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FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO Eluise Dal Maso França Estação Rodoviária para Marau/RS Passo Fundo 2018

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FACULDADE MERIDIONAL – IMED

ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO

Eluise Dal Maso França

Estação Rodoviária para Marau/RS

Passo Fundo

2018

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Eluise Dal Maso França

Estação Rodoviária para Marau/RS

Relatório do Processo Metodológico de Concepção do Projeto Arquitetônico e Urbanístico e Estudo Preliminar de Projeto apresentado na Escola de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Meridional – IMED, como requisito parcial para a aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I, sob orientação da Professora Me. Aline Oliveira Mendes

Passo Fundo

2018

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Eluise Dal Maso França

Estação Rodoviária para Marau/RS

Banca Examinadora

Me. Aline Oliveira Mendes

Orientadora

Me. Linessa Busato

Membro avaliador

Dra. Thaísa Leal da Silva

Membro avaliador

Passo Fundo

2018

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer especialmente minha orientadora, professora Aline

Mendes, que foi peça fundamental para o desenvolvimento deste trabalho. Também

gostaria de agradecer a todos os usuários de ônibus intermunicipal e as funcionárias

da estação rodoviária de Marau, que responderam a minha entrevista. Da mesma

forma, gostaria de agradecer ao antigo proprietário da estação rodoviária de Marau,

o senhor Riva por ter me recebido e me relatado toda a história, a Andréia Durante,

também por ter me ajudado em alguns dados importantes para o desenvolvimento

do trabalho.

Aos meus pais pelo incentivo desde do início da faculdade, os quais me

motivaram para eu chegar até aqui, mesmo, minha mãe (em memória) mesmo não

estando mais presentes, mas agradeço a ela por todo o amor e dedicação e os

cuidados que sempre teve comigo.

Ao meu namorado Alisson, por toda a ajuda, pelo suporte, pela força e

incentivo de sempre, pelas caronas, e por toda sua dedicação, que me deu forças

para chegar até aqui.

E também gostaria de agradecer a todos os meus colegas de curso, que

estamos diariamente juntos, pela companhia de sempre, pelas risadas, por essa

grande amizade, que com certeza iremos sentir muita falta, e por todos os

aprendizados e pelas trocas de experiência.

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RESUMO

O presente trabalho tem como principal objetivo propor uma nova estação

rodoviária para a cidade de Marau no Rio Grande do Sul, trazendo ao município uma

ampla estrutura, a mesma será mais funcional, exercendo mais funções, ajudando a

mobilidade urbana da cidade. Tendo em vista uma nova localização para a estação,

em uma região da cidade que está a desenvolver, sendo assim, desafogando o

transito do centro da cidade. O desenvolvimento do trabalho foi baseando em

estudos sob o manual de Implantação de Terminais Rodoviários de Passageiro, em

estudos de casos de terminais rodoviários nacionais e internacionais, estudo de

mobilidade urbana. O projeto proposto tem como finalidade cumprir as necessidades

de um terminal rodoviário e também trazer mais conforto aos usuários, através de

espaços bem estruturados.

Palavras-chave: Estação Rodoviária, Terminal Rodoviário, Mobilidade Urbana e

Terreno.

ABSTRACT

The main objective of this work is to propose a new bus station for the city of

Marau’s, bringing to the municipality a broad structure, it will be more functional,

performing more functions, helping the urban mobility of the city. Considering a new

location for the station, in a region of the city that is developing, thus, exiting the

transit of the center of the city. The development of the work was based on studies

under the Manual of Implantation of Passenger Road Terminals, in case studies of

national and international road terminals, study of urban mobility. The proposed

project aims to meet the needs of a bus terminal and also bring more comfort to

users through well-structured spaces.

Keywords: Bus Station, Bus Terminal, Urban Mobility and Land.

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LISTA DE FIGURAS:

Figura 01: Localização do terreno Loteamento Vicente Riva ..........................................11

Figura 02: Primeira Estação Rodoviária de Vacaria/RS...................................................15

Figura 03: Imagem frontal estação rodoviária de Mogadouro..........................................27

Figura 04: Localização da estação Rodoviária de Mogadouro.........................................28

Figura 05: Relação entre espaço interno/externo.............................................................29

Figura 06: Zoneamento da estação Rodoviária de Mogadouro........................................30

Figura 07: Fluxograma da estação Rodoviária de Mogadouro.........................................30

Figura 08: Caráter da Edificação......................................................................................32

Figura 09: Rampa externa da Edificação..........................................................................32

Figura 10: Perspectiva da Estação Rodoviária em Osijek................................................33

Figura 11: Implantação da Estação Rodoviária em Osijek. .............................................34

Figura 12: Imagem interna da Estação Rodoviária em Osijek..........................................35

Figura 13: Zoneamento Planta Baixa Subsolo..................................................................36

Figura 14: Zoneamento Planta Baixa Pavimento Térreo..................................................36

Figura 15: Zoneamento Planta Baixa segundo pavimento...............................................37

Figura 16: Fluxograma Planta Baixa Subsolo...................................................................37

Figura 17: Fluxograma Planta Baixa Pavimento Térreo...................................................37

Figura 18: Fluxograma Planta Baixa Segundo Pavimento...............................................38

Figura 19: Rodoviária de Brasília......................................................................................40

Figura 20: Localização da Rodoviária de Brasília.............................................................41

Figura 21: Relação dos espaços externos e internos.......................................................42

Figura 22: Zoneamento da Rodoviária de Brasília............................................................43

Figura 23: Fluxograma da Rodoviária de Brasília.............................................................43

Figura 24: Croqui esquemático da cobertura....................................................................44

Figura 25: Sede da Cooperativa Agrícola Mista de Marauense LTDA em 1970..............47

Figura 26: Localização do Terreno...................................................................................48

Figura 27: Mapa cheios e Vazios do entorno do terreno..................................................49

Figura 28: Gráfico Cheios e Vazios... ..............................................................................49

Figura 29: Mapa uso do solo do entorno do terreno.........................................................50

Figura 30: Gráfico de Usos...............................................................................................50

Figura 31: Mapa de altura do entorno do terreno.............................................................51

Figura 32: Gráfico das Alturas..........................................................................................51

Figura 33: Mapa de vias e seus fluxos do entorno do terreno..........................................52

Figura 34: Mapa das redes de infraestrutura do entorno do terreno................................53

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Figura 35: Mapa de vegetação urbana do entorno do terreno..........................................54

Figura 36: Mapa do terreno...............................................................................................55

Figura 37: Mapa da topografia do terreno.........................................................................56

Figura 38: Corte do terreno...............................................................................................56

Figura 39: Planta das Visuais...........................................................................................57

Figura 40: Skyline.............................................................................................................59

Figura 41: Efeito Boomerang............................................................................................60

Figura 42: Organograma e Fluxograma do pavimento térreo...........................................65

Figura 43: Organograma e Fluxograma do Primeiro Pavimento......................................66

Figura 44: Legenda do Organograma e Fluxograma........................................................66

Figura 45: Proposta 01 do Zoneamento...........................................................................67

Figura 46: Proposta 02 do Zoneamento Pavimento Térreo..............................................68

Figura 47: Proposta 02 do Zoneamento, Primeiro Pavimento..........................................68

Figura 48: Proposta 03 do Zoneamento...........................................................................69

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LISTA DE TABELAS:

Tabela 01: Levantamento Fotográfico Da atual sede da Estação Rodoviária de Marau..16

Tabela 02: Classificação dos Terminais Rodoviários........................................................22

Tabela 03: Dimensionamento de Plataformas..................................................................23

Tabela 04: Dimensionamento Do Setor da Uso Público...................................................24

Tabela 05: Dimensionamento Do Setor De Serviço Público.............................................25

Tabela 06: Dimensionamento Do Setor Administrativo.....................................................25

Tabela 07: Dimensionamento dos Espaços da estação Rodoviária de Mogadouro.........31

Tabela 08: Dimensionamento dos Espaços da Estação Rodoviária em Osijek................38

Tabela 09: Visuais do entorno e do terreno......................................................................57

Tabela 10: Diretrizes Urbanísticas....................................................................................62

Tabela 11: Programa de Necessidades............................................................................64

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SUMÁRIO

RESUMO ..........................................................................................................................05

LISTA DE FIGURAS.........................................................................................................06

LISTA DE TABELAS........................................................................................................07

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................10

1.1 INTRODUÇÃO AO CAPÍTULO............................................................................10

1.1.1 OBJETIVO GERAL...............................................................................................11

1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................................12

1.2 TEMA DO PROJETO...........................................................................................12

1.3 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROJETO...............................................13

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................15

2.1 INTRODUÇÃO AO CAPÍTULO............................................................................15

2.2 HISTÓRIA DOS TERMINAIS RODOVIARIOS NO BRASIL................................15

2.2.1 CARACTERIZAÇÃO DO ATUAL TERMINAL RODOVIÁRIO DE MARAU.........16

2.3 MOBILIDADE URBANA......................................................................................20

2.4 CLASSIFICAÇÃO DOS TERMINAIS RODOVIÁRIOS........................................20

2.5 DIRETRIZES APLICADAS EM PROJETO DE TERMINAIS RODOVIÁRIOS.....23

2.6 LOCALIZAÇÃO IDEAL PARA TERMINAIS RODOVIÁRIOS..............................26

2.7 ESTUDOS DE CASO............................................................................................27

2.7.1 ESTUDOS DE CASO 01 - ESTAÇÃO RODOVIÁRIA DE MOGADOURO...........27

2.7.1.1 FICHA TÉCNICA DO PROJETO.........................................................................27

2.7.1.2 IMPLANTAÇÃO...................................................................................................28

2.7.1.3 RELAÇÃO DO ESPAÇO INTERNO COM O EXTERNO....................................29

2.7.1.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES.....................................................................29

2.7.1.5 ZONEAMENTO E FLUXOGRAMA......................................................................30

2.7.1.6 DIMENCIONAMENTO DE ESPAÇO....................................................................31

2.7.1.7 ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS........................................................................31

2.7.1.8 CARÁTER.............................................................................................................31

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2.7.1.9 ACESSIBILIDADE................................................................................................32

