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FACULDADE REDENTOR – INSTITUTO ITESA RIVANILCE DE SOUZA OLIVEIRA UM ESTUDO SOBRE O RISCO OCUPACIONAL EM ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR SÃO PAULO 2012 RIVANILCE DE SOUZA OLIVEIRA

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FACULDADE REDENTOR – INSTITUTO ITESA

RIVANILCE DE SOUZA OLIVEIRA

UM ESTUDO SOBRE O RISCO OCUPACIONAL EM ATENDIMENTO

PRÉ- HOSPITALAR

SÃO PAULO

2012

RIVANILCE DE SOUZA OLIVEIRA

1

UM ESTUDO SOBRE O RISCO OCUPACIONAL EM ATENDIMENTO

PRÉ- HOSPITALAR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Instituição de Tecnologia Especialização ITESA, para obtenção do título de Especialista em Atendimento Pré Hospitalar. Orientador: Prof.ª Patrícia Aparecida Mendonça.

SÃO PAULO

2012

2

‘’Dedico esta monografia a meu esposo

Lázaro que sempre me apoiou e

participou de meus sonhos e objetivos

tornando-os possíveis, a meus

familiares, aos colegas de curso, aos

professores e a todos aqueles que

direta ou indiretamente contribuíram

para esta conquista” .

3

RESUMO

O trabalho em uma instituição de APH exige muito da equipe de Enfermagem, que se depara quase todo o tempo com situações desconhecidas em um ambiente muitas vezes desfavorável sendo que o trabalho exige rapidez e agilidade. O profissional da enfermagem que atua em APH (Atendimento Pré-Hospitalar) não esta longe das fontes estressoras, pois á partir do momento em que se inseriu a figura desse profissional nesse tipo de serviço, este se tornou indispensável. Os profissionais da enfermagem que lidam com esse tipo de atendimento seguem uma serie de normas, protocolos dentro da segurança do trabalhador com objetivo proteger a sua saúde e da equipe. Diante de tantas responsabilidades por parte da Enfermagem, portanto a Educação Permanente (EP) é fundamental para visibilizar os riscos ocupacionais. Nos Estados Unidos da America a formação e a experiência do profissional para atuar em APH variam de um estado para estado sendo os cursos geralmente extensos e com conteúdo diversificado. A obtenção de licença para atuar em APH inclui experiência de, no mínimo, 1 a 3 anos de prestação de assistência em serviços de emergência ou aos pacientes críticos, incluindo a certificação em cursos específicos para desenvolvimento de habilidades. É aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações e ao trabalho. Na França, o sistema de atendimento às urgências, Services d´Aide Medicále Urgente, é composto por enfermeiros especializados em anestesiologia. A aquisição de competência em atendimento às urgências, pelo enfermeiro francês, inicia no curso de graduação em enfermagem, em unidades de cuidados intensivos e em práticas de suporte avançado de vida. No Brasil, os cursos de especialização em emergência ou em APH ainda são recentes. Diferente dos enfermeiros americanos e franceses, o enfermeiro brasileiro vem se qualificando nessa área, por meio de cursos de especialização (lato sensu) em emergência ou APH, atendendo as diretrizes do Ministério da Educação e do Conselho Federal de Enfermagem. Quanto aos riscos o biológico é o mais comum na atividade de Enfermagem, percebe-se que os equipamentos de proteção individual, em conjunto, formam um recurso primordial para prevenir a exposição a riscos biológicos. O risco a este tipo de exposição é inerente à atividade desempenhada e, no que se refere ao atendimento pré-hospitalar, pode tornar-se aumentado devido à característica da assistência prestada, muitas vezes em situações extremamente complexas, como a cinemática do trauma, os locais de difícil acesso, o estresse no manejo rápido de atendimento e outros. Dentre os perigos biológicos, é comum a exposição a doenças infecciosas, como Hepatite B e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS (transmitida pelo vírus HIV).

Palavras chaves: Atendimento pré-hospitalar, Risco ocupacional, Enfermagem

4

ABSTRACT

The work at an institution of PHC requires a lot of the nursing team, facing almost all the time with unfamiliar situations in an environment often unfavorable and that the job requires speed and agility. The nursing professional who works in APH (Pre-Hospital Care) not far from the sources of stress, be it from the moment you entered the picture in this type of professional service, this has become indispensable. Healthcare professionals who deal with this type of care following a series of standards, protocols within the safety of the worker to protect your health and team. With so many responsibilities on the part of nursing, so the Continuing Education (PE) is essential for visualization of the occupational hazards. In the United States of America training and professional experience to work in PHC vary from state to state with the courses usually extensive and diverse content. The license to operate in APH includes experience at least 1-3 years of care in emergency services or to critical patients, including certification in specific courses fors kills development. Is learning at work, where learning and teaching are incorporated into the daily life of organizations and work. In France, the system of emergency service, Services d'Aide Medicále Urgent, is composed of nurses specializing in anesthesiology. The acquisition of competence in emergency service, the French nurse, started the undergraduate nursing in intensive care units and practices of advanced life support. In Brazil, the specialization courses in emergency or PHC are still fresh. Unlike the American and French nurses, nurses Brazil has been calling this area through specialization courses (sensu lato) in emergency or APH, meeting the guidelines of the Ministry of Education and the Federal Council of Nursing. As for the biological risks is the most common activity of Nursing, one realizes that the personal protective equipment, together, form an essential feature to prevent exposure to biological hazards. The risk of exposure to such inherent activity is performed and, as regards the pre-hospital, may become enlarged due to the assistance characteristic, often extremely complex situations, such as the kinematics of the trauma, hard to reach places, the stress management and other fast service. Among the biological hazards, it is common exposure to infectious diseases such as Hepatitis B and Acquired Immunodeficiency Syndrome - AIDS (transmitted by the HIV virus).

