Falando de Axé julho de 2011

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    TUDO SOBRE UMBANDA, CANDOMBL E CULTOS AFRICANOS -CULTURA E RELIGIOSIDADE NEGRA.

    Falando de Ax

    ANO I Edio 03 Julho de 2011

    rdo Mssanyn OGrande Mago das

    Folhas eFlorestas

    Pretos Velhos Ancestrais quenos ensinam a

    Humildade

    Falando de Ax publicaentrevista feita com o

    Saudoso Zlio

    Fernandino de Moraes, oPrecursor da Umbanda

    http://negro%20velho%20-%20pai%20benedito/http://xn--zo%20fernandino%20de%20moraes-5v38g/http://xn--ay-%20divindade%20das%20folhas-fh1aw3952f/
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    EDITORIALPor Hrick Lechinski (EjtlTmar)

    Depois de dois meses fora do ar, a RevistaFalando de Ax volta com a corda toda, na

    batalha em prol da divulgao cultural ereligiosa afro-brasileira.

    todos os nossos leitores pedimos desculpas,por este tempo que estivemos fora e pedimos

    tambm, que nos entendam. E paracompensarmos o tempo perdido, damos a

    nossa palavra, que a partir de agora, cada msa Falando de Ax se empenhar mais ainda na

    divulgao e no ensinar da nossa fabulosacultura e religiosidade afro-brasileira.

    Esperamos de todo o corao, que gostem dosnovos artigos e que aguardem os futuros

    especiais da Revista. Esse ms ainda, nossosleitores podero conhecer um pouco mais

    sobre um dos mais fantsticos temas dentrodo culto, atravs do Especial: ymi srng

    Minha Me, Elegante Senhora do Pssaro daMorte., que sair nas prximas semanas...

    Uma tima leitura e boa sorte...

    Wre fn .

    O Editor

    "Ningum nasce o-diando outra pes-soa pela cor de

    sua pele, por suaorigem ou ainda

    por sua religio.Para odiar, as

    pessoas precisamaprender e, se po-

    dem aprender aodiar, podem serensinadas a a-

    mar."

    (Nelson Mandela )

    http://xn--paro%20azul-cm5e/
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    NDICEEptetos de rnml Pg. 04rs do Ms sanyn - O Grande Mago dasFolhas e Florestas Pg. 06

    Folha do Ms sbt que superam asguas do rio e tambm os inimigos Pg. 12

    Zlio Fernandino de Moraes O Prenunciadorda Umbanda Pg. 14

    Falando de Ax publica Entrevista feita com oSaudoso Zlio Fernandino de Moraes Pg. 16

    Pretos Velhos Ancestrais que nos ensinam aHumildade Pg. 21

    Santo do Ms Santa Ana, a Av de JesusPg. 24

    Raa Negra Pg. 28

    A tica e a Moral dentro da Cultura eReligiosidade Africana Pg. 30

    Personalidades Negras Carolina de JesusPg. 32

    Intolerncia e Homofobia podem estar levandoreligiosos morte em Manaus Pg. 33

    Livro do Ms Conhea a Umbanda Pg. 35

    http://floresta/
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    Eptetos dernml

    IfPor Zarcel Carnielli - mIf Ilsire (Bb lnOmigbmi Ajtnb)

    Msn:

    [email protected]

    Os eptetos so na realidade ORK, recitaes que relatam caractersticasda divindade e as exaltam. Pois, para o povo yorb, a melhor forma de invocaruma energia exaltando seus feitos e suas qualidades. Os eptetos de rnml-Ifso vrios, apresento neste texto alguns deles, com o intuito de contribuir umpouco, para a desmistificao dessa divindade aqui no Brasil.

    IF OLKUN: Se traduzirmos literalmente ficar: If o Senhor do Oceano. Mas,essa pequena palavra quer dizer muito mais que isso e pode ter vriasinterpretaes. Uma delas : If to amplo quanto o Oceano, por isso seu cultoexige total dedicao de seus sacerdotes e devotos. Outra idia de que, Olkun(Deusa do Oceano) aps ter ficado anos casada com Oddw (pai do povoyorb), foi casada com rnml-If, e o titulo de senhor dos oceanos foiatribudo ele tambm.

    LR PN: Senhor que conhece o destino, aquele que est presente nomomento que Oldmar(Deus) d o sopro divino, aquele que conhece os pactosfeitos por cada um de ns antes de virmos ao iy (Mundo Terra). Por isso,atravs da iniciao de If, o devoto conhece os mistrios que envolvem seudestino e sua existncia.

    IBKEJ LDNMAR: A segunda pessoa em importncia aps ldnmar(Deus), ou seja, a importncia de If to grande, que, acima dele apenas est oDeus supremo do rn(Cu plano espiritual).

    RNML AKR FIN SGBN: rnml homem pequeno que usa oprprio interior como fonte de sabedoria. Esse epteto deixa claro a sabedoria deIf, que , de encontrar as respostas que ele necessita dentro dele mesmo.

    http://xn--culto%20a%20-if-1bo4526assofr53f/
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    Essa sabedoria ensinada aos iniciados em If, de utilizar o prprio conhecimentointerior para solucionar problemas do dia-dia.

    GBIY GBRUN:Aquele que vive no mundo visvel e no mundo invisvel, ou,o mais antigo nos dois mundos. Deixando claro, que If est presente em todas aspartes do universo.

    KITBR APA J IK D:O poderoso que altera o dia da morte. Atravs dainiciao de If, se as pessoas agirem corretamente, tendem a garantir vida longa,pois, qualquer morte prematura que estiver no caminho da pessoa, If tem o poderpara cortar.

    KNRIN GBNMRGN:Homem do coquinho que ns nunca esquecemos.Lembrando a importncia do IKIN (COQUINHO DE DEND) dentro do culto deIf, e a importncia de que, para que algo tenha fora, preciso que seja lembrado

    (cultuado).

    RIGI A BL: Aquele que ao ser venerado, traz a sorte, a prosperidade.Ressaltando que atravs de If a pessoa reconquista sua sorte e suaprosperidade.

    ALD: Senhor da coroa. O que possui uma cabea to boa que no perde acoroa, If o eterno rei da sabedoria, fonte inesgotvel de informaes eorientao. Por isso chamado de dono da coroa.

    So vrios os eptetos para If, chamados tambm de nomes de louvor,mas, nesse texto, procurei destacar os mais importantes e utilizados, pois, atravsdeles, qualquer um pode saudar If e tambm aprender um pouco mais sobre elee sua importncia na vida e no dia-dia da humanidade.

    Mais uma vez agradeo todos os mestres que tive e tenho, Bb Kekeje(Antonio de Sng), y Dela (Marta de un), Bb Fbnmi (ni iranti inmemorian), Bb Awodiran e Bb King.

    * Biografia consultada: CNTICOS DOS ORIXS NA FRICA, Skr Slm Prof. Dr. King. Ed Oduduwa.

    * A Interpretao dos eptetos foram feitos por mim, baseado naquilo que pudeentender de If nesses 14 anos de iniciado, 14 anos que aprendi que If no apenas to amplo como o Oceano, mas sim, to amplo quanto o prprio Universo.Que If abenoe a todos...

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    sanyn O Grande

    Mago das Folhas eFlorestas

    Eweelre oIl ms Ew sanyn

    rdo Ms

    sanyn (Onyn, Osse, Osaim, Ossanhe, Ossanha) uma divindade queindependente de como chamado, conhecido e cultuado, seja no Culto TradicionalIorubsin Yorb, ou nos cultos descendentes do mesmo, como o Candombl,a Santeria Cubana ou ate mesmo a Umbanda, um fato certo, no podemos negarsua importncia e que ds dos nossos primeiros passados dentro da liturgia dealgum desses cultos sua energia se faz presente e necessria ser cultuada.

    Muitas dvidas surgem em nossa mente a respeito do que vem a ser essadivindade, e verdadeiramente o que vem a ser a sua real finalidade. Divindade dafloresta? Divindade das folhas? Divindade da magia? Ou, at mesmo a divindadeda Vida?

    Sim, Divindade da Vida, ou ate mesmo do Re-nascimento, pois, no podemosnegligenciar o fato de que desde o ingresso de uma pessoa dentro da Religio dosOrixs, quando a mesma morre para a sociedade e re-nasce para o Culto, at ofim de sua jornada dentro desta, as folhas esto presentes em tudo. Seja noprimeiro Omir (banho de folhas que acalmam e purificam), seja na lavagem epreparao dos smbolos litrgicos de adorao de um determinado r, tambmconhecidos comoOjb, ou ate mesmo na preparao do banho aonde ser lavadonosso corpo nas cerimnias fnebres - sink, sempre encontraremos sanyn.