2.7.1.10 CONCLUSÃO.............................................................................................33

2.7.2 ESTUDOS DE CASO 02 - ESTAÇÃO RODOVIÁRIA EM OSIJEK......................33

2.7.2.1 FICHA TÉCNICA DO PROJETO..........................................................................33

2.7.2.2 IMPLANTAÇÃO....................................................................................................34

2.7.2.3 RELAÇÃO DO ESPAÇO INTERNO COM O EXTERNO.....................................34

2.7.2.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES......................................................................35

2.7.2.5 ZONEAMENTO E FLUXOGRAMA.......................................................................36

2.7.2.6 DIMENCIONAMENTO DE ESPAÇO....................................................................38

2.7.2.7 ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS........................................................................38

2.7.2.8 ACESSIBILIDADE................................................................................................39

2.7.2.9 CONCLUSÃO.......................................................................................................39

2.7.3 ESTUDOS DE CASO 03 - RODOVIÁRIA EM BRASÍLIA....................................39

2.7.3.1 FICHA TÉCNICA DO PROJETO..........................................................................39

2.7.3.2 IMPLANTAÇÃO....................................................................................................40

2.7.3.3 RELAÇÃO DO ESPAÇO INTERNO COM O EXTERNO.....................................41

2.7.3.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES......................................................................42

2.7.3.5 ZONEAMENTO E FLUXOGRAMA.......................................................................42

2.7.3.6 FORMA.................................................................................................................43

2.7.3.7 ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS........................................................................44

2.7.3.8 ACESSIBILIDADE................................................................................................44

2.7.3.9 CONCLUSÃO.......................................................................................................45

3 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO..................................................46

3.1 INTRODUÇÃO AO CAPÍTULO............................................................................46

3.2 CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL....................................................................46

3.3 LOCALIZAÇÃO DO TERRENO...........................................................................47

3.4 MAPA NOLLI, USO DO SOLO E ALTURA DAS EDIFICAÇÕES.......................48

3.5 INFRAESTRUTURA URBANA.............................................................................52

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3.6 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TERRENO..........................................54

3.7 SÍNTESE DE LEGISLAÇÕES E NORMATIVAS..................................................59

4 CONCEITO E DIRETRIZES PROJETUAIS..........................................................60

4.1 INTRODUÇÃO......................................................................................................60

4.2 CONCEITO DO PROJETO...................................................................................60

4.3 DIRETRIZES DE ARQUITETURA........................................................................61

4.4 DIRETRIZES URBANÍSTICAS.............................................................................61

5 PARTIDO GERAL.................................................................................................64

5.1 INTRODUÇÃO......................................................................................................64

5.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES......................................................................64

5.3 ORGANOGRAMA/FLUXOGRAMA......................................................................65

5.4 PROPOSTAS DE ZONEAMENTOS.....................................................................66

6 CONCLUSÃO.......................................................................................................69

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................71

ANEXOS

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CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO

1.1 INTRODUÇÃO AO CAPÍTULO

Na última década no município de Marau, ocorreu um aumento populacional

significativo, segundo dados estatísticos do IBGE – 2017, nos últimos 10 anos a

cidade teve um aumento de 7.281 habitantes. Esse aumento populacional contribuiu

para que outros fatores da cidade crescessem junto. Com essa evolução a cidade

recebe diversas pessoas de outros municípios todos os dias, com isso a população

marauense, também vai para outros municípios, o meio de transporte mais utilizado é

o ônibus.

Atualmente a sede da estação rodoviária de Marau, é imprópria para a

utilização, não possui segurança, acessibilidade, conforto e estrutura adequada,

também não contém espaços adequados para os seus usuários e funcionários. Assim,

cada vez mais é necessária a instalação de uma nova sede. A nova estrutura cumprira

suas finalidades, e ainda ajudará com a mobilidade urbana de seu entorno, permitindo

um acesso rápido e fácil, tirando os ônibus intermunicipais das ruas do centro da

cidade, desafogando o trânsito da cidade nos horários de pico. Também serão

priorizadas a segurança e bem-estar das pessoas que usufruíram diariamente do

local.

Para que seja executada as metas acima, o empreendimento a ser

desenvolvido será instalado em um amplo terreno localizado no Loteamento Vicente

Riva, no Bairro Santa Lucia, onde se localiza uma das principais entradas da cidade

de Marau, com acesso a cidade de Passo Fundo pela RS-324 (Figura 01).

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Figura 01: Localização do terreno Loteamento Vicente Riva

Fonte: Do Autor

1.1.1 OBJETIVO GERAL

O projeto tem como objetivo analisar e buscar informações para desenvolver

na cidade de Marau um novo espaço para a estação rodoviária juntamente com um

centro comercial, oferecendo uma estrutura que proporcione conforto e segurança

para as pessoas que por ali passam, visando o bem-estar da população, planejando

um transito mais viável para os onibus, tendo em vista sua implantação, que será bem

próxima a entrada e saída Norte do município, que também tem acesso rápido e fácil

ao centro da cidade.

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1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Para a realização do presente trabalho, alguns critérios foram selecionados, os

quais terão ênfase no desenvolvimento do mesmo. Critérios esses que são:

Acessibilidade: Desenvolver as principais formas de acesso universal,

permitindo que todas as pessoas usufruam do espaço com facilidade.

Comodidade aos passageiros: Planejar ambientes onde os passageiros

possam descansar e armazenar suas bagagens de maneira segura até a

chegada o ônibus.

Mobilidade Urbana: Viabilizar a mobilidade do local que será implantada a

Estação Rodoviária, para ter acesso rápido e fácil, e também irá contribuir para

a diminuição da circulação dos ônibus intermunicipais nas ruas urbanas da

cidade.

Estrutura: Desenvolver uma edificação onde os usuários e funcionários

consigam suprir as necessidades desejadas no local.

Momento Atrativo / Lojas: Integrar juntamente com a nova sede da estação

rodoviária, algumas lojas onde os passageiros e a população possam realizar

suas compras, e áreas de estar, permanência e descanso.

Espaço para ônibus: Propor espaços adequado destinados aos ônibus, como

estacionamento, espaço de manobra.

Acessos: Propor acessos individuais de pedestres, carros e ônibus.

1.2 TEMA DO PROJETO

O atual trabalho tem como sua principal finalidade criar uma nova sede para a

estação rodoviária de Marau, solucionando os problemas mencionados

anteriormente. E será proposto juntamente com a estação rodoviária, áreas de uso

comum, como, áreas de estar, permanência e de descanso, áreas de armazenamento

e despacho de mercadoria, praça de alimentação e diversas lojas, para que as

pessoas possam aproveitar melhor o seu tempo em quanto aguardam a hora em que

o ônibus partirá para se destino.

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A mesma será instalada em um terreno que atende todas as exigências da

estrutura de uma rodoviária. Localizado em uma via de acesso rápido a outros

municípios, ou seja, na RS-324, e também tem acesso rápido ao centro da cidade de

Marau, pela Rua João Posser. O lote foi escolhido aderindo os critérios de propor uma

boa acessibilidade universal, sua localização apropriada trás para a cidade melhorias

na mobilidade urbana da cidade. Atualmente os onibus transitam em toda a cidade

para chegar na estação rodoviária, deixam o transito da cidade mais lento. Assim, no

novo local os onibus contornam a cidade, sem transitar nas ruas urbanas, auxiliando

no fluxo da mobilidade urbana local.

1.3 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROJETO

Após a realização de entrevistas, desenvolvida pela autora, com os usuários e

funcionários da estação rodoviária de Marau, sendo estes de todas as faixas etárias,

concluiu-se que, a atual sede não tem infraestrutura suficiente, e não atende as

principais demandas, tais como, um número de bilheterias, ter sala de espera e praça

de alimentação confortável e que tenha espaços suficiente para seus usuários,

banheiros adequados, estacionamento para onibus e carros. Os usuários

entrevistados, sentem a carência de espaços, tais como, área de descanso, espera,

convivência, lazer, praça de alimentação adequada, banheiros, principalmente de um

acesso individual para carros e pedestres. Além de não contar com os requisitos

mínimos a fim de fornecer acessibilidade a todos que necessitam utilizar este espaço.

Já os funcionários entrevistados, visam que os espaço destinados a eles estão

em péssimo estado de conservação e estão pequenos para atender a demanda de

passageiros, tendo como maior necessidade, um espaço para armazenamento de

bagagem, ambientes destinados para uso exclusivo dos funcionários, tais como,

banheiros, copa e um espaço para guardar seus pertences, espaço para o ônibus

fazer a manobra, estacionamento para deixarem seus carros. Além de não contar com

os requisitos mínimos a fim de fornecer acessibilidade a todos que necessitam utilizar

este espaço.

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No dia, 02 de outubro de 2018, o atual proprietário da Estação Rodoviária, deu

uma entrevista para o jornalismo da Rádio local chamada VANG FM, onde o mesmo

relatou, que o futuro da Estação Rodoviárias do município está incerto. Pois a atual

edificação deve ser desocupada até o final do ano, o imóvel é alugado, pertencem aos

antigos donos.

Com isso, o atual empresário está atrás de parcerias para a construção do novo

espaço, mas está tendo dificuldades para achar parceiros. Entretanto, afirmou de que

existe a possibilidade do fechamento da estação rodoviária, caso permanece a

dificuldade. O empresário adiantou estar disposto a dialogar para ajustar a situação

do serviço rodoviário.

Assim, a presente pesquisa tem como objetivo principal propor uma nova sede

para a estação rodoviária para o município, através de pesquisas utilizando o

conhecimento adquirido durante as atividades acadêmicas. A proposta da nova

estação rodoviária atenderá o município em estudo e região, voltada a abranger um

público diverso.

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CAPÍTULO 2: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 INTRODUÇÃO AO CAPÍTULO

Nesta parte será apresentada a revisão de literatura que apresenta os

principais assuntos pertinentes a compreensão do tema escolhido para o projeto.

Assim, são apresentados os seguintes assuntos: História dos Terminais Rodoviários

no Brasil, Caracterização do Atual Terminal Rodoviário de Marau, Mobilidade Urbana,

Classificação dos Terminais Rodoviários, Diretrizes Aplicadas ao Projeto e de

Terminais Rodoviários e a Localização Ideal Para Terminais Rodoviários.