Keywords: Pre-hospital Care, Occupational risk, nursing.

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SUMARIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................07

1.1 OBJETIVOS.....................................................................................................09

1.1.1 Objetivo geral................................................................................................09

1.1.2 Justificativa...................................................................................................09

2 REVISÃO DE LITERATURA.............................................................................10

3 METODOS ..........................................................................................................11

3.1.1 Tipo de Estudo..............................................................................................11

3.1.2 Pesquisa Bibliográfica...................................................................................11

3.1 Atendimento Pré Hospitalar Móvel..................................................................11

3.2 Conceituando Atendimento Pré Hospitalar....................................................14

3.3 Crescimento da Demanda do APH no Brasil..................................................14

3.4 Atuação do Enfermeiro (a) no APH................................................................16

3.5 Riscos Ocupacinais no APH...........................................................................19

3.6 O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) na prestação de

cuidados de saúde..................................................................................................22

3.7 Educação Permanente para visibilizar os riscos ocupacionais........................26

CONCLUSÃO.........................................................................................................40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................41

6

INTRODUÇÃO

Os trabalhadores de enfermagem no desenvolvimento de suas funções

estão expostos a inúmeros riscos ocupacionais causados por fatores químicos,

físicos, mecânicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais, que podem ocasionar

doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, conforme citam Marziale e

Rodrigues (2002).

Araujo et al (2005), chama atenção que no Brasil na ultimas décadas houve

um aumento no serviço de APH voltados para emergência prestada à população

impulsionada pelo crescimento populacional, aglomerações em grandes centros

urbanos evidenciados pela demanda, diversidade de formas de violências e a

necessidade de combater a mortalidade causada por traumas. Os trabalhadores

potencialmente expostos aos riscos precisam estar informados e treinados para

evitar problemas de saúde, e métodos de controle devem ser instituídos para

prevenir acidentes.

Conforme Shimizu (1996, 2000) apud Ribeiro e Shimizu (2007) o

quantitativo de pessoal de enfermagem está geralmente abaixo do necessitado

seja por contratações insuficientes, atestados médicos, licenças ou outros e esse

fato causa, é claro, prejuízo funcional e qualitativo nos serviços prestados.

Preocupados com a realização das funções deliberadas, sem tempo ou

possibilidade para avaliar e quem sabe discutir soluções junto aos superiores, os

mesmos acabam assumindo responsabilidades muitas vezes além, de sua

capacidade física, mental e emocional, de acordo com Silva (1996), Melo (1989)

apud Ribeiro e Shimizu (2007).

Segundo Dutra, et al (2010), o fato do profissional de saúde passar boa

parte de seu tempo no ambiente de trabalho, é importante que as instituições de

saúde criem políticas de saúde voltadas para o bem estar do trabalhador, para

7

que no futuro situações debilitantes e conflitantes sejam prevenidas, bem como

agravos de saúde.

No Brasil, somente na década de 40 os problemas causados pelo trabalho

começaram a ser estudados. A consolidação das leis trabalhistas (CLT), o

surgimento da organização mundial de saúde (OMS), a criação do FGTS (fundo

de garantia por tempo de serviço), o INAPS OU INAMPS (instituto nacional da

previdência social), hoje INSS (instituto nacional de seguro social), foram grandes

marcos na conquista e manutenção da saúde do trabalhador (HAAG; LOPES,

2001). Documentos da OMS, como a declaração de Alma Ata e

a proposição da estratégia de saúde para todos, desde os anos 70, tem enfatizado

a necessidade de proteção e promoção da saúde e segurança no trabalho,

mediante a prevenção e o controle dos fatores de risco presentes no ambiente de

trabalho (HAAG; LOPES, 2001).

Picaluga (1983) apud Haag e Lopes (2001) refere-se ao processo saúde

adoecimento do trabalhador como resultado da interação das condições gerais de

vida, das relações de trabalho e do controle que os próprios trabalhadores

exercem sobre as condições de vida e trabalho, estando de acordo com a 8ª

CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE (1986) que traz a saúde como resultante

de vários fatores tais como: alimentação, habitação, educação, meio ambiente,

trabalho, lazer e acesso aos serviços de saúde entre outros.

O artigo 19 da lei 8.213, publicada em 24 de julho de 1991, define acidente

de trabalho como sendo aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da

empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause

a morte, perda ou redução, permanente ou temporária da capacidade para o

trabalho.

Considera-se ainda como acidente de trabalho, o acidente que ocorre no

trajeto entre a residência do trabalhador e o local de trabalho, a doença que é

produzida ou desencadeada pelo exercício de determinado trabalho e ainda a

doença adquirida ou desencadeada pelas condições de trabalho. Os

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trabalhadores de enfermagem no desenvolvimento de suas funções estão

expostos a inúmeros riscos ocupacionais causados por fatores químicos, físicos,

mecânicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais, que podem ocasionar

doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, conforme citam Marziale e

Rodrigues (2002). Os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais têm se

tornado algo comum no ambiente hospitalar, em sua maioria acomete a equipe de

enfermagem, uma vez que esses profissionais lidam diretamente com o paciente,

com agulhas e outros tipos de perfuro cortantes, equipamentos, soluções e outros

(CORREA; DONATO, 2007 e LIMA, PINHEIRO e VIEIRA ,2007).