    So conhecidos diversos relatos de seu egosmo e de sua insistncia emno compartilhar com as demais divindades os segredos das folhas, egosmo esse,que levou os Orixs a buscarem uma maneira de se apoderarem de seu segredo.Onde a partir daquele momento, cada Orix teve conhecimento de suas folhas. sabido tambm que, apesar de sanyn possuir o conhecimento das folhas (wnEw), os fs (poemas de ativao, encantamentos que despertariam o ax decada folha) seriam de conhecimento nica e exclusivamente de rnml, poremposso garantir que apesar de tudo isso, o segredo de sayn vai muito alm.

    Como Sacerdote (Bblawo) de rnml-If, me foi passado s seteprincipais maneiras de se preparar (montar, assentar) um Ojbsanyn, ojubsestes, utilizados pelos Bblawos nas mais diversas situaes. Os Bblawospossuidores dos segredos de sanynso conhecidos como Adahune:

    http://xn--any%20a%20divindade%20das%20folhas-9y4ap4348f/
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    ...Kgo egbr rin.Akp ngb rn k sunwn...Aquele que to forte quanto

    uma barra de ferro.Aquele que invocado quando

    as coisas no esto bem ...

    Os sete principais Ojbsanyn montados pelos Bblawos Adahuneso:- Osanyin Elewu pupa- Osanyin Olode- Osanyin Alaro- Osanyin Olosun (Opa osun)- Osanyin Onimoriwo- Osanyin Onide- Osanyin Onigi

    E assim como os sanyn preparados pelos wlr (Sacerdotes der),os mesmos tm as mais variadas utilizaes e finalidades dentro na liturgia tradicionaliorub.

    Mas nada intriga mais, desperta mais curiosidade e derruba mais tabus do que or sanyn preparado pelos sacerdotes de sanyn, os Olsanyn ou pelosconhecedores de sua liturgia, como os Ongn (Mdicos Herbalistas), ou ainda osOlgn (Magos Tradicionais Yorb).

    http://xn--assentamento%20de%20any-%20candombl-kv5av5493d8qsn/
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    Um Olgn versado na liturgia desanyn no necessita de instrumentodivinatrio, pois, seu prprio r(sanyn) revela no momento daconsulta, os motivos que levaram oconsulente a sua casa, osacontecimentos passados que o levaram

    a essa situao, o correto tratamentobaseado nos elementos presentes naNatureza e os acontecimentos futuros,desde que a pessoa esteja disposta aexplorar as potencialidades energticasque sero despertas aps a realizao doIse (trabalho espiritual).

    Questionando um dos meusmestres, no inicio de minha jornada

    dentro da tradio e da liturgia desanyn, acerca da diviso de seusconhecimentos a respeito das folhascom as outras divindades e tambm danecessidade de se ter o f(encantamento) adequado pra que cadaIse (trabalho espiritual) fossemanipulado, o mesmo sorriu, coou acabea e me disse assim:

    - Voc realmente acredita que, um

    r que nos revela a hora que umapessoa vir em nossa casa, o que serfeito por essa pessoa, e inmeras outrascoisas mais, que nos acorda no meio danoite para nos avisar quando algo vaiocorrer, no teria conhecimento do queas outras divindades estariam tramando.E continuou dizendo:

    - Ognlad (Srgio Borges), osOlgnsso pacficos, pois possuem oconhecimento da essncia de suadivindade. E como sanyn sabia o queiria ocorrer, tendo conhecimento queessa disputa no cessaria, apenascompartilhou com as outras divindadesaquilo que queria, guardando pra si, seuverdadeiro segredo e finalidade. Aindabuscando mais respostas, dei nfase naquesto da necessidade dos f(encantamentos)no preparo das magiase medicinas e ento obtive a seguinteresposta:

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    - Voc sabe, que a iniciao de um Olsanyn, ou de um Olgn ecomposta de sete passos, certo? E que em um desses passos o mesmo recebe edeve engolir um Olugbohun (magia que faz com que nossas palavras voem com ovento e tem o poder de fazer com que os nossos desejos aconteam), um Afose(magia para dar fora palavra) e um Epe(magia que d poder de comando, usadopara orar, abenoar e ate mesmo maldizer objetos animados e inanimados) e um

    Mayehun(ningum recusa um pedido meu) e que isso passa a agir internamente,mesclado-se com sua prpria essncia. E que posteriormente o Olgnpassarpor um ritual semelhante ao Ajegun(ritual esse feito as mos de um Bblawo quepotencializa os signos marcados no pn Ife tambm as medicinas preparadaspelo mesmo) conhecido como Akgn, ritual esse que transforma o sacerdote desanyn, naquilo que ele e normalmente conhecido: Ak (homem) Ogn(medicina; magia) = HOMEM MEDICINA = Mago.

    Mas o que vem a ser um Olgn, ou um homem medicina = Akgn? um sacerdote que recebeu corretamente suas iniciaes dentro dessa

    tradio (sanyn) e passa tambm a ser conhecido como m iy. Paraentendermos melhor o que um Omo iy, temos antes que entender que entre orun (Mundo Espiritual) e o iy (Mundo Material), existe um espao suprasensvel que converge com o run e o iy, habitado por energias e espritospoderosos como , ymi (j), O, mr, Egngn, gb Worowo e todos osAjgns, e ao se transformar em um m iy, o sacerdote em questo possuiplenas condies de evocar e manipular essas energias buscando restaurar aordem e o equilbrio de sua comunidade, afastar pestes e ate mesmo guerrear,quando se torna extremamente necessrio, pois, como foi dito anteriormente, oOlgn, por conhecer todas as possibilidades de seu sacerdcio, deve ser antesde mais nada um homem de paz.

    E as mulheres, at onde podem ir dentro desse Culto - sanyin?Conheci em Akaka, na Nigria, muitas mulheres que manipulavam sanyn e

    que passaram por todos os rituais, sendo conhecidas como Abogn ou MulherMedicina. Porem, sempre so ancis, as mais velhas da comunidade e s iniciamseu aprendizado mais elevado dentro dos segredos de sanyn depois que seuperodo menstrual chegou ao fim.

    Preconceito, machismo?

    Claro que no, sabido por todos, que a regra menstrual e um dos maiorestabus dentro nossa religio, pelo fato da mesma fazer com que a mulher seaproxime ao mximo da energia negativa de ymi j(Minha Me Feiticeira), e aoencontrar-se nessa situao energtica, como a mesma ao ser acordada a noite porsanyn, pode preparar uma medicina de cura, transformao ou prosperidade?

    http://xn--any-4rd2855w/
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    Em uma de suas preces dirias o Olgn(Mago) comea saudando o iy eposteriormente algumas das energias que coexistem nessa maravilhosa dimenso:

    Aiye mo jb o!Aiye eu te sado!

    Eyin Iyami Eleye mejeje Iba o!A senhora dos pssaros eu te sado!

    Iya mi mo kan o emi ni omoaiyeIya mi eu te conheo, pois sou um omoaiye!

    Oso kelekeleija mo kan o, emi ni omoaiye!Feiticeiros eu vos conheo, pois sou um omoaiye!

    Emere mo kan wo emi ni omoaiye!

    Emere, eu te conheo, pois sou um omoaiye!

    Esu mo juba o, Esu ma se mi omo elomiran ni o se o!Iba Osanyin, Osanyin mo kan o emi ni omoaiye!Osanyin eu te sado, Osanyin eu te conheo pois sou um omoaiye!

    Kulukuluse e egungunmo kan o, egungun won a ni ki won o lo ile Osanyin!Egungun eu te conheo, todas as pessoas que vo ate a casa dos ancestrais,necessitam tambm ir ate Osanyin!

    Logo, podemos concluir que ao possuirmos o verdadeiro conhecimento arespeito da tradio do culto a sanyn, encontraremos todas as respostas aosnossos anseios, desejos e duvidas, dentro dessa prpria tradio.

    http://xn--any-4rd2855w/
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    Por Srgio Borges - OlgnOgnlad (Bb Ifgbmil Olif

    Odymi)Msn: [email protected]

    Para concluir, gostaria de falar a respeito de um tn (histria do corpoliterrio de If), que muito difundido por alguns Bblawos (Sacerdotes dernml-If), tn esse, que afirma ser o B Sacrifcio (filho de rnml),muito mais eficaz que a OGN Magia/medicina (filho de sanyn). E novamenteafirmo, ao conhecermos sanyn vemos que muitos tabus caem por terra, assimcomo esse, defendido e muito pelos Bblawos.Ewe ori igi koloilele!As folhas que ficam nas rvores!Bee ni tilele o lo ori igi!Tem mais utilizao que as que ficam no cho!A difa fun Osaniware omo Osanyin!Foi feito a divinao a Osaniware, filho de Osanyin!Abu fun Ogunigbeyin ti nse omo Osanyin!E tambm a Ogunigbeyin filho de Osanyin!A difa fun Ojunmonle ti nse omo bibi inu Agbonniregun!