2.2 HISTÓRIA DOS TERMINAIS RODOVIARIOS NO BRASIL

No início do século XX, no Brasil as pessoas esperavam o transporte rodoviário

em algum ponto importante para a cidade na época, como praça, postos de gasolina,

armazéns, entre outros. Em 19 de abril de 1939, foi inaugurada a primeiro terminal

rodoviário na cidade de Vacaria no Rio Grande do Sul (Figura 02), sendo o primeiro

estado do Brasil ter um terminal rodoviário. Vendo que a ideia teve um sucesso, foi

inaugurada mais tardar nas cidades de Caxias do Sul e Porto Alegre, também no Rio

Grande do Sul. Após outras cidades brasileiras como Belo Horizonte, Rio de Janeiro,

São Paulo, entre outras, também construíram suas sedes (CHAVES, 2013).

Figura 02: Primeira Estação Rodoviária de Vacaria/RS

Fonte: Almanaque Gaúcho ZH

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Em uma entrevista realizada pela autora do presente trabalho, com o antigo

proprietário da Estação Rodoviárias de Marau, o qual relatou que, em 1950 o Hotel do

Sul (na época, hoje é conhecido como Hotel De Conto), começou a ser ponto de

parada de ônibus, o qual fazia parte de uma linha chamada Maratá, que vinha do sul

do Rio Grande do Sul até o Paraná.

Alguns anos depois, foi instalada a primeira estação rodoviária da cidade, em

frente ao Hotel do Sul, era uma bilheteria com uma lanchonete, o ônibus estacionava

na rua em frente ao estabelecimento para o embarque e desembarque dos

passageiros.

Logo após, passou ter uma sede mais adequada, em sua propriedade ao lado

do posto de gasolina Marauense que também pertence à família Riva, na avenida

principal da cidade, na esquina da praça central, ali permaneceu por anos, até a

construção da atual sede, no ano 1975, também nas propriedades da família Riva

localizado na Rua Reinoldo Mate, na área central de Marau, onde a família Riva ficou

proprietários até o ano de 2016, onde venderam para o ponto para o atual dono.

2.2.1 CARACTERIZAÇÃO DO ATUAL TERMINAL RODOVIÁRIO DE MARAU

Para o desenvolvimento da análise, que relata o real estado de conservação

da atual Estação Rodoviária de Marau, no dia 19 de setembro de 2018 foi realizado

pela autora um levantamento fotográfico (Tabela 01), juntamente com a entrevista

realizada ao antigo proprietário do terminal.

Tabela 01 : Levantamento Fotográfico Da atual sede da Estação Rodoviária de Marau

FOTOGRAFIA COMENTÁRIOS

A Estação Rodoviária de Marau

está localizada na Rua Reinoldo

Mate, no centro da cidade.

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O ponto de táxi está localizado em

frente da Estação Rodoviária, o

mesmo consta com apenas 2 táxi.

O terminal conta com 5

plataforma de embarque e

desembarque.

A Estação tem apenas duas

bilheterias, as mesmas estão em

estado deteriorado.

Banheiros em estado precário, e

não tem adaptação e

acessibilidade para PNE.

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20

Sala de espera interna não é

adequada e confortável, tanto que

não é utilizada pelos usuários.

Praça de Alimentação é o local

onde os usuários usam para fazer

um lanche rápido, também é

usada como sala de espera.

Local de espera externa não é

confortável, impropria,

Juntamente com o local de

embarque e desembarque.

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21

O local de embarque e

desembarque é impropria, pois

não tem espaço suficiente para

abrigar os usuários. Em dias de

chuva os passageiros se molham

ao entrar no ônibus pois a

cobertura é pequena.

Existe também uma lanchonete

que são as próprias, vendedoras

de passagem que atendem.

Como podemos ver a Estação

Rodoviária não apresenta

nenhum tipo de acessibilidade

universal, nem em sua entrada

principal.

Fonte: Da Autora (2018).

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2.3 MOBILIDADE URBANA

A condição que garante a população o direito de se locomover adequadamente

dentro de uma cidade é denominada mobilidade urbana. Para que um município

consiga organizar seu transito de uma forma pratica, rápida e fácil a seus habitantes,

é preciso desenvolver o plano de mobilidade urbana para a cidade, o qual aborda um

conjunto de diretrizes, sendo estas elaboradas para melhorar o deslocamento da

população de forma sustentável, destinando fluxos exclusivos para pedestres,

ciclistas, transporte público, transporte de cargas, carros e motos, melhorando a

qualidade de vida da população local (BARROS, 2018).

O plano em questão é elaborado a partir Lei nº 12.587, que cria a Política

Nacional de Mobilidade Urbana, e aponta alguns princípios, diretrizes e objetivos, os

quais estão expostos no Anexo 01 deste trabalho. Ainda são objetivos da Política

Nacional De Mobilidade Urbana, contribuir para o acesso universal a cidade, além de

fomentar a efetivação dos princípios e diretrizes da política de desenvolvimento

urbano. Esta política traz o Sistema Nacional Urbano, que é um conjunto dos modos

de transporte, serviços e infraestrutura que garantem o acesso de pessoas e cargas

ao território de um município.

A norma trabalhada ainda dá definições quanto a termos referentes ao assunto,

assegura direitos aos usuários do sistema acima citado, bem como das atribuições à

União a fim de auxiliar os municípios na efetivação desta lei. Por fim, a norma traz

diretrizes com intuito de regular os serviços de transporte público coletivo.

Em relação ao município de Marau, onde será desenvolvido o projeto da

estação rodoviária, este não possui plano de mobilidade urbana, no entanto segundo

informações obtidas a partir do site oficial da prefeitura municipal, está sendo

desenvolvido o plano, para isso, foi realizado pesquisas em diferentes locais da

cidade, ouvindo os moradores para observar a atual situação da mobilidade urbana

local e suas principais deficiências.

2.4 CLASSIFICAÇÃO DOS TERMINAIS RODOVIÁRIOS

Segundo Gouvêa (1980), o terminal de passageiros, caracteriza-se como uma

unidade e auxilio ao sistema de transporte público, sendo esta, um ponto de partida e

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de chegada, ou até mesmo um ponto intermediário de uma viagem. Também pode

ser visto como um subconjunto local, incorporado em um amplo conjunto regional, que

cumpre todas as necessidades de um complexo urbano. Tem como sua maior função

dar maior eficiência e melhor organização no sistema de transporte.

Classifica-se os terminais rodoviários, quanto ao seu modo de transporte e a

sua organização política administrativa da origem e destino das viagens.

Assim, quanto ao modo de transporte, classificam-se em:

- Terminal unimodal: é aquele que presta serviços a um único modo de transporte. - Terminal multimodal: serve a mais de uma modalidade de transporte integrado e na maioria das vezes representa um ponto de transbordo necessário para se atingir o destino final. É um tipo de terminal mais característico dos grandes centros urbanos (GOUVÊA, 1980, pag.09).

No entanto em relação a organização política administrativa, Gouvêa classifica

os tipos de serviços de transporte público no meio urbano, que são:

Terminais Urbanos: Os terminais da viagem estão localizados na mesma

cidade ou região metropolitana. O mesmo atende os transportes urbanos, suburbanos

e intermunicipais com pouca quilometragem entre eles. Seus usuários são designados

pelo pouco tempo de espera no terminal e também pela falta de bagagem, porem

frequentam diariamente a mesma rota.

Terminais Interurbano: Seus pontos finais da viagem são núcleos urbanos

emancipados. Estes terminais atendem transportes de média e longa distância entre

os núcleos urbanos. Seus usuários tem um tempo maior de permanência e possuem

bagagens.

Terminal interestadual: São terminais que recebem transportes de outros

estados do mesmos pais. Estas estações comprem os atributos dos terminais urbans

e interurbanos.

Terminal Internacional: Apresenta os mesmos princípios dos terminais

interurbanos e interestaduais, com a distinção do seu porte ser maior, por abranger

mais serviços e comércio, e receber transporte de outros países.

O projeto a ser desenvolvido é classificado com um terminal unimodal, pois

abrange apenas um modo de transporte, e um terminal Interurbano, o mesmo leva os

passageiros para outras cidades, de curta e longa distância. O qual tem a necessidade

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de local adequado para prestações de serviços aos usuários e que cumpra as

características de um terminal rodoviário.

De acordo com o Manual de Implantação de Terminais Rodoviários de

Passageiro, publicado pelo DNER (Diretoria de Transporte de Passageiros), será

analisado como elemento principal o número de partidas médias por dia, sendo assim

será determinado o número de plataformas necessárias para o estabelecimento.

Na tabela a seguir, apresenta a classificação dos terminais rodoviários, a qual

estabelece o número de plataformas necessárias para uma estação rodoviária,

estabelecidas a partir de um número médio de partidas diárias (Tabela 02). No

entanto, se o terminal rodoviário conter mais de 1.250 partidas diárias ou um número

inferior de 15 partidas diárias, o mesmo poder ter um dimensionamento especial.

Tabela 02: Classificação dos Terminais Rodoviários

Fonte: Manual de Implantação de Terminais Rodoviários de Passageiro (DNER),

Adaptada pela autora (2018).

Entretanto, atualmente a estação rodoviária de Marau, se enquadra na

categoria ‘‘G’’, visando um número de 75 a 80 partidas diárias. Considerando que o

projeto a ser desenvolvido, será implantado na região Norte da cidade, onde a mesma

está em fases de crescimento, comercial, territorial, industrial, será proposto um

terminal rodoviário com uma demanda de no mínimo 95 partidas diárias.

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2.5 DIRETRIZES APLICADAS EM PROJETO DE TERMINAIS RODOVIÁRIOS

Para o desenvolvimento do presente trabalho, foi estudado alguns estudos de

casos de terminais rodoviários, artigos, livros, leis, para a elaboração do projeto da

estação rodoviária, analisando os fluxos e funcionamento do mesmo. Com isso, de

acordo com os termos de classificação do Manual de Implantação de Terminais

Rodoviários (DNER), cada categoria estabelecida tem suas áreas de plataformas, dos

ambientes, instalações, equipamentos e de mais acessórios estipuladas. Assim, são

estabelecidos os ambientes de cada setor e suas devidas medidas.