Algumas medidas como implantação, CCIH (comissão de controle de

infecção hospitalar), PPRA (programa de prevenção de riscos ambientais) e

PPRO (programa de prevenção de riscos ocupacionais), treinamento e

capacitação periódica para os funcionários, oferta de EPIS (equipamento de

proteção individual) adequados, e conscientização de empregados e empresa

sobre os riscos e prevenção dos mesmos, bem como a adequação da estrutura

física e funcional, podem tornar mais seguro o cenário, minimizando as situações

de risco, conforme Almeida, Leite e Pagliuca (2005) e Correa e Donato (2007).

OBJETIVO

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivos Gerais

• Identificar os principais riscos ocupacionais aos quais estão expostos os

profissionais de Enfermagem.

• Discorrer sobre riscos ocupacionais em atendimento-pré-hospitalar.

• Conhecer os meios de prevenção para minimizar os ris

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1.1.2 Objetivos Específicos

• Analisar a relação do trabalho de enfermagem com os RO que são

submetidos;

• Caracterizar os RO existentes no trabalho de enfermagem no ambiente pré

hospitalar.

1.1.3 JUSTIFICATIVA

Atualmente há um grande número de atendimentos de emergência fora de

ambiente hospitalar, o que coloca o trabalhador nas mais variadas situações de

risco ocupacionais, que podem comprometer sua saúde. Para controle e

diminuição da ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais, torna-se

imprescindível a realização de educação em saúde para todos os trabalhadores

envolvidos com o setor.

2 REVISÃO DE LITERATURA

Os trabalhadores de enfermagem no desenvolvimento de suas funções

estão expostos a inúmeros riscos ocupacionais causados por fatores químicos,

físicos, mecânicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais, que podem ocasionar

doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, conforme citam Marziale e

Rodrigues (2002). O trabalho em uma instituição de APH exige muito da equipe de

Enfermagem, que se depara quase todo o tempo com situações desconhecidas

em um ambiente muitas vezes desfavorável sendo que o trabalho exige rapidez e

agilidade. Acredita-se que este enfermeiro conheça os fatores de risco a que se

expõem, as medidas protetoras para evitar acidentes ou enfermidades

profissionais, ainda que isto não implique diretamente a adoção por parte dele de

medidas de precauções. Estas precauções incluem a utilização de barreira para

proteção, como o uso de EPI’s. Utilizá-los corretamente é de suma importância,

10

pois permite a realização de procedimentos de forma segura, tanto para o

profissional que está prestando assistência como para o paciente. “EPIs são todos

os dispositivos de uso individual, destinados a proteger a saúde e a integridade

física do trabalhador que tem o seu uso regulamentado pelo Ministério do

Trabalho e Emprego em sua norma regulamentadora NR nº 6” (Fantazzini,

(1981, p.1-2). Os riscos ocupacionais têm origem nas atividades insalubres e

perigosas, aquelas cuja natureza, condições ou métodos de trabalho, bem como

os mecanismos de controle sobre os agentes biológicos, químicos, físicos e

mecânicos do ambiente hospitalar podem provocar efeitos adversos à saúde dos

profissionais. Os técnicos especialistas em Higiene e Segurança do Trabalho são

unânimes em colocar que o importante não é gratificar o trabalhador com o

adicional de insalubridade ou de periculosidade, mas sim tornar o trabalhador e o

ambiente absolutamente saudáveis. Segundo Pina (2007) o equipamento de

proteção individual tem vindo a ganhar importância devido à necessidade de

garantir a segurança de doentes e profissionais, essencialmente desde os anos

oitenta, em que surgiu o conceito das precauções universais, no qual era dada

ênfase ao fato de não ser possível identificar com segurança quais os doentes que

constituíam risco, pelo que se tornava necessário avaliar o risco em função dos

procedimentos e o seu potencial para exposição a sangue e fluidos orgânicos

contendo sangue.

3 METODOS

3.1.1 Tipo de estudo

O estudo proposto é uma pesquisa qualitativa de levantamento

bibliográfico.

3.1.2. Pesquisa bibliográfica

11

O estudo trata-se de uma revisão bibliográfica nas bases de dados LILACS

(Literatura latina americana e do caribe em ciências da saúde) e MEDLINE

(Literatura internacional em ciências da saúde) uso de teses e dissertações,

revistas, cujo objetivo é identificar os riscos ocupacionais a que estão expostos os

profissionais de Enfermagem no contexto do Atendimento Pré Hospitalar os

fatores relacionados aos mesmos. A leitura exploratória e interpretativa favoreceu

a construção dos argumentos por progressão ou por oposição.

3.1 Atendimento pré-hospitalar móvel

O termo emergência médica identifica-se com problemas de saúde que

necessitam de cuidados especializados imediatos para evitar a morte ou

complicações graves no indivíduo, e a urgência médica é definida como aquela

situação que afeta ou coloca em perigo a saúde de uma ou de mais pessoas

(RODRIGUES, 2000). Considerando o crescimento da demanda por serviços

nesta área nos últimos anos, devido o aumento do número de acidentes e da

violência urbana e a insuficiente estruturação da rede assistencial, que têm

contribuído para a sobrecarga dos serviços de urgência e emergência

disponibilizados para o atendimento da população, surge a necessidade de

implantação do serviço de APHM. A Portaria Nº 2048/GM, de 5 de novembro de

2002, que normatiza este serviço, estabelece regras que vão desde a

especialização da equipe até as características dos veículos e equipamentos a

serem utilizados nas ambulâncias. Implantado no Brasil, em setembro de 2003, o

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é um serviço gratuito criado

para prestar atendimento médico pré-hospitalar e, a depender da gravidade da

situação, o paciente pode sair do domicílio, da via pública ou da unidade básica de

saúde e ser encaminhado, diretamente, por meio do SAMU, para o hospital

terciário (SANTOS ET AL, 2003). Tal serviço é caracterizado como o atendimento

que procura chegar precocemente à vítima, após ter ocorrido um agravo à sua

saúde (de natureza clinica, cirúrgica, traumática, inclusive psiquiátrica), que possa

12

levar a sofrimento, seqüelas ou mesmo à morte, sendo necessário prestar-lhe

atendimento e/ou transporte adequado a um serviço de saúde devidamente

hierarquizado e integrado ao Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2006). No

contexto do APHM, as ações são divididas em suporte básico e suporte avançado

de vida.

