 03 Abril de 2016.
BOLSAPAR. Cidade Nova. Disponível em:
http://www.bolsapar.com.br/empreendimento/visualizar/cidade-nova/8. Acesso em: 26 março
de 2016.
BRASIL (Município). Lei Complementar nº 170, de 09 de janeiro de 2006. Dispõe Sobre O
Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado: PDDI DO MUNICÍPIO DE PASSO FUNDO.
Passo Fundo, RS, 03 Abril de 2016. Plano Diretor do Município de Passo Fundo. Passo
Fundo, RS.
BRASIL (Município). Lei Complementar nº 51, de 31 de janeiro de 1996. Vide revogação
dada pela Lei Complementar nº 109/2003. Institui o Código de Obras e Edificações do
67
Município de Passo Fundo e dá Outras Providências. Passo Fundo, RS, 03 Abril, 2016.
Código de Obras e Edificações do Município de Passo Fundo. Passo Fundo, RS.
COLQUEHOUN, A. Modernidade e tradição clássica: ensaio sobre arquitetura. Cosac &
Naify: São Paulo. 2004.
CORBUSIER, L. Os três estabelecimentos humanos. Perspectiva: São Paulo. 2°ed.1979.
CORBUSIER, L.Por uma arquitetura . Perspectiva: São Paulo. 6°ed.2006.
COSTA, L. Arquitetura. José Olympio: Rio de Janeiro. 4° ed. 2006.
DIAS, L. A. M. Edificações de aço no Brasil. Zigurate: São Paulo.3°ed. 2002.
ECKERT, N. H.; MASCARÓ, J. J. Atuação da infraestrutura verde como qualificadora da
ambiência urbana em centros consolidados - O caso de Passo Fundo RS. Revista de
Arquitetura da IMED, Passo Fundo, v. 3, n.2, p. 168-176, 2014.
ECOEFICIENTES - Especialistas em técnicas de Construção Sustentável. Bosco Verticale.
Disponível em: http://www.ecoeficientes.com.br/bosque-suspenso-de-milao-pode-indicar-
futuro-arquitetonico-das-metropoles/. Acesso em: 20 março de 2016.
EMBRAPA. Clima de Passo Fundo. Disponível em:
http://www.cnpt.embrapa.br/pesquisa/agromet/pdf/Clima_de_Passo_Fundo.pdf.
. Acesso em: 15 Abril de 2016.
GUIMARÃES, V. F.S. , LESSA, W. D. , CAVALCANTI, L. Comunicação visual de fachadas
de lojas de suco no centro do Rio de Janeiro. 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e
Desenvolvimento em Design. 2010.
KEELER, M, BURKE, B. Fundamentos de Projeto de Edificações Sustentáveis. Porto
Alegre: Bookman, 2010.
LEITE, C. Cidades Sustentáveis, cidades inteligentes: Desenvolvimento sustentável
num planeta urbano. Bookman: Porto Alegre. 2012.
MACULAN, L. S. Orientações para trabalhos de TCC. ed. São Paulo: Livraria Nobel,
1985.
MARINGONI, a.C.; KIMATI, H.; KUROZAWA, C. Variabilidade sorológica entre isolados
de Xanthomonas campestris pv. phaseoli. Summa Phytopathologica., Piracicaba, v. 20,
p. 174-178, 1994.
68
MENESES, U. T. B. Fontes visuais, cultura visual, História visual. Balanço provisório,
propostas cautelares. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 23, nº 45, pp. 11-36 –
2003.
MONTENEGRO, G. Desenhos de Projetos. Blucher: São Paulo. 2007.
PREFEITURA DE PASSO FUNDO. Histórico. Disponível em: http://www.pmpf.rs.gov.br/
Acesso em: 21 abril de 2016.
PRIMELIFE. A Revolução Do Viver. Disponível em: http://www.sejaprimelife.com.br/#!start.
Acesso em: 31 março de 2016.
REIS, A. T. L. , BIAVATTI , C.D. , PEREIRA, M. L. Estética urbana: uma análise através das
ideias de ordem, estímulo visual, valor histórico e familiaridade. Ambiente Construído,
Porto Alegre, v. 11, n. 4, p. 185-204, out./dez. 2011.
RISÉRIO, A. A cidade no Brasil. Editora 34: São Paulo. 2012.
SALGUEIRO, A.T. Espaço Pós-Moderno: Cidade Fragmentada. Revista Território,
Lisboa, a. 3.n. 4. jan./jun. 1998.
SOUZA, C. F. , MÜLLER, D. M. Porto Alegre e sua evolução urbana. Porto Alegre:
EdUFRGS. 1997.
THE SKYSCRAPER CENTER. Bosco Verticale Torre E. Disponível em:
http://skyscrapercenter.com/building/id/10248. Acesso em: 20 março de 2016.
69
8. Apêndices
8.1 Prancha Inicial
70
8.2 Implantação
71
8.3 Plantas Baixas Comercial
72
8.4 Plantas Baixas Estacionamentos
73
8.5 Plantas Baixas Torre 01
74
8.6 Plantas Baixas Estacionamentos Torre 01
75
8.7 Corte e Fachada Torre 01
76
8.8 Plantas Baixas Torre 02
77
8.9 Corte e Fachada Torre 02
78
8.10 Plantas Baixas Torre 03
79
8.11 Plantas Baixas EstacionamentosTorre 03
80
8.12 Corte e Fachada Torre 03
81
8.13 Corte e Fachada da Implantação
82
8.14 Perspectivas Projeto