Área de operação são aquelas destinadas a venda de passagens, e outras

atividades administrativas das transportadoras, como espera, embarque e

desembarque de passageiros, chegada e saída de ônibus. Tais como, plataforma de

embarque e desembarque, bilheterias, estacionamento para ônibus que estão em

espera. As áreas de referem a situações normais de acostamento, para cada situação

as áreas serão obtidas através do número de plataforma necessárias, deve ser

considerado 3,50 m a faixa de circulação de ônibus.

Tabela 03: Dimensionamento de Plataformas

Fonte: Manual de Implantação de Terminais Rodoviários de Passageiro (DNER), Adaptada pela autora (2018).

É considerando áreas de uso público, aquelas destinadas ao atendimento aos

usuários, desde a chegada e saída do terminal. Tais como, área de esperar, área de

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embarque e desembarque, sanitário, estacionamento de carros particulares, ponto de

táxi.

Tabela 04: Dimensionamento Do Setor da Uso Público

Fonte: Manual de Implantação de Terminais Rodoviários de Passageiro (DNER),

Adaptada pela autora (2018).

Áreas de serviços públicos, são aquelas de desconto oferecem apoio e

assistência aos usuários. Tais como, telefone público, sala de guarda volumes, sala

de apoio aos usuários.

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Tabela 05: Dimensionamento Do Setor De Serviço Público

Fonte: Manual de Implantação de Terminais Rodoviários de Passageiro (DNER),

Adaptada pela autora (2018).

Área administrativa são aquelas destinadas às atividades administrativas do

terminal. Tais como, sala de controle geral do terminal rodoviário, sanitários e copa,

para os funcionários deste setor.

Tabela 06: Dimensionamento Do Setor Administrativo

Fonte: Manual de Implantação de Terminais Rodoviários de Passageiro (DNER),

Adaptada pela autora (2018).

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Um projeto essencial para um terminal rodoviário, deve obedecer aos requisitos

descritos nas tabelas anteriores, as quais apresentam um dimensionamento ideal, que

proporcionam funcionalidade e qualidade no estabelecimento. E também deve ser

ajustar nas especificações do código de obras do local de implantação.

2.6 LOCALIZAÇÃO IDEAL PARA TERMINAIS RODOVIÁRIOS

A localização ideal, é em um ponto privilegiado da cidade, que atendendo as

características de um terminal rodoviários, que favorece seus usuários, para isso,

deve-se analisar a estrutura do transporte local, os impactos gerados nos fluxos e na

mobilidade do entorno, também deve seguir os princípios do desenvolvimento da

malha urbana local. Ainda, analisar alguns aspectos significativos para a escolha da

localização, como, a topografia do terreno, características do entorno, acessibilidade

e localização de corredores de transporte próximo ao local escolhido (GOUVÊA,

1980).

Para Gouvêa (1980), uma boa localização, é aquela que traz uma grande

quantidade de passageiros para a rodoviária, causando mais efetividade para o

sistema de transporte, posicionada próxima a corredores de transportes, sem

prejudicar a mobilidade urbana existente da região local.

De acordo com o DNER no Manual de Implantação de Terminais Rodoviários

de Passageiro, para realizar a escolha da localização para uma estação rodoviária em

uma área urbana, deve ser feito um levantamento de dados da área desejada, a

mesma terá que atender as finalidades do terminal.

Já no processo de escolha do terreno, deverá ser ouvido os seguintes órgãos:

a Prefeitura Municipal, órgão de transporte local, e em casos especiais a empresa

Brasileira de transportes urbanos. Assim, para iniciar o estudo deve-se ser escolhida

uma comissão com pessoas que representem os órgãos públicos, tendo a mesma o

encargo de executar e coordenar o estudo referido.

Sempre levando em consideração as principais diretrizes de avaliação, como,

adaptar o terminal com o planejamento Urbano, mobilidade urbana e o sistema viário

local, fazer levantamento de estudo do terreno e de seu entorno imediato, a

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localização deve ser em áreas metropolitanas ou zonas urbanas onde se concentra a

maior parte do mercado de passageiros, também já deve ser pensado em futuras

ampliações no terminal. Após o término do estudo, deverá ser entregue ao DNER,

para a aprovação do mesmo. E assim seguir com as demais etapas do sistema de

implantação.

2.7 ESTUDOS DE CASO

2.7.1 ESTUDOS DE CASO 01 - ESTAÇÃO RODOVIÁRIA DE MOGADOURO

2.7.1.1 FICHA TÉCNICA DO PROJETO

Localização: Mogadouro, Portugal

Arquiteto Responsável: Fátima Fernandes e Michele Cannatà

Equipe de design: André Lira, Bruno Marques, Filipe Afonso, João Moura, Marta

Lemos, Miguel Meirinhos, Nuno Castro

Ano do projeto: 2006

Figura 03: Imagem frontal estação rodoviária de Mogadouro

Fonte: Archdaily

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2.7.1.2 IMPLANTAÇÃO

A edificação ocupa todo um quarteirão, que se localiza próxima a principal via

estrutural da cidade, inserida entre edificações institucionais. A principal limitação da

implantação é quanto as pequenas dimensões do terreno faltando o pátio para

manobra dos ônibus dificultando o acesso e saída dos mesmos. O terreno possui

desníveis consideráveis, os quais limitam o zoneamento.

A permeabilidade entre a edificação e seu entorno é pouco visível, já que a

edificação é delimitada por vias em todos os lados (Figura 04).

O problema da topografia, a falta de permeabilidade e a relação entre os

espaços do entorno foram compensados pela forma criativa da construção, que criou

espaços de lazer e conveniência em sua cobertura.

Figura 04: Localização da estação Rodoviária de Mogadouro

Fonte: Archdaily

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2.7.1.3 RELAÇÃO DO ESPAÇO INTERNO COM O EXTERNO

A relação com os espaços é dada através da praça de alimentação, a qual tem

toda a visão do espaço externo da edificação, através de seu volume, gerou espaços

de conveniência em sua cobertura e implantou vegetação gerando equilíbrio climático

no local. A relação entre espaço externo x interno está na própria edificação e sua

implantação (Figura 05).

Figura 05: Relação entre espaço interno/externo

Fonte: Archdaily

2.7.1.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES

Mogadouro está situada no nordeste de Portugal, sua população é inferior a

10.000 mil habitantes e seu principal atrativo é o turismo. O programa do terminal

rodoviário é bem enxuto devido ao tamanho da sua população. Possui um pavimento

com cafeteria, guichês, banheiros e plataforma para 7 ônibus e 3 para táxis.

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2.7.1.5 ZONEAMENTO E FLUXOGRAMA

O projeto é zoneado através dos setores de Social (Sala de espera e praça de

alimentação), Plataforma (estacionamento para ônibus, área de embarque e

desembarque) e de Serviço ao público (Guichês) (Figura 06).

Figura 06: Zoneamento da estação Rodoviária de Mogadouro

Fonte: Archdaily adaptado pela autora (2018).

Figura 07: Fluxograma da estação Rodoviária de Mogadouro

Fonte: Da Autora (2018).

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2.7.1.6 DIMENCIONAMENTO DE ESPAÇO

Tabela 07: Dimensionamento dos Espaços da estação Rodoviária de Mogadouro

Fonte: Da Autora (2018).

2.7.1.7 ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS

A disposição dos ambientes é muito bem planejada, tendo uma forma mais

linear. Essa linearidade se difere apenas no acesso principal de pedestres, a qual traz

mais leveza para a edificação, mas não interfere em sua característica de

organização. A edificação é marcada por sua cobertura, que passa a impressão que

a mesma está enterrada na terra. A escada e as vegetações na cobertura da maior

ênfase para a edificação.

2.7.1.8 CARÁTER

A hierarquia do acesso principal se dá entre o conjunto do tipo dos materiais

utilizados, da forma explorada e das cores utilizadas. Contem homogeneidade de

cores claras em relação às fachadas e aos volumes, porém a utilização de coberturas

verdes e a transparência do vidro contrapõe o resto da construção. Os volumes

seguem uma forma horizontal até o centro da fachada principal, onde é saliente um

volume de vidro, enfatizando o acesso de pedestres (Figura 08).

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Figura 08: Caráter da Edificação

Fonte: Archdaily

2.7.1.9 ACESSIBILIDADE

O acesso à edificação é simples, a topografia frontal é plaina e adequada a

passagem de pessoas com deficiências (PCD), sem a necessidade de rampa na

edificação, só se encontra rampa na lateral da construção próxima a saída de ônibus,

a qual permite que PCD acesse o espaço de lazer no telhado verde (Figura 09).

Figura 09: Rampa externa da edificação

Fonte: Archdaily

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2.7.1.10 CONCLUSÃO

Após a análise deste projeto, o que tem de mais atrativo e que poderá ser

utilizado para o desenvolvimento do atual trabalho é sua forma, a qual é proposta

conforme a topografia do terreno, a maneira que foi que os ambientes foram dispostos

e planejados, dando harmonia para a edificação. E a relação que o projeto tem entre

os ambientes internos e externos.

2.7.2 ESTUDOS DE CASO 02 - ESTAÇÃO RODOVIÁRIA EM OSIJEK

2.7.2.1 FICHA TÉCNICA DO PROJETO

Arquitetos: Rechner

Ano: 2011

Área construída: 11066 m²

Área do terreno: 21199 m²

Status: Construído

Materialidade: Metal e Vidro

Estrutura: Aço

Localização: Osijek, Croácia

Implantação no terreno: Isolado

Figura 10: Perspectiva da Estação Rodoviária em Osijek

Fonte: Archdaily

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2.7.2.2 IMPLANTAÇÃO

A topografia do terreno é plana, a qual facilita a disposição dos espaços no

terminal, sendo dispostos linearmente. O terminal se localiza perto da estação de trem

da cidade, qual tem suma importância. Com isso, a via urbana que abrange as duas

estações distintas possui características de via coletora, levando o fluxo a uma via

estrutural da cidade (Figura 11).