    E tambm foi feito uma divinao para Ojunmonle, filho de Orunmila!Ise Ari Ogunigbeyin kedere!Foi feito um Ise para Ogunigbeyin!Ari Ojumonlela iku!Ojunmole no ver mais a morte!Ari Ojunmolela iku!Ojunmole no ver mais a morte!Lailai ni isejogunlo jani ebo da!Desde ento, o Iseogunlo (trabalhos espirituais feito pelos Olgns ) setornaram mais eficazes que os bs (trabalhos espirituais realizados pelosBblawos)!

    E claro, jamais devemos defender a supremacia de uma divindade sobre aoutra ou de um Bblawo sobre um Olgn ou de um Olgn sobre umwlr, e sim, devemos compreender que todos os sacerdotes assim comotodas as divindades possuem importncia impar dentro de nossa maravilhosatradio.

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    Folha do Ms

    bt - quemsupera as guas do rio etambm os inimigos

    Nome Yorb = bt.Nome Popular = Ltus, golfo, golfo de flor branca, golfo de flor

    amarela, golfo de flor vermelha, golfo de flor lils, vitria rgia, rainhados lagos, milho dgua.Nome Cientfico = Nymphaea alba, Nymphaea rubra, Nymphaea

    caerulea, Nymphaea victoria,.

    sbt uma folha feminina, de r (apaziguamento), ligada ao elementogua, nasce na gua (dentro, fundo) e se estabelece em sua superfcie. umadas folhas mais importantes e utilizadas dentro do culto (Candombl e CultoAfricano), porm, a mesma deve sempre ser utilizada junto a Ojor (alfacedgua, flor dgua, murur). ligada a sl (Obtl) e a todas as divindadesaquticas, principalmente as femininas, como sun e Ymow (esposa de sl).

    Existem muitas espcies de sbt, com flores nas mais diversas cores,mas seu significado litrgico o mesmo para todas as espcies...

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    A mais conhecida de todas asespcies a sbtVitria rgia(Nymphaea victoria), folha que muitosdenominam Ew Omi Oj, mas naverdade uma espcie de sbt, que comum na regio amaznica. Folha

    arredondada que pode chegar a umdimetro de at 2,5 metros e suportarat 40 quilos sobre ela, ds de que bemdistribudos.

    sbt uma planta encontradana Europa, sia, frica e Amricas.

    Liturgicamente, a mesma utilizada em Igbr (ritos iniciticos),atravs de Omir (banhos deapaziguamento e purificao) e gbo(banho litrgico composto por diversoselementos de origem animal, vegetal eanimal). tambm utilizada nasacralizao de elementos utilizados nosojbo (assentamentos) rs. E emmagias (ogn) para vencer inimigos.sbt uma folha que apaziguaSng.

    A de flor branca utilizada na

    liturgia de sl, Ymow, sun eYmoja.

    A de flor amarela utilizada naliturgia de sun, Olgn Edee Ernl.

    A de flor vermelha utilizada naliturgia de Oya, Ob e yw.

    E a de flor lils utilizada naliturgia de Nn Bk.

    A verdadeira sbt, o Ltus

    (Nymphaea lotus), planta de origemegpcia, rara e sagrada. Que na poca(do trafico escravista) da chegada dosafricanos no Brasil, por esta folha aindano ter vindo para as Amricas, foisubstituda pelas espcies conhecidashoje...

    As sbt (Nymphaea) so folhasconsideradas anafrodisacas, ou seja,

    possuem o poder de diminuir o libidosexual, esse um dos motivos desta serutilizada dentro da recluso inicitica,para tranqilizar sexualmente o nefito

    no perodo de recluso. Sua raiz acalmao desejo sexual masculino e capaz deprovocar o aborto nas mulheres.

    Mas a sbt tambm pode serutilizada no combate as disenterias,diarrias e problemas de pele.

    Ojor ni nlk Omib rsa

    sbt ni nlk Odb rs

    Mo nlk tab rs

    Mo nlk segun abinuenb rs

    Ojor quem supera agua,

    Vontade de rs.sbt quem supera o

    rio,Vontade de rs.Eu quem supero os

    Inimigos,Vontade de rs.

    Eu quem vence os rivais,Vontade de rs.

    Por Hrick Lechinski (EjtolTsmar)

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    Conta histria, que Zlio Fernandino de Moraes, nascido no dia 10 de abril de

    1891, no distrito de So Gonalo, RJ. Em fins de 1908, ento com dezessete anos deidade, preparava-se para o ingresso na carreira militar, na Marinha do Brasil, quandofoi acometido por uma inexplicvel paralisia, que os mdicosno conseguiam debelar.Certo dia ergueu-se no leito, declarando: "Amanh estarei curado!.

    No dia seguinte, de fato, levantou-se normalmente e voltou a caminhar, como senada lhe houvesse acontecido: os mdicos no souberam explicar o ocorrido. Os seustios, padres da Igreja Catlica, surpreendidos, tambm no souberam explicar ofenmeno. Um amigo da famlia, ento, sugeriu uma visita Federao Esprita doEstado do Rio de Janeiro(ento sediada em Niteri), presidida, no momento, por Josde Souza.

    Aceitando o sugerido pelo amigo de sua famlia, Zlio dirige-se FederaoEsprita, ao chegar l, no dia 15/11/1908, em um determinado momento dos trabalhosda sesso Esprita, manifestaram-se em Zlio espritos que diziam ser de ndio eescravo. O dirigente da Mesa pediu que se retirassem, por acreditar que no passavamde espritos atrasados (sem doutrina). Mais tarde, naquela noite, os espritos senomearam como Caboclo das Sete Encruzilhadase Pai Antnio.

    Devido hostilidade e a forma como foram tratados (como espritos atrasadospor se manifestarem como ndio e um negro escravo). Essas entidades resolveram

    iniciar uma nova forma de culto, em que qualquer esprito pudesse trabalhar.No dia seguinte, dia 16 de novembro, as entidades comearam a atender na

    residncia de Zlio todos queles que necessitavam, e, posteriormente, fundaram aTenda esprita Nossa Senhora da Piedade.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/1908http://pt.wikipedia.org/wiki/1908http://pt.wikipedia.org/wiki/Marinha_do_Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Marinha_do_Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Paralisiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Paralisiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Medicinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Medicinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Cat%C3%B3licahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Cat%C3%B3licahttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Federa%C3%A7%C3%A3o_Esp%C3%ADrita_do_Estado_do_Rio_de_Janeiro&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Federa%C3%A7%C3%A3o_Esp%C3%ADrita_do_Estado_do_Rio_de_Janeiro&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Federa%C3%A7%C3%A3o_Esp%C3%ADrita_do_Estado_do_Rio_de_Janeiro&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Niter%C3%B3ihttp://pt.wikipedia.org/wiki/Niter%C3%B3ihttp://pt.wikipedia.org/wiki/Caboclo_das_Sete_Encruzilhadashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Caboclo_das_Sete_Encruzilhadashttp://bandeira%20da%20umbanda/http://xn--zo%20fernandino%20de%20moraes-5v38g/http://pt.wikipedia.org/wiki/Caboclo_das_Sete_Encruzilhadashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Niter%C3%B3ihttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Federa%C3%A7%C3%A3o_Esp%C3%ADrita_do_Estado_do_Rio_de_Janeiro&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Federa%C3%A7%C3%A3o_Esp%C3%ADrita_do_Estado_do_Rio_de_Janeiro&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Cat%C3%B3licahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Medicinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Paralisiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Marinha_do_Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/1908
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    Zlio foi o precursor de um"trabalho Umbandista Bsico" (voltado caridadeassistencial, sem cobrana esem fazer o mal e priorizando o bem),uma forma "bsica de culto" (muitosimples), mas aberta juno dasformas j existentes (ao prprio

    Candombl dos cultos Nags e Bantus,que deram origem s religies maisafricanas - Umbanda Omolok,Umbanda de Pretos-velhos; ou aquelasformas mais vinculadas DoutrinaEsprita - Umbanda Branca; ou aquelasformas oriundas da Pajelana do ndiobrasileiro - Umbanda de Caboclo; oumesmo formas mescladas com oesoterismo de Papus - Grard AnacletVincent Encausse, esoterismo teosficode Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891), de Joseph Alexandre Saint-YvesdAlveydre - Umbanda Esotrica,Umbanda Inicitica, (entre outras) queforam se mesclando e originandodiversas correntes ou ramificaes daUmbanda com suas prprias doutrinas,ritos, preceitos, cultura e caractersticasprprias dentro ou inerentes prticade seus fundamentos. Em 1918, por orientao da

    mesma entidade espiritual (Caboclo das

    Sete Encruzilhadas), Zlio viria a fundarmais sete tendas de Umbanda.