O Suporte Básico de Vida (SBV) é definido como sendo a estrutura de

apoio oferecida à pacientes com risco de mortes desconhecidas, promovidas por

técnico ou auxiliar de enfermagem e um condutor/socorrista, por meio de medidas

conservadoras não-invasivas, como por exemplo, a imobilização em prancha

longa. Por atenderem casos de baixa complexidade, há maior número dessas

viaturas, já que recebem um número mais elevado de atendimentos. Podem,

ainda, atender vítimas em estado grave, como apoio às viaturas de Suporte

Avançado de Vida (SAV), (SANCHES ET AL, 2009).

O profissional da enfermagem que atua em APH (Atendimento Pré-

Hospitalar) não esta longe das fontes estressoras, pois á partir do momento em

que se inseriu a figura desse profissional nesse tipo de serviço, este se tornou

indispensável. Araujo et al (2005) chama atenção que no Brasil na ultimas

décadas houve um aumento no serviço de APH voltados para emergência

prestada à população impulsionada pelo crescimento populacional, aglomerações

em grandes centros urbanos evidenciados pela demanda, diversidade de formas

de violências e a necessidade de combater a mortalidade causada por traumas.

Segundo Lopes et al (1999), o APH pode ser definido como toda

assistência realizada, direta ou indiretamente fora do âmbito hospitalar, com intuito

de dar a melhor resposta a solicitação de ajuda do usuário. Essa resposta pode

ser uma simples orientação medica até o envio de uma viatura de suporte básico

ou avançado no local da ocorrência para manutenção da vida e ou a redução de

seqüelas. O APH é destinado às vítimas de trauma (acidentes de trânsito,

acidentes industriais, acidentes aéreos etc), violência urbana (baleado,

esfaqueado etc), mal súbita (emergências cardiológicas, neurológicas etc),

distúrbios psiquiátricos visando a sua estabilização clínica e remoção para uma

13

unidade hospitalar de referência. No resgate é a equipe que realiza e providência

as técnicas para retirada da vítima do local de onde não consegue sair por si e

sem risco. O trabalho em uma instituição de APH exige muito da equipe de

Enfermagem, que se depara quase todo o tempo com situações desconhecidas

em um ambiente muitas vezes desfavorável sendo que o trabalho exige rapidez e

agilidade. Esta urgência e agilidade na execução do cumprimento das tarefas se

justificam por se tratar do cuidado e da manutenção da vida de seres humanos até

um hospital de referência. Percebe-se que ao final de uma jornada de trabalho

pode-se observar que muitos profissionais se encontram esgotados tanto física

quanto emocionalmente, o que coloca em risco a própria saúde.

3.2 Conceituando o APH

Embora visto que á pratica desse atendimento remonta desde os tempos

antigos o conceito de APH (Atendimento Pré Hospitalar) é novo. Mas o próprio

nome já nos da uma idéia do que

Seja, pois o atendimento se da fora do ambiente hospitalar sendo feito uma

interrupção no processo de agravo em que o individuo esta passando.

O APH é o conjunto de procedimentos técnicos realizados no local da

emergência/urgência e durante o transporte das vítimas até a chegada no hospital

de referência. Ele objetiva estabilizar as condições vitais, evitando a

morbimortalidade, por meio de condutas adequadas durante a fase de

estabilização e transporte.

Segundo Brasil (2002), define APH móvel, como:

[...] aquele atendimento que procura chegar a vitima nos primeiros minutos após ter ocorrido o agravo à sua saúde que possa levar à deficiência física ou mesmo a morte, sendo necessário, portanto prestar-lhe atendimento adequado e transporte a um hospital devidamente hierarquizado e integrado.

14

O APH pode ser definido como toda assistência realizada direta ou

indiretamente fora do âmbito hospitalar, com o objetivo de solucionar

positivamente ou amenizar o pedido de ajuda do indivíduo. Esta assistência pode

variar de uma simples orientação médica até o envio de uma equipe de suporte

básico ou avançado ao local da ocorrência, priorizando a manutenção da vida e a

redução de seqüelas.

3.3 Crescimentos da demanda do APH no Brasil

Acidentes de trânsito no Brasil e no mundo vêm sendo motivo de grandes

debates visto à quantidade de jovens envolvidos em acidentes mortais de trânsito

levando em consideração também o comprometimento social e econômico que é

provocado por essa situação.

De acordo com o site Portal do trânsito (2008), no Brasil são notificadas

35000 mortes por ano vitimas acidente automobilístico o que não condiz com a

realidade, pois a demora em compilar os dados e a forma como são notificados,

números de pessoas mortas no local do acidente, portanto não são contabilizados

os que evoluíram para óbito na ambulância ou após estar no ambiente hospitalar

com isso acreditasse que esse número pode chegar a 50000 mortes por ano.

Ainda a mesma fonte citada acima, o Brasil tornou-se cenário mundial, o país com

o quinto maior número de mortes no trânsito de todo o mundo daí a necessidade

das autoridades e serviços especializados nesses atendimentos a se adequarem

nesse cenário de crescimento de pessoas que buscam atendimento pré-

hospitalar.