Figura 11: Implantação da Estação Rodoviária em Osijek

Fonte: Archdaily

2.7.2.3 RELAÇÃO DO ESPAÇO INTERNO COM O EXTERNO

A integração entre o espaço interno e externo facilita o acesso dos pedestres

ao edifício. Isso ocorre pela integração entre o vazio do espaço e a projeção da

cobertura com maior ímpeto em toda edificação, e também pela pavimentação

integrada entre o passeio e o contorno da construção (Figura 12). A projeção da

cobertura em torno das fachadas evidencia maior integração, mas também controla a

intensidade solar funcionando como brises em certas horas do dia.

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Figura 12: Imagem interna da Estação Rodoviária em Osijek

Fonte: Archdaily

2.7.2.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES

A cidade de Osijek tem como principal atrativo o turismo, e o ponto forte a

economia na cidade é as indústrias, sua população passa de 100 mil habitantes. Então

precisasse de solução para o terminal rodoviários da cidade, foi lançado um concurso

o qual deveria ter uma solução melhor economicamente, em termos de

manutenção do custo de construção e uso. O projeto escolhido foi o que trouxe mais

vantagens na localização escolhida, e sua posição no tecido urbano, melhorou a

solução urbana local.

O terminal de transporte urbano está localizado no leste da edificação, o lado

da quadra longitudinal: estação de bonde eléctrico, cinco plataformas para ônibus

de transporte urbano, táxi, uma grande praça com a superfície do telhado e muro alto

oblíqua que aponta em direção à entrada do edifício e também separa as plataformas

de acesso externo.

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2.7.2.5 ZONEAMENTO E FLUXOGRAMA

No pavimento subsolo estão situados as vagas de estacionamento e os

depósitos de serviço. O acesso é dado por uma rampa central e pelos elevadores e

escadas, quais estão distribuídos nas extremidades do edifício (Figura 13).

Figura 13: Zoneamento Planta Baixa Subsolo

Fonte: Archdaily adaptado pela autora (2018).

Já no pavimento térreo se encontras os ambientes os guichês de passagens, o

setor social de esperas e cafeterias, além das salas de companhias de transportes e

o acesso principal de pedestres (Figura 14).

Figura 14: Zoneamento Planta Baixa Pavimento Térreo

Fonte: Archdaily adaptado pela autora (2018).

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E por fim, no segundo pavimento se encontra uma cafeteria e uma praça de

alimentação. Esse pavimento é destinado mas para os usuários que permanecem

mais tempo no terminal rodoviário (Figura 15).

Figura 15: Zoneamento Planta Baixa segundo pavimento

Fonte: Archdaily adaptado pela autora (2018).

Figura 16: Fluxograma Planta Baixa Subsolo

Fonte: Da Autora (2018).

Figura 17: Fluxograma Planta Baixa Pavimento Térreo

Fonte: Da Autora (2018).

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Figura 18: Fluxograma Planta Baixa Segundo Pavimento

Fonte: Da Autora (2018).

2.7.2.6 DIMENCIONAMENTO DE ESPAÇO

Tabela 08: Dimensionamento dos Espaços da Estação Rodoviária em Osijek

Fonte: Da Autora (2018).

2.7.2.7 ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS

O edifício de arquitetura simples e homogênea, sua maior diferença ocorre na

curva levemente sinuosa da fachada na cobertura e a rigidez entre ângulos com linhas

retas na estrutura de vedação. Transmite leveza ao olhar, através dos painéis em

vidro, já sua cobertura traz complexidade ao projeto.

Na planta baixa os ambientes são distribuídos linearmente, a edificação em si

se caracteriza pela homogeneidade do conjunto, porém na porção leste apresenta

uma alteração do padrão, a mais importante, é a subtração na planta baixa em ângulo

que se opõe ao todo, e depois vemos a projeção da cobertura, que ajuda a demarcar

o acesso de pedestres. Sua principal característica é a horizontalidade, devido seu

programa de necessidades e a relação que a edificação tem com o seu entorno.

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2.7.2.8 ACESSIBILIDADE

Em toda a edificação a acessibilidade se dá sem obstáculos, desde o passeio

até o acesso à edificação, dentro da estação a circulação é ofertada por elevadores.

É importante ressaltar que as vagas de garagens de PCD estão situadas próximas à

circulação vertical.

2.7.2.9 CONCLUSÃO

Após a análise deste projeto, o que tem de mais atrativo e que poderá ser

utilizado para o desenvolvimento do atual trabalho é trazer melhores soluções

econômicas, em relação a manutenção e custo da construção do terminal rodoviário.

Propor uma arquitetura simples e homogênea, que ao menos tempo traz elementos

na fachada que dá todo o destaque para o projeto. O uso da distribuição linear dos

ambientes, também é um ponto positivo do projeto.

2.7.3 ESTUDOS DE CASO 03 - RODOVIÁRIA EM BRASÍLIA

2.7.3.1 FICHA TÉCNICA DO PROJETO

Arquitetos: Reis Arquitetura - Luís Antônio Almeida Reis (autor e coordenador geral);

Maria Eduarda Vasconcelos de Almeida, Allan Arnaldo de Araújo e Luiz Otávio Alves

Rodrigues (coautores)

Área construída: 19.800 m²

Área do terreno: 90.200 m²

Ano: 2008/2010

Tipo do projeto: Rodoviária

Localização: Brasília, DF, Brasil

Materialidade: Metal, Vidro

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Figura 19: Rodoviária de Brasília

Fonte: Arcoweb

2.7.3.2 IMPLANTAÇÃO

A região onde está implantada a Estação rodoviária é plana, com isso o projeto

se desenvolveu em apenas um pavimento. Localizada perto do aeroporto, no eixo da

antiga estação rodoferroviária, e fica na imediação da estação shopping do metro.

Está implantada em um terreno com 90.200m², com isso o projeto conta com grandes

espaços externos (Figura 20).

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Figura 20: Localização da Rodoviária de Brasília

Fonte: Google Maps (2018).

2.7.3.3 RELAÇÃO DO ESPAÇO INTERNO COM O EXTERNO

Devido a Estação rodoviária possuir um grande espaço esterno, interliga os

espaços externos e internos, com a forma que é posicionado os ambientes internos,

dando a forma radial a eles, e com o formato de estádio de futebol, deixando visível o

espaço externo com grandes fachadas de vidro em todo seu redor (Figura 21).

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Figura 21: Relação dos espaços externos e internos

Fonte: Arcoweb

2.7.3.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES

O terminal possui, aproximadamente 35 plataformas para ônibus e conta com

um estacionamento de 200 vagas. Possui acesso e saída de ônibus independente, e

setorizado em outra edificação está a parte de encomendas. Na parte central do

edifício está a praça de alimentação. Estima-se que a rodoviária possa atender até

3.500 passageiros diariamente, voltada para o centro estão lojas de diversas

finalidades. Ao lado do acesso central está localizado os guichês e nas limitações

estão as lojas, banheiros e administrativo.

2.7.3.5 ZONEAMENTO E FLUXOGRAMA

O projeto é zoneado através de ambientes administrativo, lojas, quiosques,

Bilheterias, plataformas, sanitários e o ambiente de encomendas. (Figura 22).

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Figura 22: Zoneamento da Rodoviária de Brasília

Fonte: Arcoweb

Figura 23: Fluxograma da Rodoviária de Brasília

Fonte: Arcoweb, adaptado pela autora (2018).

2.7.3.6 FORMA

A edificação tem características únicas, sua forma é similar à de um estádio de

futebol, até com a homogeneidade das cores. A edificação é toda de estrutura

metálica, devido grande proximidade gera uma análise geral sobre as treliças

espaciais. Existe também um vidro curvo, próximo aos espelhos d’água, que se

caracterizam como este elemento arquitetônico. A cobertura, de estrutura metálica,

possui forma de plano com certa inclinação e se opõe ao volume curvo da parte de

guichês do edifício, se caracterizando por contraste.

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A edificação é marcada pela forma da cobertura, que marca o acesso principal,

em relação a proporção da edificação, torna-se acanhado e pouco equilibrado em

análise ao aspecto de proporção dos volumes. O uso da forma da estrutura metálica

na cobertura, é uma solução para a passagem de ar para a edificação (Figura 24).

Figura 24: Croqui esquemático da cobertura

Fonte: Arcoweb

2.7.3.7 ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS

A disposição dos espaços representada de formal radial, onde os espaços

lineares e centralizados buscam um espaço central como referência e os espaços

posteriores com as mesmas importâncias delimitadas a partir do primeiro, porém sem

rigidez e simetria.

2.7.3.8 ACESSIBILIDADE

Nos acessos de pedestres e de veículos da edificação possuem piso tátil e

acessibilidade universal, todas as calçadas externas não possuem desníveis, assim

permite que pessoas com necessidades especiais transitem, mas áreas externas.

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2.7.3.9 CONCLUSÃO

Após a análise deste projeto, o que tem de mais atrativo e que poderá ser

utilizado para o desenvolvimento do atual trabalho é O formato da edificação que

corresponde a um estádio de futebol, pode ser disposto os ambientes de forma Radial,

deixando a praça de alimentação em seu meio e todos os demais ambientes ao seu

redor. Esse é o grande diferencial do projeto.

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CAPÍTULO 3: DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

3.1 INTRODUÇÃO AO CAPÍTULO

Nesta parte será apresentado o diagnóstico da área de implantação.

3.2 CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL

Por um longo tempo, o município de Marau, foi território para tropeio de cago.

Com o tempo, a Coroa dividiu as sesmarias, para os militares e tropeiros fundassem

suas estâncias. Com isso, ocorreu as primeiras vilas, um do foi nominado como Tope

e o outro de Marau. Sendo que por volta de 1904, os primeiros imigrantes italianos

foram se estabelecendo vilas. Já em 1916 se tornou sede do 5º Distrito de Passo

Fundo, criado em 1916.

Mais tardar, em 28 de fevereiro de 1955 foi nomeado município, tendo como

atividades iniciais o artesanato, ferrarias, marcenarias e curtumes. Em foi inaugurada

a primeira indústria da cidade, o Frigorífico Borella, logo mais, foi fundado as empresas

Fuga Couros e a Óleos Vegetais. Enquanto a produção agrícola e pecuária

predominava na área rural.