    Aos 55 anos, passou a direo daTenda Esprita Nossa Senhora daPiedade para as suas filhas Zlia deMoraes Lacerda (j falecida) e Zilmiade Moraes Cunha. Feito isso, fundou aCabana de Pai Antnio, em Cachoeirasde Macacu, no estado do Rio deJaneiro.

    Para a tristeza de sua famlia edos vrios adeptos desta recm criadareligio brasileira, Zlio vem a falecerno dia 03 de outubro de 1975, aos 84anos de idade. Mas de herana, deixa atodos ns essa MARAVILHOSARELIGIO, TIPICAMENTE BRASILEIRA.

    Por Hrick Lechinski

    (Ejtl Tmar)

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Caridadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Caridadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_Esp%C3%ADritahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_Esp%C3%ADritahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_Esp%C3%ADritahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Helena_Petrovna_Blavatskyhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Helena_Petrovna_Blavatskyhttp://pt.wikipedia.org/wiki/1918http://pt.wikipedia.org/wiki/1918http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabana_de_Pai_Ant%C3%B4niohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cabana_de_Pai_Ant%C3%B4niohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cachoeiras_de_Macacuhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cachoeiras_de_Macacuhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cachoeiras_de_Macacuhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cachoeiras_de_Macacuhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cachoeiras_de_Macacuhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cabana_de_Pai_Ant%C3%B4niohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1918http://pt.wikipedia.org/wiki/Helena_Petrovna_Blavatskyhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_Esp%C3%ADritahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_Esp%C3%ADritahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Caridade
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    Saudoso ZlioFernandinode Moraes

    Entrevista do Ms

    A falando de Ax deste ms, resolveu publicar estaentrevista feita com o saudoso Sr. Zlio Fernandino de Moraeso Precursor da Umbanda, que foi realizada em Novembro de1970 e publicada pela primeira vez como o 38 boletim da Tulef.

    O motivo de estarmos publicando essa entrevista, para queos atuais Umbandistas possam fazer uma reflexo a respeito decomo era a Umbanda de antes, aquela criada por Zlio e como a de hoje e se perguntar, ser que estamos no caminho certo???

    Uma boa leitura e tambm uma tima reflexo...

    Com 82 anos de idade, este homem considerado por um pequeno grupo deumbandistas "o fundador da Umbanda". Cabelos grisalhos, fisionomia serena esimples, Zlio de Moraes, atravs do seu guia espiritual, o Caboclo das SeteEncruzilhadas, s sabe praticar o amor e a humildade.

    "- Na minha famlia, todos so da marinha: almirantes, comandantes, um capito-de-mar-e-guerra... S eu que no sou nada..." - comentava sorrindo Zlio de Moraes, aosamigos que o visitavam, nessa manh ensolarada.

    E a reprter, antes mesmo de se apresentar, retrucou:

    "- Almirantes ilustres, capites-de-mar-e-guerra h muitos;o mdium do Caboclo das

    Sete Encruzilhadas, porm, um s".Levantando-se, Zlio de Moraes - magrinho, de estatura mediana, cabelos grisalhos,fisionomia serena e de uma simplicidade sem igual - acolheu-me, como se fssemosvelhos conhecidos.

    http://xn--zo%20fernandino%20de%20moraes-5v38g/
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    Citando nomes e datas, com preciso extraordinria, Zlio de Moraes relata o queforam os primeiros anos de sua atividade medinica.

    Dez anos depois, o Caboclo das Sete Encruzilhadas anunciou a segunda fase de suamisso: a fundao de sete templos de Umbanda e, nas reunies doutrinrias querealizava s quintas-feiras, foi destacando os mdiuns que assumiriam a direo dasnovas tendas: a primeira, com o nome de Nossa Senhora da Conceioe, sucessivamente, Nossa Senhora da Guia, So Pedro, Santa Brbara, So Jorge,Oxal e So Jernimo.

    "- Na poca - prossegue Zlio - imperava a feitiaria; trabalhava-se muito para o mal,atravs de objetos materiais, aves e animais sacrificados, tudo a preoselevadssimos. Para combater esses trabalhos de magia negativa, o Caboclo trouxeoutra entidade, o Orix Mal, que destrua esses malefcios e curava obsedados. Aindahoje isso existe: h quem trabalhe para fazer ou desfazer ou desmanchar feitiarias, spara ganhar dinheiro. Mas eu digo: no h ningum que possa contar que eu cobreium tosto pelas curar que se realizavam em nossa casa; milhares deobsedados, encaminhados inclusive pelos mdicos dos sanatrios de doentesmentais... E quando apresentavam ao Caboclo a relao desses enfermos, ele indicavaos que poderiam ser curados espiritualmente; os outros dependiam de

    tratamentos material..."

    Perguntei ento a Zlio, a sua opinio sobre o sacrifcio de animais que algunsmdiuns fazem na inteno dos Orixs. Zlio absteve-se de opinar, limitou-se a dizer:

    "- Os meus guias nunca mandaram sacrificar animais, nem permitiriam que secobrasse um centavo pelos trabalhos efetuados. No Espiritismo no pode pensar emganhar dinheiro; deve-se pensar em Deus e no preparo da vida futura."

    O Caboclo das Sete Encruzilhadas no adotava atabaques nem palmas para marcar oritmo dos cnticos e nem objetos de adorno, como capacetes, cocares, etc.

    Quanto ao nmero de guias a ser usado pelo mdium, Zlio opina:

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    "- A guia deve ser feita de acordo com os protetores que se manifestam. Para o PretoVelho deve-se usar a guia de Preto Velho; para o Caboclo, a guia correspondente aoCaboclo. o bastante. No h necessidade de carregar cinco ou dez guias nopescoo..."

    Considera o Exu um esprito trabalhador como os outros:

    "- O trabalho com os Exus requer muito cuidado. fcil ao mau mdium darmanifestao como Exu e ser, na realidade, um esprito atrasado, como acontece,tambm, na incorporao de Criana. Considero o Exu um esprito que foi despertadodas trevas e, progredindo na escala evolutiva, trabalha em benefcio dos necessitados.O Caboclo das Sete Encruzilhadas ensinava o que Exu , como na polcia, o soldado.O chefe de polcia no prende o malfeitor; o delegado tambm no prende. Quemprende o soldado que executa as ordens dos chefes. E o Exu um esprito quese prontifica a fazer o bem, porque cada passo que d em benefcio de algum maisuma luz que adquire. Atrair o esprito atrasado que estiver obsedando e afast-lo, umdos seus trabalhos. E assim que vai evoluindo. Torna-se portanto, um auxiliar doOrix.

    Relembrando fatos passados em mais de meio sculo de atividade espiritualista, Zliorefere-se a centenas de tendas de Umbanda fundadas na Guanabara, em So Paulo,Estado do Rio, Minas, Esprito Santo, Rio Grande do Sul. A Federao de Umbanda doBrasil, hoje Unio Espiritista de Umbanda do Brasil, foi criada por determinao doCaboclo das Sete Encruzilhadas, a 26 de agosto de 1939.

    Da Tenda Nossa Senhora da Piedade saiam constantemente mdiuns de capacidadecomprovada, com a misso de dirigirem novos templos umbandistas; entre eles, JosMeireles, na poca deputado federal; Jos lvares Pessoa, que deixou uma lembrana

    indelvel de sua extraordinria cultura espiritualista; Martinho Mendes Ferreira, atualpresidente da Congregao Esprita Umbandista do Brasil; Carlos Monte de Almeidaum dos diretores de culto da T.U.L.E.F.; Joo Severino Ramos, trabalhando ainda hoje,ativamente, inclusive na Assessoria de Culto do Conselho Nacional Deliberativo daUmbanda. Outros, fugindo s rgidas determinaes de humildade e caridade doCaboclo das Sete Encruzilhadas, desvirtuaram normas do culto. Mas aUmbanda, preconizada atravs da mediunidade de Zlio de Moraes, difundiu-seextraordinariamente e hoje podemos encontrar suas caractersticas em tendasmodestas e nos grandes templos, como o Caminheiros da Verdade e a Tenda Mirim,nos quais a orientao de Joo Carneiro de Almeida e Benjamin Figueiredo mantmelevado nvel de espiritualidade, no Primado de Umbanda, uma das mais perfeitas

    entidades associativas da nossa Religio.