Waiselfisz (2004) em seu estudo chama atenção sobre violência dos jovens

no Brasil que entre os anos de 1993 e 2002 vem se destacando os casos de

suicídio no país que passam de 5.553 para 7.715 representando um aumento de

38,9% bem superior ao aumento, mesmo período por óbitos em acidente de

transito. Ainda segundo o mesmo autor a violência envolvendo armas de fogo no

Brasil vem crescendo em números preocupantes já que o país não tem

15

conhecimento da quantidade de armas de fogo que estão em poder da sociedade

e tão pouco se tem o controle das pessoas que fazem o porte de arma de fogo.

Sabe-se que as taxas de óbitos por armas de fogo, além de dar uma noção dessa

disseminação, indicam-nos também os níveis de utilização de armas de fogo na

resolução de conflitos pessoais ou interpessoais. Em 1998, o SIM registrou um

total de 939.023 óbitos, dos quais 30.181 foram causados por armas de fogo.

Dessa forma, 3,2% do total de mortes acontecidas nesse ano foram originadas

pela ação de algum tipo de arma de fogo. Essa participação vai crescendo até

2002, quando se eleva para 3,9% da mortalidade total. No ano de 2004, por efeito

das políticas de desarmamento implantadas nesse ano, o índice atribuído a armas

de fogo cai para 3,6%.

Conforme Fernandes (2004) APH é um instrumento importante na

assistência a saúde diante de situações de urgência/emergência, pois as pessoas

nessas condições demandam de respostas rápidas e adequadas frente à situação

apresentada seja atendimento clinico, cirúrgico, traumática, psiquiátrico, obstétrico

e pediatra onde possibilitará manter a vida e diminuir as seqüelas.

Verifica-se a importância da presença de uma equipe que faz atendimento

pré-hospitalar em grandes eventos que formam aglomerações, por exemplo:

estádio de futebol, shows artísticos, feiras de exposição, eventos automobilísticos,

ou seja, se faz necessário uma equipe de atendimento pré-hospitalar para intervir

em quaisquer agravos de saúde prestando o primeiro atendimento e prevenindo

3.4 Atuações do enfermeiro no APH

O papel do enfermeiro não é novo no Atendimento Pré-Hospitalar, pois

conforme observamos na historia o profissional sendo vinculado a essa

assistência desde as guerras. Diante de tantos fatos acorridos que influenciam na

saúde e com o passar dos anos estamos ganhando espaço por causa do aumento

necessidade de se fazer esse tipo de atendimento frente a tais ocorrências. Com o

passar dos anos ocorreu o processo de reformulação e regulamentação fazendo

16

com que o enfermeiro se torne peça indispensável desse processo. Conforme o

livro Atendimento Pré-Hospitalar Ao Traumatizado o atendimento pré-hospitalar

está estruturado em duas modalidades: o Suporte Básico à Vida (SBV) consiste

na preservação da vida, sem manobras invasivas, em que o atendimento é

realizado por pessoas treinadas em primeiros socorros e atuam sob supervisão

médica e o Suporte Avançado à Vida (SAV) tem como características manobras

invasivas, de maior complexidade e, por este motivo, esse atendimento

é, realizado exclusivamente por médico e enfermeiro. Assim, a atuação do

enfermeiro está justamente relacionada à assistência direta ao paciente grave sob

risco de morte. No seu estudo Thomaz (2000) diz: o enfermeiro é participante

ativo da equipe de atendimento pré hospitalar e assumem em conjunto com a

equipe a responsabilidade pela assistência prestada as vítimas. Atua onde há

restrição de espaço físico e em ambientes diversos, em situações de limite de

tempo, da vítima e da cena sendo que são necessárias decisões imediatas,

baseadas em conhecimento e rápida avaliação. O mesmo autor explica que uma

das maiores dificuldades que o atendimento pré-hospitalar enfrentou em nosso

país foi à falta de legislação específica onde se percebia a sustentação de várias

estruturas de atendimento pré-hospitalar, cada uma com suas peculiaridades sem

um padrão nacional a ser seguido onde a categoria médica achava que era de

responsabilidade deles e por sua vez a enfermagem querendo o seu espaço.

A Lei do Exercício Profissional de Enfermagem N°. 7498/ 86 (1986)

estabelece ser privativo do enfermeiro a organização e direção de serviços e

unidades de enfermagem, a assistência direta ao paciente crítico e a execução de

atividades de maior complexidade técnica e que exijam conhecimento de base

científica e capacidade de tomar decisão imediata por isso fica a questão da

impossibilidade da assistência de enfermagem ser executada por qualquer outro

agente que não o enfermeiro.

A partir desses conflitos o Ministério da Saúde promulgou uma série de

outras Portarias, dentre as quais a n. 814/GM, de 1 de junho de 2001, que

estabelece em seu anexo II.

17

ENFERMEIRO-Profissional titular do diploma de Enfermeiro, devidamente

registrado no Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição, e habilitado

para ações de enfermagem no Atendimento Pré-Hospitalar Móvel, conforme os

termos desta Portaria, devendo além das ações assistenciais, prestarem serviços

administrativos e operacionais em sistemas de atendimento pré-hospitalar.

TÉCNICO DE ENFERMAGEM EMEMERGÊNCIAS MÉDICAS Profissional

titular do certificado ou diploma de Técnico de Enfermagem, devidamente

registrado no Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição. Exerce

atividades auxiliares, de nível técnico, sendo habilitado para o atendimento Pré-

Hospitalar Móvel, integrando sua equipe, conforme os termos desta Portaria. Além

da intervenção conservadora no atendimento do paciente, é habilitado a realizar

procedimentos a ele delegados, sob supervisão do profissional Enfermeiro, dentro

do âmbito de sua qualificação profissional.

AUXILIAR DE ENFERMAGEM EMEMERGÊNCIAS MÉDICAS Profissional

titular do certificado de Auxiliar de Enfermagem com especialização em urgências,

devidamente registrado no Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição.