Já na década de 1970, a instalação de agências bancárias, o cooperativismo

agrícola e a mecanização da lavoura alteraram radicalmente o perfil da produção

Marauense, voltando-a maciçamente para a monocultura. Com isso a Primeira

Cooperativa agrícola foi a Cooperativa Agrícola Mista de Marauense LTDA (Figura

25), instalada em frente ao trevo Norte de Marau, local de fácil acesso dos agricultores.

A mesma, seguiu com suas atividades até década de 1990, onde decretou falência.

Porém, a crise no setor agrícola na década de 80, não causou apenas um grande

êxodo rural, mas também mudanças nas atividades da cidade.

Hoje a sede da Cooperativa se se encontra em faze de demolição. Atualmente

Marau é uma cidade em desenvolvimento, conta com onze escolhas de ensino

fundamentais, quatro estaduais, doze de creches e duas escolas particulares e

também conta com quatro instituições de ensino superior. Também possui com

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inúmeras empresas de diversos setores, pelo menos três delas conhecidas em todo

o país.

Figura 25: Sede da Cooperativa Agrícola Mista de Marauense LTDA em 1970

Fonte: Marau Outrora

Marau também é beneficiada com uma rica agricultura, pelas suas técnicas de

cultivo no solo, na também pela diversidade de produtos, na pecuária, produção de

leite e a avicultura, as mesmas atendem à demanda das indústrias de alimentos

cidade e região.

3.3 LOCALIZAÇÃO DO TERRENO

Para a realização do projeto da Estação Rodoviária para a cidade de Marau,

no Rio Grande do Sul, realizou-se estudos para se ter uma ótima localização, com

isso, o terreno escolhido está localizado entre os Bairros Santa Lúcia e Bairro Cohab,

em frente ao trevo Norte da Cidade (Figura 26). Aproximadamente 3km de distância,

até o centro da cidade, prevendo tempo de deslocamento de a pé de 30 a 45 minutos,

ou por algum meio de transporte 10 a 20 minutos, dependendo do transito.

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Figura 26: Localização do Terreno

Fonte: Prefeitura Municipal, adaptada pela autora (2018).

3.4 MAPA NOLLI, USO DO SOLO E ALTURA DAS EDIFICAÇÕES

Para análise da área de implantação do projeto, é observado um raio de 1000

metros de abrangência, onde foi possível levantar dados como, os mapas Nolli a

baixo, onde mostram dados da malha urbana do entorno. No mapa a seguir (Figura

27), podemos ter uma noção de cheio e vazios do entorno do terreno.

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Figura 27: Mapa cheios e Vazios do entorno do terreno

Fonte: Da autora (2018).

Figura 28: Gráfico Cheios e Vazios

Fonte: Da autora (2018).

No mapa a baixo (Figura 29), podemos observar o uso do solo, onde temos

grandes empresas, grande variedade de comercio e de prestação de serviço, porem

o predomínio da área de abrangência é de moradias com alturas baixas, as mesmas

não fazem projeção de sombra no terreno.

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Figura 29: Mapa uso do solo do entorno do terreno

Fonte: Da autora (2018).

Figura 30: Gráfico de Usos

Fonte: Da autora (2018).

No mapa de alturas (Figura 31), podemos notar que a maioria das moradias

são de apenas um pavimento, sendo essa casa as mais antigas, as moradias com 2

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pavimentos foram construídas no máximo 5 anos atrás, que tem uso misto de

comercio ou serviço, junto com a moradia, e as de 3 pavimentos são pavilhões de

empresas, por fim as edificações com mais de 4 pavimentos são prédios residenciais.

Figura 31: Mapa de altura do entorno do terreno

Fonte: Da autora (2018).

Figura 32: Gráfico das Alturas

Fonte: Da autora (2018).

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3.5 INFRAESTRUTURA URBANA

O terreno está localizado em frente a RS324, a qual que um fluxo intenso de

veículo, a mesma liga a cidade de Marau com as cidades de Passo Fundo e Casca.

E também tem acesso para a principal via da cidade, a mesma tem um grande fluxo

diariamente, já as demais vias são de fluxo baixo.

Figura 33: Mapa de vias e seus fluxos do entorno do terreno

Fonte: Da autora (2018).

Devido ao terreno estar situado dentro da malha urbano do município, o menos

tem as principais redes de serviço de infraestrutura, como, esgoto pluvial e cloacal,

rede de água abastecida pela corsan e rede de energia abastecida pela RGE.

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Figura 34: Mapa das redes de infraestrutura do entorno do terreno

Fonte: Da autora (2018).

Como pode-se observar (Figura 35), no entorno do terreno se encontra uma

nascente de água no Loteamento Cohab, e um açude em uma propriedade particular,

e grandes áreas com arborização, também notasse que em todas os quarteirões

existe árvores.

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Figura 35: Mapa de vegetação urbana do entorno do terreno

Fonte: Da autora (2018).

3.6 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TERRENO

O terreno consta com 28.420mil m², localizado no quarteirão 295 e 495 do

Loteamento Vicente Riva em Marau RS. De acordo com o plano diretor da prefeitura

municipal o lote pertence a Zona Mista (ZM), a qual exibe um índice de aproveitamento

(IA) de 1,2%, sendo 34.104m² e a taxa de ocupação (TO) 60%, tendo 17.052 m² de

área destinada para construção.

Também estabelece que o recuo frontal deve ser de 3 metros e os laterais são

calculados com relação à altura da edificação. Edifícios de até dois pavimentos ou

com altura igual a 7,50 metros são isentos de recuos laterais e de fundos. Para

edifícios com mais de três pavimentos o recuo lateral deve ser igual a altura da

edificação dividido por doze (h/12), porém nunca inferior a 2,50 metros e o recuo de

fundos deve ser de 4 metros.

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Figura 36: Mapa do terreno

Fonte: Da autora (2018).

As edificações predominantes do entorno são residências com alturas baixas,

as quais não fazendo projeção de sombra no terreno. No lote não se encontra nenhum

tipo de vegetação, e nenhum mobiliário urbano e nem edificações. Situado em uma

das principais entradas da cidade, conta com paradas de onibus em 100 de distância,

localizadas nas vias estrutural da cidade e na rodovia RS 324. Atraves da topografia

do terreno (Figura 37), podemos ver o desnível de 5 metros do terreno.

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Figura 37: Mapa da topografia do terreno

Fonte: Da autora (2018).

Figura 38: Corte do terreno

Fonte: Da autora (2018).

Podemos observar que no entorno do terreno, estão instaladas industrias,

estabelecimentos que prestam serviços para a comunidade, moradias e também há

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uma parte da antiga cooperativa, a mesma está sendo demolida aos poucos. E através

das visuais do entorno e do terreno (Tabela 09), notamos que as edificações do

entorno são de no máximo 3 pavimentos.

Figura 39: Planta das Visuais

Fonte: Da autora (2018).

Tabela 09: Visuais do entorno e do terreno

Visual 01

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Visual 02

Visual 03

Visual 04

Visual 05

Visual do

Terreno

Fonte: Da autora (2018).

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Figura 40: Skyline

Fonte: Da autora (2018).

3.7 SÍNTESE DE LEGISLAÇÕES E NORMATIVAS

Para o desenvolvimento do presente trabalho, será seguindo algumas normas

como:

NBR 9050:2015: A principal norma que trata a acessibilidade das edificações

de uso público, também apresenta parâmetros técnicos de acessibilidade em

terminais rodoviários;

NBR 9077:2001: Que diz a respeito sobre as saídas de emergência em

edifícios públicos;

Lei 12.587: Diz respeito a Princípios, Diretrizes e Objetivos da Política Nacional

de Mobilidade Urbana;

Plano Diretor e Código de Obras da cidade de Marau: Ambos não há

características especificas para terminais rodoviários, porém é permitido a instalação

de edifícios com maiores proporções na Zona Urbana do terreno escolhido;

Normatização especifica do DAER (Departamento de Autônomo de

estradas e Rodagens): A mesma especifica como deve ser as instalações e

dimensionamento dos ambientes internos da estação rodoviária.

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CAPÍTULO 4: CONCEITO E DIRETRIZES PROJETUAIS

4.1 INTRODUÇÃO

Nesta parte será apresentado o conceito de projeto e suas principais diretrizes

arquitetônicas e urbanísticas, os quais apresentam formas ao projeto e as principais

características do entorno e da proposta do projeto.

4.2 CONCEITO DO PROJETO

Ao escolher o local de implantação da nova sede, foi considerado sua

localização, pois a mesma se destaca por estar em frente a uma rota de passagem,

firmando o seu referencial e destaque visual para quem chega ou sai da cidade, ou

para mesmo quem está passando por ela.

Desta forma, buscou se uma caracterização no qual se enquadra com o

terminal rodoviário, dando-se como conceito o EFEITO BOOMERANG (Figura 41),

assim a estação rodoviária é o ponto de partida do objeto, e o boomerang é o ônibus,

sendo que, ele parte para outros municípios e volta ao seu ponto de partida, levando

e trazendo passageiros.

Figura 41: Efeito Boomerang

Fonte: Google Imagens

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4.3 DIRETRIZES DE ARQUITETURA

A estação rodoviária hoje está situada no centro da cidade, em um terreno

pequeno, sem espaço para ampliação e sem acessibilidade universal. A proposta é

realocar para um lote maior e mais afastado do centro da cidade. Portando as

diretrizes a seguir:

Adequar o Projeto: Conforme Normas do DNIT, NBR 9050:2015 norma de

acessibilidade universal;

Fácil Acesso: Acesso demarcado através do trevo norte da cidade;

Formas: Retas para explorar as vistas do entorno;

Materiais: Buscando completar as diretrizes, com uso de estruturas mista (aço

e concreto) e vidros, sendo eles materiais sustentáveis e de energia renovável;

Mobiliário Urbano: Equipamentos urbanos nas áreas externas;

Espaços Convivência: Áreas de lazer internas, praça de alimentação, sala de

estar, lancheiras, restaurantes, entre outras e áreas de lazer externas;

Espaços Comercial: Lojas, farmácia, trazendo como atrativos para a região

norte da cidade, juntamente com o terminal rodoviário população;

Espaço de Descanso e pernoite: Incorporar ao projeto, dormitório com

banheiros, que ficaram à disposição dos usuários da estação rodoviária, para

locação;

Espaços para recebimento de mercadorias: Sala destinada para o

recebimento e envio de mercadorias para outras cidades através dos ônibus;

Administração local: Ter salas destinadas para cada companhia de

transportes;

4.4 DIRETRIZES URBANÍSTICAS

A nova localização tem muitas características importantes para a implantação

do projeto, tendo em vista alguns problemas e potencialidade apontados na tabela

abaixo:

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Tabela 10: Diretrizes Urbanísticas

PROBLEMA DIRETRIZES IMAGENS

A atual sede não

compre seus

principais

atributos, além de

estar

malconservada e

não tem espaço

para Ampliação.