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    Durante mais de cinqenta anos, o Caboclo das Sete Encruzilhadas dirigiu a TendaNossa Senhora da Piedade; aps esse tempo, passou a direo filha mais velha domdium, dona Zlia, aparelho do Caboclo Sete Flechas. Entretanto, Pai Antoniocontinua trabalhando, na cabana que tem o seu nome, localizada num stiomaravilhoso, em Cachoeiras de Macacu. O Caboclo manifesta-se ainda em datasespeciais, como foi, por exemplo, o 63 aniversrio daquela tenda.(nota entrevista feitaem 1972)

    Da gravao feita durante a celebrao festiva, reproduzimos para os leitores, o trechofinal da mensagem do Caboclo das Sete Encruzilhadas:

    "A Umbanda tem progredido e vai progredir muito ainda. preciso haver sinceridade,amor de irmo para irmo, para que a vil moeda no venha a destruir o mdium, queser mais tarde expulso, como Jesus expulsou os vendilhes do templo. preciso

    estar sempre de preveno contra os obsessores, que podem atingir o mdium. preciso ter cuidado e haver moral, para que a Umbanda progrida e seja sempre umaUmbanda de humildade, amor e caridade. Essa a nossa bandeira. Meus irmos: sdehumildes, trazei amor no corao para que pela vossa mediunidade possa baixar umesprito superior; sempre afinados com a virtude que Jesus pregou na Terra, para quevenha buscar socorro em vossas casas de caridade, todo o Brasil... Tenho uma coisa avos pedir:

    "Se Jesus veio ao planeta Terra na humilde manjedoura, no foi por acaso, no. Foi oPai que assim o determinou.Que o nascimento de Jesus, o esprito que viria traar humanidade o caminho de obter a paz, sade e felicidade, a humildade em que ele

    baixou neste planeta, a estrela que iluminou aquele estbulo, sirva para vs,iluminando vossos espritos, retirando os escuros da maldade por pensamento, poraes; que Deus perdoe tudo o que tiverdes feito ou as maldades que podeis haverpensado, para que a paz possa reinar em vossos coraes e nos vossos lares. Eu,meus irmos, como o menor esprito que baixou Terra, mas amigo de todos, numaconcentrao perfeita dos espritos que me rodeiam neste momento, peo que elessintam a necessidade de cada um de vs e que, ao sairdes deste templo de caridade,encontreis os caminhos abertos, vossos enfermos curados e a sade para sempre emvossa matria. Com o meu voto de paz, sade e felicidade, com humildade, amor ecaridade, sou e serei sempre o humilde CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS"

    Fonte: Jornal de Umbanda Sagrada - Outubro de 2008Autor:Atila Nunes FilhoBaseado em: Gira da Umbanda, ano 1 - numero 1 - 1972Autor: Llia Ribeiro, Lucy e Creuza

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    Pretos Velhos -Ancestrais quenos ensinam aHumildade

    Pai Antnio foi o primeiro preto-velho a se manifestar na Religio de Umbanda,em seu mdium Zlio Fernandino de Morais, onde se estabeleceu a Tenda NossaSenhora da Piedade. Assim, ele abriu esta "linha" para nossa religio, introduzindo ouso do cachimbo, guias e o culto aos Orixs.

    O "Preto-velho" est ligado cultura religiosa Afro-Brasileira em geral e Umbanda de forma especfica, pois dentro da Religio Umbandista este termoidentifica um dos elementos formadores de sua liturgia, representa uma "linha detrabalho", uma "falange de espritos", todo um grupo de mentores espirituais que seapresentam como negros ancies, ex-escravos, conhecedores dos Orixs Africanos.

    So trabalhadores da espiritualidade, com caractersticas prprias e coletivas,que valorizam o grupo em detrimento do ego pessoal, ou seja, so simplesmentepretos e pretas velhas como Pai Joo e V Maria, por exemplo.

    Milhares de Pais Joo e de Avs Maria, o que mostra um trabalho desper sonalizado do elemento individual valorizando o elemento coletivo identificado pelotermo genrico "preto-velho". Muitos at dizem "nem to preto e nem to velho" aindaassim "preto velho fulano de tal". A falta de informao a me do preconceito, e, no

    caso do "preto-velho", muitos que so leigos da cultura religiosa Umbandista ou deorigem africana desconhecem valor do "preto-velho" dentro das mesmas.

    Preto Cor e Negro Raa, logo o termo "preto-velho" torna-se caracterstico ecom sentido apenas dentro de um contexto, j que fora de tal contexto o termo de usoamplo e irrestrito seria "Negro Velho", "Negro Ancio" ou ainda "Negro de idadeavanada" para identificar o homem da raa negra que encontra-se j na "terceiraidade" (a melhor idade). Por conta disso alguns sentem-se desconfortveis em utilizarum termo que primeira vista pode parecer desrespeitoso ao citar um amvel senhornegro, j com suas madeixas brancas, cachimbo e sorriso fcil, por trs do olhar de

    homem sofrido, que na humildade da subjugao forada e escrava encontrou aliberdade do esprito sobre a alma, atravs da sabedoria vinda da Me frica, na figurade nossos Orixs, vindo ao encontro da imagem e resignao de nosso senhor JesusCristo.

    http://negra%20velha/http://negro%20velho/
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    Alguns preferem cham-los apenas de "Pais Velhos" o que bonito ao ressaltara paternidade, mas ao mesmo tempo oculta a raa que no caso motivo de orgulho.So eles que souberam passar por uma vida de escravido com honra e nobreza decarter, mais um motivo de orgulho em se auto-afirmar "ngo vio" e ex-escravo;talvez assim se mantenham para que nunca nos esqueamos que em qualquersituao temos ainda oportunidade de evoluir. Quanto mais adversa maior a

    oportunidade de dar o testemunho de nossa f.

    O "preto-velho" um cone da Umbanda, resumindo em si boa parte da filosofiaumbandista. Assim, os espritos desencarnados de ex-escravos se identificam emuitos outros que no foram escravos, nesta condio, assim se apresentam tambmem homenagem a eles, por t-los como Mestres no astral.

    http://negro%20velho%20pai%20joaquim/http://negro%20velho%20pai%20benedito/http://pretos%20e%20pretas%20velhas.../
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    Texto de Alexandre CuminoJornal de Umbanda Sagradajornalumbandasagrada.blogspot.com

    No imaginrio popular, por falta de informao ou por m f de algunsformadores de opinio, a imagem do "preto-velho" pode estar associada por alguns auma viso preconceituosa, h ainda os que se assustam "com estas coisas" pois nosabem que a Umbanda uma religio e como tal tem a nica proposta de nos religar aDeus, manifestando o esprito para a caridade e desenvolvendo o sentimento de amorao prximo e a humildade. No existe uma Umbanda "boa" e uma Umbanda "ruim",existe sim nica e exclusivamente uma nica Umbanda que faz o bem, caso contrrio

    no Umbanda e assim com os "Preto-velhos", todos fazem o bem sem olhar aquem, caso contrrio no de fato um "preto-velho", pode ser algum disfarado de"velho-negro", o "preto velho" trabalha nica e exclusivamente para a caridadeespiritual.

    So espritos que se apresentam des ta forma e que sabem que em essncia notemos raa nem cor, a cada encarnao, temos uma experincia diferente. Os pretosvelhos trazem consigo o "mistrio ancio", pois no basta ter a forma de um velho,antes, precisam ser espritos amadurecidos e reconhecidos como irmos mais velhosna senda evolutiva.

    Quanto menos valor se d a forma, mais valor se d mensagem, e "preto-velho" fala devagar, bem baixinho; quando assim se pronuncia, todos se aquietampara ouvi-lo, parece-nos ouvir na lngua Yorub a palavra "Atot", saudao aObaluay que quer dizer exatamente isso: "silncio".