Exerce atividades auxiliares básicas, de nível médio, habilitado a realizar

procedimentos a ele delegados, sob supervisão do profissional Enfermeiro, dentro

do âmbito de sua qualificação profissional e conforme os termos desta Portaria.

No ano de 2002 a portaria 2048/GM de 5 de novembro regulamenta o

atendimento das urgências e emergências colocando no Capítulo VII que trata da

Equipe de Profissionais Oriundos da Saúde:

“Responsável de Enfermagem: Enfermeiro responsável pelas atividades de enfermagem; Enfermeiros Assistenciais: enfermeiros responsáveis pelo atendimento de enfermagem necessário para a reanimação e estabilização do paciente, no local do evento e durante o transporte; Auxiliares e Técnicos de Enfermagem: atuação sob supervisão imediata do profissional enfermeiro.”

18

A resolução Nº 300, no ano de 2005, aprovada pelo COREN-SP dispõe

sobre procedimentos que os enfermeiros, técnicos e auxiliares no Atendimento

Pré-Hospitalar no SBV E SAV vão desempenhar e esclarece:

“Parágrafo Único - Toda Assistência de Enfermagem em atendimento em Unidades Móveis de UTI e Suporte Avançado de Vida (terrestre, aérea ou aquática) tem que ser prestada pelo Enfermeiro. Art 2º - O Enfermeiro deverá desenvolver a Sistematização da Assistência de Enfermagem como forma de registro e anotações pertinentes à profissão e aos respectivos profissionais de Enfermagem. A Portaria n. 1864/GM de 29 de setembro de 2003, que institui o componente pré-hospitalar móvel da Política Nacional de Atenção às Urgências, por intermédio da implantação de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência em Municípios e regiões de todo o território brasileiro: SAMU – 192. Art. 7º As secretarias municipais e estaduais de saúde com serviços de atenção pré-hospitalar e Central SAMU – 192 já em funcionamento nos moldes da legislação referida farão jus imediato dos recursos de custeio mediante apresentação ao Ministério da Saúde de projetos que contemplem: lista nominal de todos os profissionais que compõem a equipe, por categoria profissional, com suas modalidades de contratação, indicando os nomes do Gerente do Serviço e das Chefias Médica e de Enfermagem, especificando as demais, se houver; escala mensal dos últimos dois meses dos profissionais que compõem as equipes das viaturas e da Central SAMU-192, a saber: Médicos Reguladores e Intervencionistas, Enfermeiros, Técnicos e/ou Auxiliares de Enfermagem, Motoristas, Telefonistas Auxiliares de Regulação e Operadores de Frota.”

Já que o Ministério da Saúde no exercício legal de suas funções

regulamentou esta prática, não cabe mais pensar em outra solução que não a

presença obrigatória e constante do enfermeiro nesta atividade.

3.5 Riscos ocupacionais no APH

Tendo a lei inserida o profissional de enfermagem neste tipo de

atendimento há que se pensar nos riscos em que estes profissionais estão

19

expostos e trabalhar para que estes que se dispõe a trabalhar intervindo nos

agravos a sociedade não sofram com os riscos que envolvem a profissão.

Nitschke, et al (2000) o risco onde envolvem os trabalhadores deve ser

avaliado, onde quer que se encontre e pode ser facilmente analisado, visando sua

eliminação ou controle. Desde que um conjunto de ações possa ser viabilizado, a

compreensão de sua natureza pode ser levada a efeito. Esse conjunto de ações

recebe o nome de Investigação e Análise Ambiental. A tomada de decisão deve

ser fundamentada tecnicamente em três conceitos básicos que são:

• Reconhecer (riscos): identificar, caracterizar e saber apontar qual dos

agentes de risco de dano à saúde estão presentes no ambiente de trabalho;

• Avaliar (riscos): é saber quantificar e verificar, de acordo com determinadas

técnicas, a magnitude do risco. Se for maior ou menor, se é grande ou

pequeno, comparado com determinados padrões;

• Controlar (riscos): é adotar medidas técnicas, administrativas, preventivas

ou corretivas de diversas naturezas, que tendem a eliminar ou atenuar os

riscos existentes no ambiente de trabalho.

Zapparoli (2006), em seu estudo detalhou que dentre as maiores

preocupações entre os profissionais que trabalham com APH sobre os riscos

ocupacionais estão: possibilidade de adquirir infecções, agressões morais,

acidentes automobilististicos, acidentes com material perfuro cortante, agressões

físicas, carga física despendida, contaminação por substâncias químicas,

temperatura ambiental elevada e o próprio risco de atuarem em lugares onde não

são propícios, mas se faz necessário o atendimento. Brasil (2001) detalhadamente

explica que a Saúde do Trabalhador constitui uma área da Saúde Pública que tem

como objeto de estudo e intervenção as relações entre o trabalho e a saúde.

Os profissionais da enfermagem que lidam com esse tipo de atendimento

seguem uma serie de normas, protocolos dentro da segurança do trabalhador com

objetivo proteger a sua saúde e da equipe.

Conforme o mesmo autor, treinamentos, curso voltados para ações de

vigilância dos riscos presentes nos ambientes, com as condições de trabalho, dos

20

agravos à saúde do trabalhador, a organização e prestação da assistência aos

trabalhadores, compreendendo procedimentos que visem minimizar esses riscos

ocupacionais. Carvalho (2001) aborda os fatores de risco para a saúde e

seguranças do trabalhador, podem ser classificados em cinco grandes grupos:

# Físicos – Onde se encontra os ruídos, temperaturas extremas (frio e calor);

# Químicos – Quando em contato com produtos tóxicos, inflamáveis, partículas de

poeiras;

# Biológicos – Neste grupo estão os vírus, bactérias e parasitas;

# Ergonômico – O profissional em APH trabalha muitas vezes no improviso,

imobiliários adaptados, locais inesperados e equipamentos de trabalho que

exigem esforço físico;

# Mecânico e de acidentes – No momento em que o profissional sai para uma

ocorrência ele já esta exposto pelo simples fato de estar trafegando seja em ruas

e rodovias.