Implantar a Estação

Rodoviária em um

ponto mais favorável

aos ônibus e um

terreno mais amplo,

podendo melhorar a

infraestrutura da

edificação.

Sistema Viário

Como a nova

localização, os ônibus

faram uma rota, sem

prejudicar o transito

da cidade até chagar

na estação rodoviária.

Distância do

centro da Cidade

Movimentar a área de

implantação,

propondo lojas junto

ao projeto, para

movimentar a região

Norte da cidade.

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POTENCIALIDADE DIRETRIZES IMAGENS

Topografia do

terreno

Beneficiar a edificação

com as vistas do

entorno

Áreas de Lazer

Propor espaços de

lazer internos e

principalmente

externos

Novos veios de

Transporte

Propor uma ciclovia,

mais arborização na

via principal que liga o

terreno com o centro

da cidade.

Fonte: Da autora (2018).

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CAPÍTULO 5: PARTIDO GERAL

5.1 INTRODUÇÃO

Nesta parte será apresentado o partido geral do projeto.

5.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES

Para a elaboração do programa de necessidade e do pré-dimensionamento do

projeto, foi visado através das análises dos estudos de casos apresentados

anteriormente, pode ser definido os setores seus destinados ambientes, com seus

mobiliários e a área total necessária.

Tabela 11: Programa de Necessidades

SE

TO

R

PR

ES

TA

ÇÃ

O

DE

SE

RV

IÇO

S

Guichês 6 m² Cadeira/Balcão

Depósito de Bagagens 15 m² Cadeira/Balcão/Armários

Sala de Encomendas 15 m² Cadeira/Balcão/Armários

Táxis Vagas/Un. Carros

Sala da companhia

de Transporte

12m² Cadeira/Balcão/Armários

Estacionamento Vagas/Un. Carros

Caixas Eletrônicos 25 m² Caixas Eletrônicos

SE

TO

R S

OC

IAL

Haall 6 m² Poltronas

Sala de Espera 30 m² Poltronas

Cafeteria 50 m² Mesas e Cadeiras

Restaurante 50 m² Mesas e Cadeiras

Saguão 50 m² Cadeiras

Salas Comerciais 45 m² Vitrines/Araras

Sanitários 50 m² Vasos Sanitários/Pias

Plataformas de

embarque

15 m² Ônibus

Alojamento 15 m² Cama, armário, banheiro

SETOR AMBIENTE ÁREA m² MOBILIÁRIO

AD

MIN

IST

RA

TIV

O Recepção 18 m² Poltronas/ mesa

Contabilidade 12 m² Mesas e cadeiras

Sala da Direção 12 m² Mesas e cadeiras

Sala de Reuniões 20 m² Mesa e cadeiras

Almoxarifado 10 m² Armários

Lavabo 10 m² Vasos Sanitários/Pias

Sala da DAER 14 m² Mesa e cadeiras

Sala do DENIT 14 m² Mesa e cadeiras

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Boxes Vagas/Un. Ônibus

Fonte: Da Autora (2018).

5.3 ORGANOGRAMA/FLUXOGRAMA

A partir da definição dos ambientes para a estação rodoviária foram elaborados

o organograma e o fluxograma da edificação.

Figura 42: Organograma e Fluxograma do pavimento térreo

Fonte: Da Autora (2018).

SE

TO

R D

E

SE

RV

IÇO

/

FU

NC

ION

ÁR

IO

DML 12 m² Armários

Sala de Segurança 18 m² Mesa e cadeiras

Copa 12 m² Mesa/cadeiras/Utensílios

Sala de descanso 22 m² TV/Sofá/Mesas/Cadeiras

Sanitários Femininos 15 m² Vasos Sanitários/Pias

Sanitários Masculinos 15 m² Vasos Sanitários/Pias

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Figura 43: Organograma e Fluxograma do Primeiro Pavimento

Fonte: Da Autora (2018).

Figura 44: Legenda do Organograma e Fluxograma

,

Fonte: Da Autora (2018).

5.4 PROPOSTAS DE ZONEAMENTOS

Abaixo serão apresentadas as 3 propostas de zoneamento e suas justificativas

para o desenvolvimento do projeto, elaborados pela autora. Ambas propostas,

buscam de melhor forma dispor os setores, visando um bom funcionamento de fluxos

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na edificação, gerando ambientes mais confortáveis e harmoniosos para os usuários

e funcionários.

Na primeira proposta (Figura 45), foi desenvolvida a través de traços mais

lineares, concentrando os setores Administrativo, Serviços/Funcionários e Prestação

de serviço a norte, deixando o setor social mais a sul e oeste, tendo dois acessos de

pedestres na edificação, sendo a entrada principal para os usuários da estação

rodoviária, e uma entrada secundária destinada aos funcionários.

Figura 45: Proposta 01 do Zoneamento

Fonte: Da Autora (2018).

Já a segunda proposta (Figuras 46 e 47), foi desenvolvida a partir do conceito,

usando o formato do boomerang, apresentando uma proposta para a edificação com

dois pavimentos, onde o setor social ficou todo a Norte, onde o segundo pavimento

será usado para depósito das lojas locais. E os demais setores localizados a sul, no

pavimento térreo fica localizado o setor de prestação de serviços aos usuários e no

primeiro pavimento fica os setores administrativo e serviço/funcionários, sendo assim

não terá problemas com os fluxos de funcionários e usuários.

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Figura 46: Proposta 02 do Zoneamento Pavimento Térreo

Fonte: Da Autora (2018).

Figura 47: Proposta 02 do Zoneamento, Primeiro Pavimento

Fonte: Da Autora (2018).

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Na terceira e última proposta (Figura 48), foi disposto os setores de forma radial,

onde o centro da edificação é uma praça, possibilitando mais iluminação e ventilação

natural os setores social e prestação de serviço, já o setor administrativo e o setor

serviço/funcionários estão localizados mais aos findos da edificação.

Figura 48: Proposta 03 do Zoneamento

Fonte: Da Autora (2018).

Por fim, a proposta escolhida para desenvolver o trabalho é a proposta do zoneamento

02, a qual dá prioridade aos setor social e prestação de serviço, separando dos setores

administrativo e serviço/funcionários. Também foi escolhida por sua forma, que remete ao

conceito do objeto boomerang.

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6. CONCLUSÃO

O atual trabalho, relatou o atual estado da estação rodoviária da cidade de

Marau/RS, e apresentou uma nova proposta de implantação para o empreendimento,

com o fim de otimizar o tempo de seus usuários e desafogar o transito do centro da

cidade.

Para o desenvolvimento da nova proposta, foi realizada toda a fundamentação

teórica, analise dos estudos de casos, analise do entorno e a legislações, a pesquisa

do fundamental no auxiliou na escolha do terreno, o qual está situado as margens da

RS-324, e na nova proposta, que consta com uma forma funcional e ampla e de rápido

acesso. O projeto da estação rodoviária ira geral impactos no seu entorno, importantes

para sua vizinhança como valorização imobiliária, geração de empregos para a cidade

causara gentrificação, mas também irá aumentar o trafego de veículos do entorno.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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VASCONCELLOS, Eduardo A. Transporte urbano nos países em desenvolvimento: reflexões e propostas. São Paulo: Annablume, 2000. VEPPO & CIA LTDA. Histórico da estação rodoviária. http://www.rodoviaria-poa.com.br/institucional/site/f_empres.htm>. Acesso 01 em setembro de 2018.

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ANEXOS

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RECOTE DA LEI Nº 12.587, DE 3 DE JANEIRO DE 2012.

Institui as diretrizes da Política Nacional de

Mobilidade Urbana; revoga dispositivos dos

Decretos-Leis nos 3.326, de 3 de junho de 1941, e

5.405, de 13 de abril de 1943, da Consolidação

das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo

Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e

das Leis nos 5.917, de 10 de setembro de 1973, e

6.261, de 14 de novembro de 1975; e dá outras

providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1o A Política Nacional de Mobilidade Urbana é instrumento da política de desenvolvimento urbano de que tratam o inciso XX do art. 21 e o art. 182 da Constituição Federal, objetivando a integração entre os diferentes modos de transporte e a melhoria da acessibilidade e mobilidade das pessoas e cargas no território do Município.

Parágrafo único. A Política Nacional a que se refere o caput deve atender ao previsto no inciso VII do art. 2o e no § 2o do art. 40 da Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade).

Art. 2o A Política Nacional de Mobilidade Urbana tem por objetivo contribuir para o

acesso universal à cidade, o fomento e a concretização das condições que contribuam para a efetivação dos princípios, objetivos e diretrizes da política de desenvolvimento urbano, por meio do planejamento e da gestão democrática do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana.