    Nas culturas antigas o "velho" era sempre respeitado e ouvido como fonte vivado conhecimento ancestral. Hoje ainda vemos este costume nas culturas indgenas eciganas. Algumas tradies religiosas mantm esta postura frente o sacerdote maisvelho, trata-se de uma herana cultural religiosa to antiga quanto nossa memria ounossa histria pode ir buscar, to antigos tambm so alguns dos pretos velhos que

    se manifestam na Umbanda.Muitos j esto fora do ciclo re-encarnatrio, esto libertos do karma, j

    desvendaram o manto da iluso da carne que nos cobre com paixes e apegos queinexoravelmente ficaro para trs no caminho evolutivo.

    Por tudo isso e muito mais, no dia 13 de Maio, dia da libertao dos escravos ns ossaudamos: "Salve os Pretos Velhos! Salve as Pretas Velhas! Adorei as Almas! Salvenosso Amado Pai Obaluai, Atot meu Pai! Salve nossa Amada Me Nan Buruqu,Saluba Nan!"Usamos para eles velas brancas ou bicolores, metade preta e metade branca, tomam

    caf e fumam cachimbo...

    http://xn--negra%20velha%20varia%20konga-6j26a/
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    Santo do Ms

    No dia 26 de julho comemoramos Santa Ana, que no sincretismo religioso Afro-brasileiro considerada Nan (Nn Bk). Mas importante deixar claro que, Nn Nn e Santana Santana.

    Santa Ana ou Sant'Ana (do latim Anna, por sua vezdo hebraico transliterado Hannah, "Graa") foi me de Maria, a me de Jesus Cristo.

    Os dados biogrficos que sabemos sobre os pais de Maria foram legados

    pelo Proto-Evangelho de Tiago, obra citada em diversos estudos dos padres da Igreja

    Oriental, como Epifnio e Gregrio de Nissa.

    Sant'Ana, cujo nome em hebraico significa graa, pertencia famlia do

    sacerdote Aaro e seu marido, So Joaquim, pertencia famlia real de Davi. Seu

    marido, So Joaquim, homem pio fora censurado pelo sacerdote Rben por no ter

    filhos. Mas SantAna j era idosa e estril. Confiando no poder divino, So

    Joaquim retirou-se ao deserto para rezar e fazer penitncia. Ali um anjo do Senhor lhe

    apareceu, dizendo que Deus havia ouvido suas preces. Tendo voltado ao lar, algum

    tempo depois SantAna ficou grvida. A pacincia e a resignao com que sofriam a

    esterilidade levaram-lhes ao prmio de ter por filha aquela que havia de ser a Me de

    Jesus.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_hebraicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Translitera%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Proto-Evangelho_de_Tiagohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Epif%C3%A2niohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aar%C3%A3o_(B%C3%ADblia)http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Joaquimhttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Joaquimhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Deushttp://pt.wikipedia.org/wiki/Virgem_Mariahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Virgem_Mariahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Deushttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Joaquimhttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Joaquimhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aar%C3%A3o_(B%C3%ADblia)http://pt.wikipedia.org/wiki/Epif%C3%A2niohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Proto-Evangelho_de_Tiagohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Translitera%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_hebraicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Translitera%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_hebraicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Translitera%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_hebraicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Translitera%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_hebraicahttp://santa%20ana/
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    Eram residentes em Jerusalm, ao lado da piscina de Betesda, onde hoje se

    ergue a Baslica de Santana; e a, num sbado, 8 de setembro do ano 20 a.C., nasceu-

    lhes uma filha que recebeu o nome de Miriam, que em hebraico significa "Senhora da

    Luz", passado para o latim como Maria. Maria foi oferecida ao Templo de

    Jerusalm aos trs anos, tendo l permanecido at os doze anos.

    Pelo texto Caverna dos Tesouros, atribudo a Efrm da Sria, Ana (Hann) era

    filha de Pkdh e seu marido se chamava Ynkhr. Ynkhr e Jac eram filhos

    de Mat e Sabhrath. Jac foi o pai de Jos, desta forma, Jos e Maria eram primos.

    A devoo aos pais de Maria muito antiga no Oriente, onde foram cultuados

    desde os primeiros sculos de nossa era, atingindo sua plenitude no sculo VI. J no

    ocidente, o culto de Santana remonta ao sculo VIII, quando, no ano de 710, suas

    relquias foram levadas da Terra Santa para Constantinopla, donde foram distribudaspara muitas igrejas do ocidente, estando a maior delas na igreja de SantAna,

    em Dren,Rennia,Alemanha. Seu culto foi tornando-se muito popular na Idade

    Mdia, especialmente na Alemanha. Em 1378, o Papa Urbano IV oficializou seu culto.

    Em1584, o Papa Gregrio XIII fixou a data da festa de SantAna em 26 de Julho, e

    o Papa Leo XIII a estendeu para toda a Igreja, em 1879.Em Frana, o culto da Me

    de Maria teve um impulso extraordinrio depois das aparies da santa em Auray,

    em 1623.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Jerusal%C3%A9mhttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Bas%C3%ADlica_de_Santana&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Templo_de_Jerusal%C3%A9mhttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Caverna_dos_Tesouros&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A3http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Jos%C3%A9http://pt.wikipedia.org/wiki/Terra_Santahttp://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%BCrenhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A2niahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9diahttp://pt.wikipedia.org/wiki/1584http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Greg%C3%B3rio_XIIIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Le%C3%A3o_XIIIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Virgem_Mariahttp://pt.wikipedia.org/wiki/1623http://nossa%20senhora%20sant%27ana/http://pt.wikipedia.org/wiki/1623http://pt.wikipedia.org/wiki/Virgem_Mariahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Le%C3%A3o_XIIIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Greg%C3%B3rio_XIIIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/1584http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Greg%C3%B3rio_XIIIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/1584http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Greg%C3%B3rio_XIIIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/1584http://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9diahttp://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%BCrenhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A2niahttp://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%BCrenhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A2niahttp://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%BCrenhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Terra_Santahttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Jos%C3%A9http://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A3http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Caverna_dos_Tesouros&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Templo_de_Jerusal%C3%A9mhttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Bas%C3%ADlica_de_Santana&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Jerusal%C3%A9m
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    Tendo sido So Joaquim comemorado, inicialmente, em dia diverso ao de

    SantAna, oPapa Paulo VI associou num nico dia, 26 de julho, a celebrao dos

    pais de Maria, me de Jesus.

    Santa Ana padroeira de diversos municpios do Rio Grande do Norte. E

    suas festas mais conhecidas e famosas, so realizadas nas Cidades de Caic (que

    teve a Festa Religiosa em Homenagem a Santa Ana realizada todo dia 26 de julho,

    tombada como patrimnio imaterial do Brasil pelo IPHAN, em 2010) e Currais

    Novos.

    Santa Ana tambm bastante cultuada pelos Umbandistas e por uma

    pequena quantidade de Candomblecistas, que a sincretizam com uma das mais

    antigas e respeitadas divindades africanas Nan Buk (a vov). Por isso, todo

    dia 26 de julho Nan cultuada nos Templos (Terreiros, Casas, Tendas) de

    Umbanda. Rogando-se sade, paz e vida longa.

    So flores Nan, so flores;

    So flores Nan Buruk.So flores Nan, so flores;Para o seu filho Obaluai.A Senhora Santana Nan Buruk.A Senhora Santana Nan Buruk.

    Salve Nossa Senhora Santana e Sarav Nan...

    http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Joaquimhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Paulo_VIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_(m%C3%A3e_de_Jesus)http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_(m%C3%A3e_de_Jesus)http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Paulo_VIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Joaquim
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    Orao Santa Ana

    Senhora Santa Ana, fostes chamada por Deus a colaborar na salvao do mundo.Seguindo os caminhos da Providncia Divina, recebestes So Joaquim por esposo.Deste vosso matrimnio, vivido em santidade, nasceu Maria Santssima, que seria aMe de Jesus Cristo.Formando Vs famlia to santa, confiantes ns pedimos por esta nossa famlia.Alcanai-nos a todos as graas de Deus: aos Pais deste lar, que vivam na Santidadedo matrimnio e formem seus filhos segundo o Evangelho; aos Filhos desta casa, quecresam em sabedoria, graa e santidade e encontrem a vocao a que Deus oschamou.E a Todos ns, Pais e Filhos, alcanai-nos a alegria de viver fielmente na Igreja deCristo, guiados sempre pelo Esprito Santo, para que um dia aps as alegrias esofrimentos desta vida, mereamos tambm ns chegar casa do Pai, onde vos

    possamos encontrar, para juntos sermos eternamente felizes, no Cristo, pelo EspritoSanto.Amm.