Para Ally (2002), o ministério da saúde antecipa os riscos ocupacionais e

trabalha com a prevenção dos agravos da saúde do trabalhador. A partir dos

levantamentos quanto aos riscos ocupacionais foram criadas várias normas

regulamentadoras para prevenir acidentes ou agravos dentre elas a NR6-

Equipamentos de Proteção Individual – EPIs As empresas são obrigadas a

fornecer aos seus empregados equipamentos de proteção individual, destinados a

proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. Todo equipamento deve ter

o CA - Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho e Emprego e a

empresa que importa EPIs também deverão ser registrados junto ao

Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho, existindo para esse fim todo

um processo administrativo. NR9 - Programa de Prevenção de Riscos

Ambientais - PPRA.

Ainda segundo o mesmo autor esta norma objetiva a preservação da saúde

e integridade do trabalhador, através da antecipação, avaliação e controle dos

riscos ambientais existentes, ou que venham a existir no ambiente de trabalho,

tendo em vista a proteção ao meio ambiente e recursos naturais. Levam-se em

21

conta os Agentes FÍSICOS, QUÍMICOS e BIOLÓGICOS. Além desses agentes,

destacamos também, os Riscos Ergonômicos e os Riscos Mecânicos.

22

3.6 O uso de equipamentos de proteção individual (E PI’) na prestação de

cuidados de saúde

“Entende-se por equipamento de proteção individual (EPI) todo o equipamento,

bem como qualquer complemento ou acessório, destinado a ser utilizado pelo

trabalhador para se proteger dos riscos, para a sua segurança e para a sua saúde”

(Decreto-Lei nº 348/93, de 1 de Outubro, art. 3º).

O DL nº 348/93 transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva nº

89/656/CE, do Conselho, de 30 de Novembro, relativa às prescrições mínimas de

segurança e saúde dos trabalhadores na utilização de equipamento de proteção

individual. A descrição técnica deste equipamento, assim como das atividades e

setores de atividade para os quais aquele pode ser necessário, é objeto da Portaria

nº 988/93, de 6 de Outubro.

Por outro lado, o DL nº 441/91, de 14 de Novembro, que transpõe para o

ordenamento jurídico interno a Diretivo Quadro, indica claramente a prioridade da

proteção coletiva sobre a proteção individual. Assim, estipulou-se a seguinte ordem

de prioridade das medidas de prevenção: medidas de caráter construtivo ou de

engenharia que visam eliminar o risco na origem/fonte e envolver o risco ou

promover o seu isolamento, medidas de caráter organizativo, que visam afastar o

homem da exposição ao risco, medidas de proteção individual, cujo objetivo é

envolver/proteger o Homem (Miguel, 2007; Veiga, 2003).

Partindo do princípio de que os riscos não podem ser eliminados

completamente e que persiste sempre uma possibilidade, mesmo que ínfima, de um

acontecimento negativo ocorrer, o que se pretende é reduzir essa

possibilidade/probabilidade a um nível mínimo.

Relativamente a este aspecto também o DL nº 441/91 faz referência à

utilização de EPI sempre que se constate que quaisquer outras medidas de caráter

técnico ou organizativo não são suficientes para a redução ou eliminação do risco.

A utilização do EPI é uma proteção ativa e, contrariamente à proteção passiva,

exige uma modificação duradoura do comportamento individual, sendo por isso,

considerada a estratégia de prevenção com menos sucesso até ao presente.

23

Enquanto que a proteção passiva (proteção coletiva) assegura uma proteção

relativamente automática, a proteção ativa necessita de uma ação individual,

repetitiva e constante (LEITE, 2007).

Conceitualmente os EPI destinam-se, apenas e tão só, a proteger os

trabalhadores dos fatores de risco presentes no seu local de trabalho. Luvas,

máscaras, aventais, entre outros, em nada alteram, de fato, os fatores de risco

presentes, nem tão pouco impedem a realização de ações perigosas. Eles apenas

minimizam os efeitos ou as conseqüências de um eventual acidente de trabalho ou

evitam o aparecimento de doenças relacionadas com o mesmo. (MAFRA et al.

2008).

Segundo Pina (2007) o equipamento de proteção individual tem vindo a ganhar

importância devido à necessidade de garantir a segurança de doentes e

profissionais, essencialmente desde os anos oitenta, em que surgiu o conceito das

precauções universais, no qual era dada ênfase ao fato de não ser possível

identificar com segurança quais os doentes que constituíam risco, pelo que se

tornava necessário avaliar o risco em função dos procedimentos e o seu potencial

para exposição a sangue e fluidos orgânicos contendo sangue. O uso de

equipamento de proteção faz parte integrante desse conceito assim como do mais

recente conceito de precauções básicas (padrão) que estabelece que determinados

tipos de cuidados devam ser adotados em qualquer doente, independentemente da

sua patologia ou do seu status infeccioso.

Também para Martins (2001), o uso de EPI, constitui-se uma das precauções

padrão indicada para reduzir o risco de transmissão de microrganismos de fontes de

infecção, conhecidas ou não, devendo ser adotado na assistência a todo e qualquer

doente e/ou na manipulação de objetos contaminados ou sob suspeita de

contaminação. Para o autor, compreendem o uso de luvas, máscara, avental e

óculos protetores.