Art. 3o O Sistema Nacional de Mobilidade Urbana é o conjunto organizado e

coordenado dos modos de transporte, de serviços e de infraestruturas que garante os deslocamentos de pessoas e cargas no território do Município. Seção I Das Definições

Art. 4o Para os fins desta Lei, considera-se: I - transporte urbano: conjunto dos modos e serviços de transporte público e privado

utilizados para o deslocamento de pessoas e cargas nas cidades integrantes da Política Nacional de Mobilidade Urbana;

II - mobilidade urbana: condição em que se realizam os deslocamentos de pessoas e cargas no espaço urbano;

III - acessibilidade: facilidade disponibilizada às pessoas que possibilite a todos autonomia nos deslocamentos desejados, respeitando-se a legislação em vigor;

IV - modos de transporte motorizado: modalidades que se utilizam de veículos automotores;

V - modos de transporte não motorizado: modalidades que se utilizam do esforço humano ou tração animal;

VI - transporte público coletivo: serviço público de transporte de passageiros acessível a toda a população mediante pagamento individualizado, com itinerários e preços fixados pelo poder público;

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VII - transporte privado coletivo: serviço de transporte de passageiros não aberto ao público para a realização de viagens com características operacionais exclusivas para cada linha e demanda;

VIII - transporte público individual: serviço remunerado de transporte de passageiros aberto ao público, por intermédio de veículos de aluguel, para a realização de viagens individualizadas;

IX - transporte urbano de cargas: serviço de transporte de bens, animais ou mercadorias;

X - transporte remunerado privado individual de passageiros: serviço remunerado de transporte de passageiros, não aberto ao público, para a realização de viagens individualizadas ou compartilhadas solicitadas exclusivamente por usuários previamente cadastrados em aplicativos ou outras plataformas de comunicação em rede. (Redação dada pela Lei nº 13.640, de 2018)

XI - transporte público coletivo intermunicipal de caráter urbano: serviço de transporte público coletivo entre Municípios que tenham contiguidade nos seus perímetros urbanos;

XII - transporte público coletivo interestadual de caráter urbano: serviço de transporte público coletivo entre Municípios de diferentes Estados que mantenham contiguidade nos seus perímetros urbanos; e

XIII - transporte público coletivo internacional de caráter urbano: serviço de transporte coletivo entre Municípios localizados em regiões de fronteira cujas cidades são definidas como cidades gêmeas. Seção II Dos Princípios, Diretrizes e Objetivos da Política Nacional de Mobilidade Urbana

Art. 5o A Política Nacional de Mobilidade Urbana está fundamentada nos seguintes princípios:

I - acessibilidade universal; II - desenvolvimento sustentável das cidades, nas dimensões socioeconômicas e

ambientais; III - equidade no acesso dos cidadãos ao transporte público coletivo; IV - eficiência, eficácia e efetividade na prestação dos serviços de transporte urbano; V - gestão democrática e controle social do planejamento e avaliação da Política

Nacional de Mobilidade Urbana; VI - segurança nos deslocamentos das pessoas; VII - justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes modos

e serviços; VIII - equidade no uso do espaço público de circulação, vias e logradouros; e IX - eficiência, eficácia e efetividade na circulação urbana. Art. 6o A Política Nacional de Mobilidade Urbana é orientada pelas seguintes diretrizes: I - integração com a política de desenvolvimento urbano e respectivas políticas setoriais

de habitação, saneamento básico, planejamento e gestão do uso do solo no âmbito dos entes federativos;

II - prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado;

III - integração entre os modos e serviços de transporte urbano; IV - mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de

pessoas e cargas na cidade; V - incentivo ao desenvolvimento científico-tecnológico e ao uso de energias renováveis

e menos poluentes; VI - priorização de projetos de transporte público coletivo estruturadores do território e

indutores do desenvolvimento urbano integrado; e VII - integração entre as cidades gêmeas localizadas na faixa de fronteira com outros

países sobre a linha divisória internacional.

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78

VIII - garantia de sustentabilidade econômica das redes de transporte público coletivo de passageiros, de modo a preservar a continuidade, a universalidade e a modicidade tarifária do serviço. (Incluído pela Lei nº 13.683, de 2018)

Art. 7o A Política Nacional de Mobilidade Urbana possui os seguintes objetivos: I - reduzir as desigualdades e promover a inclusão social; II - promover o acesso aos serviços básicos e equipamentos sociais; III - proporcionar melhoria nas condições urbanas da população no que se refere à

acessibilidade e à mobilidade; IV - promover o desenvolvimento sustentável com a mitigação dos custos ambientais e

socioeconômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas nas cidades; e V - consolidar a gestão democrática como instrumento e garantia da construção

contínua do aprimoramento da mobilidade urbana.

CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 26. Esta Lei se aplica, no que couber, ao planejamento, controle, fiscalização e operação dos serviços de transporte público coletivo intermunicipal, interestadual e internacional de caráter urbano.

Art. 27. (VETADO). Art. 28. Esta Lei entra em vigor 100 (cem) dias após a data de sua publicação. Brasília, 3 de janeiro de 2012; 191o da Independência e 124o da República.

DILMA ROUSSEFF Nelson Henrique Barbosa Filho Paulo Sérgio Oliveira Passos Paulo Roberto dos Santos Pinto Eva Maria Cella Dal Chiavon Cezar Santos Alvarez Roberto de Oliveira Muniz Este texto não substitui o publicado no DOU de 4.1.2012

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RUA CONSTANTINO J. BUSNELLO

RUA JOSÉ PASTRE

RS 324

RUA A

Escala:

Prancha:

IMED - Arquitetura e Urbanismo 1/350Nome:

Eluise Dal' Maso França 01/05

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RUA CONST

ANTINO J.

BUSN

ELLO

01

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03

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12

11

10

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20

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22

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24

14

13

Loja 01

Área: 120m²

Café

Área:162m²

Restaurante

Área:369m²

01

02

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06

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12

11

10

19

20

21

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23

24

14

13

Guichê

Área:39m²

Caixas

eletronicos

Área:62,26m²

Sala Bagagens

Área:52m²

Sala Encomendas

Área:64m²

Sala comp transportes

Área:52m²

DML

Área:20m²

Sala de Espera

Área: 938m²

Loja 02

Área: 127m²

Loja 03

Área: 123,50m²

Loja 05

Área: 85m²

Loja 04

Área: 123,50m²

Loja 06

Área: 177m²

Loja 07

Área: 245m²

Loja 08

Área: 232m²

Loja 09

Área: 181,50m²

Recepção

Alojamentos

Área:61m²

Banheiros

Área: 150m²

Recepção

Funcionários

Área:88m²

Escala:

Prancha:

IMED - Arquitetura e Urbanismo 1/350Nome:

Eluise Dal' Maso França 02/05Prestação de Serviço

Adnimistração

Setores:

Social

Serviço/Funcionário

Planta Baixa Térreo

Esc.: 1/350

Planta Baixa Zoneamento do Pavimento Térreo

Page 81: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ARQUITETURA E … DAL MASO FRANÇA(1).pdf · em uma região da cidade que está a desenvolver, sendo assim, desafogando o transito do centro da

RUA CONST

ANTINO J.

BUSN

ELLO

01

02

03

04

05

06

07

08

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18

17

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15

12

11

10

19

20

21

22

23

24

14

13

Depósito Loja 01

Área: 120m²

01

02

03

04

05

06

07

08

09

18

17

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15

12

11

10

19

20

21

22

23

24

14

13

Sala Funcionários

Área:67,47m²

Sala de Estar Social

Área: 444 m²

Depósito Loja 02

Área: 127m²

Depósito Loja 03

Área: 123,50m²

Depósito

Loja 05

Área: 85m²

Depósito Loja 04

Área: 123,50m²

Depósito Loja 06

Área: 177m²

Depósito Loja 07

Área: 245m²

Depósito Loja 08

Área: 232m²

Depósito Loja 09

Área: 181,50m²

Recepção Alojamentos

Área:54m²

Contabilidade

Área:26,59m²

Almoxarifado

Área:26,59m²

Sala da Direção

Área:26,59m²

Sala de Reunião

Área:50,63m²

Sala do Daer

Área:26,59m²

Sala da Denit

Área:26,59m²

Ba

nh

eiro

P

NE

Área Total: 5,76m²

Piso

P

orce

la

na

to

Ba

nh

eiro

P

NE

Área Total: 5,76m²

Piso

P

orce

la

na

to

Banheiro

Á. T.:3,10m²

Piso Porc.

Banheiro

Á. T.:3,10m²

Piso Porc.

DML

Banheiro

Á. T.:3,10m²

Piso Porc.

Banheiro

Á. T.:3,10m²

Piso Porc.

Ba

nh

eiro

Á. T.:3,10m²

Piso

P

orc.

Ba

nh

eiro

Á. T.:3,10m²

Piso

P

orc.

Ba

nh

eiro

Á. T.:3,10m²

Piso

P

orc.

Ba

nh

eiro

Á. T.:3,10m²

Piso

P

orc.

Alojamentos

Área: 254,90 m²

Sacada

Área: 276 m²

DML

Área:25,59m²

Sanitários

Área:26,59m²

Sala de Segurança

Área:26,59m²

Telhado Verde

Escala:

Prancha:

IMED - Arquitetura e Urbanismo 1/350Nome:

Eluise Dal' Maso França 03/05

Planta Baixa Primeiro Pavimento

Esc.: 1/350

Planta Baixa Zoneamento do Primeiro Pavimento

Prestação de Serviço

Adnimistração

Setores:

Social

Serviço/Funcionário

Page 82: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ARQUITETURA E … DAL MASO FRANÇA(1).pdf · em uma região da cidade que está a desenvolver, sendo assim, desafogando o transito do centro da

Guichê

Sala de EsperaLoja 06Loja 07

Loja 08Loja 09

Recepção

Funcionários

Depósito Loja 06 Depósito Loja 07Depósito Loja 08 Depósito Loja 09

Sacada Recepção Administrativo

CORTE A

Sala Funcionários

DML

Sala Bagagens

Caixas

Eletrônicos

Sala

Encomendas

Restaurante

Sala comp.

transportesRecepção Funcionários

Recepção

Administrativa

CORTE B

Sanitários

Sala de

SegurançaAlmoxarifado

Escala:

Prancha:

IMED - Arquitetura e Urbanismo 1/350Nome:

Eluise Dal' Maso França 04/05

PERSPECTIVAS

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FACHADA SUDESTE

Revestimento Aço Corten Revestimento Aço Corten

Vidro

Cobertura de Estrutura

Metálica e Polietileno

FACHADA SUDOESTE

Revestimento Aço Corten Revestimento Aço Corten

Vidro

Vidro Vidro

Vidro

FACHADA NOROESTE

Revestimento Aço Corten Revestimento Aço Corten

Vidro

Vidro

Cobertura de Estrutura

Metálica e Polietileno

Escala:

Prancha:

IMED - Arquitetura e Urbanismo 1/350Nome:

Eluise Dal' Maso França 05/05

PERSPECTIVA

PERSPECTIVA