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    Raa Negra

    Negros e afro-descendentes brasileiros comemoram todos os anos no dia 13 de maiomais um aniversrio da abolio da escravatura. Foi quando a Princesa Isabel assinou acarta da Lei urea, em 1.888. Mas esse um aniversrio a ser revisto e repensado, poisos negros brasileiros depois de sua libertao no tiveram muito o que comemorar.

    Pois de incio, foram cruelmente retirados de sua terra me, foram trazidos para umlugar onde nunca imaginariam estar, literalmente arrastados e forados a trabalhar. E,quando comearam a chegar os imigrantes europeus, os negros ficaram praticamente fora

    do mercado de trabalho por no ter mo de obra capacitada. Foram torturados, abusados,mortos, enganados, vendidos como mercadorias nas prateleiras, suas famlias foramseparadas.

    H uma lista vasta de atrocidades cometidas contra essas pessoas, contra esses sereshumanos de pele negra, que foram subjugados com todo o aval da Igreja Catlica, quemuito se utilizou da mo de obra escrava, e que depois de 3 sculos escreveu uma cartacom um pedido formal de desculpas, por ter permitido tantos crimes, com tantas pessoasdurante muito tempo, como se isso atenuasse alguma coisa.

    Pode-se dizer, que a raa negra sobreviveu e sobrevive da persistncia em encarar a

    vida e todos os tipos de preconceito, como o das suas religies, suas danas, sua comida,seu cabelo, seu tom de pele, seus ritos... A persistncia em querer vencer e se superar nummundo que no se diz preconceituoso, mas que criou cotas para concursos e vestibulares.Persistncia maior em mostrar sua capacidade quando no usa desses recursos paraconseguir seus objetivos. Persistente em viver num mundo onde pesquisas recentesapontam maior mortalidade de negros e afro-descendentes por causas externas, comocrimes por assassinatos. E onde pesquisas tambm apontam salrios bem menores porcausa da cor da pele.

    Somos persistentes sim. Temos orgulho do que somos, por mais que sejamos quasepretos, ou quase brancos. Somos o que somos. Negros. Pretos. Mulatos. Loiros. Noimporta.

    O importante que descendemos de uma raa, de um povo que foi trazido amarrado,viveu humilhado, morreu como indigente, mas que deu o suor, o sangue e a fora de seusmsculos e muitas de suas lgrimas para erguer esse lugar que todos chamam de nao.

    http://xn--ranegra-qo4r/
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    Esse pode at parecer um discurso vitimalista, mas em toda a histria desseBrasil, no teve quem mais sofresse e morresse por esse pas. Tomo minhas as Palavrasdo Poeta Negro, a coragem de Joo Cndido, o Drago do mar, que mesmo depois deter feito a revolta por no aceitar as condies que lhe eram impostas e sua classe serbeneficiada, somente neste sculo foi lhe prestada uma decente homenagem. E que atesse momento, tinha por monumento, as pedras pisadas no cais.

    Me aproprio tambm do vigor, esperana e alegria de todos os nossosantepassados, da garra que temos hoje para ultrapassar muros virtuais que se levantamdiante de ns todos os dias, onde os tijolinhos desses muros so os olhares tortos dedesconfiana e outros sentimentos que nos fariam desistir dos nossos objetivos. Fariam.

    Me aposso tambm da ginga da capoeira para driblar todos aqueles que torcemcontra ns por racismo puro e simples. Vamos nos livrar das correntes e amarrasimaginrias que nos prendem a preconceitos prprios e alheios. Tambm das mordaasque nos impedem de gritar para defender nossos direitos de cidados e o devido respeitoa ns.

    Sou brasileira e no desisto nunca.

    Sou negra, tenho garra, tenho fora, tenho ax, tenho esperana, tenho orgulho,sou brasileira e no desisto nunca. Nunca.

    Liberdade!Gisele Francisca Gomes, negra, mulher e professora.

    Paranagu-PR.

    Homenagem da Revista Falando de Ax Comunidade do Orkut No Bico da Baiana

    Pela sua trajetria na divulgao da Religiosidade Afro-brasileira e pela sua lutacontra a falta de respeito e desvalorizao dos Cultos Afro-brasileiros...

    ylrs Ceia DOya, Bblrs Fernando Dsl e Bblrs JgnslDgn, Parabns...

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    A tica e a Moraldentro da Cultura eReligiosidadeAfricanaAo contrrio do que muitos pensam, a tica e a moral so de importncia

    substancial no pensamento e na vida dos africanos, que so baseadas nos costumes, emleis tradicionais, tabus e tradies de cada um dos povos da frica. Deus visto como oderradeiro sancionador e sustentador da moralidade. O relacionamento humano peloparentesco e vizinhana extremamente importante e a tica e moral tradicionais soc o n s t r u d a s , l a r g a m e n t e , a t r a v s d a s r e l a e s h u m a n a s .

    Moralidade pode ser resumida, em Yorb, pela palavra w - carter. Os Akan deGana chamam o carter de Suban. Carter a essncia da tica africana e sobre ele seestabelece a vida de uma pessoa. Deus exige que o homem seja puro eticamente. Deus o buscador de coraes, que a tudo v e sabe e cujo julgamento correto e inevitvel.Deus julga os homens por seu comportamento aqui e agora, bem como no porvir. Dessa

    forma a paz na vida aps a morte decidida de acordo com a moral exercida, pelo serhumano, sobre a terra. Mau comportamento pode destruir o destino de uma pessoa,enquanto bom carter uma armadura suficiente contra o mal e a desgraa.

    Os costumes regulam o que deve e o que no deve ser feito. De acordo com Mbiti:"Roubar, agredir as pessoas, mostrar desrespeito aos mais velhos, mentir, praticar

    feitiaria, dormir com a mulher de algum, matar, caluniar as pessoas e assim por dianteso consideradas grandes ofensas, que podem ser severamente punidas pela sociedadeatravs do degredo, indenizao, pagamento de multas, espancamento, apedrejamentoe at mesmo a morte. Por outro lado, a bondade, a cortesia, a generosidade, ahospitalidade, o respeito, a diligncia, a frugalidade e o trabalho duro so aspectos damoral ensinadas s crianas em vrias comunidade africanas, como princpio bsico devida." (Mbiti, John. Introduction to African Religion. London:Heinemann.

    Os Yorb e, na verdade, os africanos tm a moralidade como a essncia quetorna a vida alegre e agradvel. Para os Yorb, segundo Blj dw, o bom carter(w rere) deve ser a mola mestra na vida das pessoas. De fato isso que distingue o serhumano dos animais. Quando os Yorb dizem de algum = o e nyn (os atos dapessoa), querem dizer que ela se comporta como deve, ou seja, ela mostra que sua vidae suas relaes com os outros so regrados pelas suas melhores caractersticas.

    http://xn--mulheres%20e%20crianafricana-1r04e/
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    A descrio contrria = k e nyn, n e lofawon nyn bora (Ele no umapessoa, ele assumiu a pele de uma pessoa). Isso significa que a pessoa socialmenteindigna; em conseqncia de sua caracterstica, no est apta a ser chamada depessoa, embora tenha a aparncia de uma.

    Em geral, deve-se dar nfase a que Deus, as divindades e os antepassadosrequerem um bom comportamento dos seres humanos.

    Mas podemos perguntar por que as pessoas que seguem a Religio TradicionalAfricana, assim como os seguidores de outras religies (cristianismo, islamismo,

    judasmo, hindusmo etc), praticam atos imorais? A resposta simples: hoje, muitaspessoas professam uma determinada religio, porm deixam de agir de acordo com osprincpios e os ditames dessa mesma religio, que a principal causa para os atos decorrupo, violao dos Direitos Humanos, pssimas prticas eleitorais, etnicismo, bemcomo outras prticas imorais e aticas.

    No entanto, esses problemas no so insuperveis, basta que as pessoas faamvaler aquilo que aprenderam e unam a religio moralidade, que so coisas

    indissociveis. Um adgio Yorb diz: w lsn, sn ni w (religio uma exibio demoralidade, moralidade o maior ato de adorao). Por isso que os adeptos dasdiversas religies devem saber e acatar que nossos atos de adorao s se tornarodignos e significativos ao Criador, se eles forem acompanhados pela tica e pela moral.

    Texto de Mrio Filho

    Revisado e Adaptado por Wemerson TSng

    http://xn--carr-x63a/
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    Carolina de Jesus

    Personalidades Negras

    Cidade de So Paulo. Ano de 1958.Favela do Canind, na Marginal Tiet.L morava Carolina de Jesus. Negra, mesolteira, de origem muito pobre e semi-alfabetizada ela saiu do interior de Minas(em 1947) para fazer a vida na "cidade daesperana".