Pinho (1997) considera barreira física a utilização de uniforme prático, luvas,

máscara, óculos, avental de plástico, se for provável a ocorrência de derrame de

24

sangue e/ou fluidos corporais, protegendo o enfermeiro do contato destes através da

pele e membranas mucosas.

Para Wilson (2003), as excreções e secreções orgânicas são a fonte mais

importante de microrganismos patogênicos que provocam as infecções contraídas

em meio hospitalar, daí que se devam usar equipamentos de proteção para qualquer

contato direto com estes fluidos, a fim de proteger a pele e mucosas dos

profissionais de contaminação pelos mesmos e por microrganismos, com o objetivo

de reduzir o risco de transmissão entre doentes e profissionais. Para o autor, o

equipamento de proteção a selecionar depende do risco de exposição aos fluidos

orgânicos que se antevê no decurso de cada atividade, sendo que a avaliação deste

risco deve considerar tanto o risco para o doente, como para o profissional de

saúde.

No contexto da prestação de cuidados de saúde, segundo Pina (2007), o uso

de equipamento de proteção individual obedece aos princípios que se enunciam: os

EPI reduzem, mas não eliminam o risco de transmissão; os EPI só são efetivos se

usados corretamente e em cada contato; o uso de EPI não substitui as medidas

básicas de higiene nomeadamente à lavagem/desinfecção das mãos; deve ser

evitado todo o contato do EPI com superfícies, roupas ou pessoas; os critérios de

utilização devem ser determinados caso a caso e dependem de vários fatores,

como: a gravidade do risco, o tempo ou freqüência de exposição, as condições do

posto de trabalho, as prestações do equipamento, e os riscos adicionais inerentes à

própria utilização.

3.7 Educação Permanente para visibilizar os riscos ocupacionais

Compreende-se Educação Permanente (EP) como uma possibilidade

pedagógica no setor saúde. É aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o

ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações e ao trabalho. Tem como

pressuposto pedagógico que as práticas são definidas por múltiplos fatores e que a

aprendizagem dos adultos deve ser uma aprendizagem significativa, acontecendo

no cotidiano das pessoas e das organizações, a partir de problemas enfrentados na

25

prática, por meio da problematização do processo de trabalho (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2004). A Política de Educação Permanente para o SUS vem se consolidar

como um instrumento para a transformação das práticas e como desenvolvimento

de estratégias para alcançar a integralidade da atenção à saúde individual e coletiva,

bem como fortalecer a participação da sociedade nas decisões políticas do Sistema

Único de Saúde (SUS). O fator de prevenção mais importante é a atitude que cada

indivíduo adota, graças a um processo educativo, pois, segundo Nichiata, (et al

2004), a própria equipe de enfermagem tem dificuldade em aderir às medidas de

segurança que busquem a proteção ao risco de exposição, subestimando, muitas

vezes, o próprio risco. De acordo com o estudo de Rogues (et al, 2004), medidas de

prevenção com o intuito de reduzir e evitar o risco ocupacional foram implementadas

em diversos países, através de programas de treinamento, educação em serviço

desenvolvimento pessoal, palestras e cursos. Para Celeste (2004), educar

reformando e reformular educando já constitui uma prática e, neste momento, muitos

grupos de trabalho existentes nos Sistemas de Saúde e de formação em saúde no

Brasil têm a possibilidade de institucionalizar essa ação, valorizando a participação

de gestores, profissionais e representantes da sociedade civil numa estratégia

afirmativa de construção da qualidade, da integralidade e da inclusão como políticas

e práticas expressas no cotidiano do SUS.

Educar permanentemente é uma diretriz qualificadora da gestão de equipes e

de serviços, em qualquer espaço onde o trabalho em saúde se realize. A

consciência da importância dessa ação orientou planos e programas nos sistemas

de saúde das Américas e do Brasil, tomando como referência o formato da

educação continuada dos profissionais, e foi incorporada ao discurso de técnicos,

dirigentes e docentes dedicados ao tema da educação de profissionais da saúde.

26

CONCLUSÃO

Este estudo mostra um apanhado geral sobre os riscos ocupacionais

relacionado ao trabalho de Enfermagem no atendimento pré-hospitalar, verificou-se

que o atendimento prestado nas rodovias o risco de acidente aparece como o mais

elevado, devido ao cenário em que os profissionais estão inseridos, diferenciando-se

do sistema hospitalar, o qual é estrategicamente programado para receber seus

clientes e são auxiliados por programas que proporcionam um ambiente mais

propício e seguro ao atendimento.

Prevenir e controlar os riscos ocupacionais se faz necessário, estudos

amplos, com envolvimento político e administrativo, baseados nas características

operacionais do APH móvel, pois esse tipo de serviço requer um gerenciamento

específico, por executar ações específicas e diferenciadas do sistema hospitalar. É

de extrema importância a valorização da oferta de condições seguras para o

trabalhador em seu ambiente de trabalho, isto deve incluir programas e ações

educativas contínuas. Destaca-se a importância da utilização adequada dos Epis,

para a segurança do profissional e de sua equipe, é importante manter o controle

emocional diante dos fatores estressores que o profissional experimenta

diariamente.

É necessário aumentar a produção do conhecimento sobre o tema a fim de

fornecer subsídios para o desenvolvimento das políticas públicas de saúde, com

enfoque nas estratégias de proteção aos fatores de riscos ocupacionais no APH

móvel rodoviário.

Finalizando, é preciso reforçar que a prevenção ou a redução dos riscos

ocupacionais por exposição aos diversos fatores pode ser alcançada pelo uso de

práticas seguras nas atividades e de outras medidas que visam preservar a saúde e

o meio ambiente.

27

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