    Filha de negros, Carolina de Jesusnasceu em Sacramento, Estado de MinasGerais. De famlia pobre, a intelectualbrasileira contou com a proteo de MariaLeite Monteiro de Barros, que patrocinouseus estudos. Clebre intrprete lricabrasileira, Carolina foi tambm escritora etem em sua obra um importantereferencial para os estudos culturais noBrasil e no mundo.

    Por meio de sua escrita decontestao, Carolina revela a importnciado testemunho como meio de dennciasociopoltica de uma cultura hegemnicaque exclui. Sua obra mais conhecida Quarto de despejo, que resgata e delatauma face da vida cultural brasileira noincio da modernizao da cidade de SoPaulo e do surgimento de suas favelas.

    Sua obra, que considerada aliteratura das vozes subalternas, inspiroudiversas expresses artsticas, como aletra do samba Quarto de despejo, de B.Lobo; o texto em debate no livro Eu tearrespondo, Carolina, de HerculanoNeves; a adaptao teatral de Edy Lima eo filme Despertar de um sonho, realizadopela Televiso Alem, utilizando a prpria

    Carolina de Jesus como protagonista.Ela morreu pobre e esquecida

    em 1977, com 62 anos.

    PARCERIA

    http://xn--jornal%20vnoturno-7s7z/http://carolina%20de%20jesus/
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    Intolernciareligiosa eHomofobia podemestar levandoreligiosos morteem Manaus

    A Comunidade Tradicional de Terreiro da Cidade de Manaus alerta para apossibilidade de haver uma relao entre trs assassinatos, com requinte decrueldade, de trs Pais-de-santo, de diferentes naes, nos ltimos quatro meses emManaus. As mortes ocorreram no perodo de maro a junho deste ano e esto sendoatribudas, ainda, pela Comunidade intolerncia religiosa e homofobia. H apreocupao de que a seqncia de ocorrncias pode desencadear uma onda dea t a q u e s e h o m i c d i o s e m s r i e .

    Em um documento oficial, a Coordenao Amaznica da Religio de Matriz

    Africana e Amerndia (CARMA) est solicitando o acompanhamento dos inquritos eprocessos dos assassinatos pela Comisso de Direitos Humanos da OAB, Comissode Direitos Humanos da Assemblia Legislativa do Estado do Amazonas, Secretariade Promoo de Polticas da Igualdade Racial da Presidncia da Repblica (SEPPIR)e da Secretaria de Direitos Humanos do Ministrio da Justia.

    O coordenador-geral da CARMA, Alberto Jorge Rodrigues da Silva, denuncia,no documento, a crescente banalizao e descaso por parte das autoridadespoliciais e do Judicirio, nos casos de crimes que envolvem pessoas pertencentesao Povo Tradicional de Terreiro e a grupos homossexuais. Tais crimes, segundoAlberto, so geralmente atribudos ao fato das vtimas pertencerem a esses dois

    segmentos e vistos sempre como se elas (as vtimas) estivessem sempre colhendoos frutos de suas escolhas sexuais e religiosas.

    Segundo o coordenador, alm de protocolar o documento denunciando asituao junto ao Ministrio Pblico Federal (MPF), as entidades que compem aCarma, em Manaus, pretendem tambm agendar uma audincia com o senadorPaulo Paim (PT-RS), buscando levar a pblico nacionalmente os casos de morte emseqncia na cidade. Ele citou o exemplo recente de uma tentativa de homicdio - noltimo sbado - na rua 16, na comunidade Vale do Sinai, Zona Norte. Por serem asvtimas macumbeiras e gays caem no rol do silncio e do esquecimento comoforam os casos dos assassinatos dos Babalorixs Ruy de Xang e Navarro da PretaMina. At hoje no se tem notcias dos assassinos nem dos processos, afirmou.Alberto Jorge alerta ainda para os incentivos diretos e indiretos aos vrios tipos deintolerncia, to presentes nos sermes e pregaes em ambientes pblicos ep r i v a d o s .

    http://xn--diga%20na%20homofobia-s86y/
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    Exigimos respeito, ateno e medidas legais cabveis tanto da sociedadecomo um todo quanto das autoridades competentes, afirma Alberto Jorge, citandocasos de programas de televiso utilizados para incitar o dio racial e a intolernciareligiosa. No d para aceitar isso. Todos os dias tm relatos como esse e sabemosque o substrato da homofobia e intolerncia tem um tronco religioso. No adiantadizer que no, haja vista os casos seguidos de trs pais-de-santo mortos (vercronologia) em quatro meses e mais uma tentativa de homicdio, afirmou.

    C R O N O L O G I A

    Maro/2011 Durante o Carnaval, o Pai-de-santo Alberto Cecigenan, 83, foiassassinado, segundo a polcia por estrangulamento. Por ter idade avanada, avtima tinha dificuldade de locomoo. Mesmo assim, continuava fazendo strabalhos em sua residncia no Conjunto Cidado 12 na Zona Norte

    Maio/2011 O Pai-de-santo Marcelo Santos Aguiar, 44, foi executado com golpes deterado na madrugada do domingo (1) e, depois, enterrado no buraco da fossa daprivada que existe nos fundas da casa onde morava, com cerca de um metro deprofundidade. O crime ocorreu na rua 1 de Maio, bairro do Nova Vitria, Zona Lestede Manaus, local onde tambm funcionava o terreiro de Umbanda do Babalorix.

    Junho/2011 O Babalorix Joo Gomes da Silva Neto, 48, foi encontrado morto comsinais de espancamento, dentro da casa, na rua Moiss, comunidade AlfredoNascimento, Zona Norte. Conforme a polcia o corpo da vtima foi estava em estadoavanado de decomposio. Ele pode ter sido morto no domingo. O corpo de Jooestava despido e com a cabea esmagada, provavelmente, por uma pedra, alm devrias perfuraes no trax e abdmen. Segundo a polcia, na casa da vtima haviasinais de ele travou luta corporal com o assassino.

    Junho/2011 O terreiro Eira de Mina Nag de Me Nonata Corra, na rua 4, casa 16,Jardim Primavera, Zona Norte de Manaus, foi assaltado por dois homens armadoscom revolveres, no dia de Corpus Christi, as 13 horas, deixando ferido porcoronhadas Francisco Vasconcelos Filho. O detalhe mais intrigante que osassaltantes no levaram nada de valor, mesmo tendo a vista, celulares e dinheiro.

    Julho/2011 Um industririo, embriagado, entra no terreiro do Pai-de-santo Marcelodos Reis, armado com terado e foice, na comunidade do Vale do Sinai, Zona Norte,tendo sido preso em flagrante.

    Texto de Jlio PedrosaJornal A Crtica

    ManausAmazonas

    http://paz/
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    Conhea aUmbanda -

    J. Edison Orphanake.Editora Pindorama.

    Livro do Ms

    Conhea a Umbanda uma dasmagnficas obras de J. Edson Orphanake. Autor que com maestria, dignidade e sabedoria fala sobre Umbanda. Uma

    Umbanda verdadeira e no essasnovidades que temos visto hoje em dia.

    J. Edison em seu livros no tentacodificar nada, simplesmente ensinaUmbanda como ela , com suasimplicidade e resposta.

    Um livro didtico, de fcilentendimento aos novios e de grandes

    esclarecimentos aqueles que j pertencem a est maravilhosa religiochamada Umbanda.

    Este livro complementa o anteriordo autor, intitulado "A Umbanda s suasordens", mas de modo paralelo, semdependncia um do outro. Fazconsideraes sobre a Umbanda,mediunidade, Guias, ritos, pontos,

    p a s s e s , m i s t i f i c a o ,doutrinao,fanatismo, crendices e muitomais.

    Leia voc tambm...

    Altera a Lei no 9.394, de 20de dezembro de 1996,

    modificada pela Lei . 10.639,

    de 9 de janeiro de 2003, queestabelece as diretrizes ebases da educao nacional,

    para incluir no currculooficial da rede de ensino a

    obrigatoriedade da temticaHistria e Cultura Afro-Brasileira e Indgena.

    http://www.leidireto.com.br/lei-.htmlhttp://xn--livro%20%22conhea%20umbanda%22-jv09e/http://www.leidireto.com.br/lei-.htmlhttp://fazervaleralei.blogspot.com/
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    RevistaE-mail: [email protected]

    Orkut: Revista Online Falando de Axhttp://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=10758619178602102938

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    Editor: Hrick Lechinski (Ejtl Tmar)E-mail: [email protected]

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    Co-Editor: Wemerson Elias TSngE-mail: [email protected]

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